Nro | O grande conflito > Comentários |
1.1 | A história da humanidade está marcada por pretensos profetas e suas profecias alusivas ao futuro. Entretanto, a nenhum mortal foi dada a capacidade de conhecer o futuro, a menos que o próprio Deus o tenha revelado. Os profetas bíblicos aí se enquadram. Deus, que conhece o futuro como o passado (Is.46:9-10), escolheu os profetas para guiar Seu povo através da palavra profética (Am.3:7). Daniel, o cativo de Babilônia e João, o cativo de Patmos, ocupam uma posição de destaque entre os profetas. Deus os escolheu para registrarem os eventos finais da história humana antes do estabelecimento do eterno reino de Cristo.No livro Apocalipse são revelados os desígnios de Deus. O próprio nome, Apocalipse, que significa “revelação”, contradiz a afirmação de que é um livro selado (Ap.22:10). Deus deseja que este livro seja aberto a todos, pois suas verdades são dirigidas aos que vivem nos últimos dias da história da Terra, como o foram aos que viviam nos dias de João. No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ele é um complemento do livro de Daniel. Um é profecia e o outro uma revelação, por isso, devemos estudá-los juntos.Vemos então que o livro se originou em Deus, que deu a Jesus, este a seu anjo, e o anjo a João, que deveria, por sua vez, escrever as visões e enviar às sete igrejas, ou seja, aos servos de Deus. Não resta dúvida de que João, o último dos apóstolos a morrer, foi o autor (Ap.1:1; Ap.1:4; Ap.1:9; Ap.1:11). Mas quem era João? Junto com Pedro e Tiago, ele foi um dos mais íntimos discípulos de Jesus. Era conhecido como o discípulo amado (Jo.21:20), esteve com Jesus por ocasião da transfiguração (Mt.17:1-8), acompanhou toda a agonia de Jesus no Getsêmani (Mc.14:32-42), foi o único discípulo que não fugiu por ocasião da prisão de Jesus e a quem o Salvador confiou sua mãe na hora da morte (Jo.19:25-27). Além disso, foi quem correu até o sepulcro quando soube da ressurreição de Cristo (Jo.20:1-4).A Bíblia deixa claro que João possuía um temperamento forte. Era chamado filho do trovão (Mc.3:17). Queria impedir que outros pregassem e expulsassem demônios em nome de Cristo (Mc.9:39) e queria fazer descer fogo do Céu para queimar os samaritanos (Lc.9:54). Mas esse temperamento forte começou a ser transformado pela convivência com Cristo. O discípulo aprendeu de Jesus lições de mansidão, humildade e amor que são essenciais ao crescimento na graça e condição para o serviço cristão. João entesourou cada lição e constantemente procurava levar sua vida em harmonia com o padrão divino. Tornou-se manso e meigo, obtendo assim um conhecimento experimental do Salvador. |
1.2 | João alcançou avançada idade e foi o último discípulo a morrer. Ele testemunhou a destruição de Jerusalém e a ruína do majestoso templo no ano 70 d.C. Os príncipes judeus odiavam João por sua fidelidade à causa de Cristo. Declararam que de nada valeriam seus esforços contra os cristãos enquanto o testemunho do discípulo soasse aos ouvidos do povo. Assim, para que milagres e ensinos de Cristo fossem esquecidos, a voz do idoso servo de Deus teria de ser silenciada.Como Pedro e Paulo, João foi convocado a Roma para ser julgado por sua fé. Tito Flávio Domiciano era o governador de Roma. Diante das autoridades, falsas testemunhas foram apresentadas e suas doutrinas deturpadas. Então, sua morte foi ordenada. Segundo a tradição, João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Todavia, Deus, miraculosamente, preservou sua vida e ele não sofreu nenhum dano. Diante do milagre, o imperador decretou que fosse banido para a ilha de Patmos, que funcionava como uma prisão do império. Assim, sua influência não mais seria sentida. O exílio aconteceu em 95 ou 96 d.C. |
1.3 | A expressão “achei-me em espírito” indica o início de suas visões, quando as revelações do livro estavam começando a ser dadas. E foi num sábado, o dia do Senhor (Ex.20:8-11; Mc.2:27-28), que Deus começou a revelar Seus mistérios para a última geração de cristãos.Havia se passado cerca de 65 anos desde que João vira Jesus pela última vez. Ele tinha visto seu Mestre no Getsêmani, com a face marcada com o gotejar do sangue da agonia. Vira-O nas mãos dos soldados romanos, vestido com um manto de púrpura e coroado com uma coroa de espinhos. Vira-O suspenso na cruz do Calvário, objeto de cruel zombaria e escárnio. Agora é permitido a João contemplar uma vez mais a seu Senhor. Mas quão mudada está Sua aparência! Não é mais um homem de dores, desprezado e humilhado pelos homens. João contempla o Cristo ressureto! |
1.4 | Não restam dúvidas de que Jesus é o personagem central do Apocalipse. No primeiro capítulo, Ele é apresentado sob vários símbolos que reaparecerão nas mensagens às sete igrejas. Destaque especial deve ser dado aos títulos “fiel testemunha”, “primogênito dos mortos”, “aquele que nos ama e pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados” Ap.1:5. Para João essa declaração deve ter tido um significado especial. Ele estava preso na ilha por causa do testemunho que havia dado de Jesus Ap.1:9, e Jesus se apresenta como a fiel testemunha. Havia sofrido ameaças de morte e Jesus se declara como aquele que esteve morto, mas tornou a viver e tem as chaves da morte e do inferno Ap.1:18. Talvez João pensasse que seu Senhor se esquecera dele, isolado nessa ilha, longe de tudo e todos, mas as palavras de Cristo trouxeram paz à sua alma. |
1.5 | João experimentou a mesma reação de Daniel quando se viu diante do Deus Todo-Poderoso e também foi fortalecido para estar na presença do Senhor glorificado (Dn.10:7-9). João recebeu gloriosas revelações do Céu. Ele viu o trono de Deus rodeado por quatro seres viventes e 24 anciãos que O adoram dioturnamente (Ap.4:1). Olhando para além dos conflitos da Terra, ele contemplou a multidão de remidos vestidos de branco (Ap.7:9). Ouviu a música dos anjos celestiais e os triunfantes cânticos dos que venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do Seu testemunho (Ap.12:10-12).Em figuras e símbolos, assuntos de vasta importância foram apresentados a João para que os relatasse, a fim de que o povo de Deus de seus dias e dos séculos futuros tivesse inteligente compreensão dos perigos e conflitos diante deles. No entanto, mestres religiosos da atualidade têm declarado que este é um livro selado e seus segredos não podem ser explicados. Como consequência, muitos se desviaram do estudo do Apocalipse e não compreendem suas mensagens. |
1.6 | As sete igrejas aqui mencionadas estavam situadas na Ásia menor nos dias de João e, como veremos no próximo estudo, são símbolos da igreja em diferentes períodos da era cristã. O número sete indica plenitude, e simboliza o fato de que as mensagens se estendem até o fim do tempo, enquanto os símbolos usados revelam o estado da igreja nos diversos períodos da história. |
1.7 | O Apocalipse é uma revelação de Jesus Cristo, recebida de Deus, para mostrar aos Seus servos as “coisas que em breve devem acontecer” (Ap.1:1). Há um sentido de urgência que percorre todo o livro: “mostrar as coisas que em breve devem acontecer” (Ap.1:1); “Pois o tempo está próximo...” (Ap.1:3); “Venho sem demora...” (Ap.3:11); “Já não haverá demora” (Ap.10:6); “Em um só dia sobrevirão os seus flagelos” (Ap.18:8). Isso nos mostra que não há tempo a perder. Devemos dedicar mais do nosso precioso tempo para conhecer a vontade de Deus como revelada no último livro da Bíblia. |
1.8 | O livro de Daniel profetizou a história mundial e o domínio de quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Na sequência, Daniel falou de um quinto reino que seria eterno, o reino de Cristo (Dn.2:44). Agora, no Apocalipse, vemos a chegada do momento de se estabelecer esse reino. O domínio será dado a Cristo pelos séculos dos séculos. Quando isso ocorrerá? Ap.1:7 diz: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá...”. Esse domínio será dado na Volta de Jesus, o maior de todos os eventos da história. Eu e você precisamos nos preparar para ele. |
1.9 | Se todas as verdades contidas no Apocalipse tivessem sido reveladas numa linguagem mais clara e aberta, possivelmente não teríamos este livro hoje. Mas Jesus revelou suas eternas verdades e os acontecimentos finais com códigos proféticos que hoje nos desafiam. Mas não se desespere, pois o próprio Cristo nos fornece as chaves para interpretação destes mistérios, pois a Bíblia é sua própria intérprete (Lc.24:27).Aos mesmo tempo em que os símbolos são dados (exemplo: candeeiros e estrelas), eles também são interpretados (igrejas e anjos). No ato de andar entre os candeeiros, vemos a relação de Cristo com Sua igreja. Ele está em constante comunicação com Seu povo e conhece seu verdadeiro estado. Cristo também é representado como tendo sete estrelas em Sua mão direita. Estas estrelas representam os que ensinam na igreja. Eles são apenas instrumentos em Suas mãos, e todo o bem que realizam é feito por meio de Seu poder.Outro exemplo do simbolismo profético é a espada afiada de dois gumes que sai da boca de Jesus (Ap.1:16). O texto de Hb.4:12 diz que a “Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes...”; Jesus dá os simbolismos, mas Ele mesmo nos dá a chave da interpretação, um código da profecia. Assim, usaremos este “código” para estudarmos e desvendarmos o Apocalipse. Nenhuma das mensagens apresentadas no livro será passada por alto, mas buscaremos a ajuda do Espírito Santo, nosso divino Professor, para a compreensão de cada símbolo profético. |
1.10 | Quem, de fato, é feliz? Segundo o Apocalipse, “Aqueles que leem... ouvem... e guardam...”. A felicidade está batendo à sua porta. Feliz é aquele que compreende os planos de Deus para sua vida e encontra a verdadeira razão do existir. |
2.1 | O número sete na Bíblia indica plenitude. Ele ocorre várias vezes no livro do Apocalipse. Sete igrejas, sete espíritos, sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete chifres, sete anjos com sete trombetas, sete trovões, sete cabeças com sete coroas, sete diademas, sete pragas, sete montes, sete reis. Hoje vamos começar o estudo das profecias do Apocalipse estudando as sete igrejas.João recebeu ordem de escrever suas visões num livro e enviar às sete igrejas (Ap.1:11; Ap.1:19). Os capítulos 2 e 3 do Apocalipse registram as cartas que foram enviadas. Havia mais de sete igrejas na Ásia, como por exemplo, Colossos (Cl.1:2) e Mileto (At.20:15). Mas Deus, em Sua onisciência, escolheu estas sete, pois suas características e estado espiritual nos dias de João representariam sete períodos pelos quais Seu povo passaria desde a primeira até a Segunda Vinda de Cristo.ÉFESO – Uma igreja vitoriosa.A cidade de Éfeso estava situada na costa ocidental da Ásia Menor. Possuía um grande porto que funcionava como uma porta de entrada da província romana da Ásia e ponto de partida para rota comercial. Sua localização era privilegiada, talvez por isso tenha recebido o nome de “Éfeso” que significa “desejável”. Era uma cidade adornada com formosos templos e sede do culto à deusa Diana (At.19:27), culto este altamente imoral com ritos orgíacos de fertilidade.O apóstolo Paulo visitou várias vezes esta igreja (At.19:1-20) e Timóteo, discípulo de Paulo, provavelmente era o pastor dela nos dias de João. A presença destes líderes ajudou na manutenção de uma doutrina pura e zelo missionário. Foi um período de grande crescimento para o evangelho (At.2:41; At.4:4; At.16:5).Período Profético (31-100 a.D.)A Igreja Cristã foi fundada pelo próprio Jesus Cristo (Mt.16:18; 1Co.3:11; Ef.2:20). Sua igreja passaria por sete períodos representados pelas sete igrejas. A igreja de Éfeso representa o período da Igreja Cristã que vai do ano 31 a.D., ano da morte de Cristo, até 100 a.D., data aproximada da morte de João, último dos apóstolos a falecer. Foi uma época de pureza doutrinária e grandes avanços evangelísticos. Contudo, a profecia já falava de um “abandono do primeiro amor” e da necessidade de arrependimento (Ap.2:4-5). |
2.2 | ESMIRNA – Uma igreja perseguida.A palavra “Esmirna” vem de mirra, um suave aroma adocicado. É possível que esta igreja tenha sido fundada pelo apóstolo Paulo. A igreja de Esmirna era pobre em riquezas desse mundo, mas ativa no trabalho. Sofreu muitas perseguições. Policarpo, que foi consagrado bispo nesta igreja pelo próprio João, sofreu martírio em 168 a.D. Milhares de cristãos foram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para ocupar seus lugares. Os sofrimentos que suportavam, levavam os membros de Esmirna para mais perto uns dos outros e de seu Redentor. Seu exemplo dado em vida e diante da morte era um constante atestado à verdade. Onde menos se esperava, muitos perseguidores eram convertidos e alistavam-se no exército de Cristo.Período profético (100-313 a.D.)Esmirna representa o período que vai desde a morte de João, por volta do ano 100 a.D., até 313 a.D. Na carta está escrito: “...Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias...” (Ap.2:10). Conforme o princípio dia/ano de interpretação profética, estes dez dias se aplicam ao período de 303 a.D., quando fortes perseguições foram movidas contra os cristãos pelo imperador romano Diocleciano, até 313 a.D., quando Constantino, agora imperador, assina o Edito de Tolerância de Milão, dando liberdade de culto aos cristãos e restituindo os bens antes confiscados. |
2.3 | PÉRGAMO – Uma igreja popular.Pérgamo significa “altura” ou “elevação”, pois a cidade, construída pelos gregos, estava numa elevação de 300 metros acima do nível do mar. É dito que lá é “onde está o trono de Satanás” (Ap.2:13). Após a derrota para os persas (539 a.C.), sacerdotes da Babilônia fugiram para a Ásia Menor e fixaram-se em Pérgamo. Ali, continuaram a promover os ritos de sua religião politeísta e os elementos deste culto místico, foram transferidos para Pérgamo e depois para Roma.Foi assim que, quase imperceptivelmente, os costumes pagãos ingressaram na Igreja Cristã. Enquanto a igreja foi perseguida (período de Esmirna), não houve conformidade com o paganismo. Todavia, quando cessaram as perseguições (Edito de Tolerância – 313 a.D.), e o cristianismo entrou nas cortes e palácios reais, perdeu a simplicidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos em troca de pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos.Período profético (313-538 a.D.)Pérgamo representa a história da Igreja Cristã do ano 313 a.D. até 538 a.D., quando, após a queda de Roma Ocidental (476 a.D.), sai de cena o imperador e surge o papado. A transigência entre o paganismo e o cristianismo neste período resultou no desenvolvimento do “homem do pecado” (2Ts.2:3), opondo-se a Deus e exaltando-se sobre Ele. Em 533, Justiniano, imperador de Roma Oriental, já havia declarado ser o papa “cabeça de todas as igrejas”. Em fevereiro de 538, após a expulsão de Roma da última tribo antagônica ao papado, os Ostrogodos, deu-se início ao período de supremacia papal que, segundo a profecia, deveria durar 1.260 anos (Dn.7:25; Ap.12:6; Ap.13:5). |
2.4 | TIATIRA – Uma igreja apostatada.A palavra “Tiatira” significa “sacrifício de contrição”. A cidade foi construída por Seleuco, um dos quatro generais de Alexandre, o Grande, em 280 a.C. Era uma cidade famosa por fabricar tecidos. Lídia, a quem Paulo encontrou em Filipos, era evidentemente representante de uma destas fábricas (At.16:14;).Período profético (538 – 1517 a.D.)Tiatira representa o mais longo período da igreja, que vai de 538 a.D., com o início da supremacia papal, até 1517 a.D. Fica no meio das sete igrejas (quarta no Apocalipse), sendo por isso uma figura apropriada da Idade Média. O significado do nome Tiatira (sacrifício de contrição), representa adequadamente o período da história da igreja em que a fé simples foi mudada por meio da apostasia, ou sacrificada, sendo substituída por obras e penitências. Foi um período difícil para a igreja, pois lentamente foi se afastando da pura doutrina de Cristo e assimilando os dogmas e tradições do paganismo.Esse período também testemunhou uma forte perseguição, pois no século 12 o Papado criou o pior de seus estratagemas – O Tribunal do Santo Ofício (Santa Inquisição) e milhares de pessoas foram mortas. O papa João Paulo II, no dia 15 de junho de 2004, em uma carta dirigida ao cardeal Roger Etchegaray, lida em uma conferência cujo tema era a “A Inquisição”, pediu perdão pela tortura e assassinatos praticados durante aquele período. |
2.5 | SARDES – Uma igreja reformadaA palavra “Sardes” significa “cântico de alegria”, e também pode significar “a que permanece”. De fato havia pouca fé verdadeira após séculos de apostasia e perseguição. Os membros desta igreja viviam das glórias do passado. O que haviam recebido e ouvido não era lembrado e conservado. Aquele que fora a capital de Lídia, cobiçada e vencida por Ciro, o Grande, estava agora morta.Período profético (1517 – 1798 a.D.)Os longos séculos de trevas morais e espirituais, do período de Tiatira (538 – 1517), deveriam dar lugar a um grande movimento de reforma, e isso aconteceu com a chegada do período simbolizado por Sardes (1517 – 1798). Homens como Lutero, Knox, Calvino, Zuínglio e outros, trouxeram o povo de volta à Palavra de Deus, a Bíblia. O marco deste retorno pode ser datado em 31 de outubro de 1517, quando Martinho Lutero afixou na porta do castelo de Wittenberg, as 95 teses contra as vendas de indulgências, marcando assim o início da Reforma Protestante.Jesus, em seu sermão profético, declarou: “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt.24:22;). Pela influência da Reforma, a perseguição veio a termo antes de 1798, quando terminou o período de supremacia papal. |
2.6 | FILADÉLFIA – Uma igreja reavivada.A palavra “Filadélfia” significa “amor fraternal”. A cidade foi fundada em 150 a.C. A intenção de seu fundador era torná-la centro da civilização Greco-asiática e um meio de espalhar a língua e os costumes gregos nas partes ocidentais da Lídia e da Frígia. Por isso alguns a chamam de “cidade missionária”.Período profético (1798 – 1844 a.D.)A igreja de Filadélfia representa o período que vai de 1798, fim dos 1260 anos de supremacia papal (Ap.12:6; Ap.13:5) até 1844, fim do período profético das 2.300 tardes e manhãs (Dn.8:14). Este foi um período de notável atividade na obra das missões cristãs e na distribuição da Bíblia. A Sociedade Bíblica Britânica começou a funcionar em 1804 e a Americana em 1816. Mas foi também um momento de grande interesse no cumprimento da profecia bíblica e do breve retorno de Cristo.O cumprimento dos sinais dados por Jesus (Mt.24:29), o escurecimento do sol e a lua vermelha como sangue (19/5/1780) e a queda das estrelas (13/11/1833), indicava a proximidade do fim. Assim, o fim do século 18 testemunhou a inauguração de um dos mais poderosos movimentos para a evangelização do mundo.O período de Filadélfia culminou com o Grande Movimento do Segundo Advento do século XIX. Através do estudo das profecias de Daniel e Apocalipse, a cristandade chegou a uma profunda convicção de que a Volta de Cristo estava próxima. Este reavivamento culminou numa grande decepção, como veremos quando estudarmos Ap.10. |
2.7 | LAODICÉIA – Uma igreja autosuficiente.Laodicéia foi reconstruída por Antíoco II (261-246 a.C.) e chamada Laodicéia em homenagem a sua esposa, Laodice. A igreja de Laodicéia é mencionada na carta de Paulo aos Colossenses. Ele escreveu: “Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa. E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodicéia, lede-a igualmente perante vós” (Cl.4:15-16). O texto indica que Paulo teria escrito também uma carta à igreja de Laodicéia, mas esta se perdeu.Período profético (1844 - ?)Laodicéia é a última das sete igrejas. Ela cobre o período da história da igreja em que nosso Sumo Sacerdote celestial, Jesus, leva a cabo Seu ministério de juízo logo antes de Sua volta em glória. Jesus iniciou Seu ministério como sacerdote logo após a Sua ascensão. De acordo com a profecia das 2.300 tardes e manhãs, no ano de 1844, Ele começou a oficiar também como Sumo Sacerdote.Embora Jesus esteja no Santuário Celestial intercedendo e julgando Seus Filhos, o estado espiritual dos membros da igreja de Laodicéia é de profunda letargia. O Apocalipse os descreve como mornos e, a menos que mude de atitude, atendendo ao conselho da Testemunha fiel e verdadeira (Ap.3:18), serão rejeitados, ou seja, “vomitados” (Ap.3:16).Chegamos então ao fim de nossa jornada de sete períodos proféticos. Vale a pena relembrar as promessas feitas às Sete Igrejas e como, através delas, a graça de Deus restaurará tudo o que a humanidade perdeu. O livro de Gênesis fala da entrada do pecado no mundo e das perdas que este acarretou. As promessas às Sete Igrejas falam da graça de Deus e de como todas as coisas nos serão devolvidas.O PecadoPrivou-nos da árvore da vida (Gn.3:22-23)Colocou-nos sob sentença de morte (Gn.2:17)Força-nos a ganhar o nosso pão (Gn.3:19)Roubou nosso domínio (Gn.3:24)Deixou-nos nus (Gn.3:7)Expulsou-nos da presença de Deus (Gn.3:23)Devolveu-nos ao pó (Gn.3:19)A GraçaDevolve-nos a árvore da vida (Ap.2:7)Dá-nos a vitória sobre a segunda morte (Ap.2:11)Provê para nós o maná escondido (Ap.2:17)Promete-nos poder sobre as nações (Ap.2:26)Veste-nos com vestiduras brancas (Ap.3:5)Faz-nos colunas no santuário de Deus (Ap.3:12)Coloca-nos no trono de Deus (Ap.3:21) |
3.1 | A palavra trono ocorre 62 vezes no Novo Testamento. Destas, 47 aparecem no livro do Apocalipse e, no capítulo 4, temos 14 ocorrências, ou seja, trono é uma palavra-chave neste capítulo. Este é o trono de Deus e suas várias referências servem para nos lembrar que existe um trono exaltado acima de todos os tronos, de onde Deus governa este planeta conduzindo sua história para um final feliz para todos os que aceitam Seus planos. O cenário da visão do capítulo 4 e 5 de Apocalipse é o próprio Santuário Celestial, onde se encontra o trono de Deus e Cristo ministra em favor de Seus filhos.Saímos de uma porta em Ap.3:20 para uma outra em Ap.4:1. Que porta é esta? O santuário terrestre era um tipo do Santuário Celestial (Hb.8:5; Hb.9:23-24), e João contemplou “uma porta aberta no céu”, não aberta para o céu, isto é, era uma porta no Santuário Celestial. Depois de contemplar a porta, João ouve a mesma voz de trombeta que havia ouvido na visão do Cristo ressurreto (Ap.1:10). Jesus inicia aqui as revelações a João fazendo-lhe um convite para entrar por esta porta. Jesus mostra a João o que aconteceria “depois destas coisas”, certamente uma alusão aos eventos que teriam lugar na história, como os períodos das sete igrejas dos capítulos anteriores que estudamos. |
3.2 | João havia descrito a Jesus em termos humanos, de acordo com o que ele viu (Ap.1:13-16). Já no capítulo 4 ele não diz quem estava sentado no trono. Havia uma presença e por causa de Seu caráter divino, e muito brilho ao Seu redor, tornara-se difícil para o profeta descrever a divindade em termos humanos (ver Ez.1:26-28). Outros textos indicam que aquele que está sentado no trono é Deus, o Pai (ver Ap.4:10-11; Ap.6:16-17; Ap.7:9), contudo Deus e Jesus estão tão intimamente unidos (Jo.10:30) que algumas vezes João os vê partilhando o mesmo trono (Ap.5:6; Ap.7:17; Ap.22:1; Ap.22:3).O arco-íris é semelhante a esmeralda. O verde vivo desta pedra expressa bem a misericórdia de Deus e, ao redor do trono, o arco-íris é um belo símbolo de esperança. Quando apareceu pela primeira vez o arco-íris foi um sinal do eterno concerto de paz da parte de Deus (Gn.9:11-17). Mas não pode haver arco-íris sem a união da luz solar e das gotas de água. Assim, o arco circundando o trono é uma figura da misericórdia e justiça divina que se encontram e se misturam. O salmista declara: “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Sl.85:10). |
3.3 | Os vinte e quatro anciãos são mencionados 12 vezes no Apocalipse. Eles se vestem de branco, como os sacerdotes do tempo de Israel, um símbolo da “justiça dos santos” (Ap.19:8). O fato de usarem coroas de ouro indica que foram vitoriosos sobre o pecado (2Tm.4:8). Isso pode indicar pecadores salvos pela graça e que foram escolhidos para representar todos os salvos de todas as nações do mundo. A Bíblia na Nova Versão Internacional, em Ef.4:8 diz “Quando Ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo a muitos prisioneiros, e deu dons aos homens”. Para iniciar Seu ministério no santuário celestial, Jesus foi ungido com “óleo da alegria como a nenhum dos teus companheiros” (Hb.1:9). Esses “companheiros” não eram anjos, eram homens. Há uma possibilidade de serem os mortos que com Ele foram despertos de suas sepulturas (Mt.27:50-53). Os vinte e quatro anciãos também são um cumprimento típico do serviço do santuário onde havia 24 turnos no sacerdócio levítico (ver 1Cr.24:3-19; Lc.1:5; Lc.5:8-9). |
3.4 | No santuário terrestre havia um candelabro com sete lâmpadas, as quais deviam estar sempre acesas (ver Ex.25:31-39). Sendo o número sete uma figura de totalidade e perfeição, neste contexto se refere ao Espírito de Deus em Sua plenitude (Zc.4:10; Pv.15:3). Assim, a visão revela a presença da Trindade neste capítulo, de modo semelhante ao capítulo um. |
3.5 | João não foi o primeiro profeta que contemplou estes quatro seres viventes. O profeta Ezequiel teve visão similar muito antes dele (ver Ez.1:4-10). Estes seres pertencem a categoria de serafins, já que possuem seis asas (Is.6:1-3), enquanto que os querubins possuem quatro asas (Ez.10:19-21). Alguns comentaristas têm ligado estes quatro seres viventes a quatro aspectos do ministério de Cristo, realçados nos evangelhos. Mateus escreve sobre o caráter real de Jesus dando ênfase ao rei em seu reino (Mt.25:34; Mt.27:37). Isto é bem simbolizado pelo Leão, o majestoso rei dos animais. Marcos retrata a Jesus principalmente como servo dos homens (Mc.9:35; Mc.10:44), sendo o novilho (boi) o símbolo do serviço. O evangelista Lucas revela Jesus como filho do homem (Lc.4:1-2; Lc.9:56), daí o “o rosto como de homem”. Por sua vez, João destaca a deidade de Jesus (Jo.1:1; Jo.1:14; Jo.10:1-2; Jo.10:30). Essa característica de Jesus é simbolizada pela águia voando.Ainda outra aplicação pode ser feita às tribos de Israel. Embora o relato da organização delas no deserto, em Nm.2:1-34, não mencione, a tradição judaica ensina que elas estavam sob os estandartes das quatro tribos líderes. O estandarte da tribo de Judá era um leão, da tribo de Ruben um homem, o estandarte da tribo de Efraim um boi e, da tribo de Dã, uma águia. |
3.6 | Nesta cena litúrgica, todo o Céu se une num espírito de louvor e ações de graças. A ênfase deste cântico está no fato de Deus ser o Criador de todas as coisas e por isso é o único ser digno de receber a glória, a honra e o poder. Em qualquer lugar na Bíblia, quando se faz referência ao direito de Deus a reverência e adoração, acima dos deuses dos pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador. |
3.7 | Os selos eram usados na antiguidade para autenticar e dar validade a documentos (ver 1Rs.21:8; Ne.9:38; Et.8:8), e também para selar (fechar) o conteúdo de uma mensagem escrita (Is.29:11; Dn.12:4; Dn.12:9). Que livro é esse selado com sete selos? O capítulo Ap.6:1-17 lança luz sobre o conteúdo deste livro. Refere-se ao desenrolar da história cristã através dos séculos. João percebeu a importância do conteúdo do livro e, ansioso por conhece-lo, entrou em desespero e começou a chorar (Ap.5:4), porque não foi achado ninguém digno, no universo inteiro, de abrir o livro e desatar-lhe os selos. |
3.8 | A expressão “Leão da tribo de Judá” é tomada de Gn.49:9, quando Jacó (Israel), no leito de morte, pronunciou as “bênçãos” a seus filhos. Referindo-se a Judá, ele predisse que o mesmo teria preeminência entre seus irmãos. Mais tarde o trono de Israel seria ocupado por seus descendentes (1Sm.16:1; 1Rs.9:4-5). E Jesus descendia de Judá (Mt.1:1-16; Hb.7:14). Já a expressão “Raiz de Davi” se baseia em Is.11:1 e Is.11:10, quando se fala acerca da “Raiz de Jessé”, o pai de Davi. Paulo usa a figura da “raiz” como se referindo a Cristo, o segundo Davi (Rm.15:8-12). Para que não reste dúvida sobre a identidade da “raiz de Davi”, o próprio Jesus declarou: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã” (Ap.22:16). O texto ainda diz que Jesus venceu para abrir o livro e os seus sete selos”. Jesus venceu a Satanás no deserto da tentação (Mt.4:1-11), e também o venceu na cruz (Jo.16:33; Ap.12:10), e hoje nos oferece a vitória (1Co.15:57; Ap.3:21). |
3.9 | O ancião havia dito a João que o "Leão de Judá" era digno de abrir o livro. Mas quando ele se volta para o trono ele vê um cordeiro. Que contraste! O profeta Isaías usou o símbolo de um cordeiro para representar o Messias (Is.53:7). No Novo Testamento o simbolismo se aplica a Jesus (Jo.1:29; 1Pe.1:19). No livro do Apocalipse a palavra cordeiro aparece 29 vezes e se aplica a Jesus (Ap.7:14; Ap.22:1). |
3.10 | Quando Jesus tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante dEle e O adoraram. Só Jesus era digno de abrir os sete selos e desvendar, perante Seu povo, os eventos da história desde os dias de João até o estabelecimento do Seu reino. Eles cantavam sobre Jesus: "foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação". O tema central deste cântico é que fomos comprados por preço de sangue. Jesus pagou o preço de nossa redenção morrendo sobre a cruz (1Pe.1:18-20). Por isso somente Ele é digno de ser louvado por toda a eternidade (At.4:11-12). Em nosso próximo estudo aprenderemos sobre abertura do livro selado com sete selos. Cada selo, ao ser aberto pelo Cordeiro, revela um acontecimento da história envolvendo Seu povo. Veremos que Deus não está alheio a tudo que se passa em nosso planeta. Descobriremos um Deus de amor que se importa com Seus filhos e, trabalha incansavelmente para a salvação deles. De fato, na cruz, Deus entregou Seu filho como o pagamento exigido por nosso resgate Jo.3:16). |
3.11 | Esta é a estranha obra de Deus — o justo morre para que o pecador viva! Jesus foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. Nas palavras do profeta Isaías: "... Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Is.53:5). |
4.1 | Em nosso último estudo aprendemos sobre um livro selado com sete selos que estava nas mãos de Deus. Foi declarado que ninguém podia abrir o livro e, por isso, João chorava muito. Então veio a palavra de conforto de um dos anciãos: "Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos" (Ap.5:5). Hoje, descobriremos quais eventos ocorrem à medida que o Cordeiro rompe os selos. Na abertura de cada selo vê-se um paralelismo com os eventos já descritos nas sete cartas às igrejas. São aspectos de um grande conflito envolvendo as forças do bem e as forças do mal, vistos de outro ângulo. Há um princípio fundamental de repetição ao se estudar as profecias do Apocalipse. Elas não são sucessivas, mas repetitivas, isto é, elas refluem, cobrindo de novo os mesmos períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo, bem como as sete trombetas, que ainda estudaremos, cobrem o mesmo período de tempo das sete igrejas. Enquanto as sete cartas das sete igrejas tratavam da situação interna das igrejas, os sete selos destacam aspectos externos da Igreja Cristã, seus triunfos e fracassos. OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE —ABERTURA DOS QUATRO PRIMEIROS SELOS.Cavalos e carros simbolizam mensageiros da parte de Deus (ver Zc.1:8-11; Jl.2:4; Jl.2:11; 2Rs.6:16-17). Quando Jesus abre os primeiros quatro selos, cada um dos quatro seres viventes diz a João: "Vem!". Isso indica que cada cavalo estava sob a orientação de um dos quatro seres viventes respectivamente. Quando o selo era aberto, cada cavalo, com seu cavaleiro, saía para cumprir sua missão.Quando o primeiro selo foi aberto João viu um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco e foi-lhe dada uma coroa e ele saiu vencendo e para vencer. Esta imagem é um belo símbolo das vitórias do evangelho no primeiro século. Um cumprimento da profecia de Habacuque, que diz: "... já que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitória? Tiras a descoberto o teu arco, e farta está a tua aljava de flechas..." (Hc.3:8-9). No Sl.45:5 lemos: "As tuas setas são agudas, penetram o coração dos inimigos do Rei; os povos caem submissos a ti". Estima-se que havia 5 milhões de cristãos, apenas dentro do Império Romano, no primeiro século da era cristã. Mas o progresso do cristianismo ultrapassou as fronteiras de Roma e fez prosélitos em todas as partes do globo (Cl.1:5-6; Cl.1:23). Após o derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, a pregação expandiu-se de forma extraordinária. Assim, podemos comparar a abertura deste primeiro selo, com o período da igreja de Éfeso, que vai do ano 31 a. D., ano da morte de Cristo, até cerca do ano 100 a. D., quando morre João, o escritor do Apocalipse. |
4.2 | Na abertura do segundo selo João vê um cavalo vermelho. Esta cor está associada na Bíblia às guerras e mortandade (2Rs.3:22; Na.2:3). Este cavaleiro bem pode representar o Império Romano, na pessoa de seus imperadores, durante as terríveis perseguições que foram movidas contra os cristãos, vítimas da intolerância para com sua fé em Deus. Ao segundo cavaleiro foi dada a ordem de tirar a paz da Terra, levar os homens a se matarem e recebeu também uma grande espada. Este conjunto de informações indica que, após a primeira e mais pura era do cristianismo, o espírito de amor e paz deveria retirar-se da igreja, e ser substituído por um espírito de controvérsias instigando os cristãos a se destruírem uns aos outros. Este selo corresponde ao período da igreja de Esmirna, que testificou o martírio de milhares por amor ao evangelho. O período do segundo selo se estende desde a morte de João, último dos apóstolos a morrer, por volta do ano 100 a.D., até a assinatura do Edito de Tolerância de Milão, pelo imperador Constantino, em 313 a.D. Esse edito declarava que o Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso, acabando oficialmente com toda perseguição e devolvendo os lugares de culto e as propriedades que tinham sido confiscadas dos cristãos. Assim, foi dado ao cristianismo estatuto de legitimidade e a igreja respirou um breve período de paz. |
4.3 | Se o cavalo branco, do primeiro selo, representava a pureza do evangelho que avançou vitorioso nos dias de Éfeso, o preto deve significar contrário. Neste período houve a união da religião e o poder civil quando Constantino, em 313 a.D., oficializou o Cristianismo como religião do Estado. Se o Cristianismo havia conquistado Roma, agora Roma conquista o Cristianismo. O espírito de comercialização e materialismo envolveu o cristianismo e várias doutrinas pagãs penetraram na igreja cristã. Foi um período de trevas morais, apostasia e erros doutrinários. O cavaleiro trazia em sua mão uma balança. A balança na Bíblia é um símbolo de julgamento (Jó.31:6; Dn.5:27). Ao tempo do cavalo preto havia uma mensagem de advertência do juízo vindouro, onde cada alma será pesada, e se não se arrepender, será achada em falta. Aparece ainda uma voz dizendo: "Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário" Um denário era o salário normal por um dia de trabalho. Com ele você poderia comprar uma medida de trigo (cerca de 650 gramas), ou três medidas de cevada (quase 2 kilos). A cevada era consumida apenas pelos mais pobres, um tipo de alimento bem inferior ao trigo. Em tempos normais, um denário comprava 24 medidas de cevada, mas aqui só se compram três, ou seja, estava havendo escassez de alimento. Isso representa fome espiritual, como nas palavras do profeta: "Disse-me ainda: Filho do homem, eis que eu tirarei o sustento de pão em Jerusalém; comerão o pão por peso e, com ansiedade, beberão a água por medida e com espanto" (Ez.4:16). O trigo é símbolo do evangelho puro, da Palavra de Deus e do povo de Deus (Mt.13:24-30; Mt.13:37-38; Mt.13:43). A cevada se parece com o trigo, mas é um alimento bem inferior. Nos tempos de Roma servia para alimentar os pobres, ao passo que o trigo era o alimento dos nobres. A cevada (doutrinas parecidas, mas falsas), havia em abundância, mas o trigo (doutrina pura) estava em escassez. Então havia uma escolha a ser feita entre o trigo e a cevada. O indivíduo está com o salário do dia nas mãos e pode comprar uma medida de trigo ou três medidas de cevada. Cada um deve fazer sua escolha. O terceiro selo encontra seu paralelo com a igreja de Pérgamo, que estava sofrendo ataques com as doutrinas de Balaão e dos Nicolaítas. A voz ainda diz: "E não danifiques o azeite e o vinho". O azeite é símbolo do Espírito Santo (Zc.4:2-6) e o vinho símbolo do sangue de Cristo (Mt.26:27-29; 1Co.11:25). A despeito da fome espiritual, a obra do Espírito Santo em aplicar o sangue de Cristo aos corações sinceros deveria prosseguir. Este símbolo se estende ainda ao povo de Deus, que deveria ser protegido da corrupção e fome da Palavra de Deus. |
4.4 | Na abertura do quarto selo surge o último cavalo. Sua cor é pálida. A palavra grega aqui usada é Chloros, traduzida em outros lugares como verde (Mc.6:39; Ap.8:7 e Ap.9:4). Quando uma planta está fora de alcance do sol, perde sua cor, seu verdor e se torna pálida. Deste modo, a igreja cristã tendo-se afastado da fé apostólica, tornou-se praticamente impossível aos raios do Sol da justiça, Cristo (Ml.4:2), penetrarem as trevas espirituais que a cobriram. O fato do cavaleiro se chamar "morte" e de o "inferno" ou "sepultura" o seguir, são símbolos da obra nefasta realizada contra os féis filhos de Deus na Idade Média. Este período coincide com a igreja de Tiatira, quando o bispo de Roma chega ao poder. A profecia apontava um domínio do papado por 1260 anos (Dn.7:25; Ap.12:6; Ap.12:14; Ap.13:5). Este período cumpre-se na história dos anos 538, quando é expulsa de Roma a última tribo ariana, os Ostrogodos, até 1798, ano da prisão do papa Pio VI, por ordem de Napoleão Bonaparte.Nestes 12 séculos, fiéis filhos de Deus (Valdenses, Albigenses, Huguenotes, etc...) foram mortos pela espada, fome e através de animais selvagens. Milhares de inocentes seguidores de Cristo pagaram com a própria vida a sua fidelidade à verdadeira fé. Jesus fez menção a este período: "Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados" (Mt.24:22). O arrefecimento das perseguições só ocorreu em virtude do grande movimento da Reforma Protestante. Quando Martinho Lutero afixou, no dia 31 de outubro de 1517, as 95 teses contra a venda de indulgências, ele estava dando início a uma ferrenha luta contra os poderes das trevas e promovia um retorno à Bíblia como única autoridade de fé e prática para o cristão. |
4.5 | Quando o Cordeiro abre o quinto selo, João viu almas clamando debaixo do altar. A expressão "almas" não deve ser compreendida à luz da crença popular, como algo imaterial, que se separa do homem em sua morte. A palavra grega aqui é Psyche, que aparece 102 vezes no Novo Testamento, e equivale a ser vivente, ou mais apropriadamente a uma pessoa (ver At.2:41; At.7:14; 1Pe.3:20). De fato, em toda a Bíblia, a expressão alma nunca se refere a uma entidade fora e independente do corpo.E quanto a este altar? No santuário dos hebreus havia dois altares, o altar de incenso, no primeiro compartimento do santuário, ou lugar santo, e o altar de holocausto, que ficava no pátio, fora do santuário, onde os animais, após serem sacrificados, eram queimados e seu sangue derramado debaixo do altar (Lv.4:18; Lv.4:25; Lv.4:30; Lv.4:34). A cena do quinto selo não é literal. Não existem pessoas reais clamando debaixo de um altar, mas estas almas (pessoas) foram mortas por seu fiel testemunho, como "sacrificadas" em nome de Cristo. O próprio Paulo usou terminologia parecida para falar de seu martírio: "Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação (sacrificio), e o tempo da minha partida é chegado" (2Tm.4:6). Este clamor simbólico tem a ver com os martírios ocorridos na Idade Média, conforme visto na abertura do quarto selo. Agora, simbolicamente, os mártires estão clamando por justiça: "Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" Então vem a resposta do céu: "Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram" (Ap.6:11). As vestes brancas são símbolos da justiça de Cristo e de vitória (Ap.19:8; Ap.3:5). Estes mártires estão salvos aguardando apenas o recebimento da recompensa, quando Jesus voltar à terra (Ap.22:12). Outro detalhe que chama a atenção é que muitos ainda morreriam como mártires. Em paralelo com a abertura do quinto selo está a quinta igreja, Sardes. Na carta a esta igreja vemos uma mensagem semelhante: "Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer..." (Ap.3:2). Mesmo a Reforma Protestante não conseguiu frear completamente as perseguições, pois o período de domínio papal se estendeu ainda até 1798. O massacre de São Bartolomeu na França, em 1572, é um exemplo de que muitos ainda morreriam pelo puro evangelho de Cristo. |
4.6 | Na abertura do sexto selo, torna-se evidente que a linguagem passa de simbólica para literal. Os profetas no Antigo Testamento já haviam falado de grandes sinais no mundo físico, no sol, na lua, nas estrelas (Jl.2:10). Quando se abre o sexto selo ocorrem quatro eventos identificados assim na história: a) Grande terremoto — Lisboa, 1° de novembro de 1755. b) O sol se tornou negro como saco de crina —Nova Inglaterra, EUA, 19 de maio de 1780. c) A lua se torna como sangue — Nova Inglaterra, EUA, 19 de maio de 1780. d) Estrelas do céu caíram pela terra — Costa Leste dos EUA - 13 de novembro de 1833.Os sinais vistos na abertura do sexto selo foram também profetizados por Cristo (ver Mt.24:29). Assim, aguardamos agora apenas a abertura do sétimo e último selo do Apocalipse. Estamos vivendo justamente depois do Ap.6:13 e antes do Ap.6:14. Daqui a pouco veremos se cumprir o Ap.6:14: "o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?" (Ap.6:14-17). O capítulo 6 termina com uma pergunta e há apenas uma resposta para ela: os 144 mil selados (Ap.7:1-17). Só eles subsistirão neste tempo de prova. Em nosso próximo estudo aprenderemos sobre este grupo especial. |
4.7 | Por que o Céu estará em silêncio? Já vimos que o ambiente do Céu é cheio de música (Ap.4:8), mas por que agora há silêncio? Jesus tem a resposta: "Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com Ele, então, se assentará no trono da sua glória" (Mt.25:31). O Céu ficará em silêncio porque estará vazio. Não ficará um só anjo, pois todos virão com Cristo para aquela gloriosa viagem que vai durar uma semana. Isto mesmo! Faça os cálculos: 1 dia profético............ 1 ano literal (12 meses)12 horas......................... 6 meses6 hora............................. 3 meses2 horas.............................1 mês 1 hora...............................15 diasMeia hora....................... 7,5 dias Os anjos de Deus aguardam com fremente desejo a ordem de Cristo para vir à Terra buscar os salvos. Maravilhoso é pensar neste dia, em que todas as famílias serão reunidas. Nunca mais haverá morte, nem luto, nem pranto nem dor, pois as primeiras coisas passarão (Ap.21:4). Todos nós temos um Céu a alcançar e um inferno a evitar. Qual será hoje sua decisão? Seu coração pertence completamente a Cristo? |
5.1 | Em toda a Bíblia apenas os capítulos 7 e 14 de Apocalipse tratam do tema dos 144 mil selados. É interessante notarmos que o capítula 7 encontra-se entre a abertura do sexto selo (Apocalipse 6) e a abertura do sétimo selo (Apocalipse 8). Apocalipse 6 termina falando dos eventos finais da história humana indicando a iminência da vinda de Jesus. Então surge a pergunta: "Por que chegou o grande dia da ira deles e quem é que pode suster-se?" (Ap.6:17) . Quando lemos Apocalipse 8:1, vemos a abertura do sétimo e último selo, que é a própria Volta de Cristo com todos os anjos (Mt.25:31). Nesta ocasião o Céu estará em silêncio, vazio, por cerca de meia hora profética, ou seja, uma semana literal. Assim, o capítulo 7 responde a pergunta formulada no fim do capítulo 6, "quem poderá suster-se?" Resposta: os 144 mil selados.Os anjos na Bíblia são mensageiros de Deus (Mt.13:41; 2Rs.19:35). Estes quatro anjos estão retendo os ventos para que não soprem sobre a terra. Na profecia, ventos simbolizam guerras e lutas por supremacia entre as nações (Dn.7:2; Je.4:11-13; Je.25:31-34). Deus não permitirá que os poderes do mal façam sua obra de morte até que o povo de Deus tenha sido selado. |
5.2 | Selo ou sinal são sinônimos na Bíblia (Gn.17:11; Ez.9:4; Rm.4:11). Os selos antigos continham (três elementos principais: nome do governante, seu cargo e a jurisdição ou domínio. O sábado de Deus é o único dos Dez Mandamentos que contém Seu nome: "o Senhor teu Deus"; Seu título ou função: Criador, "pois em seis dias fez o Senhor"; e Seu território ou jurisdição: "o céu e a Terra, o mar e tudo o que neles há" (Ex.20:8-11), O sábado do sétimo dia é um eterno sinal de lealdade a Deus. É o símbolo externo de uma fé viva e profunda. Podemos ainda afirmar que, por extensão, são selados apenas aqueles que forem leais não só ao sábado, mas a toda a Lei de Deus. Tiago afirma que se alguém guarda nove mandamentos e tropeça em um, se torna culpado de todos (Tg.2:10). |
5.3 | O selo de Deus é aplicado aqui com duas finalidades específicas. Primeira, indicar que os 144 mil pertencem ao Senhor, por isso trazem o nome de Deus em suas frontes (Ap.14:1). O "nome" de Deus é um termo frequentemente usado para representar Seu caráter. Os 144 mil revelam o caráter do Pai através de sua vida em obediência aos mandamentos de Deus. Em segundo lugar, o selo é aplicado como forma de proteger os filhos de Deus dos juízos que sobrevirão aos ímpios por ocasião das sete pragas (Ap.7:3; Ap.9:4; Ap.16:2). Assim, o selo é símbolo de pertencimento e proteção.POR QUE 144 MIL? O número 144 mil é resultado da multiplicação de 12 X 12 X 1.000 = 144,000. Doze é o número das tribos de Israel do Antigo Testamento. Representa também o número da igreja construída sobre o fundamento dos doze apóstolos (Ef.2:20). Na Nova Jerusalém, as doze portas são nomeadas após as doze tribos de Israel e seus doze fundamentos com os nomes dos doze apóstolos, representando, assim, o Israel tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Assim, o número 144 (12 x 12) representa a totalidade de Israel, ou seja, a totalidade do povo de Deus - Antigo e Novo Testamento. O NÚMERO 1.000O número mil pode ter diferentes significados no Antigo Testamento. Ele pode ser um número literal, mas também pode denotar urna subdivisão tribal (Nm.31:5; Js.22:14; Js.22:21; 1Sm.10:19; 1Sm.23:23) ou uma unidade militar de cerca de 1.000 soldados. Israel como uma nação foi organizada administrativamente em unidades tribais. No tempo da guerra, no entanto, seu exército foi organizado em unidades militares de 1.000, com suas subunidades (Nm.1:16; Nm.10:4; Nm.31:4-6; 1Sm.8:12; 1Sm.18:13; Ex.18:21; Ex.18:25; 1Sm.22:7). Assim, Mil, era uma unidade militar básica no antigo Israel. A frase "milhares de Israel" é usado como um sinônimo para o exército de Israel e tem a mesma conotação que "os batalhões de Israel". Os 144 mil selados compõem-se de 144 unidades militares, doze de cada tribo, significando uma totalidade de Israel. João utiliza imagens de uma batalha para retratar a igreja em seu aspecto de luta terrestre, uma igreja militante. Os 144 mil estão prestes a passar pela grande tribulação e é natural e muito apropriado entender os selados em termos militar de um exército organizado em unidades militares prontas para a guerra. |
5.4 | A cena do selamento de Apocalipse 7 é tomada de Ezequiel 9, que retrata em linguagem simbólica a destruição de Jerusalém antes do Exílio. O profeta Ezequiel viu um homem vestido de linho que havia recebido a ordem de passar pela cidade e marcar com um sinal na testa os homens que eram fiéis, antes que os executores chegassem. Eles deveriam matar a todos, mas aqueles que tivessem o sinal em suas testas deveriam ser poupados (Ez.9:6). Na crise final da história deste mundo, o selo aplicado aos 144 mil é um sinal de proteção, assim como na visão de Ezequiel onde os marcados foram protegidos durante o julgamento que se abateu sobre Jerusalém (Ez.9:1-7). Então a primeira característica deste grupo, os 144 mil, é que possuem o selo de Deus, ou seja, são leais aos mandamentos de Deus, inclusive o quarto, que requer a observância do santo sábado (Ex.20:8-11). |
5.5 | Enquanto aqueles que possuem o selo de Deus recebem também Seu nome sobre a fronte, a marca da besta consiste no nome da besta na testa ou na mão (Ap.13:16-17; Ap.14:9; Ap.16:2; Ap.19:20). A recepção do selo de Deus ou marca da besta denota conformidade com o caráter de Deus ou de Satanás. No conflito final todo mundo terá ou a imagem de Deus ou a do inimigo de Deus. O selo de Deus não é um sinal visível. A característica que identifica os selados é seu firme compromisso em guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Isso é o que significa ter o "nome" ou caráter de Deus escrito em suas testas (Ap.14:1). |
5.6 | O fato de não se contaminarem com mulheres se refere à decisão de não participarem de práticas idólatras, que em profecia equivale a adultério e fornicação (Ap.2:14-15; Ap.2:20-25; Ap.17:1-7; Ez.16:1-58; Ez.23:1-49). Os 144 mil não tiveram relações ilícitas com "a grande meretriz" (Ap.17:1), "a grande Babilônia, a mãe das prostitutas" (Ap.17:5), nem com suas filhas que também são prostitutas. Afirma-se que os 144 mil são "virgens". A palavra grega não dá a ideia de que se trata só de mulheres. O vocábulo pode aplicar-se a ambos os sexos, como também em português. São chamados "virgens" porque levam o sinal da pureza. São castos e têm-se mantido permanentemente incontaminados. Conservam uma fé pura. O fato de que não aceitaram nenhum tipo de relação ilícita com outros organismos religiosos, corrompidos em suas doutrinas, é um sinal de que têm alcançado êxito em se manterem fiéis a Deus. |
5.7 | O fato de Ap.7:4 mencionar os 144 mil como sendo formado "de todas as tribos dos filhos Israel", tem levado alguns a sugerir que esse grupo será formado apenas por judeus literais. Essa interpretação, no entanto, carece de base bíblica e de fundamentação histórica. Primeiro, as tribos mencionadas em Apocalipse 7 não são exatamente as mesmas que aparecem na promessa de Ez.48:1-8 e Ez.48:23-29 (ver também Gn.49:1-28). Em segundo lugar, dez tribos não existiam mais. O reino do Norte de Israel, que era composto de dez tribos, desapareceu da história com a conquista assíria no século VIII a.C. (2Rs.17:5-23). A maioria das pessoas pertencentes a essas dez tribos foram deportadas da Palestina e espalhadas entre as nações no Oriente Médio. No curso da história, eles se tornaram assimilados a essas nações (2Rs.17:24-41) ou amalgamados entre si. Finalmente, no Novo Testamento a salvação "em Cristo" desfaz toda e qualquer distinção étnica (Gl.3:26-29). Diante disso, somos levados à conclusão de que os 144 mil serão formados pela última geração do povo remanescente de Deus, também chamado de Israel espiritual (Rm.9:6-8; Gl.3:29; Gl.6:16; Tg.1:1; 1Pe.2:9-10). Assim, uma vez que na época de João apenas duas tribos ainda existiam (Judá e Benjamim), parece ser mais lógico supor que aqui temos uma referência ao Israel espiritual, aos crentes fiéis dos dias que antecederão a Volta de Cristo. Na visão, João vê uma grande multidão vestida de branco, com palmas nas mãos e um cântico nos lábios. Este é o cântico da vitória, ou seja, terminou o tempo de prova e eles agora se encontram diante de Deus.Aproxima-se o dia em que todos os seres humanos estarão divididos em apenas dois grupos. Cada um deles terá seu sinal identificador - selo de Deus ou selo da besta.Escolher a qual destes grupos vamos pertencer é um assunto de vida ou morte, que devemos resolver aqui e agora. A quem vamos manifestar lealdade? Que nome vamos ter? Que sinal ou selo vamos possuir? Decida agora mesmo obedecer a Deus e à Sua palavra. |
6.1 | A linguagem e as imagens das sete trombetas são complexas. Sua aplicação a eventos históricos específicos tem resultado em vários pontos de vista. As sete trombetas recapitulam a história desde uma perspectiva particular e, de certa forma, os eventos que ocorrem no toque das trombetas estão em paralelo com outros eventos mencionados em outros ciclos de sete no Apocalipse, como as sete igrejas e os sete selos e outros. Há, por exemplo, uma grande semelhança entre as sete trombetas e as sete pragas. A diferença entre elas, contudo, levam-nos a concluir que as sete trombetas são "juízos de advertência". Aqueles que aprenderem as lições ensinadas pelas trombetas não terão de sofrer as catastróficas consequências das sete últimas pragas, tema que ainda estudaremos numa lição futura. Podemos ainda estabelecer uma série de comparações entre as trombetas e os selos do capítulo 6. Tanto as trombetas como os selos estão arranjados em grupos de quatro e três. Os quatro primeiros selos formam um grupo: os quatro cavaleiros do Apocalipse (Ap.6:1-8). As últimas três trombetas também formam um grupo, os três medonhos ais (Ap.9:12; Ap.11:14). Além disso, após a abertura do sexto selo, quatro anjos seguram os ventos até que o selamento dos 144 mil se complete (Ap.7:2-3), por outro lado, quatro anjos são vistos atados junto ao rio Eufrates sob a sexta trombeta (Ap.9:14-15). Temos aqui mais uma cena no Santuário Celestial. Sete anjos estão diante do trono e recebem sete trombetas. Ao ser tocada, cada uma das trombetas apresenta um juízo divino. Estes não são os juízos finais, como na queda das sete pragas, mas juízos de admoestações preliminares. O fato dos anjos com as trombetas saírem do altar de incenso, sugere que o tempo de graça para o mundo ainda não terminou durante o toque das seis primeiras trombetas. O toque da sétima trombeta ocorre já no momento da Volta de Jesus (Ap.11:15-18), assim como a abertura do sétimo selo (Ap.8:1). |
6.2 | O toque da trombeta nos dias do Antigo Testamento servia para convocações religiosas, guerras e anúncios (Nm.10:2-12; Je.4:19-20). No Novo Testamento, o toque da trombeta está associado à Volta de Jesus (1Co.15:51-52; 1Ts.4:16). As sete trombetas não são juízos finais de Deus sobre pecadores impenitentes, mas ocorrem dentro do fluxo da história. Portanto, devemos distinguir claramente entre o propósito das trombetas e das sete pragas (Ap.16:1-21) que só ocorrerão depois de terminada a graça para a humanidade (Ap.22:11).AS QUATRO PRIMEIRAS TROMBETAS Não é fácil definir o cumprimento histórico preciso das profecias, principalmente as sete trombetas. Toda interpretação sugerida necessita ser discutida em termos da validade da análise do texto bíblico e de seu cumprimento histórico. A visão que apresentaremos em seguida trata-se de um consenso de alguns teólogos da modernidade. |
6.3 | Saraiva (granizo), fogo e sangue são figuras de juízo na Bíblia (Ez.38:21-22; Sl.11:6). Já a terça parte é uma expressão que denota uma medida imparcial ou incompleta. Esta primeira trombeta tem seu cumprimento nos juízos divinos que se abateram sobre Jerusalém. Em seu discurso profético Jesus havia advertido os discípulos sobre guerras (Mt.24:6). Entretanto, na seção paralela descreve a queda de Jerusalém e as aflições pelas quais passaria o povo judeu (Mt.24:15-19). Assim esta trombeta se cumpre nos juízos divinos, primeiro, com a destruição de Jerusalém no ano 70 a.D., e depois nas sucessivas perseguições dos imperadores Trajano e Adriano. Por volta de 135 a.D., dezenas de cidades e centenas de povoados já haviam sido destruídos. |
6.4 | O texto fala de uma grande montanha. Montanha ou monte aparecem na Bíblia como um símbolo de um povo, nação, ou poder (Is.2:2-3; Dn.2:35; Dn.2:44-45; Ez.35:2; Ez.35:7-8). O fogo simboliza o poder de julgar e destruir (Is.10:16-17; Mt.25:41). Já o mar representa povos, nações, multidões e línguas (Ap.17:15). O transformar-se em sangue, é símbolo de guerra e derramamento de sangue. Logo, esta trombeta nos remete as invasões das tribos bárbaras que finalmente provocaram a queda do império romano do ocidente. De fato, depois do ano 70, quando Jerusalém foi destruída, Roma Imperial passou a ser vista como uma nova Babilônia, porque, como aquela, havia destruído o templo dos judeus e a cidade de Jerusalém (1Pe.5:13).A profecia de Daniel falava de dez reinos que minariam o poder de Roma (Dn.2:41-44; Dn.7:7; Dn.7:24). Esta profecia tem seu cumprimento com as dez tribos bárbaras que invadiram a Itália, entre os anos 352 a 476 a.D. Como enxames incontáveis de gafanhotos devoradores, assolaram tudo o que encontravam pela frente. O Império Romano perdeu sua força e Odoacro, rei dos Hérulos, tomou Roma e foi proclamado rei da Itália em 476 a.D., o mesmo ano da morte de Rômulo Augusto, o último imperador de Roma. |
6.5 | A visão inaugural de Apocalipse apresenta Cristo segurando em sua mão direita sete estrelas (Ap.1:16). Estas estrelas simbolizam os anjos das sete igrejas (Ap.1:20). Apocalipse 12:1 usa "estrelas" como símbolo dos dirigentes do povo de Deus. O número 12 representando os 12 patriarcas do Antigo Testamento e os 12 apóstolos do Novo Testamento. Uma figura da igreja de Deus em todas as épocas. Ao longo da história, quase que imperceptivelmente, os costumes do paganismo tiveram ingresso na Igreja Cristã. O paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Seu espírito passou a dominar a igreja. Para conseguir vantagens e honras humanas, a igreja foi levada a buscar o favor e apoio dos grandes homens da Terra, e havendo assim rejeitado a Cristo, foi induzida a prestar obediência a um sistema antagônico ao governo de Deus. A queda dessa estrela, na terceira trombeta, simbolizaria então a apostasia da Igreja Cristã, um afastamento coletivo da verdade. Judas refere-se aos falsos mestres como "estrelas errantes" reservadas para as trevas (Jd.1:12-13). Como resultado, os ensinos da igreja e as formalidades religiosas seriam como águas amargosas e mortais para os homens. |
6.6 | A quarta trombeta atinge o sol, a lua e estrelas. Este é o conjunto de astros criados por Deus para iluminar a terra (Gn.1:14-16). Quando Deus pronunciou a condenação do Egito, através do profeta Ezequiel, Ele declarou: 'Ao sol encobrirei com uma nuvem, e a lua não deixará resplandecer a sua luz. Todas as brilhantes luzes do céu enegrecerei sobre ti, e trarei trevas sobre a tua terra, diz o Senhor Jeová" (Ez.32:7-8). As trevas preditas aqui sobre o Egito não era uma simples escuridão física. Era uma escuridão que deveria envolver toda a nação. A luz do Espírito que brilhara tão esplendorosamente e durante tanto tempo no oriente antigo, deveria apagar-se nas trevas. Assim, também, é predito na quarta trombeta um período de escuridão espiritual para o mundo. Quando se cumpriu essa profecia? Alguns afirmam que na Idade Média, também chamada de idade escura, quando as trevas espirituais e morais atingiram a humanidade, cumpre-se o toque da quarta trombeta. Uma paralisia moral e intelectual caíra sobre a cristandade e milhares se afastaram da Palavra da verdade. Este afastamento propiciou o surgimento do ateísmo secular e a existência de Deus foi questionada. AS TRÊS ÚLTIMAS TROMBETAS - OS TRÊS AISAp.8:13 introduz as últimas três trombetas, também chamadas de ais. Com estes ais ou maldições, Deus permite um aumento das manifestações demoníacas e trevas morais e espirituais sobre a Terra. A longa descrição da quinta e sexta trombetas são intrigantes e a identificação dos fatos históricos não são simples de ser interpretados. Parece que elas nos falam dos tormentos espirituais daqueles que resistem à voz divina que clama por arrependimento. |
6.7 | Para muitos estudiosos, a quinta trombeta apresenta o surgimento e o progresso do Islamismo na Arábia a partir do século VII da era cristã. A Arábia tem sido chamada "o poço do abismo", por causa de seus desertos e áreas vazias. Um adepto do islamismo é chamado de muçulmano "aquele que se submete". Os muçulmanos acreditam em 25 profetas. Esta lista inclui Adão, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé, que é visto como o Último Mensageiro, trazendo a mensagem final de Deus a toda a humanidade sob a forma do Alcorão, "recitação", sendo por isso designado como o "Selo dos Profetas". Os muçulmanos acreditam que Maomé recebeu ensinamentos de Alá (Allah, a palavra árabe para Deus) por intermédio do anjo Gabriel, através de revelações que ocorreram entre os anos 610 e 632 d.C. Maomé recitou essas revelações aos seus companheiros, e posteriormente foram registradas e deram origem ao livro sagrado do Alcorão. Maomé seria, para alguns estudiosos do Apocalipse, essa "estrela caída" da quinta trombeta (Ap.9:1). Após sua morte, em 632 a.D., os árabes foram comparados às espessas nuvens de gafanhotos invadindo o mundo na tentativa de disseminar a religião muçulmana. |
6.8 | Cinco meses em profecia equivale a 150 anos (30 dias x 5 =150 dias proféticos/anos literais). Alguns teólogos defendem que esse período se cumpre entre 27 de Julho de 1299, quando Otman (ou Osman), fundador do Império Otomano, invadiu pela primeira vez o território de Nicomédia, até 27 de julho de 1449, quando Constantino XII, último imperador grego, chega ao trono com a permissão do sultão do Império Otomano. A profecia revela que surgiria um rei cujo nome era "destruidor" (Abadom e Apolion — Ap.9:11), e junto com seus súditos, representados pelos turcos otomanos, assolariam as províncias do Império Romano do Oriente. Como uma nuvem de gafanhotos (soldados) saíram do fumo do maometismo e se lançaram a guerra até 27 de Julho de 1449, quando terminam os 150 anos do soar da quinta trombeta. Este é considerado o primeiro ai (Ap.9:12). |
6.9 | Quando o anjo toca a sexta trombeta, quatro anjos que se encontravam atados junto ao rio Eufrates são soltos. Alguns têm entendido estes quatro anjos como se aplicando aos quatro sultanatos principais: Alepo, Icônio, Damasco e Bagdá, que compreendiam o Império Otomano e estavam situados na região do Eufrates. Eles deveriam ser libertos por um período de tempo específico: "Uma hora, um dia, um mês, e um ano". Em tempo literal isso equivale a 391 anos e 15 dias. Esse período profético se cumpre na história exatamente a partir do dia 27 de julho de 1449, quando Constantino XII reconheceu a supremacia turco-otomana, ao submeter sua eleição ao consentimento do sultão, até 11 de agosto de 1840, quando é abatido o poderio otomano. Este é o segundo Ai, faltando apenas agora o terceiro. |
6.10 | Quando João teve a visão do livrinho doce na boca e amargo no estômago, foi-lhe dito que quando o sétimo anjo tocasse a trombeta, "cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas" (Ap.10:7). O mistério de Deus está terminado, ou seja, "o reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos" (Ap.11:15). O toque da sétima trombeta é a Segunda Vinda de Jesus em glória e majestade, ao som de trombetas e com todos os anjos do céu (1Ts.4:16; Mt.25:31). |
6.11 | Antes da sétima trombeta Jesus era Aquele que estava por vir, mas agora Sua vinda é uma realidade. O quinto reino tão esperado do sonho profético de Dn.2:1-49, representado por uma pedra, arrancada sem auxílio de mãos, agora chegou (Dn.2:44-45). Aquele que prometeu voltar com as nuvens e todo olho O veria, agora veio. Todas as criaturas, na terra e no céu, se unem em louvor ao Deus Criador e Redentor. Os eventos atuais de nosso planeta nos mostram que estamos no limiar do reino. A porta da graça que ainda está aberta, logo se fechará. As vozes que se unem no anúncio do evangelho eterno em breve silenciarão. Quando a sétima trombeta for tocada, qual será sua condição? Está sua vida nas mãos de Deus? Você já entregou seu coração a Jesus? CONCLUSÃO Como se diz no mundo do futebol, estamos jogando os últimos minutos do segundo tempo! Todos os anjos do Céu olham atentamente para cada ser humano no desejo que seus corações se rendam a graça maravilhosa de Jesus. Cada trombeta tocada ao longo dos séculos foram advertências divinas para produzir arrependimento e salvação. Aqueles que não atentarem ao toque das trombetas sofrerão os juízos de Deus, sem misericórdia, no derramar das sete últimas pragas. É uma questão de escolha. De que lado você ficará? |
7.1 | Como o capítulo 7, o capítulo 10 de Apocalipse é uma profecia parentética. Ela se encontra entre a sexta e a sétima trombetas dos capítulos 8, 9 e Ap.11:15. Ela apresenta um quadro da última mensagem de Deus antes da Segunda Vinda de Cristo. A linguagem do capítulo sugere que o livrinho que o anjo traz em suas mãos não estivera sempre aberto, mas agora seu conteúdo será revelado. Na lição de hoje, aprenderemos sobre esse livrinho misterioso e os impressionantes desdobramentos da descoberta de seu significado. Exilado na ilha de Patmos o idoso profeta contemplou mais uma magnífica revelação divina de um "anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem...". Frequentemente as Escrituras associam as nuvens com aparições de Cristo (Ap.1:7 e Ap.14:14). O arco-íris nos faz lembrar da aliança que Deus estabeleceu com Noé e com toda a humanidade, de que Ele nunca mais destruirá a terra "por águas de dilúvio" (Gn.9:12-15). Portanto, o conceito do arco-íris não era estranho ao profeta. Este arco representa a misericórdia e a justiça divina como sendo a base do governo de Deus. |
7.2 | Este "anjo forte" visto por João é o próprio Jesus, "que criou o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe" (Ap.10:6; cf. Jo.1:3). "O Seu rosto era como sol" (Ap.10:1). Esta descrição é muito semelhante com a de Cristo em Ap.1:13-16. Ele não é um ser criado, e sim o Criador, o Deus eterno. Ele disse de Si mesmo: "Eu sou o Alfa e ômega" [...], "aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso." [...] "Eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte do inferno" (Ap.1:8; Ap.1:17-18). Quão confortante foi para João contemplar Jesus, o Senhor da história. |
7.3 | O anjo segurava na mão um "livrinho aberto". Quando o profeta Daniel recebeu sua última visão ele fora instruído a "encerrar as palavras, e a selar o livro, até o tempo do fim" (Dn.12:4). Esta recomendação se aplica de modo específico à porção das profecias de Daniel que trata dos últimos dias, especialmente ao elemento tempo dos 2.300 dias de Dn.8:14, referentes à purificação do santuário e a restauração da verdade (Ap.14:6-12). O livrinho que se encontra aberto na visão de João é o mesmo que se encontrava fechado na visão de Daniel. Portanto, este "livrinho" que João viu é o livro do profeta Daniel. As "palavras" que se achavam encerradas nos dias de Daniel, não deveriam permanecer assim para sempre. Elas permaneceriam "fechadas" apenas até o "tempo do fim" (Dn.12:9), até que se completasse o tempo especificado na profecia: "um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Dn.12:7), ou três anos e meio. Considerando o princípio de interpretação profética "dia-ano" (Nm.14:34; Ez.4:6-7), este período de tempo corresponde aos 1.260 anos de supremacia papal (Dn.7:25), que vai de 538 até 1798 d.C. Ao eliminar os Ostrogodos, a última tribo ariana, em 538 d.C., o papado não tinha mais obstáculos em seu caminho. Assim, em 538 deu-se início ao período de 1.260 anos de supremacia papal. No ano de 1798, em decorrência da Revolução Francesa, o papa Pio VI foi aprisionado pelo general Berthier, da França. Este episódio marca o fim deste tempo profético de supremacia papal. De acordo com a profecia de Daniel, as palavras seladas do livro seriam desseladas e compreendidas depois 1798 d.C., no tempo do fim: "muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará" (Dn.12:4). Que privilégio podermos compreender os segredos de Deus revelados para o tempo em que vivemos! |
7.4 | Nenhum juramento mais solene poderia ser feito (Hb.6:13). Ao jurar pelo Criador, o anjo, que é Cristo, jura por Ele mesmo. Ele declarou: "Já não haverá demora". Esta profecia não se refere ao fim da história, mas ao ponto na história em que as profecias de tempo de Daniel 8-12 se cumpririam (Dn.8:13-14; Dn.12:7-12). Usando o historicismo como método de interpretação profética, identificamos o cumprimento das duas maiores profecias de Daniel (1.260 dias/anos e 2.300 dias/anos) em 1798 a.D. e 1844 a.D. O período que se segue é chamado de "tempo do fim" (Dn.11:40; Dn.12:4; Dn.12:9). |
7.5 | Esta imagem do anjo com o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra, segurando o livrinho com a mão estendida para o Céu, representa a abrangência mundial da mensagem deste livrinho. Representa também o surgimento de um movimento mundial de pregação das verdades contidas no livro de Daniel em conexão com as do Apocalipse. |
7.6 | Multidões de estudiosos da Bíblia, em vários lugares do mundo, fremiam com a mensagem de que o tempo do fim se aproximava. Muitos acreditavam que o término do período profético de 2.300 anos assinalava a Volta de Jesus. Assim, a alegria que encheu seu coração com a certeza de que Jesus voltaria em 1844, foi como mel na boca. Porém, o doce se tornou amargo no estômago. |
7.7 | Os acontecimentos marcantes do fim do século XVIII e início do século XIX, como o grande terremoto de Lisboa em 1° de novembro de 1755, o escurecimento do sol no dia 19 de maio de 1780, o aprisionamento do papa Pio VI em 1798, e a queda de estrelas em 13 de novembro de 1833, provocou um grande despertamento religioso, o que levou muitas pessoas a estudar as profecias bíblicas, particularmente as do livro de Daniel. Muitos ficaram convencidos de que Jesus voltaria naqueles dias. Foi o batista Guilherme Miller quem proveu um dos cálculos mais elaborados sobre a profecia das 2.300 tardes e manhãs e a purificação do santuário de Dn.8:14. Depois, com os estudos adicionais de Samuel Snow, milhares de pessoas passaram a aguardar, com grande expectativa, o retorno de Cristo para o dia 22 de outubro de 1844, quando terminariam os 2.300 dias proféticos. Todavia, o dia passou e Jesus não voltou. Foi um grande desapontamento! O doce tornou-se amargo. |
7.8 | A chave para a compreensão de Dn.8:14 é a profecia das 70 semanas de Daniel 9. O cumprimento profético das 70 semanas comprova que Jesus era o Messias prometido. Ele foi "tirado" exatamente no meio da última semana profética. Ele deveria confirmar "o concerto com muitos por uma semana" (7 anos), e na "metade da semana" (3,5 anos) faria "cessar o sacrifício e a oferta de manjares" (Dn.9:27). As 70 semanas proféticas, ou 490 anos literais, tiveram início com o decreto de Artaxerxes, rei da Pérsia, no ano 457 a.C., autorizando a reconstrução de Jerusalém (Ed.7:11-26). De acordo com Dn.9:25, avançando sete semanas proféticas, ou 49 anos literais, chegamos ao ano 408 a.C., quando termina a reconstrução da cidade. Depois disso, viajando sessenta e nove semanas, ou 483 anos, chegamos ao ano 27 a.D., quando o Messias seria ungido. Jesus neste ano foi batizado e iniciou o Seu ministério público Conforme a profecia de Dn.9:27, o Messias faria "firme aliança com muitos por uma semana", ou sete anos, mas na metade da semana, ou seja, ano 31 d.C., Jesus morreria pondo fim a todo o serviço sacrifical do Antigo Testamento. Após a morte de Cristo, restavam ainda 3,5 anos da última semana profética. Estes anos ainda serviram para a pregação do evangelho aos judeus. Este período profético das setenta semanas termina no ano 34 a.D., ano que Estevão foi martirizado. Nesse tempo houve grande perseguição contra os cristãos em Jerusalém e estes foram dispersos para muitos lugares. Saulo se converteu ao Cristianismo e o evangelho foi pregado aos gentios (At.9:1-9; Cl.1:23). Estas 70 semanas, ou 490 anos, eram um período seccionado, ou cortado do período maior de 2.300 anos. Subtraindo 490 de 2.300 temos um período restante de 1.810 anos. Acrescentando-se a este resultado a data de 34 a.D., ano do apedrejamento de Estevão, chegamos a significativa data de 1844. Fazendo uma comparação entre o calendário judaico e o atual (Gregoriano), o dia da expiação ou purificação do santuário, que era 10° dia do 7° mês, coincide com o dia 22 do mês de outubro. |
7.9 | Para Guilherme Miller a purificação do santuário consistia na purificação da Terra e da Igreja, que ocorreria na Segunda Vinda de Cristo, no final dos 2.300 anos. Para ele a Terra seria "purificada pelo fogo" (2Pe.3:7-12), no dia do juízo final. Desta maneira milhares de Mileritas (como eram chamados os seguidores de Miller) se prepararam para se encontrar com o Senhor. Porém, embora o elemento tempo estivesse correto nos cálculos da profecia, o evento não se referia ao retorno de Cristo, mas sim à purificação do Santuário Celestial. |
7.10 | No 10° dia do 7° mês do calendário judaico ocorria o Dia da Expiação. Este dia envolvia um complexo ritual de purificação do santuário terrestre simbolizando arrependimento, confissão, perdão e purificação dos pecados (Lv.16:1-34). Era um dia de acerto de contas. Assim como o sumo-sacerdote ministrava o sangue do cordeiro para fazer a purificação dos pecados registrados no santuário terrestre, Jesus também aplica os méritos de Seu precioso sangue a todo aquele que se achega a Ele pela fé, fazendo a purificação de nossos pecados (Hb.9:23). No dia 22 de outubro de 1844 Jesus passou a atuar no lugar santíssimo do Santuário Celestial e iniciou o Seu ministério sumo-sacerdotal. Estamos vivendo o grande dia profético da expiação. Quando Cristo encerrar esta obra de mediação e juízo, Ele voltará para dar a recompensa a cada um (Mt.25:31-46). A profecia do livrinho aberto que seria doce na boca e amargo no estômago é uma alusão ao grande desapontamento de 1844, quando milhares de cristãos aguardavam pela vinda de Jesus e Ele não voltou. Porém o anjo instruiu: "É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis" (Ap.10:11). A igreja remanescente que estivera oculta no deserto por 1.260 anos (Ap.12:6; Ap.12:14), seria revelada como um movimento mundial e as verdades que foram pisoteadas pela ponta pequena seriam restauradas (Dn.8:12; Is.58:12; Ap.14:6-12). |
8.1 | Em nosso último estudo aprendemos sobre o grande desapontamento ocorrido no dia 22 de outubro de 1844. Após este evento, aqueles que continuaram estudando as profecias viram que em lugar da Vinda de Cristo a esta Terra, no fim dos 2.300 anos, Cristo iniciou no santíssimo do Santuário Celestial, uma obra de investigação e juízo. Hoje estudaremos o capítulo 11 de Apocalipse, versos 1-14 (Ap.11:1-14) que, semelhante ao capítulo 10, é ainda um interlúdio antes do toque da sétima e última trombeta (Ap.11:15-18). O que João estava para testemunhar era uma verdadeira batalha entre a Bíblia, a Palavra de Deus e o ateísmo. Essa batalha alcançou seu clímax na Revolução Francesa, que ocupa um lugar na profecia bíblica, destacando-se por seu ódio ao Cristianismo. Deus ordenou a João que medisse o santuário. Alguns pensam se tratar do santuário terrestre, entretanto, quando João recebeu a visão, por volta do ano 96 d.C., o santuário de Jerusalém havia sido destruído há cerca de 26 anos. No ano 70 d.C., o general romano Tito, com o seu exército, arrasou Jerusalém e o templo dos judeus. Então só pode se tratar do Santuário Celestial. A medição do templo significa que uma obra cuidadosa de investigação deveria ter lugar. Quanto aos adoradores deste santuário, eles representam os fiéis de Deus que passarão agora por um juízo. Este juízo se inicia justamente no dia 22 de outubro de 1844, como visto em nosso último estudo. Assim, percebemos que o capítulo 11 é uma continuação do tema tratado no capítulo 10. O anjo também informou que o átrio não deveria ser medido. Este átrio representa a terra, ou seja, aqueles que ainda não aceitaram a mensagem do evangelho. Já a cidade santa que seria calcada (pisada, perseguida) por 42 meses, é uma referência à igreja verdadeira, que seria objeto do ódio de Satanás e seus agentes (Ap.12:6; Ap.13:5-7). |
8.2 | Existem duas testemunhas fiéis que revelam as obras do Senhor: o Antigo e o Novo Testamentos. Jesus Cristo disse que as Escrituras Sagradas oferecem um testemunho fiel a Seu respeito e os que examinam suas instruções com profundidade encontrarão a vida eterna. O estudo diário da Palavra de Deus oferece vários benefícios, entre eles o desenvolvimento da mente e do caráter. A Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo (2Tm.3:16) e quem a examina entra em contato com a mente de Deus — que grande privilégio! |
8.3 | O profeta Zacarias e o salmista entendiam que a Palavra de Deus agia como um candeeiro iluminando a vida de todo aquele que entra em contato com suas verdades. |
8.4 | Nos tempos bíblicos, o uso do pano de saco era uma referência a luto e contrição (Gênesis 37:34; Isaías 37:1; Daniel 9:3). Por esse motivo, durante 1.260 anos de supremacia papal (538 a 1798), as duas testemunhas (Antigo e Novo Testamentos) vestiram-se de pano de saco, em sinal de luto por causa da obstinação do mundo em permanecer na obscuridade espiritual. O poder papal procurou ocultar do povo a Palavra da verdade. A Bíblia foi proscrita pela autoridade religiosa e secular e todos os esforços foram feitos para que as suas verdades não fossem conhecidas. Quando os mensageiros de Deus ousavam proclamar suas sagradas verdades eram perseguidos, traídos, torturados e martirizados por sua fé. Muitos foram obrigados a fugir para as fortalezas das montanhas e cavernas da Terra - então profetizavam as fiéis testemunhas vestidas de saco. Contudo, continuaram com seu testemunho por todo o período de 1.260 anos. |
8.5 | Pela Palavra de Deus, Elias fechou as janelas do céu de maneira que não choveu por três anos e meio. Assim como esse ato de juízo do profeta foi cumprido, também as ameaças e os julgamentos pronunciados pela Palavra contra qualquer pessoa que se torna objeto da condenação divina, certamente serão cumpridos. Os homens que resistem a Palavra de Deus ou simplesmente não se interessam em examiná-la, serão condenados por seus decretos e terão o "céu fechado para que não chova", ou seja, eles não receberão seus benefícios, ao contrário disso, serão condenados pelo tribunal divino. |
8.6 | A besta que sobe do abismo é Satanás e ele usaria instrumentalidades humanas para consecução de seus propósitos. A "grande cidade", mencionada no verso 8, em cujas ruas as testemunhas foram mortas, é "espiritualmente" Sodoma e o Egito. De todas as nações da Bíblia, o Egito, de maneira mais ousada, negou a existência de Deus e resistiu aos Seus preceitos. Quando Deus lhe falou através de Moisés, ele orgulhosamente respondeu: "Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel" (Ex.5:2). Isto é ateísmo e a nação representada pelo Egito daria expressão a uma negação idêntica às reivindicações do Deus vivo. A "grande cidade" representa também Sodoma. A corrupção desta cidade na violação da Lei de Deus manifestou-se especialmente na licenciosidade. Este pecado também deveria ser característica preeminente da nação que cumpriria as especificações deste texto. O ateísmo de Faraó e a licenciosidade de Sodoma têm seu exato cumprimento na história da França. O poder ateísta que governou na França durante a Revolução e reinado do terror desencadeou contra Deus e Sua Palavra uma guerra jamais vista. O culto à divindade foi abolido pela Assembleia Nacional. Bíblias eram recolhidas e publicamente queimadas. A Lei de Deus era calcada a pés. O dia de repouso semanal, o sábado, foi posto de lado, e em seu lugar cada décimo dia era dedicado à orgia e blasfêmia. O batismo e a comunhão foram proibidos. E anúncios afixados visivelmente nos cemitérios, declaravam ser a morte um sono eterno. O Apocalipse também diz "onde nosso Senhor foi crucificado". Essa profecia também foi cumprida pela França. Na perseguição que ela infligiu aos que professavam o evangelho, crucificou a Cristo na pessoa de Seus discípulos. O Massacre de São Bartolomeu, na noite de 24 de agosto de 1572, quando milhares foram mortos em uma única noite, é um claro exemplo disso. |
8.7 | Aplicando o princípio de interpretação profética dia/ano, três dias e meio em profecia, representam três anos e meio literais. |
8.8 | Esta profecia se cumpriu com precisão na história da França. Os três anos e meio foram o "Reinado de Terror da Revolução Francesa". Esse período começou a 26 de novembro de 1793 quando a França, por decreto de sua assembleia legislativa, declarou: "Não há Deus". Esse foi um motivo de grande regozijo para todos os seus habitantes, e durou até 17 de junho de 1797. Durante este período a Bíblia sofreu muitos ataques, tais como: 1. Os exemplares da Bíblia existentes no país foram queimados e ela foi abolida na França — foi considerada "morta". 2. Todas as igrejas foram fechadas e proibiu-se a adoração de Deus por decreto da assembleia, que era o corpo legislativo da França. 3. Decidiram que a semana seria de dez dias. O dia de descanso foi abandonado e em seu lugar se consagrava um dia em cada dez para a orgia e a blasfêmia. 4. Negou-se abertamente a existência de Deus. 5. Uma mulher imoral foi nomeada a deusa da razão, e as pessoas deviam adorá-la. 6. Ficou proibido todo tipo de culto religioso. Entretanto, após o período de três anos e meio, o testemunho bíblico reviveria. Depois de mergulhar num poço de violência, degradação e corrupção, no dia 17 de junho de 1797, a assembleia reconheceu que a religião era necessária à prosperidade e felicidade da nação. Foi ela então legitimada mais uma vez. |
8.9 | Para compreendermos a ida para o Céu das duas testemunhas, vamos dar um exemplo: Daniel disse a Nabucodonosor: "Sua grandeza cresceu e chega até ao Céu" (Daniel 4:22). As expressões "chega até ao Céu" e "ida para o céu" possuem o mesmo sentido. Significa que a Bíblia seria novamente exaltada, depois dos três anos e meio, e ganharia lugar de destaque em todo o mundo. A Sociedade Bíblica Britânica foi organizada em 1804 e a Sociedade Bíblica Americana em 1816. Essas sociedades, junto com as suas quase inumeráveis subsidiárias, começaram a espalhar a Bíblia por todas as partes. Antes de 1804, a Bíblia havia sido impressa e distribuída em apenas 15 línguas. Até dezembro de 2012, já foram registradas publicações do texto bíblico em mais de 2.500 diferentes línguas. CONCLUSÃO A Palavra de Deus sofreu ataques terríveis no decorrer da história, mas o mais interessante é que ela mesma apresentava profecias a cerca destas investidas, oferecendo inclusive datas e períodos. O que você acha disso? Deus, por meio da Sua Palavra demonstra que podemos confiar em Suas revelações e, mais do que isso, que devemos examinar as Escrituras e viver conforme seus ensinos para termos uma vida segura e feliz. |
9.1 | Chegamos agora a parte central do livro de Apocalipse, os capítulos 12 a 14. Até aqui estudamos a porção histórica do livro: as sete igrejas, os sete selos e as sete trombetas. Depois desta parte central estudaremos a porção escatológica do livro: as sete pragas, a queda de Babilônia, o milênio e a Nova Jerusalém. Os capítulos 12 a 14 de Apocalipse não seguem uma clara progressão histórica. Em vez disso, ocorre uma espécie de montagem animada que nos conduz repentinamente para adiante e para trás, de modo a produzir em nós a impressão desejada. Seria como um filme sobre a vida de Ayrton Senna, que inesperadamente o mostrasse dirigindo seu Fórmula 1, depois apresentasse imagens do garoto dentro de um kart, uma outra cena que o apresentasse no pódio recebendo seu terceiro título mundial, e logo depois uma emocionante vitória de sua carreira debaixo de muita chuva. Enquanto estivermos estudando esta parte central do Apocalipse devemos estar atentos a estas transições abruptas na linha do tempo. Apocalipse 12 nos apresenta uma sinopse do grande conflito entre o bem e o mal, entre Deus e Satanás. Podemos dividir este capítulo em quatro tópicos: a) A origem do pecado e o início do conflito no Céu. b) Ataques de Satanás a Cristo, quando Este viveu entre os homens. c) Perseguição à igreja nos séculos subsequentes. d) Guerra final de Satanás contra o remanescente de Deus. Através dos simbolismos proféticos descobriremos pormenores da luta cósmica entre as forças do bem e as forças do mal. O Apocalipse nos dá a certeza da vitória final da igreja de Cristo e a derrota de Satanás e suas hostes. De todos os símbolos apocalípticos, este é um dos mais belos. É assim que Deus vê a Sua igreja, sempre muito bela! Entretanto a sua beleza possui uma razão fundamental, ela está vestida com a glória do noivo, que é Jesus Cristo! Confira os significados dos símbolos proféticos: 1 - Mulher em profecia é símbolo da igreja (Is.54:1; Is.54:5; Je.6:2; 2Co.11:2; Ef.5:22-24). 2 - Vestida com o Sol; a igreja na qualidade de luz para o mundo, se veste com o Sol da justiça, que é Cristo (Sl.84:11; Ml.4:2). O próprio Cristo declarou ser a Luz do mundo em Jo.8:12). 3 - A Lua é uma representação do sistema de sacrifícios do Antigo Testamento que refletia a obra de Jesus (Hb.9:9-12; Hb.9:23-24), assim como a lua reflete a luz do Sol. 4 - As doze estrelas da coroa representa a realeza. Doze é o número do reino de Deus. O povo de Deus no Antigo Testamento, Israel, estava dividido em 12 tribos. Jesus, ao fundar Sua igreja, o novo Israel, escolheu doze apóstolos (Lc.6:13), que passaram a constituir o fundamento da igreja (Ef.2:20). |
9.2 | Desde os dias do Antigo Testamento, o Messias estava prometido para livrar o ser humano da condenação imposta pelo pecado. Observe, por exemplo, como Isaías anuncia a vinda do Salvador: "Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Is.9:6). O Apocalipse faz referência, de forma específica, a promessa messiânica do Sl.2:6-9: "Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro". Jesus é o filho que nasceu da mulher. |
9.3 | Este grande dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres é o arqui-inimigo de Deus, Satanás. Sua primeira rebelião ocorreu no céu, quando se opôs ao governo de Deus e desejou estabelecer seu trono acima do trono de Deus e ser semelhante ao Altíssimo (Is.14:12-14; Ez.28:14-17). Aqui mesmo em Apocalipse 12 somos informados de sua expulsão do céu: "Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos" (Ap.12:7-9). |
9.4 | Expulso do céu, Satanás veio parar nesta terra e arrastou consigo a terça parte dos anjos de Deus. Disfarçado de uma serpente no jardim do Éden, conseguiu enganar também os nossos primeiros pais, Adão e Eva (Gn.3:1-6). Assim o pecado passou a fazer parte da história humana trazendo miséria e sofrimento aos descendentes de Adão. Todavia, mesmo antes de surgir o pecado, Deus já tinha estabelecido um plano caso o homem pecasse (1Pe.1:18-20; Ap.13:8). Em Gn.3:15 Deus deu a conhecer esse plano. Aqui vemos a primeira promessa messiânica: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". Jesus é o descendente da mulher, o filho da igreja que Satanás estava ávido para devorar (Ap.12:4). Satanás opera por meio de agentes terrenos para alcançar seus propósitos. Tão logo Jesus nasceu, Satanás usou o rei Herodes para destruir o menino (Mt.2:16-18). José e Maria, avisados por um anjo de Deus, fugiram para o Egito, cumprindo assim as profecias do Antigo Testamento (Je.31:15; Os.11:1) e o menino foi salvo.UMA TERRÍVEL PERSEGUIÇÃO CONTRA A MULHER Frustrado ao tentar matar o menino, Jesus, o grande dragão vermelho volta agora seu ódio contra a mãe, a mulher (igreja). Usando instrumentalidades humanas, Satanás arrojou uma sangrenta perseguição à igreja de Cristo. Jesus havia advertido aos Seus discípulos: "Sereis odiados de todos por causa do meu nome..." (Mt.10:22). E declarou ainda: "...lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome" (Lc.21:12). Quase todos os apóstolos morreram como mártires. A cidade de Jerusalém foi destruída no ano 70 a.D. e milhares de cristãos foram mortos. Quando o Coliseu Romano foi inaugurado, por volta do ano 80 a.D., milhares de cristãos foram sacrificados durante os meses de festejos. Mas a profecia falava ainda de um longo período de perseguição que se abateria sobre a igreja. Uma perseguição que duraria por séculos. |
9.5 | Aqui vemos o mesmo período profético mencionado por Daniel: "um tempo, tempos e metade de um tempo" (Dn.7:25). No Apocalipse este mesmo período aparece de três maneiras distintas: 3,5 tempos...................................(Ap.12:14) 42 meses......................................(Ap.13:5) 1.260 dias/anos............................(Ap.12:6) Dn.11:13 deixa claro que "um tempo" é igual a "um ano", assim, temos o período de 3,5 anos. Se cada ano possui 12 meses, então temos um total de 42 meses e se cada mês do calendário judeu possui 30 dias, então temos 42 x 30 = 1.260. Todas estas expressões se referem a um mesmo período de tempo, ou seja, 1.260 anos em que o povo de Deus seria perseguido. Quando se cumpre este período na história? No século VI o papado se estabeleceu firmemente. Isso ocorreu no ano 533 a.D., quando o bispo de Roma foi declarado a cabeça de todas as igrejas e 538 a.D., quando os Ostrogodos, a última tribo bárbara que não aceitava a supremacia do papa foi expulsa de Roma. A partir daí, por 1.260 anos, o papado perseguiu aos cristãos que se opunham aos ensinos da igreja e buscavam apenas seguir os ensinamentos da Bíblia. Esta perseguição atingiu na Europa os povos Valdenses, Albigenses, Huguenotes entre outros. A perseguição somente teve fim em fevereiro de 1798, quando o papa Pio VI foi preso por ordem de Napoleão Bonaparte e seu poder foi tirado. |
9.6 | Durante séculos a igreja de Cristo encontrou refúgio no isolamento e obscuridade. Os fiéis filhos de Deus fugiram para as elevadas montanhas e vales dos Alpes e ali, em meio à natureza, nos ermos da terra, adoravam a Deus e seguiam Sua Palavra longe dos falsos ensinos e tradições do papado. A verdade foi preservada por estes povos (Valdenses, Albigenses, Huguenotes e outros) e o movimento de Reforma do século XVI, com Lutero e seus colaboradores vieram para expor o verdadeiro caráter do papado e quebrar o poder que tinha escravizado as mentes do povo com suas superstições. |
9.7 | Até o ano 1798, quando só então o papa perdeu seu poder temporal, a igreja de Cristo estaria oculta no deserto. Passado este período ela deveria reaparecer no cenário mundial, ou seja, sair do deserto. Ap.12:17 fornece ainda duas características desta igreja remanescente: "guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus". Os mandamentos de Deus são dez (Ex.20:3-17). Já o "testemunho de Jesus", segundo Ap.19:10 é o "espírito da profecia", ou seja, uma manifestação do dom profético junto a esta igreja. Se quisermos identificar a igreja remanescente hoje precisamos buscar por estas três características. A Igreja Adventista do Sétimo Dia surgiu do desapontamento milerita de 1844 (ver lição 7), pregando a vigência de todos os mandamentos da Lei de Deus, inclusive o quarto, que requer a observância do santo sábado. Teve o dom profético manifestado em Ellen G. White, que ao longo de 70 anos de ativo ministério, recebeu de Deus mais de duas mil visões e sonhos. Como resultado destas revelações, ela escreveu mais de 100 mil páginas sobre os mais variados assuntos. Hoje a igreja congrega quase 20 milhões de membros espalhados em mais de 200 países do mundo. Ela sistematizou 28 crenças fundamentais, todas fortemente alicerçadas na Bíblia, a autorizada Palavra de Deus. |
9.8 | Somos informados pela Bíblia de que Deus sempre teve um povo com quem estabeleceu uma aliança a fim de ser depositário de Suas verdades. No Antigo Testamento Deus escolheu a Israel (Gn.12:1-2; Gn.17:7; Is.44:1; Is.45:4). Vindo Cristo, Ele fundou a igreja sobre Ele mesmo que é a Rocha e colocou também os apóstolos e profetas por fundamento (Mt.16:18; Ef.2:20). Mesmo tendo escolhido a Israel e organizado a Igreja Cristã, sempre houve pessoas sinceras que não faziam parte deste círculo. No tempo do fim surgiria a igreja remanescente, mas Deus tem filhos sinceros que ainda não fazem parte de sua comunhão. Ele mesmo está conduzindo este povo para que saia de Babilônia, símbolo de confusão, e se una àqueles que guardam os mandamentos e tem a fé de Jesus (Ap.14:12). |
9.9 | Há uma aclamação de vitória: "foi expulso o grande dragão", e "foi expulso o acusador de nossos irmãos". Cristo é o grande vencedor! O divino Juiz já julgou sua causa e a sentença será executada em breve. |
9.10 | No decorrer da história, milhares foram perseguidos por amor a Cristo e outros milhares continuam sendo ou ainda serão. Entretanto, por meio da vitória obtida por Cristo na cruz, os filhos de Deus podem ter a certeza de que a vitória final já está garantida. CONCLUSÃO Hoje o grande conflito entre as forças do bem e do mal está em andamento. Cada um de nós precisa tomar uma posição e de que lado ficar no grande conflito. Jesus deixou claro que existem apenas dois caminhos, um estreito que conduz à vida, e um largo, que conduz à perdição. No caminho estreito existem muitos obstáculos e tentações, porém, podem ser vistas as pegadas de Jesus, e podemos avançar firmes em direção ao alvo, a coroa da vida eterna (Ap.2:10). |
10.1 | O capítulo 13 de Apocalipse amplia com muitos detalhes a guerra do dragão contra a mulher do capítulo 12. O capítulo 12 termina dizendo que o dragão, Satanás, estava irado contra a mulher, a igreja, e foi guerrear contra "os restantes da sua descendência". Então no capítulo 13 são apresentadas duas bestas, símbolo de dois poderes que se aliarão ao dragão contra Deus e Seus santos. Estes capítulos formam uma mesma unidade temática. O dragão prossegue sua luta contra Deus e desta vez usará dois poderes, duas bestas, para tentar alcançar seus objetivos. No estudo de hoje vamos identificar a primeira besta, que poder ela representa e qual seria sua obra no cenário do tempo do fim. |
10.2 | Há uma íntima relação entre Apocalipse 13 e Daniel 7. Daniel viu quatro animais que surgiram do grande mar. O primeiro parecia um leão, seguido um urso, depois um leopardo e, finalmente, um quarto animal, chamado apenas "terrível e espantoso" (Dn.7:3-7). Estes quatro animais representam quatro reinos que assumiriam o poder político na história e estão em paralelo com os metais da estátua do capítulo dois de Daniel, ouro, prata, bronze e ferro. Eles representam respectivamente os impérios da Babilônia, Grécia, Medo-pérsia e Roma. Quando sai de cena o imperador, a figura que assumirá o controle político e eclesiástico é o papa. A expressão latina pontifex maximus (literalmente "máximo construtor de pontes" ou "supremo construtor de pontes") designava o sacerdote supremo do colégio dos sacerdotes, a mais alta dignidade na religião romana. Este título foi incorporado pelos imperadores romanos, a partir de Augusto (27 a.C. até 14. a.D.). Com a queda do Império Romano, no século V, esse título passou a ser usado pelos bispos e, após o século XI, apenas para os papas. |
10.3 | A besta que surge do mar possui sete cabeças. Já vimos que essa besta se assemelha aos animais do capítulo sete de Daniel (leopardo, urso e leão). O leão possuía uma cabeça, o urso também, e o leopardo possuía quatro. Se somarmos estas seis cabeças com a cabeça do animal terrível e espantoso, Roma, chegamos às sete cabeças. Interessante notar ainda o que diz Daniel com relação aos três primeiros animais: "Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo" (Dn.7:12). Parece-nos que estes animais ainda sobrevivem junto com o quarto, por isso a semelhança entre eles. O quarto animal de Daniel 7, "terrível e espantoso", representa Roma na profecia. O que precisamos notar é que, após o surgimento das dez tribos, Daniel fala do surgimento de um chifre pequeno, o décimo primeiro (Dn.7:8). Este chifre pequeno representa Roma Papal, que assumiu o controle após a queda do Império Romano em 476 a.D. Logo, o quarto animal (Roma Imperial) e o chifre pequeno (Roma Papal) estão em paralelo com a besta de Apocalipse 13, portanto trata do mesmo poder. Veja o paralelo abaixo: QUARTO ANIMAL + CHIFRE PEQUENO (DANIEL 7) | BESTA DO MAR (APOCALIPSE 13) | Olhos como de homem Dn.7:8 | Número de homem Ap.13:18 | Boca que falava insolências Dn.7:8 | Boca que proferia arrogâncias e blasfêmias Ap.13:5 | Tirar o domínio e destruir Dn.7:26 | Ferida mortal Ap.13:3 | Fazia guerra aos santos Dn.7:21 | Pelejaria contra os santos Ap.13:7 | Palavras contra o Altíssimo Dn.7:25 | Blasfêmias contra Deus Ap.13:6 | Magoaria os santos Dn.7:25 | Pelejaria contra os santos Ap.13:7 | Mudaria os tempos e a lei Dn.7:25 | Difamar o tabernáculo Ap.13:6 | Perseguiria por 1.260 anos Dn.7:25 | Autoridade para agir 42 meses Ap.13:5 | Logo, podemos concluir que a besta que sobe do mar representa Roma em suas duas fases, pagã e papal. Estas sete cabeças podem então representar os sete poderes que, ao longo da história, perseguiram o povo de Deus: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-pérsia, Grécia, Roma pagã e Roma Papal. |
10.4 | Roma, em suas duas fases, pagã e papal, copiaria elementos dos impérios que vieram antes dela. De Babilônia, Roma copiou a pretensão e o orgulho (Is.14:10-14; Dn.4:30; Je.50:29), o pecado e a transgressão à Lei de Deus (Is.13:11; Is.14:13-14). Da Medo-pérsia, Roma copiou o culto de adoração no dia do Sol, o domingo. O antigo culto persa, chamado mitraísmo, dedicava o primeiro dia de semana à adoração ao deus Mitra, o deus Sol. Da Grécia, Roma copiou o sistema de imagens e invocação de santos (os gregos davam formas humanas às suas divindades). |
10.5 | O Apocalipse menciona que este poder agiria por 42 meses. Cada mês do calendário judaico possuía 30 dias, assim temos 30 X 42 = 1.260. Esta mesma forma de tempo aparece em Ap.12:6, mil duzentos e sessenta dias. Se aplicarmos o princípio dia/ano de interpretação profética (Nm.14:34; Ez.4:6-7), temos então 1.260 anos literais. Este período se cumpre na história a partir do ano 538 a.D., quando os Ostrogodos, a última tribo bárbara que não aceitava a supremacia do papa foi expulsa de Roma. A partir daí, por 1.260 anos, o papado perseguiu aos cristãos, chamados santos no Apocalipse. A perseguição somente teve fim em fevereiro de 1798, quando o papa Pio VI foi preso por ordem de Napoleão Bonaparte. |
10.6 | Este ferida mortal representa exatamente a prisão do papa Pio VI por ordem de Napoleão Bonaparte. A partir desta data, 15 de fevereiro de 1798, o papa não deveria mais exercer qualquer função. Despojado de seu poder, tanto civil como eclesiástico, Pio VI morreu no exílio, em Valença, na França, no dia 29 de agosto de 1799. Cumpriram-se então as palavras proféticas: "Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai..." (Ap.13:10). Um novo papa foi eleito em 14 de março de 1800, Pio VII, embora neste momento não tivesse nenhum poder. Todavia, a profecia diz que a ferida mortal seria curada e toda a terra se maravilharia seguindo a besta. Desde o concílio Vaticano I, realizado nos anos 1869 e 1870, o papado busca se restabelecer. Neste mesmo concílio foi pronunciado o dogma da infalibilidade papal, de acordo com o qual o papa, quando fala ex-cathedra, isto é, em função de seu ofício apostólico, seja para explicar uma doutrina ou um item da fé e moral a serem mantidos pela igreja, seja concernente à disciplina e ao governo da mesma, sua palavra é a lei e deve ser acatada sem questionamento, permanecendo inalterável por si mesma, e não pelo consenso da igreja. Desde então o prestígio do papa só tem crescido. No ano de 1962, o então papa João XXIII, foi declarado pela revista Time, o homem do ano. Em 1994, João Paulo II foi o segundo papa a receber este título. E em 2013, o papa Francisco recebeu o mesmo título. |
10.7 | Esta besta já foi identificada como sendo Roma, em suas duas fases, pagã e papal. Nos tempos do império, os imperadores romanos assumiram a posição de Deus e assim se consideravam. Já nos dias de Roma Papal, este título é aplicado ao papa. Leão XIII afirmou: "... Nós detemos nesta terra o lugar de Deus Todo-Poderoso..." (Praeclara Gratulationis Publicae - A Reunião da Cristandade - Encíclica promulgada em 20 de Junho de 1894). Pretender ser Deus é na Bíblia uma clara blasfêmia. Jesus foi acusado disso. Os judeus disseram: "Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo" (Jo.10:33). Jesus não cometeu blasfêmia porque Ele é Deus. Mas qualquer outro que pretenda tal título, nisso blasfema. A Bíblia também afirma que a pretensão de perdoar pecados é blasfêmia. Os escribas e fariseus disseram de Cristo: "Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" (Lc.5:21). Mais uma vez Jesus não pecou, porque sendo Deus, pode perdoar pecados. Mas não é exatamente isso que pretende a doutrina da confissão auricular? Quando se busca o homem para perdão de pecados? Assim, as blasfêmias proferidas por este poder se aplicam claramente a Roma Papal. Como este poder, Roma Papal, difama o tabernáculo? Quando afasta a mente dos homens da obra mediadora de Cristo, no Santuário Celestial, e pretende assumir a posição de mediador entre Deus e os homens, posição esta conferida por Deus apenas a Cristo (At.4:11-12; 1Tm.2:5; 1Jo.2:1). |
10.8 | Existe uma união entre o dragão e a besta que surge do mar, porque ambos possuem sete cabeças e dez chifres (comparar Ap.12:3 com Ap.13:1). No fato do dragão delegar seu poder, seu trono e grande autoridade a primeira besta é isto uma imitação deliberada de como Deus tem dado seu poder e seu trono ao filho, Jesus Cristo (Ap.5:12-13). Por isso esta primeira besta se caracteriza como sendo o anticristo, porque procura ocupar o lugar deste. Da mesma maneira procura descrever a morte e a ressurreição do Messias pela própria morte e ressurreição da besta, após a ferida mortal. Por isso a besta opera como uma falsificação do cordeiro, um falso cristo. Além de tudo isso, busca para si a adoração que é devida apenas ao Criador (Ap.14:7). Quem irá adorar este poder? Somente aqueles que NÃO têm seus nomes no livro da vida. A Bíblia faz várias menções a este livro. Moisés, colocando-se como intercessor entre o povo de Israel e Deus, disse: “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste" (Ex.32:32). Davi também fez menção a este livro: "Sejam riscados do Livro dos Vivos e não tenham registro com os justos" (Sl.69:28). O próprio Cristo disse aos discípulos: "Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus" (Lc.10:20). E o Apocalipse, falando sobre quem poderá ter acesso a cidade santa, afirma: "Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro" (Ap.21:27).CONCLUSÃO Falando desta besta que sobe do mar, o poder papal, Ap.13:8 afirma que "adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra". É evidente que esse "todos" tem sentido relativo, pois os verdadeiros cristãos não adorarão este poder. Vai chegar o tempo em que a ferida mortal estará completamente curada, e a supremacia da besta será reconhecida em todas as partes do planeta. Não é precisamente para isso que caminhamos, ao ver os noticiários da TV ou sites da Internet? Este poder será mundialmente adorado e, para isso, um dia será dedicado de forma especial. Ap.13:16 fala de uma marca que será aplicada sobre a mão direita ou sobre a fronte. Esta marca tem a ver com um falso dia de adoração que será imposto aos habitantes da terra. Conheceremos mais sobre este assunto em nosso próximo estudo, uma besta que sobe da Terra. Por hoje, ouçamos o convite do Apocalipse: “Adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap.14:7). Ele é nosso Criador e nosso Redentor. Louvado seja Deus! |
11.1 | No estudo anterior conhecemos as características da besta que sobe do mar, que é Roma em suas duas fases: Imperial e Papal. Entretanto, na continuidade do Apocalipse 13 encontramos uma segunda besta. Ela possui características distintas e emerge da Terra. No estudo de hoje descobriremos que poder é representado por essa besta, de que forma ela se unirá e apoiará a primeira besta em seus propósitos, o que significa o enigmático número 666 e ainda aprenderemos sobre o selo de Deus, que no Apocalipse está em oposição ao selo da besta. A segunda besta surge da terra. Mas o que significa isso? Relembrando: a primeira besta, da lição anterior, surge do mar (mesmo sentido de "água" em Ap.17:1-2), e o "mar" simboliza densas populações (Ap.17:15). Sendo assim, podemos concluir que "terra" representa o oposto: uma população escassa. A nação assim representada não surgiria, portanto, pela guerra, conquista e ocupação, mas se desenvolveria e alcançaria a grandeza numa região de poucos habitantes. O profeta viu esta nação "emergindo" (do grego anabainom), que significa crescer como uma planta. |
11.2 | A segunda besta possuía dois chifres como de cordeiro. Os chifres significam poder, rei ou reino (confira Ap.17:2; Dn.8:21-22; Dn.7:24). No Apocalipse, as 29 ocorrências da palavra "cordeiro" referem-se a Jesus. Então, "chifres como de cordeiro" simboliza um poder governamental gentil, quase "cristão". Os chifres não têm coroas como o grande dragão vermelho e a besta como corpo de leopardo. Isso significa que não haverá nem papa, nem rei, mas uma república ou um poder democrático. O fato de ter dois chifres pode ser uma alusão à liberdade civil e religiosa. Os Estados Unidos da América preenchem acuradamente as especificações desta profecia. A América foi fundada sobre princípios de liberdade religiosa. O artigo VI, seção 4, da Constituição americana assim diz: "Uma vez que cada pessoa tem o direito de escolher sua própria religião sem o preço da discriminação, nenhum teste religioso jamais será requerido como forma de qualificação para qualquer cargo ou função pública nos Estados Unidos". A besta de dois chifres deveria emergir da terra após a primeira besta emergir do mar. Quando ocorre a ferida mortal da primeira besta, em 1798, que nação do mundo estava em franca ascensão? Os Estados Unidos da América. Os britânicos colonizaram a região da costa atlântica (América do Norte), onde foram fundadas um total de Treze Colônias. Estas colônias, inicialmente muito diferentes e afastadas política e culturalmente entre si, uniram-se e declararam sua independência em 4 de julho de 1776, tendo esta independência sido reconhecida pelo Reino Unido após o fim da Revolução Americana de 1776 e, em 1783, sob os termos do Tratado de Paris. Desde então, os Estados Unidos gradualmente evoluiriam em uma superpotência, passando a exercer crescente influência política, econômica, militar e cultural no panorama mundial. FALAVA COMO UM DRAGÃO A besta que parecia um cordeiro, agora começa a falar como um dragão. Como fala uma nação? Um governo fala por meio de suas leis. De acordo com esta profecia, aqueles que obedecem à Lei de Deus podem esperar perseguições, mesmo nesta república da liberdade, a qual por muitos anos têm sido um refúgio para os perseguidos. Quando esta besta fala como um dragão, isso quer dizer que sua natureza muda de cordeiro para dragão, e que ele faz o mesmo tipo de obras do dragão que veio antes dela. |
11.3 | O texto revela que a segunda besta, com aparência de cordeiro, passou a exercer toda autoridade para fazer com que a Terra e os seus habitantes adorassem a primeira besta, que teve sua feria curada e, também, operasse grandes sinais. Como pode ser possível tamanha mudança? Os protestantes fundamentalistas costumavam insistir na separação entre Igreja e Estado. Atualmente, existem organizações que estão exigindo regulamentações morais patrocinadas pelo governo. Em cumprimento à profecia, vemos os Estados Unidos começando a exercer o seu poder político para impor uma religião que se oponha aos Dez Mandamentos (Ex.20:1). RELEMBRANDO: a) Ferida mortal — No ano 1798, ao terminarem os 1.260 anos de poder perseguidor (538 + 1.260 = 1.798), o general de Napoleão Bonaparte, Berthier, prendeu o papa Pio VI, cumprindo-se assim a profecia de uma "ferida mortal" ao papado (Ap.13:3). O código de Justiniano foi anulado e o papado desapropriado dos cinco Estados que este tinha no centro da Itália. Seus poderes temporais foram tirados. A ferida foi tão profunda que parecia que o papado não se recuperaria mais dela. O papa Pio VI foi levado para o cativeiro (Ap.13:10) e seus sucessores se auto recluíram no cativeiro, negando-se a aparecer em público até que se lhes restituíssem os poderes temporais. b) O início da cura da ferida moral — Em 1929, Benito Mussolini assinou a célebre concordata com o papado, dando-lhe os 44 hectares que hoje constituem o Estado do Vaticano, recuperando-se assim o poder temporal dos papas. Desde aquela época voltaram a mostrar-se em público com poder e popularidade crescentes, fazendo viagens pelo mundo e sendo aclamados por multidões, inclusive em países protestantes como os Estados Unidos. Entendemos que com este evento teve início a cura da ferida de morte. Quando ela for totalmente curada, toda a terra se maravilhará seguindo a besta (Ap.13:3). c) Os sinais — Os Estados Unidos têm sido chamados de terra das maravilhas, terra da ciência, da invenção e da produção em massa. O mundo do aprendizado, da cura, da velocidade e do glamour insuperável. Terra da liberdade civil e religiosa. Tais sinais fazem com que as pessoas acreditem que possuem a bênção de Deus e serão guiadas por ele. |
11.4 | As pessoas são levadas a adorar a primeira besta. Esta adoração significa submissão à autoridade daquele a quem se presta reverência. Este é o retrato que a profecia fornece da adoração dedicada ao papado pelos chamados protestantes. No ato de impor uma adoração, este poder se coloca no lugar de Deus, único ser digno, em todo o universo, de ser adorado. |
11.5 | A severa medida de pena de morte será tomada num esforço para que haja conformidade com os ditames da imagem. Os que se recusarem a alinhar-se com essa confederação político-religiosa serão considerados dissidentes. A eles serão negados emprego, sustento e, finalmente, serão perseguidos de morte. Mas Deus cuidará dos Seus fiéis. |
11.6 | A marca da besta não pode ser interpretada de forma literal. O apocalipse revela que a marca possui as seguintes características: a) Ela é concreta e reconhecível. b) É imposta sobre os habitantes do mundo. c) Os indivíduos podem rapidamente identificá-la e, consequentemente, aceitá-la ou rejeitá-la. d) A atitude pessoal diante dessa imposição implica em vida ou morte. A marca da besta faz um contraponto com o selo de Deus, apresentado por Ezequiel. Enquanto a marca da besta traduz desobediência, rebelião contra Deus, adoração ao dragão, a marca de Deus refere-se à obediência, adoração e submissão ao Criador, representado de forma específica pelo quarto mandamento da Lei de Deus. Se o selo (ou marca) de Deus é representado pelo sábado, e por extensão toda a lei, a besta, numa contrafação à Lei de Deus, exalta a observância do domingo como dia sagrado. Este aspecto na adoração se tornará fundamental e representará um diferencial visível entre dois grupos: os fiéis a Deus, que guardam toda a lei, inclusive o sábado (Ex.20:8-11) e os fiéis à besta, aqueles que guardam o domingo. |
11.7 | Assim como Nabucodonosor, o rei de Babilônia, exigiu ser adorado por meio de uma imagem de ouro, Satanás levará o mundo a adorá-lo. Com exceção, é claro, de um grupo de pessoas que não aceitará adorá-lo, como os amigos de Daniel. As bestas do Apocalipse são os instrumentos satânicos para impor esta adoração ao inimigo de Deus. O número 666 representa um sistema, em vez de um indivíduo. Como é usado num sentido simbólico, ele não pode ser uma marca literal. Os judeus acreditavam que havia uma maldição no número seis, mesmo estando ele sozinho. Multiplique-o por três e ele terá uma potência para o mal impossível de ser superada. A estátua construída por Nabucodonosor, em Dn.3:1-30, tinha 60 côvados de altura e 6 côvados de largura. Os deuses em Babilônia eram classificados por números. O deus menor recebia o número 6 e o deus maior, o número 60. Quando se desejava referir-se a todos os deuses, usava-se o número 600. Assim vemos um claro paralelo entre Dn.3:1-30 e Ap.13:1-18. Este número está em oposição a Deus e busca ocupar Seu lugar. CONCLUSÃO Diante destas duas últimas lições sobre Apocalipse 13, o destaque é que elas estão em fase adiantada, em seu cumprimento. Podemos observar hoje, pelos veículos de comunicação, uma forte onda de ecumenismo, uma busca pela união das religiões mundiais. Diversas questões políticas-religiosas estão em discussão, a exaltação do domingo como dia sagrado da família e outras. Por outro lado, os Estados Unidos estão oferecendo todo apoio aos propósitos deste movimento e oferecendo respaldo à Igreja Romana. Embora a profecia aponte dias desafiadores para os fiéis filhos de Deus, podemos contar com suas promessas de proteção e vitória (Sl.91:1-16). Aqueles que firmarem seus pés na Palavra de Deus andarão em segurança na luz de Cristo e brilharão para o mundo como estrelas, sempre e eternamente (Dn.12:3). |
12.1 | Em Apocalipse 14 João emprega uma figura de linguagem em que ele antecipa certos acontecimentos. Encontramos aqui uma estrutura proléptica, na qual primeiro é descrito o grupo dos 144 mil (Ap.14:1-5), para então serem mencionadas as três mensagens angélicas responsáveis pela origem deste grupo (Ap.14:6-12). Tanto a proclamação das mensagens quanto a formação do grupo são descritas como ocorrendo no período final da história humana, que antecede a segunda vinda de Cristo e o juízo final (Ap.14:14-20). Nesta lição aprenderemos sobre três urgentes mensagens que precisam ser dadas ao mundo antes do regresso de Jesus a esta terra. Veremos quem estes anjos representam e qual o significado de cada mensagem! Em Ap.14:6-12 há três solenes mensagens de Deus para os habitantes da Terra, designadas especialmente para o "tempo do fim" (Dn.12:4). João viu três anjos voando pelo meio do céu. O primeiro tinha um evangelho eterno para ser pregado a todo o mundo. Este evangelho é chamado de "evangelho eterno" porque ele não muda. É o mesmo evangelho da graça de Deus que foi pregado a Adão (Gn.3:15), ao povo de Israel (Hb.4:1-2), aos gentios (Rm.1:16) e que deve ser proclamado em todo o mundo (Mt.24:14). Isto significa que nas dispensações do Antigo e do Novo Testamento, o método de salvação é o mesmo, a salvação pela graça, mediante a fé em Jesus (Ef.2:8). O segundo anjo trazia a mensagem de advertência: "Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição" (Ap.14:8). Em seguida o terceiro anjo adverte contra a adoração da besta e a sua imagem (Ap.14:9). Vejamos estas mensagens com mais detalhes. |
12.2 | A proclamação do "evangelho eterno" a todo o mundo envolve a importante mensagem de advertência da chegada da hora do juízo de Deus. O juízo mencionado neste verso se iniciou em 1844, como tipificado pelo Dia da Expiação ou purificação do santuário terrestre (Lv.16:1-34; Dn.8:14; Hb.9:23). Para os israelitas o Dia da Expiação é um dia de acerto de contas, de juízo, e qualquer um que não afligisse a alma e não confessasse seus pecados, era banido do arraial (Lv.23:29)."Temer a Deus" significa ir a Ele em reverência e respeito. Exprime a ideia de lealdade e obediência. Provérbios apontam o "o temor do SENHOR" como sendo "o princípio da sabedoria" (Pv.9:10). Esta mensagem de juízo é acompanhada de um forte apelo e chamado ao arrependimento, antes que venha a ira futura. Homens, mulheres e crianças de todas as nações são chamados a adorar "aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas". Somente Deus, o Criador, pode ser adorado. A adoração a Deus é colocada em contraste com a adoração à besta (Ap.13:8; Ap.13:12). A linguagem empregada nesta solene advertência é uma símile à do quarto mandamento: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou" (Ex.20:8-11). Antes de Cristo encerrar Sua obra de mediação no Santuário Celestial e retornar a esta Terra, todos são chamados a adorar a Deus, "aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas". O mandamento do sábado é um constante lembrete de que Deus é o Criador e que nossa adoração deve ser dedicada somente a Ele. |
12.3 | Após a ascensão Jesus iniciou Seu ministério sacerdotal no Santuário Celestial. Lá Ele exerce Sua função de mediador junto ao Pai, advogado e juiz (1Tm.2:5; 1Jo.2:1). Ele aplica em favor dos crentes os méritos de Seu precioso sangue, oferecendo reconciliação e perdão. Após o tempo especificado na profecia de Dn.8:14, Jesus deu início ao processo de purificação do santuário, o que corresponde ao juízo que ocorre antes de Sua Segunda Vinda (Hb.9:23). Todos nós compareceremos perante o tribunal de Cristo para sermos julgados. Unicamente os méritos do sangue de Jesus podem nos absolver e nos salvar. |
12.4 | O juízo de Deus será estabelecido segundo a verdade que recebemos de Sua Palavra (Rm.2:2). Todas as obras serão trazidas a juízo, mesmo as encobertas, boas ou más. A salvação é unicamente pela graça (Ef.2:8), mas o homem será julgado por suas obras e pelos motivos do seu coração (Ap.22:12). As obras não salvam, mas testificam a fé de quem as pratica (Tg.2:26). Os Dez Mandamentos são o padrão moral pelo qual Deus julgará todas as coisas. |
12.5 | O quarto mandamento da santa Lei de Deus, que requer a observância do sábado, revela a razão para O adorarmos: "porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou" (Ex.20:8-11). Por esta razão Deus disse: "Lembra-te do dia de sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus" (Ex.20:8-11). |
12.6 | O segundo anjo anuncia a queda de Babilônia. Esta é a primeira vez que João emprega o nome Babilônia no Apocalipse. Esta cidade foi fundada por Ninrode e desde o seu início ela foi símbolo de descrença no Deus verdadeiro e desafio à Sua vontade (Gn.11:4-11). Todo projeto da construção da cidade estava em direto desafio à promessa de Deus de que Ele jamais voltaria a destruir o mundo por um dilúvio. Eles desejavam ser conhecidos pelo nome Babilu, que significa "porta dos deuses". Mas Deus enviou-lhes confusão, e jamais concluíram o projeto. Deus chamou aquele lugar de "Babel" ou "Babilônia", que significa confusão. Até hoje Babilônia tem simbolizado apostasia, arrogância, confusão e salvação pelas obras. Duas cidades antigas, Jerusalém e Babilônia, são colocadas em contraste nas Escrituras desde o Gênesis. Salém, significa paz (Gn.14:18), e Babel significa confusão (Gn.11:9). Jerusalém tornou-se o centro do governo terrestre de Deus. Babilônia, tornou-se o centro do governo de Satanás. Na Bíblia estas duas cidades representam dois reinos espirituais. Assim como Babilônia caiu ante o Império Medo-Persa, pelo desvio das águas do rio Eufrates, a Babilônia Mística também cairá da mesma forma (Ap.14:8; Ap.16:12; Ap.18:2). |
12.7 | O termo Babilônia é muito abrangente e representa o papado em aliança política e religiosa com os reis da Terra. Representa todas as corporações e movimentos religiosos que têm se desviado da verdade, desafiado a autoridade divina e seduzido as pessoas com o vinho de sua prostituição. "A grande Babilônia" descrita neste verso designa, em sentido especial, as religiões apóstatas unidas no fim do tempo, numa tríplice aliança: (1) papado; (2) protestantismo apostatado; (3) espiritismo. Esta profecia da queda de Babilônia encontra o seu cumprimento no abandono do cristianismo em geral da pureza e simplicidade do evangelho. |
12.8 | O terceiro anjo adverte contra a adoração da besta e de sua imagem: "Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira" (Ap.14:9-10). Vimos nas lições anteriores que a besta que surge do mar é o papado, e a besta que surge da terra, os Estados Unidos da América do Norte. Esta nação protestante irá render um ato de homenagem ao papado, ao buscar levar os cristãos a santificarem o domingo em lugar do sábado. Todos aqueles que aceitarem esta imposição terão recebido a marca ou selo da besta. |
12.9 | "O Espírito da verdade" nos "guia a toda a verdade" (Jo.16:13). Desta maneira o povo remanescente de Deus é selado pelo Espírito Santo na verdade, da qual faz parte todos os mandamentos, inclusive o quarto que requer a observância do sábado. Encontra-se neste mandamento todas as características de um selo (Ex.20:8-11): (1) O nome do legislador - "Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus". (2) Função - "porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há". (3) Domínio - "os céus e a terra, o mar". Se o sábado do sétimo dia é um sinal entre Deus e Seu povo (Ez.20:12; Ez.20:20), o sinal da besta é outro dia da semana em contraposição ao selo de Deus. O selo de Deus, ou o sinal de Seu poder criador, é o sábado do sétimo dia (Gn.2:1-3; Ex.20:8-11; Ap.14:6-7). Desta forma, o sinal da besta é o domingo, que foi instituído pela igreja romana como um dia de guarda e representa esta apostasia universal. |
12.10 | Em um momento crítico da história, quando "a grande Babilónia" prevalecer sobre o Estado para impor a obrigatoriedade da observância do domingo por meio de decretos e leis civis, o povo remanescente de Deus permanecerá leal aos mandamentos divinos. Como resultado da solene advertência das três mensagens angélicas, surgirá um remanescente fiel a Deus. Eles são "os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Ap.14:12). Por causa do pecado nos tornamos totalmente impossibilitados de alcançar o padrão de justiça divina (Rm.8:7), porém, mediante a graça de Jesus e Sua obra recriadora (2Co.5:17), o homem é restaurado à imagem divina e habilitado a ser fiel e obediente a Deus (Fp.2:13). Portanto, o povo remanescente é caracterizado por sua fé inabalável em Jesus, perseverança e obediência aos Seus mandamentos.CONCLUSÃO Hoje aprendemos que Deus tem uma mensagem de advertência muito especial para cada um de nós. Bondosamente Deus nos oferece Sua graça salvadora através do "Evangelho Eterno" de Jesus. Cristo está no Santuário Celestial intercedendo e removendo os pecados de Seu povo, "pois é chegada a hora do seu juízo". Ao aceitarmos Jesus como Salvador, aceitamos também os Seus mandamentos, inclusive o quarto que requer a observância do sábado como dia santo e de adoração. Deus nos adverte contra a adoração da besta e da imagem da besta, que ocorre por meio da santificação do domingo. Agora é o momento de você dizer: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js.24:15). |
13.1 | A composição literária do Apocalipse mostra que as pragas ocorrerão após o último chamado ao arrependimento (a proclamação das três mensagens angélicas de Ap.14:6-12) e depois do selamento dos santos (Ap.7:1-4). O povo de Deus do tempo do fim é chamado a separar-se de "Babilônia" e unir-se a Cristo, "para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos" (Ap.18:4). Aqui temos um paralelo com o episódio das dez pragas que caíram sobre o Egito. Assim como o Israel da antiguidade foi protegido pelo "sinal" do sangue nos umbrais das portas (Ex.12:13), o "Israel" do tempo do fim será protegido por um selo especial de Deus, que os anjos colocarão na fronte de cada um dos escolhidos (Ap.7:3; Ap.14:1). Depois do assinalamento, a humanidade estará dividida em apenas dois grupos: os salvos, que possuem o selo de Deus (Ap.7:2-3) e perdidos, que possuem o selo da besta (Ap.13:16-17). Após isto sete anjos sairão do Santuário Celestial segurando sete taças de ouro, "cheias da cólera de Deus". Perceba que anteriormente, os anjos seguravam "taças cheias de incenso", que representam as orações dos santos (Ap.5:8). Isso nos indica que as sete pragas virão como uma resposta de Deus às orações dos santos, pedindo por justiça e livramento. Estes anjos estarão "vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintos de ouro" (Ap.15:6). Sua aparência é semelhante à de Jesus glorificado (Ap.1:13). Esta ligação sugere que os anjos vêm com a autoridade de Cristo que os encomendou. Qual é o marco para o início das pragas? Ap.15:8 nos informa que o Santuário Celestial "encheu-se de fumaça", o que representa o término do tempo de graça para a humanidade, ou seja, Jesus completou a Sua obra de intercessão, no Santo dos Santos, em favor dos pecadores. Portanto, as pragas começam a cair quando terminam as chances de salvação e arrependimento para a humanidade (Ap.22:11). O fim do tempo de graça, ou o "fechamento da porta da graça" pode identificar-se com o tempo no qual "se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo" (Dn.12:1). |
13.2 | Ap.15:1 indica que a "ira de Deus" será o motivo pelo qual as pragas serão derramadas. Isso é estranho para você? Um Deus irado? Para entendermos essa questão, é necessário lembrarmos novamente o episódio das dez pragas que caíram sobre o Egito (Ex.7:1-12:51). O povo de Israel permaneceu longas décadas servindo como escravo nas mãos dos egípcios. Deus escolheu Moisés como libertador do Seu povo que, mediante apelos insistentes, tentou convencer a Faraó que deixasse o povo ir. Porém, o coração do lider egípcio apenas endurecia diante dos convincentes apelos de Moisés. As pragas vieram, então, como uma forma divina de subjugar e eliminar o opressor do povo de Deus, servindo ao mesmo tempo como agentes de libertação dos fiéis filhos de Deus. A ira de Deus não é como a ira humana, que muitas vezes é carregada de ódio, egoísmo e outros sentimentos pecaminosos. A ira de Deus é a Sua santa oposição ao mal. Ela revela quão tremendamente ofensivo é o pecado aos olhos de Deus (Is.59:2). E não duvide, ela é tão real quanto o Seu amor. Deus não tolerará para sempre o pecado e aqueles que persistem em permanecer em deliberada rebelião contra a soberania divina. Sua ira serve, portanto, como um instrumento de correção e extirpação do mal, ao mesmo tempo em que trabalha pelo livramento daqueles que obedecem à verdade. SETE PRAGAS: LITERAIS OU SIMBÓLICAS? UNIVERSAIS OU LOCAIS? As pragas do Apocalipse são literais ou simbólicas? Precisamos entender que a chave para decifrar o Apocalipse não é a aplicação rígida do literalismo ou do alegorismo. Do começo até o fim, este livro apocalíptico tece juntas a linguagem simbólica e a literal numa mesma tela (Ap.1:16; Ap.22:14; Ap.22:17). Por exemplo: A "mulher" que dá à luz "um filho varão, que regerá com vara de ferro a todas as nações" (Ap.12:5). A "mulher" aqui é simbólica, pois este símbolo foi empregado por vários escritores bíblicos para designar o povo do Deus (Is.54:5-6; Je.6:2; Ef.5:22-25). Já o "filho varão" é uma clara referência ao Messias prometido (Is.9:6). Portanto, a Bíblia deve dirigir o caminho para a compreensão da interpretação profética. No caso das sete pragas, é prudente dizer que todas são literais, ou seja, são juízos históricos de Deus, embora a sua descrição esteja mais ou menos em imagens simbólicas. Lembremos que, pelo fato da profecia ainda não ter se cumprido, devemos ser cautelosos quanto a definições conclusivas. Outra dúvida corresponde à universalidade dessas sete pragas. Será que elas atingirão o mundo em sua totalidade? Segundo alguns teólogos, parece plausível concluir que as pragas não serão universais, pois, se fosse assim, a Terra estaria praticamente destruída em poucos dias e a vida seria inviável, o que contraria o ensinamento bíblico de que muitos ímpios presenciarão a Volta de Jesus e receberão o juízo divino (Mt.25:41; 2Ts.2:8). Porém, não cabe a nós "suavizar" ou restringir aquilo que é definido nas Escrituras como "vinho da cólera de Deus, preparado sem mistura". (Ap.14:10; Ap.15:7). A ira de Deus será derramada "sem medida" sobre muitos e seus efeitos serão devastadores. |
13.3 | A primeira praga é derramada na terra e corresponde a "úlceras malignas e perniciosas" que afetam a todos os "portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem" (Ap.16:2). Essa praga nos faz recordar a sexta praga que caiu sobre o Egito, quando "havia tumores nos magos e em todos os egípcios" (Ex.9:11). Assim como os tumores malignos afetaram apenas os egípcios e não os israelitas, a ferida maligna da primeira das últimas pragas afligirá apenas aqueles que têm a marca da besta e que adoram a sua imagem. Essa praga realiza a ameaça proclamada pelo terceiro anjo (Ap.14:9-10), trazendo juízo sobre aqueles que estão do lado da mentira. |
13.4 | A segunda praga é derramada sobre o mar, que "se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que havia no mar". Percebemos aqui novamente um paralelo com o relato do livro do Êxodo. A primeira praga que caiu sobre o Egito atingiu as águas do rio Nilo, que se tornaram em sangue, de sorte que todos os peixes do rio morreram e os egípcios não podiam beber da sua água (Ex.7:17-22). Da mesma maneira, o mar será afetado na segunda praga apocalíptica. Aqui não vemos espaço para "eufemismos exegéticos", supondo interpretações mirabolantes, tais como afirmar que as "águas em sangue" correspondem a algum tipo de fenômeno natural de coloração da água ou algo relacionado à poluição do meio ambiente. A Bíblia é categórica ao dizer que o mar "se tornou em sangue como de morto" (Ap.16:3). |
13.5 | Assim como o segundo anjo, o terceiro mensageiro divino derramará a sua taça cheia da "cólera de Deus" sobre a água. Agora, porém, são afetados os rios e as fontes das águas, que também se tornam em sangue. Com esse juízo, os ímpios que persistirem na rebelião contra Deus não terão água para beber. Da mesma forma como os egípcios "cavaram junto ao rio para encontrar água para beber" (Ex.7:24), a crise hídrica provocada pela terceira praga levará os ímpios a uma desesperada procura por esse precioso recurso. O desespero dos impenitentes será proporcional à sua ira contra o povo de Deus, afinal, o pão e a água dos justos "serão certos" (Is.33:16) e nenhuma praga chegará em suas tendas (Sl.91:10). Após mencionar a terceira praga, o apóstolo João ouviu do anjo que jogou a taça nas águas uma declaração a respeito do juízo de Deus sobre os ímpios, ecoando a canção dos redimidos em Ap.15:3. Aqueles que derramaram o sangue dos santos de Deus, agora têm sangue a beber. A execução dessa praga sobre eles é apropriada para seus pecados. Então, João ouviu uma voz vinda do altar que exaltava a Deus pelos Seus justos juízos. Essa voz, que também clamou por justiça na abertura do quinto selo (Ap.6:10) e representa a oração dos santos, é agora respondida. Deus está começando a executar a plenitude de Seu desfavor contra os opressores de Seu povo. A justiça está sendo completamente vindicada. |
13.6 | O sol, criado por Deus no quarto dia da semana da Criação, é fundamental para todos os seres vivos, pois é fonte de calor e luz, sem a qual seria impossível a manutenção da vida. A quarta praga atinge esta estrela que, agora, aumenta grandemente sua intensidade e passa a castigar os homens, queimando-os com fogo. A praga, no entanto, não leva os ímpios ao arrependimento, mas eles passam a amaldiçoar e blasfemar o nome de Deus, assim como faz a besta que está do lado deles (Ap.13:6). Eles culpam a Deus pelas consequências de suas próprias ações. Isso se compara ao que Paulo declarou a respeito das pessoas ímpias de sua época: "Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato" (Rm.1:21). Chega a ser irônica a capacidade que o pecado tem de tornar os homens insensíveis e irracionais. Mesmo sabendo a respeito da soberania de Deus, Aquele que criou o sol e até o fez parar (Js.10:12-14), os pecadores impenitentes persistem em não reconhecer seus próprios erros, blasfemando dAquele que é infinitamente maior do que o sol. Desprezaram os inúmeros apelos feitos pelo "Sol da justiça" (Ml.4:2), e não enterneceram o coração diante dos raios da graça divina. Como diz o antigo provérbio: "O mesmo sol que amolece a cera, endurece o barro". Agora, com o solo do coração endurecido, só lhes resta blasfemar. |
13.7 | O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta. Enquanto que as quatro primeiras pragas afetaram os ímpios em geral, a quinta praga mira e ataca a sede da autoridade de Satanás, a "filial" e "matriz" do engano. Lembremos que o próprio Satanás foi quem concedeu à besta do mar e ao seu trono "grande autoridade", a ponto de toda a terra se maravilhar com ela e segui-la (Ap.13:2-3). No entanto, a quinta praga julga e pune essa autoridade, fazendo com que o "terreno encantado da mentira" sofra o juízo divino. Esta praga é, portanto, local e atinge a região onde a besta está assentada sobre a terra. Esta cena lembra a sexta praga egípcia que afetou até mesmo os magos de Faraó, que "não podiam parar diante de Moisés, por causa dos tumores" (Ex.9:11). Além dos tumores, o reino da besta "se tornou em trevas". Esta escuridão sobrenatural também traça um paralelo com a nona praga que afetou o Egito, quando houve uma escuridão total e intensa (Ex.10:21-23). A autoridade da besta sofre grande humilhação diante dos olhos dos habitantes da Terra. Eles começam a perceber sua impotência em meio às pragas. A escuridão da quinta praga intensifica o terror dos impenitentes de tal forma que as pessoas mordiam as suas línguas por causa da dor. Esta dor, porém, não os levava ao arrependimento, mas fazia com que blasfemassem contra Deus, Aquele que "faz das trevas o seu pavilhão" (2Sm.22:12). Assim, torna-se solo fértil para a grande e última decepção que vai chamar todo o mundo para a grande batalha entre Deus e Satanás, o engano que é retratado na cena da sexta praga. |
13.8 | A Bíblia diz que a sexta praga será lançada sobre o "grande rio Eufrates", um rio que assume um papel proeminente no texto bíblico, especialmente no livro de Apocalipse. O Eufrates irrigava a antiga cidade de Babilônia, alimentando suas plantações e fornecendo água para os seus habitantes. Sem esse rio, Babilônia não poderia sobreviver. Foi desviando o curso do Eufrates que o exército de Ciro, o libertador, conquistou Babilônia (Dn.5:1-31; Is.45:1-7). Esta sexta praga deve ser entendida simbolicamente, assim como Apocalipse 17, que afirma que a prostituta Babilônia está sentada sobre "muitas águas" (Ap.17:1), bem como a antiga cidade histórica que também situava-se "em cima" do grande Eufrates. Mas, qual é o significado dessas "muitas águas"? O anjo explicou a João que as águas em que a prostituta Babilônia está assentada simbolizam os "povos, multidões, nações e línguas" (Ap.17:15), ou seja, a maioria dos habitantes do mundo estará unida à Babilônia em oposição a Deus e ao Seu povo. A Bíblia informa ainda que a sexta praga fez com que as águas do rio Eufrates secassem, o que simboliza uma ação poderosa de Deus em favor do seu povo. Foi assim com o Mar Vermelho (Ex.14:21-22) e o rio Jordão (Js.3:14-17). Em outras partes do Antigo Testamento, o ressecamento das águas por Deus é preparatória para a reunião do povo de Deus e trazê-los de volta à sua terra (Is.11:15-16; Is.51:10-11; Je.51:36; Zc.10:10-11). Portanto, a sexta praga simboliza uma ação divina ao julgar Babilônia, visando libertar os santos do Altíssimo. Na sequência, de Ap.16:13 a Ap.16:16, vemos a arregimentação das tropas satânicas para a batalha final contra o povo de Deus, o que a Bíblia chama de Armagedom. Essa não será a terceira guerra mundial, como alguns imaginam, mas será o clímax da batalha espiritual entre a verdade e a mentira, entre os seguidores de Cristo e de Satanás. Os "três espíritos imundos semelhantes a rãs" mencionados em Ap.16:13 nos fazem lembrar a segunda praga egípcia, que também foi de rãs (Ex.8:1-15). Essa foi a última praga que os magos de Faraó conseguiram contrafazer, reproduzindo e imitando os feitos de Moisés. Da mesma maneira, os três espíritos de demônios serão a última tentativa de Satanás de falsificar a obra de Deus, utilizando até de sinais e prodígios, contrafazendo a mensagem dos três anjos de Ap.14:1-20. |
13.9 | A última das sete pragas é acompanhada por uma voz que sai do Santuário Celestial, que diz "feito está", a mesma frase dita por Jesus no Calvário (Jo.19:30) e que expressa a vitória divina contra Satanás e os poderes das trevas. Essa frase, proferida pelo próprio Cristo, inicia uma série de juízos sobre a terra: houve um "grande terremoto, como nunca houve igual"; "as ilhas fugiram, e os montes não foram achados", "desabou sobre os homens uma grande chuva de pedras". O fim realmente chegou, e uma linha definida de demarcação foi estabelecida entre aqueles que seguiam a Deus e os que estavam em oposição a Ele. Não há mais qualquer possibilidade de arrependimento. As cenas da sétima praga se assemelham a descrição de Ap.6:14-17, onde são descritos os eventos na natureza relacionados ao aparecimento de Jesus em glória e majestade. Toda a terra estará em convulsão e os habitantes da mesma testemunharão o cumprimento das promessas feitas por Jesus. |
13.10 | Para não sofrer as últimas pragas que cairão sobre a Terra, precisamos permanecer "à sombra do Onipotente", ou seja, ficar ao lado de Deus. Isso significa aceitar a Jesus como Único Salvador e obedecer aos Seus ensinamentos. Só existe refúgio e segurança em Jesus, Aquele que verteu Seu precioso sangue, capaz de salvar "todo aquele que nEle crê" (Jo.3:16).Você já aceitou a Jesus como Seu Salvador e Senhor? Já correu para o refúgio? Você já suplicou o perdão dos seus pecados? A graça do Senhor ainda está disponível para você. Existe paz e tranquilidade "debaixo de Suas asas". Hoje é o dia da sua salvação, amigo. Se você ouvir a voz de Cristo chamando-o para uma decisão, não endureça o coração. Se não fizer isso agora, amanhã poderá ser tarde demais. |
14.1 | Chegamos ao capítulo 17 do livro do Apocalipse. Este é, sem dúvida, um dos capítulos mais difíceis de interpretação e talvez não tenhamos respostas para tudo que ele revela. Ele trata do julgamento da grande meretriz. Há duas palavras no grego, língua original do Apocalipse, que se referem a juízo: CRISIS e KRIMA. Quando se usa CRISIS, temos um juízo em andamento, mas quando se usa KRIMA, é a pronúncia do resultado, que pode ser positivo, absolvição, ou negativo, condenação. Aqui João usa a palavra KRIMA, é a sentença que será pronunciada sobre Babilônia, uma vez que o juízo que antecede a Volta de Jesus já foi concluído quando Ele deixou o Santuário Celestial (Ap.15:8) e as pragas já estão caindo sobre a Terra (Ap.16:1-21). João recebeu as revelações do Apocalipse em forma de audiovisual. Ele ouviu e viu muitas coisas. Em alguns momentos ele apenas ouvia para depois ver (Ap.1:10 e Ap.1:12; Ap.7:4 e Ap.7:9). Em Apocalipse 17 acontece a mesma coisa. Primeiro, o anjo disse que lhe mostraria o julgamento da "grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas" (Ap.17:1). Mas quando o anjo o transporta em espírito, ele chega a um deserto e vê uma mulher montada em uma besta escarlate (Ap.17:3). Estas coisas causaram grande espanto em João (Ap.17:6) e são simbolismos que precisam ser desvendados com a ajuda e guia do Espírito Santo. DIVISÕES DO CAPÍTULO Podemos dividir o capítulo 17 em três partes muito claras. Nos versos Ap.17:1 e Ap.17:2 temos a fala do profeta. Depois, dos versos Ap.17:3 a Ap.17:6 temos uma descrição dos símbolos e dos versos 7 a 18 temos a explicação do anjo sobre conteúdo da visão. O anjo começa explicando sobre a besta (Ap.17:7-14), para depois falar da meretriz (Ap.17:15-18). |
14.2 | Diante dos sinais vistos, João ficou admirado e espantado. Então o anjo lhe fez uma promessa: "Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta..." (Ap.17:7). Hoje nos encontramos na mesma situação. Sem a ajuda do Espírito Santo jamais poderíamos compreender os mistérios deste capítulo e, talvez, nem tudo ainda esteja revelado. A PROFECIA SE AMPLIA Entendendo que a profecia é uma verdade que se amplia, o capítulo 17 é um desdobramento do capítulo 13. Isso é comum em profecias apocalípticas. Por exemplo, em Daniel 2, vemos uma sequência de impérios (Babilônia, Medo-pérsia, Grécia, Roma e Roma papal) que é representada pela estátua de ouro, prata, bronze, ferro e barro. Os mesmos impérios são retratados em Daniel 7 por quatro animais: leão, urso, leopardo e o quarto animal, terrível e espantoso. Já em Daniel 8, os três últimos poderes, Medo-pérsia, Grécia e Roma, são representados por um carneiro, um bode e um "chifre pequeno". O mesmo acontece em relação aos capítulos 13 e 17 do Apocalipse. Ocorre uma ampliação na descrição das entidades, o que justifica uma mudança nos símbolos. Alguns argumentam que, dessa forma, a "besta que sobe do mar", do capítulo 13, é mostrada na figura da "meretriz", no capítulo 17. E a "besta de dois chifres" é substituída por outro símbolo, a "besta escarlate". Essa seria uma possibilidade na interpretação dos símbolos. Já identificamos, em Apocalipse 13, a besta que sobe do mar como sendo Roma, em suas duas fases, pagã e papal. E a segunda besta que sobe da terra, como sendo os Estados Unidos da América do Norte. Agora, no capítulo 17, temos uma ampliação destas entidades. DESCRIÇÃO DA GRANDE MERETRIZ A primeira informação do texto é que a meretriz achava-se sentada sobre muitas águas. A mesma descrição é feita da besta de Apocalipse 13, pois ela surge do mar. O anjo explicou a João: "As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas" (Ap.17:15), ou seja, o sistema papal que surgiu num local densamente povoado. É-nos dito também que com esta meretriz se prostituíram os reis da Terra. Isto significa uma união ilícita que tem havido entre a igreja e o estado. Nas vestes da mulher predominam a cor púrpura e escarlate. A cor escarlata, ou vermelho, é usada na Bíblia como símbolo de pecado (Is.1:18) e associada também com Satanás (Ap.12:3). A mulher tem um cálice de ouro em suas mãos. O ouro é símbolo de fé e amor (Tg.2:5; Gl.5:6). A igreja apostatada professa fé pura, no entanto, está cheia de corrupção, como representada pelo "vinho". O vinho com o qual embebedou os habitantes da Terra é símbolo de suas falsas doutrinas, tais como: imortalidade da alma, tormento eterno dos ímpios, negação da pré-existência de Cristo, confissão de pecados ao sacerdote, existência do purgatório, santidade do primeiro dia da semana e outros. |
14.3 | A visão do Apocalipse revela que a igreja de Roma é a igreja-mãe, pois possui filhas e estas filhas são simbolizadas como as igrejas que se apegam às doutrinas e tradições de Roma que não se baseiam na Bíblia. Muitas destas filhas saíram dela, mas apesar de havê-la abandonado, conservam muitos dos seus vícios e de sua conduta religiosa equivocada. Saíram da casa da mãe, mas continuam embriagados com seu vinho. |
14.4 | Apocalipse 13 nos diz que a besta que sobe do mar pelejaria contra os santos e os venceria (Ap.13:7). Agora, este mesmo poder, o sistema papal, a igreja de Roma, são retratados no capítulo 17, como estando embriagados com o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus. Essa é uma linguagem figurada para falar dos milhares que foram perseguidos e mortos por este poder religioso. Durante a Idade Média milhares de cristãos fiéis foram injustamente designados "hereges", e foram perseguidos e mortos simplesmente por não concordarem com os erros e tradições da igreja de Roma. Quando cair a terceira praga, e os ímpios não tiverem água para beber, em seu desespero, eles beberão sangue. O Apocalipse diz: "porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso" (Ap.16:6). |
14.5 | O ANJO EXPLICA O MISTÉRIO A identidade da meretriz que cavalga a besta não tem sido um ponto de discussões tanto quanto a identidade da besta, suas sete cabeças e seus dez chifres. Uma das interpretações mais correntes tem sido que a besta em questão aponta para a mesma entidade representada pela besta de Ap.13:1-18, e que seria o Império Romano, cuja capital foi considerada a "cidade das sete colinas", como sugere Ap.17:9. Essa interpretação enfrenta um problema, pois em Ap.17:16, a besta "escarlate" e os "reis da Terra" odeiam e destroem a meretriz, que já identificamos como Roma, o que requer necessariamente uma distinção entre essas duas bestas. DUAS POSSÍVEIS INTERPRETAÇÕES Apresentaremos a seguir duas possíveis interpretações para esta besta escarlate: a) Besta escarlate - símbolo do próprio Satanás. Há uma grande semelhança entre a besta do capítulo 17 e o dragão do capítulo 12, símbolo de Satanás. Ambos possuem sete cabeças e dez chifres (Ap.12:3 e Ap.17:7). Eles possuem a mesma cor — escarlate ou vermelho (Ap.12:3 e Ap.17:3). Os dois poderes se opõem a Jesus (Ap.12:13 e Ap.17:14). Falando sobre este poder, Apocalipse 17:8 diz: "a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição...". A palavra abismo aparece no Apocalipse sete vezes. Em Apocalipse 20, um anjo desce do céu com a chave do abismo em sua mão e aprisiona Satanás por mil anos. Depois deste período ele é solto, para logo em seguida ser destruído. b) Besta escarlate - símbolo dos Estados Unidos da América do Norte. Há ainda uma segunda possibilidade. Aplicar o simbolismo desta besta escarlate aos Estados Unidos da América. No panorama escatológico do Apocalipse, é este o último poder político-militar de alcance global (Ap.13:12), e que assumirá atitudes imperiais como os sete impérios anteriores a ele, que é "procedente" da Europa e, portanto, tem uma relação com os anteriores em termos de origem. Sendo que as cabeças da besta escarlate representam sete impérios mundiais (Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma e Roma papal), a oitava cabeça pode ser, portanto, o poder americano, conforme representado pela besta de dois chifres em Ap.13:11, pois é este poder que "apoia", no capítulo 13, ou "carrega", no capítulo 17, a besta que sai do mar ou grande prostituta. SETE CABEÇAS O anjo explicou para João: "Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis" (Ap.17:9). Os sete "montes" devem ser considerados como na mentalidade hebraica, ou seja, como reinos. Por meio de um paralelismo, Isaías usa de forma intercambiável "montes" e povo/nação (Is.37:32; Sl.48:2; Je.51:25; Dn.2:34-35; Zc.4:7). O mesmo ocorre com o termo "rei", que os judeus usavam como equivalente de "reino" (Dn.7:17; Dn.8:21; Dn.8:23). Assim, "montes" e "reis" devem apontar para reinos ou impérios representados nas cabeças da besta. Como a explicação do anjo é feita da perspectiva temporal do profeta, ou seja, no primeiro século, cinco deles já tinham se passado (Egito, Assíria, Babilônia, Medo-pérsia e Grécia), um existia (Roma) e o sétimo ainda viria (Roma Papal), que só se estabeleceu em 538 a.D. A afirmação do anjo de que o sétimo reino (Roma Papal) teria de durar "pouco" (1260 anos) pode ser entendida da perspectiva da garantia da vitória dos fiéis de Deus alcançada na cruz e não do ponto de vista do tempo cronológico. O adjetivo "pouco" (OLÍGON) é também usado em Apocalipse, ao se afirmar que o diabo, após a cruz, sabia que tinha "pouco tempo" (Ap.12:12). Entretanto já se passaram mais de dois mil anos. O sentido de OLÍGON não se refere a tempo cronológico. Por outro lado, ao falar que o dragão será solto após o milênio, mas por "pouco tempo", João usa MIKRON (Ap.20:3), indicando um tempo cronometrado. Assim, o conhecimento destas duas palavras gregas nos permite concluir que a expressão "pouco tempo", não é um empecilho para aplicarmos esse símbolo da besta escarlate ao próprio Satanás. DEZ CHIFRES Estes 10 chifres representam poderes políticos durante o tempo da sétima cabeça, que apoiarão a besta (Ap.17:13). Estas nações têm o propósito de se unir com a besta para forçar os habitantes da Terra a "beber" o vinho de Babilônia, isto é, unir o mundo sob seu controle e eliminar todos os que se recusam a cooperar. CONCLUSÃO Embora o capítulo 17 de Apocalipse fale de poderes malignos ativos contra Deus e Seu povo, o controle da história deste mundo ainda está nas mãos de Deus. Ele traz juízo sobre os inimigos de Seu povo e livra Seus santos de todas as perseguições. Podemos estar cientes que, a despeito das uniões dos poderes das trevas, no tempo do fim, contra Deus e Seu povo, nossa vitória está garantida. A promessa é que "Em todas as coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Rm.8:37). |
15.1 | A Segunda Vinda de Cristo é uma doutrina fundamental das Escrituras Sagradas e um dos temas centrais do Apocalipse. Este será o maior evento da história. Embora a data do advento seja desconhecida (Mt.24:36), Cristo apresentou sinais que indicariam sua proximidade (Mt.24:3-33). Ao nos prepararmos para este evento, somos aconselhados a vigiar e orar (Mt.24:42; Lc.21:36). Nesta lição aprenderemos um pouco mais sobre esse fascinante tema. O retorno glorioso de Jesus será o evento mais público de toda a história humana. Nenhum tema tem maior destaque no Novo Testamento do que a Segunda Vinda de Cristo. Ela é descrita como sendo a nossa "bendita esperança" (Tt.2:13), o grande ponto culminante do evangelho. O Apocalipse nos assegura: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos O traspassaram..." (Ap.1:7). Isso significa que Sua vinda será literal e pessoal. Jesus disse, durante seu julgamento, que seus algozes testemunhariam Sua vinda e que O veriam "sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu" (Mt.26:62-64). Portanto, haverá uma ressurreição especial para essas pessoas. Elas se levantarão de seus túmulos para ver o cumprimento da promessa divina e o triunfo da verdade (Dn.12:2). Para os ímpios o dia da manifestação do Senhor será um dia de horror, mas para os salvos, será o dia mais feliz de sua vida. |
15.2 | Jesus advertiu que surgiriam "... falsos cristos e falsos profetas... operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mt.24:24). A Bíblia declara que o anticristo operaria nos últimos dias "com todo o poder, sinais e prodígios, e com todo o engano de injustiça" (2Ts.2:9-10). Embora essas profecias tivessem tido cumprimento parcial na destruição de Jerusalém, elas se aplicam mais diretamente aos últimos dias. Isso significa que do mesmo modo como surgiram vários falsos profetas nos anos anteriores à queda de Jerusalém, muitos falsos profetas também surgiriam antes da Volta de Cristo. Satanás empreenderá todos os esforços para realizar inegáveis milagres com o intuito de validar seus ensinos e, consequentemente, enganar as pessoas. O estudo da Bíblia, o amor à verdade e a diligência em obedecê-la é a única proteção contra os enganos do inimigo. |
15.3 | Jesus alertou seus discípulos que muitos falsos profetas tentariam levá-los a crer numa segunda vinda secreta, oculta e misteriosa, quando na verdade ela será visível de todos os pontos de vista, "todo o olho o verá". Será como um relâmpago fendendo as nuvens (Mt.24:26-27). |
15.4 | Após ressuscitar, Jesus se apresentou pessoalmente várias vezes aos discípulos. Em uma ocasião eles estavam reunidos e Jesus convidou Tomé, que duvidara de sua ressurreição, a tocar em Suas feridas (ver Jo.20:26-27). A fim de se evitar qualquer mal-entendido, Jesus declarou: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho" (Lc.24:39). Além disso, comeu com eles a fim de convencê-los que Ele era um ser físico e corpóreo (Lc.24:43). Depois de ter estado com os discípulos durante 40 dias (At.1:3), Jesus subiu ao Céu. Imediatamente os anjos disseram aos discípulos, que estavam perplexos pela separação: "Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir" (At.1:11). Em outras palavras, disseram que o mesmo Senhor que naquele momento os havia deixado - um ser pessoal, de carne e osso, e não meramente uma entidade espiritual (Lc.24:36-43) — haveria de retornar à Terra. A Segunda Vinda de Cristo será tão literal e pessoal quanto o foi Sua partida. |
15.5 | Ao Cristo retornar, Ele virá como um conquistador, com poder e "na glória de Seu Pai, com os Seus anjos" (Mt.16:27). Se a primeira vinda foi uma vinda de humilhações, a segunda, pelo contrário, será gloriosa. Ele voltará como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap.19:16), vitorioso sobre todos os Seus inimigos (1Co.15:25). A vinda de Jesus será pública, anunciada pelos sons de trombeta, como a chegada dos reis do passado. Os anjos serão enviados aos quatro cantos da Terra para reunir os salvos, e pela primeira vez o povo de Deus terá o privilégio de ver face a face esses seres santos que os guardaram ao longo da peregrinação terrena. |
15.6 | A abertura do sétimo selo corresponde à Volta de Jesus. Quando ele for aberto, a misericórdia de Deus não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. Quando Jesus voltar em Sua majestade, virá acompanhado por todos os Seus anjos para reunir os salvos dos quatro cantos da Terra. O livro do Apocalipse declara: "Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora" (Ap.8:1). Esta "meia hora" de silêncio no Céu não será literal, mas profética. Quanto tempo ela representa? 1 dia profético.....................................1 ano 12 horas.................................................6 meses 6 horas...................................................3 meses 3 horas...................................................45 dias 1 hora....................................................15 dias 30 minutos............................................7,5 dias Como a profecia fala de "cerca de meia hora", isso dá exatamente uma semana (sete dias). Eis o tempo que Jesus levará para vir buscar os salvos e regressar ao Céu. |
15.7 | De acordo com a Bíblia a recompensa só é concedida por ocasião da Segunda Vinda de Jesus. Ao soar a trombeta que anuncia o retorno de Cristo, os justos falecidos ressuscitarão incorruptíveis e imortais (1Co.15:52-53). Naquele momento, "os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts.4:16). Em outras palavras, eles ressuscitarão antes que os justos vivos sejam elevados aos ares para o encontro com o Senhor. Os ressuscitados unem-se novamente àqueles que choraram a sua partida. Neste momento eles exultam grandemente: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (1Co.15:55). Não serão os corpos enfermos, envelhecidos ou mutilados que desceram à sepultura que se erguerão no momento em que os justos retomarem a vida, ao contrário, seus corpos serão novos, imortais, perfeitos, não mais revelando as marcas do pecado. Os santos ressurretos experimentarão o término da obra de restauração efetuada por Cristo, passando a refletir a perfeita imagem de Deus na mente, na alma e no corpo (1Co.15:42-54). |
15.8 | Quando os justos mortos ressuscitarem, ocorrerá também uma transformação dos justos que estiverem vivos. No retorno de Cristo, nenhum grupo de crentes assume precedência sobre qualquer outro grupo. Paulo revela que os justos vivos e transformados serão "arrebatados juntamente com eles [os justos ressuscitados], entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1Ts.4:17; cf. Hb.11:39-40). Desse modo, todos os crentes estarão reunidos no grande encontro do segundo advento, tanto os justos ressuscitados de todas as eras quanto aqueles que estiverem vivos na chegada de Cristo. |
15.9 | Os ímpios que estiverem mortos quando Jesus voltar permanecerão mortos na sepultura, até que se completem os mil anos. Os salvos que ressuscitam na primeira ressurreição receberão a autoridade para julgar os ímpios e os anjos caídos (Ap.20:4; 1Co.6:2). Este tribunal, composto por Cristo e pelos salvos, examinará os registros dos perdidos, onde se acham registradas todas as obras deles, e para ver porque eles não podem herdar o reino de Deus. É essencialmente importante que os redimidos da Terra compreendam o trato de Deus com aqueles que persistentemente rejeitaram o convite de salvação. Não haverá dúvida alguma quanto à bondade e justiça divinas no trato com aqueles que não se arrependeram. |
15.10 | Para os salvos o segundo advento representará uma oportunidade de alegria e libertação, mas para os perdidos será um tempo de terror. Eles resistiram ao amor de Cristo e aos Seus convites de salvação durante tanto tempo que se deixaram enfeitiçar pelas ilusões enganadoras (2Ts.2:9-12). Quando virem Aquele a quem rejeitaram, vindo sobre as nuvens como Rei dos reis e Senhor dos senhores, saberão que terá chegado a hora de sua própria destruição. Esmagados pelo terror e desespero, clamarão às rochas inanimadas que os protejam (Ap.6:16-17). Nessa oportunidade, Deus destruirá Babilônia, a união de todas as religiões apóstatas. Ela "será consumida no fogo" (Ap.18:8). O líder dessa confederação, o homem do pecado, este "o Senhor Jesus matará com o sopro de Sua boca e o destruirá pela manifestação de Sua vinda" (2Ts.2:8). |
15.11 | Existem dois problemas fundamentais da existência humana: (1) o pecado e (2) a morte. Jesus Cristo morreu substitutivamente para nos resgatar da maldição do pecado e nos conceder salvação e vida eterna. Ele ressuscitou, tendo vencido a morte, e prometeu voltar para nos buscar. A Vinda de Cristo é o ponto culminante de nossa esperança: "Segundo sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça" (2Pe.3:13). Cristo "enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte não mais existirá, não haverá mais luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Ap.21:4). É possível que você esteja enfrentando muitas dificuldades pessoais, problemas de ordem familiar, econômica ou física. Talvez seu coração esteja comprimido por incertezas e perguntas sem respostas. Nossa maior esperança é o retorno glorioso de Jesus. Sendo que Cristo obteve uma decisiva vitória sobre o pecado e Satanás (Cl.2:15), temos a garantia de que Ele virá outra vez para nos buscar. Ele mesmo prometeu: "Certamente venho sem demora" (Ap.22:20). |
16.1 | No estudo anterior aprendemos um pouco mais sobre como será a Volta de Jesus. Vimos, à luz da Bíblia, que Ele virá de forma visível e pessoal. Todos os habitantes da Terra contemplarão Sua vinda em glória e majestade. Também descobrimos que haverá apenas dois grupos naquele momento, os que se prepararam, agora salvos, e os que não se prepararam, agora em tremendo desespero. Eu e você estaremos em um destes dois grupos. Na sequência dos eventos, vamos entender hoje o que acontecerá após a Volta de Jesus. Chamamos este período de milênio, ou seja, mil anos, conforme mencionado em Apocalipse 20. Os capítulos 19 e 20 de Apocalipse estão conectados. O capítulo 19 trata da Segunda Vinda de Cristo. Rico em detalhes, o texto sagrado define este evento como glorioso, visível e literal. Jesus é apresentado montado em um cavalo branco, aquele que julga e peleja com justiça. Em seu manto e na sua coxa está escrito: "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap.19:16). Ele vem para estabelecer o quinto reino da profecia, aquele reino que jamais terá fim e subsistirá por toda a eternidade (Dn.2:44). |
16.2 | Por ocasião da Segunda Vinda de Jesus à Terra existirão quatro grupos de pessoas: os vivos salvos e os vivos perdidos, bem como os mortos fiéis e os mortos infiéis. O texto lido acima trata da primeira ressurreição, ou seja, da ressurreição dos mortos que aceitaram, em vida, a salvação em Cristo Jesus. Sobre estes a morte não tem autoridade e reinarão com Cristo os mil anos (Ap.21:6). Este evento deixa clara a solução bíblica para a morte: a ressurreição. Naquele dia se cumprirá a promessa feita por Cristo: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá" (Jo.11:25). |
16.3 | Os salvos vivos serão transformados, ou seja, seus corpos se revestirão de imortalidade e perfeição. Eles se encontrarão com os mortos ressuscitados nos ares e subirão com a comitiva angelical para o Céu. Lá habitarão no lugar prometido e preparado por Cristo (Jo.14:1-3). |
16.4 | Cristo comparou sua vinda a dois eventos do Antigo Testamento, o Dilúvio (Mt.24:37-39) e à destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30). Nos dois episódios, os infiéis foram destruídos pela água e pelo fogo. Quando Jesus retornar a Terra, os ímpios perecerão pela manifestação da glória do Filho de Deus, aqui representada pelo "sopro de Sua boca". |
16.5 | Quando Jesus voltar os mortos ímpios permanecerão no sono da morte, de onde despertarão somente após os mil anos. Eles não verão a Volta de Jesus, com exceção de alguns ímpios que o próprio Cristo declarou que ressuscitarão naquele dia. Quem são esses? Por ocasião de Seu julgamento, Jesus disse para aqueles que injustamente O acusavam: "Eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu" (Mateus 26:64). Também em Apocalipse 1:7, é declarado: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram". Estes dois grupos de perdidos, os que participaram do julgamento e da crucifixão de Cristo, ressuscitarão apenas para saber que eles condenaram e mataram o autor da vida. Depois disto morrerão novamente e só ressuscitarão após o Milênio, como ainda veremos. |
16.6 | Quando os santos ascenderem com Cristo para o Céu, a Terra ficará desolada e vazia, conforme descrita pelo profeta Jeremias (Jeremias 4:23-25). Satanás e seus anjos ficarão circunstancialmente presos neste planeta destruído e desabitado. Daí a linguagem simbólica de um anjo com uma corrente para aprisionar Satanás. Ele não terá mais a quem tentar, por isso é declarado que está preso. Todavia, por pouco tempo. |
16.7 | Satanás vagará na Terra deserta por mil anos. Este evento se compara ao que era praticado no Dia da Expiação no Antigo Testamento, quando o bode Azazel, que simboliza Satanás, carregava a culpa do pecado do povo e era banido para o deserto onde morria (Lv.16:21-22). Assim, após completar o juízo investigativo e redimir os salvos, Jesus colocará a culpa dos pecados da raça humana sobre Satanás. O inimigo de Deus será responsabilizado por conduzir os santos a pecarem e permanecerá na Terra deserta por mil anos. |
16.8 | Os salvos reinarão com Cristo no Céu e então terá início a segunda fase do juízo, chamada juízo comprobatório (1Co.6:2-3). Durante este período, poderão analisar os livros de registros das ações humanas e comprovar a justiça divina. A finalidade do juízo comprobatório não é definir quem está salvo e quem está perdido, mas de esclarecer aos santos os motivos da sentença divina. |
16.10 | O Diabo será "liberto" da prisão, uma vez que todos os que não aceitaram a salvação oferecida por Cristo, os perdidos, serão ressuscitados cumprindo a promessa feita por Cristo (Jo.5:28). Os ímpios de todos os tempos e de todas as raças comparecerão diante do Altíssimo para o juízo final (Ap.20:12-13). |
16.11 | Satanás sairá para enganar e reunir a grande e incontável multidão de ímpios ressuscitados. A cidade santa, a nova Jerusalém descerá à Terra e contra ela Satanás arregimentará seu exército na intenção de tomar o reino de Deus à força. Tal atitude de rebelião comprovará a justiça divina ao declará-los culpados. Neste momento, todo ser humano estará diante do trono de Deus. Os salvos estarão dentro da cidade e Satanás, seus anjos e os ímpios do lado de fora. |
16.12 | Os textos lidos relatam o ponto final na história do pecado quando o juízo de Deus entrará na sua terceira e última fase, o juízo executivo. Este é o momento no qual Satanás, seus anjos e todos aqueles cujos nomes não constam no livro da vida, serão destruídos através do fogo (Ap.20:12-15). Jesus havia alertado seus ouvintes a respeito desse momento em Mt.25:41. O "fogo eterno" mencionado por Jesus neste texto, bem como o "castigo eterno" mencionado por Ele mais adiante (Mt.25:46), apontam para a natureza definitiva da destruição do mal. A palavra "eterno", nessas passagens, no grego aionios, é a mesma palavra que surge em Jd.1:7, onde consta que o "fogo eterno" destruíra Sodoma e Gomorra. Observe que estas cidades não estão queimando até os dias atuais, no entanto foram completa e definitivamente destruídas. Da mesma forma, o fogo que destruirá Satanás e os ímpios não queimará eternamente, mas extinguirá para sempre o pecado e o mal, ou seja, o resultado é eterno. Por outro lado, os que estiverem dentro da nova Jerusalém, estarão seguros. O fogo irá purificar a Terra do pecado e a partir desse momento, Deus fará uma Terra nova. A expressão, "novo" no texto do grego kainós, tem o sentido de um novo reformado, ou seja, Deus não fará a terra do zero, mas utilizará a matéria aqui existente para restaurar o planeta à sua perfeição como antes da queda do ser humano (Gn.1:1-31 e Gn.2:1-25). Nessa Terra os justos viverão eternamente e haverá justiça, paz e felicidade eterna. O milênio começa após a Segunda Vinda de Cristo e aponta para a redenção dos justos e para o fim do pecado. Durante esse período, os santos poderão comprovar a justiça de Deus e, ao fim dele o Senhor eliminará o pecado e o mal definitivamente. Uma nova Terra surgirá e haverá alegria e paz para sempre. Enquanto este momento não chega, devemos decidir ficar do lado de Cristo e dar atenção ao urgente conselho de Pedro "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis" (2Pe.3:13-14). |
17.1 | Existem cidades deslumbrantes em nosso mundo. Algumas alcançaram fama mundial. Nova York, a cidade cosmopolita. Paris, cidade luz. Curitiba, cidade modelo. Rio de Janeiro, cidade maravilhosa. Certamente você tem uma cidade que mais gosta, e admira! A Bíblia fala também de uma cidade maravilhosa. Todavia, nossa imaginação não consegue alcançar todo o esplendor desta cidade nem, muito menos, compararmos esta cidade com as que conhecemos. Ela se chama a Nova Jerusalém. A Bíblia conta a história da cidade de Jerusalém. Esta era a capital do povo de Deus. Era conhecida como a cidade da paz (Je.33:9). O Salmista canta: "Desde Sião bendito seja o SENHOR, que habita em Jerusalém! Aleluia!" (Sl.135:21). Jesus demonstrou Seu amor por esta cidade ao declarar: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!" (Lc.13:34). Justamente por haver rejeitado Cristo, veio a profecia: "e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação" (Lc.19:44). Esta profecia teve seu exato cumprimento quando Jerusalém foi destruída no ano 70 a.D., pelo imperador romano Tito. Todavia, há ainda uma promessa para o povo de Deus. Esperamos agora pela Nova Jerusalém. Coisas que nunca se imaginou e experiências que jamais foram percebidas pelos sentidos, serão oferecidas pelo Criador aos salvos. Os redimidos ficarão extasiados diante de tanto amor expresso pelo Criador e de todas as belas coisas que está preparando para aqueles que amam Sua vinda. |
17.2 | O termo "Casa de Meu Pai" retrata o terno cuidado de Deus e a forma como nos considera Seus filhos. Sendo assim, os salvos serão tratados a altura do privilégio. Paulo usa outro termo, mas com o mesmo sentido: "Pátria superior". Com isso, o apóstolo deseja que os cristãos não se esqueçam de sua origem e de seu destino. Definitivamente, aqui não é a nossa casa, estamos de passagem. Nossa casa ou pátria está nos Céus. |
17.3 | A Bíblia declara que é o próprio Deus arquiteto e edificador desta cidade (Hb.11:10). João, em visão, viu a cidade que Deus está construindo. Tinha agora o desafio de registrar em palavras humanas algumas cenas da cidade santa, a Nova Jerusalém. Mas como expressar em linguagem tão pobre, imagens e informações absurdamente superiores ao seu conhecimento? Isso seria impossível, não fosse pela assistência do Espírito de Deus. João se lança ao dever profético e passa anunciar: "Vi a cidade santa, a Nova Jerusalém..." (Ap.21:2). O apóstolo possuía lembranças saudosas da cidade de Jerusalém que havia conhecido, com seu precioso templo, sua linda história. Contudo, ela já havia sido destruída no ano 70 a.D. João agora está extasiado, contemplando a Nova Jerusalém, a cidade santa de Deus, descendo do Céu para ser posicionada na nova Terra, para todo o sempre — era tão linda, como uma noiva, vindo para o seu noivo (Cristo). |
17.4 | Deus prometeu a Abraão (Gn.12:1-3), Seu servo, que sua descendência seria abençoada e formaria uma grande nação espalhada sobre a Terra (Gn.17:9-22). Abraão teve Isaque e Isaque a Jacó. Numa profunda experiência com Deus, Jacó passou a se chamar Israel, porque lutou com Deus no vale de Jaboque (Gn.32:28). Jacó teve doze filhos, formando assim as doze tribos de Israel, o povo de Deus no Antigo Testamento. A promessa de Deus feita a Abraão continua hoje sobre a vida de todas as pessoas que decidem fazer parte do povo de Deus, o Israel espiritual. Por esse motivo, Deus apresenta sua cidade santa com doze portas, referente às doze tribos de Israel, para acolher Seu povo. |
17.5 | João não vê mais uma cidade tipicamente judaica, mas uma cidade feita pelas mãos de Deus e cheia de glória. Ela não se destina apenas a uma nação, mas a todas as pessoas que aceitarem a Cristo como Salvador e Senhor. Os vencedores de todas as épocas entram na cidade. Os nomes das doze tribos de Israel e dos doze apóstolos do Cordeiro estarão inscritos nas doze portas e nos doze fundamentos. Isso significa que é a cidade do povo de Deus de todas as eras, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. |
17.6 | Como era o costume dos antigos, ao medir as cidades, a Nova Jerusalém media 12 mil estádios. Isso quer dizer que a cidade é um quadrado perfeito, ou um cubo, com 600 quilômetros de cada lado. Certamente é uma dimensão para receber bilhões de pessoas. Seja como for, o espaço é suficiente para todos os salvos de todas as eras. |
17.7 | A luz disponível para a Nova Jerusalém será como um presente especial de Deus para os santos. Não haverá lanternas, lamparinas de querosene e nem lâmpadas elétricas. Não haverá geradores para produzir energia e nem mesmo a luz do sol será mais necessária. Conforme o texto diz: "O cordeiro será sua lâmpada" (Ap.21:23). A cidade será alimentada pela própria glória de Deus. Isso significa que esta glória produzirá, além da luz necessária, a vida e um imenso bem-estar. Tudo isso por causa da agradável presença do Criador. Que presente incrível! |
17.8 | A árvore da vida, que ficava no Jardim do Éden (Gn.2:9), estará presente na cidade santa de Deus. Ela não somente produz uma variedade de frutos, doze frutos, mas estará continuamente frutificando. Não é apenas uma árvore agradável, mas é também revigorante. Seus poderes curativos evitam todos os tipos de doenças. Nela, os santos encontrarão saúde e felicidade. Eles serão preservados na mais saudável e vigorosa condição. |
17.9 | A Nova Jerusalém foi construída para todos os seres humanos, mas nem todos poderão morar lá. Os que amam mais o pecado do que a Deus não poderão entrar na cidade. A Bíblia apresenta as seguintes razões para isso: a) Porque são covardes — essas pessoas parecem ser boas, mas têm medo de ficar ao lado do seu Senhor, temem ser ridicularizadas pelos amigos, temem a perda de prestígio social ou a possibilidade de perder o emprego. b) Porque são incrédulas — há os que pensam que é um sinal de erudição duvidar da Palavra de Deus. A descrença deixará muita gente fora do reino de Deus. c) Porque são mentirosas — os que contam mentiras ou agem enganosamente não estarão entre os vencedores. Há pessoas que não falam mentiras, mas não hesitam em agir enganosamente — isso pode ser feito com um olhar ou mesmo com um menear da cabeça. d) Não serão felizes ali — a Nova Jerusalém não será compatível com o estilo de vida de pecado. |
17.10 | Felizes serão as pessoas que forem lavadas no "sangue do Cordeiro", e que entrarem na cidade santa pelas portas. Assim como Adão alegrava-se no jardim do Éden, também os remidos se alegrarão na Nova Jerusalém. O paraíso será restaurado. Já pensou em viver num lugar que nunca mais haverá nenhum tipo de contaminação? Ninguém mais ficará doente; viver sem abusos, injustiças, tragédias... De fato, o que Deus está preparando para Seus filhos excede todo entendimento! É por isso que João afirma que serão felizes os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro! CONCLUSÃO Há uma linda promessa na Bíblia: "O meu povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras e em lugares quietos e tranquilos" (Is.32:18). Deus está preparando estas moradas de paz para os Seus escolhidos. Mas quem poderá fazer parte do grupo de escolhidos? Cristo oferece a todas as pessoas a oportunidade, como declara Paulo: "Portanto, a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens" (Tt.2:11), mas nem todos desejam aceitar. Alguém afirmou acertadamente que a salvação não é para quem "pode" e sim para quem "quer". Todo ser humano terá que fazer sua escolha. Qual será a sua? |
18.1 | Os dois primeiros capítulos da Bíblia falam da criação efetuada por Deus, de um mundo perfeito para a habitação dos seres humanos que Ele criou. Os dois últimos capítulos da Bíblia também falam de Deus criando um novo mundo perfeito para a humanidade, mas dessa vez trata-se de uma re-criação, a restauração da Terra da devastação ocasionada pelo pecado. O lar eterno será um lugar real, uma localidade em que pessoas reais, com corpo e cérebro, poderão ver e ouvir, tocar e sentir, enfim, pessoas reais na plenitude de suas faculdades como eram Adão e Eva aos saírem das mãos do Criador. Como será essa nova terra? Como será a nossa vida? O que faremos no dia-a-dia? Nesta lição vamos descobrir um pouco mais sobre o maravilhoso plano de Deus para nós. A Bíblia afirma que Deus criou a Terra "para ser habitada" e não para ser um "caos" (Is.45:18). Ao término da criação de todas as coisas, depois de ter feito o homem à Sua própria imagem e semelhança, Deus declarou que tudo o que Ele havia feito era "muito bom" (Gn.1:31). As flores com todos os seus matizes, o cântico dos pássaros, os riachos e todas as belezas naturais refletiam a bondade, o amor e a perfeição do caráter divino. Tudo se harmonizava. Não havia mal algum, nem mancha ou defeito. Todas as criaturas atingiam o ideal designado pelo Criador e estavam capacitadas a cumprir o propósito para o qual haviam sido criadas. O propósito divino para os seres humanos era que eles fossem fecundos, se multiplicassem, enchessem a Terra e a sujeitassem, dominassem sobre tudo no mundo (Gn.1:28), exercendo bondoso cuidado sobre todas as criaturas (Gn.1:26). Havendo Deus concluído Sua obra da criação no sexto dia (Ex.20:11), descansou no sábado de tudo o que havia feito, abençoou o sétimo dia e o santificou (Gn.2:2-3). O sábado foi dado ao ser humano como um memorial da criação e para suprir a sua necessidade de fazer uma pausa e adorar o Seu Criador. |
18.2 | O mundo todo foi impactado pelo pecado de nossos primeiros pais. A Bíblia, em Gn.3:1-24, registra este triste episódio. Adão e Eva foram criados perfeitos e não havia maldade alguma em seu coração. Se confiassem no Criador e permanecessem obedientes à Sua palavra, seriam felizes e jamais experimentariam a dor e o sofrimento. Deus havia advertido: "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn.2:16-17). Mas a despeito da advertência, eles desobedeceram. O resultado foi devastador. Toda a natureza foi afetada. Muitos animais se tornaram hostis, ferozes e perigosos. A terra passou a produzir cardos e espinhos, e consequentemente o trabalho humano se tornou muito difícil (ver Gn.3:8-19). Ao se rebelarem contra Deus, Adão e Eva não só perderam o direito à árvore da vida, o que resultou em sua morte e na transmissão da morte aos seus descendentes, mas também passaram a possuir uma natureza depravada com forte tendência para o mal. Deste modo, o propósito original de Deus foi frustrado. Mas a vontade de Deus na criação não poderia ser inteiramente frustrada nem anulada. Ele anunciou o plano da redenção a fim de salvar da morte a humanidade caída (Gn.3:15). |
18.3 | Como consequência de sua desobediência, Adão e Eva logo contemplaram os efeitos mais devastadores do pecado. Seu filho Caim, por ter procedido erroneamente, não havia obtido a aprovação divina, enquanto que Abel, seu irmão mais novo, fora obediente às instruções do Senhor. Movido por seu orgulho e inveja, foi possuído de grande ira e se enfureceu contra Deus e contra seu irmão, e o matou (Gn.4:3-8). A Terra já havia recebido a maldição por causa do pecado de Adão e Eva, e agora, mais uma vez é amaldiçoada por causa do homicídio cometido por Caim (Gn.4:10-15). Os capítulos seguintes do livro de Gênesis relatam tristemente como a maldade se espalhou. A Terra toda foi tomada de violência, sensualidade, devassidão e injustiça e isto "pesou no coração" de Deus (ver Gn.6:6). A intervenção divina foi necessária, e Deus trouxe um Dilúvio devastador. Assim pereceu aquela geração, com exceção de Noé e sua família. Ao todo, oito pessoas. O apóstolo Pedro, após mencionar o episódio do Dilúvio, no qual pereceram os habitantes da Terra, menciona então que a terra agora está reservada para o fogo. Ele diz: "Ora, os céus que agora existem e a Terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios" (2Pe.3:7). A água e o fogo são instrumentos escolhidos por Deus para purificar este planeta. |
18.4 | O Apocalipse indica que a Terra será profundamente afetada pelas pragas a serem derramadas pouco tempo antes da Segunda Vinda de Jesus. Pedro descreve que no "dia do Senhor", referindo-se à Vinda de Cristo, os elementos da terra arderão em fogo e se desfarão (2Pe.3:10). Os ímpios morrerão e Satanás ficará preso na Terra caótica até que se completem os mil anos. Passados os mil anos, Satanás será solto, pois Deus terá ressuscitado os ímpios para o juízo condenatório final. Nesta ocasião, ao término do milênio, Satanás empreenderá seu último esforço. A Nova Jerusalém descerá do Céu com todos os salvos (Ap.21:2). Satanás então reunirá todos os perdidos de todas as gerações para a última batalha. Enquanto marcharem pela superfície da terra, Deus enviará fogo do céu e os consumirá. Satanás, seus anjos e todos os ímpios, serão lançados dentro do "lago de fogo e enxofre" e serão aniquilados para nunca mais existirem (Ap.20:9-10; Ap.20:14). |
18.5 | Com a destruição de Satanás, os anjos maus e todos os ímpios, toda a Terra será restaurada. Assim se cumprirá o que foi dito por meio do profeta Isaías: "Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas" (Is.65:17). Isto significa que não sobrará vestígio algum de maldade e "não haverá mais maldição" sobre a Terra (Ap.22:3). Jesus declarou: "Eis que faço novas todas as coisas" (Ap.21:5). A Bíblia é enfática: "todas as coisas" serão restauradas (At.3:21). "A própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus" (Rm.8:21). |
18.6 | Nos versos Is.65:17 a Is.65:25, Isaías descreve novos Céus e nova Terra que seriam criados se Israel ouvisse as mensagens dos profetas e cumprisse o propósito divino após retornar do cativeiro. Pelo fato de Israel ter falhado, estes versículos se aplicam de modo secundário para os novos Céus e nova Terra ao final do milênio. Sob o governo de Cristo será estabelecida uma nova ordem das coisas. Não haverá mais derramamento de sangue nem crueldade. Os instintos básicos do mundo animal serão transformados por completo. Jesus prometeu: "Eis que faço novas todas as coisas" (Ap.21:5). Haverá mudanças tanto no mundo animal como na vida humana. "O lobo e o cordeiro pastarão juntos..." (Is.65:25), "... e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Ap.21:4). |
18.7 | O trono de Deus e a base de Seu governo universal são localizados pelas Escrituras na Nova Jerusalém, que descerá do Céu (Ap.21:2-3; Ap.21:5). Portanto a capital da Nova Terra é Jerusalém. Na linguagem hebraica Jerusalém significa "cidade de paz". Isto significa que seu nome refletirá a realidade, pois o seu Rei será o Messias e Seu governo é caraterizado por fidelidade e justiça (Is.11:5). Os dois primeiros capítulos da Bíblia descrevem um mundo sem pecado, sem maldição e sem morte. Os dois últimos capítulos do Apocalipse descrevem a Terra restaurada, a Nova Terra. Os propósitos originais de Deus na criação se cumprirão na vida dos salvos que viverão eternamente na companhia de Cristo. |
18.8 | No reino do Céu, Abraão, Isaque e Jacó ainda conservarão seus nomes e identidades. Assim como os discípulos reconheceram a Jesus após a ressurreição, os salvos também reconhecerão seus amigos e familiares com quem conviveram. Será extraordinário conviver com Deus, o Pai, com o nosso Salvador, Jesus Cristo e com o Deus Espírito Santo. Além disso, teremos também a companhia dos anjos e viveremos como uma eterna família. |
18.9 | A Nova Terra se constituirá na restauração do plano original de Deus para a humanidade. A promessa bíblica de que os remidos construirão casas e nelas habitarão, implica em projetar, edificar, mobiliar e muito mais. A partir da palavra "habitar", podemos formar a imagem de uma ampla variedade de atividades relacionadas com a vida diária. De acordo com o livro do Apocalipse a principal atividade dos remidos é a adoração ao Cordeiro. O verbo empregado em Ap.22:3 e traduzido por "serviço" está ligado ao serviço ou adoração na casa de Deus. Livres de qualquer maldição, libertos do domínio da morte, em intima comunhão com Deus, que habita com eles, os remidos se prostram em alegre devoção para adorar a Jesus, Àquele que tornou o Céu possível. O cântico desempenhará um papel muito importante na adoração celestial (Ap.14:3; Ap.15:2-4). Tanto durante o milênio no Céu quanto posteriormente na Terra renovada, os justos compartilham o governo com Deus. Reinam "com Cristo" (Ap.20:4) "pelos séculos dos séculos" (Ap.22:5). A Nova Terra será um lugar de supremo companheirismo entre os redimidos e destes com os seres celestiais. Deus habitará entre Seu povo (Ap.21:3). Em íntima e doce comunhão pecadores resgatados aprenderão a conhecer a Deus, sem o impedimento da antiga alienação. Por meio desse relacionamento, aprenderão os caminhos de Deus (Mq.4:1-2), de Seu poder manifesto na criação e recriação. Depois poderão juntar-se aos anciãos em cântico: "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas" (Ap.4:11). Louvarão também os méritos de Cristo, "porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a Terra" (Ap.5:9-10). O sábado continuará sendo o dia em que "virá toda carne a adorar perante mim, diz o senhor" (Is.66:23). |
18.10 | A Terra será purificada de toda injustiça e não sobrará vestígio algum de maldade. A lembrança não nos causará angústia, pesar ou sofrimento e o conhecimento do grande conflito será uma salvaguarda contra qualquer rebeldia. Jesus ordenou a João: "Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras" (Ap.21:5). "O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor" (wGC.678.1). |
19 | Símbolos | Significado | Referências | Abismo | Terra em caos | Ap.9:1; Ap.20:1; Gn.1:1-2; Je.4:23-28 | Anjo | Mensageiro | Ap.14:6; Dn.8:16; Lc.1:16; Hb.1:14 | Arca do Testemunho | Arca do concerto; trono de Deus | Ap.11:19; Ex.23:10-22; Sl.80:1; | Arco | Êxito na guerra contra o mal | Ap.6:2; Sl.7:11-12; Sl.46:9; | Águas | Povos, nações | Ap.17:15; | Arco Íris | Concerto entre Deus e o homem | Ap.4:3; Ap.10:1; Gn.9:11-17; | Asas | Velocidade | Ap.12:14; Sl.18:10; Ex.19:4; | Azeite (óleo) | Espírito Santo | Ap.6:6; Zc.4:2-6; Ap.4:5; | Anciãos (24) | Primícias, ajudam Jesus no Santuário | Ap.5:9-10; 1Cr.24:18-19; Mt.27:52-53; | Babilônia | Apostasia, confusão religiosa | Ap.18:2-3; Gn.11:6-9; Dn.1:1-21; Dn.2:1-49 | Balaão (doutrina de) | Compromisso, idolatria | Ap.2:14; Nm.22:5-25 | Besta | Reino, governo, poder | Ap.13:1-18; Dn.7:23 | Branco (cor) | Pureza | Ap.6:2; Ap.7:9; Sl.51:7; Is.16:19 | Canto (ângulos da Terra) | Os 4 pontos cardeais | Ap.7:1; Je.49:36 | Cavalo | Batalha, luta | Ap.6:2; Ap.6:4-5; Ap.6:8; Ap.19:11; Ex.15:21; Je.8:6 | Chaves | Controle, jurisdição | Ap.1:18; Is.22:22; Mt.16:19; | Chave de Davi | Poder para abrir e fechar o Santuário | Ap.3:7-8; Is.22:22 | Ceifa | Fim do mundo | Ap.14:14-15; Mt.13:39 | Comer o livro | Assimilar a mensagem | Ap.10:10; Ez.3:1-3; Je.15:16; | Colírio | Espírito Santo, discernimento | Ap.3:18; Ef.1:17-19; Sl.119:18; | Chifre | Poder, força, rei, reino | Ap.13:1; Ap.13:11; Zc.1:18-19; | Cabeças | Dirigentes, governantes, poderes maiores | Ap.17:3; Ap.17:10; Dn.7:6; | Cordeiro | Jesus, sacrifício | Ap.5:12; Jo.1:29; 1Co.5:7; | Copo (cálice) | Juízos, sofrimentos | Ap.15:7; Sl.11:6; Sl.75:8; | Coroa | Realeza, vitória | Ap.2:10; Ap.3:11; 1Co.9:25; Tg.1:12 | Dia do Senhor | O Sábado | Ap.1:10; Ex.20:10-11; Mc.2:27-28; | Dia | Ano | Ap.18:8; Ez.4:6; Nm.14:34; | Dragão | Satanás | Ap.12:9; | Egito | Idolatria | Ap.11:8; Ex.5:2 | Esposa do Cordeiro | Nova Jerusalém, Igreja de Cristo | Ap.17:7-9; Ap.21:2; Ap.21:9; Ap.21:19; Ef.5:25; | Espada | Guerra, derramamento de sangue | Ap.13:10; Is.3:25; At.12:1-2; | Espada de dois gumes | A Bíblia, Velho e Novo Testamento | Ap.1:16; Ap.2:12; Hb.4:12; Ef.6:17 | Estrela da manhã | Jesus | Ap.22:16; | Estrelas | Anjos | Ap.1:16-20; Ap.1:4; Ap.7:9; Jó.38:7 | Falso profeta | Cristianismo apostatado | Ap.16:13-14; Ap.13:13-14; Ap.19:20; | Fornicação | União ilícita entre a igreja e os reis | Ap.18:3; Ez.16:15; Ez.16:26; Is.23:17 | Filho varão | Jesus | Ap.12:5; Is.7:14; Ap.9:6; Lc.1:31 | Gafanhotos | Agentes destruidores | Ap.9:7; Jl.1:4; Dt.28:38; | Imagem da Besta | União Igreja e Estado igual no passado | Ap.13:15; Ap.14:9; Gn.1:26; | Ira de Deus | 7 últimas pragas | Ap.15:1; | Incenso | Orações | Ap.5:8; | Israel | Seguidores de Cristo | Ap.5:8; Ap.8:3-4; Sl.141:2; | Jezabel | Apostasias, imoralidade | Ap.2:20; I Rs.18:19; I Rs.21:25-26; | Ladrão | Chegada inesperada | Ap.3:3; Ap.16:15; I Ts.5:2; Lc.12:39 | Leão de Judá | Jesus | Ap.5:5; I Ts.5:2; II Pe.3:10; | Lua | Representa a Bíblia (VT) a base | Ap.12:1; Sl.89:34; Sl.89:37; Jo.5:39 | Maná | Pão do Céu - Cristo | Ap.2:17; Jo.6:49-50 | Mão | Trabalho, atividade | Ap.13:16; Ap.14:9; Ec.9:10; | Marca | Sinal, selo | Ap.7:2-3; Ez.9:4; Rm.4:11; | Miguel | Cristo | Ap.12:7; Jd.1:9; I Ts.4:16; Dn.12:1 | Mistério de Deus | O Evangelho | Ap.10:07; Ef.3:8-9; Cl.1:26-27; | Montes | Poderes políticos, religiosos | Ap.17:9; Is.2:2-3; Je.51:25; | Mulher corrupta, impura | Igreja apóstata | Ap.17:1-18; Ap.14:4; Os.2:5; Ap.3:1; Ez.23:2-21; | Mulher pura | Igreja verdadeira | Ap.12:1-17; Je.6:2; I1Co.11:2; Ef.5:22 | Porta | Oportunidade, graça, tempo | Ap.3:20; Lc.13:24-25; 1Co.2:12; | Porta aberta | Oportunidade ilimitada | Ap.4:5; 1Co.16:9 | Prostituta, meretriz | Igreja ou religião apóstata | Ap.17:1-18; Is.1:21; Je.3:1; Je.3:6-9 | Sangue | Vida | Ap.17:6; Lv.17:11; Dt.12:23; | Segunda morte | Destruição final e eternal | Ap.21:8; Ap.20:14 | Serpente | Satanás | Ap.12:7-9; Ap.20:2 | Sete cabeças | 7 poderes políticos | Ap.17:9-10; Is.2:2-4; Je.17:3; | Sete candeeiros, castiçais | 7 eras da Igreja de Cristo | Ap.1:20; Ex.25:31-40 | Sete lâmpadas | Jesus, Palavra de Deus | Ap.4:5; Jo.9:5; Jo.1:9; Sl.119:105 | Selo | Sinal, marca | Ap.7:2-3; Rm.4:11; Ez.9:4; | Seres viventes (4) | Serafins celestes | Ap.5:8-10; Ap.4:6-9; Ap.6:1-7; | Sodoma | Degradação moral | Ap.11:8; Gn.19:1-38; Ez.16:48-55; Je.23:14 | Sol | Jesus, evangelho | Ap.1:16; Ml.4:2; Mt.17:2; | Tempo | Ano literal | Ap.12:14; Dn.4:16; Dn.4:23; Dn.7:25 | Testemunho de Jesus, dom | Espírito de profecia | Ap.19:10; Ap.22:9; 1Co.13:2; | Tormento | Prova, destruição | Ap.14:9-11; Hb.12:29; Is.33:14; | Ventos | Lutas, comoções políticas | Ap.7:1; Je.4:11-12; Zc.7:14; | Vermelho Escarlate (cor) | Pecado, corrupção | Ap.17:3; Is.1:18 | Vestiduras | Vitória, justiça de Cristo | Ap.19:8; Ap.3:5; Zc.3:1-5; Is.61:10 | Vinho | Doutrina, ensinamentos falsos | Ap.18:2-3; Je.25:15-18 | |