Capítulo e Verso | Comentário Adventista > Neemias |
Ne.1:1 | 1. As palavras. Do beb. debarim, 1 ite- ralrnente “palavras”, mas também tem o sentido de “história” (NTLH) ou “memórias” (ver Jr 1:1; Am 1:1), e assim é utilizada neste verso.Neemias. O significado do nome Neemias é "Yahweh confortou'". Pelo menos dois outros homens do período pós-exílico tiveram este nome. Nenhum deles podería ser o Neemias, copeiro de Artaxerxes, porque um viveu no tempo de Zorobabei um século antes (Ed 2:2; Ne 7:7) e o outro, contemporâneo de Neemias, era filho de Azburque, “maioral da metade do distrito de Bete-Zur” (Ne 3:16). O autor do livro era filho de Hacalias, governador da judeia.No mês de quisleu. Fica claro, pela declaração de Neemias 2:1, que se refere ao 20° ano do reinado de Artaxerxes. A respeito da identificação deste rei com Artaxerxes I, ver Nota Adicional 2 a Neemias 2. No 20° ano de Artaxerxes 1, o mês de quisleu, o nono rnês (ver vol. 2, p. 100), correu de 5 de dezembro de 445 até 3 de janeiro de 444 a.C. (ver p. 99-101).Cidadela de Susã. Susã, conhecida nos registros antigos com o mesmo nome, e chamada de Susa pelos gregos, foi a antiga capital de Elão. Nas proximidades do rio Kerkha, cerca de 160 km ao norte da cabeceira do golfo Pérsico, era uma das principais capitais persas. (Outras capitais eram Babilônia, Ecbátana e Persépolis. Susã foi a princípio uma capital de inverno, devido a seus verões superaquecidos. Alguns consideram que Susã seria o cenário de algumas das atividades de Daniel (ver Dn 8:2) e dos eventos descritos no Livro de Ester (ver Et 1:2). Expedições francesas exploraram a antiga cidade de modo intermitente desde 1884 (ver com. de Et 1:5). |
Ne.1:2 | 2. Um de meus irmãos. A palavra hebraica traduzida como “irmãos” é utilizada com mais frequência para familiares distantes do que para irmãos desangue (ver com. cie lCr 2:7). Hanani, no entanto, parece ter sido irmão de sangue de Neemias (ver Ne 7:2).Então, lhes perguntei. A chegada de Hanani e dos outros judeus da terra natal parece ter sido o primeiro contato de Neemias com os exilados que retornaram da Judeia desde o início das hostilidades entre Artaxerxes e Megabizo, o sátrapa da província conhecida como "além do rio”, da qual a Judeia fazia parte (ver com. de Ed 4:10). Durante o período da rebelião de Megabizo, poucas notícias confiáveis pro- vindas da Judeia parecem ter chegado a Neemias, embora ele tivesse ouvido rumores de um ataque samaritano a Jerusalém e da destruição que eles fizeram em parte do muro da cidade que fora reconstruído pouco antes. Sendo este o caso, Neemias estaria ansioso por mais notícias, o que ocorreu com a chegada de seu irmão e outros judeus com. um testemunho ocular dos eventos que, possivelmente, ocorreram durante a interrupção das comunicações entre a Pérsia e a judeia (ver p. 378). |
Ne.1:3 | 3. Os muros de Jerusalém.. Alguns comentaristas pensam que as declarações de Hanani se referem à destruição da cidade pelas forças de Nabucodonosor, em 586 a.C. No entanto, isso dificilmente seria novidade para Neemias, a menos que se aceite que Hanani e seus companheiros relataram apenas que até o momento nada havia sido feito quanto à reconstrução do muro. Considerando a comoção ocasionada pelo relato de Hanani (v. 4-11), os eventos descritos deveriam ter sido recentes. As palavras de Hanani não significavam necessariamente que todo o muro tinha sido destruído e que todas as portas foram queimadas.A descrição da construção do muro (Ne 3) deixa claro que apenas setores do muro e algumas portas foram atingidas. Alguns setores do muro fiaram apenas reparados (Ne 3:4, 5) e outros, construídos (Ne 3:2).Da mesma forma, algumas portas tiveram que ser completamente refeitas (Ne 3:1, 3) e outras precisaram apenas de reparos (Ne 3:6). Pode-se também deduzir que houve uma destruição apenas parcial, devido ao tempo que Neemias levou para completar a reconstrução de todo o muro da cidade: 52 dias (Ne 6:15). Em tão curto período teria sido impossível, mesmo sob as mais favoráveis circunstâncias, reconstruir o muro inteiro, inclusive as muitas portas, caso o local estivesse nas condições em que Nabucodonosor o deixara. A rápida reconstrução foi devida não apenas ao grande entusiasmo dos líderes e do povo, mas ao progresso obtido durante a gestão de Esdras e os demais, antes que os samaritanos destruíssem parte do muro. |
Ne.1:4 | 4. Assentei-me, e chorei. Neemias ficou profundamente agitado quando soube da situação de seus compatriotas e da humilhação pela qual passavam. Mesmo que ele tivesse um conhecimento parcial dos eventos na província da Judeia, a realidade excedeu seus temores e o levou às lágrimas.Jejuando. Durante o cativeiro, o jejum se tornou uma prática comum entre os judeus (ver Zc 7:3-7). jejuns solenes foram introduzidos nos aniversários da tomada de Jerusalém, da queima do templo e do assassinato de Gedaíias (Zc 8:19). O jejum também recebeu um lugar de destaque nas devoções pessoais. É mencionado que Daniel (Dn 9:3; 10:3), Ester (Et 4:16), Esdras (Ed 10:6) e Neemias jejuaram (ver com. de Ed 10:6). |
Ne.1:5 | 5. E disse. O início da oração de Neemias se aproxima tanto dos pensamentos e das palavras da oração de Daniel (Dn 9:4) que é possível que ele os tivesse diante de si. Nesse caso, Neemias estava familiarizado com os escritos de Daniel e o admirava. Neste verso, as palavras diferem das de Daniel apenas na substituição de “Yahweh” por “Senhor” {'Adhonai) e pelo acréscimo de sua expressão favorita: “Deus dos Céus”. |
Ne.1:6 | Sem comentário para este versículo |
Ne.1:7 | 7. Não temos guardado. Com frequência as ordenanças da lei estão reunidas sob os três termos utilizados neste verso (Dt 5:31; 6:1; 11:1; etc.). |
Ne.1:8 | 8. Se transgredirdes. Esta não é a citação de um texto particular do Pentateuco, mas uma referência ao sentido geral de várias passagens (ver Lv 26:27-45; Dt 30:1-5). Os escritores bíblicos habitualmente se referiam aos primeiros escritos inspirados desta forma, citando o pensamento e não as palavras exatas (ver com, de Ed 9:11; Mt 2:23). |
Ne.1:9 | Sem comentário para este versículo |
Ne.1:10 | 10. Teu povo que resgataste. Isto possivelmente se refere ao livramento do Egito “com a lua grande força e com o braço estendido” (Dt 9:29; 26:8; etc.) e, então mais recentemente, do cativeiro babilônico. |
Ne.1:11 | 11. Hoje. Esta frase significa “nesta ocasião" e não deveria ser tida como evidência de que Neemias se referia à oração que pronunciou na audiência com o rei (ver Ne 2).Este homem. Isto é, o rei Artaxerxes, a quem não se mencionou por nome, mas que estava sempre no pensamento do suplicante. Neemias percebeu que o opróbrio de Jerusalém poderia ser removido somente por meio de intervenção real e estava convencido de que teria que ir a Jerusalém a fim de mudar a situação em que estavam.Eu era o copeiro do rei. Literal mente, “eu fui copeiro para o rei”, não um copeiro exclusivo, mas um entre muitos. Ele menciona o fato neste verso para explicar ao leitor o sentido da expressão “este homem” e porque foi sua função que lhe permitiu acesso a Artaxerxes. Neemias é um dos muitos exemplos de judeus exilados que alcançaram posições de influência e trabalharam nos interesses de seu povo. Como os copeiros tinham contato com os internos do harém real (ver Ne 2:6), muitos deles eram eunucos. E possível que Neemias fosse um eunuco. Alguns manuscritos da L.XX traduzem o heb. tnashqeh, (“copeiro”) como eiinouchos (“eunuco”) e não como oinochoos (“copeiro”).Capítulo 2 |
Ne.2:1 | 1. No mês de nisã. O mês de nisã, no 20° ano de Artaxerxes I, começou em 2 de abril de 444 a.C., de acordo com a tabela da p. 99-101. Este versículo, junto com o cap. 1:1, mostra que Neemias contava os anos régios de um rei persa segundo o calendário civil judeu, que começava no outono (ver p. 93, 94; ver também vol. 2, p. 94, 100).Pode parecer estranho que Neemias tenha esperado três ou quarto meses depois de receber o relato sobre Jerusalém para se aproximar do rei com seu pedido. Várias razões podem ter sido responsáveis por essa demora. Primeiramente, o rei podería estar ausente da capital. No entanto, mesmo quando o rei estava ali, seu caráter temperamental (ver Nota Adicional a Esdras 4) tornava necessário esperar o .momento opor- tuno para apresentar um pedido diante dele. Durante todo esse tempo, Neemias procurou esconder seus verdadeiros sentimentos, já que ele esperava estar animado na presença do rei.Rei Artaxerxes. (3 Artaxerxes mencionado no livro de Neemias é o primeiro rei persa que recebeu este nome e o mesmo rei sob cujo poder Esdras retornou a Jerusalém. Isso pode ser demonstrado pela evidência do papiro judeu de Elefantina (ver Nota Adicional 2 a Neemias 2). |
Ne.2:2 | 2. Por que está triste [...]? Esta pergunta amável dirigida pelo grande rei a seuhumilde servo é uma boa razão para um julgamento mais favorável do que o que ele tem recebido dos historiadores. Artaxerxes é retratado como um governante fraco que geralmente comprometia a dignidade real por meio do estabelecimento de prazos com súditos rebeldes e que facilmente desonrava tal dignidade por quebrar a fé das pessoas que confiavam. Apesar de ser um rei vulnerável, ele tinha bom coração e era gentil em algumas ocasiões. Poucos monarcas persas tiveram interesse em seus assistentes pessoais a ponto de perceber se estavam tristes. Era mais raro ainda que demonstrassem simpatia. Ao passo que Xerxes podería ter ordenado execução instantânea, Artaxerxes sentiu compaixão e estava disposto a aliviar a dor de seu servo.Temi sobremaneira. A despeito das palavras bondosas e compassivas do rei, Neemias percebeu o perigo. Ele compareceu triste diante do rei e estava prestes a pedir permissão para deixar o palácio. As duas coisas eram contrárias ao pressuposto fundamental da vida na corte persa: desfrutar da presença real era o auge da felicidade. O rei se indignaria, recusaria o pedido, destituiría o copeiro de seu posto e o colocaria na prisão ou perdoaria a aparente desonra e atendería ao pedido? |
Ne.2:3 | 3. Viva o rei para sempre! Uma forma oriental comum de se dirigir a um rei (1 Rs 1:31; Dn 2:4; 3:9; etc.).Onde estão os sepulcros de meus pais. Esta declaração indica que a família de Neemias viveu em Jerusalém. Como outras nações antigas, os persas tinham grande respeito por tumbas e desaprovavam sua violação. Neemias utilizou sabiamente as palavras para atrair a simpatia de Artaxerxes para seu pedido com relação à cidade de seus antepassados. |
Ne.2:4 | 4. Orei. Neemias era um homem de oração. As orações ascendiam de seus lábios diante do perigo, das dificuldades e das crises (Ne 4:4, 9; 5:19; 6:14; 13:14; etc.). As vezes, sua oração era breve e silenciosa, como neste caso. |
Ne.2:5 | Sem comentário para este versículo |
Ne.2:6 | 6. A rainha. De acordo com historiadores antigos, a mulher desempenhava papel importante nas decisões do rei. E dito que Xerxes era um brinquedo nas mãos de suas esposas e que aventuras amorosas e intrigas no harém o interessavam mais do que a política e a administração. Dario II era completa mente governado por sua traiçoeira e cruel esposa Parisátis, que também era sua irmã e de quem se diz que se distinguia por sua sede de poder.A palavra heb. shegal é traduzida como “rainha” neste versículo e no Salmo 45:9, os únicos textos em que é utilizada no AT. Ela vem da raiz shagal, "violentar”, “ter relações sexuais’’ e significa “concubina”, como a LXX traduziu corretamente no cap. 2:6. A conversa relatada ocorreu na presença da rainha. Neemias achou que esta seria uma oportunidade favorável para apresentar seu pedido, talvez com o evidente apoio de uma das concubinas de Artaxerxes que teria simpatizado com Neemias.E marquei certo prazo. Não é declarado quanto tempo Neemias pediu, mas é provável que não excedesse a dois ou três anos, o que seria suficiente para fazer a viagem e completar o trabalho. Ele, na verdade, ficou ausente do palácio por 12 anos, muito mais do que o planejado (ver Ne 5:14). Elepode ter recebido permissão para prorrogar sua ausência periodicamente. E improvável que Neemias tenha pedido licença para se ausentar por 12 anos. Por ser um período muito longo, ele não teria a permissão desejada. |
Ne.2:7 | 7. Cartas. E importante notar que Neemias não pediu cartas para os governadores entre Susã e o norte da Síria. Ele deve ter considerado seguro esse trecho da viagem e não precisava de proteção especial ali. No entanto, seus inimigos viviam em Samaria, Amom e outras províncias ao redor da judeia, e todas pertenciam ao sátrapa “dalém do rio”. Para a jornada por aquela região, ele pediu proteção especial e documentos reais que o autorizassem (ver Nota Adicional 1 a Neemias 2). |
Ne.2:8 | 8. Matas. Do heb. fardes, uma palavra emprestada dos persas. No grego, a palavra se tornou paradeisos, da qual vem a palavra “paraíso”. No idioma persa, a palavra designa um parque real, não uma floresta.Neemias menciona três finalidades para a utilização da madeira: (1) “Para cobrir as portas do paço da casa” (ARC). A “casa” é, sem dúvida, o templo, e o “paço”, a fortaleza no lado noroeste da área do templo. Essa fortaleza comandava e protegia o templo. Parece ter sido construída entre o período de Zorobabel e 444 a.C., o ano do retorno de Neemias; e era, aparentemente, a precursora da fortaleza de Antônia, construída por Herodes, de acordo com Josefo (.Antiguidades, xv.11.4). Original mente foi chamada de Baris, que parece refletir o heb. birah, “palácio”, empregado aqui por Neemias. (2) “Para os muros da cidade”, especialmente para as portas. (3) “Para a casa em que deverei alojar-me”. Neemias devia ter em mente o antigo casarão de sua família que poderia estar em ruínas ou urna nova habitação que planejava construir. Ele parece admitir que os poderes solicitados implicavam que seria nomeado governadorda judeia e, assim, planejou construir uma casa apropriada.E o rei mas deu. O fato de um rei inconstante ter concedido tudo o que Neemias solicitou, sem reservas, poderia ser explicado somente como resultado da influência divina. Neemias reconheceu, isso e glorificou a Deus por seu êxito (ver com. de Ecl 8:18). |
Ne.2:9 | 9. Fui aos governadores. Sobre esta viagem a Jerusalém, Neemias relata apenas que visitou os vários governadores dos territórios por onde passou, principalmente da satrapia “dalém do Eufrates”. Ao fazer isso, encontrou os inimigos dos judeus, que a partir de então se tornaram inimigos mortais. Com as cartas de autorização em mãos e acompanhado por unia escolta cie soldados persas, não enfrentou dificuldades ou perigos no caminho. |
Ne.2:10 | 10. Sambalate. Certos comentários feitos por Neemias (ver cap. 4:1, 2) foram, por muito tempo, interpretados pelos eruditos como indicação de que Sambalate era o governador de Samaria. Depois, um dos papiros de Eiefantina (Cowley, Aramaic Papyri, n° 30), escrito no ano 407 a.C., definitivamente resolve a questão com uma referência direta a Sambalate como “governador de Samaria". Isso explica por que ele era um inimigo tão perigoso para Neemias. Sendo mais que um cidadão comum e com um exército à disposição (cap. 4:2), ele tinha condições de causar muito dano e estava determinado a frustrar os planos de Neemias.O horonita. Neemias não revelou a posição oficial de Sambalate e o chamou apenas de “o horonita”. Não se sabe se isso foi um desrespeito. Também é incerto se esta designação se refere a Sambalate como proveniente da cidade moabita de Horonaim (Jr 48:34), ainda não identificada; ou como proveniente de uma das duas cidades de Bete-Horom (Js 16:3, 5; etc.), hoje, Beit Vr el-Foqa e Beit 'Ur etAahta, cerca de 20 km anoroeste de Jerusalém em linha reta e que, no tempo de Neemias, pertenciam a Samaria. Alguns comentaristas sugerem que o desprezo em relação a Sambalate seria melhor explicado se este proviesse de Moabe, e não fosse, portanto, um verdadeiro samaritano.Servo. Do heb. ‘eved, “servo”, utilizado algumas vezes em documentos bíblicos e extrabíblicos para designar altos oficiais do governo (2Rs 24:10, 11; Lm 5:8, ARC). Por isso, Tobias podia ser um alto oficial na província de Amom, na Transjordânia. A família de Tobias, mais tarde, se tornou conhecida como uma das mais influentes da Transjordânia. Um de seus descendentes possuía um castelo em Amom, na época dos primeiros ptolomeus, e supriu o rei do Egito com ônagros (burros selvagens), cavalos e cães. As ruínas de seu castelo em Arâk el-Ernir ainda são visíveis, a meio caminho entre jerico e Amam. O nome de Fobias está gravado nos muros externos da entrada para uma caverna.Muito lhes desagradou. Quando Zorobabel rejeitou a cooperação dos sama- ritanos na reconstrução do templo (Ed 4:3), desenvolveu-se um espírito de animosidade entre os dois povos que perdurou até a destruição de Jerusalém por Títo. Essa inimizade pode ter se estendido a outras nações vizinhas, como os amonitas e os arábios (ver Ne 2:19; 4:7), especialmente durante a reforma de Esdras (Ed 9, 10). Ao saber das razões da viagem de Neemias e de que ele desejava promover os interesses do povo de Judá, eles possivelmente deixaram claro que tinham ligações influentes em Jerusalém (Ne 13:4-8, 28). Isso explicaria o grande cuidado e sigilo com que Neemias realizou as investigações iniciais em sua chegada. |
Ne.2:11 | 11. Três dias. Ver Ed 8:32. Foram necessários alguns dias de descanso depois cia longa viagem. |
Ne.2:12 | 12. A noite me levantei. Até aqui Neemias havia comunicado seu propósitosomente ao rei da Pérsia. Ele esperava oposição e decidiu desorientar seus oponentes tanto quanto possível, ocultando seus planos, inspecionando o muro à noite, ele esperava não ser observado. Por isso, levou consigo poucos auxiliares. Ansioso por ver com seus próprios olhos a extensão dos danos ao muro e que reparos seriam necessários, ele também procurou chamar o mínimo de atenção possível. |
Ne.2:13 | 13. Porta do Vale. E essencial uma descrição das características topográficas de Jerusalém, a fim de se compreender a investigação noturna de Neemias (v. 13-15), os diferentes setores do muro durante o período de reconstrução (Ne 3) e a cerimônia de dedicação (Ne 12:27-43). A Nota Adicional a Neemias 3 e o mapa “Muros de Jerusalém no Tempo de Neemias” (p. 444) ajudam nessa descrição.Aqueles que incluem a colina a oeste da cidade de Jerusalém na época de Neemias situam a Porta do Vale próxima ao canto sudeste da cidade, em oposição ao vale de Hinom. Já os que limitam a cidade de Neemias aos dois montes a leste de Jerusalém situam a Porta do Vale a meio caminho ao longo do muro ocidental. Foi urna dessas portas que Uzias fortificara dois séculos antes (2Cr 26:9). E mais provável que seria a última porta que levava para a cidade do vale de Tiropeom. Vestígios dessa porta foram descobertos em escavações inglesas de 1927.Fonte do Dragão. Este nome ocorre apenas em Neemias. Esta fonte é identificada geralmente com a de En-Rogel (Js 15:7; etc.), hoje chamada de Fonte de jó ou Fonte de Neemias, na junção dos vales de Hinom e de Cedrom. Essa identificação se sustenta só no caso de a expressão heb. ’el-pene, traduzida como “para o lado” (ARA) tiver o sentido de “em direção a” (TB), o que é incerto. No entanto, se a expressão significar “[passar] por” ou“oposto”, então a Fonte do Dragão deveria estar seca desde o tempo de Neemias. Se assim for, ela era localizada na parte oeste do vale de Hinom ou a meio caminho do vale de Tiropeom, dependendo da visão que se tenha acerca do tamanho de Jerusalém no tempo de Neemias.A Porta do Monturo. Esta porta estava localizada a 444 m da Porta do Vale (cap. 3:13). A "Porta do Monturo” aparentemente recebeu este nome devido ao fato de o lixo da cidade ser levado através dela até o vale de Hinom.Contemplei os muros. Deixando a cidade pela Porta do Vale, Neemias inspecionou o muro pelo lado de fora, a fim de verificar a extensão dos danos causados ali. Neemias pode ter observado os setores do muro do lado norte da cidade sem ter sido percebido, quando se aproximou de Jerusalém e durante as visitas ao templo e aos oficiais que aparentemente viviam no setor norte da cidade. |
Ne.2:14 | 14. Porta da Fonte. Esta porta estava localizada na parte sudeste da cidade, em oposição à fonte de En-Rogel, hoje chamada de Fonte de Jó ou Fonte de Neemias.Açude do rei. Este nome não aparece em outra parte da Bíblia. E incerto se Neemias se refere ao açude de Siloé, alimentado pela fonte de Siloé através do túnel de Ezequias (ver com. de 2Rs 20:20), ou ao açude de Salomão que, de acordo com Josefo (Guerra dos Judeus, v.4.2), estava na parte inferior do vale de Cedrom. Se era ao açude de Siloé, Neemias deve ter entrado na cidade através da Porta da Fonte, mas encontrou muitos escombros nessa parte da cidade e retornou sem conseguir terminar a investigação. No caso de se referir ao açude de Salomão, então Neemias passou pela Porta da Fonte e encontrou uma quantidade incomum de detritos na parte inferior do vale de Cedrom, o que tornava o local intransitável. |
Ne.2:15 | 15. Ribeiro. Possivelmente o vale de Cedrom. Ao subir o vale, Neemias pôde ver os muros de Jerusalém destruídos. Possivelmente fosse uma noite enluarada. De outra forma, ele não teria enxergado bem devido à distância entre o muro leste, sobre a escarpa da colina do sul, e o vale de Cedrom, por onde ele cavalgou.Voltei. Não se sabe até onde Neemias seguiu o curso do vale de Cedrom em direção ao norte. Esta avaliação do muro possivelmente não incluiu a parte a leste do templo. Ele pôde constatar a extensão do dano, devido às visitas anteriores à área do templo. Refazendo seus passos pelo caminho de volta à Porta do Vale, Neemias e seus companheiros (v. 12) entraram novamente na cidade sem ser percebidos. |
Ne.2:16 | 16. Os magistrados. Ao chegar a Jerusalém, Neemias não encontrou nenhuma autoridade local, mas várias pessoas chamadas de “magistrados” e “nobres”. A diferença entre essas duas classes não é clara. A primeira podia consistir de funcionários nomeados e a última, de cheles de família.Nem aos mais. Os administradores da cidade não estavam incluídos entre os “magistrados” e “nobres” ou pessoas anteriormente engajadas na reconstrução do muro. |
Ne.2:17 | 17. Então, lhes disse. Neemias não esperou muito para entrar em ação. Um dia depois de sua investigação noturna aos muros, foi reunido um grupo representativo de anciãos da cidade para ouvir seu relato. Em seu discurso ele os lembrou do vergonhoso estado em cjue a nação se encontrava, falou do auxílio divino no relacionamento com o rei e demonstrou a extensão de suas prerrogativas. Esse discurso alcançou o eleito desejado e resultou numa decisão entusiasta e unânime para “levantar e edificar”. |
Ne.2:18 | Sem comentário para este versículo |
Ne.2:19 | 19. Sambalate. A respeito de Samba- late e Tobias, ver com. do v. 10.Gesém, o arábio. Quando se tornou evidente que Sambalate era governador deSamaria (ver com. do v. 10) e Tobias talvez fosse o governador de Amom, ou pelo menos um líder influente daquela nação, também ficou sugerido que Gesém (ou Gashmu; ver Ne 6:6) teria uma posição semelhante na província persa da Arábia. A última, aparentemente, incluía Edom, porque Edom nunca é mencionada por Neemias. Esta suposição é corroborada por descobertas recentes de inscrições feitas pelos lihyanitas, que dispersaram os edomitas no 5o século a.C., nas quais Gesém é mencionado como governador de Dedã.Zombaram de nós. Isso foi feito por meio de mensageiros, como fez Senaque- ribe (2Rs 18:17-35), ou por comunicação formal escrita. |
Ne.2:20 | "20. Então, lhes respondí. E digno de nota que Neemias não deu atenção à séria acusação de que ele estava tramando rebelião. Ele também não mencionou que tinha a permissão do rei, mas deixou seus inimigos suporem que agia por conta própria. Ele certamente tinha motivos para agir dessa forma frente aos adversários.O Deus dos céus. Neemias, um homem profundamente religioso, sabia como depender de Deus. Não realçou o decreto real como a mais alta autoridade possível de quem teve permissão para agir. Anteriormente, Zorobabel tinha agido assim diante de Tatenai: “Nós somos servos do Deus dos céus e da terra e reedificamos a casa” (Ecl 5:11).Vós [...] não tendes parte. O pedido dos samaritanos para ter direito de interferir em assuntos judaicos foi rejeitado quando eles ofereceram ajuda (Ecl 4:2, 3). Da mesma forma, quando a intromissão deles se tornou hostil, foi rejeitada com mais indignação. Foi-lhes dito que o ocorrido em Jerusalém não tinha relação com eles e que nem mesmo tinham lugar na memória dos moradores locais. Neemias deixouclaro esperar que eles não interferissem e que atendessem aos negócios de suas próprias comunidades a fim de não incomodar os adoradores do Deus verdadeiro.Até esse ponto, Neemias tinha evitado a oposição, ocultando seus planos, mas uma vez que a oposição se manifestou, ele a enfrentou ousadamente.NOTAS ADICIONAIS A NEEMIAS 2 Nota 1Uma coleção de documentos aramaicos publicados em 1954 (ver discussão na p. 66) inclui um que pode ser comparado a um passaporte oficial. Foi redigido por Arsam, sátrapa do Egito, que estava em Susã ou Babilônia na época da escrita. Alguns dos homens do sátrapa utilizavam o documento para viajar ao Egito em missão oficial. Sem dúvida, ele é semelhante ao que Neemias recebeu do rei. Embora o documento não esteja datado, pertence à época de Neemias porque Arsam, contemporâneo de Neemias, foi sátrapa do Egito por muitos anos durante a segunda metade do 5o século a.C.O documento é endereçado a vários oficiais encarregados das cidades ou províncias na estrada entre a Pérsia e o Egito, aos quais se solicitaram provisões para os portadores desse tipo de documento. Das cidades mencionadas, somente as de Arbel, hoje Erbil, no norte do Iraque, e Damasco na Síria são conhecidas.Uma vez que o documento ilustra o tipo de autorização que Neemias recebeu de Arta\er\es para viajar até a Judeia (ver G. R. Driver, Aramaic Documents oj lhe Fifth Cculurv B.C. [1954], p. 20), uma tradução completa é apresentada:
1. de Arsam a Marduque, o funcionário que está em A[...]cade; Nabu-dala, o funcionário que está em Lair; Zatuhay, o funcionário que está [em] Arzuhin; Apastabar, o funcionário que está em Arbel; Haia e Matilabashi (e) Bagapat, o(s) funcionario(s)
2. que estão em Saiam; Pradaparna e Guzan, os funcionários que estão em Damasco. E vejam! Alguém chamado Nehtihur, [meu] funcionário, vai ao Egito. Deem a [ele] (quantos) mantimentos houver de meu estado em suas províncias,
3. diariamente duas medidas de farinha branca, três medidas de farinha inferior (r), duas medidas de vinho ou cerveja e um carneiro. Para seus servos, 10 homens,
4. uma medida de farinha diariamente a cada um (e) feno de acordo com (a quantidade de) seus cavalos; e dê mantimento para dois cílícios (e) um artesão. Os três são meus servos e vão com ele ao Egito; para cada um
5. diariamente, uma medida de farinha; e conceda-lhes estas provisões, a cada funcionário por sua vez, de acordo com a etapa de sua jornada, de província em província até queele chegue ao Egito;
6. e, se ele f icar mais de um dia em (qualquer) um local, não lhe atribua mais provisões por estes dias. Bagasaru conhece estas ordens. Dusht é o escriba.Nota 2As dúvidas quanto a Artaxerxes ser o monarca persa do livro de Neemias desapareceram quase completamente desde a descoberta dos papiros elefantinos. A ev idência contidaem alguns desses papiros praticamente determina o fato de que Neemias tomou posse como governador da Judeia, autorizado por Artaxerxes I.De acordo com dois papiros elefantinos (Cowley, papiros n° 30 e 31), Joana foi sumo sacerdote em Jerusalém em 410 a.C. Ele também é mencionado em Neemias 12:22 e 23 (ver Ed 10:6) como filho do sumo sacerdote Eliasibe, que oficiou no tempo de Neemias (Ne 3:1). Josefo (Antiguidades, xi.7.1), no entanto, declara que Joanã foi neto de Eliasibe, o que parece concordar com a afirmação feita em Neemias 12:22 de que Joiacla foi sumo sacerdote entre Eliasibe e Joanã. Saber se Joanã é filho ou neto de Eliasibe é irrelevante nesse caso. Porém, é importante saber que, de acordo com duas fontes (a Bíblia e Josefo), o sumo sacerdote Eliasibe do tempo de Neemias precedeu o sumo sacerdote Joanã que oficiou em 410 a.C. Isso requer que Neemias seja localizado no reinado de Arta.xerxes 1, já que Artaxerxes 11 não começou a reinar até o tempo desses documentos, que são do período do filho ou neto de Eliasibe.Nas décadas recentes poucos eruditos questionaram se o Artaxerxes de Neemias era o Artaxerxes I.Capítulo 3Os nomes e a ordem dos edificadores do muro.I Então, se dispôs Eliasibe, o sumo sacerdote, com os sacerdotes, seus irmãos, c reedi- ficaram a Porta das Ovelhas; eonsagraram-na, assentaram-lhe as portas e continuaram a reconstrução até à Torre dos Cem e à Torre de Ha nane!.Semaías, filho de Secanias, guarda da Porta Oriental." |
Ne.3:1 | 1. Então, se dispôs Eliasibe. É oportuno encontrar o sumo sacerdote Eliasibe ciando o exemplo correto nesta ocasião. Mais tarde, ele se tornou "da mesma família" de Tobías por meio de casamento (ver Ne 13:4) e foi culpado de profanar o templo (cap. 13:5). De acordo com a linhagem de sacerdotes (ver cap. 12:10, 11), parece que Eliasibe foi filho de Joiaquim e neto de jesua, que retornou de Babilônia com Zorobabel (Ed 2:2; 3:2).O propósito especial deste capítulo parece ser de honrar a quem de direito: registrar os nomes das pessoas que tomaram a dianteira nessa importante ocasião, que sacrificaram a vontade ao dever e se expuseram à ameaça de ataque hostil (Ne 4:18-20).Seus irmãos. Isto é, os sacerdotes em geral. E evidente no v. 28 que os sacerdotes empreenderam a edificação de uma porção do muro leste, em acréscimo à obra mencionada neste verso.A Porta das Ovelhas. Parece que esta porta estava em completa ruína. Ficava no extremo leste do muro norte, que marcava os limites do complexo do templo (ver o mapa “Muros de Jerusalém no Tempo de Neemias’', p. 444). O mercado de ovelhas ficava, possivelmente, próximo dali e originou o nome da porta (ver Jo 5:2).Consagraram-na. Parece ter sido uma consagração preliminar, distinta da descrita em Neemias 12:27 a 43. Tendo completado a Porta das Ovelhas e o muro que se estendia ao oeste, rumo à torre de Hananel, os sacerdotes anteciparam a dedicação geral por uma dedicação especial feita por elesmesmos, reconhecendo assim, logo no início, o caráter sagrado da obra.Torre. A torre de Meá (do heb. hammeah, literalmente, "dos cem”, ARA) e a de Hananel, aparentemente pertenciam à fortaleza do templo (ver com. de Ne 2:8). Como não é mencionada atividade de edificação nas torres, parece que estavam intactas. |
Ne.3:2 | 2. Os homens de Jericó. A porção do muro próximo a Eliasibe foi reconstruída pelos cidadãos de Jericó. Esdras 2:34 demonstra que Jericó fazia parte da Judeia restaurada.Zacur. Os setores do muro alistados aqui parece que tinham extensão variada, e o trabalho necessário para restaurá-los também foi variado. Alguns setores foram delegados a uma cidade i nteira, ao passo que, no caso e Zacur, um único homem ou uma família se encarregou de um trecho inteiro. Zacur era um levita que, mais tarde, firmou aliança especial entre o povo e Deus (Ne 10:12). |
Ne.3:3 | 3. Os filhos de Hassenaá. Ver com. de Ed 2:35.A Porta do Peixe. Esta porta possivelmente ficava próxima ao mercado onde os tírios vendiam peixes (Ne 13:16). Parece que era localizado no meio do muro norte (ver também Ne 12:39; 2Cr 33:14; Sf 1:10).Ferrolhos. Do heb. mariulim, traduzido como ‘‘fechaduras” (ARC) tem sentido incerto. Tem-se sugerido que designa barras, dobradiças ou correias.Trancas. Esta palavra, corretamente traduzida como “trancas”, ocorre frequentemente na Bíblia e designa as barrastransversais por meio das quais as portas podiam ser parafusadas por dentro. |
Ne.3:4 | 4. Meremote. Membro de uma das famílias sacerdotais que não comprovou sua ascendência na época de Zorobabel (ver Ed 10:36). Foi companheiro de viagem de Lsclras (Ed 8:33; ct. Ne 3:21). Desta vez, ele edificou dois setores do muro (iNe 3:21) e, alguns meses mais tarde, firmou aliança (NcK):5),Mesulão. Um dos principais homens que acompanharam Esdras 13 anos antes, no retorno de Babilônia (Ed 8:16). Ele ficou responsável em edificar dois setores do muro (Ne 3:30) e, mais tarde, assumiu a aliança de Neemias como chefe (cap. 10:20). Embora Mesulão fosse um leal defensor da causa de Neemias, este se queixou de Mesulão ter dado a filha ao filho cie seu inimigo Fobias (cap. 6:18). |
Ne.3:5 | 5. Repararam. Como era um grupo pequeno, aos tecoítas foi atribuída um setor do muro que apenas requeria reparos, não de reconstrução. No entanto, eles pareciam tão zelosos que assumiram a responsabilidade de reparar um segundo setor (v. 27).Os tecoítas. O povo de Tecoa, uma pequena cidade cerca de oito quilômetros ao sul de Belém, hoje chamada de Tequ. De Tecoa saiu a "mulher sábia” a quem Joabe enviou para influenciar Davi a buscar Absalão de volta para casa (2Sm 14:2, 3). O pequeno porte da cidade parece ter sido o motivo de ela não aparecer na lista de cidades e vilas dos que retornaram com Zorobabel (Ed 2:20-35), ou na lista do censo (Ne 11:25-36).Nobres. As classes mais altas, adirim, literalmente "os engrandecidos”, se retiraram do trabalho, como os bois retiram o pescoço do jugo (ver Jr 27:11, 12). Eles ficaram afastados, deixando o trabalho para o povo comum. Este é o primeiro caso de oposição passiva registrada por Neemias. Mais tarde, outros casos serão registrados. |
Ne.3:6 | 6. Porta Velha. Do heb. sluiar hayyesha- nah, literalmente, "a porta da velhice”. Embora a expressão hebraica tenha originado muitas variantes de traduções, não há necessidade de supor um erro textual, como muitos tradutores e comentaristas têm feito. Alguns sugeriram que a palavra para “cidade” foi perdida, e a interpretam como “a porta da antiga cidade”. No entanto, essa sugestão é incorreta, já que a "Porta Velha” estava num setor do muro que incluía a parte então recém-acrescentada à cidade. A LXX traduz yeshcmah como um nome próprio, Isana, ficando, então, "porta de Jesana”. A porta pode ter recebido esse nome da cidade de Jesana, hoje Burj el-lsâneh, a noroeste de Baal-Hazor, que está cerca de 25 km ao norte de Jerusalém (2Cr 13:19). A. “Porta Velha” é normalmente identificada com a “Porta da Esquina” (2Rs 14:13; Jr 31:38), que estava situada no canto noroeste do muro da cidade. |
Ne.3:7 | 7. Gibeonita. Gibeão é hoje ej-Jib, e está 9,6 km a noroeste de Jerusalém.Meronotita. A local ização de Meronote é desconhecida. Deve ter sido próxima a Gibeão e Mispa (ver ICr 27:30).Mispa. Possivelmente o sítio de Tell en- Nasbeh, 15 km ao norte de Jerusalém.Que pertenciam ao domínio do governador. O significado desta tradução é incerto. Designa a região de onde saíram os edificadores desse setor do muro ou a extensão da atividade deles no muro. De acordo com a primeira interpretação, estes homens eram de Gibeão, Meronote, Mispa e do norte, da sede do governo da província “dalém do Eufratcs”, o que significaria que alguns judeus isolados provinham da residência do sátrapa em Damasco ou Alepo. De acordo com a segunda interpretação, “o domínio do governador era a residência do sátrapa quando ele ia a Jerusalém em missão oficial. Se for assim, o edifício deveria ficar próximo ao muro. |
Ne.3:8 | 8. Ourives. Os artesãos especializados bem como os ourives e perfumistas talvez não pertencessem a uma família reconhecida ou a delegações de alguma cidade como os outros edificadores; assim, foram a I i st a dos se p a r ad a mente.Fortificaram (ARC). Do heb. ‘azab, talvez “preparar”. A LXX interpreta ‘azab como “deixaram", uma tradução alternativa também apresentada na margem da NVL No entanto, a tradução “deixaram” neste contexto ficaria sem sentido, apesar de 'azab ter este significado em outras passagens. Muitos tradutores presumem que seria um termo técnico utilizado em edificações. Em textos de Ras Shamrah, a palavra 'adab é utilizada frequentemente com o sentido de “fazer”, “preparar" e "colocar”. Em idiomas semíticos, relacionados com o hebraico, a letra d pode substituir a letra hebraica z, como ocorre no aramaico. Por isso, há pouca dúvida de que o 'adab dos textos de Ras Shamrah seja o equivalente de ‘azab de Neemias 3:8, e que a tradução "deixaram seja razoável.Muro Largo. Um desconhecido detalhe topográfico de Jerusalém. |
Ne.3:9 | 9. Metade de Jerusalém. A cidade propriamente dita não parece ter sido dividida; no entanto, o território fora do muro foi considerado como pertencendo a ela, como sugerido pela LXX. Este território cir- cunjacente foi possivelmente dividido em dois setores e foi nomeado um governante sobre cada um deles (ver v. 12). |
Ne.3:10 | 10. Defronte de sua casa. Expressão semelhante ocorre nos v. 23 e 28 a 30. A parte do muro reparada por Jedaías estava em frente de sua casa, que era adjacente ao muro. Ele naturalmente teve um interesse especial na restauração da parte do muro que lhe garant i ria proteção. |
Ne.3:11 | 11. A outra parte. Literalmente, “uma segunda parte", isto sugere que nos setores mais longos, o trabalho foi dividido em dois grupos de trabalhadores. No entanto, pareceestranho que em nenhum desses casos seja mencionada a primeira parte, somente a segunda (ver v. 19-21, 24, 27, 30). De qualquer maneira, em dois dos sete casos em que se mencionou um segundo grupo, os edificadores foram previamente alistados como também estando engajados em outro setor do muro. Talvez o mesmo também seja verdadeiro para as outras cinco ocorrências, embora isso não esteja evidente no registro como se encontra hoje.A Torre dos Fornos. Mencionada novamente em Neemias 12:38, devia estar no muro oeste, embora sua posição exata não possa ser determinada. |
Ne.3:12 | 12. Filhas. Muitos intérpretes preferem a tradução “aldeias” (ver Ne 11:25-31, em que a palavra hebraica é assim traduzida). Estas seriam aldeias sobre as quais Salum governava como chefe de um distrito. Alguns comentaristas, no entanto, aceitam a interpretação literal, compreendendo que as filhas de Salum o auxiliaram no trabalho. Este ponto de vista não pode ser rejeitado por razões éticas, já que não era incomum no antigo Oriente que as mulheres fizessem trabalho pesado. |
Ne.3:13 | 13. A Porta do Vale. Ver com. do cap. 2:13.Zanoa. Esta cidade estava nas proximidades de Bete-Semes, 22 km a sudoeste de Jerusalém em linha reta. O local hoje é chamado de Khirbet /anu.Mil côvados. Um importante apontamento topográfico que dá a distância entre a Porta do Vale e a Porta do Monturo, que é de 444 m. Alguns duvidaram que um grupo conseguisse reparar um setor tão extenso e interpretaram as palavras como um intervalo topográfico que apresenta as distâncias entre as duas portas. No entanto, a expressão é específica. Possivelmente algumas partes do muro estavam menos danificadas que outras e seriam reparadas com facilidade. |
Ne.3:14 | 14. Porta do Monturo. Ver com. do cap. 2:13, em que a mesma expressão é traduzida como “Porta do Monturo”.Bete-Haquerém. Era identificada com Ain Kârim, 7,2 km a oeste de Jerusalém, mas, posteriormente, identificada com Ramoth Rahel, 3,2 km ao sul de Jerusalém. |
Ne.3:15 | 15. Porta da Fonte. Ver com. do cap. 2:14.Maioral do distrito de Mispa. Isto é, o distrito de Mispa é diferenciado da cidade de Mispa (ver v. 19; ver com. do v. 7).Selá. Também escrito como “Siloa” (Is 8:6, AA) e “Siloé” (Jo 9:7, 11). Há ainda uma cidade conhecida como Siloé (Lc 13:4), hoje Silwân, na encosta sudoeste do Monte das Oliveiras. O túnel rochoso que ainda abastece o açude de Siloé, por meio da fonte de Giom, no vale de Cedrom, foi construído por Ezequias (ver com. de 2Rs 20:20). Foi nesse canal que a famosa inscrição de Siloé foi encontrada (ver vol. 2, p. 71).Ao jardim do rei. Isto está na parte sul do vale de Cedrom, onde os habitantes de Silwân hoje cultivam hortas.Degraus. Lugar não identificado. Já que a “Cidade de Davi'' fica na montanha sudeste, deve-se entender que havia um lance de degraus a partir da cidade alta para as imediações do açude de Siloé, na parte sul e mais baixa da cidade murada. |
Ne.3:16 | 16. Neemias, filho de Azbuque. Não deve ser confundido com o autor do livro de Neemias.Bete-Zur. Uma cidade que se tornou famosa no tempo dos macabeus e que hoje se chama Khirbet et-Tubeiqah. Fica 6,4 km ao norte de Hebrom.Sepulcros de Davi. Estas sepulturas se situavam dentro da cidade (lRs 2:10; 11:43; etc.) e eram conhecidas ainda no tempo dos apóstolos (At 2:29), mas a localização exata se perdeu.Açude artificial. Trata-se de um açude desconhecido.Casa dos heróis. Localização desconhecida. Deve ter sido o quartel general militar ou do arsenal. |
Ne.3:17 | 17. Queila. Hoje Khirbet Qíla, 12,8 km a noroeste de Hebrom. Queila desempenhou papel importante da história de Davi (ver lSm 23:1); ficava próxima à fronteira com a Filístia. |
Ne.3:18 | Sem comentário para este versículo |
Ne.3:19 | 19. Outra parte. Ver com. do v. 11. Ezer não foi mencionado anteriormente como reparando qualquer setor do muro, embora “os homens de [...] Mispa’’ já tenham sido alistados (v. 7). Aparentemente, Ezer era o líder ou substituiu o líder original.Subida. A frase era compreendida pelos contemporâneos de Neemias, mas não é clara hoje. Possivelmente havia vários arsenais em Jerusalém (ver Is 22:8). O que é chamado aqui de “a casa das armas, no ângulo do muro” aparentemente estava situado na esquina do muro leste. Os degraus ou o caminho levavam do vale de Cedrom até ela. |
Ne.3:20 | 20. Reparou com grande ardor. Embora a construção do hebraico seja difícil e a interpretação incerta, esta tradução parece adequada.Baruque. Ele recebeu a alta honra deste louvor especial, uma vez que concluiu rapidamente a primeira parte atribuída a ele e que não foi mencionada na lista de Neemias (ver com. do v. 11), e, então, empreendia uma segunda parte.Até à porta da casa. A menção da “porta” pode sugerir que a casa de Eliasibe era ampla o bastante para servir satisfatoriamente como uma marca. Esta observação revela que a residência do sumo sacerdote estava localizada ao sul do templo, próxima ao muro leste. |
Ne.3:21 | 21. Meremote. Sua primeira “porção” é mencionada no v. 4. A segunda não pode ter sido muito extensa, uma vez que ficavaao longo de apenas uma parte da casa do sumo sacerdote. |
Ne.3:22 | 22. Sacerdotes. Estes homens, identificados mais especificamente como homens da “campina’', do heb. kikkar, devem ter possuído propriedade na parte baixa do vale do Jordão. Kikkar normalmente se refere à região próxima a Jericó. |
Ne.3:23 | 23. Azarias. Ele foi o sacerdote que compartilhou com Esdras a tarefa de ler e explicar a lei (Ne 8:7). Também foi o signatário da aliança solene de Neemias (cap. 10:2); e, mais tarde, participou da dedicação do muro (cap. 12:33). |
Ne.3:24 | 24. Até ao ângulo. O ângulo e a esquina não foram localizados, mas o muro leste estava longe de correr em linha reta, como revelaram as escavações (ver o mapa "Muros de Jerusalém no Tempo de Neemias", p. 444). |
Ne.3:25 | 25. Casa real superior. Não se sabe se a palavra hebraica traduzida como “superior’’ descreve a “torre” ou a “casa ”. Muitos comentaristas a vinculam à palavra “torre”. A “casa real superior”, ao sul da área do templo, possivelmente seria o antigo palácio de Davi, que ficava nesse bairro da cidade, enquanto o palácio de Salomão foi edifi- cado no monte a nordeste. Os palácios de Davi e Salomão (Jr 32:2) teriam suas próprias prisões, de onde deriva o nome “Porta da Prisão” (Ne 12:39, ARC). |
Ne.3:26 | 26. Em Ofel. Ofel parece ter sido o nome do setor norte do monte a leste, isto é, o local da Cidade de Davi, fazendo fronteira com os limites ao sul da área do templo. Neste local viviam muitos da equipe do templo, mesmo no tempo de Cristo.Porta das Aguas. Esta deve ter sido a porta no muro leste que fazia divisa com a fonte de Giom, no vale de Cedrom, e recebeu este nome porque a água da fonte era carregada através desta porta.Até à torre alta. Esta pode ser a torre cujas ruínas foram escavadas bemacima da fonte da Virgem (Giom) no vale de Cedrom. |
Ne.3:27 | 27. Os tecoítas. Ver com. do v. 5. |
Ne.3:28 | 28. Porta dos Cavalos. O local desta porta não parece que era longe do templo e do palácio real (ver 2Cr 23:15; 2Rs 11:6), apesar de Neemias 3:27 e 28 indicar que ficava nas proximidades do muro de Ofel, sendo apropriadamente considerada como pertencente a ele. Pode ser que estava localizada na esquina a sudeste da área do templo, nas encostas do monte Moriá. |
Ne.3:29 | 29. Zadoque. Talvez o líder da ordem sacerdotal de Imer (Ed 2:37).Semaías. Era filho de Secanias e guarda da porta oriental; dificilmente poderia ser identificado com o Semaías de 1 Crônicas 3:22, descendente da linhagem de Davi.Porta Oriental. Possivelmente uma porta do templo no muro oriental, identificada por alguns como a “Porta dos Cavalos” (v. 28). Semaías é mencionado como guarda da porta oriental e não como alguém que a reparou. E possível que esta porta estivesse intacta e não precisasse de reparos. Não é indicado onde ele trabalhava; possivelmente fosse um dos sacerdotes (ver cap. 12:6). |
Ne.3:30 | 30. Hananias. Talvez o sacerdote que participou da dedicação do muro (cap. 12:41).Mesulão. Ver com. do v. 4. |
Ne.3:31 | 31. Filho de um ourives. Ver com. do v. 8.Até à casa dos servos. Já que os servos residiam em Ofel (v. 26), esta “casa dos servos” deve ter sido um prédio comercial ligado ao templo.Mercadores. O local designado nesteoverso parece não ter sido a residência dos mercadores, mas um depósito, talvez para guardar especiarias e incenso utilizados no serviço do templo.Porta de Mifcade (ARC). Do heb.shaar hammifqad. Mifqad também é traduzida como “recenseamento” ou “soma”(2Sm 24:9; ICr 21:5, ver ARC) e “mandado” (2Cr 31:13, ARC). Neste verso, ela parece ser o nome de um local específico na área do templo, como em Ezequiel 43:21, em que é traduzida como “lugar da casa para isso designado". Alguns comentaristas sugerem que esta porta foi chamada assim por Ezequiel, por conduzir a um lugar particular do templo ao qual o profeta se referia.As traduções divergem quanto ao nome desta porta. É também chamada de “Porta da Guarda” (ARA) e "porta da Inspeção” (NVI). Devia estar localizada na parte norte do muro oriental do templo, e o nome pode ter sido trocado pela conhecida “Porta de Ouro”, de Haram esh-Slieríf. |
Ne.3:32 | 32. Porta das Ovelhas. Ver com. do v. 1. O circuito do muro foi completado.O conhecimento da topografia de Jerusalém ajuda a entender o relato da investigação noturna de Neemias às ruínas dos muros (Ne 2:13-15) assim como a descrição da edificação do muro (cap. 3) e sua dedicação (cap. 12:27-43).O mapa “Muros de Jerusalém no Tempo de Neemias” mostra vários montes e vales em Jerusalém ou nas imediações. A oeste de Jerusalém, está o vale de Hinom, de onde se eleva a montanha ocidental da cidade. Contornando a colina ocidental pelo sul, o vale vira para o leste para se encontrar com o vale de Cedrom na fonte En-RogeJ, hoje chamada Fonte de Jó ou Fonte de Neemias (a 609 m acima do nível do mar). A leste da colina ocidental e entre os montes Moriá e Siâo (as duas colinas orientais) está o vale Tiropeom (vale dos queijos). O nome deste vale, não mencionado na Bíblia, é dado por Josefo. O terceiro vale principal é o de Cedrom, que separa as colinas orientais da cidade do monte das Oliveiras. A meio caminho deste vale se localiza a nascente perene de Giom (636 m do nível do mar), hoje chamada de Fonte da Virgem.A colina ocidental, chamada erroneamente de Sião desde a época medieval, é a montanha mais alta de Jerusalém, com 769 m. A colina do templo, o monte Moriá, é a segunda mais alta, com 739 m, enquanto a colina a sudoeste da colina do templo tem 634 m na parte meridional.A antiga ideia de que a Cidade de Davi se situava na colina ocidental, o que se refletiu em seu tradicional nome Sião, foi abandonada. Descobertas arqueológicas do século 20 mostram que a antiga fortaleza dos jebuseus, mais tarde chamada de Cidade de Davi ou Sião, estava localizada na colina sudoeste, e o templo, na colina nordeste.Original mente o muro da cidade cercava somente a fortaleza estabelecida na colina sudoeste pelos antigos colonizadores por causa de sua proximidade com pelo menos dois mananciais, Giom, no vale de Cedrom, e En-Rogel, no ponto onde os vales de Hinom e Cedrom se encontram. Possivelmente uma terceira fonte seca, a “Fonte do Dragão” (cap. 2:13), estava no vale de Tiropeom ou na parte ocidental do vale de Hinom.Salomão construiu o templo na colina nordeste, Moriá, e seu palácio, no espaço entre esta área e a Cidade de Davi. Assim, a cidade tinha uma forma alongada. Muitos eruditos pensavam que a colina ocidental estava inclusa no sistema de defesa da cidade numa data anterior, possivelmente durante o reinado de Salomão.Desde 1967, extensivas escavações, realizadas sob orientação de arqueólogos judeus, têm ampliado o conhecimento acerca da antiga Jerusalém. A descoberta de um setor doMUROS DE jERUSALEM NO TEMPO DE NEEMIAS COMPARADOS COM OS ATUAISMuro de NeemiasMuro pré-exílico da colina ocidentalMuros atuais da Cidade AntigaLinhas daras mostram a forma original dos vales e registram elevações em metrosPorta do Peixe (3:3)(lorre dos Cem (3:1)i Porta das Ovelhas (3:1) f Torre da Esquina (3'25)A área da colina ocidental só foi reocupada a partir de meados do 2° século a.C.Porta Velha (12:39)Colina do Templo Cidade Baixa (Mishneh, 2Cr 34:22)í Porta da Guarda (12:39)Porta de Mifcade (Porta Dourada)Porta de Efraim (8:16)Ctv; cr ©C\ -âPorta dos Cavalos (3:28) LUujTC-u©Tanque deSiloéPorta doVále? (3:13) Porta das Águas (8:Passeio noturno de NeemiasPorta da Fonte (Ne 2:14) anque de SiloéPorta do/ ¦ Monturo7' (2:13)Ponte do Dragão7 (2:13)iíf»wmBmIfcn-RogelParece seguro afirmar que parte da colina ocidental orientação (mais informações na Nota Adicional aestava anexada aos muros no período pré-exílico. Os Ne 3). Sobre o passeio de Neemias cm torno do muromuros atuais da Cidade Antiga estão incluídos para à noite, ver com. de Neemias 2:12 a 15.muro ocidental por Nahman Avigad (1905-1992), já mencionada, é realmente pertinente a este estudo. A maioria das descobertas feitas após a Guerra dos Seis Dias se relacionava com a cidade herodiana, familiar a Jesus durante Seu ministério terrestre.No entanto, parte do muro edificado por Neemias foi encontrada por Kathleen Kenyon durante escavações na encosta oriental da colina sudeste, logo acima da fonte de Giom. Essa descoberta mostra que pelo menos, nesse ponto, o muro de Neemias não seguiu o curso do muro anterior, mas foi construído mais acima, próximo ao cume da colina e mais a oeste do muro pré-exílico. Se isso foi feito também em outras partes da cidade, o tamanho da Jerusalém de Neemias teria sido consideravelmente menor do que o da cidade anterior.Embora as descobertas de Avigad e Kenyon tenham proporcionado informações novas e úteis, ainda se desconhecem muitos detalhes acerca da direção dos muros da cidade no tempo do Antigo Testamento.É certo que a cidade de Davi era limitada pela colina sudeste e que Salomão estendeu a cidade para o norte, anexando muito da área hoje conhecida como Har ram ash-Sharif. Sobre a colina norte, conhecida também como colina do templo, foram erigidas as estruturas do templo e do palácio real. Até onde a cidade foi expandida em direção ao oeste, naquela época, ainda é desconhecido, embora se saiba que, depois de 700 a.C., parte da colina oeste foi incorporada à cidade murada e que a cidade de Jerusalém manteve suas dimensões até ser destruída por Nabucodonosor.A extensão da cidade de Neemias é incerta. O mapa “Muros de Jerusalém no "Tempo de Neemias” (p. 444) apresenta duas possibilidades, com duas possíveis localizações para o Muro Largo, a Torre dos Fornos, a Porta do Vale e a Porta do Monturo. Se Neemias restaurou Jerusalém às dimensões pré-exílicas, a área anexada pelo muro a oeste, indicada no mapa, foi incluída. Por outro lado, é possível que sua cidade, com urna população pós-exílica pequena, fosse limitada à extensão da Jerusalém de Salomão. Neste caso, seus muros seguiram um curso aproximado, indicado pelas Tinhas espessas no mapa.Durante as escavações realizadas por Nahman Avigad, em 1970 e 1971, foi descoberta uma parte curva do muro pré-exílico, com 40 m de comprimento e sete metros de largura, marcada no mapa “Muros de Jerusalém no Tempo de Neemias" com uma linha dupla, o que prova que porções da colina ocidental foram incorporadas à cidade pré-exílica. Os escavadores dataram esta porção descoberta do antigo muro da cidade em aproximadamente 700 a.C., o que, se estiver correto, teria feito do rei Ezequias o seu edificador (ver Israel Exploration Quarterly, 22 [1972], 193-195). Este rei de Judá empreendeu a edificação e o reforço das fortificações de Jerusalém (ver 2Cr 32:5). No entanto, não se sabe se os muros de Neemias seguiram o curso exato do muro pré-exílico.A parte oeste da cidade, chamada de Mishneh, no tempo de Josias, é mencionada em 2 Reis 22:14. Essa construção, no tempo do rei Ezequias, possivelmente colocou em dúvidas a dimensão da antiga cidade murada.Capítulo 4entremos no meio deles e os matemos; assim, faremos cessar a obra. |
Ne.4:1 | 1. Sambalate. Ver com. de Ne 2:10. A chegada de Neemias e os preparativos para a reconstrução do muro foram a causa do aborrecimento de Sambalate e de seus perversos aliados. Mas, quando a atividade de construção realmente começou, eles não se contiveram. |
Ne.4:2 | 2. Exército de Samaria. Aparentemente a província de Samaria mantinha lorças armadas, e Sambalate era o comandante supremo. Com evidência documental em mãos provando que Sambalate era governador de Samaria (ver com. de Ne 2:10), já não parece estranho encontrá- lo descrito como líder militar. |
Ne.4:3 | 3. Tobias. Ver com. de Ne 2:10. Como nas ocasiões anteriores, ele parece ter se encontrado com Sambalate para discutir o rumo de ação a ser tomado, uma vez que os judeus haviam iniciado a construção. |
Ne.4:4 | 4. Ouve, o nosso Deus. A oração era um hábito de Neemias, não apenas uma irrupção repentina de impulso emocional (ver cap. 5:19; 6:9, 14; 13:14, 22, 29, 31). Como na oração anterior, ele aparentemente usou palavras extraídas de Daniel (ver com. do cap. 1:5), desta vez ele toma emprestada a linguagem de jeremias (última parte de Ne 4:4, cf. Jr 12:3; 17:18; 18:21, 22; e primeira parte de Ne 4:5, cf. Jr 18:23). |
Ne.4:5 | Sem comentário para este versículo |
Ne.4:6 | 6. Até a metade. De acordo com Neemias 3, muitos grupos de trabalhadores estavam ocupados nos diversos setores do muro simultaneamente. O muro foi acabado “até a metade de sua altura”, não metade da circunferência; além disso, é declarado claramente que “todo o muro se fechou”. Esta interpretação é consistente com o comentário adicional de que “já secomeçavam a fechar-lhe as brechas” (v. 7). Este rápido progresso ocorreu “porque o povo tinha ânimo para trabalhar”. |
Ne.4:7 | 7. Os arábios. Três nações vizinhas se aliaram aos samaritanos contra os judeus. Os arábios foram conduzidos à aliança por Gesém (Ne 2:19) e os amonitas, por Tobias (cap. 2:10). Os habitantes da cidade c vizinhança de Asdode, no litoral da Filístia, talvez tenham sido encorajados por Sambalate, de Samaria, para renovar sua antiga aversão a judá.A reparação dos muros. Literalmente, a frase diz: “que veio a cura dos muros de Jerusalém’'’. A ilustração é da nova carne que cresce no lugar da ferida curada. |
Ne.4:8 | 8. Ajuntaram-se todos de comum acordo. A LXX e a Vulgata dizem: foram todos “reunidos”. Esses tradutores imaginaram que, em vista do que já havia ocorrido, seria desnecessário crer que somente então a conspiração estava sendo formada (ver Ne 2:19, 20; 4:1-3). De acordo com a LXX, os líderes da oposição reuniram uma força considerável, com o propósito de atacar Jerusalém, possivelmente esperando que uma demonstração de força amedrontasse os pacíficos edificadores e interrompesse o trabalho deles.Ali. Do heb. Io, literalmente “a ele” ou ”a isso”. A frase é obscura. Caso se refira ã cidade de Jerusalém, deveria estar no feminino terminando em lah; mas, se a referência é a Neemias, deveria ser traduzido como li, “a mim”. A frase deveria ser traduzida como: “me colocar [ou a ela’, se a referência é à cidade] na confusão”. |
Ne.4:9 | 9. Pusemos guarda. Como todo líder sábio, Neemias se manteve informadoda movimentação do inimigo. A fim de estar preparado para um ataque surpresa, ele posicionou a guarda dia e noite, sem dúvida, em postos a alguma distância dos muros da cidade. A comunidade era piedosa e confiava na proteção divina, mas não negligenciou fazer tudo o que estava ao alcance. O esforço humano deve estar unido ao poder divino. |
Ne.4:10 | 10. Disse Judá. A tarefa de vigiar e o trabalho contínuo pressionavam fortemente o povo e o desencorajava. A queixa é expressa em forma poética e pode ter sido urna canção composta e cantada pelos carregadores. No hebraico, ela consiste em dez palavras, duas sentenças com duas linhas cada. As últimas palavras da primeira e da terceira linhas rimam e, originalmente, a segunda e a quarta linhas, também. A tradução a seguir representa uma tentativa de interpretar o pensamento original em forma poética:Muito fraca está a força dos carregadoresE os detritos são muitos;E nós não conseguimosReconstruir o muro. 11 |
Ne.4:11 | 11. Nada saberão. O desânimo aumentou com o discurso dos inimigos, que planejavam tomar a cidade de surpresa e matar os trabalhadores. O relato vivido que Neemias fez da fala dos judeus e dos inimigos (v. 10, 11) reflete a coragem com que ele, como líder, tinha que lutar. A mínima hesitação de sua parte teria acabado com a obra. |
Ne.4:12 | 12. De todos os lugares [...] subirão contra nós. O hebraico desta frase é obscuro, mas, com uma leve transposição das letras de uma palavra hebraica, a interpretação da ARA faz sentido e está apropriada ao contexto. O sentido deste verso parece ser de que movimentos ostensivos das forças inimigas e os rumores de ataque iminente, que circulavam intencional mente,atemorizavam os judeus que viviam nas regiões fronteiras da judeia e talvez alguns em território inimigo, para fugir para Jerusalém em busca de segurança. Eles propagaram um relato alarmante de que os inimigos estavam prestes a atacar por todos os lados: Sambaiate e os samaritanos pelo norte, os amonitas pelo leste, os arábios pelo sul e os filisteus (asdoditas) pelo oeste (ver PR, 642). A expressão “dez vezes” enfatiza a urgência com que os refugiados davam seus relatórios e o efeito devastador sobre os trabalhadores. Sambaiate contava com uma guerra de nervos para amedrontar os judeus e levá-los à inatividade. |
Ne.4:13 | 13. Pus o povo [...] nos lugares baixos. A primeira parte do v. 13 é obscura. Parece que nos pontos mais vulneráveis do muro, onde o ataque seria mais provável, Neemias colocou homens armados em posições de destaque na esperança de prevenir uma investida. O grupo por famílias impressionava os homens com o fato de lutarem por sua família. O inimigo podia ter avançado para posições opostas aos setores “baixos” ou mais vulneráveis do muro, erguido rapidamente, e simulava preparativos para atacar quando a ação imediata de Neemias frustrou os planos dele, ao deixar claro que os judeus estavam prontos para lutar, se necessário. |
Ne.4:14 | 14. Inspecionei. Parece ser indicada uma ocasião particular, talvez num momento quando os hostis aliados juntavam forças e avançavam. Este apelo curto e vivo parece ter sido feito antes do ala- que iminente. Não ocorreu conflito, o que parece indicar que, quando o inimigo se aproximou e viu que os judeus os esperavam em perfeita ordem e bem armados, eles se retiraram. Não está claro se tinham a real intenção de lutar. |
Ne.4:15 | Sem comentário para este versículo |
Ne.4:16 | 16. Meus moços. Possivelmente os membros da comitiva pessoal de Neemias, judeus colocados à sua disposiçãocomo governador. A lista de Neemias 3 sugere que a obra começou com jucleus da Judeia. No entanto, quando a situação se tornou mais tensa e difícil, Neemias nomeou assistentes pessoais para a obra de construção e uma guarda pessoal para proteger a tarefa.Os chefes estavam por detrás. Possivelmente os feitores. Estes homens estavam "atrás” dos trabalhadores para dirigir o trabalho deles e liderá-los na defesa da cidade, caso o inimigo se aventurasse a atacar. |
Ne.4:17 | 17. Os que edificavam o muro (ARC). Esta frase pertence ao v. 16 e explica o que significa a expressão "toda a casa de Judá”.Os carregadores. No hebraico, fica claro que não era um grupo distinto de trabalhadores. O sentido é de que os carregadores trabalhavam de tal maneira que com uma mão levavam o peso, e com a outra mão levavam uma arma. Em caso de ataque os homens estariam prontos a se defender, bastava apenas soltar a carga. |
Ne.4:18 | 18. Os edificadores. Já que precisavam das duas mãos para realizar o trabalho, os edificadores usavam a espada no cinto, estando prontos para entrar em combate assim que necessário.O que tocava a trombeta. Os trombe- teiros eram retratados como sinaleiros nas cenas de guerra, tanto das esculturas egípcias quanto das assírias. |
Ne.4:19 | 19. Estamos no muro mui separados. Como ficou evidente nas atribuições de trabalho, em Neemias 3, os edificadores estavam dispersos em todo o circuito dos muros, de modo que em qualquer ponto havia um pequeno grupo de pessoas. |
Ne.4:20 | 20. Deus pelejará por nós. A confiança de Neemias no auxílio divino era contagiante. Ele próprio deu um exemplo nobre, não somente para seus contemporâneos, mas também para os que vivem no combate mortal com os poderes do mal em qualquer tempo. O servo de Deus devecrer que Ele lutará com todo que trabalha intensamente para eclificar Sua causa. Ele é com aquele que tenta vencer o pecado. |
Ne.4:21 | 21. Assim trabalhávamos. Um resumo dos v. 16 a 20.Até ao sair das estrelas. A construção prosseguia desde o amanhecer até o anoitecer. Eles trabalhavam sob pressão para completar a tarefa, lendo em vista que as forças inimigas estavam à espreita na vizinhança, a pressa era de extrema importância. Cada pedra representava segurança adicional à cidade. O trabalho noturno era praticamente impossível nos tempos antigos, mas o máximo proveito foi tirado dos primeiros e últimos raios de luz de cada dia. |
Ne.4:22 | 22. Fique em Jerusalém. Muitos do povo viviam fora de Jerusalém e estavam acostumados a voltar a suas respectivas vilas ao final de cada dia de trabalho. Então, Neemias exigiu que permanecessem dentro da cidade à noite, para melhor proteção da obra. O fato de estarem ali e de o inimigo estar ciente disso ajudava a prevenir um ataque; e, se o inimigo atacasse à noite, eles estariam prontos para fazer sua parte em guardar a obra. |
Ne.4:23 | 23. Meus irmãos. E possível que se refira a irmãos consanguíneos. Neemias tinha irmãos (cap. 1:2) e um deles, Hanani, o acompanhou a Jerusalém (cap. 7:2).Cada um ia com suas armas à água (ARC). O significado desta expressão hebraica é obscuro. A tradução literal é: "cada um sua arma a água”. A LXX omite a declaração. A. NVI traduz: “e cada um permanecia de arma na mão”. Alguns modificaram a última palavra hebraica do verso para que a declaração fosse traduzida como “cada um se deitava com as armas à sua direita” (ARA). Outros tentaram explicar a frase como: “a arma de cada homem era sua água”, isto é, as armas eram um substituto para água, ou que um homem somente se banhava se estivesse com sua arma. rDe acordo com esta última interpretação, a passagem é idiomática, talvez uma expressão utilizada pelos soldados para descreveros rigores de uma campanha. O fato é que os trabalhadores não deixavam as armas momento algum.Capítulo 5I Os judeus se queixam de suas dívidas, hipotecas e cativeiro. 6 Neemias repreende os agiotas e os obriga afazer um acordo de restituição.esta promessa; seja sacudido e despojado. E toda a congregação respondeu; Amém! E louvaram o Senhor; e o povo fez segundo a sua promessa.L Grande [...] clamor. É incerto determinar quando ocorreram os eventos descritos neste capítulo. Nem todos eles podem ter ocorrido durante a edificação do muro, já que o v. 14 registra o fim dos 12 anos de Neemias como governador. Somente os v. 1 a 13 podem ser atribuídos ao tempo da edificação do muro. E verdade que trabalhar no muro sem pagamento levaria muitos a se afastar de seus meios habituais de subsistência. Por outro lado, a obra foi terminada num período muito curto para ocasionar dificuldades econômicas graves, especialmente do tipo descrito neste verso. Não há sugestão na narrativa de que a aflição estivesse ligada com a obra de reconstrução. As injustiças eram mais profundas e foram desenvolvidas durante um longo período, No entanto, elas geraram uma crise durante a edificação do muro (ver PB, 646). Nos v. 14 a 19, Neemias descreve sua conduta pessoal enquanto esteve na função de governador da judeia (ver ISm 12:3-5).O clamor era de grande aflição. Os reclamantes eram os pobres do povo e os acusados, seus irmãos mais prósperos (ver 2Rs 24:14). |
Ne.5:1 | "1. Grande [...] clamor. É incerto determinar quando ocorreram os eventos descritos neste capítulo. Nem todos eles podem ter ocorrido durante a edificação do muro, já que o v. 14 registra o fim dos 12 anos de Neemias como governador. Somente os v. 1 a 13 podem ser atribuídos ao tempo da edificação do muro. E verdade que trabalhar no muro sem pagamento levaria muitos a se afastar de seus meios habituais de subsistência. Por outro lado, a obra foi terminada num período muito curto para ocasionar dificuldades econômicas graves, especialmente do tipo descrito neste verso. Não há sugestão na narrativa de que a aflição estivesse ligada com a obra de reconstrução. As injustiças eram mais profundas e foram desenvolvidas durante um longo período, No entanto, elas geraram uma crise durante a edificação do muro (ver PB, 646). Nos v. 14 a 19, Neemias descreve sua conduta pessoal enquanto esteve na função de governador da judeia (ver ISm 12:3-5).
O clamor era de grande aflição. Os reclamantes eram os pobres do povo e os acusados, seus irmãos mais prósperos (ver 2Rs 24:14)." |
Ne.5:2 | 2. Somos muitos. A queixa vinha principalmente das famílias grandes. A descendência numerosa não demonstrava ser uma bênção, como normalmente era considerada pelos orientais, mas um fardo e a razão de profunda perplexidade. |
Ne.5:3 | 3. Para tomarmos trigo. Talvez, como traz a LXX, ‘portanto, dá-nos trigo [grão]’ã Isso não significa que desejassem uma doação absoluta, mas um ajuste na situação econômica em que se encontravam.Nesta fome. Alguns pediram socorro por causa da fome, ocorrida no passado, a qual os compeliu a hipotecar campos, vinhas e casas. Os queixosos pertenciam à classe que uma vez possuiu propriedade considerável e que vivia fora da cidade. A situação se assemelha à descrita em Isaías 5:8. A aglomeração da terra nas mãos dos ricos não é situação nova. |
Ne.5:4 | 4. O tributo do rei. Como de outras províncias persas, da judeia era requerido anual mente o pagamento de um t ributo ao tesouro persa, parte em dinheiro e parte em gêneros alimentícios. Nos primeiros anos essa obrigação não pareceu opressora, mas nos anos improdutivos a aparição do cobrador de impostos geralmente prenunciavagrande miséria. Os pobres contraíram dívidas para atender às taxas, sem esperança de reembolso. |
Ne.5:5 | 5. Mesma carne. Esses pobres eram seres humanos como seus irmãos mais ricos e precisavam das coisas necessárias à vida tanto quanto eles. Seus filhos eram amados por eles do mesmo modo como os ricos amavam os seus.Um grupo reclamava que suas famílias eram muito grandes e isso lhes impedia de conseguir alimento, outro grupo reclamava de ter hipotecado sua propriedade por causa da fome; outra parte do povo recorreu aos agiotas, a fim de pagar as taxas e um quarto grupo caiu nas mãos de agiotas usurários. Essas pessoas sofriam não pela opressão de tiranos estrangeiros, mas pela extorsão de seus irmãos.Nossas filhas. Sobre o direito dos pais de venderem suas filhas, ver Ex 21:7. Muitos cios antigos exilados escaparam do cativeiro babilônico somente para se encontrar em escravidão nas mãos de seus irmãos, e o último estado parecia pior do que o primeiro. Em Babilônia, as famílias permaneceram unidas; mas, em Jerusalém, os filhos eram tirados de seus pais, para se tornar escravos de compatriotas judeus. |
Ne.5:6 | 6. Muito me aborrecí. Parece que a letra da lei não era violada, exceto na questão de se tirar vantagem (v. 11), algo de que o povo não se queixou. Os homens podiam vender suas filhas (ver Ex 21:7). A servidão dos servos estava limitada a seis anos (ver com. de Ex 2:2); e, se o ano do jubileu começasse mais cedo do que o final do sexto ano, eles estavam livres automaticamente (Lv 25:10; ver com. de Dt 15:12). Também era permitido “vender” (arrendar) a terra (Lv 25:14-16), mas não dispor dela permanentemente (v, 10, 13). No entanto, era o espírito e não a letra da lei que os ricos transgrediram. Em épocas de dificuldades econômicas, era dever deles auxiliar osirmãos mais pobres, não oprimi-los (v 14, 17). Ne emias, seu parente mais próximo e seus seguidores fizeram o que estava ao alcance deles (cap. 5:10, 15). Os ricos, no entanto, aproveitaram tudo o que puderam à custa de seus conterrâneos. E fácil entender porque Neemias, um homem capacitado e de grande ardor, se aborreceu com esses exploradores sem escrúpulos nem consciência, quando seu senso de justiça foi despertado. |
Ne.5:7 | 7. Sois usurários. isto era uma violação da lei que proibia a cobrança de juros dos hebreus, mas permitia essa cobrança dos estrangeiros (Dt 23:19, 20; ver com. de Êx 22:25; Lv 25:35).Convoquei [...] grande ajuntamento. Aparentemente a repreensão de Neemias não surtiu efeito. Os nobres não asseguraram que mudariam sua conduta. Ele foi compelido a levar a questão diante do povo, não que o poder legal estivesse com eles, mas para que os nobres fossem envergonhados ou temessem continuar a opressão já que ela estava sendo denunciada abertamente por um governador. |
Ne.5:8 | 8. Resgatamos [...] segundo nossas posses. “Nós" pode se referir tanto aos que retornaram havia pouco, em contrapartida aos que retornaram antes. Também pode se referir a Neemias e seus parentes, em contraste com os ricos opressores. E possível que o último significado seja o planejado. As palavras de Neemias sugerem que ele e os outros judeus que compartilhavam de seus critérios compraram os judeus que foram submetidos à escravidão por estrangeiros e os libertaram. Fizeram isso segundo seus meios lhes permitiram. |
Ne.5:9 | 9. Disse mais. Neemias considerou que não seria suficiente silenciar os nobres ou causar-lhes vergonha. Era necessário persuadi-los a mudar suas ações. |
Ne.5:10 | 10. Demos dinheiro emprestado. Literal mente, “estamos lhes emprestando”.A lei exigia que o rico emprestasse ao pobre (Dt 15:7-11) sem usura (ver com. de Ex 22:25). Neemias cumpriu essas duas disposições e convocou os outros a fazer o mesmo. Emprestar era uma virtude; exigir juros era um mau hábito dos que tiravam vantagem dos pobres (ver com. de Ne 5:11). |
Ne.5:11 | 11. Restituí-lhes. Tendo denunciado a opressão e declarado o princípio envolvido, Neemias fez um forte apelo para a ação. Ele solicitou que os cjue mantinham consigo terras de seus irmãos mais pobres as restaurassem aos donos sem demora (ver PR, 650).O centésimo. O centésimo tomado como juros é, possivelmente, como a centésima dos romanos no tempo de Cícero, entendido como um pagamento mensal. Um por cento ao mês não era uma alta taxa de juros comparada com a que normalmente era paga no antigo Oriente. Em Babilônia e na Assíria, a taxa normal era de 20 a 25 por cento para a prata e 33 por cento para os grãos por ano. Textos do 7o século a.C., de Gozan (Tell Halâf ), na Mesopotâmia, revelam uma taxa anual de juros de 50 por cento para a prata e 100 por cento para os grãos. No Egito, ela era de 12 a 24 por cento durante a dinastia pto- lomaica (últimos três séculos a.C.). Apesar disso, os pobres da Judeia gemiam sob o peso dos juros, mesmo que um juro de 12 por cento ao ano na Judeia não pudesse ser chamado de exorbitante, quando comparado às taxas de juros de outros países. |
Ne.5:12 | 12. Restituir-lhes-emos. O eloquente apelo de Neemias, sua reafirmação dos princípios da lei mosaica e seu exemplo digno talaram alto naquele dia. Todos os nobres concordaram em cancelar os juros já cobrados, abster-se de cobrar juros adicionais, emprestar a seus irmãos mais pobres em harmonia com a lei e restaurar-lhes as terras e casas confiscadas, que deveríam ser de valor considerável, embora, de acordo com a letra da lei, eles tinham o direito de mantê-las até o ano do jubileu.Fiz jurar. Ver com. de Ecl 10:5. Quando foi dado o consentimento exigido, Neemias chamou os sacerdotes e exigiu que os credores jurassem aderir conscientemente ao acordo. Neemias garantiu a participação dos sacerdotes, parcialmente com o propósito de dar solenidade ao juramento que era feito como sendo diante do Senhor, e em parte para dar à declaração validade legal para ação judicial, caso fosse necessário. |
Ne.5:13 | 13. Sacudí o meu regaço. A palavra hebraica traduzida como “regaço” designa uma parte da veste, onde alguma coisa era carregada. A palavra é encontrada somente neste verso e em Isaías 49:22, em que é traduzido como “braços”. Para enfatizar o caráter obrigatório da promessa, Neemias realizou um ato simbólico, que consistiu em juntar a veste como se fosse carregar algo nela e então sacudi-la. Foi assim que ele proferiu a maldição no v. 13. Entre as nações da Antiguidade, poucas coisas eram tão temidas como cair em maldição. Do mesmo modo, as maldições de Deuteronômio 28:16 a 44 foram designadas a impressionar os que podiam ser tentados a violar a lei. Maldições inscritas na entrada das tumbas dos reis persas pretendiam afugentar supostos saqueadores. Os tratados antigos eram protegidos da mesma forma contra a violação. A maldição de Neemias não é comum, mas seu propósito está claro. |
Ne.5:14 | 14. Fui nomeado. Pela primeira vez, Neemias declara abertamente que a autorização para ele retornar e reedificar os muros de Jerusalém foi acompanhada da nomeação para ser governador da província da Judeia. E possível que a nomeação tenha ocorrido pouco depois. Seus 12 anos de governo não começaram antes do mês de nisà. do 20° ano de Artaxerxes (Ne 2:1), isto é, não antes de 2 de abril de 444 a.C. Seu governo terminou no 32° ano do reinado de Artaxerxes, o qual, de acordo com o calendário anual de Neemias (ver p. 101), possivelmente começou em 25 de setembro deO pão devido ao governador. Durante todo o tempo em que esteve no cargo, ele não reivindicou a renda habitual à qual um governador tinha direito a receber de seus súditos, mas pagou ele mesmo suas despesas pessoais. Com seus “irmãos", Neemias se refere a toda a sua corte e à família. |
Ne.5:15 | 15. Os primeiros governadores. Somente Zorobabel é conhecido. Não se sabe se Esdras foi nomeado como governador ou se serviu na qualidade de comissário especial. Neemias possivelmente se refere a governadores que, aparentemente, governaram a Judeia durante os 50 ou 60 anos entre Zorobabel e a chegada de Esdras.Puseram um peso (NVI). As palavras do original são mais fortes e deveríam ser traduzidas como “oprimiram" (ARA) ou “tinham sido uma carga” (NTLH) sobre o povo.Além de. Literalmente, "depois". A Vul- gata traduz como “diário". Muitos comentaristas seguem esta última interpretação e concluem que os gastos da corte de Neemias eram de 40 siclos por dia (334.8 g, se fossem siclos leves), e não o que se exigia de cada pessoa: pagar 40 siclos por ano.Moços dominavam. Os servos domésticos e funcionários de classe mais baixa numa corte Oriental tiravam vantagem de sua posição para cobrar taxas elevadas dos que buscavam o favor deles. Isto ocorria especialmente nos tempos antigos, quando eunucos e outros assistentes muitas vezes eram tiranos terríveis. Hamã, subordinado a Xerxes, Sejano, subordinado a Tibério, e Narciso, subordinado a Cláudio, são exemplos clássicos desta prática. |
Ne.5:16 | 16. Na obra deste muro fiz reparação. Neemias não somente se absteve deoprimir o povo; ele viveu às próprias custas e, além disso, ele e seus servos pessoais (também sustentados por ele) trabalharam incansavelmente no muro (ver cap. 4:10, 13, 15, 17, sobre o modo como trabalharam).E terra nenhuma compramos. Neemias diz que não tomou terras por dívida, como fizeram os nobres (v. 3, li), nem adquiriu quaisquer propriedades durante seu governo. Pessoalmente ele não ficou rico, mas pobre, como resultado de 12 anos no cargo. Isso significa sacrifício pessoal para arcar com as responsabilidades. |
Ne.5:17 | 17. Também. Isso não foi tudo. Neemias cuidou de todas as suas despesas e demonstrou a hospitalidade esperada de um governador, alimentando diariamente 150 chefes de famílias residentes em Jerusalém (ver cap. 11:1). Além desses convidados regulares, Neemias recebia em sua mesa judeus de cidades da Judeia e de nações vizinhas que iam a Jerusalém a negócios. Ele deve ter sido um homem de recursos consideráveis para viver em Jerusalém por 12 anos do modo como relata. Alguns dos judeus que viviam em Babilônia se tornaram ricos, como é confirmado por documentos comerciais dos “filhos de Murashu”, escavado em Nipur (ver p. 52). |
Ne.5:18 | 18. Aves. Embora galinhas nunca tenham sido claramente mencionadas no AT, a existência delas na Palestina dessa época é confirmada pelo selo de Jazanias, encontrado em Tell en-Natsbeh, em 1932, que mostra a ilustração de uma luta de galos. A primeira referência a essas aves no Egito remonta à época de Tutmés III, no século 15, quando elas foram introduzidas na região do Nilo, provenientes da Síria. Pombas e gansos também podem ter sido incluídos no termo coletivo “aves".Pão devido ao governador. Ver com. do v. 14. |
Ne.5:19 | 19. Lembra-Te de mim. Neemias termina com uma oração tipicamente sua (ver Ne 6:14; 13:22, 31). |
Ne.6:1 | 1. Sambalate. A respeito dos três líderes da conspiração, ver com. de Ne 2:10, 19.Não tinha posto. Isto parece contradizer Neemias 3:1, 3, 6, 13, etc. No entanto, o relato de Neemias 3 delineia todo o projeto de reconstrução, com o objetivo de indicar quem era responsável pelos vários setores do muro, e não o tempo quando a obra foi concluída. Cronologicamente, os cap. 4 a 6 são paralelos ao cap. 3 e relatam eventos ocorridos enquanto o muro era edificado. Colocar as portas, naturalmente, seria a última etapa.Nos portais. Literalmente, “nas portas”. |
Ne.6:2 | 2. Sambalate e Gesém. Tobias não é mencionado. Ê possível que somente dois dos inimigos de Neemias estivessem dispostos à violência física. Pode ser que Tobias tivesse razões para desistir de participar da conspiração, já que ele se relacionava com alguns líderes judeus.Vale de Ono. Hoje, Kefr 'Ana, aproximadamente 11 km a sudeste de Jafa. Com as cidades de Lode (Lida) e H adi de, formava um distrito hebraico praticamente cercado por áreas samaritanas e filisteias. Este distrito judeu foi escolhido como o local de reunião, para enganar Neemias, dando-lhe falsa sensação de segurança. Seria fácil atacar Neemias na estrada enquanto ele atravessasse o território sama- ritano para chegar a Ono.Fazer-me mal. A natureza do dano pretendido não pode ser determinada pela palavra traduzida como “mal", mas é difícil conceber qualquer outro propósito que não seja violência física. |
Ne.6:3 | 3. Não poderei descer. Neemias responde cordialmente ao convite dosgovernadores vizinhos, mas sua resposta não lhes dá motivo para esperarem que ele vá ceder. Ele sequer revela suas suspeitas e o conhecimento dos perversos planos deles. |
Ne.6:4 | Sem comentário para este versículo |
Ne.6:5 | 5. Uma carta aberta. Não fica evidente a razão de Sambalate mudar a estratégia de mensagens orais para documentos escritos. Uma mensagem escrita podia parecer mais oficial e, assim, presumivelmente mais efetiva. A carta possivelmente foi escrita numa folha de papiro, um material de uso frequente na Palestina daquela época. Essas cartas eram enroladas, e as duas extremidades, dobradas para trás em direção ao centro. Uma fita circundava o rolo e um selo de argila era preso ao laço de modo que a carta não pudesse ser aberta sem quebrar o selo. Geralmente o endereço estava no exterior. Enviar uma carta aberta acusando um funcionário da coroa persa não apenas violava as leis da cortesia, mas era extremamente ofensivo. Uma “carta aberta” é um convite a que todos leiam, e o objetivo de enviá-la sem selar deve ter sido criar alarde entre os judeus e incitá-los contra Neemias. Isso pode ser comparado com a conduta dos embaixadores de Senaqueribe (2Rs 18:27-36). |
Ne.6:6 | 6. Gesém. Ver com. de Ne 2:19. Sambalate aparentemente queria dizer que o suposto rumor sobre a planejada rebelião de Neemias estava circulando pelas nações vizinhas e tinha chegado ao conhecimento de Gesém que, por sua vez, o transmitiu a Sambalate. Apresentando- se como amigo, Sambalate estava ansioso para alertar a Neemias da grave acusação contra ele. Em alguns aspectos esta acusação é parecida com o relato dos judeusque ameaçavam ir a César contra Pilatos(Jo 19:12, *13). |
Ne.6:7 | 7. Puseste profetas. Sambalate tinha em pouca conta o alto chamado de um profeta. Ele encontrou pseudopro- fetas dispostos a cooperar com ele contra Neemias em troca de pagamento (ver v. 12, 14). Ele achava que todos os profetas seriam mercenários como os seus (ver Am 7:12). E possível que Sambalate tenha tido acesso a profecias como as de Zacarias e não as entendeu ou propositadamente as interpretou mal (ver Zc 1:16; 2:5; 6:11; 9:9, 10; 12:9; 14:9).Consultemos juntamente. Ao enviar graves acusações numa “carta aberta’) que podia ser lida por qualquer pessoa, Sambalate pensava que Neemias tentaria se livrar da suspeita unindo-se a ele na entrevista proposta. |
Ne.6:8 | Sem comentário para este versículo |
Ne.6:9 | 9. Agora, pois, ó Deus. As palavras "6 Deus” não estão no hebraico, mas parecem ter sido adicionadas corretamente pelos tradutores. Estas palavras são parte de uma oração. |
Ne.6:10 | 10. Semaías. Nada mais é conhecido do profeta Semaías. Pelo menos outros cinco homens que viveram no tempo de Esdras e Neemias são mencionados com este nome, mas nenhum deles pode ser identificado com este Semaías, o filho de Delaías.Oue estava encerrado. Esta frase não pode indicar que Neemias visitou a Semaías em sua casa devido ao fato de o último não poder ir até ele por estar cerimonialmente impuro, restringido pela mão do Senhor ou outro motivo. A evidência de que essa interpretação é incorreta reside na proposta de Semaías a Neemias para acompanhá-lo à casa de Deus. Segue-se, portanto, que Semaías se encerrou em casa para intimidar Neemias, como se ele sentisse que sua própria vida corria perigo. Assim, procurou induzir Neemias a crer em sua proposta de que ambosescapariam das ciladas feitas para eles ao fugir para o templo. Também é possível que Semaías planejou seu próprio isolamento como um ato simbólico a fim de reforçar sua suposta mensagem de Deus (ver Ez 4:1-10; 12:3-9; etc.). Os dois pontos de vista são possíveis.Ao meio do templo. Distinto de “casa de Deus”, “templo” significa o santuário e não um simples cômodo em algum edifício dentro da área do edifício. E claro que a nenhum leigo era permitida a entrada no templo (ver Ex 29:33), e Neemias teria despertado o desprazer de Deus e dos sacerdotes caso seguisse o conselho. Portas separavam o lugar santo do pórtico do templo de Salomão (lRs 6:33, 34), e este também deveria ser o caso com o templo restaurado. Semaías sugeriu que fechassem essas portas para mais segurança. |
Ne.6:11 | 11. Para que viva? Literalmente, “e viva” (ARC). Possivelmente Neemias tinha em mente a ordem de Números 18:7: “O estranho que se aproximar morrerá.” O simples fato de Semaías ter proposto uma ação contrária à vontade revelada de Deus foi evidência suficiente de que ele era um falso profeta (ver Gn 3:1-5; Mt 4:3-10). |
Ne.6:12 | 12. Percebí. Neemias não conhecia as razões de Semaías ao enviar o convite para visitá-lo em casa. No entanto, a natureza da mensagem revelou Semaías como um falso profeta, e Neemias o considerou como um impostor. Isso pode ser comparado com a experiência do "profeta velho” (ver lRs 13:11-19).Porque [...] o subornaram. O fato de Tobias ser mencionado antes de Sambalate, e não depois (Ne 2:10, 19; 4:7; 6:1), pode sugerir que este plano em particular foi arranjado por Tobias com o apoio de Sambalate. Nas outras ocasiões, Sambalate foi. o inimigo mais agressivo. |
Ne.6:13 | 13. Tivessem motivo de me infamar. Para Neemias, entrar e se esconderdentro do lugar santo teria sido uma grave profanação da casa de Deus. Isso daria ocasião aos inimigos para lançar suspeitas sobre ele como alguém que desprezava os mandamentos de Deus. Assim, sua posição diante do povo seria prejudicada (ver com. do v. 11). A mínima indicação de medo por parte de Neemias, nesse momento crítico, teria sido fatal para a disposição de ânimo do povo. A influência de Neemias dependia de seu caráter. Um passo em falso, e ele teria perdido sua influência e a obra em que estava seu coração teria acabado em nada. |
Ne.6:14 | 14. Noadia. Esta profetiza só é mencionada aqui. Ao citá-la com outros profetas anônimos e Semaías (v. 11-13), Neemias sugere que o incidente relatado nos v. 10 a 13 foi um entre vários, e que falsos profetas novamente atuavam, como no período anterior ao cativeiro, buscando desencaminhar o povo e os líderes de ouvir a voz dos verdadeiros profetas (sobre a obra dos falsos profetas no período pré-exílico, ver Is 9:15; 28:7; Jr 27:9, 10; 28:9, 15-17; 29:24-32; Ez 13:2, 17; Mq 3:5-11). |
Ne.6:15 | 15. Acabou-se, pois, o muro. Embora o ano não seja mencionado, tem-se em mente o 20° ano de Artaxerxes (ver com. de Ne 2:1). isso concorda com outra declaração cronológica deste livro. Em nisã (o primeiro mês), Neemias recebeu permissão do rei para ir a Jerusalém. Ele foi governador em Jerusalém do 20° ano em diante, e deve ter se estabelecido naquele local imediatamente depois de receber a autorização real para seus planos (ver Ne 5:14; 13:6). Nesse caso, ele chegou a Jerusalém durante o quarto mês. Depois de três dias, ele pesquisou o muro e, logo depois, convocou uma assembléia pública para apresentar seu plano para a reconstrução do muro e para pedir cooperação (Ne 2:11-17). Tudo isso pode ter ocorrido durante o quarto mês, de modo que o início da obra teriarealmente ocorrido antes do final do quarto mês ou no início do quinto mês. Não está claro, a partir das palavras de Neemias, como ele computou os 52 dias em que o muro esteve em processo de reconstrução. Ele pode ter contado o período a partir de quando retomaram a obra até que estivesse terminada, incluindo os sábados, para que a quantidade de dias trabalhados fosse somente 44 ou 45; ou ele teria em mente que havia 52 dias de trabalho. Desta forma, o período de atividade cobrida cerca de 60 dias. No primeiro caso, o início da obra teria caído nos primeiros dias de abe (o quinto mês), e no último caso, na parte final de tamuz (o quarto mês). De acordo com o calendário judeu seguido por Neemias, 25 de elul, no 20° ano de Artaxerxes, era aproximadamente em 21 de setembro de 444 a.C.Alguns comentaristas alegam que 52 dias não seriam um tempo suficiente para reconstruir o muro. Esses preferem aceitar os dois anos e quatro meses dados por Josefo (Antiguidades, xi.5.8) como um período mais razoável. No entanto, não há necessidade de rejeitar o número bíblico em favor de Josefo, uma vez que: (1) a obra de Neemias não foi uma reconstrução completa do muro, mas reparos ern algumas partes dele (ver com. de Ne 1:3); (2) foi realizada apressadamente haja vista as ameaças de ataque; e (3) a finalização do muro num período tão curto foi tão incrível para os inimigos dos judeus que eles a consideraram um milagre (cap. 6:16). |
Ne.6:16 | 16. Nossos inimigos. Sambalate e os samaritanos, Fobias e os amonitas, Gesém e os arábios e os asdoditas (ver Ne 4:7) são os "inimigos” especiais referidos neste verso. Os "gentios nossos circunvizinhos” eram outras nações que viviam na Palestina, Transjordânia e Síria. Alguns deles eram hostis e não gostavam de qualquer avanço de prosperidade e poder judeus. O ódio contra os judeus em determinados gruposdurante o tempo de Xerxes, como indicado pelos eventos descritos no livro de Ester, ainda estava vivo e, como revela a história, nunca desvaneceu. |
Ne.6:17 | 17. Multas cartas. Neste verso é lançada mais luz sobre as desesperadas tentativas de Tobias em arruinar Neemias e fazer com que sua obra parasse; e da deslealdade de certos homens da nobreza, já sugerida no cap. 3:5. Uma vigorosa comunicação foi desenvolvida entre Tobias e esses nobres, com o objetivo de atemorizar Neemias (v. 19). Este tipo de correspondência não passou despercebido a Neemias porque a maioria era leal a ele. Além disso, pode ser que não tenham sido feitas tentativas para manter isso em segredo. |
Ne.6:18 | 18. Muitos em Judá. Por meio de laços de casamento com duas famílias judaicas, Tobias fez amigos “ajuramentados” entre a nobreza, que utilizavam sua influência para implementar as políticas dele.Secanias. O sogro de Tobias, Secanias, filho de Ará, era um respeitável judeu (ver Ed 2:5). Embora o nome Secanias fosse comum nesse período da história judaica, esta pessoa em particular não é mencionada em outra parte do livro de Neemias.Mesulão, que se tornou sogro da filha de Tobias, é mencionado entre os que participaram na obra de reedificação do muro (Ne 3:4, 30). De acordo com Neemias 13:4, Tobias também estava relacionado ao sumo sacerdote Eliasibe, mas é possível que esse relacionamento tenha se iniciado antes do primeiro governo de Neemias. O fato de tanto Tobias quanto seu filho Joanã possuírem genuínos nomes judeus, com a forma abreviada de Yahweh como parte de cada nome, leva à conclusão de que eles eram descendentes de israelitas do antigo reino do norte, das dez tribos, e que se uniram aos amonitas (ver com. de Ne 2:10). |
Ne.6:19 | 19. Falavam. O texto hebraico apresenta um trocadilho com o nome de Tobias, que significa “bondade de Yahweh’’, com o relato das “boas” obras feitas a Neemias pelos amigos judeus. A ironia é evidente. O propósito de tudo isso era fazer Neemias pensar bem de Tobias. Esses esforços estavam em conformidade com os do falso profeta Semaías (v. 10-13), cujo propósito era confundir Neemias com uma advertência que parecia ser amigável.Cartas. Possivelmente de conteúdo similar às de Sambalate (v. 5, 6).Capítulo 7tesouro, em ouro, mil daricos, cinquenta bacias e quinhentas e trinta vestes sacerdotais. |
Ne.7:1 | 1. Os porteiros. De acordo com um costume antigo, era dever dos porteiros vigiar a casa de Deus e abrir e fechar as portas do pátio elo templo (iCr 9:17-19; 26:12-19).Os cantores. Normalmente os cantores e os Ievitas nomeados para auxiliar os sacerdotes não tinham a incumbência de guardar o templo. Em vista da circunstância extraordinária desse período, Neemias designou a estes dois grupos a tareia adicional de vigiar os muros e portas da cidade. |
Ne.7:2 | 2. Hanani, meu irmão. Ver com. de Ne 1:2. Estava em conformidade com a prática oriental que Neemias nomeasse Hanani para ser um dos maiorais da cidade de Jerusalém. Sua lealdade a Neemias era evidente. Refaías e Salum estavam no comando de distritos mais distantes e dos subúrbios de Jerusalém (cap. 3:9, 12).Hananias. O nome Hanaias é recorrente (Ed 10:28; Ne 3:8; 10:23; 12:12, 41) e é difícil dizer se indica uma única pessoa ou várias. Este Hananias, no entanto, parece ser uma pessoa diferente das mencionadas em outros textos. Neemias lhe conferiu uma posição de confiança em virtude de seu caráter, como sendo um homem fiel e temente a Deus, "mais do que muitos outros”.Maioral do castelo. Possivelmente da fortaleza do templo (ver com. de Ne 2:8), |
Ne.7:3 | 3. Até que o sol aqueça. As portas das cidades eram abertas normalmente ao nascer do soí. Mas, durante este período crítico, foram necessárias precauções extras. Por isso as portas não deveríam ser abertas até mais tarde, durante a manhã, quando todos os guardas estariam em seus postos.Fechem as portas. Não é dado o horário para se fecharem as portas. A frase explicativa ‘enquanto os guardas ainda estão ali" possivelmente signifique que as portas deveríam ser fechadas e trancadas antes de os guardas deixarem o serviço.Ponham-se guardas. O significado da última parte do v. 3 é que, durante a noite, quando as portas estavam fechadas, os moradores de Jerusalém deveríam estar alertas e disponíveis para se defender contra ataques.Cada um no seu posto. Esta frase indica um tipo militar regular de organização. Os guardas estavam divididos em vigílias, trabalhando determinado período por dia e durante a noite. |
Ne.7:4 | 4. Casas não estavam edíficadas. Esto não significa que não houvesse casa alguma, porque a cidade era habitada havia 90 anos. Quer dizer que proporcional mente ao tamanho da cidade, poucas casas foram reconstruídas e havia muito espaço desocupado para se construir. Quando chegou a Jerusalém, Neemias encontrou o templo restaurado, mas a maior parte da cidade ainda estava em ruínas. A nova condição era basicamente agrícola e funcionava sem uma capital. No entanto, naquele momento a cidade estava murada, era segura como residência e adequada para ser uma capital. O problema que Neemias enfrentava era convencer as pessoas a viver na cidade e crer que aii estariam seguras. |
Ne.7:5 | 5. Deus me pôs no coração. Contemplando os vastos espaços vazios dentro dos muros da cidade, Neemias pensava noque fazer para remediar a situação. Ele foi impressionado a fazer um censo do povo, que fornecería informação sobre as populações relativas à cidade e à região. A partir dali também podería ser determinado que cidades e distritos teriam os melhores recursos para contribuir com o reassenta- mento de Jerusalém. O censo, segundo o costume habitual judaico, seria por famílias (ver Nm 1:17-47; lCr 21:5, 6).Achei o livro. Isto é, o registro dos exilados que voltaram de Babilônia liderados por Zorobabel e Jesua (Ed 2). Neemias incluiu uma cópia deste registro em seu memorial, preservando, assim, duas cópias: uma em Esdras 2:1-70 e outra em Neemias 7:6-73.As duas listas são quase idênticas; no entanto, mostram pequenas diferenças (ver com. de Ed 2:2; a respeito dos nomes na lista de Neemias, ver com. desses nomes em Ed 2:1-70). Somente as variações mais importantes serão consideradas aqui. |
Ne.7:6 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:7 | 7. Naamani. Neste verso, Naamani é acrescentado aos 11 nomes apresentados em Esdras 2:2. Há também leves diferenças na grafia dos nomes: Azarias para Seraías, Raamias para Reelaías, Misperetepara Mispar, etc. Muitos comentaristas consideram as variações como erros de escri- bas. No entanto, essas diferenças podem ser melhor explicadas com base numa lista feita em Babilônia antes de a caravana deixar a Judeia, enquanto a outra é cópia de uma lista revisada do último período na Palestina. |
Ne.7:8 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:9 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:10 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:11 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:12 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:13 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:14 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:15 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:16 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:17 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:18 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:19 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:20 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:21 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:22 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:23 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:24 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:25 | 25. Gibeão. E m vez de Gibeão, Esdras 2:20 fala de Gibar, outro nome desconhecido. Gibar pode ser uma forma variante do nome Gibeão, ou erro de escriba. No entanto, é preferível considerar Gibeão. |
Ne.7:26 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:27 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:28 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:29 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:30 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:31 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:32 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:33 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:34 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:35 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:36 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:37 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:38 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:39 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:40 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:41 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:42 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:43 | 43. De Jesua. O texto paralelo de Esdras 2:40 parece oferecer uma tradução melhor para Neemias 7:43 (ver também Ed 3:9). Este verso podería ser traduzido como: "Jesua e Cadmiel dos filhos de Hodeva”. Este ancestral de Jesua e Cadmiel ocorre de três formas: Hodeva, Hodavias (Ed 2:40) e Judá (Ed 3:9). |
Ne.7:44 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:45 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:46 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:47 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:48 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:49 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:50 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:51 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:52 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:53 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:54 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:55 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:56 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:57 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:58 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:59 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:60 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:61 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:62 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:63 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:64 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:65 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:66 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:67 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:68 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:69 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:70 | 70. O tirsata deu (ARC). Ou, "o governador deu” (ARA; ver com. de Ed 2:63). Isto é um acréscimo a Esdras 2:68 e 69. Na lista anterior, a oferta de Zorobabel não é listada separadamente dos outros chefes de família. O relato na lista de Neemias é mais detalhado e talvez mais exato do que o que foi apresentado na outra cópia.Capítulo 8entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês.em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sem a, Anaías, Urias, Hilquias e Maaseias; e à sua esquerda, Peclaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbaclana, Zacarias e iVlesulão.I. Todo o povo se ajuntou. A introdução a Neemias 8 é idêntica à de Esdras 3 (Ne 7:73-8:1; cf. Ed 3:1). O mesmo assunto (o ajuntamento do povo ao se aproximar o sétimo mês) é descrito com palavras idênticas. No entanto, o objetivo deste ajuntamento do povo era diferente do mencionado em Esdras 3. Lá, eles se reuniram para restaurar o altar do holocausto e a adoração sacrifical; aqui, eles se reuniram paraa celebração das grandes festas do sétimo mês e para instrução religiosa. Não parece que o povo foi convocado para esta reunião, mas chegaram ao templo naquela época, como de costume. E, portanto, possível que Esdras tenha instituído esses encontros após seu retorno de Babilônia, 13 anos antes, e que se tornou um hábito na Judeia a reunião em Jerusalém no início do ano civil (ver vol. 2, p. 94) para instrução ecelebração das três grandes festas daquele mês. a Festa das Trombetas, o Dia da Expia- ção e a Festa dos Tabernáculos (Lv 23:24- 43; ver com. de Êx 23:14; Dt 6:16).Porta das Aguas. A este respeito, ver com, de Ne 3:26.Disseram. É notável que o povo pedisse instrução. Embora muitos fossem negligentes quanto à observação da lei, eles sentiram desejo de ouvi-la. Não estavam satisfeitos com as condições dominantes e queriam alcançar um nível elevado na experiência espiritual e estavam convencidos de que ouvir a Palavra de Deus lhes traria benefícios.Esdras, o escriba. Ver com. de Ed 7:6.O Livro da Lei. O povo estava familiarizado com o Pentateuco, mencionado neste verso, e sabia que Esdras era versado nele. |
Ne.7:71 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:72 | Sem comentário para este versículo |
Ne.7:73 | Sem comentário para este versículo |
Ne.8:1 | "1. Todo o povo se ajuntou. A introdução a Neemias 8 é idêntica à de Esdras 3 (Ne 7:73-8:1; cf. Ed 3:1). O mesmo assunto (o ajuntamento do povo ao se aproximar o sétimo mês) é descrito com palavras idênticas. No entanto, o objetivo deste ajuntamento do povo era diferente do mencionado em Esdras 3. Lá, eles se reuniram para restaurar o altar do holocausto e a adoração sacrifical; aqui, eles se reuniram para a celebração das grandes festas do sétimo mês e para instrução religiosa. Não parece que o povo foi convocado para esta reunião, mas chegaram ao templo naquela época, como de costume. E, portanto, possível que Esdras tenha instituído esses encontros após seu retorno de Babilônia, 13 anos antes, e que se tornou um hábito na Judeia a reunião em Jerusalém no início do ano civil (ver vol. 2, p. 94) para instrução e celebração das três grandes festas daquele mês. a Festa das Trombetas, o Dia da Expia- ção e a Festa dos Tabernáculos (Lv 23:24- 43; ver com. de Êx 23:14; Dt 6:16).
Porta das Aguas. A este respeito, ver com, de Ne 3:26.
Disseram. É notável que o povo pedisse instrução. Embora muitos fossem negligentes quanto à observação da lei, eles sentiram desejo de ouvi-la. Não estavam satisfeitos com as condições dominantes e queriam alcançar um nível elevado na experiência espiritual e estavam convencidos de que ouvir a Palavra de Deus lhes traria benefícios.
Esdras, o escriba. Ver com. de Ed 7:6.
O Livro da Lei. O povo estava familiarizado com o Pentateuco, mencionado neste verso, e sabia que Esdras era versado nele." |
Ne.8:2 | 2. O primeiro dia. O dia de ano novo do calendário civil (ver vol, 2 p. 94). Este primeiro dia do sétimo mês era distinto das outras luas novas do ano como a Festa das Trombetas, e celebrava-se como grande festa por meio cie uma reunião solene e pausa do trabalho (Lv 23:23-25; Nm 29:1-6). |
Ne.8:3 | 3. Desde a alva até ao meio-dia. A instrução durou cinco ou seis horas. Os v. 4 a 8 mostram que não consistiu apenas em leitura incessante, mas era alternada com interpretações explicativas da lei pelos 1 evitas. |
Ne.8:4 | 4. Púlpito de madeira. Isto pode ser comparado com a palavra “coluna” (ver 2R$ 1.1:14; 23:3, em que o termo utilizado é 'ammiid, “estar de pé”). Neste verso é utilizado o heh. niigdal, que normalmente significa “torre”. Deve ter sido uma tribuna alta, caso o termo “torre” possa ser usado para descrevê-la. Daí a tradução “púlpito” estar justificada, com a compreensão de que era um “púlpito” alto para que todo o povo visse com facilidade e ouvisse Esdras e seus companheiros.Em pé junto a ele. Seis pessoas, possivelmente sacerdotes, estavam em pé à direita de Esdras e sete à sua esquerda. No livro apócrifo de 1 Esdras, são mencionadas sete pessoas em pé à sua direita, e. o nome de Azarias foi inserido entre Anaías e Urias. Talvez Urias seja o pai de Meremote (Ne 3:4, 21); Maaseias, o pai de Azarias (cap. 3:23); Pedaías, a pessoa mencionada no cap. 3:25; o Azarias inserido, se aceitarmos o registro de 1 Esdras, pode ser o mesmo de Neemias 3:23; ao passo que Mesulão é mencionado no cap. 3:4 e 6; e Malquias, no cap. 3:11, 14 e 31. |
Ne.8:5 | 5. Todo o povo se pôs em pé. Nas reuniões públ icas normal mente os judeus se sentam para ouvir, embora ocasionalmente permaneçam em pé para a oração. Não se deve supor que permaneceram em pé durante as seis horas de leitura e instrução. A tradição rabínica declara que desde os dias de Aloisés era costume entre os israelitas sentar-se durante a leitura da lei. |
Ne.8:6 | 6. Esdras bendisse ao Senhor. A bênção de Esdras pode ter começado com uma frase de gratidão, como a de Davi (ICr 29:10), mas dificilmente com um salmo completo (como em ICr 16:8-36).Amém! Amém! A repetição assinala a intensidade do sentimento (ver 2Rs 11:14; Lc 23:21).Levantando as mãos. Era costume judeu levantar as mãos em oração, ver SI 134:2; lTm 2:8; etc.Rosto em terra. Ver 2Cr 7:3. |
Ne.8:7 | 7. E os 1 evitas. Visto que todos os homens citados neste verso são levitas (sobre alguns deles, ver Ne 9:4, 5), esta frase significa "e o restante dos levitas”; ou, a palavra hebraica we, “e”, deve ser traduzida como “mesmo' ou “isto é’.O povo estava. Literalmente, “na posição do povo”. O sentido é que as pessoas permaneceram em seus lugares e nãose dispersaram. Todos estavam profundamente interessados no alimento espiritual. |
Ne.8:8 | 8. Claramente. Do heb. meforash, “ser explicado'’, da raiz parash, "separar’’, “especificar’’ (ver com. de Ed 4:18). Apesar de parash ocorrer várias vezes no AT, seu sentido exato não é sempre constante. Embora a tradução “claramente’’ ou "declarando” seja possível, muitos eruditos preferem "com interpretação”, enfatizando, assim, a ideia de tornar claro à mente o sentido, em vez de simplesmente soar claro aos ouvidos. Obviamente o primeiro incluiría o último, porque a audiência devia ouvir distintamente antes de conseguir compreender o sentido. Outros sugerem “em seções”, significando que porções da lei foram lidas e explicadas alternadamente. Alguns pensam que o costume de se ler uma passagem curta da Escritura em hebraico e explicá- la em aramaico entrou em uso após o exílio, quando o aramaico passou a substituir o hebraico (ver Ne 13:24) como a linguagem comum do povo (ver vol. 1, p. 5, 6; ver com. de Lc 4:16).Dando explicações. Isto tem sido interpretado como se os levitas traduzissem as palavras hebraicas para o aramaico popular.De acordo com os v. 5 a 8, somente os levitas parecem ter lido o livro da lei e explicado o que traduziam. Esdras parece apenas ter aberto o livro (v. 5) e presidido a reunião. .No entanto, os v. 2 e 3 declaram que o próprio Esdras leu para o povo reunido. Assim, parece que os v. 4 a 8 são uma declaração mais detalhada do que está relatado nos v. 2 e 3. Esdras pode ter sido o primeiro leitor, enquanto que os levitas, mais tarde, se uniram a ele na leitura e explicação da lei. O único ponto incerto é se os 13 levitas interpretaram a lei sucessiva ou simultaneamente a diferentes grupos de pessoas. O último ponto de vista possivelmente seja o correto. |
Ne.8:9 | 9. O tírsata (ARC). O governador (ver com. de Ed 2:63).Não pranteeis. A porção lida deve ter impressionado profundamente a multidão. As leituras da Escritura consistiam em determinadas seções de Deuteronômio junto a outras partes da Torah, selecionadas para convencer o povo de seu pecado em transgredir os mandamentos de Deus e para lembrá-lo das punições que poderíam sofrer. Eles ficaram tão comovidos que prantearam e choraram. Isto levou Neemias, Esdras e os levitas a encorajá-los e confortá-los. |
Ne.8:10 | 10. Enviai porções. Ver Et 9:19, 22. E apropriado que os que podem compartilhem com os que têm pouco ou nada, particularmente em ocasiões festivas, a fim de se alegrarem juntos (ver Dt 16:14).A alegria do Senhor. A opinião comum de que a religião judaica era sombria e austera é errônea. Essas normas rituais e cerimoniais eram detalhadas e solenes, no entanto havia alegria nos serviços. As exigências rituais incluíam sacrifícios de ação de graças, dos quais a grande maioria era comida pelo ofertante e seus amigos numa refeição festiva (Dt 27:6, 7). O dia de sábado, como planejado originalmente, estava longe de ser uma ocasião sombria, como alguns imaginam. Pelo contrário, era um dia de deleite espiritual, alegria e contentamento (Is 58:14). Dos outros períodos separados para obser- vâncias religiosas especiais, em apenas um as pessoas "afligiam” a alma (Lv 23:27). Nos outras, ocorriam festas para a comemoração da bondade de Deus e para Lhe render louvores. |
Ne.8:11 | Sem comentário para este versículo |
Ne.8:12 | Sem comentário para este versículo |
Ne.8:13 | 13. No dia seguinte. Tendo dedicado a primeira metade do dia do ano novo (o dia em que se iniciava o ano civil) para ouvir a instrução do livro da lei e a segunda parte para festividades, o povo retornava a seus lares. Os chefes de famílias e dascidades, no entanto, se reuniam com os sacerdotes e outros funcionários eclesiásticos no dia seguinte para instruções pertinentes a atividades adicionais do sétimo mês do calendário eclesiástico (ver vol. 2, p. 93, 94). |
Ne.8:14 | 14. Escrito na Lei. A lei acerca da Festa dos Tabernáculos é encontrada em Levítico 23:39 a 43. O povo era ordenado a participar da festa com alegria (Dt 16:13, 14). O costume de habitar em cabanas, é baseado em Levítico 23:43. Essa prática caiu em desuso durante o cativeiro, bem como depois de seu reavivamento temporário feito por Zorobabel (Ed 3:4). |
Ne.8:15 | 15. Saí ao monte. O texto hebraico parece sugerir que esta declaração e a seguinte foram citadas das Escrituras, mas este não é o caso. Esta dificuldade é evitada pela LXX, que insere "e Esdras disse”, entre ''jerusalém” e “saí”; a ARA e a ARC inserem "dizendo” no mesmo ponto.Zambujeiros. Do beb. ets shemen, literal mente, "oliveira”, geralmente traduzido como "oliveiras silvestres” (NVI), neste texto. No entanto, é questionável que a árvore da oliveira silvestre ou do zambujeiro, que contém pouco ou nenhum óleo, tenha recebido este nome. Portanto, foi feita uma sugestão de que significaria uma árvore resinosa, talvez o pinheiro. De acordo com 1 Reis 6:23, 31 e 32, sua madeira era utilizada como barras, enquanto a madeira da oliveira silvestre era de pouco valor para o propósito descrito neste verso.Ramos de palmeiras. Ou, da tamareira.Arvores frondosas. A mesma expressão usada em Levítico 23:40, no entanto, em ambas as referências o significado é incerto. Talvez o autor tivesse em mente árvores de folhagem frondosa. E curioso que duas das árvores ordenadas em Levítico 23 são omitidas neste verso, enquanto outras três são adicionadas: a oliveira, o pinheiro e a murta. |
Ne.8:16 | 16. Terraço. As coberturas planas das casas orientais e os pátios ao redor, como normalmente eram feitos, forneciam locais convenientes para as cabanas e poderiam ser utilizados pelos moradores de Jerusalém. Visitantes da região (ver v. 15) ocupavam os espaços abertos na cidade e o pátio do templo, onde muitos eram acomodados.Porta das Aguas. Ver v. 1 e com. de Ne 3:26.Porta de Efraím. Esta porta ficava entre o Muro Largo e a chamada Porta Velha (cf. Ne 12:38, 39), e, portanto, devia estar no muro ocidental. Sua ausência na lista do cap. 3 pode ser devida a uma lacuna em algum ponto dos v. 6 a 8, ou ao fato de esta porta em particular ter sido completada antes da chegada de Neemias. Se ela não foi queimada pelos inimigos que atacaram a cidade (ver cap. 1:3), não precisou de reparos. |
Ne.8:17 | 17. Nunca fizeram assim os filhos de Israel. Isto não significa que os israelitas não celebravam a festa desde os dias de Josué, na invasão de Canaâ, porque, de acordo com Esdras 3:4, os que retornaram do cativeiro naquela época a realizaram no primeiro ano de seu retorno. Uma celebração militar também é mencionada em ligação com a dedicação do templo de Salomão (2Cr 7:10; IRs 8:65). Por isso, o texto deve ter o sentido de que, desde os dias de Josué, não houve celebração geral dessa festa, como aconteceu naquele momento (ver com. do v. 14).Josué. Esta é uma contração de Jehoshua, normalmente traduzido como “Josué” (Ex 17:9; etc.). A forma grega deste nome é Jesus (ver At 7:45; Hb 4:8; ver com. de Mt 1:1). |
Ne.8:18 | 18. Ele lía (ARC). "Ele” deve se referir a Esdras (ver ARA), embora ele não seja mencionado desde o v. 13. A leitura sistemática e diária da lei pode sugerir que este era um ano sabático e que ocorria a repetição ordenada em Deuteronômio 31.10 a 13.Celebraram a festa. Ver Lv 23:34; Nm 29:12-34; Dt 16:13.Oitavo dia. Esta era a celebração do oitavo dia ordenada em Levítico 23:36 (ver também Nm 29:35).Segundo o prescrito. É possível que se refira a um costume estabelecido regularmente. Esta é mais uma indicação de que a festa foi observada continuamente.Capítulo 9neles; e Tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus Te adora.misericórdia, não menosprezes toda a aflição que nos sobreveio, a nós, aos nossos reis, aos nossos príncipes, aos nossos sacerdotes, aos nossos profetas, aos nossos pais e a todo o Teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até ao dia de hoje.fértil que puseste diante deles não Te serviram, nem se converteram de suas más obras. |
Ne.9:1 | 1. Dia vinte e quatro. O 24° dia do sétimo mês (tisri), no 21° ano de Artaxerxes 1, foi 19 de outubro de 444 a.C. De acordo com o cálculo judaico, o 20° ano dele terminou no final do sexto mês (ver p. 91-94).Com jejum. Parece ter sido providencial que a ocasião descrita nos cap. 9 e 10 tenha ocorrido no décimo dia do mês, quando eles observavam o grande Dia da Expiação (PR, 665), o dia de humilhação nacional e investigação íntima. Naquele dia, cie acordo com a lei, toda pessoa devia analisar o coração; quem não agisse assim deveria ser cortado de Israel (Lv 23:27- 29). Certamente, sob Esdras, a observância do dia não foi negligenciada. Qualquer que tenha sido o motivo para adiar o evento descrito neste verso, as autoridades civis e eclesiásticas designaram um dia que não carregava unia tradição ritual própria para o ato solene de penitência do qual toda a nação tornou parte. O dia escolhido ocorreu dois dias depois da realização da jubilosa Festa dos Tabernáculos, que terminava no 22° dia do sétimo mês.Pano de saco. Sobre o uso de pano de saco em ocasião de luto, ver Gn 37:34; 2Sm 3:31; 21:10; IRs 21:27; ete. Colocar terraou pó sobre a cabeça era menos comum (ISm 4:12; 2Sm 1:2; Jó 2:12). |
Ne.9:2 | 2. Os da linhagem de Israel se apartaram. Em Neemias 10:28, é sugerido que a terra de Judá era cercada de estranhos ou pagãos. Esta ação representou uma renúncia voluntária a todos os costumes e contatos com os pagãos (cf. 2Co 6:14). |
Ne.9:3 | 3. Levantando-se. isto é, eles permaneceram em seus lugares e não saíram até que a obra cie confissão e penitência estivesse completa. Os judeus confessaram seus pecados ajoelhados (Ed 9:5) ou prostrados (Ecl 10:1).Uma quarta parte. Antigamente os judeus dividiam o dia em quatro partes, cada uma com cerca de três horas cie duração. Uma divisão similar da noite é mencionada no NT (Mc 6:48; 13:35; etc.). |
Ne.9:4 | 4. Estrado. Literalmente, "subida’, e se entende o tablado ou ‘‘púlpito” de Neemias 8:4.Levitas. A repetição dos nomes dos levitas, no v. 5, mostra que o convite para adorar a Deus é distinto do clamor a Ele em alta voz, no v. 4. Parece que os levitas primeiro clamaram a Deus apresentando suas confissões e súplicas; e, tendo feito isso, convocaram a congregação para adorar.Oito nomes de levitas são apresentados nos dois versos, e cinco deles são idênticos: Jesua, Bani, Cadmiel, Sebanias e Serebias. Dos três nomes diferentes não se pode dizer se eram escribas ou se foram erros de redação. Há uma explicação mais simples: foi composto um segundo grupo, em parte, de levitas que não estavam no primeiro grupo. Se fossem as mesmas pessoas em ambas as listas não haveria necessidade de o autor repetir seus nomes em tão pouco tempo. |
Ne.9:5 | 5. Os levitas. Ver com. do v. 4.Nome da Tua glória. A alta honra devidaao “nome” de Deus é ensinada pelos autores bíblicos desde o monte Sinai (Êx 20:7) até a ilha de Patmos (Ap 15:4), desde o Pentateuco até o Apocalipse. O “nome da Tua glória” é uma expressão que ocorre poucas vezes na Bíblia, mas as exatas palavras hebraicas utilizadas neste verso são encontradas somente no Salmo 72:19. |
Ne.9:6 | 6. Só Tu és Senhor. Ver SI 86:10; Is 37:16. Na última passagem a fraseologia é quase idêntica.O céu dos céus. Ver Dt 10:14; lRs 8:27; SI 148:4. A expressão tem sido explicada como referência ao mais alto céu (ver 2Co 12:2) e ao universo como um todo. A última interpretação parece se ajustar melhor às várias passagens em que a frase ocorre.Todo seu exército. Alguns utilizaram a expressão no sentido de estrelas, no entanto, a última frase do verso aponta os anjos como o exército dos céus.Tu os preservas a todos. Todos os escritores bíblicos creem que o Criador do Universo preserva todas as coisas criadas, mas isso nunca foi declarado tão abertamente como neste verso. O sal- mista diz: “Tu, Senhor, preservas os homens e os animais” (SI 36:6), mas este reconhecimento está longe do alcance universal desta passagem. O poder para preservar não é menos importante que o de criar. |
Ne.9:7 | 7. Tiraste de Ur dos caldeus. Vercom. de Gn 11:31; ver também At 7:2-4.Abraão. Ver com. de Gn 17:5. |
Ne.9:8 | 8. Fizeste aliança. Uma alusão a Gn 15:18-21; 17:7, 8. A respeito da referência adicional das nações cananeias, ver Êx 3:8; Dt 7:1.Justo. Deus é chamado justo porque Seus mandamentos e Seu caráter se harmonizam (ver Dt 32:4). |
Ne.9:9 | Sem comentário para este versículo |
Ne.9:10 | 10. Trataram com soberba. O “tratamento com soberba” dos egípcios é relatado em Êxodo 18:11.Adquiriste renome. Isto é, Ele Se tornou conhecido por meio dos sinais e maravilhas que operou no Egito (ver Ex 9:16; 14:17; 15:14-16; etc.). |
Ne.9:11 | 11. Dividiste o mar. A descrição deste evento é encontrada em Êxodo 14:21, 22, 28; e 15:19.Como uma pedra. Esta frase e a expressão “águas impetuosas” são tiradas do “cântico de Moisés” (Êx 15:5, 10). |
Ne.9:12 | 12. Guiaste-os. Por meio da orientação divina a caminho de Canaã, em forma de sinais miraculosos da presença do Senhor (ver Êx 13:21; Nm 14:14). |
Ne.9:13 | 13. Sobre o monte Sinai. A revelação de Deus no Sinai e a proclamação da lei descrita em Êxodo 19 e 20 (ver também Dt 4:36; sobre as várias designações para a “lei”, ver SI 19:9; 119:39, 44, 62, 63, 66, 68, etc.). |
Ne.9:14 | 14. O Teu santo sábado. As palavras deste verso indicam que o sábado já existia antes que a lei fosse dada, o que está em harmonia com Gênesis 2:2 e 3 e Êxodo 16:23. Neemias considerava o mandamento do sábado de importância extrema, haja vista que é o único mandamento do decálogo mencionado especificamente. Declara-se que ele foi concedido por Deus aos israelitas como um benefício, na medida em que eles compartilhavam o descanso de Deus nesse dia. |
Ne.9:15 | 15. Pão dos céus. O maná era chamado de “pão do céu” (SI 105:40) ou “cereal do céu” (SI 78:24). Esta é uma frase familiar aos cristãos, pelo seu uso em João 6:32, 51 e 58. Deus proveu maná do céu e água da rocha para sustentar Israel durante a jornada através do deserto a caminho de Canaã (ver Êx 16:4, 10-35; 17:6; Nm 20:8). |
Ne.9:16 | 16. Eles e nossos pais (ACF). O heb. we, “e”, deveria ser traduzido neste verso como “mesmo” ou “isto é” (ver ARA). Este verso alude às várias rebeliões, das quais algumas são enumeradas em versos consecutivos. |
Ne.9:17 | 17. Na sua rebelião. O hebraico dos massoretas diz bemiryam, “na sua rebelião”, mas sete manuscritos hebraicos traduzem como bemitsrayim, “no Egito”, o que também faz a LXX. A tradução da passagem, então, seria: “Levantaram um chefe, com o propósito de voltarem para a sua servidão no Egito” (contrastar com a ARC). A referência à nomeação de um capitão é encontrada em Números 14:4.O Deus perdoador. Literalmente, “um Deus perdoador”. A palavra hebraica para “perdão” neste verso é rara e ocorre, outras vezes, somente em Daniel 9:9 e no Salmo 130:4. O restante do verso é paralelo a Joel 2:13 e Jonas 4:2. |
Ne.9:18 | 18. Um bezerro de fundição. VerÊx 32:4.Grandes provocações (TB). Melhor seria "grandes blasfêmias” (ARA), como a palavra é traduzida em Ezequiel 35:12. |
Ne.9:19 | Sem comentário para este versículo |
Ne.9:20 | 20. Teu bom Espírito. O “bom Espírito” de Deus também é mencionado no Salmo 143:10, e o fato de que Deus instrui e ensina as pessoas, no Salmo 32:8. A instrução por meio do Espírito de Deus não é mencionada claramente em nenhum outro texto do AT, mas é indicada em Números 11:17 e 25, em que Deus dotou os 70 anciãos com o espírito de profecia. |
Ne.9:21 | 21. Nada lhes faltou. Ver Dt 2:7; 8:4. |
Ne.9:22 | 22. Porções. Do heb. pe’ah, “porções”, também pode ser traduzido como “lado”, “margem” ou “fronteira”. Já que os reinos de Ogue e Seom, mencionados neste verso, eram territórios fronteiriços a Israel, peah deveria ser traduzido em conformidade com esses sentidos.E a terra. Como no v. 16, a palavra we, “e”, deveria ser traduzida como “isto é” ou “mesmo”. |
Ne.9:23 | 23. Como as estrelas do céu. Emreferência à promessa feita a Abraão (Gn 15:5; 22:17; sobre o crescimento dos filhos de Israel no Egito, ver Êx 1:7, 12). |
Ne.9:24 | 24. Os cananeus. Algumas vezes, como no v. 8, os “cananeus” são mencionados como uma única nação, juntamente com outras tribos. Outras vezes, o termo é utilizado num sentido abrangente, incluindo a todos os habitantes de Canaã, de quaisquer tribos. Neste verso é utilizado no sentido mais amplo. |
Ne.9:25 | 25. Cidades fortificadas. Entre as cidades fortificadas estavam Jerico (Js 6), Laquis (Js 10:32) e Elazor (Js 11:11).Terra fértil. Ver Nm 14:7, 8; Dt 8:7-9; 2Rs 18:32. Deus prometera casas repletas de bens (Dt 6:11). As principais árvores cultivadas na Palestina eram a oliveira, figueira, macieira, amendoeira, nogueira, amoreira, o sicômoro e a romãzeira. As palmeiras cresciam abu ndante mente no vale do Jordão.E engordaram. Além desta, a expressão é usada apenas duas vezes (Dt 32:15; Jr 5:28). Uma comparação desses textos mostra que estas palavras nunca foram usadas de modo lisonjeiro, mas sempre em conexão com reprovação (ver também Jr 50:11, ARC; Ez 34:20). Este uso não é exceção. |
Ne.9:26 | 26. Viraram as costas à Tua lei. Ver Ez 23:35.Mataram os Teus profetas. VerMt 23:37; Lc 11:47. Zacarias, o filho deJoiada, foi morto por Joás (2Cr 24:22), e muitos profetas foram mortos por Jezabel (lRs 18:4). A tradição judaica afirma que ísaías, Jeremias e Ezequiel foram assassinados por companheiros judeus e outros podem ter tido o mesmo destino. |
Ne.9:27 | 27. Deste libertadores. Este e o v. 28 se referem ao tempo dos juizes. No hebraico, Otniel e Eúde são chamados “salvadores’’ (]z 3:9, 15, TB); Sangar, Gideão, Jefté, Davi e outros também foram libertadores da opressão estrangeira. Estes homens foram le\ antados por Deus para salvar Seu povo da mão pesada dos opressores. |
Ne.9:28 | 28. Porém, quando se viam em descanso. Ver Jz 3:11, 30; 5:31; 8:28; etc. |
Ne.9:29 | 29. Deram de ombros. A imagem é de um boi se afastando do jugo e recuando quando exigido que o carregasse. Em Oseias 4:16, é dito que “como vaca rebelde, se rebelou Israel” (ver também Zc 7:11). Este e o v. 30 se aplicam à época dos reis. |
Ne.9:30 | 30. Muitos anos. Deus foi paciente com o reino do norte por mais de dois séculos, período em que 20 reis ímpios ocuparam o trono de Israel. Ele foi igual- mente perdoador com o reino do sul, que continuou por cerca de 350 anos. Muitos dos 20 reis de Judá entristeceram a Deus com idolatria e crimes além dos limites.Teus profetas. Em 2 Reis 17:13, são usadas quase as mesmas palavras desta passagem (ver também 2Cr 36:15, 16). Houve uma quase contínua sucessão cie profetas desde o tempo de Salomão até o cativeiro babilônico e depois dele. Além dos profetas cujos escritos foram preservados e cujos nomes são familiares aos leitores da Bíblia, houve profetas como A ias (o silonita), Jdo (o vidente), Semaías (o profeta), Hanani, jelí (filho de Hanani), Elias, Eliseu, Micaías (filho cie Inlá), Zacarias (filho cie Joiada), Hulda e muitos outros que também podem ser classificados como profetas e profetisas de Deus. Os judeus ignoraram as exortaçõesconstantemente endereçadas a eles pelos mensageiros de Deus. Por isso, Deus entregou Seu povo nas mãos dos pagãos. Isso começou com a invasão dos assírios que eventualmente destruíram o reino de Israel e culminou na sujeição de Judá pelos cal- deus. Pouco antes os samaritanos e outras nações vizinhas atacaram o remanescente de Israel. |
Ne.9:31 | 31. Nem os desamparaste. A despeito desses juízos, Deus, de acordo com Sua promessa (Jr 4:27; 5:10, 18; 30:11; etc.), não desamparou completamente Seu povo nem acabou com eles. A misericórdia de Deus ao lidar com os transgressores tinha o propósito de preservar um remanescente por meio do qual Ele cumpriría as promessas. |
Ne.9:32 | 32. Deus [...] temível. Ver Dt 10:17; Ne 1:5. Para aqueles que rejeitam a misericórdia, Deus afigura-Se um juiz (ver Ap 6:14-17).Que guardas a aliança. Este pensamento ocorre apenas aqui, no Salmo 89:28 e em Neemias 1:5.Reis da Assíria. Salmaneser 111, da Assíria, - não mencionado na Bíblia - registra que derrotou Acabe e forçou jeú a pagar tributo e a ajoelhar-se diante dele. Tiglate-Pileser 111 (chamado, em Babilônia, de Pul) tomou tributo de Mcnaém (2Rs 15:19, 20) e levou cativas as duas tribos e meia (2Rs 15:29; lCr 5:26). Um terceiro rei assírio, Salmaneser V, sitiou Samaria (2Rs 17:5-23) provavelmente pouco antes de sua morte. Um quarto rei, Senaqueribe, tomou todas as cidades muradas cie Judá das mãos cie Ezequias e forçou-o a recuperar Jerusalém por meio cio pagamento de grande resgate (2Rs 18:13-16). Outro rei assírio, Esar-Hadon ou Assurbanípal, levou Manassés como prisioneiro para Babilônia (2Cr 33:11). Esta foi a última expedição assíria a Judá. O Senhor, por meio de Ísaías, chamou o monarca assírio de “cetro da Minha ira” (ís 10:5). A respeito destescontatos entre reis assírios e hebreus, ver vol. 2, p. 143-145. |
Ne.9:33 | 33. Tu és justo. Ver Dt 32:4; Ed 9:15; Ne 9:8. |
Ne.9:34 | 34. Os nossos reis. Na. enumeração das diferentes classes de pessoas, os profetas são omitidos neste verso porque, como testemunhas de Deus, eles não foram contados entre os que transgrediram, embora compartilhassem dos sofrimentos que sobrevieram à nação. |
Ne.9:35 | 35. No seu reino. Isto se refere à época quando Judá era um reino independente, não sujeito a um poder estrangeiro. No entanto, mesmo quando dominaram sua própria terra, os judeus raramente serviram ao Deus que lhes dera a terra; pelo contrário, serviram aos deuses das nações que, mais tarde, os subjugaram. |
Ne.9:36 | 36. Somos servos. Uma vez que recusaram ser servos de Deus, os filhos de Israel lorarn entregues aos estrangeiros como escravos (ver Jr 5:19). Na verdade, ainda se \iram servos de um poder estrangeiro, os persas, embora Deus em Sua misericórdia tivesse restaurado a eles certa medida de independência e liberdade. Há um claro contraste entre a servidão a Deus e "a servidão dos reinos da terra” (2Cr 12:8), |
Ne.9:37 | 37. Seus abundantes produtos. Isto c, os monarcas persas recebiam um faturamento grande da judeia. A quantidade paga pela pequena província judaica não é conhecida, mas a satrapia ‘‘além do rio”, à qual pertencia a judeia, pagava 350 talentos de prata anualmente (Herócloto, iii.91) ou cerca de 12 toneladas, além da grande contribuição em espécie.Dominam sobre nosso corpo. Os persas exercitavam o direito de alistar seus vassalos no serviço militar para lutar em terra e mar. Não há dúvidas de que judeusparticiparam nas expedições de Dario e Xerxes contra a Grécia, e muitos podem ter sido mortos nas derrotas desastrosas sofridas pelos exércitos persas.Sobre o nosso gado. Isto se refere ao fato de os governantes estrangeiros pegarem o que queriam, restando aos proprietários nominais se contentar com o que sobrasse. Embora possuísse grandes rebanhos, um homem poderia nunca saber quanto lucro ele teria. Animais de carga eram exigidos para o serviço militar.Grande angústia. Uma vez que os governadores se apropriaram à vontade das posses judaicas, da produção do solo e do rebanho, esta angústia possivelmente incluía terrível pobreza. O termo também incluía a angústia de alma de um povo que amava a liberdade e que foi escravizado na terra que era deles por doação divina. Mas não havia queixa contra Deus. Sua mão era vista em todo sofrimento, e eles se amarguravam porque condenavam a si mesmos. |
Ne.9:38 | 38. Selaram-na. Os documentos antigos normalmente eram selados. Quando os registros eram escritos em cuneiforme, sobre tabletes de argila mole (ver vol. 1, p. 89-90, 113, 117-118), selos cilíndricos eram rolados sobre a argila úmida dos tabletes antes do cozimento. Um documento escrito em papiro (ver p. 459; vol. 1, p. 7, 8) era enrolado e dobrado. Era atado com um cordão e no nó colocava-se um pouco de argila. Então se comprimia a argila com um selo ou rolava-se um selo cilíndrico sobre ela. Algumas vezes, cada um dos assinantes do contrato estampava seu próprio selo em um pedaço de argila, que era anexado ao documento por um fio. Grande quantidade de selos poderia ser anexada desta maneira.Capítulo 10I Os nomes dos que selaram a aliança. 29 Os assuntos da aliança.os porteiros, os cantores, os servidores do templo e todos os que se tinham separado dos povos de outras terras para a Lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que tinham saber e entendimento,sc havia de trazer à casa do nosso Deus, segundo as nossas famílias, a tempos determinados, de ano em ano, para sc queimar sobre o altar do Si \iioK, nosso Deus, como está escrito na Lei.traríamos aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso Deus; os dízimos da nossa terra, aos levi- tas, pois a eles cumpre receber os dízimos em todas as cidades onde há lavoura. |
Ne.10:1 | 1. Tirsata (ARC). O título persa para "governador” (ver com, de Ed 2:63). Neemias, cuja influência estava por trás do longo discurso dos levitas, registrado no capítulo anterior, pode ter sido o pai espiritual da aliança que seria concluída nesse momento. Ele deu o exemplo ao ser o primeiro a assinar o documento.Zedequias. Possivelmente um alto oficial. No entanto, não se sabe mais nada a respeito dele. Aceita-se que, depois da analogia de Esdras 4:9 e 17, ele foi o secretário do governador. |
Ne.10:2 | 2. Seraías. Os 21 nomes se referem aos que Neemias e seu secretário designaram como "sacerdotes” (v. 8). Entre eles, figura com precedência a casa do sumo sacerdote Seraías. Dos 21 nomes, 15 são citados em Neemias 12:2 a 7 como os principais sacerdotes que saíram com Jesua e Zorobabel de Babilônia e, em Neemias 12:12 a 21, como cabeças de famílias sacerdotais. Por isso, é evidente que esses 21 homens que assinaram o acordo o fizeram como líderes de suas respectivas famílias e turnos (ver com. de Ne 12; Lc 1:5). |
Ne.10:3 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:4 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:5 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:6 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:7 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:8 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:9 | 9. Os levitas. Jesua, Binui e Cadmiel representam os três chefes de famílias delevitas que retornaram com Zorobabel (ver Ed 2:40; 3:9; Ne 7:43; 9:4, 5; etc.). Neste verso, Binui parece ter substituído Cadmiel e ocupado o segundo lugar. A respeito do restante dos nomes, Flasabias e Serebias representam famílias que retornaram com Esdras (Ed 8:18, 19). Os demais nomes possivelmente também são nomes de famílias. |
Ne.10:10 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:11 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:12 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:13 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:14 | 14. Os chefes do povo. Desde o v. 14 até o nome de iVlagpias, no v. 20, os nomes pessoais correspondem ao de famílias leigas que retornaram com Zorobabel (Ed 2:3- 30; Ne 7:8-33). Os primeiros 18 são nomes pessoais; dois deles (v. 17) deveríam estar unidos já que é evidente que representam a única família “Ater, da família de Ezequias” (Ed 2:16; Ne 7:21). Os último- três são nomes de localidades: Nebaí (\. h-L o mesmo que Nebo (Ne 7:33); Mag;(v. 20), o mesmo que Magbis (Ed 2’8(P- Anatote. Os demais (de Mesulão a Launa. Ne 10:20-27) são nomes de chefm J< diferentes grupos nos quais as famílias foram divididas ou dos anciãos de cidades menores de Benjamim e Judá. Nem todas as famílias listadas em Esdras 2 ocorrem nesta lista, talvez devido ao fato de alguns terem se misturado, embora também haja evidênciacie que, durante o decorrer dos anos, houve novas adesões às famílias repatriadas. |
Ne.10:15 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:16 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:17 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:18 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:19 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:20 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:21 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:22 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:23 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:24 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:25 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:26 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:27 | Sem comentário para este versículo |
Ne.10:28 | 28. O resto do povo. A enumeração das classes é a mesma de Esdras 2:70. Visto que nenhuma classe é esquecida, há uma adesão geral e talvez universal por parte da nação às disposições da aliança.Os que se tinham separado. Esta ciasse pode ser descendente dos israelitas deixados na terra do cativeiro e que nesse momento se uniam à nova comunidade (ver com. de Ed 6:21).Todos os que tinham [...] entendimento. E interessante observar que, contrário ao costume oriental, mulheres e jovens adultos também assinaram a aliança. A todos os que tinham idade suficiente para compreender a natureza da aliança foi permitido participar no ritual sagrado. E improvável que se refira somente à classe culta, como alguns comentaristas têm sugerido. |
Ne.10:29 | 29. Aderiram. O povo comum apoiou os líderes que selaram o documento, aprovando e ratificando o que foi feito.Imprecação. E possível que as maldições e bênção de Deuteronômio 27 e 28 tenham sido incluídas nas leituras extraídas da lei. E possível que fosse feito um juramento cada vez que a aliança entre Deus e o povo era confirmada (ver Dt 29:12; 2Rs 23:3).Servo de Deus. Este título pertence a Moisés de modo único. Deus o chamou "Meu servo Moisés, que é fiel em toda a Minha casa" (Nm 12:7) e, a partir disso, este foi seu título exclusivo (ver js 1:2; 8:31, 33; iCr 6:49; 2Cr 24:9; Dn 9:11; Hb 3:5). |
Ne.10:30 | 30. Não ciariam as suas filhas. Aparentemente a reforma instituída por Esdras (Ed 9, 10) não se mostrou duradoura (ver com. de Ne 13:23). |
Ne.10:31 | 31. No dia de sábado. A proibição de comércio no dia de sábado, embora não mencionada especificamente, está implícita no quarto mandamento e certamente foi incluída nos regulamentos pertinentesàquele dia (sobre essa proibição, ver Am 8:5; Is 58:13; Jr 17:19-27). As primeiras evidências extrabíblicas para a observância do sábado semanal entre os judeus vêm do 5o século a.CL, de Elefantina, no Egito. Essa menção ao sábado é encontrada em óstra- cos, isto é, peças de cerâmica quebradas e usadas geralmente como um econômico material de escrita.No dia santificado. Melhor seria "um dia santificado", significando que o povo se sujeitava a se abster de negociações não somente no sábado como em qualquer dia santo.No ano sétimo, abriríam mão. Uma declaração abreviada da lei acerca do ano sabático (Ex 23:10, 11), de acordo com a qual a terra não deveria ser lavrada nem semeada durante aquele ano. Esta lei foi negligenciada com frequência na época da monarquia e este era um dos pecados que o cativeiro devia punir (2Cr 36:21). Parece que, após o retorno, este regulamento foi d e s o b e d e c i d o n o v a m e n t e.Cobrança. Ver com. de Ne 5:12-13. |
Ne.10:32 | 32. A terça parte de um síclo. Não é declarado quem deveria fazer esta contribuição para a manutenção do serviço do templo, mas era um costume bem conhecido. Este pagamento era uma renovação do preceito mosaico (Ex 30:13), segundo o qual todas as pessoas a partir de 20 anos de idade deveríam dar meio siclo como oferta ao Senhor, tributo ainda exigido nos dias de Cristo (Mt 17:24). Em consideração à pobreza da maior parte da comunidade, esta taxa foi baixada a um terço de um siclo para cada pessoa. A opinião de Abraham Ibn Ezra, o grande comentarista judeu da Idade Média, de que um terço de um siclo deveria ser pago além do meio siclo cobrado em conformidade com a lei, não é apoiada pelo texto.Para o serviço. Esse fundo não era para despesas com edificação ou obras de reparo no templo, mas para manutençãodos serviços regulares da casa de Deus. De acordo com o v. 33, essa taxa deveria ser usada para fornecer os pães da proposição, o holocausto contínuo e as ofertas queimadas (Nm 28:3-8), sacrifícios para o dia de sábado e a Lua Nova (Nm 28:9-15) e para outras festas (Nm 28:16-29:40). |
Ne.10:33 | 33. Coisas sagradas. A referência deve ser às “ofertas movidas” e "ofertas pacíficas” (Lv 23:10, 17, 19), que “[santas] serão ao Senhor, para o uso do sacerdote" (Lv 23:20). Além disso, essa taxa cobria as ofertas pelo pecado (ordenadas em Nm 28:15, 22, 30; 29:5, 11, 16, 19; etc.) e tudo o mais que tosse necessário. O estabelecimento de uma taxa assim não significava que as contribuições prometidas por Artaxerxes em seu edito (Ld 7:20-22) tinham cessado, e que a congregação achava necessário custear as despesas com seus próprios recursos. Em acréscimo ao auxílio oferecido pelo rei, se fazia necessário doar, porque as exigências do templo aumentaram. |
Ne.10:34 | 34. Oferta da lenha. A lei de Moisés simplesmente prescrevia que a lenha deveria ser queimada constantemente sobre o altar e que o sacerdote deveria acender fogo no altar cada manhã (Lv 6:12, 13). No entanto, não foram dadas orientações a respeito da obtenção da lenha. Essa aliança tornou obrigação da congregação fornecer a lenha necessária, e as várias famílias eram sucessivamente responsáveis por essa necessidade, na ordem decidida ao se lançar sortes. De acordo com Josefo (Guerra dos judeus, ii.17.6), a madeira necessária para o ano era trazida num dia determinado, o 14° dia do quinto mês, que era guardado como uma festa chamada "testa da lenha carregada”. |
Ne.10:35 | 35. Primícías. A respeito das prímí- cias do solo, ver Êx 23:19; 34:26; Dt 26:2; e sobre as árvores frutíferas, ver Lv 19:23. |
Ne.10:36 | 36. Primogênitos dos nossos filhos. Eles deveríam ser resgatados de acordo com a avaliação do sacerdote (Nm 18:16),da mesma forma que os animais imundos (Nm 18:15). Os primogênitos do gado e das ovelhas deveríam ser oferecidos sobre o altar (Nm 18:17). |
Ne.10:37 | 37. Primícias da nossa massa. Ver Nm 15:18-21.Nossas ofertas. Literalmente, “nossa oferta alçada" (ver Nm 15:20; Lv 23:11, 17).Às câmaras da casa. Os depósitos anexados ao edifício do templo (ver Ne 13:4, 5).Os dízimos da nossa terra. Parece que o dízimo foi negligenciado por muitos e, como resultado, os sacerdotes e levitas não conseguiam estar à disposição para suas obrigações no templo e foram compelidos a ganhar o seu sustento de outro modo (ver Ne 13:10). Então o povo solenemente prometeu recuperar esta prática. Malaquias, que também profetizou sobre essa época, discute o mesmo problema e lembra o povo das desvantagens em reter o dízimo e das bênçãos que acompanhavam a fidelidade (Ml 3:8-12; sobre o dízimo numa economia agrícola, ver Lv 27:30).Em todas as cidades. Parece que os dízimos agrícolas não eram levados a Jerusalém, mas armazenados em centros onde eram produzidos até serem solicitados pelos levitas. Não está claro se os depósitos ficavam nestas cidades ou se a referência é às cidades levíticas.Lavoura. Literalmente, "trabalho”. |
Ne.10:38 | 38. O sacerdote. Um sacerdote devería estar presente quando os levitas recebessem o dízimo, não somente como garantia de que os levitas receberíam sua parte, como alguns comentaristas creem, mas para assegu rar a parte dos sacerdotes - o dízimo do dízimo dos levitas (Nm 18:26). De acordo com este verso, o dízimo de\e- ría ser transportado para Jerusalém à custa dos destinatários, e era justo que o sacerdote tomasse parte no trabalho de transportá-lo até a 1 i. Este regulamento também deveria ter sido designado como umagarantia do manuseio adequado dos fundos sagrados. A presença de representantes das duas ordens eclesiásticas na épocaem que o dízimo era recebido e dividido servia para evitar a má administração desses fundos.Capítulo 11I Os governantes, alguns voluntários e a décima parte de homens escolhidos por sortes habitam em Jerusalém. 3 Uma lista de seus no mes.irmãos; depois, Abda, filho de Samua, filho de Galai, filho de Jedutum. |
Ne.10:39 | Sem comentário para este versículo |
Ne.11:1 | 1. Habitaram em Jerusalém. Esta narrativa continua a história de Neemias 7:4 e registra as medidas tomadas para realizar o plano de Neemias para repovoar Jerusalém. A cidade já era a residência dos nobres ou chefes das tribos (ver Ne 2:16; 5:17) e nenhum aumento da população poderia ser esperado. Neemias achou necessário procurar outras classes da população a fim de obter novos colonos para a capital.Deitou sortes. Antigamente era comum aos judeus usar a sorte para determinar questões em que o julgamento humano parecia insuficiente, na crença de que “do Senhor procede toda decisão” (Pv 16:33). A sanção divina fora dada durante a história do povo de Deus, para o uso da sorte com o fim selecionar pessoas (Js 7:16-18; ISm 10:19-21), distribuir terras (Nm 26:55, 56) e determinar a ordem emque os diferentes grupos executariam suas tarefas (iCr 24:5; 25:8).Santa cidade. Esta indicação ocorre nas profecias (Is 48:2; 52:1; Dn 9:24; jl 3:17), no entanto, é utilizada neste verso pela primeira vez na narrativa histórica. A partir de então, esse emprego se tornou mais frequente (ver Alt 4:5; 27:53; Ap 11:2; etc.) e até recebeu o nome arábico Al-Quds, “O santo lugar”. Isso foi mantido como seu nome oficial até hoje. |
Ne.11:2 | 2. Voluntariamente se ofereceram. Além daqueles sobre quem a sorte caiu e que aceitaram a responsabilidade de se mudar para Jerusalém, havia voluntários que se mudaram com a família para a cidade. Seus compatriotas evocaram bênçãos sobre eles por causa de seu patriotismo. |
Ne.11:3 | 3. Chefes da província. Isto é, a província de Judá como parte do império persa.Os chefes da província são contrastados pelo escritor com os chefes de famílias judaicas que viviam em Babilônia ou em outras partes do império.Habitaram em Jerusalém. Isto é, um censo de todos “os chefes da província” que viveram ali após a transferência.Israel. Uma indicação coletiva para os membros de todas as tribos, com exceção dos levitas. Entre aqueles que retornaram havia membros de duas grandes tribos de Israel: Manassés e Efraim (ver lCr 9:3). Os cidadãos são tratados por classes, como em outras listas, e os leigos precedem os funcionários do templo. |
Ne.11:4 | 4. Habitaram, pois, em Jerusalém. Nem todos os habitantes de Jerusalém eram das tribos de Juclá e Benjamim; havia muitos levitas (v. 10-19), possivelmente manassitas e efraimitas (iCr 9:3) e também os netinins (“netineus", Ne 11:21, ABC . servidores do templo, ARA), que não pertenciam a tribo alguma. Podería haver representantes de outras tribos também. No entanto, homens de Judá e Benjamim parecem ter constituído a maioria da população e, por isso, somente eles são mencionados. Uma lista paralela dos habitantes de Jerusalém (1 Cr 9) pode ter sido baseada em algum censo posterior, já que todos os números são superiores aos do cap. 11.Ataías. Utai, em 1 Crônicas 9:4. Os antepassados atribuídos a Ataías, neste verso e em 1 Crônicas 9, são diferentes, com exceção de Perez, filho de judá. Possivelmente, cada lista seja uma abreviação de uma lista mais longa, e os dois escritores não selecionaram os mesmos nomes para suas genealogias em todos os casos. |
Ne.11:5 | 5. Síloníta. Já que parece estranho a um judeu ter saído de Silo, uma cidade no reino do norte de Israel, a pronúncia massorética desta palavra possivelmente está incorreta. A trase deveria ser traduzida como “filho de um selaíta", significando um descendentede Selá, o terceiro filho de Judá, pai da “família dos selaítas” (Nm 26:20). |
Ne.11:6 | 6. Homens valentes. Judá forneceu 468 homens hábeis com armas, cerca de metade do que forneceu Benjamim: 928 homens (v. 8). As cidades de judá ao sul de Jerusalém podem não ter sentido necessidade de guardar a forte capital, como fizeram os benjamitas que habitavam numa zona de perigo real, na fronteira com Samaria. |
Ne.11:7 | 7. Saiu, filho de Mesulão. Ver ICr 9:7. Os outros nomes na genealogia são diferentes, talvez pela mesma razão observada no v. 4. |
Ne.11:8 | 8. Novecentos e vinte e oito. O censo de 1 Crônicas 9:9 tem 956 homens. Aparentemente a quantidade de benjamitas em Jerusalém aumentou discretamente entre os dois censos. Em contraste, Judá demonstra um crescimento em sua população em Jerusalém durante o mesmo período: de 468 para 690. O crescimento pode ter ocorrido em parte devido ao lato de mais uma família judaica se estabelecer em Jerusalém, a de Zerá, o quinto filho de Judá (ICr 9:6). |
Ne.11:9 | Sem comentário para este versículo |
Ne.11:10 | 10. Jedaías. De acordo com 1 Crônicas 9:10, os três nomes apresentados ali pertencem a três famílias sacerdotais diferentes. Por isso, parece que o heb. ben, “filho de”, seja, possivelmente, um erro de copista. jedaías e Joiaribe representam duas das principais famílias sacerdotais que, geralmente, são mencionadas juntas (ICr 24:7; Ne 12:19; etc.). Jaquim foi uma família sacerdotal com distinção menor, possivelmente descendente de chefes de família do 21° turno sacerdotal, na época de Davi (ICr 24:17). |
Ne.11:11 | 11. Seraías. Este nome indica a família do sumo sacerdote (Ne 10:2; 12:1, 12). O antepassado em questão possivelmente foi o sumo sacerdote levado prisioneiro por Nabucodonosor (2R$ 25:18-21).Filho de Hilquias. É comum no texto bíblico que ‘'filho” signifique “neto” (ver Ed 7:1; ver com. de ICr 2:7).Príncipe. A menção é ao sumo sacerdote, embora seu nome não seja citado. Na época de Neemias, Eliasibe cumpria esse ofício (ver Ne 12:10; 13:4), no entanto, somente o nome de sua família antepassada é apresentado. A ARC menciona Aitube como “maioral”. |
Ne.11:12 | 12. Os irmãos deles, que faziam oserviço do templo. Isto é, sacerdotes de posição comum. De acordo com os v. 12 a 14, 1.192 sacerdotes viviam nesse período em Jerusalém. Assim, dos 4.289 que retornaram com Zorobabel (Ed 2:36-39) e outros, mais tarde, com Esdras (Ne 8:24; etc.), somente um de cada três ou quatro vivia em Jerusalém. Quando o censo de 1 Crônicas 9 foi feito, a população sacerdotal de Jerusalém havia crescido para 1.760 (v. 13). |
Ne.11:13 | Sem comentário para este versículo |
Ne.11:14 | 14. Gedolim. Do heb. hasgedolim,£>o >uma família importante (NTLH) deve ser considerado um nome próprio. |
Ne.11:15 | Sem comentário para este versículo |
Ne.11:16 | 16. Presidiam. Os três íevitas nomeados eram responsáveis pelos pedidos de materiais e pelas questões financeiras do templo. Eles também são mencionados em Neemias 8:7; 12:34 e 42 como proeminentes Íevitas (ver ICr 26:29). |
Ne.11:17 | Sem comentário para este versículo |
Ne.11:18 | 18. Todos os Íevitas. A pequena quantidade de íevitas, 284, quando comparada aos 1.192 sacerdotes, é evidente neste verso e em Esdras (ver com. de Ed 2:40). |
Ne.11:19 | 19. Porteiros. Sobre seus nomes, ver Ed 2:42. |
Ne.11:20 | Sem comentário para este versículo |
Ne.11:21 | 21. Os netineus (ARC). Sobre os neti- nins, ver com. do v. 4 e de Ed 2:43; e a respeito dos que viviam em Ofel, ver Ne 3:26. |
Ne.11:22 | 22. O superintendente. Este verso deveria ser traduzido como uma única sentença em lugar de duas e a palavra "eram”, que não aparece no hebraico, deveria ser omitida (como ocorre na ARC). Uzi foisuperintendente dos cantores do templo. Uma vez que os homens mencionados nos v. 15 e 16 “presidiam o serviço de fora da casa de Deus”, as questões internas do templo eram supervisionadas por Uzi. Ele também participou na dedicação do muro (Ne 12:42). |
Ne.11:23 | 23. Mandado do rei. Não de Davi, que regulamentou o serviço dos Íevitas (ICr 25), mas do rei persa Artaxerxes I, que, ao que parece, designou uma remuneração diária proveniente da renda do rei para sustentar os cantores Íevitas. O motivo para este favor especial pode ter sido que o coro levítico orava “pela vida do rei e de seus filhos” (Ed 6:10) e que os poucos cantores Íevitas que retornaram de Babilônia estavam constantemente atarefados no templo. |
Ne.11:24 | 24. A disposição do rei. O ofício de Petaías era similar ao de Esdras (ver com. de Ed 7:12). Como um intermediário entre a corte persa e a judeia, ele pode ter sido um mensageiro especial nomeado para funções de conexão. |
Ne.11:25 | 25. Aldeias. Neemias então deixou a população urbana de Jerusalém e alistou cidades aparentemente pertencentes à província da judeia. Essa lista possibilita um mapa da Judeia no tempo de Neemias numa base um pouco mais segura (ver o mapa “A Província de Judá no Tempo de Neemias”, na p. 457). No entanto, a lista apresentada nestes versos está incompleta, haja vista que não foram alistadas as cidades mencionadas em Esdras 2:20 a 34 e Neemias 3, que, como se sabe, foram povoadas por judeus no período pós-exílico.Quiriate-Arba. Um nome antigo de Flebrom (jz 1:10) que, aparentemente, foi baseado no nome de seu fundador Arba, um dos anaquins (Js 14:15; 15:13; 21:11). E interessante que o antigo nome foi restaurado depois do cativeiro.Dibom. Considera-se como uma variante ortográfica de Dimona, alistadaentre as cidades do Neguebe (Js 15:21-26). Sendo assim, estaria nas proximidades de A roer, hoje Ararah, cerca de oito quilômetros a sudeste de Berseba. Há uma atual Dimona, mas a antiga não foi localizada.Jecabzeel. Este local não identificado parece ter sido Cabzeel, no estremo sul de Judá. |
Ne.11:26 | 26. Jesua. Hoje Tell es-Sdsi, 13,6 km a leste de Berseba.Moladá. Talvez no sítio de Tell elt-Milh, 16 km a sudeste de Berseba.Bete-Palete. Possivelmente próximo a Berseba, mas não identificada (verjs 15:27). |
Ne.11:27 | 27. Hazar-Sual. Outro local próximo a Berseba não identificado (Js 15:28). O nome significa “Povoado da Raposa”. |
Ne.11:28 | 28. Ziclague. Conhecida como a cidade dada a Davi por Aquis, rei de Cate (lSm 27:6) e, logo depois, tomada pelos amalequitas (lSm 30:1). Esteve talvez no local onde hoje se situa Tell el-Khuweilfeh, 16 km ao norte de Berseba.Mecona. Um locai desconhecido. |
Ne.11:29 | 29. En-Rimon. Hoje Khirbert Umm er- Ramamin, 12,8 km ao norte de Berseba.Zorá. Hoje Sarah, 24 km a oeste de Jerusalém.Jarmute. Hoje Khirbet Yarniúk, 22,5 km a oeste de Belém, |
Ne.11:30 | 30. Zanoa. Hoje Khirbet Zanu, 3,2 km a nordeste de Jarmute.Adulão. 1.loje Tell esh-Sheikh Madhkúr,Laquis. Hoje Tell ed-Duweir, 25 km a noroeste de Hebrom, onde ocorreram importantes escavações durante os anos de 1932 a 1938, chefiadas por James L. Starkey (ver vol. 1, p. 105).Azeca. Hoje Tell ez-Zakariyeh, 28,8 km a sudoeste de Jerusalém. Como Adulão e Laquis, foi uma das cidades fortificadas por Roboão (2Cr 11:9). Azeca e Laquis foram as últimas cidades a cair diante de Nabucodonosor antes da conquista de Jerusalém (Jr 34:7).Berseba até ao vale de Hinom. Para fins práticos, as regiões norte e sul da antiga tribo de Judá são mencionadas neste verso, uma distância de 65 km em linha reta. O vale de Hinom ficava imediatamente ao sul de Jerusalém. Isto pode ser comparado com a expressão similar “desde Dã até Berseba” (ver com. de Jz 20:1). |
Ne.11:31 | 31. Em Geba e daí em diante, em MIcmás. Literalmente, “de Geba [a] Micmás”. Geba hoje é Jeba, 11,2 km a nordeste de Jerusalém, enquanto que Micmás, hoje chamada Mukhrnâs, fica 3,2 km adiante, para o nordeste de Geba.Aia. Identificada como et-Tell, 2,4 km a sudeste de Betei, um local escavado por uma expedição francesa entre 1933 e 1935. É incerto se Aia (et-Tell) é a Ai de Josué 7 e 8 (ver vol. 2, p. 24).Betei. Hoje Beitín, 17,6 km ao norte de Jerusalém. Betei desempenhou papel importante na história de Israel. Foi ali que Jacó sonhou com a escada que alcançava o céu (Gn 28). Durante todo o período do reino de Israel, Betei foi a localização de um dos dois templos apóstatas criados por Jeroboão I (lRs 12:28, 29). |
Ne.11:32 | 32. Anatote. Uma cidade levítica (Js 21:18), que já foi o lar de Jeremias (Jr 1:1; 32:7). Hoje, é chamada Râs el-Kharrübeh, e fica 4,8 km a nordeste de Jerusalém.Nobe. Esta cidade, famosa pelo massacre de sacerdotes por Doegue, no tempo de Saul (lSm 22:18, 19), podia ser vista de Jerusalém (Is 10:32). Foi identificada provisoriamente com et-Tôr, no monte das Oliveiras.Ananias. Este parece ser o nome no AT para Betânia, uma cidade na encosta oriental do monte das Oliveiras, que desempenhou papel importante na vida de Cristo. Seu nome moderno é el-Azariyeh. |
Ne.11:33 | 33. Hazor. Hoje Khirbet Hazzür, seis quilômetros a noroeste de Jerusalém.Ramá. Possivelmente er-Râm, 6,4 km a noroeste de Jerusalém.Gitaim. Uma cidade em Benjamin, não identificada. |
Ne.11:34 | 34. Hadide. Hoje el-Haditheh, 5,6 km a nordeste de Lida.Zeboim. Uma cidade próxima a Hadide ainda não identificada.Nebalate. Hoje Beit Nabala, 3,2 km ao norte de Hadide. |
Ne.11:35 | 35. Lode. Lida dos tempos do NT, hoje chamada Ludd. Esta cidade se tornou importante durante o período dos macabeus (1 Macabeus 11:34). Mais tarde, foi chamada de Dióspolis.Ono. Mencionada primeiramente em 1 Crônicas 8:12 ao lado de Lode, bem como em Esdras 2:33. E conhecida hojecomo KefrAna, oito quilômetros a noroeste de Lida.Vale dos Artífices. Este vale, aparentemente nas proximidades de Ono e Lode, ainda não foi identificado. |
Ne.11:36 | 36. Dos levitas. O v. 36 deveria ser traduzido como: “Algumas turmas dos levitas que habitaram em Judá foram unidas a Benjamin” (TB). Aparentemente, certas divisões de levitas que, de acordo com arranjos prévios, se localizaram em Judá, nesse tempo tinham sido transferidas para Benjamim. O censo sob orientação de Neemias pode ter revelado que um número desproporcional de levitas vivia em Judá.Capítulo 12 |
Ne.12:1 | 1. Os sacerdotes e levitas. A lista apresentada nos v. 1 a 9 é clarificada pela comparação com duas listas paralelas: a das famílias sacerdotais cujos selos foram colocados na aliança (Ne 10:2-8) e a dos líderes dos turnos sacerdotais orientados pelo sumo sacerdote Joiaquim (cap. 12:12-21). A quantidade de nomes difere levemente de lista para lista, bem como os nomes e a ordem. A terceira lista mostra que eram nomes de famílias.Comparando as duas listas de Neemias 12 (colunas 2, 3, 4), percebe-se que faltam, na segunda lista, os nomes dos líderes da casa de Miniamim, da casa de Hatus e dos líderes desta casa. Em outros aspectos, as duas listas concordam em número e na ordem dos nomes. No entanto, uma comparação das duas listas de Neemias 12 com a de Neemias 10 revela grandes diferenças. Há 22 nomes em Neemias 12:1 a 7 (que são 21 nos v. 12-21); 15 deles (que são 14 nos v. 12-21) marcados comum asterisco (*) ocorrem também em Neemias 10. No entanto, Pasur, Malquias, Obadias, Daniel, Baruque e Mesulão (do cap. 10) estão ausentes em Neemias 12. Alguns comentaristas têm procurado explicar essa diferença supondo que um grupo dos sacerdotes se recusou a assinar porque não concordava com as medidas rigorosas de Esdras e Neemias. Essa sugestão seria concebível se somente 15 chefes de famílias sacerdotais tivessem assinado a aliança e não 21. Uma vez que seis outros nomes são citados no lugar de seis nomes que faltam, este não pode ser o motivo. A razão para as diferenças possivelmente seja o lapso de tempo entre as duas listas. A lista de Neemias 12:1 a 7 é do tempo de Zorobabel, a de Neemias 12:12 a 21 é do tempo de sumo sacerdote Joiaquim que, possivelmente, ocupou o cargo durante a última parte do reinado de Dario I, enquanto que a de Neemias 10 é da época do reinado de Artaxerxes I.Ne 10:2-8 i época cie Xcenras, c. 44 a.í . iNe 12:1-7 lépoen de /urob ibel c. r' lú a.C . i20. Netancl''Ver com. de Ne 12:1.O fato de que havia 21 ou 22 chefes sacerdotais em três diferentes períodos do judaísmo pós-exílico parece indicar que os sacerdotes estavam divididos em 21 ou 22 ordens ou classes, enquanto os do período de Davi foram divididos em 24 (ICr 24). Não se sabe por que o número original de ordens não foi restaurado imediatamente após o exílio. Segundo Josefo, na época de Cristo, a quantidade completa de 24 ordens estava oficiando (Antiguidades, vii.14.7). Ele diz, de forma incorreta, que a divisão de Davi em ordens continuou até o tempo de Cristo.As diferenças entre os nomes nas listas de Neemias 10 e 12 podem ser explicadas com base em que os nomes que selaram a aliança (Ne 10) não são nomes de ordens ou famílias, mas de chefes de famílias que viviam nos dias de Esdras e Neemias. Destes, alguns são comparados com nomes de ordens e famílias enquanto os demais são diferentes. O fato de alguns nomes serem os mesmos não prova, no entanto, que os indivíduos pertenceram à família cujo nome eles traziam. As similaridades entre nomes nas duas listas são acidentais. De acordo com Neemias 12:13 e 16, havia dois homens chamados de Mesulão, um era o chefe da família de Esdras, o outro, da família de Ginetom.O fato de somente 21 famílias serem mencionadas nas listas de Neemias 10 e 12:12 a 21 talvez seja devido a erro de copista. A sugestão feita por alguns comentaristas de que uma família sacerdotal foi extinta ou desqualificada, entre a época de Ciro e Dario I, parece improvável. |
Ne.12:2 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:3 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:4 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:5 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:6 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:7 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:8 | 8. Os levítas. Dos mencionados neste verso, somente Matanias não assinou a aliança de Neemias 10 (ver Ne 10:9-13). Serebias e Jesua (filho de Cadmiel) são nomeados novamente como chefes de divisões levíticas em Neemias 12:24. O nome Judá não aparece em nenhuma outra lista dos levitas nos livros de Esdras e Neemias e, possivelmente, esteja no lugar de Hodias (Ne 10:10). Matanias pode ser o mesmo Matanias do cap. 11:17, que dirigiu o primeiro grupo coral. |
Ne.12:9 | 9. Baquebuquias. Outro líder da música mencionado em Neemias 11:17, O nome “Uni” não aparece em outro lugar nos registros desta época.Defronte deles. Os dois corais (ver Ne 11:17) parecem ter sido posicionados de frente um para o outro enquanto cantavam.Mister. E preferível “serviço”. |
Ne.12:10 | 10. Jesua. Ver com. de Ed 2:2. Os v. 10 e 11 apresentam a genealogia dos sumo sacerdotes desde a época de Zorobabel até o período da compilação do livro de Neemias.A genealogia possivelmente foi inserida neste verso como um elo entre as listas de levitas, para explicar as declarações a respeito do período de sua composição, ou épocas indicadas pelos nomes dos respectivos sumo sacerdotes. A lista dos v. 1 a 9 é da época de Jesua e a dos v, 12 a 21, da época de joiaquim.Joiaquim. Mencionado somente neste e nos v. 12 e 26. Ele foi sumo sacerdote entre Jesua, que ainda vivia durante o período de Dario 1 (Ed 5:2), e Eliasibe, o sumo sacerdote na época de Neemias (cap. 3:1; 13:4; etc.). Por isso, Joiaquim parece ter oficiado como sumo sacerdote durante a última parte do reinado de Dario I e durante o período de Xerxes, talvez até os primeiros anos de Artaxerxes I.Eliasibe. Sumo sacerdote que oficiava na época de Neemias (ver com. de Ne 3:1).Joiada. Sumo sacerdote no período entre o mandato de Neemias como governador e o ano 410 a.C., quando Joanã foi confirmado como sumo sacerdote (ver p. 66, 405). |
Ne.12:11 | 11. jônatas. Nome alternativo para Joanã (ver v. 22, 23) ou resultado de um erro de copista. Joanã é confirmado pelo papiro elefantino como sumo sacerdote em 410 a.C’. (ver p. 66, 405), possivelmente também em 407, quando foram escritos os papiros que continham seu nome.Josefo, que fala dele como Janeu (João), diz que ele foi assassinado por seu próprio irmão, Jesus (Jesua ou Josua) no templo, quando jesua tentou tirar o sumo sacerdócio dele por meio da influência dos persas. Isso, por sua vez, deu oportunidade a Bagoas, general de Artaxerxes II (Mnemon), para tomar severas medidas contra os judeus (Antiguidades, xi.7.1). Essa informação pode estar correta, porque os papiros elelantinos apresentam o nome do governador persa na época cie Joanã como Bigvai, o equivalente persa para o nome grego Bagoas ou Bagoses.Jadua. Ver p. 405. A menos que esta lista omita urna geração ou duas (ver com. do v. 1), o Jadua dos dias de Alexandre, mencionado por Josefo (Antiguidades, xi.8.4, 5), foi outra pessoa, possivelmente filho ou neto deste jadua. |
Ne.12:12 | 12. Sacerdotes. A respeito dos v. 12 a 21, ver com. do v. 1. |
Ne.12:13 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:14 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:15 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:16 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:17 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:18 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:19 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:20 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:21 | Sem comentário para este versículo |
Ne.12:22 | 22. Eliasibe. A respeito dos sumo sacerdotes mencionados neste verso, ver com. dos v. 10 e 11.Dario, o persa. O “reino de Dario” parece ser o ponto final das várias listas de funcionários eclesiásticos. O Dario deste verso pode ser Dario II (424/423- 405/404 a.C.) ou Dario III, o último monarca persa (336-331 a.C.), que foi derrotado por Alexandre, o grande. Muitos comentaristas identificam “Dario, o persa” com Dario III, baseados no fato de o Jadua de Josefo (Antiguidades, xi.8.4, 5) ser o jadua de Neemias 12:11 e 22. No entanto, essa relação não deve estar correta (ver p. 405). E muito menos provável que “Dario, o persa” seja Dario II. Este termo não evidencia uma autoria tardia do livro de Neemias, como alguns têm afirmado. Isso se justifica pelo fato de Heródoto também utilizá-lo (ii.110, 158). |
Ne.12:23 | 23. Livro das Crônicas. O documento em que a lista de levitas foi incluída originalmente. Este livro era um registro diário dos eventos de importância nacional e uma continuação dos primeiros anais do reino. |
Ne.12:24 | 24. Chefes dos levitas. Os nomes Hasabias, Serebias, Jesua e Cadmiel ocorrem frequentemente como cabeças das ordens levíticas (os dois primeiros, em Ed 8:18, 19; Ne 10:11, 12; e os dois últimos, em Ed 2:40; Ne 10:9; 12:8).O filho de. Do heb. ben. isto talvez devesse ser traduzido como Binnuy, o Binui do v. 8 (ver Ed 8:33; Ne 3:24; 10:9). Não parece possível que jesua fosse “o filho de” Cadmiel (ver Ed 2:40; cf. Ne 12:8).Mandado de Davi. Ver lCr 15:16; 23:5; 25:3.Homem de Deus. Este título não é aplicado a Davi com frequência (ver Ne 12:36; 2Cr 8:14). As Crônicas possivelmente foram escritas pelo mesmo autor, como Esdras e Neemias (ver introdução às Crônicas).Coro contra coro. Esta frase é tirada da posição dos guardas em 1 Crônicas 26:16. Neste verso, é utilizada para descrever a posição dos grupos de cantores na adoração a Deus, possivelmente significando que os grupos foram arranjados em frente um ao outro e cantavam de modo responsivo. |
Ne.12:25 | 25. Matanias, Baquebuquias, Oba- días. Matanias e Baquebuquias eram líderes dos dois coros (Ne 11:17); e com eles estava Obadias. A aparente dificuldade de estarem listados entre os “porteiros” desaparece quando os três nomes são considerados como parte do v. 24 (ver com, do v. 24).Mesulão, Talmom, Acube. Chefes dos porteiros. Os últimos dois ocorrem em outros textos (Ed 2:42; Ne 11:19; lCr 9:17). Portanto, estes eram os antigos nomes das famílias dos porteiros levíticos.Depósitos das portas. Mais precisamente “tesourarias” (ARC). Os "porteiros” eram os policiais do templo e guardavam os depósitos e a tesouraria do templo, próximos às portas. |
Ne.12:26 | 26. Estes viveram nos dias. Com o v. 26, as duas listas nos v. 12 a 21, 24 e 25 são finalizadas. |
Ne.12:27 | 27. Na dedicação. Os eventos registrados nos v. 27 a 43 devem ter ocorrido logo depois do término do muro e não muitos anos depois, como sugeriram alguns. Assim, este documento, como outros em Neemias, não é apresentado em ordem cronológica.Esta é a primeira descrição bíblica da dedicação do muro de uma cidade. Não se sabe se ocorreu outra cerimônia como esta em Israel. Casas foram dedicadas (Dt 20:5) e também o templo (1 Rs 8; Ed 6:16).O mesmo também pode ter ocorrido com o muro de uma cidade e edifícios públicos. Quando o sumo sacerdote e seus sacerdotes auxiliares terminaram de edificar sua parte do muro, eles imediatamente “consagraram- na” (Ne 3:1), possivelmente com uma cerimônia. Com isso, eles podem ter inspirado Neemias a planejar uma cerimônia apropriada de consagração quando todo o muro estivesse concluído. Essa atitude colocou toda a circunferência do muro sob a proteção divina, reconhecendo que os muros seriam inúteis a menos que o próprio Deus defendesse a cidade (ver Zc 2:5).Saltéríos (ARC). Do heb. nebalim, um tipo de harpa. Era portátil e sua caixa acústica ficava na parte de cima, como as harpas representadas nos relevos assírios (ver p. 17). Isso se harmoniza com uma explicação da palavra nebel apresentada por Jerônimo. As harpas egípcias eram muito maiores e sua caixa acústica ficava no fundo do instrumento (ver p. 18).Harpas. Do heb. kinnoroth. Um kinnor era uma lira e não uma harpa. |
Ne.12:28 | 28. Netofatitas. Netofa foi identificada com Khirbet Bedel Falúh, 5,6 km a sudeste de Belém. |
Ne.12:29 | 29. Bete-Gilgal. Do heb. Bethhaggilgai, uma cidade geralmente identificada com a Gilgal de josué 15:7, a meio caminho entre Jerico e o Jordão (ver com. de Js 15:7).Geba e de Azmavete. Ver com. de Ed 2:26, 24. Todas as cidades mencionadas em Neemias 12:28 e 29 estavam localizadas próximas a Jerusalém; e os cantores, que as construíram, estariam bem situados para atender aos serviços do templo. |
Ne.12:30 | 30. Purificaram-se. Sobre a purificação dos sacerdotes e levitas, ver Ed 6:20. Coisas inanimadas podiam se tornar legalmente contaminadas (Lv 14:34-53; Dt 23:14). No caso dos muros ou portas se tornarem cerimonialmente impuros, dever iam passar por purificação legal antes da ded icação. |
Ne.12:31 | 31. Dois grandes coros. Neemias ordenou que todos os líderes da nação, seculares e eclesiásticos, subissem no muro. Ali, ele os dividiu em dois coros, cada um composto por clérigos e leigos. Pôs um deles ao comando de Esdras (v. 36) e tomou a frente do outro (v. 38). O local da reunião parece ter sido a Porta do Vale, entre a Porta do Monturo e a Torre dos Fornos, porque o coro de Esdras marchou até a Porta do Monturo, o primeiro ponto de referência mencionado, enquanto o grupo de Neemias primeiro passou pela Forre dos Fornos (v. 31 e 38; sobre a localização da Porta do Vale, ver com. de Ne 2:13). O coro de Esdras se moveu em direção ao ângulo sudeste de Jerusalém e, depois de passar as portas do Monturo e da Fonte, se dirigiu por cima do muro oriental, passando pela Porta das Aguas. O coro de Neemias prosseguiu na direção norte e, em seguida, passou pela Torre dos Fornos, o Muro Largo, a Porta de Efraim, a Porta Velha, a Porta do Peixe, as Torres de Flananel e Meá e pela Porta do Gado e a Porta da Guarda. Entre a Porta da Guarda e a Porta das Aguas, os dois coros aparentemente se encontraram e, a partir dali, entraram no templo (sobre a topografia do muro e das portas, ver com. de Ne 2:13- 15; 3:1-32; e também a Nota Adicional a Neemias 3). |
Ne.12:32 | 32. Hosaías. Talvez o Oseias de Neemias 10:23 que selou a aliança.Metade dos príncipes. A outra metade estava com Neemias (v. 40). |
Ne.12:33 | 33. Azarias, Esdras, Mesulão. Possivelmente, representantes de duas famílias sacerdotais. O “e” (ARC) que precede Azarias deveria ser traduzido como “ainda” ou “isto é”, e todo o verso deveria ser traduzido como: “Isto é, Azarias, que é Esdras, e Mesulão” (ver Ne 10:2, 7). Este Esdras deve ser diferenciado do Esdras líder do coro, mencionado no cap. 12:36. |
Ne.12:34 | 34. Judá, Benjamim. Parece indicar leigos pertencentes a estas tribos.Semaías e Jeremias. Representantes das duas maiores famílias sacerdotais (ver Ne 10:2, 8; 12:1, 6). |
Ne.12:35 | 35. Com trombetas. Cada procissão era acompanhada por um corpo de sacerdotes que tocava as trombetas (v. 41), o líder do coro de Esdras era Zacarias, descendente de Asafe. Com ele estavam oito trom- beteiros, alistados no v. 36. |
Ne.12:36 | 36. Instrumentos músicos. Ver Ne 12:27; cf. iCr 15:16; 23:5; 2Cr 29:26; Ed 3:10.Esdras, o escriba. Esdras era o líder do coral. Ele retornou de Babilônia 13 anos antes de Neemias (Ed 7; Ne 2:1) e também foi o líder espiritual do povo durante as cerimônias do sétimo mês (Ne 8:1-15). |
Ne.12:37 | 37. Porta da Fonte. Ver com. de Ne 2:14.Defronte deles (ARC). A inserçãodestas palavras, que não estão no hebraico, faz parecer que a Porta da Fonte estava à frente deles. De acordo com o hebraico, as “escadas” estavam “defronte deles” (ARC). Quando chegou à Porta da Fonte, a procissão subiu à cidade de Davi pelo caminho das escadas mencionadas neste verso, subiram o muro uma vez mais, seguiram seu rumo para a Porta das Aguas (ver com. de Ne 3:26) e olharam o Vale de Cedrom de cima. Em algum lugar acima da Porta das Águas, o grupo de Esdras encontrou o de Neemias; e, juntos, entraram nos pátios do templo. |
Ne.12:38 | 38. O segundo coro. Este grupo era guiado por Neemias. Começando na Porta do Vale (ver com. do v. 31), este coro primeiramente foi para o norte, passando pela Torre dos Fornos (ver com. de Ne 3:11) e o Muro Largo (ver com. de Ne 3:8). |
Ne.12:39 | 39. Porta de Efraim. Esta porta, que deve ter sido localizada entre o Muro Largo e a Porta Velha, não é mencionada na descrição da edificação do muro (Ne 3).Qf-t-Ela pode não ter necessitado de reparos, ou a parte da lista que a mencionava foi perdida do texto. Da Porta de Efraim, a procissão continuou ao longo da parte superior do muro e “acima” das portas, ou sobre elas, incluindo a Porta Velha (ver cap. 3:6), a Porta do Peixe (cap. 3:3), as Torres de Hananel e Meá e a Porta do Gado (Ne 3:1, ARC).Porta da Guarda. O que tem sido dito da Porta de Efraim é verdade também a respeito desta porta. Ela deve ter sido localizada na seção norte do muro oriental, ao sul da Porta do Gado. Passando esta porta, o grupo de Neemias deve ter entrado na área do templo, como indica o v. 40, talvez pela “Porta de Mifcade” (Ne 3:31, ARC; ver com. do versículo). |
Ne.12:40 | 40. Metade dos magistrados. Ver v. 32. |
Ne.12:41 | 41. Os sacerdotes. Os sete sacerdotes trombeteiros correspondem aos oito no grupo de Esdras (ver com. do v. 36). |
Ne.12:42 | 42. Maaseias. A função de Maaseias e dos sete homens mencionados neste verso não é clara. |
Ne.12:43 | 43. Grandes sacrifícios. Desde a época de Davi se tornou costume oferecer vários sacrifícios na dedicação de edifícios importantes (ver lRs 8:5; Ed 6:17; cf. 2Sm 6:17; 24:25). Assim, Neemias seguiu um costume já estabelecido.As mulheres. As mulheres judias não são mencionadas na Bíblia com frequência como participantes nas festividades públicas. A outra ocasião singular em que mulheres são mencionadas participando numacelebração geral foi no Mar Vermelho, lideradas por Miriã (Êx 15:20).O júbilo [...] se ouviu até de longe.Ver Ed 3:13; cf. lRs 1:40; 2Rs 11:13. |
Ne.12:44 | 44. Nomearam. Em vista do fato de a nação ter prometido ser fiel na devolução dos dízimos e das ofertas (Ne 10:32-37), foi feita uma preparação para administrar os rendimentos previstos para o templo. Uma vez que os dízimos e as ofertas eram devolvidos com produção: grão, vinho, óleo, etc. (ver cap. 13:5), foram necessários armazéns espaçosos e pessoas para administrá-los.Judá estava alegre. Havia um espírito harmonioso entre leigos e clérigos e todos contribuíram voluntariamente. |
Ne.12:45 | 45. Os cantores. O texto hebraico registra: “E [os levitas] executavam o serviço do seu Deus e o da purificação; como também os cantores e porteiros, segundo o mandado de Davi e de seu filho Salomão” (ARA; sobre esta ordem de Davi e Salomão, ver 2Cr 8:14). |
Ne.12:46 | 46. Dias de Davi e de Asafe. O v. 46 explica a frase “segundo o mandado de Davi” do v. 45. Neemias diz que o serviço musical, a disposição das pessoas e os cânticos utilizados foram originados nos dias de Davi e de seu líder musical Asafe. |
Ne.12:47 | 47. Todo o Israel. Israel cumpriu suas obrigações para com o serviço do templo nos dias de Zorobabel e Neemias, por meio da devolução de seus dízimos e outras taxas, como exigido pela lei (ver com. de Ne 10:32-37; Nm 18:29).Capítulo 13mais suas filhas, nem para vossos Filhos nem para vós mesmos. |
Ne.13:1 | 1. Naquele dia. Esta frase possivelmente seja equivalente a “sobre aquele tempo". De acordo com o v. 6, os eventos em Neemías 13 ocorreram durante o segundo governo de Neemias, após um período em que esteve ausente da judeia.Leu para o povo. Não é claro se esta leitura Foi algo prescrito pela lei com relação ã Festa dos Tabernáculos (Dt 31:10-13; ver com. de Ne 8:1, 8, 18) ou se Neemias ordenou isso por causa das condições que encontrou na judeia, que necessitavam de correção urgente.Achou-se escrito. O conteúdo desta ordem, encontrada em Deuteronômio 23:3-5, é apresentado de forma completa, embora levemente reduzido. |
Ne.13:2 | 2. Deus converteu a maldição. A respeito de Balaão, ver Nm 22-24. O registro das maldições convertidas em bênçãos está em Números 24:10. |
Ne.13:3 | 3. Elemento misto. Do heb. ‘ereb. Esta palavra é utilizada em Êxodo 12:38 para o “misto de gente” egípcia que se juntou aos israelitas. Neste verso, é aplicada aos não judeus de várias nacionalidades que residiam entre os israelitas. Pode ter ocorrido um procedimento similar ao realizado antes por Esdras (Ed 10:10-19). Uma vez que esta ação é mencionada novamente no v. 30 e é administrada severa repreensão para casamentos com pagãos (v. 25-27), o processo pode não ter sido fácil. Lidar com questões pessoais geralmente desperta sentimentos desagradáveis. |
Ne.13:4 | 4. Aparentado com Tobias. Eliasibe era sumo sacerdote (ver Ne 3:1; 12:10, 22; 13:28); Tobias era o amonita inimigo que tentou impedir a edificação do muro durante o primeiro governo de Neemias (Ne 2:10, 19; etc.). A aliança normalmente era interpretada como se referindoa um relacionamento estabelecido por meio de casamento. |
Ne.13:5 | 5. Uma câmara grande. Como o sumo sacerdote Eliasibe tomava conta de toda a área do templo, durante a ausência de Neemias, ele entregou uma das melhores salas do templo a Tobias, que evidentemente a utilizava como residência (v. 8). Durante o governo de Neemias, Tobias manteve correspondência com líderes em Jerusalém, mas não podia entrar na cidade. Quando o governador esteve ausente, ele não somente conseguiu entrar na cidade, como passou a residir no templo. Esta profanação era inédita, ainda mais que esta sala especial, ou “câmara”, fora separada para as ofertas e doações do povo.ó. Quando isso aconteceu. Literal- mente, “e durante tudo isso”, ou seja, a questão de Eliasibe e Tobias.Trigésimo segundo ano. Ver com. de Ne 5:14.Rei da Babilônia. Este título foi assumido por Ciro, Cambises, Dario I e Xerxes, durante os primeiros anos do reino dos persas. Ele foi oficialmente abolido por Xerxes depois de duas rebeliões ocorridas durante seu reinado. Neemias possivelmente utilizou o título com o qual havia se acostumado, por longo período, ao chamar o rei da Pérsia.Ao cabo de certo tempo. Literalmente, “ao cabo de alguns dias” (ARC), denotando um intervalo definido (ver com. de Gn 4:3). Não há evidência para o ponto de vista de alguns comentaristas de que este período seria de um ano. A permanência de Neemias na corte da Pérsia deve ter durado mais de um ano, porque seria improvável que tantos atos ilegais por parte da comunidade judaica, como Neemias descobriu ao retornar, pudessem ter ocorrido em período tão curto.Pedi licença. E somente a partir desta passagem que se sabem dos dois períodosde Neemias como governador. O período foi de 12 anos (Ne 5:14); no entanto, não há indicação quanto à duração do segundo, que deve ter terminado antes de 407 a.C., quando o governador da Judeia era Bigvai (ver com. de Ne 12:11), segundo uma carta elefantina. |
Ne.13:6 | Sem comentário para este versículo |
Ne.13:7 | 7. Nos pátios. A sala que Eliasibe colocou à disposição de Tobias não ficava no edifício principal do templo, mas em um dos recintos adjacentes a ele, dentro dos cômodos sagrados da área do templo. Isto, sem dúvida, tornou a profanação menos flagrante do que teria sido de outra forma, mas não justificava o ato. |
Ne.13:8 | 8. Móveis da casa. Parece que Tobias utilizava a câmara como residência nas visitas periódicas a Jerusalém. |
Ne.13:9 | 9. Purificassem as câmaras. Anteriormente apenas uma “câmara” foi mencionada como estando em uso por Tobias (v. 5, 7, 8). Vias o plural neste verso parece indicar que outras câmaras estariam envolvidas, além da grande sala do v. 5. Essas outras "câmaras” poderiam ser menores e talvez tenham sido utilizadas por Tobias para acomodar membros de sua família ou comitiva. As salas foram poluídas pela conversão para uso secular, e era necessária uma purificação cerimonial. Isso podería ser realizado de várias maneiras, embora o usual fosse o ritual simbólico do sangue e da água (ver Lv 12; 14:4-32; 17:15, 16; etc.). |
Ne.13:10 | 10. Soube. Neemias viu que os levi- tas estavam ausentes e o serviço do templo era negligenciado. Ao pesquisar, ele descobriu a razão da ausência deles: o dízimo não estava sendo devolvido. Uma vez que os levitas viviam do dízimo e das primícias e estes foram retidos, eles tiveram que ganhar a vida nos campos ao redor das cidades e vilas onde moravam. |
Ne.13:11 | 11. Então, contendí. Enquanto a culpa da profanação do templo recaía especificamente sobre a classe sacerdotal, a culpa daretenção dos dízimos era sobretudo imputada aos governantes e aos nobres. Como líderes, eles aparentemente deram mau exemplo ao povo e eram culpados pelas deploráveis condições que Neemias encontrou ao retornar a Jerusalém. |
Ne.13:12 | Sem comentário para este versículo |
Ne.13:13 | 13. Por tesoureiros. Mais uma vez os dízimos começaram a fluir para o tesouro do templo (v. 12), a fim de sustentar o ministério. Neemias enfrentou o problema de certificar-se de uma distribuição equita- tiva, para que cada um recebesse sua porção justa e ninguém fosse negligenciado (ver At 6:1-5).Selemias. Dos quatro tesoureiros, havia um sacerdote, um levita, um secretário e um leigo. Desta forma, as principais classes da população estavam representadas. As pessoas mencionadas não puderam ser identificadas, embora vários dos nomes ocorram em outras partes no livro de Neemias. Há menções a pessoas com o nome de Selemias (Ed 10:39, 41; Ne 3:30), mas possivelmente nenhuma delas seja o Selemias deste verso. Pedaías pode ter sido o homem que explicou a lei juntamente com Esdras (Ne 8:4). Hanã era um nome comum (ver cap. 8:7; 10:10, 22), mas a pessoa indicada neste verso parece não ser mencionada novamente. Três Zadoques são alistados em Neemias (Ne 3:4, 29; 10:21), mas é duvidoso que algum deles seja identificado com este “escrivão”.O escrivão. Do heb. sofer, um “escritor” ou “secretário”. |
Ne.13:14 | 14. Lembra-Te de mím. Houve outros pedidos similares por Neemias (Ne 5:19; 13:31; etc.). |
Ne.13:15 | 15. Naqueles dias. Uma notação de tempo indefinida, como em Neemias 12:44 e 13:1. Possivelmente indique um período posterior aos eventos descritos anteriormente. Neemias pode ter feito uma visita à região para observar como o sábado era guardado.Protestei contra eles. O pisar as uvas no lagar era o primeiro passo na produção de vinho e uma violação flagrante do quarto mandamento. O mesmo era verdade com relação aos que transportavam produtos agrícolas para a capital a fim de vendê- los. Alguns comentaristas acreditam que o transporte de grãos era uma necessidade para se estar cedo na cidade para o mercado do dia seguinte. Mas a lei não previa tal atividade. O v. 16 registra que produtos eram vendidos no sábado. A última parte do v. 15 parece indicar que Neemias os advertiu no dia, ou seja, no sábado, no qual eles transportavam os bens para Jerusalém e realmente os vendiam. |
Ne.13:16 | 16. Tírios. A lei não proibia que estrangeiros residissem em Jerusalém, e Neemias não fez objeção aos tírios como moradores da cidade.Que traziam peixes. Para os israelitas o peixe sempre foi um artigo alimentar favorito (Lv 11:9; Nm 11:5; Dt 14:9; Is 19:10; Mt 15:34; Lc 24:42; etc.). O peixe vinha principalmente do lago da Galileia e do Mediterrâneo. |
Ne.13:17 | 17. Contendí. Na questão dos dízimos e do sábado, a classe dos nobres tinha culpa por não ter procurado impedir esse comércio e/ou porque eles estavam envolvidos no mesmo. |
Ne.13:18 | 18. Não fizeram vossos pais assim[...]? A profanação do sábado está entre os pecados denunciados com mais intensidade pelos profetas (Jr 17:21-27; Ez 20:13; 22:8, 26; 23:38). De acordo com Amós (8:5), o sábado era guardado mais na letra do que no espírito da lei. Neemias também lembra aos judeus que as grandes catástrofes ocasionadas por Nabucodonosor ocorreram como resultado da violação do quarto mandamento por seus antepassados, como predissera Jeremias (jr 17:27), uma profecia à qual Neemias aparentemente se referiu. |
Ne.13:19 | 19. Dando já sombra. Do heb. salal, “aumentando as sombras". Desde a criação, o dia bíblico começa ao pôr do sol (ver com. de Gn 1:5). As festas especiais foram guardadas “de uma tarde a outra tarde" (Lv 23:32), da mesma forma o sábado semanal (ver com. de Mc 1:32). Por isso, Neemias ordenou que as portas da cidade fossem fechadas algum tempo antes do real início do sábado. Ao agir assim, ele pretendia proteger os “limites" das horas sagradas do santo sábado de Deus. E uma profanação do espírito do sábado realizar atividades seculares até o último momento permitido.Alguns dos meus moços. Ver Ne 4:16; 5:16.Nenhuma carga. Era possivelmente permitido ao povo ir e vir em missões legítimas aos sábados. No entanto, foram colocados guardas para impedir o transporte de mercadorias no sábado. |
Ne.13:20 | 20. Pernoitaram fora de Jerusalém. Chegando no sábado e encontrando as portas fechadas, os negociantes esperaram do lado de fora e a li, possivelmente, realizaram o comércio que teriam efetuado dentro da cidade. O fechamento das portas resultou simplesmente na transferência do local de negociação: da praça dentro da cidade para o exterior, fora das portas. Por dois sábados, esta prática foi mantida. Então Neemias soube disso e a interrompeu, ameaçando prender os comerciantes que novamente fossem encontrados com seus produtos perto da cidade no sábado (v. 21). |
Ne.13:21 | Sem comentário para este versículo |
Ne.13:22 | 22. Guardar as portas. A nomeação dos moços para guardar as portas (v. 19) no sábado era temporária, enquanto uma responsabilidade maior foi desempenhada pelos levitas a quem Neemias tinha levado de volta à cidade (v. 11). Esta tarefa foi confiada primeiro a eles, quando as portas foram assentadas (Ne 7:1), mas foi negligenciada quando os levitas, privados do sustento financeiro, deixaram seus deveres emJerusalém para ganhar o sustento do solo. Depois de ter empreendido trabalho secular durante algum tempo, os levitas tiveram que se purificar antes de cuidar das tarefas sagradas novamente.Lembra-Te de mim. Ver com. dos v. 14, 31. |
Ne.13:23 | 23. Naqueles dias. Ver com. do v. 15. Neste verso, Neemias relata detalhadamente o que ele fez na questão dos casamentos mistos, como registrado nos v. 1 a 3. Após retornar a Jerusalém, ele observou que muitos judeus haviam caído novamente no mesmo pecado que Esdras teve de enfrentar em sua chegada a Jerusalém, em 457 a.C. (Ed 9 e 10), e que foi especialmente mencionado no pacto celebrado logo após o início de seu primeiro mandato como governador (Ne 9:38; 10:1, 30). Enquanto Neemias permaneceu na Judeia, possivelmente, não houve sérias violações da aliança. Alas, tão logo ele se ausentou, mulheres estrangeiras, aparentemente, foram mais uma vez levadas para as famílias dos judeus.Mulheres asdoditas. Mulheres fiiis- teias, de um povo sempre hostil a Israel, e nativas de uma cidade que se aliara aos mais cruéis inimigos de Neemias (Ne 4:7).Amonitas e moabitas. Ver Ed 9:1; Ne 13:1. |
Ne.13:24 | 24. Seus filhos. Se os casamentos foram realizados depois da partida de Neemias, e ele encontrou crianças que já tinham aprendido a falar, nascidas dessas uniões, então ele deve ter estado ausente de Jerusalém por alguns anos.Meio asdodita. Alguns expositores creem que as crianças falavam um dialeto meio hebraico e meio estrangeiro. E mais provável que a palavra “meio" se refira a crianças que nasceram dessas mulheres estrangeiras, que podiam ser, em muitos casos, a segunda esposa. Dessa forma, em algumas famílias, metade das crianças não falava o hebraico corretamente.O “asdodita” pode ter sido, não a língua filisteia original, mas o aramaico, na época falado largamente por todo o império persa. Neemias, como um oficial persa, certamente conhecia o aramaico e não se opunha ao uso dessa língua, mas se indignava em perceber que alguns jovens não conseguiam falar adequadamente o hebraico. As línguas moabita e amonita eram dialetos intimamente relacionados ao hebraico, no entanto, a diferença era notável, e Neemias estava angustiado por encontrar esses dialetos estrangeiros ganhando espaço na judeia. |
Ne.13:25 | 25. Amaldiçoei. A gravidade dos casos e a situação perigosa que retratavam pesaram sobre Neemias, o que o levou a tomar as ações descritas.Arranquei os cabelos. Esdras arrancara os próprios cabelos e a barba em sinal de extrema angústia (Ed 9:3). Arrancar os cabelos de alguém parece ter sido uma reconhecida forma de punição (Is 50:6). A perda da barba era considerada uma grande desgraça (2 Sm 10:4). |
Ne.13:26 | 26. Não pecou nisto Salomão [...]? O exemplo era mais apropriado do que qualquer outro para mover os judeus. A queNão havia rei semelhante a ele. VerAmado do seu Deus. Uma alusão a 2Samuel 12:24.Deus o constituiu rei. Ver IRs 4:1. |
Ne.13:27 | 27. Dar-vos-íamos nós ouvidos [...]? Neemias diz aos transgressores que ele e os que compartilhavam de seus sentimentos não adotariam as práticas que estes homens recomendavam nem permitiriam que fossem recomendadas a outros. O exemplo de Salomão foi uma advertência suficiente dos resultados de tal pecado. |
Ne.13:28 | 28. Filhos de Joíada. O transgressor dificilmente seria Joanã ou jônatas(Ne 12:10, 11), o sucessor de Joíada, mas deve ter sido outro filho cujo nome não é mencionado. Eliasibe, o sumo sacerdote, devería ser um homem idoso nessa época para ter um neto em idade de se casar. O fato de um membro da família do sumo sacerdote ter feito esse tipo de aliança com o principal inimigo de Neemias era absurdo e humilhante.Sambalate. Ver com. de Ne 2:10. As ligações de Eliasibe com Tobias, outro inimigo de Neemias, eram reprováveis (ver cap. 13:4-9).Afugentei de mim. isto possivelmente signifique que Neemias forçou o transgressor a deixar a nação e se tornar um exilado. Podemos supor que ele recusou repudiar sua esposa estrangeira e preferiu se refugiai: em Samaria com Sambalate. |
Ne.13:29 | 29. Contaminaram o sacerdócio. Neemias considerava esse tipo de casamento, por parte de um membro da família do sumo sacerdote, como profanação do sacerdócio, opondo-se à santidade do of ício sacerdotal (ver Lv 21:7, 14).A aliança sacerdotal. Não a aliança do sacerdócio eterno que Deus outorgou a Fineias (Nm 25:13), mas a aliança que Deus firmou com a tribo de Levi e com Arão e seus descendentes (Ex 28:1). Esta aliança exigia que os sacerdotes fossem “santos a seu Deus" (Lv 21:6, 8), que os escolheu para ser ministros de Seu santuário e mordomos da Sua graça.A expulsão do genro de Sambalate de Jerusalém pode estar ligada com a edificação do templo dissidente dos samaritanos no monte Gerizim. Josefo relata (Antiguidades, xi.7.2) que Alanassés, um irmão do sumo sacerdote jadua, se casou com Nikaso, filha do sátrapa Sambalate, um cutita. Quando, por causa disso, as autoridades judaicas o excluíram do sacerdócio, ele estabeleceu o templo e a adoração no monte Gerizim, com o auxílio de seu sogro. Muitos outrossacerdotes, presumivelmente, foram solidários a ele. Josefo, no entanto, coloca essa história na época de Alexandre, cerca de um século depois de Neemias. E possível que a história seja verdadeira e que Josefo tenha cometido um erro cronológico. Sabe-se que ele colocou Sambalate 100 anos mais tarde (ver p. 405). O fato de Josefo chamar o líder dissidente de um irmão de Jadua e neto de Joiada, quando a Bíblia o chama de filho de Joiada, pode ser explicado ao se aceitar que Josefo cometeu um erro ou que, como é comum na Bíblia, “um dos filhos de Joiada’’ (v. 28) signifique “um dos netos de Joiada”. |
Ne.13:30 | 30. Limpei-os. Isto se refere às medidas descritas nos v. 1 a 3 e 23 a 29.Designei o serviço. Isto é, atribuiu tarefas aos vários sacerdotes e levitas (ver Ne 10:38, 39; 12:44-46; 13:13). |
Ne.13:31 | 31. Ofertas da lenha (ARC). Pessoas foram nomeadas para supervisionar a coleta das ofertas de madeira (Ne 10:34) e das pri- rnícias (cap. 10:35-37).Lembra-Te de mim. Neemias termina seu livro com uma expressão própria de sua personalidade (Ne 5:19; 13:14, 22, 29). Uma das características principais da vida e obra de Neemias é sua constante e íntima amizade com a Fonte de toda força e sabedoria. Suas orações eram o segredo de seu sucesso (ver Ne 1:4-11; 2:4; 4:4, 5, 9; 5:19; 6:9, 14; 13:14, 22, 29). |