Capítulo e Verso | Comentário Adventista > Miquéias |
Mq.1:1 | 1. Palavra do Senhor. Ver Jr 46:1.Morastita. Habitante de Moresete-Gate (v. 14), povoado supostamente localizado na parte baixa de Judá, cerca de 35 km a sudoeste de Jerusalém, atualmente chamado de Tell ej-Judeideh. O nome Moresete-Gate significa “propriedade [ou, vinha] de Gate”.Nos dias de Jotão. Ver p. 1115. Isaías, Oseias e Amós começaram a profetizar pouco antes de Miqueias, durante o reinado de Uzias, pai de Jotão (Is 1:1; Os 1:1; Am 1:1). Sem dúvida, os reis mencionados são os de Judá porque a missão de Miqueias se desenvolveu particularmente no reino de Judá, no sul. No entanto, como Amós (ver p. 1053), ele também profetizou contra o reino do norte de Israel. |
Mq.1:2 | 2. Todos os povos. O mundo inteiro é convocado a testemunhar os juízos divinos contra Samaria e Jerusalém. No destino do povo escolhido de Deus, as pessoas podem ler o destino de todas as nações que se recusam a seguir o plano divino (ver PR, 364; Dn 4:17).Seu santo templo. Comparar com Hc 2:20. |
Mq.1:3 | 3. Eis que o Senhor sai. Os v. 3 e 4apresentam uma terrível descrição figurativa do julgamento divino sobre Samaria e Jerusalém (comparar com Is 26:21).Seu lugar. Ou, “Seu santo templo” (v. 2).Os altos da terra. Deus é representado como descendo e caminhando sobre o topo das montanhas e colinas (ver Am 4:13). |
Mq.1:4 | 4. Os montes [...] se derretem. Frequentemente, a vinda do Senhor é representada como acompanhada por convulsão da natureza (ver Jz 5:4, 5, SI 97:4, 5; ver com. do Sí 18:7, 8). Uma agitação mais terrível no mundo físico vai preceder a segunda vinda de Cristo (Mt 24:29; Ap 16:18-21; GC, 636, 637). |
Mq.1:5 | 5. Transgressão. Os v. 5 a 7 descrevem a punição vindoura sobre Israel, o reino do norte, por seus pecados.Jacó. Este nome representa aqui as dez tribos que formavam a “casa de Israel”, como fica evidente nesta expressão.Samaria. Como capitais de Israel e Judá, respectivamente, Samaria e Jerusalém haviam se tornado em centros de idolatria e iniquidade. Samaria fora construída pelo ímpio Onri e seu filho Acabe, que, seguindo os passos do pai, erigiu ali um templo a Baal (ver lRs 16:23-33; para uma descrição de Samaria, ver com. de lRs 16:24).Os altos. A LXX diz aqui: “qual é o pecado da casa de Judá?” Essa leitura provê um melhor paralelismo com a frase precedente: “qual é a transgressão de Jacó?” Se “altos” deve ser mantido, há uma referência óbvia aos santuários pagãos erguidos sobre lugares elevados onde os habitantes de Judá praticavam a idolatria (ver lRs 14:22-24; 15:9-15; 22:43; etc.). Ezequias foi o primeiro, dentre os reis de Judá, a combater severamente esses centros idólatras (ver 2Rs 18:4). Evidentemente, a profecia de Miqueias precedeu essa reforma. |
Mq.1:6 | 6. Farei. O tempo verbal no futuro indica que a destruição de Samaria, que teve lugar no sexto ano do reinado de Ezequias, ainda não havia ocorrido (2Rs 18:9-11).Um montão. Do heb. ‘i, "um monte de ruínas”.Campo. Ou, “plantações”. Samaria devia ser destruída tão completamente que vinhas cresceríam em seu lugar.Farei rebolar. Samaria situava-se em uma colina cujo topo era plano e as encostas, íngremes (ver lRs 16:24).Descobrirei. Literalmente, “mostrarei", “revelarei" ou “desnudarei”. |
Mq.1:7 | 7. Despedaçadas. Comparar com 2Cr 34:3, 4, 7.Salários. Do heb. ethnan, palavra frequentemente usada em conexão com o aluguel de uma prostituta (ver Dt 23:18; Ez 16:31, 34; Os 9:1). O significado desta parte do versículo não é claro.Ajuntou. O objeto “os” foi acrescentado, e deve se referir às imagens de escultura e aos ídolos que deviam ser destruídos.Eles haviam sido adquiridos por meio do “aluguel de uma prostituta’. A prostituição era praticada em certos templos pagãos, como parte da adoração à deusa da fertilidade.Volverão. O significado exato deste termo não é claro. A linguagem é altamente poética e o literalismo provavelmente deve ser evitado. O sentido geral da passagem parece claro. Samaria devería sofrer a perda daquilo em que confiava. |
Mq.1:8 | 8. Lamento. Ou seja, a desgraça que vi ri a sobre Samaria também ameaçaria a segurança de Judá.Despojado. Do heb. shelal, “pés descalços”.Nu. Do heb. ‘amm, designando nudez completa ou alguém semi-despido. Miqueias representa a si mesmo, não só como um enlu- tado que tira suas vestes exteriores, mas também como um cativo que está completamente despido e é levado nu e despojado (ver Is 20:2, 3).Chacais. Do heb. tannim. A tradução “dragões” parece ter surgido de uma confusão entre tannim com tannin, propriamente uma “serpente” ou “monstro”. O chacal é conhecido por seu uivo triste.Avestruzes. Do heb. benoth yaanah, acredita-se que representa o avestruz. Esta ave emite um som triste e lamentoso. |
Mq.1:9 | 9. Suas feridas. Literalmente, “seus ferimentos”, embora a LXX e a Siríaca vertam no singular.Incuráveis. O dia de graça havia acabado para Samaria. A taça de iniquidade da nação estava cheia; as contas, encerradas. Chegara o tempo da ira divina entrar em ação (ver PR, 364).Até Judá. Também Judá era culpada (v. 5) e deveria receber o castigo. |
Mq.1:10 | 10. Não o anuncieis. Os v. 10 a 16constituem um canto fúnebre sobre o julgamento que cairia sobre Judá. A frase de abertura é tirada do lamento de Davi em relação a Saul (2Sm 1:20).Gate. Uma das cinco principais cidades dos filisteus, cuja localização é incerta (sobre os lugares sugeridos, ver 2Rs 2:17). A ruína de Judá não devia ser proclamada neste centro inimigo. Em hebraico, a palavra para Gate se aproxima do som da palavra “declarar”. Alguns estudiosos acreditam que há aqui um jogo de palavras que pode ser reproduzido como: “Não conte na cidade que conta.” Esses jogos de palavras são comuns na poesia hebraica.Nem choreis. Alguns sugerem outro jogo de palavras nesta frase, que pode ser reproduzido da seguinte forma: “Pranteiem na Cidade-Pranto.” Mas essa leitura só pode ser obtida por uma mudança no texto hebraico. O hebraico não menciona o nome de uma cidade; mas, uma vez que todas as demais frases no contexto o fazem, alguns pensam que se pretendia o mesmo aqui. Os nomes Baca e Boquim, a partir do radical Bakah, “prantear” ou “chorar”, têm sido sugeridos.Bete-Leafra. Ou, transliterado de forma mais completa, Beth-le-afrah, talvez a et-Taiyibeh, próxima a Hebrom. Afrah vem de uma raiz hebraica que significa “pó”. Estudiosos sugerem outro jogo de palavras aqui, que pode ser reproduzido como: “Rolem no pó da Cidade-Pó”. |
Mq.1:11 | 11. Safir. O nome significa “lindo”. A localização é incerta. Alguns sugeriram Khirbet el-Kôm, cerca 13 km de Hebrom.Zaanã. Talvez idêntico ao Zaanã (Js 15:37), uma cidade em Sefelá, de Judá.O pranto. O hebraico desta passagem é obscuro. A NVI diz: “Bete-Ezel está em prantos; foi-lhe tirada a proteção.” No entanto, o significado permanece incerto.Bete-Ezel. Possivelmente Deir el-Atsal, perto de Debir, no sul de Judá. |
Mq.1:12 | 12. Marote. Provavelmente o mesmo que Maarate (Js 15:59), perto de Hebrom. |
Mq.1:13 | 13. Ata os corcéis. Ou seja, engate os cavalos ao carro para que haja umafuga precipitada. Há aqui outro jogo de palavras, que seria: "Sela os cavalos para as carruagens, habitante da Cidade-Cavalo.” O som da palavra para Laquis sugere o nome "Cidade-Cavalo".Laquis. Uma cidade-fortaleza de Judá, cerca de 43 km a sudoeste de Jerusalém. A cidade caiu sob Senaqueribe, no momento da invasão de judá (ver 2Rs 18:14). Um baixo-relevo no museu Britânico, levado da Assíria, descreve o cerco de Laquis (ver vol. 2, p. 47). As ruínas de Laquis hoje são chamadas de Tell ed-Duweir.O princípio do pecado. Não é revelado como Laquis se tornou o princípio do pecado de judá. |
Mq.1:14 | 14. Portanto. Evidentemente Judá é abordada aqui.Presentes. Do heb. shilluchim, “enviar presentes”, como um dote para o casamento da filha (ver lRs 9:16). A passagem pode significar que Judá deve entregar a posse de Moresete-Gate.Moresete-Gate. Ver o v. 1.Aczibe. Do heb. 'Akzib, possivelmente, uma cidade localizada em Sefelá ou na várzea de Judá, perto de Adulão. Talvez deva ser identificada com a moderna Tell el- Beida (ver Js 15:44). Como a palavratraduzida como “mentira” é akzab, há aqui outro jogo de palavras significativo: “As casas de Aczibe [Cidade-Mentira] serão ’akzab [mentira]”. |
Mq.1:15 | 15. Maressa. Cidade situada em Sefelá, de Judá (ver Js 15:44; 2Cr 14:9), 37,5 km a sudoeste de Jerusalém, hoje identificada com Tell Sandahannah. Por ser semelhante em som à palavra heb. morashah, que significa “herança”, provavelmente aqui há outro jogo de palavras: “Portanto, trarei um herdeiro que vai reivindicar sua Cidade-Herança.”Chegará. A sentença pode ser traduzida como na NVL “a glória de Israel irá a Adulão”. No entanto, o significado é obscuro. Alguns pensam que a referência é à nobreza de Israel, que iria buscar refúgio em lugares como a caverna de Ad ulão, onde Davi se escondeu (lSm 22:1, 2). |
Mq.1:16 | 16. Faze-te calva. Um símbolo de luto (ver Am 8:10). Jerusalém é chamada a lamentar seus filhos levados ao exílio.Tosquia-te. Do heb. gazaz, “cortar os cabelos”. A frase é paralela a “faze-te calva”.Águia. Do heb. nesher, usada para designar tanto a águia quanto o falcão. Provavelmente, aqui, a palavra se refere ao abutre careca.Capítulo 2I A opressão é condenada. 4 Uma lamentação. 7 Reprovação à injustiça e à idolatria. 12 Promessa da restauração de Jacó.a vossa cerviz; e não andareis altivamente, porque o tempo será mau.y ii) lnão é lugar aqui de descanso; ide-vos por causa da imundícia que destrói, sim, que destrói dolorosamente. |
Mq.2:1 | 1. Ai daqueles. Nos v. 1 e 2, Miqueias condena a injustiça e a opressão para com os pobres.No seu leito. Isto é, à noite, eles elaboram o plano que esperam executar no dia seguinte (ver Jó 4:13, SI 4:4; 36:4). Assim, tão intencionais eram esses malfeitores que esperavam cumprir seu propósito logo que irrompesse a luz do dia.O poder. Eles operavam sob o princípio perverso de que "o poder dá o direito". Ouando os homens tiram proveito de seu poder, é quase certo que irão abusar dele. O texto da LXX: "pois eles não levantaram as mãos para Deus”, provavelmente resulta de um mal-entendido do hebraico aqui empregado. A palavra traduzida por "poder” é el, frequentemente traduzida por "Deus”. No entanto, essa expressão idiomática parece claramente ter o significado de "poder” (ver o mesmo idiomatismo em Gn 31:29; Dt 28:32; Ne 5:5; Pv 3:27). |
Mq.2:2 | 2. Cobiçam campos. Eles eram tão cobiçosos e vorazes pela posse da terra que executavam seus projetos avarentos através da violência (cf. IRs 21; Is 5:8; Os 5:10, Am 4:1). Anteriormente, a terra vendidadevia voltar ao proprietário original no ano do jubileu (Lv 25:10, 28). As propriedades não deviam ser transferidas de tribo para tribo (Nm 36:7). |
Mq.2:3 | 3. Eis que projeto. O pecado tinha despertado desrespeito às relações iam i liares. Deus traria juízo “contra esta família” de toda a nação. Assim como eles projetavam a iniquidade, Deus iria “projetar um mal”.Não tirareis a vossa cerviz. O castigo seria como um jugo pesado e irritante, do qual não poderíam se livrar.Andareis altivamente. Isto é, com a cabeça erguida. O orgulho dos opressores seria humilhado.Será mau. Ou, “vou retribuir maldade com maldade” (BV). O profeta está falando do julgamento futuro que Deus enviaria sobre o Seu povo. |
Mq.2:4 | 4. Um provérbio, Do heb. mashal, aqui, provavelmente, no sentido de "uma canção insultuosa”. "Naquele dia”, ou no tempo mau mencionado no versículo anterior, o inimigo provocaria os israelitas, empregando as palavras que eles mesmos usaram em lamento por sua calamidade (ver Hc 2:6). Com zombaria, eles imitariam os judeus aflitos em lamentaro fato de outrora terem sido prósperos, mas, nesse momento, ‘'inteiramente desolados”, reduzidos à ruína, com a herança, “a porção do meu povo”, tendo sido tirada deles. Em outras palavras, a terra de Canaã, que Deus prometeu aos descendentes de Abraão (cf. Gn 13:14, 15), seria transferida para os inimigos. Não há zombaria mais ferina do que a repetição em tom jocoso para lamentar o mal ocorrido a alguém.Reparte. Do heb. shovev, “retroceder” ou “apostatar”. Com este último sentido, a frase diria: “Ele divide nossos campos com um apóstata”. Por uma mudança no texto hebraico, a NTLH diz: “Ele tirou o que era nosso e deu aos que nos conquistaram.” |
Mq.2:5 | 5. Lançando o cordel. Não está inteiramente claro quem fala nem a quem se diz. A sentença não segue a estrutura poética do v. 4, e assim não é, evidentemente, uma continuação da provocação. Provavelmente, Miqueias esteja se dirigindo a um membro impenitente da classe alta tirânica e opressora, mencionada nos v. 1 e 2, ou ao grupo como um todo. Miqueias informa ao opressor que ele não terá mais herança em Israel porque negociou injustamente com a terra de seu vizinho. O cordel era a linha de medição utilizada na divisão da terra (ver Am 7:17). |
Mq.2:6 | 6. Não babujeis. O significado deste versículo é obscuro e muitas interpretações têm sido sugeridas. O texto diz, literalmente: “Não profetize desse jeito, não diga coisas assim. Essas coisas ruins nunca acontecerão conosco.” As palavras parecem ser um protesto por parte dos repreendidos por Miqueias. |
Mq.2:7 | 7. Coisas anunciadas. Do heb. amur, do radical amar, “falar”, portanto, indica “algo falado” ou “anunciado por alguém”. Como a palavra em hebraico traz o prefixo interrogativo, a frase pode ser traduzida como: “Acaso dir-se-á, ó casa de Jacó (TB). Miqueias repreende os que falam (v. 6) para expressar pensamentos estranhos ao Espírito de Deus.Suas obras. Castigos e julgamentos não vêm porque Deus quer que seja assim (ver SI 103:8-14; Ez 18:25-32). Ele é um Deus de amor e tem prazer na misericórdia. A punição é para Ele uma “estranha obra”, um “ato estranho” (ver Is 28:21; Jr 31:20; Lm 3:32, 33; ljo 4:7, 8). Miqueias afirma que o castigo resulta de nossas próprias “obras”, não das de Deus (ver Ez 33:11). “O pecador é, neste sentido, o próprio executor da sua sentença” (ver GC, 36, 37). Assim como o sol não pode ser responsabilizado pela sombra projetada por um objeto, do mesmo modo Deus não pode ser responsabilizado pela iniquidade do pecador (Tg 1:13-15).Fazem o bem. A Palavra de Deus é boa e carregada de bênçãos para quem a obedece (Dt 7:9-11; SI 18:25, 26; 25:10; 103:17, 18; Rm 7:12; 11:22).Retamente. Literalmente, “encurtado”. Usado em conexão com “espírito”, a palavra significa “ser [ou, tornar-se] impaciente”. Aqui, o profeta repreende aqueles que acusam o Senhor de ser impaciente e de ameaçar Seu povo. Isso não é assim, pois Deus tem sido sempre longânimo em suas relações com Israel. No entanto, quando pecam, as pessoas devem esperar colher os resultados de suas más ações (Ex 34:6, 7). |
Mq.2:8 | 8. Há pouco. Literalmente, “ontem”. O significado da frase é obscuro. Por uma mudança no hebraico, a NTLH diz: “Mas vocês, como se fossem inimigos, atacaram o Meu povo.”Como inimigo. Uma acusação contra os da classe alta que tratavam as pessoas comuns como inimigas, roubando e pilhando as mesmas. Embora eles fossem apóstatas e pecadores, em Seu amor constante, Deus os chama de “Meu povo” (ver Is 49:14-16; ]o 1:11).A capa. Do heb. salmah, um manto externo também utilizado para cobrir o corpo durante o sono. Não era permitido ao credor manter consigo o salmah do devedor durante a noite (ver com. de Ex 22:26).Que passam seguros. Os da classe alta apreendiam essas peças de vestuário das pessoas pacíficas e comuns. |
Mq.2:9 | 9. Lançais fora. Do heb. garash, cuja forma aqui usada indica uma expulsão forçada. A mesma forma do verbo ocorre em Gênesis 3:24.As mulheres. Provavelmente, as viúvas que deveriam ser defendidas (ver Is 10:2).Minha glória. As crianças seriam despojadas de suas bênçãos, provavelmente devido a necessidades e ignorância, ou por serem vendidas como escravas, sendo privadas da liberdade dada por Deus. |
Mq.2:10 | 10. Ide-vos. Os opressores deviam ser expulsos de suas terras, assim como haviam banido os outros.Descanso. Ou, a terra de Canaã (Dt 12:9; SI 95:10, 11).Imundícia. Por causa de suas iniquida- des (ver Lv 18:25, 27).Que destrói. Esta frase é obscura no hebraico. Seria a terra que destrói por expulsar seus habitantes, ou seria a imundícia que destrói os contaminados por ela. |
Mq.2:11 | 11. Se houver alguém. Por causa de suas iniquidades, os pecadores entre o povo de Deus não gostavam dos que repreendiam e condenavam suas transgressões. Os que flertavam com o mal tomavam uma atitude de indiferença para com o pecado e profetizavam mentiras agradáveis. Eram os profetas populares (ver Jr 14:13-15; 23:25-27; Ez 13:1-7).O vento. Do heb. ruach, significando também “espírito ”, daí a tradução: “Se houver algum que siga o espírito de falsidade’’ (ARC).Eu te profetizarei. Não bá nada que possa enganar tanto as pessoas crédulas como revestir a Palavra de Deus com ensinamentos falsos (Mt 7:15; 15:7-9).Vinho. Esses videntes espúrios prometiam > prosperidade material e prazeres sensuais. |
Mq.2:12 | 12. Certamente, te ajuntarei. Mi- queias volta a atenção da maioria do povo, que havia tomado o caminho do mal, paraa minoria, o remanescente, que entraria na promessa de restauração e libertação após o cativeiro. Desse modo, o profeta nega a acusação repetida pelos falsos profetas de que ele era um incurável prognosticador de tristeza e angústia. Com um otimismo de longo alcance profético, ele afirma que, depois do exílio, haveria um futuro de alegria e felicidade para os que servem ao Senhor.Todo. Ou seja, todo o remanescente. Embora Deus deseje que todo o seu povo professo “seja salvo” (lTm 2:3, 4; cf. Tt 2:11; 2Pe 3:9), apenas poucos, “o restante”, que sinceramente se converterem dos seus pecados e andarem no caminho da justiça, serão salvos (ver Is 10:20-22; Jr 31:7, 8: Ez 34:11- 16; Sf 3:12, 13). Pela graça de Deus, “muitos são chamados”, mas, por causa da iniquidade perversa do coração humano, infelizmente, “poucos são escolhidos” (Mt 22:14, NVI; cf. Mt 7:13, 14).Bozra (ARC). Uma cidade de Edom tinha este nome (Gn 36:33; cf. Is 63:1), bem como outra em Moabe (Jr 48:24). No entanto, nenhuma cidade parece se encaixar no sentido da passagem. Uma mudança na pontuação vogal (ver vol. 1, p. 1, 2) possibilita a leitura “no aprisco” (ARA), que apropriadamente se encaixa no contexto do paralelismo hebraico.Pasto. Uma mudança nas vogais altera o significado para “curral”.Grande ruído. O remanescente se tornaria uma grande multidão. |
Mq.2:13 | 13. O que abre caminho. Do heb. parats, “abrir uma brecha", “abrir passagem”. O paralelismo do versículo aponta para Yahweh, destruindo toda oposição diante de Seu povo.Romperão. Ou, “atravessarão”. Os cativos seguem seu líder. Sua passagem através dos portões mostra a saída da terra do exílio.O seu Rei. O mesmo Deus que tirou Seu povo da terra da servidão no Egito e, mais tarde, o livrou do cativeiro, libertará, em um futuro próximo, os Seus remidos da servidão e do cativeiro deste mundo de pecado.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 7 - Tl, 261 10 - MDC, 205; PR, 319Capítulo 3I A crueldade dos príncipes. 5 A falsidade dos profetas. 8 A segurança de ambos.[ Disse eu: Ouvi, agora, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel: Não é a vós outros que pertence saber o juízo? |
Mq.3:1 | 1. Cabeças de Jacó. Miqueias denuncia então as injustiças e a opressão dos líderes e dos falsos profetas.Não é a vós outros [...]? Com certeza esses líderes do povo deviam saber o que era justo e certo e deviam tê-lo praticado. No entanto, como ocorre com frequência, os detentores do poder abusaram de sua autoridade. Quanto mais destacado é alguém entre seus companheiros e mais importante é seu trabalho, maior é o alcance de sua influência. Ele pode usar essa influência para o bem ou empregar sua autoridade para encorajar o mal. |
Mq.3:2 | 2. Os que aborreceis o bem. Ver AmArrancais. Em vez de serem pastores para guiar e proteger as ovelhas, esses líderes eram como açougueiros do rebanho, aproveitando-se dele (ver Ez 34:2-6). |
Mq.3:3 | 3. Comeis a carne. De um modo metafórico chocante, o profeta enfatiza a extrema cobiça e a voracidade dos líderes em seus negócios com o povo comum (ver SI 14:4; Am 8:4). |
Mq.3:4 | 4. Não os ouvirá. Quando a misericórdia divina é persistentemente rejeitada e aconta é finalmente fechada, será inútil pleitear a remoção do juízo. Todos tiveram seu dia de oportunidade e, ainda que recebessem outra chance, persistiríam no caminho da impiedade. |
Mq.3:5 | 5. Acerca dos profetas. Nos v. 5 a 8,Miqueias denuncia os pecados dos falsos profetas que enganavam o povo, e pronuncia os juízos de Deus sobre eles. Ele mostra que eles pensavam apenas em si mesmos e em seu ganho. Ao se unir aos ricos, eles fecharam os olhos para as necessidades do povo e não condenavam os pecados de seu tempo.Quando têm o que mastigar. Uma comparação com a frase seguinte sugere que o profeta deve estar se referindo a comida. A expressão podería significar que os profetas, quando subornados com comida, profetizariam o bem estar do povo. No entanto, a palavra traduzida aqui é "morder” (nashak), sempre usada no AT para mordida de uma serpente (Gn 49:17; Nm 21:6-9; Pv 23:32; Ec 10:8, 11; Jr 8:17). Alguns consideram que a referência feita aqui é ao “veneno” ejetado pelos falsos profetas ao profetizar “paz” quando “não havia paz” (Ez 13:9, 10; cf. Jr 8:11; 14:13, 14). Esse tipo de conforto espúrio somente injetava o veneno do desastre e da morte nos ouvintes ingênuos.Na boca. Os falsos profetas se tornavam hostis àqueles que não os subornavam. |
Mq.3:6 | 6. Portanto, se vos fará noite. Estas palavras de calamidade anunciada são dirigidas aos falsos profetas ou aos governantes. Miqueias informa que, no tempo da angústia, nenhuma profecia viria para orientá-los (ver l Sm 28:6; Lm 2:9).Enegrecerá. O dia do julgamento revelaria a falsidade das previsões de paz. O sol de sua prosperidade e influência se poria. |
Mq.3:7 | 7. Os videntes se envergonharão. Porque as previsões de paz eram enganadoras.Cobrirão o seu bigode. Cobrir o bigode ou a barba era sinal de luto e vergonha (ver Lv 13:45; Ez 24:17, 22). |
Mq.3:8 | 8. Cheio do poder. Em contraste com os falsos profetas que seguiam “seu próprio espírito” (Ez 13:3), Miqueias era dirigido “pelo Espírito do Senhor” (ver 2Sm 23:2; IPe 1:10, 11; 2Pe 1:20, 21). Seu dom tríplice pode ser analisado do seguinte modo: (1) ele estava cheio de poder para proclamar a mensagem divina que atingiu com força seus ouvintes (ver Lc 1:17, At 1:8); (2) o julgamento e o conhecimento da justiça de Deus tornavam suas palavras certas e justas; e (3) ele tinha poder e coragem para comunicar as mensagens divinas contra toda e qualquer oposição (ver Is 50:7-9; Jr 1:8, 17-19; 15:20; 2Tm 1:7). u Quão oposto era o ministério de Miqueias ao dos profetas falsos, enganadores e bajuladores que assim se autodesignavam, ao chamarem “o mal bem e ao bem mal” (ver Is 5:20). |
Mq.3:9 | 9. Vós, cabeças. Os v. 9 a 12 retomam brevemente a iniquidade dos governantes, sacerdotes e profetas e anunciam a destruição vindoura de Sião e do templo. O profeta destemidamente condena os que deveríam ser os líderes na justiça, pela rejeição ao “julgamento” e pela perversão de todo direito. Os que deveríam ser exemplos de pureza e protetores e tutores da justiça e da equidade zombavam das leis de Deus e do homem. |
Mq.3:10 | 10. Com sangue. Ou, por meio de extorsão, voracidade e assassinatos (ver lRs 21;Jr 22:13-15; Am 5:11). |
Mq.3:11 | 11. Por suborno. Em vez de administrar imparcialmente a justiça, os juizes aceitavam subornos para decisões favoráveis contra o pobre e o indefeso (ver ls 1:23, Ez 22:12), uma prática proibida pela lei (ver Ex 23:8, Dt 16:18-20).Por interesse. Os sacerdotes, loucos por dinheiro, recebiam presentes além de seu sustento regular (Nm 18:20-24) e, sem dúvida, proviam instrução favorável ao inquiridor que lhes fosse generoso. Assim, esses apóstatas corromperam o ofício sagrado, tornando-o um meio de assegurar o ganho. Da mesma forma, os profetas, “por dinheiro”, proviam‘‘revelações'’ agradáveis àqueles que se dispunham a pagar por elas. Eles eram atormentados pelo espírito de Balaão, “que amou o prêmio da injustiça” (2Pe 2:15; cf. jd 11).Ainda se encostam. Embora engajados na maldade, os magistrados, sacerdotes e talsos profetas alegavam ser adoradores de Yahweh. Tinham uma religião formal apropriada para substituir a justiça e a verdade interior pela conformidade externa. Enganavam a si mesmos ao pensar que, por terem o templo de Jerusalém, eles tinham a garantia da presença divina em seu favor e uma defesa contra o mal (ver Is 48:1, 2; Jr 7:1-15). |
Mq.3:12 | 12. Síão. Originalmente, era o nome da fortaleza jebusita (2Cr 5:2; cf. 2Sm 5:7), mais tarde, porém, foi aplicado ao cume oriental todo e, poeticamente, a toda a cidade de Jerusalém (ver com. do SI 48:2).Lavrada. Simboliza a total destruição de Sião. Esta profecia foi dada nos dias de Ezequias (Jr 26:17-19). A previsão foi, literalmente, cumprida em 586 a.C.Montões. Comparar com Ne 2:17; 4:2; Jr 9:11.Monte. Ou, “bosques altos”. A altura imponente do Moriá se tornaria tão desolada como o topo de qualquer montanha.Capítulo 4l A glória, 3 a paz, 8 o reino e 11 a vitória do Israel de Deus.sairás da cidade, e habitarás no campo, e virás até à Babilônia; ali, porém, serás libertada; ali, te remirá o Senhor das mãos dos teus inimigos.Senhor, nem lhe entendem o plano que as ajun- tou como feixes na eira. |
Mq.4:1 | 1. Nos últimos dias. Miqueias 4:1 a 3 é praticamente idêntico a Isaías 2:2 a 4 (ver com. a estes versículos). Na ARA, as diferenças são pequenas; a ordem das palavras e algumas mudanças representam simplesmente diferenças de tradução. O texto hebraico é o mesmo. Não se pode determinar se Miqueias citou Isaías ou se Isaías citou Miqueias, ou se ambos citaram uma fonte anterior inspirada, ou ainda se cada um foi inspirado de forma direta ou independente ao escrever a passagem. Os dois eram contemporâneos (Mq 1:1; Is 1:1).Depois do pronunciamento do juízo sobre Sião (Mq 3:12), Miqueias se volta abruptamente para as promessas de restauração. Essa passagem pertence às declarações do AT que “contêm grande encorajamento” (CPPE, 455, 456) para o povo de Deus hoje, como para quem as mensagens foram originalmente dirigidas. |
Mq.4:2 | Sem comentário para este versículo |
Mq.4:3 | Sem comentário para este versículo |
Mq.4:4 | 4. Debaixo da sua videira. Uma imagem de abundância e segurança (ver lRs 4:25; Is 65:17-25).Disse. A gloriosa promessa foi, portanto, confirmada. Era certa porque a reputação de Deu s era a garantia. |
Mq.4:5 | 5. Seu deus. Nesta fase da restauração, os pagãos ainda não haviam se convertido. Mais tarde, de acordo com o plano divino, muitos seriam ganhos para o culto do Deus de Israel (ver p. 16). |
Mq.4:6 | 6. Os que coxeiam. Do heb. tsala, ‘‘mancar*, “coxear”. Israel, no exílio, é comparado a um rebanho disperso. Os v. 6 e 7 apresentam o plano de Deus para o remanescentede Israel. Esperava-se que um renascimento religioso alcançaria as fileiras dos exilados e que os israelitas, finalmente, aceitariam seu destino divino. Miqueias está prevendo os resultados gloriosos de tal avivamento. Infelizmente, o fracasso dos judeus tornou impossível a realização desses eventos com respeito ao Israel literal. Os propósitos do Céu seriam então realizados através da semente espiritual, o novo Israel (G1 3:7, 9, 29). Convertidos de todas as nações serão reunidos no reino espiritual da graça, que. na segunda vinda de Cristo, se tornará o reino da glória (ver p. 15-17). |
Mq.4:7 | Sem comentário para este versículo |
Mq.4:8 | 8. Torre do rebanho. Do heb. mig- âal-eder. O nome ocorre em Gênesis 35:21 como “torre de Eder”, um local desconhecido, onde Jacó acampou em sua jornada de Padã-Arã para o Hebrom. Torres de vigia, de onde os pastores guardavam os seus rebanhos, eram comuns (2Rs 18:8, 2Cr 26:10). O profeta podia ter em mente a figura de Jerusalém como a torre de onde o Senhor montava guarda sobre Seu povo (sobre o sentido messiânico, ver Jr 4:7).Monte. Do heb. ofel, literalmente, “uma protuberância**, “uma saliência”. O nome Ofel era aplicado à parte norte da colina a sudeste de Jerusalém (2Cr 27:3; 33:14; Ne 3:26, 27).O primeiro domínio. Ou, “o antigo domínio”, provável alusão à glória sob o reinado de Davi e Salomão. Em um sentido mais amplo e na forma em que esta previsão será cumprida, a passagem se refere à recuperação do “primeiro domínio”, que foi temporariamente perdido como resultado datransgressão de Adão (ver Mq 4:6; SI 8:6; ver também p. 13-17). |
Mq.4:9 | 9. Por que tamanho grito? Antes das bênçãos previstas nos v. 1 a 8, viria a angústia do cativeiro. Antes da coroa, haveria a cruz; antes dos sorrisos, lágrimas.Não há rei. Isto se cumpriu quando Jeoaquim e Zedequias foram levados em cativeiro (2Rs 24; 25).Conselheiro. Aqui usado como sinônimo de “rei”. A raiz da palavra hebraica para "rei”, malak, em sua forma acadiana, malãkii, significa '‘aconselhar”, “admoestar”.Dor. A metáfora das dores de parto é usada nas Escrituras para descrever tristeza, angústia e surpresa (Is 13:8; Jr 6:24; 50:43; Os 13:13; lTs 5:3). |
Mq.4:10 | 10. Sofre dores. Por causa do cativeiro então vindouro.Esforça-te. Um anúncio do cativeiro que se aproximava. Os judeus seriam obrigados a sair de Jerusalém, pousar em lugar aberto, “no campo”, enquanto viajariam para Babilônia. Isaías, contemporâneo de Miqueias, também previu a conquista de Judá por Babilônia (ver Is 39:3-8).Para dar à luz. Um cumprimento parcial desta profecia ocorreu, evidentemente, em 536 a.C. sob Ciro (ver Ed 1:1-4; Jr 29:10) e, posteriormente, sob Artaxerxes. No entanto, os que retornaram não eram pessoas espiritualmente reavivadas como se esperava em resultado da disciplina do exílio e da instrução dos profetas. Por isso,a gloriosa perspectiva retratada em Miqueias 4:1 a 8 não se cumpriu naqueles que voltaram para a terra de Judá após o exílio babi- lônico (ver com. do v. 6). |
Mq.4:11 | 11. Muitas nações. Se a nação que retornou tivesse desfrutado a prosperidade descrita nos v. 1 a 8, a oposição teria se levantado. As nações vizinhas tentariam esmagar a nação próspera, mas Deus interviria para livrar Seu povo (ver com. de Ez 38:1; Joel 3:1). |
Mq.4:12 | 12. Não sabem. Em seu cego autoen- gano, eles não percebiam que estavam destruindo não a Sião, mas a si próprios.Na eira. A eira é uma figura comum (Is 41:15; Jr 51:33; Hc 3:12). Há a possibilidade de traduzir “vale da decisão” como “vale da debulha” (ver com. de J1 3:14; cf. Ap 14:17-20). |
Mq.4:13 | 13. Levanta-te. O povo de Deus é representado sob a figura de um boi durante a debulha do trigo (ver Dt 25:4; cf. Is 41:13-16).De ferro o teu chifre. Provavelmente um símbolo adicional da destruição. Assim como o boi chifra suas vítimas, do mesmo modo Israel destruiría seus inimigos.Unhas. Os grãos eram trilhados pelos bois enquanto pisavam os molhos em uma eira. Às vezes, um carro pesado era arrastado atrás dos bois. Cascos de metal facilitariam muito o processo de debulha.Será dedicado. A LXX e os Targuns dizem: “será consagrado”. Os ganhos de guerra não deviam ser utilizados para o engrandecimento pessoal, mas dedicados ao Senhor e usados para o avanço de Seu reino.Capítulo 5 |
Mq.5:1 | 1. Ajunta-te. Jerusalém é chamada a convocar seus exércitos em vista da aproximação do perigo. Ela é chamada de "filha de tropas”, provavelmente por causa da concentração de tropas reunidas ali. A LXX apresenta a primeira parte do versículo como: “agora a filha de Efraim será completamente protegida”, leitura amplamente seguida pela RSV.Ferirão com a vara a face. Um dos piores insultos (ver lRs 22:24; ]ó 16:10; Mt 26:67, 68). A profecia é messiânica e prediz o tratamento que o Messias devia receber das mãos dos inimigos. No texto hebraico, este versículo está ligado ao cap. 4. |
Mq.5:2 | 2. Belém-Efrata. Sobre o significado, ver Gn 35:19. Uma cidade que dista 8,5 km do sul de Jerusalém, a moderna Beit Lahm.A cidade era também chamada Efrata (Gn 35:19; cf. Rt 4:11) e de BeJém-Judá, sem dúvida, para distingui-la de Belém, em Zebulom (Js 19:15, 16). Belém era a terra natal de Davi (ISm 16:1, 4; cf. Lc 2:11).Milhares. Do heb. alafim, que pode definir tribos ou clãs, de um ponto de vista numérico. Portanto, a tradução “clãs” (NVI) pode, assim, se referir ao clã representado pelos habitantes de Belém ou à própria cidade, que nunca atingiu uma posição de importância. 5De ti Me sairá. Os judeus reconheceram essa profecia como messiânica, e em resposta à pergunta de Herodes sobre onde o Messias havia nascido, eles citavam a passagem de Miqueias (Mt 2:3-6; cf. Jo 7:42).Desde os dias. Do heb. motsa oth, o plural de mosaah, da raiz yatsa, “sair”. Não é totalmente claro a que se refere este termo. Já que o Messias é aqui representado como um rei, alguns pensam que a referência é feita a um soberano que ocuparia a posição real. Outros veem como uma referência às várias aparições de Cristo no AT, como a Abraão (Gn 18) e a Jacó (Gn 32:24-32).Da eternidade. Miqueias apresenta a pré-existência daquele que devia nascer em Belém. As manifestações de Cristo alcançam a eternidade no passado. “No princípio era o Verbo” (ver Jo 1:1-3). “Desde dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai” (DTN, 19; cf. DTN, 530; Ev, 615).Em vez de “saídas” (ACF, TB), a ARA traduz motsaoth como “origens”. Se o termo “origem” for interpretado como significando que houve um tempo em que o Messias não existia, então essa tradução seria enganosa (ver Problems in Bihle Translation, p. 188-190). |
Mq.5:3 | 3. A que está em dores. Alguns comentaristas encontram neste versículo uma referência ao sofrimento e à aflição que Israel suportaria até o livramento do cativeiro. Em outras palavras, Deus “desistiría” de Seu povo até aquele tempo. Outros veem uma referência ao nascimento do Messias (ver Is 7:14). |
Mq.5:4 | 4. Ele se manterá. Como “o bom pastor”, o Messias permanecería firme no cuidado e na defesa de Suas ovelhas.Apascentará. A LXX acrescenta “seu rebanho”.Até aos confins. O domínio do Messias seria universal (ver SI 2:7, 8; 72:8; Lc 1:30-33). |
Mq.5:5 | 5. A nossa paz. A frase diz, literalmente, “e isso será a paz”. Se o pronome “este” se refere ao Messias, a expressão pode sercomparada ao título “Príncipe da Paz” dado ao Messias pelo profeta contemporâneo de Miqueias (Is 9:6). O Messias não governaria em paz, mas Ele próprio é o autor e a fonte da paz (ver jo 14:27; 16:33; Ef 2:13, 14).Assíria. No tempo da profecia de Miqueias, a Assíria era o principal empecilho a Israel e uma ameaça sinistra à sua existência (2Rs 18; 19). No entanto, já que a era messiânica está em discussão aqui, a Assíria, sem dúvida, representa as nações que se oporiam ao desenvolvimento do Israel restaurado (ver com. de Mq 4:11; ver a p. 17).Sete pastores. Os números dados aqui, “sete” e “oito”, embora indiquem uma cifra indefinida, mostram que Israel havia ajustado sua liderança contra a agressão estrangeira. |
Mq.5:6 | 6. Consumirão. Do heb. rdah, “pastorear” (NVI), “guardar”, “alimentar” e, num sentido de adaptação, “subjugar” (ver RSV). Israel devia “subjugar” os inimigos com a “espada”.Ninrode, Aqui empregado como sinônimo para Assíria. Ninrode vem da raiz marad, “rebelar-se” (sobre Ninrode, ver com. de Gn 10: 8-10). |
Mq.5:7 | 7. Como orvalho. De acordo com o plano de Deus para o antigo Israel, a vitória sobre a oposição do inimigo deveria ter sido seguida de intenso programa de evan- gelismo. Os filhos de Israel deveríam iluminar o mundo com o conhecimento de Deus (ver p. 13-17; cf. DTN, 27). O orvalho e a chuva eram as figuras mais apropriadas em uma terra, onde de maio a outubro, para propósitos práticos, não havia chuvas (ver vol. 2, p. 94). |
Mq.5:8 | 8. Como um leão. Uma figura do poder conquistador. Era propósito de Deus que Seu povo fosse a “cabeça” e não a “cauda” (Dt 28:13). |
Mq.5:9 | 9. Serão eliminados. Completa vitória foi assegurada (ver Is 60:12). Esta deveria ter sido a sorte de Israel após o exílio; no entanto, o povo falhou e Deus vai cumpriresse plano de evangelismo mundial através do novo Israel (ver p. 21-23). |
Mq.5:10 | 10. Eliminarei. Os v. 10 e 11 descrevem a eliminação daqueles artefatos de guerra nos quais Israel havia confiado em vez de confiar no Senhor. Era proibido multiplicar cavalos (Dt 17:16; ver com. de lRs 4:26). |
Mq.5:11 | 11. As cidades. As fortalezas e as cidades fortificadas, como fontes de confiança humana, seriam removidas. |
Mq.5:12 | 12. Feitiçarias. Feitiçaria ou necroman- cia, ou consultar os mortos, era comum nos tempos antigos (ver Dn 1:20; 2:2). Os israelitas foram proibidos de praticar feitiçaria e adivinhação (Dt 18:9-12). |
Mq.5:13 | 13. Imagens. Do heb. pesilim, de -posai, 'cortar’’, “talhar”. O ugarítico psl significa “cortador de pedra” ou “talhador”. Imagens antigas (também designadas como pesei) eram talhadas em pedra, feitas de argila, esculpidas em madeira ou cobertas com metal fundido. Desde os primeiros tempos,Israel mostrou uma tendência para a idolatria. O segundo mandamento do decálogo proibia a fabricação e a adoração de um pesei (Êx 20:4).Colunas. Do heb. matseboth (ver com. de Dt 16:22; lRs 14:23). Em todos os tempos, houve e há a tendência de se confiar em coisas materiais e seculares, em obras humanas em vez de se confiar no Deus que dá ao ser humano tudo o que proporciona “satisfação” (lTm 6:17, NVI). Na devoção idólatra às coisas feitas humanamente, as pessoas se esquecem daquele que é o Criador de todas as coisas (ver Dt 8:17-20). |
Mq.5:14 | 14. Postes-ídolos. Do heb. 'asherim (ver com. de Dt 16:21; 2Rs 17:10). |
Mq.5:15 | 15. Que não me obedeceram. Esta frase pode ser também traduzida por “que não ouviram", ou “que não atentaram”. “E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador'1” (lPe 4:18).Capítulo 6da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã..1 2 Porque os ricos da cidade estão cheios deviolência, e os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é enganosa na sua boca.L Causa. Miqueias é chamado a pleitear pelo povo diante da natureza inanimada, “as montanhas" e as “colinas’, testemunhas silenciosas dos grandes feitos de Deus para com os israelitas e da ingratidão deles para com o Senhor. |
Mq.6:1 | 1. Causa. Miqueias é chamado a pleitear pelo povo diante da natureza inanimada, “as montanhas" e as “colinas’, testemunhas silenciosas dos grandes feitos de Deus para com os israelitas e da ingratidão deles para com o Senhor. |
Mq.6:2 | 2. Montes. Eles deviam se defender, como se fosse num júri. |
Mq.6:3 | 3. Que te tenho feito? Comparar com Is 5:3, 4; jr 2:5, 21; Jo 10:32. |
Mq.6:4 | 4. Pois te fiz sair. Deus defende Seu caso, rememorando alguns dos benefícios notáveis que concedera a Seu povo. O êxodo foi um dos sinais evidentes de Seu interesse amoroso e constante cuidado (ver Is 63:11-13; Am 2:10).Moisés. O Senhor proveu liderança especialmente qualificada e inspirada (SI 77:20; Os 12:13). |
Mq.6:5 | 5. Maquinou. Do heb. ydats, “aconselhar". Balaão atendeu ao pedido de Balaque para amaldiçoar Israel, mas pronunciou, em vez disso, uma bênção (ver Nm 22-24).Desde Sitim. Uma nova advertência é introduzida com a frase “desde Sitim”, e podería ser dita com palavras como “lembrem de tudo o que aconteceu desde quesaíram” (NTLH). Sitim foi o último ponto de parada dos israelitas antes de atravessarem o Jordão (Js 3:1) e Gilgal, o primeiro acampamento na terra de Canaã (Js 4:19). Em sua viagem de Sitim a Gilgal, eles atravessaram o Jordão e viram a intervenção maravilhosa de Deus era favor deles (Js 3, 4). |
Mq.6:6 | 6. Com que [...]? Unia nova seção começa aqui, ou pode ser que a série de perguntas nos v. 6 e 7 represente a resposta do povo à revelação de sua ingratidão. As opiniões variam sobre se, no segundo caso, as palavras foram ditas num espírito de justiça própria ou com humildade, com o reconhecimento do pecado, acompanhado de um desejo sincero de conhecer os passos necessários para a justificação. Em qualquer caso, essas palavras revelam uma falta de compreensão da natureza de Deus e do único tipo de serviço que Ele aceita.Deus excelso. Literalmente, “o Deus das alturas" (comparar com Is 33:5; 57:15; 66:1).Com holocaustos. O serviço ritual previa ofertas de vários tipos. Elas foram concebidas para ilustrar as várias características do plano da salvação. De si mesmos, quando não acompanhados de espírito verdadeiro porparte do ofertante, os sacrifícios eram sem valor e o ritual, uma abominação (ver com. de Is 1:11).De um ano. Os “filhos de um ano” (Lv 9:3; Nm 7:17) eram os nascidos no presente ano (ver Ex 12:5), pelo menos, com uma semana de idade (Lv 22:27). |
Mq.6:7 | 7. Milhares. Como se tão grande número pudesse garantir o maior favor de Deus, e assim uma maior disposição divina para perdoar os pecados.Azeite. Usado em conexão com as ofertas de manjares (Lv2:l, 4-7; 7:10-12; Nm 15:4).Primogênito. Aqui se faz referência a um costume pagão comum nos tempos antigos, e que era proibido aos israelitas; mas, que foi praticado por alguns dos reis de Israel (Lv 18:21, 20:2; 2Rs 3:27; 16:3; 23:10; SI 106:37, 38; Jr 7:31). O costume parece que se baseava na ideia de que Deus deveria receber do ser humano o que ele possuía de melhor e de mais caro, e que o Céu atribuiría valor a uma oferta de acordo com o seu custo. Apesar da declarada santidade da vida humana (Gn 9:6) e da prática de se resgatar o filho primogênito (Ex 13:13), o paganismo exerceu influência sobre Israel. A questão aqui levantada é retórica e, como todas as outras, exige uma resposta negativa. |
Mq.6:8 | 8. Ele te declarou. A resposta de Miqueias não era uma nova revelação e não representa uma mudança nas exigências di\ inas. O objetivo do plano da salvação, ou seja, a restauração da imagem de Deus na vida humana, foi claramente revelado a Adão e um conhecimento sobre esse objetivo foi passado para as gerações seguintes. Esse conhecimento foi confirmado através do testemunho pessoal do Espírito (cf. Rm 8:16) e amplificado pelas posteriores revelações dos profetas. As pessoas do tempo de Miqueias tinham o Pentateuco escrito, e, sem dúvida, porções de outras partes da Bíblia hebraica, bem como o testemunho de profetas contemporâneos, como ísaías e Oseias (ver Is 1:1; Os 1:1; cf. Mq 1:1).No entanto, o povo parecia ter se esquecido de que a mera prática dos ritos exteriores não tem valor sem a verdadeira piedade. Uma das principais funções dos profetas era ensinar às pessoas que a prática religiosa externa não podia substituir o caráter e a obediência interna (lSm 15:22; SI 51:16, 17; Is 1:11-17; Os 6:6; cf. Jr 6:20; 7:3-7; jo 4:23, 24). Deus desejava não a formalidade exterior, mas o espírito; não só o culto, mas a vontade; não só o serviço, mas a vida.Pratiques a justiça. Do heb. mishpat, da raiz shafat, “julgar”. A forma plural, miskpatini, geralmente traduzida por “juízos”, é empregada a partir dos preceitos adicionais dando instruções minuciosas de como o decálogo deveria ser observado (Ex 21:1; ver PP, 364). Praticar mishpat é ordenar a vida de alguém de acordo com o “julgamento” de Deus.Misericórdia. Do heb. chesed, palavra que descreve ampla gama de qualidades como indica suas várias traduções, como “bondade”, “amabilidade”, “benignidade”, “misericórdia” (para uma discussão sobre chesed, ver Nota Adicional ao Salmo 36).E andes. Quando andam com Deus (ver Gn 5:22; 6:9), as pessoas ordenam a vida em harmonia com a vontade divina.Humildemente. Do heb. tsaná, cuja forma encontrada aqui ocorre somente uma vez. Um significado sugerido além de “humildemente” é “circunspectamente", “com cautela”, “cuidadosamente”.O objetivo da verdadeira religião é o desenvolvimento do caráter. A cerimônia exterior só tem valor se contribuir para esse desenvolvimento. Mas, como muitas vezes é mais fácil prestar um culto externo do que mudar as más inclinações do coração, as pessoas sempre foram mais propensas a adorar externamente do que cultivar as graças do espírito. Assim foi com os escribas e fariseus a quem Jesus repreendeu. Eles ciosamente se guardavam de qualquer infração em matériade dízimo, mas negligenciavam “os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé” (Mt 23:23).Praticar a “justiça” e amar a “misericórdia” é agir com justiça e bondade. Essas virtudes afetam a relação com o próximo e refletem a intenção da segunda parte do decálogo (ver com. de Mt 22:39, 40). Andar "humildemente com o teu Deus” é viver em harmonia com os princípios da primeira parte do decálogo (ver com. de Mt 22:37, 38), que tem a ver com nossa relação com Deus. O amor expresso nas ações e no respeito a Deus e aos semelhantes é “bom”, e é tudo o que Deus requer, pois “o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13:10). |
Mq.6:9 | 9. À cidade. Presumivelmente, Jerusalém é esta cidade. Os v. 9 a 16 apresentam uma lista dos pecados de Israel e os consequentes juízos que cairiam sobre o povo.Sabedoria. O significado desta frase não é claro. Várias mudanças no hebraico foram sugeridas a fim de se eliminar a ambiguidade. A LXX diz: “Ele salvará aqueles que temem o Seu nome.”Vara (ARC). Do heb. matteh, palavra que descreve um cajado, um “bordão” (Ex 4:2-4; etc.) ou uma “tribo” (Nm 1:4, etc.). Se o texto quer dizer “vara”, então a referência seria aos assírios cuja “vara” representava “a indignação de Deus” (cf. Is 10:5); e, se significa “tribos” (ARA), então se refere aos habitantes de Jerusalém. |
Mq.6:10 | 10. Tesouros da impiedade. Riquezas obtidas por meios ilícitos (ver Am 8:5). |
Mq.6:11 | 11. Balanças falsas. Ver com. de Dt 25:13, 15; Am 8:5. |
Mq.6:12 | 12. Os ricos. Enquanto os ricos são condenados por sua violência, todos são igualmente acusados de desonestidade e trapaça. Dada a oportunidade, provavelmente os oprimidos seriam tão cruéis quanto seus opressores. |
Mq.6:13 | 13. Ferir-te. A LXX diz: “Eu vou começar a te ferir.” Os v, 13 a 15 descrevem a punição que viria sobre as pessoas por suas transgressões flagrantes e insensibilidade de coração. |
Mq.6:14 | 14. Comerás. Ver Lv 26:26; Os 4:10; Ag 1:6.Fome. Do heb. yeshach, palavra que ocorre somente aqui e cujo significado é obscuro. O paralelismo hebraico sugere o possível significado de “vazio” ou “fome ”.Removerás. Do heb. sug, provavelmente usado aqui no sentido de “tirar” ou “remover”. O povo procuraria em vão salvar seus tesouros removendo-os. |
Mq.6:15 | 15. Não segarás. Ver Dt 28:38-40; Ag 1:6. |
Mq.6:16 | 16. Estatutos de Onri. A Bíblia não menciona “estatutos” especiais deste rei de Israel. Talvez seja uma provável referência às regras idólatras do culto que Onri instituiu (ver lRs 16:25, 26). Onri foi o fundador da dinastia iníqua que produziu Acabe e Atalia (ver lRs 16:29-33; 2Rs 8:26; 11:1).Capítulo 7teu Deus? Os meus olhos a contemplarão; agora, será pisada aos pés como a lama das ruas. |
Mq.7:1 | 1. Ai de mim! Israel, ou Sião, parece ser o locutor ou, provavelmente, a parte arrependida de Israel.Frutas do verão. A aplicação da figura pode ser sugerida pelo v. 2. Assim como depois da colheita nenhum fruto se encontra no campo, do mesmo modo, depois da colheita do mal nenhum justo seria encontrado em Israel. Pode ser também que Sião esteja representado como quem busca frutos após a colheita e não os encontra. |
Mq.7:2 | 2. Pereceu. Comparar com Jr 5:1. |
Mq.7:3 | 3. As suas mãos. O hebraico da frase inicial é obscuro. A LXX diz: “Eles preparam suas mãos para o engano.’’Suborno. Este é um vício antigo, condenado aqui (ver Is 1:23).Urdem a trama. O hebraico da frase traduzida deste modo é obscuro. O verbo ocorre somente aqui e o significado é incerto. |
Mq.7:4 | 4. Espinheiro. Do heb. chedheq, também traduzido por “espinhos” (Pv 15:19). Os espinhos são duros, perfurantes e ferem todos os que esbarram neles. |
Mq.7:5 | 5. Não creiais. Os v. 5 e 6 descrevem as condições morais como tão graves que não se podia confiar num amigo, vizinho, nem na esposa de um homem que deitasse em seu "peito”, ou em qualquer membro próximo da família. |
Mq.7:6 | 6. Despreza. Jesus citou as palavras deste versículo para descrever as condições morais na era cristã (Mt 10:21, 35, 36). |
Mq.7:7 | 7. Eu, porém. Ao falar em nome de Israel, o profeta expressa fé em Deus, apesar do castigo, e aguarda confiante a restauração prometida. |
Mq.7:8 | 8. Não te alegres. Israel está tão seguro de sua salvação final que entoa a nota de triunfo sobre o inimigo que Deus usou para discipliná-lo. |
Mq.7:9 | 9. Sofrerei. Esta é a linguagem do verdadeiro penitente. Ele sabe que sua única esperança está em Deus e não pede a redução dapena. Ele acredita que tudo o que Deus faz é para seu bem. |
Mq.7:10 | 10. Onde está o Senhor, teu Deus!5Comparar com Is 37:10-13; J1 2:17.Pisada. Ver Is 10:6; Zc 10:5. |
Mq.7:11 | 11. No dia. Literalmente, “um dia”. A certeza da restauração.Limites. Do heb. choq, que, embora frequentemente utilizado para um decreto, também pode significar limite ou fronteira. Se for o que se pretende aqui, há uma previsão da extensão dos limites de Israel. |
Mq.7:12 | 12. Virão. No plural, em harmonia com vários manuscritos da LXX.Cidades do Egito. Do heb. matsor, que pode também ser “cidades fortes” (ARC). Assíria e Egito levaram o povo de Deus em cativeiro e o escravizaram.Rio. O Eufrates.Do mar até ao mar. Não é certo a que mares o texto se refere. A expressão indica ampla extensão. E o mesmo caso da expressão, “de montanha a montanha”. |
Mq.7:13 | 13. Em desolação. A terra dos pagãos parece ser indicada aqui. Como resultado dos julgamentos de Deus na libertação de Israel, muitas regiões se tornariam em grande parte despovoadas. |
Mq.7:14 | 14. Apascenta o Teu povo. A profecia de Miqueias termina com urna oração para Deus cumprir as promessas. Yahvveh é representado como o pastor divino (ver SI 23:1) que, com Sua “vara” ou “cajado” (ver SI 23:4), vai conduzir o Seu povo, o rebanho da Sua “herança” (ver SI 28:9; 95:7) para boas pastagens (ver Ez 34:11-15).Que mora a sós. Comparar com Nm 23:9.No meio da terra fértil. Ou, “Carmelo” (TB), que significa “terra de jardins”. Possivelmente o texto esteja se referindo às pastagens luxuriantes em vez da cadeia de montes que formam a fronteira sudoeste da planície de Esdraelom.Basã e Gileade. Estes lugares são mencionados por causa de suas ricas pastagens,e, possivelmente, também porque esses territórios a leste do rio Jordão, que haviam sido perdidos para a Assíria (ver com. de lCr 5:26), seriam recuperados. |
Mq.7:15 | 15. Egito. Deus promete prodígios “maravilhosos” semelhantes aos que acompanharam o êxodo. |
Mq.7:16 | 16. Verão isso. O inimigo havia se vangloriado anteriormente: “Onde está o Senhor, teu Deus?” (v. 10). Então, os papéis se inverteríam, e as nações iriam reconhecer o poder do Senhor e teríam vergonha do poder de que se vangloriaram. |
Mq.7:17 | 17. Lamberão o pó. Uma figura que descreve a mais extrema humilhação (ver SI 72:9; ver também Is 49:23).Esconderijos. Os abrigos para os quais os ímpios tinham fugido de terror por causa do Senhor. |
Mq.7:18 | 18. Quem, ó Deus [,..]? Miqueias fecha sua profecia com uma nota de louvor pela misericórdia e fidelidade de Deus (ver expressões semelhantes em I \ 15:11, SI 71:19).Perdoas a iniquidade. Comparar com Êx 34:7; Is 55:7.Não retém. Comparar com o SI 103:9. |
Mq.7:19 | 19. Pisará aos pés as nossas iniqui- dades. As iniquidades de Israel, que tinhamsido tristes demais para Miqueias descrever, seriam gratuitamente perdoadas. Embora aqui não seja particularmente enfatizado, o perdão se deu apenas com base em profundo arrependimento e reforma. A disciplina do cativeiro foi designada para efetuar esse reavivamento espiritual entre o povo. Isso não foi conseguido em escala nacional e, assim, as gloriosas promessas com que Miqueias fecha suas profecias nunca foram alcançadas pela nação de Israel como um todo. E claro que indivíduos experimentaram a graça salvadora de Deus e obtiveram o perdão prometido. Essa bênção também pode ser reivindicada pelo cristão. Pelos méritos da graça de Cristo, seus pecados podem ser perfeitamente perdoados. Se persistir até o fim, seus pecados nunca mais serão mencionados contra ele. Se, contudo, apóstatar e se perder, todos os seus pecados o encontrarão novamente no dia do julgamento (ver Ez 18:21-24). |
Mq.7:20 | 20. As quais juraste. Ver Gn 17:1- 9; 22:16-18; 28:13-15; cf. Hb 6:13-18. Estas promessas que teriam o seu glorioso cumprimento na semente literal de Israel são transferidas para o novo Israel, a semente espiritual de Abraão (G1 3:7, 9, 29; ver p. 21-23). |