"As coisas encobertas pertencem ao nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei."
Deuteronômio 29:29

Capítulo e Verso Comentário Adventista > Salmos
Sl.1:1 "Introdução — O Salmo 1 é um dos didáticos, ou de sabedoria (ver p. 703), semelhante à poesia sentenciosa e mora- lizante de Provérbios. Constitui (junto com o Salmo 2) uma introdução a todo o livro dos Salmos, e, sobretudo do Livro Um do Saltério. Como tal, tem sido chamado de “Salmo da Soleira’. Devido à ausência de título ou subtítulo, e a consequente ausência de um indício externo quanto à autoria ou época em que foi escrito, o salmo é conhecido como “órfão”. Pelo conteúdo, é apropriado que receba o título ''Os Dois Caminhos”. Este salino é uma breve expressão poética da lei espiritual, retratada com frequência nos salmos: que a justiça leva ao êxito, e a injustiça, ao fracasso. E um sermão do AT sobre a felicidade de quem tem uma vida consagrada a Deus e a destruição que aguarda os que deixam Deus fora de sua vida. Essa crença é uma certeza no Salmo 1; não é um problema a ser solucionado como é o caso em alguns outros salmos. Cuidadosamente elaborado como um soneto, o salmo introdutório se divide em duas estrofes contrastantes. Os v. 1 a 3 descrevem a felicidade do bom homem, que de forma deliberada evita o mal e do mesmo modo proclama seu deleite na lei de Deus. E retratado um vivido quadro dos resultados da vida piedosa ao se comparar o bom a uma árvore que produz os frutos da justiça. Nos v. 4 a 6 é descrita a tristeza do ímpio sob a figura da palha; declara-se o seu fim e se chega à conclusão de que Deus está interessado no êxito do bom homem, ao passo que o fim do mau é a destruição.1. Bem-aventurado. Do heb. ashre, usado 25 vezes nos salmos; traduzido como “bem-aventurado” 18 vezes e “feliz” sete vezes. Nesta passagem parece ser empregado como uma interjeição: “O a felicidade do homem!’’ A felicidade compreende bênçãos materiais e espirituais, sendo que ambas resultam do viver nos caminhos de Deus. A expressão “bem-aventurado”, usada nas bem-aventuranças do Sermão do Monte (Mt 5:3-11), é uma tradução da mesma palavra [gr. makarios] usada na LXX para traduzir o ""bem-aventurado” do Salmo 1. O livro dos Salmos começa com uma bem-aventurança e termina com uma aleluia (ver SI 150).Anda [...] se detém [...] se assenta.As três palavras retratam em ordem de intensidade crescente os passos sucessivosda vida do ímpio: (1) anda na direção dos que estão alheios a Deus, conformando- se com os costumes pagãos (ver T4, 587); (2) se detém para associar-se com os rebeldes sob a maldição do pecado e brinca com a tentação; (3) une-se em definitivo ao grupo de pecadores, desconsiderando a luz. Um rabi disse: “Se duas pessoas se sentam uma ao lado da outra e não pronunciam nenhuma palavra da Torah (Lei), formam um conjunto de escarnecedores, do qual se diz: '[Um homem bom] não se assenta em companhia de escarnecedores’.”A vida do bom homem é descrita primeiramente com negativas. Ele evita associar-se com os que praticam o mal, para evitar contaminação com o pecado. Ele diz “não” ao que é errado. Há algumas restrições em sua vida.ímpios. Do heb. resháim, um termo comum para expressar a ideia de impiedade em oposição à tsedeq, “justiça”. Sugere violação premeditada e persistente dos mandamentos de Deus.Pecadores. Do heb. chattaim, da raiz chata, “perder a marca”, seja por não ter consciência ou por falta de fibra moral.Nem se assenta na roda dos escarnecedores. O bom não será encontrado na companhia daqueles que, de forma deliberada, escolhem o mal e encontram prazer em exercer sua influência perniciosa sobre outros.Este versículo é um exemplo típico de paralelismo sintético (ver p. 9)."
Sl.1:2 2. O seu prazer. Do heb. chefets, palavra usada tanto para “prazer” como para “desejo”. A vida do bom homem passa a ser descrita de forma afirmativa (ver v. 1). O verdadeiro santo diz “sim” à justiça. Ele encontra prazer constante em refletir na lei de Deus. Seu estudo da palavra da Deus é habitual e regular; não é tedioso. A experiência pessoal de deleite do salmista é expressa no Salmo 119:16, 35 e 47; etc.Lei. Do heb. torah, significando basicamente “instrução” ou “preceito”; portanto, “mandamento” ou “lei”, no sentido comum da palavra. Em geral, torah se refere à revelação escrita da vontade de Deus.Medita. Do heb. hagah, litetalmente, “murmurar”, de onde derivam as idéias de “ler em voz baixa”, “falar sozinho”, "meditar”. No Salmo 119:15 e 148, o salmista narra sua experiência pessoal com a meditação, embora nessa passagem seja empregado um sinônimo de hagah (ver também CBV, 503, 504; !4, 539). Moisés aconselhou o povo de Israel, no seu segundo sermão, a meditar na lei (Dt 6:6-9), e o mesmo fez Deus a Josué no começo de sua carreira (Js 1:8). Visto que a pessoa piedosa medita em temas elevados, não é de se surpreender que o bom homem desfrute os resultados retratados no Salmo 1:3. Não há nada melhor para preencher as horas de uma noite sem sono do que meditar na Palavra de Deus (ver SI 17:3; SI 42:8; 119:55; etc.).
Sl.1:3 3. Como árvore. Na figura de uma árvore cheia de frutos (não uma mera árvore ornamental) o salmista mostra os resultados da vida do justo. Uma figura semelhante encontra-se em Jeremias 17:8.Plantada. Esta figura sugere propósito. A árvore é colocada num local favorável e cultivada com cuidado.Corrente de águas. Do heb. pelagim, indicando canais de irrigação artificial, o que sugere mais cuidado dispensado para com a árvore (ver Ez 31:3, 4).Dá o seu fruto. O verbo hebraico no tempo imperfeito implica ação repetida.Não murcha. Três bênçãos são prometidas ao justo como resultado de sua devoção à Palavra de Deus: (1) terá vida útil, que produz os frutos do Espírito (ver G1 5:22, 23; Hb 12:11); (2) será sempre vigoroso (SI 92:12, 13); e finalmente (3) terá êxito em seus esforços. Como a árvore tem suas raízes na terra firme e absorve umidade domanancial, assim o bom homem tem suas raízes e tira seu sustento da fonte de água da salvação. Ele é firme, sólido e seguro. Assim, embora possa passar por problemas e tentações, se manterá constante. Quanto maior a provação, mais profundas serão suas raízes e mais se apegará a Deus.Tudo quanto ele faz será bem-sucedido. Ou, “tudo que o ele fizer prosperará”. A despeito do êxito ou do fracasso de seu empenho, sua confiança em Deus lhe permite extrair vida da Fonte eterna e finalmente atingir seu objetivo.
Sl.1:4 4. Não são assim. Na LXN, a idéia é enfatizada por uma dupla negativa. Essa versão traz: “Não são assim os maus, não são assim.”Como a palha. Na figura da palha, o salmista mostra o resultado de uma vida de impiedade. Uma imagem semelhante se encontra em Jó 21:18 e ísaías 17:13. Em contraste com uma árvore, a palha não tem raiz, não tem lugar fixo. Morta, seca e inútil, está à mercê de outros. Os ímpios estão fixados no nada; falta-lhes estabilidade e não podem permanecer. Na Palestina, o grão era separado num lote de chão plano, em geral sobre uma colina varrida pelo vento. Os preciosos grãos permaneciam, ao passo que a palha era levada.Dispersa. Existe um paradoxo no emprego das duas figuras de linguagem: árvore e palha. Aparentemente, a árvore parece ser mantida prisioneira. Mas, na realidade, ela é livre, cresce e dá fruto. A palha parece estar livre, mas na verdade é escrava do ambiente. O cristão, ligado a Deus, sua fonte de vida e força, cresce e dá fruto; a palha, solta, cortada da fonte de força, não produz nada. Tem uma liberdade que não vale a pena. Isso lembra a parábola de Jesus sobre os dois fundamentos (Mt 7:24-27).
Sl.1:5 5. Não prevalecerão. Isto se verá, sobretudo, no juízo final quando os ímpios forem separados dos justos na conclusão de seus respectivos caminhos (ver Mt 25:31-46).
Sl.1:6 6. O Senhor conhece. Deus Se ocupa dos justos, portanto, eles prosperam. O último versículo do salmo dá a razão definitiva para o final diferente dos dois caminhos. Como Deus conhece, Ele discrimina e aprova ou condena segundo padrões eternos.‘'Pode-se dizer que uma lição e apenas uma história se repetem com clareza: que o mundo de algum modo está construído sobre fundamentos morais; que ao final, os bons se dão bem e os ímpios se dão mal” (Froude, citado no comentário de Soncino, sobre os salmos).Salmo 2disse: Tu és Meu Filho, Eu, hoje, te gerei.Introdução — Este primeiro salmo sobre o Messias é chamado apropriadamente de Cântico do Ungido do Senhor. Os Salmos 1 e 2 se complementam. Ao passo que o Salmo 1 celebra a bem- aventurança da vida do homem bom, dedicada à meditação na lei de Deus, e o fracasso final do ímpio, o Salmo 2 mostra a inutilidade da rebelião universal contra o Senhor e quão bem-aventuradossão os que depositam a confiança no Filho de Deus. O Salmo 1 descreve os dois caminhos que estão diante do indivíduo; o 2 mostra os dois caminhos diante dos povos. O Salmo I começa com uma bem-aventurança; o 2 termina com uma. O tema do Salmo 2 poderia ser "O homem propõe, Deus dispõe”. Atos 4:25-27 atribui significado messiânico a este salmo (ver DTN, 778).Estruturalmente, este salmo tem quatro partes, e cada estrofe tem quase o mesmo número de palavras. A primeira estrofe (v. 1-3) apresenta uma figura dos poderosos da terra que desafiam o governante do universo e Seu Messias; a segunda estrofe (v. 4-6), em contraste, mostra o desdém do Senhor para com os insultos deles e estabelece o Messias como rei de Sião. A terceira estrofe (v. 7-9) representa o Filho de Deus contemplando o decreto que fez dEle o dono legítimo do mundo; a quarta estrofe (v. 10-12) aconselha submissão ao Ungido do Senhor. O salmo termina com uma bênção (v. 12).Atos 4:25 atesta que Davi é o autor do Salmo 2. E interessante notar que a igreja apostólica já designava este salmo como “o Salmo segundo” (At 13:33).Na segunda parte de seu oratório O Messias, Handel usou os v. 1-4 e o 9, do Salmo 2, como texto da ária para baixo, coro e recitativo e ária para tenor, que precedem imediatamente o coro de Aleluia.
Sl.2:1 "Introdução — Este primeiro salmo sobre o Messias é chamado apropriadamente de Cântico do Ungido do Senhor. Os Salmos 1 e 2 se complementam. Ao passo que o Salmo 1 celebra a bem- aventurança da vida do homem bom, dedicada à meditação na lei de Deus, e o fracasso final do ímpio, o Salmo 2 mostra a inutilidade da rebelião universal contra o Senhor e quão bem-aventurados são os que depositam a confiança no Filho de Deus. O Salmo 1 descreve os dois caminhos que estão diante do indivíduo; o 2 mostra os dois caminhos diante dos povos. O Salmo I começa com uma bem-aventurança; o 2 termina com uma. O tema do Salmo 2 poderia ser ""O homem propõe, Deus dispõe”. Atos 4:25-27 atribui significado messiânico a este salmo (ver DTN, 778). Estruturalmente, este salmo tem quatro partes, e cada estrofe tem quase o mesmo número de palavras. A primeira estrofe (v. 1-3) apresenta uma figura dos poderosos da terra que desafiam o governante do universo e Seu Messias; a segunda estrofe (v. 4-6), em contraste, mostra o desdém do Senhor para com os insultos deles e estabelece o Messias como rei de Sião. A terceira estrofe (v. 7-9) representa o Filho de Deus contemplando o decreto que fez dEle o dono legítimo do mundo; a quarta estrofe (v. 10-12) aconselha submissão ao Ungido do Senhor. O salmo termina com uma bênção (v. 12). Atos 4:25 atesta que Davi é o autor do Salmo 2. E interessante notar que a igreja apostólica já designava este salmo como “o Salmo segundo” (At 13:33). Na segunda parte de seu oratório O Messias, Handel usou os v. 1-4 e o 9, do Salmo 2, como texto da ária para baixo, coro e recitativo e ária para tenor, que precedem imediatamente o coro de Aleluia. 1. Por que [...] os gentios? O salmo começa apresentando, subitamente, um quadro de grande confusão. A palavra ""gentio” significa “nações”; era aplicada às nações idólatras vizinhas de Israel. Lutero parafraseou essa pergunta do salmista assim: “Como podem eles prosperar, os que se colocaram contra Yahweh e contra o Seu Cristo?”Enfurecem. Do heb. ragash. Esta palavra ocorre apenas aqui (a forma em ara- maico é encontrada em Dn 6:6, 11, 15) e significa “estar em tumulto”.Os povos. Segundo as regras do paralelismo hebraico, a palavra expressa a mesma ideia de ""pagãos”.Imaginam. Do heb. hagah (ver com. de SI 1:2). Esses pecadores deliberam a respeito de algo que não pode ser alcançado. Todos os seus propósitos contra o governo de Deus sem dúvida irão fracassar."
Sl.2:2 2. Os reis da terra. A frase dá uma forma específica à generalização do v. 1. “Reis” está em oposição a “meu Rei”, do v. 6. A atitude expressa em “se levantam” é de resistência determinada.Ungido. Do heb. mashiach, de que deriva a palavra “Messias”. Significa, literalmente, “um ungido”. Mashiach é por duas vezes traduzido como “Messias” (Dn 9:25, 26, ARC). De acordo com o costume antigo, derramava-se óleo sobre a cabeça dos sacerdotes e reis quando estes eram consagrados ao seu ofício (ver Êx 28:41; ISm 10:1). Davi com frequência se referiu a Saul como “o ungido do Senhor” (ISm 24:6, 10; 26:9; etc.). O significado messiânico deste salmo é evidente em Atos 4:25-27 (ver também Mt 26:63; Jo 1:49; At 13:33; Rm 1:4; Cl 1:18; Hb 1:2-5).
Sl.2:3 3. Rompamos os seus laços. Os rebeldes contra Deus são representados expressando seu desejo de quebrar as restrições impostas pela autoridade de Yahweh. Ao invés de descrever a ação, o poeta representa os rebeldes declarando suas intenções de modo desafiador.
Sl.2:4 4. RI -se. Em contraste com a figura tumultuosa das nações, Yahweh é descrito como sentado, calmo e sereno, nos Céus (ver Ed, 173; CBV, 417), rindo dos esforços vãos dos rebeldes. A Providência que a tudo rege impede que sejam realizados os desígnios dos seres humanos de coração corrupto e transforma seu curso em loucura (ver 2Sm 15:31). Descreve-se a Deus como possuidor de atributos humanos: Ele “rirá” (ver SI 37:13; 59:8; etc.). O Talmude diz: "A Torah [lei] fala na linguagem dos filhos dos homens.” O escritor inspirado expressa as características e atitudes da Divindade na linguagem dos seres humanos a fim de que estes possam compreender. EUen G. White se sentia incapaz de expressar as glórias do Céu porque não podia usar “a linguagem deCanaã” (PE, 19). A idéia sugerida em “rir” é expressa ainda pelas palavras “zomba”, “ira” e “furor” (v. 4, 5), todas indicam o desprezo divino pela rebelião.
Sl.2:5 5. A Seu tempo, lhes há de falar. A indiferença de Deus não durara para sempre. A frase "a Seu tempo” indica que Deus, ao final, declarará Seu propósito.
Sl.2:6 6. Eu, porém, constituí o Meu Rei. “Porém” é a tradução da conjunção hebraica traduzida em geral como “e”, mas que aqui tem a força de introduzir uma citação. O pronome “eu” é enfático, e é contrastado com “lhes” (v. 5) referindo-se àqueles que conspiram contra Yahweh.O Meu santo monte Síão. Ver SI 48:2. Sião, o nome do monte ao sul da cidade de Jerusalém, tornou-se o nome poético da cidade.
Sl.2:7 7. Proclamarei. Jesus, o Ungido, a Palavra, o porta-voz de Deus, fala, interpretando a declaração divina de que Ele é Seu Filho. Ele não é um usurpador; por meio de decreto de Seu Pai, Ele é o Messias. Esse decreto implica (1) que Jesus deve ser reconhecido como Filho de Deus e (2) que Seu reino será universal (v. 8, 9; cf. Ez 21:27).Meu Filho. Ver Hb 1:2, 5; cf. Mt 14:33; 16:16; At 8:37; IJo 4:15.Eu, hoje, Te gerei. Não se deve compreender essa declaração como indício de que originalmente o Filho foi gerado. “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada” (DTN, 530). A Bíblia é a melhor intérprete de si mesma. Escritores inspirados devem lazer a aplicação precisa das proíecias do AT. Quaisquer outras aplicações são opiniões humanas, e como tais lhes falta um claro “Assim diz o Senhor” (ver com. de Dt 18:15). Quando comenta esse texto, o apóstolo inspirado o interpreta como uma profecia da ressurreição de Jesus (At 13:30-33). (.) fato de Jesus ter sido ressuscitado dos mortos de forma singular pro- elarnou-0 como o Filho de Deus (Rm 1:4).
Sl.2:8 8. Pede-Me. A relação entre Yahweh e o Messias é tal que qualquer pedido do Filho será concedido. Enfatiza-se que qualquer tentativa dos rebeldes de destruir o governo do Ungido será inútil. Como herdeiro, o Filho possui tudo, e, portanto, pode compartilhar com Seus filhos como co-herdeiros (ver com. de Rm 8:17).
Sl.2:9 9. Vara de ferro. Simboliza o cetro do domínio, os inimigos do Messias serão derrotados por completo.E as despedaçarás. Ver Ap 2:27; 12:5; 19:15.
Sl.2:10 10. Agora [...] sede prudentes.Os rebeldes têm diante de si dois caminhos: prosseguir com a rebelião, o que resultará em destruição, ou submeter-se à vontade divina, o que trará felicidade eterna. O sal- mista, como quem roga a seus irmãos, solenemente exorta os líderes da rebelião a se submeterem. Rebelar-se é estupidez.Deixai-vos advertir. Literal mente, “ser advertido”, “ser disciplinado”. Os líderes são aconselhados a reconhecer seu dever para com Yahweh e Seu Messias, e a apoiar com sua influência para que se cumpra esse dever.
Sl.2:11 11. Com temor. Esta frase e as palavras “com tremor” sugerem humilde reverência mesclada com terror ao se perceberem as consequências terríveis da rebelião contra os propósitos de Deus. A palavra “alegrar” mostra que há regozijo em adorar a Deus.
Sl.2:12 12. Beijai o Filho. Isto é, reverenciar ao Messias, a quem Yahweh declarou como Seu Filho. A palavra “beijar” sugere o costume oriental de demonstrar respeito a pessoas de nível superior (ver lSm 10:1). O salmista aconselha os que se rebelaram contra o Messias a reconhecê-Lo como rei e a se submeterem a Seu reinado (ver Jo 5:23).Embora “beijai o Filho” seja uma tradução literal do hebraico, as versões, tanto antigas corno modernas, mostram diferentes interpretações. A LXX e a Vulgata traduzem a frase como “Apegai-vos à instrução”.Essas traduções parecem estar baseadas na definição judaica da palavra para “filho”, que, nessa passagem, não é o hebraico hen, mas o aramaico bar. Depois do exílio, os judeus usaram essa palavra para se referir às advertências da Torah. A palavra para “beijar”, nashaq, também significa “unir-se” (ver Ez 3:13, em que nashaq é traduzida como “tocavam”). A combinação das duas idéias produziu a tradução da LXX. Ao invés de “beijai”, algumas versões apresentam “homenageai”, o que é simplesmente uma interpretação da palavra para “beijar”.Embora a igreja apostólica tenha atribuído o Salmo 2 a Davi (At 4:25), eruditos da Alta Crítica têm com frequência datado o salmo no período pós-exílico. Usam como argumento o fato de que o heb. hen e o aramaico bar, ambos significando “filho”, ocorrem no salmo. Esse argumento perdeu o valor ao se descobrir que as duas palavras são usadas numa carta ugarítica do século 14 a.C. Isso mostra claramente que a presença de palavras aramaicas em qualquer livro da Bíblia não é evidência de uma escritura tardia.A tradução “beijai Seus pés” (Bj) é baseada numa reconstrução do texto hebraico envolvendo um rearranjo de algumasdas letras do texto. Uma vez que o texto hebraico original é traduzido com facilidade e produz um sentido contextual sólido, a mudança sugerida deve ser rejeitada (um estudo dos problemas de tradução desta passagem pode ser visto em Problems in Bible Translation, nas p. 144-147).Não pereçais no caminho. À luz do amor infinito (Jo 3:16), a ira de Deus deve finalmente se acender contra o pecado e consumir aqueles que se recusam a aceitar o Messias. No entanto, o Deus amoroso anela pela salvação de Israel (ver Ez 18:30, 31) e não tem prazer na destruição dos pecadores (v. 32).Bem-aventurados todos. O salmo se encerra com uma bem-aventurança pronunciada sobre todos os que confiam no Rei de Yahvveh. Todos os seres humanos, de qualquer idade, clima e nação, pecaram e precisam de um Salvador. Bem- aventurados são os que reconhecem essa necessidade e confiam no Messias. E dever do cristão apelar às pessoas para que se arrependam de seus pecados e se submetam ao governo de Cristo, o Filho Ungido de Deus. O Salmo 2 foi chamado de “Hino Missionário do Messias”.Salmo 3Salmo de Davi, quando fugia de Absalão, seu filho.Introdução — De acordo com o subtítulo, o Salmo 3 foi escrito por Davi quando fugia de Absalão, seu filho. “Exausto com a dor e o cansaço de sua fuga, ele e seus companheiros se demoraram ao lado do Jordão algumas horas para descansar. Despertou com o chamado para fugir imediatamente, s» Nas trevas, a passagem daquele rio profundo e torrentoso teve de ser feita por toda aquela multidão de homens, mulheres e crianças; pois bem perto estavam, após eles, as forças do filho traidor’' (Ed, 164, 165). Nas horas de mais escura tribulação, Davi cantou esse bino sublime de confiança em Deus em face do inimigo (ver PP, 741, 742). O salmo foi chamado de Oração Matutina. E o clamor da alma na presença do perigo; de alívio do pesar com o findar da noite. Está intimamente ligado ao Salmo 4, Oração Vespertina, que pode ser considerado uma sequência do Salmo 3. Há quatro estrofes: (1) o perigo presente (v. 1, 2), (2) a lembrança do socorro recebido no passado (v. 3, 4), (3) o sentimento de segurança em meio ao perigo presente (v. 5, 6), e (4) a oração de triunfo sobre os inimigos (v. 7). Uma exclamação de confiança com uma oração pela bênção de Deus sobre Seu povo conclui o poema (v. 8). No meio do poema há uma mudança dramática e repentina do cansaço e do desânimo da noite para a confiança e a fé triunfante do novo dia. Diz-se que os huguenotes, do exército de Condé, durante as guerras religiosas da França, cantavam este salmo na hora da troca de guarda.Sobre a narrativa histórica, ver 2 Samuel 15-17. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.3:1 "Introdução — De acordo com o subtítulo, o Salmo 3 foi escrito por Davi quando fugia de Absalão, seu filho. “Exausto com a dor e o cansaço de sua fuga, ele e seus companheiros se demoraram ao lado do Jordão algumas horas para descansar. Despertou com o chamado para fugir imediatamente, s» Nas trevas, a passagem daquele rio profundo e torrentoso teve de ser feita por toda aquela multidão de homens, mulheres e crianças; pois bem perto estavam, após eles, as forças do filho traidor’' (Ed, 164, 165). Nas horas de mais escura tribulação, Davi cantou esse bino sublime de confiança em Deus em face do inimigo (ver PP, 741, 742). O salmo foi chamado de Oração Matutina. E o clamor da alma na presença do perigo; de alívio do pesar com o findar da noite. Está intimamente ligado ao Salmo 4, Oração Vespertina, que pode ser considerado uma sequência do Salmo 3. Há quatro estrofes: (1) o perigo presente (v. 1, 2), (2) a lembrança do socorro recebido no passado (v. 3, 4), (3) o sentimento de segurança em meio ao perigo presente (v. 5, 6), e (4) a oração de triunfo sobre os inimigos (v. 7). Uma exclamação de confiança com uma oração pela bênção de Deus sobre Seu povo conclui o poema (v. 8). No meio do poema há uma mudança dramática e repentina do cansaço e do desânimo da noite para a confiança e a fé triunfante do novo dia. Diz-se que os huguenotes, do exército de Condé, durante as guerras religiosas da França, cantavam este salmo na hora da troca de guarda. Sobre a narrativa histórica, ver 2 Samuel 15-17. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.1. Como tem crescido. Absalão tinha muitos seguidores. Quase todo o Israel tinha se rebelado (ver 2Sm 15-17, principalmente 15:6, 13; ver também PP, 727 -745).Os que se levantam contra mim. Semelhante à expressão usada pelo etíope que levou a Davi as novas do fracasso da rebelião de Absalão (ver 2Sm 18:31, 32)."
Sl.3:2 2. De mim. Do heb. nefesh. É comum nos salmos ter uma expressão no lugar do pronome pessoal. “Os que dizem de minha alma’’ é equivalente a dizer “os que dizem de mim”.Não há em Deus salvação para ele. A situação de Davi era tão desesperadora que seus inimigos a consideram como além do socorro de Deus (ver SI 71:10, 11).Selá (ARC). Ver p. 709. Em algumas versões, como neste salmo, “Selá” é usado para marcar uma divisão entre estrofes.
Sl.3:3 3. Meu escudo. Ou, “ao meu redor”. Deus assegurou a Abraão de que seria seu escudo (Gn 15:1; cf. Dt 33:29; 2Sm 22:3; SI 28:7; 119:114).O que exaltas. Enquanto Davi fugia, estava sucumbido pela humilhação (2Sm 15:30). Deus lhe permitiu que outra vez levantasse a cabeça (ver SI 27:6).
Sl.3:4 4. Clamo. A forma do verbo no hebraico, assim traduzido, com frequência expressa atos repetidos e habituais. Assim, o versículo dá a entender que sempre que Davi clamava, Deus lhe respondia. “A oração muda as coisas.”Seu santo monte. Sião (ver com. de SI 2:6). Davi tinha levado a arca para a cidade santa, e era natural que considerasse essa fortaleza como o lugar de habitação de Deus. O heb. har, “colina”, deve, de(2Sm 15-1?)¦ SiquémO Segredo da Paz Verdadeira“Senhor, como tem crescido o número dos meus adversários! São numerosos os que se levantam contra mim.São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele.Porém Tu, Senhor, és o meu escudo, és a minha glória e o que exaltas a minha cabeça.Com a minha voz clamo ao Senhor, e Ele do Seu santo monte me responde.Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me sustenta.Não tenho medo de milhares do povo que tomam posição contra mim de todos os lados.Levanta-Tc, Senhor! Salva-me, Deus meu, pois leres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebras os dentes.Do Senhor é a salvação, e sobre o Teu povo, a Tua bênção.”Em algum lugar ao leste do Jordão, Davi alcança consolo, ao compor o Salmo 3Depois de um dia de temor despertado pela violência de uma multidão liderada por um filho traidor, o rei Davi deixa às pressas sua casa e a ordem no reino há muito estabelecida, para começar uma fuga cansativa, lenta acampar-se à noite ao lado do leito de um riacho,mas chega a ele uma repentina intimação para fuga imediata. Após a travessia noturna do riacho surge o cântico pela manhã, não de pesar, mas de louvor. Em momentos assim, a vitória só acontece mediante confiança no cuidado de Deus.preferência, ser traduzido como “monte”. Na literatura ugarítica (ver p. 697), “santo monte” em geral designa a morada celestial de uma divindade (ver Is 14:13).
Sl.3:5 5. Deito-me. O pronome “eu”, ocultado na ARA, é enfático. Davi se descreve em perigo de ataque a qualquer momento da noite, perseguido e amaldiçoado por seus inimigos; contudo, é capaz de se deitar em paz e dormir, tamanha era sua confiança em Deus. Visto que tudo estava nas mãos de Deus, ele se sentia completamente protegido. Seu sono não era meramente resultado de cansaço, indolência ou presunção; era um ato de fé. A paz interior o fortalecia para o seguinte dia de lutas.O Senhor me sustenta. Assim como seu último pensamento antes de dormir tinha sido de completa confiança, o primeiro pensamento ao despertar era de reconhecimento de que Deus honra a confiança nEle depositada. O salmista é fortalecido para enfrentar as dificuldades do dia. Os últimos pensamentos da noite são com frequência os primeiros do dia. Observe a mudança dramática e repentina do desânimo para o triunfo, tal é a bendi- ção da noite e a promessa do novo dia (ver Lm 3:22, 23).
Sl.3:6 6. Milhares. Como Deus era seu aju- dador, Davi não se desanimava com avantagem numérica de seus inimigos (ver SI 27:3; cf. Dt 32:30).
Sl.3:7 7. Levanta-Te. Deus é chamado a socorrer o salmista. Moisés agia de forma semelhante ao levantar o acampamento (Nm 10:35; cf. SI 68:1; 132:8).Feres. Neste versículo, a forma verbal no hebraico pode ser considerada como um perfeito de certeza ou um perfeito profético. No primeiro caso, eventos esperados com confiança são concebidos e descritos como se já houvessem ocorrido. No segundo caso, descreve-se um evento futuro como se já tivesse acontecido. O salmista expressa sua confiança de que Deus esmagará seus inimigos; nesse caso, o resultado é considerado como um fato já consumado.
Sl.3:8 8. Do Senhor. O salmista não afirma que pode salvar a si mesmo. Para o inimigo que declara em tom de zombaria: “Não há em Deus salvação para ele”, Davi responde: “De Deus somente vem meu socorro, a toda hora e sob qualquer circunstância.”Sobre o Teu povo. Em sua generosidade, Davi deixa de pensar em si mesmo e no perigo que corre, e passa a pensar na condição de seu povo, sua nação, não só daqueles que permaneceram fiéis a ele, mas daqueles que se rebelaram. E um final sublime para um hino de confiança.Salmo 4Salmo de Davi ao mestre de canto, com instrumentos de cordas.da minha justiça; na angústia, me tens minha oração.Introdução — O Salmo 4 foi chamado cie Oração Vespertina e considerado como uma sequência do Salmo 3. Ao cair da tarde, o salmista relembra as dificuldades do dia e fica satisfeito. Um sentimento de paz e tranquilidade se apodera dele, pois percebe que, assim como Deus lhe ajudou nas horas de angústia, Ele lhe protegerá durante a noite. Sugere-se que o Salmo 5 também deveria ser lido junto com o Salmo 4, pois o último é uma oração apropriada para o culto vespertino, ao passo que o Salmo 5 é apropriado para o culto matinal. O mesmo espírito parece permear ambos os salmos.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708.
Sl.4:1 "Introdução — O Salmo 4 foi chamado cie Oração Vespertina e considerado como uma sequência do Salmo 3. Ao cair da tarde, o salmista relembra as dificuldades do dia e fica satisfeito. Um sentimento de paz e tranquilidade se apodera dele, pois percebe que, assim como Deus lhe ajudou nas horas de angústia, Ele lhe protegerá durante a noite. Sugere-se que o Salmo 5 também deveria ser lido junto com o Salmo 4, pois o último é uma oração apropriada para o culto vespertino, ao passo que o Salmo 5 é apropriado para o culto matinal. O mesmo espírito parece permear ambos os salmos. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708. 1. Ouve-me (ARC). Literalmente, “responde-me” (ARA), indicando uma resposta inesperada, favorável.Deus da minha justiça. Esta expressão não é encontrada em outra parte do AT.Na angústia, me tens aliviado.Literalmente, “na estreiteza me preparaste um lugar amplo”. Antes cercado pelos perseguidores, o salmista recobra liberdade de movimento.Tem misericórdia de mim. Ou,“demonstre graça para comigo”. Quase todas as palavras deste versículo no hebraico terminam com a vogal i, pronunciada ü, possivelmente com o intuito de expressar um grande clamor."
Sl.4:2 2. Ó homens. Do heb. bene ’ish. A expressão mais comum assim traduzida é bene 'adam, que indica a humanidade em geral. Por contraste, bene 'ish pode possivelmente se referir a pessoas diferentes. Enquanto ora a Deus, Davi se dirige a seus perseguidores como se estivessem presentes.Minha glória em vexame. Se este versículo se refere à rebelião na época de Absalão (ver introduções dos Salmos 3 e 4), alude sem dúvida ao fato de Davi estar sendo despojado de sua dignidade real e reduzido praticamente à miséria.Mentira. Do heb. kazab, “uma mentira”. Os rebeldes estavam seguindo um caminho que, ao final, provaria ser um engano, um completo fracasso. As promessas de que a felicidade duradoura pode ser obtida com prazer material e ambição mundana se provarão falsas; não passam de mentira.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.4:3 3. Sabei, porém. Visto que Yahvveh tinha separado o salmista para uma obra especial, os esforços de seus inimigos para frustrar esse propósito eram inúteis.Piedoso. Do heb. chasid, aquele que demonstra seu amor por Deus com sua conduta piedosa (ver Nota Adicional ao Salmo 36).O Senhor me ouve. Como é piedoso e está fielmente cumprindo a tarefaque Deus lhe designou, o salmista tem certeza de que Deus o ouvirá e o livrará. Esta é a verdadeira base para a confiança: se o cristão fielmente cumpre o plano de Deus, ele pode esperar que Deus o sustentará até completar a obra designada pelo Céu.
Sl.4:4 4. Irai-vos. Do heb. ragaz, literalmente, “tremer”, “ser perturbado”. Os inimigos (v. 2) são advertidos a tremer ao considerarem os resultados de sua rebeldia e, então, desistir dela.Não pequeis. Não continuar a pecar persistindo nos desígnios perversos.Consultai no travesseiro o coração. Literal mente, “fale com seu próprio coração”. Em outras palavras, “consulte seu bom juízo”; ou “apele para sua melhor natureza, seus melhores sentimentos, seu senso inato do que é correto, suas emoções generosas, ao invés de confiar no seu intelecto, sua vontade ou suas paixões”.Sossegai. “E apenas nas águas calmas que se assenta o lodo, e nas noites tranquilas que cai o sereno. À noite, quando os olhos se fecham para tudo em redor, deve-se abrir para um autoexame” (F. B. Mever), Na quietude da noite, quando está só e apenas Deus o contempla é que o ser humano fica livre para pensar seus propósitos à luz da aprovação divina, e chegar a conclusões válidas. Nisso está a receita para o descanso mental e a salvação dos pecadores (ver Jó 33:14-17).
Sl.4:5 5. Sacrifícios de justiça. Sacrifícios motivados por razões corretas, provenientes de um coração sincero (ver Dt 33:19; SI 51:19) em oposição a ofertas vãs (ver Is 1:1 3; Jr 6:20; Mq 6:7, 8).
Sl.4:6 6. Há muitos que dizem. O questionamento do ser humano em geral é: “Quem nos mostrará algum bem? Onde se pode encontrar a verdadeira felicidade? O que é verdadeira felicidade?” Essas são perguntas cínicas do materialista, asquais podem encontrar respostas apenas na vida do piedoso seguidor de Deus (verSenhor, levanta sobre nós. Ver aspalavras da bênção de Arão (Nm 6:26). Em contraste com os planos de seus inimigos, o salmista deseja apenas o favor de Deus — esse é o bem supremo. O verdadeiro filho de Deus encontra satisfação permanente, não nos bens materiais e nos deleites sensuais mundanos, mas na consciência de que tem a aprovação do Céu e de que desfruta a comunhão com Deus.
Sl.4:7 7. Alegria me puseste no coração. Não o prazer das posses mundanas, mas a felicidade apresentada no v. 6, de desfrutar o amor de Deus. Essa alegria é maior do que a do agricultor que se regozija na colheita farta. Entre os he- breus, como entre a maioria dos povos, a época da colheita era um tempo de regozijo especial.Cereal. Do heb. dagan, “grãos em geral”. Dagan não deve ser confundido com o milho da índia. Os principais cereais cultivados na Palestina eram o trigo, a cevada, a espelta e o painço. A expressão “cereal e vinho” parece ter sido usada em alguns casos para designar toda a colheita dos campos.Vinho. Do heb. tirosh, literalmente, “vinho novo”, como é traduzido em Isaías 65:8.
Sl.4:8 8. Logo. Literalmente, “junto” ou “ao mesmo tempo”. Visto que a mente do salmista está em paz, ele pode se deitar e logo dormir calmamente. A confiança em Deus dá certeza do sono. Os dois andam juntos. Essa condição complementa a experiência descrita no Salmo 3:5, em que o salmista, pela manhã, reflete no fato de que Deus lhe permitiu repousar, embora inimigos terríveis o cercassem. Ao entardecer, ele dá um passo à frente e se deita serenamente, ciente de que, embora ainda esteja cercado por seus inimigos,Deus lhe dará um sono tranquilo e repa- rador (ver Pv 3:24).Repousar seguro. O sal mista expressa sua percepção de que é somente graças a Deus que esteve seguro durante a noite. Que confiança: saber que será mantido em segurança, e reconhecer que deve isso a seu Deus. O cristão que compartilha a confiança do salmista não precisa temerdurante o sono da noite, nem em meio aos deveres do dia. O pensamento do v. 8 é a tônica do Salmo 121.Acredita-se que, como parte da adoração pública, este salmo era cantado no templo como se segue: v. 1 a 4, durante o preparo para o sacrifício; v. 5 e 6, durante a oferta; v. 7 e 8, após o sacrifício como garantia de aceitação.Salmo 5Ao mestre de canto, para flautas. Salmo de Davi.] Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras e acode ao meu gemido.Introdução — O Salmo 5 é uma oração matutina, escrito com o mesmo espírito que o Salmo 4, que é uma oração vespertina. As circunstâncias em que os dois salmos foram escritos eram provavelmente similares.Após uma noite de sono tranquilo, o salmista faz essa oração antes de entrar na casa de Deus (v. 7). Ele contia que Deus não permitirá que os ímpios prevaleçam, mas, certamente, fará com que os que nEle confiamtenham alegria plena. O salmo começa com uma oração, expressa confiança inabalável em Deus, roga por Sua direção nas dificuldades da vida e, finalmente, exorta a todos a confiarem em Deus.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708.
Sl.5:1 "Introdução — O Salmo 5 é uma oração matutina, escrito com o mesmo espírito que o Salmo 4, que é uma oração vespertina. As circunstâncias em que os dois salmos foram escritos eram provavelmente similares. Após uma noite de sono tranquilo, o salmista faz essa oração antes de entrar na casa de Deus (v. 7). Ele contia que Deus não permitirá que os ímpios prevaleçam, mas, certamente, fará com que os que nEle confiam tenham alegria plena. O salmo começa com uma oração, expressa confiança inabalável em Deus, roga por Sua direção nas dificuldades da vida e, finalmente, exorta a todos a confiarem em Deus. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708. 1. Meu gemido. O salmista ora a Deus para que considere não apenas suas palavras, mas sua intenção, os desejos secretos não expressos do coração. A palavra “gemido” (“meditação”, ARC; do heb. hagig) é encontrada apenas neste versículo e no Salmo 39:3, onde é traduzida como “meditava”. Indica um “gemido” ou “suspiro”. Com hagig, o salmista pode ter se referido ao que Paulo chamou de stenagmoi, “gemidos” (Rm 8:26). “A oração é o desejo sincero do coração, seja ele expresso ou não.”"
Sl.5:2 2. Rei meu e Deus meu. E digno de nota que Davi, um rei, reconhecesse sua sujeição ao Rei dos reis, seu Deus. Neste versículo, “Deus” é uma tradução de ’Elohitn (ver vol. 1, p. 148, 149). O salmista reconhece a onipotência de Deus. A literatura ugarítica mostra muitos exemplos da designação “rei” no lugar de ei.
Sl.5:3 3. De manhã. O salmista ergue a voz em oração regularmente, todas as manhãs, mas, principalmente, nos momentos em que está cercado por seus inimigos (ver SI 55:17; 59:16; 88:13). Não há hábito melhor do que o de orar pela manhã, quando, sozinha com Deus, a pessoa se prepara para desempenhar os deveres e enfrentar os problemas do dia desconhecido.“Um momento pela manhã, um momento, talvez mais, é melhor do que uma hora quando o dia terminar.” É bom cultivar o hábito de oferecer as primícias do dia como oferta matutina a Deus.Apresento. Do heb. arak, literalmente, “pôr em ordem”. A palavra é usada para o preparo da madeira sobre o altar (Gn 22:9) e para o preparo do pão da proposição sobre a mesa (Ex 40:23). A oração do salmista éuma espécie de sacrifício bem disposto; não é realizada de modo impensado.E fico esperando. O salmista espera por um sinal do favor divino, pela resposta à sua oração. Jesus ordenou aos discípulos “vigiai e orai” (Mt 26:41).
Sl.5:4 4. Que Se agrade com a iniquidade. Deus é demasiado santo e puro para ter qualquer parte no desígnio dos ímpios. Caso Ele lhes mostrasse favor, seria como admiti-los na Sua morada.Subsiste. Do heb. gur, literalmente, “permanecer”. O mal é personificado como se fosse capaz de habitar algum lugar. O Salmo 15 descreve os que habitarão com Deus.
Sl.5:5 5. Os arrogantes. Do heb. holelim, “jac- tanciosos”, orgulhosos, insolentes, pecadores.Não permanecerão. Deus não aprova a conduta dos insensatos (ver SI 1:5). Ele odeia todas as formas de iniquidade. Nos salmos, “obreiros da iniquidade'' são designados continuamente como a personificação do princípio do mal.
Sl.5:6 6. Mentira. Ver com. do SI 4:2.Abomina. Deus abomina o pecadode tal maneira que não pode ignorá-lo no pecador. Aqueles a quem Deus abomina são literalmente os sanguinários e fraudulentos. A forma plural “sangues’’ [no original hebraico] se refere à culpa de sangue ou homicídio (como em Gn 4:10). Os inimigos de Davi se distinguem por fraude e assassinato.
Sl.5:7 7. Porém eu. Um forte contraste. Diferente do ímpio, o salmista tem certeza de que entrará na casa de Deus. E o seu direito.Pela riqueza da Tua misericórdia. O fato de o filho de Deus ser bem-vindo à casa de seu Pai é tão certo quanto o fato de o ímpio não ser bem-vindo ali. Ele tem certeza da hospitalidade divina. Essa é a confiança do filho no Pai celestial.E me prostrarei. Não era permitido aos adoradores entrar no santuário, mas, perto ou longe, se prostravam em direção a ele como a morada de Deus.Templo. Do heb. hekal, um palácio (ver Is 39:7; Dn 1:4) ou o templo onde Deus habita. Hekal é usado para designar o taber- náculo que antecedeu a construção do templo (ISm 1:9; 3:3; 2Sm 22:7), bem como o templo de Salomão (2Rs 18:16; 23:4; etc.). O uso da palavra hekal neste versículo, portanto, não é argumento, como defendem alguns críticos, de que o salmo seja de origem pós-exílica. No Salmo 27, o santuário é designado como '‘templo” (hekal, v. 4) e “tabernáculo” Çohel, v. 6).Além disso, deve-se observar que as expressões paralelas “casa” (hayith) e templo (hekal) deste versículo ocorrem com frequência na literatura ugarítica (ver p. 698) como sinônimas para o lugar de morada de uma divindade. Um exemplo típico é: "Então, foi Anat para sua casa (ht), a deusa se dirigiu para seu templo (hkl)”.No ritual judaico, o adorador recita o Salmo 5:7 ao entrar na sinagoga.Temor. Esta expressão indica profunda reverência na adoração.
Sl.5:8 Sem comentário para este versículo
Sl.5:9 9. Sinceridade. Do heb. nekonah, de kun, significando “estar firmemente estabelecido", "ser digno de confiança”. Os inimigos são indignos de confiança; são falsos e traiçoeiros. Absalão tinha ido a Hebrom com um falso pretexto (ver 2Sm 15:7-10).Crimes, Literalmente, “destruição”. Além disso, a garganta do ímpio, como sepulcros abertos, está pronta para devorar a felicidade de outros. Paulo emprega esta passagem para caracterizar a depra- vação universal do ser humano (Rm 3:13). O salmista também se refere a outro membro do corpo, a língua, como igualmente depravado (ver Tg 3:5-9). Essa descrição parece pertinente à traição de Absalão e seus companheiros rebeldes (ver 2Sm 15:1-6).
Sl.5:10 10. Declara-os culpados. Do heb. asham, “ser culpado”. Na forma empregada neste versículo, a palavra asham significa“considerar culpado”. O salmista deseja que Deus trate seus inimigos como culpados, o que sem dúvida são. Ele pede que eles “caiam por seus próprios planos”, isto é, que os planos deles sejam o meio para sua destruição (ver SI 7:15, 16; Pv 26:27; 28:10). Essa ideia é frequente no AT. O pecado, finalmente, destrói a si mesmo.
Sl.5:11 11. Regozijem-se. Ver com. do SI 2:12. Os que confiam em Deus sempre têm motivos para se alegrar. Sua alegria encontra expressão no júbilo. Alegram-se porque Deus os defende. Ao falar de sua alegria, o salmista inclui o regozijo de todos os que confiam em Deus.Em Tí se gloriem. O cristão se regozija por tudo o que Deus revelou de Si mesmo. Sua alegria está em Deus, em contemplar Seus atributos e as evidências de Seu cuidado, na comunhão com Ele e em servi-Lo com amor.Nome. Com frequência, sinônimo de "pessoa”.
Sl.5:12 12. Abençoas o justo. Ou, “o coroa”.Escudo. Do heb. tsinnah, um escudogrande do qual se diz cobrir todo o corpo (não magen, de Sl 3:3). Assim corno o escudo protege o soldado na batalha, Deus protege o justo. O salmo termina com urna afirmação de plena confiança do salmista na proteção divina.Após uma oração matutina como esta, o salmista está pronto para enfrentar os ataques de seus inimigos. Charles H. Spurgeon declarou: "Entreguemos a Deus as manhãs de nossos dias e de nossas vidas. A oração deveria ser a chave do dia e a chave da noite. A devoção deveria ser tanto a estrela da manhã como a da noite. Se começarmos bem o dia, durante suas horas teremos mais consciência da presença de Deus, e mais certeza de nos deitarmos à noite com tranquilidade e confiança em nosso coração.”Salmo 6Ao mestre de canto, com instrumentos de cordas. Em tom de oitava. Salmo de Davi.faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago.Introdução — O primeiro de sete salmos penitentes (6, 32, 38, 51, 102, 130 e 143; ver p. 703), o Salmo 6 é profundamente pessoal. Alexander Maclaren diz: “Se alguma vez, a palpitação da angústia pessoal se expressou mediante lágrimas e palavras, fez isso neste salmo.” Lutero o chamou de “uma oração penitencial para a saúde do corpo e da alma’'. Nele, o sal- mista expressa sua agonia física e tormento de alma ao ser escarnecido por aqueles que declaravam que Deus o havia abandonado. Embora se encontre no limiar da morte, ele ora com fervor para pedir socorro e insiste em que Deus ouça sua oração e o salve. Como o Salmo 3, este exibe uma mudança dramática e repentina: nos v. 8 a 10, profunda melancolia se transforma em alegria. No Salmo 30, há a descrição de uma experiência comovente similar.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708.
Sl.6:1 "Introdução — O primeiro de sete salmos penitentes (6, 32, 38, 51, 102, 130 e 143; ver p. 703), o Salmo 6 é profundamente pessoal. Alexander Maclaren diz: “Se alguma vez, a palpitação da angústia pessoal se expressou mediante lágrimas e palavras, fez isso neste salmo.” Lutero o chamou de “uma oração penitencial para a saúde do corpo e da alma’'. Nele, o sal- mista expressa sua agonia física e tormento de alma ao ser escarnecido por aqueles que declaravam que Deus o havia abandonado. Embora se encontre no limiar da morte, ele ora com fervor para pedir socorro e insiste em que Deus ouça sua oração e o salve. Como o Salmo 3, este exibe uma mudança dramática e repentina: nos v. 8 a 10, profunda melancolia se transforma em alegria. No Salmo 30, há a descrição de uma experiência comovente similar. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708. 1. Não me repreenda. Outrora, a calamidade e a doença eram consideradas punições divinas pelo pecado. Em sua angústia, o salmista afirma que Deus está insatisfeito com ele e por isso o castiga. O salmista roga que a repreensão bem merecida seja feita com misericórdia, não com ira (ver Jr 10:24). No AT, o escritor inspirado caracteriza as atitudes e ações da divindade na linguagem do ser humano (ver com. de SI 2:4). No hebraico, a última palavra do v. 1 termina com o som da vogal longa ee. Esse som é predominante nos salmos, principalmente no final de muitos versículos, e constitui uma semelhança interessante de sons chamados assonância, que confere um tom penitencial ao salmo (ver p. 703)."
Sl.6:2 2. Eu me sinto debilitado. Literal mente, "estou definhando’’. O verbo éaplicado com frequência às plantas quando estão murchando (Is 16:8; 24:4, 7; J1 1:12).Sara-me. Um pedido direto para cura física, embora não se mencione uma doença específica. Seus ossos estão ‘'fustigados”. Esta declaração mostra a agonia física intensa do salmista; todo seu corpo está atormentado pela dor.
Sl.6:3 3. A minha alma está profundamente perturbada. Ainda maior que a dor física é a agonia mental. O salmista é incapaz de tirar de sua mente que ele está sofrendo por causa do desagrado divino. Ele exclama: "Senhor, até quando?” como que numa tentativa de ter um vislumbre de esperança de que Deus o sarará. De repente se dá conta, na sua humanidade, da inutilidade de seu pedido, e clama: “Quanto tempo sofrerei essa agonia até que eu possa:> encontrar alívio?” (ver Jó 7:2-4). Parece que Deus o abandonou na sua enfermidade. O cristão pode encontrar conforto na ídeia de que os sofrimentos terrenos são insignificantes comparados à alegria do Céu (ver Rm 8:18; 2Co 4:17, 18).
Sl.6:4 4. Volta-te, Senhor. O salmista clama por livramento. “Minha alma” é uma expressão idiomática para o pronome “me”. O apelo é pela misericórdia divina, um dos atributos de Seu caráter (ver Ex 34:6; Nm 14:18; SI 86:15).
Sl.6:5 5. Não há recordação. Este versículo é evidência contra a doutrina de um estado intermediário consciente entre a morte e a ressurreição (ver SI 88:10; 146:4; Is 38:18).
Sl.6:6 6. Faço nadar o meu leito. O salmista, incapaz de dormir, chora “a noite toda” (ou, “todas as noites”) por causa de seu sofrimento. O poeta se vale de uma hipér- boie nos v. 6 e 7 para expressar a intensidade de sua angústia. Parece que era não só a dor física, mas uma profunda angústia mental que o exauria. Se este salmo resultou dos problemas decorrentes da rebelião de Absalão, é fácil entender a angústia dopai que se vê privado de seu filho, surpreso com sua vil ingratidão (ver o lamento de Davi por Absalão, 2Sm 18:33; 19:1-4).A expressão de Davi se compara a um poema religioso ugarítico (ver p. 698): “Agarrou-se à sua cama, à noite, enquanto chorava e dormia em lágrimas.”
Sl.6:7 7. Todos os meus adversários. Possivelmente, Absalão e seus aliados.
Sl.6:8 8. Apartai-vos de mim. A mudança de angústia para alívio não é gradual, mas imediata. A luz surge de repente na escuridão como se o sol tivesse surgido nas trevas de uma noite sem lua. A fé triunfa; e vendo, pela fé, seus inimigos dispersados, o salmista ordena-lhes que se retirem. Isso é fé em ação. Às vezes, Deus responde a oração antes mesmo que ela termine (ver Is 65:24).O Senhor ouviu. Deus ouve o clamor originado pela aflição e o considera como sincera oração. Palavras não são parte essencial da oração. Lágrimas podem expressar a angústia indizível do coração.
Sl.6:9 9. O Senhor ouviu. E natural que a pessoa consagrada se fortaleça ao repetir pensamentos de certeza e alegria. O salmista enfatiza a certeza citada no v. 8.Acolhe. Visto que Deus ouviu sua oração, o salmista descansa sem temer, pois sabe que Deus o atenderá.
Sl.6:10 10. Perturbados. Do heb. bahal, a palavra é traduzida como “perturbados” no v. 3. O salmista ora para que seus inimigos - os inimigos de Deus - sejam confundidos em seus planos. E correto orar para que as maquinações do ímpio não tenham sucesso.De súbito. Quanto mais cedo são frustrados os planos do ímpio, melhor. O salmista ora para que seus inimigos retrocedam diante da frustração de suas esperanças.O Salmo 6 traz conforto ao que sofre com intensa e aparentemente incurável angústia física ou mental. “A oração muda as circunstâncias.”Salmo 7Canto de Data. Entoado ao Senhor, com respeito às palavras de Cuxe, benjamita.Introdução — Um lema sugerido para o Salmo 7 é; "Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18:25). O salmista ora pela proteção contra o ataque de seus inimigos, com plena confiança de que a lei imutável de Deus salva o justo e pune o ímpio. Ele não reconhece seu pecado, pois diz que, se de fato pecou, o fez sem querer, ao passo que seus inimigos pecavam por tramar contra ele. Ele ora por seu livramento e pela destruição de seus inimigos e conclui com a segura confiança de que Deus responderásua oração como uma reivindicação de Seu governo moral. O salmo é cantado na festa judaica do Pu rim porque celebra a vingança sobre um adversário (ver Et 9:13-32).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.Pelo conteúdo e o tom do salmo parece que seu autor o cantou em decorrência de algo que lhe foi dito ou feito para ferir gravemente seus sentimentos e para destruir sua paz. Não se sabe quem foi Cuxe. O Talmude diz que Cuxe, o benjamita, significa Saul, recordando a inimizade existente entreDavi e Saul. Porém, parece improvável que o generoso de coração, Davi, que escreveu as linhas de 2 Samuel 1:17 a 27, tenha usado a linguagem do Salmo 7:14 a 16 com referência a Saul. Talvez, o benjamita pertencesse à tribo de Saul e fosse um daqueles que tomou parte ativa contra Davi.
Sl.7:1 "Introdução — Um lema sugerido para o Salmo 7 é; ""Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18:25). O salmista ora pela proteção contra o ataque de seus inimigos, com plena confiança de que a lei imutável de Deus salva o justo e pune o ímpio. Ele não reconhece seu pecado, pois diz que, se de fato pecou, o fez sem querer, ao passo que seus inimigos pecavam por tramar contra ele. Ele ora por seu livramento e pela destruição de seus inimigos e conclui com a segura confiança de que Deus responderá sua oração como uma reivindicação de Seu governo moral. O salmo é cantado na festa judaica do Pu rim porque celebra a vingança sobre um adversário (ver Et 9:13-32). Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. Pelo conteúdo e o tom do salmo parece que seu autor o cantou em decorrência de algo que lhe foi dito ou feito para ferir gravemente seus sentimentos e para destruir sua paz. Não se sabe quem foi Cuxe. O Talmude diz que Cuxe, o benjamita, significa Saul, recordando a inimizade existente entre Davi e Saul. Porém, parece improvável que o generoso de coração, Davi, que escreveu as linhas de 2 Samuel 1:17 a 27, tenha usado a linguagem do Salmo 7:14 a 16 com referência a Saul. Talvez, o benjamita pertencesse à tribo de Saul e fosse um daqueles que tomou parte ativa contra Davi. 1. Em Ti me refugio. Literalmente, “busco refúgio”. O salmo começa com uma demonstração de confiança (ver SI 11:1; 16:1; 31:1; 71:1). Nesse refúgio, mais seguro que a caverna de uma montanha, o salmista descansa nos braços de Deus, e ora para que Ele o livre de seus perseguidores."
Sl.7:2 2. Para que ninguém. Talvez Cuxe, o benjamita (ver Introdução deste salmo).Como leão. O furor cego e irracional do perseguidor do salmista é comparado à instintiva força de um leão. Pastores e fazendeiros de Israel estavam bem familiarizados com ataques cie animais selvagens (ver ISm 17:34-37).
Sl.7:3 3. Se eu fiz o de que me culpam.Comparar os v. 3 a 5 com o longo juramento em Jó 31. O salmista afirma veementemente sua inocência. Suas palavras são quebradas pela intensidade de suas emoções. O inimigo pode ter acusado o salmista de tomar algo de grande valor que pertencia a outro (ver com. do v. 4). Parece tratar-se de acusação caluniosa, de difamação de caráter (ver ISm 24:12; 26:18).
Sl.7:4 4. Poupei. Do heb. chalats, que, segundo algumas autoridades, na forma usada neste versículo, pode significar também “arrebatar’’, “despojar”. Se for esse o significado pretendido, então existe uma referência à acusação do inimigo (ver com. do v. 3). Contudo, o significado mais comum de chalats é “libertar”, “livrar” (ver 2Sm 22:20; jó 36:15; SI 34:7; etc.) e, portanto, deve- se preferir a tradução da ARC (“livrei”). De acordo com essa tradução, o salmista afirma que, em vez de tirar vantagem do “que estava em paz” com ele, fez exatamenteo contrário: livrou o homem que estava em guerra contra ele (ver ISm 24:4-7).
Sl.7:5 5. Persiga o inimigo a minha alma,A linguagem da maldição invocada sobre a cabeça do salmista é a de um inocente tratado da forma mais injusta possível. O acusado prefere ser aniquilado a viver sob o peso de tão grande condenação. A ênfase é extrema: “persiga o inimigo a minha alma”, “espezinhe no chão a minha vida”, “arraste no pó a minha glória”.Selá (ARC). Ver p. 709. A palavra pode ser especialmente adequada neste contexto. E apropriado um intervalo de algum tipo entre a acusação acima e a oração que se segue.
Sl.7:6 6. Levanta-Te. O Senhor é chamado a mostrar-Se como juiz, pronto a punir os que perseguem o salmista (ver SI 3:7). Pede-se que Ele se sente para julgar.Adversários. A ideia de um só inimigo é ampliada para incluir seus aliados, ou talvez todos os inimigos de Davi.O juízo. Davi pede a Deus que execute, sobre esses inimigos específicos, o castigo que Sua lei eterna demanda que recaia sobre todos que a transgridem. Davi fala com Deus como se falasse com outro homem e pede para vindicar os princípios de Seu governo moral (ver Gn 18:25). Como o ser humano é inclinado a apressar o Todo- Poderoso a realizar os Seus planos! (ver a experiência de Habacuque, em Hc 1:1-2:4).
Sl.7:7 7. Por sobre eles. A vindicação da lei de Deus inspiraria confiança nEle, e Seu povo se reuniría ao Seu redor para louvar e expressar gratidão.
Sl.7:8 8. Segundo a minha retidão. Isto pode ser entendido como urna referência ao caso em questão. Embora devéssemos continuamente nos sentir indignos da salvação, é apropriado, quando acusados de forma injusta, orarmos para que, segundo Sua vontade, Deus nos defenda num caso específico e nos declare inocentes de acusaçõesfalsas. A palavra “integridade” (do heb. tom, da raiz tamam, “ser completo”) é paralela à “justiça” e pode ser entendida como referência a esse caso particular.
Sl.7:9 9. Malícia. Quando alguém percebe a gravidade do pecado em determinado caso, deseja que ele tenha fim. E correto orar pelo fim do mal.O coração. Do heb. kelayoth, literalmente, “rins” (ACF), usado antigamente para designar a sede das emoções, sugerindo os mais íntimos sentimentos, propósitos e motivações da alma. A frase usada neste versículo - de sondar a “mente e o coração’’ (ARA) ou “os corações e os rins” (ACF) - é empregada com frequência para descrever a onisciência de Deus (ver SI 26:2; ]r 11:20; Ap 2:23, ACF).
Sl.7:10 10. Escudo. Do heb. magen, literalmente, “escudo”. A defesa do salmista é sua confiança em Deus como defensor do inocente.Em ugarítico (ver p. 697, 699), a raiz mgn é usada no sentido de “implorar” ou “rogar”. Assim, maginni, "meu escudo”, devesse talvez ser traduzida como “meu rogo ”, o que resultaria em "meu rogo é para Deus”.
Sl.7:11 11. Deus é justo juiz. Esta frase também pode ser traduzida como “Deus é um justo juiz”. Os v. 11 a 16 retratam de forma vivida como Deus lida com o ímpio.Todos os dias. O salmista parece querer corrigir a falsa impressão de que Deus tenha sido indiferente ao seu pedido, e que ele O tenha invocado para defendê-lo depois de Deus ter aparentemente fracassado nisso. Ele declara com clareza que é constante a insatisfação de Deus para com o ímpio. Em tudo ele vê a justiça uniforme de Deus, embora, às vezes, pareça o contrário. O cristão deve ter cuidado para não permitir que um caso isolado de aparente injustiça crie uma generalização que questione os propósitos consistentes de Deus.
Sl.7:12 12. Se o homem não se converter.A lei de que a punição cai inevitavelmente sobre o pecador não arrependido é ilustrada ao se representar a Deus como um poderoso guerreiro que prepara Suas armas para o castigo dos ímpios (ver Dt 32:41-43).
Sl.7:13 13. Instrumentos de morte. Meios de punição.Inflamadas. Do heb. doleqim, da raiz dalaq, “pôr fogo”. Talvez uma alusão ao antigo costume de atirar flechas inflamadas sobre o inimigo para incendiar seu acampamento e causar grande dano. A destruição é certa.
Sl.7:14 14. Concebeu. Isto é, o ímpio está grávido da iniquidade. O verbo inclui os dois atos indicados pelos seguintes verbos: “concebeu” e “dá à luz”. O surgimento do mal é descrito por meio da metáfora do nascimento (ver Is 33:11; Tg 1:15).
Sl.7:15 15. Abre, e aprofunda uma cova. E possível imaginar um homem cavando uma cova, o solo se abrindo à medida que ele cava, e ele mesmo ficando preso no lugar do animal selvagem que ele esperava pegar. O pecado confunde o pecador. O mal é como um bumerangue. Um exemplo claro no AT desse princípio encontra-se na vida de Hamã (ver Et 5-7; Pv 26:27; Ec 10:8).
Sl.7:16 16. A sua malícia. Isto é, o mal que buscava fazer para os outros. Esta frase é uma repetição, de forma diferente, da ideia expressa nos v. 14 e 15 (ver SI 9:15; 35:8; 37:15).Cabeça. Aquilo que o ímpio quis fazer com outros recairá sobre ele mesmo. As duas frases deste versículo são um exemplo de paralelismo sinônimo. As palavras para “cabeça” e "mioleira” ocorrem repetidamente corno paralelas na literatura ugarí- tica (ver p. 697, 699).
Sl.7:17 17. Sua justiça. A justiça divina é demonstrada na vindicação de Deus e no livramento do inocente.Nome. Nesta passagem, como acontece com frequência no AT, “nome” representa apessoa, às vezes com ênfase em sua natureza ou no caráter.Altíssimo. Do heb. 'Elyon, “exaltado” (ver vol. 1, p. 151). Davi louva a Yahweh, que,por ter executado justiça, mostrou-Se exaltado acima de todos os outros seres. Muitos salmos têm uma doxologia final deste tipo. Meditações devem terminar com louvor.Salmo 8Ao mestre de canto, segundo a melodia "Os Lagares”. Salmo de Davi.menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. 4Introdução — Este salmo é o primeiro referente à natureza (ver SI 19, 29, 104, etc.), e é uma revelação da majestade de Deus na natureza e na vida do ser humano. Este “Cântico da noite estrelada”, como foi chamado o poema, testemunha o fato de o poeta hebreu não ver a natureza como um fim em si mesma, mas sempre como uma revelação do Criador. O salmo também foi chamado de “Um salmo em louvor da dignidade do homem”. Nele, o poeta sob o céu estrelado e a luz da lua, contempla, admirado, as obras de Deus na natureza. Diante da vastidão, percebe a insignificância do ser humano. Contudo, assim que se apercebe disso, reconhece a verdadeira dignidade do ser humano,que é o representante de Deus na Terra, feito um pouco menor do que Ele, tendo tudo em sujeição. Não é de surpreender que o sal- mista, impressionado com a elevada posição que o ser humano tem no universo, exaltasse a excelência de seu Criador. O Salmo 8 exibe uma figura literária fascinante, na qual o pensamento da primeira estrofe se repete na última estrofe do poema (v. 1, 9; cf. SI 103 e 104). Os demais versículos devem ser interpretados à luz desse pensamento.Embora as circunstâncias em que este salmo foi escrito não sejam conhecidas, não é difícil imaginar que Davi escreveu esta bonita peça lírica em uma das noites que, como jovem pastor, sozinho comsuas ovelhas, olhava para o céu estrelado e sentia a dignidade do vínculo com seu Criador; ou que, mais tarde na sua vida madura, o tenha escrito ao recordar suas experiências anteriores.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 709.
Sl.8:1 "Introdução — Este salmo é o primeiro referente à natureza (ver SI 19, 29, 104, etc.), e é uma revelação da majestade de Deus na natureza e na vida do ser humano. Este “Cântico da noite estrelada”, como foi chamado o poema, testemunha o fato de o poeta hebreu não ver a natureza como um fim em si mesma, mas sempre como uma revelação do Criador. O salmo também foi chamado de “Um salmo em louvor da dignidade do homem”. Nele, o poeta sob o céu estrelado e a luz da lua, contempla, admirado, as obras de Deus na natureza. Diante da vastidão, percebe a insignificância do ser humano. Contudo, assim que se apercebe disso, reconhece a verdadeira dignidade do ser humano, que é o representante de Deus na Terra, feito um pouco menor do que Ele, tendo tudo em sujeição. Não é de surpreender que o sal- mista, impressionado com a elevada posição que o ser humano tem no universo, exaltasse a excelência de seu Criador. O Salmo 8 exibe uma figura literária fascinante, na qual o pensamento da primeira estrofe se repete na última estrofe do poema (v. 1, 9; cf. SI 103 e 104). Os demais versículos devem ser interpretados à luz desse pensamento. Embora as circunstâncias em que este salmo foi escrito não sejam conhecidas, não é difícil imaginar que Davi escreveu esta bonita peça lírica em uma das noites que, como jovem pastor, sozinho com suas ovelhas, olhava para o céu estrelado e sentia a dignidade do vínculo com seu Criador; ou que, mais tarde na sua vida madura, o tenha escrito ao recordar suas experiências anteriores. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 709. 1. Ó Senhor. Do heb. Yahweh, o nome divino. 'Elohim (‘‘Deus”) e Adhonai (“Senhor”) são títulos, não nomes (ver vol. 1, p. 149-150).Senhor. Do heb. Adhonai, “mestre”, “governante” (ver vol. 1, p. 151). Uma combinação das duas formas designa Yahweh como o mestre legítimo de todas as Suas criaturas.Em toda a terra. O salmista se dirige a Deus, não como uma divindade nacional, mas como Senhor do universo. Ao falar em nome do povo, associando-se com seus irmãos, ele diz “nosso” em vez de “meu” (ver Mt 6:9). Ao contemplar nos céus a majestade divina, o indivíduo é posto de lado.Nome. Ver com. do SI 7:17. A primeira metade deste versículo é repetida como o v. 9 no final do salmo.Expuseste. Do heb. tanah, seu significado exato é desconhecido. Alguns sugerem “recontar”; a LXX traz “foi exaltado”. A idéia parece ser de que a glória de Deus é exaltada pelos seres celestiais. Então, por que os mortais não deveríam cantar louvores a Deus ao contemplar a majestade de Suas obras criadas?"
Sl.8:2 2. Pequeninos. Do heb. ‘olel, “criança”, neste caso se refere a um menino ou criança, ou a alguém que se comporta como criança.Crianças de peito. Do heb. yoneq, “criança que mama” ou “parecido a um bebê não desmamado”.Suscitaste força. Deus usa como instrumentos de Seu poder aqueles que de outra forma seriam tão débeis como pequenos bebês e crianças. Ele mostra Seu poder por meio deles ao emudecer “o inimigo e o vingador”.Emudecer. Do heb shabath, “descansar”, da qual deriva a palavra “sábado”. A forma usada neste versículo significa “fazer descansar”, “desistir”. O inimigo é obrigado a desistir de seus planos.Jesus citou esta passagem (em Mt 21:16) para defender os louvores das crianças no templo apesar das objeções dos escribas e fariseus. Alguns intérpretes veem neste versículo a chave para todo o salmo. Na opinião deles, o sentido é que o ser humano é o bebê da criação, mas Deus lhe deu força para governar o mundo do qual ele é uma parte insignificante, e, desse modo, conferiu dignidade e honra que vão além do restante da criação.
Sl.8:3 3. A lua e as estrelas. Este salmo teve como inspiração a contemplação do céu noturno. A lua e as estrelas brilham. Não há menção do Sol. Em geral, olhar para o céu estrelado à noite produz maior admiração do que olhar para o céu durante o dia, quando os ruídos e a paisagem da terra distraem a atenção.
Sl.8:4 4. Que é o homem? “Homem”, do heb. enosh, designa o ser humano em sua fragilidade e fraqueza. Quando se está na presença da vastidão, do mistério, da glória dos céus noturnos, e se medita sobre o espaço infinito e os incontáveis corpos celestes, o sentimento é que o ser humano é um pontinho insignificante no universo. Se essa é a reação de mortais comuns iletrados, quão mais intensa deve ser a admiração de alguém que contempla os céus com a ajuda de um telescópio, à luz do conhecimento crescente da astronomia.O filho do homem. Do heb. ben-’adam, provavelmente para enfatizar a natureza terrena do ser humano ao ser formado da terra (ver com. de Gn 1:26; 2:7).Visites. Do heb. ¦paqad, uma palavra que descreve não apenas o ato de visitar, mas também o que o visitante consegue com sua visita. Portanto, neste caso a palavra indicaKt-9o cuidado de Deus para com o ser humano, Seu favor e atenção demonstrados para com o ser humano (ver Gn 21:1). Por que deveria o Deus infinito, que tem um universo de mundos para reivindicar Sua atenção, impor- tar-Se com a criatura finita? Por que deveria honrar o ser humano tornando-o governante da Terra? Essas perguntas podem ser respondidas somente com o reconhecimento do valor da alma humana criada à semelhança de Deus. Essa consciência pode vir apenas quando há a compreensão da morte do Salvador na cruz. “O valor do homem só é conhecido indo ao Calvário. No mistério da cruz de Cristo podemos fazer uma estimativa do homem” (T2, 635).A revelação de Deus na natureza é importante, porém ainda mais importante é a revelação de Deus na vida humana. Tamanho e extensão não são critérios de valor. Diz-se que o olho e o cérebro que veem o firmamento são mais maravilhosos ainda que os céus vistos por meio do mais poderoso telescópio.
Sl.8:5 5. Do que os anjos (ARC). Do heb. mèelohim, literalmente, “do que Deus” (ARA). Os targuns, a LXX, a Siríaca e a citação deste versículo em Hebreus 2:7 diz “anjos” no lugar de “Deus”. Porém, as versões gregas de Aquila, Símaco e Teodócio, bem como a Vulgata, trazem “Deus”. Supõe-se que 'Elohim pode ser aplicado a homens ou a anjos (ver Ex 21:6; SI 82:1; vol. 1, p. 148-149). Gesênio traduz o texto como: “Fizeste que lhe faltasse pouco de Deus”, isto é, “fizeste-o pouco inferior a Deus” (ver Gn 1:26). Seja “do que os anjos” (ver GC, 511) ou “do que Deus”, o fato é que a declaração demonstra que o ser humano está num nível muito mais elevado do que o reino animal, por causa de seu vínculo com Deus. Contudo, na melhor das hipóteses, o homem finito é infinitamente inferior ao Deus infinito (ver com. de Hb 2:7).De glória e de honra. Como rei e governante da Terra, o ser humano participados atributos de Deus (ver SI 29:1; 104:1; 145:5), que é rei do universo.
Sl.8:6 6. Domínio. Ver Gn 1:26, 28. O ser humano é um rei terreno, com um território e súditos. Este domínio, dado a ele na criação, nunca se perdeu por completo. Porém, Satanás temporariamente usurpou esse domínio e o entregará somente quando Deus ordenar que o faça, no fim do tempo (ver Ap 11:15; cf. Dn 7:13, 14, 18, 22, 27).Tudo. Os v. 7 e 8 explicam a expressão (ver Gn 1). Paulo amplia o significado de “tudo” a fim de mostrar que mais urna vez, por meio da vitória de Jesus Cristo, o ser humano recuperará o domínio perdido (Hb 2:6-18). Por meio de Cristo, o ser humano é capaz de exercer domínio sobre si mesmo, sobre as classes inferiores da criação e sobre seus semelhantes, em sujeição mútua ao domínio de Cristo. v
Sl.8:7 7. Ovelhas e bois. Rebanhos, subservientes como animais de carga e para lavrar a terra (Gn 1:26).Os animais do campo. Animais que andam soltos. Muitos dos animais que atualmente são domesticados já foram selvagens. Sua domesticação pelo ser humano é uma forte evidência de que Deus colocou tudo “sob seus pés”.
Sl.8:8 8. Aves. Ver Gn 1:26; 9:2.Peixes. Ver Gn 1:26; 9:2.As sendas dos mares. A oceanografia revela os contornos do solo do oceano, que são caminhos pelos quais percorrem as criaturas do mar.
Sl.8:9 9. Quão magnífico! A declaração do v. 1 se repete. A contemplação da majestade de Deus e da dignidade do ser humano como Seu representante conduz à adoração. Os v. 1 e 9 formam as duas partes de uma estrutura poética que foi chamada de envelope porque envolve o pensamento central. Os v. 2 a 8 ilustram o sentimento expressado nos v. 1 e 9.Salmo 9Ao mestre de canto, segundo a melodia “A morte para o filho”. Salmo de Davi.H 1 Louvar-Te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as Tuas maravilhas.K 2 Alegrar-me-ei e exultarei em Ti; ao Teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.tropeçam e somem-se da Tua presença;para todo o sempre lhes apagas o nome.H 7 Mas o Senhor permanece no Seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar.oprimido, refugio nas horas de tribulação.T II Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; proclamai entre os povos os Seus feitos.H 13 Compadece-Te de mim, Senhor; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, Tu que me levantas das portas da morte;D 15 Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes -
Sl.9:1 "Introdução — O Salmo 9 foi chamado de “Cântico de agradecimento”. O poema louva a Deus como o justo juiz que pune o ímpio e defende o oprimido. Apenas um versículo (v. 13) interrompe a sucessão de notas triunfantes que constituem este cântico. Este salmo é o primeiro dos salmos acrósticos ou alfabéticos (SI 9, 10, 25, 34, 37, 111, 112, 119, 145), embora nele a forma de acróstico não seja seguida de modo tão rígido como em alguns da mesma categoria. Cada linha da primeira estrofe desses salmos começa com 'alef, a primeira letra do alfabeto hebraico. Daí em diante apenas a primeira linha de cada estrofe segue a regra, e mesmo assim há algum desvio dela. Regular em suas divisões, o Salmo 9 consiste de dez estrofes iguais. Como é comum nos salmos acrósticos, o pensamento é enfatizado mediante várias repetições, sem que haja uma marcha progressiva ou sequência determinada na organização das idéias. Alguns sugerem que 2 Samuel 8 fornece um contexto adequado para o salmo, embora ele não contenha referência específica a nenhum evento histórico. Alguns manuscritos hebraicos, a LXX e a Vulgata trazem os Salmos 9 e 10 como um só (ver p. 706). Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708. 1. De todo o meu coração. O salmo começa com a mais profunda gratidão. Não há afeição dividida. Toda força do salmista é empregada no louvor a Deus. Além disso, a expressão de gratidão é sincera e do fundo do coração, não apenas com os lábios. Todas as Tuas maravilhas. O salmista sempre anela louvar a Deus por todas as bênçãos recebidas, não só pelos livramentos que são a razão imediata para o louvor. Intervenções divinas são mencionadas nos v. 3 a 5."
Sl.9:2 2. Altíssimo. Do heb. ‘Elyon (ver com. cie SI 7:17). Deus é o soberano do mundo.Cantarei. Do heb. zmnar, a raiz do substantivo mizmor, “salmo”. Zamar significa tanto “cantar” como “tocar um instrumento”.
Sl.9:3 3. Da Tua presença. Quando Deus intervém, o inimigo cai. E a manifestação do poder de Deus que traz a vitória.
Sl.9:4 4. O meu direito e a minha causa. Deus defendeu a causa do justo. Ele é quem o defende.No trono Te assentas. A descrição é a de um juiz que se assenta no trono (ver v. 7) para julgar o caso. Sua decisão é a favor do salmista.
Sl.9:5 5. Nações. Do heb. goyim, “nações” (ver com. de SI 2:1).E [...] lhes apagas o nome. Quando uma nação é subjugada, seu nome é apagado dentre os reinos da Terra.
Sl.9:6 6. Quanto aos inimigos. A primeira linha do versículo diz, literalmente, “O inimigo - eles serão destruídos [consumidos]
Sl.9:7 7. Mas o Senhor. No texto hebraico, o v. 6 termina com hemrnah. A palavra não é traduzida na maioria das versões, pois seu significado, “eles”, não se ajusta ao contexto. A partir de evidências ugaríticas (ver p. 698), sabe-se que hemrnah também significava “ver” ou “contemplar”. Se esse for seu significado neste caso, hemrnah deveria estar no começo do v. 7, e a primeira parte do versículo seria: “Vê, o Senhor permanece no Seu trono eternamente.” Ao se colocar a pontuação, que não existia na época do salmista, antes de hemrnah em vez de depois, há uma melhora na disposição acróstica do salmo. O reajuste faz com que o v. 7 comece v com a letra heb. he, o que não acontece no texto hebraico desta passagem.Permanece. Literalmente, “se assenta”. Em contraste marcante com a desolação do v. 6, Deus permanece para sempre sentado no trono como juiz, julgando com justiça. “Mudança e morte vejo em derredor; Tu, que não mudas, sê comigo!”
Sl.9:8 8. Julga o mundo. Comparar com Ap 20:12, 13. Assim como Deus Se mostrou um justo juiz no caso ao qual se refere o salmo, também Se mostrará no juízo final. Os v. 7 e 8, que constituem a quarta estrofe, não seguem o padrão acróstico.
Sl.9:9 9. Refúgio. Do heb. misgab, “uma altura segura” (ver SI 18:2; 46:7; 48:3).
Sl.9:10 10. Confiam. Como Deus reina segundo Suas leis, pode-se confiar que Ele fará justiça (ver SI 62:8; 64:10; 111:5).Os que conhecem o Teu nome. Vercom. dos SI 5:11; 7:17. Conhecer o nome de Deus significa conhecer o Seu caráter.Não desamparas. O ser humano pode se afastar de Deus, mas Ele nunca abandona Seus filhos.
Sl.9:11 11. Cantai louvores. Tendo em vista o caráter santo de Deus e Sua benevolência para com o ser humano, o salmista convida a outros para com ele O louvarem.Sião. Ver com. do SI 2:6; cf. SI 3:4; 5:7.Entre os povos. As maravilhas que Deus realizou em Israel devem ser proclamadas a todas as nações, para que elas também conheçam a Deus e desfrutem Sua proteção. A misericórdia divina não era somente para Israel (ver SI 105:1). Essa idéia se repete com frequência nos salmos. Se Israel tivesse aprendido essa lição, o rígido exclusivismo praticado pelos fariseus jamais teria existido.
Sl.9:12 12. Aquele que requer. Em Gênesis 9:5, o verbo hebraico para “inquirir” é traduzido como “requerer”. Deus é representado como aquele que pune o culpado. O homicídio é um crime terrível às vistas do Céu. Deus, como o vingador do sangue, não pode ignorar esse pecado (ver Gn 4:10). Ele é o “parente” próximo de Israel, que prometeu vingar o derramamento de sangue inocente (ver com. de Rt 2:20).
Sl.9:13 13. Portas da morte. Os hebreus associavam a morte com sheol, a morada figurada dos mortos. Na linguagem poética, é descrito como um lugar cuja entrada estava protegida por portas (Is 38:10). Na mitologia babilônica, sheol era uma cidade cercada de sete muros com sete portas de ferro!ho duplo para evitar que os mortos retornassem para a terra dos vivos. O salmista sentia que tinha chegado tão próximo à porta da morte que apenas Deus poderia livrá-lo; sendo assim, diante de um novo perigo, ele O busca por livramento. A frase “portas da morte” aparece tambémno Salmo 107:18. Em todo o Salmo 9 apenas o v. 13 interrompe a sucessão de declarações de triunfo.
Sl.9:14 14. Eu proclame. Visto que os mortos não podem louvar a Deus (SI 88:10-12; 115:17), o salmista pede a Ele que o salve para que possa louvá-Lo entre os vivos.Portas. Em contraste com as “portas da morte” (v. 13), estas portas estão à entrada da cidade, onde o povo se reunia para contar as novidades (antigo substituto para o atual jornal). Era um lugar conveniente para se dar notícias (a ágora dos gregos ou o fórum dos romanos).Filha de Sião. Os habitantes de Jerusalém. Sião, ou Jerusalém, era considerada a cidade mãe. O nome “Sião” neste e no v. 11 indica que o salmo deve ter sido composto depois que Sião, ou Jerusalém, se tornou a capital do reino e sede da adoração.
Sl.9:15 15. Nações. As nações idólatras que se levantaram contra o salmista (ver com. de SI 2:1; 9:5).Na cova. Esta e a frase seguinte expressam o mesmo pensamento do Salmo 7:15. Dois métodos de caça são empregados como figuras de linguagem. O pensamento é repetido no v. 16. A punição condiz com o crime.
Sl.9:16 16. Pelo juízo. Ao permitir que a maldade das nações se voltasse contra si mesmas, Deus demonstrou Seu poder salvador perante todos.De suas próprias mãos. Comparar com o v. 15 e com Salmo 7:15.Higaion (ARC). Esta palavra é encontrada no livro dos Salmos apenas nesta passagem; no Salmo 19:14, em que é traduzida como “meditar”; e no Salmo 92:3, traduzida como “solenidade da harpa”. Não se sabe ao certo seu significado, e é difícil explicar a inserção do termo neste ponto do poema. E possível que seja uma indicação de um som musical ou um interlúdio para apresentação em público.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.9:17 17. Serão lançados. Literalmente, “retornarão. ’ O mesmo verbo hebraico é traduzido como “retrocederem'' no v. 3.
Sl.9:18 18. Necessitado. Esta palavra e a palavra “aflitos ’, na segunda metade do versículo, se referem não só àqueles que sofrem com a pobreza, mas também aos que são vítimas de opressão (ver com. do v. 12). Uma das mais enfatizadas verdades do AT é que Deus tem um cuidado especial pelo aflito e necessitado.Esquecido. Um jogo com a palavra “esquecem”, do v. 17. Deus não se esquece daqueles que necessitam de Seu livramento e de proteção.Esperança. Desejo sincero de salvação. O necessitado e o aflito não serão para sempre frustrados.
Sl.9:19 19. Levanta-te, Senhor. O salmista apela solenemente a Deus para que assuma Seu lugar como juiz na Terra (ver com. do SI 3:7)"Mortal. Do heb. 'enosh, “homem”, na sua fragilidade e impotência; em contraste marcante com Deus como poderoso juiz (ver com. do SI 8:4).Na Tua presença. Do heb. paneh, literalmente “face”. O ugarítico (ver p. 697) pn também significa face, mas além desse emprego é usado com o sentido de “vontade” ou “propósito”, a mesma definição do cananeu pânu, das Cartas de Amarna (ver vol. 1, p- 85-86). Portanto, nesta e em algumas outras passagens (SI 21:9, em que é traduzido como “indignação”; Sl 80:16, traduzido como “rosto”; e Sl 82:2, traduzido como “ímpios”), paneh poderia talvez ser traduzido como “vontade”. Essa tradução faria com que a passagem ficasse assim: “Sejam as nações julgadas segundo a lua vontade.”
Sl.9:20 20. Medo. Do heb. morah, suas consoantes representam a palavra para “professor ”, tradução seguida pela LXX e a Siríaca. Alguns consideram morah como a transcrição equivocada da palavra mora\ “medo” (ARA); outros a veem como transcrição equivocada de meerah, uma ‘maldição”, que ficaria: “amaldiçoa-os".Mortais. Do heb. 'enosh, a mesma palavra do v. 19. O poema é concluído com ênfase na ideia da fragilidade do ser humano diante do juiz de toda a Terra.Selá (ARC). Ver p. 709.Salmo 10b 1 Por que, Senhor, Te conservas longe? E lé escondes nas horas de tribulação?P 12 Levanta-Te, Senhor! Ó Deus, ergue a mão! Não Te esqueças dos pobres.aos trabalhos e à dor, para que os possas tomar em Tuas mãos. A Ti se entrega o desamparado; Tu tens sido o defensor do órfão.V 15 Quebranta o braço do perverso e do malvado; esquadrinha-lhes a maldade, até nada mais achares.n 17 Tens ouvido, Senhor, o desejo dos humildes; Tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás,Introdução — Em quatro manuscritos hebraicos, na LXX e na Vulgata, os Salmos
Sl.10:1 "Introdução — Em quatro manuscritos hebraicos, na LXX e na Vulgata, os Salmos 9 e 10 são um só, que é enumerado Salmo 9. Os dois salmos se assemelham quanto à descrição dos inimigos de Deus, mas no Salmo 10 os inimigos oprimem o irmão mais fraco da nação de Israel. Enquanto o Salmo 9 tem muito louvor e gratidão, o 10 é um apelo para que Deus vingue o oprimido e destrua seus opressores. O salmo demonstra certa organização acróstica. Como o Salmo 9, o décimo tem divisões regulares. Há dez estrofes, as primeiras seis caracterizam os inimigos, as últimas quatro apelam a Deus por livramento (ver p. 705). 1. Longe. O salmo começa com o retrato dramático da aparente indiferença de Deus para com a tribulação do salmista no momento preciso em que mais se espera a intervenção divina."
Sl.10:2 2. Arrogância. Os v. 2 a 11 apresentam uma impressionante enumeração das características dos inimigos.Perseguem. Do heb, clalaq, traduzido como “furiosamente me tens perseguido”(Gn 31:36) e “perseguiram” (Lm 4:19). A segunda frase do versículo é um pedido para que a justiça seja feita (ver com. de SI 7:15, 16). O pedido para a intervenção divina começa no v. 12.
Sl.10:3 3. Da cobiça de sua alma. Ele se gloria dos desejos maus de seu coração e de ter tudo o que deseja.O avarento maldiz o Senhor. E difícil traduzir o hebraico deste versículo. A ARC o traduz assim: “bendiz ao avarento e blasfema do Senhor”. A palavra para “bendizer”, às vezes, significa “maldizer” (ver com. de ]ó 1:5), mas não está claro que ela tenha esse sentido nesta passagem. A palavra traduzida como “avarento” vem da raiz hebraica que significa “cortar”, daí "ter um grande lucro”. Jesus advertiu: “Guardai-vos de toda e qualquer avareza” (Lc 12:15). Tende-se a enfatizar os pecados da carne e se esquece de que a ganância pode se tornar algo tão mau e pervertido quanto a luxiiria carnal. Avareza é idolatria (Cl 3:5; cf. Ex 20:17). Os versículos seguintes mostram como o ímpio despreza a Deus.
Sl.10:4 4. Soberba. O orgulho se nota no rosto.Que não há Deus são todas assuas cogitações. Literalmente, “nada de Deus, todos os seus pensamentos”. A ideia expressa nesta passagem não é necessariamente de que o ímpio negue a existência de Deus, mas que ele não se importa com esse fato. Porém, é verdade que o ímpio tenta crer que não há Deus. A constante repetição da ideia o torna praticamente um ateu, embora se duvide de que seja possível alguém se tornar um ateu absoluto. O ímpio age como se não houvesse Deus, negando, desta forma, Sua existência. O v. 11 mostra que ele algumas vezes pensa em Deus.
Sl.10:5 5. São prósperos os seus caminhos.O verbo hebraico pode também significar “perdurar”. Devido ao êxito em praticar o mal, o ímpio imagina que isso continuará e que ele pode seguir impune com sua obra perversa. Com frequência os que o observam pensam o mesmo (verJó 12:6; Jr 12:1). Esse é um dos grandes problemas discutidos no AT.Muito acima. Ele crê que Deus está distante demais para se preocupar em puni-lo.
Sl.10:6 Sem comentário para este versículo
Sl.10:7 7. Debaixo da língua. Isto é, prestes a dizer. O salmista continua a falar dos atos do ímpio.
Sl.10:8 8. Vilas. Pode ser uma referência a vilarejos sem muros, com casas e construções erigidas em um lugar aberto; ou a acampamentos de tribos nômades expostos a um ataque (ver Lv 25:31). O ímpio se aproxima furtivamente desses lugares para roubar e atacar a pessoa que entra ou sai.
Sl.10:9 9. Como o leão. O ímpio oculta seus propósitos e salta repentinamente sobre sua vítima quando não há esperança de fuga.Rede. A figura muda para a de um caçador, que coloca sua armadilha e lança sua rede repentinamente sobre a vítima. Esse recurso de mudar de forma súbita deuma figura a outra é uma peculiaridade da literatura hebraica.
Sl.10:10 Sem comentário para este versículo
Sl.10:11 11. Diz ele. O ímpio age como se Deus não o visse (ver com. do v. 4). A convicção de que Deus observa tudo deveria ser um dos maiores freios contra o mal. Os v. 1 a 11 não seguem com regularidade o padrão acróstico iniciado no Salmo 9. Os v. 12 a 18 têm as últimas quatro letras do alfabeto.
Sl.10:12 12. Esqueças. Esta palavra retoma a ideia do v. 11. No v. 12 as queixas dos v. 1 a 11 dão lugar a expressões de agradecimento, triunfo e confiança em Deus.
Sl.10:13 13. Por que razão [...]? O salmista defende a honra de Deus como juiz e Lhe suplica que castigue o ímpio por sua arrogância (ver com. de SI 7:15, 16).Não se importa. A crença de que não haverá ajuste final de contas explica em parte a existência de tanta maldade no mundo. A convicção de que o dia do juízo virá, no qual Deus será o juiz, é em si um freio para o mal.
Sl.10:14 14. Porém, o tens visto. A crença arrogante do ímpio, de que Deus não observa a má conduta do ser humano, é negada de forma veemente pelo salmista. Portanto, o necessitado pode, com segurança, deixar sua causa nas mãos de Deus, com toda a certeza de que a justiça será feita.Órfão. Símbolo dos que são presa fácil para o voraz e, por isso, precisam da ajuda de Deus. A palavra é empregada de forma simbólica principalmente em Deuteronômio, jó e Salmos.
Sl.10:15 15. Braço. Neste caso, empregou-se a metonímia, para simbolizar força.Até nada mais achares. Até que nemmesmo Deus, com Seu escrutínio, possa encontrar qualquer traço do mal. Pede-se a Deus que puna o crime para que não se repita.
Sl.10:16 16. O Senhor é rei eterno. Como Rei, Deus faz justiça. Ele destrói o pagão (SI 9) e pune o ímpio em Israel. O versículoé um exemplo claro de paralelismo antité- tico (ver p. 9).
Sl.10:17 17. Dos humildes. O desejo do humilde é se libertar da opressão.Tu lhes fortalecerás. Do heb. kun, “ser firme/’, “ser firmemente estabelecido ”.
Sl.10:18 18. Já não infunda terror. Ver com. do v. 14.Homem. Do heb. enosh (ver com. de SI 8:4; 9:19).Da terra. Neste versículo existe um jogo de palavras. No hebraico as palavras “oprimir” e “terra” têm duas de suas três consoantes iguais. Por que uma criatura terrena deveria pisar no direito de seus companheiros ou afirmar superioridade sobre seus iguais?O salmo se encerra com uma nota de confiança absoluta de que Deus vingará o oprimido. Pela fé isso é considerado fato consumado.Salmo 11Ao mestre de canto. Salmo de Davi.estão atentos, as Suas pálpebras sondam os filhos dos homens.Introdução — Como fugitivo no deserto de Zife, Davi foi encorajado por uma visita inesperada de jônatas. Os dois conversaram e “fizeram aliança perante o Senhor” (ISm 23:16-18). Após a visita, Davi cantou o Salmo 11 (ver PP, 660, 661). Com este salmo, Davi expressou sua absoluta confiança na proteção divina numa hora em que sua vida estava ameaçada e ele foi advertido a continuar fugindo.Quanto
Sl.11:1 "Introdução — Como fugitivo no deserto de Zife, Davi foi encorajado por uma visita inesperada de jônatas. Os dois conversaram e “fizeram aliança perante o Senhor” (ISm 23:16-18). Após a visita, Davi cantou o Salmo 11 (ver PP, 660, 661). Com este salmo, Davi expressou sua absoluta confiança na proteção divina numa hora em que sua vida estava ameaçada e ele foi advertido a continuar fugindo. Quanto à estrutura, o salmo exibe um exemplo interessante de interrupção. O principal tema é a confiança do sal- mista no cuidado de Deus. Isso é interrompido pelas ameaças dos incrédulos (v. 1-3). O hebraico deste salmo é vivido e direto; a assonância é muito empregada, e os sons vocálicos predominantes no final dos versículos variam de versículo para versículo. Diz-se que Maria, rainha da Escócia, recitou o Salmo 11 ao se ajoelhar na plataforma enquanto aguardava a execução. Na hora da dificuldade, este salmo também pode expressar nossa confiança em Deus. Sobre o subtítulo, ver p. 696. 1. Refúgio. Do heb. chasah, “buscar refúgio”. O salmo começa e termina (v. 7) com uma expressão de confiança. O pensamento é interrompido na metade do versículo.Como dizeis [...]? Como podeis dar- me esse conselho se coloquei minha confiança em Deus? O conselho está registrado até o final do v. 3.Foge, como pássaro. Provavelmente um provérbio, usado para advertir alguém a buscar na fuga sua única segurança. Quem pode encontrar o passarinho que busca segurança na mata e nas frestas das rochas? Para os hebreus, que sem dúvida, algumas vezes, se refugiaram em cavernas, esta representação deve ter sido muito vivida. Davi vive com serenidade porque se refugia em Deus. Essa ideia é frequente nos Salmos."
Sl.11:2 2. Às ocultas. Literalmente, “na escuridão', portanto, secretamente, quando a vítima está despercebida.
Sl.11:3 3. Fundamentos. Estes podem ser considerados como os princípios sobre os quais se estabelece um bom governo: respeito pela verdade e justiça. Se esses forem destruídos, o que poderá fazer o justo? Se o rei e seus conselheiros desprezam o que deveríam exaltar, o colapso é inevitável. O justo só poderá estar seguro se fugir. Mas, o salmista não aceita esse conselho. Sua resposta está nos v. 4 a 6.
Sl.11:4 4. Nos céus» Comparar com Hc 2:20. Visto que Deus está no Céu. o salmista não tem nada a temer. Os perseguidos têm um Protetor a quem podem sempre apelar. O salmista responde a seus conselheiros com uma convicção inequívoca. Ele conhece o seu Deus.Suas pálpebras sondam. Embora Deus esteja no Céu, Ele conhece as ações de Seus filhos na Terra. Esse fato não deve alarmar. Com amor e justiça Ele vê a essência da verdade. Não há nada incompatível sobre o fato de Deus estar no Céu e, contudo, preocupar-Se com Sua criação (ver ís 57:15).
Sl.11:5 5. Põe à prova. Deus testa a todos, até os justos, mas quando aprova o justo, Ele lhe assegura que o protegerá.Abomina. Devido à Sua natureza, Deus odeia o mal. A existência do mal no ser humano é ofensiva. A ideia é expressa na linguagem humana, na qual o pecado e o pecador são considerados idênticos (ver ls 1:14; ver com. de SI 2:4).
Sl.11:6 6. Brasas de fogo e enxofre. Do heb. jhidími, literalmente, “ciladas''. A tradução “brasas de fogo e enxofre” é obtida mediante uma alteração do texto hebraico, de pachim por pachame. Essa mudança é apenas uma conjectura. Neste caso, a LXX segue literalmente o hebraico. Talvez a expressão seja uma alusão à destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19:24, 28), que pode ser comparada com a destruição final dos ímpios (Lc 17:29, 30).Cálice. De forma figurada, Deus estende aos ímpios um cálice para beber. Na Grécia antiga, era costume ordenar aos condenados que bebessem de um cálice que continha veneno. Nas Escrituras, o cálice com frequência representa o destino do ímpio (ver SI 75:8; Ap 14:10; 16:19).
Sl.11:7 7. Ama a justiça. Os justos não têm nada a temer; podem seguramente depositar sua confiança em Deus. Davi resume assim o pensamento do v. ].Os retos Lhe contemplarão a face. Esta declaração também pode ser traduzida corno “Seu rosto está voltado para os retos’"' (ARC). Os bons estarão na presença de Deus (ver com. de SI 4:6; ver também ljo 3:2; Ap 22:4).“Face a face eu hei de vê-Lo,Quando vier em glória e luz;Face a face lá na glória,Hei de ver meu bom Jesus!” (HASD, n° 444).A confiança de que, finalmente, desfrutará comunhão com Deus no Céu sustentava a fé do salmista no cuidado diário de Deus.Salmo 12Ao mestre de canto. Para instrumentos de oito cordas. Salmo de Davi.gemido dos necessitados, Eu Me levantarei agora, diz o Senhor; e porei a salvo a quem por isso suspira.Introdução — O Salmo 12 começa com um lamento pela maldade geral da sociedade, o que faz lembrar a declaração de Elias: “e eu fiquei só” (IRs 19:10). A oração do salmista por livramento é respondida rapidamente, e Deus intervém para proteger Seus filhos. Os oito versículos do salmo formam quatro estrofes regulares.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708.
Sl.12:1 "Introdução — O Salmo 12 começa com um lamento pela maldade geral da sociedade, o que faz lembrar a declaração de Elias: “e eu fiquei só” (IRs 19:10). A oração do salmista por livramento é respondida rapidamente, e Deus intervém para proteger Seus filhos. Os oito versículos do salmo formam quatro estrofes regulares. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708. 1. Socorro, Senhor! Ou, “salva, Jeová”. A resposta à oração do salmista está no v. 5.Já não há. Como Elias, o salmista pensa que ninguém mais na Terra, além dele, é fiel a Deus (ver IRs 19:10; cf. Mq 7:2). “Fiel” é sinônimo de “piedoso”. Naquele momento,a degeneração nacional parecia quase universal, e o salmista se esqueceu do “remanescente”, o “pequeno rebanho”, ao qual se refere nos v. 5 e 7. Deve-se ter cuidado com a ideia de que os fiéis são sempre uma minoria. Jesus declarou: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco” (Jo 10:16). Ele tem muitos fiéis dos quais nada se sabe (ver a declaração de Deus a Elias, em IRs 19:18)."
Sl.12:2 2. Coração fingido. Litera l mente, “coração e um coração”. Alguém que pensa uma coisa e diz outra. Não se pode confiar em alguém que com um “coração” fala as palavras e com o “outro” oculta seus propósitos.
Sl.12:3 3. Soberbamente. Literalmente, “grandes coisas”. O v. 4 relata esses dizeres.
Sl.12:4 4. Língua. Os ímpios usam a palavra para atingir seus propósitos malignos e se armam com mentiras e enganos. Em vez de usar abertamente a violência, eles confiam em seu poder de persuasão e usam para propósitos desprezíveis o dom que Deus designou para trazer bênçãos à humanidade. “De todos os dons que recebemos de Deus, nenhum é capaz de se tornar maior bênção que este [o dom da palavra]” (PJ, 335). O ser humano deveria reconhecer que esse dom é uma de suas maiores re s p on s abi 1 ida de s.São nossos. Literalmente, “conosco”; do nosso lado, como forças sob nosso comando.Senhor sobre nós. Controlar o uso da fala, de modo a ser responsável pelo que diz. Muitos que admitem a responsabilidade por suas ações não estão dispostos a assumir qualquer responsabilidade por suas palavras. Esses deveríam considerar a advertência do Salvador (Mt 12:37).
Sl.12:5 5. Por causa. Deus responde a oração do salmista.Levantarei. Quando chegar o tempo de Deus intervir, depois de os opressores terem tido oportunidade suficiente para revelar suas intenções malignas, Deus trará Seu juízo (ver Ex 2:24). E frequente nos salmos o uso do verbo ''levantar’’ para indicar a intervenção divina em favor de Seus filhos oprimidos (ver Sl 3:7; 9:19; 10:12).Suspira. No Salmo 10:5, esta palavra é traduzida por “ridicuíiza”, com sentido de desprezo.
Sl.12:6 6. Palavras puras. Este é um típico provérbio de sabedoria. Em contraste com as mentiras dos ímpios mencionadas nos v. 2 a 4, as palavras de Deus são ditas sem qualquer falsidade.Prata refinada. A idéia é de que as palavras de Deus são perfeitamente puras, como se, à maneira da prata, tivessem sido passadas pelo fogo por sete vezes. Como ocorre com seu emprego em outras línguas orientais, “sete” é símbolo de perfeição, de plenitude. As palavras do ser humano devem ser como as do Criador (ver Pv 10:20; 25:11).
Sl.12:7 7. Tu nos guardarás. Aqueles mencionados no v. 5 como perseguidos por enganadores. Deus guardará e defenderá Seus santos (ver Sl 37).Tu [...] nos livrarás. Literalmente, “preserva-nos”' ou “preserva-o”. Ambas as formas são idênticas na escrita hebraica sem vogais. Se tinha em mente o singular, o salmista estava enfatizando o indivíduo.Geração. O salmista se refere a uma raça de lisonjeiros, opressores, mentirosos, tão numerosos que davam a impressão relatada no v. 1.
Sl.12:8 8. Homens. Quando os governantes são corruptos, abundam os malfeitores. A corrupção passa dos governantes para os governados. Apesar deste final realista, o tom geral do salmo é de confiança de que Deus defenderá o inocente.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 1 - T5, 80 6 - Ed, 244; GC, 539; Tl, 431Salmo 13Ao mestre de canto. Salmo de Davi.não durma o sono da morte;Introdução — O Salmo 13 começa com protesto (v. 1, 2), segue com uma oração (v. 3, 4) e se conclui com louvor (v. 5, 6). Nele, o salmista, aparentemente abandonado por Deus, se desespera com a perseguição diária que sofre nas mãos do inimigo, ora com fervor para que Deus o socorra e, em resposta à sua oração, recebe uma medida de fé e esperança. A dramática transição de uma etapa para outra torna notável este pequeno poema. É provável que Davi tenha escrito este salmo devido às constantes provas que passou nas mãos de Saul. O salmo é um exemplo encorajador do fato de que, quando uma pessoa boa se sente abandonada por Deus, é seu privilégio clamar a Ele e sentir a segurança de Seu cuidado.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.13:1 "Introdução — O Salmo 13 começa com protesto (v. 1, 2), segue com uma oração (v. 3, 4) e se conclui com louvor (v. 5, 6). Nele, o salmista, aparentemente abandonado por Deus, se desespera com a perseguição diária que sofre nas mãos do inimigo, ora com fervor para que Deus o socorra e, em resposta à sua oração, recebe uma medida de fé e esperança. A dramática transição de uma etapa para outra torna notável este pequeno poema. É provável que Davi tenha escrito este salmo devido às constantes provas que passou nas mãos de Saul. O salmo é um exemplo encorajador do fato de que, quando uma pessoa boa se sente abandonada por Deus, é seu privilégio clamar a Ele e sentir a segurança de Seu cuidado. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Até quando [...]? Em meio às dificuldades, o salmista irrompe em lamento. Parece que seus problemas nunca terão fim. Este é o lamento natural do crente que sofre por longo tempo sem reclamar e, finalmente, chega ao ponto em que sente, como ser humano, que não pode mais suportar. E sob essas circunstâncias que a pessoa pode ter a esperança de experimentar a mesma satisfação que o salmista expressa no final deste salmo (v. 5, 6).Afirma-se que Lutero disse: “A esperança se desespera e, contudo, o desesperoespera.” A primeira etapa da dificuldade do salmista é o sentimento de que Deus o esqueceu (ver Sl 42:9; 44:24). Desesperado, clama: “Esquecer-Te-ás de mim para sempre?” A frase “até quando” aparece quatro vezes nos v. 1 e 2, introduzindo as quatro etapas da tribulação do salmista. A segunda etapa é seu sentimento de que Deus escondeu Seu rosto dele (ver Sl 30:7). Não há bênção maior do que a luz da presença divina; quando parece que foi retirada, afundamos em desespero (ver a segunda frase da bênção de Arão, em Nm 6:25)."
Sl.13:2 2. Estarei eu relutando. Refere-se aos métodos que o salmista continua a inventar para escapar de seu inimigo, provavelmente Saul. Esta é a terceira etapa de sua tributação: até quando ele fará planos, sem outro resultado senão a tristeza?Tristeza. O pesar e a ansiedade de alguém angustiado com seus próprios pensamentos.Até quando se erguerá. Esta é a quarta etapa da tribulação do salmista. Ele deixa o clamor desesperado e ora em busca de alívio. Quando tudo está escuro, é preciso elevar os olhos para a luz. Cuidemos para que a angústia da alma não degenere em impaciência. Não é bom deixar que os problemas ocupem toda a nossa atenção. Bunyan observa: “Perceboque é uma antiga armadilha do diabo fazer com que o ser humano pense demais nos seus pecados."
Sl.13:3 3. Atenta para mim, responde-me. E mais enfático quando se diz: “Olha, ouve-me”. Em contraste com o v. 1, embora sinta que Deus o esqueceu, o salmista O chama de “meu Deus”.Ilumina-me os olhos. “Os olhos são o espelho da alma.” Eles refletem os sentimentos mais íntimos. A oração é o telescópio da alma. Ela confere verdadeira percepção.Durma o sono da morte. Literal mente, “durma a morte”. A morte é com frequência descrita como sono (Jó 3:13; 7:21; 14:12; Dn 12:2; cf. Jo 11:11; iTs 4:13, 14).
Sl.13:4 4. Meus adversários. O salmista amplia sua oração para incluir a libertação de seus inimigos em geral, não apenas daquele que o persegue, cuja ação é o tema deste salmo. A oração dá lugar à confiança.
Sl.13:5 5. Confio. A oração com fé tem vitória sobre a tristeza descrita nos v. 1 e 2.Salvação. A referência é principalmente à solução dos problemas que enfrenta naquele momento.
Sl.13:6 6. Cantarei. Um coração cheio de louvor deve se expressar. O salmista troca a indagação desesperada “Até quando?”, dos v. 1 e 2, por um cântico de louvor. Com súplica, ele emerge da tristeza cantando. O fio de ouro da gratidão permeia todo o livro dos Salmos.Salmo 14Ao mestre de canto. Salmo de Davi.da iniquidade, que devoram o meu povo, como quem come pão, que não invocam o Senhor?Introdução — O Salmo 14 apresenta um quadro bem resumido de decadência moral generalizada num mundo ímpio, com a certeza de que Deus está como justo. Este salmo aparece novamente com poucas variações no Salmo 53 (ver com. do SI 53).Sobre o subtítulo, ver p. 696.
Sl.14:1 "Introdução — O Salmo 14 apresenta um quadro bem resumido de decadência moral generalizada num mundo ímpio, com a certeza de que Deus está com o justo. Este salmo aparece novamente com poucas variações no Salmo 53 (ver com. do SI 53). Sobre o subtítulo, ver p. 696. 1. Insensato. Do heb. nabal, uma pessoa deficiente, seja no aspecto moral ou intelectual, ou em ambos. O nabal, neste caso, parece ser alguém que não tem sabedoria, valores morais, nem percepção espiritual; que despreza a moral e os valores religiosos, alguém materialista que julga os valores segundo sua dimensão e poder. No livro de Provérbios está a melhor descrição do “insensato”.Não há Deus. O insensato pode professar crer em Deus com propósito social e comercial, mas “em seu coração” não há lugar para essa crença (ver Rm 1:20, 21).Já não há quem faça o bem. O qua- ? dro é de total depravação, enfatizada nos versículos seguintes. Paulo cita trechos dos v. 1 a 3 para provar que tanto judeus quanto gentios estão sob o pecado (Rm 3:10-12)."
Sl.14:2 2. Do céu. Deus é descrito, contrariando o que diz o insensato (v. 1), inclínando-Se desde o céu para escrutinar as atividades dos mortais (ver SI 102:19). O mundo parece maduro para o juízo, como nos tempos de Noé (ver Gn 6:12; cf. Gn 11:5; 18:21).
Sl.14:3 3. Todos se extraviaram. Isto é, do caminho correto.E juntamente se corromperam. Doheb. alah, relacionado a uma raiz árabe empregada para descrever o leite fermentado. A raiz desta palavra se encontra apenas nesta passagem, em Jó 15:16 e no texto paralelo do Salmo 53:3. O v. 3 é paralelo ao v. 1.
Sl.14:4 4. Não entendem. A pergunta deste versículo é colocada na boca de Deus. E possível ao ser humano ser tão falto de compreensão a ponto de pensar que Deus não o castigue?Meu povo. O remanescente, “a geração dos justos”, do v. 5.0 salmista se identificacom o povo de Deus, sua própria família, seus próprios amigos.Que não invocam o Senhor. Eles não reconhecem a Deus. Visto cjue não creem nEle, como podem chamá-Lo (ver Rm 10:14)? O v. 4 é paralelo ao v. 2.
Sl.14:5 5. Ali (ARC). Isto é, no lugar onde cometem suas impiedades. Quando Deus Se levantar como juiz, o pavor se apoderará deles.Linhagem do justo. Deus socorre e protege os que são justos à Sua vista (sobre “geração”, ver o SI 12:7; cf. SI 24:6; 73:15). No ugarítico (ver p. 698) a palavra assim traduzida também tem o sentido de “assembléia” ou “morada”. Esse pode ser o sentido nesse caso.
Sl.14:6 6. Humildes. O ímpio, que não crê em Deus, zombou dos planos e propósitos do humilde que nEle confia.
Sl.14:7 7. Sião. Ver com. do SI 2:6. Com frequência se fala de Sião como a morada de Deus, de onde Ele governa como soberano do mundo.Restaurar a sorte do Seu povo. Esta frase não se refere necessariamente a um cativeiro literal específico. Os hebreus viveram exilados muitas vezes (ver jz), e essa linguagem se tornou o método comum de expressar uma restauração de um estado de opressão ou um de um período de decadência de valores religiosos (ver jó 42:10; Ez 16:53; Os 6:11; Am 9:14).Jacó. Este nome é com frequência usado em alternância com “Israel” (ver SI 78:21, 71; 105:23). “Jacó” é outro nome para o povo hebreu e ocorre em todo o AT (ver Is 2:3; Am 7:2; sobre “Israel”, ver com. de Gn 32:28). O salmo que começa com um quadro de impiedade universal, encerra-se expressando a esperança na salvação final de Israel.Salmo 15Salmo de Davi.usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem deste modo procede não será jamais abalado.
Sl.15:1 "Introdução — Talvez depois do Salmo 23, o 15 seja o mais conhecido e apreciado dos salmos. E chamado de “Salmo do bom cidadão e cavalheiro de Deus”, e é a declaração mais completa do ser humano ideal encontrada no Saltério. O Talmude diz que os 613 mandamentos do Pentateuco estão todos resumidos neste salmo. Quanto à estrutura, o primeiro versículo e a segunda frase do v. 5 constituem urna espécie de envelope, no qual as virtudes do ser humano ideal estão exemplificadas em detalhes concretos. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Senhor. O salmo começa com a idéia de Deus como anfitrião. Que tipo de convidados Deus quer em Sua casa? Em resposta a essa pergunta dão-se onze características específicas (ver SI 24:3-5; Is 33:13-16; Zc 8:16, 17).Habitará. Literalmente, “permanecerá”. A palavra significa permanência temporária, como um convidado.Morar. Na segunda metade do versículo, a ideia de residência temporária se transforma em algo permanente. Que convidado está qualificado para se tornar membro permanente da casa de Deus?Teu santo monte. Ver com. do S! 2:6. A elevação sugerida pela frase indica a elevação do caráter perfeito por cima do caráter comum. O caráter que agrada a Deus e ao ser humano deve se elevar acima do comum."
Sl.15:2 2. Vive com integridade. Os v. 2 a 5respondem às perguntas paralelas do v. 1 de forma específica; primeiro, de forma positiva (v. 2) e, depois, negativa (v. 3-5). A palavra heb. tamim, traduzida “com integridade”, significa “completo”, “inteiro”, “sem defeito”. Deus ordenou a Abraão, um dos personagens ideais do AT, ser tamim (Gn 17:1). O Senhor aponta para o cristão o mesmo ideal elevado (Mt 5:48) e promete auxílio para o alcance desse objetivo (ver Ed, 18, 19).Pratica a justiça. Ver ljo 3:6-10.De coração. O verdadeiro cristão é totalmente sincero na linguagem que usa. Sua religião tem lugar no coração e com os lábios fala a verdade (ver Pv 4:23).Este versículo é uma resposta geral às perguntas do v. 1. A resposta não está nas formas nem nas cerimônias, mas no caráter manifestado por meio de atitudes nobres.
Sl.15:3 3. Difama. Do heb. ragal, “caluniar” (ver Tg 3:2-11). A tradição judaica considerava o caluniador como alguém que negava a existência de Deus. O Talmude diz: “Eu [Deus] e ele [o caluniador] não podemos habitar juntos o mundo.”Não faz mal. Ele não faz mal a seu próximo. “Próximo” pode ser qualquer pessoa com quem tenhamos contato.Lança injúria. Ele não é originador de nenhuma injúria contra seu vizinho; é tardio para pensar mal a seu respeito e serecusa a espalhar acusações sobre seu caráter. Ele vive segundo a lei áurea (Lv 19:18; Mt 7:12). Este versículo dá três exemplos específicos na negativa seguindo as generalizações positivas do v. 2.
Sl.15:4 4. Desprezível. Não se deve confundir com ‘‘condenado”, com sentido de “culpado”. O ser humano ideal valoriza os demais de forma correta, discernindo sua verdadeira natureza. Ele não encobre o mal. Não fala falsamente contra ninguém (v. 3) e está disposto a fazer justiça a todos. Seus julgamentos são equilibrados. Que revolução se daria em qualquer sociedade se esses princípios fossem seguidos!Honra. Sem fazer distinções de classe social ou cor ou outras condições que distinguem os seres humanos, ele honra os verdadeiros seguidores de Deus. Na relação com seu próximo, ele coloca a verdadeira religião acima das circunstâncias de nascimento ou posição.Temem. Do heb. yara’, “mostrar reverência”. Este “temor” é o princípio da sabedoria (SI 111:10; Pv 9:10).Com dano próprio. Quando ele faz uma promessa ou um acordo que pode lhe prejudicar, ainda assim permanece fiel à sua palavra. Sua palavra é confiável.
Sl.15:5 5. Usura. Do heb. neshek, “juros”, mas não juros contra a lei ou excessivos, isto é, “usura”, como se diria. Os hebreus eram proibidos de cobrar juros do pobre, principalmente de israelitas (Ex 22:25; Lv 25:35- 37; Dt 23:19), mas podiam cobrar juros do estrangeiro (ver Dt 23:20). Parece ter havido essa distinção porque os hebreus eram considerados como irmãos. Seria errado cobrar «s juros de um irmão. A obediência a esse ideal ético constitui um padrão elevado de caráter.Aceita suborno. Ou seja, ele não aceita propinas. Ele não se enriquece a custa do pobre. Aceitar suborno é proibido (ver Êx 23:8; Dt 16:19; cf. Pv 17:23). Um bom governo existe somente onde há justiça imparcial; o suborno destrói o governo.Não será jamais abalado. Estas são as respostas, de forma sucinta, às perguntas do v. 1. Aquele que tenha os traços de caráter alistados nos v. 2 a 5 é digno de ser convidado de Deus. Como está sobre um fundamento firme, “não será jamais abalado”. Que firme fundamento! (ver Mt 7:24, 25; cf. SI 16:8).Essas são as qualidades do verdadeiro cristão aos olhos de Deus e do ser humano.T8, 84 2, 3 - Ed, 236Salmo 16Hino de Davi.outro bem não possuo, senão a Ti somente.Introdução — O Salmo 16 é uma expressão de alegria plena, resultante da completa submissão a Deus. O salmista parte do pensamento de Deus como seu único protetor e depois decdara sua fé na vida eterna, declaração esta poucas vezes expressa de forma tão clara no AT. Os últimos versículos deste salmo têm valor messiânico. Seis estrofes regulares formam a estrutura do poema. Alguns sugerem como uma ocasião especial para seu contexto a experiência registrada em 1 Samuel 26:19, mas é apenas uma sugestão (sobre Davi como autor deste salmo, ver At 2:25; cf. AA, 227).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.16:1 "Introdução — O Salmo 16 é uma expressão de alegria plena, resultante da completa submissão a Deus. O salmista parte do pensamento de Deus como seu único protetor e depois decdara sua fé na vida eterna, declaração esta poucas vezes expressa de forma tão clara no AT. Os últimos versículos deste salmo têm valor messiânico. Seis estrofes regulares formam a estrutura do poema. Alguns sugerem como uma ocasião especial para seu contexto a experiência registrada em 1 Samuel 26:19, mas é apenas uma sugestão (sobre Davi como autor deste salmo, ver At 2:25; cf. AA, 227). Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Guarda-me. O salmo começa com uma oração sincera e de confiança. O salmista não clama por socorro num momento de perigo. Ele apenas ora por proteção contínua."
Sl.16:2 2. A minha alma (ARC). Esta frase não aparece no hebraico. Ela é inserida porque no hebraico o verbo para “disse” é feminino. Se a forma verbal estiver correta, deve-se entender como “vocativo feminino”. Contudo, vários manuscritos hebraicos, bem como a LXX, trazem o verbo na primeira pessoa, permitindo assim a tradução: “Digo ao Senhor” (ARA).Meu Senhor. A palavra hebraica usada neste versículo não é Yahweh, mas 'Adhonai, “meu Amo” (ver vol. 1, p. 11).Outro bem não possuo, senão a Ti somente. Literalmente, “meu bem não sobre ti”. O significado da frase hebraica traduzida assim não é claro. Esta tradução da ARA é baseada na tradução inter- pretativa dos Targuns e de Jerônimo. Talvez o salmista quisesse dizer: “Deus é a fonte de todos os meus bens, e, portanto, o único objeto da minha confiança e devoção.”
Sl.16:3 3. Santos. Do heb. qedoshim, literalmente, “santos”. Ser santo é ser como Deus (ver Lv 19:2). O povo de Deus, obediente à Sua lei e que usa a veste da justiça de Cristo, deve se regozijar com o fato de Deus os chamar de Seus santos. Davi se deleitava em associar-se com os santos. Eles são a excelência de Deus, Sua nobreza. O amor a Deus é o vínculo mais seguro entre Seu povo (ver SI 55:14; 133).
Sl.16:4 4. Penas. Os que escolhem outro deus, e não a Yahweh, terão pesares constantes, ao passo que o salmista só recebe o bem do único e verdadeiro Deus.Não oferecerei as suas libações de sangue. O vinho era usado “para libação” no culto a Yahweh (Êx 29:40; Nm 15:5, 7), mas esta frase parece indicar que o sangue de animais era usado para um propósito semelhante pelos pagãos. Para o hebreu, esta idéia era repulsiva (ver Gn 9:4; Lv 3:17; 7:26). Davi não participaria jamais de umculto a deuses pagãos e sequer contaminaria seus lábios mencionando seus nomes.
Sl.16:5 5. Herança. Comparar com Nm 18:20. Da mesma forma que Deus foi a herança de Levi em vez de terra, quando a terra de Canaã foi repartida entre as tribos, assim o salmista afirma que Deus é sua herança. O cristão deve depositar essa mesma confiança em Deus. Sua oração deve ser: “Nada tenho na Terra além de Ti.”Meu cálice. Minha sorte ou condição (ver SI 11:6). Na literatura ugarítica (ver p. 698) “cálice” significa “destino” ou “sorte”. A sede do salmista é saciada apenas em Deus.Arrímo. Provavelmente do heb. taniak, “segurar firme”.Minha sorte. Comparar com Nm 26:55. O salmista deve ter tido em mente a divisão da terra de Canaã feita por meio de sorteio.
Sl.16:6 6. Divisas. Do heb. chabalim, “corda longa para medir e repartir um terreno”. Dado que Deus escolheu a porção do salmista, esta era a melhor.E mui linda a minha herança. A “herança” do v. 5. Esta percepção faz com que o salmista declare seus agradecimentos nos versículos seguintes.
Sl.16:7 7. Durante a noite. Na quietude da noite, Deus fala ao coração do ser humano com especial ternura (ver S! 4:4).Coração. Ver com. do SI 7:9. Os sentimentos mais íntimos falam de Deus.
Sl.16:8 8. Tenho posto (ARC). Pedro interpreta os v. 8 a 10, e Paulo, o v. 10, como uma profecia da ressurreição de Cristo (At 2:25-31; 13:35-37). Como tal, esta parte do salmo é definitivamente messiânica. Na libertação de Cristo da tumba e na ressurreição, o pleno significado destes versículos se torna claro (sobre a ressurreição de Jesus, ver Lc 24:39; Jo 20:27).Sempre à minha presença. Aos olhos de Davi, Deus não era mera abstração, mas uma pessoa verdadeiramente ao seu lado. Bnoque andou com Deus (Gn 5:22; ver T5,A minha direita. A frase, empregada tanto para Deus quanto para o ser humano, é bastante comum no livro dos Salmos. A posição é de honra e dignidade, defesa e proteção. Neste caso, refere-se à última.Não serei abalado. Ver o SI 15:5. O cristão deve se regozijar porque está sobre a Rocha Eterna.
Sl.16:9 9. Espírito. Do heb. kabod, “honra”, “reputação”. A LXX traz “língua”, que também está em Atos 2:26. Davi é o mais expressivo dos cantores. Cada fibra de seu ser louva a Deus. Sua vida na Terra é urna amostra de sua vida porvir, no Céu. “A melodia de louvor é a atmosfera do céu” (Ed, 161).Repousará. Do heb. shakan, “estabelecer”, “habitar”, “estabelecer para morar”.
Sl.16:10 10. Deixarás. Do heb. ‘azab, "abandonar”. A frase diz, literalmente: “Não abandonarás minha alma no sheblfAlma. Do heb. nefesh, palavra que ocorre 755 vezes no AT, 144 vezes no livro dos Salmos, traduzida com frequência como “alma”. Esta tradução não é adequada, pois “alma” transmite a muitos leitores do português idéias que não pertencem de forma apropriada a nefesh. Uma breve análise da palavra hebraica ajuda a esclarecer o que os escritores da Bíblia queriam dizer quando usaram esta palavra.Nefesh vem da raiz nafash, um verbo que ocorre apenas três vezes no AT (Ex 23:12; 31:17; 2Sm 16:14), com significado de “reviver” ou “renovar-se”. O verbo parece voltar ao significado básico de respiração.E possível chegar a uma definição de nefesh partindo do relato bíblico da criação do homem (Gn 2:7). O texto declaraque, quando Deus deu vida ao corpo que havia formado, o homem literalmente “passou a ser alma vivente”. A “alma” não existia previamente, mas veio a existir na criação de Adão. Uma nova alma vem à existência toda vez que uma criança nasce. Cada nascimento representa uma nova unidade de vida, única e diferente, separada de outras unidades similares. A nova unidade jamais se funde em/com outra. Sempre será a mesma. Pode haver incontáveis indivíduos parecidos, mas nenhum que seja essa unidade. Essa individualidade parece ser a ideia enfatizada no termo hebraico nefesh.Nefesh é empregada não só para o ser humano, mas também para animais. A frase: “Povoem-se as águas de enxames de seres viventes” (Gn 1:20) é literalmente: “povoem-se as águas de enxames de almas de vida [indivíduos de vida]”. Os animais e as aves são chamados de “criaturas viventes”, literalmente, “almas viventes”, ou melhor, “seres viventes” (Gn 2:19). Portanto, animais e seres humanos são “almas”.A ideia básica de “alma” como indivíduo em vez de uma parte que o constitui parece fundamentar as várias ocorrências de nefesh. Portanto, é adequado dizer que certa pessoa ou certo animal é uma alma em vez de dizer que ele ou ela tem uma alma.Da ideia básica de que nefesh representa um indivíduo, ou uma pessoa, provém o uso idiomático de nefesh como pronome pessoal. A expressão “minha alma” significa “eu”, “mim”; “tua alma”, “você”; e “alma deles”, “eles”, “os”.Visto que cada nefesh representa uma nova unidade de vida, o termo é usado com frequência como sinônimo de “vida”. Em 176 casos a ARA traduz nefesh por “vida”, e há diversos casos em que “vida” teria sido uma tradução mais adequada (ver com. de iRs 17:21).A maioria das ocorrências de nefesh pode ser traduzida de forma adequada como “pessoas”, “indivíduo”, “vida” ou pelo pronome pessoal apropriado. “As almas que lhes acresceram em Harã” (Gn 12:5, ARC) é simplesmente “as pessoas que lhes acresceram em Harã”. “Que viva a minha alma por amor de ti” (Gn 12:13, ARC) é simplesmente “que me poupem a vida por amor de ti”. “Por isso tal alma será extirpada do seu povo” (Lv 19:8, ARC) é simplesmente “ele será eliminado”.Morte. Do heb. sheol. No sentido figurado, a morada dos mortos, onde dormem todos que partiram desta vida (ver com. de Pv 15:11). O cumprimento desta profecia se dá na ressurreição de Cristo (At 2:25-31; sobre os princípios de interpretação profética do AT, ver com. de Dt 18:15).Santo, Do heb. chasid, traduzido com frequência por “santo” (ver SI 30:4; 31:23; 50:5; 79:2; etc.; ver Nota Adicional ao Salmo 36).Corrupção. Do heb. shachath, “cova”, como a palavra é frequentemente traduzida (Jó 33:18, 24, 28, 30; etc.). Shachath também é traduzida por “lodo” (jó 9:31), “sepulcro” (jó 17:14), “cova” (jó 33:22; SI 55:23).
Sl.16:11 11. Tu me farás ver. Literalmente, “me farás saber”.Os caminhos da vida. O caminho que conduz à vida.Plenitude de alegria. O suficiente e mais do que o suficiente para satisfazer o filho de Deus (ver Ef 3:20).Na Tua destra. Ou, “em Tua mão”. A mão de Deus está cheia de bênçãos, pronta para conceder benefícios eternos a Seus filhos. Essa fonte de bênçãos jamais se esgotará; é coeterna com o Infinito (ver ICo 2:9; GC, 674 -678; Ed, 301 -309).Este salmo é uma bela expressão do que acontece quando a pessoa escolhe a Deus, se deleita nEle e repudia outros deuses, se satisfaz com o que o Senhor lhe dá e tem sempre a certeza de Seu socorro.Oração de Davi.Introdução — Cercado por seus inimigos, o salmista com frequência orava com súplica sincera a Deus. O salmo 17 é uma dessas orações para vingar os justos. Nela, Davi afirma sua confiança na resposta divina a seu pedido, ora por proteção num mundo maligno e medita em sua satisfação quando finaimente vir a Deus face a face (ver PP, 452; v T5, 397).Sobre o subtítulo, ver p. 696.
Sl.17:1 "Introdução — Cercado por seus inimigos, o salmista com frequência orava com súplica sincera a Deus. O salmo 17 é uma dessas orações para vingar os justos. Nela, Davi afirma sua confiança na resposta divina a seu pedido, ora por proteção num mundo maligno e medita em sua satisfação quando finaimente vir a Deus face a face (ver PP, 452; v T5, 397). Sobre o subtítulo, ver p. 696. 1. A causa justa. Ou, ''justiça”. Visto que Davi confia que a justiça está do seu lado, ele pede a Deus por ajuda.Clamor. Do heb. rinnah, usado tanto para designar um brado de alegria (Is 14:7; 35:10; 44:23; etc.) como um clamor de rogo (1 Rs 8:28; is 43:14; Jr 7:16).Lábios não fraudulentos. Literalmente, '‘lábios sem engano”."
Sl.17:2 2. Julgamento. Davi roga a Deus que o vindique, que o vingue de seus inimigos.Com equidade. Ou, “retidão”. Como um justo juiz, Deus é equânime com todos os homens, santos e pecadores.
Sl.17:3 3. Sondas-me. Ou, “tentas-me”. Neste texto, Davi afirma que Deus o testou e o achou inocente.De noite. Durante a noite, as pessoas maquinam o mal (ver SI 36:4).Provas-me. Do heb. tsaraf, “refinar”, "fundir”, "derreter”, como um metal é purificado no logo.Minha boca. Ver Tg 3:2. A resolução de Davi influenciava tanto seu pensamento quanto sua ação.
Sl.17:4 4. Pela palavra dos Teus lábios. Não por sua própria força, mas por ter se firmado na palavra de Deus, Davi se guardou de pecar (ver SI 119:9).
Sl.17:5 5. Os meus passos. Em contraste com os "caminhos do violento” (v. 4).Não resvalaram. Ou, “cambalearam”. Numa situação como a do salmista, faz bem orar para ficar "firmes, inabaláveis” (ICo 15:58). Um pecado acariciado pode fazer escorregar (ver PP, 452). Somente princípios puros devem guiar o crente (ver T5, 397).
Sl.17:6 6. Tu me respondes. Com plena fé, Davi continua sua oração. Ele sabe que Deus ouve.Palavras. Oração com palavras, e não mental. A sinceridade desta oração é prova de que a primeira parte do salmo não é mera declaração de justiça própria.
Sl.17:7 7. Mostra as maravilhas da Tua bondade. Ou, “faz que se distingam teus favores”.O Salvador. E impossível ler os salmos e não sentir a presença do Salvador nas orações do salmista (ver SI 106:21; cf. Is 19:20; 49:26). Davi conhecia seu Redentor.
Sl.17:8 8. A menina, dos olhos. Do heb.’ish-on, literal mente, "um homem pequeno”. O termo é aplicado à pupila dos olhos, talvez porque, como num espelho, se vê a imagemde quem nela olha. A oração é para que Deus proteja o salmista assim como alguém protege suas vistas. Compare com uma metáfora semelhante em Deuteronômio 32:10 e Provérbios 7:2.A sombra das Tuas asas, Esta frase, comum no livro dos Salmos, sugere um passarinho que protege seu filhote (ver metáfora semelhante em Dt 32:11, 12; Mt 23:37).
Sl.17:9 Sem comentário para este versículo
Sl.17:10 10. Gordura (ARC). Do heb. cheleb, de uma raiz conjectural, chatab, “cobrir'’; talvez originalmente seja a gordura do diafragma. A partir disso, alguns supõem que chaiah, nesta passagem, represente o local das emoções. Daí a tradução da NV1: "fecham o coração insensível”. A autoindulgência endurece os sentimentos do ser humano, tornando-o indiferente ao sofrimento.
Sl.17:11 11. Fixam em nós os olhos. A frase é, literalmente, “seus olhos fixam para derrubar por terra”. Pode-se ver um paralelo na atitude de Saul e seus homens, que, como caçadores, mantinham os olhos lixos nos caminhos por onde Davi e seus companheiros passavam.
Sl.17:12 12. Parecem-se com o leão. Os perseguidores do salmista eram como leões prontos para atacar sua presa (ver com. cie SI 10:8, 9). O versículo é um exemplo importante de paralelismo sinonímico, quando a segunda parte repete e embeleza o pensamento da primeira.
Sl.17:13 13. Defronta-os. De preferência, “confronta-os”.Arrasa-os. Literalmente, “faze-os inclinar".Alma. Ver com. do SI 16:10.
Sl.17:14 14. Desta vida. Esses homens encontram o quinhão de sua existência na gratificação material. A satisfação sensual é a medida de sua ambição e sua única esperança de recompensa (ver Lc 6:24; 16:25). Portanto, subordinam tudo aos seus interesses presentes e não levam Deus em conta.Cujo ventre Tu enches dos Teustesouros. Em relação a seu objetivo de vida, os ímpios têm êxito. Vivem apenas para os propósitos mundanos e são prósperos nisso. Não pensam na vida porvir. Eles trocam a satislação eterna por mera gratificação temporal. Aqui se encontra a resposta parcial para uma das perguntas mais profundas da existência: “Por que os ímpios prosperam?” A prosperidade deles é apenas nesta vida passageira; portanto, é incomparável com a prosperidade eterna dos justos.Filhos. Os orientais consideravam os filhos uma bênção. Quanto maior o número, maior a bênção (ver SI 127:3-5). Em contrapartida, não podería haver maior infelicidade do que não ter filhos (ver Gn 30:1).O que lhes sobra deixam aos seus pequeninos. Eles têm o suficiente para simesmos e para deixar como herança para seus filhos (ver um quadro de prosperidade mundana, em Jó 21:7-11).
Sl.17:15 15. Eu, porém. Em contraste marcante com o mundano. Em vez de invejar os prazeres passageiros dos ímpios, o salmista anseia pela alegria de ver a Deus face a face (ver com. do SI 16:10, II; 13:1). Companheirismo com Deus e comunhão com o Criador são a maior satisfação da alma piedosa. Ter a natureza moral de Deus é o grande anseio do justo (ver Ijo 3:2). As virtudes alistadas em 1 joão 3:2 são encontradas no Salmo 17:15: satisfação suprema, grande transformação e visão ampliada (ver Mt 5:8; Rm 8:29; F1 3:21; Ap 22:4). Com esta declaração, o salmista dá provas irrefutáveis de que ele crê na ressurreição dos mortos e na realidade da vida porvir.Ed, 190; CRV, 181; 5 - PP, 452; T5, 397; T7, 210Salmo 18Ao -mestre de canto. Salmo de Davi, servo do Senhor, o qual dirigiu ao Senhor as palavras deste cântico, no dia em que o Senhor o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Ele disse:Introdução — Na ode magnífica de gratidão que aparece no Saltério como Salmo 18, Davi narra de forma resumida a história dos maravilhosos livramentos e vitórias que Deus lhe deu. Esse “Cântico de triunfo comemorativo” é a história de um coração devotado a Deus e íntegro para o que é divino. O relato em 2 Samuel 22 confirma que o hino foi escrito por Davi. O poema aparece também ali, com algumas variações.Sobre o subtítulo “Ao mestre de canto. Salmo de Davi, servo do Senhor, o qual dirigiu ao Senhor as palavras deste cântico, no dia em que o Senhor o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Ele disse:” ver p. 696; ver também PP, 715, 716.A frase “servo do Senhor”, encontrada também no subtítulo do Salmo 36, não ocorre em 2 Samuel 22 (sobre todo o salmo, ver com. de 2Sm 22).
Sl.18:1 "Introdução — Na ode magnífica de gratidão que aparece no Saltério como Salmo 18, Davi narra de forma resumida a história dos maravilhosos livramentos e vitórias que Deus lhe deu. Esse “Cântico de triunfo comemorativo” é a história de um coração devotado a Deus e íntegro para o que é divino. O relato em 2 Samuel 22 confirma que o hino foi escrito por Davi. O poema aparece também ali, com algumas variações. Sobre o subtítulo “Ao mestre de canto. Salmo de Davi, servo do Senhor, o qual dirigiu ao Senhor as palavras deste cântico, no dia em que o Senhor o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Ele disse:” ver p. 696; ver também PP, 715, 716. A frase “servo do Senhor”, encontrada também no subtítulo do Salmo 36, não ocorre em 2 Samuel 22 (sobre todo o salmo, ver com. de 2Sm 22). 1. Eu Te amo. Do heb. racham, que indica afeição profunda e ardente. Em outros lugares, racham não é usado para indicar o amor do ser humano para com Deus, mas, com frequência, o amor de Deus para com o ser humano. A declaração é uma introdução apropriada para este salmo triunfante de regozijo. Este versículo não está em 2 Samuel 22 (comparar com o SI 116:1-4).Força. Deus era a fonte da força do sal- mista (ver SI 27:1; 28:8)."
Sl.18:2 2. Rocha. Do heb. sela, “penhasco”. Certa vez, quando perseguido por Saul, Davi se refugiou num penhasco (ver ISm 23:25). Neste caso, o termo é empregado para descrever a Deus, o refúgio seguro.Cidadela. Do heb. metsudah, “um lugar de difícil acesso” ou “um lugar seguro” (ver ISm 22:4).Rochedo. Do heb. tsur: “uma rocha grande”. Esta palavra é usada cinco vezes em Deuteronômio 32 para descrever a Deus (v. 4, 15, 18, 30, 31).Escudo. Do heb. magen, traduzido também como “escudo” no Salmo 3:3 e no texto paralelo de 2 Samuel 22:3.Força. Literalmente, “chifre” ou "ponta”, símbolo de poder (ver D t 33:17).Baluarte. Em 2 Samuel 22:3, se acrescenta: “O Deus, da violência Tu me salvas.” Com todas estas metáforas, fruto das lutas incessantes de sua vida, Davi tenta retratar tudo o que Deus era para ele em sua peregrinação terrena. Há uma profusão similar de figuras literárias para descrever a Deus nos Salmos 31:1-3; e 71:1-7. O louvor de Davi é abundante.
Sl.18:3 Sem comentário para este versículo
Sl.18:4 4. Laços. Do heb. chahalim, “cordas”. Em 2 Samuel 22:5, lê-se “ondas”.De morte. Davi disse a Jônatas: “apenas há um passo entre mim e a morte” (ISm 20:3).Torrentes de impiedade. Do heb. heliyyaal, indicando “indignidade”, traduzido com frequência por “Belial”. “Filhos de Beliaí” é uma frase comum na Bíblia, que indica homens de caráter baixo, dados à violência (ver com. de jz 19:22; ISm 2:12).
Sl.18:5 5. Cadeias. Do heb. chahalim, “cordas”, como no v. 4.Infernais. Do heb. sheol (ver com. de SI 16:10; Pv 15:11).Tramas. Do heb. moqshim, “armadilhas para caçar aves”.Surpreenderam. Do heb. qadam, 'confrontaram”.
Sl.18:6 6. Templo. Céu (ver SI 11:4).Meu clamor Lhe penetrou os ouvidos. Deus o ouviu.
Sl.18:7 7. A terra se abalou. A intervenção divina, em resposta à oração do salmista, é retratada de forma magnífica por Davi como um transtorno da natureza, cujos detalhes loram, sem dúvida, tirados das experiências de muitas tempestades por que passou em sua vida. Com riqueza de metáforas, inspirando-se em grande parte no livramento no Mar Vermelho e na proclamação da lei no Sinai, sua descrição é uma das mais sublimes da literatura bíblica (comparar com Êx 19:16-18; SI 144:5-7; Hc 3:3-6, embora nenhum desses textos apresente tantas figuras como o SI 18). A descrição começa com o terremoto, continua com o relâmpago, nuvens, vento e escuridão, e se conclui com o pleno furor da tempestade, no meio da qual Vahvveb Se revela com toda Sua glória e poder para destruir Seus inimigos e salvar Seu servo fiel. Assim como Deus mostrou a grandiosidade de Seu poder nos cataclismos da natureza, desceu com toda Sua força para intervir quando seu servo corria perigo.Indignou. Ver com. de SI 2:4.
Sl.18:8 8. Fumaça. Fumaça, fogo e brasa descrevem as nuvens e os relâmpagos. Não se deve tentar dar a estas figuras uma forma concreta, como se Deus aparecesse de modo visível. Ao invés disso, o objetivo do poeta é imprimir no ser humano um profundo senso de reverência, como se estivesse na presença do Onipotente (ver SI 74:1; 97:2; 140:10; cf. Hc 3:5).
Sl.18:9 9. Desceu.. Deus parecia descer numa tempestade, para investigar e executar juízo (ver Gn 11:5; 18:21).Escuridão. Ver Dt 4:11; IRs 8:12.
Sl.18:10 10. Querubim. Querubins guardavam a entrada do Lden (ver com. de Gn 3:24),e figuras deles cobriam o propiciatório (Êx 25:18).Asas do vento. Expressão que indica grande velocidade.
Sl.18:11 11. Escuridade de águas. Nuvens negras que pressagiam tempestade.Espessas nuvens dos céus. A frase pode ser parafraseada como: ‘‘nuvens de nuvens”, como se sugerissem diferentes tipos de nuvens juntas, amontoadas uma sobre a outra, formando o pavilhão de Deus.
Sl.18:12 12. Do resplendor. Com os relâmpagos, as nuvens pareceram sumir e todo o céu parecia estar em chamas.
Sl.18:13 13. Nos céus. A preposição "em”, do heb. be, deveria ser traduzida como “desde”, segundo um uso demonstrado na literatura ugarítica (ver p. 697, 699).Levantou a voz. O trovão representa a voz de Deus, conforme sugerido na estrutura paralela do versículo (ver SI 29, principalmente o v. 3; cf. jó 40:9).Granizo e brasas de fogo. Uma repetição do v. 12, para enfatizar a terrível impressão.
Sl.18:14 14. Setas. Relâmpagos, como indicado pelo paralelismo do versículo.E os desbaratou. E provável que se refira aos inimigos do salmista. E a primeira menção do elemento humano na descrição apavorante, fazendo recordar por um instante o tema do poema.
Sl.18:15 15. Leito. Comparar com Êx 15:8.
Sl.18:16 16. Do alto. Para o salmista, todas as manifestações de intervenção sobrenatural procediam de Deus.Tirou-me. O verbo hebraico aqui empregado é usado para o resgate de Moisés e é provavelmente a raiz de seu nome (ver com. de Ex 2:10). E possível que Davi tenha ligado sua experiência de ser livrado de seus inimigos com o resgate de Moisés pela mão da filha do faraó. Ele é retirado cias águas como alguém que está se afogando.Muitas águas. É provável que o poeta se ref ira à imagem do v. 4, em que retrata a si mesmo como aterrorizado com a “torrente de impiedade”. Aguas são usadas com frequência como símbolo de perigo (ver SI 32:6).
Sl.18:17 17. Forte inimigo. Saul. O salmista inclui também aqueles que ajudavam Saul a persegui-lo.
Sl.18:18 18. Assaltaram-me. Ver com. do v, 5.Amparo. Do heb. misticm, “apoio”.Uma palavra estreitamente relacionada, misheneth, é traduzida como “cajado” (ver com. do SI 23:4).
Sl.18:19 19. Lugar espaçoso. Lm vez de estar cercado por seus inimigos, Davi tem muito espaço para se mover sem dificuldade (ver com. de SI 4:1).Ele Se agradou de mim. O primeiro indício das razões por que Deus livrou o salmista. A ideia se expande nos v. 20 a 30.
Sl.18:20 20. Segundo a minha justiça. Deus interveio porque Davi não merecia o tratamento que estava recebendo das mãos de Saul e de outros inimigos. Deus recompensa segundo Sua lei eterna. Os v. 20 a 30 ampliam a razão por que Deus livrou Davi.
Sl.18:21 Sem comentário para este versículo
Sl.18:22 22. Os Seus juízos me estão presentes. Davi afirma que guardou a lei de Deus sempre diante de si e agiu segundo ela (ver SI 119:97; ver com. do SI 1:2; cf. Dt 6:6-9; 11:18-21).
Sl.18:23 23. íntegro. Do heb. tamim, "completo”, ‘‘perfeito’’ (ver com. do SI 15:2, em que a palavra é traduzida como “integridade”). Em Jó 1:1, uma palavra relacionada, /
Sl.18:24 24. Segundo a minha justiça. Este versículo é quase uma repetição do 20.
Sl.18:25 25. Para com o benigno. Os v. 25 e 26 têm características de provérbios. Expressam a ideia geral de que o Deus eterno lida com o seres humanos de acordo com o caráter destes. A atitude de Deus para com o ser humano não é independente da atitude humana para com Ele. Deus nunca deixa o pecado impune (ver Mt 18:35).
Sl.18:26 26. Perverso. Ou, fraudulento.
Sl.18:27 27. Olhos altivos. O orgulho prepara o caminho para a destruição (ver Sl 101:5; Pv 6:16, 17). O equivalente desta parte do versículo em 2 Samuel 22:28 é: “com um lance de vista, abates os altivos”.
Sl.18:28 Sem comentário para este versículo
Sl.18:29 29. Exércitos. Ver com. de 2Sm 22:30.Salto muralhas. Ver com. de 2 Sm 22:30.
Sl.18:30 30. Perfeito. O que Deus faz é certo (ver Dt 32:4).Provada. Refinada, como metal; testada (ver com. de Sl 12:6).Escudo. Ver com. dos Sl 3:3; 18:2. Deus protege aqueles que nEle confiam. Ninguém mais tem o direito de lhe pedir proteção.
Sl.18:31 31. Quem é Deus [...]? Deste versículo até o 45 Davi fala das vitórias e êxitos que Deus lhe deu. A pergunta “Quem é Deus?” não mostra descrença; é uma pergunta retórica que indica a realidade do Deus de Israel em comparação com os falsos deuses das nações vizinhas.Rochedo. Do heb. tsur, a palavra também é traduzida por “rochedo” no v. 2 (ver o comentário ali).
Sl.18:32 Sem comentário para este versículo
Sl.18:33 33. Deu a meus pés a ligeireza das corças. As corças se distinguem pela rapidez e segurança no andar (ver com. de 2 Sm 22:34).
Sl.18:34 34. Adestrou as minhas mãos para o combate. Ver com. de 2 Sm 22:35. A NotaAdicional a Josué 6, vol. 2, p. 191-196, fala da participação de Israel em guerras.Um arco de bronze. Este tipo de arco é mencionado também em jó 20:24. Deus deu a Davi força extraordinária.
Sl.18:35 35. Escudo. Mais eficaz do que o arco cie bronze (v. 34) é a proteção do escudo de Deus. Davi reconhece a importância da união do esforço humano com o poder divino. Deus dá a Seu servo os meios físicos para se proteger e lhe ajuda ao empregar esses meios. Isso lembra o dito: “Deus ajuda a quem cedo madruga.” Davi não podia ser derrotado enquanto a destra de Deus o ajudava a sustentar o arco.Clemência. Do heb. anaimh, literalmente, “humildade”. Esta característica encontra sua expressão máxima na encarnação e morte na cruz (Fp 2:7, 8). “O Rei da glória muito Se humilhou ao revestir-Se da humanidade” (DTN, 43). Quando o ser humano se humilha, ele se eleva mais e mais próximo de Deus. Essa é a verdadeira grandeza.
Sl.18:36 36. Alargaste sob meus passos ocaminho. Ver o v. 19.Vacilaram. Ver SI 17:5; cf. Pv 4:12.E importante ter os pés bem firmados quando se luta contra um inimigo.
Sl.18:37 37. Persegui. Comparar com Ex 15:9. Os verbos nos v. 37 e 38 estão no tempo imperfeito, o que permite traduzir para o presente histórico. Assim, o quaclro se torna mais real: “Persigo [...] e os alcanço”, etc. A sucessão de ações nos v. 37 a 45 dá impressão de vitória completa. Por causa da intervenção divina, o inimigo é finalmente derrotado por completo.
Sl.18:38 38. Esmaguei-os. Do heb. machas, que, segundo o ugarítico (ver p. 697, 699), pode significar também “golpear”, “estraçalhar”.
Sl.18:39 Sem comentário para este versículo
Sl.18:40 Sem comentário para este versículo
Sl.18:41 41. Clamaram ao Senhor. Como último recurso, clamaram ao Deus de Israel. O ser humano apela a tudo antes de finalmente apelar a Deus. No entanto, vistoque tal apelo é fruto do terror e não provém de um coração sincero, pode não ser ouvido.
Sl.18:42 42. Então, os reduzí a pó. O inimigo é esmagado por completo (ver 2Rs 13:7) e posto de lado como lixo.
Sl.18:43 43. Cabeça das nações. Davi era conhecido como o maior dos reis dentre as nações daquela parte do mundo (2Sm 8). A posição de liderança de Israel entre as nações é vista com mais nitidez nas descrições do reino herdado por Salomão (lRs 4:21, 24).
Sl.18:44 Sem comentário para este versículo
Sl.18:45 45. Sumiram-se. Murcharam como plantas (ver Is 40:7).Fortificações. Cidades fortificadas ou fortalezas. Por vontade própria, outras nações viriam, tremendo, render-se a Davi, dando assim total segurança ao reino e livramento final de seus inimigos. A vitória, então, é completa.
Sl.18:46 46. Vive o Senhor. Nos v. 46 a 50, háuma solene expressão de louvor e gratidão a Yahvveh, que deu a vitória a Davi (ver PP, 715, 716). Tendo em vista tudo o que Deus fez, o salmista tem razão em afirmar que existe um Deus vivente, em contraste com os deuses inanimados das nações. A vida de Deus é a fonte de vida do ser humano.Rocha. Do heb. tsur (ver com. dos v. 2, 31).Deus da minha salvação. Uma frase bastante repetida no livro dos Salmos (ver SI 25:5; 27:9; 51:14; cf. SI 38:22; 88:1).
Sl.18:47 Sem comentário para este versículo
Sl.18:48 48. Do homem violento. Possivelmente Saul, mas Davi pode estar falando de seus inimigos em geral,
Sl.18:49 49. Gentios. Do heb. goyhn, “nações” (ver com. de SI 2:1; 9:59). Em suas conquistas, Davi exaltou o nome do Deus de Israel perante as nações. Este versículo é citado por Paulo (Rm 15:9) como prova de que a salvação oferecida por Deus é tanto para gentios como para judeus. Devido ao fracasso dos descendentes de Davi, as predi- ções dos v. 49 e 50 terão seu cumprimentoapenas no reino espiritual de Cristo, que jamais terá fim.
Sl.18:50 50. Vitórias. No hebraico, assim como a tradução em português, esta palavra é plural, referindo-se aos muitos atos de salvação alistados no salmo.Ao Seu rei. O rei escolhido por Deus para governar Israel, como Davi, o ungido de Deus (ver com. de SI 2:2).Sua posteridade. Sobre o futuro cumprimento destas promessas na vida de Cristo, ver com. de 2 Samuel 7:12 a 16.Salmo 19Ao mestre de canto. Salmo de Davi.Introdução — ‘A natureza e a revelação, ambas dão testemunho cio amor de Deus” (CC, 9). Esta declaração poderia muito bem resumir o Salmo 19. Este salmo talvez seja o mais conhecido e mais popular dossalmos que falam da natureza. É uma reflexão da revelação que Deus faz de Si mesmo na natureza e em Sua lei. Nos primeiros seis versículos, Davi (ver T4, 15) tala da glória de Deus vista em Suas obras; nos v. 7 aSobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.19:1 "Introdução — ‘A natureza e a revelação, ambas dão testemunho cio amor de Deus” (CC, 9). Esta declaração poderia muito bem resumir o Salmo 19. Este salmo talvez seja o mais conhecido e mais popular dos salmos que falam da natureza. É uma reflexão da revelação que Deus faz de Si mesmo na natureza e em Sua lei. Nos primeiros seis versículos, Davi (ver T4, 15) tala da glória de Deus vista em Suas obras; nos v. 7 a 10 ele fala da glória de Deus demonstrada na lei; nos v, 11 a 13 considera a relação existente entre essas verdades, o caráter e a conduta; e no v. 14 ora para não cair em pecado. E possível imaginar o autor sob o céu ao amanhecer, louvando a Yahweh com os admiráveis versículos deste salmo. E provável que o filósofo Immanuel Kant estivesse pensando no Salmo 19 quando escreveu: ‘'Há duas coisas que enchem minha alma de santa reverência e maravilha sempre crescente: o espetáculo do céu estrelado que praticamente nos aniquila como seres físicos, e a lei moral que nos eleva a uma dignidade infinita como agentes inteligentes.” Os primeiros versículos do salmo são o tema do coro ""Os céus contam ’, do oratório de Haydn, A Criação. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Céus. Os céus que podemos contemplar: o espaço onde estão o Sol, a Lua e as estrelas (ver Gn 1:1, 8, 9, 14, 16, 17, 20).Glória. Sabedoria, poder, habilidade, benevolência: o que constitui a glória de Deus. Um vislumbre do céu a olho nu é o suficiente para imprimir no observador o senso da glória de Deus. Bem mais ampla é essa revelação quando os céus são explorados por meio de telescópios.Deus. Do heb. 'El (ver vol. 1, p. 149).Firmamento. Do heb. raqid (ver com. de Gn 1:6). A palavra ""firmamento” vem do latim firmamentum, que é a tradução do termo raqid, na Vulgata. Firmamentum, literalmente, “um apoio”, corresponde ao termo grego stereoma, que é a tradução de raqid, na LXX. A tradução stereoma pode ser fruto da idéia há muito defendida de que os céus são como uma semiesfera côncava sólida e firme. Com seu esplendor e ordena, os céus refutam a teoria da evolução. Eles não são produto do acaso, mas criação de Deus. Sua beleza e disposição testemunham da existência de Deus. Por meio deles, mesmo os incrédulos podemdiscernir o Criador, “de forma que tais homens são indesculpáveis” (Rm 1:19, 20, NVI). Por meio de Suas obras criadas, Deus fala ao coração dos incrédulos (DTN, 638). Nos v. 2 a 4, esse pensamento é ampliado."
Sl.19:2 2. Um dia [...] a outro dia. Um dia transmite ao dia seguinte o relato do poder de Deus. O testemunho infindável impressiona: sem pausa nem mudança a história maravilhosa segue.Discursa. Literal mente “faz brotar”.Uma noite [...] a outra noite. Na segunda parte do paralelismo deste versículo enfatiza-se a ideia de interminável continuidade. A respeito das órbitas do céu noturno, ver com. do Salmo 8:3.
Sl.19:3 3. Não se ouve nenhum som. Apesar do fato de os céus terem sua própria linguagem (ver v. I, 2), sua voz é inaudível; não fala aos ouvidos, mas ao coração disposto a compreender.
Sl.19:4 4. Por. Do heb. be, traduzido como “até”, na frase seguinte. Em ambos os casos, deveria provavelmente ser traduzido como “desde”, em harmonia com o uso ugarítico (ver p. 697, 699). Toda a passagem pode ser traduzida como: “Desde toda a terra vem o seu clamor, desde o fim do mundo suas palavras.”Voz. Do heb. qaw, “linha de medir”, usada para delimitar fronteiras. A LXX traz phthoggos, “som” ou “fala”, talvez por entender qol em vez de qaw; daí a tradução “voz”, da ARA. Caso se aceite o primeiro significado, a “linha” designa apenas a extensão mundial da mensagem da criação de Deus. Caso se aceite o significado de “voz”, como sugere o paralelismo de qaw com a palavra hebraica traduzida por “palavras”, na segunda parte do versículo, enfatiza-se a voz inarticulada, porém ciara do v. 3. “Para o hebreu, o mundo parecia estar cheio da música de uma maravilhosa orquestra, música que era uma espécie de Te Deum sem palavras, de louvor ao Criador ePreservador da vida” (Baldwin). Paulo cita partes deste versículo para ilustrar o progresso mundial do evangelho (Rm 10:18).Aí. Nos céus.Tenda. Do heb. ohel. Nesta esplêndida descrição dos céus, o salmista apresenta o Sol não como um objeto de adoração, mas como criação de Deus. De forma figurada, ele personifica o Sol como um ser magnífico que passa o dia na tenda, no céu, providenciada pelo Criador. A última frase do v. 4 constitui uma parte do v. 5 (comparar com Hc 3:11).
Sl.19:5 5. Noivo. A figura do Sol saindo de seu aposento como um noivo sugere vitalidade, brilho e felicidade (ver Is 61:10; 62:5). O Sol sai de seu aposento (de debaixo do horizonte), onde passa a noite, e irrompe no amanhecer, iluminando seu glorioso “tabernáculo”.Herói. Então, a figura muda. Como um “herói” que se apressa em sua jornada, o Sol se levanta ao amanhecer para percorrer o longo caminho do dia (ver ICo 9:24-27).
Sl.19:6 6. Principia numa extremidade dos céus. Em linguagem poética, Davi retrata o movimento do Sol. Ele não escreve um tratado científico. O versículo tenta descrever a extensão e a plenitude dos movimentos do Sol do amanhecer até o escurecer.Nada refoge. Embora muitas coisas fiquem ocultas da luz do Sol, seu calor (a força vital da qual a Terra obtém vida e energia) penetra tudo.
Sl.19:7 7. A lei do Senhor. Neste ponto, Davi se desvia de sua contemplação da natureza, cuja grandeza revela a permanência,o propósito e a glória de Deus, para refletir sobre a revelação ainda mais clara de Deus na Sua lei. Embora sejam belas as manifestações da glória de Deus nos céus e magnificente o esplendor do Sol, da Lua e das estrelas, ainda mais belo e mais magnificente é um caráter formado sob a influência da lei de Deus. No entanto, a glória de Deus se manifesta com mais clareza no caráter perfeito.Aqui se introduz uma mudança na métrica dos versos hebraicos. Os versos se tornam mais longos do que os v. 1 a 6, e, como a métrica de Lamentações, cada um tem duas partes, sendo a primeira mais longa que a segunda, assim como na música, um crescendo longo é seguido por um decrescendo mais curto e mais rápido. Por exemplo: “A lei do Senhor é perfeita” (longo), “e restaura a alma” (curto). “O testemunho do Senhor é fiel” (longo), “e dá sabedoria aos símplices” (curto). No hebraico, isso causa a impressão de pressa, que quase deixa sem fôlego, diminuindo até chegar a uma pausa quando o poema proclama a alegria e a doçura da lei e anuncia o fato de que obedecer-lhe traz consigo “grande recompensa” (v. 11).Seria difícil encontrar exemplos mais perfeitos de paralelismo hebraico do que os dos v. 7 a 10. Tanto na estrutura gramatical quanto na estrutura lógica, as partes componentes das frases paralelas dos vários dísticos estão ordenadas de forma notável. A tradução da ARA transmite bem a beleza e a ordem da estrutura hebraica original.A tabela seguinte mostra tudo o que abrange o pensamento dos v. 7 a 10:Nomes para a ieiSoa n:»í:;ro'aSeus sempre]JuízosVerdadeira[justos]Deve-se observar que os diferentes termos usados para descrever os variados aspectos da revelação divina se comparam com o Salmo 119. Os v. 7 a 10 aparecem em essência em todo o Salmo 119.“Lei” vem do heb. torah, que significa “ensinamento”, “instrução”, “direção” (ver com. de Dt 31:9; e de Pv 3:1). Assim como o Sol ilumina e dá vida à Terra física, a lei ilumina e energiza o mundo espiritual (ver também com. do SI 1:2).“O Senhor” é uma tradução do heb. Yahweh (ver vol. 1, p- 149-150). Em contraste com o título 'El, usado para se referir à divindade no v. 1, no restante do salmo se emprega exclusivamente o nome divino Yahweh (sete vezes).Perfeita. Comparar com Rm 7:12.Restaura. Do heb. shuh, literalmente, “trazer de volta” (ver Lm 1:11, 16, 19). A lei refrigera e revigora.Testemunho. Do heb. ‘ecluth, usado com frequência para se referir ao decálogo (ver Êx 25:16, 21, 22). Eduth vem de W, “dar testemunho”, A revelação de Deus é Seu testemunho, porque é Sua própria afirmação com respeito à Sua natureza, aos atributos e consequentes ordens.Fiel. Do heb. !amen, termo de que deriva a palavra “amém”. 'Amen significa “ser fiel”, “ser duradouro”, “ser firmemente estabelecido”.Símplices. Do heb. ipethi, “jovem inexperiente e fácil de seduzir ”. O primeiro requisito para adquirir sabedoria é ter um espírito infantil (ver Mt 11:25).No serviço da sinagoga moderna, lê-se o Salmo 19:7 e 8 enquanto se abre a Torah, no serviço do sábado de manhã.
Sl.19:8 8. Preceitos. Do heb. fiqqiithrn, “ordens”, “preceitos”. A palavra aparece 24 vezes no AT e é traduzida na ARA sempre como "preceitos”, exceto em um caso (SI 119:4).Alegram. As ordens de Deus não são severas. A consciência limpa produz alegria.Mandamento. Do heb. miswah, de sawah, “apontar”, “dar uma ordem” (ver Dt 6:1; 7:11; SI 119:6, 10, 19, 21, 32, 35, 47, etc.).Puro. Termo usado para se referir ao coração (SI 24:4; 73:1), ao ser humano (Jó 11:4) e ao sol (Ct 6:10). Assim como o sol ilumina a Terra, também os mandamentos de Deus iluminam o caminho do ser humano na busca pela verdade.
Sl.19:9 9. Temor. Do heb. yirah, “temor”, “terror”, como em Jonas 1:10; ou “reverência”, “temor”, como nos Salmos 2:11; e 5:7. O uso técnico de yirah se torna quase equivalente a “serviço” ou “adoração”. Os seres humanos podem abandonar o “temor do Todo- Poderoso” (Jó 6:14). O “temor do Senhor” deve ser ensinado (SI 34:11). E a “instrução da sabedoria” (Pv 15:33). Aquele que teme a Deus também respeitará e observará Seus preceitos.Límpido. O culto a Deus não tem os ritos impuros que caracterizavam as religiões cananeias.Juízos. Regras de administração justa. Deus julgou e estabeleceu que Suas leis são retas (ver Êx 21:1; SI 9:7, 16; PP, 364).Verdadeiros. Literalmente, “verdade”.
Sl.19:10 10. Ouro depurado. Do heb. paz, “ouro puro”. A ideia expressa no primeiro uso da palavra “ouro” é intensificada. O ouro é considerado algo de grande valor para o ser humano, mas riquezas espirituais obtidas ao se seguir os preceitos de Deus são muito superiores aos bens materiais.Favos. Ou, “o mel dos favos”. O mel é uma das substâncias naturais mais doces e prazerosas ao paladar. Para o hebreu, era símbolo de tudo o que é agradável ao paladar. Ainda mais doce para a alma são os mandamentos de Deus. "Oh! Provai e vede que O Senhor é bom” (SI 34:8). E possível fartar-se de mel, mas nuncados resultados felizes resultantes de se ? fazer a vontade de Deus. Para o sal- mista, a lei de Deus não era pesada, não era um jugo.
Sl.19:11 11. O teu servo. Nos v. 11 a 14, Davi aplica as verdades da primeira parte do salmo a seu próprio caráter e conduta.
Sl.19:12 12. Faltas. Do heb. shegioth, termo que aparece apenas aqui. A raiz é shaga, que, como shagah, significa “errar inadver- tidamente”. Tendo em vista que os preceitos da lei de Deus têm grande abrangência, estamos propensos a cometer muitos erros dos quais não nos apercebemos. Estas são as faltas ocultas (literalmente, “escondidas”) da segunda metade do paralelismo (ver SI 139:23, 24). Elas podem estar ocultas tanto daquele que peca, como daqueles que o rodeiam. O salmista ora para que Deus o livre das faltas “ocultas” (SI 19:12), dos pecados intencionais, da “soberba” (v. 13) e dos pecados de palavra e pensamento (v. 14). Quando reconhecemos o pecado em outro, com frequênciaé nosso próprio pecado oculto que está nos irritando.
Sl.19:13 13. Pecados intencionais (NVI). Estes são os pecados cometidos quando sabemos que estamos fazendo o que é errado. Eles são diferentes dos “erros”, “faltas ocultas”.Domine. Comparar com SI 119:133; Jo 8:32, 36; Rm 6:14; G1 5:1.Grande transgressão. No hebraico também não há artigo.
Sl.19:14 14. Sejam agradáveis. O salmo se encerra com uma oração em que o salmista pede a Deus que aceite os pensamentos e as palavras que pronunciou e, ao mesmo tempo, que sejam puros seus pensamentos e suas palavras cada dia. No aspecto geral, a oração é universal e como tal é um modelo para todos.Rocha. Ver com. do SI 18:1.Redentor. Do heb. goel, “libertador” (ver com. de Rt 2:20). Deus é o redentor, Ele livra do poder e da culpa do pecado (ver SI 78:35; Is 14; 41:14; 43; etc.).San, 52; TM, 137Salmo 20Ao mestre de canto. Salmo de Davi.satisfaça o Senhor a todos os teus votos.Introdução — Os Salmos 20 e 21 são litúrgicos e similares, sendo que o primeiro é, sem dúvida, para ser cantado a favor do rei, ao ir este para a guerra; e o outro, no seu retorno triunfante. O Salmo 20 sugere arranjo antifonal para o ritual do serviço: os v. 1 a 5 para serem cantados pela congregação, os v. 6 a 8 pelo rei ou talvez um levita, e o v. 9 pelo povo. O subtítulo da versão Siríaca diz que ele foi escrito na época da guerra de Davi com os siros e amonitas (2Sm 10; sobre a autoria deste salmo, ver PP, 716).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.20:1 "Introdução — Os Salmos 20 e 21 são litúrgicos e similares, sendo que o primeiro é, sem dúvida, para ser cantado a favor do rei, ao ir este para a guerra; e o outro, no seu retorno triunfante. O Salmo 20 sugere arranjo antifonal para o ritual do serviço: os v. 1 a 5 para serem cantados pela congregação, os v. 6 a 8 pelo rei ou talvez um levita, e o v. 9 pelo povo. O subtítulo da versão Siríaca diz que ele foi escrito na época da guerra de Davi com os siros e amonitas (2Sm 10; sobre a autoria deste salmo, ver PP, 716). Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. 1. O Senhor te responda. Os v. 1 a 5 constituem a oração de intercessão pelo rei, ao este estar prestes a ir para a batalha. E provável que fossem cantados enquanto a fumaça do sacrifício subia aos céus.Tribulação. Do heb. tsarah , “angústia”, “aperto”.Nome. O nome de Deus é representado pelos caracteres hebraicos YHWH, que foram transliterados com vogais para se ler Yahweh (ver Ex 6:3). Acredita-se que a palavra provenha da raiz hayah, que significa “ser” ou “tornar-se”. Com base no antigo uso fenício, entende-se que Yahweh representa uma forma verbal que pode ser traduzida como “o quefaz ser”, ou “o sustentador”. Portanto, o nome Yahweh designa Deus como a primeira causa de existência. Este nome representa todos os atributos de Deus (ver com. do SI 7:17).Deus de Jacó. Provavelmente uma referência indireta ao relato de Gênesis 35:3."
Sl.20:2 2. Sião. Ver o SI 2:6.Sustenha. Literalmente, “apoie”.
Sl.20:3 3. Ofertas. Do heb. minchoth, na lei levítica referindo-se a ofertas de manjares (ver com. de Lv 2:1). Num sentido mais geral minchah significa “presente” e se usava para designar as ofertas de Abel (Gn 4:3, 4) e o presente de Jacó para Esaú (Gn 32:13).Holocaustos. Do heb. ‘olah, uma oferta na qual a vítima era queimada por completo (ver vol. 1, p. 752; ver com. de Lv 1:3).Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.20:4 4. Todos os Teus desígnios. O povo ora para que todos os planos do rei tenham êxito e as medidas que ele tomar na guerra sejam bem-sucedidas.
Sl.20:5 5. Nome. Ver com. do SI 7:17.Hastearemos pendões. Em reconhecimento da vitória concedida por Deus. Assim se encerra a petição geral do povo.
Sl.20:6 6. Agora, sei. Os v. 6 a 8 constituem a resposta do rei ou talvez de um levita queo representava. A mudança do pronome de “te” e “nosso” dos v. 1 a 5 para “eu” se explica melhor desta forma. O pedido da congregação se tornava um fato consumado.Ungido. Ver com. do Sl 2:2.Do Seu santo céu. Literalmente, “céu de Sua santidade”.
Sl.20:7 7. Carros. Carros de guerra, para o transporte de soldados para a batalha e para providenciar materiais para o combate. O faraó confiou nos carros (Ex 14:7). Os inimigos do norte, os siros, eram notáveis pelo uso de carros e cavaleiros (ver lCr 18:4; 19:18). Parece que suas tropas eram constituídas inteira- mente de infantaria. Mais tarde, Salomão formou um grande exército permanente de carros (ver lRs 10:26-29). Nunca foi plano de Deus que seu povo dependesse da forçabruta para obter vitória (ver Dt 17:16). Esse versículo é uma confissão maravilhosa de fé no que é reto, em contraste com a confiança no poder material.
Sl.20:8 8. Eles se curvam e caem. Os verbos deste versículo podem ser considerados como proféticos perfeitos, isto é, em antecipação o rei vê seus inimigos vencidos e descreve o evento como se já tivesse acontecido. Este versículo é um exemplo de paralelismo antitético.
Sl.20:9 9. Ó Senhor, dá vitória. A LXX traduz este versículo assim: “Ó, Senhor, salva o Teu rei: e ouve-nos no dia em que clamarmos a Ti.” A tradução deste versículo na ARA parece equivaler ao início do salmo e expressa completa confiança no Rei celestial. E provável que este versículo fosse cantado pela congregação em resposta ao solo dos v. 6 a 8.Salmo 21Ao mestre de canto. Salmo de Davi.Introdução — Assim como o Salmo 20, o 21 é litúrgico e destinado à adoração pública. E um salmo de gratidão pelo êxito da campanha militar pela qual o salmo anterior tinha suplicado. Ele tem três partes: agradecimento direto a Deus em nome do rei (v. 1-7), palavras dirigidas ao rei (v. 8-12) e uma exclamação final de louvor (v. 13). O salmo apresenta um quadro esplêndido do rei: digno, glorioso, invencível pelo poder de Deus.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.21:1 "Introdução — Assim como o Salmo 20, o 21 é litúrgico e destinado à adoração pública. E um salmo de gratidão pelo êxito da campanha militar pela qual o salmo anterior tinha suplicado. Ele tem três partes: agradecimento direto a Deus em nome do rei (v. 1-7), palavras dirigidas ao rei (v. 8-12) e uma exclamação final de louvor (v. 13). O salmo apresenta um quadro esplêndido do rei: digno, glorioso, invencível pelo poder de Deus. 1. Na Tua força. Os carros e cavalos não teriam poder contra a força de Deus (ver SI 20:7). A inversão da ordem de idéias no paralelismo é um recurso retórico muito usado: “força [_...] alegra”; “exulta [...] salvação”. já se havia antecipado a salvação que viria de Deus anteriormente (SI 20:5, 6, 9). Agora, ela é uma realidade. A tradição judaica antiga considerava o salmo como messiânico, como se demonstra na tradução livre do Targum: “O Senhor, na Tua força o rei Messias se alegrará.”O rei. Os v. 1 a 7 expressam a gratidão da congregação pela vitória que Deus concedeu ao rei. Sempre se deve reconhecer de forma pública uma oração atendida. E provável que o rei seja Davi. A expressão leda- ivid, “por Davi”, ou “de Davi” (ver p. 696), talvez devesse ser traduzida como “com respeito a Davi”."
Sl.21:2 2. Desejo. A oração em favor do rei (SI 20:4) foi atendida. A frase “desejo do coração” é amplamente difundida. Pode-se esperar que a oração seja atendida quando os desejos do ser humano correspondem aos desejos de Deus e quando a vontade de quem ora está sujeita à vontade d Ele (ver DTN, 668).Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.21:3 3. Pois o supres. Literalmente, “confrontas” (ver com. do SI 18:5). Deus mostrou Seu favor para com o rei ao sair ao seu encontro com bênçãos (ver Dt 28:2).Coroa. Isto deve ser compreendido de forma metafórica, como reconhecimento da parte de Deus do direito que o rei tinha de governar (ver 2Sm 7:12-16).
Sl.21:4 4. Para todo o sempre. Comparar com os termos usados na oração em favor do rei (ver lRs 1:31; Ne 2:3). A frase aponta para a continuação ilimitada da dinastia do rei.
Sl.21:5 Sem comentário para este versículo
Sl.21:6 6. Pois o puseste por bênção. Ou, “pois o colocou para ser bênção”. Abraão foi “posto” para ser uma bênção (ver Gn 12:2). Era propósito de Deus que o rei — e todo filho Seu - fosse não apenas um recipiente de Suas bênçãos, mas um instrumento para comunicá-las (ver também Is 19:24; Ez 34:26).De gozo com a Tua presença. Ver com. de SI 4:6; 16:11.
Sl.21:7 7. Jamais vacilará. Ver com. de SI 15:5; cf. SI 16:8.
Sl.21:8 8. Todos os teus inimigos. Nos v. 8a 12, a congregação se dirige ao rei. Nos v. 1 a 7 “Tu” refere-se a Deus; nestes versículos “tu” referem-se ao rei. O salmista anseia por completa vitória sobre todos os inimigos. A presente vitória é uma promessa disso.
Sl.21:9 9. Fornalha ardente. E provável que alguns fornos dos hebreus fossem aquecidos pela queima de madeira, o que lhes dava a aparência de uma fornalha (ver Ml 4:1). A destruição final dos ímpios será completa (ver Ap 20:14, 15).Indignação. Do heb. -paneh, literalmente “face”, mas que também pode significar “vontade”, como mostram textos ugaríticos (ver p. 697, 699; ver com. de SI 9:20). Portanto, o texto pode ser traduzido como: “Tu os tornarás como uma fornalha ardente quando desejares”, isto é, quando Deus achar por bem fazê-lo.
Sl.21:10 10. Posteridade. Ou seja, seus filhos (ver Gn 30:2; Lm 2:20).
Sl.21:11 11. Não conseguirão. Os planos do ser humano, por melhores que sejam, falharão se Deus estiver contra eles.
Sl.21:12 12. Mirarás o rosto deles. Uma descrição do que acontece quando os inimigos togem de seus perseguidores e estes se adiantam e lhes apontam as setas na face.
Sl.21:13 13. Exalta-Te, Senhor. Como o Salmo 20, o 21 termina com uma oração. O salmistaencerra, pelos lábios da congregação, seus desejos bons e suas profecias em favor do rei. Ele se dirige a Deus e ora para que Ele Se revele como a fonte de força de Seu povo (como no v. 1). Este é um quadro final de louvor universal (ver Ap 7:10-12; 12:10; 19:1-3).Salmo 22Ao mestre de canto, segundo a melodia “Corça da manha’. Salmo de Davi.Introdução — Este é um salmo profético e messiânico. Algumas vezes, é chamado de “Salmo da cruz”, devido a referências por parte de escritores do NT ao descreverem os sofrimentos do Filho de Deus sem pecado durante Seu padecimento, quando, apesar de Sua confiança em Deus, parecia que o Pai O abandonara. Em todo o salmo não há confissão de pecado ou traço de amargura. As figuras são características de Davi, e há abundância de expressões que aparecem em outros salmos em geral atribuídos a ele. Embora o sal mista pareça estar falando de sua própria experiência, frequentes referências a este salmo no NT atestam seu caráter messiânico (Mt 27:35, 39, 43, 46; Mc 15:24, 34; Lc 23:34, 35; Jo 19:24, 28; sobre o princípio de aplicação mista e dupla, ver o com. de Dt 18:15; ainda sobre as características messiânicas deste salmo, ver DTN, 741-757).O salmo tem duas partes. Os primeiros 21 versículos que consistem das queixas e da oração do sofredor, e os últimos dez (v. 22-31), de gratidão após o livramento. Não há transição entre as duas partes: a mudança da angústia para o louvor é abrupta. As palavras do hino “Oh! Fronte Ensaguentada!”, n° 65 do Hinário Adventista do Sétimo Dia, se ajustam notavelmente ao sentido do Sahno 22.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708.
Sl.22:1 "Introdução — Este é um salmo profético e messiânico. Algumas vezes, é chamado de “Salmo da cruz”, devido a referências por parte de escritores do NT ao descreverem os sofrimentos do Filho de Deus sem pecado durante Seu padecimento, quando, apesar de Sua confiança em Deus, parecia que o Pai O abandonara. Em todo o salmo não há confissão de pecado ou traço de amargura. As figuras são características de Davi, e há abundância de expressões que aparecem em outros salmos em geral atribuídos a ele. Embora o sal mista pareça estar falando de sua própria experiência, frequentes referências a este salmo no NT atestam seu caráter messiânico (Mt 27:35, 39, 43, 46; Mc 15:24, 34; Lc 23:34, 35; Jo 19:24, 28; sobre o princípio de aplicação mista e dupla, ver o com. de Dt 18:15; ainda sobre as características messiânicas deste salmo, ver DTN, 741-757). O salmo tem duas partes. Os primeiros 21 versículos que consistem das queixas e da oração do sofredor, e os últimos dez (v. 22-31), de gratidão após o livramento. Não há transição entre as duas partes: a mudança da angústia para o louvor é abrupta. As palavras do hino “Oh! Fronte Ensaguentada!”, n° 65 do Hinário Adventista do Sétimo Dia, se ajustam notavelmente ao sentido do Sahno 22. 1. Deus meu. Do heb. 'Eli. Com referência ao sentido preciso da palavra traduzida como “Deus”, ver vol. 1, p. 149. '‘Meu” parece acrescentar um toque de fé ao aparente sentimento de desespero do restante do versículo. A fé luta contra o temor.Por que [...]? O clamor de um filho desesperado que não consegue entender por que seu pai o abandonou.Desamparaste. Do heb. 'azabtani, A forma sabachthani é a transliteração grega do aramaico, idioma no qual Jesus pronunciou Seu clamor (ver Mt 27:46; Mc 15:34).Longe de minha salvação. Literal- mente, “desde minha salvação”,Bramido. Do heb. sheagah, usado para descrever o rugido de um leão (Jó 4:10; Is 5:29; Ez 19:7; Zc 11:3). Quando se emprega com relação ao ser humano, deve ser compreendido como um clamor intenso (ver SI 32:3; ver DTN, 753 -756)."
Sl.22:2 2. Não tenho sossego. Deus ouviu o clamor, mas Cristo não teve evidências de resposta (ver DTN, 753).
Sl.22:3 3. Contudo. O sofredor está perplexo com a prova pela qual tem que passar. Como pode seu Deus, que é santo e cheio de compaixão, tratá-lo dessa forma?Entronizado entre os louvores. Talvez esta expressão se refira a Deus habitando no santuário, rodeado por aqueles que Lhe cantam louvores.
Sl.22:4 4. Nossos país confiaram. O sofredor parece alegar que se Deus libertou os pais que confiaram nEle, certamente o livrará. Estar na escuridão e ver outros sendo resgatados pode fazer com que nossa sorte pareça mais amarga.
Sl.22:5 5. Não foram confundidos. Em vez disso, “não envergonhados”. Quando se confia e essa confiança é traída, a pessoa se sente envergonhada, como se tivesse sidotola em confiar (ver Jr 14:3). Deus, porém, sempre provou ser digno de confiança.
Sl.22:6 6. Verme. Ele se sentiu abandonado por Deus, como se fosse um verme indigno de Sua atenção (comparar com Is 41:14; 49:7; 52:14; 53:3; sobre a distinção entre "homem ' [heb. ’ish\ e ‘‘homens’ {'adam\, ver com. dos SI 4:2; 8:4).
Sl.22:7 7. Zombam de mim. Do heb. Idcig, "escarnecer”, "burlar”, como no Salmo 2:4 (ver Mc 15:29).Afrouxam os lábios. Isto é, como demonstração de desprezo (ver SI 35:21).Meneiam a cabeça. Como sinal de menosprezo (ver SI 44:14). O que as pessoas dizem está no v. 8.
Sl.22:8 8. Confiou. Isto é, se entregou (ver SI 37:5; Pv 16:3). Este insulto foi de fato proferido pelos escribas e anciãos que assistiram à crucitixão e humilhação de Cristo na cruz (ver Mí 27:43).
Sl.22:9 9. Tu és quem me fez nascer. Ele tem confiado em Deus desde quando consegue se lembrar. A zombaria dos inimigos se torna em argumento para a libertação. Após considerar a zombaria dos mesmos, ele pensa na violência dos atos que cometem contra ele.E me preservaste, A esperança foi inculcada nele desde pequenino.
Sl.22:10 Sem comentário para este versículo
Sl.22:11 Sem comentário para este versículo
Sl.22:12 12. Touros. Uma figura para descrever pessoas violentas, decididas a destruí-lo.Fortes touros. Do beb. ’abbirim, que em vários textos ugaríticos (ver p. 697-699) significa "búfalo”. Também pode designar uma figura mitológica, filho de Baal e de sua irmã Anate.Basâ. Região ao leste do Jordão, famosa por seus excelentes campos de pastoreio e seu gado grande e forte (ver Dt 32:14; Ez 39:18; Am 4:1).
Sl.22:13 13. Contra mim abrem a boca. Como um animal selvagem prestes a atacar e despedaçar sua presa.O leão que despedaça e ruge. Como se não bastasse a voracidade dos touros,o salmista, para destacar mais o conceito, introduz a figura de um leão que ruge com furor, ávido por sua presa.
Sl.22:14 14. Derramei-me como água. Comparar com Js 7:5. A figura parece indicar perda de força (2Sm 14:14).Derreteu-se. Seu coração já não era firme. Sua vitalidade havia se esgotado (ver Lm 2:11).
Sl.22:15 15. Caco. Um tragmento de barro. Sua força não era de uma árvore que cresce, mas seca e frágil como um pedaço de barro quebrado.A língua se me apega ao céu da boca. Provavelmente de tanta sede.No pó da morte. Uma forma figurada de se descrever a morte. A morte é associada ao pó do túmulo.
Sl.22:16 16. Cães. Homens que pareciam cães ferozes o cercaram para lhe tirar a vida. Nas cidades do antigo Oriente Médio era comum cães famintos comerem os corpo* insepultos dos mortos (ver IRs 14:11; cf. SI 59:6, 14, 15). O salmista destaca ainda mais a ferocidade da circunstância adicionando cães aos touros de Basã e ao leão (ver com. dos v. 12, 13).Cercam. Do heb. keari, que pode ser traduzido por “como leão” (ver is 38:13). Há apenas mais uma ocorrência da forma no AT. A frase podería ser traduzida assim: “Como um leão, eles cercam minhas mãos e meus pés.” O termo keari não podería ser traduzido de forma adequada por “traspas- saram-me”. E possível que a palavra esteja escrita de forma incorreta, e que os tradutores das versões antigas, a LXX, a Siríaca e a Vulgata, tenham preservado a forma correta ao traduzirem “traspassaram-me”. Com essas palavras, o Salvador predisse o tratamento que receberia (ver DTN, 746: comparar com Jo 20:25-27).
Sl.22:17 17. Contar. Ele os podia contar devido à magreza (ver uso similar do verbo "contar”, no SI 147:4).
Sl.22:18 18. Repartem. "Dividem”, "distribuem”.Deitam sortes. Ver o cumprimentodesta previsão em IVÍt 27:35; Lc 23:34; Jo 19:23, 24.
Sl.22:19 19. Tu. A posição deste pronome no texto hebraico denota ênfase. “Tu” contrasta com os perseguidores. A súplica do v. 11 é repetida com mais veemência do que na primeira vez que foi proferida.
Sl.22:20 20. Alma. Ver com. de SI 3:2; 16:10.Minha vida. Do heb. yechidah, "uma só”,como uma filha única (Jz 11:34). A forma é feminina porque yechidah corresponde a “alma”, que no hebraico é um termo feminino. A LXX traduz yechidah como mono- genes, que é o adjetivo traduzido como "unigênito”, em João 3:16.Cão. Comparar com o v. 16.
Sl.22:21 21. Fauces do leão. Ver o v. 13.Chifres dos búfalos. Do heb. rernim,boi selvagem” (ver com. de jó 39:9; ver com. de Nm 22:22). Este versículo deu origem ao leão e ao unicórnio do escudo da Inglaterra.Embora cercado de “cães”, “leões”, “touros”, “bois selvagens”, o sofredor sabe que não está abandonado. O desespero e a tristeza dão lugar à confiança, paz e ao louvor alegre. Os v. 22 a 31 são um louvor triunfal. No arranjo de Feli.x Mendelssohn, do Salmo 22, há, nesta parte da composição, uma mudança dramática repentina de tom, do modo menor para o maior, retratando a completa mudança de sentimentos.Tu me respondes. A súplica do sal- mista termina com uma sensação de completo alívio. Ele sabe que o Senhor está perto para ajudar. Esta mudança repentina de sentimento no meio do versículo é típica de vários salmos (ver SI 3; 6; 12; 28; etc.). Talvez este seja o exemplo mais notável do Saltério desta característica exclusiva do monólogo dramático hebraico.
Sl.22:22 22. Congregação. Ele oferecerá seu testemunho de louvor entre os adoradores reunidos (ver SI 1:5; Is 38:19, 20).
Sl.22:23 23. Louvaí-O. Todo o povo de Deus é chamado a se unir nesta expressão de louvor.
Sl.22:24 Sem comentário para este versículo
Sl.22:25 25. De Ti. Literalmente, “desde contigo”. Deus clá o desejo e a capacidade de louvar, bem como o livramento, que é a razão para o louvor.Congregação. Comparar com o v. 22.Votos. Os sacrifícios prometidos como expressão de gratidão pelo livramento.
Sl.22:26 26. Comer, O ofertante comia uma parte do sacrifício (ver Lv 7:16). Em Israel, as refeições, como expressão de gratidão, faziam parte da adoração. Os humildes deviam participar delas, e, ao comerem juntos, se sentiam mais unidos.Vosso. A mudança repentina da terceira pessoa, “os sofredores”, para a segunda pessoa, “vosso”, é uma característica hebraica, e destaca a força do discurso.
Sl.22:27 27. Confins da terra. A perspectiva estende-se àqueles que temem ao Senhor e à “descendência de Jacó” e à “posteridade de Israel” (v. 23), incluindo todas as nações (ver a promessa de Deus a Abraão, em Gn 12:3).
Sl.22:28 28. Reino. Em vez disso, “posição de rei”, “domínio” (comparar com Zc 14:9;Ap 11:15).
Sl.22:29 29. Todos. Este versículo devia fazer parte do anterior. Yahweh é rei sobre as nações. Diz-se que os ricos e prósperos entre eles vêm ao santuário para sacrificar e adorar. Da mesma forma, adoram as nações mais fracas, decadentes, representadas como “os que descem ao pó”.Até aquele que não pode preservar a própria vida. Em vez disto, "aquele que não mantém sua alma viva", isto pode ser compreendido como uma l ampliação da descrição das nações fracas.A LXX traduz esta frase como “e minha alma vive para ele”, sugerindo urna interpretação diferente, mas o hebraico parece mais simples.
Sl.22:30 30. Posteridade. Do heb. zerd, “descendentes”. Como resultado da proclamação do evangelho, muitos serviríam a Deus.Falar-se-á. Ou, “será transmitido”. Uma geração transmitirá a outra as boas- novas da salvação (ver 2Tm 2:2).Senhor. Do heb. Adhonai (ver vol. 1, p. 151).
Sl.22:31 31. Anunciar a justiça dele. Comparar com Rm 3:21-26.Que foi Ele quem o fez. Neste salmo, declara-se que Deus cumpriu tudo isso.Salmo 23Salmo de Davi.] O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam.Introdução - O Salmo 23 é talvez o mais conhecido e mais amado de todos os salmos. Conhecido universalmente como o “Salmo do Bom Pastor” é, ao mesmo tempo, deleite das crianças e consolo dos mais velhos. E chamado de "A pérola dos salmos”, “O salmo do rouxinol”, “O cântico do pastor sobre seu Pastor”, etc. Agostinho disse que este salmo era o hino dos mártires. Sem dúvida, mais livros e artigos foram escritos e mais poemas e hinos têm sido compostos sobre este salmo do que sobre qualquer outro. Ele tem uma mensagem para o ser humano de todas as épocas.Este salmo, no entanto, é mais do que “O salmo do Pastor”. Ele retrata não apenas a figura do Pastor amoroso, que conduz Seu rebanho para descansar e se alimentar em “pastos verdejantes”, “junto das águas de descanso” e o protege dos perigos do deserto, mas também retrata a figura do amável Anfitrião, que provê superabundância de alimento e cuidado solícito para Seus convidados. O salmo termina com urna confissão de absoluta confiança em Yahweh para conduzir Seus filhos com amor, nesta vida, e os receber como convidados no lar eterno.O poema tem três estrofes. As duas primeiras (v. 1-3 e v. 4) descrevem a amorosadireção e proteção do Pastor; a terceira (v. 5, 6) apresenta a hospitalidade oferecida pelo Anfitrião.O Salmo 23 não tem qualquer traço de nacionalismo. Seu alcance é universal. As experiências de Davi como pastor nas montanhas acidentadas da Judeia e, mais tarde, como anfitrião real na opulência da corte de sua capital, certamente o prepararam para escrever esta doce lírica sagrada.Sobre o subtítulo, ver Ed, 164; DTN, 476, 477; PP, 413.
Sl.23:1 "Introdução - O Salmo 23 é talvez o mais conhecido e mais amado de todos os salmos. Conhecido universalmente como o “Salmo do Bom Pastor” é, ao mesmo tempo, deleite das crianças e consolo dos mais velhos. E chamado de ""A pérola dos salmos”, “O salmo do rouxinol”, “O cântico do pastor sobre seu Pastor”, etc. Agostinho disse que este salmo era o hino dos mártires. Sem dúvida, mais livros e artigos foram escritos e mais poemas e hinos têm sido compostos sobre este salmo do que sobre qualquer outro. Ele tem uma mensagem para o ser humano de todas as épocas. Este salmo, no entanto, é mais do que “O salmo do Pastor”. Ele retrata não apenas a figura do Pastor amoroso, que conduz Seu rebanho para descansar e se alimentar em “pastos verdejantes”, “junto das águas de descanso” e o protege dos perigos do deserto, mas também retrata a figura do amável Anfitrião, que provê superabundância de alimento e cuidado solícito para Seus convidados. O salmo termina com urna confissão de absoluta confiança em Yahweh para conduzir Seus filhos com amor, nesta vida, e os receber como convidados no lar eterno. O poema tem três estrofes. As duas primeiras (v. 1-3 e v. 4) descrevem a amorosa direção e proteção do Pastor; a terceira (v. 5, 6) apresenta a hospitalidade oferecida pelo Anfitrião. O Salmo 23 não tem qualquer traço de nacionalismo. Seu alcance é universal. As experiências de Davi como pastor nas montanhas acidentadas da Judeia e, mais tarde, como anfitrião real na opulência da corte de sua capital, certamente o prepararam para escrever esta doce lírica sagrada. Sobre o subtítulo, ver Ed, 164; DTN, 476, 477; PP, 413. 1. Meu pastor. A representação de Yahvveh como pastor e de Seu povo como ovelhas ê comum nas Escrituras. A primeira ocorrência dessa metáfora está em Gênesis 48:15, em que “o Deus que rne sustentou” é literalmente “meu pastor” (ver Gn 49:24). A metáfora é encontrada também no livro dos Salmos (78:52; 80:1; 119:176), nos profetas (Is 40:11; Ez 34; Mq 7:14) e no NT (Lc 15:3-7; Jo 10:1-18; 21:15-17; Hb 13:20; LPe 2:25; 5:4). Para entender e apreciar a beleza e o significado desta figura é preciso conhecer o perigo do deserto da Judeia e a estreita ligação entre o pastor e sua ovelha, principalmente o carinho que os une durante as muitas horas de solidão que passam juntos.Nada me faltará. Ou, “de nada terei falta"" (NV1). Uma declaração de confiança absoluta em Deus. Esta frase é a nota tônica do salmo."
Sl.23:2 2. Pastos verdejantes. Literal men te, “pastos de grama fresca e nova”.Águas de descanso. Literalmente, “águas de lugares de descanso", isto é, lugares de descanso com água, como ao lado de um rio, riacho, fonte ou lago. Um maravilhoso quadro da graça divina (ver PP, 413). O bom Pastor conduz Suas ovelhas “junto a águas de descanso” a fim de se prepararem para enfrentar as dificuldades do caminho. Deus concede momentos de refrigério paraque o ser humano esteja apto a enfrentar as duras batalhas do cotidiano.
Sl.23:3 3. Refrigera-me. Do heb. slmh (ver com. de SI 19:7),Alma. Do heb. nefesh (ver com. de SI 3:2; 16:10).Veredas da justiça. Os que estão familiarizados com o território difícil da (rideia sabem quanto tempo se gasta e quantos danos se sofrem ao cruzar a região montanhosa, cortada de vales profundos, caso se desvie do caminho correto. Se permitirmos, Deus sempre nos guiará no caminho certo, embora, às vezes, não nos pareça fácil.Por amor do Seu nome. A direção de Deus é uma revelação de Seu caráter para o ser humano (ver Ex 33:19; ver com. de SI 31:3).
Sl.23:4 4. Sombra da morte. O heb. tsalmaweth ocorre 18 vezes no hebraico, sendo traduzido pela ARA como “sombra da morte” cinco vezes. Etimologicamente, deriva de tsel, “sombra”, e nuiweth, “morte”. Ambas são comuns no AT, sendo que tsel ocorre 53 vezes, das quais 45 são traduzidas por “sombra”, emaweth ocorre 125 vezes, sendo 72 delas traduzidas como “morte”, pela ARA. Alguns eruditos modernos acreditam que tsalmaweth deriva da raiz acadiana tsalamu, que significa “tornar-se negro”, e, portanto, traduzem tsalmaweth como “escuridão”. A etimologia tradicional tem o apoio da LXX. O ugarítico (ver p. 697- 699) não esclarece o termo tsalmaweth. Na profusa literatura desse idioma, a palavra ocorre apenas uma vez numa passagem obscura. A frase "a sombra da morte ’ se tornou especial mente significativa para os leitores da grande alegoria de John Bunyan, O Peregrino.Tu estás comigo. E o suliciente. O cristão precisa apenas estar seguro dapresença de Deus.Bordão. Do heb. sliehet, termo usado para designar o bordão ou cajado dopastor (Lv 27:32); o cajado cie um professor (2Sm 7:14; Pv 13:24); e o cetro de um governante (Gn 49:10; Is 14:5). As vezes, era usado como arma (2Sm 23:21) e este talvez seja o caso no Salmo 23:4. O bordão é usado como arma para afugentar os animais vorazes que infestavam os campos de pastoreio.Cajado. Do heb. misWenetk, “uma vara”, “um apoio", para que se apoiassem enfermos ou pessoas de idade (Ex 21:19; Zc 8:4).Consolam. “Eles” é enfático, como se dissesse “São eles que me consolam". O bordão e o cajado são indícios da presença do Pastor e mostram que Ele está pronto a socorrer a qualquer momento.O Pastor provê descanso, refrigério, alimento, restauração, companhia, direção, livramento do medo, conforto, segurança e vitória sobre os inimigos. O que mais pode querer o cristão’? Contudo, o salmista destaca essas evidências da bondade de Yahweh e as acrescenta empregando uma metáfora diferente: a do amável Anfitrião.
Sl.23:5 5. Preparas-me uma mesa. Davi retrata a si mesmo como um convidado na sala de banquete de Deus. Yahweh é ainda mais que um pastor — Ele é um rei que generosamente oferece aos convidados os manjares de Sua mesa. Imagem semelhante ocorre na parábola das bodas do filho do rei (Mt 22:1-14). A frase “preparas-me uma mesa" significa preparar uma refeição (ver Pv 9:2).Dos meus adversários. Visto que Deus é o anfitrião, os planos dos inimigos para destruir o salmista não terão êxito.Meu cálice transborda. Comparar com Ef 3:20. Davi pensa em primeiro lugar, e talvez unicamente, no cálice de alegria do Senhor. Deus é generoso ao conceder Suas misericórdias. Num sentido secundário, pode-se dizer que esta metáfora descreve as bênçãos materiais. Davi desfrutou estas bênçãos. Ele também aprendeu por experiência própria que a prosperidade é perigosa para a vida espiritual. “O cálice mais difícil de conduzir não é o que se acha vazio, mas o que está cheio até às bordas” (CBV, 212). Ainda mais difícil seria segurar um cálice que está transbordando.
Sl.23:6 6. Misericórdia. Bênçãos materiais e espirituais seguem Davi por toda a vida. Sua linguagem mostra completa confiança na direção divina em meio às vicissitudes cia vida, e se antevê com alegria essa direção no futuro.Casa do Senhor. Assegura-se a permanência do salmista na Casa de Deus como hóspede (ver SI 15:1; ef. SI 27:4; 65:4; 84:4).Para todo o sempre. Literalmente, “para duração de dias”, indicando uma vida longa. Aquele que crê em Deus olha além de sua comunhão com Ele nesta vida e contempla a comunhão eterna que terá com Deus no porvir. O salmo termina com um sentimento de alegria infinda.Salmo 24Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 24, um dos hinos compostos para comemorar o estabelecimento de Jerusalém como a cidade do grande Rei (ver SI 30; 101; 132:1-9) parece ter seu contexto histórico nos eventos de 2 Samuel 6 e 1Crônicas 15. Davi conquistou a fortaleza jebusita de Sião (2Sm 5:6- 10) e se determinou a levar a arca de seu local temporário, na casa de Obede-Edom em Ouiriate-Jearim, para a tenda que preparou na cidade de Jerusalém. Ele organizou uma cerimônia para a ocasião na qual o Salmo 24 foi cantado como parte do ritual (ver PP, 707, 708). Alguns creem que Davi compôs este salmo especialmente para essa ocasião, porém, não existe essa declaração. As palavras dos v. 7 a 10 foram cantadas por dois corais de anjos quando os Céus receberam o verdadeiro Filho de Davi de volta à Jerusalém celestial (ver DTN, 833; PE, 187, 190, 191).O hino tem duas partes. No seu emprego original, a primeira parte foi, sem dúvida, cantada aos pés da colina em que estava Jerusalém, antes de a procissão começar a subir (v. 1-6); e a segunda foi cantada diante dos portões da cidade imediatamente antesda entrada triunfal (v. 7-10). As duas estrofes da primeira parte podem ter sido cantadas de forma alternada por dois coros; e a segunda parte, por dois coros de forma antifônica. Os v. 7 a 10 aparecem no coro inspirador “Levantai, ó portas, as vossas cabeças”, da segunda parte do oratório de Handei, O Messias, que interpreta com grande maestria a natureza antifônica deste salmo.O poema, cuidadosamente estruturado, é considerado uma ampliação do pensamento implícito na declaração de Jesus: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5:8). O requisito essencial para ser cidadão do reino de Deus é a pureza. Somente o puro ou limpo de coração entrará na Jerusalém celestial. A justiça abre os portões dos céus (ver SI 118:19, 20).Segundo a tradição, o Salmo 24 era cantado como parte do culto matinal no templo, no primeiro dia da semana. A LXX sugere isso e apresenta como cabeçalho do poema a expressão “Salmo de Davi, do primeiro dia da semana”. As palavras deste salmo também são usadas no sábado de manhã e àDeus aceita os seres humanos tal como os encontra e Se dedica constantemente a lhes mostrar novos conceitos de Sua majestade e poder. A ira divina não caiu sobre os filisteus porterem transportado a arca de modo contrário às especificações divinas; mas, quando Israel seguiu o método dos filisteus. Deus permitiu a derrota. Quando obedeceram às instruçõesdivinas, os israelitas prosperaram. O salmista anuncia os requisitos básicos de caráter aos quais Deus busca guiar todos aqueles que desejam ser cidadãos de Seu reino de graça e glória.
Sl.24:1 Introdução — O Salmo 24, um dos hinos compostos para comemorar o estabelecimento de Jerusalém como a cidade do grande Rei (ver SI 30; 101; 132:1-9) parece ter seu contexto histórico nos eventos de 2 Samuel 6 e 1Crônicas 15. Davi conquistou a fortaleza jebusita de Sião (2Sm 5:6- 10) e se determinou a levar a arca de seu local temporário, na casa de Obede-Edom em Ouiriate-Jearim, para a tenda que preparou na cidade de Jerusalém. Ele organizou uma cerimônia para a ocasião na qual o Salmo 24 foi cantado como parte do ritual (ver PP, 707, 708). Alguns creem que Davi compôs este salmo especialmente para essa ocasião, porém, não existe essa declaração. As palavras dos v. 7 a 10 foram cantadas por dois corais de anjos quando os Céus receberam o verdadeiro Filho de Davi de volta à Jerusalém celestial (ver DTN, 833; PE, 187, 190, 191).O hino tem duas partes. No seu emprego original, a primeira parte foi, sem dúvida, cantada aos pés da colina em que estava Jerusalém, antes de a procissão começar a subir (v. 1-6); e a segunda foi cantada diante dos portões da cidade imediatamente antesda entrada triunfal (v. 7-10). As duas estrofes da primeira parte podem ter sido cantadas de forma alternada por dois coros; e a segunda parte, por dois coros de forma antifônica. Os v. 7 a 10 aparecem no coro inspirador “Levantai, ó portas, as vossas cabeças”, da segunda parte do oratório de Handei, O Messias, que interpreta com grande maestria a natureza antifônica deste salmo.O poema, cuidadosamente estruturado, é considerado uma ampliação do pensamento implícito na declaração de Jesus: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5:8). O requisito essencial para ser cidadão do reino de Deus é a pureza. Somente o puro ou limpo de coração entrará na Jerusalém celestial. A justiça abre os portões dos céus (ver SI 118:19, 20).Segundo a tradição, o Salmo 24 era cantado como parte do culto matinal no templo, no primeiro dia da semana. A LXX sugere isso e apresenta como cabeçalho do poema a expressão “Salmo de Davi, do primeiro dia da semana”. As palavras deste salmo também são usadas no sábado de manhã e à tarde na sinagoga moderna antes de a Torah ser recolocada na arca.1. Ao Senhor pertence a terra. Deus tem direito sobre a Terra, sobre tudo que nela há, e sobre todos os seus habitantes, visto que é seu Criador e Senhor. Este conceito elimina o exclusivismo do judeu ou gentio. O versículo é um exemplo perfeito de paralelismo sinonímico, no qual a segunda parte repete e amplia o pensamento da primeira.
Sl.24:2 2. Sobre os mares. Uma figura tirada talvez do relato da criação. No princípio a Terra estava completamente coberta de água (Gn 1:2). Então, a voz do Criador ordenou que as águas se juntassem em um local e que aparecesse a terra seca (Gn 1:9; comparar com a expressão “águas debaixo da terra”, em Ex 20:4).
Sl.24:3 3. Quem subirá [...]? Comparar com o SI 15.
Sl.24:4 4. Limpo de mãos. Sem manchas de iniquidade. Visto que as mãos são instrumentos de ação, tê-las limpas significa ser reto (ver Jb 17:9; SI 18:24).Puro de coração. A verdadeira religião não consiste em mera conformidade exterior com ritos religiosos; ela domina o coração e produz pureza de pensamento e sinceridade de motivos.Que não entrega a sua alma. “Alma” significa o próprio eu (ver com. de SI 3:2; SÍ 16:10).Falsidade. Do heb. shaw\ “inutilidade”. Termo usado algumas vezes para designar os ídolos (Jr 18:15). Também pode se referir a opiniões falsas, juramentos falsos ou ao ato de tomar o nome de Deus em vão (Ex 20:7). Aquele que é bom considera apenas o que é verdadeiro e real.Nem jura doíosamente. Comparar com o nono mandamento (Ex 20:16).
Sl.24:5 5. Do Senhor a bênção. A pessoa cujo caráter é como o que acaba de ser descrito tem a aprovação e o favor de Deus.Justiça. Ele recebe a aprovação divina como alguém que foi justificado e é tratado segundo seu caráter real.
Sl.24:6 6. Geração. A palavra hebraica significa “povo”, “raça” ou "tipo de pessoa” (ver SI 14:5). A expressão “buscar a face de Deus” é usada para descrever a verdadeira religião do coração (ver SI 9:10; 14:2; 63:1). Inclui o desejo sincero de conhecer a Deus.
Sl.24:7 7. Levantai [...] vossas cabeças. Quando a procissão se aproxima dos portões de Sião, estando prestes a entrar na cidade, pede permissão para que entre o Rei da glória (ver com. de Mc 16:19).Portais eternos. Sugere permanência. Jerusalém deveria ser o local permanente da arca.
Sl.24:8 8. Quem é o rei da glória? Esta pergunta foi cantada como uma resposta ao pedido feito aos vigias sobre os muros para que os portões da cidade fossem abertos (ver PP, 707). A resposta vem em seguida. O Rei da glória é Yahvveh, forte e poderoso, um Deus onipotente, criador e dono da Terra, que mostra Sua força ao derrotar os inimigos.
Sl.24:9 9. Levantai [...] as vossas cabeças. A repetição da ordem enfatiza o que é dito e destaca a formalidade do poema. Uma cerimônia está acontecendo. A poesia hebraica usa a repetição para dar ênfase (ver v. 7).
Sl.24:10 10. Quem é esse Rei da Glória? Ver com. do v. 8.O Senhor dos Exércitos. Deus governa sobre um universo de coisas e seres criados e que estão ordenados como exércitos para a batalha. Seu domínio é universal. Os habitantes do universo, de todas as ordens e categorias, reconhecem o domínio divino. A palavra “exércitos” é usada, às vezes, para se referir aos corpos celestes (ver Gn 2:1; Dt 17:3), outras vezes, a anjos (Js 5:14; SI 103:21; 148:2). Ao responderem os que levavam a arca (SI 24:8) parece que os portões permanecem fechados paraa procissão que espera. A segunda resposta ‘‘o Senhor dos exércitos”, em vez de o “Senhor forte e poderoso, o Senhor, poderoso nas batalhas”, parece ser um tipo de senha que abre a cidade. O efeito do ritual é enfatizado (ver também ISm 17:45; 2Sm 6:2; Is 1:9).O salmo termina em perfeita harmonia com o pensamento introdutório: somente Deus governa o universo; somente Ele deve ser reconhecido por todos. A cerimônia de estabelecimento da arca no monte do Senhor é uma ocasião adequada para essa proclamação.Salmo 25De Davi.K 1 A Ti, Senhor, elevo a minha alma.N 2 Deus meu, em Ti confio; não seja eu envergonhado, nem exultem sobre mim os meus inimigos.será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente.ensina-me as Tuas veredas, n 5 Guia-me na Tua verdade e ensina-me, pois Tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia.T 6 Lembra-Te, Senhor, das 4’uas misericórdias e das Tuas bondades, que são desde'a eternidade.PI 7 Não Te lembres dos meus pecados da mocidade, nem das minhas transgressões. Lembra- Te de mim, segundo a Tua misericórdia, por causa da Tua bondade, ó Senhor. ü 8 Bom e reto é o Senhor, por isso, aponta o caminho aos pecadores.•) 9 Guia os humildes na justiça e ensina aosmansos o Seu caminho.D 10 Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para os que guardam a Sua aliança e os Seus testemunhos, b 11 Por causa do Teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade, que é grande.Ü 12 Ao homem que teme ao Senhor, Ele o instruirá no caminho que deve escolher.a sua descendência herdará a terra.D 14 A intimidade do Senhor é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança.V 15 Os meus olhos se elevam continuamente ao Senhor, pois Ele me tirará os pés do laço.estou sozinho e aflito.Y 17 Alivia-me as tributações do coração; tira-me das minhas angústias.“1 18 Considera as minhas aflições e o meu sofrimentoe perdoa todos os meus pecados.muitos e me abominam com ódio cruel.V 20 Guarda-me a alma e livra-me; não seja euenvergonhado, pois em Ti me refugio.D 21 Preservem-me a sinceridade e a retidão, porque em Ti espero.Introdução — O Salmo 25 é o segundo dos salmos alfabéticos ou acrósticos (ver p. 705). E uma oração que compreende alguns aspectos da devoção como súplica, confissão de fé e arrependimento. Assim como outros salmos acrósticos, não mostra desenvolvimento lógico de pensamento, em vez disso, consiste de uma coleção de expressões devocionais independentes, dispostas em forma alfabética. O tema principal é que Deus guia e ensina aqueles que têm espírito humilde.O número de versículos deste salmo é o mesmo número de letras do alfabeto hebraico (22), estando por ordem crescente uma letra ao início de cada versículo. Porém, observam-se os seguintes desvios desta norma: os primeiros dois versículos começam com a primeira letra do alfabeto; a segunda, sexta e 19a letras não ocorrem; os v. 18 e 19 começam com a 20a letra; e o v. 22 começa com a 17a letra. O Salmo 34 é estruturado de forma semelhante.Sobre a autoria deste salmo, verT5, 630; e sobre o subtítulo ver p. 696.
Sl.25:1 "Introdução — O Salmo 25 é o segundo dos salmos alfabéticos ou acrósticos (ver p. 705). E uma oração que compreende alguns aspectos da devoção como súplica, confissão de fé e arrependimento. Assim como outros salmos acrósticos, não mostra desenvolvimento lógico de pensamento, em vez disso, consiste de uma coleção de expressões devocionais independentes, dispostas em forma alfabética. O tema principal é que Deus guia e ensina aqueles que têm espírito humilde. O número de versículos deste salmo é o mesmo número de letras do alfabeto hebraico (22), estando por ordem crescente uma letra ao início de cada versículo. Porém, observam-se os seguintes desvios desta norma: os primeiros dois versículos começam com a primeira letra do alfabeto; a segunda, sexta e 19a letras não ocorrem; os v. 18 e 19 começam com a 20a letra; e o v. 22 começa com a 17a letra. O Salmo 34 é estruturado de forma semelhante. Sobre a autoria deste salmo, verT5, 630; e sobre o subtítulo ver p. 696. 1. A TI. O primeiro versículo indica um teor meditativo (ver SI 86:4; 143:8). No hebraico, o versículo começa com alef a primeiro letra do alfabeto hebraico."
Sl.25:2 2. Não seja eu envergonhado. O sal- mista confiava em Deus. Seus inimigos teriam razão para triunfar se sua confiança fosse traída. O versículo começa com alef. A segunda letra, belh, não está no acróstico. Contudo, a segunda palavra deste versículo começa com beth. Alguns eruditos consideram que a primeira palavra pertence a uma linha inacabada do v, 1.
Sl.25:3 3. Em Ti esperam. Comparar com os SI 27:14; 37:34. A sentença indica que o justo se volta para Deus em busca de graça e instrução. O salmista amplia sua oração para incluir todos os crentes.
Sl.25:4 4. Faze-me [...] conhecer. Visto que nos falta discernimento espiritual, precisamos que a luz de Deus ilumine nosso caminho. Moisés orou por essa luz (ver Ex 33:13).O salmista é ciente dessa necessidade (ver SI 27:11; 86:11; 119:33).
Sl.25:5 5. Tua verdade. A verdade de Deus, em contraste com o que podemos erroneamente julgar como verdade (ver SI 36:1-3; 86:11).Eu espero. Ver com. do v. 3.
Sl.25:6 6. Lembra-Te. A lembrança das bênçãos já recebidas constitui a base para a esperança de Davi por bênçãos futuras. “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13:8). Uma das características mais belas de Davi é o recordar constante das bênçãos divinas.Desde a eternidade. A bondade de Deus nunca falta. Deus é sempre bom.A letra waw não está no acróstico; este versículo começa com a letra seguinte, zayin.
Sl.25:7 7. Dos meus pecados da mocidade. Talvez, ciente da tendência do pai terreno em perdoar os erros da mocidade de seu
Sl.25:8 8. Bom e reto. O salmista parte da oração para a reflexão sobre o caráter de Deus e de Seu modo de lidar com o ser humano. Visto que é bom e justo, Deus repreende, castiga e conduz ao caminho certo, como faz um bom mestre.
Sl.25:9 9. Humildes. Aqueles dispostos a aprender. A humildade é o primeiro degrau da escada do crescimento cristão (ver Mt 18:3).Na justiça. Correta avaliação da verdade, do dever e do modo correto de se viver.Seu caminho. “Não o meu caminho, mas o Teu, Senhor!” deve ser a oração do humilde seguidor de Deus.
Sl.25:10 10. Misericórdia e verdade. Sinônimos de compaixão e fidelidade, dois atributos do caráter divino (ver SI 85:10; cf. “a graça e a verdade”, em Jo 1:17).Testemunhos. Ver com. do SI 19:7.
Sl.25:11 11. Por causa do Teu nome. Pela honra do nome de Deus. O salmista para de refletir sobre a bondade de Deus e passa a pensar nos seus pecados. Ele se vê forçado a clamar por perdão, para que a graça e a verdade se manifestem em sua própria vida (ver v. 10). Ele teme ter quebrado a aliança.E grande. Para o salmista seu pecado é tão grande (ver Rm 5:15-21) que apenas um Deus bom pode lhe dar perdão. O amorinfinito providenciou um modo para os pecados serem perdoados.
Sl.25:12 12. instruirá no caminho. Deus pode fazer grandes coisas para aquele que O serve, como ensinar-lhe o caminho correto, o de Seus mandamentos (ver SI 119:30, 173; Jo 7:17).No caminho que deve escolher.Deus lhe ensinará de tal maneira que ele escolherá o caminho certo. O ser humano não é um robô; ele tem o poder de escolha. Quando a pessoa teme a Deus, seu poder de escolha é exercido na direção correta: ele escolhe o caminho de Deus (ver DTN, 668). A partir deste versículo se apresenta uma nova série de reflexões.
Sl.25:13 13. Na prosperidade. Literal mente, “em bondade”; em segurança, em contraste com a condição de alguém que vagueia sem direção. O convertido sente-se como alguém que está confortável e em paz no próprio lar (ver SI 34:11; 37:25).Repousará. Literalmente, “passar a noite”.Herdará. Ver Êx 20:12; Lv 26:3-13. O propósito eterno de que os justos herdarão a Terra é posto em cheque apenas por circunstâncias acidentais e temporárias (ver Mt 5:5; Rm 8:19-24).
Sl.25:14 14. Intimidade. Do heb. sod, “conversa confidencial”, “um amigo íntimo especial”, “confidente”. A amizade pode expressar o que se quis dizer nesta passagem (ver NTLEl). Os justos desfrutam um relacionamento de amizade com Deus. Ele lhes conta Seus segredos (ver com. de Pv 3:32). Abraão era amigo de Deus (ver 2Cr 20:7; cf. Gn 18:17).Aliança Ver o v. 10. Deus ajuda Seus filhos a compreenderem tudo que há em Sua aliança com eles relacionado à sua felicidade e salvação.
Sl.25:15 15. Ao Senhor. Comparar com SI 141:8. E bom cultivar uma percepção espiritual ampla e atenta. Meus olhos estão sempre contemplando o Senhor ou a mim mesmo?Ele me tirará os pés do laço. Ver SI
Sl.25:16 Sem comentário para este versículo
Sl.25:17 Sem comentário para este versículo
Sl.25:18 18. Perdoa. Do heb. nasa’, cujo significado básico é “erguer”, “remover” e “carregar”. O termo é empregado para designar o perdão em várias passagens (Gn 50:17; Êx 10:17; 32:32; etc.). Nasa’ também é empregado no sentido de se levar a culpa do pecado. Os sacerdotes deveriam levar a iniquidade dos filhos de Israel (Lv 10:17). Há uma mudança simples da idéia de levar a culpa do pecado para a ideia de perdão. Uma das palavras gregas correspondentes, atro, ocorre em joão 1:29, na declaração “que tira o pecado do mundo”.Se o padrão acróstico regular fosse seguido, este versículo não começaria com a letra resh e sim com qoj\ letra que vem imediatamente a seguir no alfabeto hebraico. Ao mesmo tempo, resh está em seu lugar correto no começo do v. 19.
Sl.25:19 19. Inimigos. Ver SI 3:6, 7; 5:8; 6:7, 10; 7:1, 6; 17:9; etc.Ódio cruel. Os inimigos de Davi continuamente tentavam destruí-lo.
Sl.25:20 20. Guarda-me a alma. Isto é, a mim (ver com. de SI 3:2; 16:10).Não seja eu envergonhado. Ver com. do v. 2.
Sl.25:21 21. A sinceridade e a retidão. Pela graça de Deus, ele espera obter as características da perfeição. Antes ele lamentou a grandiosidade de seu pecado (v. 11).Este versículo começa com taw, a última letra do alfabeto hebraico.Salmo 26Salmo de Davi.Introdução — Neste salmo o autor pede que o Examinador de corações testemunhe de sua integridade e o livre do destino dos ímpios. Ele termina sua oração declarando seu desejo de ser encontrado entre os amigos de Deus. O salmo é uma oração apropriada para a adoração pública. Ele começa num tom menor e termina num acorde maior de louvor devotado a Deus pela direção divina.Sobre o subtítulo, ver p. 696.
Sl.25:22 Sem comentário para este versículo
Sl.26:1 "Introdução — Neste salmo o autor pede que o Examinador de corações testemunhe de sua integridade e o livre do destino dos ímpios. Ele termina sua oração declarando seu desejo de ser encontrado entre os amigos de Deus. O salmo é uma oração apropriada para a adoração pública. Ele começa num tom menor e termina num acorde maior de louvor devotado a Deus pela direção divina. Sobre o subtítulo, ver p. 696. 1. Faze-me justiça. O salmista pede a Deus que examine e defenda seu caso.Integridade. A declaração de inocência diante de uma acusação falsa não exclui o devido reconhecimento do pecado. O salmista reconhece sua necessidade de redenção e da misericórdia divina (v. 11).Sem vacilar. Se continuar sendo íntegro, não tropeçará, nem será abalado (ver com. cie SI 15:5; 16:8)."
Sl.26:2 2. Examina-me. O salmista pede a Deus para examinar sua conduta. A ideia é repetida e enfatizada nos verbos “provar’’ e “sondar”.Prova-me. Do heb. nasah, "testar", “provar”. Nasah é traduzido como “pôr à prova” (Gn 22:1). “Tentar” significava “pôr à prova” ou "testar”.Coração. Literalmente, ”rins”(ACF). A palavra era usada para designar o lugar das emoções (ver com. de SI 7:9).
Sl.26:3 3. Perante os olhos. Visto que mantém a misericórdia de Deus perante si como um guia, o salmista é protegido contra o mau e caminha na vereda da verdade (ver com. de SI 1:1).Tenho andado. Este versículo declara a razão para a súplica dos v. 1 e 2.
Sl.26:4 4. Não me tenho assentado. Ver com. de SI 1:1.Homens falsos. Literal mente, “homens de vaidade”, pessoas que buscam alcançar alvos inúteis era vez de ideais verdadeiros (ver Jó 11:11; ver com. de SI 24:4).Não me associo. Ver com. de SI 1:1.
Sl.26:5 5. Súcia de malfeitores. Estes versículos sugerem a mesma ideia do Salmo 1:1.
Sl.26:6 6. Lavo as mãos. Às vezes, o ato de lavar as mãos simbolizava pureza (ver Dt 21:6; Mt 27:24). O salmista suplica para que sua alma seja preservada inocente a fim de que possa se aproximar do altar de Deus. “Purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor” (Is 52:11).Ao redor. O salmista deseja ser puro para que possa se unir aos adoradores no templo.
Sl.26:7 7. Proclamar. Literalmente, “ser ouvido”. O fiel filho de Deus anseia contar a outros da bondade de Deus (ver SI 9:1). Um coração cheio de louvor é uma das evidências da conversão.
Sl.26:8 8. Eu amo. E bom evitar o mal, mas se a religião não passar disso, a experiência é negativa. E melhor ir ao lugar onde Deus está; isso é positivo (ver com. de S! 27:4).Glória. Do heb. kabod, que significa tanto "honra” quanto “glória”. No santuário, longe das distrações do mundo, pode-se observar a glória de Deus.
Sl.26:9 9. Colhas. O salmista não quer ser contado com os pecadores nem ser destruído com eles.Minha alma. Isto é, “eu próprio” (ver com. de SI 3:2; 16:10).Homens sanguinários. Literalmente, “homens de sangue”, ou seja, assassinos.
Sl.26:10 Sem comentário para este versículo
Sl.26:11 11. Ando. O salmista está determinado a continuar andando no caminho que tem trilhado até esse momento. Essa resolução é a base para a súplica da segunda parte do versículo.Integridade. Do heb. tom, “o que é completo” (para outras ocorrências de tom, ver Pv 2:7; 10:9; 28:6).Livra-me. O fato de o salmista orar pelo li vramento do pecado mostra que ele não pede para ser perfeito no sentido estrito da palavra.Tem compaixão. Ouve minha oração (ver SI 4:1).
Sl.26:12 12. O meu pé está firme. O salmista pede resposta à sua oração: com os olhosda fé, ele já se vê “em terreno plano” (ver SI 40:2; cf. Is 40:4). Depois de andar por caminhos duros e perigosos, subindo e descendo montes, sobre pedras e arbustos, respira aliviado por estar “em terreno plano”. Este é o privilégio precioso de todo o filho de Deus.Bendirei. Cumprindo, assim, a decisão tomada no v. 7 (ver Sl 22:22).O salmo deve levar ao exame das evidências de nossa lealdade a Deus. Ao encontrar-se num terreno plano da experiência cristã, o crente deve agradecer a Deus as evidências da salvação. E preciso cultivar o hábito de ter bons pensamentos, de evitar más companhias, de sentir-se feliz em ir à igreja. Então o crente poderá bendizer a Yahweh na assembléia dos justos.Salmo 27Salmo de Davi.O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?contemplar a beleza do Senhor e meditar no Seu templo.Introdução — Davi escreveu este salmo quando era “um fugitivo a quem se procurava prender, encontrando ele refúgio nas rochas e cavernas” (Ed, 164). Ele revela seu espírito de confiança absoluta em Deus em meio aos perigos. Foi chamado “O salmo restaurador ’. Em nenhum outro salmo Davi expressa de forma tão intensa seu anelo pelo serviço do santuário. Alguns sugerem l Samuel 22:22 como o contexto deste salmo. Ele tem três divisões: os v. 1 a 6 expressam a confiança do poeta em Deus, a despeito das ameaças do inimigo; os v. 7 a 12 são um clamor em busca de ajuda; e os v. 13 e 14, como conclusão, expressam alívio devido à confiança depositada em Deus. No ritual judaico moderno, o Salmo 27 é recitado todos os dias do sexto mês em preparação para o ano novo e o dia da expiação.Sobre o subtítulo, ver p. 696.
Sl.27:1 "Introdução — Davi escreveu este salmo quando era “um fugitivo a quem se procurava prender, encontrando ele refúgio nas rochas e cavernas” (Ed, 164). Ele revela seu espírito de confiança absoluta em Deus em meio aos perigos. Foi chamado “O salmo restaurador ’. Em nenhum outro salmo Davi expressa de forma tão intensa seu anelo pelo serviço do santuário. Alguns sugerem l Samuel 22:22 como o contexto deste salmo. Ele tem três divisões: os v. 1 a 6 expressam a confiança do poeta em Deus, a despeito das ameaças do inimigo; os v. 7 a 12 são um clamor em busca de ajuda; e os v. 13 e 14, como conclusão, expressam alívio devido à confiança depositada em Deus. No ritual judaico moderno, o Salmo 27 é recitado todos os dias do sexto mês em preparação para o ano novo e o dia da expiação. 1. O Senhor é a minha luz. Isto é, Yahweh é a luz que ilumina a escuridão ao meu redor, clareando o meu caminho. Esta expressão, encontrada com frequência no NT (ver Jo 1:7-9; 12:46; ljo 1:5), não é tão comum no AT (comparar com a bênção de Arão, em Nm 6:25).Salvação. Ver SI 18:2; 62:2, 6.De quem terei medo? Nem de outros deuses, pois são falsos, nem de demônios, nem de homens (ver Rm 8:31).Fortaleza. Literalmente, “lugar seguro” (ver Sl 28:8). Calvino chamou o escudo triplo de Davi, contra todas as ameaças, de“Luz, Salvação, Fortaleza”. O salmo começa com uma expressão de absoluta ausência de temor. A confiança do salmista em Deus não dá lugar ao temor."
Sl.27:2 2. Para comerem as minhas carnes (ARC). O salmista com frequência compara seus inimigos a feras vorazes (ver Sl 22:13, 16, 21).Tropeçam e caem, Eles fracassaram. A linguagem deste versículo parece se referir a algum acontecimento específico no qual Davi foi salvo das investidas de seus inimigos.
Sl.27:3 3. Terei confiança. Davi expressa com veemência a confiança que tem em Deus (ver com. de Sl 3:6).
Sl.27:4 4. Uma coisa. O anseio de Davi de participar continuamente no serviço de Deus e de ser um hóspede perpétuo do Anfitrião celestial é expresso neste salmo com palavras escolhidas (ver Sl 15, 23, 65).Beleza. Do heb. noam, “graça”, “bondade”.Meditar no Seu templo. No templo cristão, a mente é iluminada, a dúvida é removida e o coração é confortado pela verdade divina.
Sl.27:5 5. Pavilhão. Do heb. sok, “um refúgio”. É usado para se referir à caverna de um leão (ver o Sl 10:9; Jr 25:38); portanto, um lugar de refúgio. Sok é traduzido como o “tabernáculo” (no Sl 76:2) que está em Salém. A linguagem do Salmo 27:5 designa de forma figurada um lugar de proteção.Não é possível que se refira à casa literal de Deus em Jerusalém, pois esta só veio a existir muitos anos mais tarde.No recôndito. Literalmente, "no escon- 061010”. A parte mais reservada da morada. No hebraico, a palavra para “segredo” é a forma substantiva do verbo traduzido como “ocultará”.
Sl.27:6 6. Será exaltada. Símbolo de vitória sobre os i nimigos.Júbilo. Do heb, teruah, literalmente, “brado de alegria”. A palavra é usada para se referir ao brado que acompanhou a queda dos muros de jerico (js 6:5, 20; para outras ocorrências de teruah, ver Nm 23:21; iSm 4:5; 2Sm 6:15; SI 33:3; 150:5).Cantarei. Esta explosão de louvor brota de um coração tão cheio que o salmista escolheu expressar sua determinação repetindo a ideia.
Sl.27:7 7. Ouve, Senhor. Neste ponto há uma completa mudança. O salmista parte das expressões de confiança absoluta para um melancólico clamor por socorro. Isso fez com que uma escola de críticos concluísse que o salmo é composto por clois salmos distintos. Essa conclusão não é necessária quando se concebe que, apesar da confiança do salmista em Deus, a gravidade das circunstâncias o leva a clamar a Deus por socorro. Mesmo quando se tem a certeza do favor divino, é preciso reconhecer continuamente a necessidade de Deus e pedir Seu auxílio.
Sl.27:8 8. Buscai a Minha presença. Este versículo é um diálogo fruto da bonita amizade entre Davi e Deus. O Senhor lhe disse: “Buscai a Minha presença.” Davi relembra a Deus de Sua ordem e, do fundo de seu coração, responde: “Buscarei, pois, Senhor, a Tua presença.” Isso é verdadeira intimidade e se assemelha à amizade que havia entre Moisés e Deus (ver Ex 33:11). Essa preciosa comunhão, em tempo de necessidade, faz com que a alma repita a si mesmao conselho divino. A beleza do favor contemplada na face de Deus ao olhar para Seus filhos é um dos conceitos mais belos 2 do Saltério (comparar com Nm 6:25).
Sl.27:9 9. Não me escondas. Ver com. do SI 4:6.Não rejeites. Davi ora para que seu relacionamento com Deus não acabe.Deus da minha salvação. As misericórdias do passado são sempre razão para se esperarem bênçãos futuras. Podemos pedir que, assim como Deus nos tem salvado, Ele continue exercendo Seu poder em nosso favor.
Sl.27:10 10. Se [...] me desampararem. Algumas vezes, pais abandonam seus filhos, mas Deus nunca desampara os Seus (ver Is 49:14, 15; 63:16). O versículo é uma espécie de provérbio.Acolherá. Do heb. ’asaf, literal mente “reunir”. Asaj é usado para indicar hospitalidade (ver js 20:4; Jz 19:15, 18).
Sl.27:11 11. Caminho. Comparar com o SI 25:4, 5.Vereda plana. Ou, “terreno plano” (ver SI 26:12).
Sl.27:12 12. Vontade. Do heb. nefesh, em geral traduzido como “alma” (ver com. de Sl 16:10), mas neste caso equivale à “vontade”. No ugarítico é possível encontrar um paralelo (ver p. 697-699), em que nfsh significa não apenas “alma”, mas também “desejo” ou “vontade”.Falsas testemunhas. Davi foi com frequência acusado falsamente (ver com. de Sl 7:3; cf. 1 Sm 24:12; 26:18).Respiram crueldade. Palavras semelhantes descrevem o intenso zelo perseguidor de Saulo: “Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote” (At 9:1).
Sl.27:13 13. Perecería sem dúvida (ARC). Estas palavras não estão no original. Elas são inseridas para completar o sentidoevidente das palavras do salmista: “O que teria sido de mim, se eu não acreditasse na bondade de Deus!" Seus inimigos são tantos e tão temíveis que ele teria desfalecido não fosse pela completa confiança de que, ao final, veria revelada a bondade de Deus na Terra (ver Jó 19:25-27). Esta passagem demonstra uma fé sublime que todo filho de Deus deveria anelar. A fé podería se converter em temor se a esperança não mantivesse sua chama viva.
Sl.27:14 14. Espera pelo Senhor. Esta é uma advertência ao próprio salmista. Seu forteespírito encoraja a fraca natureza a não se desesperar (ver com. de SI 25:3).Tem bom ânimo. Ver SI 31:24. Conselho semelhante foi dado por Moisés a Josué (Dt 31:7) e por Deus ao mesmo Josué (Js 1:6).O salmo termina com a repetição da ordem: “Espera pelo Senhor”, como se o salmista quisesse lixar na mente do leitor a .idéia de que nas horas de dúvida e perigo, cm vez de se desesperar, deve-se ir em frente “na força do Senhor Deus” (ver SI 71:16).Salmo 28Salmo de Davi.Introdução — Ao que tudo indica, o Salmo 28 f;o.i escrito quando o salmista era tentado a se deixar arrastar pelos ímpios.O salmo tem duas divisões contrastantes. A mudança do clamor por libertação dos problemas (v. 1-5) para a expressão de gratidãopor alívio (v. 6-9) é dramaticamente abrupta. Esta súplica é especialmente adequada para o cristão que se sente atraído pelos hábitos que tinha antes de sua conversão.Sobre o subtítulo, ver p. 696.L Não sejas surdo. O salmista se sente frustrado com o silêncio de Deus.Cova. Do heb. bor, poço ou cisterna (ver Gn 37:20; Ex 21:34), e, também, símbolo de túmulo. Diz-se que os mortos descem à sepultura (SI 30:3; 88:4; 143:7; Pv 1:12; Is 38:18; Ez 26:20; etc.).
Sl.28:1 "Introdução — Ao que tudo indica, o Salmo 28 f;o.i escrito quando o salmista era tentado a se deixar arrastar pelos ímpios. O salmo tem duas divisões contrastantes. A mudança do clamor por libertação dos problemas (v. 1-5) para a expressão de gratidão por alívio (v. 6-9) é dramaticamente abrupta. Esta súplica é especialmente adequada para o cristão que se sente atraído pelos hábitos que tinha antes de sua conversão. Sobre o subtítulo, ver p. 696. 1. Não sejas surdo. O salmista se sente frustrado com o silêncio de Deus. Cova. Do heb. bor, poço ou cisterna (ver Gn 37:20; Ex 21:34), e, também, símbolo de túmulo. Diz-se que os mortos descem à sepultura (SI 30:3; 88:4; 143:7; Pv 1:12; Is 38:18; Ez 26:20; etc.)."
Sl.28:2 2. Súplices. Forma plural, pois as súplicas do salmista são muitas.Erguer as mãos. Atitude comum na oração (ver Lm 3:41).Santuário. Do heb. debir, “o santo dos santos”. As mãos devem se erguer em direção à morada de Deus no Céu.
Sl.28:3 3. Não me arrastes. Comparar com o SI 26:9, (9 salmista ora para que não seja atraído pela companhia do ímpio, e, portanto, não seja punido com eles (ver a oração cie Cristo, em Mt 6:13).Os quais falam de paz. Os dissimula- dores (ver SI 26:4; cf. SI 12:2).
Sl.28:4 4. Dá-lhes. Sobre o sentido dos v. 4 e 5, ver Is 1:20; 3:8-11; 5:18, 19; sobre os salmos imprecatórios, ver p. 703-704.
Sl.28:5 5. Feitos. Os feitos de Deus, revelados na criação e nas Suas providências (ver Rm 1:18-20). O ímpio será destruído, não por causa de sua maldade para com o salmista, mas por causa da maldade para com Deus, revelada no fato de desconsiderar as evidências de Sua soberania no mundo natural e de Seu modo de lidar com o ser humano (ver SJ 8).Derribará. Do heb. haras, “arrancar”, “destruir” (ver jr 24:6).
Sl.28:6 6. Bendito seja o Senhor. O salmista já recebeu no coração a resposta à sua súplica e, de forma muito repentina, irrompe num alegre hino de louvor. Esta mudança abrupta da súplica ao agradecimento é típica de muitos salmos (ver SI 6, 12, 22, etc.).Por que me ouviu as vozes súplices.Esta frase, que é um eco do v. 2, enfatiza a resposta à súplica.
Sl.28:7 7. Escudo. Ver SI 3:3; cf. SI 33:20; 59:11.Cântico. O coração que confia em Deus não consegue deixar de cantar.
Sl.28:8 8. A força do Seu povo. O salmista termina o salmo pensando no bem-estar do povo (ver SI 3:8).Refúgio salvador. Literalmente, “fortaleza de salvações”.Seu ungido. Principalmente o rei, escolhido por Deus. Todo o povo de Deus, consagrado a Seu serviço, é, de certo modo. Seu ungido (ver IPe 2:5, 9).
Sl.28:9 9. A Tua herança. A nação de Israel (ver Dt 4:20; 9:26, 29). A força do apelo do salmista está nos pronomes “teu” e “tua”. Como pode Deus não salvar os Seus escolhidos?Apascenta-o. Ou, “pastoreia-os”. O final do salmo recorda o amável pastor do Salmo 80:1; e de Isaías 40:11 (cf. Dt 1:31; 32:11, 12).Exalta-o. Do heb. nascí, que também significa “levar” como em 2 Reis 4:19.As últimas palavras do salmo carregam consigo as bênçãos da paz que excede o entendimento.Salmo 29Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 29 foi chamado de “Cântico da tormenta” e “Cântico dos sete trovões”. Ele representa todos os salmos hebreus referentes à natureza. O poeta hebreu nunca se satisfaz com tão somente descrever a natureza. Ele sempre vê na natureza o poder e a glória de seu Criador. O nome de Deus (Yahweh) aparece 18 vezes neste pequeno salmo. Descreve-se de forma vivida uma tempestade: seu início, sua intensidade máxima e seu fim. A estrutura do poema exibe uma simetria elaborada, conforme se observa no prelúdio (v. 1, 2), na descrição da tempestade, onde se repete por sete vezes a frase "a voz do Senhor” (v. 3-9), e na conclusão (v. 10, 11). É uma joia literária.O salmo descreve a fúria de uma grande tempestade que se origina no mar e é acompanhada por ventos tempestuosos, por estrondos de trovão e por clarões de relâmpagos. Ela vem desde o Mediterrâneo, passa pelas montanhas do Líbano e Anti-Líbano e perde sua força no deserto oriental. Em documentos ugaríticos se encontram vários paralelos detalhados deste poema (ver p. 698, 699). Destes, podem-se mencionar as tríplices repetições dos v. 1 e 2 (tributai)e dos v. 4 e 5 (voz) e os nomes “Líbano” e “Siriom” (ver com. de Dt 3:9) do v. 6. Além disso, o ugarítico ajudou a esclarecer vários pontos obscuros (ver com. dos v, 6, 8).A tradição diz que, no segundo templo, este salmo era cantado no último dia da Festa dos Tabernáculos. Atualmente, o salmo faz parte do serviço da sinagoga no primeiro dia do Pentecostes e é incluído na liturgia do sábado.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.29:1 "Introdução — O Salmo 29 foi chamado de “Cântico da tormenta” e “Cântico dos sete trovões”. Ele representa todos os salmos hebreus referentes à natureza. O poeta hebreu nunca se satisfaz com tão somente descrever a natureza. Ele sempre vê na natureza o poder e a glória de seu Criador. O nome de Deus (Yahweh) aparece 18 vezes neste pequeno salmo. Descreve-se de forma vivida uma tempestade: seu início, sua intensidade máxima e seu fim. A estrutura do poema exibe uma simetria elaborada, conforme se observa no prelúdio (v. 1, 2), na descrição da tempestade, onde se repete por sete vezes a frase ""a voz do Senhor” (v. 3-9), e na conclusão (v. 10, 11). É uma joia literária. O salmo descreve a fúria de uma grande tempestade que se origina no mar e é acompanhada por ventos tempestuosos, por estrondos de trovão e por clarões de relâmpagos. Ela vem desde o Mediterrâneo, passa pelas montanhas do Líbano e Anti-Líbano e perde sua força no deserto oriental. Em documentos ugaríticos se encontram vários paralelos detalhados deste poema (ver p. 698, 699). Destes, podem-se mencionar as tríplices repetições dos v. 1 e 2 (tributai) e dos v. 4 e 5 (voz) e os nomes “Líbano” e “Siriom” (ver com. de Dt 3:9) do v. 6. Além disso, o ugarítico ajudou a esclarecer vários pontos obscuros (ver com. dos v, 6, 8). A tradição diz que, no segundo templo, este salmo era cantado no último dia da Festa dos Tabernáculos. Atualmente, o salmo faz parte do serviço da sinagoga no primeiro dia do Pentecostes e é incluído na liturgia do sábado. 1. Filhos dos poderosos (ARC). Do beb. bene elim. Á tradução deste termo é incerta, A LXX e ARA trazem “filhos de Deus”, cujo significado mais provável seja os anjos (ver com. de Jó L6). O paralelismo do Salmo 89:6 (a única ocorrência adicional da frase no livro dos Salmos) parece apoiar essa idéia.Glória. O salmista reconhece o Senhor como Deus de glória e poder. A palavra “glória” é usada como um clímax no v. 9 (ver SI 68:34)."
Sl.29:2 2. Beleza da santidade. Literalmente, “em adornos de santidade”. Esta frase aparece outra vez no Salmo 96:9. Sobre o adorno do corpo está a beleza da alma.Nenhuma beleza exterior pode ser comparada à beleza de um caráter santo (ver lPe 3:3, 4). Neste prelúdio, caso “filhos de Deus” refira-se a anjos (ver com. do v. 1), o sal mista se deva da terra ao Céu e chama os anjos para louvar a Deus, cujo poder é manifesto na tempestade prestes a ser descrita.
Sl.29:3 3. A voz do Senhor. Na sinfonia verbal dos v. 3 a 9, o salmista sem dúvida descreve o que contemplou: a tempestade que sai desde o mar Mediterrâneo, cai com fúria sobre o Líbano e desaparece no leste, deixando o deserto tranquilo. Para ele, o trovão é “a voz do Senhor” (ver SI 18:13). Esta frase é usada por sete vezes nos v. 3 a 9.Deus da glória. Comparar com a expressão “Rei da glória” (SI 24:7-10). A palavra “glória” é repetida três vezes no Salmo 29:1-3.Muitas águas. Ou, “grandes águas”.
Sl.29:4 4. Poderosa. Literal mente, “com poder”. O salmista vê na tempestade alguns dos atributos divinos.Cheia de majestade. Literalmente, “em majestade". Ouve-se o retumbar dos trovões sobre a terra.
Sl.29:5 5. Quebra os cedros. A tempestade cai com fúria sobre as montanhas do Líbano, famosas pelos cedros, e o vento forte quebra as poderosas árvores. Os relâmpagos também tiveram parte na destruição reduzindo a fragmentos imponentes cedros.
Sl.29:6 6. Ele os faz. No hebraico este pronome está como sufixo do verbo na forma -em. Esta é, na verdade, uma forma gramatical arcaica (enclítico) não compreendida por muitos eruditos judeus que, a partir do 7° século d.C., acrescentaram as vogais ao texto hebraico consonantal. O ugarítico (ver p. 697) demonstrou que o sufixo -em não deveria ser traduzido, de forma que a passagem ficaria assim: “He faz o Líbano saltar como um bezerro, o Siriom como novilho selvagem” (NVI). As montanhas do Líbano e Siriom parecem saltar sob o impacto da tempestade.Saltar como um bezerro. Ver oSiriom. Nome sidônio do monte Her- mom, o mais alto da cadeia do Antilíbano, cujo topo se eleva cerca de 3 mil metros acima do nível do mar (ver com. de Dt 3:9).Novilho selvagem (NVI). Em vez disto, “bois selvagens” (ARA; ver com. do SI 22:21).
Sl.29:7 7. Despede. Literalmente, “corta”, “talha”. O versículo descreve o vivido serpentear dos relâmpagos.
Sl.29:8 8. O deserto de Cades. Antes da descoberta dos textos ugaríticos, imaginou-se que esta passagem retratava urna tempestade que caía sobre toda a Palestina, desde o Líbano, no norte, até Cades, no extremo sul, cerca de 70 km a sudoeste de Berseba (ver Nm 20:16). Cades foi identificada com Cades-Barneia, o lugar de onde os hebreus enviaram os espias a Canaã (Nm 13:17-20) e de onde o povo teve que voltar ao deserto por causa da murmuração (Nm 14). Porém, um estudo dos textos ugaríticos (ver p. 697) mostrou que o termo “deserto de Cades” era outro nome para o deserto da Síria (ver com. do v. 3).
Sl.29:9 9. Faz dar cria às corças. Obviamente devido ao temor causado pela tempestade. Alguns poetas árabes, e também Plutarco e Plínio, registraram este fenômeno.A tradução “carvalhos” (na NVI e NTLH), em vez de “corças”, apresenta um paralelismo melhor. Contudo, questiona-se se o hebraico 'ayyaloth (“corças”, na ARA) pode ser considerado de forma adequada o plural de ayil, “carvalhos”. O plural de ayil é elitn (ver ís 1:29).Desnuda. Do heb. chasaj-, "despojar”, “deixar descoberto”.Seu templo. L provável que não esteja se referindo ao tabernáculo, e sim à natureza.Tudo. Comparar com o SI 19:2. O trovão, os relâmpagos, o cair das árvores, o estremecimento do deserto e as lolhassendo arrancadas das árvores declaram o poder e a glória de Deus. "A Terra, com seus milhares de vozes, louva a Deus' (S. Taylor Coleridge). E bom contemplar com pavor os fenômenos violentos da natureza e elevar o coração em louvor ao Deus de majestade e poder. O coro universal de louvor faz lembrar a contínua adoração dos serafins na \ isào de ísaías (ver Is 6:2, 3). Depois da descrição deste versículo, a tempestade diminui, o sal mista se volta para uma tranqu ila meditação e declara a soberania de Deus e Seu maravilhoso dom da paz.
Sl.29:10 10. Dilúvios. Alguns veem aqui uma referência ao dilúvio de Noé, mas parece mais natural considerar que o dilúvio é a forte chuva que acompanha a tormenta e seus resultados.Rei [...] para sempre. Assim como Deus estava na tempestade que passou,Ele governará como soberano absoluto para sempre. A declaração traz calma e confiança para a alma após a comoção e consternação da tempestade.
Sl.29:11 11. Força. O Deus cuja força é vista de forma tão impactante na tempestade é capaz de sustentar Seu povo (ver Is 40:29-31).Paz. O dom mais precioso que o Céu pode conceder aos mortais (ver SI 85:8, 10; Jo 14:27; F1 4:7; lTs 5:23). Não há palavra mais doce. Winston Churchill disse: “Lá fora, a tempestade da guerra pode rugir e a terra ser açoitada pela fúria de sua ventania, mas em nosso coração j...] há paz.” Assim, a sinfonia do Salmo 29, que havia chegado a um crescendo ensurdecedor termina com o mais suave pianís- simo (Comentário de Soncino, Salmo 29). “Paz seja convosco” (Jo 20:21, 26), diz o Príncipe da Paz.Salmo 30Salmo de Davi. Cântico da dedicação da casa.Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.Introdução — Este é um salmo de gratidão que comemora o livramento de um grande perigo, talvez de urna enfermidade grave. O significado das palavras do subtítulo "dedicação da casa” é incerto. E possível que o Salmo 30 tenha sido escrito por Davi para a dedicação de seu palácio, ou para a dedicação do altar no local do futuro templo na eira de Aradna, o jebuseu, depois da peste (ICr 21:14-22:1). (3 salmo é evidentemente pessoal. O poeta expressa profunda gratidão a Deus por Sua bondade e detalha sua experiência durante a enfermidade. Na sinagoga moderna, o salmo é lido na Festa de Dedicação {Hanukah).Sohre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.30:1 "Introdução — Este é um salmo de gratidão que comemora o livramento de um grande perigo, talvez de urna enfermidade grave. O significado das palavras do subtítulo ""dedicação da casa” é incerto. E possível que o Salmo 30 tenha sido escrito por Davi para a dedicação de seu palácio, ou para a dedicação do altar no local do futuro templo na eira de Aradna, o jebuseu, depois da peste (ICr 21:14-22:1). (3 salmo é evidentemente pessoal. O poeta expressa profunda gratidão a Deus por Sua bondade e detalha sua experiência durante a enfermidade. Na sinagoga moderna, o salmo é lido na Festa de Dedicação {Hanukah). 1. Exaltarei. Tornar supremo em pensamento e afeição.Livraste. Do heb. dillithani, da raiz dal ah, empregado para se referir à ação de tirar água de um poço (ver Ex 2:16, 19). (3 saímista exalta a Deus por tê-lo livrado dos perigos mencionados nos v. 2 e 3."
Sl.30:2 2. Clamei. A mensagem do clamor está nos v. 8 a 10.Saraste. Embora a palavra possa ser usada num sentido metafórico, para a cura da angústia mental (ver SI 41:4), pode-se incluir, neste caso, sofrimento mental e físico. O pesar de Davi ao ver o sofrimento de seu povo durante a praga parece tê-lo desfalecido (ver 2Sm 24:13-17; ver Introdução do SI 30).
Sl.30:3 3. Cova. Do heb. sheol, a morada simbólica dos mortos (ver com. de Pv 15:11). A explicação mais natural é considerar que o saímista esteve gravemente enfermo de modo que sentiu estar perto da morte.Minha alma. Ou, “me fizeste subir” (ver com. do SI 16:10).Sepultura. Ver com. do SI 28:1.
Sl.30:4 4. Salmodiai. Quando somos abençoados, desejamos que outros se unam a nós no louvor a Deus (ver com. do SI 9:11; 34:3).Santos. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36).Daí graças. Ou, “memorial”. O nome de Deus, ou Seu caráter, é revelado na lembrança de Seu trato com o ser humano.
Sl.30:5 5. Não passa de um momento. A ira de Deus é passageira no caso de alguém que peca, se arrepende e confessa, pedindo misericórdia (v. 8-10).O Seu favor. Diferente da ira, o favor divino é duradouro, por toda a vida (ver SI 16:11).Dura. Do heb. lin, “passar a noite”. A ideia expressa pelo hebraico é de que “o choro chega ao anoitecer para passar a noite, mas pela manhã ha alegria”.Alegria. Do heb. rinnah, “um brado de alegria”. A repentina alegria pela manhã é representada no hebraico pela frase “ao amanhecer, um grito de alegria”, sem verbo. Assim como o sol em regiões tropicais parece, sem demora, irromper cm glória sobre o horizonte, a luz do amor de Deus de repente dissipa a escuridão da tristeza (ver Is 26:20; 54:7, 8). Se tivermos comunhão com Deus, a noite de tristeza sempre se dissipará com a manhã de alegria. (9 paralelismo é preservado com cuidado nos pares de palavras: “ira” - “favor”; “momento” - “vida”; “anoitecer” — “manhã”; “choro” — “alegria”.
Sl.30:6 6. Na minha prosperidade. O sal- mista compara sua experiência presente com a anterior, e conta o que aprendeu. Quando começamos a nos sentir autoconfiantes, Deus pode intervir e, por meio do sofrimento e da aflição, nos mostrar que só háa segurança permanente nEle. Feliz aquele que aprende a lição sem ter que sofrer a perda de amigos, propriedades ou saúde.Jamais serei abalado. Expressão da autoconfiança do salmista num dado momento de sua vida.
Sl.30:7 7. Permanecer forte. Esta frase diz, literalmente: “Yahweh, no Teu favor estabeleceste uma fortaleza [ou força] para meu monte.” O significado não é de todo claro, mas parece haver uma sugestão da autossufi- ciência do salmista num momento de grande prosperidade, quando ele se esqueceu de que o favor de Deus o havia fortalecido.Voltaste o rosto. A enfermidade ou o perigo foi para o salmista um sinal de que Deus tinha retirado dele Seu favor (ver com. do SI 13:1).Conturbado. Do heb. bahal, "estar perturbado”, "estar atemorizado” (comparar com o uso da palavra em Ex 15:15; Jz 20:41; ISm 28:21; etc.).
Sl.30:8 Sem comentário para este versículo
Sl.30:9 9. Que proveito [...]? Os v. 9 e 10 registram a oração do salmista. Que proveitoteria o Deus infinito se o salmista morresse (ver SI 6:5; 88:10-12; Is 38:18, 19)? O argumento "sugere um comovente quadro de confiança e intimidade infantil que o salmista tinha com Deus” (Oesterley). Esse tipo de súplica é tipicamente hebraica.
Sl.30:10 10. Sê Tu, Senhor, o meu auxílio. Com o sofrimento ele aprendeu que seu único auxílio estava em Deus.
Sl.30:11 11. Converteste. Há um contraste entre as expressões "pranto [...] folguedos”, “pano de saco [...] alegria” (ver Is 61:3).Folguedos. Evidência de alegria. As crianças dão pulos sem inibição quando estão felizes e agradecidas (ver Ex 15:20; jr 31:4, 13; ver com. de 2Sm 6:14).Pano de saco. O traje do que está pesaroso (ver Jó 16:15; Is 3:24).
Sl.30:12 12. Para sempre. Literalmente, "por uma idade”, isto é, durante a vida do salmista. Ele se propõe a agradecer a Deus em todas as suas atividades; aprendeu a lição da adversidade, que o habilita a se manter firme na prosperidade.Salmo 31Ao mestre de canto. Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 31 é um pedido sincero por livramento, motivado por uma genuína confiança na capacidade de Deus para solucionar os problemas. E caracterizado por inúmeras metáforas que descrevem a angústia do perseguido e a esperança que surge em momentos de adversidade. Alguns sugerem como contexto a experiência de Davi no deserto de Maom (ver lSm 23:19-26), embora o tema possa ser aplicado a muitas ocasiões similares. Este salmo era um dos favoritos de João Huss, Mortinho Lutero e Felipe Melanchton.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.I. Em Ti [...] me refugio. Ver com. do SI 7:1. Os v. 1 a 3 do Salmo 31 são semelhantes aos do Salmo 71:1 a 3.Não seja eu jamais envergonhado. Comparar com o SI 25:2.
Sl.31:1 "Introdução — O Salmo 31 é um pedido sincero por livramento, motivado por uma genuína confiança na capacidade de Deus para solucionar os problemas. E caracterizado por inúmeras metáforas que descrevem a angústia do perseguido e a esperança que surge em momentos de adversidade. Alguns sugerem como contexto a experiência de Davi no deserto de Maom (ver lSm 23:19-26), embora o tema possa ser aplicado a muitas ocasiões similares. Este salmo era um dos favoritos de João Huss, Mortinho Lutero e Felipe Melanchton. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Em Ti [...] me refugio. Ver com. do SI 7:1. Os v. 1 a 3 do Salmo 31 são semelhantes aos do Salmo 71:1 a 3. Não seja eu jamais envergonhado. Comparar com o SI 25:2."
Sl.31:2 2. Inclina-me os ouvidos. Ver com. do SI 17:6.Castelo forte. Do heb. tsnr (ver com. do SI 18:2).
Sl.31:3 3. Rocha. Do heb. selei (ver com. do SI 18:2).Por causa do Teu nome. Isto é, em nome de Sua reputação, ou de Seu caráter. Esta frase é repleta de significado. Na oração, indica que o suplicante se submete à vontade divina e está disposto a entregar a Deus seus problemas. Ele percebe que a honra de Deus está em jogo em todas as atividades do governo divino e acredita que Deus seria desonrado se o pedido fosse recusado. Pede-se a Deus que responda aoração, mas somente de uma forma que esteja em harmonia com a vontade divina, visto que tudo o que Deus faz é uma revelação de Seu caráter imutável.E presunção orar em nome de Deus quando as condições para que a oração seja atendida não são satisfeitas. Na verdade, nesse caso, é um pedido para que Deus não atenda a oração. Uma resposta favorável sob tais circunstâncias traria desonra ao nome de Deus e negaria Sua palavra.
Sl.31:4 4. As ocuítas. As armadilhas são colocadas de uma forma que o animal não possa vê-las.
Sl.31:5 5. Espírito. Do heb. ruach, o princípio animador da vida; a energia que vem de Deus e aviva o corpo. Na morte, afirma-se que o espírito volta para Deus (ver Ec 12:7; At 7:59). Contudo, os mortos não são cientes de nada (Sl 146:4).As palavras do salmista foram as últimas palavras de Jesus na cruz (ver Lc 23:46; cf. At 7:59). Diz-se que foram as últimas palavras de João Huss, Martinho Lutero e Felipe Melanchton, e muitos outros servos de Deus. Nós também, no momento de extrema necessidade, podemos entregar confiantemente nosso caso a Deus.Tu me remiste. O testemunho do passado, a certeza do presente e a promessa do futuro.
Sl.31:6 6. Odeio (NVÍ). As versões LXX, Siríaca e um manuscrito hebraico trazem “Tu odeias” e a ARA, “aborreces”.Vaidades enganosas (ARC). Talvez a referência seja a ídolos como conceitos de vaidade. Em contrapartida, o salmista confia em Deus (v. 5).
Sl.31:7 7. Minha alma. Forma idiomática para se referir ao pronome “me” (ver com. doSl 16:10).
Sl.31:8 8. Não me entregaste. Ver Dt 32:30.Liberdade (NVI). Ou, “lugar espaçoso” (ver Sl 4:1; 18:19).
Sl.31:9 9. Compadece-Te de mim. Nos v. 9a 13 o salmista deixa de afirmar sua fé em Deus para expressar de forma comovente seu sofrimento. Na sua angústia, ele se agita entre a esperança e o desespero. Parece dizer “meu caso é especial” (ver Sl 6).Meu corpo. Referência ao sofrimento físico. “Alma” sugere angústia mental. Parece haver um reconhecimento mínimo da inter-relação entre a mente e o corpo, «g Essa percepção incipiente se desenvolveu na ênfase contemporânea no aspecto psicossomático para o diagnóstico e tratamento de doenças físicas bem como psíquicas.
Sl.31:10 Sem comentário para este versículo
Sl.31:11 11. Opróbrio. Comparar os v. 11 e 12 com Jó 16:20; 19:13-19 (ver com. do Sl 22:7).
Sl.31:12 12. Como morto. Seus inimigos o esqueceram por completo. Talvez isso seja ainda pior do que ser desprezado (ver Sl 88:4, 5).
Sl.31:13 13. Murmuração. Ou, “sussurro” ou “relato maldoso”.Terror. Do heb. magor, “terror” (comparar com o uso de magor em Is 31:9; Jr 6:25; 20:3-10; 46:5). Uma exclamação que indica o medo intenso do salmista de tudo e de todos que encontrava (ver Jr 20:10).
Sl.31:14 14. Confio em Ti. Os v. 14 a 18 expressam grande confiança. Apesar da angústia expressa nos v. 9 a 13, o salmista diz: “Tu és o meu Deus.” Esta é a vitória da fé.
Sl.31:15 15. Os meus dias. Todos os acontecimentos do cotidiano. A oração renova a fé e a confiança. A resignação coloca, de forma plena, o caso humano nas mãos de Deus.
Sl.31:16 16. Faze resplandecer o Teu rosto. Comparar com a bênção de Arão em Nm 6:25; ver com. do Sl 4:6.
Sl.31:17 17. Não seja eu envergonhado. Comparar com o Sl 25:2.Emudecidos. Isto é, “estar morto”.A ideia se repete no v. 18.Morte. Do heb. sheol (ver com. de Pv 15:11).
Sl.31:18 Sem comentário para este versículo
Sl.31:19 19. Como é grande. Nos v. 19 aPerante. Ou, 'aos olhos de”.
Sl.31:20 20. No recôndito. Literalmente, “no esconderijo” (ver com. do SI 27:5).Da contenda de línguas. Calúnia (ver com. do v. 13).
Sl.31:21 21. Cidade sitiada. Ou, “cidade fortificada”.
Sl.31:22 22. Pressa. Do heb. chafaz, que em geral significa “apressar-se”, como se estivessecom medo ou alarmado (ver Dt 20:3; 2Sm 4:4). Num momento de confusão, o salmista se desesperou, clamando que estava à beira da morte. Satanás aproveita essas oportunidades para nos deprimir.
Sl.31:23 23. Amai o Senhor. O salmista convida todos os filhos de Deus a se unirem a ele em consagração ao Senhor. Seu apelo se baseia na experiência de confiança em Deus em tempos de adversidade (ver com. do SI 30:4).
Sl.31:24 24. Sede fortes. Ver com. do SI 27:14.Que esperais no Senhor. Li teral-mente, “esperam pelo Senhor”. A esperança é a base da experiência cristã.Salmo 32De Davi. Salmo didático.Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão.Introdução — O Salmo 32 é de arrependimento (ver p. 703). Ele une arrependimento pessoal com instrução. O poema tem o profundo propósito de mostrar as bênçãos do perdão. Foi escrito depois de Davi ter cometido o grave pecado com Bate- Seba (ver PP, 724) e é um registro de sua confissão e do perdão obtido (ver 2Sm 11; 12). Os v. 1 a 5 tratam da experiência pessoal de Davi; e os v. 6 a 11 dão conselhos. Afirma-se que este salmo foi um dos favoritos de Agostinho até sua morte. O teólogo tinha o salmo escrito na parede, para que o pudesse ver desde seu leito onde se encontrava enfermo.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.32:1 "Introdução — O Salmo 32 é de arrependimento (ver p. 703). Ele une arrependimento pessoal com instrução. O poema tem o profundo propósito de mostrar as bênçãos do perdão. Foi escrito depois de Davi ter cometido o grave pecado com Bate- Seba (ver PP, 724) e é um registro de sua confissão e do perdão obtido (ver 2Sm 11; 12). Os v. 1 a 5 tratam da experiência pessoal de Davi; e os v. 6 a 11 dão conselhos. Afirma-se que este salmo foi um dos favoritos de Agostinho até sua morte. O teólogo tinha o salmo escrito na parede, para que o pudesse ver desde seu leito onde se encontrava enfermo. 1. Bem-aventurado. Do heb. ashre (ver com. do SI 1:1). O salmista usa três palavras para descrever o pecado nos v. 1 e 2: iniquidade, pecado, dolo (ver Ex 34:7). Além disso, ele toca no tema da justificação pela fé.Iniquidade. Do heb. pesha, que indica “rebelião”, afastamento de Deus, e, portanto, implica pecado voluntário.Perdoada. Do heb. nasa. Ver com. do SI 25:18.Pecado. Do heb. chata ah. Pecado do ponto de vista de errar o alvo, falhar no cumprimento do dever.Coberto. A partir de então, oculto. O pecado não será mais posto diante do pecador (ver SI 85:2). A transgressão não é coberta no sentido de ser ignorada. Há apenas uma base para o perdão do pecado: arrependimento. A confissão tem valor somente quando é acompanhada do arrependimento (IJo 1:9). Alguns cristãos confundem os dois processos e reivindicam o perdão com base apenas no reconhecimento da culpa. No entanto, Deus está interessado nos aspectos práticos do caso. Além da tristeza por ter pecado, o arrependimento inclui expulsar o pecado. Essa expulsão é ato da própria pessoa fortalecida pelo poderdivino (DTN, 466). O perdão acontece de forma automática após essa experiência. Deus perdoa todos os pecados que são eliminados da vida.Muitos cristãos parecem estar mais preocupados em obter perdão do que em libertar-se de todo pecado. Eles se esforçam para confessar os pecados, um objetivo nobre, mas que tem mérito apenas se a confissão for acompanhada da eliminação do pecado.“A justiça de Cristo não encobrirá pecado algum acariciado” (PJ, 316). Antes que esse precioso dom seja concedido, as velhas inclinações para o mal herdado e cultivado devem ser rejeitadas. Essa foi a experiência de Davi. Foi assim que ele obteve perdão para seu grave pecado. Seu arrependimento foi genuíno. Ele chegou a abominar o pecado do qual foi culpado (ver CC, 28, 29)."
Sl.32:2 2. A quem o Senhor não atribui iniquidade. Isto é, Deus não mantém o pecado na conta do pecador. Ele não só perdoa o pecado, mas também aceita o pecador arrependido como se nunca tivesse pecado (CC, 67). O pecado foi posto sobre Jesus, nosso substituto, e, portanto, “não devemos estar ansiosos acerca do que Cristo e Deus pensam de nós, mas do que Deus pensa de Cristo, nosso Substituto” (Ellen G. White, GCB, 23/04/1901, p. 420; ME2, 32-33).Iniquidade. Do heb. awon, “distorção moral”, “perversidade”, “culpa”.Dolo. Do heb. remiyyah, “engano”, ou seja, nenhuma falsidade em si mesmo da qual tenha conhecimento e nenhuma culpa aos olhos de Deus ou dos outros. Sua confissão é sincera (comparar com Ap 14:5).
Sl.32:3 3. Enquanto calei. Davi se recusou a confessar seu pecado até para si mesmo. Ele viveu em aparente segurança (ver PP, 723) por um ano inteiro após ter se envolvido com Bate-Seba e ordenado a morte de Urias. Ele, contudo, não ficou livre de severos conflitos mentais e do sofrimento físico originado disso (ver SI 6:2, 3; 31:9).Gemidos. Do heb. sheagah (ver com. do SI 22:1).
Sl.32:4 4. Tua mão pesava. Davi está se referindo ao peso de sua consciência.Vigor. Forças vitais. O hebraico nesta frase é obscuro. A LXX traz algo bem diferente: “Minha vida se tornou completamente miserável, pois um espinho estava fincado em mim.”Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.32:5 5. Confessei-Te o meu pecado. O perdão veio depois do reconhecimento e da confissão (sobre as palavras empregadas neste versículo para o pecado, ver com. dos v. 1, 2).Disse. Ver 2Sm 12:1-14; cf. Lc 15:18.Tu. Enfático no hebraico. Diz-se que Agostinho afirmou o seguinte: “A voz ainda não está nos lábios, quando a ferida já foi curada/'
Sl.32:6 6. Sendo assim. Ou, “por isso”. O perdão faz com que o perdoado deseje contar a outros a bênção recebida (ver At 5:42).Em tempo de poder encontrar-Te.Esta declaração implica que haverá um tempo quando o ser humano buscará perdão e não o encontrará. Como isso pode ser verdade se Deus é “compassivo, clemente e longânimo” (Ex 34:6) e “rico em perdoar” (Is 55:7)? Naturalmente isso acontecerá no final do tempo da graça (ver Am 8:11, 12; Ap 22:11). No entanto, essa experiência pode vir antes para os pecadores individualmente. Muitos sentem que podem continuar pecando, ao menos por um tempo, sem sérias consequências para si mesmo, e depois, quando for conveniente, podem se arrepender e obter o perdão. A tragédia do pecado, porém, é que ele se apodera de tal modo da pessoa e se torna uma parte tão essencial da vida, sobretudo quando se sabe que é pecado, que com frequência não há o desejo de, mais tarde, se livrar dele. Sem esse desejo, não pode haver perdão. Em muitos casos, pode surgir um desejoexterior pela salvação e um pedido aparentemente sincero para libertação do pecado. Mas, se não houver o desejo de abandonar os pecados acariciados, a busca pela salvação é vã.Algumas vezes, o medo das consequências faz com que o pecador busque o perdão, como foi o caso de Judas (Mt 27:3-5); ou o desejo de obter vantagens materiais, como aconteceu com Esaú (Hb 12:16, 17). Mas, se as ameaçadoras consequências tivessem sido retiradas de Judas, ou a primogenitura devolvida a Esaú, ambos teriam voltado à sua antiga vida pecaminosa. Deus não pode aceitar os que buscam o perdão por esses motivos (ver com. do SI 32:1).Porém, o pecador pode ter a certeza de que Deus não desviará os ouvidos do pedido sincero de perdão. Ao mesmo tempo, ele deve saber que o pecado voluntário e persistente pode levar a uma condição em que não haja mais o desejo de ser purificado dele. E esse tipo de condição que descreve Hebreus 10:26, onde o tempo verbal grego permite a seguinte tradução: “Se vivermos deliberadamente em pecado [...] já não resta sacrifício pelos pecados.”Muitas águas. A pessoa que recebe o perdão fica segura, no alto da rocha da salvação que é Deus. Esta metáfora impressionava os judeus, que sabiam bem como inundavam de súbito os vales e canais depois de uma forte chuva, e o decorrente pânico dos habitantes.
Sl.32:7 7. Esconderijo. Ver SI 9:9; 27:5.Cantos de livramento. Comparar como cântico de Moisés e Miriã, em Exodo 15. Aquele que recebe perdão não consegue ficar em silêncio. Quando o cristão canta, outros ao seu redor se unem a ele em sua alegria.
Sl.32:8 8. Instruir-te-ei. Do heb. sakal, raiz da palavra “maschil” que aparece no subtítulo deste salmo (ARC; sobre “masquil”, ver p. 707).Alguns consideram que os v. 8 e 9 são uma declaração que confirma o voto do sal- mista de ensinar aos transgressores os caminhos de Deus (SI 51:13). No entanto, parece mais natural considerar esses versículos como a resposta de Deus à experiência do sal mista descrita nos v. 1 a 8. Davi tinha se desviado porque havia abandonado o caminho de Deus e Sua direção. A fim de impedir que, no futuro, se repetisse sua trágica experiência ou que houvesse uma queda moral de qualquer natureza, o que ele mais precisava era de uma reconsagração da vontade para que Deus pudesse guiá-lo desse momento em diante. A promessa divina deu a certeza necessária da vitória futura e lhe inspirou esperança.A segurança contra as quedas morais se encontra no procedimento aqui esboçado. O cristão deve ser constantemente instruído nos caminhos divinos, a fim de poder discernir com clareza o bem do mal. He deve conhecer a vontade divina com respeito a tudo, caso contrário não será capaz de reconhecer o tentador em seus diversos disfarces. Devido às complexidades da vidae às inúmeras maneiras como o adversário pode introduzir seus argumentos enganosos, é necessário receber instrução dia após dia. Isso pode ser feito por meio do estudo dirigido da Bíblia acompanhado de oração. Um cristão instruído dessa forma e que se propõe a nada fazer que desagrade a Deus saberá qual o caminho certo a seguir (ver DTN, 668; cf. Ed, 282; CPPE, 17, 18).
Sl.32:9 9. Como o cavalo. O salmista contrasta o ser humano, a quem Deus deu inteligência, com o animal, que, destituído de entendimento, precisa ser dominado pela força (ver Is 1:3; Jr 8:6).
Sl.32:10 10. Sofrimento. Ou, “dores”. O versículo é um claro exemplo de paralelismo antitético (ver p. 9).
Sl.32:11 11. Exultai. O salmista convida outros a louvar (ver SI 64:10).O salmo conta a história de um homem que pecou, recusou-se por um tempo a confessar o pecado, íoi torturado pela culpa, mas que finalmente reconheceu seu erro e o confessou, obtendo o perdão. Este salmo pode ser chamado de o “Salmo da justificação pela fé”.Salmo 33P gerações.Introdução — O Salmo 33 é um hino de celebração, que louva Yahweh como criador, supremo soberano e provedor fiel daqueles que O temem. E provável que tenha sido escrito para celebrar uma vitória nacional. Embora não seja um salmo acróstico, o poema consiste de 22 versículos, o mesmo número de letras do alfabeto hebraico. Neste salmo, o autor se refere a Deus como Yahweh. O poema apresenta uma rica coleção dos atributos divinos (sobre a autoria do salmo, ver PP, 716).
Sl.33:1 "Introdução — O Salmo 33 é um hino de celebração, que louva Yahweh como criador, supremo soberano e provedor fiel daqueles que O temem. E provável que tenha sido escrito para celebrar uma vitória nacional. Embora não seja um salmo acróstico, o poema consiste de 22 versículos, o mesmo número de letras do alfabeto hebraico. Neste salmo, o autor se refere a Deus como Yahweh. O poema apresenta uma rica coleção dos atributos divinos (sobre a autoria do salmo, ver PP, 716). 1. Exultai. Do heb. ranan, ''dar um vibrante grito de júbilo”. Os v. 1 a 3 são a introdução do salmo e um convite aos justos para louvar a Yahweh com instrumentos musicais.Fica bem. Do heb. nawah, “apropriado”, “conveniente”. O dom da gratidão é próprio dos justos."
Sl.33:2 2. Harpa. Do heb. kinnor, literalmente, “lira” (ver p. 18).Saltério. Do heb. nebel, um instrumento como a harpa (ver p. 18). A palavra "e” (ACF) não está no texto hebraico. E mais natural traduzir a frase como “saltério de dez cordas’’ (ARA; sobre os instrumentos usados na adoração no antigotemplo, ver p. 14-27). Somente o melhor é o suficiente para a adoração a Yahweh.
Sl.33:3 3. Novo cântico. Novas bênçãos requerem novo agradecimento e novos hinos de louvor (ver SI 40:3; 96:1). Não se deve limitar a usar sempre o que tem sido usado. Circunstâncias diferentes requerem uma expressão adequada e oportuna em palavras de oração e louvor.
Sl.33:4 4. A palavra do Senhor é reta. Os v. 4a 21 expõem as razões para louvar a Yahweh. Dentre elas está o fato de que Yahweh é justo e misericordioso (v. 4, 5, 18; ver SI 25:10; 26:3; 36:5, 6).
Sl.33:5 Sem comentário para este versículo
Sl.33:6 6. Por Sua palavra. A segunda razão para louvar (ver com. do v. 4) é que Yahweh é o criador de tudo o que existe. Jesus é o "Verbo” (Jo 1:1) que fez “todas as coisas” (Jo 1:3).O exército deles. Os corpos celestes, conforme indica a estrutura paralela do versículo.
Sl.33:7 7. Montão. Do heb. ned, palavra usada para descrever as águas (Ex 15:8; Js 3:13-16) na narrativa da travessia do Mar Vermelho e do Jordão. Alguns tradutores consideram que ned é a forma compacta de no d, "odre”. No d aparece na frase: “Recolheste as minhaslágrimas no Teu odre” (SI 56:8). Várias versões antigas confirmam essa interpretação.Em reservatório. Comparar com Jó 38:8-11; Jr 5:22.
Sl.33:8 Sem comentário para este versículo
Sl.33:9 9. Ele falou, e tudo se fez. Ou, simplesmente "Ele falou, e era”, suprimindo a palavra "fez”; ou ainda "Ele falou, e passou a ser”. O uso do pronome "Ele” no hebraico é enfático; Deus é apresentado como criador, em contraste com qualquer deus que pretenda ser capaz de criar. A excelência da linguagem usada para des- crever os atos criativos de Deus não tem paralelo na literatura (ver Gn 1:3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26).Passou a existir. Há uma notável simplicidade no paralelismo sinonímico deste versículo (ver p. 701).
Sl.33:10 10. O Senhor frustra. A soberania de Yahvveh (v. 10, 11) é a terceira razão para o louvor (ver com. dos v. 4, 6).
Sl.33:11 11. Dura para sempre. Há um claro contraste entre as frases dos v. 10 e 11: "desígnios das nações”, "conselho do Senhor”; “intentos dos povos”, "desígnios do Seu [DeusJ coração”.
Sl.33:12 12. Feliz. Ver com. do Si 1:1. Este trecho antecipa os v. 18 a 20, introduzindo a ideia da relação especial entre Deus e Israel.
Sl.33:13 13. Olha dos céus. Ver com. do SI 11:4. A quarta razão para louvar (ver com. dos v 4, 6, 10) é a onipresença e a onisciên- cia de Yahvveh.Todos os filhos. Yahweh é o Deus de todos, embora nem todos reconheçam que devem ser leais a Ele (ver Alt 5:45).
Sl.33:14 Sem comentário para este versículo
Sl.33:15 15. Forma o coração de todos eles. Do heb. yachad, "o número todo”. Significaque Deus formou o coração de todos os seres humanos, mas não do mesmo modo. A palavra para "formar”, yatsar, é usada para descrever a criação do homem e dos animais (Gn 2:7, 8, 19). Além disso, é usada para se referir ao desenvolvimento do feto humano (jr 1:5; cf. Is 44:2). Portanto, pode ser que o salmista esteja se referindo à criação da mente humana ou à subsequente influência e modelação do pensamento humano.
Sl.33:16 16. Não há rei que se salve. A quinta razão para louvar (ver com. dos v. 4, 6, 10, 13) é a onipotência de Yahweh. Ao se referir à relativa impotência de governantes, homens fortes e cavalaria, o salmista deixa subentendido que somente Yahvveh é onipotente. Esse é um recurso poético extraordinário, cujo significado subjacente é percebido apenas pelo leitor mais atento.
Sl.33:17 Sem comentário para este versículo
Sl.33:18 18. Os olhos do Senhor. Ver com. do SI 32:8. A sexta razão para louvar é (ver com. dos v. 4, 6, 10, 13, 16) que se pode confiar em Yahweh para proteger o povo escolhido.
Sl.33:19 19. Fome. Os habitantes da Palestina com frequência enfrentavam a fome.
Sl.33:20 20. Espera. Ver com. do SI 27:14.
Sl.33:21 21. Coração. Ver SI 13:5.Nome. Ver com. do SI 7:17.
Sl.33:22 22. Como de Tí esperamos. Um apelo triste e final para que Israel alcance sem demora o cumprimento de suas esperanças e desfrute a evidência do cuidado amoroso de Yahweh. As últimas palavras de Jacó em seu leito de morte são para Israel uma lição de fé e confiante esperança (ver Gn 49:18).Salmo 34Salmo de Davi, quando se fingiu amalucado na presença de Abimeleque e, por este expulso, ele se foi.X 1 Bendirei o Senhor em todo o tempo, o Seu louvor estará sempre nos meus lábios.uma, Lhe exaltemos o nome.me de todos os meus temores.PI 5 Contemplai-0 e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame.T 6 Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu ePI 7 O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra.D 8 Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle se refugia.D 10 Os leõezinbos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará. b 11 Vinde, filhos, e escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.T2 12 Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem?dolosamente.O 14 Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la.V 15 Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os Seus ouvidos estão abertos ao seu clamor.o mal, para lhes extirpar da terra a memória. 2? 17 Clamam os justos, e o Senhor os escutae os livra de todas as suas tribulações.P 18 Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido. 7 19 Muitas são as aflições do justo, mas oSenhor de todas o livra.U? 20 Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado.D 21 O infortúnio matará o ímpio, e os que odeiam o justo serão condenados.Introdução — O Salmo 34 é mais um poema alfabético ou acróstico (ver p. 705). Ele mescla gratidão pessoal e ações de graças coletivas. O tema do cuidado de Deus para com o aflito é apresentado de vários aspectos em vez de um desenvolvimento lógico sistemático. O salmo tem 22versículos, 23 no hebraico, sendo que o v. 1 é o subtítulo. Cada um deles começa com uma letra do alfabeto hebraico na ordem regular, com as seguintes exceções: a letra waw é omitida e a letra pe aparece como a primeira letra do último versículo.Sobre o subtítulo, ver p. 696; ver também com. de ISm 21:10, 13.
Sl.34:1 2. Alma. isto é, ‘eu” (ver com. cio SI 16:10).
Sl.34:2 2. Alma. isto é, ‘eu” (ver com. cio SI 16:10).
Sl.34:3 3. Comigo. O salmista convida os “humildes" a se unirem a ele no louvor a Yahweh. Exaltamos a Deus quando O engrandecemos (ver Dt 32:3). Todos aclamem o poder do nome de Jesus. “Digam-no os remidos do Senhor” (SI 107:2). Na adoração na sinagoga moderna o Salmo 34:3 é lido no momento em que se retira a Torah da arca.Nome. Ver com. do SI 7:17.
Sl.34:4 4. Ele me acolheu. O salmista começa a expressar o motivo de sua gratidão. E grato pelo que Deus tez por ele, pelo que fez por outros e pelas lições que Deus lhe ensinou n a s a d ve rs i da d e s.
Sl.34:5 5. Olharam para Ele (ARC). Provavelmente os “humildes” do v. 2; talvez pessoas que, como o salmista, experimentaram a bondade de Deus. Vários manuscritos hebraicos, as versões de Áquila e Jerônimo e a Siríaca têm o verbo no imperativo: “Contempla i-O” (como na ARA).Sereis iluminados. Ver 2Co 3:18. Quando Deus olha para o ser humano, seu semblante se torna radiante. Uma mudança sutil na vocalização torna o verbo um imperativo (ver com. de “Olharam para Ele”, v. 5), e aqui deveria ser traduzido “iluminai [com alegriaj”. A L.XX também tem o verbo no imperativo.Ao fugirmos de inimigos, visíveis ou não, parece que estamos sós, abandonados, impelidos na escuridão sombria de novas perplexidades que ameaçam destruir tanto o corpo quanto a mente. Então, de repente, de modo inesperado vem o livramento. Percebemos que uma Presença invisível mais uma vez transforma erros passados em degraus para a vitória. O coração se enche de gratidão e louvor, e outromarco de experiência é levantado para servir de encorajamento em provas futuras. Verdadeiramente, o Senhor é bom!
Sl.34:6 6. Este aflito. E provável que o salmista esteja se referindo a si mesmo na terceira pessoa, apresentando, desta forma, um quadro comovente. Este versículo, segundo a ordem acróstica, deveria começar com waiv; porém, zayin, a letra seguinte do alfabeto hebraico, é a primeira letra do versículo.
Sl.34:7 7. O anjo do Senhor. Sobre o ministério dos anjos celestiais, ver AA, 153, 154; GC, 511-513, 631, 632.Acampa-se. Ver Gn 32:1, 2; 2Rs 6:16,17. A contínua presença de anjos da guarda é uma das certezas mais doces do cristão.
Sl.34:8 8. Oh! Provai e vede. O salmista convida outros não para confiar na sua palavra, mas para provar por si mesmos. “Provai” vem da palavra heb. laam. "experimentar o sabor de”. Nesta passagem, significa “expe- rienciar” (ver Hb 6:5; IPe 2:3). A prova mais segura da religião se encontra na experiência pessoal. Sem a experiência cristã a religião de Cristo é apenas teoria, e como mera teoria não tem poder para salvar.Bom. Do heb. tob, uma palavra que expressa diversas qualidades, como “bondoso”, “gentil” e “amigável”. Refletir sobre este atributo divino pode ajudar a corrigir o indiferente senso de justiça. E preciso ser sensível aos elementos mais nobres do caráter de Deus, e pensar neste atributo divino quando se é tentado a esquecer da amabilidade no relacionamento com os semelhantes.Bem-aventurado. Ver com. do SI 1:1.Homem. Do heb. geber, “o homem jovem, vigoroso”. Não há quem não precise da ajuda divina. No plano divino não há lugar para a autossuficiência. O ser humano precisa de Deus.
Sl.34:9 9. Santos. Do heb. qedoslnm, “santos" (ver com. do SI 16:3; Lv 19:2).Nada falta. Ver com. do SI 23:1.(’\) Considerando-se que Aquis seja o rei de Cate.Ao fugirmos de inimigos, visíveis ou não, parece que estamos sós, abandonados, impelidos na escuridão sombria de novas perplexidades que ameaçam destruir tanto o corpo quanto a mente. Então, de repente, de modo inesperado vem o livramento. Percebemos que umaPresença invisível mais uma vez transforma erros passados em degraus para a vitória. O coração se enche de gratidão e louvor, e outro marco de experiência é levantado para servir de encorajamento em provas futuras. Verdadeira mente, o Senhor é hom!
Sl.34:10 10. Leõezinhos. Apesar de sua grande força, leõezinhos passam fome, mas os que temem a Deus não carecem de nada que seja essencial.
Sl.34:11 11. Filhos. Como um mestre, o sal- mista dá instruções. Os v. 11 a 14 contêm variadas i n s t r u ç õ e s.O temor do Senhor. Ver com. do
Sl.34:12 12. Ama a vida. A pergunta envolve as "ambições” psicológicas básicas do ser humano. Todo ser humano quer ter uma vida longa e feliz.
Sl.34:13 13. Refreia a língua. Ver SI 15:2, 3; 39:1-3; Pv 18:21; lPe 3:10-12; Tg 3:2-10. Os v. 13 e 14 respondem a pergunta do v. 12. A moderna liturgia judaica diária inclui este versículo.Mal. Do heb. mirmah, 'engano”.
Sl.34:14 14. Aparta-te do mal. Ver SI 37:27; ís 1:16, 17. O viver do cristão envolve aspectos positivos e negativos. Deve-se distanciar do mal e fazer o bem. Evitar fazer o mal apenas não é o suficiente; é preciso praticar o bem.
Sl.34:15 15. Os olhos do Senhor. Ver o SI 32:8.
Sl.34:16 16. O rosto do Senhor. Assim como os justos estão sob “os olhos do Senhor”, os ímpios têm o rosto de Deus contra eles. Deus observa tanto os justos como os ímpios.A memória. Comparar com Pv 10:7.
Sl.34:17 17. Livra. Várias vezes na vida presente e definitivamente na vida porvir. A promessa não garante o livramento completo neste mundo, mas, no caso do justo, o Céu garante a libertação de todos os problemas.
Sl.34:18 18. Dos que têm o coração que- brantado. Um coração quebrantado pelatristeza e pelo sofrimento está pronto a aprender as lições mais importantes que Deus tem a ensinar (ver SI 119:71). A idéia do “coração quebrantado” é frequente na Bíblia (ver SI 51:17; Is 61:1; 66:2).
Sl.34:19 19. Muitas são as aflições. Ver com. do v. 17. O cristão não necessariamente está isento de aflição, mas Deus lhe dá forças para enfrentar os problemas. Porém, tem-se observado que os sofrimentos do cristão são menores do que os do incrédulo, que sol re também com os efeitos da intemperança, do crime, dos maus hábitos. Algumas das recompensas do viver correto são desfrutadas já nesta vida.
Sl.34:20 20. Preserva-lhe todos os ossos.Deus protege os justos de seus inimigos c cuida deles (ver com. de Mt 10:28-30).Nem um deles. O princípio geral é que os justos estão sob proteção divina. Na Bíblia, princípios gerais são expressos com frequência por meio de linguagem concreta (ver Mt 10:30, 31). Em cumprimento das Escrituras, os ossos de Jesus não foram quebrados (ver jo 19:36; cf. Êx 12:46; Nm 9:12; DTN, 771, 772).
Sl.34:21 21. O infortúnio matará o ímpio. O pecado consome a si mesmo. A morte é a consequência natural e inevitável do pecado.Serão condenados. Ou melhor, “serão considerados culpados” (ver SI 5:10).
Sl.34:22 22. Resgata. O pensamento deste versículo se opõe ao do 21.Alma. Ver com. do SI 16:10.Será condenado. Ver com. do v. 21. A repetição do verbo nos v. 21 e 22 enfatiza o contraste entre o destino do ímpio e o livramento final dos que confiam em Deus.Salmo 35Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 35 é um poema i mprecatório (ver p. 703). E o clamor de angústia do sal mista ao ser perseguido por homens que foram seus amigos e então lhe retribuíam seu amor com intenso ódio. O salmo tem três divisões principais, cada qual encerra com um voto de agradecimento: (a) v. 1 a 10, oração; (b) v. 11 a 18, uma descrição dos inimigos; e (c) v. 19 a 28, apelo por intervenção divina. Alguns creem que a conspiração de Absalão e Aitofel e seus aliados pode ter sido o contexto histórico deste salmo.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.35:1 "Introdução — O Salmo 35 é um poema i mprecatório (ver p. 703). E o clamor de angústia do sal mista ao ser perseguido por homens que foram seus amigos e então lhe retribuíam seu amor com intenso ódio. O salmo tem três divisões principais, cada qual encerra com um voto de agradecimento: (a) v. 1 a 10, oração; (b) v. 11 a 18, uma descrição dos inimigos; e (c) v. 19 a 28, apelo por intervenção divina. Alguns creem que a conspiração de Absalão e Aitofel e seus aliados pode ter sido o contexto histórico deste salmo. 1. Contende. Do heb. rib, “contender” ou “conduzir um caso contra alguém” (ver SI 43:1; ISm 24:15, para outras ocorrências da palavra). Rib é também a raiz da palavra hebraica traduzida como ""os que contendem”. A seguinte tradução representa bem o que este termo significa; “Contende, Senhor, com os que contendem contra mim” (ver ARA). O salmista clama a Deus para defendê-lo contra aqueles que o acusam falsamente. O versículo é um exemplo de paralelismo sinonímico."
Sl.35:2 2. O escudo e o broquel. indicam tanto o escudo pequeno do Salmo 3:3 quanto o escudo maior e mais forte do Salmo 5:12 (ver também com. do SI 18:2); ambos são usados nesta passagem para transmitir a idéia de completa defesa.
Sl.35:3 3. Reprime o passo. A forma hebraica traduzida por esta frase é segor. Umamudança de vogal, tornando-se sagar, resulta num substantivo que foi interpretado como a espada de dois gumes chamada em grego de sagaris. A tradução da ARC apoia-se na LXX (“obstrui o caminho”). O versículo retrata Deus, por meio da linguagem humana, como um guerreiro que luta ao lado do salmista.Alma. Ou, “a mim” (ver com. do SI 16:10).
Sl.35:4 4. Sejam confundidos. Nos salmos imprecatórios, a causa do salmista é identificada com frequência com a causa de um Deus justo (ver S! 40:14, 15; ver p. 703).
Sl.35:5 5. Como a palha. Ver com. do SJ 1:4.O anjo do Senhor. Comparar eom
Sl.35:6 6. Tenebroso e escorregadio. Literalmente, “escuro e escorregadio”. Os inimigos fugiriam por montes escuros e escorregadios.
Sl.35:7 7. Laços. Ver com. do SI 7:15; 9:15.
Sl.35:8 8. Sobre o inimigo. O singular pode se referir de forma coletiva aos inimigos do salmista (ver com. do SI 9:15, 16).
Sl.35:9 9. Minha alma. Ou, simplesmente “eu” (ver com. do SI 16:10). O salmista se regozijará, não com a destruição do ímpio, mas com a intervenção divina.
Sl.35:10 10. Todos os meus ossos. Todo o corpo se regozija.
Sl.35:11 11. Iníquas testemunhas. Literalmente, “testemunhas de violência”. Os v. 11 a 17 descrevem o caráter dos inimigos do salmista.E me argúem. Ou, “eles perguntam de mim”.
Sl.35:12 12. Desolação. Literalmente, “perda de filhos”, uma representação comovente de alguém que perdeu tudo. O salmista se sente sozinho no mundo (ver com. do Sl 38:11).
Sl.35:13 13. Pano de saco. Veste dos que lamentam.Eu afligia a minha alma. O salmista lamentou, orou e jejuou por aqueles que se tornaram seus inimigos. Eles lhe retribuem com hostilidade a amizade que lhes brindou no passado.Em oração me reclinava sobre opeito. Em vez disto, “minha oração, que ela retorne para meu próprio peito!” O salmista pede que sua oração por seus inimigos lhe seja concedida, como prova da sinceridade de sua atitude para com eles.
Sl.35:14 14. Andava curvado. As formas externas de lamento entre os hebreus incluíam não tomar banho e não fazer a barba (ver 2Sm 19:24). O lamento do salmista era tão completo como o lamento por um familiar próximo.
Sl.35:15 15. Tropecei. Literalmente, “tropeço”. Ouando o salmista tropeçou, seus inimigos se alegraram e conspiraram contra ele para impedir que voltasse a se levantar.Os abjetos. Do heb. nekim, “os feridos”, referindo-se talvez aos mais fracos que o salmista, que se uniram para caluniá-lo conforme sugere o versículo.Dilaceraram-me. Línguas caluniosas são como os dentes afiados de animais selvagens, que despedaçam sua presa.
Sl.35:16 16. Como vis bufões em festins. Esta frase é obscura no hebraico. A LXX traz: “eles me tentaram, zombaram de mim.”Rangiam. Ver jó 16:9; Mt 13:42, 50.
Sl.35:17 17. Até quando [...]? Ver com. do Sl 13:1.Leões. Com frequência, o salmistacompara seus inimigos a leões (ver Sl 10:9; 17:12; 22:13).Predileta. Do beb. yechidah (ver com. do Sl 22:20).
Sl.35:18 18. Dar-Te-ei graças. A segunda parte do salmo, como a primeira (ver v. 10), se encerra com um solene e notável voto de gratidão.
Sl.35:19 19. Sem causa. Em todo o salmo, o escritor afirma inocência absoluta. Alguns creem que Jesus se referiu a esta frase quando disse: “Odiaram-Me sem motivo” (Jo 15:25). Porém, o mesmo pensamento ocorre de novo no Salmo 69:4. Visto que este salmo não é estritamente messiânico e que o Salmo 69 sim, é mais lógico supor que Jesus se referiu ao último.
Sl.35:20 Sem comentário para este versículo
Sl.35:21 21. Pegamos! O desejo dos inimigos é ver a derrota definitiva do salmista.
Sl.35:22 22. Tu, Senhor, os viste. Comparar com a frase: “até quando, Senhor, ficarás olhando?” (v. 17). A partir deste ponto, o salmo é mais tranquilo.Não Te cales. Literalmente, "não sejas surdo” (ver com. do Sl 28:1).
Sl.35:23 Sem comentário para este versículo
Sl.35:24 Sem comentário para este versículo
Sl.35:25 25. Agora, sim! Cumpriu-se o nosso desejo. Literalmente, “Ahah, nossa alma!”, expressão idiomática que significaria: “Ahah, temos o desejo do nosso coração.”
Sl.35:26 Sem comentário para este versículo
Sl.35:27 27. Cantem de júbilo. Porque a causa do salmista foi defendida.Prosperidade. Do heb. shalom, “paz”. A conclusão do salmo é bem diferente do início. Ele se encerra com vitória.
Sl.35:28 28. Celebrará. Do heb. hagah, Este verbo transmite a ideia de falar com voz baixa, como se meditando num pensamento agradável. Traduz-se como “medita”, no Salmo 1:2.Tua. A salvação que vem de Deus, não o livramento do salmista. Contemplar a bondade de Deus desvia o pensamento de si mesmo.Todo o dia. Continuamente. Toda obra fiel se realizada com louvor e oração.Salmo 36Ao mestre de canto. De Davi, servo do Senhor.profundo. Tu, Senhor, preservas os homens e os animais.Introdução — No Salmo 36, o salmista celebra a misericórdia divina e a contrasta com a depravação do ímpio. Os v. 1 a 4 descrevem a impiedade humana; os v. 5 a 9 expressam a beleza dos atributos divinos; e os v. 10 a 12 constituem uma oração que expressa a fé de que Deus revelará Sua bondade a todos os retos de coração. A linguagem do salmo é extraordinariamente bela.Os v. 1 a 4, de forma breve, retratam um ímpio. A degradação moral é apresentada em três estágios: (1) pecado que se opõe à consciência, (2) pecado que não é condenado pela consciência e (3) pecado impulsionado por uma consciência que se tornou totalmente depravada.O pecado nasce no coração (v. 1, 2), é expresso pela língua, na fala (v. 3), e se materializa pela atitude (v. 4). E uma análise progressiva da impiedade.Sobre o subtítulo, ver p. 696. O salmista é chamado de "seu servo”, no Salmo 35:27; ver também o subtítulo do Salmo 18.
Sl.36:1 "Introdução — No Salmo 36, o salmista celebra a misericórdia divina e a contrasta com a depravação do ímpio. Os v. 1 a 4 descrevem a impiedade humana; os v. 5 a 9 expressam a beleza dos atributos divinos; e os v. 10 a 12 constituem uma oração que expressa a fé de que Deus revelará Sua bondade a todos os retos de coração. A linguagem do salmo é extraordinariamente bela. Os v. 1 a 4, de forma breve, retratam um ímpio. A degradação moral é apresentada em três estágios: (1) pecado que se opõe à consciência, (2) pecado que não é condenado pela consciência e (3) pecado impulsionado por uma consciência que se tornou totalmente depravada. O pecado nasce no coração (v. 1, 2), é expresso pela língua, na fala (v. 3), e se materializa pela atitude (v. 4). E uma análise progressiva da impiedade. Sobre o subtítulo, ver p. 696. O salmista é chamado de ""seu servo”, no Salmo 35:27; ver também o subtítulo do Salmo 18. 1. No coração. Muitos manuscritos hebraicos, a LXX e a Siríaca trazem “seu coração”, tradução que parece estar mais em harmonia com o contexto. Assim, a primeira frase seria, literalmente, “a voz da transgressão [ou, a transgressão diz] ao ímpio no meio de seu coração”.Voz. Do heb. neum, “uma expressão vocal”. A palavra ocorre 361 vezes ao todo, e em outras passagens é usada para se referir de forma exclusiva às declarações divinas, em geral com a expressão “diz o Senhor” (Gn 22:16; etc.). Às vezes, o profeta é apresentado como o que pronuncia essas declarações (Nm 24:3, 15; Pv 30:1). Neste versículo, o emprego da palavra é o mais incomum. A transgressão é personificada e repete um oráculo divino. O pecado fala ao pecador como se fosse a voz de Deus.Temor. Do heb. pachad, “tremor”, “terror”. Esta não é a palavra que em geral se usa na expressão “temor do Senhor” (ver com. do SI 19:9). Pachad não é “temor” nosentido de reverência ou “adoração”, mas no sentido de “terror”, como o “terror do inimigo” (SI 64:1) ou “temor do mal” (Pv 1:33). Paulo cita a segunda frase do Salmo 36:1 para fundamentar sua tese sobre a depra- vação do ímpio (Rm 3:18)."
Sl.36:2 2. A transgressão o lisonjeia. O hebraico deste versículo é muito obscuro. Literalmente, diz: “Pois ele se lisonjeia em seus olhos, para encontrar sua iniquidade para odiar.” Talvez o salmista quisesse dizer que o ímpio se engana com a idéia de que seu pecado não será descoberto e que, portanto, não será punido.
Sl.36:3 3. Abjurou o discernimento. Os v. 3 e 4 apresentam a progressão do mal: o pecador deixa de fazer o bem, medita no que é mal, determina-se a fazer o mal e faz o mal sem que sua consciência o condene.
Sl.36:4 4. Maquina a perversidade. Ou, “vaidade”.Não se despega do mal. Para o pecador depravado e sem. esperança, a malig- nidade do pecado não é empecilho para a ação. Ele não percebe a imoralidade do ato pecaminoso.
Sl.36:5 5. A Tua benignidade. Do heb. chesed (ver com. do v. 7). De forma abrupta, o salmista deixa de retratar o ímpio para louvar a misericórdia e a fidelidade de Deus (ver com. do SI 33:4). Esta mudança repentina é uma característica da poesia hebraica.Aos céus. O salmista parece elevar-se de repente, acima da depravaçâo humana, ao espaço infinito onde Deus reside. Devido ao lato de a preposição heb. be (“aos”), também significar “desde”, conforme demonstram paralelos no ugarítico (ver p. 697-699; ver com. do SI 18:13), é possível considerar que esta passagem afirma que a misericórdia de Deus vem “desde os céus”.
Sl.36:6 6. Abismo profundo. Do heb. telioni, palavra que designa o oceano primitivo (ver com. de Gn 1:2). (3 salmista retrata os juízos de Deus como inesgotáveis e insondáveis.Os homens e os animais. Desde o ser humano, coroa da criação, até o animal selvagem, Deus cuida de todas as criaturas (ver SI 145:9). O cuidado de Deus com os animais é retratado no Salmo 104 (ver também Jn 4:11). Em vista disso, é preciso tratar os animais com bondade (ver PP, 443).
Sl.36:7 7. Preciosa. Do heb. yaqar, “caro”.Benignidade. Do heb. chesed, traduzido como “misericórdia”, no v. 5 (ARC; ver Nota Adiciona] a este salmo).À sombra das Tuas asas. Ver com. do SI 17:8; cf. Dt 32:11, 12.
Sl.36:8 8. Fartam-se da abundância. Do heb. rawah, literalmente, “beber até saciar-se”. O que Deus dá ao ser humano o satisfaz, pois ele encontra em Deus o que precisa, e em abundância (ver Ef 3:20; cf. Lc 6:38). Deus é o bom anfitrião (ver com. do SI 23:5).Torrente. A metáfora era expressiva para o habitante da Palestina, onde a água é escassa.Das Tuas delícias. As delícias de Deus, não as que o ser humano ilusoria- mente considera como delícias. Albert Barnes encontra neste versículo as seguintes verdades: (1) Deus é feliz; (2) a religião faz o ser humano feliz; (3) essa felicidade é de natureza divina; (4) satisfaz a necessidade da alma; (5) não deixa de satisfazer nenhuma delas; e (6) está estreitamente relacionada com a adoração na casa de Deus (ver PP, 413).
Sl.36:9 9. O manancial da vida. A vida física e espiritual; a vida no presente e no porvir. Deus não é apenas fonte de vida, mas cie tudo que dá sentido à vida (ver Sl 34:12; Jo 1:4; 4:10; 5:26; Ed 197, 198; ver com. de Pv 9:11).Na Tua luz. Visto que Deus é a fonte de luz, somente nEle se pode ver luz. Longe d Ele, todo conhecimento não passa de escuridão. Nossa oração deveria ser: “Ilumina o que é escuro em mim” (ver Jo 3:19, 20; ljo 1:5-7; lPe 2:9).
Sl.36:10 10. Continua. O salmista pede que o favor de Deus seja perpétuo.Benignidade. Do heb. chesed. É a terceira ocorrência deste termo neste salmo (ver com. do v. 7; cf. v. 5).Aos que Te conhecem. O conhecimento de Deus pode conduzir à salvação (ver Jo 17:3; ver com. de Pv 1:2).
Sl.36:11 11. Não me repila. O salmista pede que não seja pisado pelo insolente, nem afastado do lugar onde Deus o estabeleceu.
Sl.36:12 12. Ali (ARC). O salmista vê a resposta à sua oração e chama a atenção para a revelação da justiça divina na completa destruição dos ímpios. O salmo começa com tristeza e termina com triunfo.Chesed é uma palavra hebraica difícil de se traduzir de forma apropriada. Ela ocorre 255 vezes no AT, das quais 130 estão nos salmos. A ARA traduz o termo de diferentes formas: ‘misericórdia” 134 vezes, “bondade” 31 vezes, “benignidade” 26 vezes, “graça” 13 vezes, “benevolência” 11 vezes, “beneficência” seis vezes e “amor” cinco vezes; ela também o traduz algumas poucas vezes como “humanidade”, “fidelidade”, “compaixão”, “clemência”, “afeição”, “glória” e “mercê”; e ainda negativamente como “vitupe” (Pv 25:10), “torpeza" (Lv 20:17) e “opróbrio” (Pv 14:34) (uma vez cada uma). A LXX traduz chesed por eleos (“misericórdia”) 135 vezes e, em outros casos, por dikaiosyne (“justiça”), eleemosyne (“piedade” ou “misericórdia”), elfis (“esperança”) e doxa (“glória”). Portanto, é evidente que os tradutores viram que chesed poderia ser traduzida de formas diferentes para expressar urna ampla gama de qualidades.Chesed é usada (1) para descrever a relação entre indivíduos e (2) a relação entre Deus e a família humana. Alguns exemplos do primeiro caso são: (1) entre um filho e seu pai moribundo (Gn 47:29), (2) entre marido e mulher (Gn 20:13), (3) entre parentes (Rt 2:20), (4) entre convidados (Gn 19:19), entre amigos (lSm 20:8) e (6) entre um rei e seus súditos (2Sm 3:8). São muitos os exemplos de chesed que descrevem a relação entre Deus e o ser humano. O texto sob consideração é um exemplo.Num sentido geral, pode-se observar que chesed descreve: (1) com relação a Deus, Suas atitudes, relacionamentos e trato com o ser humano e, (2) com relação ao ser humano, as atitudes, relacionamentos e trato com o semelhante. Parece não haver no português uma palavra que transmita com precisão a mesma ideia que chesed transmite ao leitor hebreu. “Misericórdia”, “piedade” e “compaixão” descrevem de forma correta diferentes aspectos do significado desta palavra, mas nenhum o abrange na sua plenitude, pelo menos ao descrever um atributo divino.Com respeito a chesed, como um atributo divino, observa-se que a palavra “amor”, que tem lugar de destaque no NT como uma característica de Deus (ljo 4:7, 8; etc.), ocorre raramente no AT. O substantivo heb. ahahah é usado com referência a Deus apenas dez vezes (Dt 7:8; IRs 10:9; 2Cr 2:11; 9:8; Is 63:9; Jr 31:3; Os 3:1; 9:15; 11:4; Sf 3:17). O mesmo se dá com o verbo, com duas ocorrências no Pentateuco (Dt 7:13; 23:5) e apenas usos esporádicos em outros livros. Não se deve concluir com isso que esse atributo divino fosse quase desconhecido no AT ou exaltado raras vezes. Em vez disso, parece que o que os escritores do NT descrevem como agáfe, “amor” (ver com. de Mt 5:43), os escritores do AT chamavam de chesed. Infelizmente, a palavra “amor” na língua portuguesa é usada para abranger toda a gama de experiências desde atração sensual e paixão até a relação terna e benéfica de Deuscom Seu povo. Portanto, para muitos a tradução “amor” transmite apenas uma ideia parcial ou mesmo incorreta quando usada para descrever o caráter de Deus. Contudo, por falta de uma palavra melhor, emprega-se a palavra “amor” no NT como tradução para agápe, usada 106 vezes. Em 74 desses casos, a ARC traduz agápe por “caridade”. A palavra era adequada no passado, quando seu significado mais básico era de amor em sua perfeição. No presente, “caridade” está tão associada com boas ações para com os pobres e necessitados que é inadequado usá-la como uma tradução de agápe. Porém, caso se entenda que a palavra “amor” indica o amor divino tal qual os escritores da Bíblia buscaram apresentar, e se retirar desta palavra as idéias indesejáveis que, às vezes, estão associadas a ela no inglês e no português, mas que não pertencem à palavra grega agápe, teremos uma definição bastante próxima de chesed ao descrever um atributo divino.Quando se emprega chesed para descrever a relação entre indivíduos, a definição “amor” é a menos apropriada. Em geral, considera-se “amor” como um termo abstrato e como um princípio que governa a vida. Quando “amor” se traduz em uma experiência concreta, suas diferentes manifestações, muitas vezes, já não são chamadas “amor”; em vez disso recebem definições específicas (ver ICo 13). Por outro lado, chesed é usada, não apenas para designar o princípio abstrato do amor, mas também para suas diferentes manifestações. Assim, José pediu ao copeiro que lhe mostrasse chesed (Gn 40:14). Bondade, um elemento de chesed, -s* seria, nesse caso, uma tradução mais adequada do que “amor”. A atitude de Raabe para com os espias é descrita como um ato de chesed (Js 2:12). Como recompensa pela informação secreta, os homens da casa de José ofereceram mostrar chesed ao homem de Betei (Jz 1:24). As “beneficências” de Neemias para a casa de Deus são chamadas de chasadim, plural de chesed (Ne 13:14). Jó falou da necessidade de mostrar chesed ao aflito (Jó 6:14). No paralelismo anti- tético, o sábio contrapõe chesed a crueldade (Pv 11:17). Portanto, quando chesed está ligada às relações humanas, é mais adequado traduzi-la pela palavra que indique a característica específica do princípio geral de amor que está sendo manifestada. As versões antigas e modernas seguem essa regra. Miqueias 6:8 é um exemplo de chesed com referência ao ser humano, que descreve um princípio mais geral. Nessa passagem, a essência da verdadeira religião é definida como praticar a justiça, amar a misericórdia e ser humilde diante de Deus.Deve-se seguir a mesma regra quando chesed descreve atos de Deus que são manifestações de características específicas de “amor”. Por exemplo, quando o servo de Abraão orou por chesed, ele tinha em mente um aspecto específico deste atributo divino, necessário para solucionar o problema em questão. Portanto, “compaixão”, ou "favor”, em vez de “amor”, parece ser uma tradução apropriada. Por outro lado, quando o que se descreve é a ideia geral de chesed, a definição “amor” é bastante adequada. Ao escrever: “Como é preciosa, ó Deus, a Tua benignidade [chesed]}.”, o salmista quis dizer: “Quão excelente, ó Deus, é o Teu amor” (SI 36:7); e, ao dizer: “a Sua misericórdia [chesed] dura para sempre” (SI 136:1, 2, 3, etc.), ele quis dizer: “Seu amor dura para sempre”.O adjetivo chasid, da mesma raiz de chesed e que significa, literalmente, “aquele que pratica chesed”, é usado 32 vezes no texto hebraico. A ARA traduz o termo como “santo” 17 vezes, “piedoso” cinco vezes, “fiel” três vezes, “benigno” duas vezes, “o Santo” uma vez, “compassivo” uma vez, “puro” uma vez e “fidedigno” uma vez. Fosse assim: No SI 43:1, o adjetivo é associado à negativa indicando a nação “contenciosa”. Em 22 casos, a LXX traduz chasid por hosios, “santo” ou “piedoso”. Visto que chesed é um notável atributo divino, quem é chasid é piedoso, ou “um santo”. Sob esse ponto de vista, chasid se aproxima bastante daideia expressa por agápe, “amor”, no NT (lCo 13; ljo 2:5; 4:7, 8; 5:3). O adjetivo com frequência ocorre na sua forma plural chasidim.Em suma, deve-se adotar como princípio a tradução “amor” para chesecl quando se referir ao amor divino em seus aspectos gerais. Quando se enfatizam características específicas, ou quando se refere a relações humanas, o contexto deve determinar a tradução apropriada.Salmo 37Salmo de Davi.K 1 Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade.? nEle, e o mais Ele fará.te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios.PI 8 Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal.o ímpio; procurarás o seu lugar e não o acharás.n 14 Os ímpios arrancam da espada e distendem o arco para abater o pobre e necessitado, para matar os que trilham o reto caminho.Ü 16 Mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios.b 21 O ímpio pede emprestado e não paga; o justo, porém, se compadece e dá.D 23 O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz;Ü 25 Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.D 27 Aparta-te do mal e faze o bem, e será perpétua a tua morada.m serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.sua língua fala o que é justo.V 32 O perverso espreita ao justo e procura tirar-lhe a vida.P 34 Espera no Senhor, segue o seu caminho, e Ele te exaltará para possuíres a terra; presenciarás isso quando os ímpios forem exterminados.qual cedro do Líbano.V 37 Observa o homem íntegro e atenta no que é reto; porquanto o homem de paz terá posteridade.n 39 Vem do Senhor a salvação dos justos; Ele é a sua fortaleza no dia da tribulação.Introdução — Lutero disse a respeito do Salmo 37: ‘Aqui está a paciência dos santos.” Neste salmo, o poeta demonstra preocupação com o aparente triunfo do ímpio. Esse problema é solucionado quando o sal- mista reconhece que a aparente prosperidade é transitória. Já maduro em idade (ver v. 25), ele aconselha a confiar em Deus, que, a Seu tempo, punirá os pecadores e recompensará os justos. O salmo se desenvolve na forma de acróstico (ver p. 705) a partir do ensinamento do primeiro versículo. Sua estrutura de acróstico é bastante regular, sendo que cada letra do alfabeto hebraico introduz dois versículos. Nos v. 7, 20 e 34, a letra introduz apenas um único verso. No v. 29 está tsade em vez de ‘ayin. Contudo, alguns afirmam que ‘ayin tem seu lugar apropriado no início da última partedo v. 28, introduzindo a frase: “serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada”. Porém, ‘ayin é precedido pelo prefixo lamed, algo inco- mum nos salmos acrósticos. Como outros salmos acrósticos (ver SI 25), não há tanto um desenvolvimento de idéias como uma ampliação de diversos aspectos do tema central. O ensinamento se torna eficaz mediante a repetição. O tema do Salmo 37 é similar ao do 73 e à mensagem do livro de jó, em que se fala da justiça de Deus ao lidar com Seus servos e com aqueles que não O servem.Sobre o subtítulo, ver p. 696.
Sl.37:1 "Introdução — Lutero disse a respeito do Salmo 37: ‘Aqui está a paciência dos santos.” Neste salmo, o poeta demonstra preocupação com o aparente triunfo do ímpio. Esse problema é solucionado quando o sal- mista reconhece que a aparente prosperidade é transitória. Já maduro em idade (ver v. 25), ele aconselha a confiar em Deus, que, a Seu tempo, punirá os pecadores e recompensará os justos. O salmo se desenvolve na forma de acróstico (ver p. 705) a partir do ensinamento do primeiro versículo. Sua estrutura de acróstico é bastante regular, sendo que cada letra do alfabeto hebraico introduz dois versículos. Nos v. 7, 20 e 34, a letra introduz apenas um único verso. No v. 29 está tsade em vez de ‘ayin. Contudo, alguns afirmam que ‘ayin tem seu lugar apropriado no início da última parte do v. 28, introduzindo a frase: “serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada”. Porém, ‘ayin é precedido pelo prefixo lamed, algo inco- mum nos salmos acrósticos. Como outros salmos acrósticos (ver SI 25), não há tanto um desenvolvimento de idéias como uma ampliação de diversos aspectos do tema central. O ensinamento se torna eficaz mediante a repetição. O tema do Salmo 37 é similar ao do 73 e à mensagem do livro de jó, em que se fala da justiça de Deus ao lidar com Seus servos e com aqueles que não O servem. 1. Não te indignes. Literalmente, “não te acalores [em irritação]”. Não se preocupe ou se irrite com o aparente triunfo do ímpio (ver Pv 24:19). O cristão deve vencer a ira,pois, ao irar-se, ele perde a perspectiva e clareza de visão. Além disso, quando a pessoa se ira fica incapaz de ajudar o próximo e, como consequência, também deixa de fazer o que é correto.Nem tenhas inveja. Ver Pv 3:31; 23:17; 24:1, 19; cf. SI 73:3. O salmo começa e prossegue em grande parte no estilo de Provérbios."
Sl.37:2 2. Como a relva. Uma figura de linguagem comum (ver SI 90:5, 6; 103:15).
Sl.37:3 3. Confia. Os melhores antídotos para a irritação ou ira são a confiança em Deus e o envolvimento contínuo na prática do que é de valor para Deus e para o ser humano.Habita. Uma ordem. A ordem divina garante a permanência na terra; não há necessidade de fugir para estar seguro.Alímenta-te. Também no imperativo. Alguns preferem traduzir a frase: “alimenta- te de fidelidade”. Este versículo apresenta quatro regras para manter-se calmo quando se está indignado com a aparente prosperidade do ímpio: (a) confiar em Deus, (b) manter-se ocupado fazendo o bem, (c) habitar com segurança onde Deus o colocar e (d) buscar a fidelidade de Deus.
Sl.37:4 4. Agrada-te. Quando escolhe e ama o que Deus ama, a pessoa desfruta os desejos (literalmente, “petições”) de seu coração (sobre a identificação dos pensamentos e propósitos humanos com os planos de Deus para nós, ver DTN, 668).
Sl.37:5 5. Entrega o teu caminho. Ver com. do SI 22:8; cf. lPe 5:7. Podemos simplesmente entregar ao Senhor o fardo que nos é pesado demais. David Livingstone declarou que este versículo o sustentou em todos os momentos na África e também na Inglaterra.Confia. Ver com. do v. 3.Ele fará. Do heb. ‘asah, simplesmente, “Ele realizará”, ou, “Ele agirá” (NVI). O v. 6 declara o que Ele fará.
Sl.37:6 6. Justiça. Se, quando caluniado, o crente confia em Deus, Ele dissipará asnuvens de modo que seu verdadeiro caráter e suas razões sejam tão claros como o sol ao 4 meio-dia (ver Jr 51:10).
Sl.37:7 7. Descansa. Literalmente, “silenciar”. Ficar em silêncio ajuda a ouvir Deus falando à alma.Espera nEle. Ver com. do SI 25:3; 27:14.Não te irrites. Ver com. do v. 1.
Sl.37:8 8. Deixa a ira. O salmista aconselha acerca da atitude para com o malfeitor. Não se deve abrigar sentimentos de ira contra ele, pois isso lhe permite seguir adiante com o mal. O castigo dele está nas mãos de Deus.Abandona o furor. Repetição da frase- tema (ver com. do v. 1).Isso acabará mal. Literalmente, a frase diz: “não te indignes, só para fazer o mal”. Ira e indignação conduzem à prática do mal. E pecado abrigar o mal no coração, e isso leva ao ato pecaminoso.
Sl.37:9 9. Esperam. Comparar com o v. 7. Os v. 9 a 15 tratam principalmente do destino dos ímpios.Possuirão a terra. Ver os v. 3, 11, 22,
Sl.37:10 10. Não existirá. Isto se cumprirá quando Deus exterminar em definitivo os malfeitores e eliminar o pecado do universo (ver DTN, 763; GC, 544, 545).
Sl.37:11 11. Herdarão a terra. Ver com. dos v. 3, 9.Abundância de paz. Isto acontecerá de fato quando pecado e pecadores não existirem mais.
Sl.37:12 12. Ringe. Comparar com SI 35:16.
Sl.37:13 13. Rir-Se-á dele o Senhor. Vercom. do SI 2:4. Naturalmente, o salmista escreve da perspectiva humana.O seu dia. Comparar com ISm 26:10; Jó 18:20; Jr 50:27, 31.
Sl.37:14 14. O pobre e necessitado. Ver com. do SI 9:18.O reto caminho. Literalmente, “o reto de caminho”. Vários manuscritos hebraicos e a LXX trazem “o reto de coração” (ver SI 50:23; G1 1:13; Ef 4:22; etc.).
Sl.37:15 15. A sua espada [...] lhes traspas- sará o próprio coração. O mal é como um bumerangue, volta para quem o pratica (ver SI 7:15, 16; 9:15; cf. Et 7:10).
Sl.37:16 16. Mais. Ver Pv 15:16. Os v. 16 a 34 tratam principalmente do destino final dos ímpios.
Sl.37:17 17. Braços. O versículo, ao estilo de um provérbio, é um exemplo de paralelismo antitético simples (ver p. 9).
Sl.37:18 18. Conhece. Ver SI 1:6.Os dias. Expressão que indica o que acontece com o justo todos os dias (metoní- mia; ver com. do SI 31:15).
Sl.37:19 Sem comentário para este versículo
Sl.37:20 20. A gordura dos cordeiros (ARC). Do heb. kiqar karim, cujo significado não é claro. Yaqar é, literalmente, “preciosidade”. A ideia de “gordura” vem do fato de as partes mais apreciadas dos cordeiros serem as que contêm gordura. Karim também pode transmitir a ideia de pastos amplos, como em ísaías 30:23. Portanto, muitos traduzem a frase por: “como o viço das pastagens” (ARA), um símbolo adequado numa terra onde a pastagem rica era consumida pelo calor do verão. Alguns sugerem uma leve mudança de vogais e uma troca de um r para um d, duas letras facilmente confundidas no hebraico. Isso resulta na tradução: “como a queima das fornalhas”. A LXX traduz a segunda parte do versículo de forma bem diferente: “e os inimigos do Senhor, no momento em que estiverem sendo honrados e exaltados, sumirão por completo como a fumaça”.Em fumaça. Ver SI 102:3.
Sl.37:21 21. O justo, porém, se compadecee dá. Os v. 21 e 22 são exemplos de paralelismo antitético (ver p. 9). Neles, o caráter e a condição do ímpio e do justo são contrastados. O ímpio não paga suas dívidas;o justo tem o suficiente para dar (ver a promessa de Dt 15:6; 28:12, 44).
Sl.37:22 Sem comentário para este versículo
Sl.37:23 Sem comentário para este versículo
Sl.37:24 24. Se cair. Talvez, o salmista se refira em primeiro lugar, a alguém que esteja passando por dificuldade, desilusão ou calamidade (ver com. do SI 34:19). Ele também pode se referir à queda no pecado. O justo não está livre de pecar; mas, quando comete uma falta, de imediato toma medidas para corrigi-la. “Quando estivermos revestidos da justiça de Cristo, não teremos nenhum prazer no pecado; pois Ele estará trabalhando conosco. Poderemos cometer erros, mas havemos de aborrecer o pecado que causou os sofrimentos do Filho de Deus” (Ellen G. White, RH, 18/03/1890; citado em 1MJ, 338).O Senhor o segura pela mão. Literalmente, “sustenta sua mão”. Deus segura pela mão, para que, se cair, o justo não permaneça prostrado (ver Is 41:13; 43:2).
Sl.37:25 25. Agora, sou velho. O testemunho do próprio salmista de uma vida de cuidadosa observação e experiência. O versículo indica que o salmista escreveu o salmo em seus últimos anos de vida. Ele não declara que os justos não passam por privações, mas que eles não são abandonados por Deus quando enfrentam dificuldades. No final, eles prosperam, pois seus descendentes têm o de que necessitam. O salmista expressa uma verdade: a verdadeira religião torna o ser humano ativo e independente e o livra da necessidade de mendigar pela subsistência (ver em Jó 15:20, 23, o quadro oposto).
Sl.37:26 26. Sempre. Literalmente, “o dia todo”.Empresta. Ao passo que o ímpio pedeemprestado (ver com. do v. 21).
Sl.37:27 27. Aparta-te do mal. Este versículo expressa a lição do salmo (ver SI 34:14).
Sl.37:28 28. Justiça. O versículo não começa com dyin; no entanto, 'ayin é a segunda letra na frase traduzida como: “serão preservados para sempre” (ver p. 812).
Sl.37:29 29. Herdarão a terra. Ver os v. 3, 9, 11, 22, 34.Para sempre. Ocorre uma repetição da ide ia (ver v. 27-29).
Sl.37:30 30. Profere. Do heb. hagah, “sussurrar”, “meditar” (ver com. do SI 1:2, em que hagah é traduzido como “medita”; ver com. do SI 35:28).
Sl.37:31 31. No coração. Ver Dt 6:6; SI 40:8. A experiência da nova aliança (ver Hb 8:8-13).Lei. Do heb. torah (ver com. de Pv 3:1).
Sl.37:32 Sem comentário para este versículo
Sl.37:33 33. Deixará. Ou, “abandonará”.Nas suas mãos. Uma expressão hebraica que significa “em seu poder”.Condenará. Se alguém condenar falsamente um justo, Deus o absolverá (ver lCo 4:3, 4).
Sl.37:34 34. Espera. Comparar com o SI 27:14.Presenciarás isso. No final, os justosserão vingados, e os santos verão a vitória da verdade. A declaração do salmista não deve ser compreendida como uma expressão de vingança, e sim como uma profecia da vitória final da justiça e do amor de Deus (ver Ml 4:3).
Sl.37:35 35. Ví. Uma testemunha ocular (ver v. 25).Cedro do Líbano. Do heb. 'ezrahraanan, cujo significado não é claro. ’Ezrah é, literal mente, “um nativo de um lugar”, “um cidadão que possui plenos direitoscivis” (Êx 12:49; Lv 16:29; etc.). Raanan significa “exuberante”, “cheio de folhas”. A LXX apresenta a mesma versão da ARA: “os cedros do Líbano”. Alguns sugerem: “uma árvore que nunca foi transplantada”.
Sl.37:36 36. Desaparecera. O ímpio (ver com. do v. 10; ver também T8, 127).
Sl.37:37 37. Futuro (ARC). Do heb. acharith, palavra que possui vários significados como “fim”, “sorte” (ver Nm 23:10; Pv 1:19; etc.), ou “futuro” (Pv 23:18; Jr 29:11). O salmista tem em mente o destino final dos justos, e esse destino é a vitória, em contraste com o desti no final dos ímpios, conforme expresso no versículo seguinte.
Sl.37:38 38. À uma. Ou, melhor, “todos juntos”.Futuro para os ímpios (NVI). Ou, “o futuro do ímpio” (ver com. do v. 37). O contraste com o fim dos justos é notável.
Sl.37:39 39. Fortaleza. Ou, “lugar de refúgio”. Apesar do aparente triunfo dos ímpios, Deus é lugar de refúgio para os justos, e os que confiam nEle serão salvos no final.
Sl.37:40 40. Porque nEle buscam refúgio. Ver com. do v. 3. Ao estudar este salmo, é bom ter em mente que esta vida é uma escola que prepara para a vida no porvir; é um prelúdio da vida eterna. No final, os justos vencerão.Tl, 173 21 - CBV, 188 23 - T3, 466; T4, 522 25- MDC, 111Salmo 38Salmo de Davi. Em memória.Introdução — O Salmo 38 é uma oração de arrependimento (ver SI 6; ver também p. 703). O salmista retrata um sofrimento intenso, tanto físico quanto mental. Ele descreve seu corpo sendo atormentado pela dor, e sua mente, pela angústia, porque se sente condenado ou porque teme seus inimigos. O sofrimento se intensifica ao perceber que os que deveriam ser seus amigos o abandonaram quando ele mais precisou da compreensão e do consolo deles. O salmo tem três partes, sendo que cada uma começa com um apelo a Deus: os v. 1 a 8 descrevem amagnitude do sofrimento do salmista; os v. 9 a 14, sua paciência; e os v. 15 a 22 apresentam um pedido de ajuda, para que os ímpios não tenham oportunidade de se gloriar da sua calamidade. O salmo é caracterizado por formas verbais incomuns, paralelismos nítidos, jogos de palavras e ritmos cuidadosamente equilibrados.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.38:1 "Introdução — O Salmo 38 é uma oração de arrependimento (ver SI 6; ver também p. 703). O salmista retrata um sofrimento intenso, tanto físico quanto mental. Ele descreve seu corpo sendo atormentado pela dor, e sua mente, pela angústia, porque se sente condenado ou porque teme seus inimigos. O sofrimento se intensifica ao perceber que os que deveriam ser seus amigos o abandonaram quando ele mais precisou da compreensão e do consolo deles. O salmo tem três partes, sendo que cada uma começa com um apelo a Deus: os v. 1 a 8 descrevem a magnitude do sofrimento do salmista; os v. 9 a 14, sua paciência; e os v. 15 a 22 apresentam um pedido de ajuda, para que os ímpios não tenham oportunidade de se gloriar da sua calamidade. O salmo é caracterizado por formas verbais incomuns, paralelismos nítidos, jogos de palavras e ritmos cuidadosamente equilibrados. 1. Não me repreendas. Comparar com o SI 6:1."
Sl.38:2 2. Tuas setas. Símbolos do castigo divino (ver SI 7:13).Tua mão recai sobre mim. Ver SI 32:4.
Sl.38:3 3. Não há parte sã. Ver Is 1:6. Os sintomas descritos, somados ao fato de seus amigos o deixarem sozinho (ver v. 7, 11), dão a entender que a doença era extremamente repulsiva.Saúde. Do heb. shalom, “paz”, fim do sofrimento.Por causa do meu pecado. O salmista sente que seu sofrimento é uma punição por seus pecados. Todo sofrimento é resultado da entrada do pecado no universo e, muitas vezes, o sofrimento pessoal é resultado direto de atos errados. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (G1 6:7). Deus não faz um milagre para impedir que o ser humano sofra as consequências de violar as leis da natureza (ver CRA, 29). Se fossem protegidos dos resultados desastrosos de se praticar o mal, os pecadores se sentiríam encorajados na iniquidade.Porém, nem todo sofrimento é resultado direto do pecado pessoal da parte do sofredor. Antigamente, muitos consideravam que toda aflição era castigo de algum erro, fosse do sofredor ou de seus pais (ver jo 9:2). Julgavam o grau de culpabilidade pela intensidade de sofrimento. “Satanás, o autor do pecado e de todas as suas consequências, levara os homens a considerar a doença e a morte como procedentes de Deus - como castigos arbitrariamente infligidos por causa do pecado” (DTN, 471). Por causa dessa compreensão errônea, consideravam que o Pai celestial era um severo e exigente executor da justiça.Muitos cristãos têm o mesmo conceito errôneo. A despeito das lições do livro de Jó e dos ensinamentos de Cristo (ver Lc 13:16; At 10:38; cf. iCo 5:5; 2Co 12:7), esses cristãos consideram Deus como o causador da enfermidade.Eis a verdadeira filosofia do sofrimento: “O sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para finsmisericordiosos” (DTN, 471). A razão por que Deus nem sempre protege Seus filhos da enfermidade e do sofrimento é que, se fizesse isso, Satanás O acusaria como fez no relato do livro de Jó. Satanás afirmou que Deus era injusto, pois havia cercado com sebe Seu servo (Jó 1:10). Deus deve dar a Satanás a oportunidade de afligir os justos, para que no fim seja provado que todas as acusações de injustiça não possuem fundamento.Assim, o sofredor pode encontrar conforto na ideia de que, embora um “mensageiro de Satanás” o esbofeteie (ver 2Co 12:7), Deus está no controle para fins misericordiosos e fará com que a aflição se transforme em bênção (ver Rm 8:28).
Sl.38:4 4. Minhas iniquidades. Enfatizando o significado do v. 3.Fardos pesados. A repentina mudança da figura que descreve o pecado, por exemplo, como ondas do mar, para a figura do insuportável fardo do pecado, pode sugerir confusão de idéias como resultado da enfermidade (ver com. dos v. 8, 10).
Sl.38:5 5. Infectas. Literal mente, gera “infecção”, “putrefação”.
Sl.38:6 6. Ando de luto. Comparar com Jó 1:20; 2:8; SI 35:14.
Sl.38:7 7. Ardem-me os lombos. Os sintomas parecem indicar uma enfermidade repulsiva com inflamação intensa.Não há parte sã. Ver com. do v. 3.
Sl.38:8 8. Estou aflito. Ou, “estou paralisado”.Dou gemidos. Comparar com o SI 22:1.A voz expressa a profunda angústia da alma. Com este versículo, o salmista encerra a principal parte do relato dos sintomas físicos de seu sofrimento.
Sl.38:9 9. Na Tua presença. O salmista reconhece que Deus sabe de seu desejo de perdão e cura, e que não há necessidade de repetir a oração. Ele deve entregar seu caso a Deus. A oração mais débil é ouvida no Céu. Não precisamos falar muito para queDeus ouça nossa oração. Ele observa os propósitos do coração e nossa devoção a Ele. "A verdadeira oração requer as energias da alma e afeta a vida” (T4, 535).Este versículo é o único lampejo de conforto nos v. 1 a 14. Para o salmista é suficiente saber que pode derramar seu coração a um Deus que o conhece e que Se importa com ele.
Sl.38:10 10. Bate-me excitado o coração. As complicações da enfermidade incluem palpitação do coração, fraqueza e cegueira parcial. O enfermo se sente exausto com a agonia de seu sofrimento, e está praticamente à beira da morte.
Sl.38:11 11. Os meus amigos. Comparar com SI 31:11. Eles não estão dispostos a se aproximarem do enfermo, provavelmente por temer o contágio (ver Jó 19:13-20). Talvez esse distanciamento seja uma das setas do v. 2.Praga. Do heb. nega, “açoite”, empregado para descrever uma calamidade ou um juízo (verGn 12:17; Êx 11:1).O salmista deixa de pensar na dor resultante de seu estado físico e mental e considera seu sofrimento agravado pela conduta de seus amigos que o abandonaram e de seus inimigos que tramam contra ele.
Sl.38:12 Sem comentário para este versículo
Sl.38:13 13. Surdo. O salmista não leva em conta a calúnia de seus inimigos e permanece em silêncio ao ser perseguido.
Sl.38:14 Sem comentário para este versículo
Sl.38:15 15. Em Ti. O terceiro apelo direto a Deus (ver v. 1,9).
Sl.38:16 Sem comentário para este versículo
Sl.38:17 Sem comentário para este versículo
Sl.38:18 18. Confesso. Uma confissão completa do pecado. O salmista não oculta nada. O sofrimento lhe fez bem (ver com. do v. 3). Ele conhece a satisfação do arrependimento genuíno.
Sl.38:19 19. Mas os meus inimigos. O salmista está perplexo com o fato de os ímpios continuarem prosperando e com boa saúde.
Sl.38:20 20. Porque. A razão por trás cia conduta dos inimigos é que ele era um homem bom, que fazia o bem. O pecado não tolera o que é bom. A depravação total abomina a justiça (ver ljo 3:12).
Sl.38:21 21. Não me desampares. Ver SI 22:11, 19.
Sl.38:22 22. Salvação minha. Ver SI 27:1. As últimas palavras do salmo mostram os resultados positivos do sofrimento do salmista. As provas fizeram com que clamasse com fervor a Deus, a quem reconhece como sua única esperança de salvação.Salmo 39Ao mestre de canto, Jedutmn. Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 39 é uma elegia penitencial, considerada por alguns como “a mais linda de todas as elegias do Saltério”. I a comovente expressão de uma alma a princípio incapaz de falar de sua tristeza. Incapaz de reprimir suas emoções por tempo indefinido, o salmista finalmente derrama seu coração perante Deus. Neste salmo há apenas um vislumbre de luz, a profissão de fé 'Tu és a minha esperança” (v. 7). Como Jó, o salmista se preocupa com a questão do sofrimento sob o governo de um Deus bom.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.L Disse. Davi tomou a decisão de não pecar com suas palavras (ver Tg 3:2; cf. Jó 2:10).Mordaça. Do heb. machsom, da raiz chasam, traduzida como “atarás” em Deute- ronômio 25:4 (ver Tg 3:2-4).Na minha presença. O salmista não quería que sua queixa fortalecesse a hostilidade do ímpio para com Deus (ver SI 73:15). Pessoas más diversas vezes interpretam e empregam nossas dúvidas de forma errada.
Sl.39:1 "Introdução — O Salmo 39 é uma elegia penitencial, considerada por alguns como “a mais linda de todas as elegias do Saltério”. I a comovente expressão de uma alma a princípio incapaz de falar de sua tristeza. Incapaz de reprimir suas emoções por tempo indefinido, o salmista finalmente derrama seu coração perante Deus. Neste salmo há apenas um vislumbre de luz, a profissão de fé 'Tu és a minha esperança” (v. 7). Como Jó, o salmista se preocupa com a questão do sofrimento sob o governo de um Deus bom. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Disse. Davi tomou a decisão de não pecar com suas palavras (ver Tg 3:2; cf. Jó 2:10). Mordaça. Do heb. machsom, da raiz chasam, traduzida como “atarás” em Deute- ronômio 25:4 (ver Tg 3:2-4). Na minha presença. O salmista não quería que sua queixa fortalecesse a hostilidade do ímpio para com Deus (ver SI 73:15). Pessoas más diversas vezes interpretam e empregam nossas dúvidas de forma errada"
Sl.39:2 2. Emudeci. Comparar com SI 38:13.A minha dor se agravou. Sentimentos reprimidos podem ser intensificados (ver Jr 20:9); mas, quando são expressos, há alívio.
Sl.39:3 3. Então, disse eu. Finalmente, o fogo de suas emoções reprimidas irrompe em chamas e ele quebra o silêncio. Os v. 4 a 13 são a expressão de seus sentimentos, dos quais os v. 1 a 3 são apenas a introdução.
Sl.39:4 4. Fim. A essência dos pensamentos confusos do salmista é expressa na primeira frase deste versículo. O salmista quer ter uma noção correta da brevidade e incerteza da vida humana, para que possa descansar, ciente do cuidado de Deus.A minha fragilidade. Comparar com jó 3.
Sl.39:5 5. De alguns palmos. Indica, obviamente, pouco tempo. O palmo era uma das menores medidas, sendo equivalente a 1/2 côvado ou 22,23 cm (ver vol. 1, p. 143).O prazo da minha vida. Do heb. chelecl, aqui a duração da vida (comparar com SI 90:4-6).Por mais firme que esteja. Literalmente, “estar firme ”. A vida é tão curta e conquistamos tão pouco durante esse breve período que é natural, às vezes, indagar por que é assim.Selá (ARC). Ver p. 709,
Sl.39:6 6. Como uma sombra. Do heb. selem, “uma imagem”. Neste caso, uma imagem transitória.Em vão se inquieta. O ser humano é inquieto, cheio de ansiedade, ativo. Alas, afinal, o que ele conquista (ver Tg 4:13, 14)rAmontoa tesouros. O salmista vê os iludidos seres humanos gastarem a maior parte de sua energia juntando riquezas, ao mesmo tempo em que reconhece que eles não têm controle sobre sua riqueza após a morte (ver Jó 27:16-19; Ec 2:18, 21).
Sl.39:7 7. Mas agora (NVI). Neste ponto, o salmista deixa de refletir sobre a vaidade da vida para, de súbito, declarar que Deus é a única fonte de esperança. Este é o único vislumbre de luz na elegia.
Sl.39:8 8. De todas as minhas iniquidades. O salmista crê que o perdão o libertará de sua angústia, pois considera que seu problema é resultado de suas transgressões.Insensato. Do heb. nabal, traduzido por “insensato” (SI 14:1; 53:1; etc.) ou “perverso'' (2Sm 3:33). O salmista se preocupa com a honra de Deus. Ele acredita que, se Deus não o libertar, ele será ridicularizado pelos ímpios, que se alegrarão com a prova visível de que Deus não Se importa com o ser humano.
Sl.39:9 9. Emudeço. Comparar com o v. 2.Porque Tu fizeste isso. O salmistatentou solucionar seu problema submetendo-se cegamente à vontade de Deus. Muitos tentam entender o problema do sofrimento da mesma forma. Tentam convencer a si mesmos de que, se Deus envia o castigo, este deve ser justo e bom. Como o salmista, não entendem a verdadeira filosofia do sofrimento (ver com. do SI 38:3). Em vez de reconhecer a Satanás como o verdadeiro autor da enfermidade e da aflição, e a Deus como quem predomina sobre os ardis do inimigo para fins misericordiosos (ver DTN, 471), o ser humano considera que a doença e a morte procedem de Deus,como castigo arbitrariamente infligido por causa da transgressão.
Sl.39:10 10. Tira. E correto orar para que o açoite do inimigo seja retirado (ver 2Co 12:8), mas quem pede deve se submeter totalmente à vontade divina (ver Lc 22:42). Somente Deus pode julgar o caso à luz de todas as questões envolvidas no grande conflito. Cabe ao ser humano remover todo impedimento para que Deus realize tudo o que deseja, e então pode deixar o restante com Ele. Se o flagelo não for retirado, deve-se dizer como Paulo: “Mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12:9).Golpe. Do heb. nega (ver com. do SI 38:11).
Sl.39:11 11. Com repreensões. Ver com. do SI 38:3.Como traça. Ver Is 51:8; Os 5:12.
Sl.39:12 12. Avista de minhas lágrimas. Osv. 12e 13 descrevem o apelo final do salmista.Forasteiro. Comparar com Gn 15:13; Êx 2:22.Peregrino. Do heb. toshab, “alguém que se estabelece por um tempo num país, mas não é cidadão dele” (ver ICr 29:15).Como todos os meus pais. Ver Gn 47:9; Hb 11:13-15.
Sl.39:13 13. Desvia de mim. Literalmente, “desvia de mim Teu olhar”'. E um pedido para que Deus não continue a afligi-lo. Em contraste com a oração para que Deus o ouça e o ajude, o salmista desta vez ora para que Deus desvie dele o que considera ser um olhar de punição.Tome alento. Literalmente, “clarear”.Deixe de existir. Comparar com SI 6:5; Jó 14:1-12. O salmo termina com um tom de tristeza profunda, que mantém quase intacta a unidade de pensamento da elegia (ver v. 7).Salmo 40Ao mestre de canto. Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 40 combina louvor e petição. Nele, o salmista agradecido relembra as misericórdias de Deus ao livrá-lo das dificuldades passadas (v. 1-10) e clama por outro livramento em face de novos problemas (v. 11-17). A primeiraparte narra o que Deus fez (v. 1-5) e como o salmista reagiu a esses feitos (v. 6-10). Na segunda parte, ele apela a Deus desde o mais profundo de sua angústia (v. 11, 12), roga a Deus contra o poder de seus inimigos (v. 13-15) e, no final, expressa sua confiançaem Deus (v. 16, 17). Uma parte do salmo (v. 6-8) é de natureza messiânica (ver Hb 10:7-9). Os v. 13 a 17 também aparecem no Salmo 70, com poucas variações.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.40:1 "Introdução — O Salmo 40 combina louvor e petição. Nele, o salmista agradecido relembra as misericórdias de Deus ao livrá-lo das dificuldades passadas (v. 1-10) e clama por outro livramento em face de novos problemas (v. 11-17). A primeira parte narra o que Deus fez (v. 1-5) e como o salmista reagiu a esses feitos (v. 6-10). Na segunda parte, ele apela a Deus desde o mais profundo de sua angústia (v. 11, 12), roga a Deus contra o poder de seus inimigos (v. 13-15) e, no final, expressa sua confiança em Deus (v. 16, 17). Uma parte do salmo (v. 6-8) é de natureza messiânica (ver Hb 10:7-9). Os v. 13 a 17 também aparecem no Salmo 70, com poucas variações. 1. Esperei confiantemente. Nesta passagem, emprega-se no hebraico uma expressão que fortalece a idéia da espera. O salmista perseverou em oração. Muitas vezes, o crente não segura as mãos de Deus com força suficiente (ver SI 27:14).Ele Se inclinou para mim. Pode-se imaginar o seguinte quadro: Em princípio parece que Deus não dá muita atenção ao salmista; em seguida, Ele Se inclina e ouve seu clamor (ver SI 31:2; DTN, 356). Esta é uma preciosa ilustração do terno amor paternal de Deus."
Sl.40:2 2. Poço de perdição. Literalmente, “poço de tumulto”. E provável que o salmista tivesse em mente uma caverna profunda, escura, na qual rugiam as águas subterrâneas, enchendo-a de terríveis ruídos, e onde não há esperança de livramento. O braço de Deus é longo o suficiente para alcançá-lo e livrá-lo.Tremedal de lama. O fundo desse poço não era de terra sólida onde o salmista, na sua desolação, pudesse ficar em pé, mas sim de barro lamacento (ver SI 69:2, 14, 15). Toda tentativa de se livrar do atoleiro fazia com que afundasse mais.Sobre uma rocha. Eni contraste com o barro lamacento. O salmista tem os pés firmes sobre a rocha (ver SI 27:5) e, por isso, anda com segurança (ver SI 37:23).
Sl.40:3 3. Um novo cântico. Deus deu ao salmista novas razões para louvar seu Pai celestial. A idéia é frequente nos salmos (SI 33:3; 96:1; 98:1; 144:9). O cristão que se mantém próximo a Deus encontra diariamente novas razões para louvá-Lo (ver Lm 3:22, 23). O cântico dos remidos será um cântico novo, de experiência pessoal e de vitória.Nosso Deus. O salmista incluí seu povo no louvor a Deus (ver jo 20:17).Confiarão. Muitos verão o livramento que Deus deu ao salmista e também aprenderão a confiar nEle. O ser humano aceita a Cristo como Salvador porque vê o que Ele fez por outros. Uma alma resgatada é o melhor argumento em favor do cristianismo (ver CBV, 470; T9, 21). O cântico de Paulo e Silas na prisão fez com que os outros prisioneiros pensassem em Deus (At 16:25).
Sl.40:4 4. Bem-aventurado. Ver com. do SI 1:1.O homem. Do heb. geber, “homem no vigor da vida”.Não pende. Ou, “não se vira na direção de algo”.
Sl.40:5 5. São muitas, A recordação das bênçãos de Deus para com o salmista se tornou a inspiração deste salmo. Elas foram tantas que ele não pôde ordená-las a fim de que as pudesse contar. De fato, é impossível enumerar as muitas bênçãos que Deus derrama sobre a humanidade. É hom tentar fazer esse cálculo, mas não haver ia tempo para chegar a um resultado, pois à medida que fossem contadas, novas bênçãos seriam derramadas. E falsa modéstia o que impede alguém de contar a outros que Deus o ajudou (cf. A A, 124, 125).
Sl.40:6 6. Sacrifícios. Do heb. zebctch, oferta que implica derramamento de sangue.Ofertas. O salmista se pergunta como poderia agradecer a Deus os maravilhosos feitos em seu favor e conclui que Deus requer dele um serviço mais elevado do que o de todas as ofertas e os ritos do templo. Esse serviço mais elevado é o tema dos versículos seguintes.Abriste. Do heb. karah, “esburacar”, “cavar”. A ideia parece ser a de que Deus cavou os ouvidos de Seu servo para que houvesse uma comunicação livre entre os dois (ver ís 35:5; 50:5). Não é uma alusão ao costume de furar a orelha de um servo comuma sovela, indicando que seria seu mestre para sempre. Nesse caso, apenas a parte externa da orelha era perfurada (ver Ex 21:6). Aqui se trata de destapar o canal auditivo, de modo que o ouvido esteja aberto para a palavra de Deus. A obediência é superior a mero sacrifício (ver SI 51:16, 17).O Salmo 40:6 a 8 é citado em Hebreus 10:5 a 7. No entanto, a citação é da LXX e não do hebraico. Em vez da frase "abriste os meus ouvidos” (SI 40:6), Hebreus 10:5 traz “antes, um corpo me formaste”. Essa é a expressão lida nos manuscritos vatica- nos, sinaíticos e alexandrinos da LXX (ver DTN, 23). As versões de Áquila, Símaco e Teodócio, por outro lado, trazem "ouvidos”, como está no hebraico.Holocaustos. Oferta que era totalmente consumida pelo fogo (ver com. de Lv 1:3; comparar com Is 1:11).Ofertas pelo pecado- Ver Lv 4:1-35 (ver com. de Lv 4:2).
Sl.40:7 7. Então, eu disse. Depois de seu ouvido ter sido aberto para compreender a mensagem de Deus. Esta passagem se aplica ao Messias (ver Hb 10:7).Eis aqui estou. Aplicadas ao Messias, estas palavras se referem ao Seu primeiro advento. Na época do salmista, o “rolo” representava os escritos de Moisés que profetizavam sobre a vinda do Messias (ver Gn 3:15; Dt 18:15; Lc 24:27).
Sl.40:8 8. Agrada-me. Cristo tinha prazer em obedecer a Seu Pai. Quando a lei é inscrita no coração, a obediência se torna um prazer. Em vez de ser considerada uma série de ordens externas a serem seguidas ao pé da letra, a lei é vista como uma transcrição do caráter de Deus. O conhecimento correto de Deus conduz à apreciação inteligente de Seu caráter e desperta o desejo de imitá-lo. Ao se compreender o custo infinito da salvação, a pessoa a aprecia mais e mais, de modo que viver em harmonia com os princípios do Céu se tornao maior deleite do cristão (ver ljo 5:3; ver com. de Pv 3:1).Dentro do meu coração. Literalmente, “no meio das minhas entranhas”. Para Jesus, guardar a lei de Deus era uma questão tanto intelectual quanto sentimental, da mente e do coração (ver Dt 4:29; 6:5).Lei. Do heb. torah (ver com. de Pv 3:1).Os v. 6 a 8 enfatizam um dos principais objetivos dos ensinamentos do Messias. Para os judeus, o exterior era a parte integra! da religião. Jesus ensinou que o exterior era apenas um meio para um fim, e que o fim em si era estar em harmonia com a vontade de Deus. A função básica do plano da salvação é restaurar no ser humano a imagem divina (Ed, 15), e qualquer sistema religioso que subordine essa função ao cumprimento de cerimônias e tradições obscurece o propósito da verdadeira religião.
Sl.40:9 9. Proclamei. Esta passagem ilustra a responsabilidade do cristão de pregar o evangelho a outros. Não é justiça o que se reserva para si mesmo. Os v. 9 e 10 apresentam cinco verbos para expressar o anseio do salmista de mostrar sua gratidão a Deus: “Proclamei”, “Jamais cerrei”, “Não ocultei”, “Proclamei”, “Não escondi”.
Sl.40:10 10. Não ocultei. Uma religião que faz com que a pessoa retenha para si os benefícios de sua fé sem compartilhá-los com outros não tem nada a ver com cristianismo. “Se o amor de Deus está no coração, será manifesto na vida” (CC, 83).
Sl.40:11 Sem comentário para este versículo
Sl.40:12 Sem comentário para este versículo
Sl.40:13 13. Praza-Te. Comparar os v. 13 a 17 com o Salmo 70 (ver com. do SI 70). A expressão “praza-Te” é derivada do heb. ratsah, raiz da palavra traduzida como “vontade” (literalmente, “o que é agradável”) no v. 8.Dá-Te pressa. Ver SI 22:19; 38:22.
Sl.40:14 14. Envergonhados. Ver SI 35:4, 26.
Sl.40:15 15. Bem feito! Bem feito! Expressão que indica desprezo e reprovação (ver SI 35:21).
Sl.40:16 Sem comentário para este versículo
Sl.40:17 17. Preocupa-se comigo (NVI). Doheb. chashab, raiz da palavra traduzida como “desígnios” no v. 5.Não Te detenhas. Comparar com o v. 13. A conclusão meditativa destesalmo tem um delicado toque humano. A fé do salmista continua firme até o fim. Em meio à tristeza, a pessoa pode confiar que Deus vigia sobre ela e dará livramento.Salmo 41Ao mestre de canto. Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 41 fala de uma grave doença do salmista. Seu sofrimento é demasiado difícil de suportar ao perceber que aqueles que antes foram seus amigos agora o traem. O salmo começa comuma bênção sobre os que, com amor, ajudam o necessitado; segue com uma descrição da traição de seus ex-amigos, e encerra com uma oração de esperança e restauração. Este Salmo se assemelha ao 38.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.41:1 "Introdução — O Salmo 41 fala de uma grave doença do salmista. Seu sofrimento é demasiado difícil de suportar ao perceber que aqueles que antes foram seus amigos agora o traem. O salmo começa com uma bênção sobre os que, com amor, ajudam o necessitado; segue com uma descrição da traição de seus ex-amigos, e encerra com uma oração de esperança e restauração. Este Salmo se assemelha ao 38. 1. Bem-aventurado. Ver com. do SI 1:1.Acode. Ou, “dá atenção para”. Deus busca a forma mais eficaz de ajudar. Não se trata apenas de caridade. O verbo implica um princípio fundamental de política social, que envolve uma solução adequada para problemas como a pobreza e a enfermidade.Ao necessitado. Do heb. dal, “baixo”, “desamparado”, “abatido”, “pobre”."
Sl.41:2 2. O Senhor o protege, preserva- lhe a vida. Estas promessas devem ser compreendidas à luz do plano original de Deus para a nação de Israel (ver Dt 28:1-14; cf. SI 1:3; 37:3, 4, 11, 23-26, 37).Vida. Do heb. nefesh (ver com. do SI 16:10; 27:12).
Sl.41:3 3. O Senhor o assiste. Visto que ele atendeu as necessidades dos enfermos, pode esperar, como princípio geral, que Deus o ajudará a suportar a enfermidade quando lhe sobrevier. A bondade se recompensa com bondade.Tu lhe afofas a cama. Do heb. hafak, “dar voltas”, “mudar”. Caso a linguagem seja literal, sugere o conforto que sente o enfermo quando sua roupa de cama é trocada. Nada distingue melhor uma enfermeira experiente do que a habilidade de trocar a roupa de cama do doente sem incomodá-lo. Caso a linguagem seja figurada, o salmista está se referindo ao alívio do sofrimento. Deus nem sempre promete curar, mas promete dar alívio e conforto (ver lCo 10:13).
Sl.41:4 4. Disse eu. Como o pronome “eu” está antes do verbo, no hebraico, isso o torna enfático. O salmista recorda o que disse quando estava doente. Ele não apresenta seus próprios méritos, mas sim a misericórdia de Deus.Alma. Do heb. nefesh, simplesmente, “salva-me” (ver com. do SI 16:10). Não hárazão para pensar que o salmista se refira a algo que não seja uma enfermidade física.Pequei. Para o salmista, a enfermidade é o resultado direto de seu pecado e a punição dele (ver com. do SI 38:3).
Sl.41:5 5. E lhe perecerá o nome? Seus inimigos se alegravam com a expectativa de sua morte prematura e a possibilidade de apagar sua existência.
Sl.41:6 6. Se algum deles me vem visitar. Se seus inimigos o visitavam, falavam com hipocrisia, reunindo informações para lhe causar dano, e, ao sair, inventavam calúnias a seu respeito. Esta descrição retrata alguém que tem um amigo que na verdade é seu inimigo.Diz coisas vãs. Ou, “diz coisas vazias”. Os votos de melhora por parte de seus inimigos não são sinceros.
Sl.41:7 7. Rosnam a uma. Continua a descrição do v. 6. O visitante hipócrita se une aos outros inimigos do salmista e juntos discutem a condição infeliz do pobre enfermo e esperam pelo pior.Engendram males contra mim. O v. 8 fala disso. Vai longe a intriga e a hipocrisia. No livro de Jó, seus amigos o acusaram de graves pecados (ver Jó 22:5-10; etc.).
Sl.41:8 8. Peste maligna. Literalmente, “coisa de Belial” ou “coisa indigna” (ver com. de Jz 19:22; ver também com. do SI 18:4). Provavelmente se refira ao mal moral.Caiu de cama. Os inimigos se convencem de que não há esperança para ele; portanto, podem falar dele livremente. O sofrimento do salmista é ainda mais intensificado porque seus inimigos o consideram como prova de que ele é culpado de terrível crime.
Sl.41:9 9. Até o meu amigo íntimo. Literal- mente, “o homem da minha paz”. Aqueles que afirmam que este salmo foi escrito por Davi tendo como contexto a rebelião de Absalão aplicam este versículo a Aitofel (2Sm 15:31; ver com. do SI 55:12).Que comia do meu pão. A conduta sugerida aqui é sobremodo vergonhosa (ver 2Sm 9:10-13; lRs 18:19). Esta passagem é aplicada a Judas (ver Jo 13:18). O fato de parte deste salmo ter outra aplicação, além da local, não significa que todo o salmo foi originalmente designado como profético. O melhor é sempre interpretar esses escritos antigos, em primeiro lugar, dentro de seu contexto histórico, e aplicar ao futuro somente trechos que, mais tarde, escritores inspirados interpretaram dessa forma (ver com. de Dt 18:15).Levantou contra mim o calcanhar.Para alguns, esta figura sugere um cavalo dando coices na pessoa que o alimenta; para outros sugere a ideia de passar a rasteira em alguém. Judas demonstrou a mesma ingratidão depois de ter desfrutado por três anos o favor de Jesus.
Sl.41:10 10. Levanta-me. Do leito de enfermidade, contrariando a esperança dos inimigos (ver v. 8).Para que eu lhes pague. Para uma explicação do aparente espírito de vingança, ver p. 703.
Sl.41:11 11. Com isto conheço. Comparar com o SI 20:6. Da mesma forma que o sal- mista interpretou como verdadeira a filosofia do sofrimento (ver com. do v. 4; ver também com. do SI 38:3), ele também defendia erroneamente que prosperidade e saúde eram sinais especiais do favor do Céu. E verdade que Deus concede essas bênçãos aos seres humanos (ver Tg 1:17), mas são concedidas tanto a justos quantoa ímpios (Mt 5:45), de modo que as dádivas do Céu não podem necessariamente ser consideradas como evidência de que quem as recebe tem aprovação divina. A compreensão errônea desse fato explica algumas declarações do poeta no Salmo 73.Não se deve jamais aceitar a ausência de dificuldades como evidência de que tudo vai bem entre a pessoa e Deus. A única orientação segura é a norma da palavra de Deus e o testemunho do Espírito (Rm 8:16; Hb 4:12).
Sl.41:12 12. Quanto a mim. Literalmente, “e eu”. A frase está inacabada, ou melhor, completada com outra forma gramatical. O salmista começa na primeira pessoa, e então, de súbito, volta sua atenção para Deus, que o sustenta.integridade. Literalmente, “perfeição”, no sentido de inteireza. O versículo sugere que o salmista está se recuperando de sua enfermidade.Para sempre. Este pensamento contrasta com a esperança dos inimigos de que ele morrería logo (v. 5).
Sl.41:13 13. Bendito seja o Senhor. Umadoxologia que marca o final do Livro I (ver p. 705). Porém, ela também se refere ao conteúdo do v. 2 (ver a conclusão de outros salmos, como o 72:18, 19; 89:52; 106:48; 150).Amém. Do heb. amen, “certamente”, palavra de afirmação solene, duplamente enfática devido à repetição. A repetição pode sugerir também a resposta do povo quando o salmo era usado na adoração pública.Salmo 42Ao mestre de canto. Salmo didático dos filhos de Corá.s> louvor, multidão em festa.do Jordão, e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.Introdução — O Salmo 42 é um lamento comovente de Davi, “um fugitivo a quem se procurava prender, encontrando ele refúgio nas rochas e cavernas” (Ed, 164), exilado da casa de Deus, onde tinha encontrado alegria em participar dos serviços sagrados. A estrutura do salmo é bela, consistindo de duas seções de tamanho semelhante, cada qual seguida de um refrão encontrado no v. 5 e depois no v. 11 (e uma terceira vez no SI 43:5).Aqueles que consideram o Salmo 42 e o 43 como um só apresentam as seguintes razões: muitos manuscritos hebraicos os unem como um só; o refrão que ocorre duas vezes no Salmo 42 ocorre novamente no final do 43; o 43 é o único salmo do Livro 11 que não tem subtítulo; as idéiasexpressas nos Salmos 42:4 e 43:3 são parecidas. Porém, se “santo monte” (SI 43:3) se refere a Jerusalém, então é pouco provável que o Salmo 43 tenha sido escrito enquanto Davi fugia de Saul.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.42:1 "Introdução — O Salmo 42 é um lamento comovente de Davi, “um fugitivo a quem se procurava prender, encontrando ele refúgio nas rochas e cavernas” (Ed, 164), exilado da casa de Deus, onde tinha encontrado alegria em participar dos serviços sagrados. A estrutura do salmo é bela, consistindo de duas seções de tamanho semelhante, cada qual seguida de um refrão encontrado no v. 5 e depois no v. 11 (e uma terceira vez no SI 43:5). Aqueles que consideram o Salmo 42 e o 43 como um só apresentam as seguintes razões: muitos manuscritos hebraicos os unem como um só; o refrão que ocorre duas vezes no Salmo 42 ocorre novamente no final do 43; o 43 é o único salmo do Livro 11 que não tem subtítulo; as idéias expressas nos Salmos 42:4 e 43:3 são parecidas. Porém, se “santo monte” (SI 43:3) se refere a Jerusalém, então é pouco provável que o Salmo 43 tenha sido escrito enquanto Davi fugia de Saul. 1. Suspira. Do heb. ‘arag, “ansiar”. ‘Arag aparece apenas nesta passagem e em Joel 1:20, em que é traduzido como “bramam suspirantes”, mas é provável que tenha o mesmo significado que tem aqui.Corça. Do heb. dyyal, “cervo”, mas é provável que se escreva 'ayyalah, “cerva”, para concordar com o verbo “suspirar”, que em hebraico é feminino.Os v. 1 a 6 constituem a primeira estrofe da elegia.Minha alma. Ou, “eu” (ver com. do SI 16:10)."
Sl.42:2 2. Tem sede. A ilustração adquire mais significado pelo fato de as terras onde Davi foi fugitivo serem demasiado quentes no verão e a água, escassa. Animais selvagens com frequência impediam o tímido cervo de se aproximar da pouca água disponível.Do Deus vivo. A intensa necessidade que o salmista sentia de Deus é enfatizada neste salmo e no seguinte pelas cuidadosas invocações do nome de Deus (verv. 8, 9; 43:2, 4).Perante a face de Deus. Ver o uso desta expressão com referência às peregrinações ao santuário (Êx 23:17; SI 84:7). A ideia de estar na presença de Deus é bastante enfatizada neste salmo (ver SI 43:5; Êx 34:24; Dt 16:16; 31:11). O santuário era considerado como um lugar especial onde o ser humano se encontrava com Deus.
Sl.42:3 3. Lágrimas. Ver SI 80:5.Alimento. Do heb. lechem, “pão”. E interessante observar que onde o salmista fala de lágrimas como alimento, o poeta ugarí- tico (ver p. 697-699) fala de beber “lágrimas como vinho”.Enquanto me dizem. Os inimigos de Davi o insultavam com o pior de todos os insultos, dando a entender que o Deus em quem Davi confiava sequer estava preocupado com seu bem-estar.
Sl.42:4 4. Destas coisas. No exílio Davi recorda os momentos em que adorava na casa de Deus com a congregação daqueles que se regozijavam na presença de Deus. Estas lembranças tornavam seu sofrimento ainda mais insuportável. Pode ser demasiado triste lembrar-se de momentos felizes. Por outro lado, lembrar-se das providências divinas pode fortalecer o sofredor.
Sl.42:5 5. Por que [...]? Ov. 5 constitui o refrão do poema (repetido com poucas modificações no v. 11; e no SI 43:5). Ao considerar essas lembranças tão agradáveis, Davi censura a si mesmo por estar triste.Abatida. Literalmente, “curvada”.Alma. O salmista se dirige a si mesmo.Perturbas. Do heb. hamah, que tem a ideia de rosnar como um animal, rugir como as ondas (ver SI 46:3) ou uivar como o vento.Espera. Ver SI 25:3; 27:14; Lm 3:24. O ser humano busca consolo em si mesmo, sendo que a única esperança está em Deus.Ainda. Quando se confia em Deus, a seu tempo, Ele fará com que tudo acabe bem.Na salvação da Sua presença (ARC). Literalmente, “as salvações do Teu rosto” (ver SI 13:1). A salvação que vem de Deus tem várias formas. Afirma-se que, quando Lutero estava à beira do desespero, ele proferia a pergunta deste versículo e dizia a Melâncton: “Venha Filipe, cantemos o Salmo 46”.
Sl.42:6 6. Ó meu Deus (ARC). Os v. 6 a 11 constituem a segunda estrofe da elegia. O poeta resume sua tristeza, mas de uma forma mais tranquila.Abatida [... ] a minha alma. O poeta se sente profundamente desanimado (ver o refrão dos v. 5, 11; SI 43:5).Lembro-me, portanto, de Ti. Mesmo no exílio, Davi promete lembrar-se de Deus. Nisto está sua força.Monte Hermom. Literalmente, “Her- mons”, talvez seja uma referência à cadeia de montanhas da qual o monte Hermom, com 2.814 m de altura, é o pico principal. Para alguns, a referência é aos “hermonitas”, os habitantes de Hermom.Outeiro de Mizar. Ou, “monte Mizar”, sendo que “Mizar” designa, literalmente, “uma ninharia”, “um pouco”. Sua localização é desconhecida. O monte era provavelmente um dos menores da cadeia Hermom, de onde nasciam as águas do Jordão.
Sl.42:7 7. Um abismo chama outro abismo. O salmista parecia estar numa parte do país onde se podia ouvir o som da neve do monte Hermom derretendo e formando cataratas que desciam por montes e vales. Esse fenômeno natural parecia representar os problemas que enfrentava.Catadupas. Na LXX, katarrakt, termo do qual deriva a palavra catarata. Talvez o salmista esteja se referindo às impetuosas águas do Jordão, principalmente na época da cheia.Ondas. Provavelmente uma continuação da metáfora das cascatas e torrentes do alto Jordão na época da cheia. As grandes ondas representam a tristeza que abate a alma do salmista, principalmente por causa do exílio da casa de Deus. Como alguém que está se afogando, Davi afunda momentaneamente em desilusão e desânimo, (ver SI 88:7), mas pela fé logo se levanta na confiança de que Deus está no controle.
Sl.42:8 8. Mandará (ARC). Em meio ao desânimo, Davi vê um raio de esperança. Deus mostrará Seu amor. Assim como o Senhor controla as poderosas torrentes da natureza, Ele controlará as forças de aflição e ajudará Seu servo a sobreviver às mesmas.Misericórdia. Do heb. chesed, que neste caso pode ser traduzido por “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36).À noite comigo está o Seu cântico.Ver Jó 35:10; SI 32:7; 63:6; At 16:25.
Sl.42:9 9. Digo. A esperança na bondade do Senhor faz com que o salmista continue pedindo a Deus para explicar a razão de seu sofrimento.Deus, minha rocha. Comparar com SI 18:2.Por que [...]? Comparar com SI 22:1.
Sl.42:10 10. Ferida mortal (ARC). O termo hebraico assim traduzido não está claro. Provém de uma raiz cujo significado é “assassinar”, “matar”. Ocorre outra vez apenas em Ezequiel 21:22, onde se traduz como “matar”. Na LXX, a primeira frase do Salmo 42:10 é: “Enquanto meus ossos são esmagados, meus perseguidores me reprovam.”Dizendo e dizendo. Ver o v. 3; cf. J1 2:17; Mq 7:10.
Sl.42:11 11. Por que estás abatida [...]?O refrão ocorre pela segunda vez, e não há alterações (comparar v. 5 e 11 e 43:5). Na versão ARC, observa-se a mudança de “salvação da Sua presença” (v. 5) para “Ele é a salvação da minha face e meu Deus”, neste versículo.Salmo 43Teus tabernáculos.Introdução — Ver introdução ao Salmo 42. O refrão do salmo anterior é repetido no v. 5. Este é o único salmo no Livro II (ver p. 705) que não tem subtítulo.
Sl.43:1 "Introdução — Ver introdução ao Salmo 42. O refrão do salmo anterior é repetido no v. 5. Este é o único salmo no Livro II (ver p. 705) que não tem subtítulo. 1. Pleiteia. Do heb. rib, ‘contender”, “conduzir um caso contra alguém” (ver com. do SI 35:1; cf. ISm 24:15).Nação contenciosa. E provável que o salmista se refira à sua nação, pois sabe que ela está longe do ideal de Deus.Homem fraudulento e injusto. Talvez a frase deva ser compreendida como uma referência coletiva, ou seja, aos inimigos do salmista."
Sl.43:2 2. Por que [...]? Repete-se a pergunta do Salmo 42:9 com mais veemência. Davi não se sente apenas esquecido, ele se sente rejeitado.
Sl.43:3 3. A Tua luz e a Tua verdade. Misericórdia e fidelidade (ver SI 4:6; 25:10; 26:3; 27:1 36:9; ljo 1:5).Teu santo monte. Se o salmo foi escrito após Davi ter conquistado Jerusalém (ver introdução ao Salmo 42), é evidente que aexpressão se refere ao monte Sião. Antes da construção do templo, a arca era mantida num local temporário em Jerusalém (2Cr 1:3, 4). O antigo tabernáculo era em Gibeão (lCr 16:39).
Sl.43:4 4. Ea minha grande alegria. Literalmente, “a alegria do meu gozo”.Harpa. Do heb. kinnor, “lira” (ver com. do SI 33:2, 3; ver p. 18). Quando não se pode expressar a alegria na linguagem humana, a música supera as limitações da linguagem.
Sl.43:5 5. Por que estás abatida [...]? O refrão do Salmo 43, ou sua terceira ocorrência em toda a elegia, caso os Salmos 42 e 43 sejam considerados um só (ver com. do SI 42:5, 11). No texto hebraico, o refrão nesta passagem é idêntico ao do Salmo 42:11, assim como na ARA. Alguns manuscritos hebraicos e a LXX apresentam os três refrãos de forma praticamente idêntica (ver SI 42:11). Neste refrão está a síntese da experiência do cristão: o problema do sofrimento, a certeza do auxílio e a confiança na vitória final mediante a fé (ver ljo 5:4).Salmo 44Ao mestre de canto. Dos filhos de Corá. Salmo didático.o fulgor do Teu rosto, porque Te agradaste deles.] 1 Entregaste-nos como ovelhas para o corte e nos espalhaste entre as nações.Introdução — O Salmo 44 é uma oração sincera a Deus para que interve- nha e salve Seu povo dos inimigos (comparar com os Salmos 59 e 89). O cântico tem quatro seções: v. 1 a 8, a bondade de Deus para com Israel na antiguidade; v. 9 a 16, a triste situação de Israel no momento; v. 17 a 22, a afirmação do salmista de que Israel tem permanecido fiel a Deus; e v. 23 a 26, o apelo do salmista para que Deus livre Israel.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.44:1 "Introdução — O Salmo 44 é uma oração sincera a Deus para que interve- nha e salve Seu povo dos inimigos (comparar com os Salmos 59 e 89). O cântico tem quatro seções: v. 1 a 8, a bondade de Deus para com Israel na antiguidade; v. 9 a 16, a triste situação de Israel no momento; v. 17 a 22, a afirmação do salmista de que Israel tem permanecido fiel a Deus; e v. 23 a 26, o apelo do salmista para que Deus livre Israel. 1. Nossos país. A narrativa dos feitos maravilhosos de Deus foi transmitida de pai para filho (ver Êx 10:2; 12:26, 27; Dt 6:20-25; 32:7). A frase “em seus dias” remonta à época da entrada em Canaã (ver SI 44:3)."
Sl.44:2 2. Nações. Do heb. goyim, neste caso, as nações de Canaã. Enfatiza-se nestaseção que a vitória sobre o inimigo foi obtida não pela força de Israel, mas pela intervenção de Deus.Os. Isto é, os filhos de Israel.Os povos. Isto é, as nações de Canaã.Aos pais deste largueza. Ou, “os libertou”, isto é, os filhos de Israel. O paralelismo duplo pode ser ilustrado na seguinte paráfrase:Expulsaste as nações de Canaã com Tua mão,E estabeleceste os filhos de Israel;Afligiste os habitantes de Canaã,E libertaste os filhos de Israel.
Sl.44:3 3. Rosto. A palavra assim traduzida aparece como “presença”, em Êxodo 33:14 e 15. A presença de Deus era simbolizada pela coluna de nuvem (Êx 13:21).Porque Te agradaste deles. Ou, “deleitaste neles”.
Sl.44:4 Sem comentário para este versículo
Sl.44:5 5. Com o Teu auxílio. A vitória é atribuída a Deus.Vencemos. Do heb. nagah. O termo é empregado para a ação de escornear, ferir com chifres (em Dt 33:17).
Sl.44:6 Sem comentário para este versículo
Sl.44:7 Sem comentário para este versículo
Sl.44:8 8. Gloriado. Ou, “louvado”. Deus é a única razão para louvar (comparar com Is 25:1-4).Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.44:9 9. Porém. Um contraste marcante entre as primeiras vitórias de Israel sob a mão forte de Deus e a triste situação da nação nesse momento. O salmista usa a linguagem bíblica simples que com frequência atribui a Deus tudo o que Ele não impede que aconteça (ver com. de 2Cr 18:18). De certa forma, essa descrição poderia ser correta, mas a linguagem deve ser compreendida à luz da revelação total da inspiração. O sofrimento e a morte entraram neste mundo como resultado do pecado, e a culpa disso deve ser colocada sobre Satanás, não sobre Deus. Deus semeou “boa semente no seu campo”, mas “o inimigo veio e semeou joio no meio do trigo” (cf. Mt 13:24, 25).Há situações em que Deus é o responsável direto pela calamidade. Num mundo onde existe o mal, parece essencial que o pecado seja castigado para que as inclinações malignas do coração humano sejam refreadas. Por isso, Deus ordena penalidades civis aos malfeitores, e também que nações sejam castigadas por crimes nacionais (ver com. de 2Cr 22:8). As calamidades que sobrevieram a Israel eram consequência dessas duas causas: eram merecidas ou estavam na categoria geral das aflições com as quais o inimigo ataca a humanidade. Neste caso, Deus não deveria ser responsabilizado por elas. A pessoa que sofre nem sempre consegue determinar de imediato a causa de suas aflições. Enquanto busca a resposta, deve ter cuidado para não culpar a Deus injustamente (Jó 1:22).Tu nos lançaste fora. Comparar com SI 43:2.
Sl.44:10 Sem comentário para este versículo
Sl.44:11 11. Como ovelhas para o corte.Literalmente, “ovelhas de alimento”, isto é, ovelhas destinadas ao abate (ver v. 22).
Sl.44:12 12. Por um nada. Como se para Deus Israel fosse inútil e indigno.E nada lucras. Ou, “não lucrou com seu preço”. Alguns preferem a tradução: “não requerendo um preço alto por elas”.
Sl.44:13 13. Opróbrio. Comparar com SI 39:8.
Sl.44:14 14. Ditado. Do heb. mashal, palavra com vários significados, como “parábola”, “provérbio”, “discurso profético figurado” ou “cantiga de escárnio”, como neste caso, em Deuteronômio 28:37 e em 1 Reis 9:7.
Sl.44:15 15. Vergonha. Ou, “insulto”. Comparar com SI 69:7 (NTLH).
Sl.44:16 16. Ante. Ou, “por causa de”.À vista do. Literalmente, “por causa da face de”. Este versículo encerra a descrição do salmista do estado desesperador da nação de Israel.
Sl.44:17 17. Não nos esquecemos de Ti.O salmista afirma que a razão para as angústias de Israel não pode ser o fato de a nação ter abandonado a Deus. Mesmo que tivesse permanecido fiel, a nação teria sido punida.A Tua aliança. E difícil entender como o salmista pôde afirmar que Israel se manteve leal, tendo em vista sua contínua apostasia. Talvez ele quisesse dizer que embora a maioria tenha quebrado a aliança, como nação, Israel não tinha rompido formalmente seu compromisso com Deus. Ou, talvez, na intensidade de sua tristeza, ele tenha empregado uma hipérbole, como é o costume no Oriente.
Sl.44:18 Sem comentário para este versículo
Sl.44:19 19. Chacais. Do heb. tannim. Não deve ser confundido com tannin, “monstro marinho” (SI 148:7) ou “serpente” (Êx 7:9, 10). “Onde vivem os chacais” significa um lugar selvagem, desolado em que vivem estes animais. O salmista afirma que a terra de Israelfoi despojada e se tornou num lugar propício para a morada de animais selvagens (ver Jr 9:11; 10:22). Trata-se de uma hipérbole.Sombras da morte. Ver com. do SI 23:4; ver também Jó 3:5.
Sl.44:20 20. Estendido as mãos. Comparar com IRs 8:22; 2Cr 6:12, 13.
Sl.44:21 21. Ele, que conhece. Se isso fosse verdade, Deus saberia, Este é um apelo solene à onisciência de Deus.Dos corações. Ver Hb 4:12.
Sl.44:22 22. Por amor de Ti. Para o salmista, os sofrimentos não são causa do rompimento cia aliança, mas porque. Israel era o povo de Deus. Paulo cita este versículo para descrever os sofrimentos dos cristãos (ver Rm 8:36).
Sl.44:23 23. Desperta! Comparar com SI 3:7; 7:6; 35:23; 78:65. Parecia que Deus tinhaabandonado por completo a nação cie Israel. O salmista roga-Lhe que desperte. No Salmo 121, encontra-se um quadro mais verdadeiro do cuidado de Deus para com Israel.
Sl.44:24 24. Por que escondes [...]? Comparar com SI 13:1.
Sl.44:25 25. Nossa alma. Ou, ‘nós” (ver com. do SI 16:10). O versículo indica aflição extrema e prostração.
Sl.44:26 26. Por amor da Tua benignidade.Ou, “por amor do Teu amor” (ver com. do SI 36:7). Apesar de estar desesperado pela situação vergonhosa de sua nação, o salmista se apega ao amor de Deus. Sua aflição se devia à incapacidade de compreender os caminhos de Deus, mas sua força estava na certeza de que o amor de Deus nunca falha.Salmo 45Ao mestre de canto, segundo a melodia “Os lírios”. Dos filhos de Corá. Salmo didático. Cântico de amor.que a seguem, serão trazidas à tua presença.Introdução — O Salmo 45 é um hino de casamento, que celebra a união de um rei com uma princesa. Alguns comentaristas afirmam que este salmo é inteiramente messiânico. Não há dúvidas de que partes dele o são. Os v. 6 e 7 são citados em Hebreus 1:8 e 9 como as palavras que Deus, o Pai, dirigiu ao Filho. O v. 2 também é considerado messiânico: "A divina beleza de caráter de Cristo [...] de quem Davi, vendo-O em profética visão disse: Tu és mais formoso do que os filhos dos homens” (MDC, 49). Além clísso, essa declaração corrobora o lato de que Davi foi o autor do salmo. Visto que a profecia messiânica com muita frequência se mescla com descrições de natureza local, muitas vezes é impossível definir os limites entre uma aplicação local e o sentido futuro de uma determinada passagem. Um caminho seguro é considerar como messiânicas apenas as passagens que a inspiração declara como tais. Outras passagens, embora possam parecer ter aplicação messiânica, devem ser interpretadas em primeiro lugar no seu contexto local. Se são ou não messiânicas é apenas suposição.Após uma introdução de um versículo, o poeta inspirado se dirige ao noivo (v. 2-9) e em seguida à noiva (v. 10-17); os últimos dois versículos constituem uma bênção sobre a união.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707, 708.
Sl.45:1 "Introdução — O Salmo 45 é um hino de casamento, que celebra a união de um rei com uma princesa. Alguns comentaristas afirmam que este salmo é inteiramente messiânico. Não há dúvidas de que partes dele o são. Os v. 6 e 7 são citados em Hebreus 1:8 e 9 como as palavras que Deus, o Pai, dirigiu ao Filho. O v. 2 também é considerado messiânico: ""A divina beleza de caráter de Cristo [...] de quem Davi, vendo-O em profética visão disse: Tu és mais formoso do que os filhos dos homens” (MDC, 49). Além clísso, essa declaração corrobora o lato de que Davi foi o autor do salmo. Visto que a profecia messiânica com muita frequência se mescla com descrições de natureza local, muitas vezes é impossível definir os limites entre uma aplicação local e o sentido futuro de uma determinada passagem. Um caminho seguro é considerar como messiânicas apenas as passagens que a inspiração declara como tais. Outras passagens, embora possam parecer ter aplicação messiânica, devem ser interpretadas em primeiro lugar no seu contexto local. Se são ou não messiânicas é apenas suposição. Após uma introdução de um versículo, o poeta inspirado se dirige ao noivo (v. 2-9) e em seguida à noiva (v. 10-17); os últimos dois versículos constituem uma bênção sobre a união. 1. Transborda. Do heb. rachash, palavra que aparece apenas nesta passagem no AT. No hebraico pós-bíblico, ela significaagitar-se ativamente”. Essa definição se ajusta ao contexto. Davi está tão comovido pela maravilha e beleza de sua visão (ver MDC, 49) que não consegue deixar de expressá-la. A pregação que comove, como uma linda poesia, vem de uma alma que está agitada (ver Mt 12:34).Minha língua. Davi deseja que suas palavras sejam cálidas, livres, cheias de emoção.Pena. Do heb. ets, ""estilete”, instrumento usado para escrever em pedras (ver Jó 19:24).Esta introdução formal e incomum confere solenidade e importância ao tema do poema."
Sl.45:2 2. O mais formoso. Davi descreve sua visão profética de Jesus, o fulgor da glória do Pai (MDC, 49). Pode-se observar na paráfrase aramaica cleste versículo que os judeus atribuíam a ele um significado messiânico: ‘Tua beleza, ó Rei Messias, é maior do que a dos filhos dos homens.”Nos v. 2 a 9, o rei é retratado como um homem, como um guerreiro, como um governante, e finalmente como um noivo no dia de seu casamento.Graça. Depois de mencionar a beleza física do rei, Davi chama atenção para seu discurso cheio de graça (ver Ct 5:16; Is 50:4; Mt 7:29; 13:54; Le 2:47; Lc 4:22).Por isso. Os dons da beleza e da eloquência persuasiva são considerados como prova da bênção divina.
Sl.45:3 3. Cinge a espada. O rei não é apenas bonito e tem o dom de falar bem, eletambém é forte em batalha. O poeta prediz sua vitória ao ir para a guerra. Sugere-se que a cerimônia dos cavaleiros é baseada nestas palavras.
Sl.45:4 4. Mansidão (ARC). O reino devia ser estabelecido não com orgulho e arrogância, mas com humildade e mansidão.
Sl.45:5 5. As tuas setas. Este versículo é uma dramática apresentação de idéias, e pode- ria ser traduzido como: “ luas setas são afiadas, as pessoas caem diante delas, [as setas afundam] no coração dos inimigos do rei.” A descrição é de uma vitória completa.
Sl.45:6 6. O Teu trono, ó Deus. Esta frase é traduzida de diferentes formas. Eis algumas delas: “deu trono é o trono de Deus”, "Teu trono, dado por Deus ’, "Teu trono é de Deus” ou “leu trono divino”. Ao que tudo indica, essas traduções são aparentemente um esforço para se adequar à ideia de que a passagem se refere a um casamento literal. Uma compreensão correta dos princípios de interpretação profética no AT (ver introdução do Salmo 45; \cr também com. de Dt 18:15) permite uma aplicação imediata e local do salmo, bem como uma aplicação no futuro de algumas partes confirmadas pela inspiração. A luz dessas considerações, não há necessidade de se desviar da tradução simples e natural do hebraico, como a encontrada na ARA e em versões antigas. Sobre os problemas de tradução deste versículo, ver Problems in Bible Translation [Problemas em tradução bíblica] (Revievv and Elerald, 1964), p. 148-150.Os v. 6 e 7 são citados em Hebreus 1:8 e 9 para mostrar que o Messias é exaltado acima dos anjos (ver introdução ao Salmo 45).Para todo o sempre. O reinado do Messias não terá fim (ver Ap 11:15).
Sl.45:7 7. Deus, o teu Deus. Deus, o Pai, ungiu Cristo, o Filho. Esta frase pode ser traduzida como: “O Deus, teu Deus”.Neste caso, a palavra continua sendo dirigida a Cristo, o Filho (como no v. 6), e Deus, o Pai, considerado Seu Deus.Ungiu. Do heb. mashach, raiz da palavra “Messias" (ver com. de Ex 29:7; Nm 3:3).
Sl.45:8 8. Todas as tuas vestes. A frase é, literalmente, “mirra e aloés e cássia, todas as tuas vestes”. Suas vestes estavam tão saturadas de perfumes que parecia estar vestido de perfume.Mirra. Resina aromática de uma árvore encontrada na Arábia (ver Gn 43:11; Et 2:12; Ct 4:6; Mt 2:11; Jo 19:39).Aloés. Substância fragrante produzida pela queima de uma madeira aromática da índia e do Ceilão (ver Pv 7:17; Ct 4:14). Não deve ser confundida com a planta medicinal amarga chamada aloe vera.Cássia. Casca semelhante à canela, porém menos aromática, proveniente da índia.Palácios de marfim. Palácios adornados com marfim, como o famoso palácio de Acabe, em Samaria (ver com. de IRs 22:39; cf. Am 3:15).De onde (ARC). Do heb. minni, forma arcaica de min, que significa “desde”, ou “de onde”. Uma mudança sutil para mim/im resulta a tradução “instrumentos de corda” (ver ARA; cf. SI 150:4). As versões antigas seguem a tradução do texto hebraico.
Sl.45:9 9. Filhas de reis. Uma vez que o casamento era realizado na opulência da corte, seria apropriado que as convidadas fossem mulheres de sangue real.A tua direita. Lugar de honra (ver IRs 2:19).De ouro finíssimo de Ofir. Em vestes bordadas ou ornamentadas com o mais fino ouro (sobre a localização de Ofir, ver com. de IRs 9:28; cf Jó 28:16).
Sl.45:10 10. Ouve. O salmista se dirige à noiva, apresentada no v. 9. Ele a aconselha a dar atenção ao novo relacionamento no qual está prestes a entrar.Esquece. O salmista adverte a noiva: “Não anele pela casa de teu pai, não compare o novo com o antigo, não tente trazer idéias estranhas a seu novo ambiente; rompa todas as associações que possam se interpor entre você e seu rei; identifique-se totalmente com seu marido.’’ Lm belo exemplo de lealdade encontra-se na história de Rute e Noemi (ver Rt 1:16-18).
Sl.45:11 11. Cobiçará. A devoção ao marido a tornará mais bela e atraente aos seus olhos. Afeição sincera une marido e mulher.Teu senhor. Sara se dirigiu a Abraão como “meu senhor’’ (ver com. de Gn 18:12; cf. lPe 3:6).Inclina-te. Do heb. shachah, literalmente, "curvar-se”, ação realizada diante de reis, bem como de Deus (Gn 27:29; 33:7; iSm 25:23; etc.).
Sl.45:12 12. Filha de Tiro. Comparar com "filha de Sião” (1$ 1:8). Pessoas abastadas trariam presentes, considerando um privilégio honrar desta forma o casamento. Na época do salmista, Tiro era provavelmente a cidade comercial mais prósperaconhecida pelos judeus (sobre a riqueza de Tiro, ver Is 23:1-8; Ez 26;27).
Sl.45:13 13. A filha do Rei. A noiva, filha de outro rei (ver v. 9).No interior. Aqui não se refere à glória e bondade de coração, mas à noiva adornada para o casamento que vai desde o interior de sua morada ao encontro do noivo.Recamada de ouro. Ver com. do v. 9.
Sl.45:14 14. Em roupagens bordadas. Do heb. riqamoth, tecidos ou vestidos de cores variadas (ver Jz 5:30; Ez 16:10).Virgens. As damas de honra.
Sl.45:15 15. Com alegria. A comitiva da noiva sai para se encontrar com o noivo e ser conduzida ao palácio do rei. Com este versículo se encerram as palavras dirigidas à noiva.
Sl.45:16 16. Teus filhos. Os descendentes do rei ocuparão posições importantes. A glória do reino futuro substituirá a do reino anterior. Os v. 16 e 17 constituem uma bênção sobre o casamento real, dirigida ao rei.
Sl.45:17 17. Nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17,Celebrado. As palavras deste versículodevem ser compreendidas como o louvor devido a Deus (ver CBV, 101).Salmo 46Ao mestre de canto. Dos filhos de Cora. Em voz de soprano. Cântico.queima os carros no fogo.Introdução — O Salmo 46 é chamado de “O salmo de Lutero” porque o reformais- dor cantava este salmo nas horas de aflição e o parafraseou num hino, “Castelo Forte”, número 33 do Hinário Adventista do Sétimo Dia. O salmo é um hino que fala da segurança que o povo de Deus pode desfrutar em meio ao caos deste mundo. Para expressar esse tema, tão pertinente em nossos dias também, o salmista escolheu a métrica regular, algo incomum na poesia hebraica. Três estrofes praticamente iguais em tamanho, com refrão e a palavra “Selá” devidamente posicionados, apresentam figuras de contrastes marcantes: águas turbulentas, montanhas abaladas e um rio tranquilo; nações agitadas, a terra se dissolvendo com a voz do Senhor; a desolação da guerra e Deus governando calmamente sobre as nações. Depois de uma notável vitória nos dias de Josafá, os israelitas cantaram este hino (ver PR, 201-203). Os Salmos 46, 47 e 48 têm muitas idéias afins e provavelmente compartilham o mesmo contexto. Pode-se concluir a partir da declaração do livro Profetas e Reis (p. 203) que Davi foi o autor deste salmo.Afirma-se que Oliver Cromwell, estadista inglês, pediu ao povo para cantar este salmo dizendo: “Este é um salmo muito especial para o cristão. Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Se o papa e os espanhóis e o diabo se opõem a nós, ainda assim, em nome do Senhor, nós os destruiremos. O Senhor dos exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” O Salmo 46 foi cantado em Paris pelos revolucionários de 1848; na índia, pelos britânicosna revolta dos sipais. Este é um hino apropriado para o povo de Deus durante os crescentes perigos dos últimos dias.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 709.L Socorro bem presente. A frase completa diz, literalmente, “encontrou-se uma ajuda extraordinária na tribulação”. Visto que Deus sempre nos ajuda, podemos confiar nEle nas tribulações.Os v. 1 a 3 são a primeira estrofe, que retrata a segurança do povo de Deus mesmo se os fundamentos da Terra são abalados.
Sl.46:1 "Introdução — O Salmo 46 é chamado de “O salmo de Lutero” porque o reformais- dor cantava este salmo nas horas de aflição e o parafraseou num hino, “Castelo Forte”, número 33 do Hinário Adventista do Sétimo Dia. O salmo é um hino que fala da segurança que o povo de Deus pode desfrutar em meio ao caos deste mundo. Para expressar esse tema, tão pertinente em nossos dias também, o salmista escolheu a métrica regular, algo incomum na poesia hebraica. Três estrofes praticamente iguais em tamanho, com refrão e a palavra “Selá” devidamente posicionados, apresentam figuras de contrastes marcantes: águas turbulentas, montanhas abaladas e um rio tranquilo; nações agitadas, a terra se dissolvendo com a voz do Senhor; a desolação da guerra e Deus governando calmamente sobre as nações. Depois de uma notável vitória nos dias de Josafá, os israelitas cantaram este hino (ver PR, 201-203). Os Salmos 46, 47 e 48 têm muitas idéias afins e provavelmente compartilham o mesmo contexto. Pode-se concluir a partir da declaração do livro Profetas e Reis (p. 203) que Davi foi o autor deste salmo. Afirma-se que Oliver Cromwell, estadista inglês, pediu ao povo para cantar este salmo dizendo: “Este é um salmo muito especial para o cristão. Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Se o papa e os espanhóis e o diabo se opõem a nós, ainda assim, em nome do Senhor, nós os destruiremos. O Senhor dos exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” O Salmo 46 foi cantado em Paris pelos revolucionários de 1848; na índia, pelos britânicos na revolta dos sipais. Este é um hino apropriado para o povo de Deus durante os crescentes perigos dos últimos dias. Sobre o subtítulo, ver p. 697, 709. 1. Socorro bem presente. A frase completa diz, literalmente, “encontrou-se uma ajuda extraordinária na tribulação”. Visto que Deus sempre nos ajuda, podemos confiar nEle nas tribulações. Os v. 1 a 3 são a primeira estrofe, que retrata a segurança do povo de Deus mesmo se os fundamentos da Terra são abalados."
Sl.46:2 2. Portanto. Isto é, tendo em vista o que Davi disse no v. 1. Os fenômenos físicos de agitação da natureza, terremoto que lança as montanhas ao mar, a fúria das ondas e o cataclismo de uma onda gigante, bem como comoções e revoluções na política mundial, não devem abalar os que confiam em Deus. Não importa o que aconteça, Deus é um refúgio seguro.
Sl.46:3 3. Selá (ARC). Esta palavra marca o final da primeira estrofe (sobre o possível significado de Selá, ver p. 709).
Sl.46:4 4. Um rio. Uma bela metáfora da proteção divina. Apresenta-se um estado de tranquilidade e segurança em contraste marcante com o oceano feroz do v. 3. A segunda estrofe (v. 4-7) retrata a paz da cidade de Deus, ao passo que tudo o que está fora dela encontra-se em caos.Correntes. Talvez os canais que levam a água do rio às casas e plantações. A proteção divina é concedida livremente por meio de inúmeros canais. O quadro que os profetas apresentaram de Jerusalém é o de uma cidade bem abastecida com água (Ez 47:1-5;jl 3:18; Zc 14:8). A nova Jerusalém terá seu rio de água da vida (Ap 22:1).A cidade de Deus. Jerusalém, onde Deus tinha Sua morada (ver SI 48:1).Santuário. Nos dias de Davi, a arca, símbolo da presença de Deus, ficava num local temporário (2Cr 1:3, 4).
Sl.46:5 5. No meio. Deus, como ajudador e protetor, está no meio da cidade (ver Is 12:6).Jamais será abalada. Ver SI 15:5; 16:8.Desde antemanhã. Literalmente, 'na virada da manhã”, isto é, ao amanhecer (ver Êx 14:24; Lm 3:22, 23).
Sl.46:6 6. A terra se dissolve. Linguagem figurada que demonstra o poder absoluto de Deus. A sucessão de frases curtas, sem conjunções (figura de linguagem chamada assíndeto), torna a descrição mais vivida.
Sl.46:7 7. O Senhor dos Exércitos. Ver com. do SI 24:10. O v. 7 é o refrão da segunda estrofe (ver v. 11). No refrão está a nota tônica do salmo.Está conosco. Comparar com o SI 23:4.Refúgio. Ou, “uma elevação segura”, "um abrigo". O verbo do qual deriva o substantivo hebraico é empregado no Salmo 20:1, 4: traduzido por proteger: “O nome do Deus de Jacó te proteja” (ARC).John Wesley, confortado com a promessa deste versículo, corajosamente enfrentou a morte. Durante toda a noite antes de morrer repetiu estas palavras.A força do crente não está em si mesmo, nem na aliança com o poder do mundo, mas em Deus. Calvino disse: “O fiel deve aprender que a graça de Deus é o suficiente. Portanto, embora a ajuda de Deus nos chegue de modo secreto e suave, como um riacho estreito, devemos desfrutar uma tranquilidade mais profunda do que se todo o poder do mundo fosse empregado de uma só vez para nos ajudar.”
Sl.46:8 8. Vinde, contemplai. A terceira estrofe (v. 8-11) retrata o poder de Deusmanifesto ao controlar o movimento das nações, e a excelência de Sua serena exaltação sobre elas.
Sl.46:9 9. Põe termo à guerra. O hebraico indica ação contínua.Carros. Do heb. 'agaloth. Este termo não é o que geralmente se emprega com referência a carros de guerra. Em vez disso, significa carros de transporte comum (ver Gn 45:19; 46:5; ISm 6:7).O versículo descreve um campo de batalha com armas quebradas e veículos queimados. A vitória é completa.
Sl.46:10 10. Aquietai-vos. Literalmente, “entreguem-se”, “desistam”. O próprio Deus é quem diz estas palavras. A primeira frase deste versículo foi parafraseada: '‘Silêncio! Abandonem sua agitação e reconheçam que eu sou Deus.” Falamos muito e ouvimos pouco. Falta-nos o equilíbrio e a firmeza cristã devido aos nossos muitos afazeres. Moisés passou 40 anos na terra de Midiã (At 7:29, 30), Paulo três anos no deserto (Gl 1:17, 18; AA, 125-128) e Jesus 40 dias no deserto (Mt 4:1, 2), preparando-se para as responsabilidades do chamado divino.Sabei. Conhecemos a Deus ao observarmos Suas ações.Sou exaltado. Este é o tema do Salmo 47.
Sl.46:11 11. O Senhor dos Exércitos. O v. 11 éo refrão da terceira estrofe (ver com. do v. 7).O Salmo 46 trará conforto especial ao povo de Deus no tempo de angústia (ver GC, 639). Nessa hora, quando um grande terremoto jamais visto abalar toda a Terra; quando o Sol, a Lua e as estrelas saírem de suas órbitas; quando as montanhas tremerem como vara e rochas forem lançadas para todos os lados; quando o mar se agitar com fúria e toda a superfície da Terra se desfizer; quando cadeias de montanhas afundarem e ilhas desaparecerem (Alt 24:29, 30; Lc 21:25, 26; GC, 637; PE, 34, 41), os santos terão a proteção de Deus.I - LA, 186; CS, 286; PE, 105; Ev, 306; FEC, 248; LS, 176, 249, 265; CBV, 268; MCH, 317; MJ, 87; PR, 203, 211, 340; HR, 102, 127; 44. 616; T5,Salmo 47Ao mestre de canto. Salmo dos filhos de Corá.Introdução — O Salmo 47 é um hino festivo de louvor a Yahweh, que é exaltado como Deus não apenas de Israel, mas de todas as nações da Terra. Ele pode ser considerado uma extensão do tema do Salmo 46:10. Os salmos 46, 47 e 48 estão estreitamente ligados. Como um hino para adoração pública, o Salmo 47 talvez fosse cantado de forma antifônica por dois corais: um cantava os v. 1, 2 e 5, 6 alternando com o outro que cantava os v. 3, 4 e 7, 8. No final os dois coros se juntavam para cantar o v. 9. Este salmo triunfal é lido no serviço de culto da sinagoga moderna no Ano Novo, antes do soar do shofar (chifre de carneiro). Nesse dia, enfatiza-se no ritual o domínio universal de Yahweh.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.47:1 "Introdução — O Salmo 47 é um hino festivo de louvor a Yahweh, que é exaltado como Deus não apenas de Israel, mas de todas as nações da Terra. Ele pode ser considerado uma extensão do tema do Salmo 46:10. Os salmos 46, 47 e 48 estão estreitamente ligados. Como um hino para adoração pública, o Salmo 47 talvez fosse cantado de forma antifônica por dois corais: um cantava os v. 1, 2 e 5, 6 alternando com o outro que cantava os v. 3, 4 e 7, 8. No final os dois coros se juntavam para cantar o v. 9. Este salmo triunfal é lido no serviço de culto da sinagoga moderna no Ano Novo, antes do soar do shofar (chifre de carneiro). Nesse dia, enfatiza-se no ritual o domínio universal de Yahweh. 1. Vozes de júbilo. Ver 2Sm 6.15; lCr 15:28. Nada menos que demonstrações como palmas e gritos de júbilo eram suficientes para o salmista a fim de expressar o louvor devido a Deus (ver SI 148, 149, 150)."
Sl.47:2 2. O Senhor. Do heb. Yahweh (ver Vol. 1, p. 149, 150).Tremendo. Ou, “digno de reverência”. Deus é digno de profunda reverência.De toda a terra. Ver SI 46:10; Ml 1:14.
Sl.47:3 Sem comentário para este versículo
Sl.47:4 4. A glória de Jacó. Ou, “o orgulho de Jacó”, isto é, a terra de Canaã, terra de beleza e produtividade.Selá (ARC). Ver p. 709. A palavra está posicionada no ponto de transição entreduas idéias: os v. 1 a 4 expressam a esperança do salmista; e os v. 5 a 9 retratam o cumprimento dessa esperança.
Sl.47:5 5. Subiu Deus. Um quadro de Deus que retorna à Sua morada depois de ter descido para realizar um de Seus atos maravilhosos.
Sl.47:6 6. Cantai louvores. Do heb. zamar, raiz de mizmor, “um salmo” (ver p. 707). As frases se repetem.
Sl.47:7 7. Deus é o Rei de toda a terra. Verv. 2; Sl 46:10. Este é o tema do salmo.Com harmonioso cântico. Ou, “com inteligência” (ARC). Do heb. maskil, palavra cujo significado é incerto (ver p. 707). Visto que o termo aparece no subtítulo de vários salmos (32, 42, 44, etc.; ARC), supostamente como uma designação técnica, a frase podería talvez ser traduzida como: “cantai um masquil”.
Sl.47:8 Sem comentário para este versículo
Sl.47:9 9. Príncipes. Os príncipes de Israel ou de outras nações.Com o povo do Deus de Abraão (NTLH). Esta tradução defende a ideiade que outras nações se unirão ao povo do Deus de Abraão. Os convertidos ao Senhor são considerados como filhos de Abraão (ver Gn 17:4; Rm 4:13-18; G1 3:7).As idéias dos v. 8 e 9 são ampliadas nos Salmos Sl 97 e 99.Escudos. Neste caso, talvez seja uma metáfora dos príncipes como defensores (ver Os 4:18, em que a palavra para “príncipes” significa, literalmente, “escudos”). A LXX traz “poderosos” em vez de “escudos”, evidentemente de uma palavra hebraica diferente. Aqueles que governam estão sob o governo de Yahweh.Visto que o termo heb. magen, “escudo”, também pode significar “rogo”, “pedido” (ver com. do Sl 7:10), a passagem poderia ser traduzida como: “A Deus vão os pedidos da Terra; Ele é grandemente exaltado.”Ele Se exaltou gloriosamente. Vercom. do Sl 46:10. O tema do salmo se repete na sua frase final.Salmo 48Cântico. Salmo dos filhos de Corá.Introdução — Como os Salmos 46 e 47, o 48 é um cântico de livramento, e talvez tenha sido escrito para ser cantado no serviço de adoração no templo. Ele celebra o cuidado de Yahweh para com Jerusalém e o livramento de Seu povo das mãos do inimigo. Este salmo é um dos poemas mais alegres de Davi (ver PR, 203). Os exércitos de Josafá o cantaram depois de uma notável vitória (ver PR, 201-203).Sobre o subtítulo, ver p. 697,707.
Sl.48:1 "Introdução — Como os Salmos 46 e 47, o 48 é um cântico de livramento, e talvez tenha sido escrito para ser cantado no serviço de adoração no templo. Ele celebra o cuidado de Yahweh para com Jerusalém e o livramento de Seu povo das mãos do inimigo. Este salmo é um dos poemas mais alegres de Davi (ver PR, 203). Os exércitos de Josafá o cantaram depois de uma notável vitória (ver PR, 201-203). 1. Grande. Davi começa louvando a Yahweh por ter livrado Seu povo de grande perigo (v. 4-8).Na cidade. Jerusalém (ver SI 46:4; 48:8)."
Sl.48:2 2. Seu santo Monte. O monte Sião (ver SI 2:6; 68:16; ver com. de 48:2).Sobranceiro. “Alto”. A elevação de Jerusalém acima do território circundante seja talvez o aspecto mais marcante de sua topografia. A cidade está situada numa das maiores elevações do país. É provável que esta característica tenha amedrontado os inimigos e feito com que desistissem de atacá-la (ver v. 4, 5).Alegria de toda a terra. O poeta usa esta hipérbole para expressar seu sentimento de patriotismo para com a capital de seu país (ver SI 50:2; Lm 2:15).Lados do Norte. O significado exato desta expressão não está totalmente claro, embora a seguinte explicação pareça razoável. Originalmente, monte Sião se referia apenas à parte da cidade conquistada dos jebusitas (2Cr 5:2; cf. 2Sm 5:7). O monteMoriá ficava ao norte do monte Sião, e foi nesse local que, mais tarde, o templo e o palácio de Salomão foram construídos (2Cr 3:1; cf. lRs 8:1). Geograficamente, Sião e Moriá constituem uma única elevação. Depois da construção do templo, todo o monte se tomou conhecido como “Sião” (ver Is 8:18; J1 3:17). Devido à presença do santuário e do palácio na parte norte da colina desde a época de Salomão, a parte norte se tornou o distrito mais importante da cidade. Sendo assim, com a expressão “lados do Norte”, o salmista pode ter tentado representar de modo figurado a sede do governo civil e religioso e, especificamente, a morada de Deus, conforme indica o contexto do salmo. Essa interpretação esclarece também Isaías 14:13, em que se diz que Lúcifer anelava sentar-se “nas extremidades do Norte”. Assumir tal posição significava participar nos conselhos de Deus e nos propósitos divinos. Essa era precisamente a ambição de Lúcifer (ver PP, 37).Visto que Davi foi o autor do Salmo 48 (ver introdução a este salmo), a importância que deu à parte norte do monte Moriá foi uma antecipação profética, ou talvez ele tenha escrito o salmo depois de ter detalhado os planos para o templo, incluindo sua localização (2Cr 3:1).A cidade do grande Rei. Ver com. do SI 46:4. Jesus cita esta frase como nome de Jerusalém (Mt 5:35).
Sl.48:3 Sem comentário para este versículo
Sl.48:4 4. Os reis se coligaram. Os v. 4 a 6 apresentam uma descrição da destruição repentina provocada por um exército inimigo.A linguagem é bem resumida. A escassez de conjunções nos v. 4 e 5 aumenta a força da descrição (ver com. do SI 46:6).
Sl.48:5 5. Fugiram apressados. Os inimigos olharam a cidade inatingível, perceberam que não podiam conquistá-la, viram que sua própria segurança estava em risco e fugiram apressados.
Sl.48:6 6. Como de parturiente. Esta comparação, indicando dor extrema, é frequente no AT (ver Jr 4:31; 6:24; Mq 4:9, 10).
Sl.48:7 7. As naus de Társis. Esta segunda comparação descreve o poder de Deus revelado na confusão e dispersão dos inimigos. Társis é identificada com Tartessos, no sul da Espanha, ao norte de Cádiz, embora também possa indicar outros lugares. “Naus de Társis” era uma expressão empregada para indicar navios capazes de viajar até Tartessos. Atualmente, são considerados como “navios comerciais” (ver com. de lRs 10:22). Assim como uma tempestade derrubou essas naus, Deus destruiu os inimigos.
Sl.48:8 8. Como temos ouvido dizer. Nossos pais nos contaram dos maravilhosos livramentos no passado. Agora os temos visto com nossos próprios olhos.Senhor dos Exércitos. Ver com. do SI 24:10.Cidade do nosso Deus. Ver com. dov. 1; cf. SI 46:4.Deus a estabelece. O livramento presente é promessa de vitória futura.Para sempre. Ver PR, 46, 564; DTN, 577.Selá (ARC). Ver p. 707.
Sl.48:9 9. Pensamos. Literalmente, “comparamos”.Misericórdia. Do heb. chesed, “amor divino” (ver com. do SI 36:7).Teu templo. Ver com. do SI 5:7. Ao adentrar à casa de Deus, os pensamentos se dirigem a Ele.
Sl.48:10 10. Teu nome. Visto que o nome de Deus é conhecido até aos confins da Terra, até lá deveria se estender o louvor a Ele.
Sl.48:11 11. Monte Sião. Ver com. do v. 2.As filhas de Judá. Talvez um emprego figurado, indicando as cidades de Judá (ver Js 15:45).
Sl.48:12 12. Rodeai-a toda. Com o propósito de contemplar e examinar a cidade que Deus preservou do inimigo por meio de uma maravilhosa demonstração de poder.Contai-lhe. Ou, “narrar”. O verbo é usado também no sentido de contar objetos (ver SI 22:17; 147:4).
Sl.48:13 13. Notai bem. Literalmente, “põe teu coração”, isto é, “observe com cuidado”.Narrardes. Dar um relato, como evidência do direito de Deus à soberania universal. Davi, orgulhoso de Jerusalém, atribui toda glória dessa cidade a Deus, seu libertador.
Sl.48:14 14. Este é Deus. O Deus que fixou morada na cidade e a defendeu do inimigo.Até à morte. Deus nos guiará por toda a vida. Ele nos acompanhará até o fim. O cristão tem essa certeza, ele não precisa temer. O Pastor conduzirá Seu rebanho até a eternidade (ver SI 23:6).Questiona-se se “até à morte” é uma tradução adequada para 'al-muth. A palavra pode ser um termo musical (cf. Muth- labben, SI 9, subtítulo; ver p. 708, 732). A LXX traz “para sempre”.Salmo 49Ao mestre de canto. Salmo dos filhos de Corá.todas as gerações; chegam a dar seu próprio nome às suas terras.Introdução — O Salmo 49 contém uma resposta para a pergunta ‘por que os ricos parecem ter vantagem?” O salmo ensina que a riqueza não pode adiar a morte e que na morte os ricos são colocados no mesmo nível dos pobres. Após urna introdução de quatro versículos, este poema didático fala da efemeridade do ser humano, em particular do rico mundano (v. 5-13). Na parte seguinte, fala do consolo ao se considerar o fim dos justos, que é a vida eterna, em contraste com o tini dos ímpios (v. 14-20). O Salmo 49 é recitado no lar dos judeus ortodoxos modernosdurante a semana de luto que se segue à morte de um parente.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.49:1 "Introdução — O Salmo 49 contém uma resposta para a pergunta ‘por que os ricos parecem ter vantagem?” O salmo ensina que a riqueza não pode adiar a morte e que na morte os ricos são colocados no mesmo nível dos pobres. Após urna introdução de quatro versículos, este poema didático fala da efemeridade do ser humano, em particular do rico mundano (v. 5-13). Na parte seguinte, fala do consolo ao se considerar o fim dos justos, que é a vida eterna, em contraste com o tini dos ímpios (v. 14-20). O Salmo 49 é recitado no lar dos judeus ortodoxos modernos durante a semana de luto que se segue à morte de um parente. 1. Povos todos. (9 assunto em questão merece a atenção de todos.Os v. 1 a 4 constituem uma exortação introdutória, solene e formal (ver Dt 32:1; SI 50:1; Is 1:2; Mq 1:2).Terra. Do heb. cheled, “duração da vida”. Cheled é usado também para designar “o mundo” composto das sucessivas gerações (ver Sl 17:14)."
Sl.49:2 2. Plebeus como os de fina estirpe. Literalmente, “filhos de homens comuns[do heb. adam] e filhos de grandes homens [do heb. 'ish}” (ver com. do SI 4:2; 8:4). O salmo ensina ao humilde para não invejar ou temer o rico, e ao rico a não confiar na riqueza ou a não usá-la injustamente para oprimir o pobre. O rico é exortado e o pobre, consolado.
Sl.49:3 3. Sabedoria. No hebraico as palavras para “sabedoria” e “entendimento” estão no plural, chamando atenção para os diferentes aspectos dessas qualificações (sobre as definições de “sabedoria” e “entendimento”, ver com. de Pv 1:2).
Sl.49:4 4. Parábola. Do heb. mashal, “comparação”, “provérbio”, “canto” ou “poema” (verp. 1061).Enigma. Ou, “charada”. Algo tão obscuro que precisa de solução.Harpa. Ou, “lira” (ver p. 9). Sentimentos dignos de se reter são, muitas vezes, melhor armazenados na mente quando acompanhados de música. “Poucos meios há mais eficazes para fixar Suas palavras [de Deus] na memória do que repeti-las em cânticos” (Ed, 167).
Sl.49:5 5. Por que [...]? O salmista fala primeiramente da reconfortante conclusão de sua meditação, antes de seguir com o assunto. Ele conclui que não há razão para temer.
Sl.49:6 Sem comentário para este versículo
Sl.49:7 7. Ninguém o pode remir. Umanegação expressa de forma enfática no hebraico. Ninguém pode salvar outro da morte com sua riqueza, nem mesmo seu próprio irmão. Ninguém pode fugir de sua responsabilidade ou assumir a de outro.
Sl.49:8 8. Redenção. O v. 8 é um parêntese.Da alma deles. “Eles próprios” (vercom. do SI 16:10). O resgate de uma pessoa da morte é o tema da reflexão do salmista.Caríssima. Ou, “custosa”. Salvar alguém da morte está além do poder da riqueza.Cessará a tentativa para sempre. Não importa quanto se pague, a riqueza é insuficiente para salvar alguém do túmulo.
Sl.49:9 9. Cova. Ver com. do SI 16:10.
Sl.49:10 10. Ele (ACF). Ou seja, o rico (v. 6). O v. 10 declara uma lei natural e evidente. Nem mesmo a sabedoria salva da morte quem a possui.Inepto. Ou, “estúpido”.
Sl.49:11 11.0 seu pensamento íntimo. O rico parece esquecer-se de que cedo ou tarde ninguém mais se lembrará dele.
Sl.49:12 12. Não permanece. Do heb. lin, “passar a noite”, não ficar permanentemente. Ele nem sequer passará a “noite” da vida, logo desaparecerá. O v. 12 é o refrão do salmo. Ele ocorre novamente no v. 20 com algumas mudanças.Em sua ostentação. Ou, “em esplendor”.Perecem. Literalmente, “são reduzidos ao silêncio” ou “são levados ao descanso”.
Sl.49:13 13. Os seus seguidores. Os descendentes são tão tolos quanto seus pais.Aplaudem o que eles dizem. Literalmente, “se deleitam em sua boca”. Esses descendentes néscios também têm prazer em expressar os mesmos sentimentos tolos de seus ancestrais ricos. O mal é perpetuado.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.49:14 14. Sepultura. Do heb. sheol (ver com. de Pv 15:11).E o seu pastor. Do heb. raah, “alimentar um rebanho”, “realizar a função de um pastor”. A ideia não é que a morte irá tragá-los, mas que a morte será seu pastor.Formosura. O corpo vira pó.
Sl.49:15 15. Minha alma. “Me” (ver com. do SI 16:10).Do poder da morte. Literalmente, “da mão do sheol” (ver com. de Pv 15:11). A morte é personificada.Ele me tomará para Si. Ou, “Ele me receberá para Si mesmo”. Nesta frase curta, ainda mais poderosa por sua brevidade, sugere-se a doutrina de uma vida futura e a ressurreição dos mortos (verPR, 264). Em Gênesis 5:24, outra forma do mesmo verbo descreve a transladação de Enoque (ver 2Rs 2:10).
Sl.49:16 16. Não temas. O salmísta deixa de encorajar a si mesmo para encorajar a outros.Glória. Isto pode se referir à suntuosi- dade que a riqueza proporciona.
Sl.49:17 17. Nada levará. Ver Jó 1:21; Ec 5:15; Lc 12:20; lTm 6:7.Glória. Ver com. do v. 16. A riqueza do rico não vai para o túmulo com ele. Embora ? muitos tenham o costume de enterrar tesouros com os mortos, o corpo volta ao pó.
Sl.49:18 18. Ele se tenha lisonjeado. A figura é a de um homem rico que se orgulha de sua habilidade em acumular riquezas (ver Dt 29:19; Lc 12:19).Ainda que o louvem. Muitos louvam a pessoa que acumula aquilo que todos desejariam ter, contudo, isso não é prova de sucesso.
Sl.49:19 19. Irá ter com a geração de seus pais. Isto é, o ímpio, que é o tema deste salmo.Não verão a luz. O pecador rico e seus descendentes jamais verão as coisas que para eles foram fonte de orgulho e satisfação própria (ver Jó 33:30).
Sl.49:20 20. Como os animais. Repete-se o refrão do v. 12, com poucas alterações. Em vez de “não permanece”, este versículo traz “sem entendimento”, embora vários manuscritos hebraicos digam “não permanece” nos dois casos. A LXX traz “sem entendimento” em ambos os casos. No hebraico, há uma diferença de apenas uma letra entre as duas palavras. De acordo com o v. 12, todos os homens são como os animais que perecem; de acordo com este versículo, o homem, que não tem entendimento, é como os animais que perecem.Salmo 50Salmo de Asafe.Introdução — A famosa declaração de Samuel a Saul, “o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (ISm 15:22), pode ser considerada o tema do Salmo 50. O cântico é didático e tem grande valor. Com magnífica descrição de um julgamento, que pode ser aplicada ao juízo final (v. 1-6; cf. GC, 642), o salmo traz a mensagem de repreensão para o adorador que segue a cerimônia religiosa, mas não é sincero de coração nem tem boa conduta. O salmo tem duas partes: condenação dos males do mero formalismo no culto (v. 7-15) e condenação da hipocrisia (v. 16-21). Uma breve conclusão (v. 22, 23) resume a mensagem do poema.Sobre a autoria do salmo, ver DTN, 434. Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.50:1 "Introdução — A famosa declaração de Samuel a Saul, “o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (ISm 15:22), pode ser considerada o tema do Salmo 50. O cântico é didático e tem grande valor. Com magnífica descrição de um julgamento, que pode ser aplicada ao juízo final (v. 1-6; cf. GC, 642), o salmo traz a mensagem de repreensão para o adorador que segue a cerimônia religiosa, mas não é sincero de coração nem tem boa conduta. O salmo tem duas partes: condenação dos males do mero formalismo no culto (v. 7-15) e condenação da hipocrisia (v. 16-21). Uma breve conclusão (v. 22, 23) resume a mensagem do poema. Sobre a autoria do salmo, ver DTN, 434. 1. O Poderoso, o Senhor Deus. Do heb. ’El ’Elohim Yahweh. Uma notável combinação de nomes para Deus (ver vol. 1, p. 148-151; cf. Js 22:22).A terra. Como testemunhas dos procedimentos solenes, todos os povos são chamados a assistir ao julgamento das ini- quidades de Israel.Desde o Levante. As frases deste versículo enfatizam a universalidade. Toda a Terra é convocada (ver SI 113:3; Is 59:19). A cena descrita nesta passagem se cumprirá de forma singular na segunda vinda de Cristo (Mt 24:30; GC, 300, 642; PP, 339).Os v. 1 a 6 constituem uma introdução sublime ao salmo, mais longa do que em geral ocorre neste livro dos Salmos."
Sl.50:2 2. Desde Sião. Ver com. do SI 48:2.
Sl.50:3 3. Vem o nosso Deus. Isto é, para julgar, principalmente para contender com os habitantes da Terra, como indica a parte central do salmo. Num sentido único, as palavras são também uma profecia do juízo final (ver Mt 25:31; At 17:31; 2Tm 4:1; ver com. do v. 1).E não guarda silêncio. Deus se pronunciará a respeito da conduta do ser humano.Um fogo. Como a manifestação de Deus no monte Sinai (ver Ex 19:16, 18).
Sl.50:4 Sem comentário para este versículo
Sl.50:5 5. Congregai. Na segunda vinda de Cristo, os anjos reunirão os remidos (ver Mt 24:31).Meus santos. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36). “Em meio à tempestade do juízo divino, os filhos de Deus não terão motivos para receios” (PP, 341).Sacrifícios. Do heb. zebach, oferta de um animal morto (Gn 31:54; 46:1; Lv 3:1; etc.). A antiga aliança do Sinai foi confirmada com o sacrifício de um novilho e a asper- são de sangue (Êx 24:5-8; cf. Gn 15:9-18). A nova aliança foi confirmada com o sangue de Cristo (Hb 9:18-23; PP, 371). Na vinda de Cristo, os santos a serem reunidos são os que aceitaram a aliança selada com o sacrifício de Cristo.Visto que a palavra “sacrifício” inclui também o significado da entrega de algo desejável, as palavras do Salmo 50:5, às vezes, são empregadas para encorajar a abnegação e a entrega de ofertas em dinheiro. No entanto, o salmista não está falando disso. Caso se use a passagem para fazer o apelo para a entrega de ofertas, deve ficar claro que a linguagem foi adaptada para apoiar outra questão importante.
Sl.50:6 6. A Sua justiça. Esta passagem se cumprirá de forma definitiva e singular na segunda vinda de Cristo, quando “aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. [...] Aquela santa lei, a justiça de Deus [...] revela-se agora aos homens como a regra do juízo” (GC, 639).E o próprio Deus que julga. O julgamento do ser humano é muitas vezes equivocado, como quando criminosos são absolvidos ou santos mártires são considerados como os mais vis criminosos. Mas, no último dia, “é o próprio Deus que julga” (ver GC, 650), e todos podem esperar a justiça. Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.50:7 7. Escuta. Deus fala diretamente a Israel. Nesta parte o salmista fala principalmente do dever do ser humano para com Deus e dos males do mero formalismo na religião (ver Is 1:11-15).Eu testemunharei. O Juiz é também quem apresenta a queixa.Eu sou Deus, o teu Deus. O Deus que protegeu Seu povo tem direito de declararos princípios da verdadeira adoração, sobre os quais se estabelece Seu governo.
Sl.50:8 8. Pelos teus sacrifícios. A discussão começa em tom negativo. Deus não culpa Israel de negligenciar as formas e cerimônias religiosas. O pecado está em não reconhecer que o ato não tinha valor algum a menos que seu significado fosse reconhecido e realizado com espírito de gratidão e obediência (ver ISm 15:22; Is 1:12-17; Mq 6:6-8; a respeito das ofertas públicas e particulares mencionadas aqui e nos versículos seguintes, ver vol. 1, p. 752-765).
Sl.50:9 9. Novilhos. Ver Êx 29:11, 36; Lv 4:4.
Sl.50:10 10. Meus. Visto que todas as criaturas pertencem a Deus, por que Ele precisaria de dádivas de Suas criaturas humanas?
Sl.50:11 Sem comentário para este versículo
Sl.50:12 12. Se eu tivesse fome. Deus não instituiu o sistema de sacrifícios para prover o sustento para Si em forma de carne de touros e sangue de cabritos.O mundo é meu. Ver SI 24:1; 89:11.
Sl.50:13 Sem comentário para este versículo
Sl.50:14 14. Oferece. Do heb. zebah, “sacrifício” (ver com. do v. 5). Não era aceitável a Deus o mero sacrifício de animais no sentido como as pessoas comumente entendiam o termo “sacrifício? mas apenas o sacrifício feito com o coração cheio de gratidão. A discussão segue em tom positivo.Votos. Ver SI 22:25; 116:14; cf. Lv 7:16. Apenas uma vida de contrição, amor, gratidão e devoção é aceitável à vista de Deus.
Sl.50:15 15. Invoca-Me. Petição, bem como louvor, faz parte da verdadeira religião. Devemos invocar a Deus com um coração sincero. O verdadeiro serviço a Deus é espiritual e nasce do coração (ver Jo 4:24).Eu te livrarei. Ver SI 46:1.Tu Me glorificarás. Não há melhor forma de honrar a Deus do que confiar nEle, mesmo quando não se compreendem Seus pianos.
Sl.50:16 16. Ao ímpio. Deus continua a falar e dirige agora Sua atenção ao ímpio. Os v. 16 a 21 tratam principalmente do dever do ser humano para com o próximo.Enquanto os v. 7 a 15 falam do formalismo na religião, os v. 16 a 21 falam da hipocrisia, daqueles que ensinam a lei a outros, mas a violam.De que te serve [...]? Comparar com Rm 2:17-24.E teres nos lábios a Minha aliança.A desobediência tornou os israelitas indignos mesmo de pronunciar as palavras da aliança (ver com. do v. 5).
Sl.50:17 17. Disciplina. Do heb. musar, “disciplina” (ver com. de Pv 1:2). Os ímpios odeiam a disciplina.Para detrás (ARC). O hipócrita mostra o quanto despreza as palavras de Deus ao lançá-las para trás de si.
Sl.50:18 18. Se vês. Sempre que há a oportunidade de compartilhar os frutos do roubo, ele está pronto para participar.
Sl.50:19 Sem comentário para este versículo
Sl.50:20 20. Contra teu irmão. Falsidade e calúnia são ainda mais abomináveis quando praticadas contra um parente próximo.
Sl.50:21 21. Eu Me calei. Deus tolerou a insensatez do ímpio até chegar a hora certa de julgá-lo.Teu igual. O hipócrita pensa que Deus é seu igual e que fica satisfeito com o mero formalismo religioso e a devoção exterior como manto para cobrir o pecado. No entanto, Deus considera que o princípio, a justiça e a sinceridade são pré-requisitos para a adoração. O pecador tende a conceber a Deus com base em seus próprios propósitos pecaminosos.Porei tudo à vista. Deus expõe ao exame do pecador a natureza e a extensão de sua culpa, antes de emitir a sentença.
Sl.50:22 22. Considerai, pois, nisto. Os v. 22e 23 são a conclusão do poema. Eles repetem de forma sucinta a lição dos v. 7 a 21. Deus afirma que o único sacrifício aceitável é o coração e a mente do ser humano. Esta é uma advertência para o ímpio e uma motivação para o crente.Vós que vos esqueceis de Deus.Embora estejam envolvidos na adoração a Deus.Sem haver quem vos livre. Chegará um tempo em que mesmo o Redentor cessará de proteger o pecador, e este colherá o que semeou (ver Is 13:9; Sf 1:14-18; Ap 6:15- 17; 20:9; T5, 120).
Sl.50:23 23. Esse Me glorificará. Ver com. do v. 15. Esta parte do versículo é dirigida aos formalistas dos v. 7 a 15. A ação de graças que provém do coração é um elemento fundamental na verdadeira religião. E de se surpreender como, às vezes, se dá pouca importância ao espírito de gratidão e à expressão de agradecimento. Tende-se a ver as dádivas de Deus como algo comum.Caminho. Ver com. do SI 37:14.A salvação de Deus. Deus revelará Sua salvação àquele que o serve com coração sincero e age segundo a vontade divina.A aplicação deste salmo é atemporal. Aquele que participa de todas as cerimônias da igreja, frequenta sempre as reuniões, ajuda os necessitados e trabalha ativamente na obra missionária pode, ainda assim, ser reprovado se falha em servir a Deus com o espírito ou se abriga pecados no coração.Salmo 51Ao mestre de canto. Salmo de Davi, quando o profeta Natãfoi ter com ele, depois de ter se envolvido com Bate-Seba.Introdução — O Salmo 51 é penitencial (ver p. 703). Foi composto por Davi "depois de seu grande pecado [com Eate- Seba], na angústia do remorso e desgosto de sí próprio” (Ed, 165). É uma expressão “do arrependimento de Davi, quando lhe veiode Deus a mensagem de reprovação”, “que havia de ser entoada nas assembléias públicas de seu povo” para que “outros pudessem instruir-se pela triste história de sua queda” (PP, 724, 725). E uma oração por perdão e por santificação por meio do Espírito Santo.Votos de gratidão pelas misericórdias de Deus e promessas para o futuro acompanham a petição. Talvez nenhuma outra passagem do AT descreva com tanta clareza o genuíno pecador arrependido que confia no poder de Deus para perdoar e restaurar como este relato da experiência de Davi. O salmo deve ser estudado à luz de 2 Samuel 12:1-13 e do Salmo 32.O Salmo 51 era um dos favoritos de John Bunyan. Pouco antes de sua execução (1554), Lady Jane Grey recitou as palavras deste salmo de joelhos no cadafalso.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.51:1 "Introdução — O Salmo 51 é penitencial (ver p. 703). Foi composto por Davi ""depois de seu grande pecado [com Eate- Seba], na angústia do remorso e desgosto de sí próprio” (Ed, 165). É uma expressão “do arrependimento de Davi, quando lhe veio de Deus a mensagem de reprovação”, “que havia de ser entoada nas assembléias públicas de seu povo” para que “outros pudessem instruir-se pela triste história de sua queda” (PP, 724, 725). E uma oração por perdão e por santificação por meio do Espírito Santo. Votos de gratidão pelas misericórdias de Deus e promessas para o futuro acompanham a petição. Talvez nenhuma outra passagem do AT descreva com tanta clareza o genuíno pecador arrependido que confia no poder de Deus para perdoar e restaurar como este relato da experiência de Davi. O salmo deve ser estudado à luz de 2 Samuel 12:1-13 e do Salmo 32. O Salmo 51 era um dos favoritos de John Bunyan. Pouco antes de sua execução (1554), Lady Jane Grey recitou as palavras deste salmo de joelhos no cadafalso. 1. Compadece-Te. Com o coração quebra ntado ao compreender o grande pecado que cometera contra Urias e Bate-Seba e abatido pelo peso da culpa, Davi clama a Deus por misericórdia. Neste clamor não há desculpas, nem apologia, nem tentativa de se justificar, nenhuma queixa contra a justiça da lei que o condenava. Com humildade, Davi culpa a si mesmo e a mais ninguém.Benignidade. Ver Nota Adicional ao Salmo 36. Quando não há nenhum senso do pecado, fala-se de justiça; quando se sente a necessidade de um Salvador, fala-se de amor.Multidão. Davi podia confiar com segurança na grandeza da misericórdia divina.Apaga. Apagar do livro no qual se encontram registradas as ações humanas (ver Êx 32:32, 33; Is 43:25; 44:22; At 3:19)."
Sl.51:2 2. Lava-me completamente. Literal- mente, "lava-me muito” (ver Jr 4:14; Zc 13:1). A palavra hebraica usada se refere à lavagem de roupas (Gn 49:11; Êx 19:10).Iniquidade. Há diversas palavras para designar o pecado neste e nos versículos seguintes (ver sobre elas no com. do SI 32:1,2, que também descreve os diferentes aspectos do pecado).
Sl.51:3 Sem comentário para este versículo
Sl.51:4 4. Contra Ti, contra Ti somente. Davi não quis dizer com isto que não havia prejudicado a Urias e a Bate-Seba, masque todo pecado, em seu sentido mais profundo, é contra Deus. Ao ser convencido por Nata, ele declarou: “Pequei contra o Senhor” (2Sm 12:13). José também sabia que se cedesse à tentação pecaria contra Deus: “Como, pois, cometería eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gn 39:9).O que é mal perante os Teus olhos. Comparar com 2Sm 11:27; 12:9.Serás tido por justo. Quando Deus condena, não se pode acusá-Lo de injustiça (ver Rm 3:4).
Sl.51:5 5. Eu nasci na iniquidade. Davi reconheceu que as crianças herdam a propensão para a maldade (ver Jó 14:4; SI 58:3; PP, 61, 306; CBV, 372, 373; GC, 533). Ele não tentou se desculpar pelo seu pecado e, sim, enfatizou a necessidade ainda maior da misericórdia de Deus por causa de sua tendência inata para o mal (ver PP, 64).
Sl.51:6 6. No íntimo. Comparar com SI 15:2.No recôndito. Davi anela ter a sabedoria que o guiaria pelo caminho puro.
Sl.51:7 7. Purifica-me. Do heb. chata. Sua forma simples significa “pecar”, no sentido de perder o alvo. A forma empregada aqui significa “fazer expiação”.Hissopo. Segundo a lei levítica, o his- sopo era usado nas cerimônias de purificação (ver com. de Ex 12:22; cf. Lv 14:4; Nm 19:18). Davi reconheceu que somente um remédio com grande poder purificador poderia limpá-lo da impureza.Lava-me. Ver v. 2; cf. Is 1:16, 18. Davi compreendeu a importância espiritual da lei cerimonial. O cristão deve orar como Davi quando o pecado o fizer perder o alvo (ver PJ, 206; PR, 320).
Sl.51:8 8. Ouvir júbilo e alegria. Davi ansiava pela doce voz do perdão de Deus (ver com. do SI 32:1, 2). Este era seu maior desejo.Ossos. Comparar com SI 6:2.
Sl.51:9 9. Esconde o rosto. Comparar com SI 13:1. Davi renova seu pedido por perdão, com rogos sinceros e com lágrimas.Apaga. Ver com. do v. 1.
Sl.51:10 10. Cria. Do heb. bara (ver com. de Gn 1:1). Deus não só purifica o coração. Ele também cria em Seu filho arrependido um coração novo (ver Ez 36:26). “As palavras ‘um novo coração também Eu vos darei’ significam uma nova mente vos darei'. A mudança do coração é sempre acompanhada por uma clara convicção do dever cristão" (MCP2, 447). A oração por perdão deve sempre ser acompanhada de um pedido para renovar o coração e por uma vida santificada (ver Jr 24:7; 11:19; Rm 12:2; Ef 2:10; 4:24).Um espírito inabalável. Ou, “umespírito constante’’. Davi roga por um espírito que seja firme em sua fé, e, portanto, constante na obediência. O salmista deseja uma natureza mental e moral totalmente nova. “Davi tinha a verdadeira concepção do perdão” quando fez esta prece (A1DC, 114). Este deveria ser o pedido de toda pessoa (PP, 460).
Sl.51:11 11. Não me repulses. E somente na presença de Deus que se encontra a verdadeira felicidade (ver SI 1 3:1; 16:11; 30:7; cf. Gn 4:14).Teu Santo Espírito. Embora ele tenha compreendido que seu pecado tinha entristecido o Espírito Santo, Davi ora para que não seja privado da direção do Espírito (ver Is 63:10; comparar com Ef 4:30).
Sl.51:12 12. Restitui-me. Davi deseja ter a alegria que sentia antes de seu grave pecado.Com um espírito voluntário. Davi ora para que Deus o mantenha disposto e pronto a obedecer-Lhe e a servir-Lhe.
Sl.51:13 13. Então, ensinarei. Davi parte do pedido para a promessa. Ele promete ensinar a outros sobre a malignidade do pecado, para que abandonem os caminhos maus e encontrem misericórdia e perdão.Os Teus caminhos. Ver SI 18:21.Os pecadores se converterão. As pessoas aprenderão com Davi que Deusconcede misericórdia a quem abandona seus pecados, não importa quão graves sejam. Michelangelo colocou este texto como lema em seu retrato de Savonarola.
Sl.51:14 14. Crimes de sangue. Parece ser uma referência específica ao assassinato de Urias (ver 2Sm 11:14-17). Davi roga para que a sentença não recaia sobre si.Deus da minha salvação. Ver SI 18:46; 25:5; 27:9. Davi reconhece que a salvação só pode ser encontrada em Deus.
Sl.51:15 15. Abre, Senhor, os meus lábios. O perdão do pecado e o alívio da consciência fazem com que os lábios se abram e que pronunciem louvores abundantes (ver SI 40:3).
Sl.51:16 16. Não Te comprazes em sacrifícios. Ver com. do SI 40:6-8; cf. Is 1:11-17. A lei de Moisés prescrevia a morte como punição para o assassinato (Ex 21:12). Uma simples oferta de sacrifício não era o suficiente.
Sl.51:17 17. Sacrifícios agradáveis. Isto é, sacrifícios que Deus aprova.O espírito quebrantado. A alegria que advém do perdão não impede que se sinta tristeza e contrição pelo pecado (ver PR, 78).
Sl.51:18 18. A Sião. Davi ora para que o desagrado causado a Deus por seu pecado não recaia sobre Sião (ver com. do SI 48:2), a cidade que amava. E uma característica do salmista incluir seu povo na oração (ver SI 25:22; 28:9). É provável que Davi tenha acrescentado os v. 18 e 19 para tornar essa oração de arrependimento, tão pessoal, adequada para a adoração pública (ver PP, 725).Edifica os muros. Davi orou para que nada interferisse nas obras de fortificação da cidade sagrada (ver 2Sm 5:9; IRs 3:1; 9:15, 16). Num sentido figurado, a frase pode se referir aos favores e bênçãos de Deus.
Sl.51:19 19. De justiça. Ao contrário dos sacrifícios mencionados no v. 16, os sacrifíciosaceitáveis a Deus são os de justiça (ver SI 4:5), oferecidos com um espírito reto e uma motivação sincera.E das ofertas queimadas. Formas externas de religião têm o seu lugar. Foi Cristo quem instituiu a lei cerimonial (ver PP, 366, 367). Os diferentes serviços prescritos na lei tinham importante valor educativo. O pecado do povo estava em fazer dessas formas externas o essencialda religião. Davi reconhecia a importância e o valor das formas da adoração pública quando significavam sinais exteriores do espírito sincero do adorador. Deve-se cuidar para que os aspectos formais da adoração pública preservem o espírito de adoração humilde. Não há nada de errado em seguir certas formas de adoração, o problema está na falta de religião sincera como motivação dessas formas.Salmo 52Ao mestre de canto. Salmo didático de Davi, quando Doegue, edomita, fez saber a Satã que Davi entrara na casa de Abimeleque.I Por que te glorias na maldade, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus dura para sempre.Introdução — O Salmo 52 denuncia o difamador inescrupuloso ou o enganador, que confia na riqueza em vez de na justiça. O salmista afirma que ele será castigado, mas que os justos estarão seguros sob a proteção divina. O subtítulo indica o contexto ? histórico do salmo. Doegue, um dos principais da casa de Saul, revelou a Saul sobre a visita de Davi a Abimeleque, o sacerdote (ver ISm 21:1-9). Doegue liderou o massacre que se seguiu (ver ISm 22:11-19).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.52:1 "Introdução — O Salmo 52 denuncia o difamador inescrupuloso ou o enganador, que confia na riqueza em vez de na justiça. O salmista afirma que ele será castigado, mas que os justos estarão seguros sob a proteção divina. O subtítulo indica o contexto ► histórico do salmo. Doegue, um dos principais da casa de Saul, revelou a Saul sobre a visita de Davi a Abimeleque, o sacerdote (ver ISm 21:1-9). Doegue liderou o massacre que se seguiu (ver ISm 22:11-19). 1. Por que te glorias [...]? O v. 1 declara o tema do salmo: a maldade é inútil, pois a bondade de Deus é constantemente demonstrada na proteção de Seus filhos.Bondade. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36). A bondade e misericórdia de Deus são constantes.Deus. Do heb. ’El, um título que, supõe-se, designa a Deus como um ser poderoso (ver vol. 1, p. 149). A majestade de Deus é contrastada com a pequenez do enganador.Dura para sempre. Literalmente, “todo o dia”."
Sl.52:2 2. Enganos. Os v. 2 a 4 descrevem o difamador. O relato enganoso de Doegue resultou no massacre dos sacerdotes (ver ISm 22:9, 10, 18). No livro dos Salmos, a condenação da língua perversa é um tema comum (ver SI 12:3; 55:9; 78:36; 109:2).
Sl.52:3 3. Selá (ARC). A colocação deste termo dentro da frase (como também no v. 5) não parece indicar divisão de idéias (ver p. 708, 709).
Sl.52:4 Sem comentário para este versículo
Sl.52:5 5. Deus te destruirá. Isto é, destruirá o difamador. A ideia de destruição completa é enfatizada por três outros verbosno mesmo versículo: “há de arrebatar-te”, “arrancar-te”, “te extirpará”.Arrancar-te. Como a uma árvore que é arrancada com as raízes para que morra, em contraste com o estado dos justos descrito nos v. 8 e 9.
Sl.52:6 6. Hão de ver. Ver SI 37:34.E se rirão. Ver com. do SI 2:4; cf. Ap 18:20; 19:1-3.
Sl.52:7 7. Homem. Do heb. geber, “homem forte”; empregado aqui para destacar ainda mais o contraste com sua queda.A sua fortaleza. Doegue pecou porque Deus não era a fonte de sua confiança.Bens. Sem dúvida, Saul recompensou a Doegue por seu proceder inescrupuloso ao enganar Davi (ver PP, 659). Pode ser que Doegue já fosse rico e por isso foi propenso a depender de sua riqueza e não de Deus.
Sl.52:8 8. Oliveira verdejante. Ao contrário do difamador (ver v. 5), Davi floresce como uma árvore verdejante e dá fruto (ver com. do SI 1:3; 92:12-14).Confio. Diferente de Doegue, que confiou nas riquezas, Davi confiava em Deus.Misericórdia de Deus. Aparentemente uma alusão à segunda metade do v. 1.
Sl.52:9 9. Assim o fizeste. Davi expressa a fé de que sua oração foi ouvida (ver SI 54:7): ele foi livrado da traição de Doegue.Fiéis. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36). Pela grande misericórdia demonstrada a ele nessa ocasião, Davi promete oferecer a Deus louvor em público (ver SI 22:25; 35:18). O testemunho tem grande valor entre os “fiéis” dos últimos dias.Esperarei no Teu nome. Ver SI 25:3, 5; 27:14. Davi expressa absoluta confiança em Deus e dependência dEle.AdulãoQueilaAbiatar conta a Davi sobre Doegue(SI 52; ISm 22; 23:6)Tudo Coopera para o Bem dos que Amam a Deus“Por que te glorias na maldade, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus dura para sempreA tua língua urde planos de destruição; é qual navalha afiada, ó praticadora de enganos!Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente.Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!Quanto a mim, porém, sou como a oliveira verdejante, na Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para todo o sempre.Dar-Te-ei graças para sempre, porque assim o fizeste; na presença dos Teus fiéis, esperarei no Teu nome, porque c bom.’’Salmo 52:1-4, 8 e 9Mispa ou Moabe? Quir\ ' '"-CeC/r-,Quando o espírito está severamente abatido, fugir parece ser a única saída, e torna-se necessário abandonar aqueles que conhecem a Deus, mas que se provaram infiéis. Deuspermanece firme em Seu cuidado e direção. Aqueles c|ue sentem que as boas intenções só deram mais vantagens ao inimigo, deveríam, como fez Davi,reconhecer o amor constante e o poder protetor todo-poderoso de Deus. A despeito da atitude dos outros, devem proclamar o nome divino mais uma vez.Salmo 53Ao mestre de canto. Salmo didático de Davi, para citara.r nem sequer um.iniquidade:5 Esses, que devoram o meu povo como quem come pãor Eles não invocam a Deus.Introdução — O Salmo 53 apresenta um quadro vivido da impiedade generalizada num mundo decadente, destacando a certeza de que Deus salvará Seu povo. Entre este salmo e o 14 há pouca diferença, talvez para adaptar este último a outras circunstâncias.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 709. As frases “Ao mestre de canto” e “Salmo de Davi’’ são idênticas nos Salmos 14 e 53, no original.Sobre este salmo, ver com. do Salmo 14. Os comentários seguintes tratam apenas das passagens em que eles diferem.
Sl.53:1 "Introdução — O Salmo 53 apresenta um quadro vivido da impiedade generalizada num mundo decadente, destacando a certeza de que Deus salvará Seu povo. Entre este salmo e o 14 há pouca diferença, talvez para adaptar este último a outras circunstâncias. Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 709. As frases “Ao mestre de canto” e “Salmo de Davi’’ são idênticas nos Salmos 14 e 53, no original. Sobre este salmo, ver com. do Salmo 14. Os comentários seguintes tratam apenas das passagens em que eles diferem. 1. Iniquidade. Em vez de “praticam iniquidade”, o Salmo 14:1 diz “praticam abo- minação”."
Sl.53:2 2. Deus. Do heb. 'Elohim. O Salmo 14:2 diz “o Senhor”, do heb. Yakweh. A mesma mudança ocorre nos v. 4 e 6. O nome Yahvveh não ocorre no Salmo 53, ao passo que 'Elohim e Yahweh estão no Salmo 14 (vervol. 1, p. 148-151).
Sl.53:3 3. Extraviaram. O Salmo 14:3 diz a mesma coisa. O sentido é de um distanciamento de Deus.
Sl.53:4 4. Os obreiros da iniquidade. A palavra “todos” precede esta frase no Salmo
Sl.53:5 5. Grande pavor. O v. 5 apresenta várias mudanças comparado ao Salmo 14:5 e 6.Onde não há a quem temer. Nãohavia razão para o temor, visto que Deus estava do lado de Seu povo. Alguns con- jecturam que esta frase foi acrescentada por um escriba inspirado a fim de adaptar o salmo para uso em ocasião de grande livramento, como quando Deus destruiu o exército de Senaqueribe (ver 2 Rs 19:20-36).Dispersa os ossos. Os corpos dos invasores não foram enterrados (ver Ez 6:5). Para os orientais era abominável o fato de um cadáver não receber sepul- tamento honrado. Esta parte do salmo parece indicar o contexto de um ataque a Jerusalém, que foi impedido, ou um cerco à cidade, ao qual o inimigo tenha sido obrigado a abandonar.Tu os envergonhas. Provou-se a ilegitimidade da exclamação “não há Deus” com a derrota dos zombadores por um ato divino, não pela força superior de Israel.Rejeita. Do heb. maas, “rejeitado”.(SI 54; ISm 23:19-29)GibeáAuxílio em Deus“O Deus, salva-me, pelo Teu nome, e faze-me justiça, pelo Teu poder.Escuta, ó Deus, a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca.Pois contra mim se levantam os insolentes, e os violentos procuram tirar-me a vida; não têm Deus diante de si.Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida.Ele retribuirá o mal aos meus opressores; por Tua fidelidade dá cabo deles.Oferecer-Te-ei voluntariamente sacrifícios; louvarei o Teu nome, ó Senhor, porque é bom.Pois me livrou de todas as tribulações; e os meus olhos se enchem com a ruína dos meusQuando os que antes eram amigos vão embora e talam com língua caluniadora, e parece que a porta de saída se fechará, uma oração de entrega confiante fará com que a porta se abra. Dc Fato, “o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que Otemem”(Sl 34:7). Quer a alma seja atormentada por rumores de longe ou por vãos pensamentos de uma consciência pesada, Deus Se compraz em livrar, e Seu auxílio deveria ser reconhecido por meio de consagração renovada.Salmo 54Ao mestre de canto. Salmo didático. Para instrumentos de cordas. De Davi, quando os zifeus vieram dizer a Saul: Não está Davi homiziado entre nós?Üfc* Deus diante de si.é quem me sustenta a vida.Introdução — De acordo com o subtítulo, o contexto histórico do salmo é a ocasião em que os zifeus informaram a Saul sobre o esconderijo de Davi ao sul de Hebrom (ISm 23:19-24). O salmo tem duas partes, sendo que a mudança da primeira parte para a segunda é abrupta. Os v. 1 a 3 são uma oração sincera por livramento; e os v. 4 a 7 são uma expressão de gratidão pelo livramento visto pelo salmista com toda a certeza como um fato consumado.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 709.
Sl.53:6 Sem comentário para este versículo
Sl.54:1 "Introdução — De acordo com o subtítulo, o contexto histórico do salmo é a ocasião em que os zifeus informaram a Saul sobre o esconderijo de Davi ao sul de Hebrom (ISm 23:19-24). O salmo tem duas partes, sendo que a mudança da primeira parte para a segunda é abrupta. Os v. 1 a 3 são uma oração sincera por livramento; e os v. 4 a 7 são uma expressão de gratidão pelo livramento visto pelo salmista com toda a certeza como um fato consumado. 1. Pelo Teu nome. Comparar com At 4:12. Nome quer dizer caráter (ver com. do SI 7:17)."
Sl.54:2 Sem comentário para este versículo
Sl.54:3 3. Insolentes. Do heb. zarim. Uma vez que o termo zarim em geral se refere a estrangeiros, muitos eruditos rejeitam a autenticidade do subtítulo do Salmo 54, visto que os zifeus não eram estrangeiros. Porém, zar é empregado com relação a não aronitas e não levitas (Lv 22:10; Nm 1:51; 3:10) e também para indicar os que eram de outra família (Dt 25:5). Também épossível que Davi tenha usado o termo de forma desdenhosa.Diante de si. Não agiram como se estivessem na presença de Deus. Eles não consideram a autoridade divina.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.54:4 4. Ajudador. De forma repentina e dramática, o salmista expressa absoluta confiança no livramento divino. Ele sabe que, embora os homens estejam contra ele, Deus está ao seu lado.E quem me sustenta. A LXX também traz esta frase no singular. Na versão grega, a segunda frase do versículo é, literalmente, “e o Senhor é o ajudador [ou protetor] da minha alma”.
Sl.54:5 5. Por Tua fidelidade. Isto é, “em Tuaconsideração pelo que é correto”. A oração transcende uma atitude de vingança particular. Davi ora para que a vontade de Deus prevaleça na destruição do mal.
Sl.54:6 6. Voluntariamente. Do heb. bine- dabah, “com disposição”, “com espontaneidade”. A referência é a uma oferta voluntária(ver Êx 35:29; 36:3; Lv 7:16; Nm 15:3) em contraste com a exigida pela lei. A confiança demonstrada no v. 4 se tornou uma certeza. Nome. Ver com. do SI 7:17.
Sl.54:7 7. Pois me livrou. Se o salmo foi escrito antes desse livramento, este versículo é uma expressão da absoluta confiança de Davi no livramento final.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 4-Te, 258; T5, 514Salmo 55Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas. Salmo didático de Davi.! 1 há destruição no meio dela; das suas praças não se apartam a opressão e o engano.I 3 mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo.Introdução — O Salmo 55 é uma oração por ajuda, em meio a uma situação deses- peradora. E concluído com a convicção de que Deus intervirá. O poema tem frequentes repetições e contém queixa, anseio, rogos, indignação, confiança e esperança. Este salmo é o clamor da alma de alguém que desejava encontrar alívio da tristeza e se refugiar na solidão.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 709.
Sl.55:1 "Introdução — O Salmo 55 é uma oração por ajuda, em meio a uma situação deses- peradora. E concluído com a convicção de que Deus intervirá. O poema tem frequentes repetições e contém queixa, anseio, rogos, indignação, confiança e esperança. Este salmo é o clamor da alma de alguém que desejava encontrar alívio da tristeza e se refugiar na solidão. 1. Dá ouvidos. Os quatro rogos dos v. 1 e 2 revelam a intensa necessidade do salmista.Não Te escondas. Ver SI 13:1; 27:8; cf. SI 10:1."
Sl.55:2 2. Sinto-me perplexo em minha queixa. Literalmente, “divago em minha preocupação”.
Sl.55:3 3. Opressão. Do heb. ‘aqah, “pressão”. A palavra transmite a ideia de algo que é esmagado por um grande peso.
Sl.55:4 4. Terrores de morte. Por saber que só a morte satisfaria aos conspiradores, o salmista já sentia a sombra dela sobre si (ver SI 116:3).
Sl.55:5 5. Horror. Do heb. 'pallatsuth, que parece indicar agitação profunda como resultado do medo (ver jó 21:6; ís 21:4; Ez 7:18). O poeta usa uma linguagem vivida para expressar a intensidade de suas emoções.
Sl.55:6 6. Então. A beleza poética deste versículo (ver Jr 9:2) expressa de forma comovente o desejo de todo cristão que anseia livrar-se de algum problema. Toda pessoa deseja fugir para um lugar onde possa estar a salvo de todas as preocupações. Alas, nesta terra, carregamos os problemas a menos que sejam entregues a Jesus. Não se deve esquecer de que há um lugar onde os problemas não podem entrar, e esse lugar é o Céu (ver Ap 21:4).Voaria. E preciso cuidar para não seguir os instintos que motivam a escapar das circunstancias. Se esse desejo se torna habitual, não é um bom indício. O trabalho,o lar, os relacionamentos e as responsabilidades são urna disciplina essencial para o amadurecimento do caráter. Em vez de voar para longe ou fugir, deve-se invocar a Deus (v. 16).Acharia pouso. Literalmente, “habitar”, “morar”.
Sl.55:7 7. Deserto. Lugar não habitado (ver Mt 4:1). Diz-se que na Palestina os pombos povoam os lugares solitários e pedregosos, longe do ser humano.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.55:8 Sem comentário para este versículo
Sl.55:9 Sem comentário para este versículo
Sl.55:10 10. Eles (NVI). Alguns sugerem que nesta passagem se personificam "a violência e a contenda” (v. 9) e que elas circundam a cidade. Porém, o sujeito, neste verso, pode ser uma referência a inimigos pessoais.
Sl.55:11 11. A opressão e o engano. A sociedade em geral estava desorganizada.Praças. Literal mente, “lugar amplo”, onde se faziam negócios e onde devia haver justiça.
Sl.55:12 12. Inimigo. O salmista deixa de falar da massa de conspiradores para falar de um indivíduo.Afronta. Ou, “ultraje”.Eu o suportaria. Não é difícil suportar a calimia de um inimigo declarado. No entanto, a calúnia de alguém que outro- ra foi um amigo íntimo é arrasador.Eu me escondería. Em vez de abrir meu coração.
Sl.55:13 13. Tu. Ver com. do v. 12.
Sl.55:14 14. Juntos andávamos. O tempo imperfeito no hebraico neste caso indica ação habitual. A comunhão era frequente e íntima.Juntos nos entretínhamos. Do heb.sod, “comunhão íntima, estreita”.E íamos. Eles não só desfrutavam estreita comunhão em particular; também estavam juntos na adoração pública. Há um sentimento profundo neste versículo.
Sl.55:15 15. Desçam. Ver SI 9:17; cf. Nm 16:30.Cova. Do heb. sheol, “a morada figurada dos mortos” (ver com. de Pv 15:11).Nas suas moradas. Ver os v. 3, 9-11. A impiedade é abundante em seus lares, nos negócios e no coração. E bom para a comunidade quando se pune a impiedade.
Sl.55:16 16. Eu. No hebraico, o pronome no começo da frase indica ênfase. O salmista fala de si e contrasta sua atitude com a conduta dos traidores.
Sl.55:17 17. A tarde, pela manhã. Daniel orava três vezes ao dia (Dn 6:10). A verdadeira religião é fortalecida por períodos de oração regulares e frequentes (ver SI 119:164).
Sl.55:18 Sem comentário para este versículo
Sl.55:19 19. Que preside desde a eternidade. Ver Dt 33:27; SI 90:2.Selá (ARC). A ocorrência desta palavra dentro de um versículo é incomum (ver Si 57:3; ver p. 709).
Sl.55:20 20. Ele. O traidor que era amigo íntimo do salmista (ver v. 12-14). O salmista volta a falar da traição do ex-amigo.Aliança. Uma relação que indica amizade estreita.
Sl.55:21 21. Mais macia que a manteiga. Eleera um verdadeiro hipócrita (ver SI 28:3; 57:4). As imagens concretas deste versículo são vivas e impressionantes.
Sl.55:22 22. Cuidados. Do heb. yehab, palavra que aparece apenas nesta passagem no AT; portanto, seu significado é incerto. O Talmude lhe atribui o significado de “fardo”. A LXX traz merimna, “cuidado”,“ansiedade” ou “preocupação”. Merimna ocorre em 1 Pedro 5:7: “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade”. O verbo, merimnao, é usado em Mateus 6:34, sendo traduzido como “não vos inquieteis”.O salmista repete a si mesmo estas promessas feitas aos justos que dependem de Deus e as compartilha com todos os que desejam aprender com sua experiência. Deus nem sempre remove a carga, mas ajuda os que avançam com fé.No oratório Elias, Mendelssohn emprega as palavras deste versículo no belo hino para quatro vozes, que se canta após a oração de Elias por chuva no monte Carmelo. <
Sl.55:23 23. Os. Os inimigos do salmista, descritos na frase seguinte.À cova profunda. Ver SI 28:1.Homens sanguinários e fraudulentos. Literalmente, “homens de sangue e de engano”, que queriam matar o salmista.Metade dos seus dias. Abundância de dias era sinal do agrado de Deus (ver Pv 3:2). Deus quer que Seus filhos vivam o período máximo de vida. A prática da impiedade tende a encurtar a vida.Em ti. O salmista não confia na violência nem no engano, mas somente em Deus (ver SI 7:1; 11:1). Confiar em Deus é um dos conceitos exaltados no livro dos Salmos.Salmo 56Ao mestre de canto. Segundo a melodia “A pomba nos terebintos distantes”. Hino de Davi, quando os filisteus o prenderam em Gate.Introdução — Os Salmos 56 e 57 são chamados de “salmos gêmeos” por causa das semelhanças no conteúdo e no desenvolvimento do tema. Eles começam com as mesmas palavras, consistem de duas partes similares que envolvem oração por livramento e louvor pelo socorro obtido; e empregam um refrão no final de cada seção. Escritos sob circunstâncias muito adversas, ambos expressam a completa confiança em Deus que vence todo temor. As duas partes do Salmo 56 (v. 1-4, 5-11) apresentam idéias semelhantes, sendo a segunda parte mais enfática que a primeira. Cada uma termina com um refrão, ampliado na segunda vez em que aparece. Dois versículos de gratidão são acrescentados ao poema. De acordo com o subtítulo do Salmo 56, Davi foi seu autor (bem como do Salmo 57; ver introdução jS^-ao SI 57). Ele o compôs como resultado desua experiência com os filisteus em Gate (ver com. de ISm 21:13).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. O nome “Jônatas” vem da palavra heb. yonah, que significa “pomba” (ARA). Pode ser que o título da melodia em que este salmo era cantado tenha sido inspirado nos sentimentos de Davi, afastado de seu lar, buscando segurança numa região distante, como um pombo longe de seu ninho. Há algo de triste e terno nessa suposição.
Sl.56:1 "Introdução — Os Salmos 56 e 57 são chamados de “salmos gêmeos” por causa das semelhanças no conteúdo e no desenvolvimento do tema. Eles começam com as mesmas palavras, consistem de duas partes similares que envolvem oração por livramento e louvor pelo socorro obtido; e empregam um refrão no final de cada seção. Escritos sob circunstâncias muito adversas, ambos expressam a completa confiança em Deus que vence todo temor. As duas partes do Salmo 56 (v. 1-4, 5-11) apresentam idéias semelhantes, sendo a segunda parte mais enfática que a primeira. Cada uma termina com um refrão, ampliado na segunda vez em que aparece. Dois versículos de gratidão são acrescentados ao poema. De acordo com o subtítulo do Salmo 56, Davi foi seu autor (bem como do Salmo 57; ver introdução jS^-ao SI 57). Ele o compôs como resultado de sua experiência com os filisteus em Gate (ver com. de ISm 21:13). Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707. O nome “Jônatas” vem da palavra heb. yonah, que significa “pomba” (ARA). Pode ser que o título da melodia em que este salmo era cantado tenha sido inspirado nos sentimentos de Davi, afastado de seu lar, buscando segurança numa região distante, como um pombo longe de seu ninho. Há algo de triste e terno nessa suposição. 1. Tem misericórdia. Ver SI 51:1; 57:1.Homem. Do heb. enosh, “homem nasua fragilidade” (ver com. do SI 8:4). O contraste entre “Deus”, o Poderoso, e ’enosh é forte.E me oprime. A LXX traz “me pisoteia”. Comparar com o v. 2.Todo o dia. Comparar com os v. 2, 5."
Sl.56:2 2. Ó Altíssimo (ARC). Do heb. marom. Não se emprega esta palavra emoutra passagem para designar a Divindade, e há discussão se esse era o objetivo neste caso. Uma leve diferença na grafia resulta em “de uma altura”, cujo significado pode ser interpretado como “atrevidamente” (ARA).
Sl.56:3 3. Hei de confiar. A tônica do salmo. Quando o medo oprime, pode-se decidir confiar em Deus. Há nesta resolução uma base sólida para a experiência cristã. E preciso afirmar a confiança, ter fé.
Sl.56:4 4. Que me pode fazer um mortal? Ver Mt 10:28. O v. 4 é o refrão do salmo e se repete cie forma ampliada nos v. 10 e 11.
Sl.56:5 Sem comentário para este versículo
Sl.56:6 6. Ajuntam-se. Os métodos desonestos empregados para perseguir o salmista são representados na rápida sucessão de frases sem conexão gramatical.Vida. Ver com. do SI 16:10.
Sl.56:7 7. Escaparão eles por meio da sua iniquidade? (ARC). O hebraico desta frase é obscuro. Se a tradução da ARC estiver correta, o salmista na verdade estaria indagando: podem eles encontrar segurança na iniquidade? E possível que o escape dos inimigos venha por meio da iniquidade?Os povos. Pode ser que o salmista esteja ampliando o escopo da palavra “inimigos” para incluir todos os ímpios, toda impiedade, na imprecação (ver p. 703, 704).
Sl.56:8 8. Contaste. Enumerar, recontar ou continuar contando (ver com. do SI 48:12). De forma abrupta, Davi deixa de falar de seus inimigos e passa a pedir por si mesmo.Meus passos. Ver lSm 21:10.Recolheste as minhas lágrimas. Como se Deus contasse suas lágrimas, gota a gota. A ilustração reconhece o terno cuidado de Deus por Seu filho.Odre. Do heb. no’d, usado pelos orientais como recipiente para levar água, leite, vinho, etc. O salmista ora para que suas lágrimas sejam colocadas num odre, a fim de que estejam sempre perante Deus.Livro. Comparar com SI 69:28; 139:16; Ml 3:16. “No livro memorial de Deus [...] todo ato de sacrifício, todo sofrimento e tristeza, suportado por amor cie Cristo, encontra-se registrado” (GC, 481).
Sl.56:9 9. Bem sei isto. O salmista tem certeza de que Deus está a seu lado. Esta certeza não admite derrota. E bom enumerar tudo o que traz segurança na experiência cristã (ver Jó 19:25; SI 20:6; 135:5; 140:12; 2Tm 1:12).
Sl.56:10 10. Eu louvo. Este versículo é um acréscimo para reforçar o refrão anterior (v. 4).
Sl.56:11 11. Homem. Do heb. adam (ver com. do SI 8:4). A palavra “mortal” substitui “homem”, no v. 4.
Sl.56:12 12. Os votos. O poema termina com dois versículos de agradecimento. O Salmo 57 termina com um refrão, sem versículos deste tipo, tendo apenas II versículos ao todo. O salmista promete expressar gratidão a Deus por responder sua oração. Ele cumpre seu voto.Ações de graças. Do heb. todoth, que também designa ofertas de ações de graça (ver Jr 17:26; 33:11).
Sl.56:13 13. Na presença de Deus. A frase sugere harmonia com a vontade de Deus. Deus disse a Abraão: “Anda na Minha presença e sê perfeito” (Gn 17:1).Na luz da vida. Comparar com Jó 33:30.Salmo 57Ao mestre de canto, segundo a melodia “Não destruas”. Hino de Davi, quando fugia de Satã, na caverna .I Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em Ti a minha alma se refugia; à sombra das Tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.Introdução — O Salmo 57 tem tema, estrutura e estilo semelhantes ao do seu “gêmeo”, o 56 (ver Introdução ao SI 56), mas tem um tom mais triunfante. O salmo começa com uma oração por misericórdia proferida com plena confiança no poder de Deus para salvar. Em seguida, descreve de forma breve o problema do salmista e termina louvando a bondade de Deus. O salmo tem duas partes, cada uma termina com um refrão. Davi compôs este belo poema na caverna de Adulão (ver iSm 22:1; PP, 658).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708,
Sl.57:1 "Introdução — O Salmo 57 tem tema, estrutura e estilo semelhantes ao do seu “gêmeo”, o 56 (ver Introdução ao SI 56), mas tem um tom mais triunfante. O salmo começa com uma oração por misericórdia proferida com plena confiança no poder de Deus para salvar. Em seguida, descreve de forma breve o problema do salmista e termina louvando a bondade de Deus. O salmo tem duas partes, cada uma termina com um refrão. Davi compôs este belo poema na caverna de Adulão (ver iSm 22:1; PP, 658). 1. Tem misericórdia. Ver SI 56:1, 3,4. Os v. 1 a 5 constituem a primeira seção do salmo.Sombra das Tuas asas. Ver com. do SI17:8; cf. Rt 2:12; Mt 23:37. A terna afeição por Deus, expressa nesta passagem, é totalmente diferente da atitude do pagão para com seu deus."
Sl.57:2 2. Deus Altíssimo. Do heb. ’Elohim 'Elyon (ver vol. 1, p. 148-151). Este título para Deus ocorre também no Salmo 78:56.Deus. Do heb. ’El (ver vol. 1, p. 148).Executa. Do heb. gamar, “levar a cabo” (ver SI 138:8).
Sl.57:3 3. Selá (ARC). Ver com. do SI 55:19; ver p. 709.Sua misericórdia. Ver SI 25:10; 26:3. Deus depressa enviaria “todos os anjos da glória para fazer uma barreira em redor dos fiéis” em vez de “consentir que sejam enganados e desencaminhados pelos prodígios de mentira de Satanás” (PE, 88).
Sl.57:4 4. Alma. Ou, simplesmente, “eu” (ver com. do SI 16:10).Leões. Os inimigos do salmista são como leões selvagens (ver SI 7:2; 10:9).Ávidos. Eles estão tomados pelo desejo de destruir Davi.Espada afiada. Símbolo de calúnia (ver SI 55:21).
Sl.57:5 5. Sê exaltado. O v. 5 é o refrão do poema, repetido no v. 11.
Sl.57:6 6. Armaram rede. Comparar com SI 9:15. Os v. 6 a 11 constituem a segunda seção do salmo.Minha alma. Ver com. do v. 4. Abriram cova. Ver com. do SI 7:15,
Sl.57:7 7. Firme. Do heb. nakon, “firmemente estabelecido”.Os v. 7 a 11 correspondem, com poucas diferenças, ao Salmo 108:1-5 (ver com. nessa passagem).
Sl.57:8 8. Harpa (NVI). Do heb. nebel, a "harpa” (ver p. 17, 18).Lira (NVI). Do heb. kinnor, a “lira” (ver p. 18-21). Na ARA os instrumentos estão invertidos.Quero acordar a alva. Ou, “Despertarei a alva”. O salmista reconhecia o valor de separar os primeiros momentos do dia para adoração (ver com. do SI 5:3).
Sl.57:9 9. Os povos. O substantivo hebraico é plural. O grande livramento de Davi omotiva a tornar conhecida entre as nações a bondade de Deus. Assim, Davi expressa conhecer o chamado de Israel para ser a luz das nações.
Sl.57:10 10. Tua misericórdia. Ver com. dos SI 25:10; 26:3; 36:5, 7.
Sl.57:11 11. Sê exaltado. Refrão equivalente ao v. 5. “Os céus e a terra têm [...] uma história entrelaçada, e seu final abençoado e glorioso está no amanhecer da glória divina sobre ambos” (Franz Delitzsch, Comentário sobre o Salmo 57).Esplenda a Tua glória. O brilho visível da glória de Deus é apenas um vislumbre da beleza perfeita e infinita do caráter divino. O que é visível sempre deve recordar aos seres criados a bondade infinita de Deus.Salmo 58Ao mestre de canto, segundo a melodia “Não destruas”. Hino de Davi.Introdução — O Salmo 58 condena juizes injustos e, portanto, reprova e adverte de forma veemente a todos que praticam ainjustiça e a opressão. Com figuras vividas e estilo vigoroso, o salmo acusa a injustiça, dita a sentença e se regozija na justiça deQuando tenta lutar contra os problemas, às vezes, o ser humano podem, com a providência divina, transformar-se em degraus mais forte é a resolução de abandonar tudo e seguir a Deus, e maiscomete erros que colocam em perigo o bem-estar de pessoas para o desenvolvimento do caráter. Deus Se alegra em cumprir claro se torna o caminho indicado por Ele. A maneira como Deuspróximas. No entanto, Deus mostra a solução. Esses erros Suas promessas. Quanto mais urgente é o clamor por auxílio, guia Seus filhos está além da compreensão humana.Deus, o grande juiz. Neste salmo é notável o contraste entre os juizes injustos da terra e Deus, o justo juiz.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708.
Sl.58:1 "Introdução — O Salmo 58 condena juizes injustos e, portanto, reprova e adverte de forma veemente a todos que praticam a injustiça e a opressão. Com figuras vividas e estilo vigoroso, o salmo acusa a injustiça, dita a sentença e se regozija na justiça de Deus, o grande juiz. Neste salmo é notável o contraste entre os juizes injustos da terra e Deus, o justo juiz. 1. Ó juizes. Do heb. 'elent. Seu significado é obscuro e têm-se sugerido muitas definições. A LXX e a Vulgata consideram 'elern um advérbio intensivo que enfatiza o advérbio “verdadeiramente"". Não é possível saber com precisão o que o salmista queria expressar com eleni. As perguntas retóricas e irônicas do v. 1 introduzem o tema do salmo. Elas são dirigidas aos juizes injustos."
Sl.58:2 2. Engendrais iniquidades. Em vez de pesar justiça, eles pesam violência. A declaração do salmista é sarcástica.Mãos. Em contraste com “no íntimo". A iniquidade é concebida no íntimo, isto é, no coração, e é praticada com as mãos.
Sl.58:3 3. Desviam-se. Conceito generalizado de que o ímpio, muitas vezes, mostra a tendência para o mal desde a infância.
Sl.58:4 4. Têm peçonha. As palavras malignas que pronunciam (ver SI 140:3; Rm 3:13).A víbora surda. Sua iniquidade obstinada se compara à teimosia de uma víbora ou áspide que se recusa a se submeter ao encantador de serpentes. Na verdade, a serpente não é surda, mas parece ser devido à dificuldade de ser hipnotizada/encantada. É provável que a expressão “surda como uma víbora" se refira ao encantamento de serpentes (Ec 10:11; ver Jr 8:17). A crença popular errônea de que a víbora é surda e de que as serpentes respondem apenas às gesticulações do encantador foi refutada.
Sl.58:5 5. Encantadores. Encantadores de serpentes sempre foram comuns no Oriente, principalmente na índia. Ganham a vida demonstrando publicamente seu poder sobre as serpentes e atraindo-as para fora de seus esconderijos onde constituem um perigo para os viajantes.
Sl.58:6 6. Quebra-lhes os dentes. O poeta deixa a figura da serpente e do encantador eapresenta a figura de leõezinhos cujos dentes devem ser quebrados para não prosseguirem com a violência (ver SI 3:7).Os v. 6 a 9 contêm súplicas fervorosas com muitas metáforas (ver p. 703). Elas mostram que Deus frustrará os desígnios dos juizes injustos. Visto que os ímpios estão perdidos, o salmista ora para que fiquem sem poder.
Sl.58:7 7. Desapareçam como águas. A oração do salmista é para que seus inimigos pereçam assim como as águas de uma torrente se perdem nas areias do deserto ou desaparecem por completo nas secas do verão (ver 2Sm 14:14; Jó 6:15-17).
Sl.58:8 8. Que passa diluindo-se. Talvez isto seja uma referência à crença popular de que a lesma pouco a pouco de desmancha, como parece sugerir o seu rastro viscoso. Outros creem que a expressão se refere à pequena quantidade de lesmas na estação seca.Como o aborto de mulher. Comparar com Jó 3:16.
Sl.58:9 9. Antes que vossas panelas. A figura não é totalmente clara. Alguns creem que represente os nômades no deserto que acendem fogo ao ar livre e uma rajada de vento o apaga antes que o logo tenha aquecido as panelas. A ilustração tem o objetivo de expressar o desejo do salmista de que o ímpio seja logo destruído.
Sl.58:10 10. Alegrar-se-á. Comparar com Dt 32:41-43.Banhará os pés. Talvez uma referência à prática supostamente comum nas guerras desse período (ver SI 68:23). Por exemplo, na literatura ugarítica (ver p. 697), Anate, a deusa da guerra, “lava as mãos no sangue dos guerreiros".
Sl.58:11 11. Então, se dirá. Todo ser humano reconhecerá que Deus intervém nos assuntos humanos, recompensando a justiça e punindo o pecado.Recompensa. Literalmente, “fruto" (ver Pv 1:31; Is 3:10; iTm 4:8).Julga na terra. Embora, às vezes, pareça que Deus permite que o mal e a injustiça prossigam livremente, Seus olhos estão sobre toda maldade cometida pelos pecadores, das quais mantém um relato fiel, e notempo devido Ele intervirá. Sempre houve um limite além do qual não se permite passarem os ímpios. Esta lição está estreitamente ligada à que o rei Nabucodonosor aprendeu durante os sete anos de loucura.Salmo 59Ao mestre de canto, segundo a melodia “Não destruas’’. Hino de Davi, quando Saul mandou que lhe sitiassem a casa, para o matar.Introdução — O contexto do Salmo 59 é semelhante ao dos Salmos 56, 57 e 58. E um clamor pelo livramento de um grande perigo, e termina com uma repentina e dramática mudança para o agradecimento por esse livramento, que o salmista está certo de que virá. O salmo tem duas partesprincipais: os v. 1 a 10, com o rogo pelo livramento, e os v. 11 a 17 com um pedido de punição para seus inimigos. O estilo vigoroso, porém formal do salmo, é marcado pela repetição de um versículo descritivo (ver v. 6 e 14) e um refrão (ver v. 9 e 17) em ambas as seções.De acordo com o subtítulo, o salmo foi composto quando Saul enviou homens para vigiar a casa de Davi, com o objetivo de matá-lo (ver ISm 19:11-18).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708.
Sl.59:1 "Introdução — O contexto do Salmo 59 é semelhante ao dos Salmos 56, 57 e 58. E um clamor pelo livramento de um grande perigo, e termina com uma repentina e dramática mudança para o agradecimento por esse livramento, que o salmista está certo de que virá. O salmo tem duas partes principais: os v. 1 a 10, com o rogo pelo livramento, e os v. 11 a 17 com um pedido de punição para seus inimigos. O estilo vigoroso, porém formal do salmo, é marcado pela repetição de um versículo descritivo (ver v. 6 e 14) e um refrão (ver v. 9 e 17) em ambas as seções. De acordo com o subtítulo, o salmo foi composto quando Saul enviou homens para vigiar a casa de Davi, com o objetivo de matá-lo (ver ISm 19:11-18). 1. Livra-me. Ou, “arranca-me”. Esta é a oração contínua do salmista (ver SI 7:1; 17:13; 22:20; etc.). Davi deseja ser protegido de todos os inimigos, quer estejam na sua própria casa, na corte, no seu país ou em outros países.Põe-me acima do alcance. Literalmente, “coloca-me num lugar alto”, isto é, “torna-me inacessível” (ver SI 18:48)."
Sl.59:2 2. Homens sanguinários. Literalmente, * “homens de sangue”, ou seja, assassinos.
Sl.59:3 3. Armam ciladas. O inimigo é comparado a animais selvagens, prontos a atacar sua presa (ver com. do SI 7:2).Minha alma. Ou, “mim” (ver com. do SI 16:10). De acordo com o relato de 1 Samuel 19:11 a 18, a esposa de Davi, Mical, filha de Saul, contou a Davi da intenção do pai de matá-lo e o ajudou a escapar por uma janela à noite.Os fortes. Ou, “agressivos”. Homens empregados por Saul para realizar seu propósito assassino.Sem transgressão minha. O salmista afirma sua inocência.
Sl.59:4 4. Sem culpa minha. Isto é, “não por minha falta”.Eles se apressam e investem. Linguagem de atividade militar.Desperta. Ver SI 7:6; 35:23.Vem ao meu encontro. No sentido de levar ajuda.
Sl.59:5 5. Tu. A posição do pronome no início da frase dá ênfase.Senhor, Deus dos exércitos. Vercom. do SI 24:10; ver também SI 80:4, 19; 89:8; ÍS 1:9.Deus de Israel. Ver com. do SI 14:7; ver também SI 72:18. Todos estes títulos chamam atenção para o poder infinito de Deuse Sua consideração especial por Seus filhos (ver vol. 1, p. 148-151).Vem de encontro. Do heb. paqad, uma palavra que descreve não só o ato da visita, mas também seu propósito (ver com. do SI 8:4), que neste caso é punir.Todas as nações. O salmista inclui em sua oração não só os inimigos pessoais ímpios, mas todos os inimigos de Deus (ver com. do SI 2:1; 9:5).Não Te compadeças. Sobre o aparente espírito de vingança expresso por Davi nos v. 5, 8, 10-15, ver p. 703, 704.Selá (ARC). Comparar com o v. 13. O termo aparece na mesma posição nas duas principais seções do salmo (ver Introdução ao SI 59; sobre o significado de “Selá”, ver p. 709).
Sl.59:6 6. Uivam. Ou, “rosnam”, “resmungam”.Como cães. O salmista compara seusinimigos (v. 1, 2) com os cães famintos e semisselvagens do antigo Oriente, que se escondiam durante o dia para dormir e iam às cidades e vilas à noite e rondavam em busca de comida (ver com. do SI 22:16).À volta da cidade. Os inimigos vigiam a cidade para que o salmista não escape. O hebraico deste versículo é quase idêntico ao do v. 14 (ver com. do v. 14).
Sl.59:7 7. Alardeiam. Ou, “derramam”, “fazem borbulhar” (ver Pv 15:2).Escute. Ver com. do SI 10:11.
Sl.59:8 8. Tu. Ver com. do v. 5.Rirás. Ver com. do SI 2:4.As nações. Ver com. do v. 5.
Sl.59:9 9. Sua força (ARC). Muitos manuscritos hebraicos e a LXX, bem como outras versões, trazem “minha força” (ARA), indicando que, com esta expressão, o salmista se dirige a Deus (ver v. 17; SI 28:7, 8). A palavra “pois” não aparece no hebraico. Os v. 9 e 10 constituem um refrão, que é repetido com ligeiras modificações no v. 17.Esperarei. Após o livramento não se deve diminuir os esforços de modo a dar aoinimigo a oportunidade de atacar quando se está desprevenido.Alto refúgio. Literalmente, “uma elevação segura”, “uma fortaleza”.
Sl.59:10 10. Virá ao meu encontro. Literalmente, “confrontará” (ver com. do SI 18:5; 21:3).Benignidade. Do heb. chesed (ver Nota Adicional ao Salmo 36).Deus me fará ver. Ver SI 54:7.
Sl.59:11 11. Não os mates. Isto é, não de imediato. Permitiu-se que Caim permanecesse vivo como um exemplo das consequências infelizes do ódio e do assassinato (ver Gn 4:12-14). O v. 11 dá início à segunda parte do salmo. Os v. 11 a 15 apresentam uma série de pedidos do salmista para que Deus retribua de forma gradual a seus inimigos. As vezes, é preciso tempo para que os seres humanos vejam as consequências do pecado (ver com. do v. 5).O meu povo. Expressão que sugere a consideração do salmista por Israel. Ele sente que toda a nação deveria se preocupar com a depravação generalizada.Esqueça. Quando se desfruta completa paz, a tendência é esquecer os perigos pelos quais se passa (ver SI 78:11, 42; 106:13, 21; etc.).Escudo. Em harmonia com o uso no ugarítico (ver p. 697), o termo heb. magen ? deveria ser traduzido como o verbo “implorar” ou “rogar”, bem como em outras passagens dos salmos (ver com. do SI 84:9). Assim, a frase deveria ser traduzida como “Te imploramos, ó Senhor”.
Sl.59:12 12. Pecado de sua boca. Ver o v. 7.Sejam enredados. Literalmente, “serpego” numa armadilha (ver SI 55:23).Na sua própria soberba. Talvez enquanto confiam no seu êxito.
Sl.59:13 13. Consome-os. Literalmente, "dar fim” ou “completar”. Não de imediato, mas depois que todos tiverem contempladoclaramente os atos de Deus. A expressão se repete para dar ênfase (ver SI 57:1).Que reina Deus. Que Deus é o soberano universal, que pune a impiedade e recompensa a justiça (ver ISm 17:46).Jacó. Ver com. do SI 14:7.Até aos confins da terra. Deus governa todos os reinos da Terra, não apenas Israel.
Sl.59:14 14. Ao anoitecer. Ver o v. 6. O hebraico do v. 14 é o mesmo que do v. 6, com exceção do acréscimo da conjunção we, “e” (ARC), no início do v. 14. O v. 6 descreve a conduta dos inimigos; o v. 15 descreve a punição que o salmista invoca sobre esses inimigos por causa da conduta deles. A linguagem é de triunfo. Os inimigos podem voltar a uivar, mas serão desapontados.
Sl.59:15 15. Vagueiam. Segundo o ugarítico (ver p. 698), hemmah, a palavra que inicia este versículo normalmente se traduz por “eles” e, também, pode significar “vejam” ou “de fato”. Assim, a frase poderia ser traduzida como “De fato, andam para cima e para baixo à procura de comida.”Comida. O salmista era a presa.Rosnam. Do heb. lin, literalmente, “passar a noite”. Uma leve mudança na grafia resulta em Um, que significa “murmurar”. Essa mudança foi adotada pela LXX e outras versões. Os inimigos procuram a presa a noite toda, mas em vão.
Sl.59:16 16. Eu, porém. Um contraste marcante com os inimigos do v. 15.Poder (NTLH). Do heb. oz, “força”, no v. 9.Pela manhã. Contraste com “ao anoitecer” (v. 6, 14).Refúgio. Ou, “lugar onde escapar”. Embora o salmista tenha usado seus próprios meios para fugir (ver ISm 19:12), ele atribuiu corretamente seu livramento à misericórdia divina.
Sl.59:17 17. A Ti. Refrão semelhante ao cios v. 9 e 10.Salmo 60Ao mestre de canto, segundo a melodia “Os lírios do testemunho”. Hino de Davi para ensinar. Quando lutou contra os siros da Mesopotâmia e os siros de Zohá, e quando Joabe, regressando, derrotou de Edom doze mil homens, no vale do Sal.Introdução — De acordo com o subtítulo, o Salmo 60 foi escrito por Davi durante a guerra contra os edomitas. O cântico retrata a humilhação de Israel após uma grande derrota (v. 1-3), apela a Deus para cumprir Suas promessas de vitória (v. 4-8), e expressa confiança na vitória final de Israel sobre os inimigos (v. 9-12). O salmo tem um estilo ágil, emprega metáforas vividas e tem muitas expressões de esperança.Sobre o subtítulo, que tem muitos detalhes, ver p. 696, 707.
Sl.60:1 "Introdução — De acordo com o subtítulo, o Salmo 60 foi escrito por Davi durante a guerra contra os edomitas. O cântico retrata a humilhação de Israel após uma grande derrota (v. 1-3), apela a Deus para cumprir Suas promessas de vitória (v. 4-8), e expressa confiança na vitória final de Israel sobre os inimigos (v. 9-12). O salmo tem um estilo ágil, emprega metáforas vividas e tem muitas expressões de esperança. 1. Tu nos rejeitaste. Comparar com SI 43:2; 44:9-11.Dispersaste. Ou, 'quebraste”. A palavra hebraica assim traduzida sugere a derrota de um exército cujas fileiras estão desfeitas, ou a derrubada de um muro por meio de instrumentos de guerra num cerco (ver Jz 21:15; 2Sm 5:20; 6:8).Indignado. O salmista considerou a derrota como uma evidência da indignação de Deus.Restabelece-nos! Ou, “restaura-nos”."
Sl.60:2 2. Abalaste a terra. A metáfora de um terremoto é usada para retratar o pânico que toma conta de um país derrotado.Brechas. O salmista pede a Deus que repare as brechas feitas pelo terremoto, ou seja, a devastação causada pelo inimigo.
Sl.60:3 3. Reveses. Ou, "coisas severas”, isto é, fracassos, derrotas, provas.Vinho que atordoa. Literalmente, “vinho cambaleante”. A nação, de forma simbólica, bebeu um vinho embriagador que a fez cambalear como um bêbado (ver SI 75:8; Is 51:17, 22; jr 25:15-17).
Sl.60:4 4. Um estandarte. Do heb. nes, “uma insígnia”, “um sinal”. A despeito da humilhação da nação, o salmista vê esperança no chamado de Israel para se refugiar sob o estandarte de Deus.Verdade (ARC). O povo de Deus é chamado para defender os princípios da verdade e da justiça, para que o mundo seja atraído à religião de Cristo.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.60:5 5. Amados. O salmista parece se referir à nação de Israel (ver Dt 33:12).Com a Tua destra. Ver SI 17:7; 44:3.Responde-nos. O texto hebraico diz “responde-nos”, e foi mudado por eruditos judeus para “responde-me” ou “ouve-me”. Essa mudança tem o apoio de muitas versões antigas. Contudo, parece não haver razão para se desviar do texto hebraico.Os v. 5 a 12 correspondem ao Salmo 108:6 a 13 com poucas modificações (ver com. dessa passagem).
Sl.60:6 6. Falou Deus. O Senhor prometeu a Israel a terra de Canaã (ver Gn 12:7; 13:15; 17:8; SI 105:8-11). Davi roga a Deus que Ele cumpra a promessa em sua totalidade.Na Sua santidade. A santidade de Deus com frequência é mencionada pelos escritores bíblicos como uma garantia de que Suas promessas se cumprirão (ver SI 89:35; Am 4:2).Dividirei. Ver Js 1:6; 13:6, 7; 14:5; etc.Siquém. E provável que o nome desta cidade seja usado para designar toda a região ao oeste do Jordão. Como um recurso de linguagem, uma cidade importante designa todo o território. Siquém foi o segundo local a que Jacó chegou na Palestina, quando voltava da Mesopotâmia (Gn 33:18). Mais tarde, tornou-se uma cidade importante de Efraim, se não a principal (ver lRs 12:1). E significativa a menção de Siquém nesta lista de cidades. A lei foi lida próximo a ela quando Israel tomou posse da terra prometida (ver Dt 27, 28; Js 8:33-35; ver com. de Gn 12:6).Sucote. Um local ao leste do Jordão onde Jacó se acampou ao voltar da Mesopotâmia (Gn 33:16, 17).
Sl.60:7 7. Gileade. Região ao leste do Jordão, concedida a Gade e a Manassés (ver Nm 32:39, 40; Js 17:1; ver com. do SI 22:12).Efraim. Efraim e Judá eram as principais tribos do oeste do Jordão.A defesa de minha cabeça. Ou,a fortaleza da minha cabeça”. Alguns eruditos consideram que esta frase se refira a um “capacete” (NVI). Descreve-se Efraim como a principal defesa de todo o país. Depois da divisão do reino, Efraim ficou sendo a principal tribo do reino do norte (ver Dt 33:17).Judá. Uma das principais tribos, em posição, número e pela promessa profética (ver Gn 49:8-12).Cetro. Do heb. chaqaq, “decretar”. A forma usada neste caso significa “o que prescreve as leis”, portanto, “um comandante [de tropas no campo]” ou “o cetro de um comandante [como símbolo de autoridade]”. O governo de Israel foi confiado a judá (ver ISm 16:1; 2Sm 2:4; 5:1-3; SI 78:68).
Sl.60:8 8. Moabe. País situado no deserto ao leste do Mar Morto, cujo limite ao norte era o rio Arnon, e ao sul, Edom. Moabe tinha planejado destruir Israel quando este entrasse em Canaã (ver Nm 22). Balaão profetizou a derrota de Moabe (ver Nm 24:17), e Davi cumpriu a profecia (2Sm 8:2).Bacia de lavar. Metáfora que expressa desprezo extremo, comparando Moabe a uma bacia em que o conquistador lava seus pés.Edom. País na região ao sul do Mar Morto. Os edomitas eram os descendentes de Esaú.Atirarei a Minha sandália. Comentaristas sugerem os seguintes significados para esta figura um tanto obscura: (1) Edom é um escravo a quem o mestre atira as sandálias para serem limpas ou guardadas; ou (2) Edom é um país do qual se toma posse mediante o ato simbólico de tirar as sandálias e atirá-las ao chão (ver com. de Rt 4:7, 8).Filístia. Os filisteus eram inimigos tradicionais dos israelitas. Seu território ficava ao longo da costa mediterrânea ao oeste de Judá.Jubilarei. Ou, “cantar a sua vitória sobre mim” (NTLH), expressão obviamente irônica. No Salmo 108:9, em que este versículose repete, lê-se, “sobre a Filístia jubilarei” (inclusive na ARC). Como outros inimigos de Israel, a Filístia não triunfaria e, sim, seria derrotada.
Sl.60:9 9. Cidade fortificada. Talvez se refira a Selá, capital de Edom, cidade mais tarde chamada de Petra, à qual se podia chegar apenas por meio de um estreito desfiladeiro cujas paredes de rocha são quase verticais. A cidade foi construída na rocha e era praticamente inacessível ao invasor (ver Ob 1, 3). Davi expressa ansiedade em conquistar esta fortaleza.Quem me guiará até Edom? Este versículo é quase um grito de guerra. A esperada vitória foi alcançada por Joabe e Abisai durante o reinado de Davi (ver com. de 2Sm 8:12, 13; e também de lRs 11:15).
Sl.60:10 10. Não nos rejeitaste. Comparar com SI 43:2; 44:9-11.
Sl.60:11 11. Presta-nos auxílio. O salmista reconhece que Deus é sua real fonte de ajuda.
Sl.60:12 12. Faremos proezas. Literalmente, “alcançar poder” (ver SI 118:16). A palavrahebraica para “poder” (chayil) transmite a ideia de poder ou habilidade para realizar. Chayil é usada para descrever o valor e a eficiência de uma mulher (ver Rt 3:11; ver com. de Pv 31:10); e também de um bravo guerreiro (Js 1:14; 1 Cr 5:24).Adversários. O salmo, embora comece com humilhação, termina com uma nota de confiante esperança (ver SI 44:5). A Davi foi permitido ver a resposta à sua oração. Durante seu reinado, Israel tinha expandido grandemente suas fronteiras. As promessas feitas a Abraão começavam a ser cumpridas (ver Gn 15:18; ver com. de lRs 4:21).Salmo 61Ao mestre de canto. Com instrumentos de cordas. De Davi.Introdução — O Salmo 61 é a oração de um exilado que anela desfrutar outra vez a alegria de estar no santuário de Deus. Alguns comentaristas creem que tenha sido escrito por Davi quando estava exilado por causa da rebelião de Absalão. Afirma-se que esta linda oração-poema era cantada diariamente no culto matutino nos primeiros anos da igreja cristã.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708.
Sl.61:1 "Introdução — O Salmo 61 é a oração de um exilado que anela desfrutar outra vez a alegria de estar no santuário de Deus. Alguns comentaristas creem que tenha sido escrito por Davi quando estava exilado por causa da rebelião de Absalão. Afirma-se que esta linda oração-poema era cantada diariamente no culto matutino nos primeiros anos da igreja cristã. 1. Minha súplica. Ver com. do SI 17:1."
Sl.61:2 2. Confins da terra. E evidente que esta expressão é uma hipérbole e não indica distância necessariamente. É possível que a linguagem reflita o estado mental do autor. O poeta descreve de forma vivida o que sente por causa de seu distanciamento do santuário. Para ele é como se estivesse tão longe como nos confins da Terra. Ele considera Jerusalém o centro da Terra.No abatimento. Literalmente, “na debilidade’’, sugerindo desânimo.Rocha que é alta demais. O viajante que percorre um deserto do Oriente se alegra quando encontra uma rocha grande e alta que se projeta acima do deserto abrasador, sob cuja sombra pode descansar ou encontrar no seu topo segurança em relação a animais selvagens ou saqueadores (ver Is 32:2). E bom orar não apenas pelo livramento, mas também a fim de resistir e se elevar acima das dificuldades. As dificuldades tendem a diminuir quando vistas de cima.
Sl.61:3 3. Refúgio. Do heb. machseh, “um refúgio”, ou seja, algo que oferece abrigo ou proteção.Torre. Do heb. migdal. Refere-se em geral a uma elevação feita por mãos humanas, como uma torre de vigia num campo(ver com. do SI 18:2, em que essa ideia é ampliada por meio de várias metáforas).
Sl.61:4 4. Assista eu. Ou, “deixe-me estar”.O salmista ora para que um dia possa ter novamente o privilégio de adorar no santuário (ver com. do SI 15:1).Tabernácuío. Literalmente, “tenda”, referindo-se à natureza temporária do santuário nessa época.Para sempre. Ver com. do SI 23:6.No esconderijo das Tuas asas. Ver com. do SI 17:8; ver também 36:7; 57:1; 63:7; 91:4.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.61:5 5. Ouviste. Percebe-se que o salmista fez votos específicos a Deus. Parece que, com eles em mente, ele toma coragem para insistir em seus pedidos.Votos. Promessas feitas pelo salmista, provavelmente no exílio.Herança. Evidentemente se refere à herança do salmista em Canaã, simbolizando todas as bênçãos temporais e espirituais das promessas divinas. <4Temem o Teu nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.
Sl.61:6 6. Dias sobre dias acrescentas. Literalmente, “acrescentarás dias sobre dias ao rei”. Com absoluta confiança o salmista ora a fim de que se prolongue a vida do rei pela providência divina.
Sl.61:7 7. Permaneça. Ou, “habite”.A bondade e a fidelidade. Uma linda oração por vida longa e útil na presença de Deus, governada por misericórdia e verdade (ver com. do SI 57:3; 85:10;Pv 20:28).
Sl.61:8 8. O Teu nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.Votos. Ver com. do v. 5. O salmo termina com expressão do profundo desejo de participar no serviço e no culto a Deus.Salmo 62Ao mestre de canto. Segundo a melodia de Jedutum. De Davi.Introdução — A fraseologia do Salmo 62 é semelhante à do 39, mas o tema é diferente. O salmo aconselha a confiar em Deus plenamente, não importa que prova se esteja enfrentando, pois não há ajuda humana substancial. E uma magnífica expressão da fé vitoriosa do salmista em Deus. Emprega-se linguagem nobre e elevada. O salmo é caracterizado pela repetição da palavra heb. ’ak (traduzida como “somente”, “só”) no início dos v. 1,2, 4, 5, 6 e 9. O refrão encontra-se nos v. 1, 2 e 5, 6, antes, e não depois das unidades de pensamento.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 697.
Sl.62:1 "Introdução — A fraseologia do Salmo 62 é semelhante à do 39, mas o tema é diferente. O salmo aconselha a confiar em Deus plenamente, não importa que prova se esteja enfrentando, pois não há ajuda humana substancial. E uma magnífica expressão da fé vitoriosa do salmista em Deus. Emprega-se linguagem nobre e elevada. O salmo é caracterizado pela repetição da palavra heb. ’ak (traduzida como “somente”, “só”) no início dos v. 1,2, 4, 5, 6 e 9. O refrão encontra-se nos v. 1, 2 e 5, 6, antes, e não depois das unidades de pensamento. 1. Somente. Do heb. ’ak, que também significa ""só”, “certamente”. ’Ak intensificaa força da palavra ou frase à qual está ligado. Aparece seis vezes neste salmo (ver v. 1, 2, 4, 5, 6, 9). No v. 1, ’ak enfatiza “em Deus”, frase que vem logo após ’ak, também no hebraico. A frase transmite a ideia de que o salmista espera somente em Deus, e em nenhum outro. Outra ilustração da característica de ’ak de intensificar o significado do que vem logo após si ocorre no Salmo 39:5 e 6, em que ’ak (traduzido como “na verdade” e “com efeito”, na ARA; e “na verdade”, na ARC) aparece no início de três linhas sucessivas, comparadas com as seis deste salmo.Minha alma. “Eu” (ver com. do SI 16:10).Espera. Do heb. dumiyyah, um substantivo, não um verbo. A idéia é “silêncio”, “esperar em silêncio” (ver SI 65:1, ARC). A mente do salmista está em paz com Deus, por deixar tudo em Suas mãos.Minha salvação. Ver SI 35:3; 37:39."
Sl.62:2 2. Só. Do heb. dk, “somente”, “certamente”, a segunda ocorrência desta palavra neste salmo (ver com. do v. 1).Rocha. Comparar com SI 18:2, 61:2.Minha salvação. O salmista considera que a salvação não só vem de Deus (v. 1), mas Deus é sua salvação.Muito abalado. Ver SI 37:24; Mq 7:8. Comparar com o v. 6, em que o salmista, confiantemente, diz que não será abalado jamais. Isso representa a vitória da fé.
Sl.62:3 3. Até quando acometereis vós. A palavra hebraica usada aqui aparece só uma vez no AT e seu significado é obscuro. Alguns creem que deriva de huth, à qual atribuem o significado de “gritar” ou “atacar”. Outros afirmam que ela deriva de hathath, que significa “falar sem cessar” ou “desanimar com reprovação”. Em qualquer dos casos, o salmista repreende seus inimigos por causa de seus atos maus ou das palavras ditas contra ele.Um homem. É evidente que o salmista se refere a si mesmo.Como se fosse uma parede pendida. Isto é, uma parede que balança, prestes a cair (ver Is 30:13).
Sl.62:4 4. Só. Do heb. ’ak, a terceira ocorrência da palavra (ver com. do v. 1). Os inimigos não pensam em outra coisa a não ser derrubar o salmista. Nada lhes alegraria mais.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.62:5 5. Somente. Do heb. dk, a quarta vez que a palavra aparece (ver com. do v. 1).Espera. Na primeira vez que aparece, o refrão expressa a confiança do salmista (ver v. 1; ver também a Introdução a este salmo). Neste versículo ele exorta o salmista a seguir confiando no cuidado de Deus.Esperança. Comparar com o v. I. Pode-se aguardar com confiança a salvação final e completa. “Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (F1 1:6).
Sl.62:6 6. Só Ele. Ver com. do v. 2. Do heb. dk, a quinta ocorrência da palavra (ver com. do v. 1).
Sl.62:7 7. Forte rocha. Ver com. do SI 18:2; ver também SI 9:9; 46:1; 94:22.
Sl.62:8 8. O povo. O salmista com frequência inclui o “povo” em seus dizeres de esperança. Neste caso, “povo” pode se referir principalmente àqueles que não o abandonaram nos momentos de angústia (ver 2Sm 17:2). Mas, no sentido mais amplo, o termo inclui todas as pessoas em todas as circunstâncias que ouvem as palavras deste salmo.Derramai. Ver SI 42:4; 142:2.
Sl.62:9 9. Somente. Do heb. dk, a sexta ocorrência da palavra (ver com. do v. 1); neste caso dk intensifica “vaidade”.Homens plebeus. Ver com. do SI 49:2.Falsidade. Não substancial, indigno de confiança.Pesados em balança. Literalmente, “subir nas duas balanças”. Quando se pesam os homens na balança, sejam plebeus ou de fina estirpe, são ainda mais leves que a vaidade.
Sl.62:10 10. Se as vossas riquezas prosperam. Mesmo que as riquezas aumentem de forma natural, sem roubo ou extorsão, não se deve confiar nelas.
Sl.62:11 11. Uma vez [...] duas vezes. Comparar com Jó 33:14; 40:5. O ugarítico (ver p. 697) diz: “Dois sacrifícios Baal odeia, três, o que cavalga nas nuvens.”
Sl.62:12 12. Graça. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36). O Senhor é um Deus de poder e de amor. O ser humano precisa conhecer não somente o poder de Deus, mas também Seu amor constante. “Poder sem amor é brutalidade, e amor sem poder é fraqueza” (Stewart Perowne).Segundo as suas obras. O salmo termina com uma premissa universal. Quando o ser humano é recompensado por fazer obem, essa recompensa procede da misericórdia de Deus, pois ninguém merece por si mesmo recompensa.Salmo 63Salmo de Davi, quando no deserto de Judá.Introdução — Davi compôs o Salmo 63 quando estava no deserto de Judá, fugindo da ira do rei Saul (ver subtítulo; cf. ISm 23:13, 14, 23, 24; 24:1-3; Ed, 164). Este é um dos salmos mais afetuosos. Não contém nenhuma petição. Consiste de alegria, louvor, agradecimento, anelo pela comunhão com Deus, e nem um pedido de vantagens temporais ou espirituais. O hino tem três partes: o anseio de Davi em estar com Deus (v. 1-4), a alegria na comunhão com Deus (v. 5-8), a confiança quanto à destruição final dosímpios e seu próprio triunfo pelas mãos divinas (v. 9-11).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.63:1 "Introdução — Davi compôs o Salmo 63 quando estava no deserto de Judá, fugindo da ira do rei Saul (ver subtítulo; cf. ISm 23:13, 14, 23, 24; 24:1-3; Ed, 164). Este é um dos salmos mais afetuosos. Não contém nenhuma petição. Consiste de alegria, louvor, agradecimento, anelo pela comunhão com Deus, e nem um pedido de vantagens temporais ou espirituais. O hino tem três partes: o anseio de Davi em estar com Deus (v. 1-4), a alegria na comunhão com Deus (v. 5-8), a confiança quanto à destruição final dos ímpios e seu próprio triunfo pelas mãos divinas (v. 9-11). 1. Eu Te busco ansíosamente. Do heb. shachar, “buscar ao amanhecer”, portanto, “buscar com fervor”, ou “buscar com anseio”.Minha alma. “Eu” (ver com. do SI 16:10).Tem sede. Ver com. do SI 42:2.Almeja. Ou, “desfalece de desejo”."
Sl.63:2 2. A Tua força e Tua glória. Davi parece relembrar as evidências da presença de Deus nos rituais do santuário, como o shekinah (ver PP, 349). A maior evidênciada presença de Deus é a transformação de vidas humanas.
Sl.63:3 3. Melhor do que a vida. Para Davi, o amor de Deus era mais doce do que a vida, que é o bem mais valioso para um ser humano.
Sl.63:4 4. Assim. Isto é, “consequentemente” ou “por isso”.Bendizer-Te. Do heb. barak, Esta palavra tem diversos sentidos. Quando Deus bendiz a alguém, significa que Ele lhe concede dons, ou declara que essa pessoa recebeu dons. Quando alguém bendiz a Deus, significa que reconhece a Deus como o doador desses dons. No AT, com frequência se bendiz a Deus (ver SI 63:4; 103:1, 2, 20-22; 145:2; etc.). Quando uma pessoa bendiz a outra, ela expressa o desejo de que essa pessoa seja dotada de dons. Na LXX, barak é traduzida normalmente como eulogeo, “falar bem de”. E raro barak ser usada no sentido oposto, de “amaldiçoar” (ver com. de Jó 1:5).Levanto as mãos. Ver com. do SI 28:2; ver também SI 134:2.
Sl.63:5 5. Farta-se. Ver com. do SI 36:8. No v. 1 se usa a figura do sedento que mata a sede com água, ao passo que neste versículo é a de alguém que está com fome e se satisfaz com alimento.
Sl.63:6 6. No meu leito. Isto é, durante a noite. Nessa hora, as dificuldades do dia tendem a se tornar maiores. É evidente que Davi passa muito tempo pensando em Deus durante as noites de angústia no deserto. Faríamos bem em voltar nossa mente a Deus durante nossas horas de insônia.A vigília da noite. A noite era dividida em três vigílias (ver ISm 11:11; Lm 2:19). Sem dúvida era difícil para Davi dormir sabendo que o perseguiam. Ele, porém, sesentia suficientemente tranquilo para passar as horas de insônia meditando.
Sl.63:7 7. Porque. As bênçãos divinas passadas são sempre uma razão de agradecimento no presente e uma segurança cie auxílio no futuro.A sombra das Tuas asas. Ver com. do SI 17:8; ver também SI 36:7; 57:1; 61:4.
Sl.63:8 8. Apega-se. Do heb. dabaq, “aderir- se a”, “grudar em” (ver com. de Dt 4:4; 10:20; cf. Gn 2:24).
Sl.63:9 9. Porém os que. O salmista contrasta o destino de seus inimigos com seu próprio futuro sob a liderança divina. Aqueles que planejam destruir o salmista perecerão. A destra de Deus sustenta os justos. Essa mesma destra destruirá os ímpios.
Sl.63:10 10. Ao poder da espada. Literalmente, “pelas mãos da espada”. A “espada” é personificada, como se tivesse mãos.
Sl.63:11 11. O rei. O salmista fala de si mesmo na terceira pessoa. Embora um fugitivo, correndo perigo de ser morto por Saul, Davi manifesta sua confiança de que, ao final, ele se tornará rei, conforme sua unção pelo profeta Samuel (ver ISm 16:13). Davi emprega este termo de forma especial. Suas palavras representam um ato de fé.Por Ele. Isto é, por Deus (sobre o significado do juramento, ver com. de Dt 6:13; ver também Dt 10:20; Is 65:16).Dos que proferem mentira. Os que procuram triunfar mediante a mentira serão confundidos. Davi está confiante de que seus inimigos serão destruídos e de que será protegido contra os desígnios homicidas de Saul. Aquele que deposita a confiança em Deus tem o privilégio de saber que, ao final, se alegrará e triunfará.Salmo 64Ao mestre de canto. Salmo de Davi.§í> nos verá?Introdução — O Salmo 64 retrata de forma vivida homens maus tramando contra a vida do salmista (ver SI 52; 57-59). O salmo se divide em duas seções principais: pedido por livramento (v. 1-6) e expressão de confiança e gratidão pela destruição dos inimigos (v. 7-9). O poema termina com um dístico de encorajamento (v. 10).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.64:1 "Introdução — O Salmo 64 retrata de forma vivida homens maus tramando contra a vida do salmista (ver SI 52; 57-59). O salmo se divide em duas seções principais: pedido por livramento (v. 1-6) e expressão de confiança e gratidão pela destruição dos inimigos (v. 7-9). O poema termina com um dístico de encorajamento (v. 10). 1. Perplexidades. Do heb. siach, “preocupação’; traduzido também como “queixa” (SI 55:2)."
Sl.64:2 2. Conspiração. Ou, “conversa confidencial” (ver com. do SI 25:14).Tumulto. Do heb. rigshah, em contraste com a conspiração mencionada na primeira parte do versículo.
Sl.64:3 3. Palavras amargas. Isto é, palavras maliciosas. E cruel o ataque da língua caluniadora.
Sl.64:4 4. Às ocultas. Literalmente, “em lugares escondidos” (ver SI 10:8).íntegro. Do heb. tam, “completo”, “correto”, “pacífico” (ver com. de Jó 1:1). O salmista se declara inocente das acusações que lhe fazem.Não temem. É evidente que os inimigos do salmista não temem a Deus nem ao homem (ver SI 55:19).
Sl.64:5 5. Propósito. Literalmente, "palavra”. A linguagem dos conspiradores ímpios é má.Dizem. Isto é, para si mesmos.Quem nos verá? Dizem a si mesmos que Deus não atenta para eles.
Sl.64:6 6. Inquirem tudo. Eles examinam tudo que pode ajudá-los a levar a cabo seus propósitos maus.O que se pode excogitar. Os v. 2a 6 descreve a incessante atividade dos ímpios. Auxiliados pela mente mestra do mal, os injustos “projetam” iniquidade, planejam com cuidado sua execução, preparam-se diligentemente para a ação e, de súbito, atacam quando chega o momento oportuno.Bom seria que os justos fossem assim tão diligentes na prática da justiça. Muitas vezes, a piedade se torna algo totalmente passivo. Não se vê nenhum crescimento na graça, não se fazem pianos para realizar novas obras para Deus. As palavras de Cristo são pertinentes: “Os filhos domundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lc 16:8).
Sl.64:7 7. Desfere. O salmista dá evidência de sua confiança de que Deus vingará sua causa.Uma seta. Os papéis foram invertidos. Em vez de os inimigos do salmista lançarem suas setas (v. 3), Deus lançará Suas setas neles.
Sl.64:8 8. A própria língua. O instrumento que usaram para ferir a outros seria, como uma espada (ver v. 3), o meio de sua própria destruição.Se voltará contra eles. Segundo alguns, este verbo vem do heb. nadad, ‘retroceder” ou “fugir”; outros acham que vem de nud, “ser sacudido” ou “sacudir-se”.
Sl.64:9 9. E entenderão. Verão que Deus livra Seus filhos das maquinações dos ímpios.
Sl.64:10 10. O justo se alegra. O salmista expressa sua gratidão pelo livramento.Os de reto coração. Todo o povo de Deus. Estejam ou não envolvidos no perigo que é o tema do salmo, todos se alegrarão com o triunfo do salmista.Salmo 65Ao mestre de canto. De Davi. Cântico.Introdução — O Salmo 65 parece ser um glorioso hino de louvor a Deus pela colheita. Suas três seções expressam louvor a Deus por (1) Suas qualidades morais (v. 1-4), (2) Seu poder e majestade na natureza (v. 5-8) e (3) pela colheita abundante (v. 9-13). A terceira seção é um dos exemplos mais notáveis nos salmos de poesia sobre a natureza.Sobre o subtítulo, ver p. 698, 707.
Sl.65:1 "Introdução — O Salmo 65 parece ser um glorioso hino de louvor a Deus pela colheita. Suas três seções expressam louvor a Deus por (1) Suas qualidades morais (v. 1-4), (2) Seu poder e majestade na natureza (v. 5-8) e (3) pela colheita abundante (v. 9-13). A terceira seção é um dos exemplos mais notáveis nos salmos de poesia sobre a natureza. 1. A Ti, ó Deus, confiança e louvor. Literalmente, “a Ti é o silêncio: louvor” (ver com. do Sl 62:1). “Quando todas as outras vozes silenciam e em sossego esperamos perante Ele, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus” (DTN, 363).Sião. Ver com. do Sl 48:2."
Sl.65:2 2. Que escutas. Característica de Deus observada com frequência nos salmos (ver Sl 69:33).Todos os homens. A fé do salmista se estende além de Israel, a todas as etnias (ver SI 22:27, 28).
Sl.65:3 3. Iniquidades. Literalmente, “palavras de iniquidades” ou “coisas de iniquidades”. O salmista menciona sua própria culpa antes de fazer referência à culpa do povo (ver Dn 9:20).Tu no-las perdoas. Do heb. kafar, traduzido com frequência como “fazer expia- ção por” (Êx 29:37; etc.; ver com. do Sl 32:1).
Sl.65:4 4. Bem-aventurado. Ver com. do Sl 1:1.Para que assista nos Teus átrios.Era privilégio único dos israelitas adorar nos átrios sagrados do santuário. Três vezes ao ano, todo hebreu adulto do sexo masculino devia ir ao santuário para a celebração de ritos religiosos. Os que viviam próximo ao santuário tinham acesso constante aos seus átrios.Casa. Do heb. hekal. A palavra pode se referir tanto ao templo (de Salomão) ou ao tabernáculo (ver com. do Sl 5:7).
Sl.65:5 5. Tremendos feitos. Isto é, coisas que provocam temor ou espanto e fazemcom que se compreendam o poder e a glória de Deus.Respondes. Sobre a oração do salmista, ver o v. 2.O Deus, Salvador nosso. Ver Sl 27:1; 62:2, 6.Confins da terra. Como no v. 2, o salmista inclui como beneficiários todos os que reconhecem a Deus como a única fonte de confiança (ver v. 8).E dos mares longínquos. Frase paralela à anterior (ver Sl 107:23-30). Além de confiar nos ventos e nas correntes marítimas, na habilidade de navegar e na solidez dos navios, os marinheiros devem confiar em Deus.
Sl.65:6 6. Os montes. Ver Sl 36:6; 95:4. Poucas coisas transmitem um conceito mais sublime da força de Deus do que contemplar as montanhas. Os Alpes, o Himalaia e as montanhas rochosas são testemunhas silenciosas do poder de Deus.Cingido. Representa-se a Deus de modo figurado como cingido de poder (ver Sl 93:1), uma alusão ao costume de se cin- gir antes de fazer esforço. Nas terras bíblicas ainda é comum ver alguém prender no cinto partes soltas da roupa ao realizar alguma tarefa.
Sl.65:7 7. Que aplacas. O poder de Deus para acalmar uma tempestade tem importância especial para o ser humano, que não tem o controle do mar. Os escritores do AT com frequência se referem à manifestação do poder de Deus (ver Jó 38:8-11; Is 50:2; 51:10; cf. Mt 8:23-27; Mc 4:36-41).Ruído. Do heb. shaon, “barulho” ou “brado”.Tumulto das gentes. Águas e povos são com frequência mencionados juntos (ver Is 17:12; cf. is 8:7; Ap 17:15).
Sl.65:8 8. Nos confins da terra. Regiões distantes de terras civilizadas, onde haveria habitantes que não tivessem o mesmo privilégio dos hebreus de conhecer a Deus.Temem os Teus sinais. Eles estão impressionados com as evidências do poder de Deus nas forças da natureza (ver Rm 1:19, 20; DTN, 638). Os que veem a glória de Deus na natureza são tomados de reverência.As saídas (ARC). Literal mente, “lugares de partida” ou “levantar”. Talvez o poeta tenha em mente as imagens esplêndidas do nascer e do pôr do sol. Feliz aquele que se deleita na natureza e se aproxima do Deus que a criou.
Sl.65:9 9. Tu visitas a terra. Deus é adorado por ter concedido uma colheita abundante. Nos versículos desta parte do salmo (v. 9-13), o salmista adora a Deus por Sua generosa providência da colheita. Ele traça os vários passos no processo natural, até chegar à gloriosa culminação. Os versículos descrevem em detalhes os montes e os vales da Palestina, cobertos de oliveiras e vinhas e campos de trigo, cevada e painço. Principal mente por causa desta seção do poema, o Salmo 65 é chamado de o “Salmo do fazendeiro”. Não se celebra a natureza em si, mas o fato de ela apontar para Deus.Regas. Comparar com Jó 36:27, 28; 37:6; 38:26-28.Os ribeiros de Deus. Reíerência à abundância de água que Deus dá. Os reservatórios de água de Deus nos céus estão sempre cheios.Cereal. Do heb. dagan, “grão”, um termo genérico que inclui qualquer grão usado para fazer pão.Para isso a dispões. Deus prepara a terra para a colheita e depois dá a colheita. A colheita depende do preparo da terra e da chuva e ambos dependem de Deus. Deus segue a ordem que estabeleceu e atua mediante as leis da natureza.
Sl.65:10 10. Sulcos. Em outras partes “leivas” (ver Jó 31:38, 39:10).Aplanando-lhe. Literalmente, “nivela” ou “aplana”.Leivas. Em vez disso, “torrões”. O texto hebraico transmite a ideia de que a chuva cai sobre os torrões entre os sulcos e nivela o solo.A produção. A vegetação produzida pelo solo abençoado pela chuva.
Sl.65:11 11. Coroas. A beleza e abundância de flores, frutos e grãos são como uma coroa no final do ano.
Sl.65:12 12. Destilam. Isto é, com a fartura concedida por Deus.Deserto. Não necessariamente o deserto desolado, mas uma região não habitada que pode produzir em certa medida pasto selvagem, flores e arbustos.De júbilo se revestem. Literalmente, “estão cingidos de alegria”. Os montes, cobertos de vinhas e árvores, são personificados como cingidos de felicidade.
Sl.65:13 13. Vales. As terras aráveis e férteis do vale estão cobertas de cereais (ver com. do v. 9), e os montes estão cobertos de rebanhos.Exultam. Como clímax da personificação, os prados nos vales, ricos de cereais, exclamam de júbilo e cantam. Toda a natureza se alegra em Deus.Salmo 66Ao mestre de canto. Cântico. Salmo.Introdução — No Salmo 66, Davi (ver T4, 533) mescla agradecimento pessoal e coletivo em comemoração ao livramento de urna grande calamidade. E provável que o salmo tenha sido escrito para ser cantado antes de se oferecer o sacrifício em cumprimento de um voto que o salmista tinha feito quando estava angustiado (ver v. 13-15). As cinco estrofes e a doxologia no final do salmo têm uma peculiaridade: os v. 1 a 12 empregam um pronome pessoal no plural; os v, 13 a 20, no singular. Talvez o poeta, depois de ter falado a toda a congregação, segue falando de si mesmo como um membro da congregação. Ou, talvez, os v. 1 a 12 devessem ser cantados pelo coralde levitas, e os v. 13 a 20, por um solista. Cristo, com frequência, cantava este salmo (ver Ellen G. White, Material Suplementar, sobre os v. 1-5).Sobre o subtítulo, ver p. 707.
Sl.66:1 "Introdução — No Salmo 66, Davi (ver T4, 533) mescla agradecimento pessoal e coletivo em comemoração ao livramento de urna grande calamidade. E provável que o salmo tenha sido escrito para ser cantado antes de se oferecer o sacrifício em cumprimento de um voto que o salmista tinha feito quando estava angustiado (ver v. 13-15). As cinco estrofes e a doxologia no final do salmo têm uma peculiaridade: os v. 1 a 12 empregam um pronome pessoal no plural; os v, 13 a 20, no singular. Talvez o poeta, depois de ter falado a toda a congregação, segue falando de si mesmo como um membro da congregação. Ou, talvez, os v. 1 a 12 devessem ser cantados pelo coral de levitas, e os v. 13 a 20, por um solista. Cristo, com frequência, cantava este salmo (ver Ellen G. White, Material Suplementar, sobre os v. 1-5). 1. Aclamai. Ver com. do SI 98:6."
Sl.66:2 2. Glória. Do heb. kahod, que também significa “glória” (ver SI 62:7; 72:19).Nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.
Sl.66:3 3. Tremendos. A maneira como Deus livra os perseguidos é assombrosa para os perseguidores (ver com. do SI 65:5; cf. Ap 15:3).A Ti se mostram submissos. Doheb. kachash, “fingir obediência”, “bajular” (ver SI 18:44). Esta submissão vazia não ésincera e, sim, fingida; resulta da demonstração do poder de Deus. A verdadeira submissão do coração é resultado da revelação do amor de Deus.
Sl.66:4 4. Toda a terra. Ver com. do SI 22:27.Nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.66:5 5. Vinde e vede. Ver com. do SI 46:8.
Sl.66:6 6. Converteu o mar. Referência à travessia do Mar Vermelho (ver Êx 14:21, 22; 15:1-21).Atravessaram o rio. Referência à travessia do Jordão (ver js 3:14-17). Com licença poética, o salmista une este episódio épico com o da travessia do Mar Vermelho num só quadro da intervenção divina em favor de Israel.Ali, nos alegramos. A alegria dos hebreus se expressava com música (ver Êx 15:1-21).
Sl.66:7 7. Vigiam. Deus está constantemente observando como as nações se comportam (ver com. do SI 11:4; ver PR, 535, 536). Ele tem zelo de Seu povo, e não permitirá que seja esmagado pelo inimigo. “Por detrás do escuro desconhecido, está Deus dentro das sombras, vigilante sobre os Seus” (James Russell Lowell, The Present Crisis).Os rebeldes. Os que não têm paciência com as restrições divinas ou que desafiam a Deus. Estes não devem se orgulhar, pois, ao linal, terão de se submeter ao poder de Deus.
Sl.66:8 8. O povos. O hebraico é plural, referindo-se evidentemente às nações.Os v. 8 a 12 constituem a terceira estrofe, o coração do salmo, que convida os povos a louvar a Deus pelo livramento antes de se unirem com o salmista no ato do sacrifício (v. 13-15).
Sl.66:9 9. Nossa alma. “Nós” (ver com. do SI 16:10). O povo de Deus foi preservado a despeito do perigo que enfrentou (ver SI 3:2; 7:2).Resvalem. Ver SI 121:3; Pv 3:23, 26.
Sl.66:10 10. Tu [...] nos provaste. Deus permitiu que a calamidade viesse sobre Israel como um teste de sua lealdade a Ele.Como se acrisola a prata. VerZc 13:9; lPe 1:6, 7; cf. SI 12:6. Antigamente, o refino da prata era um processo lento. Israel tinha sofrido muito.
Sl.66:11 11. Na armadilha. Como armadilhas para animais selvagens (ver Os 7:12).Oprimiste. Deus nunca permite que Seu povo seja provado além do que possa tolerar (ver ICo 10:13). Este versículo pode ser uma alusão à escravidão no Egito.
Sl.66:12 12. Homens. Do beb. enosh, “homem na sua fragilidade” (ver com. do SI 8:4; 9:19).Cavalgassem sobre a nossa cabeça. Uma figura derivada talvez do antigo costume dos orientais de cavalgarem sobre os corpos dos conquistados.Pelo fogo e pela água. Esta frase representa os muitos perigos aos quais o ser humano está exposto.Lugar espaçoso. Do heb. rexvayah, “abundância [de bebida]”. Remiyah ocorre só mais uma vez, no Salmo 23:5, em que é traduzido como “transborda” (literalmente, “excedente”)- Está implícita a idéia de “abundância”, e o salmista afirma que Deus levou os israelitas a uma terra onde havia fartura. A LXX traz anapsyche, do heb. rewahah, que significa “alívio”, “respiro”. Se rewahah, for o termo correto, então talvez haja uma alusão ao alívio experimentado quando os filhos de Israel chegaram à terra prometida.
Sl.66:13 13. Holocaustos. Ver vol. 1, p. 752- 754; cf. Is 1:11.Os v. 13 a 15 constituem a quarta estrofe. A mudança no emprego do pronome pessoal (do plural para o singular) é comum na literatura hebraica.Votos. As promessas que Davi tez (ver com. do SI 22:25; SI 50:14). A lei mosaica continha especificações com respeito a votos (ver Lv 27:1-8; ver com. de Lv 27:9-30; Nm 6:2-21).
Sl.66:14 14. Proferiram. Palavras ditas sob forte emoção.Angústia. Principalmente quando em dificuldades, as pessoas tendem a fazer votos a Deus (ver Jz 11:30, 31; lSm 1:11). Deve-se ter muito cuidado em cumprir esses votos! Com frequência, são esquecidos, quando se recuperam a saúde e a prosperidade.
Sl.66:15 15. Oferecer-Te-ei holocaustos de vítimas cevadas. Isto é, animais próprios para o sacrifício.Novilhos com cabritos. Ambos eram oferecidos no serviço prescrito por Moisés (sobre o uso destes animais como sacrifício, ver vol. 1, p. 752-759).
Sl.66:16 16. Todos vós que temeis a Deus. Davi estava disposto a testemunhar da bondade de Deus perante todos, fossem seus compatriotas ou não (ver com. de 2Sm 15:18).Os v. 16 a 19 constituem a quinta estrofe. Davi chama a todos os adoradores fiéis de Deus a reconhecerem que Ele responde as orações dos sinceros e honestos.E vos contarei. Davi fala de si mesmo e poderia também ter falado em nome do povo de quem era rei e líder.Minha alma. “Mim” (ver com. do SI 16:10).
Sl.66:17 Sem comentário para este versículo
Sl.66:18 18. Se eu no coração contemplara a vaidade. Uma premissa na experiência cristã. Para que a oração seja aceitável a Deus, quem a profere deve ter como propósito abandonar todo pecado conhecido (ver Pv 28:9; Is 1:15; 58:3-5; cf. SI 34:15; Jo 9:31; Tg 4:3; CC, 99, 100; PP, 584). “Se está no coração obedecer a Deus, se são feitos esforços nesse sentido, Jesus aceita essa disposição e esse esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência com Seu mérito divino” (FO, 50).
Sl.66:19 19. Deus me tem ouvido. Davi não duvidou de que Deus responderia sua oração. Ele expressou confiança na aprovação divina (ver SI 116:1, 2).
Sl.66:20 20. Que não me rejeita. Deus ouve e responde as orações (ver SI 65:2; Tl, 120, 121).Salmo 67Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas. Salmo. Cântico.os povos com equidade e guias na terra as nações, gIntrodução — O Salmo 67 exorta a todos os povos da terra a se alegrar no Deus e Rei do mundo, a confiar nEle e reconhecer Seu domínio universal. Alguns sugerem que o salmo seja uma resposta formal da congregação à bênção araônica (Nm 6:24- 26), especialmente apropriada para a época da colheita.Sobre o subtítulo, ver p. 707, 708.
Sl.67:1 "Introdução — O Salmo 67 exorta a todos os povos da terra a se alegrar no Deus e Rei do mundo, a confiar nEle e reconhecer Seu domínio universal. Alguns sugerem que o salmo seja uma resposta formal da congregação à bênção araônica (Nm 6:24- 26), especialmente apropriada para a época da colheita. 1. Seja Deus gracioso. O pensamento e a linguagem deste versículo são um eco à bênção do sumo sacerdote (ver Nm 6:24- 26). Outras frases similares à bênção araônica estão nos Salmos 4:6; 31:16; e 80:3, 7 e 19.Para conosco. Literalmente, “conosco”. A frase sugere estreita comunhão com Deus.Seiá (ARC). Ver p. 709."
Sl.67:2 2. O Teu caminho. Os métodos e os princípios do governo de Deus, com relação a todo o mundo e não apenas a Israel. O propósito de Deus era que Israel fosse a luz do mundo. A história de Israel poderia ter sido bem diferente se tivesse cumprido sua missão (ver DTN, 577). Na experiência de Israel há uma lição preciosa para a igreja remanescente.Em todas as nações. Um chamado à obra missionária. Deus colocou sobre a igreja a responsabilidade de levar o conhecimento da salvação a todas as nações.Salvação. Do heb. yeshuah, traduzido em geral por “salvação”, mas também como “felicidade” (Jó 30:15), “auxílio” (SI 42:5) e “vitória” (SI 18:50; 44:4).
Sl.67:3 3. Louvem-Te os povos. Este versículo é o refrão do poema, e se repete no v. 5.
Sl.67:4 4. Julgas. O governo de Deus é justo. Ele julga o mundo com justiça.Guias. Do heb. nachah, “conduzir” ou “guiar”. Deus é o grande pastor de todos os povos (ver SI 23:3). Emprega-se nachah para descrever o modo como Deus guiou Israel pelo deserto (ver SI 78:14). Assim como Deus guiou Israel, Ele guiará todos os povos que O aceitarem como pastor.
Sl.67:5 5. Louvem-Te os povos. A repetição do refrão (ver com. do v, 3) enfatiza o desejo do salmista de que todos, não somente o Israel carnal, louvem a Deus por Sua bondade.
Sl.67:6 6. A terra deu o seu fruto. Ou, “a terra produziu”. Pode-se interpretar que esta linguagem se refira a uma abundante colheita. A partir disso, alguns concluem que o salmo é um agradecimento pela colheita.O nosso Deus. A frase expressa comunhão estreita com Deus.Abençoa. A frase pode também ser traduzida como a expressão de um desejo: “Oue Deus, nosso próprio Deus, nos abençoe!”
Sl.67:7 7. Abençoe-nos Deus. O salmo termina com a mesma expressão de anseio pela bênção divina do início. Por meio de Israel, o mundo todo seria abençoado. Ao reconhecer o Deus de Israel como o Deus de todas as nações, o mundo compartilharia as bênçãos divinas sobre Israel. Uma análise completa deste salmo só é possível mediante estudo do propósito eterno de Deus ao ter a Israel como Seu povo escolhido. E um salmo essencialmente missionário e deve ser considerado precioso para a igreja no seu programa mundial.A partir da referência à bênção araônica, ao emprego do refrão e à abundância de palavras comuns na adoração púbica, como “louvem” e “abençoe”, parece evidente que o salmo foi composto para ser usado na adoração pública.Salmo 68Ao mestre de canto. Salmo de Davi. Cântico.Introdução — O Salmo 68 celebra a liderança vitoriosa do Senhor sobre Israel desde a época do êxodo até os dias do sal- mista. Ele descreve com pequenos detalhes a jornada de Israel pelo deserto, a conquista de Canaã, a fuga de reis hostis e o estabelecimento final de Jerusalém como o centro religioso da nação. A citação de Paulo em Efésios 4:8 atesta o caráter messiânico de pelo menos urna parte do Salmo 68. Cristo muitas vezes cantou algumas partes deste salmo (ver Ellen G. White, Material Suplementar, e com. do SI 66:1-5).Devido às muitas palavras e frases singulares, o Salmo 68 apresenta várias dificuldades de interpretação. Em 1851, Eduard Reuss publicou um pequeno livro no qual reuniu materiais de 400 comentários escritos a respeito deste salmo. Afirma-se que desde então surgiram pelo menos mais 400. Porém, um avanço real em direção a um melhor entendimento do cântico ocorreu com a descoberta da literatura ugarítica (ver p. 697). Essa literatura também provou que o salmista empregou uma terminologia muito antiga. William I . Albright e T. H. Robinson creem que o salmo seja uma coleção de estrofes introdutórias de vários hinos famosos.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.68:1 "Introdução — O Salmo 68 celebra a liderança vitoriosa do Senhor sobre Israel desde a época do êxodo até os dias do sal- mista. Ele descreve com pequenos detalhes a jornada de Israel pelo deserto, a conquista de Canaã, a fuga de reis hostis e o estabelecimento final de Jerusalém como o centro religioso da nação. A citação de Paulo em Efésios 4:8 atesta o caráter messiânico de pelo menos urna parte do Salmo 68. Cristo muitas vezes cantou algumas partes deste salmo (ver Ellen G. White, Material Suplementar, e com. do SI 66:1-5). Devido às muitas palavras e frases singulares, o Salmo 68 apresenta várias dificuldades de interpretação. Em 1851, Eduard Reuss publicou um pequeno livro no qual reuniu materiais de 400 comentários escritos a respeito deste salmo. Afirma-se que desde então surgiram pelo menos mais 400. Porém, um avanço real em direção a um melhor entendimento do cântico ocorreu com a descoberta da literatura ugarítica (ver p. 697). Essa literatura também provou que o salmista empregou uma terminologia muito antiga. William I . Albright e T. H. Robinson creem que o salmo seja uma coleção de estrofes introdutórias de vários hinos famosos. 1. Levante-Se Deus. Ver com. do SI 3:7. O Salmo 68 começa com uma declaração semelhante à expressão usada quando a arca se movia no deserto (Nm 10:35). Salomão empregou fraseologia similar quando a arca foi colocada no templo (2Cr 6:41)."
Sl.68:2 2. Como se dissipa a fumaça. A figura empregada neste versículo expressa a completa impotência dos inimigos diante do poder de Deus (ver SI 37:20; 97:5; Os 13:3; Mq 1:4). A última parte do v. 2 e a primeira do 3 têm certa semelhança com o último verso da canção de Débora (ver Jz 5:31).
Sl.68:3 3. Os justos [..] se regozijam. Este ato é enfatizado com as três repetições. O v. 3 encerra a introdução deste alegre cântico de vitória.
Sl.68:4 4. Exaltai. Do heb. salal, que tem o significado básico de “erguer”, “exaltar”.O que cavalga sobre as nuvens.O heb. rokeb baaraboth apresenta muitas dificuldades de interpretação. A tradução de ‘araboth por “céus” (ARC, KJV) é significativa visto que em todas as outras ocorrências ‘arabah significa aparentemente “deserto”. Contudo, no ugarítico, em que arabah é escrito com p em vez de b, a palavra significa “nuvens”. O termo ugarítico rkb ‘rpt, "o que cavalga nas nuvens” se aplicacom frequência a Baal. Assim, ao traduzir o termo como “céus ”, a versão ARC se aproximou de forma significativa ao que atualmente se crê ser a verdadeira definição do termo.Senhor. Do heb. Yah, abreviação de Yahweh (ver Ex 6:3; vol. 1, p. 149-151; ver com. de Êx 15:2).
Sl.68:5 5. Pai. Deus revela Seu caráter aos seres humanos por meio de Seus atos de bondade. Quanto mais o ser humano se relaciona com Ele, mais compreende o bondoso cuidado divino. Cristo “estendeu Sua tenda ao lado da dos homens para que pudesse viver entre nós e tornar-nos familiarizados com Seu caráter e vida divinos” (DTN, 23).A frase “pai dos órfãos e juiz das viúvas” aparece duas vezes nos textos ugaríti- cos descrevendo um antigo rei justo.
Sl.68:6 6. Deus faz que o solitário more em família. A figura pode ser a de um solteiro pobre que não tem dinheiro para pagar por uma noiva (cf. Jacó; Gn 29:18) e, portanto, não pode se casar. Deus tem cuidado dele e o ajuda a formar uma família. A figura tem paralelo no ugarítico, onde se lê que “a casa dos solteiros está fechada’”.Prosperidade. Do heb. kosharoth, palavra que aparece apenas nesta passagem no AT. A tradução da ARC (“grilhões”) é questionável. Comentaristas sugerem o significado de “felicidade” ou “prosperidade”. No ugarítico, a palavra significa “cantoras”, de modo que a frase pode ser traduzida como: “tira os cativos com [o acompanhamento de] cantoras”.
Sl.68:7 7. Ao saíres. Este versículo introduz o glorioso tema do salmo. Deste ponto em diante apresentam-se várias alusões à marcha triunfal de Israel pelo deserto até Canaã, tendo a Deus como guia constante. A retrospectiva histórica se estende até o v. 18.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.68:8 8. Gotejaram. Em geral deriva do termo heb. nataf, “gotejar ”, “pingar”. Porém,é provável que derive do heb. tapap, “sacudir- se”, do árabe taffa, “bater as asas” e do ara- maico tptp, “mover-se rapidamente”. Dessa forma, obtém-se um paralelo perfeito da primeira linha: “A terra tremeu, os céus gotejaram.”O próprio Sinai. Embora a presença de Deus fosse manifestada continuamente durante a longa jornada no deserto, Sua gloriosa majestade foi mostrada de forma especial no Sinai (ver Êx 19:16-18; PP, 339, 340).O heb. zeh Sinay, em geral traduzido por “este Sinai”, foi reconhecido por H. Grimme como um antigo título de Yahweh e pode ser traduzido como: “o do Sinai”.
Sl.68:9 9. Copiosa chuva. Talvez uma alusão ao maná, que Deus “fez chover” (SI 78:24).
Sl.68:10 10. Grei. Do heb. chayyah, “rebanho”. Deus é o amoroso pastor de Israel (ver com. do SI 23:1).Necessitados. O rebanho de Deus, durante a época em que peregrinou pelo deserto, totalmente dependente.
Sl.68:11 11. Deu a palavra. Os v. 11 a 14 fazem alusão à conquista de Canaã.Das mensageiras. Do heb. mebas- seroth, “proclamadores ”, do verbo basar, “anunciar”. A forma é um plural íeminino, e, portanto, se refere a mulheres. No contexto do salmo é provável que as mebasse- rot-h tenham sido mulheres que cantavam para celebrar grandes eventos, por exemplo, o retorno de exércitos vitoriosos (ver lSm 18:6, 7, ver com. de Êx 15:20, 21).
Sl.68:12 12. Reis. Reis cananeus (ver Js 24:11-13).Fogem e fogem. Ou, “eles fogem, elesfogem!”, uma repetição enfática. Ao serem confrontados com o poderoso Deus de Israel, os reis de Canaã fugiram.
Sl.68:13 13. Por que repousais entre as cercas dos apriscos? O ugarítico esclareceu esta difícil passagem (ver p. 697). O termo heb. shefattayim, traduzido como “redis” na ARC e “fogueiras do acampamento” na NVI, na verdade indica pedras de fogão delenha ou chaminé. Casas antigas tinham duas pedras no fogão, assim como as casas modernas de muitos árabes nômades. Além disso, a passagem deve ser traduzida como uma pergunta ligada ao versículo anterior, como faz a ARA. “Ficareis assentados junto às pedras do fogão'?” é uma pergunta que envergonha os que, num momento de emergência nacional, ficam em casa quando grandes interesses estão em jogo.Cobertas de prata. Uma bonita imagem que sugere a luz do sol incidindo sobre a plumagem de uma pomba que alça voo. Várias palavras e frases empregadas neste versículo encontram paralelo no ugarítico. Porém, o propósito da figura dessa pomba no contexto deste salmo é obscuro.
Sl.68:14 14. Dispersa os reis. Evidentemente uma referência à frustração dos reis de Canaã? quando Josué invadiu a terra (Js 10:10, 11).Cai neve sobre o monte Zalmom. Deus espalhou os reis assim como a neve desaparece do monte Zalmom. Em Juizes 9:48, há a menção de um monte Zalmon, próximo a Siquém. Esse monte, cuja altura é de mil metros, quase nunca tem neve. E mais provável que este “Zalmom” seja Jebel Haurân, que fica ao leste do mar da Galileia, chamado, por Ptolomeu, de Asalmanos. Sua altura é de 2 mil metros e seu topo fica coberto de neve quase todos os invernos.
Sl.68:15 15. Monte de Deus. Do heb. har- 'Elohim, literalmente, “montanha de Deus”, expressão idiomática de “monte grandíssimo” (ver TB).O monte de Basã. Basã era um planalto ao leste do mar de Quinerete (ver mapa no vol. 2, p. 399: “Palestina no Período dos Juizes”).
Sl.68:16 16. Por que olhais com inveja [...]? O salmista personifica os imponentes montes como se estivessem invejosos dos montes de Jerusalém. Deus honrou Sião ao escolhê-lo para construir ali o Seu templo (ver SI 132:13-16).
Sl.68:17 17. Vinte mil. Esta expressão também pode ser traduzida como “miríades”. A ideia é a de que os anjos formam um exército incontável.Milhares de milhares. Do heb. shirian. A maioria dos comentaristas considera que shirian deriva da raiz shanah, “repetir”, e que, portanto, significa “repetições”. A palavra aparece no ugarítico como tnn, “guerreiro”. A referência, então, seria à hoste angélica, como guerreiros de Deus (ver KJV).O Sinai. O próprio Deus, acompanhado dos anjos celestiais, carregando consigo toda majestade e glória manifestada no Sinai, Se estabelece no monte Sião. Que conclusão gloriosa para essa retrospectiva histórica!
Sl.68:18 18. Subiste. O salmista emprega a figura de um monarca que retorna triunfante, com vários cativos, para descrever o Rei celestial subindo a Jerusalém. Pode haver aqui uma referência ao transporte da arca (2Sm 6:17). Paulo aplica a figura do salmista à ascensão de Cristo (Ef 4:8).Homens por dádivas. Ou, “dons entre os homens”. Receber da parte de Deus implica dar. Ele dá a fim de receber. “Através do amado Filho, flui para todos a vida do Pai; por meio do Filho ela volve em louvor e jubiloso serviço, uma onda de amor, à grande Fonte de tudo” (DTN, 21).Senhor Deus. Do heb. Yah 'Elohim (ver com. do v. 4).A descrição da procissão triunfal é interrompida com uma atribuição de louvor, e a descrição continua até o v. 24.
Sl.68:19 19. Leva o nosso fardo. O verbo hebraico sugere “levar como um pastor” (ver Zc 12:3).
Sl.68:20 20. Salvação (ABC). A ARA diz “libertador”, mas a palavra hebraica está no plural e, literalmente, significa “atos salvífi- cos”, enfatizando os vários casos específicos de salvação, em vez de mera ideia abstrata.
Sl.68:21 21. Cabeludo crânio. O topo da cabeça, uma parte vital do corpo. A morteé a punição inevitável para o pecado que se comete de forma voluntária.
Sl.68:22 22. Basã. Ver com. do v. 15.Farei voltar. Deus encontrará os ímpios, não importa onde se escondam, e os punirá (ver Am 9:1-3). Evidentemente, os que Deus fará voltar não são Seu povo, mas os pecadores mencionados no v. 21.
Sl.68:23 23. Para que banhes o pé em sangue. Uma expressão que descreve a destruição dos inimigos (ver com. do SI 58:10).Cães. Ver com. de lRs 21:23.
Sl.68:24 24. Viu-se. Reinicia-se a descrição da marcha triunfal.
Sl.68:25 25. Adufes. Possivelmente um tipo de tambor (ver p. 15).
Sl.68:26 26. Bendizei a Deus. É provável que este versículo seja a canção cantada pelas mulheres mencionadas no v. 25.
Sl.68:27 27. O mais novo. Do heb. tsair, que significa também “jovem” ou “baixo”. O adjetivo se refere ao governante da tribo de Benjamin, provavelmente Saul. A passagem deveria ser traduzida como: “Ali, está o mais novo Benjamin, que os governa.”Benjamim. Este versículo menciona quatro tribos. O monte Sião estava na fronteira entre Benjamim e Judá. Zebulom e Naftali podem ter sido mencionadas para representar as tribos que ficavam mais distantes do monte Sião (ver mapa no vol. 2, p.•399; cf. jz 5:18).Com o seu séquito. Do heb. rigmah. A palavra é obscura. Para os comentaristas significa “multidão”, “clamor” ou “ruído de armas”.
Sl.68:28 28. Reúne, ó Deus, a Tua força. O sal- mista parece pedir a Deus que demonstre todo Seu poder, e que essa demonstração seja ainda mais impressionante em ocasiões posteriores.
Sl.68:29 29. Teu templo. Do heb. hekal (ver com. do SI 65:4).
Sl.68:30 30. Reprime. Ver SI 9:5.Multidão dos fortes. Em vez disto, “animal selvagem dos juncos”, expressão usada talvez para simbolizar o Egito, a potência mundial da época.
Sl.68:31 31. Príncipes. Do heb. chashemannim, um empréstimo do egípcio hsmn, que significa “natrão”, “cobre” ou “bronze”. Natrão foi um famoso artigo de exportação do Egito, ao passo que o cobre era importado pelo país do Nilo. E possível que se refira ao natrão, um detergente comumente utilizado na Antiguidade no lugar do sabão, quando este último não era conhecido.Egito; a Etiópia. Estes países são mencionados como exemplos de nações poderosas e ricas que finalmente buscarão a Deus (sobre a aplicação deste versículo aos “beneficentes desígnios de Yahweh para a salvação dos gentios”, ver PR, 370, 371).
Sl.68:32 32. Cantai a Deus. O salmo termina com um convite a todas as nações para louvar o Deus supremo que de forma tão gloriosa manifestou Seu poder e Sua bondade ao conduzir Israel em sua marcha triunfal desde o Egito até o monte Sião. Quando Cristo subiu ao Pai, os anjos o receberam nas cortes celestiais cantando em triunfo as palavras dos v. 32 a 34 (ver AA, 32, 33; comparar também com o SI 24:7-10; ver com. dessa passagem).
Sl.68:33 33. Os céus dos céus (ARC). Ver com. do v. 4; Dt 10:14; e 33:26.Voz. Ver com. do SI 29:3.
Sl.68:34 34. Nos espaços siderais. A majestade e o poder de Deus são demonstrados de forma especial nos grandes fenômenos atmosféricos: trovão, raio, tempestade.
Sl.68:35 35. Teus santuários. Desde Sua habitação, Deus realiza atos poderosos que inspiram reverência e, às vezes, temor, no coração dos seres humanos.Força. Deus fortalece Seu povo (ver SI 29:11; Is 40:29). Que maravilha é saber que Deus concede força a Seus filhos a fimde poderem enfrentar qualquer desafio (ver Mt 28:18-20).Poder. Literalmente, “poderes” (sobre o emprego do plural, ver com. do v. 20).Bendito seja Deus! A contemplação do caráter de Deus conforme descrito neste poema motiva este tributo de louvor do coração de cada filho de Deus (ver SI 66:20).Salmo 69Ao mestre de canto. Segundo a melodia “Os lírios’. De Davi.e> perar por meu Deus.Introdução — O Salmo 69 é o lamento de um homem afligido e atormentado pela hostilidade de seus companheiros, que sofre por causa de sua fé em Deus. Embora o salmista descreva seu próprio sofrimento, escritores do NT demonstraram que várias passagens se aplicam também a Cristo, que sofreu sem ter pecado. Paulo confirma que Davi é o autor deste salmo (Rm 11:9).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 708.
Sl.69:1 "Introdução — O Salmo 69 é o lamento de um homem afligido e atormentado pela hostilidade de seus companheiros, que sofre por causa de sua fé em Deus. Embora o salmista descreva seu próprio sofrimento, escritores do NT demonstraram que várias passagens se aplicam também a Cristo, que sofreu sem ter pecado. Paulo confirma que Davi é o autor deste salmo (Rm 11:9). 1. Salva-me. No v. 1 está a nota tônica do salmo.Aguas. Grande aflição (ver com. do SI 32:6; 42:7).Alma. “Mim” (ver com. do SI 16:10)."
Sl.69:2 2. Profundo lamaçal. Ver com. do St 40:2.Que não dá pé. Isto é, “sem chão para pisar”.Corrente. Do heb. shiboleth, “uma corrente de água”, traduzido como “ribeiro” em Isaías 27:12. Shiboleth é a palavra que o efraimitas não foram capazes de pronunciarquando confrontados por jefté (ver com. de Jz 12:6).
Sl.69:3 3. Clamar. Do heb. qara, pedir auxílio divino.Secou-se-me. Isso de tanto falar (ver com. do SI 22:15).
Sl.69:4 4. Os que, sem razão, me odeiam.Jesus usou estas palavras para falar de Si mesmo (ver Jo 15:25).
Sl.69:5 5. Minhas culpas. Embora creia que está sofrendo “sem razão” (v. 4) pelas acusações de seus inimigos, o salmista reconhece que é um pecador.Não Te são ocultas. Comparar com SI 139:1-4.
Sl.69:6 6. Por minha causa. O salmista promete não fazer nada que envergonhe os filhos de Deus. O princípio enunciado aqui é um excelente lema para uma conduta cristã digna. Jamais se deve fazer algo que venha desonrar a causa de Deus.Este versículo é um bom exemplo de paralelismo sinonímico (ver p. 8), no qual as duas partes têm o mesmo significado básico.
Sl.69:7 7. Por amor de Ti. A causa real da inimizade era a devoção do salmista a Deus. Os pecadores desprezam os que servem a Deus (ver MDC, 32). A conduta dos filhos de Deus envergonha os ímpios.Vexame. Referência às calúnias ditas sobre o salmista (ver SI 44:15, 16).
Sl.69:8 8. Aos filhos de minha mãe. Numa sociedade como a dos hebreus, filhos de um mesmo pai com frequência não tinham a mesma mãe (ver SI 50:20).Com este versículo e também com os v. 9 e 20, Cristo predisse, por meio de Davi, o tratamento que Ele receberia na Terra (ver AA, 225).
Sl.69:9 9. O zelo da Tua casa. O santuário é o objeto do zelo do salmista. Davi demonstrou seu zelo ao trazer a arca para o monte Sião (ver 2Sm 6:12-19) e ao desejar construir uma habitação permanente para o Senhor em Jerusalém (ver 2Sm 7:2). Fez o mesmo ao reunir material para a construção que não lhe foi permitido erigir (ver ICr 28:14- 18; 29:2-5) e ao instruir Salomão com respeito ao templo (ICr 28:9-13). Quando Jesus expulsou os cambistas e os mercadores do templo, os discípulos se lembraram do que foi escrito a respeito dEle: “o zelo da Tua casa me consumirá” (ver jo 2:17; DTN, 158; AA, 225). Na obra de Deus não existe lugar para servos displicentes.As injúrias. Paulo aplicou esta passagem a Cristo, que "não Se agradou a Si mesmo” (ver Rm 15:3; cf. SI 89:50, 51; Jr 20:8).
Sl.69:10 10. Em jejum. O salmista se esforçava para se disciplinar por meio da abnegação.Tornou em afrontas. Os inimigos zombavam do salmista porque ele tentava ser um fiel seguidor de Deus (ver v. 7-9).
Sl.69:11 11. Pano de saco. Sinal de arrependimento e humilhação (ver com. do SI 30:11).Escárnio. Do heb. mashal, “dito proverbial" ou “zombaria”; traduzido como “ditado” no Salmo 44:14.
Sl.69:12 12. Tagarelam sobre mim. O salmista era o assunto do dia.Os que à porta se assentam. Pode ser urna referência aos magistrados (ver com. de Rt 4:1), que se uniam à ralé para ridicularizar o salmista, ou uma alusão aos preguiçosos que se sentavam junto às portas da cidade (ver com. do SI 9:14).Beberrões. Literalmente, “bebedores de bebida forte”. O salmista era tema de zombaria de canções satíricas e obscenas de homens embriagados (ver SI 35:15, 16); ele era alvo de zombaria nas piadas mais baixas (ver Jó 30:9).
Sl.69:13 13. Em tempo favorável. Literalmente, “tempo de favor” (ver Is 49:8). E evidente que o salmista sentia que não haveria tempo mais favorável que esse, quando estava sendo injustamente reprovado.
Sl.69:14 14. Livra-me do tremedal. Comparar com o v. 2.
Sl.69:15 15. Poço. Ver com. do SI 28:1.
Sl.69:16 16. Misericórdias. Ver com. do SI 51:1.
Sl.69:17 17. Não escondas o rosto. Ver com. do SI 4:6; cf. SI 13:1; 30:7.Responde-me depressa. O salmista não tem dúvidas de que irá perecer se não receber logo auxílio.
Sl.69:18 18. Aproxima-Te. Ele não pode suportar para sempre o suposto distanciamento de Deus.Minha alma. “Mim” (ver com. do SI 16:10).
Sl.69:19 19. Tu conheces. O salmista se consola com a certeza de que Deus está a par de tudo (ver Jó 23:10).
Sl.69:20 20. Opróbrio. Os v. 20 e 21 têm aplicação messiânica (ver Mt 27:34, 48; DTN, 746; AA, 225; PR, 691).Por piedade. Comparar com Is 63:5. No Getsêmani o Salvador desejou que alguém o amparasse no Seu sofrimento (ver D TN, 687, 688). Mais tarde, foi abandonado por todos os discípulos (ver Alt 26:56; Mc 14:50). O versículo expressa completa solidão.As duas frases finais constituem um perfeito paralelismo sinonímico:“Esperei por piedade, mas debalde;Por consoladores, e não os achei.”As palavras deste versículo estão parafraseadas no recitativo para tenor “O opró- brio partiu seu coração”, no oratório de Handei, O Messias.
Sl.69:21 21. Alimento. Do heb. baruth, “pão da consolação”, cujo significado é o alimento fornecido ao enlutado por seus amigos. O emprego da palavra enfatiza a hipocrisia da atitude de seus inimigos.Fel. Do heb. ro’sh, “erva venenosa”, traduzido como “veneno” (Dt 32:33; Jó 20:16) e “erva venenosa” (Os 10:4). Segundo Marcos 15:23, o “fel” oferecido a Jesus era mirra.Vinagre. Sobre o cumprimento messiânico desta profecia, ver Mt 27:34, 48; Mc 15:23; Jo 19:29, 30.
Sl.69:22 22. Sua mesa torne-se-lhes. O v. 22 dá início a uma série de imprecações que continua até o 28 (sobre salmos impreca- tórios, ver p. 703). Paulo cita os v. 22 e 23 para descrever os pecadores de coração duro de sua época (ver Rm 11:8-10).
Sl.69:23 23. Obscureçam-se-lhes. Indica perplexidade (ver 2Co 3:14).
Sl.69:24 24. Derrama. Ver SI 79:6; Jr 10:25.
Sl.69:25 25. Morada. Do heb. tirah, “acampamento” ou “enclaustro”, como o círculo de tendas de uma tribo nômade, ou qualquer lugar de habitação, um acampamento, um castelo ou um palácio. O salmista ora para que a morada de seus inimigos seja assolada e que eles pereçam. Este texto se aplica ao cargo que Judas ocupava (ver At 1:20).
Sl.69:26 26. Perseguem a quem Tu feriste.Isto é, faziam aumentar a tristeza do afligido, difamando seu caráter e distorcendo suas expressões de impaciência (ver com. do SI 41:5-8). Este texto traz uma razão extra para a imprecação do salmista.
Sl.69:27 27. Da Tua absolvição. O salmista ora para que os pecadores sejam tratados como merecem, não como se fossem justos.
Sl.69:28 28. Riscados. Ver com. de Êx 32:32; cf. SI 56:8; Dn 12:1; F1 4:3; Ap 3:5; 13:8.
Sl.69:29 29. Quanto a mim. O salmista usa o pronome pessoal para estabelecer um contraste marcante entre si e os inimigos mencionados nos versículos anteriores.Aflito. Isto é, “oprimido pela miséria”. Ao orar para que Deus destrua seus inimigos orgulhosos e arrogantes, o salmista amargurado e aflito pede também que Deus o coloque em “alto refugio”. Da mesma forma que o Salmo 22 (ver v. 22-31), o Salmo 69 termina com votos de gratidão e expressões de esperança e louvor.
Sl.69:30 30. Com cânticos. Este salmo é o cumprimento do voto de louvor do salmista.Nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.
Sl.69:31 31. Será isso muito mais agradável.Ver com. do SI 40:6-8; 51:16, 17; ISm 15:22.Um boi ou um novilho. O mais perfeito sacrifício levítico não se compara ao sacrifício de um coração agradecido.
Sl.69:32 32. Aflitos. Ou, “mansos”, “pobres”. O povo de Deus vê o livramento do salmista e se une a ele em ações de graça.Reviva. Isto é, seja encorajado, reavivado (ver SI 22:26).
Sl.69:33 33. O Senhor responde. A certeza do salmista de que será salvo se baseia no princípio deste versículo: Deus cuida dos aflitos (ver com. do v. 29), dos “humildes de espírito” (ver Mt 5:3).Prisioneiros. Aqueles que sofrem ou que foram feitos prisioneiros por causa de Deus.
Sl.69:34 34. Céus. O chamado para louvar a Deus inclui toda a criação (ver SI 96:11; 148).
Sl.69:35 35. Sião. Vercom. do SI 2:6; 9:14; 68:16.Cidades de Judá. Ver com. do SI 51:18.
Sl.69:36 36. Descendência. Ou, “descendentes” (ver Is 65:9).Nome. Ver o com. dos SI 5:11; e 7:17, As bênçãos prometidas à descendência de Abraão serão recebidas por sua descendência espiritual (ver com. de 2Sm 7:13).Salmo 70Ao mestre de canto. De Davi. Em memória.que dizem: Bem feito! Bem feito!Introdução — Entre o Salmo 70 e o Salmo 40:13-17, há pouca diferença. E o clamor de uma alma em profunda angústia, talvez simbolizando a nação de Israel ao reconhecer sua enorme necessidade de Deus. Constitui-se de duas estrofes que contrastam entre si: os v. 1 a 3 falam dos inimigos de Deus, e os v. 4 e 5 dos que O buscam. Sugeriu-se que esses versículos podem ter sido tirados do Salmo 40 para formar um salmo independente a fim de ser usado na adoração no templo (ver com. do SI 40:13-17). Os comentários seguintes tratam apenas dos pontos que diferem entre os dois salmos.Sobre o subtítulo, ver p. 696.
Sl.70:1 "Introdução — Entre o Salmo 70 e o Salmo 40:13-17, há pouca diferença. E o clamor de uma alma em profunda angústia, talvez simbolizando a nação de Israel ao reconhecer sua enorme necessidade de Deus. Constitui-se de duas estrofes que contrastam entre si: os v. 1 a 3 falam dos inimigos de Deus, e os v. 4 e 5 dos que O buscam. Sugeriu-se que esses versículos podem ter sido tirados do Salmo 40 para formar um salmo independente a fim de ser usado na adoração no templo (ver com. do SI 40:13-17). Os comentários seguintes tratam apenas dos pontos que diferem entre os dois salmos. 1. Praza-Te. Esta frase foi acrescentada. No hebraico, o salmo começa de forma abrupta: ""O Deus, em livrar-me”, sugerindo a intensidade da angústia do salmista, como se não houvesse suficiente controle da emoção sobre o intelecto que tornasse possível uma construção gramatical completa.O Deus. Do heb. ’Elohim. O Salmo 40:13 traz Yahweh (ver vol. 1, p. 148-151)."
Sl.70:2 2. Sejam envergonhados. Este verso é praticamente idêntico ao Salmo 40:14. Só a expressão “à uma” antes de “envergonhados” não ocorre neste versículo.
Sl.70:3 3. Retrocedam. A palavra é mais amena do que a frase “sofram perturbação”, do Salmo 40:15. Na ARC, o pronome “me” ocorre no Salmo 40:15, mas não neste versículo. Pode ser que essa omissão sugira uma mudança de aplicação pessoal para nacional neste Salmo 70.
Sl.70:4 4. Deus. Do heb. Elohim. O Salmo 40:16 traz “Senhor”, Yahweh (ver com. do v. 1).
Sl.70:5 5. O Deus, apressa-Te em valer-me.Em vez desta frase, o Salmo 40:17 traz: “porém o Senhor cuida de mim”. Também, em vez do heb. Adhonai, “Senhor” (SI 40:17), o Salmo 70:5 traz Elohim, “Deus” (ver com. do v. 1; sobre o significado dos vários nomes de Deus, ver vol. 1, p. 148-151).Senhor. Do heb. Yahweh. O Salmo 40:17 traz Elohim. A declaração de confiança em Deus (v. 1-4) se torna o clamor de um necessitado, e o poema termina com um tom de angústia. O fato de essamudança ter ocorrido de ambas as for- não tem significado especial (ver com. mas demonstra que a mudança nos nomes do v. 1, 4).Salmo 71Introdução — O Salmo 71 traz conselhos aos idosos. Davi proferiu a oração deste salmo ao perceber que a velhice trazia infelicidade, devido, em parte, à intensificação de maus traços de caráter (ver Ellen G. White, Material Suplementar,sobre SI 71:9, 17, 19). “Davi sentia-se profundamente abalado; ficou aflito ao pensar nos anos futuros, quando estivesse velho. [...] Davi sentia a necessidade de guardar- se contra os males que acompanham a velhice” (MCP2, 749, 750).
Sl.71:1 "Introdução — O Salmo 71 traz conselhos aos idosos. Davi proferiu a oração deste salmo ao perceber que a velhice trazia infelicidade, devido, em parte, à intensificação de maus traços de caráter (ver Ellen G. White, Material Suplementar, sobre SI 71:9, 17, 19). “Davi sentia-se profundamente abalado; ficou aflito ao pensar nos anos futuros, quando estivesse velho. [...] Davi sentia a necessidade de guardar- se contra os males que acompanham a velhice” (MCP2, 749, 750). 1. Em Ti, Senhor. Comparar com o Salmo 31:1 a 3, que é quase idêntico ao Salmo 71:1 a 3."
Sl.71:2 Sem comentário para este versículo
Sl.71:3 3. Ordenaste. Ver SI 44:4; 68:28.
Sl.71:4 4. Do ímpio. Ver SI 13:2; 17:13; 41:6, 9, 11; 55:13, 14.
Sl.71:5 5. Esperança. Ver iTm 1:1.Confiança. Ver SI 40:4.
Sl.71:6 6. Em Ti me tenho apoiado. Literalmente, ‘em Ti me sustento”. Assim como o filho se apoia no pai, Davi encontrava apoio constante em Deus (ver SI 22:9, 10; Is 46:3, 4).Meus louvores. Ver SI 71:14-16, 22-24; 145:1, 2.
Sl.71:7 7. Portento. Do heb. mofeth, “sinal”, “prodígio”.Tu és o meu forte refúgio. Ver com. do SI 18:2.
Sl.71:8 8. Teu louvor. O louvor se une à oração na primeira parte do salmo.
Sl.71:9 9. Não me rejeites. Ver SI 51:11.Velhice. Ao rever seu passado, Daviolha também para o futuro, prineipalmente ao tempo da velhice. Ao contemplar as vicissitudes da velhice, ele sente a necessidade de graça especial (ver Tl, 422 -424).Quando me faltarem as forças. Se Deus era a “rocha” e a “fortaleza” de Davi quando ele gozava de plena força, Ele seria um apoio ainda maior ao chegar a velhice com as consequentes debilidades físicas e mentais (sobre a glória da velhice, ver Pv 16:31).
Sl.71:10 10. Meus inimigos. Ver com. do SI 3:2; 41:7.Alma. Ver com. do SI 16:10.
Sl.71:11 Sem comentário para este versículo
Sl.71:12 12. Não Te ausentes. Ver SI 22:11, 19; 38:21, 22; 40:13.
Sl.71:13 13. Sejam envergonhados. Ver SI 35:4, 26; 40:14.
Sl.71:14 14. E Te louvarei mais e mais. O sal- mista passa a agradecer, confiante que sua súplica é ouvida.
Sl.71:15 15. Tua justiça. Ver Is 45:24, 25; F1 3:9.Ainda que eu não saiba. A justiça e a salvação que vêm de Deus são incalculáveis (ver com. do SI 40:5; cf. SI 139:17, 18).
Sl.71:16 Sem comentário para este versículo
Sl.71:17 17. Maravilhas. Ver com. do SI 9:1.
Sl.71:18 18. Não me desampares. Ver com. do v. 9.Tua força. Literalmente, “Teu braço”, instrumento e símbolo de poder (ver Is 52:10; Ez 4:7).Às vindouras. Isto é, às gerações futuras.
Sl.71:19 19. Grandes coisas tens feito. VerSI 89:6, 8; cf. Êx 15:11.
Sl.71:20 20. Tu [...] me restaurarás ainda a vida. A esperança no futuro se baseia nas lembranças do passado.Abismos da terra. Metáfora que indica os extremos do sofrimento e da depressão (ver SI 88:6; 130:1). Davi expressa uma certeza positiva de que Deus o resgatará das profundidades da angústia e o colocará num lugar seguro.
Sl.71:21 21. Aumenta. No futuro, Deus não só restauraria, mas também ampliaria a majestade e grandeza do salmista como rei.
Sl.71:22 22. Lira. Para uma descrição, ver p. 18.Harpa. Ver a p. 17, 18. A menção dalira e da harpa indica adoração pública, na qual estes instrumentos eram usados com mais frequência.Santo de Israel. Comparar com SI 78:41; 89:18.
Sl.71:23 Sem comentário para este versículo
Sl.71:24 24. Tua justiça. Ver os v. 15, 16 e 19. Caso se falasse mais da justiça de Deus, menos se exaltaria a humana (ver Is 64:6).Todo o dia. Ver com. do SI 1:2.Estão envergonhados e confundidos. Davi está tão seguro da derrota dos ímpios que fala disso como se já tivesse acontecido. Como muitos dos salmos, o 71 termina com nota de triunfo (ver SI 3:7, 8; 7:17; 26:12; etc.). Deus conduz Seus filhos da escuridão para a luz.Salmo 72Salmo de Salomão.Introdução — O Salmo 72 retrata um rei ideal num reino ideal, e ao menos em partes, prenuncia e descreve o reino e o reinado de Cristo, o Messias (ver PR, 686). Ele retrata o caráter do rei bem como a natureza, extensão e duração de seu reino. Este belopoema descritivo, que conclui o Livro Dois do Saltério, foi provavelmente composto por Davi para seu filho Salomão quando foi coroado rei, como incentivo para que fosse um rei consagrado. Isso se confirma no subtítulo do salmo na KJV: “Um salmo paraSalomão”. A ARA, no entanto, diz: “Salmo de Salomão”. E quase uma transcrição das últimas palavras de Davi, conforme registradas em 2 Samuel 23:1-5. “Gloriosas são as promessas feitas a Davi e sua casa, promessas essas que visam às eras eternas e que encontram seu cumprimento total em Cristo” (PP, 754; cf. PP, 755). Cristo muitas vezes cantou partes deste salmo (ver Ellen G. White, Material Suplementar, sobre o SI 66:1-5).Sobre o subtítulo, ver p. 697.
Sl.72:1 "Introdução — O Salmo 72 retrata um rei ideal num reino ideal, e ao menos em partes, prenuncia e descreve o reino e o reinado de Cristo, o Messias (ver PR, 686). Ele retrata o caráter do rei bem como a natureza, extensão e duração de seu reino. Este belo poema descritivo, que conclui o Livro Dois do Saltério, foi provavelmente composto por Davi para seu filho Salomão quando foi coroado rei, como incentivo para que fosse um rei consagrado. Isso se confirma no subtítulo do salmo na KJV: “Um salmo para Salomão”. A ARA, no entanto, diz: “Salmo de Salomão”. E quase uma transcrição das últimas palavras de Davi, conforme registradas em 2 Samuel 23:1-5. “Gloriosas são as promessas feitas a Davi e sua casa, promessas essas que visam às eras eternas e que encontram seu cumprimento total em Cristo” (PP, 754; cf. PP, 755). Cristo muitas vezes cantou partes deste salmo (ver Ellen G. White, Material Suplementar, sobre o SI 66:1-5). 1. Concede ao rei. O salmo se inicia com uma oração por um rei ideal. O reinado de Salomão teria sido um reinado justo como o descrito neste salmo se ele tivesse seguido o conselho divinamente inspirado de seu pai (ver PR, 26).Os Tens juízos. O rei ideal toma decisões em harmonia com a vontade divina (ver com. de Dt 1:17)."
Sl.72:2 2. Julgue ele. Ou, “que ele julgue”. Este verbo e os principais do salmo podem ser traduzidos no tempo futuro, descrevendo o rei ideal, como ele será, ou expressando um desejo, “que ele julgue”, etc. (ver lRs 3:6-9; Is 11:2-5; 32:1).Os Teus aflitos. O julgamento justo para os pobres, que com frequência são vítimas de injustiça, requer justiça imparcial (ver com. de Dt 1:17).
Sl.72:3 3. Paz. A paz reinará na terra como resultado da justiça (ver Is 32:15-17). A paz traz bênçãos materiais a um povo, ao passo que a guerra traz desolação. O Alessias, o rei justo, será um rei de paz (ver Is 9:5, 6; 11:9; Zc 9:10; cf. Hb 7:2).
Sl.72:4 4. Julgue Ele. Ver com. dov. 2. Os v. 4a 8 terão seu pleno cumprimento com a vinda do Rei dos reis (ver PP, 755).
Sl.72:5 Sem comentário para este versículo
Sl.72:6 6. Como chuva. O governo do rei ideal, o Messias, é como a chuva suave, que faz brotar pasto fresco e verdejante (ver 2Sm 23:3, 4; cf. Dt 32:2; Is 55:10, 11; CC, 72; MDC, 16).
Sl.72:7 7. Floresça. Literal mente, “brotar”, dando sequência à figura do v. 6 (ver Sl 92:13).
Sl.72:8 8. De mar a mar. Ver Gn 15:18; ver com. de Êx 23:31; cf. Nm 34:3, 6; Sl 89:25; Zc 9:10; DTN, 458.
Sl.72:9 9. Lambam o pó. Figura que descreve uma pessoa prostrada com a cabeça tocando o solo, simbolizando, na cultura oriental, completa submissão (ver Is 49:23). Esculturas assírias em baixo relevo mostram cativos prostrados com o rosto em terra, humilhando-se aos pés de seus conquistadores.
Sl.72:10 10. Társis. Ver com. do Sl 48:7.Sabá. No sudeste da Arábia, de ondeuma rainha saiu para visitar Salomão (ver com. de lRs 10:1; sobre a identificação de Sabá e Sebá, ver com. de Gn 10:7).Presentes. Ver o cumprimento disto na época de Salomão, em 1 Reis 10:10 e 25.
Sl.72:11 Sem comentário para este versículo
Sl.72:12 12. Porque. O rei merece a submissão descrita no v. II por causa da justiça e da misericórdia de seu governo.
Sl.72:13 Sem comentário para este versículo
Sl.72:14 14. Redime. Do heb. gaal (ver com. de Rt 2:20), “agir como um parente”.Precioso. Deus certa mente vingará o sangue dos santos (ver iSm 26:21; 2Rs 1:13; Sl 116:15). “Nunca a alma, provada pela tempestade, é mais encareci- damente amada por seu Salvador do que quando sofre a perseguição por amor à verdade" (ver A A, 85).
Sl.72:15 Sem comentário para este versículo
Sl.72:16 16. Cereais. Grãos (ver com. do Sl 65:9).Cimos dos montes. Muitos campos -j cultivados na Palestina chegavam ao topo das montanhas.Como o Líbano. Uma descrição dos campos de cereais nos lugares elevados, sussurrando ao vento como os cedros do monte Líbano (ver com. do Sl 29:5).Das cidades floresçam. A prosperidade será abundante em toda parte, tanto nas montanhas como nas cidades.Como a erva. Comparar com a prosperidade na época de Salomão (lRs 4:20).
Sl.72:17 17. Subsista. Este versículo terá seu cumprimento final e completo no reino de Cristo sobre toda a Terra (ver PP, 755).Sejam abençoados. Ver G1 3:14; Ef 1:3; cf. Gn 12:3; 18:18; 22:18; 26:4.As nações lhe chamem bem-aventurado. Ver Mt 21:9; 23:39; Lc 19:38. Este versículo descreve a glorificação final do Messias (cf. Mt 25:31).
Sl.72:18 18. Deus de Israel. Ver com. do SI 41:13. Os v. 18 e 19 constituem uma doxologia que marca a conclusão do Livro Dois (ver p. 705).Prodígios. Comparar com Ex 15:11; Jó 5:9; SI 86:8, 10.
Sl.72:19 19. Nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.Amém e amém. Ver com. do SI 41:13;cf. SI 89:52. No AT, a repetição de “amém” com a conjunção ocorre apenas nas doxolo- gias dos salmos.
Sl.72:20 20. Orações de Davi. E provável que este versículo seja uma inscrição de identificação (um colofão), no final do Livro Dois, para indicar que há mais salmos de Davi nos Livros Um e Dois do que no Livro Três, que tem o nome de Davi em apenas um subtítulo. Porém, é também possível que o versículo se refira ao Salmo 72 apenas para dar a entender que nesse momento Davi não tinha nada mais a pedir.Salmo 73Salmo de Asafe.Introdução — Assim como o Salmo 37, este fala do conflito que ocorre quando se percebe que, aparentemente, os ímpios prosperam enquanto os justos são perseguidos. Mas o Salmo 73 se aproxima mais da solução dessa questão do que o Salmo 37. O Salmo 73 aponta para além desta vida até a eternidade de glória, quando o ser humano encontrará a solução e satisfação final na presença de Deus.Assim como em muitos salmos, decdara-se em primeiro lugar a conclusão, e a seguir o poema se divide em duas partes mais ou menos iguais: a apresentação do problema e sua solução. Em sua perplexidade, o salmista quase desiste de Deus. A análise da questão e seu esforço para solucioná-la são inúteis, até que ele vai ao santuário e ali encontra uma resposta satisfatória. O poema se encerra expressando sua completa confiança na salvação dos justos e na destruição dos ímpios. Neste salmo, o poeta faz um convite eloquente para que se participe no culto divino, pois assim são esclarecidas as questões que atormentam a alma.Como o livro de Jó, o salmo ensina que se deve ter paciência com o que duvida com sinceridade. O salmista cria na justiça de Deus, mas não conseguia entender sua aplicação às necessidades humanas. Ao buscar com sinceridade uma resposta para o problema, encontrou- se com a luz de uma fé triunfante (sobre a autoria do salmo, ver material suplementar de Ellen White sobre os Salmos 77:7, 10-12); a respeito do subtítulo, ver p. 697, 707).L Com efeito. Do heb. ak (ver com. de SI 62:1). Ak ocorre também no v. 13 (traduzido como “com efeito”) e no v. 18 (traduzido como “certamente”).Deus é bom. Esta é uma verdade absoluta, embora, algumas vezes, pareça o contrário.“Apesar da enlouquecedora confusão das coisas,Sacudido pela tempestade e inundação,Meu espírito se apega a uma firme esperançaSei que Deus é bom!”(John Greenleaf Whittier, The Eternal Goodness)O salmista chega a essa conclusão, após um período de grande perplexidade. O salmo explica como isso aconteceu.Os de coração limpo. Ou, “de coração puro” (ver SI 24:4; 51:10; 73:13; Mt 5:8).
Sl.73:1 "Introdução — Assim como o Salmo 37, este fala do conflito que ocorre quando se percebe que, aparentemente, os ímpios prosperam enquanto os justos são perseguidos. Mas o Salmo 73 se aproxima mais da solução dessa questão do que o Salmo 37. O Salmo 73 aponta para além desta vida até a eternidade de glória, quando o ser humano encontrará a solução e satisfação final na presença de Deus. Assim como em muitos salmos, decdara-se em primeiro lugar a conclusão, e a seguir o poema se divide em duas partes mais ou menos iguais: a apresentação do problema e sua solução. Em sua perplexidade, o salmista quase desiste de Deus. A análise da questão e seu esforço para solucioná-la são inúteis, até que ele vai ao santuário e ali encontra uma resposta satisfatória. O poema se encerra expressando sua completa confiança na salvação dos justos e na destruição dos ímpios. Neste salmo, o poeta faz um convite eloquente para que se participe no culto divino, pois assim são esclarecidas as questões que atormentam a alma. Como o livro de Jó, o salmo ensina que se deve ter paciência com o que duvida com sinceridade. O salmista cria na justiça de Deus, mas não conseguia entender sua aplicação às necessidades humanas. Ao buscar com sinceridade uma resposta para o problema, encontrou- se com a luz de uma fé triunfante (sobre a autoria do salmo, ver material suplementar de Ellen White sobre os Salmos 77:7, 10-12); a respeito do subtítulo, ver p. 697, 707). 1. Com efeito. Do heb. ak (ver com. de SI 62:1). Ak ocorre também no v. 13 (traduzido como “com efeito”) e no v. 18 (traduzido como “certamente”). Deus é bom. Esta é uma verdade absoluta, embora, algumas vezes, pareça o contrário. “Apesar da enlouquecedora confusão das coisas, Sacudido pela tempestade e inundação, Meu espírito se apega a uma firme esperança Sei que Deus é bom!” (John Greenleaf Whittier, The Eternal Goodness) O salmista chega a essa conclusão, após um período de grande perplexidade. O salmo explica como isso aconteceu. Os de coração limpo. Ou, “de coração puro” (ver SI 24:4; 51:10; 73:13; Mt 5:8)."
Sl.73:2 2. Quanto a mim, porém. A frase chama atenção para o salmista e para as experiências pelas quais passou ao chegar à solução do problema do salmo: Por que os maus prosperam e os bons sofrem?Quase me resvalaram os pés. Esta metáfora indica que o salmista quase perdeu sua fé (ver SI 44:18).Pouco faltou. Ver o Salmo 17:5. O salmista esteve prestes a escorregar da rocha da fé para o poço do ceticismo.
Sl.73:3 3. Invejava. Ver com. do SI 37:1. Tal inveja revela um espírito que atribui mais importância às coisas terrenas do que ao favor de Deus.Prosperidade. Literalmente, “paz”.
Sl.73:4 4. Dores (AA). Ou, “aflições”. Para o salmista parecia que os ímpios não sofriam as aflições da morte, mas que tinham um fim pacífico (ver Jó 21:13, 23).Nédio. Ou melhor, “gordo”.
Sl.73:5 5. Canseiras. Eles parecem escapar do que se considera ser o destino comum do ser humano (ver Jó 5:7).Dos mortais. Do heb. enosh, “o homem na sua fragilidade” (ver com. de SI 8:4).Como os outros homens. Do heb. 'adam., “humanidade” (ver com. de SI 8:4).
Sl.73:6 6. Colar. Como adorno (ver Pv 1:9; 3:22).Como manto. A violência (ver Gn 6:11)lhes é tão habitual como a vestimenta (ver SI 109:18, 19).
Sl.73:7 7. Gordura. Não se enfraquecem pelo trabalho árduo, como os demais, antes, engordam com a boa vida.Eles têm (ACF). Parafraseando, “eles têm tudo o que desejam, basta pedirem. Recebem mais do que esperam”.
Sl.73:8 8. Opressão. Este versículo poderia ser traduzido como: “Eles são corruptos efalam com maldade; sobre a opressão, falam soberbamente.” E um retrato vivido da arrogância dos ímpios.
Sl.73:9 9. Contra os Céus. Ou, “nos céus”, que pode significar “Falam como se estivessem nos céus”. A frase é equilibrada com “percorre a terra” (literalmente, “na terra”) na segunda frase do paralelismo sinoní- mico. Eles falam com autoridade, e vão a toda parte falando “maliciosamente” (v. 8).
Sl.73:10 10. O seu povo. O significado exato deste versículo não é claro. A LXX apresenta uma tradução diferente: “Por isso, meu povo voltará para cá, e haverá dias plenos para eles.” A RSV traduz este versículo mediante uma mudança do texto hebraico. O hebraico tem sido interpretado de formas diferentes. Alguns consideram que o pronome “seu” se refere a Deus, outros, ao ímpio. Se os justos forem o sujeito do versículo, a frase “se volta para eles” pode se referir a um retorno ao problema apresentado no salmo; se o sujeito são os ímpios, a frase descreve o retorno deles para seu líder ímpio.
Sl.73:11 11. Como sabe Deus? Ver os Salmos 10:4, 11, 13; 14:1.
Sl.73:12 12. Aumentam suas riquezas.Comparar com Jó 21:7-15.
Sl.73:13 13. Com efeito. Do heb. ’ak (ver com. do v. 1).Inutilmente. Tendo em vista as observações do salmista (v. 3-12), ele sente que é inútil ser puro diante de Deus (ver Jó 9:27-31).Lavei as mãos. Símbolo de inocência ou pureza (ver Jó 9:30).
Sl.73:14 14. Afligido. O salmista tinha antes afirmado que os ímpios não são “afligidos” (v. 5).Cada manhã. A condenação do salmista se repetia a cada novo dia (ver Jó 7:18).
Sl.73:15 15. Se eu pensara em falar. Talvez, para si mesmo. Neste ponto se inicia o triunfo da fé.Também falarei assim (AA). Emoutras palavras, "se eu expressasse tudo que penso".Já aí teria traído. Parafraseando, “eu os teria ferido, teria sido desleal com eles, teria sido pedra de tropeço”. Portanto, o sal- mista preferiu ficar em silêncio (ver Tg 3:2).
Sl.73:16 16. Mui pesada. O salmista examinou o problema, buscando explicar a aparente injustiça no governo de Deus, mas o resultado final foi perplexidade. O problema era grande demais para ele resolver.
Sl.73:17 17. Até. O problema está prestes a ser solucionado.No santuário. O autor abandonou os esforços para encontrar uma solução para o problema, e foi ao templo (ver 2Rs 19:14). Os problemas da vida só podem ser solucionados mediante a comunhão com Deus.Atinei. No silêncio do santuário, as dúvidas do salmista se dissiparam. Deus lhe deu a solução real para o problema. Entre outras coisas, ele aprendeu que sua perspectiva estava equivocada e tinha exagerado sobre a prosperidade dos ímpios.O fim deles. Ainda que os ímpios pareçam prósperos, a posição deles é incerta. Eles não têm em que se firmar e podem cair a qualquer momento. O argumento é ainda mais poderoso quando aplicado à aniquila- ção final dos ímpios (Ap 20:9, 14, 15).
Sl.73:18 18. Destruição. O que restaura a fé do salmista é reconhecer o fim dos ímpios neste mundo, de sua ruína em meio à prosperidade. A perda de perspectiva impediu o poeta de ver a paga que, com frequência, o ímpio recebe, até que foi ao santuário e entregou-se por completo nas mãos de Deus. Ele tinha se esquecido de que Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo fogo dos céus, que a terra do faraó foi arruinada pelas pragas e seus exércitos, destruídos no mar.
Sl.73:19 19. Como ficam de súbito [...]! A prosperidade dos ímpios, ou de nações ímpias, com frequência entra em colapso. O problemaapresentado no salmo é solucionado somente tendo em vista o fim dos ímpios, o que pode acontecer a qualquer momento.De terror. Calamidades que lhes causam terror (ver Jó 18:11; 24:17; 27:20).
Sl.73:20 20. Como ao sonho. A prosperidade é como um sonho (ver Is 29:7, 8). A realidade volta ao despertar.A imagem deles. Na quietude da eternidade, Deus não atentará para os sonhos próprios da existência humana na Terra. Na eternidade valerão apenas os elementos que constituem o real caráter do ser humano.
Sl.73:21 21. Assim (ACF). Ou, “para”. A razão de seu fracasso em encontrar uma solução para o problema está no fato de não ter conseguido considerar a questão com calma. Seu coração estava afligido, literalmente, “estava amargo”. Essa palavra hebraica era usada para se referir à fermentação (ver Ex 12:34, 39). Seu coração tinha perdido a doçura, como se estivesse sob a ação do fermento. O espírito abatido influencia o raciocínio. O salmista reconhece humildemente seu erro em se esforçar para solucionar o problema com o espírito amargurado, julgando segundo aparências, e não segundo valores eternos.Entranhas. Ver com. do SI 7:9.
Sl.73:22 22. Eu. O pronome hebraico tem a posição inicial no versículo, o que indica ênfase.Embrutecido. O salmista não entendia a situação (comparar com SI 92:6; Pv 30:2).À Tua presença. A tolice do salmista teria sido um fator suficientemente negativo se estivesse sozinho, porém era ainda mais repreensível estando na presença de Deus (ver SI 51:4).
Sl.73:23 23. Todavia, estou. Embora o poeta se queixasse e tivesse dúvidas a respeito da justiça de Deus, o Senhor o acompanhou e não o expulsou de Sua presença.Nos v. 23 a 28 o salmista expressa a solução final para o problema apresentado no salmo. A solução está em Deus e emreconhecer Sua presença e direção nesta vida e na vida eterna. E quase impossível expressar a sublime beleza desta passagem, tanto em pensamento quanto em palavras.Minha mão direita. Comparar com SI 18:35; 63:8.
Sl.73:24 24. Com o Teu conselho. O sal- mista reconhece a direção divina, segundo o plano divino para sua vida. Devido ao fato de não ter buscado a direção e o conselho de Deus, ele quase sucumbiu à dúvida (ver SI 48:14).E depois, Quando esta vida se acabar.Na glória. O poeta expressa sua confiança numa vida futura. Na glória do Céu não haverá lugar para dúvida. A glória e o verdadeiro esplendor da vida eternal são contrastados com a “imagem”, o “sonho” e a vaidade da existência do ímpio.
Sl.73:25 25. No Céu. Não há no céu quem se compare a Deus. Ninguém “pode ser para mim o que Deus é” (Barnes).Não há outro [...] na terra. Deus é autossuficiente. Toda felicidade do salmista está centralizada nEle. Essa relação íntima é uma das lições fundamentais do livro dos Salmos (ver SI 42:1, 2; 63:1).
Sl.73:26 26. Fortaleza. Literalmente, “rocha”.Herança. A fonte de alegria do salmistanão era amigos, honra, riqueza ou qualquer coisa terrena, e sim, Deus. Deus era o seu tudo em tudo. Inspirado por este versículo, Charles Weslev (1707-1788), no seu leito de morte, ditou à sua esposa um de seus 6.500hinos, no qual aparecem as palavras: “Jesus,[...] fortaleza da minha carne fraca e do meu coração”.
Sl.73:27 27. Os que se afastam de Ti. Estar com Deus significa vida, e estar longe dEle < significa morte. Quando o salmista reconheceu esse fato, pôde encontrar a solução para o problema de como Deus lida com a humanidade (verv. 3-12).Os que são infiéis. A relação de Deus com Seu povo é com frequência comparada à relação matrimonial (ver SI 45; Jr 3:8, 9, 14; 5:7; 13:27; 2Co 11:2; Ef 5:25; Tg 4:4). Quando os filhos de Deus se afastam dEle, são infiéis a seus votos conjugais.
Sl.73:28 28. Estar junto a Deus. Ver Hb 10:22. Quando nos aproximamos de Deus Ele se aproxima de nós (ver Tg 4:8). Há uma forte relação recíproca entre o ser humano e Deus: quanto mais nos aproximamos dEle, mais plenamente Ele pode Se revelar a nós.Senhor Deus. No hebraico está Adhonai Yahweh, uma combi nação incomum (ver vol.Para proclamar. O salmista reconhece sua responsabilidade de contar a outros como passou da dúvida para a confiança, como solucionou o problema que é o tema deste salmo. O salmo se conclui com este voto solene.MCH, 25; Tl, 408; 26 - PP, 413Salmo 74Salmo didático de Asafe.e o deste por alimento às alimárias do deserto. 4Introdução — O Salmo 74 foi escrito possivelmente depois da conquista de Jerusalém por Nabucodonosor. Ele descreve de forma vivida a desgraça dos judeus, com ênfase particular na destruição do templo. Este salmo deve ser comparado com o 79, que enfatiza a matança dos habitantes de Jerusalém. Este poemaelegíaco consiste de sete estrofes irregulares. Há uma semelhança surpreendente entre a linguagem do Salmo 74 e o livro das Lamentações.Diz-se que o Salmo 74 foi um dos hinos de batalha dos calvinistas escoceses e dos huguenotes franceses de Cevennes. Os exilados valdenses, depois de umajornada pavorosa pelos Alpes durante o inverno, cantaram o Salmo 74 ao chegarem a Genebra, sua “cidade de refúgio”, e as multidões que os receberam cantaram com eles este hino. Em 1689, liderados por Henri Arnaud, 700 desses valdenses regressaram combatendo ao som deste mesmo salmo.A respeito do subtítulo, ver p. 697, 707. Se o salmo for pós-exílico, como em geral se crê, “Asafe” talvez designe o nome de uma tribo e se aplique igualmente a seus descendentes.
Sl.74:1 "Introdução — O Salmo 74 foi escrito possivelmente depois da conquista de Jerusalém por Nabucodonosor. Ele descreve de forma vivida a desgraça dos judeus, com ênfase particular na destruição do templo. Este salmo deve ser comparado com o 79, que enfatiza a matança dos habitantes de Jerusalém. Este poema elegíaco consiste de sete estrofes irregulares. Há uma semelhança surpreendente entre a linguagem do Salmo 74 e o livro das Lamentações. Diz-se que o Salmo 74 foi um dos hinos de batalha dos calvinistas escoceses e dos huguenotes franceses de Cevennes. Os exilados valdenses, depois de uma jornada pavorosa pelos Alpes durante o inverno, cantaram o Salmo 74 ao chegarem a Genebra, sua “cidade de refúgio”, e as multidões que os receberam cantaram com eles este hino. Em 1689, liderados por Henri Arnaud, 700 desses valdenses regressaram combatendo ao som deste mesmo salmo. A respeito do subtítulo, ver p. 697, 707. Se o salmo for pós-exílico, como em geral se crê, “Asafe” talvez designe o nome de uma tribo e se aplique igualmente a seus descendentes. 1. Por que nos rejeitas [...]? Ver SIPor que se acende [...]'? A ira é com frequência comparada ao fogo (ver Dt 32:22; SI 18:7, 8; cf. Lm 2:3).Ovelhas do Teu pasto. Comparar SI 79:13; 95:7. Ao chamar o povo de ovelhas de Deus, o salmista realça a ternura de seu pedido. Ele dá a entender que é muito estranho que Deus abandone Seu povo indefeso na hora em que mais precisava de Seu cuidado."
Sl.74:2 2. Que adquiriste. Ver Êx 15:16.Vara (ACF). Do heb. shebet, “vara”.“Vara” se converteu em outro nome para “tribo” (ARA), talvez devido a seu emprego como um símbolo de autoridade, religiosa ou secular.Que remiste. Ver a fraseologia de Êx 15:13.Herança. Ver SI 28:9; cf. Dt 32:8. Israel é chamado de “a tribo da Sua herança” (ver Jr 10:16).Monte Sião. Ver com. de SI 48:2.
Sl.74:3 3. Dirige os teus passos. O salmista implora a Deus que venha depressa ver as ruínas do monte Sião e que intervenha.Perpétuas ruínas. Ruínas tão extensas que pareciam permanentes, como se jamais pudessem ser reconstruídas.Tem feito. Os babilônios levaram tudo que era valioso (ver 2Rs 25:13-17), e atearam fogo ao templo (ver SI 74:7).Os v. 4 a 8 descrevem a profanação do templo. Conforme a introdução, esses detalhes indicam o contexto histórico do salmo.
Sl.74:4 4. Bramam. Referência ao tumulto da guerra. Os saqueadores foram comparados a animais selvagens (ver Is 5:29; Jr 2:15).Símbolos. Com imprudência, levantaram seus estandartes de batalha no lugar dos verdadeiros emblemas de Yahweh.O lugar santo caiu sob o domínio estran- < geiro (ver Nm 2:2). Estandartes pagãos se levantaram no templo, para vergonha dos judeus.
Sl.74:5 5. Brandem machado. Os soldados inimigos são descritos destruindo as madeiras do templo.
Sl.74:6 6. E. As atividades dos v. 5 e 6 são contínuas e contemporâneas, não contrastantes.Lavores de entalhe. Ver lRs 6:29. Os ornamentos foram destruídos a fim de se retirar o ouro que os cobria (ver 1 Rs 6:22, 32, 35).
Sl.74:7 7. Deitam fogo. Os babilônios de fato atearam fogo ao templo (ver 2Rs 25:9).Santuário. Ver Êx 20:24; Dt 12:11.Até ao chão. O templo foi contaminado, tendo sido convertido num monte de ruínas (ver Lm 2:2).
Sl.74:8 8. Sinagogas (AA). Literalmente, “lugares de encontro”. Sem dúvida, a tradução “sinagoga” aparece aqui porque não se sabia que a sinagoga era uma instituição pós-exílica. O termo judaico para sinagoga é beth hakheneseth.
Sl.74:9 9. Nossos símbolos. Ver v. 4.Não há profeta. Comparar com Lm 2:9; Ez 7:26.Até quando. A taça da calamidade de Israel estava cheia. É o versículo mais triste do salmo.
Sl.74:10 10. Blasfemará [...]? Comparar com os v. 18 e 22. Parece que as calamidades jamais cessarão. Este apelo à honra de Deus é frequente no AT (ver Êx 32:12, 13; Nm 14:13-16; Dt 9:28).
Sl.74:11 11. No Teu seio. Por que Deus não estende Sua mão para livrar Israel? Ele parece ter a mão dentro das dobras de Seu manto. O salmista expressa impaciência porque crê que Deus devia demonstrar Seu poder, destruindo os invasores.
Sl.74:12 12. Ora. O salmista se consola ao contemplar o que Deus fez no passado em favor de Seu povo. Relembrar as bênçãos do passado dá conforto no presente e esperança para o futuro (ver LS, 196).Meu Rei. O poeta tem a certeza de que a despeito das aparências, Deus está no comando (Ver SI 44:4).Salvadores. Literalmente, “salvações”, isto é, “atos divinos de salvação”.No meio da Terra. Comparar com Êx 8:22.
Sl.74:13 13. Tu. No hebraico, o pronome pessoal está na posição que indica ênfase. O mesmo ocorre nos v. 14, 15 e 17 (ver SI 65:9-11).Dividiste o mar. Referência à travessia do Mar Vermelho (ver Êx 14:21; cf. SI 77:16).Monstros marinhos. Do heb. tanni- nim. Presume-se que esta expressão simbolize o poderio egípcio (ver Ez 29:3). A referência parece ser à destruição dos exércitos do faraó no Alar Vermelho (ver Êx 14:27-30; 15:4).
Sl.74:14 14. As cabeças do crocodilo. Vercom. de ls 27:1. Evidentemente outra alusão ao poderio egípcio (ver com. do v. 13).As alimárías do deserto. O salmista se refere aos animais selvagens do deserto (ver Pv 30:25, 26). A linguagem literal retrata os monstros marinhos mortos, lançados às margens para serem devorados pelos animais selvagens.
Sl.74:15 15. Tu abriste. A referência pode ser à ocasião em que Deus fez brotar água da rocha ao comando de Aloisés (ver Ex 17:6; Nm 20:8; cf. SI 78:15, 16), ou à travessia do Mar Vermelho (ver Js 2:10) ou do rio Jordão (ver Js 3:13; 4:23; 5:1).Secaste rios caudalosos. Alusão óbvia à travessia do Jordão (ver Js 3:13; 4:23; 5:1).
Sl.74:16 16. Teu. A visão do poeta se amplia a partir da contemplação dos milagres que Deus realizara no passado para livrar Seu povo e abrange também o constante poder e a glória de Deus na natureza.Luz. Do heb. maor, “luminária”, neste caso, provavelmente o sol (ver Gn 1:15, 16; cf. SI 136:7-9).
Sl.74:17 17. Confins. Os limites naturais da terra e do mar (ver Gn 1:9; Jó 26:10; Jr 5:22).
Sl.74:18 18. Lembra-Te. Comparar com o v. 2.Tem ultrajado. Ver Lm 1:7; 2:7, 15, 16;ver também com. do SI 74:10; cf. v. 22.Nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.
Sl.74:19 19. Rola. Os filhos de Deus são comparados a uma terna e mansa rolinha, amada por Deus.
Sl.74:20 Sem comentário para este versículo
Sl.74:21 Sem comentário para este versículo
Sl.74:22 22. Pleiteia. O salmista percebe que a causa é de Deus e que a honra dEle está em jogo. Tudo o que se faz contra os filhos de Deus é como se fosse contra Ele. Os débeis deveríam reconhecer os propósitos finais de Deus e se tornarem um instrumento cm c Suas mãos para realizar a vontade divina.
Sl.74:23 23. Não Te esqueças. O poeta finaliza sua oração pedindo que os inimigos recebam uma justa retribuição (cf. 2Rs 19:28).Gritaria. E evidente que a referência é aos inimigos que invadem Jerusalém com gritos de guerra.Dos Teus inimigos. Aqueles que se opõem aos propósitos de Deus e trabalham contra Seus líderes apontados, com frequência, se enganam ao crerem que Deus não leva em conta suas atitudes (ver Êx 16:8; ISm 8:7).Crescente. Em vez disso “ascendente’'.O salmo parece terminar de forma quase abrupta, como se o salmista fosse interrompido no meio da descrição das crescentes depredações do país.Salmo 75Ao mestre de canto, segundo a melodia “Não destruas”. Salmo de Asafe. Cântico.Introdução — O Salmo 75 é um hino que celebra a libertação das mãos do inimigo. E provável que também tenha sido usado para comemorar a libertação de Israel da Assíria, quando Senaqueribe teve que se retirar (2Rs 19:35, 36). Como os Salmos 46 e 47, aos quais de certa forma este se assemelha, o poema é vividamente dramático, em especial, na apresentação de Deus como o justo juiz. O salmo afirma que Deus faz tudo no tempo devido e reprova a impaciência humana.A respeito do subtítulo, ver p. 697, 708.
Sl.75:1 "Introdução — O Salmo 75 é um hino que celebra a libertação das mãos do inimigo. E provável que também tenha sido usado para comemorar a libertação de Israel da Assíria, quando Senaqueribe teve que se retirar (2Rs 19:35, 36). Como os Salmos 46 e 47, aos quais de certa forma este se assemelha, o poema é vividamente dramático, em especial, na apresentação de Deus como o justo juiz. O salmo afirma que Deus faz tudo no tempo devido e reprova a impaciência humana. 1. Graças Te rendemos. O emprego da primeira pessoal do plural sugere que o salmo foi escrito para adoração pública. A repetição da frase confere ênfase litúrgica.Nome. Ver com. do SI 5:11; 7:17.Está perto (ARC). Por meio da manifestação de poder ao livrar Israel do inimigo, Deus manifesta Sua proximidade (ver Dt 4:7).Declaramos as Tuas maravilhas.Ou: “eles narram Teus feitos maravilhosos”."
Sl.75:2 2. Tempo determinado. Do heb. moed, “determinar o tempo”, “assembléia”, “lugar de reunião’'. Deus é apresentado como o orador(ver SI 46:10). Ele escolhe o tempo oportuno, o momento exato, mais apropriado para Seus propósitos. A impaciência humana pretende ir adiante de Deus (ver Hc 2:3).Retamente. Quando Deus julga, a justiça é feita a todos (ver 2Sm 23:3; SI 58:1). <*»
Sl.75:3 3. Vacilem. Quando o país parece estar prestes a se dissolver diante do invasor, Deus intervém para sustê-lo. Sem Deus, tudo se arruinaria.Colunas. A terra é comparada a um forte edifício sustentado por colunas.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.75:4 4. Força. Ver lSm 2:10; SI 89:24.
Sl.75:5 5. Com cerviz dura (ARC). Isto é, com arrogância, com soberba, obstinação.A expressão “cerviz dura” é comum no Penta- teuco (ver Êx 32:9; 33:3, 5; Dt 9:6, 13; 31:27).
Sl.75:6 6. Auxílio. Literalmente, “levantar”. O êxito não advém de vantagens geográficas naturais ou de nações que habitam as regiões das quatro direções, mas da conformidade do ser humano com o plano eterno de Deus (ver CBV, 476, 477). A resposta final vem Deus (ver v. 7).
Sl.75:7 7. Juiz. Ver Gn 18:25; SI 50:6; 82:1; 94:2.Abate. Isto acontece tanto com pessoas quanto com nações (ver lSm 2:7, 8; SI 147:6; Dn 2:21; 4:17).
Sl.75:8 8. Cálice. Representa-se a Deus segurando um cálice para que a humanidade o beba (ver com. de SI 60:3; cf. Is 51:17, 22; Ap 14:9, 10).Cheio de mistura. O vinho é misturado com especiarias, para torná-lo mais forte e aumentar seu poder intoxicante (ver Pv 9:2; 23:30; Is 5:22).Escórias. Os ímpios devem esvaziar o cálice, bebendo todo o seu conteúdo. Este quadro impressionante do juízo justo de Deus tem o propósito de provocar temor ao pecado.
Sl.75:9 9. Quanto a mim. O salmista fala de si mesmo e se expressa, como um ato de adoração pública, na presença do povo de Israel.Exultarei. O salmista se compromete a declarar a justiça de Deus ao lidar com a humanidade (verv. 1).
Sl.75:10 10. Forças. Ver com. do v. 4.Abaterei. O sujeito deste verso podeser Deus. A linguagem hebraica utiliza bastante o recurso de trocar de forma repentina o pronome pessoal. O salmista talvez fale por Deus, ou pelo povo, mas com a certeza de que Deus os ajudará a derrotar o ímpio. O salmo termina com uma declaração universal do governo justo de Deus.Salmo 76Ao mestre de canto, com instrumentos de cordas. Salmo de Asafe. Cântico.Introdução — O Salmo 76 é uma Jerusalém de um grande perigo. O salmo foi ode de ação de graças pelo livramento de usado para celebrar a derrota dos exércitosassírios sob o comando de Senaqueribe (ver PR, 361, 362; cf. GC, 23). O salmista contempla além das cenas de vitória imediata e vê nelas o triunfo da justiça divina, provando a tolice da ira do ser humano e a sabedoria que existe em se submeter a Deus. O salmo consiste de quatro estrofes com três versículos cada. Diz-se que esta ode foi usada pelos ingleses depois da derrota da armada espanhola, e também pelos calvinistas escoceses após a derrota de Claverhouse, em 1679.A respeito do subtítulo, ver p. 697, 708.
Sl.76:1 "Introdução — O Salmo 76 é uma Jerusalém de um grande perigo. O salmo foi ode de ação de graças pelo livramento de usado para celebrar a derrota dos exércitos assírios sob o comando de Senaqueribe (ver PR, 361, 362; cf. GC, 23). O salmista contempla além das cenas de vitória imediata e vê nelas o triunfo da justiça divina, provando a tolice da ira do ser humano e a sabedoria que existe em se submeter a Deus. O salmo consiste de quatro estrofes com três versículos cada. Diz-se que esta ode foi usada pelos ingleses depois da derrota da armada espanhola, e também pelos calvinistas escoceses após a derrota de Claverhouse, em 1679. 1. Conhecido é Deus. Ver SI 9:16; 48:3.Nome. Ver com. de SI 5:11; 17:7.Israel. O paralelismo sinonímico dasduas frases deste versículo indica que “Israel” é sinônimo de “Judá”. E evidente que, neste caso, os nomes não se referem às duas divisões da nação, pois é muito provável que essa divisão tenha ocorrido depois de o salmo ter sido escrito (ver GC, 23). Nos v. 1 a 3 Jerusalém é celebrada como a morada de Deus, de onde demonstra Seu poder."
Sl.76:2 2. Salém. O nome mais curto e antigo de Jerusalém. O lugar de paz, onde Deus habita (ver com. de Gn 14:18; PP, 703).Sião. Ver com. de SI 48:2.
Sl.76:3 3. Ali. Em Sião, de onde se demonstrou o poder de Deus.Relâmpagos do arco. Literalmente, “chamas do arco”, descrevendo provavelmente flechas que voam com a velocidade do relâmpago.Batalha. Transmite a ideia de que as defesas do inimigo foram derrotadas por completo pelo poder de Deus (ver SI 46:9).Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.76:4 4. Mais glorioso. Os v. 4 a 6 descrevem a repentina destruição dos invasores.Montes cheios de despojos (NVI). Designados assim talvez porque fossem considerados fortaleza dos ladrões, de onde bandidos saíam para saquear. Deus, o criador dos montes, é superior a eles empoder e glória. A LXX e ARA trazem “montes eternos”.
Sl.76:5 5. Os de ânimo forte. Os invasores que se orgulhavam de sua força.Jazem a dormir o seu sono. Estão mortos (ver com. de SI 13:3).Pode valer-se das próprias mãos. Os poderosos estão paralisados, incapazes de usar as mãos para resistir.
Sl.76:6 6. Ante a Tua repreensão. Quando Deus falou, foram derrotados.Carros e cavalos. Metonímia que faz referência a condutores de carros de guerra e os cavaleiros (cf. ís 43:17).
Sl.76:7 7. Tu, sim, Tu. Repetição enfática. Os v. 7 a 9 descrevem a destruição do inimigo como um ato de juízo que ensina uma lição a todo o mundo.Tu és terrível. Ou, “deve ser reverenciado”, porque Seu poder venceu o inimigo.Se Te iras. Ou melhor, “desde quando”. Se esses exércitos invasores foram derrotados pela repentina demonstração de poder divino, quem poderia ter a esperança cie resistir a Deus?
Sl.76:8 8. Juízo. A derrota do inimigo foi considerada como um juízo dos céus.E se aquietou. A terra parecia estar silente, ouvindo com reverência a voz de Deus pronunciando o juízo (ver SI 114:3-7).
Sl.76:9 9. Ao levantar-Se Deus. Ver SI 3:7; 7:6; 44:26; 68:1.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.76:10 10. Há de louvar-Te. A impiedade do seu humano faz com que Deus realize grandes feitos. A hostilidade humana para com Deus dá oportunidade para que o poder divino seja manifestado, despertando louvor a Deus (ver Êx 9:16; 18:11).Do resíduo das iras Te cinges. Literalmente, “Te cingirás”. O paralelismo das duas frases no versículo indica que Deus coloca, como um adorno, os últimos e inúteis esforços dos débeis seres humanos, para demonstrar Sua força, vestindo-Se para Suaprópria glória, A experiência de Daniel é um exemplo notável disso (ver PR, 543, 544).
Sl.76:11 11. Votos. O poeta fala ao povo de Deus (ver SI 22:25).Tragam presentes. Às vezes, nossa gratidão é demonstrada com nossas dádivas.
Sl.76:12 12. Ele ceifará (ARC). Deus aca- baní com o orgulho deles, referindo-se ao Seu feito, celebrado neste salmo. “Ceifar”sugere o trabalho de um vinhateiro que poda as vides ou corta os ramos de uvas (ver Is 18:5).Espírito (ARC). Do heb. ruach, literal- mente, “vento” (ver com. de Ec 12:7).Reis. Quando quer, Deus frustra os planos dos reis bem como dos príncipes. O salmo termina mostrando como Deus lida com o ímpio (comparar com Ap 6:15-17; 19:17-21).Salmo 77Ao mestre de canto, Jedutum. Salmo de Asafe.lembro das Tuas maravilhas da antiguidade.Introdução — O Salmo 77 é o registro poético de uma alma que tenta encontrar uma razão para o aparente abandono de Deus e descobrir uma saída da escuridão. Finalmente supera sua tristeza ao relembrar as misericórdias de Deus para com Israel no passado. O salmo se divide em duas partes. O v. 11 marca a transição do pesar e do protesto para a esperança e a confiança. O salmista fala não apenas por si mesmo, mas por Israel como um povo (com respeito à autoria do salmo, ver Material Suplementar de Elien G. White, sobre SI 77:7, 10-12).A respeito do subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.77:1 "Introdução — O Salmo 77 é o registro poético de uma alma que tenta encontrar uma razão para o aparente abandono de Deus e descobrir uma saída da escuridão. Finalmente supera sua tristeza ao relembrar as misericórdias de Deus para com Israel no passado. O salmo se divide em duas partes. O v. 11 marca a transição do pesar e do protesto para a esperança e a confiança. O salmista fala não apenas por si mesmo, mas por Israel como um povo (com respeito à autoria do salmo, ver Material Suplementar de Elien G. White, sobre SI 77:7, 10-12). 1. Clamo. Os v. 1 a 6 mostram a intensidade dos sentimentos do salmista. A declaração dos fatos alterna com expressões de desejos e emoção."
Sl.77:2 2. No dia. Ver SI 50:15; cf. Gn 35:3. Os v. 2 e 3 expressam a realidade e a intensidade da oração. Tudo que o salmista fazia, até meditar em Deus, parecia apenas intensificar sua dor.Minhas mãos. A tradução “minha mão se estendeu” (ARC) é aparentemente baseada em Jerônimo. O verbo hebraico traduzido como “durante a noite” (ARA) parece sempre ter, em outras passagens, o significado de “correr”, “fluir”, “derramar” (ver 2Sm 14:14).Minha alma. Ou, “eu” (ver com. de SI 16:10).Recusa. A experiência do salmista deve confortar aqueles que não conseguem encontrar uma resposta imediata aos questionamentos sinceros da alma (ver Gn 37:35; Jr 31:15),
Sl.77:3 3. Passo a gemer. Quanto mais o salmista meditava sobre a administração incompreensível do governo de Deus, mais triste ele ficava e mais inclinado a se rebelar.E me desfalece. Comparar com o SI 143:4, 5.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.77:4 4. Não me deixas pregar os olhos.Literal mente, “Tu sustentas as vigílias dos meus olhos”. Na maneira de ver do salmista, Deus o mantém acordado para que medite a noite toda.
Sl.77:5 5. Dias de outrora. O salmista recorda a história de Israel na tentativa de responder as perguntas de seu coração (ver LS, 196; cf. v. 14-20; ver também Dt 32:7; Is 63:11).
Sl.77:6 6. Cântico (ARC). Do heb. neginah, provavelmente “música de instrumentos de cordas”. O plural da palavra ocorre nos subtítulos de muitos salmos (por exemplo, SI 4; 55; 76).De noite. O salmista mostra preferência por meditar e orar na quietude da noite (ver SI 16:7; 17:3).Perscruta. Suas ponderações se expressam na forma de perguntas (v. 7-9).
Sl.77:7 7. Rejeita o Senhor para sempre? As perguntas mais importantes para o salmista eram: Deus me abandonará por completo? Ele abandonará Israel?
Sl.77:8 8. Graça. Ou, “amor”, do heb. chesed (ver Nota Adicional ao Salmo 36).Promessa. Evidentemente a promessa feita aos patriarcas (ver Gn 17:7-13; 26:24; etc.).Para todas as gerações? Litera l mente, “para geração e geração”. O amor de Deus e Sua promessa eram os baluartes da fé do salmista e também podem ser para todos.
Sl.77:9 9. Benigno. O salmista parece sentir que Deus esqueceu-Se de um dos principais atributos de Seu caráter (ver Ex 34:6).Misericórdias. Ver SI 25:6.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.77:10 10. Minha aflição. O salmista não encontra falta em Deus, mas reconhece sua própria fraqueza de espírito e sua incapacidade de entender os caminhos de Deus.Mudou-se. Do heb. shenoth. A palavra pode ser interpretada tanto como “anos’’ ou “mudança”. Se for traduzida como “anos”, o sentido do versículo podería ser: “Isto é a minha aflição; recordar o auxílio de Deus no passado aumenta minha tristezae perplexidade.” Se a palavra for interpretada como “mudança”, o sentido pode ser: “isto é a minha aflição; mudou-se a destra do Altíssimo” (ARA). Neste último caso, o salmista está perplexo porque não consegue ver Deus tratando-o como no passado.
Sl.77:11 11. Recordo. Este verso marca a transição do pesar e do protesto, da primeira seção do poema, para a esperança e a confiança da segunda seção (comparar com SI 143:5).
Sl.77:12 Sem comentário para este versículo
Sl.77:13 13. De santidade. Embora o ser humano não possa compreendê-lo, o caminho de Deus é sempre santo, justo e bom (ver Gn 18:25). Se for aceita a tradução da ARC “no santuário”, pode-se interpretar que o versículo diz que os caminhos de Deus são melhor compreendidos no local onde Ele é adorado, e a partir dos princípios elucidados alí (ver PR, 49, 50).
Sl.77:14 14. Tens feito notório o Teu poder. Como, por exemplo, na experiência do Mar Vermelho, descrita nos v. 16 a 20.Povos. As nações pagãs que ouviram da destruição do faraó e de seu exército (ver Êx 15:14-16).
Sl.77:15 15. Com o Teu braço. O braço é sím- 6' bolo de força (ver Êx 6:6; 15:16; SI 10:15; 98:1).Remiste. O milagre da libertação de Israel do Egito é considerado um notável exemplo do poder de Deus para salvar. Sendo assim, é uma garantia de Seu poder permanente para salvar Seu povo (ver SI 78:12, 13; 106:21, 22; 114:1-5; etc.).De Jacó e de José. Jacó sem dúvida é mencionado porque foi o pai das doze tribos, e José, talvez porque teve um papel muito importante no Egito.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.77:16 16. Viram-Te as águas. Os v. 16 a 20são uma descrição bem compacta e, contudo, dramática do milagre da libertação no Mar Vermelho. Esses versículos fornecem valiosos detalhes adicionais à narrativa do êxodo (ver PP, 287; comparar com a narrativa em Êx 14:27-29).Viram-Te. É sublime o recurso de personificação utilizado pelo salmista, que representa as águas como que reconhecendo a presença do Senhor e fugindo de medo dEle, para abrir caminho a Seu povo.Temeram. Literalmente, “eles se contorciam em dor”, como dores de parto.
Sl.77:17 17. Setas. Relâmpagos. Os v. 17 e 18 descrevem tempestade, furacão, trovão, relâmpagos, seguidos da separação das águas (ver com. de Si 18:6-14; PP, 287).
Sl.77:18 18. Voz (ARC). Ver com. de SI 29:3.Alumiaram o mundo. Comparar com
Sl.77:19 19. O Teu caminho. Embora invisível, Deus estava com Seu povo ao atravessar o leito seco do mar (ver Êx 15:13; SI 78:52, 53). Deus sempre está com Seus filhos quando estes seguem Sua direção.
Sl.77:20 20. Como rebanho. Em marcante contraste com a majestade e o poder de Deus retratados nos versículos anteriores, o salmista apresenta a ternura do bom Pastor (ver SI 78:52; Is 63:11; ver DTN, 480).De Moisés e de Arão. Deus era o verdadeiro Líder. Moisés e Arão eram Seus instrumentos (ver Nm 33:1). Assim como Deus libertou Israel no Mar Vermelho, libertará Seu povo em tempos de perigo. Esta percepção deve nos ajudar a sempre depositar a confiança nEle. O salmo termina expressando confiança no poder redentor de Deus.Salmo 78Salmo didático de Asafe.Introdução — O Salmo 78 é o mais longo dos hinos nacionais de Israel (ver SI 105, 106). Ele narra a história de Israel desde o Egito até o estabelecimento do reino sob o governo de Davi. O salmista recorda o passado com suas repetidas rebeliões e consequente sofrimento e punição, com o propósito de advertir a nação a ser fiel a Deus no presente e no futuro. O salmo é basicamente didático: busca instruir a viver de forma correta. Como tal, não segue o curso histórico com exatidão cronológica. O salmista dispõe os acontecimentos conforme sejam mais apropriados para seu propósito, para mostrar a bondade de Deus a despeito da rebeldia de Israel. Não se observa uma divisão regular de estrofes. As principais divisões são como parágrafos de uma prosa. O poema tem muitas frases curtas e vividas e brilhantes metáforas. Como poesia, o Salmo 78 pode ser comparado com os relatos puramente factuais dos livros históricos do AT.A respeito do subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.78:1 "Introdução — O Salmo 78 é o mais longo dos hinos nacionais de Israel (ver SI 105, 106). Ele narra a história de Israel desde o Egito até o estabelecimento do reino sob o governo de Davi. O salmista recorda o passado com suas repetidas rebeliões e consequente sofrimento e punição, com o propósito de advertir a nação a ser fiel a Deus no presente e no futuro. O salmo é basicamente didático: busca instruir a viver de forma correta. Como tal, não segue o curso histórico com exatidão cronológica. O salmista dispõe os acontecimentos conforme sejam mais apropriados para seu propósito, para mostrar a bondade de Deus a despeito da rebeldia de Israel. Não se observa uma divisão regular de estrofes. As principais divisões são como parágrafos de uma prosa. O poema tem muitas frases curtas e vividas e brilhantes metáforas. Como poesia, o Salmo 78 pode ser comparado com os relatos puramente factuais dos livros históricos do AT. 1. Povo meu. Os v. 1 a 8 anunciam o propósito do salmo. A narrativa da história de Israel tem o objetivo de advertir com respeito ao presente e aconselhar sobre o futuro (ver LS, 196).Lei. Do heb. torah, “ensino” (ver com. de Pv 3:1)."
Sl.78:2 2. Parábolas. Do heb. mashal (ver com. de SI 49:4; cf. Mt 13:34, 35). Uma parábola requer atenção e raciocínio para que possa ser compreendida.
Sl.78:3 Sem comentário para este versículo
Sl.78:4 4. Vindoura geração. Indica-se o curso da tradição. E uma responsabilidade sagrada de toda geração transmitir à seguinte o relato da providência divina.
Sl.78:5 5. Instituiu uma lei. Deus quis que Sua lei fosse ensinada de geração a geração e se tornasse um poder vivificador na vida dos israelitas (ver Êx 10:2; 13:8, 14; Dt 4:9; 6:7, 20).
Sl.78:6 Sem comentário para este versículo
Sl.78:7 Sem comentário para este versículo
Sl.78:8 Sem comentário para este versículo
Sl.78:9 9. Efraim. É provável que esta tribo seja nomeada porque foi por um período a maisnumerosa e agressiva de todas. Josué era da tribo de Efraim (Nm 13:8, 16). Se, por acaso, refere-se a alguma ocasião específica, não se sabe qual. Nesta passagem, Efraim pode significar todo o reino.
Sl.78:10 Sem comentário para este versículo
Sl.78:11 11. Esqueceram-se. Ver SI 106:13; cf. SI 78:7.
Sl.78:12 12. Zoã. Cidade-celeiro do Egito situada à margem oriental do braço do Nilo que corresponde a Tânis. E chamada de Ramessés (Êx 1:11).
Sl.78:13 13. Dividiu. Ver Êx 14:16.0 Sal mo 78:13 a 16 enumera os casos em que foi esquecido o que ocorreu no Mar Vermelho, a coluna de nuvem e a coluna de fogo no deserto e o abastecimento de água no deserto.Como num dique. Ver Êx 15:8.
Sl.78:14 14. Nuvem. Ver Êx 13:21; SI 105:39.
Sl.78:15 15. Fendeu rochas. Ver Êx 17:6; Nm 20:11.
Sl.78:16 Sem comentário para este versículo
Sl.78:17 17. E se rebelaram. Ver Dt 9:22; Hb 3:16. O Salmo 78:17 a 31 descreve a queixa de Israel devido à falta de alimento e bebida, e o consequente castigo.Deserto. Do heb. tsiyyah, que designa uma região seca.
Sl.78:18 18. Tentaram. Do heb. nasah, literal- mente, “testado”.Pedindo. Os sentimentos do coração se traduziram em queixas.Alimento. Do heb. okei, “alimento”, termo geral que significa qualquer coisa que sirva para comer.Que lhes fosse do gosto. Literalmente, “para sua alma”, isto é, para eles (ver com. de SI 16:10).
Sl.78:19 19. Preparar-nos mesa. Ver SI 23:5. As perguntas dos v. 19 e 20, colocadas de forma poética na boca dos murmuradores, tornam mais vivida a narrativa histórica. Suas queixas eram “contra Deus”, que lhes tinha dado todos os motivos para que confiassem nEle.
Sl.78:20 20. Pão também. De acordo com a narrativa histórica, a ordem desses milagresfoi inversa (ver Êx 16:8, 12; 17:6; Nm 11:31, 32; 20:8-11). O salmista não se atém a uma estrita ordem cronológica.Carne. Do heb. sheer, “alimento de carne” (ver com. do v. 18).
Sl.78:21 21. Fogo. Ver Nm 11:1; SI 106:18.
Sl.78:22 Sem comentário para este versículo
Sl.78:23 23. As portas dos céus. Comparar com 2Rs 7:2, 19; Ml 3:10. O Salmo 78:23 a 25 é uma belíssima descrição poética da dádiva do maná.
Sl.78:24 24. Fez chover. Ver Êx 16:4. Em todo o relato poético deste salmo existe estreita familiaridade com a fraseologia do registro histórico.Cereal. Do heb. dagan, “grão” ou cereal para fazer pão (ver Êx 16:4; SI 105:40; cf. Jo 6:31). O maná era parecido com “semente de coentro” (Êx 16:31).
Sl.78:25 25. Pão dos anjos. Literalmente, “pão de poderosos”. Os poderosos de Deus são os anjos (SI 103:20). A LXX traz “pão dos anjos”. Com esta declaração, não devemos deduzir que o maná seja o alimento dos anjos. A frase simplesmente significa “alimento que lhes foi provido pelos anjos” (PP, 297).
Sl.78:26 26. Fez soprar. Os v. 26 a 31 são um relato poético do milagre das codornizes e de sua consequência.
Sl.78:27 27. Carne. Ver Êx 16:13; Nm 11:31.
Sl.78:28 Sem comentário para este versículo
Sl.78:29 29. E se fartaram a valer. VerNm 11:20; cf. SI 106:15.
Sl.78:30 Sem comentário para este versículo
Sl.78:31 Sem comentário para este versículo
Sl.78:32 32. Não creram. Ver Hb 4:2, 6. O Salmo 78:32 a 55 continua a narração de lições que não foram aprendidas, retomando o relato do êxodo no v. 42.
Sl.78:33 Sem comentário para este versículo
Sl.78:34 34. Procuravam. Os v. 34 a 39 descre- \em de forma tocante o pecado e a punição do ser humano, seu retorno temporário a Deus e a compaixão infinita de Deus por Seu filho errante.
Sl.78:35 Sem comentário para este versículo
Sl.78:36 36. Mentiam. O arrependimento deles não era aborrecimento do pecado, mas medo do castigo (ver com. de SI 32:6).
Sl.78:37 Sem comentário para este versículo
Sl.78:38 Sem comentário para este versículo
Sl.78:39 Sem comentário para este versículo
Sl.78:40 40. Provocaram. Ver com. do v. 17.
Sl.78:41 41. Tentar. Ver com. do v. 18.Limitaram (ACF). Ou, “colocaram limitações” ao poder do Infinito, ao Onipotente.O Santo de Israel. Comparar com SI 71:22.
Sl.78:42 42. Não se lembraram. Ver SI 105:5.
Sl.78:43 43. Seus sinais. Retoma-se a narrativa das pragas. O salmista parece mencionar apenas seis das dez pragas. Ele começa com a primeira, continua com a quarta, depois com a segunda, a oitava e a sétima, nesta ordem, e termina seu relato com a décima. O salmo não é um tratado científico, mas um poema inspirado em que se escolhe apenas os fatos suficientes do registro histórico para criar a impressão desejada.Zoã. Ver o v. 12.
Sl.78:44 44. Converteu em sangue os rios.A primeira praga (Êx 7:17-21). O plural indica o Nilo e seus canais.
Sl.78:45 45. Moscas [...] rãs. Respectivamente, a quarta e a segunda pragas (Ex 8:20-24, L6).
Sl.78:46 46. Gafanhotos. A oitava praga (Êx 10:4- 15; cf. SI 105:34;]! 1:4).
Sl.78:47 47. Chuvas de pedra. A sétima praga (Êx 9:18-26). A chuva de pedras arruinou a produção agrícola e destruiu o gado.Geada. Do heb. hanamal, palavra que ocorre apenas aqui. Seu significado é obscuro. A partir de um vocábulo árabe semelhante, alguns afirmam que seu significado é “enchente devastadora”. A LXX traz “geada”.
Sl.78:48 48. Saraiva. Do heb. reshafim, “chamas”. Neste caso, é provável que se refira a “relâmpagos” (ver Êx 9:24).
Sl.78:49 49. Furor. Os v. 49 a 51 descrevem a décima praga (Êx 12:29, 30).Anjos portadores de males. Isto é, anjos que trazem o mal.
Sl.78:50 Sem comentário para este versículo
Sl.78:51 51. As primícias da virilidade. Paralela com “primogênitos” quanto à estrutura literária e ao significado (ver p. 8).Tendas de Cam. Cam era o pai de Mizraim, ancestral dos egípcios (ver com. de Gn 10:6; cf. SI 105:23, 27).
Sl.78:52 52. Como ovelhas. Este versículo descreve o Pastor de Israel que conduz Suas ovelhas de pasto em pasto pelo deserto (ver com. de SI 23:1 cf. SI 77:20).
Sl.78:53 53. O mar submergiu. Uma breve retomada ao relato do livramento no Mar Vermelho, em que se contrasta a confiança de Israel com o terror dos egípcios (Êx 14:13, 25).
Sl.78:54 54. Até ao monte. Com a rapidez que permite a licença poética, em um versículo, o salmista abrange o período compreendido entre a experiência do Mar Vermelho e a entrada em Canaã. Os israelitas estão na fronteira da terra prometida.
Sl.78:55 55. Por herança. Ver Nm 34:2; Js 23:4.
Sl.78:56 56. Tentaram. Comparar com os v. 17, 18 e 41. Os v. 56 a 64 retomam a triste história de rebelião e castigo.
Sl.78:57 57. Um arco enganoso. Um arco que não lança a flecha diretamente ao alvo, e que, portanto, frustra o arqueiro (ver Os 7:16).
Sl.78:58 58. Altos. Centros de adoração idólatra.Zelos. Ver Êx 20:5; 34:14. Deus requerque O sirvamos com nada menos que todo nosso ser (ver Dt 6:13, 20-25; Mt 4:10).
Sl.78:59 59. E [...] Se aborreceu. Ou melhor, ‘‘rejeitou”.
Sl.78:60 60. Silo. Por cerca de 300 anos, o ta- bernáculo e a arca ficaram em Siló, um lugar situado a mais ou menos 16 km ao norte de Betei (ver Js 18:10; Jz 18:31; lSm 4:3). Depois que a foi tomadapelos f ilisteus (1 Sm 4) e recuperada, a arca nunca retornou a Siló.Em vez disso, foi finalmente levada a Jerusalém (ver PP, 514; cf. Jr 7:12, 14).
Sl.78:61 61. Sua força. A arca (ver lSm 4:3, 21; SI 132:8).
Sl.78:62 62. À espada. Ver lSm 4:2, 10.
Sl.78:63 63. O fogo devorou. Um quadro de desolação: jovens mortos na batalha, mulheres sem se casar, sacerdotes assassinados (ver lSm 4:11), ninguém para lamentar pelos mortos (ver Jó 27:15). Quão grande é a desolação de um país quando não existem cerimônias de casamento ou funerais dignos!
Sl.78:64 Sem comentário para este versículo
Sl.78:65 65. Despertou como de um sono. Com esta metáfora, o salmista representa Deus como completamente indiferente a Seu povo, até que Se levanta para ajudá-lo. O uso desta metáfora estranha e da figura do valenic que grita estimulado pelo vinho parece anormal para o modo de pensar ocidental, mas não é incomum para a mente oriental.
Sl.78:66 Sem comentário para este versículo
Sl.78:67 67. Tenda de José. Por muito tempo, o santuário permaneceu no território de José (ver v. 60). Mais tarde, Jerusalém, no território de Judá, tornou-se o lar da arca (2Sm 6:1-18).
Sl.78:68 Sem comentário para este versículo
Sl.78:69 Sem comentário para este versículo
Sl.78:70 70. Escolheu a Davi. (3 salmo termina com um belo quadro de um pastor do rebanho tornando-se o pastor de Israel, por indicação divina (ver lSm 16:11-13; 2Sm 3:18; 7:5, 8).
Sl.78:71 71. Ovelhas e suas crias. O pastor fiel não só guia as ovelhas, como também segue as fêmeas do rebanho para que possa atender, quando necessário, aos cordeiros recém-nascidos.
Sl.78:72 72. Ele os apascentou. Um belo tributo ao pastor-rei de Israel: ele governou com integridade e habilidade (ver lRs 9:4).Salmo 79Salmo de Asafe.] Ô Deus, as nações invadiram a Tua herança, profanaram o Teu santo templo, reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.introdução — O Salmo 79 é uma elegia sobre a desolação de Jerusalém na época do cativeiro babilônico (ver SI 74). Começa com a descrição de Jerusalém em ruínas e de seus habitantes mortos à espada, segue com a oração por livramento e para que os invasores sejam punidos. Finalmente, termina com uma canção de louvor e promessa de gratidão eterna. Embora tenha estrofes de métrica irregular, este salmo tem grande fluidez de pensamento. Era um dos favoritos dos huguenoles franceses e dos puritanos ingleses.A respeito do subtítulo, ver introdução do Salmo 74 e p. 697, 707.
Sl.79:1 "Introdução — O Salmo 79 é uma elegia sobre a desolação de Jerusalém na época do cativeiro babilônico (ver SI 74). Começa com a descrição de Jerusalém em ruínas e de seus habitantes mortos à espada, segue com a oração por livramento e para que os invasores sejam punidos. Finalmente, termina com uma canção de louvor e promessa de gratidão eterna. Embora tenha estrofes de métrica irregular, este salmo tem grande fluidez de pensamento. Era um dos favoritos dos huguenoles franceses e dos puritanos ingleses. 1. Nações. Ver com. do SI 2:1. Os v. 1 a 4 lamentam as terríveis calamidades que sobrevieram a Israel.Herança. Ver SI 28:9; 74:2; 78:62.Profanaram. Ao entrar no templo, roubar suas sagradas mobílias, demolir seus adornos e atear fogo, os babilônios profanaram o templo (ver 2Cr 36:17, 18; Jr 52:17-23; cf. SI 74:4-7).Ruínas. Ver 2Cr 36:19; Jr 9:11; 26:18; Mq 3:12."
Sl.79:2 2. Cadáveres. Este versículo descreve a horrível mortandade quando Jerusalém foi tomada pelos caldeus. Os mortos insepultos serviram de alimento para animais selvagens e abutres (ver 2Cr 36:17; cf. Dt 28:26; jr 7:33; 8:2; 9:22; etc.).
Sl.79:3 3. Não houve quem lhes desse sepultura. Ver Jr 14:16. Para os antigos, não ter um sepultamento digno era uma grande vergonha. Até os criminosos executados deviam ser sepultados de forma adequada (ver Dt 21:23).
Sl.79:4 4. Vizinhos. Ver com. do v. 12.
Sl.79:5 5. Até quando [...P Comparar com SI 74:1, 10; 77:7-9; 89:46.Zelo. Ver com. de SI 78:58.
Sl.79:6 6. Derrama. Ver a notável semelhança entre os v. 6 e 7 e Jeremias 10:25.Que Te não conhecem. Talvez melhor “não te reconheceram”. Todas as nações receberam uma medida de revelação divina (ver Rm 1:18-25; 2:14-16).
Sl.79:7 Sem comentário para este versículo
Sl.79:8 8. As iniquidades de nossos pais. Ou, “as iniquidades deles que estavam diante de nós”. A oração é para que Deus não lhes permita sofrer as consequências dos pecados de seus antepassados (ver Êx 20:5; Lm 5:7).Apressem-se. Ver com. de SI 18:5; cf. SI 59:10.
Sl.79:9 9. Deus e Salvador nosso. O salmista tem fé no poder de Deus para salvar.Glória do Teu nome. Pede-se a Deus que ajude Israel, não por amor deste, pois não é digno, mas pela glória divina (verÊx 32:12). Neste versículo se recorre duas vezes ao nome de Deus (ver Sl 5:11; 7:17).Perdoa-nos. Do heb. kafar, em geral traduzido como “fazer expiação” (ver Êx 30:15).
Sl.79:10 10. Onde [...]? Na Antiguidade, a vitória sobre uma nação estrangeira era considerada triunfo sobre seus deuses. O salmista clama pela vindicação do poder de Deus. Moisés fez uma súplica similar pelo menos em duas ocasiões (Êx 32:12; Nm 14:13-19).As nações. Nações (ver com. de Sl 2:1; 9:5).Seja [...] manifesta. O salmista pede que Deus puna as nações ímpias que derramaram o sangue de Seus servos.
Sl.79:11 11. Gemido. Faz-se referência aos gemidos dos hebreus no cativeiro (ver Sl 137:1-6; Lm 1:3-5).Sentenciados à morte. Literalmente, “filhos da morte” (ver Sl 102:20).
Sl.79:12 12. Vizinhos, As nações vizinhas a Israel, que se alegraram com sua desgraça em vez de tentar ajudá-lo contra o invasor (ver com. do v. 4; cf. Sl 44:13; Dn 9:16).Sete vezes. A ideia é a de completa vingança. O número sete é símbolo de plenitude (ver Gn 4:15, 24; Sl 12:6; Mt 18:21, 22).
Sl.79:13 13. Ovelhas do Teu pasto. Ver com. de Sl 74:1; cf. Sl 78:52.Proclamaremos. Por sua localização geográfica privilegiada, Israel devia ser a luz do mundo (ver Is 43:21).De geração em geração. Num hino de louvor, o poeta promete transmitir às gerações futuras o relato da misericórdia divina.Salmo 80Ao mestre de canto, segundo a melodia “Os lírios".Testemunho de Asafe. Salmo.conduzes a José como um rebanho; Tu que o Teu esplendor.Introdução — O Salmo 80 foi escrito numa época de grande angústia nacional. Ele é uma oração pela restauração do favor de Deus para com Seu povo. Nesta linda e comovente elegia, o salmista compara Israel a uma videira que fora cuidadosamente cultivada e transplantada do Egito, mas que, naquele momento, estava exposta à ruína. O salmo é marcado por um refrão recorrente nos v. 3, 7, 14 e 19, com leve variação. A disposição da estrofe é irregular.Sobre a autoria do salmo, ver PJ, 214; cf. v. 8. Sobre o subtítulo, ver p. 697, 708.
Sl.80:1 "Introdução — O Salmo 80 foi escrito numa época de grande angústia nacional. Ele é uma oração pela restauração do favor de Deus para com Seu povo. Nesta linda e comovente elegia, o salmista compara Israel a uma videira que fora cuidadosamente cultivada e transplantada do Egito, mas que, naquele momento, estava exposta à ruína. O salmo é marcado por um refrão recorrente nos v. 3, 7, 14 e 19, com leve variação. A disposição da estrofe é irregular. 1. Dá ouvidos. Ver com. de SI 20:1; 55:1.Pastor de Israel. Israel é o rebanho de Deus (ver com. de SI 23:1-4; Gn 49:24; 74:1; 77:20; 78:52).Querubins. Melhor seria “querubim” (ver com. de SI 18:10). “Querubins” é na verdade um plural duplo, formado pela aposição de s, o sinal do plural em português,com im, o sinal do plural hebraico. Sobre o querubim na arca, ver com. de Ex 25:18."
Sl.80:2 2. Efraim. As três tribos mencionadas neste verso procediam da mesma mãe (ver Gn 46:19, 20; Nm 2:18-24; 10:22-24).
Sl.80:3 3. Restaura-nos. Um refrão que ocorre em formas aumentadas nos v. 7, 14 e 19.Deus. Do heb. ’Elohim. Os refrões nos v. 7 e 14 grafam ’Elohim. tsebaoth, “Deus dos exércitos” (ver com. de SI 24:10; vol. 1, p. 148-151).Resplandecer o Teu rosto. Ver SI 4:6; 67:1.
Sl.80:4 4. Senhor, Deus dos Exércitos. Vercom. de SI 24:10; cf. SI 59:5; 80:19; 84:8.Contra a oração. Deus parece estar furioso até quando Seu povo ora (ver Lm 3:44).
Sl.80:5 5. Copioso. Deus parece medir a tristeza deles como se serve uma bebida a alguém (para o paralelo ugarítico, ver com. do SI 42:3).
Sl.80:6 Sem comentário para este versículo
Sl.80:7 7. Deus dos Exércitos. O refrão foi aumentado: de “ó Deus"' para "ó Deus dos Exércitos ”, talvez numa expressão de fervor (ver com. do v. 4).
Sl.80:8 8. Trouxeste. O salmista descreve Israel sob a imagem do vinho. A descrição é feita com beleza e emoção (v. 8-19).Videira. Arvore frutífera empregada frequentemente como símbolo de Israel (ver Is 5:1-7; Os 10:1; DTN, 675). Na época de Jesus, uma videira feita em ouro e prata que estava à entrada do templo representava Israel como uma videira próspera e frutífera (ver DTN, 575; cf. Jo 15:1-5).Expulsaste. Deus despojou as nações da Palestina por causa dos pecados delas e permitiu que Israel herdasse suas terras (ver Êx 3:8; 33:2).
Sl.80:9 9. Dispuseste-lhe. Do heb. panah, sugerindo, neste verso, a idéia de “limpar”. A amorosa preocupação de Deus está claramente retratada.Encheu. A extensão do domínio de Israel é representada por uma exuberante videira se espalhando sobre uma vasta área.
Sl.80:10 10. Cedros. A passagem é traduzida de forma mais simples como “os formosos cedros foram cobertos com seus ramos".O salmista ilustra as fronteiras de Israel se estendendo até o norte, no Líbano.
Sl.80:11 11. Mar. O Mediterrâneo, a oeste.Rio. O Eufrates, a fronteira a leste (verJs 1:4; ver com. de lRs 4:21).
Sl.80:12 12. Cercas. Ver Is 5:5. Isto dá a impressão de que Deus deixou as fronteiras de Israel desprotegidas.
Sl.80:13 13. Devasta. Do mesmo modo que animais como o porco selvagem, o leão, o tigre e o lobo arruinavam a vinha, assim também os inimigos de Israel devastariam a região.
Sl.80:14 14. Deus dos Exércitos. Ver com. do v. 4. Céu. O lugar da habitação de Deus (verlRs 8:30, 34, 36, 39, 43, etc.).Visita. Não com ira, mas com misericórdia.
Sl.80:15 Sem comentário para este versículo
Sl.80:16 16. Queimada. Este verso descreve a devastação da vinha, como se tivesse sido destruída pelo fogo ou pelo machado.
Sl.80:17 Sem comentário para este versículo
Sl.80:18 18. Vivifica-nos. Isto é, “produza vida em nós”.Invocaremos o Teu nome. Ou seja, “adoraremos a Ti”. O salmista fala em nome da nação.
Sl.80:19 19. Senhor, Deus dos Exércitos.Ver com. do v. 4. O salmista termina com o refrão em sua forma mais completa.Salmo 81Ao mestre de canto, segundo a melodia “Os lagares”. Salmo de Asafe.da terra do Egito. Abre bem a boca, e ta encherei.Introdução — O Salmo 81 é um hino festivo e foi composto para ser cantado em um dos grandes festivais hebraicos, possivelmente a Páscoa ou a Festa dos Tabernáculos. Começa com uma convocação para participar na adoração do festival (v. 1-5) e então apresenta o significado da festividade, ao relembrar o relacionamento de Deus com Israel no passado e a admoestação a Seu povo, insistindo para que andem em Seus caminhos (v. 6-16). Na primeira parte é o salmista quem fala; na segunda, Deus fala ao povo, solicita obediência em vista das bênçãos passadas e promete bênçãos futuras como resultado. Nos rituais das sinagogas modernas o Salmo 81 é cantado no dia do Ano Novo judaico.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 708.
Sl.81:1 "Introdução — O Salmo 81 é um hino festivo e foi composto para ser cantado em um dos grandes festivais hebraicos, possivelmente a Páscoa ou a Festa dos Tabernáculos. Começa com uma convocação para participar na adoração do festival (v. 1-5) e então apresenta o significado da festividade, ao relembrar o relacionamento de Deus com Israel no passado e a admoestação a Seu povo, insistindo para que andem em Seus caminhos (v. 6-16). Na primeira parte é o salmista quem fala; na segunda, Deus fala ao povo, solicita obediência em vista das bênçãos passadas e promete bênçãos futuras como resultado. Nos rituais das sinagogas modernas o Salmo 81 é cantado no dia do Ano Novo judaico. 1. Cantai de júbilo. Indicando grande fervor e sinceridade (ver 2Cr 20:19; SI 3:3). O Salmo 81:1 a 5 é uma convocação à adoração.Força. Ver SI 27:1; 28:8."
Sl.81:2 2. Tamboríl. Possivelmente um tambor (ver p. 15).Harpa. Ver p. 17.Saltério. Ver p. 18.
Sl.81:3 3. Trombeta. Do heb. shofar, diferente de chatsotserah, também traduzido como “trombeta” (ver p. 23, 24).Lua Nova. Ver Lv 23:24; Nm 29:1.Na lua cheia. Do heb. keseh, “tempo marcado” (ARC).Solenidade (ARC). Alguns acreditam que esta é uma referência à Festa dos Tabernáculos (ver IRs 8:2, 65; 12:32; Ne 8:14; 2Cr 5:3; 7:8). Entre a Festa das Trombetas, em primeiro de tisri, e a Festa dos Tabernáculos, que começava no dia 15 de tisri, havia o Dia da Expiação, no 10° dia do mês. Esta sequência tornava a Festa dos Tabernáculos a principal festividade anual. De acordo com alguns comentaristas, esta é uma referência à Páscoa, por causa da expressão “nossa solenidade” (ARC), devido à posição atribuída a esta festa no calendário ritual.
Sl.81:4 4. Porque (ARC). Os festivais deveríam ser guardados alegremente porque Deus os apontou e eles eram considerados como um privilégio especial do Seu povo (ver Lv 23:23-25).C
Sl.81:5 5. José. A nação de Israel, representada por José, possivelmente devido a sua proe- minência durante a peregrinação no Egito (SI 80:1; cf. Gn 49:26). Literalmente, ele foi o “salvador” de seu povo.Contra a terra. Possivelmente se referindo à época do êxodo, particularmenlc às pragas. Talvez seja feita uma referência especial à décima praga, que ocasionou a libertação dos israelitas.Ouço. A sentença iniciada com esta frase possivelmente estaria conectada com o verso seguinte, introduzindo assim o discurso divino de admoestação nos v. 6 a 16. Não há indicação verbal de mudança de interlocutores. Estas transições abruptas não são incomuns no hebraico.
Sl.81:6 6. Peso. Os escravos egípcios carregavam suas cargas sobre os ombros. Deus removeu o fardo da escravidão libertando os hebreus do Egito (ver Êx 1:11-14; 5:4-17).Dos cestos. Possivelmente seja uma referência ao cesto em que os escravos carregavam a argila para fazer os tijolos.
Sl.81:7 7. Clamaste na angústia. Ver Ex 2:23; 3:9; 14:10.Recôndito do trovão. Talvez uma referência à coluna de nuvem (Ex 14:24) ou à experiência no Sinai (Ex 19:17-19), na qual Deus entrou em uma relação de aliança com Israel.Meribá. Ver Êx 17:1-7; Nm 20:13; cf. SI 78:20.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.81:8 8. Povo Meu. Embora rebelde, Israel ainda era o povo de Deus (ver v. 11). O Senhor não havia rejeitado Seu povo.
Sl.81:9 9. Deus alheio. Uma alusão ao segundo mandamento do decálogo (ver Ex 20:4-6; Dt 5:8-10).
Sl.81:10 10. Eu sou. Ver Êx 20:2; cf. Dt 5:6. Tendo em vista a tendência humana ao esquecimento, esta lembrança era continuamente necessária.Abre bem a boca. Deus resgatou Israel do Egito e supriu todas as suas necessidades, tanto materiais quanto espirituais. Os dons de Deus são abundantes (ver Ef 3:20).“Tu vens ao Rei,Pensando: grandes pedidos farei;Pois Sua graça e poder são tais,Que ninguém pode pedir demais.”
Sl.81:11 11. Meu povo. Ver com. do v. 8. O discurso principal é retomado a partir do v. 7.Não Me quis escutar. Ver Dt 32:15, 18; SI 78:10, 41, 56; cf. 2Rs 17:14; 2Cr 36:15, 16; Ez 20:8; Os 9:17.
Sl.81:12 12. Deixei-o. O Espírito de Deus não age para sempre no homem (ver Gn 6:3). Quando o ser humano persiste na rebelião e na dureza de coração, Deus permite que siga seu caminho e sofra as consequências de suas escolhas. O governo de Deus é baseado no livre-arbítrio moral. Deus não força a vontade. Ele adverte a pessoa de que a desobediência traz a ruína, mas não impede suas escolhas obstinadas.
Sl.81:13 13. Meu povo. Ver com. do v. 8. O discurso muda a direção: do Israel do passado passa para o Israel atual, mostrando quais seriam os resultados da fiel obediência aos mandamentos de Deus.Tivesse ouvido (ARC). Melhor seria “escutasse” (ARA).Andasse. Ver Dt 5:29; 32:29; Is 48:18; Lc 19:42. “De todas as lamentáveis palavras escritas ou faladas, as mais dolorosas são estas: ‘Poderia ter sido!’” (John Greenleaf Whittier, “Maud Muller”).
Sl.81:14 14. Eu, de pronto, lhe abateria. Melhor seria: “com rapidez Eu subjugaria” (NVI). O apelo é feito para o Israel da época do salmista. Arrependimento e obediência são o preço pela libertação do inimigo.
Sl.81:15 15. Ter-se-lhe-iam sujeitado (ARC). De preferência, “se lhe submeteríam” (ARA).O tempo dele (ARC). Isto é, da nação.
Sl.81:16 16. Eu o sustentaria. Melhor seria “Ele o sustentaria” (KJV). Mudanças repentinas de sujeito (de “eu” para “ele”) são frequentes na poesia hebraica (ver SI 22:26).Mais fino. Literalmente, “gordura” (ver Dt 32:14; SI 147:14). Quando Deus concede Seus dons, Ele escolhe o melhor. Não há mesquinhez na generosidade do Pai.Mel que escorre da rocha. O melhor e mais puro mel, armazenado pelas abelhas na rocha montanhosa (ver Dt 32:13).Salmo 82Salmo de Asafe.Introdução — O Salmo 82 é a acusação de Deus aos juizes injustos que dominavam sobre Israel. Possivelmente foi composto num período em que havia muita deslealdade e corrupção na administração da justiça. O salmo é dividido em três partes: (1) Deus é introduzido como Supremo Juiz (v. 1); (2) Deus denuncia os juizes injustos e os julgamentos corruptos (v. 2-7); e (3) o salmista implora que Deus Se levante para julgar (v. 8). O salmo tem lições para todos os filhos de Deus com referência às relações mútuas. O Salmo 58, com um tema similar e uma abordagem diferente, e Isaías 3:13 a 15 são valiosos comparativos no estudo deste curto e impressionante salmo. A experiência de Josafá também merece estudo (ver 2Cr 19:8-11; PR, 197, 198).Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.82:1 "Introdução — O Salmo 82 é a acusação de Deus aos juizes injustos que dominavam sobre Israel. Possivelmente foi composto num período em que havia muita deslealdade e corrupção na administração da justiça. O salmo é dividido em três partes: (1) Deus é introduzido como Supremo Juiz (v. 1); (2) Deus denuncia os juizes injustos e os julgamentos corruptos (v. 2-7); e (3) o salmista implora que Deus Se levante para julgar (v. 8). O salmo tem lições para todos os filhos de Deus com referência às relações mútuas. O Salmo 58, com um tema similar e uma abordagem diferente, e Isaías 3:13 a 15 são valiosos comparativos no estudo deste curto e impressionante salmo. A experiência de Josafá também merece estudo (ver 2Cr 19:8-11; PR, 197, 198). 1. Deus. Do heb. 'Elohim (ver vol. 1, p. 148, 149).Assiste. Ou, “toma o Seu lugar” (NTLH), como numa convocação ou reunião em assembléia.Poderosos (ARC). Do heb. ’El, “Deus” (ver vol. 1, p. 171). A “congregação dos poderosos [Deus]” pode se referir a Israel como um todo (ver Nm 27:17; 31:16; ]s 22:16, 17) ou, de acordo com o contexto, à reunião de magistrados a quem Deus delegou a autoridade de administrar a justiça.Deuses. Do heb. 'elohim, possivelmente “juizes” neste verso, assim como na tradução de 'elohim em Exodo 21:6; 22:8 e 9. Os juizes podem ser chamados de elohim no sentido de que são representantes da soberania de Deus (ver Ex 7:1)."
Sl.82:2 2. Até quando [...]? Deus, o juiz soberano, fala aos juizes de Israel.Tomareis partido. Em Israel era proibido mostrar parcialidade por causa de circunstâncias ou posição (ver Lv 19:15; Dt 1:17; At 10:34).Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.82:3 3. Fazei justiça. Comparar com Is 1:23; Jr 5:28.Procedei retamente. Eles deviam não apenas ouvir os casos, mas ser justos nas decisões.
Sl.82:4 4. Tirai-os. Ou, "libertem-nos’’ (NVI).
Sl.82:5 5. Eles nada sabem. Este verso parece ser uma observação incidental do salmista, fazendo uma ilustração vivida da acusação divina aos juizes injustos (ver SI 53:4; 73:22).Em trevas. Recusando conhecer a Deus, eles estão desqualificados para a tarefa divinamente imposta de julgar justamente (ver Pv 2:13; Jo 3:19).Vacilam. Quando juizes injustos administram a lei, os fundamentos do governo moral cambaleiam e caem. O governo terreno, que deveria refletir o governo de Deus, se torna em anarquia.Fundamentos da terra. Neste verso,possivelmente os princípios fundamentais do governo moral.
Sl.82:6 6. Deuses. Do heb. elohim (ver com. do v. 1; para o uso que o Salvador fez deste verso, ver Jo 10:34-38).
Sl.82:7 7. Homens. Do heb. adam, “humanidade” (ver com. de Gn 1:26 e SI 8:4).Príncipes. Pessoas de posição elevada. Embora fossem chamados elohim (ver com. dos v. 1, 6), eles morreríam por causa de sua infidelidade.
Sl.82:8 8. Levanta-Te. Comparar com SI 3:7.Herança de todas as nações. Nas palavras de João: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do Seu Cristo” (Ap 11:15; ct. Dn 2:44, 45).Salmo 83Cântico, Salmo de Asafe.petuamente; perturbem-se e pereçam. Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra.Introdução — O Salmo 83 faz um veemente apelo a Deus com relação à libertação de Israel e a permanência da nação santa. Formou-se uma conspiração de nações contra Israel. Possivelmente a união de Moabe, Amom e Edom na época de Josafá esteja especificamente mencionada neste Salmo (ver 2Cr 20; PR, 200). A mensagem se aplica a qualquer período em que os filhos de Deus fossem assediados por uma coalizão de inimigos e precisassem do auxílio divino. Este é um dos salmos imprecatórios (ver p. 703). Diz-se que, durante a Guerra dos Bôeres, Kruger usou estes versos com frequência tanto no parlamento como para enviar seus oficiais à batalha.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.83:1 "Introdução — O Salmo 83 faz um veemente apelo a Deus com relação à libertação de Israel e a permanência da nação santa. Formou-se uma conspiração de nações contra Israel. Possivelmente a união de Moabe, Amom e Edom na época de Josafá esteja especificamente mencionada neste Salmo (ver 2Cr 20; PR, 200). A mensagem se aplica a qualquer período em que os filhos de Deus fossem assediados por uma coalizão de inimigos e precisassem do auxílio divino. Este é um dos salmos imprecatórios (ver p. 703). Diz-se que, durante a Guerra dos Bôeres, Kruger usou estes versos com frequência tanto no parlamento como para enviar seus oficiais à batalha. 1. Não Te cales. Ver SI 28:1; cf. Is 62:7. O salmista sabe que, se o povo de Deus deve ser salvo na crise, Deus não deve manter silêncio. A impetuosa sucessão de frases curtas é a linguagem de súplica em tempos de necessidade extrema."
Sl.83:2 2. Que Te odeiam. Comparar com SI 81:15.
Sl.83:3 Sem comentário para este versículo
Sl.83:4 4. Risquemo-los. Este verso indica a presença de uma trama bem elaborada por parte das nações vizinhas para riscar a Israel dentre as nações, possivelmente com a intenção de repartir a terra entre eles mesmos (ver 2Cr 20:11; SI 138:7).Não haja mais memória. Comparar com Dt 32:26; SI 34:16; 109:13. Sempre foi desejo de Satanás destruir a igreja de Deus.
Sl.83:5 5. Concordemente. Ver SI 2:2.
Sl.83:6 6. Tendas. Neste verso, esta palavra tem o sentido de “habitantes de tendas” (figura de metonímia). A palavra descreve bem a vida nômade das tribos árabes.Os v. 6 a 8 mencionam a conspiração das nações. Já que não há evidência histórica deque todas aquelas nações se aliaram contra Israel, é melhor entender esta lista de povos no contexto do propósito da poesia. A aglomeração desse formidável conjunto de inimigos reforça o tom da crise, enfatizando o perigo que Israel corria nas mãos dos inimigos que lhes faziam fronteira. Cercado por nações inimigas, o único recurso de Israel era Deus. As vezes, Ele tira todos os auxílios materiais dos seres humanos para que aprendam a confiar nEle.Hagarenos. Um povo nômade que viveu a leste de Gileade e lutou com os israelitas na época de Saul (ver lCr 5:10, 19-22). Israel os derrotou e ocupou a terra.
Sl.83:7 7. Gebal. Possivelmente a região montanhosa ao norte de Edom (ver Josefo, Antiguidades, ii. 1.2).Amaleque. Povo que viveu ao sul da Palestina, entre a Idumeia e o Egito. Era um povo antigo, inimigo inveterado de Israel. Contrariando a ordem de Deus para destruir completamente os amalequitas, Saul poupou o rei deles, Agague (ver ISm 15:8-23), e foi rejeitado como rei.
Sl.83:8 8. Assíria. Os assírios, que ocupavam a parte central do vale do rio Tigre (ver com. de Gn 10:22).Filhos de Ló. Moabe e Amom (ver Gn 19:37, 38; Dt 2:9, 19). Estas nações utilizaram o “braço” de outras nações para realizar seu nefasto plano de exterminar Israel.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.83:9 9. Midianitas. Alusão à vitória de Gi- deão sobre os midianitas (ver Jz 7—8), que foi considerada como uma das mais gloriosas vitórias da história de Israel (ver Is 9:4; 10:26).Sísera. A história da derrota do exército de jabim e da morte de Sísera pelas mãos de Débora está relatada em juizes 4 e é celebrada numa sublime poesia em Juizes 5.Quisom. Ver com. de Jz 4:13.
Sl.83:10 10. Pereceram em En-Dor. Ver com. de ISm 28:7.Adubo. Seus cadáveres fertilizaram o solo (ver 2Rs 9:37).
Sl.83:11 11. Orebe. Orebe e Zeebe foram príncipes de Midiã mortos pelos efraimitas subordinados a Gideão (ver Jz 7:25).Zeba. Zeba e Zalmuna foram reis de Midiã, mortos por Gideão (ver Jz 8:5, 21). A matança em Midiã deve ter sido terrível porque Isaías a menciona juntamente com a destruição dos egípcios no Mar Vermelho como símbolo da destruição que ocorreria às hostes de Senaqueribe (Is 10:26).
Sl.83:12 12. Habitações. Do heb. neoth, também "casas” (ACF) ou, “pastagens” (NVI). As nações inimigas conspiraram para anexar a terra onde Deus habitava entre Seu povo.
Sl.83:13 13. Remoinho. Do heb. galgai, geralmente, “roda”, embora galgai pareça também ter sido usado para o caule seco de um cardo em forma cilíndrica (ver Is 17:13). A oração é para que o inimigo seja expulso e completamente destruído, como a bola de capim seco é impulsionada pelo vento.Aresta (ACF). Ou, “palha” (ARA) (ver SI 1:4). Estes objetos descrevem o que é frívolo e sem valor (Jó 13:25; Ml 4:1), que serve apenas para a destruição.
Sl.83:14 14. Como o fogo. Comparar com Is 9:18; 10:17, 18; Zc 12:6.Montes. Isto é, a vegetação que cresce nas montanhas.
Sl.83:15 15. Persegue-os. Comparar com
Sl.83:16 16. Enche-lhes o rosto. O desapontamento e a confusão geralmente são demonstrados no rosto.Busquem o Teu nome. Ver com. de SI 5:11; 7:17. A oração do salmista não é para que os inimigos de Israel soíram, mas para que, por meio dos acontecimentos que Deus permite que lhes sobrevenham, eles O reconheçam e se voltem para Ele como seu Deus. O salmista compreendia que a humilhação deles resultaria em submissão à vontade de Deus.
Sl.83:17 17. Sejam [...] confundidos. O salmista ora para que os inimigos de Israel sejam humilhados e trazidos à beira da destruição, para que se voltem para Deus com sinceridade (ver Is 37:20).
Sl.83:18 18. E reconhecerão. Referindo-se às nações confederadas.Cujo nome é Senhor. Ou, “cujo nome é Yahweh”. Ver com. de Ex 6:3.Altíssimo. O salmista ora pela iminente destruição dos inimigos de Israel, não com um espírito pessoal de vingança, mas para deixar evidente que Yahweh é o supremo governante do mundo. O propósito do julgamento é que as pessoas conheçam a Deus. O salmista encerra suas considerações com esta extraordinária observação.Salmo 84Ao mestre de canto, segundo a melodia “Os lagares”. Salmo dos filhos de Corá.manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.Introdução — O Salmo 84 foi composto por Davi, o “ungido” do Senhor (v. 9; 14. 534), talvez enquanto esteve exilado de Jerusalém. Esta é uma expressão lírica passional de devoção e amor pela casa de Yahweh e Seu culto. O salmo parece descrever a felicidade daqueles que habitam nos arredores sagrados (v. 1-4, 9-11); a felicidade daqueles que peregrinam até o santuário (v. 5-8) e a felicidade daqueles que contiam em Deus apesar de serem privados do privilégio de cultuá-Lo em Sua casa. A qual idade deste poema é reforçada pelo ritmo melancólico que molda as linhas hebraicas. São mais que pessoais os sentimentos desta requintada composição sacra. Tratam-se dos sentimentos mais profundos de um filho de Deus que, privado do privilégio de comunhão com companheiros crentes, ansiava pela companhia de seus irmãos na adoração coletiva a Deus. O Salmo 84 pode ser comparado ao Salmo 42. Diz-se que Isabel Alison e iVíarionHarris, participantes de um movimento político-religioso escocês, de fé presbiteriana, do século 17, cantaram as palavras do Salmo 84 na música “Mártires”, enquanto se dirigiam para o cadafalso.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 708.
Sl.84:1 "Introdução — O Salmo 84 foi composto por Davi, o “ungido” do Senhor (v. 9; 14. 534), talvez enquanto esteve exilado de Jerusalém. Esta é uma expressão lírica passional de devoção e amor pela casa de Yahweh e Seu culto. O salmo parece descrever a felicidade daqueles que habitam nos arredores sagrados (v. 1-4, 9-11); a felicidade daqueles que peregrinam até o santuário (v. 5-8) e a felicidade daqueles que contiam em Deus apesar de serem privados do privilégio de cultuá-Lo em Sua casa. A qual idade deste poema é reforçada pelo ritmo melancólico que molda as linhas hebraicas. São mais que pessoais os sentimentos desta requintada composição sacra. Tratam-se dos sentimentos mais profundos de um filho de Deus que, privado do privilégio de comunhão com companheiros crentes, ansiava pela companhia de seus irmãos na adoração coletiva a Deus. O Salmo 84 pode ser comparado ao Salmo 42. Diz-se que Isabel Alison e iVíarion Harris, participantes de um movimento político-religioso escocês, de fé presbiteriana, do século 17, cantaram as palavras do Salmo 84 na música “Mártires”, enquanto se dirigiam para o cadafalso. 1. Amáveis. Ou, “agradável” (NVI).Tabernáculos. Literalmente, “lugar daTua habitação” (NVI)."
Sl.84:2 2. Minha alma suspira. Tal sinceridade e fervor deveríam caracterizar a oração dos cristãos (ver T4, 534).Clamam (ARC). Do heb. ranan, geralmente “aclamar” (ver SI 98:4).Deus vivo. Uma distinção dos ídolos, que estão mortos (ver SI 42:2). Estes são os únicos versos no livro dos Salmos em que ocorre a expressão “Deus vivo” (cf. Js 3:10; Os 1:10). No NT, a expressão “Deus vivo” ocorre com frequência (ver Alt. 16:16; Jo 6:69; At 14:15; Rm 9:26; 2Co 3:3; Hb 3:12; Ap 7:2; etc.).
Sl.84:3 3. Pardal. O pardal e a andorinha são aves comuns na Palestina.Teus altares. O santuário, numa figura de metonímia. O sentido geral deste verso, cuja conclusão o poeta somente insinua, é que até as aves têm livre acesso aos recintos sagrados do santuário, e seus ninhos ali não são perturbados. Enquanto isso, o salmista está exilado da fonte de sua alegria, e lhe é negado o privilégio de adorar no recinto sagrado. O nostálgico apelo deste verso é uma das mais belas expressões de saudade em toda a esfera da literatura. A ideia é enfatizada no v. 10.
Sl.84:4 4. Bem-aventurados. Ver com. do SI 1:1. A primeira bênção é concedida àqueles que habitam nos recintos sagrados (ver ICr 9:19 26.4; observar a pertinência da inscrição do salmo). O salmista inveja os que devotam a vida ao serviço do santuário.Louvam-Te perpetuamente. O santuário é um local de oração contínua, uma antecipação do Céu.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.84:5 5. Bem-aventurado. Ver com. do SI 1:1. A segunda bem-aventurança é concedida àqueles que guardam Deus no coração enquanto peregrinam para Jerusalém (ver v. 4, 12) no período das grandes festas nacionais.Força. Feliz é a pessoa que percebe que Deus é a fonte de sua força (ver v. 7).Caminhos. Do heb. mesilloth, “estradas”. Tem-se sugerido a seguinte interpretação para esta passagem: é feliz a pessoa que medita nos caminhos que levam ao santuário, que se prepara para viajar neles, que decide fazer a peregrinação a Jerusalém e adorar no santuário. A cada peregrinação ela antecipa os pontos de referências familiares naquela estrada e posteriormente, cada passo do caminho fica gravado em sua memória.
Sl.84:6 6. Baca (ARC). Do heb. baka. O sentido da palavra é duvidoso. Em outro lugar baka é traduzida como “amoreira”, mas a identificação botânica exata é incerta (ver com. de 2Sm 5:23). A LXX e a Vulgata traduzem afrase “vale de Baca” como “vale de lágrimas”. Com fé, esperança e alegria, os peregrinos transformaram o “vale de lágrimas” em “um manancial”. Esta é uma bela ilustração do efeito da religião verdadeira, que espalha júbilo e conforto onde antes havia apenas tristeza e dificuldades (ver Is 35:1, 2, 6, 7).Um manancial. Os verdadeiros peregrinos a caminho da Sião celestial abrem fontes no deserto para aqueles que os seguem.Os cristãos sempre tornaram o mundo um lugar melhor para se viver. Se o coração está bem com Deus, dele deve fluir refrigério até mesmo para as experiências ruins.De bênçãos o cobre, O poeta vê o solo árido coberto com poças de água.As bênçãos de Deus repousam sobre tudo que os peregrinos contemplam porque o coração deles está cheio de alegria enquanto viajam.A prisão de Bedford, onde John Bunyan esteve encarcerado, tornou-se uma fonte de bênção a outros por causa do livro O Peregrino.A experiência de Florence Nightingale com febre, germes e gangrena resultou numa revolução no atendimento hospitalar.
Sl.84:7 7. De força em força. Não há fadiga sem fim na jornada destes peregrinos. Eles (g são atraídos pela alegre antecipação de adorar em Sião. Cada exercício de força na jornada acrescenta-lhes vitalidade e revigora as forças para o estágio de peregrinação seguinte (ver Is 40:31; Jo 1:16; Rm 1:17; 2Co 3:18). Aqui está uma graciosa ilustração da vida dos cristãos que caminham juntos para a nova Jerusalém: por meio de oração, conforto mútuo e motivando-se mutuamente durante o percurso, fortalecem a fé em Deus e tornam mais fácil o caminho ao se aproximarem da cidade (ver Hb 10:25; T5, 93).Aparece diante de Deus. A peregrinação foi terminada com êxito.
Sl.84:8 8. Escuta-me. Ver SI 20:1.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.84:9 9. Escudo. Como demonstrado por uma comparação com o idioma ugarítico (ver p. 697), magen pode ser um verbo com o sentido de “implorar”. A frase pode ser traduzida como: “Nós imploramos, olha, ó Deus.”Teu ungido. Ver ISm 16:1; 2Sm 22:51; SI 89:20. Davi ora para que Deus olhe para ele com benevolência (ver SI 119:132). Neste verso, há extrema delicadeza na mudança para a terceira pessoa.
Sl.84:10 10. Vale mais que mil. Davi preferia passar um único dia no átrio do santuário do que mil dias em qualquer outro lugar. A afirmação de Davi é especialmente pungente, já que ele estava no exílio quando compôs o salmo. O verdadeiro filho de Deus sempre se deleita em participar na adoração a Ele.Estar à porta. O salmista preferia ser um funcionário do santuário a desfrutar a honra entre os ímpios, longe de Deus e do templo.
Sl.84:11 11. Sol. Deus é a fonte da vida, material e espiritual (ver Sl 27:1; Is 60:19, 20; Ml 4:2; Ap 21:23; 22:5 ). A expressão “Sol da justiça” é aplicada ao Messias (Ml 4:2).Escudo. Ver com. do Sl 3:3; cf. GC, 673.Graça e glória. O cristão encontra graça interior aqui, no reino da graça, e glória externa lá, no reino da glória (ver Ap 21:11, 24).Nenhum bem. Ver Sl 34:10; ICo 2:9; Ef, 3:20; Fl 4:19.
Sl.84:12 12. Feliz. Ver com. de Sl 1:1. A terceira e última bênção do salmo recai sobre aqueles que, privados do privilégio de habitar nos átrios de Deus ou de peregrinar até o santuário, adoram ao Senhor com os olhos da fé, em espírito e em verdade (ver Jo 4:20- 24), confiando nEle completamente. Esta bênção é a experiência fundamental daqueles que confiam em Deus para a salvação pessoal (comparar com os ensinos do apóstolo Paulo sobre este assunto em Gl 2:20).RC, 71; Tl, 179; T2, 405; T5, 93; T9, 200 11 - GC, 673; CBV, 481;MCH, 102; MJ, 123; CG, 72; HR, 102, 429; Tl, 120; T9, 75Salmo 85Ao mestre de canto. Salmo dos filhos de Corá.Introdução — O Salmo 85 consiste num agradecimento pelo livramento de Israel das mãos de seus opressores (v. 1-3); uma oração por restauração completa (v. 4-7) e um prenuncio da resposta à oração do salmista na concessão de bênçãos materiais e espirituais. Não há evidência suficiente para datar o salmo. Dentre as personificações do livro dos Salmos estão as vividas imagens apresentadas no Salmo 85:10 a 13. Diz-se que este salmo era o favorito de Ol iver Cromwell.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.85:1 "Introdução — O Salmo 85 consiste num agradecimento pelo livramento de Israel das mãos de seus opressores (v. 1-3); uma oração por restauração completa (v. 4-7) e um prenuncio da resposta à oração do salmista na concessão de bênçãos materiais e espirituais. Não há evidência suficiente para datar o salmo. Dentre as personificações do livro dos Salmos estão as vividas imagens apresentadas no Salmo 85:10 a 13. Diz-se que este salmo era o favorito de Ol iver Cromwell. 1. Favoreceste. Deus ficou satisfeito em transformar as calamidades dos judeus em bênçãos. A afirmação implica que o salmista notava que houve tempos em que Deus não foi benevolente (ver Si 77:7-9)."
Sl.85:2 2. Perdoaste. O cativeiro ocorreu em consequência do pecado; a remissão da punição era considerada evidência de que Deus havia perdoado o pecado nacional.Encobriste. Ver com. de SI 32:1.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.85:3 Sem comentário para este versículo
Sl.85:4 4. Restabelece-nos. Misericordiosamente Deus Se voltou para Seu povo. A oração do salmista é que Deus leve Seu povo ao arrependimento. O ser humano não consegue fazer isso por si mesmo, precisa da graça de Deus (ver SI 80:3, 7, 19).Deus da nossa salvação. Ver SI 27:9; 51:14.Retira. Verbalmente, esta afirmação parece contradizer a declaração do v. 3, mas deve ser entendida como se referindo aos efeitos da ira de Deus. O cativeiro terminou, mas a terra ainda estava desolada.
Sl.85:5 5. Por todas as gerações? Literal- mente, “de geração a geração”.
Sl.85:6 6. Não tornarás [...]? Somente Deus pode vivificar Seu povo.Vivifícar-nos. Esdras orou por “um pouco de vida na nossa servidão” (Ed 9:8).Em Ti Se regozije. Não somente em bênçãos terrenas, mas em Deus, o doador de todas as coisas. O reavivamento da religião traz regozijo (ver Ne 12:27).
Sl.85:7 Sem comentário para este versículo
Sl.85:8 8. Escutarei. O salmista orou expressando sua tristeza; em seguida, ele aguarda com calma uma resposta de paz. O que Deus nos diz é mais importante do que o que dizemos a Ele.Paz. Do heb. shalom. Poucas palavras hebraicas são tão confortantes em sua conotação como a palavra “paz” (ver Nm 6:26; SI 29:11; 72:3, 7; 122:6-8; Is 9:6, 7; Zc 6:13).Santos. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36). Os chasidim demonstram seu amor por Deus em seu modo de viver, e Deus lhes mostra Seu amor (ver SI 4:3).Loucura (ARC). Se, depois do livramento, Israel se tornasse insensato novamente, sua destruição seria pior (ver Mt 12:45; Jo 5:14). A LXX traduz esta expressão como “para aqueles que voltam o coração a Ele”.
Sl.85:9 9. Glória. Este verso trata do retorno da glória e da prosperidade terrenas, como no passado.
Sl.85:10 10. A graça e a verdade. O extraordinário exemplo de paralelismo sinonímico apresentado neste verso une em cada frase os dois principais atributos do caráter de Deus (ver SI 25:10; 72:3). E m pitorescas figuras de personificação, todo o plano da salvação é sintetizado (ver T5, 633; PP, 349; DTN, 762).A justiça e a paz se beijaram. Justiça e perdão, aparentemente alienados um do outro, se abraçam como amigos dedicados (ver DTN, 762).
Sl.85:11 11. Olhará desde os céus (ARC). Para encontrar a “verdade” (cf. SI 85:10; ís 45:8).
Sl.85:12 12. Bom. Ver SI 84:11.
Sl.85:13 13. Irá adiante dEle. Ver Is 58:8. A justiça é personificada como preparando o caminho para a restauração ao favor divino (ver Mt 3:3).Transforma em caminhos. A justiça, como nm mensageiro, prepara o caminho de Yahweh, que traz salvação ao Seu povo.Salmo 86Oração de Davi.Introdução — O Salmo 86 é de grande beleza e suavidade, impregnado de um espírito de piedade. Não apresenta claras linhas de progressão de pensamento, mas uma sucessão intercalada de exclamações de petição, louvor e gratidão. Suas características básicas sugerem variadas disposições de ânimo: súplica, penitência, confissão de fé e louvor. O salmo é notável por apresentar razões para orar e pela certeza da resposta às orações.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 704.
Sl.86:1 "Introdução — O Salmo 86 é de grande beleza e suavidade, impregnado de um espírito de piedade. Não apresenta claras linhas de progressão de pensamento, mas uma sucessão intercalada de exclamações de petição, louvor e gratidão. Suas características básicas sugerem variadas disposições de ânimo: súplica, penitência, confissão de fé e louvor. O salmo é notável por apresentar razões para orar e pela certeza da resposta às orações. 1. Aflito e necessitado. O desamparo do ser humano é o motivo do apelo ao grande Auxiliador (ver SI 40:17; cf. SI 9:18; Lc 18:10-14; ver com. de Mt 5:3)."
Sl.86:2 2. Piedoso. Do heb. chasid (ver Nota Adicional ao Salmo 36). Assim como a criança espera que seus pais a ajudem, o salmista espera o auxílio divino.Em Ti confia. Comparar com SI 34:22; 37:40; 57:1.
Sl.86:3 Sem comentário para este versículo
Sl.86:4 4. Alegra. A oração do salmista ultrapassa o pedido de alívio e de alegria interior (ver SI 16:11).
Sl.86:5 5. Abundante em benignidade.Comparar com Ex 34:6, 7; SI 86:15. O salmista baseia seu apelo por auxílio nos atributos essenciais do caráter de Deus.
Sl.86:6 Sem comentário para este versículo
Sl.86:7 7. Porque me respondes. O salmista está certo de que Deus ouve e misericordiosamente responde às orações.
Sl.86:8 8. Não há [...] semelhante a Ti. Ver Êx 15:11; cf. Is 40:18, 25.Entre os deuses. Comparar com SI 89:6; 95:3.Que se compare às Tuas obras. VerDt 3:24. Uma vez que em caráter e poder Deus não pode ser comparado com os falsos deuses, o salmista argumenta que Deus pode livrá-lo de suas aflições.
Sl.86:9 9. Todas as nações. Ver SI 22:27; 66:4; 72:11, 17; 82:8; Is 66:18, 23. O verso vai além de uma simples esperança pessoal,porque reconhece um movimento missionário mundial.Glorificarão o Teu nome. As nações pagãs abandonarão seus falsos deuses e adorarão ao verdadeiro Deus.
Sl.86:10 10. Operas maravilhas. Ver SI 72:18; 77:13, 14; cf. SI 83:18.Só Tu és Deus. Ver Dt 6:4; 32:39; cf. 2Rs 19:15; Is 37:16; ICo 8:4.
Sl.86:11 11. Ensina-me. Ver SI 25:4; 27:11; 119:33. O caminho do Senhor não pode ser conhecido intuitivamente; as pessoas devem ser ensinadas enquanto se sentam aos pés de Deus e aprendem as lições que a vida oferece.Na Tua verdade. Somente quando se é ensinado por Deus é que se pode caminhar em Sua verdade (ver SI 26:3).Dispõe-me o coração. Comparar com Dt 6:5; 10:12; Jr 32:39; Mt 6:21-23. O salmista ora por unidade de propósito. Sem permitir interferências, ele ora com propósito (ver SI 57:7). A frase antecipa as palavras: “de todo o meu coração" do v. 12. Um coração dividido nunca consegue prestar um serviço aceitável a Deus (ver com. de Mt 6:24).
Sl.86:12 12. Coração. Ver com. do v. 11.Glorificarei. Ver SI 9:1; 145:1, 2.
Sl.86:13 13. Tua misericórdia. Ver SI 57:10; 103:11.Livraste. Ver SI 56:13; 116:8.Alma. “Eu" (ver com. de SI 16:10).Sepultura. Do heb. skeol (ver com. de Pv 15:11). Nesta hipérbole, o salmista expressa a tristeza e o horror da condição da qual Deus o livrou (ver Dt 32:22).
Sl.86:14 14. Os arrogantes. Comparar com SI 54:3; 119:51, 69, 85, 122.Não Te consideram. Os ímpios não têm consideração por Deus nem respeito por Sua presença na vida deles (ver SI 10:4).
Sl.86:15 15. Deus compassivo. O salmista apela a Deus com base no Seu glorioso caráter (ver com. do v. 5). Por causa danatureza de Seu caráter, Deus não abandona uma pessoa em necessidade. Esta fala introduz a fervorosa oração registrada nos v. 16 e 17.
Sl.86:16 16. Volta-Te. Ver SI 85:3, 4; cf. SI 25:16.Tua força. Comparar com Sl 71:16; 2Co 12:9.O filho da Tua serva. Alusão do profeta à sua mãe (ver Sl 116:16; cf. 2Tm 1:5). O salmista tem esperança de que Deus se lembrará e responderá às orações de uma piedosa mãe.
Sl.86:17 17. Um sinal. O salmista ora por alguma evidência de que Deus está lidando com ele por bondade, para que mesmo seus inimigos reconheçam que Deus está ao seu lado.Do Teu favor. Comparar com Ne 5:19; 13:31; Jr 21:10; 24:6; 44:27.E se envergonhem. Ver Sl 6:10; 119:78. Se a libertação ocorresse, seria prova de que Deus estava ao lado do salmista e contra seus inimigos.E me consolas. O salmo encerra com uma declaração de satisfação.Salmo 87Salmo dos filhos de Corá. Cântico.com Etiópia; lá, nasceram.Introdução — Alguns comentaristas vêm neste salmo uma representação da cidade de Sião como a capital do reino universal de Deus e pessoas de todas as nações se tornando cidadãs dela. E discutível se a linguagem obscura deste salmo pode ser interpretada desta forma (ver com. do v. 4). O poema tem duas estrofes curtas com três versos cada, seguidas por uma conclusão lírica de apenas um verso.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.87:1 "Introdução — Alguns comentaristas vêm neste salmo uma representação da cidade de Sião como a capital do reino universal de Deus e pessoas de todas as nações se tornando cidadãs dela. E discutível se a linguagem obscura deste salmo pode ser interpretada desta forma (ver com. do v. 4). O poema tem duas estrofes curtas com três versos cada, seguidas por uma conclusão lírica de apenas um verso. 1. Seu fundamento (ARC). Isto é, Sião, o local que Deus fundou e onde Ele “habita” (ver Is 14:32).Montes santos. Jerusalém está cercada de montanhas. Na própria cidade estão os montes Sião e Moriá (ver com. de Sl 48:2; cf. Sl 133:3)."
Sl.87:2 2. Portas de Sião. Era nos portões da cidade que ocorriam as transações de negócios, realizavam-se os julgamentos e se sentia a vibração da atividade humana (ver Sl 9:14; 122:2; ís 29:21). Figuradamente,“os portões” representam toda a cidade. Deus contemplava com grande prazer as multidões entrando em Sião pelos portões.Habitações. Talvez os vários lugares onde viveram os judeus, ou especificamente os vários lugares onde a arca repousou antes que fosse levada a Jerusalém por Davi.
Sl.87:3 3. Cidade de Deus. Ver SI 46:4; 48:1.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.87:4 4. Raabe. Uma descrição poética do Egito (ver Is 30:7, AA). O contexto, unindo “Raabe” a “Babilônia”, clarifica a referência ao Egito: as duas nações eram de igual modo orgulhosas e arrogantes em seu antagonismo a Israel.Filístia e Tiro. Ver SI 83:7; cf. SI 68:31.Lá, nasceram. Alguns comentaristas argumentam que o advérbio “lá” designa Sião, daí a interpretação de que representa a Sião como a capitai de um reino universal (ver introdução ao SI 87). Parece mais natural aplicar o advérbio aos lugares mencionados no contexto imediatamente anterior: Egito, Babilônia, Filístia, Tiro e Etiópia. Esta aplicação é claramente vista na seguinte paráfrase do v. 4: “Mencionareio Egito e Babilônia aos meus amigos íntimos; olhe para a Filístia, Tiro ou mesmo para a Etiópia. Fulano de tal nasceu ali.” O salmista parece enfatizar que, acima do afetuoso patriotismo dos nativos destas terras, está o privilégio de ser um nativo de Sião. Todo o salmo parece um grande elogio à cidade santa como local de nascimento.
Sl.87:5 5. Nela. A cidadania em Sião é apresentada como um privilégio supremo.Estabelecerá. Ver SI 48:8.
Sl.87:6 6. Ao registrar. Uma linda imagem ressaltando ainda mais o estimado privilégio de ser contado como alguém que nasceu em Sião.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.87:7 7. Saltando de júbilo. Do heb. chole- lim, “dançarinos” (sobre a dança como elemento na adoração religiosa, ver Ex 15:20; ver com. de 2Sm 6:14).Todas as minhas fontes. O poeta inglês John Milton assim parafraseou este verso:“Os que cantam e os que dançamCanções sacras entoam ali;Em Ti os ribeiros e os riachos brilham,E todas as minhas fontes ficam límpidas.”Salmo 88Cântico. Salmo dos filhos de Corá. Ao mestre de canto. Para ser cantado com citara. Salmo didático de Hemã, ezraíta.maravilhas? E a Tua justiça, na terra do esquecimento?Introdução — O Salmo 88 tem sido considerado como o mais triste e depressivo do livro dos Salmos. Atribuído a Davi (PR, 341), foi composto num período de sofrimento físico e mental. Nele não há um único raio de esperança, com exceção da frase: “Ó Senhor, Deus da minha salvação.” E um longo gemido de tristeza, concluindo com a palavra “trevas”. Neste salmo, Davi sofreu, temeu a morte, orou por auxílio, mas não manifestou expectativa de receber resposta à sua oração. Contudo, ele manteve a serenidade para com Deus e continuou a orar com a fé simples de que Deus o ouviria (v. 1, 2, 9, 13).> Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.88:1 "Introdução — O Salmo 88 tem sido considerado como o mais triste e depressivo do livro dos Salmos. Atribuído a Davi (PR, 341), foi composto num período de sofrimento físico e mental. Nele não há um único raio de esperança, com exceção da frase: “Ó Senhor, Deus da minha salvação.” E um longo gemido de tristeza, concluindo com a palavra “trevas”. Neste salmo, Davi sofreu, temeu a morte, orou por auxílio, mas não manifestou expectativa de receber resposta à sua oração. Contudo, ele manteve a serenidade para com Deus e continuou a orar com a fé simples de que Deus o ouviria (v. 1, 2, 9, 13). 1. Da minha salvação. Este parece ser o único raio de luz em todo o salmo. Apesar da tristeza esmagadora, Davi confia em Deus como seu Salvador. Um filho de Deus nunca deveria chegar ao ponto de desistir, em desespero."
Sl.88:2 Sem comentário para este versículo
Sl.88:3 3. Males. Ver Jó 10:15; SI 123:4. O tom do salmo lembra as queixas de Jó no primeiro capítulo do livro que leva seu nome.Sepultura (ARC). Do heb. sheol (ver com. de Pv 15:11). O salmista apela aos extremos como razão para que Deus o ouça.Com uma doença terminal, Ezequias suplicaria como Davi (ver PR, 340, 341).
Sl.88:4 4. Cova. Ver com. de SI 28:1.
Sl.88:5 5. Entre os mortos. Isto é, o salmista foi considerado como se estivesse morto.Dos quais já não Te lembras. Em seu pessimismo, o salmista sente que Deus Se esquece da pessoa que dorme o sono da morte.De Tuas mãos. Ou, “de teu poder”, sendo que mão é símbolo de poder.
Sl.88:6 Sem comentário para este versículo
Sl.88:7 7. A Tua ira. Davi considera seu sofrimento como consequência da ira de Deus (ver com. de SI 38:3).Todas as Tuas ondas. Ver com. de SI 42:7.Selá (ARC). Ver com. da p. 709.
Sl.88:8 8. Apartaste. Ver v. 18; cf. Jó 19:13-17; SI 31:11; 38:11; 69:8.Abominação. Isto é, algo detestável e abominável, que deve ser evitado como impuro.Preso. Possivelmente como impuro, ou com suspeitas de estar impuro (ver Lv 13).
Sl.88:9 Sem comentário para este versículo
Sl.88:10 10. Mortos. Do heb. refaim (ver com. de Jó 26:5). Em ugarítico (ver p. 697) rfwm também tem o sentido de “morte”. O salmista parece argumentar com Deus: “Por que Tu me condenas à morte, sendo que Teu poder e Tua bondade não podem ser demonstrados na sepultura?” (ver Jó 10:21, 22)
Sl.88:11 11. Bondade. Cadáveres não apreciam os atributos de Deus. Somente os vivos conseguem louvar a Deus por Seu amor (ver SI 89:1).Abismos. Do heb. ábadon (ver com. de jó 26:6).
Sl.88:12 12. Terra do esquecimento. Umaterra onde os mortos não lembram nem são lembrados.
Sl.88:13 13. Eu [...] clamo. O salmista volta, por assim dizer, à realidade de que ele não está na sepultura, mas está vivo. Embora à beira da sepultura, ele continuará a orar para que Deus venha resgatá-lo.Antemanhã. Ver com. de SI 5:3.
Sl.88:14 14. Minha alma. Ou, "eu” (ver com. de SI 16:10). Sem perceber um grave pecado, ele não consegue entender porque tinha que sofrer tanto.Ocultas de mim. Ver com. de SI 13:1. Parece a Davi que Deus intencional- mente não lhe dava atenção em meio à sua angústia.
Sl.88:15 15. Desde moço. Esta frase pode indicar que o salmista foi ferido na infância e sofreu por muitos anos, ou pode ser uma linguagem hiperbólica sobre uma emoção intensa: seu sofrimento era tão grande quesua lembrança parecia voltar aos tempos da juventude.
Sl.88:16 Sem comentário para este versículo
Sl.88:17 17. Como água. O salmista é como uma pessoa prestes a se afogar (ver SI 42:7).
Sl.88:18 18. Amigo e companheiro. Comparar com o v. 8. O salmista repete sua queixa como uma última nota patética nesta canção. Ele foi abandonado até mesmo por aqueles a quem ele tinha o direito de pedir ajuda e simpatia no sofrimento (ver Jó 19:13-21).E bom observar que, a despeito do desespero mostrado no salmo, Davi reconheceu a Deus como seu Salvador (v. 1); reconheceu também Sua benignidade, fidelidade, poder e justiça (v. 10-12) e continuou a orar (v. 13). Pode-se ter certeza de que, embora o salmo termine em trevas, a luz finalmente rompeu e tudo ficou bem (ver Jó 5:18; 13:15). O salmo é ura exemplo de fé confiante: embora Davi não visse livramento, permanecia firme em Deus.Meus conhecidos. No paralelismo poético do v. 18 estas palavras equivalem a “amigo e companheiro”. Um “conhecido” seria menos íntimo que um “amigo e companheiro”. Outra vez Davi lamenta a perda de amizade mesmo daqueles que não eram seus companheiros íntimos.Salmo 89Salmo didático de Etã, ezraíta.nos céus, dizendo:de outrora, juradas a Davi por Tua fidelidade?introdução — O Salmo 89 tem sido chamado de salmo da aliança. Ele recorda a promessa de que o trono de Davi seria estabelecido eternamente e então expressa preocupação sobre o fato de que Deus aparentemente quebrou a aliança. O salmo se inclina naturalmente em duas partes contrastantes, em que uma mudança abrupta, marcada pela adversativa “mas” (v. 38, ARC), separa os v. 1 a 37 dos v. 38 a 52. Nas duas grandes divisões ocorrem as seguintes idéias: (1) a tônica de louvor (v. 1-4) e exaltação a Deus por Sua grandeza e Suas promessas (v. 15-37); (2) queixa em vista da aparente falha das promessas de Deus (v. 38-45), súplica pelo cumprimento das promessas e restauração do favor de Deus (v. 46-51), doxologia e duplo amém (v. 52).A unidade deste salmo é vista na recorrência das palavras “fidelidade”, “misericórdia” e "benignidade” (v. 1, 2, 5, 8, 14, 24, 28, 33, 49) e da palavra “aliança” (v. 3, 28, 34, 39).Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.89:1 "introdução — O Salmo 89 tem sido chamado de salmo da aliança. Ele recorda a promessa de que o trono de Davi seria estabelecido eternamente e então expressa preocupação sobre o fato de que Deus aparentemente quebrou a aliança. O salmo se inclina naturalmente em duas partes contrastantes, em que uma mudança abrupta, marcada pela adversativa “mas” (v. 38, ARC), separa os v. 1 a 37 dos v. 38 a 52. Nas duas grandes divisões ocorrem as seguintes idéias: (1) a tônica de louvor (v. 1-4) e exaltação a Deus por Sua grandeza e Suas promessas (v. 15-37); (2) queixa em vista da aparente falha das promessas de Deus (v. 38-45), súplica pelo cumprimento das promessas e restauração do favor de Deus (v. 46-51), doxologia e duplo amém (v. 52). A unidade deste salmo é vista na recorrência das palavras “fidelidade”, “misericórdia” e ""benignidade” (v. 1, 2, 5, 8, 14, 24, 28, 33, 49) e da palavra “aliança” (v. 3, 28, 34, 39). 1. Misericórdias. Do heb. chasadim (ver Nota Adicional ao Salmo 36)."
Sl.89:2 2. Fundada. O sal mista parece certo de que, a despeito das aparências, a promessa feita a Davi seria, por fim, realizada. Como um palácio bem construído, ela permanecer ia para sempre.
Sl.89:3 Sem comentário para este versículo
Sl.89:4 4. Tua posteridade. Ver 2Sm 7:12, 13; cf. lRs 2:4; Lc 1:32, 33. Os descendentes literais de Davi falharam, mas as gloriosas promessas feitas a Davi e sua casa secumpriríam em Cristo (ver PP, 754, 755; ver também vol. 4, p. 30-36, paginação lateral).Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.89:5 5. Os Céus. Neste verso, de modo ilustrativo, uma indicação dos habitantes celestiais.Maravilhas. Ver SI 88:10, 12.
Sl.89:6 6. Pois quem [...]? As perguntas retóricas deste verso expressam a idéia de que Deus, o autor da aliança, é supremo sobre todos os outros.Filhos dos poderosos (ARC). Trata-se de uma referência aos anjos, conforme indicado pela sucessão de paralelismos e pelo sentido geral da passagem (ver com. de SI 29:1 cf. SI 103:20).
Sl.89:7 7. Assembléia dos santos. Ou, concilio dos santos, isto é, os anjos (este verso continua o paralelismo iniciado no v. 5).
Sl.89:8 Sem comentário para este versículo
Sl.89:9 9. A fúria do mar. É impressionante o poder de Deus sobre a fúria do mar (ver Jó 38:8-11; SI 65:7; 107:23-30; Mt 8:26, 27). Impressionante também é Seu poder sobre as ondas de dificuldades e aflições que nos sobrevêm. Ele as tranquiliza para que nenhuma onda de pesar perturbe a paz da alma.
Sl.89:10 10. Calcaste. Ver Êx 14:27-31; 15:6; cf. Nm 10:35.Raabe. Nome usado simbolicamente neste verso para representar o Egito (ver com. de SI 87:4).
Sl.89:11 11. Teus são. Comparar com SI 8:3; 24:1, 2; 33:6, 9; 115:16. Deus é o criador e o proprietário.n s
Sl.89:12 12. Tabor. Uma montanha com cerca de 561 m de altitude, 19,2 km a oeste do ponto onde o rio Jordão sai do mar da Galileia (ver com. de Jz 4:6).Hermom. Montanha ao norte da Palestina, com elevação de 2.813 m.
Sl.89:13 Sem comentário para este versículo
Sl.89:14 14. Fundamento. O trono de Deus está estabelecido sobre os princípios de retidão e justiça (ver is 16:5; cf. Sl 97:2).Graça e verdade Te precedem. Ver com. de Sl 85:10; cf. Sl 25:10; 26:3. Aonde quer que Deus vá, Sua graça e verdade O acompanham. Diz-se que depois do assassinato de Abraham Lincoln, quando uma palavra utilizada incorretamente podería ter provocado um massacre, James Garfield gritou para a multidão agitada: “Concidadãos, justiça e julgamento são o fundamento de Seu trono.”
Sl.89:15 15. Bem-aventurado. Ver com. de Sl 1:1.Da Tua presença. Bem-aventuradossão aqueles que desfrutam o brilho da face de Deus (ver Nm 6:25, 26).“Jesus, o próprio pensamento Teu,Suavemente enche meu coração;Mas muito mais doce é ver Tua face,E descansar em Tua presença.”
Sl.89:16 Sem comentário para este versículo
Sl.89:17 17. Glória. A força deles recebe a graça de Deus.Favor. Um símbolo de força (ver com. de Sl 18:2; cf. ISm 2:1; Sl 92:10; 112:9).
Sl.89:18 18. Escudo. Do heb. magen, também traduzido como 'Torça”. Pode ainda ter o sentido de “súplica”, como um estudo do ugarítico indica (ver p. 698). A primeira metade do verso pode ser traduzida como: “Pois o Senhor é nossa súplica.”
Sl.89:19 19. Outrora. Evidentemente se referindo aos eventos registrados em 2 Samuel 7:8 a 17.Em visão. Ver 2Sm 7:4-8.Aos Teus santos. Possivelmente a Natã, a quem foi feita uma revelação (ver 2Sm 7:4, 17).Disseste. Deste verso até o v. 37 o sal- mista lembra a mensagem da visão, não literalmente, mas com um colorido retórico.Concedí o poder de socorrer. Deus capacitou a Davi para as tarefas para as quais fora chamado. As ordens de Deus “são promessas habilitadoras” (PJ, 333).Do meio do povo. Ver ISm 16:1-13. Deus escolheu a Davi dentre o povo comum, não da nobreza. Destaque-se que seu poder provinha de Deus (ver 2Sm 7:8; Sl 78.70-72).
Sl.89:20 20. Encontrei Davi. Ver At 13:22.
Sl.89:21 21. Será firme com ele. Deus auxiliava e protegia a Davi constantemente (ver ISm 18:12, 14; 2Sm 5:10; 7:9).
Sl.89:22 22. Jamais o surpreenderá. Ou, “enganará”.
Sl.89:23 Sem comentário para este versículo
Sl.89:24 Sem comentário para este versículo
Sl.89:25 25. O mar. Ver Sl 72:8; 80:11.Os rios. A promessa de Deus a Abraão é entendida nas palavras deste verso (ver Gn 15:18; ver com. de Êx 23:31).
Sl.89:26 26. Meu pai. O relacionamento entre Davi e Deus é descrito carinhosamente neste verso. Davi invoca a Deus por nomes que demonstram intimidade e confiança. Ele é completamente dependente de Deus, seu pai e salvador (ver 2Sm 7:14; 22:2, 3, 47; cf. Dt 32:15).
Sl.89:27 27. Meu primogênito. Como Davi chama a Deus de pai, Deus o considera como filho primogênito. Davi foi o primeiro de uma linhagem de descendentes reais se estendeu até o Messias (ver Ex 4:22; Jr 31:9).O mais elevado. Ver Nm 24:7.
Sl.89:28 28. Minha aliança. Ver ís 55:3; cf. Sl 89:33-37. Os descendentes literais de Davi quebraram a aliança, mas as promessas seriam cumpridas em Cristo (ver com. de 2Sm 7:14-16; 23:5).
Sl.89:29 29. Farei durar para sempre. Ver 2Sm 7:12, 16. Se a linhagem de Davi tivesse permanecido leal a Deus, esta promessa teria sido cumprida literalmente, Ela teráseu cumprimento no Israel espiritual e em Cristo, a semente de Davi.
Sl.89:30 30. Desprezarem a Minha lei.Salomão, o filho de Davi, começou a abandonar a lei de Deus (ver lRs 11:1-8). Muitos dos reis que o seguiram “fizeram o que era mau perante o Senhor”.
Sl.89:31 Sem comentário para este versículo
Sl.89:32 32. Punirei. Esta punição é parte necessária da disciplina do pai a seus filhos (ver Hb 12:6-11). As punições de Deus são salutares e têm o objetivo de restaurar o pecador.
Sl.89:33 33. Desmentirei. Deus não pode ser falso consigo mesmo. Sua fidelidade foi prometida na Sua aliança. Nasceu na casa de Davi, na cidade de Davi, o Messias, em quem a promessa feita a Davi seria cumprida (ver 2Sm 7:15, 16; lRs 11:12, 13, 34-39; 15:4, 5).
Sl.89:34 34. Nem modificarei. O caráter de Deus não muda (ver Tg 1:17; Ml 3:6; cf, SI 111:5, 9).
Sl.89:35 35. Por Minha santidade. Na aliança, Deus comprometeu Sua natureza santa. Se Deus falhasse em Sua parte do acordo, isto provaria que Ele não é um Deus santo.E serei Eu falso a Davi? A fidelidade de Deus a Davi é um exemplo sublime de Sua constante fidelidade ao lidar eom Seus filhos (ver v. 3,4).
Sl.89:36 36. Durará para sempre. Ver com. do v. 29.Como o sol. Ver SI 72:5, 17.
Sl.89:37 37. Como a lua. Ver SI 72:5.E fiel como a testemunha. Possivelmente a Lua, como indicado pelo paralelismo das orações. Da mesma forma que a Lua é fixa, regular e permanente, assim também as promessas de Deus a Davi não falhariam.Com este verso o salmista encerra seu louvor aos atributos de Deus, dos quais depende o cumprimento da promessa.Selá (ARC). Ver p. 709.
Sl.89:38 38. Tu, porém. A partir daqui há uma mudança abrupta do louvor e regozijo paraa queixa e lamento. Apesar da garantia das promessas de Deus e de Sua fidelidade, parecia que a aliança fora quebrada e que nenhum bem sobrevinha a Israel e ao ungido do Senhor, somente o mal. O salmista pergunta: Como é isto? Qual será o resultado? A fidelidade de Deus está falhando? Os v. 38 a 45 são uma série de repreensões (ver com. de SI 44:9-22). O salmista apresenta os fatos evidentes, mas pela fé triunfa sobre as aparências.No hebraico, o pronome é enfático, como se o salmista dissesse: “Tu, o Deus que prometeu fidelidade no relacionamento da aliança, é o mesmo Deus que falsificou Sua promessa e rejeitou Seu ungido.”
Sl.89:39 Sem comentário para este versículo
Sl.89:40 40. Seus muros todos. Todos os muros e fortificações do rei foram destruídos (ver 2Cr 11:5-10; SI 80:12; cf. Is 5:5, 6).
Sl.89:41 41. Despojam-no. Comparar com 2Rs 24:2.Escarnecem. Comparar com Ne 1:3; 2:17; ver SI 79:4.
Sl.89:42 42. Regozijo. Cada queda de Israel inspirava o regozijo dos inimigos.
Sl.89:43 43. Viraste o fio. Isto é, virou o fio da espada para que, ao golpe dela, o objeto em questão não fosse cortado. Israel não foi bem-sucedido na batalha.
Sl.89:44 Sem comentário para este versículo
Sl.89:45 45. Abreviaste. O vigor da juventude foi interrompido. O período de prosperidade do rei foi reduzido.Ignomínia. A linhagem real caiu em desgraça. Tudo que se relacionava à aparência e circunstâncias do rei parecia indicar o desagrado de Deus.
Sl.89:46 46. Até quando, Senhor? A reclamação do salmista dá lugar à súplica. Ele pede ao Senhor o fim de seus problemas. Esta transição é a chave para entender o clamor do salmista. Neste verso, o frágil espírito humano, sentindo o inadequado estado das coisas, apela a Deus para que as endireite. A súplica consiste em duas estrofes com três versos cada: os v. 46 a 48 argumentama brevidade da vida; os v. 49 a 51, a desonra que vem sobre Deus quando Seus inimigos vencem.
Sl.89:47 47. Minha existência. Do heb. cheled, "duração da vida". O salmista suplica que, se Deus for intervir, deve agir rápido, porque o salmista está prestes a morrer.Em vão. Comparar com Jó 7:6; 14:1; SI 39:5, 11.
Sl.89:48 Sem comentário para este versículo
Sl.89:49 49. Tuas benignidades de outrora.Isto é, das várias provas do cumprimento da promessa no passado.Juradas. Ver v. 3, 35; cf. SI 132:11.
Sl.89:50 50. No peito. O salmista parece levar no coração as reprovações de todo o Israel. Como Moisés (ver Nin 11:11-15), o salmista sentia que os fardos de todo o povo repousavam sobre ele, tanto que já não conseguia mais suportar o peso.
Sl.89:51 Sem comentário para este versículo
Sl.89:52 52. Bendito. A doxologia e duplo amém (não são partes essenciais do salmo) marcam o final do Livro Três dos Salmos (ver p. 705; ver com. de SI 41:13; 72:18; 106:48; 150). Sem dúvida, a mensagem deste verso é muito apropriada: apesar de tudo, "Bendito seja o Senhor”!Salmo 90Oração de Moisés, homem de Deus.tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade.Introdução — O Salmo 90 tem sido descrito como uma canção sobre o poder e o propósito de Deus, com tons que destacam a fragilidade e transitoriedade do ser humano. E um magnífico poema escrito sobre a fugacidade da vida humana, à luz da vivida fé do poeta na promessa de Deus. Isaac Taylor assim classificou o Salmo 90: “E a composição humana mais sublime, com os sentimentos mais profundos, as mais elevadas concepções teológicas, e magnífico em suas ilustrações.’' As pessoas e as nações podem mudar, envelhecer e morrer; mas Deus permanece inalterado, eterno em Sua majestade. “Satisfação, gratidão e sucesso no trabalho advêm da correta relação do ser humano, em sua fragilidade, com o eterno Senhor” (G. Campbell Morgan).Estilo robusto, tema vasto, identificação frequente com a linguagem de Deuteronômio, “a estampa da antiguidade”: esses elementos ajudam a apoiar o ponto de vista de que Moisés foi o autor do Salmo 90.Sobre o subtítulo, ver p. 697, 707.
Sl.90:1 "Introdução — O Salmo 90 tem sido descrito como uma canção sobre o poder e o propósito de Deus, com tons que destacam a fragilidade e transitoriedade do ser humano. E um magnífico poema escrito sobre a fugacidade da vida humana, à luz da vivida fé do poeta na promessa de Deus. Isaac Taylor assim classificou o Salmo 90: “E a composição humana mais sublime, com os sentimentos mais profundos, as mais elevadas concepções teológicas, e magnífico em suas ilustrações.’' As pessoas e as nações podem mudar, envelhecer e morrer; mas Deus permanece inalterado, eterno em Sua majestade. “Satisfação, gratidão e sucesso no trabalho advêm da correta relação do ser humano, em sua fragilidade, com o eterno Senhor” (G. Campbell Morgan). Estilo robusto, tema vasto, identificação frequente com a linguagem de Deuteronômio, “a estampa da antiguidade”: esses elementos ajudam a apoiar o ponto de vista de que Moisés foi o autor do Salmo 90. 1. Senhor. Do heb. Adhonai (ver vol. 1, p. 151).Refúgio. Do heb. maon, “residência” ou “habitação” (ver Dt 26:15; SI 26:8; 68:5; 91:9)."
Sl.90:2 2. Montes. Comparar com Pv 8:25, 26.De eternidade a eternidade. Deusexiste desde a eternidade do passado até a eternidade do futuro (ver SI 93:2; Pv 8:23; Mq 5:2; Hc 1:12). Ele é o “Ancião de dias”(Dn 7:9). Não há declaração mais elevada acerca da eternidade de Deus. A pessoa que reconhece a eternidade de Deus e considera sua própria vida como relacionada ao Eterno tem um poderoso estímulo para uma vida digna.
Sl.90:3 3. Homem. Do heb. enosh, “homem em sua fragilidade” (ver com. de SI 8:4).Ao pó. Do heb. dakha’, “esmagado”, traduzido como “contrito” em SI 34:18; Is 57:15. Neste verso, o sentido é de triturar como o pó.Tornai. Ao que parece, uma referência à morte. Não há pensamento mais preocupante do que este: todos morreremos, independentemente da posição, nacionalidade, riqueza ou outra marca distintiva.
Sl.90:4 4. Mil anos. O passar do tempo significa nada para o Deus eterno. Mesmo a vida de Matusalém (ver Gn 5:27) seria, em comparação com a eternidade de Deus, apenas um dia. Seria como o ontem que, quando passou, parecia ainda menor à memória (ver 2Pe 3:8).A vigília. A ideia da primeira frase é intensificada: mil anos para Deus não são mais que a divisão de uma única noite. Observe a rápida sucessão de ilustrações nos v. 4 a 6.
Sl.90:5 5. Como a relva. Ver SI 37:2; 72:16; 103:15; Is 40:7; Tg 1:10, 11.
Sl.90:6 Sem comentário para este versículo
Sl.90:7 7. Somos consumidos. Deixando para trás as generalizações sobre a eternidade de Deus e a transitoriedade da vida humana, o salmista segue apresentando a fraqueza eot-sos pecados pessoais e do seu povo como o motivo para o desprazer de Deus.
Sl.90:8 8. Pecados ocultos. Os pecados do coração, que se tentam esconder das vistas dos outros; ou os pecados esquecidos.
Sl.90:9 9. Como um breve pensamento. Do heb. hegeh, “sussurrando”, “gemendo”. As palavras “que se conta” foram adicionadas na ACF. A vida passa com a rapidez de um suspiro; o pensamento se vai com mais rapidez do que nos ocorre.
Sl.90:10 10. Os dias da nossa vida. Comparar com a frase que está em Gn 25:7; 47:9. O salmista parece estar definindo o período da vida. Há, sem dúvida, muitas exceções à regra geral.Havendo vigor. Por causa do vigor excepcional.Canseira. Do heb. 'amai, “trabalho árduo” (ver Jó 5:7).Enfado. Do heb. awen, “problema,” “cansaço”, “pecado”, “crime”, “engano” (ver Pv 22:8; Is 41:29). Um prolongamento da vida não garante a felicidade (ver Ec 12:1).Nós voamos. Mesmo que a vida chegue a 80 anos, parece um período curto, e nós voamos como num sonho (ver Jó 20:8). Estas palavras adquirem sentido especial para uma pessoa que está à beira da morte e olha para os dias de sua peregrinação.
Sl.90:11 11. Quem conhece [...]?“Não agora, mas nos anos vindouros,Pode ser numa terra melhor,Leremos o sentido de nosso prantoE ali, em algum momento, compreenderemos.”
Sl.90:12 12. Alcancemos coração sábio.Ou, “ter um coração sábio”. Somente Deus vê o fim desde o princípio, mas devemos orar por graça para agir como se víssemos o final. E preciso meditar na brevidade da vida, para que sejamos sábios ao empregar o tempo concedido por Deus.
Sl.90:13 13. Até quando? Ver SI 6:3, 4; 13:1.Tem compaixão. O salmista está utilizando a linguagem humana. O arrependimento de Deus não é como o do ser humano, mas Deus parece Se arrepender ao retirar Seus juízos, mostrando misericórdia quando seria de esperar somente a punição (ver com. de Nm 23:19).
Sl.90:14 14. Manhã. O salmista ora para que depois da noite de angústia e sofrimento, Deus dê uma manhã de alegria e paz (ver SI 143:8).
Sl.90:15 Sem comentário para este versículo
Sl.90:16 16. Tuas obras. Isto é, os atos misericordiosos de Deus, Seus atos de intervenção, Suas providências.
Sl.90:17 17. Graça. Do heb. noam, “bondade” (ver SI 27:4). Quando virmos a formosura do caráter de Deus, seremos “transfigurados por Sua graça’ (ver Ed, 80; MDC, 61) e “a graça do Senhor nosso Deus” estará “sobre nós”.As obras das nossas mãos. Esta é uma referência às tarefas simples da vida diária, bem como os deveres profissionais para a manutenção da vida. A repetição da oração enfatiza o desejo do salmista de que Deus ajude seu povo a executar a obra, para que sejam abençoados por Ele.Salmo 91Introdução — O Salmo 91 contém uma mensagem de conforto aos que passam por dificuldades e especialmente para o “povo que guarda os mandamentos de Deus” (ver T8, 120) e para aqueles que “experimentarão o tempo de angústia” e os perigos dos últimos dias (ver Ed, 181; PP, 110; PR, 538; GC, 630; T8, 120, 121). O tema do salmo é a segurança daquele que confia em Deus. A mudança de pronomes nos v. 1 a 13 é possivelmente representada pelo uso litúr- gico para o qual este salmo foi composto. Suas várias partes eram cantadas no serviço de adoração por solistas ou duetos antifônicos. O salmo pode ser comparado à descrição de Elifaz sobre a vida de um homem bom (ver Jó 5:17-26), no entanto, é mais sublime (ver Pv 3:21-26).
Sl.91:1 "Introdução — O Salmo 91 contém uma mensagem de conforto aos que passam por dificuldades e especialmente para o “povo que guarda os mandamentos de Deus” (ver T8, 120) e para aqueles que “experimentarão o tempo de angústia” e os perigos dos últimos dias (ver Ed, 181; PP, 110; PR, 538; GC, 630; T8, 120, 121). O tema do salmo é a segurança daquele que confia em Deus. A mudança de pronomes nos v. 1 a 13 é possivelmente representada pelo uso litúr- gico para o qual este salmo foi composto. Suas várias partes eram cantadas no serviço de adoração por solistas ou duetos antifônicos. O salmo pode ser comparado à descrição de Elifaz sobre a vida de um homem bom (ver Jó 5:17-26), no entanto, é mais sublime (ver Pv 3:21-26). 1. Habita. A ideia é do repouso tranquilo como o que se tem na residência.Esconderijo. Quando os seres humanos forem “admitidos na maior intimidade e comunhão com Deus” (MDC, 131), pode ser dito que moram no “esconderijo do Altíssimo”.Altíssimo. Do heb. 'Elyon. Ver vol. I, p. 148-151 sobre este nome para Deus e sobre os outros três nomes empregados nos v. 1 e 2: “Altíssimo” (Shaddai), “Senhor” (Yahweh) e “Deus’'' ÇElohim).A sombra. Ver com. de SI 17:8. No dia do Senhor, os v. 1 e 4 confortarão especialmente os que ouvem os conselhos de Deus (ver PP, 167)."
Sl.91:2 2. Diz. O salmista faz deste sentimento a expressão pessoal da satisfação de sua necessidade.Refúgio. Ver SI 18:2; 144:2.Em quem confio. Ver SI 31:6; 55:23.
Sl.91:3 3. Pois Ele. Enfático no hebraico.Laço. Ver SI 124:7. Satanás arma várioslaços para os filhos de Deus.Peste perniciosa. Literalmente, “praga de destruições”. Em tempo de angústia “o povo de Deus não estará livre de sofrimento. Mas conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, eles não serão abandonados a perecer” (GC, 629).
Sl.91:4 4. Escudo. Do heb. tsinnah (Ver com. de SI 5:12).
Sl.91:5 Sem comentário para este versículo
Sl.91:6 6. Peste. Do heb. deber, ‘‘praga’ personificada como que andando na noite escura, quando seus movimentos não podem ser vistos.Mortandade. Do heb. qeteb, possivelmente o nome de algumas doenças. A obra dos anjos é proteger as pessoas desses males (DTN, 348; AA, 153).
Sl.91:7 7. Caíam mil [...] dez mil. Uso poético de grandes números redondos para efeito retórico. Algumas vezes, a palavra hebraica traduzida como “dez mil.” tem o sentido de um grande número indeterminado. No ugarítico (ver p. 697), esta palavra também é utilizada em construções paralelas com “milhares” e indica grandes números. Nenhum cálculo deve ser feito acerca do uso figurativo destes números.Não serás atingido. Seja qual for o perigo, não tocará naquele que confia em Deus. Sob a proteção divina ele estará seguro. Esta é a convicção que dá ao ser humano fé constante diante de grandes perigos.
Sl.91:8 8. Com teus olhos. Você verá o castigo dos ímpios, mas não participará dele (ver SI 37:34). Os israelitas viram os egípcios morrerem no Mar Vermelho (ver Ex 14:31); da terra de Gósen eles viram as calamidades que sobrevieram aos egípcios.
Sl.91:9 9. Altíssimo. Ver com. do v. 1.Morada. Ver com. de SI 90:1.
Sl.91:10 Sem comentário para este versículo
Sl.91:11 11. Anjos. Ver Gn 24:7, 40; SI 34:7; cf. Hb 1:14. Os fiéis filhos de Deus estão sob o constante cuidado dos anjos (ver DTN, 240; GC, 512, 513; CBV, 105; T6, 366, 367).Em todos os teus caminhos. Comparar com o uso que Satanás tez desta Escritura no deserto da tentação de Cristo (Ml 4:6; I e 4:10, 11).
Sl.91:12 12. Eles te sustentarão. Comparar com Pv 3:23, 24.
Sl.91:13 13. Leão. Uma metáfora para um inimigo violento.Aspide. Do heb. pethen, uma espécie de cobra venenosa (ver Dt 32:33; Jó 20:14, 16; Is 11:8, para outras ocorrências de pethen).Serpente. Ver com. de SI 74:13. A palavra possivelmente indica um monstro marinho. Quem confia em Deus está seguro em meio aos perigos mais temíveis, como se caminhasse ileso por entre serpentes venenosas.
Sl.91:14 14. A Mim se apegou com amor. Por meio de uma mudança brusca e dramática, Deus se torna o interlocutor. Como se não fosse suficiente para Seus filhos o encorajarem-se mutuamente (como nos v. 1-13), Deus fala pessoalmente e conclui o salmo com Sua promessa (ver SI 50:15, 23).Eu o livrarei. Deus confirma a declaração de Seus servos, como manifestada nos v. 3, 7, 10 a 13.Nome. Ver com. de SI 5:11; 7:17. Conhecer o nome de Deus indica lé e confiança nEle.
Sl.91:15 15. Eu lhe responderei. Comparar com Is 65:24.Na sua angústia. Ver SI 46:1; cf. Dt 4:7; Is 43:2.
Sl.91:16 16. Saciá-lo -ei. A satisfação plena que Deus promete é viver em Sua presença (ver SI 17:15). Nada menos que isto pode satisfazer o coração humano.Minha salvação. A verdadeira religião abençoa a pessoa nesta vida e na futura (ver lTm 4:8). Em vista da satisfação eterna que Deus promete, como o ser humano pode consumir suas energias em ganhos insignificantes e transitórios e praticamente não fazer nada para assegurar o cumprimento das promessas?PP, 256; Te, 35, 286; T3, 363 (ver também os com, de Ellen G. White sobre SI 34:7)Salmo 92Salmo. Cântico para o dia de sábado.Introdução — O Salmo 92 é um hino litúrgico que celebra a destruição do mal e a felicidade e o triunfo dos fiéis filhos de Deus. O salmo foi inspirado na comunhão do poeta com o Criador num dia de sábado e sua observação do poder de Deus na natureza (ver DTN, 281, 282). A tradição diz que este salmo era cantado de manhã pelos levitas, na hora da libação, na oferta do primeiro cordeiro (ver Nm 28:3-9). Este é um dos salmos da liturgia sefardita. Comrelação ao sábado, é bom que voltemos os olhos das perplexas questões deste mundo para o mundo eterno, acima de toda dúvida e perplexidade.Sobre o subtítulo, ver p. 707.
Sl.92:1 "Introdução — O Salmo 92 é um hino litúrgico que celebra a destruição do mal e a felicidade e o triunfo dos fiéis filhos de Deus. O salmo foi inspirado na comunhão do poeta com o Criador num dia de sábado e sua observação do poder de Deus na natureza (ver DTN, 281, 282). A tradição diz que este salmo era cantado de manhã pelos levitas, na hora da libação, na oferta do primeiro cordeiro (ver Nm 28:3-9). Este é um dos salmos da liturgia sefardita. Com relação ao sábado, é bom que voltemos os olhos das perplexas questões deste mundo para o mundo eterno, acima de toda dúvida e perplexidade. 1. Cantar louvores. O louvor é especialmente apropriado no dia de sábado (ver Ed, 251).Nome. Ver com. de SI 5:11; 7:17.Altíssimo. Do heb. ‘Elyon (ver vol. 1, p. 151)."
Sl.92:2 2. De manhã. Ver com. de SI 5:3; cf. Lm 3:23; CC, 74, 75.Durante as noites. Ver com. do SI 4:4; cf. SI 16:7. A lei mosaica previa adoração de manhã e à tarde, como estabelecida pelo sacrifício da manhã e ao pôr do sol (ver Êx 29:38, 39).
Sl.92:3 3. Com instrumentos. Ver com. de SI 33:2; cf. SI 57:8. O verso sugere a utilização do salmo na adoração pública. Provavelmente não era comum a utilização dos instrumentos na adoração pessoal.
Sl.92:4 4. Com os Teus feitos. Esta é uma referência à obra da criação celebrada pela instituição do sábado (ver DTN, 282), às obras de Deus em geral, ou a alguma demonstração particular do poder de Deus.Exultarei. Ou, “gritarei de alegria”.
Sl.92:5 5. Tuas obras. Ver com. de SI 40:5.Pensamentos. Os propósitos de Deuse Seus desígnios como revelados na criação e em Sua contínua providência estão além da compreensão humana (ver Is 55:8, 9; Rm 11:33, 34; cf lCo 2:9).
Sl.92:6 6. O inepto. Pessoas rudes, incultas, estúpidas, de entendimento embotado não conseguem entender.
Sl.92:7 7. Como a erva. O problema que perturbou a Jó (Jó 21:7-21) e que ocorre frequentemente nos salmos (ver SI 73:2-15) não incomoda o autor deste, que afirmou e logo resolveu a questão: a destruição dos ímpios vem logo após seu triunfo (ver SI 73:18-20). A destruição é o resultado natural e inevitável da perversidade.
Sl.92:8 8. Es o Altíssimo. Deus, não afetado pela prosperidade ou decadência do ímpio,permanece entronizado nas alturas (ver Ed, 173; CBV, 417).
Sl.92:9 9. Perecerão. A repetição da frase “eis que os Teus inimigos” enfatiza a ideia que, uma vez que Deus deve ser exaltado, os ímpios devem perecer.Praticam a iniquidade. Ver v. 7.
Sl.92:10 10. Poder. A KJV diz “chifre”, um símbolo de força (ver Dt 33:17). O salmista confiava tanto em sua amizade com Deus que tinha certeza que Ele o erguería.Unicórnio (ARC). Um boi selvagem (ARA; ver com. de Jó 39:9).Oleo fresco. Não era um óleo velho e rançoso (ver SI 23:5).
Sl.92:11 Sem comentário para este versículo
Sl.92:12 12. Florescerá. Ver SI 1:3; 52:8; Os 14:5, 6; CBV, 286.Palmeira. A palmeira era famosa pela capacidade de continuar verde ao longo do inverno e do verão (ver Ct, 7:8; Jr 10:5). Observe o contraste com os v. 7, 9 e 11.Como o cedro. Ver SI 29:5; 104:16, 17; T5, 514, 515.
Sl.92:13 Sem comentário para este versículo
Sl.92:14 14. Na velhice. Os justos continuarão a ser frutíferos e glorificarão a Deus mediante suas boas obras. Os anos de aposentadoria podem ser os mais produtivos.Cheios de seiva e de verdor. Eles serão saudáveis e vigorosos. A metáfora que começou no v. 12 é mantida.
Sl.92:15 15. Para anunciar. O fato de que a velhice dos justos é feliz e produtiva prova a fidelidade de Deus e mostra que Ele cumpre Suas promessas.Não há injustiça. As últimas duas frases do verso dependem da primeira frase: "para anunciar que o Senhor é reto”.Salmo 93J Reina o Senhor. Revestiu-Se de majestade; de poder Se revestiu o Senhor e Se cingiu. Firmou o mundo, que não vacila.Introdução — O Salmo 93 glorifica a Yahweh como o soberano do universo. E uma ilustração da magnífica entroniza- ção da Divindade sobre um trono estabelecido de eternidade a eternidade. O salmo é o primeiro de uma série de salmos reais (SI 93-101) glorificando a Deus como criador e senhor. O Salmo 93 mostra Seu poder em controlar a criação, em derrotar Seus inimigos, na fidelidade de Sua palavra e na santidade de Sua casa. A LXX inclui em seu subtítulo a frase; “para o dia antes do sábado”.
Sl.93:1 "Introdução — O Salmo 93 glorifica a Yahweh como o soberano do universo. E uma ilustração da magnífica entroniza- ção da Divindade sobre um trono estabelecido de eternidade a eternidade. O salmo é o primeiro de uma série de salmos reais (SI 93-101) glorificando a Deus como criador e senhor. O Salmo 93 mostra Seu poder em controlar a criação, em derrotar Seus inimigos, na fidelidade de Sua palavra e na santidade de Sua casa. A LXX inclui em seu subtítulo a frase; “para o dia antes do sábado”. 2. Eternidade. Ver SI 90:1, 2; TB, 270."
Sl.93:2 Sem comentário para este versículo
Sl.93:3 3. Os rios. Neste verso, as águas podem representar povos, exércitos invasores (ver Is 8:7, 8). Ou, o salmista apenas glorifica a Deus como onipotente sobre Sua criação.
Sl.93:4 4. Mais poderoso. O v. 4, respondendo ao v. 3, pode ter sido cantado com dois coros alternadamente.
Sl.93:5 5. Para todo o sempre. Somente a eternidade será extensa o bastante para demonstrar que a santidade caracteriza o governo da casa de Deus. A santidade é a característica da soberania de Deus. Somente na eternidade os seres humanos mortais começarão a entender as características infinitas da Divindade.Salmo 94a Tua herança.Introdução — O Salmo 94 recorre a Deus para uma resposta ao problema do aparente triunfo dos ímpios (v. 1-7), dirige-se a líderes injustos que se vangloriam da aparente indiferença de Deus a este problema (v. 8-11) e busca uma resposta definitiva da proteção de Deus para o justo e para o triunfo final da justiça (v. 12-23). O salmo é uma garantia de que, a despeito das aparências, a justiça prevalecerá no final (ver SI 92). A LXX inclui em seu subtítulo a frase: “para o quarto dia da semana”. O Salmo 94 possui as características de um salmo litúrgico.
Sl.94:1 "Introdução — O Salmo 94 recorre a Deus para uma resposta ao problema do aparente triunfo dos ímpios (v. 1-7), dirige-se a líderes injustos que se vangloriam da aparente indiferença de Deus a este problema (v. 8-11) e busca uma resposta definitiva da proteção de Deus para o justo e para o triunfo final da justiça (v. 12-23). O salmo é uma garantia de que, a despeito das aparências, a justiça prevalecerá no final (ver SI 92). A LXX inclui em seu subtítulo a frase: “para o quarto dia da semana”. O Salmo 94 possui as características de um salmo litúrgico. 1. Deus das vinganças. O rogo é repetido, enfatizando seu fervor.Resplandece. Do heb. yafa, “resplandeça com esplendor” (ver SI 50:2; 80:1)."
Sl.94:2 2. Exalta-Te. Ver SI 7:6.Ó juiz da Terra. Ver Gn 18:25; SI 58:11.Dá o pago. Ver SI 28:4; Lm 3:64.
Sl.94:3 3. Até quando [...]? Ver SI 6:3; 13:1. Cansado da aparente supremacia do mal, o salmista se pergunta por que Deus demora tanto em Se manifestar.
Sl.94:4 Sem comentário para este versículo
Sl.94:5 5. Reduzem a pedaços (ARC). Ou, “esmagam” (ver Lm 3:34; cf. Pv 22:22; Is 3:15).
Sl.94:6 6. Matam a viúva. Os crimes mencionados neste verso são particularmente detestáveis, porque estas pessoas eram fracas e indefesas (ver Êx 22:22-24; Dt 10:18; SI 68:5; 82:3). A linguagem parece indicar que os opressores viviam dentro da comunidade de Israel.
Sl.94:7 7. E dizem. Não necessariamente de forma oral, mas pela sua conduta (ver SJ 10:11, 13).O Senhor. Do heb. Yah (ver com. de SI 68:4).Não o vê. No v. 7, finda-se a queixa e o clamor por recompensa (ver SI 14:1, 2).
Sl.94:8 8. Estúpidos. Ver SI 92:6; cf. Rm 3:11.
Sl.94:9 Sem comentário para este versículo
Sl.94:10 Sem comentário para este versículo
Sl.94:11 11. Pensamentos. Ver SI 7:9; 26:2; cf. lCo 3:20.Vãos. Ver SI 39:5, 6; cf. Ec 2:14, 15.
Sl.94:12 12. Bem-aventurado. Ver com. de Sl 1:1. À primeira vista, esta parece ser uma estranha bem-aventurança. Os v. 12 a 19 alistam uma multidão de bênçãos que ; Deus concede aos justos. Ele castiga, instrui, proporciona descanso, nunca abandona, julga retamente, auxilia contra as pessoas más, sustém em tempos perigosose conforta (ver Ef 3:20). A experiência dosalmista parece reforçar essas declarações do princípio divino.Repreendes. Do heb. yasar, “disciplinar”, “corrigir”, “instruir”, “castigar” (ver Dt 8:5; Jó 5:17; SI 89:32, 33; 119:71; cf. Jó 33:15-30). Se o cristão aceitar a disciplina, será feliz. Um dos principais valores da repreensão é que ela desperta no aflito plena compaixão para com os outros.Lei. Do heb. torah (ver com. de Pv 3:1).
Sl.94:13 13. Dares descanso. Tranquilidade e paz de espírito são resultado de aceitar o modo de vida ordenado por Deus.Dias maus. Ver SI 49:5.
Sl.94:14 14. Não há de rejeitar. Por mais que dure a repreensão de Deus, Seus filhos fiéis podem descansar na certeza de que Ele não os abandonará (ver Dt 31:6; iSm 12:22; SI 37:28; Rm 11:1, 2).
Sl.94:15 15. Converterá. Uma vez mais a justiça se conformará aos eternos princípios do caráter e governo de Deus.Segui-la-ão. Os retos confessarão abertamente sua fidelidade à justiça.
Sl.94:16 16. A meu favor. Nos v. 16 a 19 o salmista aparentemente lembra sua própria experiência, começando sua súplica pessoal com uma pergunta (v. 16) e respondendo-a nos v. 17 a 19.
Sl.94:17 17. Minha alma. Ou, “eu” (ver com. de SI 16:10).Do silêncio. Isto é, na morte (ver SI 31:17, 18; cf. SI 115:17).
Sl.94:18 Sem comentário para este versículo
Sl.94:19 19. Cuidados. Do heb. sarafhn, “pensamentos inquietantes” (ver Mt 6:25-34; DTN, 313; MDC, 95-99).Consolações. Uma firme confiança em Deus remove pensamentos inquietantes e coloca em seu lugar “pensamentos consoladores”.Alegram. O consolo de Deus dá paz e garantia de tranquilidade (ver SI 63:5, 6; 2Co 1:3, 4; lPe 5:7).A alma. Ou, “a mim” (ver com. de SI 16:10).
Sl.94:20 20. Associar-se. A pergunta retórica exige uma resposta negativa. A pergunta dos v. 3 e 4 é satisfatoriamente respondida na destruição do ímpio.Contigo. Com Deus.Tendo uma lei. Por meio de estatutos legais e decretos judiciais eles realizam seus propósitos nefastos (ver lRs 21:10-13).
Sl.94:21 21. Alma (ACF). Ver com. de SI 16:10.Condenam o sangue inocente. VerSI 10:8; cf. Mt 27:4.
Sl.94:22 22. Meu baluarte. Ver Sl 18:2.
Sl.94:23 23. Sua iniquidade. Ver Sl 7:16; 35:8.E pela malícia deles próprios.Enquanto eles estiverem praticando os atos pecaminosos (ver Sl 5:10).Nosso Deus. O poeta amplia a observação pessoal (v. 22) para incluir a congregação, o povo, reunido para a adoração coletiva.Exterminará. A enfática repetição dá força à conclusão do salmo (ver v. 1).Salmo 95celebremos o Rochedo da nossa salvação. graças, vitoriemo-Lo com salmos.Introdução — Os Salmos 95 a 100 constituem um grupo de canções no estilo de “hinos festivos”, destinados à gratidão na adoração pública. Como tal, o grupo exibe um tipo de estrutura pendular, e o conteúdo oscila entre louvor a Yahvveh e motivos para esse louvor. A primeira canção do grupo, o Salmo 95, algumas vezes chamado de “Salmo de conclamação” devido a seu uso tradicional na igreja cristã como um fervoroso convite ao louvor, possui duas partes distintas: um convite à adoração (v. l-7a) e uma admoestação contra a descrença e desobediência (v. 7b-ll).Sobre a autoria do salmo, ver Hb 4:7.
Sl.95:1 "Introdução — Os Salmos 95 a 100 constituem um grupo de canções no estilo de “hinos festivos”, destinados à gratidão na adoração pública. Como tal, o grupo exibe um tipo de estrutura pendular, e o conteúdo oscila entre louvor a Yahvveh e motivos para esse louvor. A primeira canção do grupo, o Salmo 95, algumas vezes chamado de “Salmo de conclamação” devido a seu uso tradicional na igreja cristã como um fervoroso convite ao louvor, possui duas partes distintas: um convite à adoração (v. l-7a) e uma admoestação contra a descrença e desobediência (v. 7b-ll). Sobre a autoria do salmo, ver Hb 4:7. 1. Cantemos. Do heb. ranan, “falar com alegria"".Com júbilo, celebremos. Comparar com SI 98:4; 100:1.Rochedo. Ver Dt 32:15; SI 89:26; 94:22; ver também com. de SI 18:2."
Sl.95:2 2. Ações de graças. Expressar gratidão é o primeiro dever e privilégio na adoração pública e privada.
Sl.95:3 3. O Senhor. Do heb. Yahweh (ver vol. 1, p. 148, 149). Os v. 3 a 7 apresentam três razões para uma adoração com coração alegre e agradecido: Deus é o rei supremo, o criador e o pastor de Seu povo.O grande Rei. Ver SI 77:13; 145:3.Acima de todos os deuses. Isto é, acima de todos os outros que são chamados de deuses (ver Êx 12:12; Dt 10:17; cf. SI 82:1, 6; 96:5; 97:7; Ml 1:14).
Sl.95:4 4. Profundezas. Das profundezas da Terra para as mais elevadas alturas, tudo pertence a Deus e é controlado por Ele.Alturas. Literalmente, “cumes".
Sl.95:5 5. O mar. Ver Gn 1:9, 10; SI 104:24, 25; DTN, 20. A contemplação da criação deve levar a adorar o Criador (ver CBV, 413).
Sl.95:6 6. Adoremos. Ver GC, 436, 437; T6, 351.Ajoelhemos. A visível mudança externa da posição na adoração reflete a natureza interior e espiritual da prática. Assim como se mostra respeito às pessoas ao se levantar diante delas, deve-se mostrar respeito a Deus ao assumir posturas apropriadas na adoração. Ajoelhar-se e curvar-se em reverência são modos apropriados de indicar respeito a Ele (ver 2Cr 6:13; 7:3; Is 45:23; Lc 22:41; At 7:60; PI 2:10; Ed, 243; PR, 48).Que nos criou. O Deus que nos criou, redimiu e estabeleceu Sua aliança conosco (ver Dt 32:6, 15; SI 100:3; 149:2).
Sl.95:7 7. Nosso Deus. Não apenas “um grande Deus" (ver v. 3), mas “nosso Deus", que mantém um íntimo relacionamento de aliança com Seu povo.Povo do Seu pasto. SI 23:1-3; 74:1; 79:13.Hoje. A frase diz que é hora de uma decisão importante. Os convites e as ordens de Deus devem ser obedecidos e aceitos imediatamente. Todas as vezes queo cristão repetir este salmo, deve compreender a força do enfático “hoje”. Todas as vezes que for infiel a Deus, deve ouvir o gracioso “hoje” prometendo-lhe perdão e restauração.Se ouvirdes. E melhor traduzido como uma expressão de desejo: “Oxalá que hoje ouvisseis a Sua voz” (AA; ver Hb 3:7-11). Além de gratidão, o salmo fornece exortação e instrução ao povo.
Sl.95:8 8. Provocação (ACF). No heb. meri- bah, “contenda” (ver Ex 17:1-7).Tentação (ARC). Do heb. massah (ver Êx 17:1-7; Dt 6:16).
Sl.95:9 9. Minhas obras. Neste verso, as obras ? providenciais de Deus (ver SI 90:16; 92:5).A despeito da miraculosa exibição de poder no Egito e no Mar Vermelho, Israel não aprendeu a confiar em Seu Libertador.
Sl.95:10 10. Quarenta anos. Ver Nm 14:33; Dt 2:7; 8:2; 29:5.Estive desgostado. Do heb. qut, “sentir ódio” (comparar com o uso de qut em Jó 10:1; Ez 6:9; 20:43; 36:31).Essa geração. Literalmente, “uma geração” (a palavra “essa” foi acrescentada); a geração que saiu do Egito.
Sl.95:11 11. Jurei. Ver com. de Nm 14:21-23; cf. Dt 1:34, 35.Meu descanso. Isto é, descansar em Canaã (Dt 12:9; cf. GC, 458; ver com. de Hb 4:5-11).Salmo 96Introdução — No Salmo 96, o sal- mista convida a todas as nações da Terra para que reconheçam a soberania universal de Yahweh. Este salmo é chamado de “um hino missionário para todas as épocas”. O salmo louva a Yahweh como criador e operador de milagres desde a Antiguidade (v. 1-6), como governante do mundo atual (v. 7-9) e como juiz redentor quando todas as coisas forem restauradas (v. 10-13). Ele é marcado pela repetição frequente de frases principais (verv. 1, 2, 7, 8, 13).Os 13 versos do Salmo 96 são muito parecidos com os v. 23 a 33 do salmo registrado em 1 Crônicas 16:8-36, composto por Davi para a cerimônia de consagração da arca em Jerusalém. As variações da forma original do salmo são devidas à adaptação > para uso litúrgico.
Sl.96:1 "Introdução — No Salmo 96, o sal- mista convida a todas as nações da Terra para que reconheçam a soberania universal de Yahweh. Este salmo é chamado de “um hino missionário para todas as épocas”. O salmo louva a Yahweh como criador e operador de milagres desde a Antiguidade (v. 1-6), como governante do mundo atual (v. 7-9) e como juiz redentor quando todas as coisas forem restauradas (v. 10-13). Ele é marcado pela repetição frequente de frases principais (verv. 1, 2, 7, 8, 13). Os 13 versos do Salmo 96 são muito parecidos com os v. 23 a 33 do salmo registrado em 1 Crônicas 16:8-36, composto por Davi para a cerimônia de consagração da arca em Jerusalém. As variações da forma original do salmo são devidas à adaptação > para uso litúrgico. 1. Cantai ao Senhor. Comparar com SI 33:3; 98:1; Is 42:10. A expressão é repetida três vezes nos v. 1 e 2 e é uma característica deste salmo (verv. 7, 8, 13).Todas as terras. O salmista convida seus companheiros hebreus e todas as nações da Terra para celebrar em louvor a Deus."
Sl.96:2 2. Nome. Ver com. de SI 5:11; 7:17; cf. SI 100:4; 145:1, 10, 11.Proclamai. Ou, “anunciai”, “informai” (ver Is 52:7).
Sl.96:3 3. Entre as nações. Não apenas entre os israelitas, mas entre todas as nações da terra.Entre todos os povos. Ver v. 7; PR,
Sl.96:4 4. Grande. A grandeza de Deus exige um grande louvor (ver SI 95:3).Mais que todos os deuses. Comparar com Is 40; 41; 44.
Sl.96:5 5. ídolos. Do heb. elilim, “nada”. Aparentemente isto é um jogo de palavras entre elohim, os deuses das nações, e elilim, “coisas de nada” (ver ICo 8:4).Fez os Céus. Deus, sozinho, criou e somente Ele deve ser louvado (ver Gn 1:1; SI 95:5; 115:15; Is 42:5; 44:24; Jr 10:11; GC, 436, 437).
Sl.96:6 6. Força e formosura. Comparar com 1 Crônicas 16:27 (ARC), em que a palavra “alegria” ocorre no lugar de “formosura”, e a palavra “lugar”, em vez de “santuário”.
Sl.96:7 7. Tributai. Observe a tripla repetição da palavra nos v. 7 e 8 (cf. a repetição semelhante de “cantai”, nos v. 1 e 2). O adorador deve ir à casa de Deus para dar e não apenas para receber. A verdadeira oração faz mais do que apresentar pedidos: ela atribui honra e glória.
Sl.96:8 8. Nome. Ver com. de SI 5:11; 7:17.Oferendas. Do heb. minchah, um cerealou, “oferta de manjares” (Ver com. de Lv 2:1; SI 40:6).
Sl.96:9 9. Beleza da Sua santidade. Ver com. de lCr 16:29; SI 29:2.Tremei. SI 97:4; ver com. de lCr 16:30.
Sl.96:10 10. Reina o Senhor. SI 93:1; 97:1; ver com. de lCr 16:31.Equidade. SI 67:4; cf. SI 9:8; 96:13.
Sl.96:11 11. Alegrem-se. Toda a natureza é convidada a participar do louvor a Deus quando Cristo vier inaugurar o reino eterno de justiça (ver GC, 300; SI 148:7-10; cf. SI 98:7-9). Os v. 11 a 13 deste salmo apresentam uma infinidade de personificações poéticas.
Sl.96:12 Sem comentário para este versículo
Sl.96:13 13. Vem. Uma vivida imagem da vinda de Cristo para inaugurar Seu reino de justiça. A repetição da frase empresta força e vivacidade à passagem.Julgar. A vinda de Cristo para julgar resultará no estabelecimento da ordem moral na Terra e na inauguração da paz e felicidade eternas (ver Jo 5:22; At 17:31).Com justiça. Ver SI 72:2-4; Is 11:1-9.Povos. Devido ao fato de o reinado do Messias ser a base da segurança no reino eterno, todas as pessoas são convidadas a se alegrar em Seu julgamento redentor.Salmo 97de ídolos; prostrem-se diante dEle todos os deuses.Introdução — O Salmo 97 celebra a entronização de Yahweh como governante justo sobre toda a Terra, mostra que os ídolos nada são e que os justos serão vindicados. Ao lado da teofania (ou manifestação da glória de Deus) de Hebreus 3, o Salmo 97 apresenta uma das mais esplêndidas ilustrações da glória divina encontradas no AT (ver Ex 19; SI 18). “Reina o Senhor” é o tema deste salmo litúrgico.
Sl.97:1 "Introdução — O Salmo 97 celebra a entronização de Yahweh como governante justo sobre toda a Terra, mostra que os ídolos nada são e que os justos serão vindicados. Ao lado da teofania (ou manifestação da glória de Deus) de Hebreus 3, o Salmo 97 apresenta uma das mais esplêndidas ilustrações da glória divina encontradas no AT (ver Ex 19; SI 18). “Reina o Senhor” é o tema deste salmo litúrgico. 1. Reina o Senhor. Ver SI 93:1; 96:10; 99:1. O cristão deveria fazer esta gloriosa declaração frequentemente.Regozije-se a terra. Ver SI 96:1.Muitas ilhas. A palavra traduzida como “ilhas” pode ter o sentido de “ilhas” e de “terras costeiras”. Evidentemente, neste verso a referência primária é às ilhas eterras costeiras do mar Mediterrâneo (ver SI 72:10; cf. Is 60:9)."
Sl.97:2 2. Nuvens e escuridão. Descrição do modo como a majestade de Deus se revela aos olhos do ser humano mortal. Há mistérios com relação à Divindade que o ser humano não consegue imaginar (ver Rm 11:33; Ed, 169; CC, 111; PP, 43).Justiça e juízo. Ver SI 89:14. Não importa quão grande seja o mal, no fim, a justiça prevalecerá.“A verdade, lançada por terra, se erguerá novamente;Os eternos anos de Deus são dela;Mas o erro, ferido, se contorce em dor,E morre entre seus adoradores.”(William Cullen Bryant, O Campo de Batalha)
Sl.97:3 3. Um fogo. Ver SI 18:13; 50:3.
Sl.97:4 4. Seus relâmpagos. Ver SI 77:16-18 cf. 104:32; Hc 3:6-10.A terra. Comparar com Jz 5:4; SI 68:8; 114:7.
Sl.97:5 5. Derretem-se como cera os montes. Comparar com Jz 5:5; Mq 1:4; Na 1:5; 2Pe 3:10; Ap 20:11. Parece que o poeta tem em mente a manifestação divina no Sinai.Presença do Senhor. A repetição enfatiza o grandioso título divino (ver Js 3:11, 13; Mq 4:13; cf. Zc 4:14; 6:5).
Sl.97:6 6. Os Céus anunciam. Ver com. de SI 19:1; 50:6.Povos. Ver v. 1; cf. Is 40:5.
Sl.97:7 7. Confundidos. Uma descrição sobre a sensação dos ímpios quando a glória de Deus for manifestada. Os ídolos cairão impotentes diante de Deus.Todos os deuses. Ver com. do SI 82:1, 6. Se a referência for aos deuses dos pagãos, é somente uma ilustração, porque em realidade esses deuses não existem. A LXX assim traduz: “Adorem-No, todos os Seus anjos’’ (ver com. do SI 8:5). A Vulgata traduz: “Adorem-No, todos os anjos.”
Sl.97:8 8. Sião. Ver SI 2:6; 9:14; 68:16; ver com. do SI 48:2. No Salmo 97:8, é descrita a impressão de Israel quando a glória de Deus foi manifesta. Sião se regozijou quando ouviu as alegres novas de que o Senhor reinava.Filhas de Judá. Ver com. do SI 48:11.Por causa da Tua justiça. Elas se alegram, não vingativamente, mas porque a verdade triunfou.
Sl.97:9 9. Altíssimo. Do heb. ‘Elyon (ver vol. 1, p. 151; SI 83:18).Acima de todos os deuses. Ver com.do S i 95:3.
Sl.97:10 10. Detestai o mal. O salmista conclui com uma exortação para odiar o mal (ver SI 45:7; CPPE, 397; cf. SI 34:14-22; 2Co 6:14-18). O mal nos separa de Deus. Indiferença ao mal abre caminho para que Satanás entre na vida. No coração em que houver amor pelo pecado não pode haver religião verdadeira (ver Pv 8:13).Alma. Ver com. de SI 16:10.Santos. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36).Livra-os. Comparar com Dn 3:16-30; 6:16-23.
Sl.97:11 11. Difunde -se. Do heb. zara, “semear [como a semente no campo]”. A palavra é usada figuradamente referindo-se a temas morais, como plantar “justiça” (Pv 11:18), “injustiça” (Pv 22:8), “mal” (Jó 4:8), coisas que, quando plantadas, produzirão a colheita correspondente. A “luz’’ pode ser aqui concebida como uma semente plantada, pronta para germinar e dar fruto para o honesto investigador da verdade. “Toda alma verdadeiramente sincera virá à luz da verdade. A luz semeia-se para o justo.’ E nenhuma igreja poderá progredir na santificação a menos que seus membros estejam fervorosamente em busca da verdade, como de um tesouro escondido” (GC, 522).Em lugar de zard alguns manuscritos hebraicos trazem zarach, “ilumina” (NTLH). Esta interpretação é apoiada pela LXX, pela Siríaca e pelos Targuns. Zarach é usada no Salmo 112:4, na declaração: “Ao justo, nasce luz.”
Sl.97:12 12. Alegrai-vos. SI 32:11; 33:1.Dai louvores. Ver SI 30:4. A maior alegria do ser humano deveria estar em saber que existe um Deus e que Ele é Pai dos seres humanos.Salmo 98Salmo.Introdução — O Salmo 98 é uma magnífica conclamação a todos os povos e forças da natureza para que louvem a Deus, o juiz soberano do universo (ver introdução aos SI 93; 95). Este salmo tem sido considerado um eco do Salmo 96, apesar de exibir um modelo mais definido. Percebem-se claramente três estrofes com o mesmo tamanho, cada uma delas com urna ideia central: motivos para o louvor (v. 1-3), modos de louvar (v. 4-6) e convite ao louvor (v. 7-9). O salmo tem brilho e espontaneidade.Sobre o subtítulo, ver p. 707.
Sl.98:1 "Introdução — O Salmo 98 é uma magnífica conclamação a todos os povos e forças da natureza para que louvem a Deus, o juiz soberano do universo (ver introdução aos SI 93; 95). Este salmo tem sido considerado um eco do Salmo 96, apesar de exibir um modelo mais definido. Percebem-se claramente três estrofes com o mesmo tamanho, cada uma delas com urna ideia central: motivos para o louvor (v. 1-3), modos de louvar (v. 4-6) e convite ao louvor (v. 7-9). O salmo tem brilho e espontaneidade. 1. Um cântico novo. SI 33:3; 96:1. Os v. 1 a 3 declaram os motivos para louvar a Yahweh. O salmo começa com um sublime louvor.Maravilhas. Bênçãos em geral e benefícios particulares (ver Ex 15:11, 21; SI 77:14).Destra. SI 44:3; cf. Êx 15:6; Is 52:10; 59:16; 63:5."
Sl.98:2 2. Fez notória. Por meio de ações de livramento (ver Is 52:10).Perante. Literalmente, "diante dos olhos”.Nações. Ver com. de SI 2:1. As ações de Deus eram tão notórias que todas as nações ao redor de Israel podiam ver Seu poder (ver SI 97:6).
Sl.98:3 3. Da Sua misericórdia e da Sua fidelidade. Ver SI 25:10; 26:3.Confins da terra. Ver Is 52:10; cf. SI 98:2; Lc 2:10; 3:6; Rm 10:12, 18.
Sl.98:4 4. Celebrai com júbilo. Ver SI 66:1; 95:1; 100:1. Os v. 4 a 6 declaram o modo de louvar Yahweh.Todos os confins da terra. O salmo se distingue pelo seu apelo universal, a todos os povos.Cantai louvores. Do heb. zamar, “fazer uma melodia”, com voz, instrumentos ou ambos. Os seres que receberam benefícios espirituais deveríam louvar a Deus de modo consciente; os seres humanos possuem voz e habilidade para fazer instrumentos para louvá-Lo.
Sl.98:5 5. Harpa. Sobre os instrumentos musicais mencionados nos v. 5 e 6, ver p. 15, 18, 23 e 24.
Sl.98:6 6. Exultai. Não há “violinos mudos” neste verso. “Todas as pausas do instrumento completam a melodia.”
Sl.98:7 7. Ruja o mar. Ver SI 96:11. Os v. 7 a 9 convidam toda a natureza a se unir no louvor a Yahweh.
Sl.98:8 8. Rios batam palmas. Uma personificação sugerida, talvez, pelo quebrar das ondas na costa marítima.Cantem de júbilo os montes. Comparar com Salmo 65:9 a 13 para uma rica ilustração a respeito do louvor que a natureza, em toda sua beleza, presta a Deus.
Sl.98:9 9. Ele vem. Ver com. de SI 96:13. Os redimidos e todas as obras da natureza aguardam com indescritível expectativa pelo momento do juízo redentor.Salmo 99Introdução — O Salmo 99 celebra o reinado de Yahweh, convidando os seres humanos a confessar Sua grandeza e adorar ao único Deus que é santo. Este salmo repete a mensagem dos Salmos 93 e 97 de várias formas: todos eles começam com a frase “Reina o Senhor’’ e, como o Salmo 93, enfatizam a santidade como o principal atributo e exigência de Deus (ver SI 93:5; 99:3, 5, 9). A primorosa estrutura do Salmo 99 revela dois grandes refrões (com forma levemente variada, no final da primeira e da terceira estrofes: v. 5 e 9) e três refrões menores (v. 3, 5, 9), ampliados para “santo é o Senhor, nosso Deus”, na terceira ocorrência.
Sl.99:1 "Introdução — O Salmo 99 celebra o reinado de Yahweh, convidando os seres humanos a confessar Sua grandeza e adorar ao único Deus que é santo. Este salmo repete a mensagem dos Salmos 93 e 97 de várias formas: todos eles começam com a frase “Reina o Senhor’’ e, como o Salmo 93, enfatizam a santidade como o principal atributo e exigência de Deus (ver SI 93:5; 99:3, 5, 9). A primorosa estrutura do Salmo 99 revela dois grandes refrões (com forma levemente variada, no final da primeira e da terceira estrofes: v. 5 e 9) e três refrões menores (v. 3, 5, 9), ampliados para “santo é o Senhor, nosso Deus”, na terceira ocorrência. 1. Reina o Senhor. Ver SI 93:1; 96:10; 97:1.Tremam. Quando Yahweh manifesta Sua realeza, os seres humanos tremem diante dEle (ver Is 64:2).Acima dos querubins. Ver SI 80:1; T5, 754.Abale-se. Comparar com SI 77:18; 114:7."
Sl.99:2 2. Grande em Sião. Ver com. de SI 48:1, 2; cf. Sl 95:3.Os povos. Isto é, as nações. Deus, cuja capital está em Sião, governa todas as nações.
Sl.99:3 3. Nome grande e tremendo. VerSl 111:9; ver com. de Sl 5:11; 7:17; cf. Dt 28:58.Ele (TB). Do heb. hu, que pode se referir a “nome", representando o caráter de Yahweh ou ao “Senhor”, e neste casopodería ser traduzido como “ele”. A tradução “santo é ele” (TB) é mais consistente com a repetição da estrofe nos v. 5 e 9. Não há diferença essencial nas duas traduções. A santidade é um dos supremos atributos de Deus. A santidade também é exigida dos filhos de Deus (ver Lv 19:2). Esta é a primeira vez que o refrão menor ocorre (ver introdução ao SI 99; ver também os v. 5, 9).
Sl.99:4 4. Rei poderoso. A primeira frase do v. 4 estaria ligada ao pensamento anterior e a passagem podería ser traduzida como “Ele é santo e poderoso, um rei que ama a justiça”. O rei, evidentemente, é Yahweh (ver v. 1). O poder do caráter de Deus é usado a favor da justiça (ver Is 61:8).Tu. Pronome enfático no hebraico, para mostrar o contraste entre o grande Rei e os reis da terra.
Sl.99:5 5. Exaltai. Ver SI 30:1; 34:3. Neste verso, ocorre o grande refrão pela primeira vez (ver introdução ao SI 99; também v. 9).Porque Ele é santo. Esta é a segunda ocorrência do refrão menor (ver com. do v. 3). A referência a “ele” nesta frase poderia ser ao trono de Deus. Na literatura religiosa ugarítica (ver p. 698), o trono da Divindade é parte importante do mobiliário divino.
Sl.99:6 6. Moisés e Arão. Numa súbita transição, este verso apresenta exemplos de pessoas que adoraram a Deus, intercederam por seus companheiros e obtiveram respostas às orações. Todos devem adorar a Yahweh, tanto sacerdotes quanto o povo. Deus também quer contar com grandes intercessores hoje.Embora geralmente não seja considerado como um sacerdote, neste verso, Moisés é mencionado entre eles, talvez devido à sua posição de liderança espiritual e por causa de sua obra em conexão com o santuário (ver Êx 24:6-8; 32:30-32; 40:18-33; Lv 8:6-30).Samuel. E mencionado com Moisés como sendo poderoso junto a Deus em oração (ver Jr 15:1; cf. ISm 7:8, 9; 12:19-23).Nome, Ver com. de SI 7:17.
Sl.99:7 7. Coluna de nuvem. Ver Ex 33:9; Nm 12:5.Eles guardavam. Eles obedeceram às leis de Deus e Ele respondeu às orações deles. A obediência à vontade de Deus é a condição da oração respondida.
Sl.99:8 8. Deus perdoador. Moisés e Arão pecaram, mas Deus, em Sua misericórdia, os perdoou (ver Êx 32:1-24; Nm 20:12, 13; cf. SI 106:32). “Eles” se refere possivelmente ao povo em geral.Tomando vingança. O castigo de Deus se estendeu até mesmo aos santos homens mencionados no v. 6. Moisés e Arão foram excluídos de Canaã por causa dos pecados deles em Meribá (ver Nm 20:12).Feitos. O contexto sugere atividades obstinadas (comparar com Ec 7:29).
Sl.99:9 9. Exaltai ao Senhor. O v. 9 é a segunda vez em que o grande refrão ocorre, modificado levemente (ver com. do v. 5).Seu santo monte. Sião, o trono da adoração nacional (ver com. do SI 48:2).Santo é o Senhor, nosso Deus. A terceira ocorrência, aumentada, do refrão menor (ver com. dos v. 3, 5).Salmo 100Salmo de ações de graças.Introdução — O Salmo 100 sobressai dentre os salmos de triunfante gratidão. Este é um clímax glorioso na sucessão de salmos que começaram com o Salmo 95. Neste salmo, todos os povos da Terra são convidados a se juntar a Israel em um coro de louvor universal a Yahweh, porque Sua benignidade e fidelidade são eternas. O Salmo 100 é, possivelmente, a origem da centenária doxologia norte- americana que inicia com as palavras; "Louve a Deus, de quem fluem todas as bênçãos” (Seventk-Day Adventist Hymnal, n° 695). A música foi composta por Louis Bourgeois, em 1551. Em 1561, William Kethe compôs urna paráfrase para a melodia de Bourgeois, iniciando com a frase: “Todas as pessoas que habitam na terra” {Seventk-Day Adventist Hymnal, n° 16). E possível que nenhum salmo seja utilizado com mais frequência hoje, na igreja ou na sinagoga. Ele ensina o pastoreio universal de Deus. Não há uma única nota triste.Sobre o subtítulo, ver p. 707, 708.
Sl.100:1 "Introdução — O Salmo 100 sobressai dentre os salmos de triunfante gratidão. Este é um clímax glorioso na sucessão de salmos que começaram com o Salmo 95. Neste salmo, todos os povos da Terra são convidados a se juntar a Israel em um coro de louvor universal a Yahweh, porque Sua benignidade e fidelidade são eternas. O Salmo 100 é, possivelmente, a origem da centenária doxologia norte- americana que inicia com as palavras; ""Louve a Deus, de quem fluem todas as bênçãos” (Seventk-Day Adventist Hymnal, n° 695). A música foi composta por Louis Bourgeois, em 1551. Em 1561, William Kethe compôs urna paráfrase para a melodia de Bourgeois, iniciando com a frase: “Todas as pessoas que habitam na terra” {Seventk-Day Adventist Hymnal, n° 16). E possível que nenhum salmo seja utilizado com mais frequência hoje, na igreja ou na sinagoga. Ele ensina o pastoreio universal de Deus. Não há uma única nota triste. 1. Celebrai com júbilo. Ver SI 66:1; 98:4.Todas as terras. Literalmente, “todo omundo”."
Sl.100:2 2. Alegria. Esta é a tônica do salmo.
Sl.100:3 3. Foi Ele quem nos fez. A reivindicação de Deus ao louvor do ser humano se baseia, em primeiro lugar, no fato de que Ele os tez Seu povo (ver SI 95:6; cf. Dt 32:6, 15).E não nós (ARC). Vários manuscritos hebraicos, os Targuns e a margem da Bíblia Hebraica traduzem “dEle somos” (ARA). Por outro lado, a LXX e a Siríaca apoiam a tradução da ARC.Rebanho. Comparar com Sl 95:7; ver com. do SI 23:1-4. Meditar nestes pensamentos sublimes levou o salmista a agradecer.
Sl.100:4 4. Portas [...] átrios. Possivelmente se referindo ao santuário, e, por extensão, a todos os lugares nos quais Deus é adorado.Ações de graças. Possivelmente os sacrifícios de ação de graças (ver Sl 96:8). A imagem é de adoradores gratos trazendo suas ofertas de ação de graças ao santuário.Louvor. “A melodia de louvor é a atmosfera do Céu; e, quando o Céu vem em contato com a Terra, há música e cântico - ações de graças e voz de melodia”’ (Ed, 161; cf. Is 51:3, ARC).Nome. Ver com. de Sl 7:17.
Sl.100:5 5. Bom. Ver lCr 16:34; 2Cr 5:13; 7:3; Sl 106:1; 107:1; 118:1.Sua misericórdia dura para sempre.No hebraico, é o mesmo refrão recorrente (Sl 136; 118:1-4, 29).De geração em geração. A imagem e de uma geração seguindo a outra e todos des frutando a bondade e fidelidade de Deus, que merece o louvor do ser humano porque o criou, o amou, o redimiu, planejou tudo de bom para ele e lhe concede a felicidade futura.Salmo 101Salmo de Davi.esse destruirei; o que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei.Introdução — O Salmo 101 apresenta uma classificação condensada dos princípios que deveriam guiar um governante. Ele é de especial valor aos pais para “zelar pelas influências do lar” (CPPE, 119). Os v. 1 a 4 se referem à vida particular do governante; os v. 5 a 8, às suas atividades públicas.O salmo foi composto por Davi (CPPE, 119), possivelmente durante a primeira parte de seu reinado. Ele é uma bela expressão da nobreza de alma do rei Davi.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.101:1 "Introdução — O Salmo 101 apresenta uma classificação condensada dos princípios que deveriam guiar um governante. Ele é de especial valor aos pais para “zelar pelas influências do lar” (CPPE, 119). Os v. 1 a 4 se referem à vida particular do governante; os v. 5 a 8, às suas atividades públicas. O salmo foi composto por Davi (CPPE, 119), possivelmente durante a primeira parte de seu reinado. Ele é uma bela expressão da nobreza de alma do rei Davi. 1. Bondade. Do heb. chesed (ver Nota Adicional ao Salmo 36)."
Sl.101:2 2. Atentarei sabiamente. Uma decisão real, digna de uma pessoa real.Quando virás [...]? A pergunta é um desabafo de uma pessoa devota, que anseia cumprir sua decisão, o que será possível somente quando Deus se tornar pleno emsua vida. Davi desejava ardentemente o companheirismo com Deus.Em minha casa. A piedade começa em casa.
Sl.101:3 3. Coisa injusta. Literalmente, “coisa de Belial” (ver com. de Dt 13:13).Diante dos meus olhos. Davi decidiu não olhar para o mal (ver Ijo 2:16; ci. 2Co 3:18) e que sua vida não imitaria o que ele visse. Somos, em grande medida, o que contemplamos habitualmente. “Não ouvir o mal; não ver o mal; não falar o mal” (a respeito de uma valorosa pureza pessoal, ver jó 31:1, 7).Nada disto se me pegará. Apesar de entrar em contato com o mal, a pessoa deve se separar dele imediatamente. Como diz o ditado: “Não podemos impedir que os pássaros voem sobre nossa cabeça, mas podemos impedir que eles façam ninho nela.”
Sl.101:4 4. Perverso. Do heb. ‘iqqesh, “torcido”, “pervertido” (ver Pv 11:20). Neste ponto, o salmista deixa as decisões de natureza particular para as decisões que se referem à sua vida pública como governante.
Sl.101:5 5. Às ocultas. Na intimidade, secretamente.Não o suportarei. Como rei, Davi decidiu não ter servos com as características acima.
Sl.101:6 6. Meus olhos. Davi decide procurar pessoas leais que serão dignas de estar em seu palácio.Em reto caminho. Ver v. 2. Davi deseja que seus associados sejam como ele. Eles seriam escolhidos pelo valor inato,não por nascimento ou talento privilegiado. Davi demandava dos outros o que exigia de si mesmo.
Sl.101:7 7. O que usa de fraude. Comparar com Ap 14:1, 5; ver com. de Pv 12:17; 20:17.
Sl.101:8 8. Manhã após manhã. O mal nãoseria permitido. Seria destruído na primeira vez em que ocorresse.Cidade do Senhor. Jerusalém, a capital de Davi. Se a capital da nação fosse moralmente pura, o exemplo seria seguido pela nação. Sem dúvida, as grandes decisões deste salmo, se observadas, tornariam o rei digno do louvor de Davi, como manifestado em 2 Samuel 23:3 e 4.Salmo 102Oração do aflito que, desfalecido, derrama seu queixume perante o Senhor.Introdução — O Salmo 102 é um dos mais tristes dentre os sete salmos penitenciais. Ele parece ser a oração do exílio, composta na terra de seu cativeiro. Em tom elegíaco conta sobre a dor, a tristeza, a perseguição e o desânimo. Além disso, mostra esperança no retorno do cativeiro e na restauração do espírito. O poema oscila entre as duas idéias e termina com uma observação de confiança na eterna constância de Deus ao lidar com os seres humanos. O salmo possui quatro partes: introdução (v. 1, 2), queixa (v. 3-11), consolação (v. 12-22) e conclusão (v. 23-28). Nos últimos dias os cristãos expressarão suas provas e a certeza do consolo celestial em tempos de angústia, como nunca houve.O subtítulo “Oração do aflito que, desfalecido, derrama o seu queixume perante o Senhor” é único nos Salmos. Ele caracteriza o salmo e designa o propósito pelo qual foi composto (ver p. 703, 704 e 708).
Sl.102:1 "Introdução — O Salmo 102 é um dos mais tristes dentre os sete salmos penitenciais. Ele parece ser a oração do exílio, composta na terra de seu cativeiro. Em tom elegíaco conta sobre a dor, a tristeza, a perseguição e o desânimo. Além disso, mostra esperança no retorno do cativeiro e na restauração do espírito. O poema oscila entre as duas idéias e termina com uma observação de confiança na eterna constância de Deus ao lidar com os seres humanos. O salmo possui quatro partes: introdução (v. 1, 2), queixa (v. 3-11), consolação (v. 12-22) e conclusão (v. 23-28). Nos últimos dias os cristãos expressarão suas provas e a certeza do consolo celestial em tempos de angústia, como nunca houve. O subtítulo “Oração do aflito que, desfalecido, derrama o seu queixume perante o Senhor” é único nos Salmos. Ele caracteriza o salmo e designa o propósito pelo qual foi composto (ver p. 703, 704 e 708). 1. Ouve, Ver SI 18:6; 39:12."
Sl.102:2 2. Não me ocultes o rosto. Ver SI 4:6; 13:1.Pressa. Ver SI 69:17. A profundidade da tristeza do salmista e a intensidade de seu apelo são enfatizados pelos repetidos pedidos por auxílio divino, nos v. 1 e 2.
Sl.102:3 3. Porque. O verso três marca o início da queixa do salmista.
Sl.102:4 4. Esqueço de comer. Ver Jó 33:20; SI 107:18.
Sl.102:5 5. Os meus ossos já se apegam. VerJó 19:20; Lm 4:8.
Sl.102:6 6. Pelicano. Do heb. qaath, traduzido como “pelicano” também em Isaias 34:11 e Sofonias 2:14. Não se sabe quais são as espécies de aves referidas neste verso, apesar de se ter observado que o pelicano é um símbolo apropriado da absoluta solidão e melancolia.
Sl.102:7 7. Velo (ARC). Ou, “não durmo” (ARA).Passarinho. No heb. tsifor, um termo geral para aves (ver Gn 7:14; Dt 4:17). “Sozinho” é, talvez, uma alusão a um pássaro desprovido de sua companheira.
Sl.102:8 Sem comentário para este versículo
Sl.102:9 9. Cinza. Ver Js 7:6; Jó 2:7, 8; Lm 3:16. Para paralelos ugaríticos, ver com. de SI 42:3.
Sl.102:10 Sem comentário para este versículo
Sl.102:11 11. Sombra que declina. Uma impressionante imagem da aproximação da morte (ver Jó 14:2). Samuel Butler disse: "Meus anos escapam de mim como a água passando pela peneira.”
Sl.102:12 12. Tu, porém. Repentinamente, o salmista encontra consolo na contemplação da eterna soberania de Deus e se elevaacima de sua queixa. Deus não muda, por isso Suas promessas são certas, a despeito de Sua negligência aparente ao sofrimento do salmista.Permaneces para sempre. Ver SI 9:7; Lm 5:19.Memória. Ver Êx 3:15; SI 135:13.
Sl.102:13 Sem comentário para este versículo
Sl.102:14 14. Pedras. Os exilados amavam tão profundamente a Sião que apreciavam contemplar as pedras empilhadas e o pó do que um dia fora a gloriosa cidade de Jerusalém (ver Ne 4:2, 10; SI 79:1). Há um toque de nostalgia na ideia deste verso. Até mesmo as ruínas do lar da infância eram valiosas para eles.
Sl.102:15 15. Temerão. De acordo com o plano de Deus, a Sião restaurada constituiría um povo, cumprindo assim o destino divino na escolha de Israel. Atividades missionárias converteríam muitos dos pagãos e a prosperidade do novo estado atrairía muitas nações. ínfelizmente, Israel falhou. Se tivessem sido fiéis, toda a Terra teria sido preparada para a primeira vinda de Cristo (PR, 703, 704; ver também vol. 4, p. 26-30, paginação lateral).
Sl.102:16 16. Apareceu na Sua glória. O .Messias viria para o estado restaurado (ver com. do v. 15; ver também o artigo “O Papel de Israel nas Profecias do Antigo Testamento”, vol. 4).
Sl.102:17 Sem comentário para este versículo
Sl.102:18 18. Registrado. Parece que esta é a única menção, no livro dos Salmos, de queforam registradas as providências de Deus.Senhor. Do heb. Yah (ver com. de SI 68:4).
Sl.102:19 19. Desde os Céus. Ver com. de Dt 26:15; ver também SI 14:2.
Sl.102:20 20. Os condenados à morte. Literal- mente, “filhos da morte” (ver SI 79:11).
Sl.102:21 21. Nome. Ver com. de SI 5:11; 7:17.
Sl.102:22 Sem comentário para este versículo
Sl.102:23 23. Ele me abateu a força. Por um instante, o salmista perde de vista a consolação da eterna soberania de Deus e olha para sua própria fraqueza, bem como para a brevidade da vida. Quase que imediatamente ele é novamente tragado para a imutabilidade de Deus.
Sl.102:24 24. Na metade. A oração do salmista é impelida, em parte, pelo desejo de ver a restauração de Jerusalém. Ele não suporta o pensamento de morrer antes de ver o cumprimento de suas esperanças. Diante da existência eterna de Deus, ele percebe como os seus dias são fugazes e transitórios (verv. 11, 12; SI 90:2; Hc 1:12).
Sl.102:25 25. Lançaste. Ver Gn 1:1. Os v. 25 a 27 são citados em Hebreus 1:10 a 12 como direcionados a Cristo. O escritor da epístola aos Hebreus comprova que Cristo, como Filho de Deus, também ocupa um lugar de preeminência acima dos anjos. Eis a prova, também, da posição de Cristo como criador.
Sl.102:26 26. Veste. A literatura ugarítica (ver p. 698) também compara os Céus a uma veste que “se desgastará”.Salmo 103Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 103 tem sido descrito como um dos salmos mais exuberantes. Ele é a expressão espontânea de um coração repleto de louvor a Deus por Sua graça e compaixão. Nele, Davi louva a Deus pelas bênçãos em sua vida (v. 1-5), fala da benignidade que Deus exerce para com Seus filhos (v. 6-14), revela a dependência do ser humano para com um Deus misericordioso (v. 15-18) e convida toda a criação a adorar a Deus (v. 19-22). Os Salmos 103 e 104 são paralelos: o primeiro celebra as maravilhas de Deus em Sua compaixãoe misericórdia e o segundo celebra Suas maravilhas na criação (sobre a autoria do salmo, ver MDC, 114).Sobre o subtítulo, ver p. 696.
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Sl.103:1 "Introdução — O Salmo 103 tem sido descrito como um dos salmos mais exuberantes. Ele é a expressão espontânea de um coração repleto de louvor a Deus por Sua graça e compaixão. Nele, Davi louva a Deus pelas bênçãos em sua vida (v. 1-5), fala da benignidade que Deus exerce para com Seus filhos (v. 6-14), revela a dependência do ser humano para com um Deus misericordioso (v. 15-18) e convida toda a criação a adorar a Deus (v. 19-22). Os Salmos 103 e 104 são paralelos: o primeiro celebra as maravilhas de Deus em Sua compaixão e misericórdia e o segundo celebra Suas maravilhas na criação (sobre a autoria do salmo, ver MDC, 114). 1. Bendize [...] ao Senhor. Ver com. de SI 63:4.Alma. Ver com. de SI 16:10.Tudo o que há em mim. Todas as nossas faculdades devem ser utilizadas para louvar ao Senhor.Nome. Ver SI 33:21; 7:17. A inversão da ordem em que as idéias são apresentadas (a figura retórica do quiasma) é umaagradável variação retórica no paralelismo sinonímico."
Sl.103:2 2. Não te esqueças. Uma frequente advertência proferida por Moisés (ver Dt 4:9, 23; etc.). “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado” (VE, 204). “Para que não esqueçamos” é o refrão do jubiloso poema vitoriano de Rudyard Kipling, “Recessional”.
Sl.103:3 3. Quem perdoa. Ver com. de SI 32:1.
Sl.103:4 4. Misericórdia. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36).
Sl.103:5 5. Como a da águia. A antiga história de que, depois de certo tempo a águia perde as penas e renova a sua juventude não possui fundamento científico. A ave troca as penas imperceptivelmente. Talvez o salmista tenha em mente que a águia vive muito tempo, mais do que as outras aves, e mantém seu vigor. O pecador perdoado mostra o frescor de uma juventude renovada.Com este relato pessoal de louvor, Davi volta para a experiência dos filhos de Deus. Observe as seis bênçãos nos v. 3 a 5: perdoa, sara, redime, coroa, farta de bens e renova.
Sl.103:6 Sem comentário para este versículo
Sl.103:7 7. A Moisés. Ver Êx 33:13. Os caminhos de Deus são “inescrutáveis” (Rm 11:33). Eles devem ser “feito conhecidos”, algumas vezes por revelação divina, como no Sinai (Êx 20).
Sl.103:8 8. Misericordioso e compassivo.Comparar com Êx 34:6; SI 86:15.
Sl.103:9 Sem comentário para este versículo
Sl.103:10 10. Nem nos retribui. A penalidade do pecado é atenuada em Cristo.
Sl.103:11 11. Quanto o céu se alteia. O amor de Deus é imensurável como a imensa distância entre o céu e a terra.
Sl.103:12 12. Afasta de nós as nossas transgressões. Comparar com is 38:17; Mq 7:19. Não se pode compreender a vastidão douniverso, mas podemos conhecer seu autor (ver v. 13).
Sl.103:13 13. Como um pai. Ver Dt 32:6.
Sl.103:14 14. Conhece nossa estrutura. A fragilidade e a transitoriedade do ser humano são fortes apelos à benignidade de Deus (ver Gn 8:21; SI 89:5; 139:1-18).Pó. Ver Gn 2:7; 3:19; Jó 34:15.
Sl.103:15 15. Homem. Do heb. enosh (ver com. de SI 8:4).Como a relva. Comparar com Is 40:6- 8; 51:12.
Sl.103:16 Sem comentário para este versículo
Sl.103:17 Sem comentário para este versículo
Sl.103:18 Sem comentário para este versículo
Sl.103:19 19. Estabeleceu. O reinado do Rei do universo não é nacional, nem imperial, é universal. Deus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16), não é rei apenas da nação de Israel.Davi começou o salmo com sua experiência pessoal e de modo poético incluiu consigo todos os que temem ao Senhor, ao participar da bondade de Deus. Agora ele convida a toda a criação, animada e inanimada, para se unir na adoração ao Senhor.
Sl.103:20 20. Valorosos em poder. A imagem dos anjos executando “as Suas ordens” liga a família celeste à família dos filhos de Deus na terra, que guardam Seus mandamentos.
Sl.103:21 21. Exércitos. Ver com. de SI 24:10; Lc 2:13.Ministros. Paralelo a “exércitos” (ver SI 104:4; Dn 7:10; Hb 1:14).
Sl.103:22 22. Todas as Suas obras. O salmista convida toda a criação no céu e na terra, animada e inanimada, para se juntar ao coro de ação de graças (ver SI 148).Bendize [...] ao Senhor. Depois do hino de louvor universal, há uma profunda emoção na repetição que Davi faz da frase que inicia o salmo. Consciente de que o universo canta louvores a Deus, ele também queria que sua voz fosse ouvida.Salmo 104Introdução — O Salmo 103, paralelo, celebra as maravilhas de Deus em Sua compaixão e ternura, e o Salmo 104 celebra as maravilhas de Deus na criação. Em exuberância semelhante à do Salmo 103, o 104 é a canção do espontâneo deleite do poeta nas obras da criação de Deus. Na linguagem e no modo do poeta, não do cientista, o salmo discute as obras da criação, sempre discernindo na criação o Criador. O salmo é excepcional pelo movimento e vivacidade das imagens que se agrupam no quadro da criação. A este respeito ele é, provavelmente, sem igual na literatura. Alguns têm dito que valeria a pena estudar o hebraico por dez anos se assim, como resultado do estudo, fosse possível ler este salmo no original.Para uma discussão sobre o ponto de vista da Alta Crítica de que o autor deste salmo se inspirou num hino egípcio, ver Nota Adicional no final deste salmo.
Sl.104:1 "Introdução — O Salmo 103, paralelo, celebra as maravilhas de Deus em Sua compaixão e ternura, e o Salmo 104 celebra as maravilhas de Deus na criação. Em exuberância semelhante à do Salmo 103, o 104 é a canção do espontâneo deleite do poeta nas obras da criação de Deus. Na linguagem e no modo do poeta, não do cientista, o salmo discute as obras da criação, sempre discernindo na criação o Criador. O salmo é excepcional pelo movimento e vivacidade das imagens que se agrupam no quadro da criação. A este respeito ele é, provavelmente, sem igual na literatura. Alguns têm dito que valeria a pena estudar o hebraico por dez anos se assim, como resultado do estudo, fosse possível ler este salmo no original. Para uma discussão sobre o ponto de vista da Alta Crítica de que o autor deste salmo se inspirou num hino egípcio, ver Nota Adicional no final deste salmo. 1. Bendize. Como o Salmo 103, paralelo, este salmo começa com louvor (ver com. do SI 103:1).Sobrevestido. Ver SI 8:5; 93:1."
Sl.104:2 2. Coberto. Deus é representado como Se envolvendo em um manto de luz. O hino de Robert Grant '‘Adore o Rei” tem em sua segunda estrofe a frase “cuja veste é a luz, cujo espaço é dossel”. A luz oculta e revela (ver jo 1:4-9; ljo 1:5).Os v. 2 a 4 podem ser comparados com a obra dos primeiros dois dias da criação, quando 4 a luz e o firmamento foram criados para substituir as trevas e o caos (ver Gn 1:3-8).Como uma cortina. Ver Is 40:22.
Sl.104:3 3. Pões nas águas o vigamento. Uma representação poética (ver SI 18:11; Am 9:6).Morada. Literalmente, “câmaras superiores”.Nuvens. Ver Is 19:1. “Seus carros de ira na forma de escuras nuvens de tempestade” (ver o hino citado no v. 2).Asas do vento. Ver SI 18:10.
Sl.104:4 4. Fazes a Teus anjos ventos. Ver Hb 1:7. A tradução “faz dos ventos Seus mensageiros” (ARC) de algumas versões, é gramatical e lexicalmente possível.
Sl.104:5 5. Fundamentos. O salmista descreve a terra poeticamente como descansando sobre um firme fundamento (ver Jó 38:4-6; cf. jó 26:7), possivelmente para enfatizar a estabilidade da criação de Deus (comparar a obra da primeira parte do terceiro dia da criação, em Gn 1:9, 10, com os v. 5-9).
Sl.104:6 6. E a cobriste. Comparar a simples frase em prosa de Gênesis 1:9 e 10 com o relato poético dos v. 6 a 8.
Sl.104:7 Sem comentário para este versículo
Sl.104:8 8. Elevaram-se. A passagem é melhor traduzida como “montanhas se ergueram, vales afundaram”, uma vigorosa ilustração da obra de Deus ao separar as águas da porção seca, e determinar os contornos da terra.
Sl.104:9 9. Divisa. Ver Jó 26:8-10; 38:8-11.
Sl.104:10 10. Rebentar fontes. O tema é tratado com requintado detalhe poético, com ênfase no amoroso cuidado do Criador.
Sl.104:11 Sem comentário para este versículo
Sl.104:12 Sem comentário para este versículo
Sl.104:13 13. De Tua morada. Ver v. 3; SI 147:8. Deus rega a terra com a chuva e com os cursos d’água.
Sl.104:14 14. Relva. Do heb. eseb. A palavra ocorre em Gn 1:11, 12, 29 e 30.Para o serviço do homem. Ou, “plantas para o cultivo do homem” (ver lCr 27:26; Ne 10:37).
Sl.104:15 15. Vinho. Ver com. de Dt 14:26.
Sl.104:16 16. Avigoram-se. Literalmente, “estão saciadas” ou “estão satisfeitas”, possivelmente com água.
Sl.104:17 Sem comentário para este versículo
Sl.104:18 18. Arganazes. Do heb. shefannim, possivelmente texugos das rochas (ver com. de Pv 30:26).
Sl.104:19 19. Lua. A imagem da noite precede a do dia (comparar o registro da criação dos corpos celestes, em Gn 1:14-19, com os v. 19-23).Marcar o tempo. Ver Gn 1:14. Sobre o calendário lunar hebraico, ver vol. 2, p. 96-101.
Sl.104:20 20. Dispões as trevas. Uma vivida imagem da noite na floresta, em que as criaturas selvagens rastejam furtivamente para encontrar sua presa. A descrição termina com o leão, o rei dos animais (ver SI 17:12; 58:6).
Sl.104:21 Sem comentário para este versículo
Sl.104:22 22. Eles se recolhem. Ao nascer do sol as criaturas selvagens procuram se esconder.
Sl.104:23 23. Até à tarde. O dia é utilizado para o trabalho do ser humano.
Sl.104:24 24. Que variedade, Senhor! Como se não conseguisse restringir o louvor ao contemplar a criação de Deus, o salmista se detém para pronunciar palavras de admiração diante da sabedoria do Criador.
Sl.104:25 25. Mar. O poeta resume a história da criação, mencionando as criaturas do mar (ver Gn 1:20-22).Sem conta. Desde o menor habitante das profundezas até o monstro marinho do v. 26.
Sl.104:26 26. Navios. Um toque humano. O salmista traz a imagem de um único exemplo da “criação” da habilidade humana.Monstro marinho. Ver com. de jó 41:1.
Sl.104:27 27. Todos esperam. Ver SI 145:15.
Sl.104:28 Sem comentário para este versículo
Sl.104:29 29. A respiração. Comparar com SI 146:4.Ao seu pó. Ver Gn 3:19.
Sl.104:30 30. Espírito. Do heb. ruach (ver com. de SI 31:5).
Sl.104:31 Sem comentário para este versículo
Sl.104:32 Sem comentário para este versículo
Sl.104:33 33. Cantarei. Assim como o salmista deseja que Deus se regozije em Sua criação, ele também deseja cantar em louvor ao seu Criador enquanto viver. Aqui está um ciclo de alegria universal (ver DTN, 21).
Sl.104:34 34. Minha meditação. Ver SI 19:14.
Sl.104:35 35. Bendize [...] ao Senhor. Do heb. halelu-Yah, Esta é a primeira vez que esta expressão ocorre neste salmo. O termo se tornou parte da linguagem de oração e louvor (ver SI 105:45; 106:1, 48; etc.).Akhenaton, um faraó do 14° século, foi conhecido como um rei herege porque renunciou aos muitos deuses do Egito e introduziu uma forma de monoteísmo, ao proclamar Aton como o único deus da Terra (ver vol. 2, p. 3, 4). Por esse tempo, foi composto um hino, talvez pelo próprio rei, em honra ao disco solar Aton como o supremo e único deus da criação. Uma vez que esse hino contém determinados pensamentos e expressões também encontrados no Salmo 104, muitos eruditos bíblicos afirmaram que o autor doSalmo 104 tirou seu material do hino egípcio a Aton e o aplicou, de forma modificada, ao seu Deus.Admite-se a existência de alguns paralelos em pensamento e expressão entre o hino a Aton e o Salmo 104; também se sabe que o hino a Aton, ou partes dele, pudessem ser conhecidos além das fronteiras egípcias na época de Akhenaton. No entanto, não há razão para qualquer estudante da Bíblia renunciar à sua convicção de que o Salmo 104 seja uma produção original: (1) Os paralelos são poucos. Das 149 linhas do hino a Aton, na tradução de James Henry Breasted (Dawn of Conscience [1933], p. 281-286), apenas 17 delas mostram alguns paralelos com o Salmo 104, deixando 132 linhas sem paralelos. (2) Os paralelos da dependência do Salmo 104 ao hino a Aton não são tão impressionantes como advogam seus defensores. (3) A religião de Aton foi considerada heresia no Egito após o colapso do movimento de Akhenaton por volta de 1350 a.C., e o hino a Aton, que não foi utilizado depois daquele período, deve ter sido completamente esquecido em pouco tempo. Este fato torna pouco provável que o autor hebraico o tivesse conhecido na Palestina muitos séculos mais tarde. (4) Todo poeta que louva a seu deus como o criador empregará ilustrações, expressões, imagens e linguagem similares às utilizadas no Salmo 104 ou no hino a Aton. Desta forma, o Salmo 104 e o hino a Aton são originais.Salmo 105Introdução — O Salmo 105 é um hino nacional de Israel (ver SI 78; SI 106). Ele ilustra como Deus lidou com Israel desde o tempo em que Abraão e seus descendentes partiram para a conquista de Canaã e enfatiza o relacionamento de aliança entre Deus e Israel. No hino, José é apresentado como um elo entre o Egito e Canaã. A antiga métrica deste hino se compõe de uma sucessão de versos alegres e majestosos em seu paralelismo simples.Os v. 1 a 15 são praticamente idênticos aos v. 8 a 22 do salmo registrado em 1 Crônicas 16:8-36, composto por Davi para a cerimônia de consagração da arca em Jerusalém. As variações da forma original do salmo ocorreram por causa da adaptação ao uso litúrgico numa data posterior. Os Salmos 105 e 106 são paralelos (o SI 105 deveria ser estudado à luz dos conselhos dados em T8, 107-116; TM, 98; LS, 196).
Sl.105:1 "Introdução — O Salmo 105 é um hino nacional de Israel (ver SI 78; SI 106). Ele ilustra como Deus lidou com Israel desde o tempo em que Abraão e seus descendentes partiram para a conquista de Canaã e enfatiza o relacionamento de aliança entre Deus e Israel. No hino, José é apresentado como um elo entre o Egito e Canaã. A antiga métrica deste hino se compõe de uma sucessão de versos alegres e majestosos em seu paralelismo simples. Os v. 1 a 15 são praticamente idênticos aos v. 8 a 22 do salmo registrado em 1 Crônicas 16:8-36, composto por Davi para a cerimônia de consagração da arca em Jerusalém. As variações da forma original do salmo ocorreram por causa da adaptação ao uso litúrgico numa data posterior. Os Salmos 105 e 106 são paralelos (o SI 105 deveria ser estudado à luz dos conselhos dados em T8, 107-116; TM, 98; LS, 196). 1. Rendei graças. O amor de Deus, como demonstrado na história de Israel, exige reconhecimento pleno. Este é o tema do salmo.Seu nome. Ver com. de SI 7:17.Povos. Todas as nações devem conhecer as “obras” de Deus, Seu “santo nome” (v. 3), Suas “maravilhas” (v. 5) e Seus “juízos” (v. 5). O salmo começa com um tom missionário."
Sl.105:2 Sem comentário para este versículo
Sl.105:3 Sem comentário para este versículo
Sl.105:4 4. Seu poder. Israel foi salvo somente pelo poder de Deus e somente assim o ser humano pode ser salvo.
Sl.105:5 5. Lembrai-vos. Comparar com DtProdígios. Principalmente os milagres no Egito, como constituindo a maior parte do conteúdo do salmo (ver Ex 6:6; 7:4).
Sl.105:6 6. Descendentes de Abraão. Verv. 42.Escolhidos. Literalmente, “os Seus escolhidos” (ver v. 43).
Sl.105:7 7. Nosso Deus. Os v. 7 a 11 exaltam a Deus como Aquele que Se lembra de Sua aliança.
Sl.105:8 8. Mil gerações. Esta é uma hipérbole poética para um longo período de tempo (ver Dt 7:9).
Sl.105:9 9. Com Abraão. Ver Gn 12:7; 13:14-17; 15:18-21; 17:2; 22:15-18.A ísaque. Ver Gn 26:3; cf. Gn 28:13.
Sl.105:10 Sem comentário para este versículo
Sl.105:11 Sem comentário para este versículo
Sl.105:12 Sem comentário para este versículo
Sl.105:13 13. Para outro. Abraão deixou Ur dos caldeus (ver Gn 11:31—12:5). Os patriarcas foram forçados a migrar para Canaã (ver Gn 12:10; 26:1; 28:10).
Sl.105:14 14. Repreendeu a reis. Ver Gn 12:17; 20:3.
Sl.105:15 15. Não toqueis. Ver Gn 26:11.Ungidos. Possivelmente no sentidode terem sido escolhidos para uma missão especial.Profetas. Ver Gn 20:7.
Sl.105:16 16. Fez vir fome. Ver Gn 41:53-57.
Sl.105:17 17. Adiante deles. Ver Gn 45:5.Vendido. Ver Gn 37:28, 36.
Sl.105:18 Sem comentário para este versículo
Sl.105:19 19. Cumprir-se a profecia. Isto é, até que ocorresse a predição dos sonhos de José, de preeminência sobre seus irmãos (ver Gn 37:5-11).Tê-lo provado. O intervalo entre a predição e seu cumprimento foi um período de prova para José.
Sl.105:20 20. O rei mandou. Ver Gn 41:14, 40, 41, 44, 46-49, 45:8.
Sl.105:21 Sem comentário para este versículo
Sl.105:22 22. Sujeitar. A LXX, a Siríaca e Jerônimo utilizam a palavra hebraica yasar, “instruir”, em lugar de asar, “sujeitar”. A diferença é de apenas uma letra. Esta tradução tomaria paralela a primeira e a segunda parte do verso. A ideia pode ser explicada a partir de um costume egípcio, de acordo com o qual era dever do primeiro ministro, ou vizir, supervisionar a educação dos filhos do rei.Talante. Do heb. nefesh (ver com. de SI 16:10). A tradução “talante” está em harmonia com o uso ugarítico (ver p. 698).
Sl.105:23 23. Na terra de Cam. O Egito, como mostra o paralelismo (ver Sl 78:51; ver também com. de Gn 10:6).
Sl.105:24 24. Fez sobremodo fecundo o Seu povo. Comparar com Ex 1:9-16.
Sl.105:25 25. Mudou-lhes o coração. No relato bíblico, Deus é frequentemente descrito como fazendo o que Ele não impediu que ocorresse (ver com. de 2Sm 12:11; 16:22; 24:1; IRs 12:15).Astúcia. Ver Êx 1:10.
Sl.105:26 26. Moisés, Seu servo. Ver Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:2.Arão. Ver Êx 4:14-17, 27.Cam. Ver com. do v. 23.
Sl.105:27 Sem comentário para este versículo
Sl.105:28 28. Trevas. A nona praga (Ver Ex 10:21- 23). O salmista não seguiu a sequência do relato do livro de Êxodo com relação às pragas.
Sl.105:29 29. Sangue. Ver Êx 7:14-25.
Sl.105:30 30. Rãs. Ver Êx 8:1-15.
Sl.105:31 31. Moscas. Ver Êx 8:20-24.Piolhos. Ver Êx 8:16-19.
Sl.105:32 32. Saraiva. Ver Êx 9:18-35.Fogo chamejante. Ver Êx 9:23, 24.
Sl.105:33 Sem comentário para este versículo
Sl.105:34 34. Gafanhotos. Do heb. arbeh (ver Êx 10:1-20).Saltões. Do heb. yeleq, considerando a fase jovem do gafanhoto, quando ainda não possui asas. No relato do livro de Êxodo é utilizada apenas a palavra arbeh.
Sl.105:35 Sem comentário para este versículo
Sl.105:36 36. Primogênitos. Ver Êx 11, 12.
Sl.105:37 37. Prata e ouro. Ver Êx 12:35, 36. Antes de deixar o Egito, os filhos de Israel exigiram “uma recompensa pelo seu trabalho que não fora pago” (ver PP, 281).Não havia um só inválido. Literalmente, “não havia quem tropeçasse” (AA).
Sl.105:38 38. Alegrou-se. Ver Êx 12:33.
Sl.105:39 39. Nuvem. Para indicar o caminho e proteger do sol ardente (ver Êx 13:21;PP, 282). Os v. 39 a 41 apresentam três dos principais milagres no deserto: a proteção e guia da nuvem e do fogo, as codornizes e o maná e as águas que brotaram da rocha. Não é mencionada a travessia do Mar Vermelho.
Sl.105:40 40. Codornizes. Ver Êx 16.13.Pão do céu. Ver com. de SI 78:24, 25.
Sl.105:41 41. Fendeu a rocha. Ver Êx 17:6; cf. SI 78:15, 20. No Salmo 105:40 e 41 é enfatizada a abundância das dádivas de Deus.
Sl.105:42 Sem comentário para este versículo
Sl.105:43 43. Alegria. Do heb. rinnah, “um resso- ante grito de alegria” (ver Êx 15).
Sl.105:44 Sem comentário para este versículo
Sl.105:45 45. Observassem as leis. Em meio às preocupações dos últimos dias, o ser hu mano fará bem em se lembrar das bênçãos de Deus sobre Seu povo em todas as gerações, e ordenar a vida de acordo com elas.Aleluia! Ver com. de SI 104:35.Salmo 106povo, e me regozije com a Tua herança.
Sl.106:1 "Introdução — O Salmo 106 é considerado uma continuação do Salmo 105. É um hino nacional de Israel e, como o Salmo 105, revê os primórdios da história de Israel para mostrar a fidelidade de Deus à aliança. No entanto, há uma diferença marcante: este salmo revela a crônica infidelidade de Israel e as terríveis consequências que a nação sofreu em decorrência de seus pecados. O salmo cobre a história de Israel desde o Egito até a peregrinação no deserto, e sua história na terra santa no período dos juizes. Em estrofes alternadas irregulares este hino exibe um pensamento oscilante entre a fraqueza de Israel e a força ele Deus, demonstrada na libertação e na punição. Ele começa e termina com louvor e oração. O salmo é o primeiro dos chamados salmos de aleluia (ver também SI 111- 1.13; 117; 135; 146-150). Como no Salmo 105, o Salmo 106 deveria ser estudado à luz dos conselhos dados em T8, 107-116; TM, 98; e LS, 196. 1. Misericórdia. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36). O constante amor de Deus impediu que Israel fosse completamente rejeitado. A frase “Sua misericórdia dura para sempre” é um refrão recorrente no Salmo 136. As palavras do Salmo 106:1 estão no salmo de Davi para a cerimônia de consagração da arca em Jerusalém (ICr 16:34). No tempo de Cristo, este verso foi cantado como uma parte das festividades do templo na Festa dos Tabernáculos (ver DTN, 448)."
Sl.106:2 2. Louvores. Do heb. tehillah. Tehillim é o nome hebraico do saltério (ver p. 695).
Sl.106:3 3. Bem-aventurados. Ver com. de SI 1:1.
Sl.106:4 4. Lembra-Te de mim. A oração geral dos v. 1 a 3 se torna uma súplica pessoal.
Sl.106:5 5. Povo. As palavras “escolhidos”, “povo” e “herança” são sinônimas.
Sl.106:6 6. Pecamos. Os v. 6 a 39 revisam as deslealdades de Israel desde o Egito atéCanaã, citando oito transgressões que a nação confessou.
Sl.106:7 7. Não atentaram. A falta de cuidadosa análise dos juízos de Deus sobre o Egito levou os pais a se esquecerem da misericórdia divina (ver Dt 32:28, 29). Como os israelitas, estamos prontos a aceitar as bênçãos de Deus como algo comum e corriqueiro, não permitindo que estes símbolos de beneficência façam impressões duradouras em nós.Foram rebeldes. O primeiro de oito atos de transgressão (ver com. do v. 6; ver Êx 14:11, 12).
Sl.106:8 8. Por amor do Seu nome. Ver com. de SI 31:3.
Sl.106:9 9. Repreendeu. Ver Êx 14:21, 22; cf. SI 104:7.
Sl.106:10 Sem comentário para este versículo
Sl.106:11 11. Cobriram os seus opressores.Ver Êx 14:27-30; 15:5.
Sl.106:12 12. Creram. Ver Êx 14:31. O cântico de Moisés (Ex 15:1-21) é uma magnífica ampliação poética da libertação no Mar Vermelho. Mas os israelitas logo esqueceram a bondade de Deus.
Sl.106:13 13. Cedo, porém, se esqueceram. Os v. 13 a 33 são a confissão dos pecados de Israel no deserto: o desejo por comer carne, a revolta contra Moisés e Arão, o pecado do bezerro de ouro, o incidente dos espias, o pecado em Baal-Peor e a mu rmu ração em Meribá.Os sucessivos pecados relembrados no salmo seguem sem transição formal. Esta tendência de passar imediatamente de um episódio a outro, sem conectá-los é um exemplo da figura de linguagem chamada assín- deto. E uma característica do Salmo 106 (ver v. 6, 7, 13, 24, etc.). O efeito do assín- deto é dar a impressão de uma lembrança incessante dos pecados históricos da nação de Israel, como se o povo estivesse se apressando para fazer uma confissão completa.Não aguardaram. Eles correram adiante do plano de Deus para eles. Sempre que falhamos em esperar que Deusrevele Seus planos para nós, entramos em dificuldades.
Sl.106:14 14. Entregaram-se à cobiça. Ver Nm 11:4-6.Tentaram. Do heb. nasah, “experimentaram”, “provaram”.
Sl.106:15 15. O que pediram. Ver Nm 11:31.Definhar-lhes. Do heb. razon, “definhamento” (ver Nm 11:33, 34).
Sl.106:16 16. Tiveram inveja de Moisés. O segundo pecado no deserto: a revolta contra Moisés e Arão (ver Nm 16; 17).Santo. O grupo insatisfeito protestava que toda a congregação era santa (ver Nm 16:3).
Sl.106:17 17. Data. Ver Dt 11:6. Está registrado que "os filhos de Corá não morreram” (ver Nm 26:11).
Sl.106:18 18. Os ímpios. Ver Nm 16:2, 26, 35.
Sl.106:19 19. Horebe. Os v. 19 a 23 descrevem o terceiro pecado no deserto: o pecado do bezerro de ouro (ver Êx 32; cf. Dt 9:8-12).
Sl.106:20 20. A glória de Deus. Ver jr 2:11; Rm 1:23. O contraste entre a glória de Deus e um animai irracional comendo grama é surpreendente.
Sl.106:21 21. Esqueceram-se. Ver com. do v. 13; ver também Dt 6:12. Os v. 21 e 22 resumem os eventos no Egito na época do êxodo.Salvador. Ver Is 43:3.
Sl.106:22 22. Cam. Ver com. de SI 105:23.
Sl.106:23 23. Interposto. Ver Êx 32:10-14, 32-34, cf. Ez 22:30.
Sl.106:24 24. A terra aprazível. Ver Dt 8:7; Jr 3:19; Ez 20:6. No Salmo 106:24 a 27 é descrito o quarto pecado no deserto: a rebelião que ocorreu após o retorno dos espias (ver Nm 13; 14).Não deram crédito. Ver Dt 1:22; cf. Hb 3:18.
Sl.106:25 Sem comentário para este versículo
Sl.106:26 26. De mão erguida. Deus é descrito, em linguagem humana, como um homem que ergue a mão ao proferir um juramento (ver Ex 6:8, onde “jurei” é, literalmente, “ergui minha mão”).
Sl.106:27 27. E os dispersaria. Comparar com Ez 20:23.
Sl.106:28 28. Também se juntaram. Os v. 28 aBaal-Peor. Ver Nm 23:28; 25:18; 31:16; js 22:17. Sobre a adoração a Baal, ver com. de jz 2:11; ver também vol. 2, p. 21 a 23.Sacrifícios dos ídolos mortos. Ver PP, 684; ICo 10:20; cf. ICo 8:4-6.
Sl.106:29 29. Peste. Ver Nm 25:8, 9, 18; PP, 455.
Sl.106:30 30. Fineias. Ver Nm 25:7, 8.
Sl.106:31 31. Por justiça. Comparar com Gn 15:6. Em resultado deste ato de fé, o Senhor prometeu a continuidade do sacerdócio (ver Nm 25:10-13).
Sl.106:32 32. Águas de Meribá. O sexto pecado no deserto: a rebelião contra Moisés e Arão nas águas de .Meribá (ver Nm 20:2-13).Sucedeu mal a Moisés. Ver Nm 20:10- 12; cf. Dt 1:37; 3:26.
Sl.106:33 33. Falou irrefletidamente. Doheb. bata, “falar precipitadamente”, “falar impensadamente” (ver vol. l,p. 1041-1042). A confissão dos seis pecados no deserto está completa.
Sl.106:34 34. Não exterminaram. Os israelitas não destruíram as nações idólatras, como Deus ordenara (ver Êx 23:32, 33; Dt 7:2; Js 23:12, 13; Jz 1:21, 27; etc.). A obediência a esta ordem era de extrema importância, porque foi o contato de Israel com os ímpios que o arrastou para a ruína.Os v. 34 a 39 examinam os pecados que ocorreram depois da entrada em Canaã.
Sl.106:35 35. Aprenderam as obras. Os detalhes são apresentados nos v. 36 a 39. Há, neste verso, uma lição para o Israel espiritual.
Sl.106:36 36. Laço. Ver Êx 23:33; 34:12; Dt 7:16.
Sl.106:37 37. Imolaram. A adoração a Moloque envolvia sacrifícios humanos (Ver com. de Lv 18:21; 1 Rs 11:7). Este era um dos rituais mais abomináveis dos pagãos.Demônios. Ver lCo 10:20; PP, 685, 686.
Sl.106:38 Sem comentário para este versículo
Sl.106:39 39. E se prostituíram. Eles cometeram adultério espiritual, quebrando o relacionamento de aliança com Deus. O relacionamento entre Israel e Deus é representado pela imagem do casamento (ver Jr 3:14; Ez 16).
Sl.106:40 40. Ira. Ver SI 78:59. Esta ideia é como um fio escuro que percorre toda a história dos juizes. Os v. 40 a 43 descrevem a punição como resultado da desobediência.
Sl.106:41 Sem comentário para este versículo
Sl.106:42 Sem comentário para este versículo
Sl.106:43 43. Muitas vezes. Ver Jz 2:16.
Sl.106:44 Sem comentário para este versículo
Sl.106:45 45. Lembrou-Se. Isto não indica que Deus tenha se esquecido de Sua aliança. A palavra hebraica para “lembrar” frequentemente significa mais que uma retenção consciente, ou a recordaçãosúbita de um fato que foi esquecido. Com frequência, a palavra denota a ação que ocorre porque uma circunstância é “lembrada”. Deus age de acordo com as estipu- 1 ações da aliança.Misericórdias. Do heb. chasadim (ver Nota Adicional ao Salmo 36).
Sl.106:46 46. Lograssem compaixão. VerlRs 8:50 (cf. Ne 1:11; Dn 1:9).
Sl.106:47 Sem comentário para este versículo
Sl.106:48 48. Amém. A doxologia marca o final cio Livro Quatro (ver SI 41:13; 72:18, 19; 89:52; ver também p. 705 e a introdução ao SI 105).Aleluia! Ver com. de SI 104:35. Apesar do longo relato de teimosia, rebelião e pecado de Israel, o salmista termina com uma nota de gratidão pela misericórdia de Deus.Salmo 107
Sl.107:1 "Introdução — O Salmo 107 inicia o Livro Cinco do livro dos Salmos (ver p. 705). Em questão de beleza poética este poema se classifica entre as mais sublimes produções da literatura. Sua construção é singular e foi composto para ser cantado alternadamente. As estrofes são simétricas. Primeiro há uma descrição da calamidade.então um clamor por auxílio seguido de resposta imediata. Segue-se, então, um chamado ao agradecimento complementado pelo motivo do chamado. Os duplos refrões com suas variações são muito sugestivos (ver v. 6-9, 13-16, 19-22 e 28-32). Depois da introdução (v. 1-3), em que os redimidos são convidados a louvar a Deus, o salmistaapresenta quatro sequências marcantes de pensamentos em quatro estrofes.A primeira estrofe (v. 4-9) descreve o cuidado de Deus com os peregrinos no deserto. A segunda (v. 10-16) retrata a Deus como o libertador de prisioneiros. A terceira estrofe (v. 17-22) define a Deus como o grande médico. A quarta (v. 23-32) apresenta a Deus como soberano do mar. Neste ponto a estrutura literária do poema é alterada. Os v. 33 a 42 falam da bênção que sobrevem aos justos e da maldição como porção dos perversos. O salmo termina com um apelo para que o sábio reflita sobre os latos apresentados e compreenda melhor a benignidade de Deus (v. 43). 1. Rendei graças. Uma exortação geral para que as pessoas levantem a voz em coro de gratidão a Yahweh. Isto é o mínimo que as pessoas podem fazer em retribuição ao que Deus tem feito por elas. O louvor é agradável a Deus, e a voz humana devería ser erguida com frequência em cantos de gratidão.Bom. Do heb. tov. A bondade é um dos grandes atributos cie Deus. Deus não é somente bom, mas é também a fonte da qual flui toda a bondade.Misericórdia. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36). O salmista estava consciente de que a bondade e a misericórdia de Deus o acompanhavam constantemente (ver com. do SI 23:6). Em todas as difíceis circunstâncias da vida é confortante saber que o grande coração de Deus está repleto de benignidade e terna misericórdia para com os filhos dos homens."
Sl.107:2 2. Digam-nos os redimidos. Embora os seres humanos tenham se vendido ao adversário por meio de seus pecados, o Céu pagou um preço infinito para comprá-los de volta (ver GC, 416). Os redimidos de todos os povos têm motivos para dizer que Deus é bom e que a Sua misericórdia dura para sempre. Deveriamos contar o que Deus temfeito por nós com mais fervor, e o amor por Ele se aprofundará na medida em que é expressado (ver PJ, 298).
Sl.107:3 3. Congregou. A mensagem de redenção penetrará em todos os lugares tenebrosos da terra, e as pessoas de toda nação, tribo, língua e de todo povo reagirão com gratidão (ver Mt 24:14; Ap 14:6-12).
Sl.107:4 4. Andaram errantes. A referência principal reiaciona-se aos filhos de Israel. Nós também somos peregrinos e não possuímos cidade permanente, mas somos guiados por um Deus onisciente, que nos levará pelo caminho certo até a cidade celestial (ver Hb 11:10).
Sl.107:5 5. Desfalecia neles a alma. Esta é uma descrição gráfica da condição do povo no deserto. O desespero os dominou devido às lamentáveis circunstâncias. Tal condição não convém aos redimidos. Deus deseja que Seu povo seja alegre. Para aqueles que afirmam confiar nEIe, “o desânimo é pecaminoso e irrazoável” (PR, 164).
Sl.107:6 6. Clamaram. Este refrão ocorre em todo o salmo (v. 13, 19, 28). Na angústia o povo clamou Àquele que poderia ajudá-los. Quando chegaram ao limite, passaram a orar (ver com. de Jz 3:9).
Sl.107:7 7. Caminho direito. Literal mente, “caminho reto” ou “caminho plano”. O caminho direito é o caminho reto. Os caminhos do pecado são tortuosos. O caminho reto é o trajeto mais fácil e rápido para o lar celestial.
Sl.107:8 8. Rendam graças. Neste verso o salmista irrompe em exortação apaixonada para que todos se juntem a ele no louvor ao Redentor. Recordar o que Deus fez ao resgatar o ser humano da escravidão do pecado e não harmonizar as vozes em adoração e gratidão Àquele que fez tantas maravilhas certamente é uma demonstração de ingratidão.
Sl.107:9 9. Fartou. Mesmo no deserto, as necessidades de Israel foram supridas. Deus lhes forneceu água da rocha e pão do céu.O mesmo Deus ainda vive e satisfará a todos que têm fome e sede de justiça (Mt 5:6). Ele não permite que ninguém volte vazio.
Sl.107:10 10. Assentaram nas trevas. Ver com. de SI 23:4. As prisões antigas eram, geralmente, galerias escuras, e os pés e mãos dos prisioneiros eram presos a grilhões de ferro. Numa cela escura e triste o acusado esperava sua sentença. Esta é uma ilustração de todos os filhos de Adão antes que o grande Liberador viesse para abrir as portas da prisão e os libertasse. A obra do Redentor era abrir a prisão aos que estavam presos e proclamar liberdade aos cativos (ver Is 61:1; Lc 4:17, 18).Sombras da morte. Ver com. de SI 23:4.
Sl.107:11 11. Desprezado o conselho. Eles não apenas desobedeceram; eles desprezaram o conselho de Deus. Quando as pessoas e as nações não seguem o plano de Deus e são infiéis a Ele, trazem sobre si perplexidade e problemas.
Sl.107:12 Sem comentário para este versículo
Sl.107:13 13. Então [...] clamaram. Quando se chega ao fim dos recursos terrenos e se clama a Deus, Ele nunca deixa de atender. Vez por outra os filhos de Israel foram derrotados em batalha e sujeitados pelo inimigo. Logo que eles clamavam ao Senhor por auxílio, Ele levantava um libertador para resgatá- los (Jz 3:7-9. 12-15; 4:1-4; 6:1-14; etc.).
Sl.107:14 14. Sombras da morte. Ver com. de SI 23:4.
Sl.107:15 15. Rendam graças. Ver com. dos v. 8, 21.
Sl.107:16 16. Portas de bronze. Ver com. deEx 25:3. Na Antiguidade, para a segurança dos portões da cidade, era costume cobri- los com espessas placas de bronze e ferro. Esta era uma proteção contra o inimigo. No entanto, portões de bronze ou barras de ferro não conseguiam proteger uma cidade de cair nas mãos do instrumento escolhido por Deus para libertar Seu povo (ver Is 45:2).
Sl.107:17 17. Por causa das suas iniquidades. Isto indica persistência no mau caminho.Serão afligidos. O pecado traz aflição àqueles que são indulgentes com ele. Pode dar certo prazer passageiro, mas trará sofrimento e dor no final.
Sl.107:18 18. A sua alma aborreceu. Ver Jó 33:20-22. Os tolos (v. 17, NVI) perderam o apetite; eles se aproximavam das portas sombrias da tumba.
Sl.107:19 19. Clamaram. O grande Médico ouve o menor sussurro e concede alívio imediato.
Sl.107:20 20. Enviou-lhes a Sua palavra. Pormeio de Sua palavras Deus fez os céus e todo o exército deles (ver com. de SI 33:6). Esta palavra é um maná para a alma faminta e fonte de sustento espiritual (ver jr 15:16;Mt 4:4). A completa revelação desta palavra é vista em Cristo, a Palavra viva, que ‘'Se fez carne e habitou entre nós’ ’ (Jo 1:14).
Sl.107:21 21. Rendam. Ver com. do v. 8. Por que as pessoas não louvariam tão grande Deus, médico e doador da vida? E difícil compreender por que pessoas pelas quais Deus fez tanto se esquecem de Sua misericórdia. Quando o Mestre andou pelas planícies da 7 Palestina e curou todo tipo de enfermidade, deparou-Se constantemente com a ingratidão. Ele perguntou: “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” Apenas um leproso voltou para agradecer, e ele era um samaritano (Lc 17:15-18).
Sl.107:22 22. Ações de graças. Do heb. todah, “canção de ação de graças”. Quando acompanhada do repúdio ao pecado, representa confissão. O sacrifício de um animal deveria ser acompanhado com sincera consagração, a fim de ser valioso aos olhos de Deus (ver is 1:11; Jr 6:19, 20).
Sl.107:23 23. Aos mares. Nos v. 23 a 30, o sal- mista descreve uma tempestade no mar.De repente, a tempestade para e a pequena embarcação é atirada para cima e para baixo nas ondas. Os marinheiros ficam dominados por medo terrível.
Sl.107:24 24. Maravilhas nas profundezas.Os marinheiros têm uma oportunidadeúnica de observar o poder e a majestade de Deus. Aquele que governa as profundezas e fala às ondas furiosas guia o ser humano em segurança à outra margem.
Sl.107:25 25. Ele manda (ARC). Deus é o criador, e todos os elementos e leis da natureza estão sujeitos ao Seu comando. No entanto, Ele não é responsável por todas as calamidades da natureza (ver GC, 589, 590).
Sl.107:26 26. Desfalecia-lhes a alma. Os marinheiros temiam que a morte os estivesse esperando. Perderam toda a esperança de alca nça r a margem.
Sl.107:27 27. E perderam todo tino. Literalmente, “toda sua sabedoria se mostrou”. A habilidade como navegadores não lhes serviu de nada, e a única esperança era clamar ao Mestre das ondas.
Sl.107:28 28. Clamaram. O clamor dos marinheiros é ouvido por Deus acima cio rugido agressivo do oceano, e, tão súbita como surgiu, a tempestade se abrandou.
Sl.107:29 29. Acalmaram. Deus controla toda a natureza. Do mesmo modo como Ele acalmou o conturbado mar, Ele instilará paz, na atualidade, a quem navega atribulado sobre as ondas da vida. Acima do rugido das turbulentas águas da vida, o filho de Deus consegue ouvir Sua voz em tom suave dizendo: “A minha paz vos dou [...] Não se turbe o vosso coração” (jo 14:27).
Sl.107:30 30. Desejado porto. Ao leme há um capitão que conduz os seres humanos em segurança ao porto celestial, para alegria deles. “Ah, pense em caminhar por terra firme e que esta terra será o céu; pense em apertar a mão estendida, a mão de Deus.”
Sl.107:31 31. Rendam graças. Esta é a quarta exortação para louvar a Deus (ver com. dos v. 8, 15, 21:.
Sl.107:32 32. Na assembléia. O louvor a Deus deveria ser ouvido na igreja com frequência. A partir deste ponto, o estilo do salmo se altera. O refrão que foi a característica dasquatro estrofes anteriores não ocorre no restante do salmo. O salmista contrasta o relacionamento de Deus com os justos e com os ímpios.
Sl.107:33 33. Em desertos. As terras férteis e bem irrigadas se transformaram em terras áridas e infrutíferas por causa da impiedade de seus habitantes.
Sl.107:34 34. Deserto salgado. Do heb.melechah, “sabor salgado”, “região salgada”. Quando um inimigo desejava destruir um local e torná-lo improdutivo, ele o cobria com sal (ver Jz 9:45; cf. Gn 19:24-28).
Sl.107:35 Sem comentário para este versículo
Sl.107:36 36. Estabeleceu aí os famintos. Com o Senhor não existe miséria, e aqueles que confiam nEle terão suas necessidades supridas.
Sl.107:37 37. Fartas colheitas. Deus coopera com os que cultivam o solo.
Sl.107:38 Sem comentário para este versículo
Sl.107:39 39. Reduzir-se. As pessoas se tornam orgulhosas com seu sucesso material quando não reconhecem a Deus como aquele que produz o crescimento. Deus os humilha com a pobreza com o intuito de salvar-lhes a alma.
Sl.107:40 40. Lança Ele o desprezo. A mudança no destino dos poderosos da Terra nos ajuda a reconhecer “que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer” (Dn 4:17).
Sl.107:41 41. Levanta. Este é um contraste entre a experiência dos príncipes (v, 40) com a exaltação dos pobres e humildes. Com a bênção de Deus, os que eram pouco apreciados se tornavam prósperos.
Sl.107:42 42. Os retos veem isso. As muitas evidências cia soberana providência de Deus atraem a atenção dos justos, e sua visão se ilumina pela fé, ao passo que os ímpios ficam perplexos e duvidosos.
Sl.107:43 43. Quem é sábio. O insensato geral- mente vê somente as circunstâncias imediatas e “diz no seu coração: Não há Deus” (SI 14:1). No entanto, quem é sábio e observa o relacionamento de Deus comos justos e os ímpios, como retratado neste salmo, vê nesses relacionamentos a revelação do amor de Deus. Tal sabedoria não é terrena, mas celestial e recai sobre os que a pedem com fé (ver Tg 1:5).Considere. Quem busca a sabedoria, em primeiro lugar, está consciente da fraqueza e da miséria humana e, então, começa a entender um pouco do grande amor e da bondade de Deus.Salmo 108Cântico. Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 108 é adequado para ser cantado como um hino nacional. A primeira seção (v. 1-5) corresponde em idéia e em texto à segunda parte do Salmo 57; a segunda seção (v. 6-13) é praticamente a mesma da segunda divisão do Salmo 60 (para um contexto histórico destes salmos, ver as introduções aos Salmos 57 e 60), As respectivasporções destes salmos podem ter sido combinadas no Salmo 108 para propósitos litúrgicos e, então, usadas no serviço do templo.Sobre o subtítulo, ver p. 705, 707.
Sl.108:1 "Introdução — O Salmo 108 é adequado para ser cantado como um hino nacional. A primeira seção (v. 1-5) corresponde em idéia e em texto à segunda parte do Salmo 57; a segunda seção (v. 6-13) é praticamente a mesma da segunda divisão do Salmo 60 (para um contexto histórico destes salmos, ver as introduções aos Salmos 57 e 60), As respectivas porções destes salmos podem ter sido combinadas no Salmo 108 para propósitos litúrgicos e, então, usadas no serviço do templo. 1. Firme está o meu coração. O sal- mista determinou sua conduta e não se desviaria dela. A firmeza de propósito é um traço de caráter que todos elevemcultivar. Os v. I a 5 apresentam uma leve variação, como no Salmo 57:7 a 11 (ver comentários a li).Minha alma. O salmista renderia louvores a Deus com sua inteligência, linguagem, aptidões poéticas e musicais. Ele dedicou todos os seus talentos ao Criador."
Sl.108:2 2. Despertai, saltério [...]! O melodioso cantor de Israel não se satisfaz em apenas utilizar a sua voz. Ele convida simbolicamente os instrumentos musicais a acompanhá-lo em seus cânticos de louvor. Aqueles que possuem talento musical têm o privilégio e o dever de utilizá-lo para glorificar o Criador.Acordar a alva. Dedicar as primeiras horas da manhã em devoção pessoal fortalece a pessoa para as tarefas do dia e protege contra a tentação. Com frequência, o Salvador orava antes de iniciar as atividades diárias (ver DTN, 90; CBV, 52; ver com. de Mc 3:13).
Sl.108:3 Sem comentário para este versículo
Sl.108:4 4. Acima dos Céus. A verdade e o amor misericordioso de Deus são profundos e ilimitados. A Terra não pode contê- los. Eles se estendem até o Céu.
Sl.108:5 5. Sê exaltado. O louvor humano a Deus deveria estar de acordo com a abundância cia benignidade divina. O som de um forte coro encherá a ferra e todas as cortes da glória divina.
Sl.108:6 6. Teus amados. A oração de uma pessoa piedosa alcança a muitas outras e, geralmente, molda o destino de toda uma nação (ver Tg 5:17, 18). Os amados serão libertos por Aquele que os ama. Os v. 6 a 13 apresentam uma leve variação, como no Salmo 60:5 a 12 (ver comentários dessa seção).
Sl.108:7 7. Na Sua santidade. A natureza de Deus é santa, o que torna impossível queEle quebre Sua promessa (ver Nm 23:19; Tt 1:2). Quando Deus fala, Sua palavra permanece firme.Vale de Sucote. Ver com. de Js 13:27.
Sl.108:8 8. Judá é o Meu cetro. Judá era atribo real de onde o cetro não se afastaria até que Siló viesse (ver Gn 49:10).
Sl.108:9 9. Moabe [...] é Minha bacia de lavar. Moabe era conhecida por seu orgulho (ver Is 16:6). Neste verso, o salmista compara a altiva nação a um recipiente onde os guerreiros vitoriosos lavavam seus pés.Filístia. Davi subjugou os filisteus no início de seu reinado (ver com. de 2Sm 8:1). Deus triunfará sobre todos os inimigos de Seu povo.
Sl.108:10 10. Cidade fortificada. Ver com. de SI 60:9. O salmista buscou o auxílio de Deus para capturar esta fortaleza, e ele não o buscou em vão (ver com. de 2Sm 8:14).
Sl.108:11 11. Não nos rejeitaste [...]? Naquele momento, parecia que Deus havia esquecido Seu povo escolhido, mas não. Ele conduziu o exército de Israel contra as intransponíveis alturas de Edom, que se tornou servo de Israel (ver com. de lRs 11:15). Hoje Ele pode nos levar a vencer a fortaleza do inimigo. Nada pode resistir àqueles que confiam nEle.
Sl.108:12 12. Vão. Quando a ajuda humana nada vale, o socorro divino vem a nós. Quando a confiança no ser humano é abalada, o filho de Deus se apoia com mais intensidade no braço do Infinito.
Sl.108:13 13. Proezas. O auxílio divino nos inspira a ajudar-nos a nós mesmos. De Deus recebemos coragem, sabedoria e força para obter a vitória sobre os inimigos. Com Deus na liderança, a igreja sairá conquistando e para conquistar.Salmo 109Ao mestre de canto. Salmo de Davi.Introdução — O Salmo 109 é dedicado ao mestre de canto. Possivelmente foi planejado para ser cantado nos serviços do taber- náculo e do templo. Ele é uma advertênciaaos que retribuem o amor com ódio e a bondade com a ingratidão. O NT faz referência a uma porção deste salmo como se aplicando à experiência de Judas (ver At 1:16-20).O salmo se compõe de três partes: o apelo do salmista por auxílio contra seus inimigos (v. 1-5); o clamor pela retribuição ao líder do grupo traiçoeiro (v. 6-20); um cântico de ação de graças a Yahweb após o pedido por libertação (v. 21-31).Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707.
Sl.109:1 "Introdução — O Salmo 109 é dedicado ao mestre de canto. Possivelmente foi planejado para ser cantado nos serviços do taber- náculo e do templo. Ele é uma advertência aos que retribuem o amor com ódio e a bondade com a ingratidão. O NT faz referência a uma porção deste salmo como se aplicando à experiência de Judas (ver At 1:16-20). O salmo se compõe de três partes: o apelo do salmista por auxílio contra seus inimigos (v. 1-5); o clamor pela retribuição ao líder do grupo traiçoeiro (v. 6-20); um cântico de ação de graças a Yahweb após o pedido por libertação (v. 21-31). 1. Não Te cales! Os inimigos estavam difamando o salmista e zombando de seu Deus. Davi conhecia seu Senhor tão intimamente e sua confiança era tão profunda que ousadamente ele pediu que seu divino amigo quebrasse o silêncio e falasse."
Sl.109:2 2. Mentirosa língua. Testemunhas falsas faziam acusações infundadas contra(Á o salmista. E difícil suportar relatos mentirosos, mas somos admoestados a nos alegrar quando, por amor de Cristo, disserem todo mal contra nós (Mt 5:11).
Sl.109:3 3. Palavras odiosas. Ver Jr 18:18.
Sl.109:4 4. Oro. Ao invés de se vingar, o salmista se dedicou à oração e intercessão. Feliz é a pessoa que, em meio a toda provação e falsa acusação, se refugia no esconderijo da comunhão com Deus.
Sl.109:5 5. O amor. A bondade do salmista para com seus inimigos foi retribuída com ódio severo por parte deles. A maior demonstração de amor aos inimigos foi vista em Cristo, o Filho de Deus (ver Rm 5:7-10). Nunca houve demonstração de amor como a Sua. Apesar dessa demonstração de amor, Ele foi traído e crucificado. E, ao morrer em agonia, o amor pelos Seus inimigos não perdeu o ardor enquanto Ele orava: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34).
Sl.109:6 6. Suscita contra ele um ímpio.Com frequência Deus permite que um ímpio tirano controle um povo pecador.
Sl.109:7 7. E, tida como pecado, a sua oração. Literalmente, “sua oração se tornará pecado”. O verbo utilizado neste verso está no futuro simples, diferente da forma que denota um desejo. A oração doímpio não provém de arrependimento verdadeiro, mas de tristeza pelos resultados do pecado. Deus não aceita tal prece (ver Pv 28:9; Is 1:15).
Sl.109:8 8. Os seus dias sejam poucos. O hebraico permite a tradução alternativa “seus dias serão poucos” (ver com. do v. 7).Encargo. Do heb. 'pequddah, significando o cargo do administrador. Este verso foi citado por Pedro como uma sanção para o preenchimento do lugar de Judas por meio da eleição de outro apóstolo (ver At 1:20).
Sl.109:9 9. Órfãos. Neste mundo de pecado “é inevitável que os filhos sofram as consequências das más ações dos pais” (PP, 306; ver com. de Js 7:15). De modo inverso, o Senhor é gracioso com a descendência do justo e Se compadece das gerações seguintes (Êx 20:6).
Sl.109:10 Sem comentário para este versículo
Sl.109:11 11. Usurário. Aquele que dispõe de seu dinheiro com ganância. Ele é representado neste verso como que exigindo todas as posses de seu devedor.
Sl.109:12 12. Quem se compadeça. Isto é, ter misericórdia contínua ou duradoura. Conquanto seja verdade que o amor do Senhor é eterno (ver Jr 31:3), chegará o fim para as súplicas do Espírito Santo e para a extensão da misericórdia aos ingratos pecadores (ver Gn 6:3).
Sl.109:13 13. Seguinte geração. Os israelitas, com seu forte senso de solidariedade familiar, ansiavam que seu nome permanecesse vivo em seus descendentes. A extinção do nome da família era considerada uma calamidade terrível (ver com. de Gn 38:8).
Sl.109:14 Sem comentário para este versículo
Sl.109:15 Sem comentário para este versículo
Sl.109:16 Sem comentário para este versículo
Sl.109:17 17. O apanhe. Aqui, como no v. 7, o destino dos ímpios é expresso não tanto na forma de um desejo, mas na forma histórica, como resultado inevitável da decisão que os ímpios pronunciaram sobre si mesmos por meio da conduta deles.
Sl.109:18 Sem comentário para este versículo
Sl.109:19 Sem comentário para este versículo
Sl.109:20 20. Galardão. Aqueles que desprezam o amor e a graça de Deus trazem maldição sobre si mesmos. A punição deles é arecompensa às suas ações, o resultado inevitável de sua escolha.
Sl.109:21 Sem comentário para este versículo
Sl.109:22 Sem comentário para este versículo
Sl.109:23 23. Sombra. Quando o dia declina, a sombra se alonga até que desaparece na escuridão.Atirado. Melhor “sacudido” (ARC). O salmista se sente tão indefeso como um gafanhoto.
Sl.109:24 Sem comentário para este versículo
Sl.109:25 Sem comentário para este versículo
Sl.109:26 26. Socorre. Na seção de conclusão do salmo, o clamor por socorro é renovado e o salmista se lança completamente sobre a misericórdia de Deus. O salmo termina com a alegre perspectiva de que,após o sofrimento, virá a glória, após a cruz, a coroa.
Sl.109:27 Sem comentário para este versículo
Sl.109:28 28. Mas Tu, abençoa. Não importa se formos amaldiçoados por pessoas ímpias, contanto que saibamos que a bênção do Céu repousa sobre nós.
Sl.109:29 29. Cubram-se de ignomínia. O pecado sempre traz vergonha e desgraça (ver Gn 3:7-11).
Sl.109:30 30. Louvá-Lo-ei. Deve-se louvar a Deus em público. Ele está sempre ao lado para ajudar e salvar dos inimigos que estão tentando nos destruir.Salmo 110Salmo de Davi.
Sl.109:31 Sem comentário para este versículo
Sl.110:1 "Introdução — O Salmo 110 foi escrito por Davi (ver Mt 22:41-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-43). O salmo ocupa lugar dentre as mais majestosas canções da literatura hebraica. Tem sido denominado corno “A pérola dos salmos messiânicos”. Cristo é apresentado não somente como rei e governador deste mundo. Por juramento solene de Deus, é apresentadotambém como eterno sacerdote. Isso pode ser comparado com Zacarias 6:13, em que o Messias é profetizado como sacerdote e rei.São numerosos os paralelos ugaríticos (verp. 698) no Salmo 110. Tem-se estimado que cerca de 46% do vocabulário de todos os salmos encontram paralelos no ugarítico. No Salmo 110, essa proporção chega a 71%.A mesma alta porcentagem é encontrada nos Salmos 29 e 93.A respeito do subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Disse o Senhor ao meu senhor. Substituindo as palavras hebraicas por “Senhor”, temos o seguinte: “Yahweh disse a adhoni” (ver vol. 1, p. 11, 12). De acordo com a afirmação de Jesus, o diálogo ocorreu entre Deus, o Pai, e Deus, o Filho. Cristo está assentado num lugar de alta honra no Universo, à destra de Seu Pai (ver Ef 1:20-23; cf. iCo 15:24-28).Escabelo (ARC). Ver com. de SI 99:5."
Sl.110:2 2. Cetro do Seu poder. Símbolo comum de autoridade e poder (ver Jr 48:17).
Sl.110:3 3. Apresentar-se-á voluntariamente o Teu povo. Literalmente, “Teu povo voluntariamente oferta”. Quando o rei congregar seu exército para o grande dia da derrota dos inimigos de Sião, haverá uma resposta imediata. O povo se submeterá em obediência a seu líder.Santos ornamentos. Muitos manuscritos hebraicos, bem como Símaco e Jerônimo, traduzem como “montanhas de santidade”. Se esta tradução for correta, ilustra as montanhas de Sião como o ponto de encontro dos exércitos de Israel.O orvalho. Talvez uma metáfora da imensidão do exército (ver 2Sm 17:11, 12), ou de frescura e vigor (ver SI 133:3; Os 14:5).
Sl.110:4 4. Arrependerá. Ele, que conhece o fim desde o princípio, não muda Seupropósito (ver com. de ISm 15:11). Apesar de a falha do ser humano poder exigir uma interrupção temporária no plano de Deus, no fim, todas as coisas serão realizadas de acordo com Seu propósito original.Sacerdote para sempre. A linguagem mais forte possível é empregada para mostrar que Cristo é um sacerdote eterno. Ele é sacerdote em virtude de uma promessa de Deus confirmada mediante juramento (ver Hb 7:21). Isto resolve o decreto para além de todo questionamento.Ordem de Melquisedeque. Em Cristo, o sacerdócio e o reinado estão unidos como em Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus (ver Gn 14:18; Hb 5:6, 10; 6:20; 7:1-3, 11, 15, 17, 24, 28).
Sl.110:5 5. Esmagará os reis. Potentados terrenos não terão sucesso em se opor à obra do Senhor. Deus fará Sua causa triunfar sobre os governantes.
Sl.110:6 Sem comentário para este versículo
Sl.110:7 7. Bebe na torrente. Uma ilustração que possivelmente sugere o refrigério em meio de uma tarefa árdua. Exércitos fatigados e seus líderes tinham prazer em beber água de uma “torrente no caminho” (ver com. de Jz 7:5).Cabeça erguida. Esta expressão denota que todos os traços de fraqueza desapareceram e o líder estava pronto para avançar com vigor renovado para realizar sua tarefa (ver Lc 21:28).Salmo 111K De todo o coração renderei graças ao Senhor, Ü na companhia dos justos e na assembléia.n 3 Em Suas obras há glória e majestade,T 4 Ele fez memoráveis as Suas maravilhas; n benigno e misericordioso é o Senhor.D 6 Manifesta ao Seu povo o poder das Suas obras, b dando-lhe a herança das nações.T2 7 As obras de Suas mãos são verdade e justiça; 3 fiéis, todos os Seus preceitos.D 8 Estáveis são eles para todo o sempre, P instituídos em fidelidade e retidão.S 9 Enviou ao Seu povo a redenção;¥ estabeleceu para sempre a Sua aliança; P santo e tremendo é o Seu nome.“1 10 O temor do Senhor é o princípio dasabedoria;IP revelam prudência todos os que o praticam, n O Seu louvor permanece para sempre.
Sl.111:1 "Introdução — O Salmo 111 consiste em vinte e duas linhas, cada uma começando com uma letra do alfabeto hebraico (confira as letras equivalentes em português na p. xxi). Construção semelhante é encontrada no Salmo 112, e por esta razão eles são chamados de salmos gêmeos (para uma discussão dos salmos acrósticos, ver p. 704). Os Salmos 111 e 112 são hinos de louvor e começam com a palavra “aleluia” (ver com. do v. 1). 1. Aleluia!. Do heb. halelu-Yah, traduzido como “louvai ao Senhor” na ARC."
Sl.111:2 2. Procuradas (ARC). Os detalhes das obras de Deus nem sempre são evidentes ao observador casual. Elas devem ser examinadas e descobertas por meio de estudo intenso. Como o mineiro cava a terra para encontrar suas riquezas, assim as obras de Deus abrem seus tesouros ao que está disposto a estudá-las intensamente.
Sl.111:3 Sem comentário para este versículo
Sl.111:4 4. Fez memoráveis. A tradução literal da oração é: “Ele fez um memorial [‘memória’ ou 'menção ] para Suas maravilhosas obras”. O sábado é o memorial da criação (Gn 2:2, 3; DTN, 281). O memorial foi considerado sagrado pelos patriarcas e profetas. Deus reiterou a santidade do sábado quando proclamou Sua santa lei no Sinai (Ex 20:8-11) e quando Cristo adorou na sinagoga no sábado (ver Mc 1:21; Lc 4:16). O apóstolo Paulo, anos após a ressurreição de Cristo, observou o sábado do sétimo dia (ver At 13:14; 17:2).
Sl.111:5 5. Sustento. Do heb. teref, “alimento”. Como Deus tomou providências para as necessidades de Israel no deserto, fornecendo-lhe maná, assim também Ele cuidará das necessidades de Seu povo em tempos de angústia (ver Is 33:16; GC, 626, 629).
Sl.111:6 Sem comentário para este versículo
Sl.111:7 7. Fiéis. Do heb. 'aman, “ser solidamente estabelecido”, “ser confiável”. Os mandamentos de Deus, nos quais são apresentados os deveres dos seres humanos, são confiáveis e verdadeiros. Eles permanecem firmes para sempre. São imutáveis.
Sl.111:8 8. Estáveis são eles. O Senhor estabeleceu princípios imutáveis pelos quais governa o Universo. Em Deus, “não pode existir variação, nem sombra de mudança’’ (Tg 1:17).
Sl.111:9 9. Tremendo. Ou, “reverendo” (KJV). Do heb. yara, “temer” o ser humano (Gn 50:19) ou a Deus (Dt 6:13). A forma verbal utilizada neste verso (nora) significa, literalmente, “ser temido” ou “ser reverenciado". Nora ocorre 44 vezes, sendo traduzida como “tremendo” (SI 47:2; 68:35; 76:12; etc.), “temível” (Dt 7:21; ICr 16:25; Ne 1:5; SI 96:4; Dn 9:4) e “grandemente reverenciado" (SI 89:7 [ARC]). Nora) apesar de aplicada geralmente a Deus, é utilizada também para coisas ou ações (Ex 34:10; Dt 8:15; SI 45:4; etc.), ainda assim referindo-se aparentemente a ações divinas. Em nenhuma passagem nora é aplicada a seres humanos, com exceção de duas ocorrências nas quais se refere à nação (Is 18:2, 7), mas, mesmo nestes casos, parece estar relacionada aos atos de Deus (acerca do uso do título “reverendo”, ver DTN, 613).ShlEd, 243; Ev, 133;Tl, 410Salmo 112X Bem-aventurado o homem que teme ao SenhorH e se compraz nos Seus mandamentos.T 4 Ao justo, nasce luz nas trevas;H ele é benigno, misericordioso e justo.D 5 Ditoso o homem que se compadece e empresta;i Ele defenderá a sua causa em juízo;D 6 não será jamais abalado; b será tido em memória eterna.V até ver cumprido, nos seus adversários, o seu desejo.S 9 Distribui, dá aos pobres;P e o seu poder se exaltará em glória.“1 10 O perverso vê isso e se enraivece;V range os dentes e se consome; n o desejo dos perversos perecerá.
Sl.111:10 Sem comentário para este versículo
Sl.112:1 "Introdução — O Salmo 112 está associado ao anterior e possui semelhante construção em acróstico (ver Introdução ao Salmo 111). 1. Compraz. O segredo e a fonte de toda verdadeira felicidade e prosperidade é o temor do Senhor. Esse temor conduz à obediência completa e prazerosa aos mandamentos de Deus."
Sl.112:2 2. Poderosa. Do heb. gibor, “vigoroso” ou “heroico [na batalha].”
Sl.112:3 3. Sua justiça permanece. O caráter de uma pessoa boa é um reflexo do caráter de Deus. “O caráter formado segundo a semelhança divina é o único tesouro que deste mundo podemos levar para o futuro” (PJ, 332).
Sl.112:4 4. Luz nas trevas. O Senhor é a luz que surge nas trevas aos que são sinceros para com Ele, que é o “Sol da justiça” (Ml 4:2). Ele é gracioso e compassivo. Os adjetivos utilizados neste verso estão no singular, enquanto a palavra para "justo” está no plural (ARC). No entanto, parece claro, pelo teor geral do salmo, tratar-se de uma descrição de uma pessoa piedosa. O justo reflete os atributos divinos. Ele se torna participante da natureza divina (ver 2Pe 1:4).
Sl.112:5 5. Juízo. Do heb. mishpat, “decisão” ou “julgamento”. A pessoa boa manifesta bom juízo. Seu senso comum foi santificado.
Sl.112:6 6. Memória eterna. O bom nome de uma pessoa é sempre abençoado (verPv 10:7). Como Deus motiva a lembrança de Si mesmo por meio de Suas obras maravilhosas (SI 111:4), assim a pessoa piedosa é lembrada por seus atos de misericórdia e bondade. Ninguém quer ser esquecido. Todos gostam de ser lembrados.
Sl.112:7 7. Firme. Isto é, "firme" ou '‘estabelecido". A pessoa justa tem boa consciência e confiança silenciosa. Não é como a pessoa ímpia, torturada continuamente por pressentimentos de desgraça (ver Pv 10:24).
Sl.112:8 8. Bem firmado. Literalmente, ‘'amparado", "sustentado" ou "apoiado” (ver com.de SI 71:6). O coração do justo é amparado por Deus e repousa sobre um firme alicerce de fé em Seu poder.
Sl.112:9 9. Distribui. Ou seja, o filho de Deus é liberal, generoso e compartilha com os necessitados aquilo que possui. Devido ao seu trato generoso, ele está em constante crescimento (ver Pv 11:24).
Sl.112:10 10. Consome. Os ímpios olham e se enfurecem com a prosperidade final dos justos. O pecador morre como uma pessoa desiludida, e seu fim é destruição. Como a cera se derrete sob o sol, assim será o fim dos ímpios (ver com. de SI 68:2).Salmo 113Deus, cujo trono está nas alturas,
Sl.113:1 "Introdução — Os Salmos 113 a 118 constituem o Hallel, que era recitado nas grandes festas dos judeus. Durante a Páscoa, os Salmos 113 e 114 eram cantados antes da refeição, e os Salmos 115 a 118, após. Estrofes destes salmos foram cantadas por Jesus e os discípulos no cenáculo, na noite da traição (Mt 26:30; Mc 14:26; Ed, 166; DTN, 672). O Salmo 113 consisteem três estrofes iguais, cada uma com três versos. 1. Aleluia! Ver com. de SI 104:35; II P. 1; 148; 150."
Sl.113:2 Sem comentário para este versículo
Sl.113:3 3. Até ao ocaso. Do início cia manhã até o fim da tarde a canção de louvor era ouvida, subindo do acampamento de Israel. Assim deveria ser nas reuniões do povo de Deus hoje. A ingratidão pelas bênçãos doCéu geralmente marca o início da apostasia (Rm 1:20-22).
Sl.113:4 4. Todas as nações. Deus é retratado como entronizado nos Céus e com todas as nações sob Seu controle (ver Dn 2:21).
Sl.113:5 Sem comentário para este versículo
Sl.113:6 6. Que Se inclina. Apesar de toda a gloriosa majestade de Deus, não há nada tão pequeno que passe despercebido a Ele. Que conforto à frágil e vulnerável humanidade é saber que o Mestre do universo está interessado em todas as questões da vida! Esta grande verdade tem um significado profundo, enenhuma filosofia humana jamais poderá compreender.
Sl.113:7 7. E do monturo. Esta é uma ilustração da libertação da extrema pobreza e isolamento social.
Sl.113:8 8. Ao lado dos príncipes. Uma ilustração que sugere elevação à mais alta dignidade e classe social (ver Jó 36:7; ver com. de 2Sm 9:7). O Senhor ergue o humilde do abismo mais profundo e faz com que habite nos lugares mais altos.
Sl.113:9 9. Alegre mãe. Ver a experiência de Ana (ISm 1).Salmo 114
Sl.114:1 "Introdução — O Salmo 114 é notável por sua perfeição na forma e vivacidade dramática. Este poema consiste em quatro estrofes com dois versos. Em cada estrofe o tom dominante é apresentado em linguagem concisa. 2. Judá. Neste verso, a referência é à terra de Judá, como demonstrado pela forma feminina do verbo hebraico. A divisão das linhas neste verso é rítmica, não lógica. Não há intenção de contraste entre as palavras “Judá” e “ísrael”."
Sl.114:2 Sem comentário para este versículo
Sl.114:3 3. O mar viu isso. Neste verso, o Mar Vermelho é personificado e representado como apressado para preparar o caminho para que os filhos de Israel marchassem por terra seca.O Jordão tornou atrás. As providências miraculosas foram vistas no início e no fim da jornada de Israel do Egito a Canaã. Pode-se encorajar no fato de que o mesmo Deus que tira do cativeiro egípcio do pecado conduzirá em segurança através dastempestuosas ondas do Jordão para a terra da promessa, na outra margem.
Sl.114:4 4. Os montes saltaram. Evidentemente uma descrição poética do terremoto que acompanhou a entrega da lei no Sinai (ver Ex 19:18). Entre as duas maravilhas (o êxodo do Egito e a entrada na terra santa) está a grande revelação de Deus quando, com grande solenidade, Ele entrega Sua santa lei no Sinai.
Sl.114:5 5. Que tens [...]? O poeta pede que a natureza esclareça seu estranho comportamento, para explicar o fato de que ela parece ter saído de seu curso natural.
Sl.114:6 Sem comentário para este versículo
Sl.114:7 7. Estremece. Esta é a resposta às perguntas feitas nos versos anteriores. A presença de Deus mudou o curso das leis da natureza.
Sl.114:8 8. Converteu a rocha. O Deus que fez a água fluir da rocha em Refidim e em Cades (ver Êx 17:6; Nra 20:8-11) fornece correntes de água viva aos Seus servos fiéis (ver Jo 4:14). Quem continua a beber desta água nunca terá sede, mas a água se tornará nele uma fonte inesgotável tanto para si quanto para o exausto companheiro de viagem ao longo do caminho para o lar celestial.Salmo 115
Sl.115:1 "Introdução — O Salmo 115 apresenta a insensatez da adoração aos ídolos, que são obra das mãos humanas. O salmista exorta a todos os fiéis que exaltem e louvem ao Deus vivo. Na LXX, os Salmos 114e 115 estão combinados de modo a formar um único, numerado como 113 (ver p. 706). 1. Não a nós. Uma renúncia à exaltação própria. O salmista deseja que Deus deixe de ser insultado e ridicularizadopelos pagãos. As pessoas estão sempre dispostas a louvar a si mesmas ou a serem louvadas por outros lábios. Elas se sentem livres para lisonjear outros. Devido à tendência do coração humano ao orgulho, somos aconselhados a nos acautelarmos de ""fazer ou receber lisonjas ou louvores” (Pj, 161)."
Sl.115:2 2. Onde está o Deus deles? Deus manifestou Seu poder no Egito quando o faraó perguntou: ‘‘Quem é o Senhor-?" (Ex 5:2). A mesma pergunta irônica era feita pelos pagãos no tempo do salmista, e ele estava aflito porque aparentemente Deus permitia que Seu nome fosse zombado.
Sl.115:3 3. No Céu. O Senhor de Israel reina nas alturas e é supremo sobre todos os poderes antagônicos. Seu trono permanece inabalado e Seus propósitos, inalterados, a despeito das ameaças dos mortais seres humanos.
Sl.115:4 4. ídolos. Os deuses esculpidos dos pagãos são imagens sem vida. Quão irracional é que as pessoas cultuem e adorem aquilo que elas mesmas fizeram!
Sl.115:5 5. Não falam. Estes ídolos não possuem a capacidade de se comunicar com os seres humanos. Eles não conseguem ensinar seus adoradores, nem estão cientes das necessidades daqueles que recorrem a eles.
Sl.115:6 6. Não ouvem. Algumas divindades pagâs eram representadas por imagens com orelhas monstruosas, mas nenhuma oração jamais foi ouvida por esses deuses. Provocando os profetas de Baal, Elias pediu-lhes que gritassem mais alto às divindades pagãs; no entanto, não houve resposta. Baal permaneceu si lente (ver 1 Rs 18:27-29).
Sl.115:7 Sem comentário para este versículo
Sl.115:8 8. Semelhantes a eles. Uma pessoa não se elevará mais do que o objeto de sua adoração (ver PP, 19). Da mesma forma, aquele que adora ao Senhor é transformado em Sua imagem. e avança de glória em glória (ver 2Co 3:18),
Sl.115:9 Sem comentário para este versículo
Sl.115:10 10. A casa de Arão. Isto é, os sacerdotes. Como líderes espirituais e professores, os sacerdotes deveria m dar um exemplo de firme confiança no Senhor.
Sl.115:11 11. Temem o Senhor. Isto é, aqueles que reverenciam a Deus. O convite para confiar em Seu grande poder é para todos.
Sl.115:12 12. De nós Se tem lembrado. Deus nunca Se esquece do menor de Seus filhos. Ele Se lembrará de Seu povo em todos os momentos e circunstâncias (ver Is 49:15).
Sl.115:13 13. Pequenos como grandes. A I rase assim traduzida é uma expressão hebraica que significa "jovem e velho” quando aplicada a pessoas. Por exemplo, o mais velho dentre dois irmãos é sempre chamado o “grande” ou “alto”, e o mais novo é chamado de “pequeno” ou “novo”, mesmo que o mais novo seja mais alto. A expressão não faz referência ao tamanho físico ou à condição social. Ela é comum nas Escrituras (ver Gn 19:11; Dt 1:17; iSm 5:9; etc.).
Sl.115:14 Sem comentário para este versículo
Sl.115:15 15. Fez os Céus e a Terra. Em contraste com os deuses dos pagãos, que foram moldados por mãos humanas, nosso Deus é criador onipotente, o autor de tudo.
Sl.115:16 16. Deu-a Ele. Deus criou a Terra para ser o local de habitação do ser humano (ver Gn 1:28; Is 45:18). “Deus fez o mundo para ampliar o Céu. Ele desejava uma família maior” (EGW, RH, 25/06/1908). Este mesmo planeta será o último lar dos redimidos. Ele prometeu cjue os mansos “herdarão a terra” (Mt 5:5).
Sl.115:17 17. Não louvam. Os mortos estão nu m estado inconsciente e permanecem alheios a tudo que acontece na Terra ou no Céu. “Os mortos não sabem coisa nenhuma” (Ec 9:5; cf. Si 146:4; iTs 4:13-17). A afirmação do salmista nega o conceito popular de que, na morte, a alma do ser humano sai do corpo e existe num estado cie felicidade consciente nas esferas do alto. Seria natural que as almas dos redimidos estivessem ávidas para render louvores a Deus, que lhes elaborou tão maravilhosa redenção. No entanto, os mortos “dormem” inconscientemente nos túmulos e não podem louvar.
Sl.115:18 18. Nós, porém. Isto é, os que estão vivos, em contraste com os mortos (verPara sempre. Isto é, enquanto haja vida, porque os mortos não bendizem ao Senhor (ver v. 17).Salmo 116I I Eu disse na minha perturbação: todo homem é mentiroso.
Sl.116:1 "Introdução — Este é um salmo de ação de graças que celebra uma experiência de livramento pessoal. Ele exalta o poder salvífico de Deus. Na LXX, o Salmo 116 é desmembrado em dois salmos: 114 (v. 1-9) e 115 (v. 10-19; ver p. 706). 1. Ele ouve. O tempo do verbo hebraico permite a tradução “está ouvindo”. O sentido sugerido é que o salmistalouva a Deus por repetidas respostas à oração. 2. Enquanto. O salmista se compromete a manter consistência em seus hábitos de oração."
Sl.116:2 Sem comentário para este versículo
Sl.116:3 3. Inferno. Do heb. sheol, não um inferno de tormento, mas a figurada habitação da morte, tanto dos justos quanto dos ímpios (ver com. de Pv 15:11; cf. traduçãodeste verso na NVI e na AA). Este texto não oferece qualquer apoio à doutrina de um inferno ardendo eternamente. O salmista emprega as expressões “laços de morte” e “angústias do inferno” a si mesmo, como descrição das experiências que ele passou e das quais foi liberto. Assim, a expressão "angústias do inferno” não pode estar ligada a uma experiência pós-morte. A provação pela qual o salmista passou evidentemente o levou próximo à morte.
Sl.116:4 Sem comentário para este versículo
Sl.116:5 Sem comentário para este versículo
Sl.116:6 6. Pelos simples. Do heb. pethi, “jovem inexperiente" ou "jovem ingênuo”. Na LXX, esse termo foi traduzido como nepia (“peque- ninos”), mesma palavra empregada em Mateus 11:25. Como um pai amoroso guarda e orienta os passos de seu bebê, assim o Senhor, em Sua misericórdia, guia Seus filhos ao longo do caminho da vicia.
Sl.116:7 7. Sossego. Verdadeiro repouso é encontrado somente na completa confiança em Deus. Ta! descanso elimina a ansiedade e a inquietação (ver Mt 11:29).
Sl.116:8 Sem comentário para este versículo
Sl.116:9 9. Andarei. Andar perante, literaí- mente, “na presença” de Deus significa estar em harmonia com Ele. Duas pessoas não podem andar juntas a não ser que estejam de acordo (ver Am 3:3).
Sl.116:10 10. Eu cria. Ou, “eu confiava”.Por isso (ARC). Melhor seria "quando” (NTLH). O pedido do salmista por livramento foi apresentado com fé vigorosa.
Sl.116:11 11. Na minha perturbação. Quando as pessoas estão sob intensa aflição é comum formarem julgamentos precipitados a respeito dos outros. No entanto, o falar apressado geralmente é seguido de amargoremorso. Embora as pessoas pareçam falsas e geralmente não sejam confiáveis, raramente a situação é tão desesperadora quanto pareça a princípio.
Sl.116:12 12. Seus benefícios. Quando somos aparentemente esquecidos pelas pessoas de quem mais esperamos auxílio, aprendemos a valorizar a ajuda que vem do Céu. O salmista deseja saber como ele pode melhor expressar sua gratidão a Deus por toda a ajuda a ele concedida.
Sl.116:13 Sem comentário para este versículo
Sl.116:14 14. Cumprirei os meus votos. E algo muito grave não cumprir os votos feitos ao Senhor (ver At 5:1-10).
Sl.116:15 15. Morte dos Seus santos. O Senhor não é indiferente à morte de Seus santos (ver Mt 10:29-39). Anjos guardiões acompanham os santos ao longo do vale da sombra da morte, marcam o local onde eles descansam e serão os primeiros a cumprimentá-los na gloriosa manhã da ressurreição (Ed, 305). Diz-se que muitos dos cristãos que foram perseguidos na igreja primitiva chegaram ao martírio repetindo este verso, que os encorajou ao passar pelo escuro vale.
Sl.116:16 Sem comentário para este versículo
Sl.116:17 17. Ações de graças. Ver com. de SI 107:22.
Sl.116:18 18. Cumprirei os meus votos. Ver com. do v. 14.
Sl.116:19 19. Nos átrios. O louvor a Deus não deve ser confinado ao aposento particular. Vozes humanas que testemunhem da bondade de Deus deveríam ser ouvidas na assembléia dos santos. A adoração pública tanto quanto a devoção particular é recomendada pela Palavra de Deus.Salmo 117louvai-O, todos os povos. para sempre. Aleluia!
Sl.117:1 "Introdução — O Salmo 117 é um convite a todas as nações para louvar ao Senhor por Sua benignidade para com Seu povo. Este é o menor salmo, porém, seu tema é sublime. “Antes de deixar o cenáculo, o Salvador dirigiu os discípulos num hino de louvor. Sua voz se fez ouvir, não nos acentos de uma dolorosa lamentação, mas nas jubilosas notas da aleluia pascoal [...] o Salmo 117” (DTN, 672).Na LXX, a ""aleluia” que encerra o Salmo 116 inicia o Salmo 117. Da mesma forma, a “aleluia” em que termina o Salmo 117 dá início ao Salmo 118. 1. Todos os povos. Nenhuma tribo ou nação é omitida no glorioso convite paralouvar ao Senhor. Paulo cita as palavras deste verso, mostrando que em Cristo a misericórdia de Deus foi ampliada aos gentios e aos judeus (Rm 15:11)."
Sl.117:2 2. Misericórdia. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36).Mui grande. Do heb. gabar, “sobressair”.Fidelidade. Do heb. emeth, uma palavra que denota “firmeza”, “confiabilidade”, “estabilidade” e “verdade ". Esses atributos são eternos como o próprio Deus. Em meio à instabilidade e insegurança humana os filhos de Deus podem descansar em segurança no Seu amor.Aleluia! O salmo conclui com o louvor.Salmo 118me poderá fazer o homem?e foste a minha salvação.
Sl.118:1 "Introdução — O Salmo 118 é um hino nacional de ação de graças. Considera-se que foi composto para alguma festa de Israel. O salmo parece ter duas divisões principais: acredita-se que os v. 1 a 19 tenham sido cantados pela procissão de israelitas a caminho do templo para oferecer sacrifícios ou para celebrar alguma festa; o v. 19 pode ter sido recitado pela comitiva ao chegar ao portão, pedindo permissão para entrar; os v. 20 a 28 referem-se ao diálogo entre os que estavam no templo e os que ali chegavam; e, por fim, um poderoso coro com todo o grupo (v. 29). 1. Rendei graças. O tema do salmo é a ação de graças. Todos são convidados a se unir neste grande coro de louvor.Misericórdia. Do heb. cliesed, “amor” (ver Nota Adicional ao Salmo 36)."
Sl.118:2 2. Diga, pois, Israel. Israel foi alvo do amor de Deus. O Senhor livrou o povo do Egito e o levou pelo deserto em direção à terra da promessa.
Sl.118:3 3. Casa de Arão. Os filhos de Arão foram separados para o ofício sagrado.
Sl.118:4 4. Que temem. Todos que aceitaram adorar a Yahweh, gentios ou judeus, sacerdotes ou povo, são fervorosamente exortados a se unir ao canto de louvor.
Sl.118:5 5. E me deu folga. Ou, “lugar espaçoso”. isto é, levou-nos a um lugar onde não estaremos aflitos por causa das circunstâncias, mas livres para nos movimentar.
Sl.118:6 6. Comigo. Literalmente, “por mim”. O salmista estava calmo e confiante embora em meio a inimigos que continuamente conspiravam para tirar-lhe a vida. Ele sabia que, se o Senhor fosse por ele, ninguém conseguiría rivalizá-lo (ver Rm 8:31).
Sl.118:7 7. Está comigo. Deus Se une com aqueles que ajudam o salmista e o conduz à vitória.Meu desejo. Estas palavras não constam do texto hebraico. A frase é traduzida literalmente como “olharei para os que me odeiam”.
Sl.118:8 8. No Senhor. A confiança colocada no ser humano com frequência é traída, mas o Senhor nunca falha com aqueles que confiam nEle.
Sl.118:9 9. Em príncipes. Mesmo os que são poderosos e nobres na hierarquia não são completamente confiáveis. Apesar de suas melhores intenções, as pessoas estão sujeitas a falhas, devido às fraquezas humanas.
Sl.118:10 Sem comentário para este versículo
Sl.118:11 Sem comentário para este versículo
Sl.118:12 12. Fogo em espinhos. Este tipo de togo brilha intensamente por um breve período e logo se apaga.
Sl.118:13 Sem comentário para este versículo
Sl.118:14 14. Minha força e o meu cântico.No hebraico, este verso é idêntico à primeira parte de Êxodo 15:2. O salmista pode ter se lembrado do grande livramento de Israel no Mar Vermelho. O Resgatador que libertou os israelitas do Egito ainda vive.
Sl.118:15 15. Tendas. Literalmente, “habitações”.
Sl.118:16 Sem comentário para este versículo
Sl.118:17 17. Não morrerei. O salmista declara sua confiança de que naquele período ele não morreria e não daria motivo para que seus inimigos se alegrassem. Quando a tristeza e a escuridão cercam os santos de Deus e eles se desesperam, este texto traz con- lorto aos corações desencorajados. Estas palavras foram pronunciadas pelo grande reformador inglês John Wycliffe, que, de seu leito de enfermidade, anunciou que vivería para proclamar as más ações dos frades (ver GC, 88).
Sl.118:18 18. O Senhor me castigou. De tempos em tempos, o Senhor permite que a aflição atinja Seu povo, a fim de afastá-lo das atrações deste mundo. A vara da correção parece dolorosa, mas é administrada por uma mão onisciente e amorosa (ver Jó 5:17; Pv 3:11; Hb 12:5, 7, 11).
Sl.118:19 19. Portas da justiça. Evidentemente, trata-se de uma referência às portas do templo, talvez chamadas de “portas da justiça” por causa do padrão de justiça ao qual Deus buscava levar os que por ali adentravam.
Sl.118:20 Sem comentário para este versículo
Sl.118:21 21. Porque me acudiste. Literalmente, “Tu me respondeste”.
Sl.118:22 22. A pedra. Refere-se a uma profecia baseada num incidente real ocorrido durante a construção do primeiro templo (ver DTN, 597, 598).Principal pedra. Isto é, a principal pedra de esquina. Isaías mostrou que esta pedra era um símbolo de Cristo (Is 8:13-15; 28:16; cf. At 4:11; lPe 2:6). Em Sua humilhação Cristo foi desprezado e rejeitado, mas em Sua glorificação Ele Se tornou o possuidor de todas as coisas, tanto no Céu como na Terra (Ef 1:22).
Sl.118:23 23. Isto procede do Senhor. A exaltação de Cristo não é obra de seres humanos. O próprio Deus “O exaltou sobremaneira” (Fp 2:9).
Sl.118:24 24. O dia. Este verso tem sido interpretado por Atanásio, Adam Clarke, Albert Barnes e outros como uma referência ao domingo como o dia de adoração para a igreja do NT. Alguém poderia questionar como esta passagem, sem nenhuma relação contextual a qualquer dia semanal de adoração, se aplicaria ao primeiro dia da semana. Os comentaristas mencionados ligam o v. 24 com os v. 22 e 23. Eles afirmam que, uma vez que Cristo é a pedra angular de Sua igreja (ver v. 22, 23) e toda a estrutura do cristianismo está edificada sobre Ele, então o dia de Sua ressurreição seria quando Ele foi feito a “principal pedra, angular”, presumindo que esse dia da ressurreição seria o mencionado no v. 24.Outros comentaristas rejeitam essa interpretação, afirmando não ver base no contexto para uma referência a qualquer dia de adoração semanal. Entre este último grupo estavam Agostinho, Lutero, Calvino e vários expositores modernos. Eles criam que o Salmo 118 foi composto em ligação com a celebração da Festa dos Tabernáculos, na época de Neemias (ver Ne 8:14-18), daí a aplicação da expressão“este é o dia” àquele evento. Ou a expressão poderia estar ligada a qualquer outro dia especial de regozijo para o qual o salmo foi planejado, com o intuito de celebração.O Salmo 118 é um canto congrega- cional de louvor. O v. 19 parece ilustrar um grupo de adoradores diante das portas do templo, gritando para entrar. O v. 20 apresenta a resposta dos sacerdotes dentro do templo: “Esta é a porta do Senhor; por ela entrarão os justos” (ARA). No momento em que a procissão entra nos recintos sagrados, eles gritam extasiados: “Este é o dia.” Os v. 20 e 24 começam com o pronome hebraico demonstrativo zeh. No v. 20, o texto se refere à porta, uma realidade presente. O v. 24 se refere ao dia em que as pessoas adentravam pela porta, também uma realidade presente. Evidentemente, o domingo não é sequer sugerido neste texto.
Sl.118:25 25. Salva-nos. Do heb. hoshidah na1, que também pode ser traduzido como “salva, peço-Te”. A “Hosana” cantada por ocasião da entrada triunfal (ver Mt 21:9) aparentemente foi originada nestas duas palavras hebraicas.
Sl.118:26 26. Bendito. Quando Cristo cavalgou em triunfo para Jerusalém os discípulos exclamaram: “Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!” (Lc 19:38).
Sl.118:27 27. Ele é a nossa luz. Como Deus trouxe luz na manhã da criação (ver Gn 1:15), assim Ele banirá a escuridão noturna da calamidade e revelará a luz de Seu favor.Festa com ramos. Do heb. chag, “uma festa”. Chag ocorre 62 vezes e é traduzida como “sacrifício”, pela KJV, aqui e em Êxodo 23:18 e Isaías 29:1. A tradução de chag por “sacrifício” sofre questionamentos, e as versões portuguesas preferiram ser consistentes, traduzindo chag como “festa” ou “solenidade”, mesmo nestas duas ocorrências. Com relação à palavra “ramos” (do heb. ‘abothim), algumas versões a traduzem como “cordas” (ARC; TB). Esta combinação de idéias sugere uma festa muito bem decorada, com ramos ornamentando a procissão ou todo o percurso da procissão até os “chifres do altar”. Parece não haver uma explicação satisfatória da passagem caso seja mantida a tradução original.
Sl.118:28 Sem comentário para este versículo
Sl.118:29 29. Rendei graças. Final adequado para um salmo régio.Salmo 119n HETzainn HETb LÂMEDPainn TAV
Sl.119:1 "Introdução — O Salmo 119 apresenta a alegria e felicidade que vem à pessoa que toma a lei de Deus como conselheira e guia.O salmo é acróstico e consiste em 22 seções que representam as 22 letras do alfabeto hebraico; cada seção contém oito versos (ver p. xxi). No hebraico, todos os versos da primeira seção começam com 'alef, a primeira letra do alfabeto hebraico; todos os versos da segunda seção começam com beth, a segunda letra do alfabeto hebraico, e assim por diante (confira as letras equivalentes em português na p. xxi).A respeito da autoria davídica do Salmo 119, ver DTN, 398; OE, 257; T4, 534. O primeiro verso é o texto sobre o qual o restante do salmo discursa. Todos osversos do salmo, com exceção do v. 122, contém alguma referência à revelação de Deus, manifestada ao ser humano.As seguintes expressões ocorrem na seção 'alef: “lei”, “testemunhos”, “caminhos”, “preceitos”, “estatutos”, “mandamentos” e “julgamentos”. Elas salientam os diferentes aspectos da revelação divina (ver com. de SI 19:7). Estas variações acrescentam beleza ao salmo e evitam a monótona repetição de uma palavra. 1. Bem-aventurados. Do heb. 'ashre (ver com. de SI 1:1). O salmo inicia com a pronúncia de uma bênção sobre os que são obedientes à lei do Senhor.Irrepreensíveis. Do heb. temimim, “completo”, “sem culpa”, traduzido como “perfeito” em Gênesis 6:9 (AA), no entanto, a melhor tradução é “sem culpa”.Que andam. Uma vida santa é descrita como andando na lei.Lei. Do heb. torah, “ensino” ou “instrução” (ver com. de Dt 31:9; SI 19:7; Pv 3:1)."
Sl.119:2 2. Testemunhos (ARC). Ver com. de 6 SI 19:7.Todo o coração. No serviço do Senhor o coração não deve estar dividido (ver Dt 6:5; Mt 6:24; 12:30; Lc 16:13).
Sl.119:3 3. Não praticam iniquidade. Isto é, seu único objetivo é estar em harmonia com a vontade de Deus.
Sl.119:4 4. Mandamentos. Do heb. piqqudim, “ordens”, “preceitos”, denotando injunções específicas que assinalam nosso dever para com Deus (ver com. de SI 19:8). Os mandamentos de Deus exigem cuidadosa obediência e não podem ser rompidos sem resultados desastrosos, tanto para as pessoas quanto para as nações.
Sl.119:5 5. Preceitos. Do heb. ckuqqim (“questões prescritas”, “estatutos"), palavra derivada de chaqaq, “gravar”, “inscrever”.
Sl.119:6 6. Mandamentos. Do heb. mitswoth, “ordens”, “comandos” (ver com. de SI 19:8).
Sl.119:7 7. Aprendido. O salmista se coloca como um estudante na escola da lei.Juízos. Do heb. mishpatim, “decisões” ou “julgamentos” (ver com. de SI 19:9). Mishpatim também pode ser entendido no sentido de “atos judiciais de Deus”.
Sl.119:8 8. Não me desampares. Quando pessoas ou nações persistem em abandonar a lei, Deus não pode fazer outra coisa senão deixá-las com sua escolha (ver Os 4:17). Ele jamais abandona aqueles que perseve- ram em guardar Sua lei.
Sl.119:9 9. Tua palavra. A vitória sobre a tentação ocorre para aqueles que efetivamente empregam a “espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6:17). “Está escrito”, foi a maneira pela qual o Mestre refutou as sutis seduções de Satanás (ver Mt 4:4, 7, 10). A juventude hoje deve empregar a mesma arma espiritual. A mente deve se alimentarconstantemente da Palavra, senão as defesas cairão e Satanás obterá vantagem. A negligência da meditação e do estudo da Palavra resulta em séria perda.
Sl.119:10 10. Não me deixes fugir. Devemos empregar todas as nossas forças no conflito contra o pecado, ainda assim precisamos do auxílio do Senhor. O pecado pode ser resistido e vencido apenas por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da Divindade (ver DTN, 671), no entanto, Deus nada pode fazer sem nosso consentimento e cooperação (ver, DTN, 668). Somos muito propensos a fugir. Quantas vezes nos desviamos como a ovelha na montanha (ver Is 53:6).
Sl.119:11 11. Guardo no coração. Este verso contém o segredo da verdadeira vida cristã. Um mero conhecimento da Palavra não nos guardará do pecado. No entanto, quando a Palavra é entesourada no coração, temos as armas com as quais enfrentar o astuto inimigo (ver Jó 23:12; Pv 2:1, 9; Jr 31:33).
Sl.119:12 12. Bendito és Tu. Ver com. de SI 63:4.Ensina-me. Todos precisamos seraprendizes na escola de Deus. Que privilégio pedir e receber um Instrutor divino (ver Jo 14:26; 16:13)1
Sl.119:13 13. Tenho narrado. Todo discípulo fiel contará a outros sobre sua grande alegria na Palavra de Deus e os convidará para partilhar dessa experiência abençoada (ver Dt 6:7; cf. Mt 12:35).
Sl.119:14 14. Com todas as riquezas. Aquele que crê na Palavra encontra mais satisfação em seus tesouros do que o rico em suas riquezas. A Palavra de Deus é muito mais desejável que ouro ou pedras preciosas. Os tesouros terrenos desvanecem, mas os tesouros celestes duram para toda a eternidade (ver Mt 6:19-21).
Sl.119:15 15. Meditarei. Quando a alma medita nas verdades da Palavra de Deus, estas verdades se tornam parte da vida. Uma leitura apressada, sem reflexão, realizapouco bem. A meditação silenciosa permite que o Espírito Santo aplique devidamente as declarações gerais de princípio à experiência individual. "Uma razão para não haver mais piedade sincera e fervor religioso é que a mente está ocupada com coisas insignificantes e não há tempo para meditar, pesquisar as Escrituras ou orar” (OP, 83).A meditação auxilia na proteção contra a tentação. A mente que está repleta dos preceitos de Deus não tem espaço para pensamentos i nferiores e degradantes. O jovem com uma mente guardada desta forma trilhará um caminho puro.
Sl.119:16 16. Terei prazer. O prazer segue naturalmente a meditação, sendo o resultado ou fruto dela. A lei deixa de ser um fardo e se transforma em fonte de grande alegria e prazer. Aqueles que vivem em harmonia com os sentimentos celestes lerão com prazer as páginas da Palavra de Deus. A verdadeira religião não restringe o poder do ser humano, concede-lhe abrangência maior.
Sl.119:17 17. Sê generoso. Ver SI 13:3, 6. Vida e obediência estão intimamente ligadas (ver Lc 10:28).
Sl.119:18 18. Desvenda. Do heb. galah, "descobrir”, "revelar”. O salmista ora para que seja removido aquilo que cobre seus olhos. Não conseguimos alcançar as coisas profundas de Deus com nossas faculdades percepti- vas naturais. "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus” (lCo 2:14). Precisamos orar para que o Senhor tire a obscuridade de nossa alma e nos conceda o Espírito Santo. Somente Ele pode nos revelar as coisas de Deus (ICo 2:10).
Sl.119:19 19. Peregrino. Do heb. ger, “estrangeiro’’, alguém que está temporariamente numa localidade, sem direitos cívicos plenos. Nossa estada na Terra é temporária; o Céu é nosso lar (ver Hb 11:13, 14).Não escondas [...] Teus mandamentos. Estando numa terra estrangeira,o salmista precisava de um mapa para guiá-lo. Isto ele encontrou nos mandamentos de Deus.
Sl.119:20 20. Consumida está minha alma.Davi estava oprimido por um desejo ardente de uma melhor compreensão dos juízos de Deus. Ele se deleitava em satisfazer tais anseios (ver Mt 5:6).
Sl.119:21 21. Increpaste os soberbos. Os orgulhosos são autossuficientes e se recusam a andar no caminho dos mandamentos de Deus. Os humildes sabem que "não cabe ao homem determinar o seu caminho” (Jr 10:23). Eles reconhecem sua necessidade do auxílio de Deus em guardar os pés para não se desviarem.
Sl.119:22 Sem comentário para este versículo
Sl.119:23 23. Príncipes. Ver com. do v. 161.
Sl.119:24 24. Conselheiros. Em vez de seguir o conselho dos "príncipes” (v. 23), que estavam criticando sua conduta, o salmista escolheu orientar sua vida pelo critério da vontade revelada de Deus.
Sl.119:25 25. Apegada ao pó. Uma imagem que denota angústia profunda (ver SI 22:29; 44:25).Vivifica-me. Ou, "reviva”.
Sl.119:26 26. Eu Te expus os meus caminhos. O salmista abriu os segredos de sua vida a Deus.
Sl.119:27 27. Entender (ARC). Davi ansiava por um conhecimento mais profundo dos preceitos de Deus. Ele não queria obedecê-los cegamente. Ele desejava uma compreensão inteligente de suas profundas reivindicações.
Sl.119:28 28. Consome-se. Do heb. dalaf, palavra que ocorre apenas três vezes no AT. Em Eclesiastes 10:18 é usada para a água que goteja de um telhado e, em Jó 16:20, descreve um choro, como neste verso. A LXX e a Vulgata traduzem como "adormecido”.E melhor estar consumido em tristeza do que endurecido pela obstinação. O Senhor cura as feridas da alma dilacerada.A oração é uma bênção maravilhosa nas horas de tristeza.
Sl.119:29 29. Caminho da falsidade. O filho verdadeiramente nascido de Deus se afasta de toda falsidade e, “de coração, fala a verdade" (ver SI 15:2).
Sl.119:30 30. Escolhi. O salmista escolheu o caminho da fidelidade e verdade em vez do “caminho da falsidade” (v. 29). Há somente dois caminhos - o da vida e o da morte -, e cada um deve fazer a sua escolha. Dessa escolha depende o destino eterno.
Sl.119:31 31. Apego. Do heb. dabaq (“apegar”, “agarrar”). A escolha de Davi não era volúvel. Ele tinha a determinação de permanecer inabalável.
Sl.119:32 32. Alegrares o meu coração. Talvez no sentido de remover as restrições de ansiedades e temores opressores. Aqueles que são sobrecarregados com ansiedade e dúvida não conseguem desfrutar as bênçãos do Céu.
Sl.119:33 33. Ensina-me. Do heb. yarah (“ensinar”, “dirigir” ou “instruir”). O substantivo torah (lei) é derivado deste verbo (ver com. do v. I). Não há professor como Deus (ver Jó 36:22).E os seguirei. Uma promessa de constância na experiência religiosa (ver Mt 24:13; Fp 1:6).
Sl.119:34 34. Dá-me entendimento. Ver com. de Pv 1:1, 20.De todo o coração. Ver com. do v. 2.
Sl.119:35 35. Nela me comprazo. Ver com. de
Sl.119:36 36. Cobiça. Do heb. betsa, “lucro”, “ganho”, traduzido como “ganancioso” em Provérbios 1:19; “despojo”, em Juizes 5:19; e “lucro” em Jó 22:3. Obedecer aos mandamentos de Deus é uma garantia para se evitar cair presa de um desejo excessivo pelo ganho (ver Cl 3:5).
Sl.119:37 37. Vejam a vaidade. Se os olhos não contemplam, o coração fica menos suscetível à cobiça.
Sl.119:38 38. Confirma a Tua palavra (ACF).Isto é: “Torna a Tua palavra evidente a mim, e concede-me segurança”. Quanto mais as pessoas estudam a Palavra de Deus, mais seguras ficam quanto à Sua veracidade e estabilidade (ver com. de SI 19:9; Pv 1:7).Temem. Quando a Palavra de Deus se estabelece no coração, a reverência por Deus será vista na vida. Os que possuem o temor do Senhor são libertos de outros temores. 4
Sl.119:39 39. O opróbrio. Possivelmente uma referência ao desprezo que o salmista pensava que as pessoas manifestariam contra ele caso não conseguisse fazer jus à sua profissão de fé, ou uma referência ao desprazer de Deus por causa de sua desobediência. No entanto, o temor (do heb. yagar) mencionado neste verso é muito diferente do temor piedoso (do heb. yirah, “reverência santa”) ao qual o salmista se refere no v. 38.Bons. Os juízos de Deus são bons. E não deveriam ser desacreditados por qualquer má conduta daqueles que afirmam ordenar sua vida por eles.
Sl.119:40 40. Vivifica-me. O salmista precisava de novo poder para enfrentar novas emergências, assim, pediu que sua força fosse vivificada (verv. 37).Por Tua justiça. Aqueles que estão vestidos com a justiça de Cristo estão aliados ao Céu. Eles constantemente receberão novas dotações de poder físico e mental (DTN, 827).
Sl.119:41 41. Misericórdias. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36). A suprema evidência do amor que Deus teve por nós é a entrega de Seu Filho para a salvação da raça humana (IJo 4:9, 10). Se não fosse o misericordioso amor de Deus, nenhuma pessoa poderia ser salva.Segundo a Tua palavra (ARC). O caminho da salvação é deixado tão claro na Palavra de Deus que ninguémprecisa perdê-lo. “Deus tem falado numa linguagem mais clara sobre os temas que afetam a salvação da alma” (EGW, RH, 5/02/1901). As Escrituras, do Gênesis ao Apocalipse, são um comentário sobre o amor e a misericórdia de Deus e sobre como estes atributos operam, trazendo salvação aos pecadores.
Sl.119:42 42. Saberei responder. Comparar com iPe 3:15. Um cristão vitorioso é, em si mesmo, o maior argumento em favor da verdadeira piedade (ver OE, 122).
Sl.119:43 43. Não tires jamais [...] a palavra. Este verso parece estar ligado ao anterior. Assim, o salmista ora para que, quando falar em defesa de sua fé, que seja com liberdade e de um modo digno de sua alta profissão.
Sl.119:44 Sem comentário para este versículo
Sl.119:45 45. Em liberdade (ARC). Literalmente, "num lugar amplo”. Não há nada de restritivo ou limitado no que se refere à lei de Deus. Tem sido muito bem dito que obediência à lei é liberdade. Não há escravidão na verdadeira santidade (ver com. de Pv 3:1). No entanto, para a pessoa não convertida, a presença de Deus surge como uma restrição constante, e o caráter de Deus, como uma expressão de "não faça”.
Sl.119:46 46. Na presença dos reis. A pessoa que vive na companhia do Rei dos reis não temerá a presença do governador terreno. Assim ocorria com Daniel (Dn 5:17), Neemias (Ne 2:1-7) e Paulo (At 26:27).
Sl.119:47 47. Terei prazer. Ver com. de SI 40:8. Com frequência as pessoas pensam em ordens como arranjadas para produzir o oposto da alegria, mas não é assim com as ordens de Deus. Ele, que nos fez, sabe o que é para nosso maior bem.
Sl.119:48 48. Levantarei. Possivelmente uma referência ao levantar das mãos em oração (ver Sl 28:2).
Sl.119:49 49. Na qual me tens feito esperar.As palavras de Deus são uma base sólida sobre a qual as pessoas podem edificar suaesperança com segurança (ver Mt 7:24-27). O Senhor tem nos dado Sua Palavra e também tem implantado esperança em nosso coração nesta bendita Palavra.
Sl.119:50 50. Porque (ARC). Melhor seria "que” (ARA). A Palavra de Deus é um conforto em todo o tempo de aflição. Todos que necessitam de conforto encontrarão provisão infalível na Palavra de Deus. Mesmo que o consolo divino não remova a aflição, erguerá o aflito acima dela.
Sl.119:51 51. Soberbos. Do heb. zedirn, “insolente”, “presunçoso”. Estas almas ímpias desprezaram e ridicularizaram o salmista por sua crença em Deus, mas ele recusou se desviar da obediência à lei de Deus. Os ímpios se deleitam em zombar dos justos. No entanto, a zombaria, longe de desanimar, serviría para fortalecer a resolução do justo em seguir aos mandamentos de Deus.
Sl.119:52 52. Outrora. Do heb. 'olam, expressão que denota um tempo de longa duração, sem necessariamente qualquer referência à perpetuidade (ver com. de Ex 12:14; 21:6).E me conforto. Recordar o relacionamento de Deus outrora com Seus santos é uma fonte inesgotável cie alívio e conforto. Seria apropriado que revíssemos, de tempos em tempos, a guia providenciai do Senhor em nossa experiência anterior. Isto nos daria coragem para o presente e esperança para o futuro.
Sl.119:53 53. Indignação. Do heb. zaVafah (“irritação”, “indignação”). Ao pensar nos ímpios que não observam a lei de Deus, a indignação se apodera do salmista. Ele se assombra com o fato de que as pessoas sejam tão insensíveis e descuidadas. O fato de os ímpios zombarem dele não parece causar grande preocupação ou alarme quanto o fato de que eles estavam abandonando a lei. Ele sabia que, no final, os ímpios seriam destruídos por causa disso.
Sl.119:54 54. Minha peregrinação. As canções de peregrinação alegram o viajante solitário (ver Ed, 167, 168). O salmista compôs vários destes hinos e se deleitava em cantá-los. Somos peregrinos nesta terra. Nosso verdadeiro lar é o Céu, e mesmo agora podemos cantar as músicas daquela boa terra. Os temas de nossas músicas deveriam ser como os do salmista: o maravilhoso caráter de Deus como revelado na lei.
Sl.119:55 55. Durante a noite. As insones horas noturnas podem ser proveitosamente despendidas em meditação sobre Deus e Sua lei (sobre a importância da meditação, ver com. do v. 15).
Sl.119:56 56. Tem se dado assim comigo. Literalmente, “isto foi para mim”, isto é, “isto veio para mim”, “isto aconteceu comigo”. O salmista tinha este conforto, esta coragem, este poder para cantar e esta esperança porque estava obedecendo aos preceitos de Deus. Todas estas bênçãos estão no caminho da obediência.
Sl.119:57 57. Minha porção. Ver SI 16:5; 73:26. A maior propriedade do cristão é seu Deus.
Sl.119:58 58. Imploro de todo o coração. Ver SI 45:12.
Sl.119:59 59. Considero os meus caminhos.Autoexame é essencial ao crescimento cristão. A formação de um nobre caráter não é tareia fácil. Devemos nos autoanali- sar e não permitir que nenhum traço desfavorável fique sem correção (ver PJ, 331). O motivo pelo qual muitos caem tão facilmente em tentação é que não levam a sério seus pecados e não lamentam sobre eles.
Sl.119:60 60. Apresso-tne. Em vista de seu passado (ver v. 59) o salmista mudou do mau caminho para o caminho da justiça. Quando a convicção chega, é bom que lhe obedeçamos imediatamente. A demora é perigosa. A procrastinação rouba o tempo e a eternidade.
Sl.119:61 61. Laços de perversos me enleiam. Literalmente, “tem cercado”. Homens ímpios se juntaram e o cercaram, de modo queparecia não haver escape. No entanto, eles não conseguiam mantê-lo afastado de Deus e vice-versa. A percepção de sua fidelidade à lei deu-lhe coragem para enfrentar seus inimigos.
Sl.119:62 62. Meia-noite. Enquanto outros dormiam e tudo estava silencioso e calmo, as escuras horas da meia-noite eram passadas em louvor e devoção (ver com. do v. 55).
Sl.119:63 63. Companheiro. Aqueles que amam a Deus buscam seus amigos mais queridos dentre o povo de Deus. Os semelhantes se atraem, e uma pessoa é conhecida pelos companheiros que escolhe.
Sl.119:64 64. Cheia da Tua bondade. Não há lugar onde o amor e a bondade de Deus não sejam encontrados. Podemos ser exilados do lar, mas nenhum poder pode nos banir do cuidado amoroso de Deus.
Sl.119:65 65. Tens feito bem. Ao avaliar sua vida, o salmista percebe que Deus tem feito bem a ele. Embora às vezes passasse por dificuldades e experiências difíceis, o Senhor estava com ele.
Sl.119:66 66. Bom juízo. Davi desejava um fino discernimento moral e bom gosto em todas as questões da vida. Estas qualidades são dons do Espírito concedidos àqueles que buscam conduzir sua vida em completa harmonia com a vontade divina revelada.
Sl.119:67 67. Afligido. As maiores lições espirituais e as experiências mais preciosas são encontradas no vale da aflição.“As raízes mais firmes são das árvores que resistem às destrutivas consequências do inverno!”Andava errado. O sofrimento pelo qual o salmista passou o conduziu de volta ao caminho certo (ver com. de SI 38:3).
Sl.119:68 68. Tu és bom. Mesmo em aflição, as pessoas conseguem perceber a bondade de Deus. A reclamação e a ingratidão são pecaminosas e irrazoáveis (ver T5, 313, 314).
Sl.119:69 69. Forjado. Literalmente, “manchado”, “maculado”.
Sl.119:70 70. Como se fosse de sebo. Talvez designando o coração dos ímpios como insensíveis às coisas mais delicadas da vida espiritual. Enquanto outros se entregam aos prazeres sensuais, o salmista descobre seu deleite em meditar sobre a lei.
Sl.119:71 71. Foi-me bom. Embora geralmente a aflição venha de pessoas más, Deus a reverte em bem (ver com. de SI 38:3). Ainda que a tristeza e o sofrimento pareçam difíceis de suportar, as lições aprendidas dessas experiências são inestimáveis para o desenvolvimento do caráter cristão.
Sl.119:72 72. De ouro ou de prata. O valor do dinheiro não é comparável ao da verdade. Bens mundanos geralmente desaparecem, no entanto, ninguém consegue nos despojar das bênçãos que advêm de obedecer à lei de Deus.
Sl.119:73 73. Afeiçoaram. Ou, “estabeleceram” (ver Dt 32:6). Visto que Deus fez sua estrutura tísica, Davi pede que Deus aperfeiçoe sua compreensão espiritual.
Sl.119:74 74. Alegraram-se. Os justos se alegraram quando viram a maravilhosa transformação que Deus operou no salmista. Os que irradiam esperança são uma fonte de alegria aos outros.
Sl.119:75 75. Justos. Todas as leis de Deus estão em perfeita conformidade com o padrão de justiça.Fidelidade. Deus é fiel. Ele permite a aflição para fins misericordiosos (ver Lm 3:33). Ele nunca nos pede para perse- verar mais do que podemos suportar (ver ICo 10:13).
Sl.119:76 76. Consolar-me. Ver com. do v. 50.
Sl.119:77 77. Viva. Ver At 17:28.
Sl.119:78 78. Soberbos. Do heb. zedim (ver com. do v. 51).
Sl.119:79 Sem comentário para este versículo
Sl.119:80 80. Irrepreensível. Do heb. tamim, "completo”, “irrepreensível” (ver com. do v. 1). Um coração irrepreensível é mais importante que a alta consideração dos amigos. “Plenitude” de experiência ocorrepor meio da união com Cristo, que habilita para a obediência (Rm 8:1-4). Somente aqueles cujo coração foi purificado da corrupção conseguirão suportar as provas dos últimos dias (ver GC, 620). Profissão de fé aparente de nada servirá sem o poder interior do Espírito de Cristo.
Sl.119:81 81. Desfalece. Do heb. kalah, literalmente, “chegar ao fim”. Quando utilizada em ligação com “alma”, a expressão significa “consumido de saudade ”.
Sl.119:82 82. Esmorecem. Do heb. kalah (ver com. do v. 81). Os olhos também são consumidos de saudade, quando a busca por esperança é adiada.
Sl.119:83 83. Odre. Antigamente, alguns recipientes de água eram feitos de pele. Davi se compara a um recipiente de pele ressecada ou enrugada e esí umaçada.
Sl.119:84 84. Quantos vêm [...]? Ver SI 90:10, 12.
Sl.119:85 85. Covas. A ilustração é emprestada das covas utilizadas pelos caçadores para apanhar sua presa. O inimigo se esforçava de todos os modos possíveis para capturar a Davi numa armadilha (comparar com Jr 18:20, 22).Consoante a Tua lei. Isto é, de acordo com a Tua lei.
Sl.119:86 86. Verdadeiros. Os mandamentos de Deus, como o Seu caráter, são fiéis (ver com. do v. 75).
Sl.119:87 87. Quase deram cabo de mim.O salmista decidiu que nada que as pessoas fizessem o afastaria de seu propósito de obedecer aos santos preceitos de Deus. Deus honra a pessoa que prefere morrer a se desviar do caminho correto.
Sl.119:88 88. Vivifica-me. Ou, “revive-me”.
Sl.119:89 89. Está firmada. A palavra de Deus está firmada para sempre e é imutável. Está acima dos acontecimentos do acaso e permanece firme no Céu e na Terra. Os ensinos dos seres humanos a respeito da palavra podem mudar, mas ela mesma permanece inalterável.
Sl.119:90 90. E ela permanece. A constância da natureza pode ser considerada uma segurança da fidelidade de Deus no relacionamento com Seus filhos. Deus é fiel a Suas promessas em todas as épocas e em todos os lugares.
Sl.119:91 91. Juízos. Do heb. mishpatim, “decisões” ou “juízos” (ver com. do v. 7). O céu e a Ferra obedecem aos decretos de seu Criador. Da criatura mais poderosa ao diminuto inseto, do maior sol ao menor átomo, todos são obedientes ao onipotente Deus (ver T8, 259, 260).
Sl.119:92 92. Perecido. Na revelação de Deus acerca de Si mesmo Davi recebeu nova esperança e coragem, que reviveram seu espírito abatido. A mesma palavra que preserva os céus e a Terra também preservará e susterá o povo de Deus em tempo de grande provação e profunda angústia.
Sl.119:93 93. Nunca me esquecerei. Depois de ter sentido o vivificante poder da palavra de Deus, nunca mais voltaremos à nossa experiência. Esquecer a orientação de Deus é desagradável a Ele e nos desencoraja. “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado” (TM, 31).
Sl.119:94 94. Sou Teu. Ver IJo 3:1.
Sl.119:95 95. Atento. O poder da Palavra capacitou o salmista a ser vitorioso sobre todas as tramas de seus inimigos. Se Satanás não for capaz de desviar nossa mente de pensar e meditar na Santa Palavra, ele não terá êxito em guerrear contra nós.
Sl.119:96 96. Perfeição. Do heb. tiklah, palavra que ocorre apenas neste verso e, portanto, de significado duvidoso. Tiklah vem da raiz kalah e significa “terminar”, “completar” ou “acabar”. Consequentemente pode designar “uma fronteira”, “um limite”. A LXX traduz como peras, que tem justamente este significado. Aparentemente o salmista viu uma limitação em todo ser humano e, em contraste, a revelação de Deus lhe pareceu insondávcl.Ilimitado. Não há fim para os tesouros que serão descobertos ao contemplarmos as grandes verdades contidas na lei de Deus. Este tema nunca será exaurido. E uma fonte inesgotável. E uma perfeita representação da santidade divina, e somos levados a compreender quão imperfeitos somos quando julgamos nossa vida por esses elevados padrões.
Sl.119:97 97. Quanto amo a Tua lei! Pode-se ler, ouvir, falar e pregar sobre a lei de Deus; no entanto, a menos que se ame Seus preceitos, essas ações não resultarão em proveito. Amor e lei estão intimamente associados. “O cumprimento da lei é o amor” (Rm 13 :10). A lei de Deus só pode ser verdadeiramente reverenciada e obedecida no coração em que habita o amor.
Sl.119:98 98. Mais sábio. Quem orienta sua vida pelos preceitos de Deus é verdadeiramente sábio. Quem é ensinado por Deus desenvolve uma sabedoria prática com a qual nenhum inimigo da verdade consegue concorrer (ver Ed, 124; OP, 115).
Sl.119:99 Sem comentário para este versículo
Sl.119:100 100. Os idosos. Aqueles que se aplicam diligentemente ao estudo da Palavra de Deus possuem mais conhecimento real que o idoso filósofo que não parou para beber da fonte de toda verdadeira sabedoria (ver com. do v. 98).
Sl.119:101 101. Desvio. Davi se esforçou para evitar o que poderia impedir seu progresso espiritual. As vielas do pecado podem ser tranquilas e floridas, no entanto, os que são seduzidos por elas abandonam a palavra de Deus.
Sl.119:102 Sem comentário para este versículo
Sl.119:103 103. Doces. O salmista não apenas ouviu, mas se alimentou das palavras de Deus. Para ele, elas eram mais doces que o mel (ver Sl 19:10).
Sl.119:104 104. Entendimento. A pessoa que tem entendimento verdadeiro detesta o pecado e a falsidade, enquanto ama a justiça e a verdade.
Sl.119:105 105. Lâmpada. A Palavra de Deus ilumina o caminho para que as pessoas andemcom segurança nas trevas espirituais deste mundo. Aquele que conta com esta luz para guiá-lo não precisa tropeçar, mesmo que seu caminho esteja cercado pelo mal (ver 2Pe 1:19).
Sl.119:106 106. Confirmei. O salmista se comprometeu em obedecer a lei e manifestou zelo em cumprir este compromisso. Da mesma forma, devemos envidar todos os esforços para cooperar com Deus e conservar todas as valorosas resoluções do coração.
Sl.119:107 107. Aflitíssimo. Servir a Deus não é garantia de estar livre de dificuldades ou sofrimentos (Fp 1:29). Provações desenvolvem caráter nobre.
Sl.119:108 108. Dos meus lábios. Evidentemente, ofertas de ação de graças e oração. O salmista pleiteia com o Senhor para que aceite suas ofertas voluntárias. O Senhor Se deleita em ofertas voluntárias.
Sl.119:109 109. Nas minhas mãos (ARC). Uma metáfora que indica perigo (ver ISm 19:5). O salmista expressa sua decisão de não se desviar para buscar segurança no pecado e, assim, esquecer a lei. Ele decide arriscar a vida, se preciso for, por amor à lei.
Sl.119:110 Sem comentário para este versículo
Sl.119:111 Sem comentário para este versículo
Sl.119:112 112. Induzo o coração. Ver com. de SI 66:18.
Sl.119:113 Sem comentário para este versículo
Sl.119:114 114. Refúgio. Quando somos cercados pela tentação, podemos encontrar refúgio em Deus. Quando os dardos do inimigo forem lançados contra nós, podemos detê- los com o “escudo da fé” (Ef 6:16). Quando somos atingidos pelo pessimismo e pelo desânimo, sempre encontramos esperança na Palavra de Deus.
Sl.119:115 115. Apartai-vos de mim. Ver lCo 5:9; 2Ts 3:14. Davi procura evitar a companhia dos ímpios, porque eles impedem seu crescimento espiritual. E melhor cultivar a amizade daqueles cuja influência nos elevam a um alto nível de espiritualidade.
Sl.119:116 116. Para que eu viva. O salmista sentia que estava tão dependente do podermantenedor de Deus que não poderia viver sem ele.Não permitas [...] me envergonhe.Jamais precisamos ser envergonhados pela nossa esperança, porque ela repousa sobre o firme alicerce da Palavra de Deus (ver Rm 5:5; Fp 1:20; ljo 2:28).
Sl.119:117 117. Sempre. A habilidade de perseve- rar até o fim vem com o poder divino (ver Jd 24).
Sl.119:118 118. Desprezas. Ou, “rejeita”, “põe de lado”. Os ímpios destroem a si mesmos por escolha própria (ver T5, 120; cf. Os 13:9). Eles não desejam caminhar com Deus e Ele não possui alternativa a não ser deixá-los.
Sl.119:119 119. Como escória. A escória e o metal precioso estão juntos por ora, no entanto, logo virá o dia da separação, quando o 4 Refinador efetuará Sua obra de purificação (Ml 3:3; cf. Mt 13:30).
Sl.119:120 120. Temo. Ver com. de SI 19:9; Pv 1:7.
Sl.119:121 121. Juízo e justiça. A consciência de Davi estava limpa com relação à questão pela qual era acusado. Procurou ser justo nos relacionamentos com seus semelhantes. Ele fez o melhor que podia e confiantemente esperou que o Senhor respondesse a sua oração. Ele apelou ao grande Juiz para ser liberto da injustiça de seus opressores.
Sl.119:122 122. Sê fiador. Ver Gn 43:9.
Sl.119:123 123. Promessa da Tua justiça. O salmista anseia por ouvir o justo juízo de Deus a respeito dele. Seus inimigos difamam seu caráter e tentam desacreditá-lo, no entanto, ele sabe que Deus fala com justiça a respeito dele.
Sl.119:124 Sem comentário para este versículo
Sl.119:125 125. Teu servo. O salmista se deleita em chamar a si próprio de o “servo” de Deus (ver SI 19:11, 13; 27:9; 69:17; etc.).
Sl.119:126 126. Para intervires. Os ímpios caíram em um nível de desobediência tão baixo que Davi sente a necessidade de uma intervenção divina e que o Senhor deveria trazer rápido julgamento sobre eles. No entanto, Deus é longânimo e tardio para destruir qualquer pessoa. Ele anseia que todos searrependam e abandonem seus maus caminhos (ver Ez 33:11; 2Pe 3:9).
Sl.119:127 127. Mais do que o ouro refinado.Os melhores bens terrenos não são comparáveis aos tesouros da Palavra de Deus.
Sl.119:128 128. Todo caminho de falsidade.O amor pela verdade é acompanhado de aversão pela falsidade. Verdade e falsidade são exclusivas. O simples fato de amarmos a verdade nos leva a odiar o erro. "Quando estivermos vestidos com a justiça de Cristo não sentiremos prazer no pecado” (EGW, RH, 18 de março de 1890).
Sl.119:129 129. Admiráveis. Do heb. peláoth, um termo frequentemente empregado para a revelação do poder de Deus em atos miraculosos (ver Êx 15:11; SI 77:11, 14). As palavras e ações de Deus estão intimamente ligadas.
Sl.119:130 130. Simples . Ver com. de SI 19:7. Aqueles que necessitam cie instrução, que sentem sua ausência, receberão discernimento pelo estudo da Palavra (ver com. de Pv 1:4).
Sl.119:131 Sem comentário para este versículo
Sl.119:132 132. Segundo costumas fazer. Literal mente, ‘segundo o parecer”, possivelmente no sentido de "segundo o direito de”. Todos os que amam o nome de Deus têm o direito de chamá-Lo. O Senhor Se agrada quando levamos nossas petições a Ele e reivindicamos Suas promessas.
Sl.119:133 Sem comentário para este versículo
Sl.119:134 134. Opressão. Davi sabia por experiência o que era opressão. Ele passou por muitas provações e dificu ldades. Orou para ser liberto de qualquer coisa que pudesse impedi-lo de guardar os preceitos de Deus.
Sl.119:135 135. Resplandecer o rosto. Ver com. de Nm 6:25. A pessoa que é abençoada com um vislumbre do esplendor da face de Deus será elevada acima do pessimismo e da tristeza (ver 2Co 3:18).
Sl.119:136 136. Torrentes de água. Uma hipér- bole oriental para o choro profuso. A indignação de Davi (v. 118, 119) por causa dos pecados dos ímpios deu lugar à piedade e simpatia por eles em seu estado de cegueira.
Sl.119:137 Sem comentário para este versículo
Sl.119:138 138. Tu os impuseste. Uma autoridade divina formou os testemunhos, e eles ostentam a marca de seu Criador. Estas ordens reais não existem para serem questionadas pelas pessoas. Elas são justas e fiéis, como o Senhor que as proclamou.
Sl.119:139 139. O meu zelo me consome. Ver com. de SI 69:9; ver também com. de Jo 2:17.
Sl.119:140 140. Puríssima. Literalmente, “extremamente refinado”. Na Palavra de Deus não há mistura com o erro.
Sl.119:141 141. Pequeno sou e desprezado. Davi tinha um conceito humilde sobre si mesmo. Grandes pessoas nunca se consideram grandes.
Sl.119:142 142. Verdade. A lei de Deus não é apenas verdadeira, ela é a própria verdade. Não apenas contém a verdade, mas é a verdade. Os que são obedientes a esta lei andam na verdade, mas os que a desobedecem vivem em erro e falsidade.
Sl.119:143 143. Meu prazer. A alegria do salmista não dependia de circunstâncias externas, mas fluía de uma paz interior, uma paz derivada do estudo da Palavra de Deus.
Sl.119:144 144. Eterna. As pessoas mudam suas leis para que se conformem com padrões mutáveis, mas a lei de Deus é imutável.Dá-me a inteligência. As pessoas conseguem compreender verdadeiramente o propósito de sua existência quando vivem em harmonia com a lei de Deus (ver Jo 7:17).
Sl.119:145 145. De todo o coração. A fervorosa oração de Davi foi originada num desejo que o consumia (ver T4, 534). As orações que brotam do coração alcançam o Céu, já as superficiais são inúteis.
Sl.119:146 Sem comentário para este versículo
Sl.119:147 147. Antecipo-me ao alvorecer. Isto é, “eu antecedo o amanhecer”. Antes que o dia clareie o salmista se dirige a Deus em busca de auxílio (ver Mc 1:35).
Sl.119:148 148. Antecipam-se. Ou, “precedem” (ver com. do v. 147). A noite era frequentemente dividida em três vigílias (Lm 2:19; ver com. de Jz 7:19; lSm 11:11). O salmista se compara a alguém que está escalado parao trabalho durante essas vigílias noturnas. Antes da hora do compromisso ele está desperto, meditando na Palavra de Deus.
Sl.119:149 149. Segundo. Devemos pedir que Deus responda às nossas orações não segundo nossos desejos, mas em vista de Sua onisciente providência.
Sl.119:150 Sem comentário para este versículo
Sl.119:151 151. Perto. Uma antítese: os ímpios se aproximam com suas tentações (v. 150); Deus também está próximo, mas para ajudar.
Sl.119:152 Sem comentário para este versículo
Sl.119:153 153. Atenta para a minha aflição. Davi estava passando por urna provação severa e recorreu a Deus por auxílio. Nenhum filho de Deus em aflição clamou ao Senhor em vão. Deus pode não operar o livramento desejado, mas dará coragem e fé para suportar a prova (ver 2Co 12:7-9).
Sl.119:154 154. Defende a minha causa. O sal- mista e seus inimigos são representados como estando num julgamento. Davi pede que Deus seja seu advogado e fique ao seu lado na disputa.
Sl.119:155 155. Está longe dos ímpios. Cada passo que o pecador dá no caminho do mal o leva para mais longe da graça salvífica de Deus. A menos que ele altere o rumo, chegará ao ponto em que não haverá mais misericórdia (ver T5, 119, 120).
Sl.119:156 156. Misericórdias. Ou, “compaixão”.
Sl.119:157 Sem comentário para este versículo
Sl.119:158 158. E me afligi (ARC). Do heb. qut,“sentir desprezo". Conforme via os procedimentos do ímpio, o salmista era repelido pela conduta deles.
Sl.119:159 Sem comentário para este versículo
Sl.119:160 160. Desde o princípio. Do heb. ro’sh, literalmente, “categoria”, neste verso possivelmente no sentido de “soma”, como rosk é traduzido em Salmo 139:17.
Sl.119:161 161. Príncipes. Ver v. 23. As pessoas que deveríam simpatizar com Davi estavam entre seus adversários mais ferrenhos. Estes líderes da realeza foram eleitos para vingar os oprimidos e proteger os desamparados. Em lugar de realizar sua tarefa, gastavam o tempo perseguindo o justo.
Sl.119:162 162. Grandes despojos. Ver Is 9:3.
Sl.119:163 Sem comentário para este versículo
Sl.119:164 164. Sete vezes. O número sete significa plenitude. O louvor que o salmista ofereceu a Deus não dependia de seus sentimentos ou das circunstâncias. Na provação, na tristeza ou na alegria sua voz era elevada em hinos de louvor e gratidão.
Sl.119:165 165. Grande paz. Embora haja perturbação e conflitos externos, há paz no coração daquele que ama a lei de Deus.Para eles não há tropeço. Literalmente, “nada é para eles pedra de tropeço”. Aqueles que amam a lei não possuem motivos para tropeçar. Eles andam com passos firmes e seguros ao longo do reto caminho da lei de Deus e não se voltam às vielas do pecado.
Sl.119:166 166. Espero. Davi firmou sua esperança em Deus, confiou somente nEle para a salvação e se esforçou sinceramente para obedecer aos mandamentos.
Sl.119:167 Sem comentário para este versículo
Sl.119:168 168. Na Tua presença. Não há nada oculto ao olhar de Deus (LIb 4:13). Como é confortante o pensamento de que, quando somos mal compreendidos pelas pessoas, nossos caminhos são conhecidos por Deus!
Sl.119:169 Sem comentário para este versículo
Sl.119:170 170. Petição. Do heb. teckinnak, uma súplica por favor.
Sl.119:171 171. Profiram. Do heb. nabd, “borbulhar” ou “derramar”. O salmista deseja que de sua vida e de seus lábios sempre procedam músicas de grato louvor.
Sl.119:172 172. Justiça. Os mandamentos não são somente retos em si mesmos, eles são a essência da justiça. “A lei é santa; e o mandamento, santo, justo lliteralmente, “reto”] e bom” (Rm 7:12). Esta lei é uma transcrição do santo e justo caráter de Deus. Devemos modelar nossa vida conforme seu padrão.
Sl.119:173 173. Escolhí. Ao ser humano foi dada a liberdade de escolha (ver Dt 30:19). Felizes os que, como Davi, escolhem os preceitos de Deus como guia.
Sl.119:174 Sem comentário para este versículo
Sl.119:175 175. Para louvar-Te. Davi pede a Deus que prolongue sua vida, não para satisfazer a algum desejo egoísta, mas para passar seus dias testemunhando do amor de Deus.
Sl.119:176 176. Ovelha desgarrada. Ver Is 53:6. Quando uma ovelha se desvia do rebanho, se não receber ajuda, raramente encon- ? tra o caminho de volta. Como nós, o sal- mista andou por caminhos proibidos, mas o Senhor o procurou e o trouxe de volta ao lar.Procura o Teu servo. O bom pastor não retorna de mãos vazias. O caminho pode ser longo e árduo, a estrada, acidentada e espinhosa, mas o pastor persevera e não desiste até que encontre sua ovelha perdida (Mt 18:12-14; Lc 15:4-7).II - CPPE, 121; DTN, 89, 123; Ed, 190; GC, 600; OE, 250; CBV, 181, 463; MCH, 85; PP, 460; Te, 107; T4, 616; T8, 323RC, 62; T4, 633; T5, 388; T8, 323 20 - T4, 534 24-Ed, 291; CBV, 463;CBV, 463; T8, 323 46-GC, 207 48-Ed, 252 54 - CBV, 463; T8, 324 63 - MCH, 216 64-CBV, 418 72 - Ed, 137; CBV, 463;Salmo 120Cântico de romagem.de zimbro.
Sl.120:1 "Introdução — Davi compôs os Salmos 120 e 121 pouco depois da morte de Samuel (ver PP, 664). O afastamento deste piedoso homem de Deus foi uma grande perda para Davi. Ele reconheceu que a influência restritiva de Samuel fora removida. Saul o per- seguiria com maior fúria.E mais provável que o mentiroso (v. 2) seja Saul, embora Doegue, o edomita, também se encaixe na descrição do salmo (ISm 22:22; ver com. de ISm 26:19).E incerto o significado da expressão “cântico dos degraus” (ARC), talvez seja melhor traduzida como “cântico da subida” que aparece no subtítulo original dos Salmos 121 a 134. A explicação mais provável é que esses salmos foram utilizados como cânticos peregrinos, entoados pelos filhos de Israel enquanto jornadeavam a Jerusalém para as festas anuais (ver PP, 538; ver também p. 704, 707). 1. Ele me ouve. Literalmente, “Ele me respondeu”. O Senhor não só ouve como responde às orações de acordo com Sua infinita sabedoria."
Sl.120:2 2. Lábios mentirosos. Ver introdução ao SI 120; sobre o poder da língua, ver Tg 3:5, 6. Quando se é caluniado, o consolopode ser encontrado nas palavras de Jesus (Mt 5:10-12).
Sl.120:3 3. Língua enganadora. As calúnias amarguram e degradam os sentimentos daquele que fala mal de seu próximo e provoca mal entendidos e contendas.
Sl.120:4 4. Setas agudas. O v. 4 é a resposta à questão levantada no v. 3. Evidentemente, estas setas agudas representam a retribuição do Senhor ao caluniador.Zimbro. Do heb. rethamim. Acredita-se que representa uma planta chamada “vassoura”, um arbusto com muitos galhos e poucas folhas (ver com. de Jó 30:4). Deste arbusto os árabes manufaturam carvão vegetal de boa qualidade, que produz um fogo intenso.
Sl.120:5 5. Meseque. Ver com. de Gn 10:2.Quedar. Ver com. de Gn 25:13.Meseque e Quedar são utilizados figurada- mente para as terras do exílio de Davi.
Sl.120:6 6. Que odeiam a paz. Talvez uma referência ao rei Saul (ver introdução ao SI 120).
Sl.120:7 7. Sou pela paz. Literalmente, “eu estou em paz”. As tentativas de Davi para viver pacificamente com Saul e seus maus conselheiros foram respondidas com ódio e hostilidade.En-GedL¦ Carmelo¦ MaomAo saber da morte de Samuel, Davi foge de En-Gedi para o deserto de Parã, esperando encontrar mais segurançaVflle de> Gades?Privado do auxílio de Samuel, Davi se lanca ao SenhorDeus Vê, Entende e Ajuda“O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitara aquele que te guarda.É certo que não dormita, nem dorme o Guarda de Israel.O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua.O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma.O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre."CteouuSalmo 121:2-8Quando a morte reivindica amigos estimados e valorosos conselheiros, as pessoas percebem, mais uma vez, que sua confiança não deve ser colocada em príncipes, mas no Senhor eterno, que está sempre atento. Embora a voz dos conselheiros anteriores pareça indispensável e asadvertências, de valor inestimável, elas não podem ser comparadas com a orientação prometida por Aquele que nunca dorme nem dormita. Deus está desejoso ck manifestar Sua orientação hoje, assim como ocorreu nos dias dc Davi.Salmo 121Cântico de romagem.] Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
Sl.121:1 "Introdução — O Salmo 121 é uma bela canção de confiança e segurança em Deus. De todo o patrimônio poético hebraico, este é um dos poemas bíblicos mais apreciados. Davi compôs o Salmo 121 no deserto de Parã, imediatamente depois de saber da morte de Samuel (PP, 664). Quando se deu conta de que seu último amigo terreno influente se fora, ele se voltou ao Senhor como único auxílio que lhe restou. O salmo tem sido uma grande bênção a milhares de pessoas que vez ou outra se encontraram em circunstâncias parecidas com as que o salmista se encontrava.O Salmo 121 era cantado pelos peregrinos a caminho das festas anuais em Jerusalém (ver PP, 538; ver também a introdução ao SI 120). 1. Para os montes. Muitos comentaristas tomam estes montes como referência às montanhas de Jerusalém. Devido à presença do santuário, Jerusalém era vista como o local da habitação de Deus e, neste sentido, poderia ser considerada a fonte de auxílio divino. Outra interpretação toma estes montes como referência às montanhas da Palestina, cujo cume era utilizado pelos pagãos para edificação de altares idólatras. Na jornada para a festa, “ao verem em redor de si as colinas onde os gentios costumavam acender os fogos de seus altares,cantavam os filhos de Israel: 'Elevo os meus olhos para os montes; De onde me virá o socorro? ” (PP, 538; SI 121:1).De onde [...]? Não é dos montes ou montanhas que os filhos de Deus recebem auxílio, mas de Deus (ver jr 3:23)."
Sl.121:2 2. Do Senhor. Esta é a resposta à questão do v. 1. Deus pode responder a qualquer emergência que se levante no vasto universo de Sua criação.
Sl.121:3 3. Ele não permitirá. O negativo hebraico (’al) empregado aqui e utilizado também na expressão “não dormitará” torna o verso uma expressão de desejo ou petição: “Que Ele não permita que seu pé vacile; que não durma aquele que te guarda.” Estas palavras foram cantadas possivelmente por dois grupos de peregrinos, sendo que um deles respondia em contra- canto: “Não há necessidade desta oração, porque Aquele que guarda Israel não dormita nem dorme; o Vigia de Israel não será pego de surpresa, como uma sentinela humana sobre os muros da cidade.'' A vigilância de Deus é incansável. O Eterno jamais fica exausto e está sempre atento às necessidades de Seus filhos.
Sl.121:4 Sem comentário para este versículo
Sl.121:5 5. Tua sombra. Uma ilustração forte sobre a proteção para aqueles que viviam num lugar onde a luz era ofuscante e o calor, ardente.À tua direita. O divino Protetor está prontamente disponível (ver SI 16:8).
Sl.121:6 6. Não te molestará. Nos últimos dias, quando será dada potência ao sol para que queime as pessoas com fogo (Ap 16:8, 9), o povo de Deus encontrará conforto nesta promessa (GC, 628-630).
Sl.121:7 7. Mal. Do heb. ra, designando tanto o mal moral quanto o físico.
Sl.121:8 8. Tua saída. O Senhor vigia continuamente todos os empreendimentos de Seus filhos.“Deus te mantém a salvo do mal e do pecado,Teu espírito é guardado; o Senhor vigia Tua saída, tua entrada Desde agora e para sempre.”Salmo 122Cântico de romagem. De Davi.graças ao nome do Senhor.casa de Davi.
Sl.122:1 "Introdução — O Salmo 122 é outro cântico de peregrinação (ver introdução ao SI 120). Ele é uma expressão de alegria pelo privilégio de ir até Jerusalém para adorar. 1. Alegrei-me. O salmista se alegrou com a oportunidade de se juntar a outras pessoas na jornada para adorar em Jerusalém. Há alegria em adorar na companhia de irmãos na fé."
Sl.122:2 2. Pararam os nossos pés. Ou, “nossos pés estavam parando”, como se narrado em retrospectiva. Sem dúvida, o salmista foi abençoado pelas visitas anteriores à cidade santa, e em vista disso ele antecipava com santa alegria outra oportunidade para adorar ali.
Sl.122:3 3. Compacta. Do heb. chabar, “estar unida”, “reunir-se com”; o substantivo hebraico correspondente, chaber, significa“companheiro” ou “colega”. Alguns veem aqui uma alusão ao ajuntamento do povo de Deus para comunhão espiritual. A ideia de comunhão espiritual é expressa mais definidamente na LXX, cujo texto pode ser traduzido como: “Jerusalém é construída como uma cidade, cuja comunhão espiritual [gr. metoche] é em grupo.”
Sl.122:4 4. Testemunho (ARC). No sentido de uma instituição ordenada por Deus (ver Dt 16:16; cf. SI 81:3-5; ver com. de SI 19:7). A tradução literal da frase é: “como testemunho a Israel, para dar graças ao nome de Yahweh”.
Sl.122:5 5. Tronos de justiça. Jerusalém, como sede do governo, era o centro da justiçapara toda a nação. Tivessem os reis de Israel governado como Deus designara, seus governos teriam promovido e conservado misericórdia, justiça, paz, alegria e amor - virtudes que emanam do trono divino.
Sl.122:6 6. Jerusalém. O próprio nome sugeria que a cidade seria um lugar de paz.
Sl.122:7 7. Paz. Ver ISm 25:6; Lc 10:5; Jo 20:19.
Sl.122:8 8. Por amor dos meus irmãos. Deveria haver paz em Jerusalém, para o bem de todo o Israel. Os v. 8 e 9 afirmam dois grandes princípios que impulsionariam todo o cristianismo: (1) amor pelos irmãos e (2) amor pela igreja. Aqueles que amam a Deus amam os irmãos que compõem a igreja de Deus.Salmo 123Cântico de romagem.
Sl.122:9 Sem comentário para este versículo
Sl.123:1 "Introdução — O Salmo 123 é um clamor sincero pelo auxílio de Deus em tempo de angústia. A mudança do singular para o plural (ver v. 1, 2) amplia a solicitação em nível nacional.Sobre o subtítulo, ver introdução ao SI 120; ver também p. 704, 707. 1. Elevo. Os olhos da fé e da esperança sempre devem estar elevados a Deus, osupremo governante do Universo."
Sl.123:2 2. Servos. Como os servos domésticos procuram o mestre com o fim de obter apoio, assim os cristãos dependem de Deus para auxílio físico e sustento espiritual. Quando o servo é injustiçado ou sofre dano, procura seu mestre para protegê-lo. Assim o filho deveria buscar a mão do Senhor para livrá-lo (ver lCo 4:3, 4).Estão fitos nas mãos. Isso pode ser comparado com Salmo 145:15, em que o salmista retrata todas as criaturas das mãos de Deus olhando para Ele, aguardando o suprimento para suas necessidades diárias.
Sl.123:3 3. Sobremodo fartos. Os dados são insuficientes para determinar a que crise da história nacional de Israel o salmista se refere.
Sl.123:4 4. À sua vontade. Ver Ez 16:49; Am 6:1; Zc 1:15. Estar livre de aflições e ter uma vida de facilidade e conforto não são o solo no qual o caráter se desenvolve. O Senhor permite que a aflição venha sobre Seu povo para afastá-lo de uma vida de tranquilidade e para fazer com que anseiem o lar celestial. Devemos ser gratos a Deus pela mão da aflição que lança o orgulho humano no pó.Salmo 124Cântico de romagem. De Davi.
Sl.124:1 "Introdução — O Salmo 124 é um hino de ação de graças a Deus por Seu poderoso livramento na época de crise nacional. A ocasião precisa não foi identificada. Inimigos ao redor foram uma ameaça constante a Israel. Por muitas vezes, pareceu que o povo escolhido seria aniquilado. No entanto, o Senhor proporcionou um meio de escape.Sobre o subtítulo, ver introdução ao Salmo 120; ver também p. 696, 704, 707. 1. Não fosse o Senhor. Um apropriado reconhecimento do Autor do livramento. Com muita frequência a fonte de bênção é esquecida uma vez que a petição é atendida e a crise passa (ver Lc 17:12-17). Deus tinha sido um aliado de Israel. Com o Senhor ao lado de Israel, o povo não precisava temer nenhum inimigo."
Sl.124:2 Sem comentário para este versículo
Sl.124:3 3. E nos teriam engolido. Os ímpios refletem o espírito do grande destruidor, o próprio Satanás (ver Jo 8:44).
Sl.124:4 Sem comentário para este versículo
Sl.124:5 5. Aguas impetuosas. Como as inundações varrem tudo diante delas e parecem desdenhosas ao se opor aos objetos, assim os ímpios submergiríam os justos e os destruiríam, se Deus não os restringisse (ver GC, 614).
Sl.124:6 6. Por presa. A metáfora muda. Os adversários de Israel são comparados a animais selvagens prontos a devorar sua presa, no entanto, Deus os mantém sob controle.
Sl.124:7 7. Quebrou-se o laço. Israel é comparado a um pássaro assustado e indefeso, pego numa armadilha, mas solto repentinamente pela ruptura da armadilha.
Sl.124:8 8. Do céu e da terra. Enquanto existirem esles dois grandes monumentos da poderosa força criadora de Deus, Seus filhos não precisam temer o que seres humanosfracos podem lhes fazer. Aquele que fez o céu e a terra é infinito em recursos; todas as forças do Universo estão perante Ele e obedecem à Sua vontade.Salmo 125Cântico de romagem.a sorte dos justos, para que o justo não estenda a mão à iniquidade.
Sl.125:1 "Introdução — O Salmo 125 desenvolve o tema de que os justos podem estar certos de que a proteção do Senhor sobre eles é contínua. Como Jerusalém está em segurança por causa de sua localização geográfica, assim os que confiam em Deus estarão seguros das armadilhas dos ímpios. Eles estarão a salvo de todos os dardos inflamados do inimigo.Sobre o subtítulo, ver introdução ao SI 120; ver também p. 704, 707). 1. Monte Sião. Ver com. de SI 48:2."
Sl.125:2 2. Em redor de Jerusalém. Jerusalém estava singular mente situada no cume de urna montanha (ver com. de SI 48:2), separada dos montes ao redor pelo vale de Cedrom a leste, o vale de Hinom ao sul e da antiga cidade pelo vale de Tiropeom, a oeste. Os montes ao redor eram muito altos.O monte das Oliveiras, por exemplo, atinge uma altitude de aproximadamente 830 m no ponto mais alto, em relação à altitude de aproximadamente 752 m do ponto mais alto da antiga cidade.Em derredor de Seu povo. Como este cinturão de montanhas cerca a cidade, assim o amor de Deus, cada vez mais amplo, cerca Seu povo. Este círculo os mantém dentro de Seu aprisco e também mantêm afastados aqueles que lhes causariam o mal.
Sl.125:3 3. O cetro dos ímpios. Os justos não continuariam a ser dominados pelos ímpios a fim de que a prolongada opressão e a contínua associação com pessoas más não levasse Israel a adotar alguns de seus maus caminhos.
Sl.125:4 Sem comentário para este versículo
Sl.125:5 5. Paz. Os justos experimentam paz em contraste com a confusão e agitação em que os ímpios se encontram (ver SI 122:6-8).Salmo 126Cântico de romagem.
Sl.126:1 "Introdução — Muitos comentaristas creem que o Salmo 126 celebra o retorno do cativeiro babilônico (ver Ed 1). Outros pensam que a expressão “trouxe do cativeiro” (v. 1, ARC) não é suficiente para determinar alguma crise específica, visto que as palavras podem descrever, metaforicamente, um retorno geral à prosperidade. O argumento não é conclusivo. Qualquer que seja o cativeiro, o livramento gerou alegria exuberante. A experiência parecia muito boa para ser verdade. A segunda parte do salmo (v. 4-6) parece introduzir um tom de tristeza. Parece que as pessoas tinham se enredado novamente e pediam sua liberdade mais uma vez, ou estavam solicitando, depois do retorno à sua terra, a plena restauração de sua antiga condição.Sobre o subtítulo, ver introdução do SI 120; ver também p. 704, 707. 1. Restaurou a sorte de Sião. Verintrodução a este salmo."
Sl.126:2 2. Entre as nações. Ou, “entre os gentios” (ACF) As nações ao redor de Israel eram constantemente lembradas do poder de Deus em operar milagres a favor de Seu povo escolhido. O Senhor planejou tais demonstrações de poder como o meio de familiarizar os pagãos com o verdadeiro Deus: “para buscarem a Deus se, porventura, tateando, O possam achar” (At 17:27).
Sl.126:3 Sem comentário para este versículo
Sl.126:4 4. Restaura. Ver introdução ao SI 126.Neguebe. Do heb. negeb, a parte sulda Palestina, um árido deserto durante a maior parte do ano. Quando chegam as chuvas, e os ribeiros fluem, nova vida recobre o campo. Assim, o salmista ora para que Deus envie vida nova e vitalidade a Seu povo.
Sl.126:5 5. Com lágrimas semeiam. Lágrimas de ansiedade e incerteza. O coração indaga se a semente foi lançada ao solo e se haverá colheita.Júbilo. Do heb. rinnah, frequentemente “um grito de alegria”. Rinnah aparece também no v. 2 e ali é traduzida como “cânticos” (ARC). Quando chega a época da colheita, as lágrimas dão lugar a músicas jubilosas porque o Senhor abençoou o fruto do solo.
Sl.126:6 6. Enquanto semeia. O obreiro evangélico encontrará conforto neste texto enquanto espalha a boa semente do evangelho, sem saber qual prosperará (ver PJ, 65). Se ele continuar semeando fielmente, poderá estar certo de que na devida estação conseguirá apresentar seus feixes aos pés do Mestre e ouvir a bênção: “Muito bem” (Mt 25:21, 23). Lágrimas de ansiedade darão lugar a cânticos de alegria. A felicidade tomará o lugar do pesar “e deles fugirá a tristeza e o gemido” (ís 35:10).Salmo 127Cântico de romagem. De Salomão.
Sl.127:1 "Introdução — ""O ser humano propõe e Deus dispõe"", pode ser considerado o tema da primeira estrofe do Salmo 127. A obra de edificar será em vão, a menos que seja abençoada por Deus. A segunda estrofe exalta a alegria da paternidade. À primeira vista estes assuntos parecem ser independentes. No entanto, estavam intimamente relacionados na mente dos hebreus.Sobre o subtítulo, ver introdução ao SI 120; ver também p. 696, 704, 707). 1. Se o Senhor. Este verso mostra a futilidade da tentativa de qualquer empreendimento a menos que o Senhor abençoe, os planos.Trabalham. Do heb. 'amai, enfatizando a labuta que envolve cansaço e dificuldades."
Sl.127:2 2. Aos Seus amados [...] enquanto dormem. Este verso trata dos trabalhadores ansiosos, que não tiram proveito da vida, por causa de sua constante ansiedade.Trabalham de manhã e de tarde e estão tão preocupados com coisas materiais que não desfrutam um sono reparador. Não é assim com os que descansam em calma dependência de Deus. Este texto, no entanto, não é uma sanção para o ócio, mas uma repreensão àqueles que se inquietam e se preocupam ao invés de confiar em Deus.
Sl.127:3 Sem comentário para este versículo
Sl.127:4 4. Como flechas. Uma ilustração que denota proteção e conquista.Filhos da mocidade. Isto é, os filhos de pais jovens.
Sl.127:5 5. A porta. O espaço aberto na porta da cidade era o local onde as questões em litígio eram resolvidas (ver Gn 19:1; is 29:21; Am 5:12). Estes filhos não se envergonhavam de defender a causa de seus pais. Eles estavam prontos para defendê-los de qualquer acusação falsa. Uma grande família tem suas dificuldades, mas também suas recompensas.Salmo 128Cântico de romagem.; bentos da oliveira, à roda da tua mesa.
Sl.128:1 "Introdução — O Salmo 128 é uma ilustração idílica da piedade e felicidade na família.Sobre o subtítulo, ver introdução do SI 120; ver também p. 704, 707. 1. Bem-aventurado. Ver com. de SI 1:1.Que teme. O temor de Deus é a basede toda felicidade verdadeira. Não é o temor de estremecimento que vem com a consciência culpada, mas o temor que surge de um ardente amor e profunda reverência por Deus."
Sl.128:2 2. Trabalho de tuas mãos. A atividade da pessoa boa é abençoada, e o trabalhador diligente desfruta a recompensa pelo seu labor. As Escrituras não sancionam a indolência; ao contrário, em toda a parte, exaltam a dignidade do trabalho. A vida de cuidado e trabalho do ser humano foi designada em amor (ver PP, 60), como proteção em seu estado caído (ver com. de Gn 3:17-19).
Sl.128:3 3. Videira frutífera. A fecundidade, graciosidade e dependência de apoio davideira são símbolos apropriados da leal esposa e mãe no lar.Rebentos da oliveira. Os hebreus consideravam o vinho e o azeite entre os seletos frutos da terra. Uma nobre esposa e filhos obedientes são os maiores presentes que um homem pode possuir nesta terra.
Sl.128:4 4. Abençoado. Não é apenas o bom homem que é abençoado; ele é uma bênção a todos que o cercam.
Sl.128:5 5. A prosperidade de Jerusalém. Assim corno os hebreus mantinham continuamente diante de si a prosperidade de Jerusalém, da mesma forma os cristãos trabalharão constantemente pela edificação da igreja de Deus na terra.
Sl.128:6 6. Filhos de teus filhos. O salmo profere uma bênção ao homem que teme ao Senhor: que ele viva até uma idade avançada e veja a perpetuação de sua família.Paz sobre Israel. E preferível tomar estas palavras como uma bênção de despedida: “Paz esteja com Israel.’’Salmo 129Cântico de romagem.) Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade, Israel que o diga;
Sl.129:1 "Introdução — O Salmo 129 é uma canção que celebra a libertação nacional.: O sal mista fala das provas pelas quais Israel passara como nação e como o Senhor Se interpôs a favor deles e confundiu aos inimigos. Esta é uma canção da região rural e possui muitas alusões às atividades agrícolas. O evento histórico preciso, que pode ter ocasionado este salmo, é uma questão de conjectura. O salmista não está tão preocupado com o incidente quanto com a lição a ser extraída dele.Sobre o subtítulo, ver introdução ao Sl 120; ver também p. 704, 707. 1. Muitas vezes. Ou, “em medida abundante”, isto é, “frequente”.Desde a minha mocidade. Ver Jr 2:2; Os 2:3, 15; 11:1. Israel passou sua “juventude” em cruel escravidão no Egito e, então, relembra o livramento do Senhor naquela terra sombria."
Sl.129:2 2. Não prevaleceram. Aquele que confia no Senhor, embora muitas vezesem perigo, nunca precisa ser derrotado (ver 2Co 4:8-10). Em Cristo ele sempre será vitorioso.
Sl.129:3 3. Sobre o meu dorso lavraram. Umailustração das costas dos israelitas sendo dilaceradas pelas cruéis chicotadas de seus opressores. Os açoites revolviam a carne como o arado revolvia os sulcos do campo.
Sl.129:4 Sem comentário para este versículo
Sl.129:5 Sem comentário para este versículo
Sl.129:6 6. Como a erva. O vento ou algum pássaro carregava a semente que, ao cair sobre o eirado de uma casa oriental típica, brotava rapidamente, mas não havendo profundidade na terra, logo murchava. Portanto, não produzia colheita (Alt 13:5). Assim seria com os que conspiravam contra Israel. Seus planos aparentavam sucesso à primeira vista, mas não frutificariam.
Sl.129:7 7. Não enche. Não haveria feixes nem grãos.
Sl.129:8 8. Seja convosco. Ver Rt 2:4. Não há nada que se compare a este tipo de saudação com relação aos inimigos de Sião.Salmo 130Cântico de romagem.aguarda; eu espero na Sua palavra.
Sl.130:1 "Introdução — O Salmo 130 é a confissão de um pecador que, em desespero, clama ao Senhor por perdão. Ele reconhece que se o Senhor se relacionasse com ele de acordo com seu pecado, seu caso não teria esperança. O Senhor Se revela a este pecador como um Deus perdoaclor.Sobre o subtítulo, ver introdução ao SI 120; ver também p. 704, 707. 1. Das profundezas. No latim, de profun- dis; por isso, o salmo tem sido chamado de pro- jundis. O salmista estava em angústia profunda, no entanto, reconheceu que o Senhor Se deleita em responder a oração nessas circunstâncias."
Sl.130:2 Sem comentário para este versículo
Sl.130:3 3. Observares [...] iniquidades. Literal mente, ‘observares”, “vigiares”. A fim de permanecer no grande dia de escrutínio, devemos confiar totalmente na misericórdia e no amor perdoador de Deus e invocar a justiça de Cristo.
Sl.130:4 4. Perdão. Deus Se deleita em perdoar o pecador penitente. Sua natureza é misericordiosa e perdoadora. No entanto, há pré- requisitos ao perdão (ver com. de SI 32:1).
Sl.130:5 5. Aguardo. A resposta poderia não vir tão rapidamente como o salmista gostaria, mas, por causa de sua confiança naquela palavra, ele esperou pacientemente com esperança. Embora a noite de sofrimento pareça longa, ele sabe que a manhã logo raiará. Quando as negras nuvens da noite se dissiparem, os brilhantes raios do “Sol da justiça” serão vistos (ver Ml 4:2),
Sl.130:6 Sem comentário para este versículo
Sl.130:7 7. Espere Israel. O salmista convjda seu povo a se juntar a ele nesta abençoada esperança.Misericórdia. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36).Copiosa redenção. Em Deus há poder ilimitado, e Ele pode, deseja e Se deleita em fazer por nós “ infinita mente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (Ef 3:20).
Sl.130:8 8. Ele. Enfático no hebraico. Não há salvação em nenhum outro (Mt 1:21; At 4:12). O salmista saiu das profundezas de um esmagador senso de culpa, mas enfim se pôs em pé no alto da montanha da redenção e do perdão.Salmo 131Cântico de romagem. De Davi.alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo.
Sl.131:1 "Introdução — O Salmo 131 é uma canção que expressa confiança infantil e humilde submissão. O salmista cultivou a arte da disciplina própria até o ponto de não lutar mais pelo posto mais elevado.Sobre o subtítulo, ver introdução ao SI 120; ver também p. 696, 704, 707. 1. Não é soberbo. Na escola da experiência, o salmista teve que renunciar ao orgulho e egoísmo e desenvolver um espírito manso e humilde. Aos olhos de Deus, as grandes pessoas são as mais humildes. Cristo afirmou que, entre os nascidos de mulher, não havia se levantado ninguém tão grande como João Batista (Mt 11:11), e ainda era um dos mais humildes dos homens. João atingiu o topo da abnegação (ver Jo 3:30). “Mais próximodo próprio trono deve estar, o estrado da humildade” (ver Jr 45:5). Os que são sinceramente humildes são verdadeiramente grandes."
Sl.131:2 2. Criança desmamada. O salmista era desprendido das ambições e desejos mundanos e, então, desfrutava segurança e contentamento em Deus.
Sl.131:3 3. Espera, ó Israel. O tom de experiência pessoal muda para um pedido a todo o Israel. Tendo sido desabituado de seus desejos egoístas, o salmista conseguia proferir uma oração por seu povo, Israel. Ele vivia para o Senhor e encorajava todos os seus amigos e conterrâneos a seguir seu exemplo. A vitória pessoal se tornou um modelo para ser seguido por todo o Israel.Salmo 132Cântico de romagem.I I O Senhor jurou a Davi com firme juramento e dele não se apartará: Um rebento da tua carne farei subir para o teu trono.Introdução — O Salmo 132 é uma canção que comemora o desejo de Davi de edificar uma casa de adoração e as graciosas promessas do Senhor ao rei pastor (ver 2Sm 7:1-13; Tl, 203).Sobre o subtítulo, ver introdução ao Salmo 120; ver também p. 704, 707.
Sl.132:1 "Introdução — O Salmo 132 é uma canção que comemora o desejo de Davi de edificar uma casa de adoração e as graciosas promessas do Senhor ao rei pastor (ver 2Sm 7:1-13; Tl, 203). 1. Todas as suas provações. Ver ICr 22:14. Algumas das provas que Davi suportou foram causadas por ele próprio e outras foram por causas externas."
Sl.132:2 2. Jurou. Ver 2Sm 7:1-13. O registro histórico não menciona o juramento.
Sl.132:3 3. Não entrarei. Davi decidiu fazer da edificação da casa para o Senhor um item de preeminência em seus negócios.
Sl.132:4 4. Não darei sono. Uma ilustração oriental (ver Pv 6:4). O salmista não descansaria até que preparasse um local de repouso para a arca de Deus. Ele estava tão envolvido com a obra de Deus que tudo o mais ficou em segundo plano.
Sl.132:5 Sem comentário para este versículo
Sl.132:6 6. Ouvimos. Uma abrupta transição de pensamento para a arca sem casa.Efrata. O significado desta passagem poética é obscuro. Alguns veem em “Efrata” uma referência a Belém, uma vez que Efrata era o antigo nome daquelacidade (ver com. de Gn 35:19). Outros veem uma referência a Quiriate-Jearim (ICr 2:24, 50), onde a arca esteve por 20 anos (lSm 7:2).Bosque (ABC). Do heb. ydar, que deveria ser traduzido como nome próprio, jaar (ARA), que, por sua vez, é possivelmente uma forma abreviada de Quiriate-Jearim, do heb. Qiryath Yearim.
Sl.132:7 Sem comentário para este versículo
Sl.132:8 8. Levanta-te. Uma oração para que o Senhor ocupasse o lugar de descanso que Israel Lhe preparara (ver 2Cr 6:41, 42).
Sl.132:9 9. De justiça. São exigidas pureza e santidade daqueles que ministram nos ofícios sagrados (ver Jó 29:14; Ap 19:8).Fiéis. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36).
Sl.132:10 10. Teu ungido. Esta oração deve ter sido oferecida, apropriadamente, por cada sucessor na linhagem de Davi que subia ao trono e começava seu ofício sagrado.
Sl.132:11 11. O Senhor jurou. Ver 2Sm 7:12.
Sl.132:12 12. Se. As promessas a Davi foram condicionais à obediência (ver lRs 8:25; cf. 2Sm 7:14; ver com. de 2Sm 7:12-16).
Sl.132:13 Sem comentário para este versículo
Sl.132:14 14. Meu repouso. Melhor seria “meu lugar de repouso”. “Houvesse Israel, como nação, preservado a aliança com o Céu, e Jerusalémteria permanecido para sempre como eleita de Deus” (GC, 19; ver DTN, 577).
Sl.132:15 15. Seu mantimento. A prosperidade temporal teria sido a porção de Israel caso a nação tivesse seguido o plano divino (ver Dt 18:1-14).
Sl.132:16 16. Vestirei [...] os seus sacerdotes. Uma resposta à oração do v. 9. Tragicamente, Israel falhou em sua missão. Em lugar de serem vestidos com a salvação, seus sacerdotes se tornaram profanadores da verdadeira adoração (Ez 22:26).Fiéis. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36).
Sl.132:17 17. Brotar. Doheb. tsamach, “germinar” ou “brotar”. O substantivo tsemach, “ramo”, “renovo” ou “broto” é utilizado como um título do Messias (ver Jr 23:5; 33:15; Zc 3:8; 6:12).Uma lâmpada. Ver lRs 15:4.Para o Meu ungido. Isto é, para o rei, aqui uma referência a Davi. A palavra “ungido” vem do heb. mashiach, literalmente, “messias”, da raiz mashach, “ungir”.
Sl.132:18 18. Florescerá. Do heb. tsuts, “florir”. Tsuts é utilizado neste verso no sentido de “brilhar”, “cintilar” ou “resplandecer”. O substantivo correspondente tsits, "uma floração” ou “um ornamento frontal”, é utilizado para se referir à placa de ouro reluzente com a inscrição “Santidade ao Senhor” usada pelo sumo sacerdote em sua mitra (ver Êx 28:36, 37).Coroa. Do heb. nezer, “consagração [a um ofício]”, também “um diadema |ou sinal de consagração]”. Ela pode ser devidamente aplicada à coroa do rei ou à coroa sagrada do sumo sacerdote (ver Ex 29:6). A LXX traduz “minha santidade” no lugar de “sua coroa”.Salmo 133Cântico de romagem. De Davi.desce para a gola de suas vestes.
Sl.133:1 "Introdução — O Salmo 133 é um curto e lindo poema que exalta a bênção da unidade fraternal. Esta unidade caracterizava os encontros dos israelitas nas grandes festas em Jerusalém. Harmonia e amor fraternal predominavam nestas ocasiões.Sobre o subtítulo, ver introdução ao SI 120; ver também p. 696, 704, 707. 1. Irmãos. O termo denota um laço de relacionamento íntimo. Davi cantou o Salmo 133 quando seus familiares e amigos estavam escondidos na caverna de Adulão (ver PP, 658)."
Sl.133:2 2. Óleo precioso. Do heb. shemen, “óleo”, neste verso não se refere evidentemente ao óleo comum, mas ao óleo sagrado com o qual o sumo sacerdote era ungido (Ex 29:7; 30:23-33). Ele tinha um perfume suave; era santo e difusivo. Quando foi derramado na cabeça de Arão, caiu sobre suas roupas. Assim acontece com o amor fraternal. Ele abençoa a todos com sua influência suave e santa.
Sl.133:3 3. Orvalho do Hermom. Um símbolo de refrigério. O amor fraternal nascido no céu refresca e revive. Ele é uma antecipação do companheirismo desfrutado no lar celestial. Davi conseguiu cantar este salmo enquanto estava na caverna de Adulão, por causa da simpatia e afeição que seus companheiros lhe demonstraram (PP, 658).Salmo 134Cântico de romagem.ao Senhor.
Sl.134:1 "Introdução — O Salmo 134 consiste num apelo para que os que serviam no santuário à noite adorassem a Yahweh (v. 1, 2) e numa resposta (v. 3). Este curto Salmo é o último dos cânticos dos degraus (ver introdução ao Si 120; ver também p. 704, 707). 1. Bendizei ao Senhor. Ver com. de SI 63:4.Nas horas da noite. Os levitas trabalhavam na obra sagrada de noite e de dia(ver ICr 9:33)."
Sl.134:2 2. Erguei as mãos. Um gesto de bênção (ver Lv 9:22), bem como uma atitude de oração (ver SI 141:2).
Sl.134:3 3. De Sião te abençoe. A bênção do Criador do Universo é representada como vindo da cidade do Grande Rei a cada um, individualmente.Criador. A marca especial de distinção entre o verdadeiro Deus e os falsos deuses (ver com. de SI 115:15).Salmo 135] Aleluia! Louvai o nome do Senhor; lou vai-o, servos do Senhor,
Sl.135:1 "Introdução — O Salmo 135 é um apelo para louvar ao Senhor por causa do que Ele fez por Seu povo e por causa do que Ele é para Seu povo. A primeira seção (v. 1-14) contém uma exortação para louvar ao Senhor por Sua bondade. A isto se segue uma denúncia aos ídolos e outra exortação para que o nome de Deus seja exaltado (v. 15-21). 1. Aleluia! Ver SI 113:1; ver com. de Sl 104:35."
Sl.135:2 2. Vós que assistis. Um chamado especialmente aos sacerdotes e ministros (ver com. dos v. 19, 20).
Sl.135:3 3. Agradável. Esta é uma referência ao canto de louvores ao nome de Deus ou ao nome em si (ver Sl 147:1).
Sl.135:4 4. Possessão. Ou, “tesouro peculiar” (ARC). Do heb. segullah, “propriedade pessoal” (ver Dt 7:6, 7; 14:2; cf. lPe 2:9).
Sl.135:5 5. Acima de todos os deuses. Os outros deuses não possuem existência real (ver v. 15-18).
Sl.135:6 6. Tudo quanto. Ver Sl 115:3. O deleite de Deus ocorre em todos os domínios de Seu vasto Universo.
Sl.135:7 Sem comentário para este versículo
Sl.135:8 8. Feriu os primogênitos. As pragas do Egito foram uma poderosa manifestação da soberania de Deus. A décima praga foi especialmente severa e impressionante (ver com. de Êx 12:29).
Sl.135:9 Sem comentário para este versículo
Sl.135:10 Sem comentário para este versículo
Sl.135:11 11. Seom. Seom e Ogue tentaram interromper a viagem dos israelitas para a Palestina (Nm 21:21-35; Dt 2:30-37; 3:1-13).
Sl.135:12 12. Herança. Os territórios de Seom e Ogue foram ocupados pelos rubeni- tas, gaditas e a meia tribo de Manassés (Nm 32:33).
Sl.135:13 13. Memória. Do heb. zeker, “menção”. A memória do ser humano será esquecida, mas o nome de Deus será “mencionado” por toda a eternidade.
Sl.135:14 14. Julga ao Seu povo. Ver com. deDt 32:36.E Se compadece. Do heb. nacham. Na forma empregada neste verso, nacham significa "se arrepender por’'.
Sl.135:15 15. Prata. Para os v. 15-18, ver com. de SI 115:4-8.
Sl.135:16 Sem comentário para este versículo
Sl.135:17 Sem comentário para este versículo
Sl.135:18 Sem comentário para este versículo
Sl.135:19 19. Bendizei. Ver com. de SI 63:4.Casa de Arão. Os sacerdotes (ver Ex 29:9). Aqueles que ocupam um alto posto espiritual devem ser os primeiros areceber as bênçãos do Senhor.
Sl.135:20 20. Casa de Levi. Quando Israel caiu em idolatria e Moisés fez um chamado para os que estavam ao lado do Senhor, todos os filhos de Levi atenderam (ver com. de Ex 32:26) e foram separados para o santo serviço (ver com. de Nm 18:6).
Sl.135:21 21. Desde Sião. Ver com. de SI 134:3.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 2-5 - TM, 15 4 - Tl, 282 6-CBV, 416Salmo 136Ucfo
Sl.136:1 "Introdução — O Salmo 136 é conhecido entre os judeus como o grande Hallel. O refrão recorrente “porque a Sua misericórdia dura para sempre” sem dúvida era cantado como uma resposta pelos adoradores ou pelo coral do templo. 1. Rendei graças ao Senhor. Não há tempo que seja impróprio para render graças a Deus por Sua bondade e misericórdia ao ser humano.Sua misericórdia dura para sempre.Literalmente, “para a eternidade, o Seu amor”. A palavra traduzida como “misericórdia” é chesed, que significa “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36). O refrão é repetido em cada verso deste cântico."
Sl.136:2 2. Ao Deus dos deuses. Ver Dt 10:17; ICo 8:5, 6.
Sl.136:3 3. Senhor. Do heb. Adhon (ver vol. 1, p. 149-151).
Sl.136:4 4. Grandes maravilhas. Deus é o incomparável operador de milagres. Somente um Ser com inteligência infinita poderia ter projetado o Universo com suas indescritíveis maravilhas.
Sl.136:5 5. Com entendimento. Que sabedoria está escondida nos segredos do Universo que Deus criou! Descobertas científicas revelam continuamente mais e mais sobre as maravilhas de Sua criação. O planejamento é visto em cada setor da natureza.
Sl.136:6 6. Sobre as águas. Ver Gn 1:9, 10.
Sl.136:7 7. Grandes luminares. Uma referência às maravilhas do quarto dia da semana da criação (Gn 1:14-19).
Sl.136:8 Sem comentário para este versículo
Sl.136:9 9. Lua e as estrelas. Quando a pessoa olha para a abóbada celeste à noite e vê as lâmpadas do céu, é lembrada do grande amor de Deus. A lua alegra o coração e acintilação das estrelas parece pronunciar mensagens de conforto.
Sl.136:10 Sem comentário para este versículo
Sl.136:11 11. Tirou a Israel. O faraó e os feitores estavam decididos a não permitir que os filhos de Israel deixassem sua servidão no Egito. No entanto, quando o Senhor planejou e prometeu libertar Seu povo, e Seu povo cooperou, não houve poder na terra que pudesse resistir-Lhe. Quando o orgulhoso monarca O desafiou e se recusou a cooperar, agiu para sua própria destruição.
Sl.136:12 Sem comentário para este versículo
Sl.136:13 13. Separou em duas partes o Mar Vermelho. Ver Ex 14. Assim como o Senhor fez um caminho através do Mar Vermelho para que os israelitas andassem em terra seca, Ele abrirá um caminho através das águas da adversidade que parecerem intransponíveis aos olhos humanos.
Sl.136:14 Sem comentário para este versículo
Sl.136:15 Sem comentário para este versículo
Sl.136:16 Sem comentário para este versículo
Sl.136:17 Sem comentário para este versículo
Sl.136:18 Sem comentário para este versículo
Sl.136:19 19. Seom. Ver com. de SI 135:11.
Sl.136:20 Sem comentário para este versículo
Sl.136:21 21. Herança. A terra de Canaã foi dada a Israel por meio de uma concessão de Deus. Ele prometera a Abraão que sua semente herdaria aquela região (Gn 15:18).
Sl.136:22 Sem comentário para este versículo
Sl.136:23 23. Nosso abatimento. Israel foi humilhado com o cativeiro e a escravidão no Egito; no entanto, o Senhor não o esqueceu na angústia. E confortante saber que o Senhor não se esquece dos que caem em aflição, enfermidade ou pecado, mas envia auxílio e livramento.
Sl.136:24 Sem comentário para este versículo
Sl.136:25 25. Dá alimento. Deus sustenta todos os seres vivos (ver SI 104:27).Salmo 137se resseque a minha mão direita.
Sl.136:26 Sem comentário para este versículo
Sl.137:1 "Introdução — O Salmo 137 tem sido denominado apropriadamente de “Cântico do cativo”. Ele retrata os israelitas na terra do exílio. Os menestréis israelitas ficam silentes enquanto seus raptores zombam deles pedindo que afinem as harpas e cantem um dos cânticos de Sião. O coração dos cativos estava pesado. A nota melancólica neste salmo atrai a simpatia do leitor para os > cativos angustiados e desanimados. 1. Rios da Babilônia. Babilônia era conhecida como a região das “muitas águas” (Jr 51:13). O curso de água mais importante era o Eufrates, que tinha muitos afluentes. Os cativos recorreram às margens destes riachos.Chorávamos. A lembrança da cidade santa e especialmente de seu templo em ruínas tornava os corações tão pesarosos que era impossível a eles restringir as lágrimas. Para eles não havia lugar como Canaã. Ela era uma terra fértil (Dt 8:7-9) e lhes dava preciosas lembranças."
Sl.137:2 2. Pendurávamos as nossas harpas. A música da lira (ver p. 34) era suave e delei- tosa a eles, mas, como a calamidade os tinha alcançado, as harpas estavam silentes.
Sl.137:3 3. Pediam canções. Para uma representação gráfica assíria deste verso, verfig. 9, p. 20, em conjunto com os comentários feitos ali.Cânticos de Sião. Seus senhores os ridicularizavam e pediam que cantassem algumas de suas melodias sagradas.
Sl.137:4 Sem comentário para este versículo
Sl.137:5 5. Se eu de ti me esquecer. Consentir em cantar um cântico do templo sob tais condições pareceria ao israelita como que estar sendo infiel à sua amada cidade, que ele adorava de todo o coração. Esque- ceriam seu bem mais precioso e não esqueceríam a Sião, o orgulho e a glória de Israel.
Sl.137:6 6. Apegue-se-me a língua. Isto é, perder a habilidade de falar.
Sl.137:7 7. Filhos de Edom. Edom manifestou um espírito não fraterno para com Israel em várias ocasiões. Apesar de seu parentesco com os descendentes de Jacó, os edomitas ajudaram os babilônios contra os israelitas (Ob 10-14). Edom é repetidamente denunciado pelos profetas por causa de seu tratamento desumano a uma nação irmã (Jr 49:7; Lm 4:21; Ez 25:12-14; J1 3:19; Am 1:11).
Sl.137:8 Sem comentário para este versículo
Sl.137:9 9. Contra a pedra. O assassinato de crianças inocentes, embora habitual nas guerras da Antiguidade, era uma das práticas mais cruéis e repugnantes (2Rs 8:12; Is 13:16; Os 10:14). Em vista do fato de este tratamento severo ter sido infligido pelosbabilônios (ver Jr 51:24), o salmista está “como tu fizeste, assim se fará contigo” simplesmente enunciando uma lei da vida: (Ob 15; cf. Mt 7:2).Salmo 138Salmo de Davi.
Sl.138:1 "Introdução — O Salmo 138 é um hino de gratidão. O salmista manifesta coragem, firmeza, fidelidade e se compromete a reconhecer seu Senhor diante de todos os deuses dos pagãos ou diante de reis e governantes.Sobre o subtítulo, ver p. 696. 1. Poderosos. Ou, “Deuses” (ARC). Do heb. elohim, possivelmente, uma referência aos deuses pagãos. O salmista não pensa que estes deuses pagãos existem realmente; ele se refere a eles somente como existindo na mente de seus adoradores. A LXX traduz elohim por “anjos”, como no Salmo 8:5 (ARC, ver com. ali; ver vol. 1, p. 148)."
Sl.138:2 2. Acima de tudo o Teu nome. A LXX assim traduz a frase: “porque Tu magnificaste Teu santo nome acima de todas as coisas”.Esta interpretação evita a dificuldade óbvia de considerar a palavra de Deus acima do nome de Deus, visto que “nome” frequentemente significa “pessoa” ou “caráter” (ver com. de SI 7:17). No entanto, neste verso, “nome” pode ser considerado no sentido de reputação. O nome ou a reputação de Yahvveh foi grandemente desonrado por causa dos pecados de Israel. O cumprimento da palavra ou promessa de Deus tende a restaurar a confiança no bom nome do Deus de Israel.
Sl.138:3 Sem comentário para este versículo
Sl.138:4 4. Todos os reis da terra. Quando os reis da terra ouvirem o que Deus fez por Seu povo, também se unirão em louvor. O salmista entra em missão para contar a outros sobre a bondade de Deus com plena certeza de concretizar seu objetivo.
Sl.138:5 5. Cantarão. Quando uma pessoa conhece e obedece aos caminhos de Deus, tem todos os motivos para cantar.
Sl.138:6 6. Humildes. Embora Deus esteja exaltado acima, no Céu, Ele Se inclina para tocar os humildes da Terra. Ele olha graciosamente sobre os pobres de espírito e promete habitar com eles (Is 57:15). “Humildade de coração é a força que dá vitória aos seguidores de Cristo; é o penhor de sua ligação com as cortes do alto” (DTN, 301).Soberbos. O orgulho é uma barreira insuperável entre o ser humano e Deus. O orgulho foi o pecado que levou à queda de Lúcifer (ls 14:13, 14).
Sl.138:7 Sem comentário para este versículo
Sl.138:8 8. O Senhor aperfeiçoará (ARC). Ver Fp 1:6.Tuas mãos. O salmista recorre a Deus como seu criador. Quando O reconhecermos desta forma, teremos uma base para confiar nEle em suprir nossas necessidades.Salmo 139Ao mestre de canto. Salmo de Davi.
Sl.139:1 "Introdução — O tema do Salmo 139 é a onisciência e a onipresença de Deus. O sal mista reconhece a Deus como presente em todos os lugares, aquele que não apenas tem todo o poder, mas também toda a sabedoria, aquele que formou o ser humano desde o ventre e de cuja presença as pessoas não conseguem escapar. A linguagem deste salmo se assemelha estreitamente com a linguagem do livro de jó. A estrutura rítmica é regular. Há quatro estrofes, cada uma com seis versos. A primeira seção (v. 1-6) destaca a onisciência de Deus; a segunda (v. 7-12), em Sua onipresença. A terceira (v. 13-18) dá a razão para a profunda convicção destas verdades das quais o coração do poeta está repleto. Na última estrofe (v. 19-24), o salmista muda seu tema e expressa seu desgosto pelos ímpios. Ele então termina com uma oração para que seu coração seja reto com Deus e para que seja conduzido por Ele no caminho eterno.Sobre a autoria do salmo, ver T2, 536; T6, 375; a respeito do subtítulo, ver p. 696, 707. 1. Sondas. O Senhor sonda o coração de todos (Jr 17:10) e sabe o que há nele. Geralmente as pessoas são ignorantes quanto a sua verdadeira condição."
Sl.139:2 Sem comentário para este versículo
Sl.139:3 Sem comentário para este versículo
Sl.139:4 4. Ainda a palavra me não chegou. O hebraico desta frase pode ser compreendido como sugerindo que antes de o pensamento ter sido formado em palavras, o Senhor já o conhecia. Tudo está aberto e transparente diante de Deus.
Sl.139:5 5. Tu me cercas. O Senhor nos cerca por todos os lados, de modo que não há possibilidade de escapar de Sua presença.
Sl.139:6 6. Maravilhoso demais. O conhecimento de Deus está fora do alcance da mente finita.
Sl.139:7 7. Do Teu Espírito? Com esta pergunta o salmista não sugere que deseja escapar do Espírito de Deus, mas quer dizer que não há lugar neste vasto Universo onde a presença do Espírito não seja sentida.
Sl.139:8 8. Céus. Ver Am 9:2.Abismo. Do heb. sheol (ver com. de Pv 15:11).
Sl.139:9 9. Asas da alvorada. Ver SI 18:10; Ml 4:2. O amanhecer se espalhando rapidamente sobre o céu é representado como tendo asas.
Sl.139:10 10. Tua destra me susterá. A poderosa “destra” acompanha Seus filhos em todo o jornadear. O missionário solitário em seu posto longínquo pode reivindicar o conforto desta promessa.
Sl.139:11 11. A noite será luz (ARC). E impossível se esconder de Deus na escuridão. Os que pensam que podem realizar sua obra nefasta à noite sem que o Deus onisciente os veja estão enganados. A noite pode ocultá-los dos seres humanos, mas não de Deus.
Sl.139:12 Sem comentário para este versículo
Sl.139:13 13. Formaste. Do heb. qanah, neste verso com o sentido de “originar”, como possivelmente também em Gn 14:19, 22; Êx 15:16; Dt 32:6.Interior. Literalmente, “rins” (AA), neste verso a palavra foi utilizada para os órgãos internos em geral.Teceste. Do heb. sakak. De acordo com algumas autoridades, significa “tricotarjuntos ”, “tecer”, “entrelaçar”; de acordo com outros, “manter oculto”.
Sl.139:14 14. Assombrosamente maravilhoso.A tradução exata deste verso é incerta. A LXX traduz: “Darei graças a Ti, porque Tu és admiravelmente maravilhoso.” Outras versões antigas apoiam esta interpretação. O hebraico tende a apoiar a tradução da ARA. De acordo com ela, o salmista está exaltando as maravilhas do corpo humano (ver Ed, 201; T6, 375, 376). O grande avanço na medicina tem revelado maravilhas do mecanismo humano que antes eram desconhecidas.
Sl.139:15 15. No oculto. Como o artista que não exibe seu quadro até que esteja terminado, Deus não ergue o véu da existência humana até que a nova vida esteja perfeita em simetria e beleza.Entretecido. Literalmente, “tecido”.Profundezas da terra. Uma alusão figurativa ao útero.
Sl.139:16 16. Foram escritos. Como um arquiteto desenha sua planta e prepara as especificações para a nova habitação, assim Deus planeja o que cada pessoa será,mesmo antes que a alma venha ao mundo. A pessoa decidirá se seguirá o projeto divino ou não.
Sl.139:17 Sem comentário para este versículo
Sl.139:18 Sem comentário para este versículo
Sl.139:19 19. Apartai-vos, pois, de mim. Neste ponto ocorre uma transição repentina. O salmista volta sua atenção para a presença do mal no mundo. Para ele, o pecado estava intimamente ligado ao pecador, de modo que sua oração para que a impiedade cesse foi construída com palavras que denunciam o pecador.
Sl.139:20 Sem comentário para este versículo
Sl.139:21 21. E não abomino [...]? Ver com. de SI 119:158.
Sl.139:22 22. Ódio consumado. Uma reflexão de um profundo senso de justa indignação contra o mal. Aqueles que amam a Deus deveríam ser mais sinceros no seu ódio à maldade, como são sinceros no seu amor à bondade e à verdade.
Sl.139:23 23. Conhece os meus pensamentos. Novamente o coração é aberto diante dos olhos de um Deus misericordioso (ver v. 1).
Sl.139:24 24. Guia-me. Somente Deus, que conhece nossos pensamentos mais íntimos, pode nos guiar em segurança. Todos nós precisamos de um guia infalível.Salmo 140Ao mestre de canto. Salmo de Davi.? 4 Guarda-me, Senhor, da mão dos ímpios,preserva-me do homem violento, os quais se empenham por me desviar os passos.desejos; não permitas que vingue o seu mau propósito.
Sl.140:1 "Introdução — O Salmo 140 é uma oração para o livramento de inimigos inescrupulosos.Sobre o subtítulo, ver p. 704, 707. 1. Homem perverso. O salmista tem em mente não apenas uma pessoa, mas uma classe de pessoas ímpias e ‘Violentas”, o que fica evidente no plural do v. 2,"
Sl.140:2 2. Maquina iniquidades. Os inimigos parecem estar continuamente conspirando e planejando alguma nova forma de maldade.
Sl.140:3 3. Veneno de áspide. Metáfora que representa as palavras difamatórias dos ímpios (ver Tg 3:8). Paulo cita este verso para mostrar a iniquidade do ser humano natural, não convertido (Rm 3:13).
Sl.140:4 4. Os passos. Ou, “meus passos” (ARC). Os ímpios estão continuamente tentando anular os propósitos do justo e se esforçando para fazer deslizar os passos do inocente para que suas vítimas caiam pelo caminho.
Sl.140:5 Sem comentário para este versículo
Sl.140:6 Sem comentário para este versículo
Sl.140:7 7. Tu me protegeste a cabeça. A proteção divina é um escudo melhor do que qualquer capacete terrestre de ferro ou bronze (ver Ef 6:13, 17).
Sl.140:8 8. Não permitas. O salmista recorreu ao Senhor para que os planos maldosos dos ímpios não tivessem êxito.
Sl.140:9 9. Seus lábios. Ver v. 3. O veneno da calúnia é tão prejudicial que o caluniador sofre com suas próprias palavras. Qualquer expressão de dúvida ou maldade reage sobre a pessoa que fala e sobre a que ouve (ver CC, 12).
Sl.140:10 10. Caiam sobre eles brasas vivas.Um esporte comum entre esses conspiradores maus era espalhar tições entre os seus inimigos. O salmista desejava que essas pessoas maldosas tivessem uma porção do que infligiam aos inocentes.
Sl.140:11 Sem comentário para este versículo
Sl.140:12 12. Sei. O salmista está certo de que o Senhor está ao lado do justo e de que os que sofrem por amor a Deus não são despercebidos a Ele.
Sl.140:13 13. Presença. Ver SI 16:11; 51:11.Salmo 141Salmo de Davi.enquanto os perversos praticam maldade.
Sl.141:1 "Introdução — O Salmo 141 é uma oração por orientação e proteção. O salmista começa com um apelo à aceitação de Deus (v. 1, 2), implora para que sua linguagem seja pura (v. 3, 4), expressa o desejo de ser censurado pelo justo e de não receber enganosa bajulação do ímpio (v. 5, 6) e termina com um pedido para ser resgatado dos cruéis planos de seus inimigos (v. 7-10). Sobre a autoria do salmo, ver PP, 667. A respeito do subtítulo, ver p. 704 e 707. 1. Dá-Te pressa. Deus Se agrada de que Seus filhos sejam diligentes a ponto de apresentar santa ousadia em seus pedidos."
Sl.141:2 2. Como incenso. O incenso do santuário era preparado cuidadosamente (ver com. de Ex 30;34), aceso com fogo santo e apresentado a Deus. Ele era oferecido pelos sacerdotes de manhã e à tarde sobre o altar de incenso (ver Ex 30:7, 8). O incenso representava “os méritos e a intercessão de Cristo. Sua perfeita justiça, que pela fé é atribuída ao Seu povo, e que unicamente pode tornar aceitável a Deus o culto de seres pecadores” (ver PP, 353).Oferenda vespertina. Do heb. min- chah, denotando a oblação ou oferta de cereais que acompanhavam a oferta queimada diária (ver Ex 29:38-42; ver com. de Lv 2:1).
Sl.141:3 3. Põe guarda. Uma ilustração tirada das sentinelas em seus postos nas portas da cidade à noite. A importância de guardar a língua é anunciada energicamente por Tiago (ver Tg 3). Aqueles que guardam continuamente seus lábios estão fazendo o que é agradável a Deus (T2, 54).
Sl.141:4 4. Não permitas que meu coração se incline para o mal. O caminho para o qual o coração se inclina é o caminho que a vida logo segue. O salmista ora com sinceridade para que Deus o guarde das práticas das pessoas más. Não se deve inferir da linguagem deste verso que Deus sempre inclina o coração do ser humano ao mal. Expressões como esta parecem ter surgido de um conceito de que Deus executa ou pelo menos permite tudo que acontece na vida (ver com. de SI 44:9). O salmistasimplesmente utilizou a linguagem não técnica dos escritores bíblicos, por meio da qual Deus é apresentado como fazendo o que Lie não impede. A conhecida expressão na oração do Senhor: “E não nos induzas à tentação” (Mt 6:13, ARC) deve ser entendida da mesma forma.
Sl.141:5 5. Repreenda-me. A reprovação de um amigo pode ser uma bênção, se for aceita no espírito certo. Apenas aquele que, se preciso for, está disposto a entregar a vida por seu irmão possui os meios adequados para reprovar um irmão em erro (ver MDC, 128). Abigail provou ser uma amiga fiel ao reprovar diplomaticamente a conduta de Davi (ver PP, 667).Excelente óleo (ARC). O hebraico da segunda parte do v. 5 é obscuro e nenhum significado completamente satisfatório pode ser obtido. A tradução deste verso na LXX dá a entender que não é possível determinar o sentido do original hebraico. Ela assim traduz a segunda linha desta estrofe: “Não permita que o óleo do pecador unja minha cabeça.” No entanto, a LXX remove a obscuridade da última linha, comesta tradução: “Pois a minha oração também estará em seus prazeres.” Esta tradução pode ser entendida como se referindo a uma oração para não ser prejudicado por estes prazeres.
Sl.141:6 6. Penha abaixo. Literalmente, “mãos de uma rocha”. O hebraico do v. 6 é obscuro (ver com. do v. 5).
Sl.141:7 7. Espalhados os meus ossos.A referência ao exato incidente histórico é uma questão de conjectura. A última parte do reinado de Saul foi repleta cie confusão (ver PP, 663, 664). Davi podia ter em mente algum dos incidentes desse agitado período.Como a lenha (NTLH). A palavra “lenha” foi acrescentada. O hebraico parece sugerir uma fragmentação da própria terra, conforme a NVL “Como a terra é arada e fendida.” No entanto, o significado do texto é obscuro.
Sl.141:8 8. Em Ti confio. Literalmente, “em Ti busco refúgio”.
Sl.141:9 Sem comentário para este versículo
Sl.141:10 10. Suas próprias redes. O culpado colherá a recompensa de suas obras injustas e Deus livrará o justo da destruição.Salmo 142Salmo didático de Davi, Oração que fez quando estava na caverna.caminho em que ando, me ocultam armadilha.fraco. Livra-me dos meus perseguidores, por- dê graças ao Teu nome; os justos me rodearão,que são mais fortes do que eu. quando me fizeres esse bem.
Sl.142:1 "Introdução — O Salmo 142 é um apelo ardente pelo auxílio de Deus em tempo de dificuldades avassaladoras. De acordo com o subtítulo, este salmo foi composto enquanto Davi se escondia numa caverna não identificada. Poderia ser Adulão (lSm 22) ou En-Gedi (lSm 24) ou mesmo uma caverna não mencionada na narrativa histórica. Com base no Salmo 142:6 alguns pensam que En-Gedi é a caverna mais provável dentre as duas citadas acima.Sobre o subtítulo, ver p. 696, 707, 708). 1. Clamo. Ver com. de SI 107:13."
Sl.142:2 2. Queixa. Do heb. siach, significando também “preocupação”. O salmista não tinha queixa contra o relacionamento de Deus para com ele. Ele estava se queixando a Deus, não de Deus.
Sl.142:3 3. Conheces. Quando o salmista derramou sua queixa não foi com a intençãode informar a Deus, mas de compartilhar seus problemas com seu amigo celestial.
Sl.142:4 4. Direita. Ver com. de SI 121:5.Não há quem me reconheça. Parecia que ninguém estava disposto a reconhecer sua amizade com o salmista, por causa do perigo envolvido.
Sl.142:5 5. Quinhão. Ver com. de SI 119:57. 4
Sl.142:6 Sem comentário para este versículo
Sl.142:7 7. Rodearão. Do heb. kathar. A formaaqui encontrada significa “congregar ao redor de uma pessoa”. Evidentemente, todos os que eram verdadeiros seguidores de Deus ficaram felizes quando o salmista foi libertado e se uniram a ele em ações de graças.Fizeres esse bem. Embora o presente fosse difícil e pressentisse um futuro infeliz, o salmista aguardava com confiança o tempo de seu livramento.Salmo 143Salmo de Davi.morreram há muito.(ISm 24*)Zifeus informam a Saul que Davi está no deserto de En-GediConforto na Oração Perseverante'‘Quando dentro de mim me esmorece o espírito, conheces a minha vereda. No caminho em que ando, me ocultam armadilha.Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse.A Ti clamo, Senhor, e digo: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes.Atende o meu clamor, pois me vejo muito fraco. Livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu.Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem.”Mar Salgado (Mar Morto)'(’) Considerando-se que a caverna mencionada neste salmo seja a de En-Gedi.Há épocas em que o espírito está envolvido em perplexidade e é atormentado com falsas acusações. Sob estresse emocional, as competências intelectuais do bom julgamento geralmente ficam confusas, e a pessoa não sabe aonde ir. Num momentodesses o ser humano pode se voltar a Deus e confiar completamente em Sua providência soberana. Então a vida será plena das generosidades do Senhor e a depressão e o temor, que antes perseguiam a pessoa, desaparecem.
Sl.143:1 "Introdução — O Salmo 143 é um apelo para livramento e uma expressão de confiança no amor e na misericórdia de Deus. O Salmo 143 se assemelha ao 142 no espírito e no contexto. O salmo consiste em duas divisões iguais, separadas por Selá (ABC). Em cada divisão os versos são arranjados em pares.Sobre o subtítulo, ver p. 704, 707). 1. Tua justiça. O salmista apela à bondade e justiça de Deus, nas quais confia de modo inquestionável."
Sl.143:2 2. A Tua vista. Embora com frequência as Escrituras chamem o ser humano de “justo” (ver Gn 18:23, 24; etc.), o salmista reconhece que, no sentido absoluto, quando comparada a Deus, nenhuma pessoa é justa (ver Jó 9:2), As pessoas obtêm a justiça de Cristo somente pela fé. O esforço humano nunca tornará um ser humano justo (Ef 2:8, 9). As obras são fruto da fé; não são a raiz dela. Primeiro vem a fé, e onde houver fé verdadeira, as obras a seguirão.
Sl.143:3 Sem comentário para este versículo
Sl.143:4 4. O coração. A situação aparentemente sem esperança na qual se encontrava o salmista perturbava seu coração. Um sentimento terrível de solidão se apossou de sua alma.
Sl.143:5 5. Lembro-me. Tais lembranças podem trazer tristeza e esperança. O salmista estava triste porque o presente não era como o passado. Ao relembrar as primeiras manifestações do poder de Deus, seu coração foi encorajado na esperançade que o Senhor responderia sua oração mais uma vez. Ele se encorajou a continuar seu pedido.
Sl.143:6 6. Como terra sedenta. Como a terra apresenta rachaduras durante um longo período de seca, como se partisse os lábios em mudas súplicas por água para saciar sua sede, assim o salmista ansiava pelos chuveiros do céu para irrigar sua alma.Selá (ARC). Ver p. 708, 709.
Sl.143:7 7. Dá-Te depressa. Ver com. de SI 69:17.O espírito me desfalece. Ver SI 84:2.Não me escondas a Tua face. Ver SI 4:6; 13:1.Cova. Ver com. de SI 28:1.
Sl.143:8 8. Pela manhã. Ver com. de Sl 90:14. O salmista esperava que terminasse pela manhã. Como a luz da aurora dissipava as trevas, ele pedia que a luz da presença de Deus banisse as trevas de seu ser. O amanhecer é apropriado para a devoção e meditação na benignidade do Senhor.Mostra-me. Ver com. de Sl 25:4.
Sl.143:9 9. Livra-me. Ver com. de Sl 59:1.Em Ti é que me refugio. Literalmente, “em Ti me escondo”. O Senhor é um refúgio quando as tempestades da vida estão furiosas e prestes a nos lazer submergir (ver Sl 46:1).
Sl.143:10 Sem comentário para este versículo
Sl.143:11 11. Por amor do Teu nome. Ver com. de Sl 31:3. O salmista recorre ao santo Nome como uma razão pela qual o Senhor ouviría seu pedido.Salmo 144Salmo de Davi.
Sl.143:12 Sem comentário para este versículo
Sl.144:1 "Introdução — O Salmo 144 é um cântico que exalta a força e o auxílio de Deus em tempos de guerra e de paz. O salmo termina proclamando a alegria que vem àqueles que fazem de Deus o seu Senhor.Sobre a autoria do salmo, ver CPPE, 496; sobre o subtítulo, ver p. 696. 1. Rocha. Do heb. tsur, “rocha”, símbolo de força (ver com. de SI 18:2, 31, 46). Tsur é utilizado de modo figurado para denotar algo sólido, duradouro e inamovível.As mãos para a batalha. Ver com. de SI 18:34. O salmista não está glorificando a guerra em si. Davi reconheceu que Deus lhe concedeu a habilidade para derrotar o forte e arrogante Golias. No conflito, Davi não confiou em qualquer armadura humana, mas foi vestido com a armadura do Céu."
Sl.144:2 2. Misericórdia. Do heb. chesed (ver Nota Adicional ao Salmo 36).Fortaleza minha. Ver com. de SI 18:2.Alto refúgio. Ver com. de 2Sm 22:3.Escudo. Do heb. magen, traduzido como “escudo” em 2 Samuel 22:3 (ver com. desse verso).
Sl.144:3 3. Que é o homem [...]? Ver com. de SI 8:4.
Sl.144:4 4. Vaidade (ARC). Do heb. hebel, possivelmente significando “um sopro” (ARA) neste verso. E transitória a vida do ser humano. Quando desenvolve um pouco das forças físicas e mentais, logo é levado pela morte.
Sl.144:5 Sem comentário para este versículo
Sl.144:6 6. Despede relâmpagos. Quando a artilharia do Céu é acionada, nota-se quão fraca é a força do ser humano para resistir- lhe. “Manifestações mais terríveis do queas que o mundo jamais viu, serão testemunhadas por ocasião do segundo advento de Cristo” (ver PP, 109).
Sl.144:7 7. Muitas águas. O salmista muda a ilustração. Muitas águas significam perigos muito intensos e, neste verso, sem dúvida se referem aos inimigos de Davi que o cercavam por todos os lados.
Sl.144:8 8. Direita. Talvez significando que a falsidade deles era destra, isto é, eles mentiam com habilidade.
Sl.144:9 9. Novo cântico. O salmista deixa o falso para adorar o que é verdadeiro. Cansado dos mentirosos e enganadores, ele se volta para Deus com um novo cântico: um novo cântico de louvor. Suas mãos auxiliariam a língua porque ele utilizaria um instrumento de dez cordas para acompanhá-lo.Saltério. Ver p. 17, 18.Instrumento de dez cordas (ARC). Ver p. 21.
Sl.144:10 10. Aos reis. Os reis ficavam expostos a perigos especiais e Davi não foi exceção. Deus o preservou em muitas batalhas, mas acima de tudo Ele lhe estendeu a salvação como a um pecador culpado.
Sl.144:11 11. Estranhos. Isto é, adversários estrangeiros.
Sl.144:12 12. Como plantas. Os v. 12 a 15 apresentam a imagem de uma nação grandemente abençoada por Deus. A família, os campos e os celeiros prosperaram abundantemente.Pedras angulares. Do heb. zawiyyoth, uma palavra que ocorre somente neste verso e em Zacarias 9:15, em que se refere aos cantos do altar. Algumas das traduções gregas interpretam como “ângulos”. A LXX prefere um particípio, “adornadas”. Beleza externa sem beleza de caráter é inútil (Pv 31:30). O lar é o local onde os filhos são nobres homens e as filhas são como princesas. A verdadeira educação na infância e juventude é destinada a desenvolver essa beleza de caráter em nossos filhos (ver CPPE, 496).
Sl.144:13 13. Toda sorte de provisões. A terra seria abençoada de tal maneira que produziría ampla variedade e abundante provisão para todos.
Sl.144:14 14. Não lhes haja rotura, nem mau sucesso. Ou, “nenhuma violação”, isto é, nos muros da cidade ou nos compartimentos do gado.
Sl.144:15 15. Bem-aventurado. Do heb. 'ashre (ver com. de SI 1:1). Não há felicidade maior do que saber que pertencemos a Deus e Ele, a nós.CPPE, 496; Ev, 573, 635; FEC, 158, 513; MDC,Salmo 145Louvores de Davi.X 1 Exaltar-Te-ei, ó Deus meu e Rei; bendirei Ü 2 Todos os dias Te bendirei e louvarei o Teu o Teu nome para todo o sempre. nome para todo o sempre.louvado; a Sua grandeza é insondável.Tuas obras e anunciará os Teus poderosos feitos. H 5 Meditarei no glorioso esplendor da Tua majestade e nas Tuas maravilhas.e contarei a Tua grandeza.T 7 Divulgarão a memória de Tua muita bondade e com júbilo celebrarão a Tua justiça.H 8 Benigno e misericordioso é o Senhor, tardio em írar-se e de grande clemência.Ü 9 0 Senhor é bom para todos, e as Suas ternas misericórdias permeiam todas as Suas obras.Senhor; e os Teus santos Te bendirão.'D 11 Falarão da glória do Teu reino e confessarão o Teu poder,h 12 para que aos filhos dos homens se façam notórios os Teus poderosos feitos e a glória da majestade do Teu reino.D 13 0 Teu reino é o de todos os séculos, e o Teu domínio subsiste por todas as gerações. O Senhor é fiel em todas as Suas palavras e santo em todas as Suas obras.D 14 O Senhor sustém os que vacilam e apruma todos os prostrados.P 15 Em Ti esperam os olhos de todos, e Tu, a seu tempo, lhes dás o alimento.a todo vivente.P 18 Perto está o Senhor de todos os que O invocam, de todos os que O invocam em verdade.“1 19 Ele acode à vontade dos que O temem;atende-lhes o clamor e os salva.V 20 O Senhor guarda a todos os que O amam; porém os ímpios serão exterminados.El 21 Profira a minha boca louvores ao Senhor, e toda carne louve o Seu santo nome, para todo o sempre.
Sl.145:1 "Introdução — O Salmo 145 é o primeiro dos cânticos de triunfo. Os salmos 145 a 150 pertencem a este grupo. Eles foram compostos para uso litúrgico. O Salmo 145 é o único que tem no título o heb. tehillah, “um louvor"" ou “um cântico de louvor”. O salmo é um acróstico (ver p. 704). No hebraico, as letras iniciais dos versos seguem a ordem alfabética hebraica, com uma exceção neste salmo: a letra nun não aparece, contabilizando 21 versos, em lugar de 22, se todas as letras fossem apresentadas, como no Salmo 34. O salmo não é marcado por claras divisões, é único e indivisível.Sobre a autoria do salmo, ver MDC, 44; a respeito do subtítulo, ver p. 696, 707, 708. 1. Rei. Davi, o rei terreno de Israel, adora a Deus, que é o seu Rei. Bem-aventurada é a terra cujo líder régio é leal ao Monarca celestial."
Sl.145:2 2. Todos os dias. O louvor de Davi não era intermitente; não era um dia em sete, mas era diário; não era por um breve período, era em período integral. O amor e o louvor a Deus deveríam ser constantes. Diariamente Deus envia inumeráveis bênçãos a Seus filhos e há muitos motivos pelos quais devemos louvá-Lo cada dia. Ver com. de Sl 63:4.
Sl.145:3 3. Insondável. Nem todos os grandes intelectos ao longo dos séculos são suficientes para penetrar as profundezas das inson- dáveis riquezas da graça, glória e poder. A glória e a majestade de Deus são inefáveis, Sua bondade e Sua misericórdia são universais e abundantes.
Sl.145:4 4. Uma geração. As pessoas devem transmitir de pai para filho o relato de livramento operados pelos poderosos atos de Deus. Os israelitas sentiam grande prazer em recontar os maravilhosos livramentosrealizados por Deus em favor de seus antepassados no Egito e no Mar Vermelho. As gerações passam uma após a outra, mas o louvor e a adoração a Deus continuam.
Sl.145:5 5. Majestade. E oportuno que Davi, o rei, fale da majestade do Rei dos reis. Ele tem dificuldade em encontrar as palavras para expressar adequadamente os atributos de Deus.
Sl.145:6 Sem comentário para este versículo
Sl.145:7 7. Celebrarão. A justiça de Deus deveria ser o tema do cântico dos cristãos. Cantar é um modo apropriado de render louvores a Deus. O coração e a voz humana deveríam ser erguidos ao Céu em santos hinos com mais frequência. As melodias mais doces e nobres ajudam a exaltar o Criador.
Sl.145:8 8. Benigno. Ver Êx 34:6. Do mesmo modo como Deus Se revelou a Moisés e a Davi, revela-Se a nós hoje — como um Deus cheio de compaixão e benignidade. Ele considera a todos com a mais terna simpatia, especialmente aqueles que passam pelo vale da aflição.Tardio em irar-Se. Deus é paciente com os pecadores perversos. Seu grande desejo é que se arrependam e se voltem para Ele (ver Ez 33.TI). Ele sofre muito e continua a suplicar às pessoas para que se arrependam de seus caminhos pecaminosos. Abrir mão de qualquer filho de Adão Lhe é doloroso. Por meio do profeta Oseias, Ele fez uma pergunta comovente: “Como te deixaria, ó Efraim?” (Os 11:8).
Sl.145:9 9. Bom para todos. Este verso exibe a universalidade da bondade de Deus. Ele é imparcial ao lidar com os seres humanos. O brilho do sol e a chuva são concedidos a todos, bons e maus (Mt 5:45).
Sl.145:10 10. Teus santos Te bendirão. Ver com. de SI 63:4.
Sl.145:11 Sem comentário para este versículo
Sl.145:12 12. Façam notórios. As gloriosas obras de Deus devem ser declaradas a todo o mundo, e esta responsabilidade repousa sobre os santos. Somente aqueles que experimentaramalgo do poder de Deus em sua vida estão habilitados a realizar esta obra. Os santos devem ansiar que outros compreendam e apreciem o elevado poder do Redentor.
Sl.145:13 13. Reino [...] de todos os séculos. O Senhor nunca abdica de Seu trono. Os reis e governantes terrenos podem mudar, mas o Governante do universo não muda. A per- petuidade do reino de Deus permanece em contraste com a natureza transitória dos reinos deste mundo (Dn 2:44).
Sl.145:14 14. Os que vacilam. Ou, “os que caem” (ARC). O Senhor está pronto a suster a todos que estão afundando sob os fardos da vida ou que estão caindo diante da tentação (ver Mt 11:28). Ele os manterá se O chamarem.
Sl.145:15 15. A seu tempo. Deus é retratado como o grande provedor, distribuindo alimento a todos, sempre que necessitem dele. O Senhor é o bom pastor, alimentando Seu rebanho e levando-o aonde o pasto é verde e as águas são tranquilas (SI 23:2). Toda criatura do universo depende dEle. Seus recursos são ilimitados. Ele possui ampla provisão para todos.
Sl.145:16 16. Abres a mão. O Senhor provê generosamente não só as necessidades físicas do ser humano, mas oferece abundantes provisões da graça a todos que O buscam. Ele está sempre ao lado, doando; a mão da graça está sempre aberta. Ele pode e deseja fazer muito mais do que tudo o que Seus filhos pedem ou pensam (Ef 3:20).
Sl.145:17 17. Benigno. Do heb. chasid (ver Nota Adicional ao Salmo 36).
Sl.145:18 Sem comentário para este versículo
Sl.145:19 19. Acode à vontade. Corações santos desejarão somente o que é santo. Assim, Deus não vê problemas em realizar tais desejos. Ele não promete conceder o desejo do pecador. Não seria sábio agir assim.Atende-lhes o clamor. Assim como o terno amor de mãe é movido pelo clamor de seu filho, o ouvido do Senhor está sempre sintonizado para ouvir os clamores de Seus filhos.Ed, 118Salmo 146
Sl.145:20 Sem comentário para este versículo
Sl.145:21 Sem comentário para este versículo
Sl.146:1 "Introdução — O Salmo 146 é o primeiro dos cinco salmos de aleluia que concluem o livro dos Salmos. O tema é um elogio aos benefícios de ter a Deus como auxiliador. O salmo adverte a não colocar a confiança em seres humanos, por mais poder que exerçam. Sobre a autoria do salmo, ver GC, 545. 1. Louva [...] ao Senhor. Do heb. halelu-Yah, transliterado como “aleluia”. Uma expressão que deve ser pronunciada com temor santo e reverente."
Sl.146:2 2. Durante a minha vida. Esta vida mortal é de curta duração, no entanto, todos os seus dias deveriam ser passados bendizendo e exaltando o nome de Deus. “Louvor” é o tema dos hinos que os habitantes celestiais cantam a Deus. “Aprendamos o cântico dos anjos agora, para que o possamos entoar quando nos unirmos a suas fileiras” (PP, 289). Os cânticos doCéu trarão alegria e força para aliviar os fardos da vida.
Sl.146:3 3. Príncipes. Existe um protetor e auxiliador mais confiável que as pessoas mais nobres da Terra. Embora os príncipes tenham sangue real, eles são humanos. Somente Deus merece nossa completa confiança e segurança. Sem Ele, estaremos desamparados diante de muitos dos problemas da vida (T9, 203).
Sl.146:4 4. Desígnios. Do heb. eshtonoth, uma palavra que ocorre somente neste verso. Ela vem do verbo ‘ashath, que ocorre apenas duas vezes: uma em Jeremias 5:28, traduzida como “nédios” e uma vez em jonas 1:6, com o sentido de “refletir”. O verbo aramaico ashith significa “pretender”, “planejar”, e ocorre uma vez em Daniel 6:4. A tradução “planos” (NVI) evidentemente considera a palavra ‘eshtoneth com base no aramaico ashith. Este tipo de relação,? portanto, é duvidosa à luz da autoria daví- dica do salmo (ver GC, 545). Parece mais razoável considerar ‘eshtoneth como derivada do heb. ashath, “refletir”, o que favorece a tradução “pensamentos” (ARC). A LXX e a Vulgata apoiam esta tradução.Perecem. Isto é, cessa a consciência. A Bíblia não apoia a doutrina popular de um estado consciente entre a morte e a ressurreição, além de refutar enfaticamente tal ensino (ver Sl 115:17; Ec 9:5). Uma metáfora comum para a morte é “sono” (Dt 31:16; 2Sm 7:12; lRs 11:43; Jó 14:12; Dn 12:2; Jo 11:11, 12; ICo 15:51; lTs 4:13-17; etc.). Que esse “sono” não é uma comunhão consciente com o Senhor por parte dos justos é claramente contido na afirmação de Jesus, que confortou Seus discípulos com o pensamento de que, em Sua segunda vinda, e não na morte, os discípulos se uniriam a Ele (Jo 14:1-3). Do mesmo modo, Paulo apontou para a segunda vinda de Cristo como o tempo em que todos os justos (os que estiverem vivos na época do advento e os mortos que forem ressuscitados naquela ocasião) juntos se unirão a Cristo; não há prioridade para os vivos (lTs 4:16, 17).
Sl.146:5 5. Deus de Jacó. O que Deus fez por Jacó, fará por nós, que também podemos ser vencedores com Deus.Esperança. A esperança é o bálsamo da vida e a alegria da existência. Ela reanima oespírito quando nos deparamos com dificuldades e aflições ao longo do caminho.
Sl.146:6 6. Que fez. Em contraste com a debilidade da humanidade, Deus é o criador do vasto universo. Não há nada difícil demais para que Ele realize. Ele nunca falha no cumprimento das promessas a Seus filhos.Mantém [...] Sua fidelidade. Uma vez que Deus “mantém fidelidade”, não precisamos temer confiar nEle. Sua palavra é verdade (Sl 119:160) e Ele promete mantê- la, não por um período, mas para sempre.
Sl.146:7 7. Liberta os encarcerados. Ver Is 61:1.
Sl.146:8 8. Abre os olhos. Libertar da prisão e abrir os olhos aos cegos são ações conjuntas associadas por Isaías à obra que Cristo realizaria (Is 42:7). Aquele que criou o delicado mecanismo dos olhos sabe como abri-los quando estão cegos. Ele também abre a visão espiritual para que as pessoas possam ver as coisas do Espírito.
Sl.146:9 9. Órfão. Ver Dt 14:29.Transtorna. Deus frustra os mausdesígnios dos ímpios.
Sl.146:10 10. O Senhor reina para sempre. Ao contrário dos príncipes terrenos que passam com o tempo, Deus, o grande rei, sempre estará em Seu trono. Ele nunca abdica de Sua coroa nem será destituído dela.Louvai ao Senhor! (ARC). Do heb. halelu-Yah, como no v. 1.Salmo 147
Sl.147:1 "Introdução — O Salmo 147 é o segundo dos salmos de aleluias. O salmista louva a Deus por Sua bondade em favor do povo escolhido, bem como por Suas bênçãos à terra. O salmo consiste em três divisões, e cada uma começa com um chamado à renovação do louvor. Já que Deus cura, restaura, provê e controla toda a natureza, o salmista faz um convite para o louvor universal.A respeito da autoria deste salmo, ver FEC, 371. 1. Fica-Lhe bem o cântico de louvor.Ver com. de SI 33:1. Nada é mais apropriado ao ser humano, que tanto deve a Deus, do que mostrar gratidão ao Senhor. No entanto, poucos demonstram verdadeira gratidão, mesmo dentre os professos seguidores de Jesus."
Sl.147:2 Sem comentário para este versículo
Sl.147:3 3. Sara. Deus é o grande médico da alma e é tocado por cada angústia que afetao coração. “Nada do que de algum modo se relacione com a nossa paz é tão insignificante que o não observe” (CC, 100).
Sl.147:4 4. Conta. Ou, “enumera” os corpos celestes. Os grandes avanços da astronomia moderna revelam a futilidade de o ser humano nunca conseguir penetrar até os limites do universo, se é que existem. Telescópios modernos e maiores, capazes de alcançar o espaço longínquo revelam apenas mais estrelas e novas galáxias.O número. Ver com. do v. 5. Sabedoria e poder são exibidos na disposição da ordem das incontáveis hostes de estrelas e na orientação e manutenção de suas órbitas.Nome. Ver Is 40:26.
Sl.147:5 5. Não se pode medir. Do heb. ’en mispar, “inumerável”. A palavra mispar é traduzida como “número ”, no v. 4. E impossível calcular a insondável profundeza doconhecimento de Deus. Há um limite para o conhecimento humano, mas o entendimento de Deus é inescrutável.
Sl.147:6 6. Ampara os humildes. Aquele que controla os poderosos sóis em suas órbitas Se inclina para amparar os humildes de espírito.
Sl.147:7 7. Harpa. Do heb. kinnor, '‘lira” (ver p.
Sl.147:8 8. Prepara a chuva. Todos os seres que crescem dependem de Deus com relação à chuva, brilho do sol e a própria vida (ver Ed, 104).
Sl.147:9 9. Filhos dos corvos. Ver Alt 6:26; Lc 12:6, 7.
Sl.147:10 10. Força do cavalo. Em contraste com as ímpias nações ao redor, na guerra, Israel não dependia de cavalos ou carros (ver com. de Dt 17:16). O Senhor possui milhares de maneiras de realizar Seus planos e não necessita de que qualquer uma de Suas criaturas O auxilie.
Sl.147:11 11. Agrada-Se [...] dos que O temem. Ver com. de SI 19:9; Pv 1:7.
Sl.147:12 Sem comentário para este versículo
Sl.147:13 13. Ele reforçou. A proteção de Deus é a melhor defesa de qualquer país. Sem ela, outras defesas são em vão (ver SI 127:1).
Sl.147:14 14. Nas tuas fronteiras. Do ponto de vista militar, as cidades de fronteira ficavam mais expostas. Se há paz no perímetro de um território, ela também se firma em toda a região.Com o melhor do trigo. Literalmente, “a gordura do trigo” que significa ‘‘trigo escolhido”. Deus deseja conceder a Seu povo as bênçãos materiais bem como espirituais.
Sl.147:15 15. Suas ordens. A terra e os que habitam nela estão sujeitos às ordens de Deus.
Sl.147:16 Sem comentário para este versículo
Sl.147:17 17. Migalhas. Do heb. pittim, neste verso, utilizado metaforicamente para se referir ao granizo.
Sl.147:18 Sem comentário para este versículo
Sl.147:19 19. Mostra. Do heb. nagad. A forma utilizada neste verso significa “colocar um assunto de modo óbvio diante de uma pessoa”.
Sl.147:20 20. Não fez assim. Ver Rm 9:4, 5.Louvai ao Senhor! (ARC). O salmo termina com uma “aleluia” (ver com. de SI 146:1).Salmo 148
Sl.148:1 "Introdução — O Salmo 148 é o terceiro dos salmos de aleluia (ver introdução ao SI 146). Não somente os seres celestes, mas poeticamente, os corpos celestes são convidados a se juntar em louvor a Deus. O salmista estende o convite a toda criatura vivente sobre a terra e à natureza inanimada. Ninguém é deixado fora desse convite universal para prestar louvor ao Criador e Mantenedor de todas as coisas. O salmo consiste em duas partes: (1) O louvor a Deus no Céu (v. 1-6) e (2) o louvor a Deus na Ferra (v. 7-14).Sobre a autoria do salmo, ver FEC, p. 371. 2. Todos os Seus anjos. Ver SI 103:20, 21.Todas as Suas legiões celestes. Vercom. de SI 24:10."
Sl.148:2 Sem comentário para este versículo
Sl.148:3 3. Estrelas luzentes. Poeticamente, as estrelas, o Sol e a Lua são convidados a prestar louvor a Deus.
Sl.148:4 4. Céus dos céus. Expressão idiomática para os mais altos céus.Acima do firmamento. Ver Gn 1:7.
Sl.148:5 5. Louvem. Ver com. do v, 3.
Sl.148:6 6. Estabeleceu. Os corpos celestes devem sua estabilidade e permanência à onipotente vontade de Deus, seu mantenedor.Ordem. Do heb. choq, ‘algo prescrito". Choq também pode significar "fronteira” ou “limite'' como em Jeremias 5:22, e o salmista pode se referir ao fato de que Deus marcou asórbitas pelas quais se movem os corpos celestes. Eles executam suas voltas numa precisão infalível dentro dos limites que Ele determinou.
Sl.148:7 7. Monstros marinhos. Ver com. de Dt 32:33; Jó 30:29. A convocação deve ser entendida poeticamente.
Sl.148:8 8. Fogo. Possivelmente, uma referência a raio, como no Salmo 18:12; 105:32, na NVI.
Sl.148:9 9. Arvores frutíferas. A convocação é estendida ao reino vegetal.
Sl.148:10 10. Feras. Do heb. chayyah, “animais selvagens”.Gados. Do heb. behemah, "animais domésticos”. A convocação é estendida ao reino animal.
Sl.148:11 11. Todos os povos. O salmista coloca a humanidade por último talvez como representante da coroação da obra da criação no que diz respeito a esta Terra.
Sl.148:12 12. Rapazes. Uma subclassificação da família humana, enfatizando a inclusividade da convocação ao louvor. Todas as pessoas, de qualquer idade ou posição social, alto ou baixo, jovem ou idoso, devem louvar ao Senhor.
Sl.148:13 Sem comentário para este versículo
Sl.148:14 14. Exalta o poder. Uma expressão que denota aumento de poder e de força (ver Dt 33:17; iSm 2:1, 10; SI 18:2; etc.).Louvai ao Senhor! (ARC). Como nos Salmos 146 e 147, este salmo termina com “aleluia” (ARA, ver com. de SI 146:1).Salmo 149
Sl.149:1 "Introdução — O Salmo 149 é o quarto dos salmos de aleluia (ver introdução do SI 146). O salmo se expressa de modo jubiloso e alegre.Sobre a autoria do salmo, ver FEC, 371. 1. Novo cântico. Deus deseja que Seus santos renovem sua experiência espiritual dia a dia (ver Lc 9:23; 2Co 4:16). Cada consagração renovada deve acompanhar um novo cântico. Visto que as misericórdias de Deus se renovam a cada manhã, nossa gratidão e ? ação de graças também deve se renovar.Santos. Do heb. chasidim (ver Nota Adicional ao Salmo 36)."
Sl.149:2 Sem comentário para este versículo
Sl.149:3 3. Com danças (NVI). A dança sagrada de alegria santa era muito diferentedas danças frívolas e degradantes de hoje (ver com. de 2Sm 6:14).Tamborim (NVI). Um pequeno tambor de mão (ver p. 15).
Sl.149:4 Sem comentário para este versículo
Sl.149:5 5. Cantem de júbilo. Do heb. ranan, “dar um sonoro brado de alegria”. O vigor da linguagem indica a força das convicções de Davi neste assunto.
Sl.149:6 6. Espada de dois gumes. A respeito dos v. 6 a 9, ver Nota Adicional a Josué 6; ver também 2Cr 22:8; SI 44:9.
Sl.149:7 Sem comentário para este versículo
Sl.149:8 Sem comentário para este versículo
Sl.149:9 9. Louvai ao Senhor! (ARC).O salmo termina com outra “aleluia” (ARA; ver v. 1; ver com. de SI 146:1, 10; 147:20; 148:14).Salmo 150
Sl.150:1 "Introdução — O Salmo 150 é o último dos salmos de aleluia. É a grande aleluia de encerramento ou doxologia do saltério. Desta forma o livro de Salmos termina com um convite para que todo o ser que respira se junte ao grande hino de louvor.Sobre a autoria do Salmo 150, ver FEC, 371. 1. Louvai-O no firmamento. Como no Salmo 148, a convocação ao louvor se estende aos habitantes do Céu e da Terra."
Sl.150:2 Sem comentário para este versículo
Sl.150:3 3. Trombeta. Do heb. shofar, “trom- beta” (ver p. 23, 24).Saltério. Do heb. nebel, “harpa” (ver p. 17, 18).Harpa. Do heb. kinnor, “lira” (ver p. 18).
Sl.150:4 4. Adufes. Do heb. tof, um pequeno tambor de mão (ver p. 15).Instrumentos de cordas. Do heb. minnim (ver p. 25, 26; ver com. de SI 45:8).Órgãos (ACF). Do heb. ‘ugaby “flauta” (ver p. 23; ver com. de Gn 4:20).
Sl.150:5 5. Címbalos. Do heb. tsiltselim (ver p. 15).Altissonantes (ARC). Do heb. teruah,“penetrante”.
Sl.150:6 6. Louvai ao Senhor! (ARC). O maior livro de cânticos já composto encerra com uma grande aleluia final (ARA; ver com. de SI 146:1). No grande auditório dos salmos, onde se estremeceu o nosso coração ao compasso de muitos coros comoventes, levan- tamo-nos com reverência no momento em que a grande sinfonia chega a seu clímax. De bom grado unimos nossas vozes neste último apoteótico “aleluia” ao Cordeiro de Deus.