"As coisas encobertas pertencem ao nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei."
Deuteronômio 29:29

Capítulo e Verso Comentário Adventista > Naum
Na.1:1 1. Sentença. Do heb. massa, “fardo”, “dificuldade” (ver com. de Is 13:1).Nínive. Capital da Assíria. Para uma descrição da cidade, ver Nota Adicional a Jonas 1; ver também mapa, na p. 1106.Elcosita. Um nativo de Elcós, lugar não identificado. Uma tradição tardia e não confiável identifica Elcós com Alcus, uma cidade na Assíria, e afirma que Naum nasceu de pais que estavam no exílio. E mais provável aidentificação de Elcós com Elkesi, na Galileia. Alguns sugerem que a conexão de Naum com a Galileia é demonstrada por “Cafarnaum”, nome transliterado do hebraico cujo significado é “aldeia de Naum”. Outra tradição diz que Elcós ficava perto de Beith Jibrín, na planície de Judá. Se o profeta nasceu ou não na Galileia, é provável que, mais tarde, ele tenha vivido em Judá e profetizado ali.Os v. 1 a 10 foram escritos em forma de acróstico (ver sobre esse recurso, no vol. 3, p. 705). As primeiras 15 letras do alfabeto parecem ter sido empregadas, mas com algumas irregularidades.
Na.1:2 2. Zeloso. Para ilustrar a ação de Deus na destruição de Nínive, a justiça divina é estabelecida nos v. 2 a 6, e o poder é demonstrado no controle sobre o mundo material. A linguagem empregada deve ser entendida à luz do fato de Deus, muitas vezes, adaptar-se à linguagem e à experiência humana (cf. jr 51:14; Am 4:12, 6:8).Vingador. Deus não é motivado pelo mesmo desejo de vingança que move o pecador, mas por um santo desejo de defender a justiça e punir os que se opõem a ela.Reserva. A LXX diz: “Ele elimina os Seus inimigos”.
Na.1:3 3. Tardio em irar-Se. Ver Êx 34:6, 7. A misericórdia divina é uma prova não de fraqueza, mas de força. Os homens podem ser “tardios em irar-se” contra a iniquidade, porque sua insensibilidade moral os torna assim; por isso, eles são dignos de pena em vez de admiração. Por outro lado, a demora de Deus em manifestar Sua ira contra o pecado e os pecadores, é porque Ele “não quer que nenhum pereça” (2Pe 3:9). Ele concede tempo para o arrependimento. Mesmo quando Suas ofertas de misericórdia são desprezadas, Ele é relutante em punir. “Como te deixaria?” (Os 11:8) é o brado de Seu coração amoroso. No entanto, Ele não pode “absolver os maus”, e os que persistem na iniquidade devem colher os resu ltados.Na tormenta. O poder de Deus é representado na manifestação das torças da natureza.
Na.1:4 4. Repreende. Uma demonstração do poder de Deus, como na travessia do Mar Vermelho (ver Êx 14:21; SI 106:9).Rios, Deus é retratado como aquele que mantém completo controle dos elementos da natureza (comparar com SI 107:33; Is 50:2).Basã. Esta região era conhecida por suas ricas pastagens e grandes rebanhos de gado (ver Dt 32:14; SI 22:12; Ez 39:18).Carmelo. Uma cadeia de montanhas na costa do Mediterrâneo (ver com. de IRs 18:19).Líbano. Famoso por seus cedros.
Na.1:5 5. Os montes tremem. O profeta apresenta aqui o quadro mais surpreendente e inspirador do poder de Deus.Todos os que nele habitam. Os v. 3 a 6 descrevem o poder de Deus e, portanto, Sua capacidade de cumprir a anunciada destruição de Nínive (ver PR, 364). A manifestação do poder de Deus, aqui descrita, será vista em dimensão mais plena por ocasião da segunda vinda de Cristo (ver PP, 109).
Na.1:6 6. Como fogo. Ver Dt 4:24; Jr 7:20. Em vez de “Sua cólera se derrama como fogo”, a LXX diz: “Sua ira transforma os reinos em nada.”Demolidas. Líteralmente, “por abaixo”, “demolir” ou “destruir”.
Na.1:7 7. Bom. Oue Deus é “bom” em atos e em caráter é melhor demonstrado por aquele que Se tornou o Deus encarnado (Jo 10:11; At 10:38). Enquanto Naum foi um mensageiro da destruição para os assírios, ele era ministro de conforto e consolo para seu próprio povo, assegurando-lhe que o Senhor seria sua “fortaleza” no “dia da angústia” (ver SI 61:2, 3).
Na.1:8 8. Inundação transbordante. Isso representa metaforicamente a completa destruição a sobrevir a Nínive através de uma invasão hostil (ver ís 8:7; cf. Dn 11:26, 40). A todas as nações, antigas ou modernas, é dado o mesmo aviso de punição cjue virá mais cedo ou mais tarde sobre os que se exaltam contra Deus (ver PR, 366). O tempo de graça de Nínive foi se esgotando rapidamente, e Naum previu que a destruição se aproximava.O lugar. Refere-se, evidentemente, a Nínive, em vista do contexto (ver v. 1).
Na.1:9 9. Que pensais. Do heb. chashav, 'contar”, ‘considerar”, “imputar” ou "dispor”. Aqui o profeta adverte os assírios de que sua jactância contra Deus era totalmente inútil (ver Is 10:8-11; 36:18-20). Naum encorajou seu povo com o pensamento de que Deus cumpriría Suas promessas.Consumirá de todo. A repetição desta frase (ver v. 8) enfatiza a certeza da queda de Nínive, pois o castigo que Deus traria sobre os assírios seria tão completo e permanente que jamais haveria uma “segunda vez” em que eles oprimiríam o povo de Deus. Embora Naum se refira aqui especificamente à queda da Assíria, suas palavras também podem ser vistas como uma descrição do destino final de todos os ímpios, dos quais a Assíria é um tipo. Quando forem finalmente destruídos, no juízo final, nunca mais reviverão, pois não haverá para eles vida após a morte (ver SI 37:6-11, 38; Ml 4:1, 2Pe 3:10-13; Ap. 20:12- 21:5). Então será gloriosamente verdade que a “angústia” do pecado nunca mais perturbará o universo de Deus (ver GC, 504).
Na.1:10 10. Espinhos. Ver Nm 33:55; Js 23:13. Embora o exército assírio formasse uma frente tão impenetrável como uma sebe de espinhos, Deus poderia facilmente vencê-lo (ver Is 27:4).Bêbados. A experiência da Assíria seria paralela à de Babilônia, em alguns aspectos (ver Dn 5:1). Em qualquer caso, não pode haver dúvida de que os assírios gostavam de festejar e de beber (ver Diodoro, ii.26).
Na.1:11 11. Saiu um. Referindo-se a Nínive, isto deve se aplicar ao seu rei (ver Is 36:4-10, 18-20).Um conselheiro vii. Literalmente, “um conselheiro de Belial”.
Na.1:12 12. Seguros. Do heb. shaleni, “pacíficos”, “intactos” ou “completos”. O contexto favorece o significado de “intactos” ou “completos”, a menos que a ideia seja que os assírios eram enganosamente “pacíficos” e presunçosos em seu excesso de confiança.Passarão. Ver Is 27:4.
Na.1:13 13. O jugo. Evidentemente isto se refere a Judá como tributária da Assíria (ver 2Rs 18:13-16; 2Cr 33:11). Embora Judá escapasse do destino de Israel, nos dias de Ezequias, ela reteve um pouco de liberdade apenas por causa da tolerância da Assíria, e suas “obrigações” em relação à Assíria só cessaram quando o império foi destruído.
Na.1:14 14. Porém contra ti. O profeta se dirige à Assíria e prediz sua destruição.Teu sepulcro. Da Assíria (ver Ez 32:22, 23).Es vil. Ou, “és frívola”, “és nada”.
Na.1:15 15. Boas-novas. Uma exclamação de alegria pela derrota do inimigo do povo de Deus (ver com. de Is 52:7). Naum 1:15 é o primeiro versículo do cap. 2 tanto em hebraico como em siríaco.Celebra as tuas festas. Com o restabelecimento da paz, seria mais uma vez possível para o povo de Judá celebrar as grandes festas religiosas (ver com. de Ex 23:14-17; Lv 23:2; Dt 16:16). O profeta Naum pleiteia com o povo para entrar plenamente no espírito dessas ocasiões solenes a fim de que Deus abençoasse a nação e a fizesse prosperar (ver p. 13-15).Votos. Em gratidão por sua libertação, os israelitas deviam resgatar as promessas feitas em tempos de dificuldade e perigo.Passará. Ver v. 12.Inteiramente exterminado. Ver com. do v. 9.Capítulo 2Os temíveis e vitoriosos exércitos de Deus contra Nínive.I 2 O leão arrebatava o bastante para os seus filhotes, estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de vítimas as suas cavernas, e os seus covis, de rapina.
Na.2:1 1. Ó, Nínive. Mais uma vez, o profeta se dirige ao povo da Assíria (ver com. de Na 1:14), alertando-o sobre o futuro turbulento. O contexto mostra (Na 1:1, 2:1, 8, 3:1, etc.) que o cap. 2 descreve a queda de Nínive.Contra ti. Quando as forças em ataque cercassem a cidade, os seus habitantes claramente perceberíam o perigo.Guarda a fortaleza. Em tom irônico, o profeta admoesta o povo de Nínive a se preparar para o cerco final à cidade, embora tal preparo fosse em vâo.
Na.2:2 2. Restaura. Do heb. shuv, palavra que também pode significar "trazer de novo”, "voltar", sentido dado pela NTLE1 e a ARC. Ambas as idéias parecem se encaixar no contexto. A excelência de Jacó pode ser considerada corno anteriormente arrebatada pelosassírios, ou como sendo então restaurada com a destruição cios assírios.Saqueadores. Os assírios mataram e pilharam o povo escolhido de Deus que, por sua vez, fora morto e pilhado por seus conquistadores.
Na.2:3 3. Seus heróis. Provável referência aos que fizeram o cerco a Nínive.Vermelhos» Os escudos deviam ser coloridos, ou o bronze e o cobre da armadura pareciam vermelhos. Pode ser também que o vermelho dos escudos signifique o sangue dos mortos em batalha.Cintila. Do heb. -peladhoth, palavra que ocorre apenas aqui no AT, e de significado incerto. /Alguns, a partir de comparação com o árabe e o persa, sugerem o significado de “aço”, permitindo que a frase seja traduzidacomo “com o fogo do aço”, No entanto, a derivação é duvidosa. Por unia mudança no hebraico, a NTLH diz: “os carros de guerra brilham como fogo”. A tradução “tochas” é obtida através de uma transposição das duas primeiras consoantes de peladhotk. O inimigo conquistador não procuraria tomar a cidade de assalto. O profeta graficamente retrata uma cena de brilho faiscante. A referência pode ser aos enfeites dos carros, às armas dos soldados, aos adereços dos cavalos, os quais brilhariam ao sol e dariam a aparência de chamas de fogo.No dia do seu aparelhamento. A referência deve ser a Deus, que é representado como o que reúne as hostes para a batalha (ver com. de Is 13:4, 6). Alguns pensam que a referência é ao comandante das forças inimigas.Vibram as lanças. “Lanças de pinho” (NVI). Do heb. beroshim, identificado como o zimbro fenício, semelhante ao cipreste (ver ACF). A mudança de uma consoante no hebraico (ver o vol. 1, p. 1, 2) dá o significado de “cavalos agitados” (ver NTLH). Essa mudança é apoiada pela LXX, que diz nessa passagem: “os cavalos serão lançados em confusão”. O heb. raal, “vibrar”, pode ser traduzido por “tremer”, “sacudir” (ver ARC).
Na.2:4 4. Carros. Do heb. rekev, veículos de duas rodas de vários tipos, puxados por cavalos. A carruagem era usada quase que exclusivamente para fins militares (ver com. de Êx 14:9) e cerimônias de estado (ver com. de Gn 41:43). Embora não haja evidência arqueológica de que as carruagens eram usadas para levar funcionários do governo em missões oficiais, não há praticamente nada que indique que elas eram usadas para o transporte privado comum.Furiosamente. Literalmente, “agir loucamente”, a partir de uma palavra cuja raiz hebraica significa “ser lunático”.Cruzam velozes. A força esmagadora dos exércitos que atacariam Nínive éaqui indicada. Uma multidão de veículos de guerra se “chocariam” uns com os outros (ver ARC). Todo o contexto deste capítulo mostra claramente que Naum estava descrevendo, em linguagem gráfica, a queda de Nínive.Tochas. Do heb. lapjridkim, palavra comum para tochas ou lâmpadas (Gn 15:17; Jz 7:16; ver com. de Na 2:3).
Na.2:5 5. Os nobres. Literalmente, “seus poderosos”. Evidentemente, o rei assírio cobra de seus generais a defesa dos muros da cidade. Na pressa e confusão, ou talvez em condição parcialmente sóbria, eles “tropeçam em sua marcha”.Inimigo armado. Do heb. sokek, cujo significado é “barricada”.
Na.2:6 6. Comportas. Há uma referência figurativa ao ataque do inimigo ou à inundação literal da cidade. No entanto, os detalhes são escassos. Alguns sustentam que a profecia teve seu cumprimento no incidente descrito pelo historiador grego Diodoro (ii.26, 27), que descreve a queda de Nínive por uma rara inundação de grandes proporções do Eufrates (ou, Tigre), que destruiu parte da muralha e abriu a cidade para os medos e os babilônios.Destruído. Provavelmente para ser tomado em sentido figurado, significando que o palácio ficaria enfraquecido, incapaz de oferecer qualquer resistência ao inimigo.
Na.2:7 7. Está decretado. O significado desta palavra hebraica é incerto. Várias interpretações têm sido propostas. A ARA a traduz como uma expressão verbal. Outros a consideram como um substantivo, “deusa” (NTLH). Ainda outros consideram que é um nome próprio, transliterando-a como “Huzabe” (ARC), que seria o nome de uma rainha assíria ou o nome de Nínive personificando a si mesma. O gênero feminino é indicado pelo verbo hebraico com o qual a palavra está associada.Gemem. Do heb. nahag. Esta palavra também significa “gemer” ou “lamentar”, o que se encaixa neste contexto.Como pombas. Isto é, as servas lamentariam como [o barulho de] pombas (ver Is 38:14; 59:11; Ez 7:16).Batem no peito. Literalmente, “batendo em um tambor”, isto é, bater como em um adufe ou pandeiro (ver vol. 3, p. 15). Bater no peito expressa tristeza profunda e comovente (ver Lc 18:13; 23:48).
Na.2:8 8. Nínive. O hebraico do v. 8 é obscuro.
Na.2:9 9. Abastança. Fontes gregas afirmam que os “despojos” de “prata” e “ouro”, tomados de Nínive, eram elevados em quantidade e valor. Não é de estranhar que os conquistadores encontrassem despojos tão ricos na cidade que tinha “pilhado” tantos povos (ver 2Rs 15:19, 20;• 16:8, 9, 17, 18; 17:3; 18:14-16; etc.).
Na.2:10 10. Vacuidade, desolação e ruína. Do heb. buqah umebuqah umebullaqah. “Destruída, deserta, despovoada” (NTLH) é uma tentativa de reproduzir a aliteração forte no hebraico que descreve a ruína de Nínive (ver com. de Am 5:5).O coração se derrete. Expressão que denota medo e desespero (verjs 7:5; Is 13:7; Ez 21:7).Os joelhos tremem. Ver Dn 5:6. Rosto [...] empalidece. Ver com. de
Na.2:11 11. Covil dos leões. Nos v. 11 e 12, oprofeta emprega a figura de um leão para descrever o poder da Assíria (ver Jr 50:17; PR, 265; ver com. de jr 4:7). Ele mostra vivi- damente como Nínive, através de suas conquistas, reteve despojos suficientes para o seu povo.
Na.2:12 Sem comentário para este versículo
Na.2:13 13. Estou contra ti. Ver Na 3:5; jr 51:25; Ez 38:3. A destruição de Nínive chegou depois que ela atingiu o limite do tempo de graça sem mostrar arrependimento persistente. A paciência divina chegara ao fim (ver PR, 364).O Senhor dos Exércitos. Ver com.de Jr 7:3.Leõezinhos. Aqui, evidentemente, a referência é feita aos guerreiros da cidade (ver com. do v. 11).Embaixadores. Provável referência àqueles que levavam as ordens reais aos civis e aos generais (ver 2Rs 18:17-19; 19:23).Capítulo 3A completa ruína de Nínive.da bela e encantadora meretriz, da mestra de feitiçarias, que vendia os povos com a sua prostituição e as gentes, com as suas feitiçarias.consome os teus ferrolhos.
Na.3:1 1. Cidade sanguinária. Ou, um lugar onde o sangue era derramado livremente, sem quaisquer escrúpulos (ver Ez 24:6, 9; 11 c 2:12). Os monumentos assírios mostram como cativos eram esfolados, decapitados, empalados vivos ou pendurados pelas mãos ou pés para morrer em lenta agonia. Essas e outras práticas desumanas revelam a crueldade dessa nação. Suas inscrições reais continuamente se vangloriam do número de inimigos mortos, levados cativos, cidades arrasadas e saqueadas, plantações e árvores frti tífera s destruidas.Roubo. Do heh. pereq, "um ato de violência”, denotando a violência dos assírios ao lidar com os povos conqu istados. A frase fina l do v. 1 indica que os líderes de Nínive jamais deixaram de pilhar suas vítimas (ver Is 33:1).
Na.3:2 2. Estrondo. O profeta descreve aqui os sons do avanço dos exércitos sitiantes,depois de já ter descrito a aparência deles (Na 2:3, 4).E como se ele ouvisse, por assim dizer, o estalar dos chicotes dos cocheiros, o barulho das rodas dos carros, os cavalos a galope e o avanço veloz das carruagens.
Na.3:3 3. Multidão de trespassados. O número de mortos era tão grande que os guerreiros vivos tropeçavam nos corpos, dificultando o avanço no campo de batalha.
Na.3:4 4. Prostituição. Expressão usada íi~ gurat iva mente para idolatria (ver Ez 23:27; Os 1:2, 4:12, 13; 5:4). A idolatria foi outro motivo para a queda da Assíria. Como a idolatria assíria se tornava aberta mente imoral, designá-la como "prostituição" era duplamente apropriado (ver com. de 2Rs 9:22).
Na.3:5 5. Estou contra ti. Ver com. de Na 2:13.Senhor dos Exércitos. Ver com, de Jr 7:3.Levantarei as abas de tua saia. Literalmente, “descobrir as tuas saias” (ver Is 3:17; 47:3; Ez 16:37; ver com. de Jr 13:26). Por causa das “libertinagem” de Nínive (ver Na 3:4), Deus a puniría do modo mais vergonhoso, como uma prostituta.
Na.3:6 6. Imundícias. Do heb. shiqquts, “coisa abominável”, geralmente usada em conexão a culto idólatra.Por espetáculo. A LXX diz “um exemplo público” (ver Mt 1:19). Continuando com a figura da “prostituta” (Na 3:4), o profeta, prediz que Nínive sofreria a ignomínia e os maltratos que uma mulher podería receber da ralé (ver Ez 16:37-40).
Na.3:7 7. Fugirão de ti. Uma figura que indica a punição extrema a vir sobre Nínive. A vista da terrível destruição, o espectador fugiría.Quem terá compaixão dela? Uma pergunta retórica indicando que ninguém se compadecería, já que ela merecia o castigo (ver Jr 15:5, 6).
Na.3:8 8. Es tu melhor do que Nô-Amom.Do heb. No’ 'Amon, a cidade do deus egípcio Amen, ou seja, a cidade de Tebas, no alto Egito (cf. Jr 46:25; Ez 30:14-16). Esta cidade célebre, com seus túmulos reais, seus colossos e esfinges, os magníficos templos de Karnak e Luxor, com suas colunas maciças e colunatas, situava-se soberbamente no Nilo, como era Nínive, sobre o Tigre. Naum adverte a Nínive de que, diante do Céu, ela não era melhor do que Tebas e podia facilmente encontrar o mesmo destino.Tebas havia sido destruída em 663 a.C. por Assurbanípal, rei da Assíria.O mar. Aqui usado para se referir ao rio Nilo. No AT, os grandes rios são chamados ; de “mares” (ver Is 19:5; jr 51:36). A frase final significa simplesmente que o Nilo, com seus canais, constituía o “muro”, ou as defesas de Tebas.
Na.3:9 9. Etiópia. Ou, Cuxe, principalmente a clássica Nubla, ou o Sudão moderno (ver com. de Gn 10:6). O rei que governouo Egito no tempo da destruição de Tebas foi Tanutamon, o sucessor e sobrinho de Taharka, o Tiraca bíblico. No AT, Tiraca é chamado de “rei da Etiópia” (ver com. de 2Rs 19:9), porque pertencia à 25a dinastia também chamada dinastia “etíope” do Egito (ver vol. 2, p. 35-37).Egito. O povo egípcio se juntou aos núbios e formaram uma força “inumerável” (2Cr 12:3).Pote. Muitos egiptologistas pensam tratar-se de Punt, mas os assiriologistas consideram Pute como parte da Líbia (ver com. de Ez 27:10).Líbia. Ver com. de 2Cr 12:3.
Na.3:10 10. Foi levada. A força de Tebas e seus recursos aparentemente ilimitados, incluindo a ajuda dos confederados, não a salvaram da queda (ver com. do v. 8).Despedaçados. Parte do tratamento cruel usualmente dispensado às cidades conquistadas nos tempos antigos (ver 2Rs 8:12; SI 137:9; Is 13:16).
Na.3:11 11. Também tu. O profeta volta a se dirigir a Nínive.E te esconderás. Nínive não tecia poder para resistir.
Na.3:12 Sem comentário para este versículo
Na.3:13 13. Como mulheres. Os assírios, até então fortes e bravos, seriam como “mulheres", no sentido de não poder resistir e derrotar os exércitos sitiantes (ver com. de Os 10:5)
Na.3:14 14. Fortifica. Ou seja, fortalecer lugares que podiam estar fracos nas fortificações. O profeta, em toque de ironia, manda que Nínive faça todo o possível a fim de se preparar para um cerco longo e difícil.Pisa a massa. Literalmente, “molda os tijolos”.
Na.3:15 15. Ali. Apesar de todos os cuidados tomados para fortalecer os lugares frágeis nas fortificações, o “fogo” iria “devorar” a cidade. A arqueologia tem mostrado claramente que esta profecia foi literalmente cumprida.Ainda que te multiplicas. Embora os assírios reunissem exércitos tão numerososcomo as hordas de gafanhotos ou locustas, isso de nada lhes valería.A locusta. Do heb. yeleq, o estágio inicial do gafanhoto (ver SI 105:34; Jr 51:14, 27; jl 1:4; 2:25). Evidentemente o profeta usou essa figura aqui e no versículo seguinte para mostrar que a destruição de Nínive seria repentina e completa como os gafanhotos fazem nas plantações.
Na.3:16 16. Teus negociantes. Nínive estava vantajosa mente sit uada para desenvolver extenso comércio com outros países. Alas essas relações comerciais seriam de nenhum proveito para ela. A destruição causada pelos inimigos seria rápida e completa.
Na.3:17 17. Teus chefes. Do heb. tafsarim, “cronistas” ou “eseribas” (ver com. de Jr 51:27). Este termo se refere a oficiais militares de alta patente, os quais são retratados, com frequência, nos monumentos.Assim como as locustas se tornam inativas e inertes no frio, também os líderes e oficiais se tornariam impotentes ante aderrocada da cidade. A única coisa que restaria ao exército assírio seria ‘‘fugir” ou perecer e desaparecer.
Na.3:18 18. Os teus pastores dormem. Os líderes da nação são representados como dormindo diante de suas responsabilidades ou realmente sendo mortos em batalha, “dormindo” o sono da morte.O teu povo se derrama. Sem os líderes, o povo de Nínive não podería oferecer resistência aos inimigos.
Na.3:19 19. Não há remédio. Literalmente, “sem amenizar” ou “sem alívio”.Os que ouvirem a tua fama. Do heb. shemd, “um relato” (ver Gn 29:13; Ex 23:1; Dt 2:25). Diante do relato da queda de Nínive, as nações vizinhas são retratadas como aplaudindo alegremente porque isso significaria o fim da crueldade e da opressão implacável para com outros povos. O profeta termina sua mensagem com uma nota de certeza. O tempo de graça para Assíria havia acabado, portanto, não haveria mais misericórdia.