Capítulo e Verso | Comentário Adventista > Malaquias |
Ml.1:1 | 1. Sentença. Do heb. massa’, “peso", "dificuldade” ou “fala” (ver com. de ls 13:1). A "sentença” de Malaquias era para que Israel não esquecesse as lições do passado. |
Ml.1:2 | 2. Eu vos tenho amado. Esforçando-Se para despertar o povo para a percepção de sua ingratidão, o Senhor faz perguntas específicas. O Seu amor os constituiu como nação (Dt 7:6-9; ver p. 1233, 1234).Em que [...]? Esta é a primeira de uma série cie perguntas, características do livro de Malaquias, que expõe a atitude de auto- justificação do povo dos dias de Malaquias. Essas perguntas não tinham realmente sido feitas pelo povo, mas refletiam verdadeiramente o pensamento da nação. As palavras “em que” simbolizam a completa indiferença do povo quanto às coisas espirituais e são a tônica do livro.Todavia, amei. Referindo-se aos irmãos gêmeos (Gn 25:24-26), que tiveram a mesma hereditariedade e o mesmo ambiente, o Senhordeixou claro aos judeus que o favor divino não veio a Israel por causa de nascimento, mas por causa do caráter. Jacó foi o único que, embora tendo cometido erros dolorosos, por fim, devotou a vida ao serviço de Deus. |
Ml.1:3 | 3. Aborrecí a Esaú. O contexto sugere que Edom, a nação dos descendentes de Esaú, é primariamente mencionada neste versículo, em vez do próprio Esaú como pessoa. O verbo “aborrecí” é uma típica hipérbole oriental (ver Gn 29:33; Dt 21:15; ver com. de SI 119:1 36) e não deve ser tomado em seu sentido literal. Neste versículo, o Senhor indica claramente Sua preferência por Jacó e seus descendentes. Essa preferência, naturalmente, é fruto do relacionamento dos dois irmãos com Deus. U ma vez que jacó era espiritualmente orientado e possuía a fé que salva, amando as coisas de Deus, seus pecados foram perdoados e ele desfrutou o companheirismo e o favor divino. Esaú, por outro lado, era uma “pessoa profana” e mundana, sem amor pelas coisasdivinas, e assim, punha a si mesmo fora do favor de Deus (Hb 12:16, 17).Dei. Considerando que, após o retorno do cativeiro, os israelitas novamente tomaram posse de sua terra e a cultivaram, restaurando Jerusalém e seu templo, os edomitas não parecem ter-se recuperado da desolação e destruição impostas sobre eles pelos babilônios.Chacais. Ou, “dragões” (ARC; ver com. do SI 44:19). O país de Edom foi entregue a estes animais selvagens. |
Ml.1:4 | 4. Se. Ou, “porque”. Caso os edomitas resolvessem restaurar suas habitações, de modo contrário ao propósito divino, o Senhor interviria para evitar que isso ocorresse.Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3. Este título ocorre com frequência no livro de Malaquias.Para-Sempre. Do heb. 'aci ‘olam (ver com. de Êx 12:14; 21:6; 2Rs 5:27). |
Ml.1:5 | 5. Vossos olhos. Isto é, os de Judá. Quando o povo sentisse a realidade do amor de Deus, a queixa e murmuração dariam lugar ao louvor e gratidão por Sua bondade.Dos limites de Israel. A LXX traduz como “acima das fronteiras de Israel”; possivelmente seja uma expressão que indica o mundo todo. |
Ml.1:6 | 6. Minha honra. Como criador, aquele que os escolheu, conservou e guardou, Deus é o pai de Seu povo (ver Êx 4:22; Dt 32:6). Ele tem, portanto, direito à reverência e ao respeito.O sacerdotes. Deus então Se dirige em reprovação aos que representavam a religião ao povo e que deveríam ter sido mestres e exemplos de obediência e santihcação (ver com. de 2Cr 15:3).Desprezais o Meu nome. Em vez de corresponder ao amor divino, eles desprezavam a Deus (ver v. 2).Em que [...]? Ver com. do v. 2. Insensíveis à própria condição espiritual, os sacerdotes alegavam inocência (ver p. 1233, 1234). |
Ml.1:7 | 7. Pão. Do heb. iechem, palavra às vezes usada para alimentos em geral (ver Gn 3:19;Em que [...]? Ver com. do v. 2. Em seu estado de cegueira espiritual, os sacerdotes não viam que, ao oferecerem “pão imundo [comum]”, eles desonravam ao Senhor.Que pensais. Eles possivelmente não expressavam abertamente desprezo pelo altar do Senhor, mas por meio de ações, ao apresentar “pão imundo” no altar (ver p. 1233, 1234).A mesa do Senhor. Uma referência ao altar de sacrifício. |
Ml.1:8 | 8. Animal cego para o sacrificardes. Uma vez que a lei exigia que as vítimas sacribcais fossem “sem defeito” (Lv 22:19), os sacrifícios mencionados neste versículo eram uma ofensa a Deus. O povo argumentava que não fazia diferença se as vítimas sacrificadas eram perfeitas ou não. Eles queriam se livrar das ovelhas e do gado deformados e manter os animais perfeitos para si mesmos. Deus designou que as pessoas apresentassem a Ele o melhor. Reservar o melhor para algum outro propósito é evidência de que Deus não está em primeiro lugar. Oferecer a Deus menos do que o melhor é, na verdade, não oferecer nada.Governador. Do heb. pachah, “um governador provincial” (ver com. de Ag 1:1). Oferecer a um dignitário o que era defeituoso seria insulto. Se isso era verdade no que diz respeito ao ser humano, quanto mais o seria com respeito ao grande e exaltado “Senhok dos Exércitos” (ver com. de Jr 7:3).Terá ele agrado em ti [...]? Literalmente, “erguerá o teu rosto”, significando receber com favor. |
Ml.1:10 | 10. Houvesse entre vós. O profeta reprova os que servem no templo com espírito mercenário, aqueles que não realizam seu trabalho para Deus de forma fiel e eficiente, embora fossem remunerados mesmo pelo menor serviço.A oferta. Do heb. minchah, normalmente a oferta de “farinha” ou "cereal” (ver com. de Lv 2:1). Talvez o profeta, neste versículo, queira dizer que essas ofertas alimentícias, que naturalmente não eram imundas, eram inaceitáveis a Deus por causa do espírito errado com que eram oferecidas. |
Ml.1:11 | 11. Desde o nascente. Era propósito de Deus que a verdadeira adoração fosse espalhada por toda a Terra (ver p. 12-25).Em todo lugar. Ver Is 19:18, 19; Sf 2:11. |
Ml.1:12 | 12. Vós o profanais. Isto é, o “nome” de Deus (ver v. 11).Dizeis. Ver com. do v. 7.Mesa do Senhor. Ver com. do v. 7.Comida. Isto é, “alimentos” em geral. |
Ml.1:13 | 13. E dizeis ainda. Ver com. do v. 7.Que canseira! Uma alusão ao tédio edesdém dos sacerdotes ao realizar os serviços do templo.E Me desprezais. Esta expressão indica a extensão em que os sacerdotes profanavam.O dilacerado. Literalmente, “aquilo que foi pego pela violência”, isto é, coisas roubadas ou tomadas erradamente.O coxo, e o enfermo. Ver com. do v. 8.Aceitaria Eu [...]? Eles bem sabiam que nenhum ser humano se agradaria com tais presentes (ver v. 8). Por que pensavam que Deus Se agradaria? |
Ml.1:14 | 14. Maldito. O juízo divino descerá sobre todo que, tendo uma vítima sacrifical aceitável do “sexo masculino”, oferece uma “corrupta”, isto é, um sacrifício manchado (ver Lv 3:1, 6).Terrível. Do heb. nora, do verbo yara, “temer” (ver com. de Sl 19:9). Indica, neste versículo, ser “considerado com reverência e temor”.Capítulo 2o Senhor dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração. |
Ml.2:1 | 1. Sacerdotes. Os que deveríam ser os verdadeiros professores e líderes espirituais (ver com. de 2Cr 15:3) são denunciados pelo profeta (Ml 2:1-3). |
Ml.2:2 | 2. Amaldiçoarei as vossas bênçãos. Possivelmente, é uma referência às bênçãos que os sacerdotes estavam acostumados a pronunciar sobre o povo (ver Lv 9:22, 23; Nm 6:23- 26). No entanto, mais provavelmente seja uma referência às bênçãos que o próprio Deus outorgara sobre eles (ver p. 14, 15), como prometido pelo profeta Age li um século antes (Ag 2:15-19).Já. A 'maldição" deve então ter ficado evidente aos sacerdotes e ao povo. |
Ml.2:3 | 3. Reprovarei. Do heb. gdar, 'corromper" (ver ARC).Atirarei excremento. Evidência extrema de desprezo.Vossas festas (ARC). Deus não considera como Suas estas festas observadas em Sua honra, porque, na observância das mesmas, os sacerdotes expressavam nada mais que sua própria vontade e seu prazer. |
Ml.2:4 | 4. Sabereis. O povo certamente descobri ria, por experiência, que estas ameaças divinas não seriam em vão.Minha aliança. A aliança de ''sacerdócio perpétuo" (Nm 25:13) foi dada a Fineias,neto de Arão, por sua parte em eliminar a adoração de Baal-Peor do acampamento de Israel (ver Nm 25:3-13).Com Levi. A tribo de Levi foi escolhida por Deus para o serviço por causa da fidelidade de seus filhos em tempos de crise (ver com. de Êx 32:29).Senhor dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3. |
Ml.2:5 | 5. Minha aliança. Ver com. do v. 4.De vida e de paz. A “aliança de paz” dadaa Fineias (Nm 25:12) é chamada de “a aliança do sacerdócio perpétuo” (Nm 25:13). "Vida e paz” constituíam a parte de Deus nesse acordo. Estas bênçãos seriam outorgadas a todos os sacerdotes fiéis depois de Fineias.Para que Me temesse. Deus deu Suas bênçãos a Fineias por causa do temor com que “ele Me temeu”. Assim, a parte dos sacerdotes na aliança era prestar reverência e obediência a Deus. Nos dias de Malaquias, o Senhor, por meio de Seu profeta, empenhou-Se para renovar a aliança gloriosa com os sacerdotes, aqueles que, por causa de sua impiedade, tinham se tornado “desprezíveis e indignos diante de todo o povo'' (v. 9). |
Ml.2:6 | 6. Instrução. Do heb. torah, todo o conjunto dos ensinos divinos (ver com. de Dt 31:9; Pv 3:1). Este versículo mostra que Deus pretendia que os sacerdotes fossem líderes espirituais por preceito e exemplo. |
Ml.2:7 | 7. Guardar o conhecimento. Isto é, eles preservariam ou salvaguardariam o conhecimento. Eles eram os líderes religiosos da nação, ainda que seu exemplo mostrasse ao povo um modelo de desobediência.Procurar a instrução. O povo tinha o direito de esperar instrução adequada dos sacerdotes sobre as questões espirituais (ver com. de 2Cr 15:3).Mensageiro. O sacerdote que desempenhava sua obra designada era de fato um “mensageiro'’ de Deus, assim como o profeta (ver com. de Ag LI3). Alguns têm enfatizado o fato de “Malaquias” significar "mensageiro de Yahweh” (ver p. 1233). |
Ml.2:8 | 8. Tropeçar. Por preceito e exemplo (ver com. do v. 6), esses sacerdotes tinham levado muitos a se extraviar. Assim, “corromperam” a aliança de Levi.Aliança de Levi. Ver com. do v. 4. |
Ml.2:9 | 9. Desprezíveis. Era natural que o povo desprezasse os sacerdotes por causa da atitude deles, que provocou desonra à adoração divina (ver 1 Sm 2:30). A hipocrisia é um dos pecados mais desprezíveis. |
Ml.2:10 | 10. O mesmo Pai, É o próprio Malaquias quem fala. Em vista do contexto, é possível que ele esteja se referindo ao próprio Deus como seu Pai (ver com. de Ml 1:6) e não a Abraão ou a algum outro ser humano.Não nos criou o mesmo Deus? De todos os povos antigos, somente os judeus honravam a Deus distintivamente como o criador, como indicado na observância do sábado do sétimo dia, apontado no quarto mandamento do decálogo (ver Ex 20:8-11). Dessa forma, convinha-lhes considerar seus companheiros como irmãos, acima de todos os outros. E correto esperar hoje que os que honram a Deus como criador considerem todas as pessoas como seus irmãos. |
Ml.2:11 | 11. Judá. Toda a nação de juclá era culpada de afastar-se de Deus.Santuário. Uma referência ao templo. Como local da presença de Deus (ver Ex 25:8), ele foi “profanado” pela conduta pecaminosa do povo.E se casou com adoradora de deus estranho. A LXX traduz a última frase como: “e tem ido após outros deuses”. |
Ml.2:12 | 12. Tendas. Ou, “habitações”.Seja quem for. Literalmente, “o que vela, e o que responde” (ARC). O primeiro, possivelmente, se refere ao vigia ou sentinela, e o segundo, ao povo ou aos soldados despertados pelos vigias para agir. Em outras palavras, embora os transgressores de Judá visualizassem o perigo vindouro, a falta de arrependimento deles requeria que todos eles fossem “eliminadosOfertas. Do beb. minchah (ver com. de Ml 1:10). |
Ml.2:13 | 13. Ainda fazeis isto. O pecado dos sacerdotes é agravado pela tristeza hipócrita frente à recusa divina em aceitar as ofertas deles.Ele já não olha para a oferta.Enquanto eles persistissem nos maus caminhos, Deus não aceitaria os sacrifícios que levavam diante dEle. Agir assim seria confirmá-los nos maus caminhos. |
Ml.2:14 | 14. Por quê? Esta indagação é uma evidência da autojustíficação cética do povo (ver com. de \ 11 1:2), que se recusa a admitir a culpa (ver p. 1233, 1234).Mulher da tua mocidade. Talvez uma indicação de que muitos desses sacerdotes ímpios tinham despedido a esposa e tomado outra, possivelmente mulheres pagãs (ver Ed 9:1, 2; Ne 13:23-28). Também é possível que o adultério espiritual seja referido neste versículo, como no v. 11.Foste desleal. Isto é, provou-se infiel. A LXX traduz como “abandonou”. |
Ml.2:15 | 15. Fez [...] um. O hebraico da primeira frase é um tanto obscuro. A NVI o traduz como: “Não foi o Senhor que os tez um só? Em corpo e em espírito eles Lhe pertencem.” A advertência da última parte do versículo é clara. Isto, por sua vez, pode dar uma dica para o sentido da primeira parte. O profeta cMa chamando para uma reforma nas relações desleais dos sacerdotes com a esposa de sua juventude (ver com. do v. 14). Por isso, a pergunta "não fez o Senhor um (...|?” pode ser uma referencia ao plano de Deus paraque marido e mulher fossem “uma só carne” (ver com. de Gn 2:24). O Senhor condena fortemente os homens dos dias de Malaquias que, ao divorciar-se da esposa legítima, violavam os princípios fundamentais de unidade no relacionamento matrimonial. |
Ml.2:16 | 16. Odeia. Deus revela Sua própria atitude pessoal quanto ao divórcio. Portanto, o homem que se divorcia da esposa legítima “cobre de violência as suas vestes”; isto é, ele envolve a si mesmo nas consequências da iniquidade, das quais ele não consegue escapar. E evidente, a partir da declaração do Senhor, que o adultério é o único motivo para o divórcio (ver com. de iVlt 5:32). |
Ml.2:17 | 17. Enfadais. A paciência divina chegou ao fim. Deus suportou por muito tempo a reclamação e o descontentamento de Seu povo. A prosperidade e a glória que eles esperavam logo fosse deles (ver p. 14) não chegaram, e, então, eles quest ionaram a justiça e a santidade de Deus, bem como a certeza do juízo futuro.Em que [...]? Ver com. de Ml 1:2.Passa por bom. As vezes, os malfeitores tentam dar a impressão de que, na verdade, são bons e de que são prosperados e abençoados por Deus por causa de sua bondade.Onde [...]? Ver com. de Ml 1:2; ver p. 1233, 1234.O Deus do juízo. Ou, “o Deus justo” (NTLH). O povo não negava a existência de Deus, mas duvidava de que Ele estivesse preocupado com a conduta humana. Para propósitos práticos, eles se tornaram deíslas. Os pagãos tinham um conceito semelhante de seus deuses.Capítulo 3I O mensageiro, a majestade e a graça do Messias. 7 A rebelião, 8 o sacrilégio e 13 a infidelidade do povo. 16 A promessa de bênçãos aos que temem a Deus. |
Ml.3:1 | 1. Meu mensageiro. Deus responde à última indagação do capítulo anterior com a afirmação categórica de que Ele está vindo em juízo e justiça. Ao povo dos dias deMalaquias, esta mensagem foi um alerta de que Deus lidaria com os pecados deles. No entanto, além da mensagem de advertência para os judeus dos dias de Malaquias,esta profecia também tinha uma importância messiânica (ver com. de Mc 1:2; ver DTN, 161). João, o Batista, foi o “mensageiro” que preparou “o caminho diante” do Senhor por meio da pregação do arrependimento (ver Is 40:3-5; Mt 3:1-3; 11:10, 11; Lc 3:2-14).Virá ao Seu templo. Isto é, ao santíssimo para a obra de juízo investigativo (GC, 426).Anjo da Aliança. Ver com. de Ag 1:13. O “Senhor” ou “Anjo da Aliança” não é outro senão o próprio Cristo, a segunda pessoa da Trindade (ver com. de Ex 3:2), e deve ser diferenciado do “mensageiro” mencionado no início do versículo. Esta profecia a respeito do “Anjo do concerto” (ARC) se aplica não somente à vinda de Cristo ao templo, durante Seu primeiro advento (ver DTN, 161), mas também aos eventos ligados ao fim da história terrestre e do segundo advento (ver GC, 424; PP, 339). |
Ml.3:2 | 2. Quem poderá suportar [...]? Ver J! 2:11. Os judeus acreditavam que o Messias viria para punir os pagãos com o juízo. Mas, em vez disso, Malaquias adverte os judeus de que eles serão os primeiros a sofrer o juízo (ver Am 5:18).Fogo do ourives. Como o fogo separa o metal das impurezas, assim Deus, por meio do juízo, separa os justos dos ímpios (ver com. do v. 1).Potassa dos lavandeiros. Não é osabão” (ARC) verdadeiro, que possivelmente fosse desconhecido nos tempos antigos, mas um vegetal alcalino obtido da queima de determinadas plantas e usado para propósitos de limpeza. |
Ml.3:3 | 3. Assentar-Se-á. O pensamento anterior (v. 2) é repetido como ênfase.Os filhos de Levi. Os sacerdotes são mencionados, especialmente, como os principais responsáveis em liderar o povo na justiça por meio de seu ensino e exemplo (ver Ml 2:1-9; ver com. de 2Cr 15:3).Refinará. A purificação dos “filhos de Levi” é designada não apenas para limpar aalma deles e livrá-los do mal, mas também para promover um avanço em santidade e ajustá-los a oferecer ao Senhor “justas ofertas” (ver Rm 12:1; 2Pe 3:18; DTN, 161).Ofertas. Do heb. minchah (ver com. de Ml 1:10). |
Ml.3:4 | 4. Agradável. A remoção do pecado pelos sacerdotes e pelo povo restauraria o favor divino (ver PR, 706).Dias antigos. Os judeus consideravam épocas como as de Abraão, Moisés e Davi como mais ideais. |
Ml.3:5 | 5. Para juízo. Em outras palavras, “aqui está o juízo!”, uma resposta divina à pergunta “onde está o Deus do juízo?” (Ml 2:17).Feiticeiros. O desprazer divino é dirigido especialmente contra os que praticavam as artes mágicas pagãs (ver Ex 22:18; Dt 18:10), como as que prevaleciam em Babilônia (ver com. de Dn 2:2).Adúlteros. Outro grupo sob acusação de Deus eram as pessoas culpadas de imoralidade, inclusive as que obtiveram divórcios ilegais (ver com. de Ml 2:14-16). Ouão extensa é esta mesma acusação ao ser aplicada às pessoas no mundo de hoje!Os que juram falsamente. A LXX traduz como “aqueles que juram falsamente pelo Meu nome” (ver Lv 19:12).Defraudam [...] o jornaleiro. Deus chama Seus professos seguidores a serem justos e, mesmo, liberais para com os que dependem de salários para o sustento diário (ver Dt 24:14, 15; Tg 5:4).A viúva e o órfão, e [...] estrangeiro. O Senhor fez provisões para guardar os direitos dos que, de alguma forma, eram indefesos, desamparados ou necessitados de proteção (Êx 22:21, 22; Dt 24:17; 27:19). Os judeus eram proibidos de tirar vantagem de “estranhos” ou estrangeiros entre eles. |
Ml.3:6 | 6. Eu [..,] não mudo. O Senhor refuta a acusação de que Ele passa o mal por alto (Ml 2:17). A santidade de Deus é constante e inalterável (ver Nm 23:19; Tg 1:17).É precisamente porque Deus não muda que Seu eterno propósito para com Seu povo permanecerá. Ele pode castigá-lo, discipliná-lo e corrigi-lo, mas tudo isso é para levá-lo ao arrependimento e à salvação. |
Ml.3:7 | 7. Desviastes. Deus fora fiel às Suas promessas (ver com. do v. 6), ainda que o povo não tivesse sido fiel a Ele, principalmente nos dízimos e nas ofertas (v. 8, 9).Tornai-vos para Mim. O peso da .mensagem do profeta (ver com. de Ml 1:1) não é o pronunciamento de juízo sobre os pecadores, mas um chamado ao arrependimento e à fidelidade a Deus acompanhado de uma recordação solene da história passada de Israel. “Tornar-se” a Deus é arrepender-se do pecado e fazer completa reforma na vida. Este é o tema do livro de Joel (ver ]1 2:12, 13).Em que [...]? Nova mente (ver com. de Ml 1:2) o profeta acusa a autojustificação e a hipocrisia deles em questionar a Deus (ver p. 1233, 1234). |
Ml.3:8 | 8. Roubará o homem a Deus? Em linguagem forte, sem meias palavras, Malaquias mostra especifica mente de que modo o povo tem “roubado” a Deus: ao reter os “dízimos e as "ofertas” que Lhe são devidos (ver Lv 27:30, 32; Nm 18:21; Ne 10:37-39).Ofertas. Muitos não conseguem perceber que é possível "roubar” a Deus nas “ofertas'', assim como nos dízimos. Aquele que percebe suas obrigações como mordomo das generosidades de Deus, livremente doará ofertas ao Senhor de acordo com as bênçãos recebidas, “conforme a sua prosperidade’ (iCo 16:2). |
Ml.3:9 | 9. Sois amaldiçoados. O contexto imediato (v. 11) sugere que a "maldição” tinha que ver com escassez de colheita e devastação do campo (ver Ag 1:6; Ml 2:2). A “maldição'' seguia a desobediência, assim como a bênção seguia a obediência (ver p. 14, 15). Não há neutralidade; uma pessoa está certa ou errada em sua conduta, e Deus a recompensa de acordo com essa conduta.A nação toda. Numa forte condenação, o profeta se refere a Judá como “vós, a nação toda”, e não como o povo de Deus. E evidente que esse roubo a Deus era praticado por todos.Mantimento. Melhor seria, “alimento”.Janelas do céu. Ver Gn 7:11; 8:2. Não apenas haveria abundância de chuva para remover todo temor de seca, mas através destas janelas a bênção divina seria derramada em abundância (ver Lv 26:3-5).Bênção. Não necessariamente uma bênção material, embora isto pareça ser enfatizado aqui (ver com. do v. 11; sobre as bênçãos materiais que Deus designou para Seu povo, verp. 14, 15). |
Ml.3:10 | Sem comentário para este versículo |
Ml.3:11 | 11. O devorador. Possivelmente uma referência a gafanhotos destruidores de colheitas (ver com. de J1 1:4). Neste versículo, o Senhor promete prosperidade material aos fiéis na devolução do dízimo. |
Ml.3:12 | 12. As nações vos chamarão felizes. Deus desejava que Seu povo fosse uma lição objetiva ao mundo dos resultados da obediência (ver p. 13-16). |
Ml.3:13 | 13. Duras para Mim. Ou, “firmes contra Mim” (ver Jd 15). A LXX traduz como: “Tu tens dito graves palavras contra Mim.” Neste versículo, o profeta contrasta o ímpio murmúrio do povo (Ml 3:13-15) com a recompensa que os fiéis a Deus receberão (v. 16-18; verp. 1233, 1234).Vós dizeis. Ver com. de Ml 1:2. |
Ml.3:14 | 14. Inútil. Isto é, nada a se ganhar. Evidentemente o profeta está condenando os judeus porque o pouco que fizeram para Deus foi por motivos egoístas. |
Ml.3:15 | 15. Reputamos por felizes os soberbos. Os murmuradores não consideram que os humildes e mansos são “felizes” ou abençoados pelo Senhor, mas que os “soberbos” e arrogantes desfrutam boa sorte e bem-estar no mundo (ver Is 13:11).Eles tentam ao Senhor. Isto é, os que põem Deus à prova e O provocam por causa de sua impiedade. A LXX traduz como: “Eles têm resistido a Deus.” |
Ml.3:16 | 16. Temiam ao Senhor. Malaquias traz uma mensagem de esperança e conforto aos que eram fiéis ao Senhor. Faz, com isso, um contraste entre os reclamadores iníquos (v. 13-15) e os verdadeiramente justos.Um memorial escrito. O profeta encoraja os que se esforçam para fazer o que é correto com o pensamento de que Deus lembra do serviço dedicado de Seu povo (ver com. de Dn 7:10). |
Ml.3:17 | 17. Eles serão para Mim. Quando os pecadores de Israel comparecerem peranteo tribunal divino. Deus promete reconhecer Seu “particular tesouro” e poupá-lo do destino dos ímpios.Tesouro. Do heb. segullah, “propriedade [privada]” ou “possessão especial” (ver com. de Êx 19:5; Dt 7:6; SI 135:4; cf. lPe 2:9).Poupá-los-ei. Há duas razões para a misericórdia de Deus por Seus fiéis: eles são Seus filhos (ver Jo 1:12; Rm 8:14; G1 3:26) e eles O servem como crianças obedientes (ver SI 103:13; Ap 14:12). |
Ml.3:18 | 18. Diferença entre. O profeta aponta adiante, para o tempo quando tudo será esclarecido, quando as indagações do povo de seus dias (ver iVIl 2:17; 3:14) serão final e satisfatoriamente respondidas. Tanto na história da nação quanto na vida individual dos israelitas, muitos incidentes mostram que Deus lida diferentemente com o justo e o ímpio. No entanto, no dia do Senhor, evidência ainda mais convincente será dada acerca do juízo e da justiça de Deus (ver Sl 58:11).CM, 49, 92; Tl, 221,Capítulo 4naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos. |
Ml.4:1 | 1. Vem o dia. O profeta oferece segurança aos que indagam: "Onde está o Deus do juízo’?” (Ml 2:17); ele garante que haverá um dia futuro em que Deus executará juízo e justiça sobre todos. Este é o ‘'Dia do Senhor” (de jl 1:15; 2:1; Am 5:18, 20; Sf 2:1-3; para mais informações, ver com. de Is 13:6; 2Pe 3:10-12).Arde. O juízo final de Deus sobre os ímpios é a destruição total pelo fogo (ver Ap 20:9; ver com. de Ez 28:16-19).Soberbos. O pecado do orgulho é especialmente ofensivo a Deus, e é o único pecado destacado neste versículo por Malaquias.Restolho. Não poderia ser utilizada linguagem mais forte para indicar a destruição completa dos ímpios. Eles não ficarão em sofrimento eterno como geralmente se crê, mas serão consumidos rapidamente como o “restolho” (ver SI 37:10, 20; Is 5:24).Abrasará. As Escrituras nada falam sobre a crença popular de um inferno ardente. Os ímpios não arderão eternamente; o fogo do último dia, literalmente, “os abrasará” (ver com. de Jr 17:27; Mt 3:12; 25:41; 2Pe 3:7-13; Jd 7).Nem raiz nem ramo. Uma figura impressionante indicando a aniquilação completa do pecado e dos pecadores impeni- tentes (ver com. de Na 1:9). Satanás é representado como a “raiz" ou originador do mal, e seus seguidores são os ramos. Todos serão completamente destruídos (ver SI 37:38). |
Ml.4:2 | 2. O sol da justiça. Uma ilustração expressiva de Cristo como a “luz do mundo” (Jo 8:12; ver jo 1:4) e a fonte de justiça (ver Jr 23:6; lCo 1:30; 2Co 5:21; Fp 3:9). Crist- está sempre pronto a levar luz espiritual a Seu povo em tempos de necessidade. Neste sentido, pode-se dizer que o “Sol da justiça”se ergueu no primeiro advento de Cristo (ver D I N, 261), e se “levantará" de forma especial no tempo de grandes trevas morais que antecede o segundo advento (ver PR, 716, 717).Saltareis. Do heb. 'push, “saltar sobre” ou "escarvar o chão [brincando]”. Os remidos são ilustrados como pulando de alegria como resultado final da justiça e do amor de Deus (ver GC, 673).Bezerros soltos da estrebaria. Do heb. egle marvec], “bezerros cevados [?]”. O sentido exato do hebraico é incerto. A LXX diz: “jovens bezerros soltos dos laços”. |
Ml.4:3 | 3. Pisareis. Os justos são ilustrados como finalmente vitoriosos sobre os ímpios (ver com. de Is 66:24).Naquele dia. Ver com. do v. 1.Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3. |
Ml.4:4 | 4. Lembrai-vos. Malaquias termina sua profecia com uma advertência para que seu povo seja obediente a Deus. A obediência humana precede a bênção divina. Ê significativo que o profeta que termina o cânon do AT realce a necessidade e a importância de observar as instruções de Deus a Seu povo, a lei dada no monte “Horebe” (ver Lv 26; Dt 28). E significativo também que “a lei de Moisés” tenha desempenhado uma parte importante em auxiliar as pessoas a se prepararem para o dia do Senhor.Moisés, Meu servo. Evidentemente, ele é mencionado porque foi o “mediador” (ver Gl 3:19; Dt 5:5), por meio de quem as instruções, os “estatutos e juízos” de Deus foram dados no Sinai (ver Êx 24:12-18; Ne 10:29). |
Ml.4:5 | 5. O profeta Elias, Esta profecia levou muitos dos judeus dos últimos tempos a esperar um retorno do próprio Elias à ferra (ver jo 1:21). No entanto, esta é uma profecia de alguém que viria “no espírito e poder de Elias” (Lc 1:17), isto é, que pregaria uma mensagem semelhante à de Elias. Antes do primeiro advento de Cristo, esta obra foi cumprida por João, o Batista (Alt 17:12, 13; Lc 1:16, 17; ver com. de All 3:1), e antes da segunda vinda de Cristo uma obra semelhante será feita por aqueles que pregam as três mensagens angélicas ao mundo (ver com. de IRs 18:19-44; Alt 3:3, 4; 11:14).Dia do Senhor. Ver com. de Is 13:6. |
Ml.4:6 | 6. Converterá o coração. A mensagem profetizada aqui conduziría ao verdadeiro arrependimento, e, por ela, muitos se voltariam “ao Senhor, seu Deus” (Lc 1:16; ver com. de Ml 3:7).Filhos, Literalmente, “filhos”, uma referência aos filhos literais de Israel, muitos dos quais retornariam à verdadeira fé de seus pais, os patriarcas (ver com. de Lc 1:16, 17).Maldição. Do heb. cherem, “uma coisa separada para a destruição” (ver com. de Js 7:12; ISm 15:21). O AT termina com esta advertência solene. Os que não se arrependem verdadeiramente serão contados com os ímpios e sofrerão seu destino (Ml 4:1). Mesmo assim, Aialaquias apresenta uma mensagem de esperança, porque o mesmo Deus que destrói o culpado traz "salvação” eterna (v. 2) ao arrependido. |