"As coisas encobertas pertencem ao nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei."
Deuteronômio 29:29

Capítulo e Verso Comentário Adventista > Juízes
Jz.1:1 1. Morte de Josué, A frase “e sucedeu, depois da morte de Josué” (ARC) forma o cabeçalho para todo o livro. Com estas palavras o autor continua a narrativa a partir de onde o livro de Josué termina. Josué começa exatamente da mesma forma: '‘Sucedeu, depois da morte de Moisés, servo do Senhor” (Js 1:1). Os eventos e incidentes que o autor de Juizes relata pertencem ao período ou época que sucede a morte de Josué. Não se pode precisar quanto tempo depois da morte de Josué ocorreu o primeiro desses eventos, mas, provavelmente, nãomuito depois, porque o livro dos Juizes se inicia com um relato da dispersão das tribos para suas respectivas heranças, depois que Josué repartiu uma porção a cada uma delas.Os filhos de Israel. Provavelmente só as tribos a oeste do Jordão.Consultaram o Senhor. A palavra hebraica traduzida por “consultar” também é utilizada com frequência como “perguntar” ou “pedir conselho” (ver Jz 18:5; 20:18). E utilizada pelos sacerdotes com relação ao Urim e Tumim (Nm 27:21), provavelmente o método aqui empregado. É digno de notaque os israelitas pediam conselho ao Senhor. Aprenderam por meio do exemplo de Josué. Então, sem a presença de um líder e confrontados com o perigo, não buscaram sabedoria em si mesmos, mas, em harmonia com a instrução de Moisés, pediram que Deus os liderasse (ver Tg 1:5); um pedido simples e direto, destituído de “vãs repetições" (Mt 6:7). A eloquência da oração reside no sentido de necessidade e direção. E imperativo tanto hoje como nos dias dos juizes que o povo de Deus busque orientação divina antes de tomar decisões. Essa busca não deve ser feita às pressas, de forma descuidada, nem com ideia prefixada. Esse tipo de oração por orientação é zombaria. Deus honra somente os que O buscam sinceramente e com a mente aberta e que estão dispostos a seguir os caminhos por Ele indicados.Subirá. Esta palavra sugere que as tribos estavam acampadas em planícies ao redor de Jerico e Gilgal. Isso é confirmado pela narrativa posterior (Jz 1:16; 2:1). As duas cidades estavam a aproximadamente 245 m abaixo do nível do mar, mas alguns dos locais atacados por Israel estavam entre 760 e 1.100 m acima do nível do mar. A palavra heb. ‘alah, traduzida como "subirá” é utilizada com frequência para expressar a ideia de "sair para a batalha”. A noção de "subir”, em ligação com a batalha, pode ter se originado do fato de que a defesa ocupava, geralmente, os lugares altos.Primeiro. A pergunta "Quem (...) subirá, primeiro?" revela a incerteza do grupo que, então, não tinha um líder. Eles reconheciam que cada tribo deveria iniciar a conquista para assegurar a porção de terra concedida por sorteio. Que tribo encorajaria as demais? Eles desejavam um líder apontado divinamente.
Jz.1:2 2. Judá subirá. Presume-se que esta resposta viera por meio de Fineias, o sumo sacerdote, consultando o Urim e o Tumim. Talvez os homens de Judá tenham se tornadolíderes por pertencerem à tribo maior (Nm 2); podem, também, ter sido os mais corajosos, pois com eles estava Calebe que, como Josué, anos antes, desejava avançar e invadir a terra. Nas peregrinações do deserto, judá sempre | marchou primeiro. Essa tribo foi escolhida para iniciar a campanha.Entreguei a terra. Esta é uma afirmação profética. O que certamente aconteceria era declarado como se já houvesse acontecido. “A terra” significa a porção de judá.
Jz.1:3 3. Sobe comigo. Judá e Simeão eram filhos de Lia (Gn 29:33, 35). Era natural que duas tribos se ajudassem, pois as porções eram vizinhas; e a porção de Simeão ficava “no meio da dos filhos de judá” (js 19:1).A porção das duas tribos era limitada pelo Mediterrâneo, no extremo norte, e pelo Mar Morto, no extremo sul. Apesar de a federação dos cananeus ao sul ter sido derrotada durante as campanhas de Josué, mu itas fortalezas permaneceram, e cada tribo precisaria conquistá-las.Cooperação entre os irmãos é o mais sensato quando há tarefas difíceis. O mais forte não deve desprezar, mas desejar a ajuda dos outros, mesmo dos mais fracos, judá era a tribo maior e Simeão, a menor, mas Judá pediu auxílio a Simeão. Nota-se que quem pede auxílio deve estar pronto para responder em auxílio. Mais tarde judá se ofereceu para ajudar Simeão. Os cristãos deveríam fortalecer as mãos uns dos outros contra os artifícios destruidores do reino de Satanás. Aqueles que ajudam em espírito de amor têm razões para esperar que Deus graciosamente abençoe a união dos esforços.
Jz.1:4 4. Bezeque. Este local não foi identificado. Provavelmente fosse próximo a Jerusalém, porque imediatamente depois dessa batalha os israelitas atacaram essa cidade. Alguns deduzem tratar-se de um território e não de uma cidade, sugerindo a região entre jerico e Jerusalém. Elá uma cidade chamada Bezeque (ISm 11:8), masque, provavelmente, seja outro lugar, porque se situa a nordeste de Siquém e está fora da região da campanha no sul conduzida por Judá. Os ferezeus estão incluídos como participantes dessa batalha e são mencionados junto aos arborizados planaltos a norte e a leste de Siquém (Js 17:15). O nome lerezeu sign ifica "país aberto” e pode ser considerado como um equivalente da palavra “beduíno”, que quer dizer “uma tribo nômade”.
Jz.1:5 5. Adoni-Bezeque. Literalmente, “senhor de Bezeque”, o governador de Bezeque.
Jz.1:6 6. Cortaram os polegares. Na Antiguidade, os conflitos eram marcados por barbaridades como esta, a fim de evitar que os prisioneiros capturados voltassem à guerra. Há registros de que os gregos, às vezes, mutilavam as mãos dos prisioneiros, de modo que não mais pudessem manusear a lança e o arco, mas pudessem trabalhar. A pena infligida a .Adoni-Bezeque o privaria da realeza. Os dedos grandes dos pés foram cortados para impedir que corresse, uma habilidade essencial aos guerreiros daquele tempo.
Jz.1:7 7. Setenta reis. Diversas figuras reais que, em diferentes períodos no reinado de /\doni-Bezeque, constituíram o séquito de governantes subjugados que ele mantinha em extrema pobreza em sua corte, depois de mutilá-los. Os reinos da Palestina eram pequenos. Em geral, consistiam apenas de uma cidade e o território ao redor.Apanhavam. Uma tradução melhor seria "colhiam” ou "pegavam migalhas”.Como eu fiz. Adoni-Bezeque declarou publica mente que merecia o castigo recebido. Como muitos outros, reconheceu seu crime. Apesar de Deus nem sempre retribuir imediatamente aos seres humanos de acordo com seus méritos, mas adiar esperando o arrependimento, todos serão constrangidos a admitir sua culpa por ocasião do juízo final. Contudo, é melhor se declarar culpado diante do propiciatório no presente e ser libertado da ira vindoura.Jerusalém. Não há indícios de que as tribos procuraram manter o domínio desta cidade nesse período. O registro bíblico mostra que a cidade continuou nas mãos dos jebuseus até ser conquistada por Davi séculos mais tarde (2Sm 5:6, 7). Judá realmente dominou o sul da Palestina somente no reinado de Davi. Como Jerusalém não fazia parte da porção de Judá nem de Simeão, essas tribos provavelmente abandonaram a cidade, depois de tomá-la e queimá-la.Morreu alí. O autor não diz quanto tempo Adoni-Bezeque viveu depois de ser levado a Jerusalém. Provavelmente, sua morte ocorreu logo depois.
Jz.1:8 Sem comentário para este versículo
Jz.1:9 9. Desceram. Na primeira parte da campanha, eles “subiram” da planície ao redor de Jerico e Gilga! para a batalha nos planaltos centrais. Desta vez, "desceram” das montanhas para lutar cm três distintas regiões da Palestina: a “montanha”, o “sul” (Neguebe) e o "vale” (planície).Nas montanhas. O termo “montanha” é utilizado no AT para as regiões montanhosas da Judeia, urna continuação da cordilheira central que percorre o país de norte a sul.No Neguebe. "Sul” (ABC). Em hebraico, negeb. Ao sul de Hebrom, as montanhas são menos abruptas, os vales, menos profundos, e os outeiros arredondam-se gradualmente até se fundirem com o deserto ao sul. Esta região árida e escassamente povoada se estende desde o norte de Berseba em direção ao sul, a Cades-Barneia, e para o oeste, em direção ao mar. E frequentemente denominada Negeb no AT hebraico, nome ainda utilizado hoje. A palavra significa uma terra seca e árida. A região do sul de Canaã era tão familiar aos hebreus que passaram a usar a palavra negeb como uma expressão geral para “sul” (Gn 24:62; Js 15:4, 21; Ez 47:19). Neste verso, a palavra representa a área geográfica assim descrita.Nas planícies. Do heb. shejelah. Entre as regiões montanhosas de Judá e as planíciesfilisteias que costeiam o mar, há uma região de colinas com baixa altitude. Essa região na fronteira da Filístia era chamada de Sefelá, isto é, "planície”.
Jz.1:10 10. Hebrom. Esta cidade estava no meio do caminho entre Jerusalém e Berseba, a cerca de 30 km de ambas as cidades, na parte mais alta das montanhas de Judá, a 926 m acima do nível do mar. Antigamente, era chamada de Quiriate-Arba, que significa "cidade de Arba”. Arba foi pai de Anaque (Js 14:15; 15:13; 21:11). Hebrom foi o local do sepultamento de Abraão, Sara, Isaque, Rebeca, Jacó e Lia.Neste verso, o autor está evidentemente fazendo uma afirmação gera) ou uma avaliação a respeito da tomada de Hebrom, porque, mais adiante neste capítulo, ele afirma que Calebe tomou Hebrom e expulsou os três filhos de Anaque (v. 20).Sesai. Os três gigantes também são mencionados em conexão com a visita de Calebe à cidade, anos antes, acompanhado dos espias (Nm 13:22, 28). Em Juizes 1:20, são chamados filhos de Anaque, o que pode significar que eram três clãs dos anaquins.
Jz.1:11 11. Partiu contra. O uso do pronome pessoal singular apoia o que foi afirmado acima: o autor se refere a Calebe e seu clã, e não ás tribos de Judá e Sirneão.Debir. O nome anterior de Debir era Quiriate-Sefer (Js 15:15), que significa “cidade dos livros”. Devido ao significado do nome, eruditos especulam que a cidade abrigou uma famosa biblioteca, similar às bibliotecas que o rei Assurbanípal construiu, de proporções bastante amplas. Vários eruditos concordam que a cidade pode ser identificada com a atual Tell Beit Mirsim, escavada por Wi 11 iam F. Albright. As ruínas não revelaram uma biblioteca, mas a cidade não foi completamente escavada. A evidência arqueológica revela ter ocorrido um incêndio inco- mum e devastador, que deve ter sido seguido da ocupação por parte do povo hebreu que reconstruiu a cidade.
Jz.1:12 12. Darei minha filha. A cidade era fortemente protegida e Calebe tentou despertar jovens ambiciosos dentre os diferentes clãs da tribo, oferecendo sua filha em casamento ao líder do grupo que primeiro invadisse a cidade. Ao que parece, a cidade tomada também se tornaria território do afortunado vencedor. Esta história mostra a força das cidades do sul nessas montanhas. Anteriormente, quando Josué atribuía porções da terra às tribos, Calebe se referiu à sua força e obteve permissão para conquistar a região, pela espada (Js 14:11).O. O irmão de Calebe, mais novo. Gramatical mente, estas palavras podem se referir a Quenaz ou a Otniel. Se for Quenaz, então Otniel era o sobrinho, não o irmão de Calebe. E impossível saber o que está correto. O escritor usa a expressão "mais novo”, a fim de explicar que não havia grande disparidade de idade entre Otniel e Acsa. Se a afeição por uma mulher anima os homens a tais esforços extenuantes e perigosas aventuras, o que dizer sobre o amor ao Senhor?
Jz.1:13 Sem comentário para este versículo
Jz.1:14 14. Quando se foi a ele. Acsa foi mantida fora da área de batalha com as outras mulheres e crianças em um lugar de segu- rança, mas então ela recebeu ordem de seu pai para ir e ser apresentada publicamente ao marido, em honra ao seu valor e como um exemplo para as tropas. Naqueles tempos, os pais arranjavam os casamentos e davam as filhas a quem quisessem. No entanto, quando a prática se tornava abusiva, uma moça não era obrigada a se casar com alguém a quem ela não amasse (Gn 24:57, 58; PP, 171).Insistiu com ele. O v. 15 registra que Acsa foi quem pediu um campo ao pai. A leitura “insistiu com ela”, como apresentada pela LXX, seria mais natural. No entanto, a passagem deve significar que eia solicitou permissão ao esposo para pedir ao pai um campo ou que o persuadiu de que eles deveríam fazer o pedido.Apeou do jumento. Acsa reverenciou seu pai e desmontou do jumento quando falou com ele. Entre os beduínos, o costume ainda demanda que quem pede um favor a um líder deve desmontar do animal e aproximar-se dele a pé.
Jz.1:15 15. Terra seca. "Terras ao sul" (KJV). A palavra hebraica para “sul" é negeb, uma terra seca e árida (ver com. do v. 9). A porção dela estava na terra seca, e ela precisava das fontes para os rebanhos. Com o casamento ainda recente, seu esposo não estava à vontade para pedir essas fontes, mas Acsa sentia-se segura como filha favorita e fez o pedido imediatamente. O jovem casal estava prestes a tomar posse cie seu território. Em resposta, Calebe lhe deu “as fontes superiores e as fontes inferiores". No território entre Defair e Hebrom há uma região que hoje conta com 14 fontes, em três grupos. Podem ser as fontes com as quais Calebe presenteou a filha recém-casada.Aparentemente, o pedido de Acsa foi bom e adequado. Calebe reconheceu isso e o atendeu, O Pai celestial, que distribui a porção cie cada um, é razoável e afetuoso como um bom pai terreno. As pessoas devem exercitar a mesma sabedoria de Acsa e pedir, de forma adequada, que Deus conceda mais bênçãos nos diversos aspectos da vida. Deus deseja conceder fontes de água para regar urna experiência que ficou árida sob o sol. Ele concederá em abundância, além do que for pedido ou imaginado, se invocado (Ef 3:20).
Jz.1:16 16. Queneu. Ou, "o midianita” (Nm 10:29). Desde o tempo de Moisés, esse clã esteve intimamente ligado a Israel, sem perdera independência. Por estar em aliança com Israel e ter participado na campanha, foi autorizado a partilhar da recompensa e se estabelecer no território de Judá. Mais tarde, um ramo desse clã se estabeleceu ao norte, no território de Naftali (Jz 4:11, 17),Cidade das Palmeiras. Jerico é normalmente chamada de "cidade das Palmeiras"(Dt 34:3; 2Cr 28:15). No entanto, a antiga Jerico fora destruída e a nova Jerico ainda não tinha sido erguida (lRs 16:34). Assim, é provável que essa “cidade das Palmeiras" fosse outra nas proximidades (ver com. de js 6:26). O local se tornou famoso por suas palmeiras e jardins. Josefo apresenta uma brilhante descrição dessa beleza (Guerras dos Judeus, iv.8.3).Arade. Este lugar, onde os queneus se instalaram, está localizado no Neguebe, cerca de 30 km ao sul, pelo leste de Hebrom.
Jz.1:17 17. Horma. Este nome significa “consagrado”, ou seja, determinado à destruição completa. E o novo nome que os hebreus deram a Sefate. O local da cidade não foi estabelecido definitivamente pelos arqueólogos. No entanto, foi sugerido Tell esh- Shenah (também chamada 7c// el-Mshash), próximo a Berscba e Ziclaguc. De acordo com o verso bíblico, Horma estava no território de Simeão (Js 19:4).
Jz.1:18 18. Tomou ainda Judá a Gaza. Parece que a tribo de Judá continuou a campanha sozinha, indo do Neguebe à planície marítima; depois seguiu para o norte e atacou as cidades costeiras. Ao sul estava Gaza, que foi completamente tomada, assim como Asquelom e. Ecrom. Desta forma, três centros filisteus caíram diante dos israelitas. Apesar de os hebreus terem derrubado essas fortalezas de forma rápida, com ataques surpresa, não foram capazes de manter a posse depois do reagrupamento e contra-ataque dos filisteus. O verso seguinte afirma que judá não expulsou os habitantes do vale (ver também Jz 3:3).
Jz.1:19 19. Com Judá. Judá obteve êxito parcial, por causa de aparente superioridade das armas inimigas. Por que foi assim, se os carros de ferro não são nada diante do poderoso Deus, cujos carros são milhares de anjos? O poder infinito estava disponível, mas ainda assim a tribo de Judá não conseguiu obter completo domínio sobreos inimigos. O autor de juizes explica o motivo (ver com. de Jz 2:14-23).Carros de ferro. Nas montanhas, onde cavalos e carros não podiam ser manobrados, os hebreus eram vitoriosos. Mas, nos vastos vales da planície marítima, os cana- nens, muito mais armados, repeliam as incursões. A utilização do ferro era comum entre os cananeus que estavam à frente dos hebreus na arte de construções metálicas. Aprenderam a utilizar carros e cavalos com os heteus e os horeus e obtiveram grandeovantagem sobre a infantaria hebraica, que não podia enfrentar essas armas superiores.
Jz.1:20 Sem comentário para este versículo
Jz.1:21 21. Habitavam em Jerusalém. Segundo Juizes 1:8, a tribo de Judá tomou Jerusalém. Talvez a razão de não consolidar a conquista foi que a cidade estava no território de Benjamim. A fronteira entre as duas tribos estava ao sul da cidade, através do vale de Hinom (Js 15:8). Depois que os jebuseus foram humilhados pela derrota nas mãos de judá, não ofereceram resistência aos homens de Benjamim, que se estabeleceram ao redor da cidade. Não dispondo da resolução necessária para tomar a cidade, o povo de Benjamim se associou pacificamente aos idólatras jebuseus. Alguns séculos depois, Davi percebeu a importância de ter a cidade nas mãos e a tomou. Os dois grupos pareciam conviver amigavelmente, pois, no final do reinado de Davi, fala-se de Araúna, o jebuseu, sugerindo ser um cidadão respeitado (2Sm 24:18). No entanto, no período dos juizes, a cidade era predominantemente dos jebuseus (Jz 19:11, 12). O povo de Benjamim falhou em aproveitar plenamente as oportunidades.Até ao dia de hoje. Esta expressão sugere que o livro dos Juizes foi escrito antes de Davi tomar a cidade.
Jz.1:22 22. Casa de José. Refere-se à tribo de Efraim e à meia tribo de Manassés no oeste da Palestina. A meia tribo de Manassés se estabeleceu na Transjordânia.Betei. Significa "casa de Deus". Situada cerca de 15 km ao norte de Jerusalém, nas montanhas centrais, esta cidade era famosa por ser o lugar onde Jacó teve a visão da escada. Recebeu o nome por causa desse evento (Gn 28:10-22). Mais tarde, se tornou famosa como centro da adoração idólatra estabelecida por jeroboão, que fez dela um santuário nacional ao norte do reino de Israel (ver IRs 12:29).O Senhor era com eles. Ao contrário de Benjamim, que nunca se aventurou na fé, essas tribos se aventuraram e obtiveram vitórias mediante a bênção de Deus.
Jz.1:23 23. Enviou homens a espiar Betei. Ou seja, eles analisaram detalhadamente o local antes de se aventurarem num ataque, descobrindo a melhor maneira de conquistá-la. E acrescentada uma nota histórica: o nome anterior da cidade era Luz. Depois de conquistar a cidade, os israelitas deram-lhe o nome de Betei, em homenagem à experiência de Jacó (ver com. de Jz 1:22). A nova cidade, evidentemente, não estava no mesmo local da anterior, porque no livro de Josué as duas cidades são descritas como diferentes, embora vizinhas (Js 16:2). A cidade estava, a princípio, no território de Benjamim e próxima à fronteira de Efraim (Js 18:13, 21, 22).
Jz.1:24 24. Espias. Literalmente, "observadores'’. Antes de se aproveitarem do terror que tomou conta da alma do homem capturado, em antecipação à sua condenação à morte, os espias fizeram uma oferta de segurança pessoal ao viajante. Ele revelou uma entrada secreta para a cidade, e os hebreus facilmente tomaram o local e mataram os habitantes, deixando vivo somente esse homem e sua família.
Jz.1:25 Sem comentário para este versículo
Jz.1:26 26. Edíficoii uma cidade. Não se sabe nada a respeito da cidade que esse homem edificou. Talvez, para acalmar a consciência a respeito da traição, ele foi a um país distante e construiu uma cidade à qual deu o mesmo nome daquela que havia traído.
Jz.1:27 27. Manassés não expulsou. O autor avança na narrativa da região sul da terra, atacada por Judá, ascendente para o centro e o norte da Palestina. Nesse ponto, a narrativa revela uma nova tendência. Anteriormente, os hebreus obtiveram vitórias e sofreram derrotas. A partir de então, segue-se uma lista de fortalezas cananeias que as diferentes tribos não conseguiram conquistar. As eidades cujos habitantes Manassés não expulsou consistiam de uma eadeia de cidades fortificadas.Bete-Seã. No extremo leste da "linha cananeia” estava a antiga cidade de Bete-Seã. E o lugar onde o terreno relativamente plano do vale de JezreeI começa a cair em direção ao rio Jordão. Também é uma das mais antigas cidades da Palestina e por diversas vezes foi o centro de culto de várias divindades pagãs. Foi uma grande fortaleza situada numa colina alta, ecfificada sobre as ruínas de épocas anteriores. Devido à sua localização estratégica, dominava a rota para Damasco. As escavações no local revelaram que foi uma cidade de guarnição egípcia durante vários séculos, por volta de 1200 a.C. Nos dias de Saul, estava em posse dos filisteus, cujos principais centros ficavam ao sul. Davi pode ter conquistado Bete-Seã posteriormente, pois é mencionada como uma das cidades de Salomão (1 Rs 4:12). Por muito tempo, foi conhecida como Citópolis, depois de os citas a conquistarem no tempo de Jeremias. Hoje é chamada de Tell el Hutsn Beisan. A cidade árabe vizinha, continua com o nome antigo.As outras cidades fortificadas, citadas nesse verso, dominavam as passagens através das montanhas centrais de Samaria à fértil planície de Esdraelom (ou Megido). No extremo oeste, Megido dominava a extensa estrada entre Egito e Mesopotâmia. Por causa disso, se destacava nas campanhas egípcias contra os grandes impérios do norte e do leste. Taanaque, que detém o mesmo nome hoje, estava 7,5 km ao sul de Megido.Suas respectivas aldeias. Literalmente, “filhas deles'’. São as pequenas vilas aglomeradas ao redor dessas cidades fortificadas.Cananeus lograram permanecer. Isto é, eles obstinadamente resistiram e repeliram as tentativas dos hebreus de desalojá-los. Perceberam que, se mantivessem aquela cadeia de fortalezas, comandariam todas as rotas de viagem e comércio; além disso, separariam as diversas tribos israelitas umas das outras, prevenindo uma confederação delas. Aplicaram o princípio militar de dividir e conquistar.
Jz.1:28 28. Trabalhos forçados. Do heb. mas, "tributo'’ (KJV). No entanto, "tributo” não representa o sentido real desta palavra, que significa "mão de obra forçada". A palavra indica uma imposição aos homens, forçados à empreitada, não a empreitada em si. Davi e Salomão utilizaram trabalhos forçados nos projetos de construção e na obra de fortificar as cidades (lRs 5:13; 9:15, 21). No tempo dos juizes, os hebreus forçaram os cananeus a trabalhar na reconstrução das cidades conquistadas por eles e no reparo das fortificações.Não os expulsou de todo. Nas regiões onde os hebreus eram fortes, foi permitida a permanência dos cananeus que se submeteram a trabalhos forçados em troca do privilégio de viver em suas vilas ou propriedades. Na história posterior desse livro, ficam evidentes as consequências dessa ação para a moral e a religião israelita.
Jz.1:29 29. Gezer. Uma antiga cidade cananeia no extremo sudoeste de Efiraim, próxima aos filisteus, 31 km a noroeste de Jerusalém. Os cananeus mantiveram a posse da cidade (iSm 27:8; 2Sm 5:25; lCr 20:4) até que um faraó a tomou e a deu de presente à filha, esposa de Salomão (lRs 9:16). Salomão a reconstruiu como fronteiriça à fortaleza. A escavação desta cidade cananita revelou uma grande quantidade de artigos de uso doméstico, um amplo templo e numerosos exemplos da práticacananita de se enterrarem crianças nas fundações de casas em construção.
Jz.1:30 30. Zebulom não expulsou. O autor passa a relatar as experiências das tribos cujas porções estavam situadas ao norte da Palestina, além da planície de Esdraelom. Nada é dito da tribo de Issacar, embora na canção de Débora (jz 5) seja representada como uma das tribos mais agressivas. O mesmo se deu com as demais tribos. A história a respeito de cada uma delas é a mesma. Não foram fortes o bastante para atacar as fortalezas em seus territórios, mesmo nas montanhas, onde as tribos do sul venceram. Conquistaram pequenas regiões onde puderam e se estabeleceram no meio dos antigos habitantes.
Jz.1:31 31. Aser não expulsou. A tribo de Aser não se saiu melhor que a de Zebulom. Sua porção era na planície marítima e nas colinas ao norte do Carmelo. Era o território dos fenícios, que ainda não tinham a fama de comerciantes marítimos. Estabelecendo-se entre os cananeus, parece que o povo de Aser ficou mais exposto que as outras tribos à absorção da cultura c religião desses povos. Em pouco tempo, eles pareciam ter perdido muito da particularidade de sua religião. Quando Débora convocou as tribos para se unirem contra os cananeus, ela disse que "Aser se assentou nas costas do mar, e repousou nas suas baías” (Jz 5:17).Ao todo, 22 cidades nessa região caíram em sorte para Aser (Js 19:30). O texto lista pelo menos sete que não foram conquistadas, incluindo as conhecidas cidades de Acre e Sidom. Assim, os aseritas não progrediram muito em conquistar o território atribuído a eles.
Jz.1:32 32. Continuaram no meio cios cananeus. Juizes 1:29 e 30 afirma que os cananeus habitavam entre os hebreus, mostrando que estes últimos eram mais poderosos; mas, neste versículo, o autor muda a frase e diz que os aseritas habitavam entre os cananeus. Isso sugere que os cananeus dominavam a área.
Jz.1:33 33. Naftali não expulsou. A mesma narrativa é repetida. Os locais que Naftali falhou em conquistar eram as antigas cidades que obtiveram seus nomes dos famosos templos ao deus Anate e ao deus-sol Shemesh (ou Shamash), nelas situados. No entanto, os hebreus eram fortes o bastante para forçar o tributo a essas cidades. O território de Naftali se tornou conhecido, mais tarde, como Galileia, onde os idólatras eram tão numerosos que a região era chamada "Galileia das nações” (Is 9:1), isto é, “área estrangeira”.
Jz.1:34 34. Filhos de Dã. A porção da tribo de Dã era uma estreita faixa do vaie e das colinas entre as heranças de Eiraim e de Judá. Primeiramente, os danitas tentaram seguir em direção à planície e, sob a bênção de Deus, deveríam ter alargado suas fronteiras para o mar. Em vez disso, os habitantes nativos os expulsaram de volta às montanhas, onde consolidaram posição ao redor das cidades de Zorá e Estaol. Sansão partiu dessa tribo para realizar suas façanhas contra os filisteus (Jz 13-16). Essa região era tão pequena que, quando houve um aumento populacional nessa tribo, a parte principal migrou para o norte da Palestina, beirando a cabeceira do Jordão, onde tomaram a cidade de Laís e a renomearam para Dã (jz 18, 19; ver com. de Js 19:47),Deve-se notar que o autor de juizes designa a população nativa como amorreus e não como cananeus. Alguns creem que os dois nomes se referem ao mesmo povo. Sustenta-se que a população nativa, conhecida como cananeus, provém da mesma área que os amorreus. Parece que os amorreus descrevem uma migração posterior, já que eles chegaram depois dos cananeus, a cultura deles era, provavelmente, mais nômade que a de outras culturas cananitas. Um antigo poema sumério descreve os amorreus:Sua companhia são as armas ...Não conhecem a submissão.Ingerem carne crua,Não possuem casa ao longo da vida,Não enterram seus companheiros mortos." Os amorreus no período dos juizes pro- \avelmente desenvolveram uma cultura mais sedentária do que a ilustrada nesse poema. Estavam espalhados sobre toda a área do antigo Oriente Próximo, e reis amorreus governavam sobre os pequenos reinos. Hamurábi, um famoso rei babilônico, era amorreu. O nome amorreu significa ‘ocidental” e fora dado a esse povo pelos sumérios, os primeiros habitantes conhecidos na terra de Babilônia.
Jz.1:35 35. Montanhas de Heres. Acredita-se que seja Bete-Semes, em Sefelá.Aijalom. Uma cidade situada 20 km a noroeste de Jerusalém (ver com. dejs 10:12).Prevaleceu. Literalmente, "repousou pesaclamente”. A tribo de Dã foi incapaz cie prevalecer contra a população nativa, sendo gradualmente forçada a voltar à sua área restrita. Em vista disso, a tribo de Efraim, do território adjacente, partiu em auxílio aos danitas e empreendeu ataques agressivos contra os amorreus. Os efraimitas forambem-sucedidos e forçaram as cidades dos amorreus e cananeus a assinar tratados de submissão, fornecendo mão de obra às cidades israelitas em troca de uma pausa nas hostilidades. Esse status tributário continuou durante vários séculos até as cidades realmente se tornarem território israelita no tempo de Salomão (IRs 4:9). Bete-Semes logo caiu nas mãos dos israelitas (ISm 6:12).
Jz.1:36 36. O limite dos amorreus. Preferivelmente, “a fronteira dos amorreus" (NVI). Este verso não está conectado ao anterior, a não ser pelo fato de que, tendo mencionado os amorreus, o autor faz uma pausa para explicar que o território amorreu, anteriormente, estendia-se até o sul, que constituía a fronteira edomita. As tribos israelitas do sul conquistaram território no extremo sul dessa antiga fronteira.A subida de Acrabim. Literal mente, “passagem do escorpião".Sela. Refere-se “à penha” (ARC). Muitos tomam Petra como referência à fortaleza rochosa dos edomitas e nabateus. Porém, o mais provável é que se refira ao marco divisório do lado judeu de Arabá. O verso não é claro.Capítulo 2moradores desta terra; antes, derribareis os seus altares; contudo, não obedecestes à Minha voz. Que é isso que fizestes?I 3 Porquanto deixaram o Senhor e serviram a Baal e a Aslarote.Senhor lhes dissera e jurara; e estavam em grande aperto.
Jz.2:1 1. O Anjo do Senhor. Os cinco versos seguintes de Juizes pertencem ao primeiro capítulo; encerram o relato de conquista e estabelecimento registrado em Juizes 1. O autor explica por que o povo escolhido foi incapaz de conquistar toda a terra. O tema principal desses versos é uma reprovação aosisraelitas por se misturarem com as práticas religiosas pagãs dos povos entre os quais se estabeleceram. Ao invés de destruir os altares pagãos, os israelitas adoraram diante deles.E difícil averiguar de quem o escritor fala quando se refere ao “Anjo do Senhor”. A palavra “anjo” literalmente significa "mensageiro”.O termo “mensageiro cio Senhor” pode se relacionar a um profeta a quem Deus utilizava para dar Sua mensagem a Israel (Ag 1:13), mas também pode se reportar ao próprio Yahvveh, designado algumas vezes por esse título (ver Ex 23:20, 23; 33:2). O fato de a mensagem não ser introduzida com um "assim diz o Senhor", o costume dos profetas posteriores, sugere que o próprio Senhor foi quem falou. A utilização da primeira pessoa também apoia a última opinião.De Gilgah A cidade que serviu como sede provisória das tribos (Js 4:19; 9:6; 10:6; etc.), boi nesse campo, às margens ocidentais do Jordão, entre Jerico e o rio, que o misterioso “comandante do exército" apareceu a Josué (Js 5:13-15, NVi). O comandante era Cristo (PP, 488). E possível que seja apresentado aqui o mesmo visitante.Boquím. Litera 1 mente, “pranteadores”. Este nome foi dado ao lugar como resultado da experiência registrada (ver v. 4 e 5). O local não é mencionado em nenhum outro lugar da Bíblia e não é conhecido hoje. A LXX acrescentou a explicação “e para Betei”, após a palavra “Boquim”. O evento pode ter ocorrido em Betei, mas o fato de se oferecerem sacrifícios (v. 5) sugere que o lugar seria mais provavelmente Siló, onde o tabernáculo estava armado. O contexto indica uma grande reunião, c é possível que esses eventos tenham ocorrido em conexão com uma grande reunião religiosa como a Páscoa ou Lesta das Colheitas. Nesse evento, o local podería ter sido Siló ou uma pequena vila próxima.Sob juramento. A promessa foi feita em Gênesis'12:7; 13:14-16; 15:18; 26:3; 28:13.Minha aliança. Ver Êx 34:10-16.
Jz.2:2 2. Não fareis aliança. Ver Ex 34:12. O registro do primeiro capítulo de Juizes evidencia que os israelitas fizeram muitas alianças com os moradores pagãos da Palestina. Os israelitas provavelmente argumentaram que essas alianças foram forçadas devido àimpossibilidade de expulsarem os moradores nativos.Derribareis os seus altares. Ver Ex 34:13. Esses “altares” eram colunas de pedra especial, predominantes na Palestina. O envolvimento social com os moradores locais foi o primeiro passo para a infidelidade de Israel. O passo seguinte foi dado quando alguns se juntaram em festividades ao redor de altares pagãos, árvores sagradas e colunas. Uma vez que as barreiras foram quebradas, a apostasia os levou como num dilúvio. Em pouco tempo, essa fusão afetou seus elevados princípios religiosos. Os mesmos resultados ocorrem num comportamento similar hoje em dia. O Senhor adverte: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4).Que é isso que fizestes? O mensageiro iniciou pelo relato das coisas que Deus tinha feito pelos israelitas, ].ibertando-os da escravidão no Egito e estabelecendo-os na terra da promessa. É levantada, então, a questão: o que eles deram a Deus em troca? .A ingratidão era evidente na apostasia religiosa que se tornou clara em poucos anos. Israel desobedeceu em importantes assuntos especificamente ordenados por Deus. Eles quebraram o acordo; por esse motivo, Deus não poderia cumprir Sua parte.
Jz.2:3 3. Pelo que também Eu disse. Deus lhes deu advertência prévia (ver Nm 33:55; Js 23:13). Essa advertência seria, então, cumprida. Deus retiraria Suas promessas condicionais (ver Ex 23:31; etc).Seus deuses vos serão laços. A adoração dessas divindades pagãs resultaria em total corrupção, que causaria a ruína da nação toda (ver Ex 23:33; 34:12; Dt 7:16; Js 23:13).A incapacidade de expulsar os moradores da terra trouxe sua própria punição. Assim é com o pecado. Luxúria e corrupção nãosomente removem a graça de Deus, mas trazem consigo retribuição e punição como resultado do pecado. Deus muitas vezes pune pecado com pecado (ver PP, 728).
Jz.2:4 Sem comentário para este versículo
Jz.2:5 5. Boquim. Ver com. do v. 1. A repreensão severa administrada pelo mensageiro causou o choro do povo. Foi um choro de vergonha e, apenas parcialmente, de arrependimento. O nome serviu para recordar as lágrimas de decepção e desgraça. O local e os incidentes relacionados a ele lembram o moderno muro das lamentações em Jerusalém. Como os hebreus nesta experiência em Boquim, muitos crentes se comovem após uma pregação para arrependimento, apenas para se endurecerem novamente antes que possam ser moldados.E notável a rapidez com que essas pessoas desviadas foram tocadas pela pregação do mensageiro. A palavra de Deus tem o poder de mudar e converter as pessoas. Quem é transformado pode chorar por causa de suas falhas e erros passados. "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5:4). No entanto, seria muito melhor se, em vez de nomear o lugar enfatizando os sentimentos e as manifestações de tristeza, o chamassem de “arrependimento". E esta última experiência que Deus está procurando. Essa perspectiva está hem expressa nas palavras de Paulo: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende" (2Co 7:10, ARC). Não raramente a religião se torna uma experiência de sentimento e emoção em vez de uma vida de fé e obediência.
Jz.2:6 6. Havendo Josué. Ao narrar os primeiros esforços das tribos para consolidar sua posição na Palestina e a repreensão divina para o fracasso de Israel em obedecer as instruções de Deus, o autor apresenta o contexto histórico que explica o motivo de Deus ter levantado os juizes. Então, ele se volta para o tema principal do livro: os períodosalternados de opressão e libertação foram resultado dos esforços de Deus para fazer com que Israel voltasse da idolatria à obediência hei a Deus e à Sua lei. Antes de iniciar a história de opressões e libertações, o autor relaciona sua narrativa ao livro de Josué. Os v. 6-10 apresentam uma recapitulação que retoma a época da morte de Josué e a conecta com a experiência em Boquim, narrada anteriormente.
Jz.2:7 7. Serviu o povo ao Senhor. Pelo menos externamente, numa base nacional. A lembrança das poderosas interposições de Deus em seu favor manteve os israelitas exteriormente leais à sua fé, durante algum tempo.Josué. E notável a extensão da influência de um bom l íder. Enquanto Josué viveu, sua influência sobre Israel manteve o povo leal às promessas feitas ao Senhor.Anciãos. Os anciãos eram os chefes dos clãs e das famílias. Possuíam autoridade oficial em questões religiosas e sociais e assumiram papel de liderança na manutenção da lealdade aos costumes e à religião definidos por Moisés. Quando morreram, a apostasia religiosa rapidamente tomou forma. Esta passagem mostra que não só os grandes e reno- mados líderes podem exercer influência para o bem, mas também agentes menores moldam o padrão da vida religiosa.
Jz.2:8 8. Cento e dez anos. O registro não afirma quanto tempo Josué viveu após a reunião em Siquém. Sua morte ocorreu, provavelmente, logo depois disso, porque ele já era “velho e entrado em dias” (Js 23:1,2) quando convocou a reunião com os chefes e representantes das tribos. A ocasião para a convocação da assembléia foi, provavelmente, a percepção da proximidade da morte. Depois de mencionar a dissolução do encontro, o narrador relata que Josué morreu (js 24:29), indicando que ele viveu um pouco mais depois dessa ocasião.
Jz.2:9 9. Em Timnate-Heres. Literalmente, "porção do sol”. Em Josué 19:50 e 24:30,fala-se de Timnate-Sera, “porção extra” (sendo a primeira e a última letras transpostas, na segunda parte do nome). Não se sabe a ortografia correta. A cidade era chamada de Timnate e, devido à localização numa parte montanhosa, era conhecida como Heres (ver Jz 1:35). Muitos creem que o último nome pode ter sido acrescentado para disti nguir de outras cidades chamadas Timnate. O lugar agora é chamado Khirbet Tibneh e está 15 km a noroeste de Betei.
Jz.2:10 10. Outra geração. Esta geração cresceu na terra de Canaã, sujeita às influências corruptoras da associação social e religiosa com os idólatras moradores da terra. Os filhos estavam colhendo o que seus pais plantaram.Não conhecia o Senhor. Eles não conheciam, por experiência, a obra poderosa de Deus, e o ambiente de influências corruptoras não os ajudou a desenvolver força de caráter independente. Josué e os anciãos do período anterior tinham servido como reforço para a fé vacilante dessa geração. Quando os reforços foram levados pela morte, o povo tropeçou e caiu porque não tinha base religiosa forte.E imperativo que os cristãos examinem os fundamentos de sua fé e vejam se sua experiência é um relacionamento direto e pessoal com Deus ou simplesmente um esforço externo baseado na experiência de outros. A menos que o primeiro seja real, eles podem ter o mesm*> 2< ã'no que a segunde gera ção de isr-ichr ’s ' Em disso, cristãos lazem bem em se En ! • ir Jo que Ivae! esqueceu a liderança pi ,d, ncia1 dt Dem n< qasvDu “Nada temo. _¦ vrear qumUo .o írt um a " ’n >- (.l í. ¦- m.rx nu c n qu ooi í d m ' . 'o e o- em mos .px' 'msmimsliou no | ',,d' " 'UE - !* 2
Jz.2:11 11. Baalins. E uma forma plural do heb. baal, traduzido de várias maneiras: “esposo”, “homem ’, “mestre”, "senhor”. O termo também é aplicado às divindades pagãs. Naquele tempo, o baal mais adorado em Canaã era umdeus da fertilidade agrícola. Cria-se que ele era o doador da chuva, quem fazia crescer as plantas e os animais. Era adorado em vários lugares, de diferentes maneiras. O nome originou vários termos como Baal-Peor, Baal- Hermom, Baal-Zebube, etc. Na mitologia cananita, Baal era um oponente do deus da morte (Mot). Ele foi auxiliado por duas divindades femininas: sua irmã Anate e a deusa-sol Shemesh. As vezes, Baal foi igualado com Hadad, o deus si.ro (sírio) da chuva e da tempestade. Uma vez que Canaã era predominantemente agrícola, a adoração a Baal, sob diferentes títulos, era uma forma suprema de culto. Às vezes, os escritores hebreus usaram seu nome como o equivalente de divindades pagãs, e pode ser o caso aqui.Os israelitas devem ter conhecido os terríveis resultados desse culto e a eventual punição infligida a quem dele participava. Dificilmente eles desconheceriam a experiência de Baal-Peor, quando a praga atingiu 24 mil pessoas em resultado da adoração a Baal e as práticas relacionadas a esse culto (Nm 25:3-9).
Jz.2:12 12. Deixaram o Senhor. O pecado deles consistia não apenas em abandonar ao Deus com quem fizeram aliança de adoração, mas também na ingratidão pelo livramento da servidão do Egito. Nunca seriam livres da escravidão por seu próprio poder. Eles deviam adoração o verdadeiro Deus por causa do que Ele é e do que tinha feito por eles. A obra de Deus por eles dava-Lhe o direito à fidelidade deles.Dcnstm das gentes. Não apenas as dixmdad' •> !•>. povos ení, e os quais fiabi- .c m c” i ( mm ma1 íab s as divindades di o k ã 'U' unm/Sidm- Quando o ser ! mi' > h.udoi Dei,, o ¦. ce não haver limite para a apostasia.
Jz.2:13 13. Baal. Ver com. do v. 11.Astarote. Plural de Astorete. Estadeusa também era conhecida como Astarte.Em Babilônia, cra chamada de Ishtar. Era a deusa do amor sexual, maternidade e fecundidade. Nos tabletes de Ras Shamra, ela aparece também como a divindade da guerra e da caça. Seu culto foi difundido em todo o antigo Oriente Próximo, de Moabe (seu nome é encontrado na Pedra Moabita) a Babilônia. Ela era adorada em Canaâ nos dias de Abraão (Gn 14:5); os filisteus colocaram a armadura de Saul em seu templo como um troféu de vitória (ISm 31:10); em seu apogeu, Salomão prestou-lhe homenagem (lRs 11:5). As muitas imagens femininas encontradas por arqueólogos em habitações hebraicas e cananeias são consideradas como representações de Astarote em seu papel de deusa-mãe. No AT) os nomes Baal e Astarote são usados quase como sinônimos para todos os falsos deuses e deusas da Palestina. A língua hebraica não tem uma palavra para a deusa. Astarote aparentemente foi utilizada como alternativa.
Jz.2:14 14. Espoliadores. Esta palavra é um resumo geral das várias nações dentro de Canaâ e ao redor de suas fronteiras, que invadiam, oprimiam e molestavam a Israel. A palavra hebraica utilizada é a mesma que os egípcios empregavam para os bandos de ladrões beduínos que hostilizavam as suas fronteiras.
Jz.2:15 15. Por onde quer que saíam. Sempre que os israelitas saíam para lutar ou iniciavam uma campanha militar eram vencidos, porque Deus não estava mais com eles. As vitórias seriam interpretadas como a sanção divina à conduta pecaminosa e teriam, assim, servido apenas para confirmar e endurecer os israelitas na apostasia. Esta foi uma das razões pelas quais Deus permitiu que os povos pagãos vencessem e, assim, Ele castigava Seu povo desobediente. No entanto, em tudo isso os propósitos de Deus eram positivos. As punições eram corretivas, destinadas a conduzir os israelitas de volta a Ele.
Jz.2:16 16. Juizes. A experiência deles torna o nome um sinônimo de “libertador”. Eles eram campeões ou líderes a quem o Senhor chamou para atender em situações especiais (ver introdução, p. 307). Após um período de penalidade, Deus concedeu trégua, provendo um homem escolhido, com poder e liderança suficientes para expulsar os opressores. As experiências posteriores revelariam se o povo aprendeu as lições das consequências da apostasia.
Jz.2:17 17. Não obedeceram aos Seus juizes. As derrotas nas mãos dos inimigos e a consequente opressão não foram úteis para ensinar obediência ao povo hebreu. Entre as medidas divinas para salvá-los estava a permissão de que o desastre os atingisse. Quando reduzia a miséria deles através do trabalho dos juizes, Deus encontrava o povo tão impe- nitente como antes.Antes, se prostituiram. Esta metáfora para apostasia religiosa é frequente na Bíblia. Na medida em que o culto às divindades pagãs do antigo Oriente era muitas vezes acompanhado de imoralidade sexual nos templos e bosques, o termo não era só metafórico, mas literal.
Jz.2:18 18. O Senhor Se compadecia deles. “O Senhor Se arrependia” (ARC). O Senhor Se entristecia por eles terem que sofrer a opressão. Os significados básicos da palavra traduzida como “arrependimento” são: “entristecer”, “ter compaixão” e “ter pena”. Isso não significa que Deus mudou de idéia. O Senhor permitiu a punição para o bem deles. Quando o castigo trouxe os efeitos desejados, a piedade divina suscitou a libertação aos oprimidos. O propósito de Deus era que o sofrimento levasse a uma mudança de conduta. Quando o objetivo era alcançado, a opressão era removida ou atenuada. Essa atitude era totalmente coerente com Seu propósito original.
Jz.2:19 19. Reincidiam. Eles retornavam à apostasia. Os israelitas deixavam de cultuara Deus e se voltavam para a adoração às divindades pagãs e à prática corruptora da idolatria. Nesse cenário, o escritor de Juizes apresenta sua tese: Deus permitiu que as dificuldades viessem como resultado do pecado para despertar Seu povo para o mal de seus caminhos. Essas dificuldades produziam tristeza e arrependimento. Então o Senhor levantava ura libertador. No intervalo, Ele verificava a genuinidade do arrependimento de Israel. Após a morte do juiz, porém, o povo ingrato logo voltava para os antigos caminhos, E esse ponto de vista que torna o livro dos Juizes mais do que uma mera história. E uma filosofia da história.O autor não está interessado apenas em contar o que aconteceu após o estabelecimento do povo hebreu em Canaã. Mais que historiador, ele é um pregador. Ele quer que o leitor veja por que os latos aconteceram. Ele diz que o período após a entrada em Canaã foi instável e, principalmente, desastroso para os hebreus. Por algum tempo, eles seriam livres e, depois, novamente estariam em servidão ou sofreriam invasão. Por que isso? Porque o povo se desviou de Deus e, num esforço para trazê-los de volta, Ele permitiu que desastres ocorressem. Em outras palavras, o autor diz que a mão de Deus estava moldando a história para alcançar o fim pretendido. O autor de Juizes foi um dos primeiros historiadores genuínos. Procurou registrar, para as gerações futuras, o sentido dos acontecimentos.Piores cio que seus país. Uma impressionante característica do pecado é o modo como se espalha. Permita-lhe um pequeno início e ele rapidamente sufoca a habilidade para resistir-lhe e destrói uma vicia inteira.Nada deixavam. Literalmente, a sentença é lida: “não diminuíam nada de suas obras”. Não desejavam abandonar a nenhum de seus maus hábitos ou práticas. O coração não (ora realmente transformado. Se tivessem recebido um novo espírito, as práticasantigas seriam extirpadas, assim como a seiva de uma árvore remove as folhas mortas.
Jz.2:20 20. Ira do Senhor. A intenção da passagem é retratar o ódio de Deus pelo pecado. A ira não vem de um impulso, mas é a expressão da aversão de Deus pelo mal, fundamentada na santidade de Seu caráter. A ira humana é um fogo, queimando com paixão impulsiva e egoísmo; a ira de Deus nasce de princípios eternos de justiça e benevolência. Se Deus é infinitamente bom e santo, e se Ele conhece a miséria que o pecado trouxe à Sua criação, com que outro sentimento Ele pode considerar o pecado além de ódio e indignação? Entretanto, Deus está procurando salvar o pecador para que ele também não seja consumido no fogo purificador (Ez 33:11; 2Pe 3:9).Transgrediu a Minha aliança. A desaprovação de Deus não era sem motivo. O fato de o povo ter participado e concordado com a aliança feita no Sinai impôs a ele obrigações equivalentes a mandamentos. A obrigação específica que estava flagrantemente ignorando era a proibição de adoração a qualquer outro deus.
Jz.2:21 21. Não expulsarei mais. As vitórias foram obtidas com o auxílio do Senhor. Israel quebrou as condições da aliança, adorando outros deuses; por isso, Deus estava desobrigado, de sua parte do contrato, de cumprir a promessa de expulsar os habitantes remanescentes (Êx 23:27, 31).
Jz.2:22 22. Pôr Israel à prova. O objetivo de permitir a permanência dessas nações pagãs não era averiguar se Israel se conservaria fiel à sua religião, assim expostos ao contato próximo e constante com o paganismo. “Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele mesmo a ninguém tenta" (Tg 1:13). Pelo contrário, desde o princípio havia evidência de que Israel não permaneceria fiel. Deus deixou as nações como instrumentos para afligir os israelitas, puni-los e ensiná-los que o caminho da apostasia não compensa. Por meiodas aflições, Deus estava Se esforçando para que a mente de Seu povo se voltasse para Ele. Esta parece ser a conotação da palavra “provar" neste verso. Significa “tentar’' no sentido de trazer experiências que despertarão as pessoas para seu verdadeiro estado.Experiências semelhantes têm ocorrido com muitas pessoas em todos os tempos. Épocas de sofrimento e decepção servem para volver os pensamentos dos que são provados para a seriedade do dever e para o grande propósito de Deus em relação a eles. Essas experiências não se destinavam a mostrar o caráter dos seres humanos a Deus, pois Ele conhece os corações, mas para “provar" a eles o seu estado verdadeiro.Apesar das repetidas falhas de Israel nesse período, a disciplina não foi um fracasso total. Os castigos das nações estrangeiras impuseram mudanças na vida de alguns hebreus. As punições constantes e severas, sem dúvida, instilaram em muitos o sentimento de que o pecado é um caminho de tristeza. Tomando as frases de Btinyan, em O Peregrino: Deus fez que "o prado da senda extraviada” fosse mais áspero que o “caminho do rei”. Depois de capturados pelo "gigante Desespero” várias vezes, os israelitas se sentiram hem em retornar ao caminho do qual se desviaram. Esses castigos lhes ensinaram duras lições. No tempo de Samuel, eles pare cem ter progredido espiritualmente. No final do período dos juizes, quando Samuel c<-'-c çoli a julgar, ouve-se menos sobre r na do que no princípio. Além disso, mé <- ¦ ,asdificuldades tendiam a aproximar as tribos. No tempo de Samuel era perceptível um forte senti mento nacionalista.Se guardará ou não o caminho do Senhor. A tendência natural de fazer “cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos" (Dt 12:8; cf. jz 17:6; 21:25) foi plenamente demonstrada por Israel durante os séculos governados pelos juizes e, mais tarde, pela monarquia. Os caminhos dos seres humanos normalmente são “retos aos seus próprios olhos" (Pv 21:2). Como resultado, “todos andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho" (Is 53:6).
Jz.2:23 23. Deixou ficar aquelas nações. Os obstáculos são necessários para o desenvolvimento do caráter. Foi positivo que os israelitas aprendessem como viver uma vida santa em meio a um ambiente corrupto. Conflitos contínuos com os poderes do mal poderiam desenvolver verdadeira fé em Deus, se devidamente experimentados. Por isso Deus não fez progredir completamente os primeiros esforços das tribos para consolidar a posse da terra. Pelo mesmo motivo, Ele não permitiu que Josué dominasse todo o território cananeu. O Senhor auxiliou os israelitas a expulsar a quantidade necessária de cananeus para o estabelecimento das tribos. Era Seu plano que, enquanto o povo se multiplicasse e aprendesse lições de obediência e fé, recebesse poder para expulsar os . unanei.s restantes. Esse objetivo foi alcan- ado. pelo menos em parte, na história de .v,d ¦d).- •'•‘.•"ledos de Davi e Salomão.Capítulo 3I Ás nações deixadas para provar Israel. 6 Por causa da associação com essas nações, eles praticam, idolatria. 8 Otniel os liberta de Cusã-Risataim. 12 Eúde os liberta de Eglom. 31 Sangar os liberta dos filisteus.
Jz.3:1 1. São estas as nações. Tendo terminado cie interpretar a história do período cios juizes, o escritor passa a enumerar os diferentes povos deixados em Canaã, com quem os israelitas rivalizariam. Acrescenta outra razão para explicar o motivo de esses canarteus terem siclo deixados e mostra que a fusão social e religiosa com os pagãos continuou em ritmo acelerado (Jz 3:1-6).
Jz.3:2 2. Para lhes ensinar a guerra. A nova geração cie israelitas não conhecia os horrores da guerra nem estava familiarizada com os poderosos livramentos dc Deus em favor dos antepassados. lendo crescido em meio a relativa facilidade, eles voltaram as costas Aquele ern quem seus pais confiaram para livramento dos inimigos. Por meio das nações que permaneceram, Deus propôs repetir as iieõcs dos poderosos livramentos anteriores e da impotência dos deuses pagãos. Pelas guerras que se seguiram, a nova geração cie israelitas aprendeu, com amargas experiências, que poderíam lutar e derrotar esses povos guerreiros só com a ajuda do Deus de seus pais.
Jz.3:3 3. Príncipes, Do heb. seren. Título utilizado na Bíblia para os governantes das cidade v dos filisteus, com uma exceção í I Rs 7:30, onde a palavra é traduzida como “eixos").É, evidentemente, uma palavra ou título filis- teu, geralmente utilizado apenas para esses governantes e não aparece em nenhum outro lugar. A confederação íilisteia tinha cinco centros principais; Gaza, Asdode, Ecrom, Cate e Asquelom (iSm 6:16-18). judá conquistou três dessas cidades (jz 1:18), mas elas foram retomadas pelos filisteus.Todos os cananeus. Os eananeus que permaneceram cm toda a terra, Muito de seu território tinha sido invadido.Heveus. Ver Js 11:3. Os heveus são mencionados em outras passagens, ligados a cidades da parte central da Palestina, em Siquérn (Gn 34:2) e Gibeào (js 9:7, 17). Os arqueólogos não conseguiram identificar esse povo. Uma sugestão é que os heveus seriam um segmento dos horeus (ver com. de Js 9:3).Montanhas do Líbano. \ expre ssao era utilizada para designar a fronteira norte de Canaã. Os heveus são descritos como ocupando a área ao redor do monte Hermom (ao norte da Palestina), à entrada de Elamate. A cidade de Ha mate localizava-se acima do rio Orontes, 225 km ao norte do monte Hermom. No entanto, seu território se estendia vários quilômetros ao sul da cidade.A entrada de Hamate. Ver com. de Nm 34:8.
Jz.3:4 4. Pôr Israel à prova. Ver com. de Jz 2:22, 23.
Jz.3:5 5. Amorreus. Ver com. de jz 1:35, 36.Ferezeus. Ver com. de ]z 1:4.Jebuseus. Ver com. de Jz 1:21.
Jz.3:6 6. Tomaram de suas filhas. O casamento entre aqueles que honram a Deus e os que não O honram é mencionado em Gênesis como um dos fatores da maldade que predominava na terra antes do dilúvio (Gn 6:2-4). Yahweh proibiu expressamente o casamento com pessoas das nações descrentes de Canaa (Dt 7:3), mas esse preceito foi ignorado. Os resultados desses casamentos são evidentes na experiência de Salomão gl Rs 11:1-8). Há o perigo de consequências negativas semelhantes hoje. Com frequência, o casamento entre um crente e um descrente mina a fé do cônjuge crente. E mais difícil ocorrer o inverso — o crente converter o descrente (ver 2Co 6:14-17).
Jz.3:7 7. Âo poste-ídolo. “A Aserá” (NVí). Do heb. 'asheroth, ou o singular asherah. O significado não é transmitido de forma precisa pela tradução "poste-ídolo' (ver 2Rs 23:6). Dificilmente um “poste ídolo" podería ser carregado para fora da casa do Senhor. Esses asheroth (frequentemente asherim) aparentemente eram postes de madeira ou troncos de árvore fixados ao lado de altares pagãos e venerados como objetos de adoração. Talvez fossem considerados como a morada da divindade (cf. Dt 16:21; 2Rs 17:10), Essas imagens eram comuns em santuários cananeus e gradualmente passaram a ser usadas em conexão com o culto hebraico. Lê-se dc um altar de Baal na cidade natal de Gideão (Jz 6:25) e de outros localizados em Samaria, Jerusalém e Retel (2Rs 13:6; 23:6, 15), O nome parece procedei' de Aserá, uma famosa deusa dos cananeus, que é descrita nas tábuas de Ras Sínmira e c chamada de senhora do mar. Não se sabe como um tronco de árvore ou poste de madeira se tornou o símbolo dela.
Jz.3:8 8. Ele os entregou. Permitiu que fossem derrotados e postos em sujeição. Retinham o território somente mediante o pagamento de tributo.A narrativa de juizes começa a partir deste ponto. Em dois prefácios (jz 1:1—2:5; 2:6—3:7), o autor definiu os antecedentes históricos e afirmou o princípio de que o pecado do povo o levou à opressão, mas Deus providenciou livramento por meio de um “juiz", concedendo outra oportunidade a Israel para aceitar seu destino. A narrativa do juiz Otniel, dentre outros, é dada para ilustrar essa verdade.Cusã-Risataim. Os registros históricos não informam sobre a invasão de Canaã por um rei mesopotâmico com este nome. O título significa “Cusã de maldade dupla”. Provavelmente, a última parte, do nome tenha sido adicionada pelos israelitas para mostrar aversão a ele. A invasão veio do nordeste, dc !Aram Naharayim, segundo o hebraico. A palavra significa “Aram de dois rios". Era a indicação comum para a região situada entre a parte superior do Eufrates e os rios Khabúr. Mais tarde, a palavra meso- potâmica passou a significar toda a região entre os rios Tigre e Eufrates. Pelo fato de Aram Naharayim naquele tempo ser governada pelos reis de Mitani, é provável que Cusã-Risataim fosse um rei de Mitani,
Jz.3:9 9. Clamaram ao Senhor. A autoconfiança se loi, os sonhos ilusórios de prazer desapareceram, e as pessoas finalmente se voltaram para Deus. Perceberam que a idolatria as havia traído e que os ídolos pagãos eram completamente impotentes. Voltaram-se novamente para o Deus de seus pais.Nota-se que a aflição faz com que as pessoas que raramente falavam com Deus clamem a Ele com insistência. Esse é o propósito divino nas provações. Nas aflições, o povo se voltou para o Senhor. Nenhum grito de socorro se perde. Embora a afliçãonão seja removida em todos os casos, mesmo no daqueles que amam ao Senhor e que se rendem a Ele completamente, certamente Ele fará todas as coisas para o bem deles (Rrn 8:28). Todavia, virá um tempo quando as pessoas clamarão a Deus, porém Ele não as ouvirá (Jr 11:11). Por isso, o povo de Deus eleve clamar ao Senhor enquanto Ele está perto ( Is 55:6). Hoje é o dia da salvação.Suscitou libertador. Quando os israelitas, cm sua angústia, clamaram ao Senhor, Ele ouviu e suscitou um libertador nacional, Otniel, o genro de Calebe (Jz 1:13).
Jz.3:10 10. Espírito do Senhor. Deus não reservou os dons especiais do Espírito somente para o período do NT. Também no período do AT, Ele proveu as necessidades dos Seus servos, através da concessão do Espírito Santo, para poderem cumprir suas tarefas.Otniel era um juiz proeminente, e não há registro de indiscrição ou ato profano da parte dele. Sobre muitos outros juizes, apesar das vitórias, caiu à sombra do erro, do pesar ou de um trágico final.Julgou a Israel. Ouando o Espírito do Senhor veio sobre Otniel, primeiro ele julgou a Israel e depois saiu para a guerra. Isso indica que ele acertou as coisas entre o povo antes de lutar contra o inimigo. Assim deveria ser sempre. O pecado, o pior dos inimigos, primeiro precisa ser dominado. Somente quando esse inimigo é subjugado as vitórias podem ser alcançadas sobre as forças externas.Saiu à peleja. Apesar de o Espírito do Senhor vir sobre a pessoa não se conquista nada apenas descansando. E exigida ação daqueles dirigidos pelo Espírito de Deus. O Espírito do Senhor é o originador de toda coisa boa e das grandes conquistas, mas Ele trabalha por meio de agentes humanos.Ele prevaleceu. Não são apresentados detalhes sobre esta guerra, mas deve ter sido uma luta sem precedentes, considerando a posição do rei opressor. O Senhor estavaauxiliando os israelitas novamente, e os esforços deles foram coroados com a vitória.
Jz.3:11 Sem comentário para este versículo
Jz.3:12 12. Tornaram [...] a fazer o que era mau. Após a morte do liei juiz Otniel, os israelitas gradualmente sucumbiram, à propensão para idolatria. Pode ser poderosa a influência de uma boa pessoa na igreja ou no estado. Um líder justo e honesto é uma das maiores bênçãos que uma nação pode ter, não somente por causa das decisões que toma, mas pela influência que exerce e pelo exemplo de vida. O mundo precisa de pessoas como Otniel, pessoas repletas do Espírito, para dirigir o povo de volta a Deus.O Senhor deu poder. Aqui começa o segundo período de opressão. Quando Otniel se foi e a nação retornou aos caminhos pecaminosos, Deus permitiu que outros povos a oprimissem novamente. A opressão foi planejada para ser salutar.Eglom. Os moabitas eram parentes próximos dos hebreus (Gn 19:36-38). Antes desse tempo, os dois povos nunca tinham se engajado em guerra. Eglom se afiou aos amonitas (cujo reino se estendia até o norte de Moabe) e com os amalequitas (migrantes beduínos ao sul). O primeiro ataque de Eglom foi contra Jerico, a cidade das palmeiras (ver com. de jz 1:16). Ela foi conquistada, bem como o território de Benjamim, ao redor. Cerca de 60 anos tinham se passado depois que a invasão dos hebreus destruira a cidade. Ela foi reconstruída, pelo menos em parte, ou outra cidade foi erguida nas cercanias.
Jz.3:13 Sem comentário para este versículo
Jz.3:14 Sem comentário para este versículo
Jz.3:15 15. Eúde. Depois de servir esse rei estrangeiro por 18 anos, os israelitas se cansaram e perceberam novamente que seus problemas estavam Ligados à apostasia religiosa. Contritos, clamaram a .Deus por auxílio. Apesar de terem traído Sua confiança uma vez, Deus respondeu levantando um libertador, vindo da tribo de Benjamim. O primeiro juiz foi da tribo de judá, a principal. Parece que dessa vez Judá não tinha umguerreiro para o povo oprimido. O Senhor utilizou um homem da menor tribo, a que suportava o peso da opressão moabita.Canhoto. Eúde, a quem o Senhor escolheu como libertador, é descrito como canhoto (literalmente, ‘limitado pela mão direita”). Este detalhe se relaciona com o que ocorre em seguida, porque uma pessoa canhota prender ia o punhal no lado oposto ao usual, o que ajudou a ocultar a arma.Enviaram [...] tributo. Provavelmente o pagamento do tributo anual. Deve ter sido pago em espécie e requereu certo número de israelitas para carregá-lo e protegê-lo de ladrões durante o percurso.
Jz.3:16 16. Cevado. A palavra hebraica utilizada aqui por “côvado” não é encontrada em nenhum outro lugar do AT. Por isso, é difícil determinar a extensão dessa medida. Com base no que se segue, pode-se concluir que era cerca de 30 centímetros.
Jz.3:17 17. Era Eglom homem gordo. Um fato importante na sequência, sendo introduzido em antecipação ao clímax da narrativa.
Jz.3:18 18. Despediu a gente. Depois de ter entregado o tributo, Eúde e os israelitas que estavam com ele partiram de volta. Quando estavam a uma distância segura, Eúde mandou os carregadores continuarem a viagem enquanto ele retornaria para empreender sua missão perigosa. O registro não dá a localização da residência real. O cenário indica que era uma cidade cie Moabe, não muito distante do Jordão e de Gílgal.
Jz.3:19 19. ídolos (NVI). Literal mente, “imagens esculpidas' ou "pedra < •, Unidas Podem ter sido pedia- .teira o li íahez um v u .gupróximo a C ilgal, pc..............u , Ambosforam considerados idolatras pelos israelitas. A tradução “imagens de escultura” (ARA) remonta aos targuns judeus, que vertem a palavra hebraica desta maneira, talvez para evitar a possibilidade de uma inferência de que Eúde se demorou ao redor dos ídolos oude que essas fossem as pedras colocadas por Josué (Js 4:20). A descrição “pedras talhadas” não se aplica a esse monumento. Elas foram mencionados, talvez, apenas como pontos de referência fam iliares.Palavra secreta. Ou, "mensagem secreta”. O pretexto parece válido, e o rei provavelmente aceitou sem suspeita, mesmo porque o próprio Eúde havia levado o tributo. O rei possivelmente supôs que ele estivesse prestes a trair alguns segredos concernentes às condições entre os israelitas. Eglom pode ter sido informado de que Eúde dispensara os companheiros para seguir viagem, concluindo que ele agira daquela maneira a fim de não ser visto por eles enquanto transmitia a mensagem secreta. Nesse caso, Eúde não apresentaria a mensagem a uma audiência pública.Cala-te. A palavra hebraica imita um som, que corresponde à palavra inglesa hitsh, ou ao som “shhh”. A ordem foi dirigida à comitiva de Eglom. Eúde não ousaria pedir que os atendentes da corte se retirassem; portanto, ele provavelmente procedeu como se estivesse a ponto de contar o seu segredo diante de todos. Naturalmente, o rei não queria que uma mensagem secreta fosse transmitida daquela maneira. Assim, ele despediu seus assistentes, usando esta expressão.
Jz.3:20 20. Sala de verão. Literal mente, "um eenáculo de refrigeração”. Em árabe moderno, essa sala recebe o mesmo nome. É um piso adicional, originando um terceiro, erguido acima do terraço em um canto ou sobre um anexo da casa em forma de torre. J: alto, c as janelas gradeadas em todos os TA - . . ->¦ 'biiita n boa mutilação e confortomcMTKi Ow •, ntcrm.E evidente que alguns Jeul.icv ioiam omitidos da narrativa. Depois de ordenar que os servos saíssem, o rei pode ter se retirado para o seu quarto, para onde pediu que Eúde o seguisse, ou talvez as primeiras palavras de Eúde (Jz 3:19) tenham sido ditas ao rei por meio de mensageiros.As setas mostram a direção das invasões; a extensão não é conhecida.A) O opressor é Cusâ-Risataim; o libertador, Otniel de Debir. Não são mencionados locais.B) Eglom, rei de Moabe, invade a terra de Rúben e Benjamim. Eúde, um benjamita, mata Eglom, suscita uma revolta em EPraim e acaba com as guarnições moabitas nos vaus do Jordão. G) jabim. de I lazor, oprime o norte de Israel. Baraque, de Quedes, convoca a Etraim por meio de Débora e derrota o inimigo, em Ouisom. Ao fugir, Sísera é assassinado, cm Zaanaim.Palavra de Deus. Esta afirmação foi um ardil da parte de Eúde, para aproximar-se do rei. Ao ouvir estas palavras, o rei se levantou em sinal de respeito pelo oráculo divino.
Jz.3:21 21. A mão esquerda. O fato de Eúde ser canhoto ajudou a evitar a desconfiança do rei enquanto ele alcançava seu punhal sob o manto. O impacto violento perfurou o abdorne do monarca com tanta força que o punhal não podia ser visto. A extrema obesidade, possivelmente devido à luxúria e lascívia, incapaciparam-no de defender-se.
Jz.3:22 Sem comentário para este versículo
Jz.3:23 23. Vestíbulo. A palavra hebraica traduzida como “vestíbulo” ou “pórtico” (NVI) ocorre apenas esta vez no AT. Vem de uma raiz que significa “organizar” e pode significar “colunata”. O que se sabe com segurança é que se refere a alguma parte do edifício.Trancando-as. Foi possível somente porque os servos estavam em outra seção da casa. Pode-se inferir que eles viram Eúde sair da casa porque voltaram ao locai onde o rei estava. Ao se depararem com as portas trancadas, acharam que o rei desejava privacidade.
Jz.3:24 24. Aliviando o ventre. Um eufemismo para evacuar. A mesma expressão é encontrada em 1 Samuel 24:3. E natural que os assistentes estivessem em dúvida se deve- riam bater à porta real trancada.
Jz.3:25 Sem comentário para este versículo
Jz.3:26 26. Escapou. A espera e indecisão dos assistentes do rei deram tempo suficiente para que Eúde fugisse. E possível também, que a residência real fosse próxima ao Jordão, o que permitiu que Eúde estivesse a salvo do outro lado com rapidez.Seirá. A localização exata não é conhecida, mas pode ser que fosse próximo aos planaltos de Efraim.
Jz.3:27 27. Montanhas de Efraim. Em vista do fato de Eúde ser da tribo de Benjamim, parece estranho que não tenha ido aos povoados próximos de sua tribo. Pode ser que as guarnições moabitas estivessem ali ou ele achou que os benjamitas seriam covardes para atender ao chamado à batalha. A tribode Efraim era a mais numerosa e agressiva, por isso respondeu rapidamente ao chamado de Eúde para o combate.
Jz.3:28 28. Vaus do Jordão. Estes devem ser os vaus a leste de Jerico e próximos a Gilgal. Essa ação era para impedir que fossem enviados reforços de Moabe e que as guarnições moabitas escapassem pelo lado israelita do rio.
Jz.3:29 29. Não escapou nem sequer um. A rebelião dos hebreus foi geral e imediata. As guarnições dos moabitas, compostas de homens escolhidos, foram completamente destruídas.
Jz.3:30 30. Foi Moabe subjugado. O poder moabita do lado israelita do Jordão foi quebrado a tal ponto que já não havia qualquer perigo vindo deles.
Jz.3:31 31. Sangar. Foi o herói nacional seguinte a entrar em cena. Suas proezas foram locais, dirigidas contra os filisteus ao sul da Palestina. Provavelmente, viveu no tempo em que Débora e Baraque lutaram contra os cananeus da parte norte do país. Débora e Baraque realizaram a libertação após a morte de Eúde, mas não se faz referência a Sangar (ver Jz 4). Débora sugere que Sangar era um contemporâneo (jz 5:6). Esse fato é apontado na observação de que Sangar não está incluído na cronologia da narrativa e não lhe são atribuídos anos de atuação. Por suas façanhas ele salvou os israelitas, oprimidos e escravizados pelos filisteus. Ele foi um libertador, um herói nacional, mas não foi chamado de juiz de Israel.O nome Sangar parece ser estrangeiro, talvez horeu ou heteu. O nome estrangeiro pode ser explicado pelo fato de sua mãe israelita ter se casado com um horeu ou cananeu. O autor já disse que esse tipo de casamento era comum. O nome de seu pai era Anate, nome de uma deusa pagã. Era pouco provável que um hebreu recebesse esse nome, a não ser que ocorresse a apostasia dos pais.Aguilhada de bois. Um instrumento para impelir os bois de seguir em frente.Mediría até 2,5 m para que a pessoa que usava o arado pudesse, com ele, tocar os bois. Com urna ponta de metal em uma extremidade e uma lâmina em forma de cinzel na outra para a raspagem do arado, esses aguilhões poderíam ser utilizados no lugar de urnalança. Uma arma humilde, uma “aguilhada de bois”, com a bênção de Deus, realiza iníini- tamente mais do que urna "espada de Golias” sem a bênção. As vezes, Deus escolhe trabalhar por meios surpreendentes, através dos quais o poder é revelado como vindo dEle.Capítulo 4I Débora e Baraque livram os israelitas dos opressores Jabim e Sisera. 18 Jael mata Sisera,S í nua, L.e disse Baraque: Se fores comigo, irei, poiem, se não lorcs comigo, não irei.Lia respondeu: Certamente, irei contigo, porem não sera tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos dc uma mulher o Senhor entregará a Sisera. E saiu Débora e se loi com Baraque para Quedes.e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele em prolundo sono e mui exausto; e, assim, morreu.
Jz.4:1 Sem comentário para este versículo
Jz.4:2 2. Jabim. Após os 80 anos de paz que se seguiram depois de E'ú de ter quebrado a opressão dos moabitas, os israelitas se descuidaram da vida espiritual e novamente abandonaram a Deus. Para despertar o povo, o Senhor permitiu que o governador cananeu que comandava a forte cadeia de fortalezas ao norte da Palestina oprimisse as tribos israelitas daquela região por um período de 20 anos. A história de como o jugo da opressão foi quebrado por Débora e Baraque é contada duas vezes, uma em forma de prosa em juizes 4 e outra de forma poética em Juizes 5.O livro de Josué menciona uni Jabim como rei de Hazor (Js 11:1-9). Nesse tempo, a cidade fora conquistada pelos israelitas, mas, possivelmente, fora retomada pelos cananeus antes que os israelitas consolidassem posição na região. Outro jabim, possivelmente o neto do rei que Josué derrotou, dominava todas as forças cananitas ao norte da Palestina.Sísera. A partir daqui a narrativa não fala mais sobre Jabim, exceto numa breve menção (Jz 4:23). O rei entregou a supervisão de seus exércitos a um comandante chamado Sísera. Esse general pode ter sido um rei, governando a cidade em que morava. Ha rosete estava 25 km a noroeste de Megido, onde a planície de Jezreel afunila antes de entrar na planície costeira de Acre.A planície representou um terreno ideal para a força-tarefa de Sísera, com 900 carros de ferro (Jz 4:3). Os israelitas, no seu estado de rebelião e pecado, não puderam prevalecer contra inimigo tão ameaçador e logo foram vencidos e forçados a pagar tributo.Harosete-Hagoim. Tell Anrr, em Quisom.
Jz.4:3 Sem comentário para este versículo
Jz.4:4 4. Débora. Literalmente, "abelha”. Dos juizes, cujas façanhas estão registradas neste livro, ela é a única de quem se diz possuir o dom de profecia.Lapidote. Significa “tochas" ou "relâmpagos”. Alguns pensam que a frase “esposa de Lapidote” poderia ser traduzida como "mulher de espírito impetuoso”. Não é de todo inaplicável diante dos fatos.Julgava. Talvez não como princesa, com autoridade civil atribuída a ela, mas como pro- fetisa, corrigindo abusos e remediando males.
Jz.4:5 5. Ela atendia. Literal mente, “ela se assentava”, ou seja, no assento do juiz. Seu lugar favorito para ouvir os casos era embaixo de uma árvore entre Ramá e Betei (ver com. de ISm 1:1). Parecia estar próxima da famosa "árvore do pranto”, sob a qual Débora, ama de Rebeca, foi enterrada (Gn 35:8). Esse tipo de sala de tribunal permitia que as pessoas tivessem livre acesso a Débora. “Subiam a ela para juízo.”
Jz.4:6 6. Quedes de Naftali. Possivelmente Tell O ades, 6,5 km a noroeste do lago Hulé, na parte superior da Gali.leia. Quedes de Naftali foi uma fortaleza dos canancus. Atualmente, as ruínas cobrem o quadro pitoresco do sítio arqueológico de Quedes.Vai, e leva gente. Ou seja, ''convergir'’ em pequenos grupos.Monte Tabor. Uma montanha proeminente, com 588 m de altura, vários quilômetros ao sul de Tell Qades, no território de Issacar e aproximadamente 8,5 km a leste de Nazaré. Dominava a estrada principal que atravessava o vale estreito, que conduzia da planície de Esdraelom à planície do Jordão, desembocando no mar da Galileia. A sua localização central tornou-o o local de reagrupa mento das tribos do norte e sua altura facilitou a defesa contra os carros de Sísera. O pico, uma plataforma retangular com aproximadamente 915 m de leste a oeste e 396 m no ponto mais largo, era uma excelente área para assumir posições em formação militar. Séculos mais tarde, Antíoco Epifânio e, posteriormente, Josefo recorreram a este local com a mesma finalidade.Naftali e [...] Zebulom. Juizes 4 menciona apenas essas duas tribos tomando parte na batalha. Em Juizes 5 seis tribos são mencionadas. Naftali e Zebulom provavelmente forneceram a maior parte das tropas e as demais tribos enviaram poucos guerreiros.
Jz.4:7 7. Quisom. O avanço de Sísera desde sua sede em Ha rosete para envolver os israelitas no monte Tabor o levou ao longo do leito seco do ribeiro de Quisom. Foi ali que o Senhor prometeu derrotá-lo por meio de Débora e Baraque. Era necessário que a derrota ocorresse na planície, não no monte labor, a fim de que os carros fossem destruídos.
Jz.4:8 8. Fores comigo. Provavelmente Baraque percebeu que, sozinho, não sustentaria a disposição de ânimo dos hebreus. A presença de Débora deixaria claro que o empreendimento era de Deus. Ele possivelmente desejaria quetodos vissem que quem iniciou a campanha foi a profetisa, e não ele. O fato de Baraque seguir a orientação profética num empreendimento perigoso o dignificou. Também é digno de nota que Débora não se desviou do rumo que prescreveu para os outros. Quanto a Baraque, ele preferiu o papel mais hu milde, de alguém que executava as ordens vindas do Senhor. Ele voluntariamente se colocou sob a autoridade de uma mulher a quem Deus havia animado e inspirado. Há necessidade de pessoas que obedeçam à voz divina, como o fez Baraque.Deus não se limita ao sexo masculino na escolha de Seus profetas. Tanto o AT quanto o NT mencionam profetisas (Ex 15:20, 21; Nm 12:2; 2Rs 22:12-20; Lc, 2:36; At 21:9).
Jz.4:9 9. Mãos de uma mulher. Débora consentiu em participar da expedição militar. Mas, antes de deixar seu lar nas montanhas de Efraim para acompanhar Baraque ao norte da Palestina, ela profetizou que a vitória não redundaria em glória para Baraque, mas para uma mulher. Ela não se referia a si mesma, mas a Jael (Jz 4:18-21), que matou Sísera.
Jz.4:10 10. Subiram. .A Ira se significa "avançar para a batalha”.Com ele. A expressão significa “segui-lo” ou “sob seu comando".
Jz.4:11 11. Héber, queneu. Este verso explica as circunstâncias que levaram os queneus a habitar nessa área. De acordo com a afirmação anterior do autor (Jz 1:16), eles habitavam o sul da Palestina. O motivo é que esses queneus se separaram do restante da tribo e solicitaram morada na porção de Zebulom e Naftali. Um deles, chamado Héber, habitava na região de Quedes, ao norte.Hobabe. Ver com. de Nm 10:29.Carvalho de Zaananim. "Carvalho” é a melhor tradução para a expressão hebraica neste verso, embora a KJV tenha vertido para “campina”. O local ficava próximo a Quedes, o lar de Baraque.
Jz.4:12 12. Anunciaram a Sísera. Alguns acham que os informantes foram os que- neus, que mantinham boas relações com o rei cananeu jabim.
Jz.4:13 13. Seus carros. Os 900 carros foram reunidos de todas as cidades cananeias em aliança.Ribeiro Quisom. Apesar de muito curto, é o ribeiro mais largo nessa parte da Palestina. E alimentado por vários afluentes pequenos que cruzam a planície de Esdraelom e drenam as montanhas ao redor. Próximo ao Tabor, um afluente ao norte se une ao curso de água principal perto de Megido. E provável que Sísera tenha levado seus carros armados por esse afluente e acampado ao longo do rio.
Jz.4:14 Sem comentário para este versículo
Jz.4:15 15. Derrotou a Sísera. Não são apresentados detalhes sobre o modo como Deus agiu. O relato paralelo em juizes 5 afirma que o ribeiro de Quisom, ao longo do qual se acamparam os exércitos cananeus, varreu o exército (jz 5:20, 21). Deus pode ter enviado uma tempestade repentina logo depois da chegada cio exército de Sísera. Com uma chuva forte, o solo barrento se tornaria um pântano de lama pegajosa, impossibilitando a locomoção dos carros dos cananeus. Trabalhando numa escavação da antiga cidade de Megido, próximo a esse local, um pesquisador explicou que, em dias chuvosos, é impossível ir a qualquer lugar, mesmo a cavalo, por causa da lama.A grande quantidade de água contribuiu para a derrota dos turcos nesse mesmo local em abril de 1799, onde várias tropas foram varridas e afogadas. Na Primeira Guerra Mundial, as tropas inglesas descobriram que 15 minutos de chuva em solo barrento impossibilitavam as manobras da cavalaria.
Jz.4:16 16. Baraque perseguiu. A fuga foi conduzida ao vale, porque os hebreus estavam instalados nas montanhas, dos dois lados do vale. O vale se estreitava nas proximidades de Harosete. O exército foi dizimado antesde conseguir voltar à base em Harosete. N i nguém sobreviveu.Harosete-Hagoim. Este local parece ter se situado no extremo oposto da planície de Esdraelom, onde o ribeiro de Quisom cruza as montanhas rumo às planícies marítimas (ver com. do v. 2). A canção de Débora fala de fases da batalha que ocorreu próximo a Taanaque e Megido (Jz 5:19).
Jz.4:17 17. Queneu. O acampamento dessa tribo estava entre 38 ou 64 km ao norte do local da batalha. Devem ter se passado um ou dois dias, quando o outrora orgulhoso comandante do exército, faminto e exausto, chegou às tendas de um povo que considerava amigável.
Jz.4:18 18. Jael. Eléber possivelmente estivesse fora, deixando a esposa chamada Jael liderando o acampamento. Servos podem ter avisado que o comandante do exército de Jabim se aproximava a pé. Talvez a informação da vitória dos israelitas tivesse precedido a chegada de Sísera. Como havia relações pacíficas entre os queneus e os cananeus, Sísera esperava encontrar amparo e descanso entre os queneus.Não temas. As palavras sugerem certa suspeita, e Jael procurou acalmar Sísera.Coberta. Sísera deitou-se, e Jael cobriu-o com algum tipo de cobertor ou tapete. A palavra hebraica traduzida como "coberta'’ ocorre somente aqui e seu significado exato é desconhecido. O contexto sugere uma cobertura.
Jz.4:19 19. Dá -me. Era prática comum aos beduínos no antigo oriente que qualquer pessoa que comesse ou bebesse dentro da tenda estava sendo recebida em paz. Um inimigo mortal poderia descansar em segurança na tenda de seu adversário se tivesse bebido com ele. O pedido de Sísera mostrou que ele era cauteloso e desconfiado. Mesmo exausto, não dormi ria até saber das intenções de Jael. Quando ela abriu o odre e lhe ofereceu leite para beber, o comandante do exército sentiu que poderia se entregar ao sono.
Jz.4:20 Sem comentário para este versículo
Jz.4:21 21. Uma estaca. Era uma estaca de madeira que prendia as cordas ao chão. Jael pegou a estaca afiada e o martelo que usava para fixar as tendas. Até onde se sabe, ela não tinha uma ofensa pessoal para se vingar e é possível que sua ação tenha sido motivada pelo reconhecimento de que Sísera oprimia o povo de Deus, com quem ela e sua família se identificavam.
Jz.4:22 22. Sísera jazia morto. Não se diz quanto tempo passou entre a morte de Sísera e a chegada de Baraque e seu grupo. Pode ser que os pastores que viviam nas montanhas observaram a fuga geral e informaram a direção a Baraque e seu grupo. Enquanto o grupo de Baraque seguia a trilha rumo aoacampamento de liéber, grande deve ter sido seu espanto quando jael os conduziu à sua tenda e lhes mostrou o inimigo assassinado. A narrativa que começou com uma mulher corajosa termina com a mesma observação.
Jz.4:23 23. Deus [...] humilhou a Jabim. O autor não atribui a vitória israelita a Baraque, Débora ou jael, mas a Deus, cujo poder possibilitou aos hebreus derrotar seus inimigos.
Jz.4:24 24. Prevalecia. Esta batalha sobre o ribeiro de Quisom foi o início da libertação completa do jugo dos cananeus. Em. combates posteriores, os hebreus exerceram pressão cada vez mais forte sobre o reinado de jabim, até que o poder desse rei cananeu foi c o m p 1 e t a m e n t e q li e b r a d o.Capítulo 5A canção de Débora e Baraque.salmodiarei ao Senhor, Deus de Israel.a terra estremeceu; os céus gotejaram, sim, até as nuvens gotejaram águas.guerra estava às portas; não se via escudo nem lança entre quarenta mil em Israel.depois de ti, ó Débora, seguiu Benjamim com seus povos; de Maquir desceram comandantes, e, de Zebulom, os que levam a vara de comando.(5 Também os príncipes de Issacar Foram com Débora; Issacar seguiu a Baraquc, cm cujas pegadas Foi enviado para o vale. Entre as facções de Rúben houve grande discussão.não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor e Seus heróis.
Jz.5:1 1. Cantaram. Celebrar as vitórias nacionais por meio de canções marciais era o método preferido de várias nações. Os hinos nacionais de muitos países ilustram o tipo de canção encontrada em Juizes 5. Fim épocas quando livros eram raros ou não existiam, essa canção foi, sem dúvida, um instrumento eficaz para preservar a narrativa da vitória de Israel sobre Jabim. E um dos maiores poemas marciais já escritos.Afirma-se que Débora e Baraque cantaram. Alguns acham que o poema foi escrito por Débora para ser cantado em dueto com Baraque: Débora cantaria e Baraqueresponderia. No entanto, não é possível saber os detalhes.Essa canção é uma das passagens bíblicas mais difíceis de serem traduzidas. Emprega muitas palavras hebraicas não mais utilizadas, o que dificulta determinar o significado exato. A música, incorporada a Juizes quando o livro foi escrito - talvez muito tempo depois — permaneceu, provavelmente, inalterada desde a composição original. Como ocorre hoje, as línguas antigas passavam por mudanças e, no decurso de séculos, muitas palavras foram retiradas do uso comum.O poema começa com palavras de louvor a Deus pela vitória (Jz 5:2-5), seguidas de uma descrição da situação que precedia a batalha (Jz 5:6-8). Há um elogio às tribos que participaram do conflito e reprovação às que não responderam na hora da crise (Jz 5:14-17). Segue uma descrição da batalha (Jz 5:18-22), da morte de Sísera nas mãos de jael (Jz 5:24-27), e da ansiedade da mãe de Sísera enquanto espera o retorno do filho (Jz 5:28-31). ’
Jz.5:2 2. Os chefes se puseram à frente. Doheb. perna perdoth. As duas palavras vêm da raiz para, que significa ‘'liderar”. Estas palavras podem ser traduzidas também como: "o líder dos líderes", similar em várias versões; mas “os chefes se puseram à frente” é a expressão que melhor traduz os termos hebraicos.
Jz.5:3 3. Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes.Este verso mostra claramente o paralelismo que marca a poesia hebraica. Está dividido em duas partes, a segunda, iniciando com a palavra “príncipes”. Cada parte faz a mesma afirmação com palavras ligeiramente diferentes. A KJV repete a palavra “cantar” na segunda metade do verso, e o hebraico tem duas palavras para a mesma ideia. A segunda acrescenta a conotação de cantar acompanhado por instrumentos de corda. A ARA usa os verbos “cantar” e “salmodiar”.
Jz.5:4 4. Seir. A região montanhosa que se estende do leste do Mar Morto até o Mar Vermelho. A referência a essa montanha parece ter o objetivo de mostrar a presença de Deus com os israelitas em sua jornada a Canaã. Essa presença era manifestada de formas miraculosas. Por exemplo, no suprimento sobrenatural de água e comida e na presença de Cristo nas colunas de fogo e nuvem que os acompanhavam. O mesmo Deus que operou maravilhas no passado interveio novamente por Seu povo. Assim., o cenário de Suas maravilhas é o monte Tabor e não o monte Seir.
Jz.5:5 5. Os montes vacilaram. Uma figura de linguagem para se referir ao tremor do monte Sinai quando a lei foi dada. A lembrança desse evento miraculoso é feita como ilustração do poder divino.
Jz.5:6 6. Nos dias de Sangar. Ver com. de Jz 3:31.Cessaram as caravanas. Este verso e os dois seguintes descrevem a condição miserável da terra sob o domínio cananeu. O estado de guerra perturbava as viagens e o comércio. As estradas estavam desertas e quem precisava viajar era forçado a utilizar caminhos ermos na região rural. Essa interrupção ocorreu por causa das guarnições cananitas situadas em locais estratégicos das estradas. Assim, os cananeus impediam os movimentos dos hebreus, as viagens e o comércio e preveniam possíveis guerrilhas.
Jz.5:7 7. Ficaram desertas as aldeias. “Asvilas desapareceram” seria uma tradução melhor. As palavras “os habitantes de” não aparecem no original, como mostrado pelos itálicos na KJV. A ideia é que as pessoas que viviam em aldeias sem muros as abandonaram para morar em cidades muradas onde pudessem se proteger da pilhagem indiscriminada feita por cananeus ou outros ladrões que se multiplicavam em períodos de anarquia como esse.
Jz.5:8 8. Escolheram-se deuses novos. Esta afirmação parece ter sido incluída para explicar a razão de os israelitas se encontrarem nessa situação.A guerra estava às portas. Os hebreus não tinham paz. Os cananeus atacavam as cidades muradas dos israelitas, cercando o povo. Os cananeus, como os filisteus posteriormente, proibiram todo o comércio dos ferreiros e o armamento entre os hebreus. Dificilmente se encontrava um escudo ou lança em bom estado entre os 40 mil homens do exército. Essa política eliminava todo perigo de reação por parte dos hebreus.
Jz.5:9 9. Comandantes. Depois de descrever os problemas de Israel, em Juizes 5:9-11, a poetisa volta a convidar várias classes de cidadãos hebreus a agradecer àqueles que os ajudaram a pôr fim à soberania dos cana- neus; primeiramente, os '‘comandantes’' ou, literal mente, os "legisladores” ou "agentes da lei”. Eles eram príncipes como Baraque, que arriscaram a vida em prol da vitória de Israel. Sua função era representar a lei e a ordem nacional e, nessa ocasião, eles se mostraram dignos de confiança. Débora convidou o povo a agradecer a Deus o papel que esses homens desempenharam ao defendê-lo.Há muitos líderes fiéis na igreja, tanto leigos como pastores, que têm doado os melhores anos de sua vida em prol do bem-estar da igreja. Essas pessoas merecem a apreciação da igreja e da sociedade. Podemos louvar a Deus por essas pessoas e pela obra que realizaram, como Débora fez aos líderes que ajudaram na rebelião contra os cananeus.
Jz.5:10 10. Vós, os que cavalgais. Homens ricos e influentes escolhiam animais pelos quais somente uma classe de pessoas podería pagar. Em outras palavras, dizia-se: que os ricos, que se assentam em finas tapeçarias (essa interpretação é uma alternativa sugerida para “vós que assentais em juízo”), e aqueles que agora podem viajar pelas estradas que antes estavam desertas, meditem e talem da maravilhosa vitória que Deus deu a Seu povo nessa ocasião memorável.
Jz.5:11 11. Falai. Quem agora vivia em condições pacíficas deveria fazer uma pausa para falar sobre o que acontecera e dar graças a Deus por Sua ajuda a fim de derrotar o inimigo e restabelecer a paz a Israel, As pessoas podiam enfim caminhar sem medo, exercendo as atividades da vida diária. No entanto, elas deveríam lembrar que esse estado de paz era devido aos atos de justiça de Deus, cujo poder auxiliou os corajosos líderes israelitas a se livrar da escravidão e da opressão.
Jz.5:12 12. Desperta. O chamado para despertar e convocar as tribos é feito a Débora em termos poéticos.Entoa um cântico. Não é urna canção de louvor pela vitória, mas uma canção de guerra para instigar as tribos e inflamá-las para a batalha.Levanta-te, Baraque. Como reconhecido líder militar dos hebreus, Baraque é abordado e convidado a se lançar em campanha que resultaria na derrota dos captores.
Jz.5:13 Sem comentário para este versículo
Jz.5:14 14. Efraim. Somente as tribos de Naftali e Zebulom foram convocadas a seguir Baraque (Jz 4:10). Demonstra-se aqui que havia contingentes de Efraim nos montes centrais e de Benjamim ainda mais longe, ao sul.Maquir. Filho de Manassés (Cn 50:23) e chefe da família central da tribo. A família recebeu sua herança em Gileade, a leste do Jordão. Aqui, o nome é usado poeticamente denominando toda a tribo de Manassés (ver também Nm 32:40; Dt 3:15).A vara do comando. Literalmente, "a vara do escriba”. Acredita-se ser uma referência ao emblema do comandante que reunia as tropas e contava quantos homens vinham de cada lugar.
Jz.5:15 15. Issacar. Outra tribo participante. No entanto, nem todas as tribos se juntaram a Débora e Baraque quando surgiu a batalha. Algumas recusaram participar e outras hesitaram até que o conflito terminasse.Entre as facções. Melhor, "entre as divisões” ("clãs”, KJV).Grande discussão. O que provavelmente ocorreu quando a convocação para a batalha chegou aos vários clãs da tribo de Rúben, que viviam não muito longe do rio Jordão, foi uma rápida discussão sobre o que fazer (cf. AA). Cada clã sondava o outro para descobrir os sentimentos e se a tribo deveria ir à batalha. Conversavam enquanto cuidavam dos rebanhos. Refletiam sobre a necessidade e a viabilidade de participar até quepassou o tempo para agir. Aparentemente eles ainda hesitavam e discutiam a respeito do que deveríam lazer quando as notícias da vitória chegaram até eles.
Jz.5:16 Sem comentário para este versículo
Jz.5:17 17. Gileade. O país do outro lado do Jordão, ao sul e leste do mar da Galileia. E tratado aqui como se fosse uma das tribos. O escritor aparentemente utilizou a palavra “Gileade” em lugar de Gade, a tribo que habitava nesse território.Por que se deteve [...]? A migração dos danilas para o norte, registrada em Juizes 18, ocorreu antes da época de Débora. A frase sugere um grau de amalgamação com os fení- cios marítimos ou, pelo menos, associação com eles a tal ponto que os danitas perderam o interesse nos esforços dos irmãos israelitas por recuperar a independência.Aser se assentou. Aparentemente, os aseritas também foram absorvidos pelos cananeus e fenícios marítimos de Tiro e Sidom de tal forma que não estavam dispostos a se juntar à rebelião israelita. Unir-se ao mundo, respirar seu espírito e anseios, remove o desejo de muitos cristãos de juntar-se na guerra contra as hostes das trevas. Enquanto seus irmãos estão alivamente engajados num esforço missionário cristão, eles se assentam imóveis e desinteressados.Nas suas baías. Literalmente, “no local de desembarque”. A frase tem sido explicada como descrevendo a aparência do caís.
Jz.5:18 18. Alturas. Esta palavra provavelmente se refere a pequenas elevações ou colinas em que as hostes de Sísera se reagruparam para defender suas fronteiras. Os homens de Zebulom e Naftali que compuseram a principal formação militar dos israelitas, como visto em Juizes 4:10, capturaram esses centros de resistência em meio à tempestade e derrotaram completamente o forte exército de Sísera.
Jz.5:19 19. Reis de Canaã. O exército de Sísera poderia ter incluído reis das cidades fortificadas cananitas vizinhas, como Taanaque eiVlegido, cidades da margem sul do rio; mas os ousados ataques dos homens de Zebulom e Naftali derrotaram essas fortalezas.Nenhum despojo. Ao invés de receber ricos despojos de guerra em resultado da campanha de Sísera, esses reis perderam suas cidades e a própria vida.
Jz.5:20 20. Estrelas. Ou seja, as forças da natureza. Literal e poeticamente representam o poder de Deus, que controla essas forças.
Jz.5:21 21. Arrastou. Ver com. de Jz 4:15.Avante, ó minha alma, firme! Pareceque Débora se imagina no campo de batalha, encorajando-se com estas palavras.
Jz.5:22 22. As unhas dos cavalos se despedaçaram (ARC). O terror e a confusão da derrota levaram os cavalos a debandar descontroladamente sobre a planície, quebrando seus cascos desferrados e tornando-se mancos e inúteis.
Jz.5:23 23. Meroz. Este local, sem identificação clara, era próximo à cena da butTh ¦ Era contraste com os corajosos e p iti mm- das outras tribos, que ousaram se » m.i cananeus, os habitantes israelitas de \!-'i< no caminho das hostes de Sísera um st «\ > ravam, recusaram-se a prestar qualquer auxílio. Com a ajuda deles a peisecã-ucão dos israelitas teria prevenido a fuga dt muitos cananeus, até mesmo de Sísera. Devido à recusa em ajudar, o Anjo do Senhor pronunciou uma maldição sobre eles. O pecado deles era de omissão. A transgressão devia-se a não ter feito nada na hora da necessidade, por isso a maldição de Deus caiu sobre eles.Nenhum outro verso de Juizes constitui tão severa advertência aos membros da igreja hoje como o que amaldiçoa quem recusa auxiliar em tempo de crise. Diante da necessidade desesperada por obreiros, muitos cristãos professos estão satisfeitos em seguir seu rumo de modo egoísta, recusando prestar qualquer auxílio à igreja de Deus para se engajar na batalha espiritual. Eles dizem que o trabalho da igreja é para ser realizadopelos ministros e não aceitam responsabilidades. A maldição de iVleroz repousará sobre esses cristãos infiéis a menos que abandonem seu espírito apático.
Jz.5:24 24. Bendita seja sobre as mulheres. A palavra hebraica traduzida por “bendita” é geralmente utilizada no sentido de “louvar”, "talar muito bem de”, “celebrar”. Em contraste com a recusa dos habitantes de Meroz para ajudar seus parentes está jael, uma mulher não ligada aos israelitas pela etnia e politicamente ligada aos inimigos.Mulheres que vivem em tendas, jael seria a mais proeminente de todas as mulheres bcduínas.
Jz.5:25 25. Taça de príncipes. Uma taça apropriada a homens de alta posição social, talvez uma requintada taça vinda de Creta.
Jz.5:26 26. Martelo (NVI). O quadro seguinte surge da combinação desse relato poético da ação de Jael com a descrição literal de Juizes 4:2. Enquanto Sísera dormia, Jael se aproxi mou silenciosamente e o golpeou com um martelo, quebrando sua cabeça. Apesar de ferido mortalmente, lutou a seus pés. De acordo com Juizes 5:27, ele se encurvou (no hebraico, kard, “curvar-se sobre os joelhos”), e ali morreu (literalmente, “tratado com violência”). Depois disso Jael perfurou- lhe as têmporas com a estaca, prendendo-o ao chão. Não é possível saber quanto da linguagem desse poema é literal.
Jz.5:27 Sem comentário para este versículo
Jz.5:28 28. Mãe de Sísera. Foi oportunamente observado que este verso de ironia dramática, descrevendo a preocupação e o medo da mãe de Sísera, só podería ter sido escrito por uma mulher. Em contraste com o deleite da ação de uma mulher é apresentada a angústia de outra, tentando em vão abafar o pressentimento de desastre. Enquanto Sísera jaz em morte ígnominiosa, distante dali sua mãe, ansiosa, pergunta-se o que o mantém longe por tanto tempo. Cheia de preocupação, ela olha a estrada pela janela, para uma distante nuvem de poeira que anunciao retorno do comandante. Ela presta atenção, mas não ouve o ruído de carros vitoriosos, o que leva medo ao seu coração.
Jz.5:29 Sem comentário para este versículo
Jz.5:30 30. Repartiríam despojos. Para aquietar os pressentimentos dessa mãe, as sábias damas de companhia justificam a demora. A mãe também procurou tranquilizar-se com o pensamento de que seu exército se atrasava por causa do recolhimento do espólio. Elas imaginam roupas finas, o pano bordado, as moças em cativeiro, a distribuição que ocupa seus homens. A ironia do apelativo “sábias damas" é óbvia, porque a sua conjectura estava longe da verdade. O autor do poema não descreve a decepção das orgulhosas mulheres, mas deixa o leitor, que conhece a narrativa, imaginar a cena ao chegar a mensagem da derrota de Sísera: sem recompensa e nenhuma vitória. O herói está morto, o exército está destruído, tudo está perdido. Uma imagem terrível de total derrota.
Jz.5:31 31. Assim, ó Senhor, pereçam [...]! A palavra impressionante neste verso é “assim”. Ela traz diante de nossos olhos, novamente, todo o drama: a confiança orgulhosa dos cananeus, o forte ataque dos israelitas, o terror da derrota, a fuga de Sísera, sua morte nas mãos de uma mulher e a ansiedade da mãe dele. A canção termina com o desejo expresso de que os inimigos de Deus pereçam do mesmo modo.O massacre do inimigo, descrito neste capítulo, deve ser entendido à luz da época em que os eventos ocorreram (ver consideração sobre esse tema no com. de Dí 14:26).Como o sol. A gloriosa imagem dos que amam e servem ao Senhor está refletida pelos profetas ísaias (Is 60:1), Daniel (Dn 12:3) e Malaqirias (Ml 4:2; cf. GC, 632). O próprio Cristo utilizou linguagem similar para descrever os que se tornam cidadãos do reino (iVlt 13:43). João viu um anjo subindo do leste, como o sol, com o selo de Deus para selar os que estão preparados para recebê-lo (Ap 7:2, 3). O grupo selado por esse anjo'‘parecia assim como se o sol tivesse surgido por trás de uma nuvem, iluminando-lhes o rosto e dando-lhes um aspecto triunfante, como se sua vitória estivesse quase alcançada” (PE, 89).A terra ficou em paz. Como teria sido conveniente se o povo, nesse períodode sossego, tivesse andado no caminho do Senhor. A lição para hoje é de que, neste tempo de relativa paz, a igreja de Deus é desafiada a viver de acordo com a luz da verdade presente e, assim, acelerar o término da obra de Deus e a consumação do destino glorioso do povo remanescente.Capítulo 6tudo isto? E que é leito de todas as Suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porem, agora, o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas.Baai que é de teu pai, e corta o poste-ídolo que está junto ao altar.L Midianitas. Estes eram um povo nômade que vagueava pela parte sul da península do Sinai (Ex 3:1), pela parte norte do golfo de Áqaba (lRs 11:18) até as plan ícies a leste de Moabe (Gn 36:35; Nm 22:4; 25:1, 6; Js 13:21). Eles eram parentes dos hebreus, pois Midiã era filho de Abraão com sua segunda esposa, Quetura (Gn 25:1-6). O sogro de Moisés era chamado de sacerdote de Midiã (Ex 2:15-21).A influência dos vizinhos pagãos era forte em contraste com a convicção religiosa dos israelitas, que era fraca. Logo se esqueceram da maravilhosa intervenção de Deus em favor deles no monte Labor e voltaram a seus maus caminhos. Num eslorço extra a fim de despertar o povo para o pecado que estava cometendo, o Senhor permitiu que o território deste fosse invadido novamente, desta vez pelos midianitas.
Jz.6:1 "1. Midianitas. Estes eram um povo nômade que vagueava pela parte sul da península do Sinai (Ex 3:1), pela parte norte do golfo de Áqaba (lRs 11:18) até as plan ícies a leste de Moabe (Gn 36:35; Nm 22:4; 25:1, 6; Js 13:21). Eles eram parentes dos hebreus, pois Midiã era filho de Abraão com sua segunda esposa, Quetura (Gn 25:1-6). O sogro de Moisés era chamado de sacerdote de Midiã (Ex 2:15-21). A influência dos vizinhos pagãos era forte em contraste com a convicção religiosa dos israelitas, que era fraca. Logo se esqueceram da maravilhosa intervenção de Deus em favor deles no monte Labor e voltaram a seus maus caminhos. Num eslorço extra a fim de despertar o povo para o pecado que estava cometendo, o Senhor permitiu que o território deste fosse invadido novamente, desta vez pelos midianitas."
Jz.6:2 2. Cavernas. Para se proteger, os israelitas deixaram o lar e foram morar em montanhas e cavernas.
Jz.6:3 3. Cada vez que Israel semeava. Os midianitas eram uma tribo nômade, de maneira que, mesmo depois de conquistar a terra, não permaneciam nela. Como os bedu- ínos hoje, eles preferiam que os moradores da terra semeassem. Então, numa série de invasões eles varriam a terra, confiscavam as colheitas e afugentavam todos os animais que encontravam. De acordo com o costume, eles deixavam as casas intactas para que os agricultores retornassem e semeassem os campos novamente.Amalequitas. Povos nômades dos desertos ao sul da Palestina (Ex 17:8).Povos do Oriente. Literalmente, “filhos de Kedem”. "Kedem” significa "leste”, mas aqui, aparentemente, podería ser considerado um nome próprio designando o grande deserto da Síria a leste de Moabe e Amom. Juizes 8:26 retrata os cheles dos povos dessa região com roupas vistosas e brincos de ouro, montados em dromedários e camelos com ornamentos de ouro pendurados ao pescoço. Como as incursões descritas neste versículo foram feitas por diferentes tribos, é provável que fosse uma movimentação geral de nômades, causada pela falta de chuva na região em que habitavam.
Jz.6:4 4. De Gaza. A rota dos saqueadores provavelmente seria essa: depois de atravessar o Jordão nos vaus de Bete-Seã na época da colheita, esses bandos pilhadores devastariam a rica planície de jezreel e Sefelá, até o sul da faixa de Gaza que os deteria, por ser uma cidade murada (Jz 16:3).
Jz.6:5 5. Como gafanhotos. Uma comparação pertinente, porque os saqueadores varriam a terra rapidamente, deixando-a despojada e vazia (ver com. de Ex 10:4-15).
Jz.6:6 6. Clamavam ao Senhor. Depois de perder a colheita por sete anos sucessivos, os israelitas estavam à beira da inanição. Nessa condição desesperadora recordaram do auxílio divino em décadas passadas e clamaram por ele. Apesar de terem negligenciado a Deus e se recusado a invoca-Lo até que a necessidade extrema os atingisse, Deus ouviu seus clamores. Isso mostra a prontidão de Deus em perdoar e atender as orações. A misericórdia de Deus deveria servir paraAs setas mostram a direção das invasões; a extensão não é conhecida.A) Os miclianitas e os aliados saqueiam a terra. Gideão. de Ofra, convoca as tribos de Manasses, Naitalí, Aser e Zcbulom para a batalha no vaJe de je/reel. Ele persegue os inimigos até o Jordão; convoca Efraim para tomar os vaus e persegue os reis do lado oriental.B) Os amonitas conquistam as tribos do leste c mais tarde invadem Benjamim, Judá e Efraim. Em Gileade, jefté convoca os moradores de Tobe a iVíispa e derrota os amonitas. Atacado pelos eiraímitas, ele os derrota com muitas perdas nos vaus do Jordão.encorajar ao arrependimento a fim de que os pecadores se voltassem para Ele.Pode-se distinguir entre as relações divinas com a nação de Israel e Seu relacionamento com os israelitas em particular. A calamidade nacional e o julgamento não significam a rejeição dos indivíduos pertencentes à nação. A culpa que trouxe o desastre repousava sobre o israelita em particular somente se ele estivesse participando da apostasia. Apesar da rejeição nacional, a porta da graça se mantinha aberta para a salvação pessoal, como no passado. Sem dúvida, muitos encontraram a Deus durante esses tempos perigosos, e a aceitação individual não dependia da restauração da nação ao favor divino. Em outras palavras, o relacionamento entre uma nação e Deus é muito distinto do relacionamento entre uma pessoa e Deus, exceto que a atitude de Deus para com a nação pode ser determinada pela quantidade de pessoas da nação que busca seguir o programa divino.
Jz.6:7 Sem comentário para este versículo
Jz.6:8 8. Um profeta. Não se sabe se o profeta falou aos israelitas quando estavam reunidos em alguma grande festa religiosa ou se percorreu cada cidade e vila. Sua mensagem deve ter encontrado reposta favorável, porque, logo depois, Deus enviou a libertação. A mensagem do profeta repreendeu o povo pela ingratidão para com Deus, que tanto fizera por eles. Há encorajamento nas repreensões de Deus. Elas são muito melhores que o silêncio. Elas lembram aos beneficiários que Deus ainda pensa neles e sugere que tais reprovações se destinam a levar os seres humanos de volta a Ele e não a afastá-los.
Jz.6:9 Sem comentário para este versículo
Jz.6:10 10. Amorreus. Ver com. de Jz 1:34; também Js 24:15; I Rs 21:26.
Jz.6:11 11. Debaixo do carvalho. Literalmente, “debaixo do terebinto”. A palavra hebraica designa a terebintina ou a árvore terebinto, que se assemelha à folha do carvalho, mas que cresce isoladamente e não em grupos. Esse terebinto pertencia ao pai de Gideão.Ofra. O local exato desta cidade é desconhecido, mas, pelo relato de Juizes 9, parece ter sido na vizinhança de Siquém. Pertencia ao clã dos abiezritas (v. 24), que eram da tribo de Manasses (js 17:2).No lagar. As eiras ficavam em campo aberto, sendo, portanto, vulneráveis a ataques (lSm 23:1). Para esconder o trigo, Gideão recorreu a um lagar, um tanque escavado na terra, esperando que os grupos nômades de midianitas não as vissem. Trabalhando no lagar ele podería debulhar apenas um pouco de cada vez.
Jz.6:12 12. Homem valente. Estas palavras sugerem que Gideão já se distinguia pela bravura na guerra. Na afirmação de juizes 8:18, há uma indicação de confronto anterior com os midianitas no monte labor. Nessa época, é provável que Gideão se aproximava da meia-idade, pois já tinha uma filha na adolescência (Jz 8:20). Ele pode ter sido um homem de posses, como indica o fato de possuir muitos servos e até um assistente ou escudeiro (Jz 7:10). Porém, o fato de ser uma pessoa de posses e reputação não fez com que se sentisse diminuído por desempenhar tarefas domésticas. E digno de nota que quando aparece ao ser humano para ciar uma tarefa ou mensagem, Deus geralmente chama pessoas ocupadas, talvez envolvidas em tarefas diárias como os apóstolos na pescaria ou os pastores cuidando dos rebanhos. E mais provável que uma pessoa ocupada em trabalho honesto receba visitantes celestes do que aquela que despende tempo em ociosidade. Deus não emprega preguiçosos em Sua causa.
Jz.6:13 13. Por que nos sobreveio tudo isto? Gideão não era apenas valoroso e possuidor de recursos, era também racionai. Ele estava refletindo sobre a incapacidade dos israelitas de defender seu país e tentava formular planos para expulsar os invasores. E por isso que o mensageiro celeste escolheu abrir seu discurso com as palavras: “O Senhor é contigo’’em vez de dizer “Deus está com você, Gideão, em seus corajosos projetos". Gideão pergunta com ironia: “Se Deus está conosco, porque sou forçado a malhar um pouco de trigo num lagar de vinho quando deveria debulhar uma colheita farta no campo?'’Que é feito de todas as Suas maravilhas? O êxodo do Egito sempre foi o ponto inicial da narrativa das poderosas obras de Deus em favor dos israelitas. Gideão diz: “Naquele tempo Deus estava conosco, mas agora não está mais, senão os mesmos milagres seriam realizados para nos ajudar." Gideão reconheceu que os pecados cio povo causaram o afastamento da presença de Deus, mas sua fé não parecia assimilar a verdade de que, quando o povo clama a Deus, de bom grado Ele volta a defendê-lo.Era difícil para Gideão conciliar as circunstâncias dolorosas presentes com a afirmação do mensageiro de Deus. Sua fé estava frágil. Ele queria ver milagres sem avançar pela fé. O anjo tentou fortalecer sua fé através da certeza da presença de Deus. De modo similar, muitos crentes interpretam falsamente os eventos da vida. Gideão declarou: “O Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas” (v. 13). A realidade é que nenhuma dessas afirmações é totalmente verdadeira. Deus não abandonou Seu povo; foi este que O abandonou. Além disso, a própria fraqueza de Israel em consequência de seu afastamento voluntário da fonte de força o entregou nas mãos dos midianitas. E verdade que Deus não realizou um milagre para manter os midianitas longe, pois há um limite na intervenção de Deus nos assuntos dos seres humanos. Ele nunca coage a vontade. Quando as pessoas tomam um rumo contrário a Seu plano, Ele não impede as consequências naturais. Nessas circunstâncias, as pessoas não têm o direito de acusar Deus de não intervir em seu favor. Por outro lado, quando as pessoas escolhem atuar com Deus, Ele novamente realiza grandes coisas por elas.
Jz.6:14 14. Vai nessa tua força. Ou seja, use a força gasta na debulha do trigo e as habilidades nisso exercidas para vencer os midianitas. A soma total das habilidades humanas devia ser empregada na nobre tareia de libertar o povo. Deus estaria com Gideão e lhe proveria poder.
Jz.6:15 15. Pobre. A palavra também pode ser traduzida como "fraca” ou “pequena”, o que parece se encaixar melhor no contexto (ver com. do v. 12). Literalmente, a frase pode ser lida como: “minha família é a fraca”, isto é, de entre as famílias da tribo. Com frequência, são encontradas humildade e modéstia similares naqueles a quem Deus chama para Seu serviço (ver Êx 4:10; Jr 1:6).O menor. Gideão provavelmente quis dizer que, por ser o filho mais novo da família, não considerava sensato assumir a liderança na campanha militar sobre irmãos mais velhos ou outros.
Jz.6:16 16. Como se fossem um só homem. Gideão destruiria os midianitas em um encontro poderoso, como se o inimigo fosse apenas uma pessoa.
Jz.6:17 17. Dá-me um sinal. Parece, pelov. 22, que Gideão não estava plenamente convencido de que o visitante era celestial. Pediu por um milagre que demonstrasse que o mensageiro possuía poder e autoridade para apoiar a afirmação de que os midianitas seriam destruídos.
Jz.6:18 18. Oferta. A palavra hebraica utilizada pode significar tanto “oferta” quanto “presente” (ARC). O segundo sentido foi utilizado em Juizes 3:15 e 17 (ARC), apesar de ser mais comum o uso de uma oferta apresentada a Deus. Gideão pode ter sido vago intencionalmente. Pode ter utilizado esta palavra ambígua por suspeitar, mas não por estar completamente convencido de que o estranho embaixo do terebinto fosse mais que humano. Se o visitante fosse simplesmente um ser humano, ele comeria o alimento que lhe servisse. Se, no entanto, fosseum ser celestial, aceitaria o presente como oferta sacrifical e não como alimento.
Jz.6:19 19. Um cabrito. No v. 6 é afirmado que todo o Israel estava empobrecido por causa das incursões midianitas. O fato de Gideão preparar um cabrito assado para seu convidado e bolos feitos com mais que a metade de um biishel (o equivalente a um ela¦ de farinha mostra que ele percebeu a importância do visitante e, de seu escasso suprimento, desejou oferecer uma refeição abundante. Os pães, por não serem levedados, foram feitos ern pouco tempo. Mesmo assim, o preparo levou de uma a duas horas.
Jz.6:20 20. Sobre esta penha. A rocha serviu como um altar temporário.
Jz.6:21 Sem comentário para este versículo
Jz.6:22 22. Ví o Anjo do Senhor. O milagre dissipou a dúvida de Gideão imediatamente e ele reconheceu que o visitante era um mensageiro celestial. Sentiu medo e espanto. Possivelmente lenibrou-se das palavras de Deus a Moisés: ‘'homem nenhum verá a Minha face e viverá" (Ex 33:20) e temeu morrer por ter olhado para um ser divino (ver jz 13:22; Gn 32:30; Dt, 5:24; Hb 12:29).
Jz.6:23 Sem comentário para este versículo
Jz.6:24 24. O Senhor E Paz. Para comemorar as palavras de auxílio vindas da parte de Deus, Gideão edificou um altar naquela noite e o chamou “O Senhor E Paz" ou “o Senhor fala de paz". O nome era uma alusão às palavras do anjo no v. 23. O altar foi planejado não somente com o propósito de oferecer sacrifícios, mas também de gravar na memória a aparição divina (ver Gn 33:20; Gn 35:7; Ex 17:15). A construção do altar é descrita em juizes 6:25-27.AStar em Ofra. Vários séculos mais tarde, quando o autor escreveu o livro dos juizes, o altar ainda estava em pé como testemunho de que o Senhor fala sobre paz àqueles que O amam e servem.
Jz.6:25 25. Naquela mesma noite lhe disse. Não se sabe a forma como Deus falou a Gideão, mas ele reconheceu a voz divina.Sem dúvida, até aquele momento ainda ponderava no que deveria fazer.Poste-ídolo. No heb., 'asherah, um poste sagrado erigido ao lado do altar (ver com. de Jz 3:7). Primeíramente, os altares de Baal deveriam ser destruídos. Deus não honraria um sacrifício até que os ídolos fossem derrubados. Todo ídolo deve ser removido do coração quando se clama pela bênção de Deus.
Jz.6:26 26. Edífica [...] um altar. A afirmação seguinte apresenta a razão porque Deus emitiría uma ordem contrária à solene ordem dada anteriormente (Lv 17:8, 9). “A oferta de sacrifício a Deus fora confiada aos sacerdotes, e se restringira ao altar em Síló; mas Aquele que estabelecera o culto ritual e para quem todas as ofertas daquele culto apontavam tinha poder para mudar as estipulações do mesmo" (PP, 547).Em camadas de pedra. Talvez a melhor tradução seja: “na forma devida" (AA), ou "num lugar conveniente” (ARC).
Jz.6:27 27. De noite. Gideão era prudente e ativo. Escolheu agir à noite não por ser covarde, mas por recear não completar a tarefa caso tentasse realizá-la durante o dia. A luz do dia, protestos e disputas seriam inevitáveis, o que aterrorizaria os indecisos. Um fato consumado causa impressão favorável e proporciona coragem. Sua tarefa não consistia em apenas derrubar o altar de Baal, que deveria ser pesado, mas em erigir um altar ordenado e digno ao Senhor, na rocha onde o sacrifício tinha sido consumido. Essa tarefa deve ter tomado a maior parte da noite.Apesar de Gideão ser cauteloso, ele não permitiu que a prudência o desencorajasse de cumprir a vontade de Deus, embora soubesse que as consequências poderíam ser desastrosas para ele mesmo. A. esse respeito, Gideão contrasta com muitas pessoas nos dias de hoje que permitem que o temor aos seres humanos as desencoraje de realizar coisas grandes e ousadas para Deus.
Jz.6:28 Sem comentário para este versículo
Jz.6:29 29. Quem fez isto? Não se sabe quem traiu o seu segredo. A suspeita naturalmente caiu sobre Gideão, cuja tendência à verdadeira adoração a Deus devia ser conhecida.
Jz.6:30 30. Para que morra. E difícil compreender como os israelitas se tornaram tão afeiçoados à adoração a Baal a ponto de pretender executar um companheiro que corajosamente destruira o altar idólatra e, no lugar, edificara um altar ao Senhor. O altar de Baal pertencia ao pai de Gideão (Jz 6:25). Os homens da cidade se sentiam no direito de julgar sobre o insulto dirigido a essa divindade pagã. Eles exigiram que o pai lhes entregasse Gideão para que o executassem, a fim de evitar uma contenda mortal.
Jz.6:31 31. Contendereis vós por Baal? O pai de Gideão, a quem havia sido referida a visita do Anjo (PP, 547), foi encorajado pela ação ousada de seu filho. Sem medo, ficou ao lado de Gideão. "Se Baal é deus, que ele mesmo se defenda” (NTLH), argumentou com a multidão enfurecida. Em outras palavras: “Por que vocês, pobres aldeões, precisam tomar o partido de Baal? Vocês o adoram como o senhor do céu. Ele não é capaz de cuidar de si mesmo? Tomando seu partido vocês indicam que Baal não tem poder. Pela argumentação de vocês, quem deveria ser morto são vocês. Quanto a meu filho, que destruiu o altar de Baal, concedam um pouco de tempo a Baal para que vingue a si mesmo.” Com essa argumentação, o pai convenceu os homens a esperar e ver o que Baal faria. Ele sabia que, numa manifestação popular como essa, o forte sentimento c a oposição se acalmariam caso ganhasse um pouco de tempo. Provavelmente, ele estava seguro de que Baal não tinha poder para ferir seu filho. Sua estratégia funcionou. O sentimento popular, tão instável, rapidamente oscilou para o lado de Gideão, que foi justificado e aceito como líder em Manassés.
Jz.6:32 32. J era baal. Literalmente, "deixe que Baal lute” ou “deixe que Baal seja umadversário” (ver Jz 7:1). O nome era uma reprimenda e um desafio à adoração a Baal, porque Gideão continuou vivo e dava abundante testemunho da impotência da divindade pagã em vingar a si mesma. Ele mostrou que era infundado temera Baal. Posteriormente, foi chamado de Jerubesete, literalmente, “deixe a vergonha lutar” (2Sm 11:21).
Jz.6:33 33. Todos os midianitas. Eles e outras tribos do deserto "passaram" o Jordão, talvez devido ao costumeiro ataque anual para roubar o trigo. Além de Gideão, outros milhares debulhavam trigo em locais secretos assim que o trigo começava a amadurecer. As notícias de uma revolta liderada por Gideão também podem ter alcançado os ouvidos deles. Atravessaram o Jordão até os vaus próximos a Bete-Seã e ali acamparam, não na vasta planície a oeste de Jezreel, mas no vale, a leste de Jezreel, desde o Jordão entre o monte Gilboa e as montanhas de Aloré até as grandes e férteis planícies de Esdraelom. Esse vale e a vasta planície que o segue dividem os planaltos centrais da Palestina das montanhas da Galileia.
Jz.6:34 34. Revestiu a Gideão. Literal mente, “vestiu”. Gideão não iniciou a campanha somente com a armadura dos soldados, mas "vestido” com o poder de Deus. O Senhor qualifica aqueles a quem chama.Com toque de trombeta (NVI). Desde a destruição do altar de Baal, Gideão vinha ponderando sobre as instruções do anjo para destruir completamente os amalequi- tas. Os inimigos de Israel entraram no país, e o Espírito do Senhor moveu o coração de Gideão para iniciar a batalha e libertar seu povo. Tomando um sliofar, ou um chifre de carneiro, ele tocou o sinal da batalha e enviou mensageiros às tribos de Manassés, Aser, Zebulom e Naftali, instando para que se unissem a ele na luta contra o inimigo comum. Forças poderosas de todas essas tribos se uniram a Gideão, e seu próprio clã, os abiezritas, também o apoiou.
Jz.6:35 Sem comentário para este versículo
Jz.6:36 36. Se hás de livrar a Israel. Gicleão reconheceu que apenas pela força humana os israelitas seriam incapazes de repelir a hoste de saqueadores. Ele já havia demonstrado sua té ao convocar os israelitas para a batalha, mas agora ele precisava de um novo encorajamento. Alguém pode censurar Gideão duramente por desejar reafirmação, pois ele já havia recebido a palavra de um mensageiro celeste e a confirmação de um milagre. Uma fé madura não pedi ria outro sinal. A experiência do centurião romano está em contraste com a de Gideão. O soldado pagão não pediu por um milagre para que pudesse ter fé. A respeito dele, Jesus declarou: “Nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel!’’ (Lc 7:9, NTLH). Se Gideão possuísse uma fé semelhante, ele não teria pedido mais um sinal, uma vez que já tinha recebido evidência convincente no fogo que surgiu da rocha. No entanto, Deus utiliza os melhores instrumentos disponíveis, e quando aqueles que são fracos na fé pedem por um sinal, com frequência Ele atende ao pedido. Com o desenvolvimento da fé, Deus espera que as pessoas dependam cada vez menos desinais confirmatórios. Muitos têm deteriorado sua experiência religiosa ao seguir com persistência métodos casuais de orientação (ver com. de Js 7:14).
Jz.6:37 Sem comentário para este versículo
Jz.6:38 Sem comentário para este versículo
Jz.6:39 39. Faça eu a prova. O primeiro sinal que Gicleão pediu foi atendido. A lã absorveu água e o chão ao redor ficou seco. Depois de pensar sobre isso, ele achou que seria de se esperar, porque a lã naturalmente absorve a água, e esse não seria um sinal. Ainda se sentia inseguro.A experiência de Gideão é reproduzida com frequência. Há muitos que continuamente decidem sobre coisas importantes sem ter como base os ensinos bíblicos ou o que é lógico e razoável, mas baseados em sinais estabelecidos por eles mesmos. Em geral, o sinal pedido pode ser explicado como sendo uma coincidência e não um milagre incontestável. As pessoas começam a duvidar. Foi o que ocorreu com Gideão, e ele pediu que o sinal fosse revertido. Reconhecendo a limitada fé do guerreiro, o Senhor condeseendeu em fazer um milagre para lhe dar o sinal solicitado. Teria sido muito melhor se Gideão tivesse atendido e obedecido a Deus confiantemente e sem hesitação.Capítulo 7ficava para o norte, no vale, defronte do outeiro cie Moré.nas suas mãos; Israel podería se gloriar contra Mim, dizendo: A minha própria mão me livrou..12 Os midianitas, os amalequilas e todos os povos do Oriente cobriam o vale como gafanhotos em multidão; e eram os seus camelos em multidão inumerável como a areia que há na praia do mar,companheiro e disse: Eive um sonho. Eis que um pão de cevada rodava contra o arraial dos midianitas c deu de encontro à tenda do comandante, de maneira que esta caiu, e se virou de cima para baixo, e ficou assim estendida.
Jz.6:40 Sem comentário para este versículo
Jz.7:1 1. Fonte de Harode. Esta nascente abundante, com outro nome, ainda brota de uma caverna no sopé de urna colina, ao longo das extremidades do monte Gilboa, Uma pequena corrente Hui em direção ao leste. Possivelmente, essa mesma fonte seja a referida em 1 Samuel 29:1. Harode significa “trêmulo”, e a fonte pode ter recebido este nome em virtude do pânico e tremor que se apoderaram dos midianitas quando Gicleâo os atacou.Outeiro de Moré. "Monte Moré” (NVT). No lado oposto do vale, a 6,4 km de distância. Ao norte dessa elevação está a caverna de En-Dor, onde Saul consultou a feiticeira. A linha de batalha era a mesma do tempo em que Saul e os hebreus enfrentaram os Hlisteus na batalha cie Gilboa muitos anos mais tarde (ISm 31).
Jz.7:2 2. É demais o povo. Gicleâo tinha 32 mil homens (v. 3) e os midianitas 135 mil (Jz 8:10). A fé de Gicleâo deve ter sido severamente provada quando o Senhor lhe disse que eram muitos os que estavam com ele.
Jz.7:3 3. Apregoa. A proclamação era uma parte do aviso que Moisés ordenou que fosse leito (Dt 20:5-9), convidando os medrosos a deixar as fileiras para que sua deserção no meio da batalha não levasse outros a fugir também. "Pelo lato de seu exército ser tão pequeno em comparação com o do inimigo, Gideão se abstivera de fazer a proclamação usual" (PP, 549). Muitos dos homens se alistaram por causa dos apelos de Gideão, mas eram temerosos e descrentes. Para que não fugissem quando a batalha começasse ou tomassem a glória da vitória para si mesmos,o Senhor pediu que fossem mandados de volta. Os dois terços que saíram constituem um triste comentário sobre a amplidão da idolatria que destruiu a fé de Israel em Deus.Gíieade. Al guns a tomam como uma interpretação errada de Gilboa, porque Gileade estava no lado leste do Jordão, longe da cena da batalha. No entanto, pode ser que havia ali uma montanha chamada Gileade, confinando o vale de jezreel. Uma sugestão para este nome pode ser encontrada no nome de um ribeiro conhecido como Ncihr el-jalud.
Jz.7:4 Sem comentário para este versículo
Jz.7:5 5. Lamber a água. O povo, levado ao ribeiro, esperava atravessar imediatamente e avançar para o acampamento inimigo, situado bem próximo no lado oposto. Poucos homens estavam preparados para o confronto e esses, ao atravessarem o ribeiro, apanhavam um pouco de água nas mãos e seguiam em frente. Outros, temerosos com a batalha iminente e pouco esperançosos da vitória, encontravam no ribeiro uma desculpa para se demorar. Ajoelhavam-se e vagarosamente bebiam sua porção. Os que apressadamente tomaram um pouco de água nas mãos e a sugaram enquanto se dirigiam ao acampamento inimigo foram 300 ao todo. Com esses o Senhor prometeu derrotar os midianitas. A triagem serviu para remover os infectados pela idolatria e destacar os homens de coragem e fé; homens cuja confiança em Deus não foi afetada pela prática da adoração idólatra. A fé os levava a confiar que, com Deus ao seu lado, o sucesso seria certo, apesar de estarem em menor número. Como jônatas, mais tarde, lembrou ao seu escudeiro, o número deles erade pouca importância aos olhos de Deus (ver ISm 14:6).
Jz.7:6 Sem comentário para este versículo
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Jz.7:9 9. Mesma noite. Talvez o teste no riacho tenha ocorrido à noite, e o grupo maior de israelitas partiu para seus lares em meio à escuridão. De qualquer maneira, os midia- nitas pareciam não saber que a maior parte da torça israelita tinha ido embora.
Jz.7:10 10. Se ainda temes. Deus estava disposto a dar garantia adicional. Por causa do temor dc Gideão em atacar, o Senhor lhe oferecer ia um sinal de encorajamento se ele se aproximasse furtivamente do acampamento miclianita e ouvisse a conversa dos soldados inimigos.
Jz.7:11 11. Até à vanguarda. Isto é, nos postos avançados ou nas sentinelas. Possivelmente o acampamento miclianita incluía mulheres e crianças. Os soldados estariam postados ao redor do acampamento.
Jz.7:12 12. Cobriam o vale. O vale não era amplo. A multidão estava espalhada no estreito vale de alto a baixo, talvez por vários quilômetros. A estreiteza do local do acampamento pode ter dado a impressão de serem mais numerosos do que eram, como "a areia ã beira mar, em multidão”.
Jz.7:13 13. Contando um sonho. Como Midíãera um filho de Abraão, esses povos falavam uma língua similar à dos hebreus. De alguma maneira. Deus capacitou Gideão a compreendei o mofo e (• seu s.ynmcado '\ssim. de toi luspr o1 > '_ ¦ i oo i v: niHcac.) i s .¦qLí( Tc íooi ¦ :UlP JV- ' tc r•• ¦ <_,> i i o o, .»o. lolai . ’ t ¦ \ , d 1 .. .ipe-soas pobres. Pode mi uma i^uu: i - . *aos israelitas, que estavam empobrecidos pelos sete anos consecutivos de opressão midianita.Tenda do comandante. Era a tenda principal do acampamento, onde ficava olíder geral ou o rei; talvez a tenda, onde os dois homens estivessem ou um símbolo do acampamento em geral.
Jz.7:14 Sem comentário para este versículo
Jz.7:15 15. Adorou. Do heb. shahah, ''curvar- se”, “prostrar-se”, “render adoração”. Ao reconhecer no sinal uma evidência da presença divina em seu empreendimento, Gideão deu a resposta mais apropriada para a ocasião: ele adorou. Sua prece expressou gratidão. Muitas vezes, aqueles especialmente abençoados por Deus se esquecem de agradecer. Gideão poderia ter raciocinado que, com a urgência da tareia e a necessidade de ação imediata, ele poderia adiar o culto de louvor para depois da vitória. Porém, deixar para mais tarde, em geral conduz ao esquecimento e à total negligência do louvor a Deus.A adoração de Gideão também era, possivelmente, a confissão de um sentimento de profunda indignidade. Ele já tinha dado evidências de sua humildade quando se referiu a si mesmo como “o menor na casa de meu pai” (Jz 6:15). Aqui ele reafirmou sua atitude. Dentre outros atributos, foi essa característica que o qualificou para a tareia. Pessoas assim. Deus pode usar em Sua obra. A elas Deus pode confiar grande porção de sucesso, porque Ele sabe que não tomarão a glória para si mesmas. Orgulho e auíossuficiência incapacitam as pessoas para a obra de Deus.
Jz.7:16 16. Três companhias. Lota divisão davaa ilusão de ara ode lorca iie ataque. Quando as rmdic.nitas usvm a1- Cochas e ou\ issem a. ! ‘ > iTctm 1 ' í m-u, das cm diferentes ¦<» o í a , mo imciit . uiponammi m... i i < i.ai:.'- O ; ".mo d( aíauce Íuí. ).'<¦ . - . do caa do . . TA 550).nnai: e lamoem como recipienics.Tochas, lista palavra geralmente é utilizada para tochas acesas. Dentro de potes de argila a iluminação era fraca. Guando ospotes foram quebrados e as tochas, agitadas ao ar, elas aumentaram repentinamente seu brilho. Métodos simples, sob a orientação e direção de Deus, podem realizar mais do que os recursos mais complicados idealizados pelo ser humano. Deus não depende de números.
Jz.7:17 Sem comentário para este versículo
Jz.7:18 Sem comentário para este versículo
Jz.7:19 19. Vigília média. Naquele tempo a noite era dividida em três partes. A ‘'vigília do meio” (AA) começava um pouco antes da meia-noite. Séculos mais tarde, os judeus adotaram o modelo romano de quatro vigílias durante a noite.
Jz.7:20 Sem comentário para este versículo
Jz.7:21 21. Permaneceu cada um no seulugar. Ao invés de atacá-los, os 300 israelitas se detiveram nos arredores do acampamento, tocando as cornetas, agitando as tochas e gritando. O plano era incutir pânico no acampamento midianita.
Jz.7:22 22. Um contra o outro. A multidão se precipitou pelo vale de Jezreel a fim de escapar pelo Jordão, na noite escura. Confundiram os que estavam à sua frente com os inimigos e apontaram as armas para estes.Zererá. Provavelmente, o mesmo que Zaretã (lRs 4:12). Acredita-se que estivesse no vale do Jordão, na extremidade inferior do vale de Jezreel.Bete-Sita. Não foi identificada. Provavelmente, estava situada na extremidade inferior do vale de Jezreel, próximo ao rio Jordão.Até ao limite de Abel-Meolá. Literalmente, “campo de dança”. Foi o local do nascimento de Elias (lRs 19:16). Alguns a identificam com Tell el-Hamtna, 14 km ao sul de Bete-Seã; outros, com Tell el-Maqlúb, 11,5 km ao leste do Jordão, em Wadi Yabis, a 35 km do mar da Galileia. A princípio, Tell el- Maqlúb foi considerada como jabes Gileade, agora identificada com Tell Abn Kharaz, no mesmo Wadi Yabis, 4,3 km a leste do Jordão.Tabate. Possivelmente Rãs Abu Tabât, a leste do Jordão, próxima a Abel-Meolá.
Jz.7:23 23. Homens de Israel. Muitos dos enviados para casa algumas horas antes, sereuniram então para auxiliar seus irmãos na perseguição ao inimigo que fugia.
Jz.7:24 24. Gideão enviou mensageiros.A tribo de Manassés e a populosa tribo de Efraim habitavam ao sul do cenário da batalha. A última não foi convocada por Gideão quando ele reuniu os hebreus. Quando as tropas midianitas começaram a fuga, Gideão enviou mensageiros velozes ao território de Efraim, pedindo que o povo de lá fosse rapidamente ao rio Jordão e assumisse a posição dos vaus para onde os midianitas se dirigiam. Os efraimitas responderam imediatamente, bloqueando a fuga sobre os vaus do sul. Na época, o rio possivelmente estava alto, forçando o inimigo a utilizar determinados vaus.Bete-Bara. Este local é desconhecido, mas deveria estar numa região descendo o rio, próxima ao território efraimita, para que Gideão pedisse aos efraimitas que cobrissem a rota da fuga. Uma evidência adicional de que os midianitas não utilizaram o rio antes de tentar atravessá-lo é mostrada no fato de que Gideão perseguiu o inimigo ao longo do rio, o que o levou a Sucote, uma cidade próxima ao Jaboque (Jz 8:5).
Jz.7:25 25. Orebe e Zeebe. Literalmente, “o corvo e o lobo”, nomes pitorescos para chefes do deserto. A rápida ação dos efraimitas possibilitou que impedissem a fuga de muitos midianitas que estavam tentando atravessar o Jordão nos vaus interiores. Perseguidos pelas forças reagrupadas de Naftali, Aser e Manassés, com o Jordão de um lado e os efraimitas diante deles, muitos midianitas foram forçados a se render. Entre os cativos se encontravam dois príncipes, Orebe e Zeebe, que foram executados imediatamente. Para comemorar a vitória, os locais onde esses homens foram mortos receberam os nomes “penha de Orebe”, literalmente “penha do corvo”, e “lagar de Zeebe”, literalmente “lagar do lobo”. Esses nomes aparentemente ainda vigoravam quando o livro dos Juizes foi escrito vários anos depois. A “penhacie Orebe” era conhecida ainda nos dias de Isaías (Is 10:26).Dalém do Jordão. No lado leste, a área hoje chamada de Transjordânia. De acordo com Juizes 8:4, Gideão ainda não havia atravessado o Jordão. Por isso, alguns creem que os efraimitas capturaram Orebe e Zeebe depois que atravessaram o lado leste do rio e, em seguida levaram esses líderes cativos a Gideão, que ainda perseguia os midianitas que fugiam de Jezreel para o Jordão. A melhor explicação é que o autor de Juizes, tendo apresentado os efraimitase a participação deles na batalha, desejava completar a narrativa a respeito deles e da contenda com Gideão antes de dar o longo relato da perseguição de Gideão aos midianitas, a leste do Jordão. Por esse motivo ele interrompeu o relato cronológico da batalha para falar sobre o ciúme dos efraimitas e como Gideão os acalmou. Em Juizes 8:4, o autor resumiu a história da batalha. O encontro de Gideão com os efraimitas podería ter ocorrido depois que ele retornou da perseguição aos midianitas ou depois de ter cruzado o Jordão.Capítulo 8e os seus exércitos, com eles, uns quinze mil homens, todos os que restaram do exército de povos do Oriente; e os que caíram foram cento e vinte mil homens que puxavam da espada.
Jz.8:1 1. Contenderam [...] com ele, Efraim era a tribo mais importante e populosa do norte da Palestina e era ciumenta de sua posição de liderança. Os efraimitas se reuniram imediatamente ao chamado de Gideão e provaram sua força e fidelidade à causa nacional. Quando encontraram Gideão, seu orgulho e ambições feridas os levaram a reprovar Gideão por não chamá-los antes do início da batalha, como dizendo que ninguém tinha o direito de fazer um movimento para repelir um inimigo em comum sem informá-los. A arrogância era devido à sua força e a uma atitude criada quando Josué, um efraimita, era um reconhecido líder de Israel. Mais tarde, a tribo de Efraim assumiu um tom ditatorial novamente (Jz 12:1- 7), mas, dessa vez, como resultado, sofreram h u m i 1 h ante d cr r o t a.Aqui se encontra uma das mais importantes lições dessa narrativa. A semelhança das tribos do norte, Efraim não fez nada para se opor à depredação causada pelos midianitas. Eles foram corajosos para entrar no combate, somente depois de os inimigos estarem em fuga. De modo semelhante, há muitos hoje que criticam aquele que corajosamente lança um projeto louvável. Eles resistem a qualquer tipo de apoio até ficar evidente que o projeto será bem-sucedido. Então, tentam tomar o crédito para si, e assim obter vantagem na liderança do empreendimento. Tal espírito é repreensível.Vindima cie Abiezer. Gideão sequer mencionou a si mesmo, mas se referiu modestamente aos 300 homens da família de Abiezer que estavam com ele. Com essa cifra simples, Gideão sugeriu que Efraim, num esforço secundário e posterior, realizou mais do que ele e seu grupo. Entretanto, ele não faltou com a verdade ao fazer essa afirmação. Afinal, Efraim obteve uma grande vitória (ver Is 10:26), embora o relato de sua batalha seja extremamente breve.As qualidades de liderança e autocontrole de Gideão o capacitaram a lidar de forma eficaz com os invejosos efraimitas. Sua cortesia e diplomacia o habilitaram a aplacar a ira deles e a se desveneilhar de uma situação difícil.
Jz.8:2 Sem comentário para este versículo
Jz.8:3 Sem comentário para este versículo
Jz.8:4 4. Vindo Gideão ao Jordão, A perseguição de Gideão está resumida em Juizes 7:24. Como os midianitas fugiram, eles se dividiram em grupos; cada um deles foi interceptado e destruído pelos efraimitas; outros conseguiram atravessar o Jordão rumo às montanhas de Gileade.Cansados mas ainda perseguindo. Mesmo que Gideão e seus homens estivessem cansados e famintos devido aos esforços em combater com a retaguarda dos midianitas, não pararam no Jordão, mas o atravessaram e continuaram a perseguição. Eles já tinham feito muito, mas desejavam realizar mais. De modo similar, nossa guerra espiritual demanda esforço. Em nenhum momento da luta é seguro relaxar os esforços por causa do cansaço. Muitas vitórias têm sido alcançadas por cristãos "cansados, mas que persistem’’.
Jz.8:5 5. Sucote. Literalmente, "cabanas". Esta cidade da tribo de Gade situava-se ao longo do rio Jaboque, onde as montanhas são mais altas, não muito longe do lugar onde o Jaboque fluía para o Jordão. A cidade recebeu esse nome das cabanas que Jacó erigiu ali, ao final da longa jornada, regressando de Padã-Arã (Gn 33:17).Pães. Literalmente, "arredondado” ou "círculos” de pães. São os pães lisos e arredondados mencionados frequentemente na Bíblia. (3 pedido de Gideão era justo e razoável. Ele estava realizando um serviço em benefício de todo o Israel e, num momento de necessidade, ele podería legitimamente esperar que seus irmãos suprissem seus homens famintos com alimento.Da mesma forma, aqueles que lutam as batalhas espirituais da igreja são merecedoresdo apoio de seus irmãos e é ingratidão negado. A instrução de Deus ao antigo Israel era: "Não atarás a boca ao boi quando debulha" (Dt 25:4). Paulo, em sua compreensão espiritual desse dito, aplica a prescrição ao dever de apoiar aos que se ocupam com o ministério (lCo 9:9, 13, 14).Zeba e Salmuna. Possivelmente, há intenção de zombaria nesses nomes. Zeba significa "vítima sacrifical”. Salmuna pode significar "[o deus] Selem reina" ou "a proteção é recusada".
Jz.8:6 6. Príncipes de Sucote. Para o dever e a função desses príncipes, ver com. do v. 14. Ao recusar suprir os homens de Gideão com alimento, esses líderes se tornaram culpados de covardia e insulto a seus irmãos. Lies viram os 1 5 mil midianitas passarem por eles e, possivelmente, raciocinaram: “Como tão poucos homens vão contra um grande número de guerreiros? Incorreremos em desgraça e seremos punidos pelos midianitas por auxiliar seus perseguidores.” Em vez de demonstrar compaixão e simpatia patriótica, eles revelaram egoísmo extremo ao consultar somente os próprios interesses mesquinhos. Lies exemplificam o materialismo de quem prefere servir a um tirano estrangeiro a arriscar uma perda. Além disso, seu espírito mesquinho foi avesso a custear a alimentação dos 300 homens.
Jz.8:7 7. Trilharei a vossa carne. ‘'Rasgarei a carne de vocês’ (N VI). Gideão respondeu às zombarias dos príncipes com uma ameaça. Ele soube como apaziguar os efraimitas, mas eles fizeram algo para ajudar. No entanto, considerou os líderes de Sucote como traidores e os ameaçou com um castigo adequado.
Jz.8:8 8. Penuel. Literalmentc, "rosto de Deus". O lugar onde Jacó lutou com o anjo (Gn 32:22, 30, Peniel). L próximo ao vau do rio Jaboque, possivelmente a vários quilômetros rio acima, a partir de Sucote.
Jz.8:9 9. Em paz. Ou seja, ileso, sendo bem- sucedido e vitorioso.Esta torre. Possivelmente uma torre utilizada como fortificação e local de refúgio em tempo de perigo. Dentro dos muros, possivelmente construídos com pedras, os líderes de Penuel se sentiam seguros com relação aos midianitas e a Gideão, de forma que se recusaram desdenhosamente a auxiliar o grupo israelita. Por causa dessa recusa, Gideão ameaçou retornar e destruir a torre onde eles tão confiante e ousadamente rejeitaram o apelo.
Jz.8:10 10. Carcor. A localização de Garcor é desconhecida. Possivelmente situava-se em alguma região inacessível de rocha vulcânica, no extremo do deserto sírio.
Jz.8:11 11. Pelo caminho dos nômades. Em vez de seguir pela rota que os midianitas tomaram, Gideão e seu grupo se aproximaram do acampamento por um caminho sinuoso através de uma região esparsamente povoada por nômades beduínos. Dessa forma, foi possível cair sobre eles inesperadamente, de uma direção da qual eles não imaginavam ocorrer um ataque.Noba. A localização exata desta cidade é desconhecida. Alguns a identificam com a cidade de mesmo nome mencionada em Números 32:42, como a cidade de (Vlanassés.Jogbeá. Uma cidade de Gade (Nm 32:35) considerada como a ruína agora chamada de Jubeihât, 10,4 km a noroeste de Amã e cerca de 30 km a sudeste de Sucote.
Jz.8:12 12. Desbaratou todo o exército. Os midianitas possivelmente pensaram que haviam se afastado o suficiente do cenário de sua derrota para estar protegidos de novos ataques; podem ter sido tentados a se reagrupar após o pânico desastroso. Eles devem ter colocado sentinelas ao longo do caminho por onde passaram, para que avisassem sobre a aproximação dos israelitas. Porém, Gideão e seus homens ludibriaram o estratagema, fazendo um percurso mais amplo, atacando os midianitas pelo lado oriental do acampamento. Surpreendidos, os midianitastentaram fugir novamente, mas os israelitas mataram muitos deles e capturaram os dois reis, Zeba e Salmuna. O restante dos midia- nitas possivelmente escapou em pequenos grupos rumo ao deserto.
Jz.8:13 13. Pela subida de Heres. A palavra heb. cheres é utilizada na Bíblia para nomes de lugares. Portanto, é mais provável se referir a ‘'Heres” (ARA, NV1, AA e NKJV) e não ao “sol” (ACF, KJV). O sentido parece ser que Gicleão retornou a Sucote, intencionalmente, por um caminho diferente, a fim cie surpreender os príncipes e impedir que fugissem.
Jz.8:14 14. O moço deu por escrito. Do heb. kathab, literalmente, "ele escreveu” (NVl). Um jovem da cidade de Sucote a quem tinham capturado por acaso, escreveu o nome dos príncipes e anciãos da cidade para Gideão. Os governantes de Sucote é que haviam se recusado a auxiliá-lo, por isso Gicleão queria distinguir entre eles e os habitantes da cidade, a fim de não punir pessoas inocentes.Um jovem capturado ao acaso e que sabia escrever, indica que, mesmo nesse tempo remoto, o conhecimento da escrita se propagara.Príncipes. Do heb. sarim, essa palavra é traduzida corno “governante”, “capitão” ou "chefe” quase tão frequentemente como "príncipe”. Neste verso, possivelmente se refere aos oficiais que estavam à frente do conselho de anciãos, os líderes que comandavam as tarefas cívicas e militares.Anciãos. Chefes das famílias residentes de uma cidade, formando um conselho ou corpo governamental.
Jz.8:15 Sem comentário para este versículo
Jz.8:16 16. Tomou os anciãos. Gicleão começa a concretizar a ameaça feita no v. 7. O relato não diz exatamente como ele capturou os anciãos. Possivelmente eles se renderam para salvar a cidade, porque a vitória cie Gideão sobre os midianitas deve tê-los desencorajado de resistir.Deu severa lição aos homens. Parece que isso foi feito batendo-se neles com varas deespinhos. A punição administrada aos anciãos serviría como uma lição eficaz aos príncipes, para que não se mostrassem novamente arrogantes e indiferentes aos irmãos israelitas.
Jz.8:17 17. Derribou a torre. Os homens de Penuel devem ter resistido. Para que a torre fosse destruída como Gicleão havia ameaçado, ele precisou matá-los. Gideão havia ameaçado somente destruir a torre. E possível também que a imprudência desses homens os tenha levado a escolher defender a torre e perder a vida.Essas fortes medidas por parte do novo juiz de Israel foram necessárias para advertir as outras cidades israelitas sobre as consequências da falta de patriotismo. A punição infligida a Sucote e Penuel pode ter servido como uma barreira efetiva, pelo menos em parte, para ações independentes de cidades israelitas isoladas, permitindo que os israelitas apresentassem uma frente mais unida numa invasão posterior.
Jz.8:18 18. Depois disse. Gideão não começou a acertar contas com os dois reis capturados até que os tivesse exibido diante do povo de Sucote e Penuel, pois haviam zombado de sua capacidade de vencer o grande exército midianita. A cena aqui descrita possivelmente não ocorreu imediatamente após a queda de Penuel, mas vários dias depois do retorno de Gideão a seu lar, em (31:ra. Essa opção é sugerida pela presença cie Jéter, o filho mais velho de Gideão (v. 20). Sendo um rapaz tímido, não compartilhou da expedição heróica.Que homens eram [...]r "Como eram'?” (AA). No heb., efoh. Possivelmente a melhor tradução seja “onde”, como em Rute 2:19. A LXX também apresenta “onde”. Gideão sabia que seus irmãos tinham sido mortos por esses reis. De maneira que esta pergunta era uma indicação de que aqueles reis seriam punidos pelo que haviam feito.Os que matastes. Não se conhecem as circunstâncias desta batalha ou massacre.Parece que vários irmãos de Gideão foram capturados próximo ao monte Tabor e assassinados por esses dois reis durante um dos saques feitos à terra anteriormente. Essa é a primeira indicação de que Gideão tenha corrigido ura dano pessoal sofrido.
Jz.8:19 19. Filhos de minha mãe, Este era o modo de Gideão dizer que esses homens eram irmãos sanguíneos. Numa época em que os homens tinham várias esposas, era necessário distinguir entre irmãos e meio-irmãos. Naturalmente os irmãos de Gideão por parte de pai e mãe lhe eram mais queridos do que os filhos de seu pai com outra esposa.Se os tivésseis deixado com vida. A lei do vingador do sangue exigia que Gideão matasse os dois reis (Nm 85:17-19). Um castigo menos severo podería ter sido a pena deles quanto aos outros crimes.
Jz.8:20 20. Mata-os. Antigamente, morrer às mãos de um jovem ou de uma mulher era considerado uma humilhação (ver jz 9:54).
Jz.8:21 21. Levanta-te. O pronome é enfático. Se deveríam mesmo morrer, que fosse pelas mãos de um herói e não de um simples garoto.Qual o homem. Ou seja, um homem tem a força de um homem. Não se pocle- ria esperar que uma criança fizesse o que é requerido da força de um homem. Naturalmente, os reis preferiam ser mortos com um golpe a ser cortados e mutilados por uma criança, o que resultaria em morte mais dolorosa e prolongada.Ornamentos. Do heb. saharonrm, “pequenas luas” ou ‘crescentes”. Em Isaías 3:18, a KJV traduz esta palavra como “adornos redondos como a lua". Os ornamentos em forma de meia-lua eram pendurados no pescoço dos camelos pelos beduínos. No caso de reis, como Zeba e Salmuna, esses ornamentos eram, possivelmente, de ouro.
Jz.8:22 22. Domina sobre nós. Devido à magnitude da vitória conquistada pela coragem e incansável perseverança de Gideão, oshomens das várias tribos que compunham seu exército propuseram que Gideão se tornasse o rei deles, e a sucessão passaria de pai para filho. A mudança era uma expressão do crescente desejo das tribos israelitas de se unir sob uma monarquia e de se apoiar mutuamente contra o inimigo de modo mais fácil e efetivo. Nos vizinhos ao redor, eles viam o valor de um esforço em conjunto que um reinado eficiente podia produzir. Esse desejo continuou a crescer até que as tribos conseguiram formar uma monarquia no tempo de Saul.
Jz.8:23 23. O Senhor vos dominará. Gideão rejeitou a oferta de um reinado hereditário. Ele reconheceu que suas realizações eram devidas somente ao poder de Deus trabalhando em seu favor. Ele tinha sido chamado por Deus para cumprir um serviço especial para a nação, e ele o fez. Deus não o chamara para ser um monarca. Ele sabia que seus filhos não seriam capazes de liderar a nação, a menos que Deus os chamasse individualmente. O chamado de Deus não é extensivo aos laços familiares. A fraqueza da regência hereditária reside nesse fato. Muitas vezes, o descendente direto é uma pessoa totalmente inadequada para a função.A nobreza de Gideão foi demonstrada na rejeição do reinado. Essa oferta deve ter se constituído numa tentação. Com frequência se requer mais força para resistir às seduções oferecidas pelo poder do que para derrotar um inimigo. Gideão, porém, permaneceu fiel a Deus, e suas palavras coroaram dignamente seus atos heroicos.
Jz.8:24 24. Ismaelitas. Ismael e Midiã eram meio-irmãos (Gn 25:2). Com frequência os nomes são intercambiados nas Escrituras por causa do parentesco e por habitarem na mesma região, onde se uniram através de casamentos (ver Gn 37:25, 27, 28).
Jz.8:25 25. De bom. grado as daremos. Era grande o alívio de estar livre da opressão m idia- nita depois de sete anos de despojamento,e forte o sentimento popular a favor de Gideão, de modo cjue os israelitas alegremente concederam o pedido de seu libertador e lhe entregaram a parte mais valiosa da pilhagem que haviam feito.
Jz.8:26 26. O peso. As argolas de ouro ou os "brincos de ouro" (NVI) pesavam aproximadamente 20 quilos. Um único brinco pode ter meio sielo (Gn 24:22).Ornamentos. Do heb. sahtironim (ver com. v. 21).Brincos (NTLH). Do heb. netifot, ou seja, "gotas". Era um tipo de pendente para as orelhas.
Jz.8:27 27. Estola sacerdotal. A estola sacerdotal era o manto sem mangas, do sumo sacerdote, em que estavam anexadas duas pedras de ônix que traziam o nome das doze tribos de Israel (Êx 28:6-35; PP, 351). A palavra também era utilizada para o vestuário simples como o que Samuel usou ao servir no templo (iSm 2:18) e o que Davi usou quando dançou diante da arca (2Sm 6:14). Aparentemente, era uma vestimenta usada por muitos sacerdotes (ISm 22:18). Abiatar, o sacerdote de Davi, usou uma para consultar ao Senhor (ISm 23:6, 9-12). A estola sacerdotal e o peitoral de Gideão eram imitações das vestimentas usadas pelo sumo sacerdote (PP, 556).Prostituiu. Os israelitas, aparentemente, passaram a considerar essa estola sacerdotal como um objeto de adoração.Um laço a Gideão. O autor parece sugerir que as desgraças que se abateram sobre a família de Gideão, ap«n m> > moite foram atribuídas ao ; n » 1.- .essa estola sacerdofa. ‘u- \ _u utam sobre os motivos mv «>¦•. „ . m Gideão a estabelecer essa adoração mal em 01 ra. O centro religioso dos israelitas era Silo. na tribo de Etraim, onde o tabernáculo estava localizado. Pode ser que a atitude arrogante dos efraimitas (ver Jz 8:1) fez com que Gideão se ressentisse com eles a ponto denão se interessar em ir ao território deles para adorar. O milagre realizado pelo anjo, próximo à sua casa, antes do chamado para que ele fosse juiz, pode tê-lo levado a pensar que Deus estava sugerindo que uma nova sede de adoração fosse estabelecida e que ele atuasse como um sacerdote. Ele pediu sinais miraculosos que lhe foram concedidos. Mais tarde, na função de juiz, ele frequentemente teve necessidade de interrogar a Deus; e, pensando nisso, fez uma estola sacerdotal que imitava a do tabernáculo.Seu pecado consistiu em assumir as prerrogativas do sacerdócio araônico sem a sanção divina. Seu desvio do que é correto preparou o caminho para uma apostasia maior, tanto de sua família imediata quanto das tribos. As pessoas foram desviadas pelo mesmo homem que, anteriormente, derrubara a idolatria deles. Sem dúvida, Gideão não pretendia desviar o povo da adoração a Deus, e a intenção podia ter sido boa. No entanto, sua avaliação subjetiva sem a orientação divina quanto à necessidade de um novo centro religioso abriu caminho para o desastre. Gideão não tinha desculpas para abandonar o programa que Deus traçara com respeito à adoração e ao serviço. Caso ele continuasse a buscar orientação divina como fizera anteriormente, teria poupado muito sofrimento à sua família e ao povo.A história de Gideão é um alerta de que é preciso mais do que boas intenções para agir de modo louvável e correto. Além disso, quanto mais proeminente for uma pessoa, maior alcance terá seu mau exem- plt . P >i i min. maior será sua necessidade de pautar uxm >s os seus atos pelo padrão divino. A única regra perfeita para a vida é a lei de ! )eus. \pesar de sua falha, Gideão é elogiado na epístola aos hebreus (Hb 11:32) em virtude de seus primeiros atos de fé.
Jz.8:28 Sem comentário para este versículo
Jz.8:29 Sem comentário para este versículo
Jz.8:30 30. Muitas mulheres. Este harém é uma evidência do poder e da riqueza de Gideão. Poligamia em larga escala eraadotada apenas por governantes ou pessoas extremamente ricas. A descrição da família de Gideão, feita nos v. 30 e 31, fornece um pano de fundo para a série de eventos que seguem (Jz 9).
Jz.8:31 31. Concubina. A sequência indica que talvez ela fosse cananita. O fato de ela ter permanecido com seus parentes em Siquém em vez de ir para a casa de Gideão, em Ofra, indica que a união deles era no estilo denominado pelos árabes primitivos de casamento sadika (amigável). Nesse tipo de arranjo, a mulher vivia com seu próprio povo e era visitada pelo esposo de tempos em tempos. Os filhos nascidos desse casamento eram contados como membros do clã da esposa e viviam com a mãe.Ele lhe pôs por nome. A construção aqui utilizada é empregada frequentemente quando nomes ou sobrenomes adicionais são dados mais tarde no decorrer da vida (2Rs 17:34; Ne 9:7; Dn 1:7; 5:12). Por essa razão, alguns acreditam que o nome Abimeleque, que significa “pai de um rei”, foi dado enquanto Gideão observava o caráter ambicioso e atrevido da criança. O nome também pode significar "meu pai é rei”. O nome pode ter sido dado pela mãe, por vaidade, para que todos lembrassem que o pai do menino era o poderoso juiz Gideão. Abimeleque demonstrou ser um filho indigno de Gideão, porque, apesar de ter a coragem e a energia do pai, não revelou as mesmas virtudes.
Jz.8:32 32. Faleceu. Gideão morreu em paz e prosperidade, mas a semente ruim plantada por ele resultou em frutos amargos para a geração seguinte. Poucos avaliam como é vasto o alcance de suas palavras e de seus atos.Ofra. Ver com. de Jz 6:11.
Jz.8:33 33. Baalins. Ver com. de Jz 2:13, 17. Formas de adoração não aprovadas por Deus conduzem, em pouco tempo, à adoração de falsas divindades.Baal-Berite. Literalmente, "senhor da aliança”. A mesma divindade é chamadade “o deus Berite”, literalmente “deus da aliança” (Jz 9:46). Siquém tinha um templo dedicado a essa divindade (Jz 9:4). Não está claro se o nome “senhor da aliança” se refere: (a) à divindade considerada governante sobre a confederação das cidades cananitas; (b) a uma aliança entre Baal e seus adoradores; ou (c) a uma aliança entre os habitantes cananeus de Siquém e os recém-chegados israelitas. Uma afiança entre os dois povos frequentemente seria consolidada com uma adoração comum. Em períodos posteriores, alianças político-reli- giosas como essa levaram os israelitas à idolatria. Os israelitas foram proibidos (Jz 2:2) de formar alianças com os povos pagãos. Um dos primeiros sintomas de apostasia entre eles foi a inclinação para remover as barreiras entre si mesmos e os vizinhos idólatras. Parece que as concessões exigidas para estabelecer um relacionamento de aliança eram unilaterais; era Israel que frequentemente renunciava à sua fé.
Jz.8:34 34. Não se lembraram. O esquecimento tem se tornado um erro comum aos seguidores de Deus. A segurança reside em recordar o modo como Deus tem conduzido e agido em favor de Seus filhos no passado e manter-se em contínua dependência dessa liderança. A gratidão resulta da lembrança e da reflexão. Quando, porém, as pessoas não pensam nas bênçãos que Deus tem concedido, se esquecem dEle e se tornam ingratas. Assim, a ingratidão conduz à descrença (ver com. de Rm 1:20-28).E necessário fazer um esforço positivo para se lembrar de Deus. A mente humana não retém na memória o que não é frequentemente relembrado. Daí a necessidade de um constante recordar da história sagrada através do estudo diário da Bíblia e também da frequência aos cultos de adoração onde essas questões são repassadas. Portanto, também é necessário revisar o curso da história da igreja e constantementerelembrar as intervenções divinas na experiência pessoal.Como é comum com várias palavras hebraicas, ‘'relembrar" não se refere apenas ao ato de reter na consciência, mas inclui fazer o que exige o conhecimento dos fatos. Assim, “se lembrar” de Deus significa pres- tar-Lhe a adoração requerida. Para Gideão, “lembrar” significaria mostrar honra para a posteridade, bem como dar atenção ao conselho divino e buscar seguir o padrão que Deus estabelecera para a então lutura jurisdição do domínio de Israel.O erro de Gideão em supor que, ao fazer uma estola sacerdotal, preservaria a fidelidade do povo a Yahvveh, revelou-se uma total insensatez. Depois de sua morte, os israelitas não mostraram nenhuma gratidão a ele nem a Deus que os libertara.
Jz.8:35 35. Nem usaram de benevolência. Este trecho é um breve sumário dos eventos narrados no capítulo seguinte. Os que ofereceram o reinado a Gideão falharam em ser gratos a seus descendentes. Essa atitude revela como a popularidade é transitória neste mundo. O herói de hoje é esquecido amanhã.Capítulo 9I Abimeleque é feito rei por meio da conspiração dos siquemitas e do assassinato de seus irmãos. 7 Jotão os repreende por meio de uma parábola e profetiza sua ruína.disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós outros.
Jz.9:1 1. Siquém. Estava situada 48 km ao norte de Jerusalém num fértil e estreito vale, possivelmente sob a jurisdição de Gideão. Ali estava a residência da concubina de Gideão e seus parentes. Tão logo Gideão foi enterrado, Abimeleque foi a Siquém para tentar induzir seus parentes, que haviam sido proeminentes cidadãos da cidade, a ajudá-lo a obter a mesma autoridade governamental que seu pai exerceu.
Jz.9:2 2. Cidadãos de Siquém. A palavra hebraica traduzida aqui por '‘homens’' em algumas versões (NTLH, KJV), é o plural de baal, significando 'possuidores'' ou "cidadãos”. Os habitantes eram de nacionalidade mista: alguns eram israelitas, outros cana- neus e outros, como Abimeleque, possuíam as duas nacionalidades. Eles conviviam lado a lado, fundindo-se até certo ponto, mas compartilhando antipatia mútua. O v. 28 indica que os cananeus predominavam nessa porção da cidade.Que vos parece melhor [...]? Abimeleque considerava esse argumento irresistível. Não se deve concluir que os 70 filhos de Gideão estivessem buscando obter a autoridade governamental de seu pai. Abimeleque iniciou a questão da maneira mais enganosa possível, jogando com o medo e o preconceito da população.Sou osso vosso. Abimeleque parecia apelar ao grupo cananeu da população. Mesmo que esse não fosse o caso, os israelitas de Siquém eram da tribo de Efraini, e ele conhecia a ambição dessa tribo em liderar. Sem dúvida estavam ressentidos porque Gideão, um homem de Manassés, seria o principal de toda aquela terra. Por isso, eles estavam dispostos a agarrar aquela oportunidade de elevar o filho de Gideão, de Siquém, à função que fora de seu pai.
Jz.9:3 Sem comentário para este versículo
Jz.9:4 4. Setenta peças de prata. Este dinheiro atingiu um sido para cada irmão assassinado.Casa de Baal-Berite. Antigamente, os templos serviam como depósitos para recursosparticulares e públicos, como os bancos de hoje. Além disso, cada templo possuía seu próprio tesouro, constituído de recursos acumulados pelo pagamento de votos, penalidades e doações. O apoio para o empreendimento de Abimeleque saiu do templo de Baal; um contraste desonroso. Enquanto Gideão iniciara a carreira mostrando a futilidade da adoração a Baal, seu filho Abimeleque começa com uma doação do templo de Baal e com o assassinato de todos os seus irmãos. Esse é o resultado final da poligamia, ambição e falta de religiosidade. Há pouca afeição e muito ciúme nas famílias polígamas.Homens levianos. Literalmente, "homens vazios (sem valor) e negligentes”. Muitas revoluções sangrentas foram realizadas com a contratação de adeptos infames e imprudentes.
Jz.9:5 5. Matou seus irmãos. Era desta forma que os usurpadores asseguravam o trono; uma pessoa que não tinha direito ao trono eliminava todos os que possuíam esse direito, para que não houvesse competidores. Os déspotas antecipavam as conspirações e matavam todos os seus irmãos e parentes mais próximos.Sobre uma pedra. Como animais sacrificais (ISm 14:33-35), Abimeleque matou seus irmãos, talvez na mesma rocha em que Gideão havia construído seu altar.Jotão. Literalmente, “Yahweh é perfeito”. O fato de Gideão ter escolhido esse nome para seu 70° filho indica que permaneceu um crente fiel ao Senhor apesar da estola sacerdotal que fizera.
Jz.9:6 6. Bete-Mílo. “Casa de Milo” (ACF). Provavelmente Milo não ficava longe de Siquém. Não está claro se a palavra “casa" (heb. bete), usada aqui, se refere à família, aos habitantes de Milo ou a uma construção. Neste e no v. 20 a frase parece ser paralela a “os homens de Siquém” (NTLH). Por isso, pode se referir às pessoas de um clã ou à família de Milo. Por outro lado, podería muito bem designar uma construção.No v. 46, há uma referência à “Torre de Siquém’, de tal forma que pode ser uma equivalência à “casa de Milo” (ACF).Carvalho. Do heb. elon, a palavra significa um carvalho ou árvore terebinto (ver Jz 6:11; Gn 35:8). Esta árvore em Siquém pode ser a mesma sob a qual a família de Jacó enterrou os amuletos e argolas idólatras (Gn 35:4) e sob a qual Josué ergueu a pedra de testemunho (Js 24:26).Memorial. Era u ma das pedras sagradas que os hebreus e cananeus costumavam usar nos lugares de adoração (Gn 28:18; Ex 24:4; Dt 12:3). Abimeleque foi proclamado rei no mesmo lugar onde Josué realizou a última assembléia nacional para renovar a aliança entre Israel e Yahweh (Js 24:1, 25, 26). Era costume escolher um rei em algum santuário ou lugar sagrado (ISm 11:15).
Jz.9:7 7. Cimo do monte Gerizim. Possivelmente não o “cimo” da montanha, a 274 m acima da cidade, mas em algum lugar próximo, nas encostas da montanha. Jotão, o único filho de Gideão que escapou de ser morto, soube que os homens de Siquém estavam proclamando rei a Abimeleque. Arriscando a vida, subiu numa rocha acima do povo, que estava reunido junto ao carvalho. Obtendo a atenção da multidão que tornou Abimeleque rei, Jotão gritou-lhes uma mensagem. Seu discurso tinha duas partes: a parábola contrasta a atitude de Gideão e seus filhos com o perigoso Abimeleque e prediz que a conduta dos siquemitas ao eleger rei a Abimeleque terminaria em desastre. O discurso é uma obra literária.
Jz.9:8 8. As árvores. Os povos da Antiguidade amavam esse tipo de alegoria, em que coisas inanimadas falavam e agiam.Ungir para si um rei. Jotão estava bem familiarizado com o desejo do povo de ter um rei, não apenas para ser como as nações vizinhas, mas porque reconheciam que os frequentes reveses nas mãos dos inimigos se deviam a falhas na forma de liderança,enquanto que seus sofrimentos eram consequência de sua apostasia. A necessidade de um rei foi expressa pela primeira vez na proposta do povo em tornar rei a Gideão. Continuou a crescer até que a tentativa fracassou. Nos dias de Saul, a tendência tornou-se tão forte que o profeta Samuel, instruído por Deus, finalmente consentiu e conduziu o povo na escolha do rei.Oliveira. Na Palestina, a oliveira é a árvore mais valiosa. Extensos olivais abundam no fértil vale de Siquém. A oliveira, a figueira e a videira, às quais se propôs o reinado em questão, representam os homens que, como Gideão, estavam mais interessados no bem-estar da comunidade do que em promoção pessoal.
Jz.9:9 9. Deixaria eu o meu óleo [...]? Gideão recusou deixar o legítimo trabalho de juiz para assumir uma posição que, apesar de estar capacitado, não foi chamado por Deus a exercer. Sua resposta foi: “o Senhor vos dominará” (Jz 8:23). A hipótese da realeza teria sido tão incoerente quanto uma árvore deixar sua função útil para se tornar uma “rainha'' das árvores.Que Deus e os homens em mim prezam. O óleo de oliva era utilizado em ligação com os sacrifícios, ofertas e consagrações nos serviços do tabernáculo, bem como era um artigo alimentício. Talvez a palavra elo- him utilizada aqui, possa ser traduzida como “deuses ”, porque Jotão acomodou a parábola à condição idólatra dos siquemitas (ver também o v. 13).
Jz.9:10 10. Figueira. Os outros filhos de Gideão : ou talvez os juizes anteriores. Provavelmente, eles estivessem mais capacitados a governar do que Abimeleque. Pode ser que um ou mais deles tenham sido requisitados para reinar, mas rejeitaram o convite.O. Vinho. Do heb. tirosh, o suco da uva novo ou fermentado.Agracia a Deus. Ou, “alegra aos deuses” (NVI; ver com. do v. 9), como uma adaptaçãoda parábola ao costume familiar cios idólatras siquemitas. Eles deveriam estar bem familiarizados com as frequentes ofertas de vinho a divindades pagas e supostamente participavam delas.Por outro lado, o vinho era também utilizado em libações nos serviços do templo (Êx 29:40; Nm 15:7, 10; etc.).Pairai* sobre as árvores. Literal mente, “ondear”. A ação representa um gesto de autoridade. As três árvores que proporcionavam bênçãos abundantes aos homens — a oliveira, a Figueira e a videira — consecutivamente recusaram a honra de reinar sobre as demais árvores. Apresentaram os mesmos motivos: por que deixariam a função onde prestam serviço valioso para assumir outra que não reconheciam ser necessária1?A expressão "pairar sobre as árvores” é uma imagem adequada da vontade popular, incerta e afetada por todo vento. Uma posição alcançada como resultado do favor popular somente pode ser mantida por dobrar-se a cada brisa ou abrindo mão da verdadeira nobreza a fim cie sustentar a posição pela força das armas. As palavras de Jotão indicam que Gideão também percebia a natureza inconstante dos israelitas. Nenhum homem valoroso deixaria urna posição de utilidade para assumir o reinado sobre um povo cujos desejos e objetivos mudavam tão rápido como o vento.
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Jz.9:14 14. Espinheiro. O espinheiro é um arbusto comum nas montanhas da Palestina. Representa a antítese das valorosas árvores que recusaram o oferecimento do reinado.
Jz.9:15 15. Se, deveras. Ou seja, com um propósito sério, “na verdade” (ACF). O espinheiro, reconhecendo seu valor inferior em comparação às outras árvores, suspeita que a oferta seja feita apenas como brincadeira ou zombaria.Refugiai-vos debaixo de minha sombra. Com seriedade, o tolo espinheiro faz um convite absurdo. Os galhos baixos nãoproporcionam sombra e são cheios de espinhos. E uma ironia mordaz. Representa o absurdo da situação em que se encontravam os siquemitas. Jotão diz ao povo que Abimeleque não pode lhes proporcionar mais proteção que a sombra e proteção que o arbusto de espinheiro pode prover à oliveira e à figueira. Era uma promessa sem possibilidade de cumprimento.Se não. O espinheiro está ansioso para ser rei e profere ameaças rancorosas e perigosas, equivalentes às intimidações que haviam sido usadas por Abimeleque para desencorajar a falta de apoio que o povo de Siquém lhe clera.Saía do espinheiro fogo. Os espinhei- ros se constituíam em causa constante de incêndios porque se inflamavam com facilidade, e o fogo se espalhava rapidamente (Êx 22:6; cf. Sl 58:9; Is 9:18). Apesar de Abimeleque, como o espinheiro, não possuir poder ou habilidade para ajudar, tinha grande poder para ferir. Os que levaram Abimeleque à posição de rei se depararam com um dilema: se permanecessem leais a ele, desfrutariam sua falsa proteção; se desistissem, ele os destruiría.Este é o resumo da moral da parábola: homens fracos, inúteis e perversos serão sempre os primeiros a se lançar ao poder, e, no final, trarão ruína sobre si e sobre as pessoas infelizes sobre as quais presidiram.
Jz.9:16 16. Se, deveras e sinceramente, procedestes. Jotão começou a aplicação da parábola. Os siquemitas teriam que admitir que a ação deles em tornar Abimeleque rei havia sido realizada irrefletidamente e de modo improvisado.Segundo o merecimento, lendo mostrado a perigosa situação em que o povo de Siquém se envolvera, Jotão o repreendeu severamente pela ingratidão demonstrada a Gideão, ao financiar o ataque surpresa à casa dele enquanto Abimeleque massacrava 68 de seus meio-irmãos. Essa foi a recompensaque os habitantes de Siquém deram à família daquele que arriscara a vida para libertar os moradores da Palestina das hordas midianitas. Muitas vezes, os grandes favores recebem más recompensas, especialmente da posteridade.
Jz.9:17 Sem comentário para este versículo
Jz.9:18 18. Matastes seus filhos. Por terem financiado a perversa obra de Abimeleque, os homens de Siquém também foram considerados por Jotão responsáveis pelo assassinato de seus irmãos.Serva. Ou seja, uma escrava concubina. O termo é intencionalmente desdenhoso. O v. 1 indica que a concubina de Gideão possivelmente era uma mulher livre, talvez de uma família influente.
Jz.9:19 19. Se, deveras e sinceramente, procedestes. As palavras são irônicas. Se a conduta de vocês é justa e correta, desejo-lhes muita alegria. Que o seu rei espinheiro lhes traga paz e prosperidade, caso tenham agido de boa fé.
Jz.9:20 20. Mas, se não. Os ouvintes de jotão sabiam que não haviam agido de boa fé e essa imprecação deve ter soado para eles como uma sentença de condenação.Saia fogo. A maldição de Jotão se referia á mútua destruição dos honnens de Siquém e Abimeleque. Com frequência, a união de homens maus rapidamente se transforma em inimizade e extermínio recíproco. Essa maldição foi pontualmente cumprida, como registrado na parte final do capítulo (ver v. 56, 57).
Jz.9:21 21. Beer. Significa "poço”. Há muitos lugares na Palestina com este nome, o que impossibilita sua exata identificação. Jotão estaria a salvo em qualquer lugar dos territórios de judá ou Benjamim e, possivelmente, tenha fugido para um desses.
Jz.9:22 22. Sobre Israel. Ou seja, sobre todos os israelitas que aceitaram sua autoridade, principalmente os da região de Siquém.
Jz.9:23 23. Suscitou Deus. O Senhor não interfere na consequência natural do maucomportamento. Geralmente, o que Deus permite que ocorra é apresentado como se Ele fosse o autor. Aqueles que não escolhem servir a Deus ficam sujeitos ao controle de Satanás.Um espirito de aversão. Pode significar atitude ruim ou temperamento mau. A palavra 'espírito” é usada, geralmente, para descrever atitude ou disposição (ver Nm 14:24).Estes se houveram aleivosamente. Os homens de Siquém passaram a agir com Abimeleque do mesmo modo como foram tratados os filhos de Gideão. Era natural que os infiéis a Gideão também fossem infiéis a Abimeleque. O registro não afirma a causa imediata do rompimento entre Abimeleque e os homens de Siquém. Talvez tenham descoberto logo que ele era um déspota com mãos de ferro e que não hesitava em explorá-los, depois que o elevaram à posição de rei.
Jz.9:24 24. Contribuiram. Literalmente, '‘fortaleceram as mãos dele” (ACh ).
Jz.9:25 25. Puseram [...] de emboscada. Possivelmente Abimeleque residiu em Oira depois de ter eliminado seus irmãos. Os homens de Siquém, insatisfeitos, armaram emboscadas esperando capturar Abimeleque quando estivesse escoltado por poucos homens. Enquanto aguardavam sua vítima, os impiedosos homens que formavam a emboscada assaltavam a todos os viajantes c caravanas que passavam por ali. Na região rural logo se formou uma situação de insegurança que prejudicou o prestígio e a popularidade de Abimeleque.Cimos dos montes. Provavelmente próximos a Siquém. Essa cidade ficava nas duas principais vias de viagem através das montanhas de Eíraim. Todas as estradas podiam facilmente ser comandadas do alto dos montes gêmeos: Ebaf e Gerizim. Essa região da Palestina se tornou o refúgio favorito de assaltantes.
Jz.9:26 26. Gaai. Seu nome significa “escaravelho”.Seus irmãos. Irmãos ou parentes constituíam o grupo mais próximo dos seguidores de Gaal.E se estabeleceram. Isso pode sugerir que Gaal já havia morado do outro lado do Jordão.
Jz.9:27 27. Festas. O heb. hilulim vem da raiz halal, "louvar”. Hilulim é traduzido como "louvores” (Lv 19:24). Na Palestina, o festival do vinho era o mais alegre de todo o ano. Entre os cananeus, a festa geralmente era acompanhada de orgias, bebidas e diversão hilariante. Este é o tipo de encontro descrito aqui. Numa ocasião como essa, a latente insatisfação com Abimeleque certamente viría à tona. Influenciado pelo vinho e a folia, o povo se tornou ousado e precipitado para maltratar a Abimeleque e falar abertamente contra ele. No mesmo templo em que haviam conspirado com Abimeleque e pegaram dos tesouros para financiar sua primeira incursão nefasta, passaram a amaldiçoar e maquinar sua ruína.
Jz.9:28 28. Quem é Abimeleque [...]? Obviamente desdenhoso como: "Quem é Davi, e quem é o filho de Jessér” (lSm 25:10).E quem somos nós de Siquém [...]? Possivelmente uma censura à cidade por permitir que alguém como Abimeleque governasse sobre seus habitantes. Pertencia Siquém, porventura, naturalmente e tradicional mente a AbimelequerZebul o seu oficial. “Não estamos sendo governados por Abimeleque”, ele disse, "mas por Zebul, seu subalterno.” Aparentemente, Abimeleque colocara Zebul como governador ou prefeito da cidade (ver v. 30). Gaal estava preparando o caminho para usurpar a autoridade e posição de Zebul.Homens de Harnor. Gaal sugeriu que muito melhor seria ter como líder um cana- neu de puro sangue, descendente do antigo príncipe Hamor, o proprietário hereditário de Siquém (ver Gn 33:19; js 24:32).
Jz.9:29 29. Quem dera. Do heb. mi, literalmente "quem”, uma exclamação idiomáticaque significa "o que eu poderia ter”. A KJV traduz a oração para o inglês idiomático "Quisera Deus”. Na verdade, a palavra "Deus” não aparece no hebraico. Outro exemplo de tradução idiomática introduzindo o nome de Deus é encontrado na expressão neotesta- mentária “Deus me livre" (Rm 3:31, KJV). O origina] diz simplesmente "de maneira nenhuma” (ARA, ACF, ARC).Os métodos de Gaal, são similares aos de Absalão, quando agiu para enfraquecer a posição de Davi (2Sm 15:4). A afirmação é direcionada contra Zebul. Gaal sugeriu que, se ele fosse o governador da cidade no lugar de Zebul, teria pouco trabalho com Abimeleque.E lhe diria. Embora a ARC traduza "disse”, a LXX e a ARA interpretam como “diria”. De acordo com o contexto, esta é a melhor interpretação. No hebraico as duas formas são muito parecidas, e é possível que um copista as tenha confundido. O v. 31 sugere que Zebul secretamente enviou uma mensagem a Abimeleque, notificando sobre o que estava acontecendo. Se Gaal tivesse desafiado Abimeleque abertamente tace a face, não haveria necessidade de uma missão secreta enviada por Zebul. A tradução "a Abimeleque se disse” (ARC) implica que Gaal falava com Abimeleque num diálogo animado, imaginário e retórico. Se foi assim, o aplauso dos siquemitas deve ter empolgado o orador, que se virou como se estivesse se dirigindo a Abimeleque e dito jactanciosa- mente: "Multiplica teu exército e sai.”
Jz.9:30 30. Ouvindo Zebul, governador da cidade. Ver com. do v. 28. Traidores geralmente são enganados por pessoas de seu próprio grupo. A maldição proferida contra um rei é levada como pelo voo de um pássaro (Ec 10:20). A jactâncía de Gaal, pronunciada sob efeito da bebida, chegou aos ouvidos de Zebul, que se irritou. Ele viu que sua destruição estava ligada à destruição de Abimeleque. Essa narrativa, embora simples, permitetraçar claramente o progresso da conspiração, em que a traição secreta e a aberta dissipa- ção, vangloria, inveja e o ciúme conspiraram juntos para trazer condenação para a cidade.
Jz.9:31 31. Astutamente. Do heb. betor- mah. Pode também ser traduzido como “em secreto”, “secretamente” (ACF, AA, NV1), ou ‘em Torma”. Neste último caso, Abimeleque residiría numa cidade chamada Torma; mas o v. 41 afirma que ele vivia em Arumá. A menos que os dois nomes descrevam a mesma cidade, a primeira tradução, “em secreto”, é a correta. Zebul agiu secretamente. Ele não era forte o suficiente para lidar com Gaal, então, não se opôs abertamente a ele. Se Gaal fosse mais sábio, lidaria com Zebul com sutileza.
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Jz.9:33 Sem comentário para este versículo
Jz.9:34 Sem comentário para este versículo
Jz.9:35 35. Entrada da porta. Durante o período dos juizes, o portão da cidade era o lugar onde os oficiais se encontravam com o povo. Zebul foi ao portão naquela manhã porque pressentia problemas. Gaal também foi, porque observava atentamente os acontecimentos na cidade a fim de promover sua causa.
Jz.9:36 36. Eis que desce gente. Durante a noite, o exército de Abimeleque se aproximou o máximo que pôde da cidade sem causar alarme. De manhã, depois da abertura dos portões, quando muitas pessoas saíram para seus afazeres no campo, os soldados de Abimeleque começaram a avançar em direção à cidade. Gaal, que observava cio portão, detectou-os imecliatamente e gritou a informação a Zebul. Pode-se imaginar Zebul tentando ganhar tempo para Abimeleque, saindo apressadamente para olhar e respondendo com falsidade e zombaria: “Você está agitado sem necessidade. São somente sombras projetadas pelos montes Ebal e Gerizim.” Zebul parecia tratá-lo como se ele estivesse sof rendo de intoxicação da noite anterior.
Jz.9:37 37. Meio da terra (ARC). Literal mente, “o umbigo da terra” (BJ). Possivelmente, o nome de uma montanha, assim chamada por estar a meio caminho entre o Jordão e o mar.Uma tropa vem do caminho. As tropas de Abimeleque avançavam de todos os pontos que conduziam aos caminhos da cidade, para consternação de Gaal e surpresa dos cidadãos.Dos Adivinhadores. É possível que esse carvalho sagrado fosse a sede de uma família ou seita de adivinhadores.
Jz.9:38 38. Onde está, agora, a tua boca [...]?“Boca” é utilizada aqui de modo metafórico para “jactância”. E uma repreensão à ousadia e imprudência reveladas por Gaal. Apesar de Zebul ainda não demonstrar aberta oposição a Gaal, por temer por sua própria segurança, mediante suas provocações diante dos espectadores, ele incitou Gaal a cumprir a promessa feita de sair para lutar com o exército de Abimeleque (v. 29). Homens insolentes e prepotentes muitas vezes mudam sua atitude precipitada e passam a temer aqueles a quem antes insultaram.
Jz.9:39 Sem comentário para este versículo
Jz.9:40 40. Muitos feridos caíram. Melhor tradução, “caíram mortos” (ACF, NVI). Abimeleque venceu o conflito sem problemas. Evidentemente, os seguidores de Gaal sofreram grandes perdas. Não se sabe por que Zebul não fechou os portões da cidade para impedir o recuo de Gaal. Talvez Gaal tenha deixado um forte exército para proteger o portão a fim de que ele e seus homens estivessem seguros dentro dos muros caso fossem derrotados.
Jz.9:41 41. Ficou em Arumá. Em Arumá ficava o lar de Abimeleque, e para ali ele voltou. Não tentou conquistar Siquém. Os muros eram resistentes, e ele decidiu tomá-la por meio de estratégia. Por isso retornou à sua casa em Arumá como se, tendo derrotado Gaal, ele não forçaria a disputa com os sique- mitas. Com a retirada de seus exércitos, ele conseguiu envolver os siquém itas com um falso senso de segurança.Expulsou a Gaal. A incapacidade de Gaal em se opor a Abimeleque lhe custou seus seguidores em Siquém. Ninguém maisconfiava nele e, talvez, esperando que Abimeleque fosse apaziguado caso Gaal fosse embora, os homens de Siquém aderiram a Zebul. Gaal e os poucos homens que estavam com ele foram expulsos da cidade.
Jz.9:42 Sem comentário para este versículo
Jz.9:43 43. E os feriu. Depois que muitas pessoas saíram da cidade para trabalhar no campo, os homens de Abimeleque as atacaram e as mataram impiedosamente. E difícil compreender como os habitantes de Siquém ingenuamente creram que Abimeleque estaria satisfeito com o banimento de Gaal e que a sua vitória inicial não seria seguida por um ataque à cidade.
Jz.9:44 44. Porta da cidade. A estratégia de Abimeleque foi pior desta vez. Tão logo iniciou o ataque, liderou um grupo de homens e assumiu o controle do portão da cidade. Por meio dessa perigosa investida, ele foi capaz de impedir os siquémitas que estavam fora da cidade de voltar e, aos que estavam dentro, de sair e resgatar seus companheiros. E inegável a coragem de Abimeleque.
Jz.9:45 45. Tomou a cidade (ARC). Os habitantes lutaram bravamente. Abimeleque levou o dia todo para avançar desde o portão até finalmente devastar a cidade. Não deixou ninguém escapar. Provavelmente a população inteira morreu pela espada ou pelo fogo.Semeou de sal. A ira de Abimeleque não foi aplacada até que toda a cidade, edifícios e muros, tivessem sido derrubados. Então ele aspergiu sal sobre as ruínas num ato simbólico, para expressar o desejo de que fossem estéreis e desabitados para sempre (ver Dt 29:23; SI 107:34). Deve ter sido difícil colocar sal suficiente para estragar a terra, pelo menos sobre uma área considerável. O texto, no entanto, não quer dizer isso. Ações similares foram praticadas pelos assírios, Atila e Charles IX (da França). Siquém, contudo, foi novamente uma cidade próspera no tempo de Salomão (IRs 12:1). A região era muito fértil, sendo uma localizaçãoprivilegiada demais para permanecer desocupada por muito tempo.
Jz.9:46 46. Torre de Siquém. Pode ser a 'casa de Milo” (ver com. do v. 6).Fortaleza subterrânea. Do heb. tse- riah, indica um porão subterrâneo ou escavação (ver ISm 13:6; "esconderijo”, na AA). A "fortificação” estava ligada a um templo.Templo de El-Berite. Não está claro se este templo do deus (el) Berite era o mesmo de Baal-Berite, mencionado no v. 4; mas supõe-se que sim.Na Antiguidade, os templos eram considerados como lugares de refúgio. Isso ocorria entre judeus (IRs 2:28-34) e pagãos (IMacabeus 5:43). A literatura grega clássica é rica em ilustrações de pessoas fugindo para os templos para asilo político. Os moradores da região poderíam ter lutado na torre fortificada, mas escolheram ir ao templo pleitear por misericórdia. Se Abimeleque não fosse implacável, respeitaria esse antigo couunu e pouparia o povo. No entanto, a miscuc > dia era totalmente estranha à sua naiu c/ •
Jz.9:47 Sem comentário para este versículo
Jz.9:48 48. Monte Salmom. Uma colma p.o- x i m a d e s c o n h e c i d a.
Jz.9:49 49. E queimaram. E e\ ident ' que a fortaleza não se destinava à d< k - j. ura um porão murado do templo, para ondr os refugiados fugiram esperando que Abimeleque honrasse o direito ao asilo. O intenso calor das chamas logo incendiou a madeira, e todos que estavam na caverna pereceram, cerca de mil homens e mulheres.A profecia de jotão foi cumprida literalmente. Saiu fogo do espinheiro-rei e destruiu o povo de Siquém (v. 20). Muitas pessoas não estavam preocupadas com a disputa nem empenhadas em fazer de Abimeleque o rei. Talvez não estivessem envolvidas em nenhum dos dois lados. Ao longo dos séculos, pessoas de espírito turbulento levam outros a morrer com elas. Milhões de inocentes ainda morrem em guerras cruéis, causadas por poucos homens perversos.
Jz.9:50 50. Tebes. Existe hoje uma cidade chamada Túbâts, aproximadamente 15 km a nordeste de Siquém. Muitos creem ser esse o local mencionado neste verso, mas a identidade é questionável. Aparentemente, Tebes se uniu a Siquém na rebelião contra o governo de Abimeleque.
Jz.9:51 51. Telhado da torre (ARC). Torres como esta (oram encontradas na Palestina com muros de pedra com 4,3 m de espessura. Havia pavimentos ou andares dentro da torre com uma plataforma no topo para defendê-la. Os cidadãos de Tebes fugiram para essa formidável cidadela depois que Abimeleque quebrou os muros de sua cidade, A frequente menção a torres reflete o perturbado estado da nação.
Jz.9:52 52. E se chegou até à sua porta. Abimeleque atacou a torre com sua fúria e ousadia características. Quando os defensores resistiram aos furiosos ataques, o rei procurou incendiar a porta de madeira. Se tivesse conseguido isso, seus homens teriam invadido a torre.
Jz.9:53 53. Certa mulher. Até as mulheres estavam ajudando na defesa. Os homens utilizavam arcos e lanças e as mulheres rolavam pesadas pedras sobre aqueles que se aventuravam a se aproximar da base da torre.Pedra superior de moinho. Literal- mente, "mó de montar”; isto é, a parte superior da pedra de moinho que era girada durante a moagem em contraste com a pedra menor que permanecia fixa. O fato de essa mulher mover uma pedra de moinho sugere que a torre podería estar abastecida com grãos e instrumentos para moer a farinha, em antecipação a um cerco.Quebrou o crânio. (9 original diz, literalmente, “esmagou seu crânio”. A palavra para “crânio" aqui é gulgoleth, de onde vem Gólgota, local onde Jesus foi crucificado. Mesmo que Abimeleque usasse um forte capacete, a queda de um objeto de altura entre nove e 12 m quebraria sua cabeça.
Jz.9:54 54. Seu escudeiro. Era costume líderes militares terem um ajudante-de-campo ou escudeiro como símbolo de importância, bem como para transportar o pesado escudo e a lança de seu capitão quando nenhuma batalha estivesse em andamento (ver Jz 7:10; lSm 14:6; 31:4).Para que não se diga de mim. O horror de ser morto por uma mulher não estava restrito somente aos hebreus (ver Jz 4:9; 5:24- 27). O mesmo sentimento é expresso na literatura grega e romana. Abimeleque também temia que, mortalmente ferido como estava, caísse nas mãos dos inimigos que o tratariam com insulto e tortura. A despeito de todos os temores de terminar sua vida por outros meios, Abimeleque ainda não escapou da repulsa de ter sido morto por uma mulher (ver 2Sm 11:21).Abimeleque, momentos antes da morte, considerou o que as pessoas pensariam de sua vida, porque essa é a base na qual a posteridade julga uma pessoa. Os assuntos a que as pessoas são mais sensíveis muitas vezes não são os que realmente importam. Aqueles que cultivam apenas o orgulho e a ambição normalmente morrem como \i\em: mais preocupados com que a reputação seja preservada do que em salvar sua alma da destruição.O moço o atravessou. O primeiro homem que procurou reinar sobre Israel e o primeiro rei, Saul, quiseram morrer do mesmo modo (ver lSm 31:3, 4).
Jz.9:55 55. Cada um para sua casa. A morte do líder era suficiente para dispersar um exército (ver ISm 17:51).
Jz.9:56 56. Assim, Deus fez tornar. Estas palavras apresentam a moral de todo o registro. O autor cria prof unda mente que Deus controla os eventos históricos, punindo tanto os crimes nacionais quanto os individuais. O assassino dos filhos de Gideão “sobre a rocha” é morto por uma pedra que atingiu sua cabeça, e os ímpios siquemitas, que, com a ajuda de Abimeleque, haviam utilizado odinheiro do templo para contratar assassi- mesmo templo. A maldição de jotão foi com- nos de homens bons, foram queimados no pletamente cumprida.Capítulo 10I Tola julga Israel em Samir. 3 Jair, cujos trinta filhos possuíam trinta cidades, também é juiz. 6 Os filisteus e os amonitas oprimem os israelitas. 10 Na angústia deles, Deus os manda a seus falsos deuses. 15 Deus Se compadece diante do arrependimento deles.e contra a casa de Efraim, de maneira que Israel se viu muito angustiado.em Mispa.dc Amom? Será esse o cabeça de todos os mo radores de Gileade,
Jz.9:57 Sem comentário para este versículo
Jz.10:1 1. Depois de Abimeleque. O verso não fornece pista quanto a haver um intervalo entre a morte de Abimeleque e o juizado de Tola.Para livrar. Estas palavras sugerem que, apesar da maldade do reinado de Abimeleque, ele fez alguma coisa para livrar Israel dos inimigos estrangeiros ou pelo menos reprimi-los,Tola. Filho de Puá, Tola era da tribo de Issacar, e assim como o pai recebeu nome de um filho de Issacar (Gn 46:13; Nm 26:23). Nos dias de Davi, o clã de Tola era conhecido por formar homens de valor (lCr 7:1, 2). Ele parece ter sido o único juiz oriundo dessa tribo.Na região montanhosa de Efraim. Habitualmente, a tribo de Issacar habitava ao norte do monte de Efraim, depois da planície de Esdraelom. Evidentemente, parte da tribo se estabeleceu no território considerado como pertencente a Manassés e Efraim.
Jz.10:2 2. Julgou a Israel. Além do fato de ele ter julgado a Israel por 23 anos, nada mais é relatado sobre o governo de Tola. Evidentemente não houve grandes batalhas com invasões inimigas durante o período de seu governo. Administrar bem uma nação em tempos de paz não é menos louvável que acompanhar em guerras e vencer inimigos. Apesar do bom trabalho realizado enquanto julgou a Israel, nenhuma menção escrita como reconhecimento a Tola ficou registrada. A afirmação: ‘'Depois da morte de Abimeleque, o governo cios juizes que temiam ao Senhor serviu durante algum tempo para impedir a idolatria” (PP, 557) indica que ele temia ao Senhor.
Jz.10:3 3. Jair. Em Números 32:41, menciona- se um contemporâneo de Moisés chamadoJair, da tribo de Manassés, que tomou algumas cidades em Gileade e se estabeleceu ali. Pode-se conjecturar que o Jair mencionado em Juizes era da mesma tribo.Gileadita. Gileade foi o nome dado ao território a leste do Jordão que se situava entre o extremo sul do mar de Quinerete (mar da Galileia) e o extremo norte do Mar Morto.Julgou a Israel. Estas palavras nunca foram aplicadas ao cruel Abimeleque. A respeito dele somente se afirmou que ele ''reinou” sobre Israel. O governo de Jair deve ter sido equilibrado e benéfico como o de outros juizes.
Jz.10:4 4. Trinta filhos. Provavelmente ele era polígamo como Gicleão.Trinta jumentos. Antes da época de Salomão, quando os israelitas ainda não possuíam cavalos, ter um jumento era sinal de riqueza e, assim, de honra e dignidade. Este fato está registrado, possivelmente, para mostrar as ricas bênçãos de um homem que tinha 30 filhos e todos eles alcançaram a honra e a distinção de ser chefes ou governantes.Havote-Jair. Literalmente, “acampamentos de jair”. Este nome foi dado à região no tempo de Moisés quando o primeiro jair tomou várias vilas de Ogue, rei de Basã (Nm 32:41; Dt 3:14). Ao mesmo tempo, mais cidades surgiram ou foram tomadas. Quando jair julgou a Israel, foi capaz de dar uma cidade a cada um de seus 30 filhos, que serviam como seus prefeitos.Gileade. Literalmente, “rochoso” ou “áspero”. Recebeu o nome da pedregosa serra característica do local. Gileade é dividida ao meio pelo rio Jaboque (Dt 3:12: Js 12:2, 5). Israel conquistou a metade sul do rei amorreu Seom (Js 12:2). A tribo deGade se estabeleceu na metade sul, e a metade norte caiu para Manassés. As vezes, o termo Cileade é utilizado na Bíblia com grande flexibilidade, designando toda a terra a leste do Jordão ao extremo norte de Dã (Dt 34:1).
Jz.10:5 Sem comentário para este versículo
Jz.10:6 6. Tornaram [...] a fazer o que era mau. Muitos anos se passaram desde o tempo em que Gideão estancara a apostasia generalizada e rompera com a opressão midianita, Depois disso uma grande parte da população se voltou novamente para a idolatria. São listadas sete divindades pagãs como novos objetos de adoração. Eram as divindades dos povos vizinhos a Israel. Os números e a distribuição revelam que uma multidão retornou à idolatria.Aos baalins, e a Astarote. Ver com. de Jz 2:11, 13.Aos deuses da Síria. Síria (ou Arã) era um país que se estendia da Eenícia ao Euírates. Damasco era a cidade mais conhecida da região. Os principais deuses dali eram Hadacie, Baal, Mot e Anate. Também se menciona um deus chamado Rimom (2Rs 5:18).Aos de Sidom. Ou seja, da Fenícia. Somente a principal cidade é mencionada. Os deuses dos fenícios eram também os de Canaã e da Síria.De Moabe. A Pedra Moabita e o livro dos Reis (lRs 11:33; etc.) mostram que essa divindade era o deus Quernos.Dos filhos de Amom. Um dos deuses amonitas era Moloque (1Hs 11:7, 33; ver com. de Lv 18:21).Deuses [...] dos filísteus. Eram as divindades cananitas aceitas pelos íilisteus. Os mais proeminentes eram Dagom e Baal-Zebube.
Jz.10:7 7. Amom. Durante esse período, a pior ameaça para Israel talvez procedesse do leste, onde os amonitas subjugavam as tribos do outro lado do Jordão. Os amonitas eram um povo pastoril, do deserto oriental. Os filísteus também estavam se tornandoíortes e oprimiam os israelitas em Judá e Dã. Ali Sansão se tornou o aglutinador da oposição à dominação filisteia (Jz 13:1-5).
Jz.10:8 Sem comentário para este versículo
Jz.10:9 9. Passaram o Jordão. Encorajados pelas vitórias sobre as tribos em Cileade, os amonitas atravessaram o rio Jordão e começaram a invadir todo o centro da Palestina, onde habitavam as tribos de Judá, Benjamim e Elraim.
Jz.10:10 10. Clamaram ao Senhor. Foi uma atitude louvável; no entanto, a confissão de pecado que fizeram e o clamor por auxílio ainda não eram aceitáveis, porque não estavam acompanhados de arrependimento verdadeiro. Contudo, o Senhor reconhece a mais débil inclinação do pecador a Ele e procura conduzi-lo à verdadeira reforma.
Jz.10:11 11. O Senhor disse. Não é indicado, neste texto, o modo como o Senhor falou com os israelitas, mas foi por meio de um profeta (PP, 557). A responsabilidade do profeta em sua mensagem era lembrar ao povo rebelde de sua ingratidão. Apesar dos muitos livramentos que Deus realizara, eles não aprenderam que a idolatria é insensatez.Os amorreus. Ver Js 10:5-27.Os filhos de Amom. Ver com. de Gn 19:38.Os filísteus. Ver com. de Jz 3:31.
Jz.10:12 12. Sidônios. Ver p. 52-56.Amalequitas. Eram aliados de Moabe(Jz 3:12, 13) e de Midiã (Jz 6:3).Maonitas. Não há registro de uma libertação deste povo, e o relato é breve com relação a uma libertação anterior dos amonitas, filisteus e sidônios. Eles poderíam ser o mesmo povo que os meunitas (ICr 4:41; 2Cr 20:1; 26:7). Em caso afirmativo, leríam vivido numa área ao sul do Mar Morto. A brevidade da informação a respeito desses incidentes mostra que o livro dos Juizes não apresenta uma história exaustiva daquele período, mas relata episódios para ilustrar o comportamento dos israelitas e os esforços de Deus para auxiliá-los.
Jz.10:13 13. Não vos livrarei mais. Esta ameaça deve ser entendida de modo condicional (Jr 18:7, 8), como demonstram os eventos seguintes.
Jz.10:14 14. Eles que vos livrem. Esta ironia deve ter ferido profu nda mente porque os ídolos aos quais Israel se voltou eram divindades das nações que os oprimiam. Deus fala aqui como um pai que arrazoa com a criança imprudente a quem somente uma firme repreensão conduzirá a reflexão séria. Apesar de Deus renegar a Israel no momento, Ele não abandonou a nação permanente- inente () cnhor enviou juízos que cresciam cm scuTidedv e extensão. Deve-se relembrar que a ameaça de rejeição nesse contexto é someme da nação de Israel, à medida que lalhoe - m uimprir seu compromisso divino. A porta para a salvação pessoal de indivíduos ¦ >ra< 1 ii<ís coiruniiaxa aberta Durante os anos • )tnbi.'i\ • e ipo-easM. houve um remanescente que permaneceu fiel e não reverenciou a baal.
Jz.10:15 Sem comentário para este versículo
Jz.10:16 16. Tiraram os deuses alheios. A repreensão solene, pontual e amável feita pelo profeta surtiu o efeito desejado. As pessoas se arrependeram dos maus caminhos e produziram frutos indicativos de arrependimento genuíno.Então, Se angustiou (ARC). Literalmente, “foi reduzido.’5 Hoje se diria: “Ficou impaciente”. Isto é, Deus não podia mais suportar a aflição de Seu povo. Sua compaixão por Israel e a indignação contra os opressores se misturavam, levando-O a agir. Ele não podia mais ficar distante.Sempre que, pela oração e arrependimento sincero, as pessoas clamam ao Deus misericordioso, Ele ouve sua súplica como um terno pai.As pessoas nem sempre revelam esse atributo de Deus em suas relações mútuas. Embora professem caminhar nos passos de Cristo, elas continuam a nutrir ressentimento quando os outros estão buscando reconciliação. Se Deus Se moveu em compaixão para com os israelitas rebeldes, por que eles permaneceríam insensíveis às súplicas daqueles que possuem natureza semelhante à deles? O comportamento rancoroso é uma característica comum a pessoas aparentemente piedosas e cristãs. O Deus puro e santo, que tem sido infinitamente mais insultado, perdoa e continua a perdoar, enquanto professos filhos de Deus alimentam má vontade e ódio no coração durante anos. Homens e mulheres devem ponderar seriamente a oração do Senhor: “E perdoa- nos as nossas dívidas, assim como nós ternos perdoado aos nossos devedores" (Ml. 6:12).
Jz.10:17 17. Convocados. Literal mente, “foram reunidosAcamparam-se em Gíleade. Por 18 anos os amonitas foram ao território israelita a fim de levar o que fora cultivado e exigir tributo. Sem dúvida, eles esperavam do povo a mesma submissão servil dos anos anteriores.Congregaram. Pelo mesmo meio com que a reprovação divina foi levada a Israel (Jz 10:11-14), eles, provavelmente, receberam a mensagem de que Deus aceitara seu arrependimento. De qualquer modo, reuniram coragem para planejar a resistência ao inimigo.Mispa. Literalmente, “mirante”. Geralmente a palavra indica uma torre de vigia ou um ponto de observação em muros altos. O local é provavelmente idêntico à “Mispa de Gileade’’ (Jz 11:29). Pode ter sido a mesma Mispa onde Jacó e Labão se despediram (Gn 31:25, 49). Alguns identificam Mispade Gileade e Ramate-Mispa (Js 13:26) com Ramote-GiJeade (Js 20:8; lRs 4:13; 22:3, 6). Estava situada no território de Gade e era um local muito importante.escolha deveria ser cuidadosa. Em outras crises, Deus havia escolhido o líder, mas, desta vez, possivelmente Ele não indicou ninguém. As pessoas foram forçadas a utilizar seu julgamento santificado e a selecionar alguém. Deus honrou a escolha feita, colocando Seu Espírito sobre ele (Jz 11:29). Seu caráter podia não ser o melhor; mas, visto que Deus decide trabalhar por meio de agentes humanos, Ele escolhe dentre as pessoas que estão disponíveis. Ainda hoje Deus dirige Sua obra por meio de canais humanos imperfeitos. Se esse fato fosse melhor compreendido, haveria menos crítica aos que foram chamados por Deus para servir.Capítulo 11I A aliança entre jefté e os gileaâítas, para que ele os lidere. 12 O acordo de paz entre ele e os amonitas é inútil. 29 O voto de jefté. 32 A conquista dos amonitas.nos castigará se não fizermos segundo a tua palavra.pelos montes, e chore a minha virgindade, eu e as minhas companheiras.L Jefté. Literal mente, “ele abrirá”. Alguns creem que o nome pode ter sido uma forma abreviada de Jipthah-el (js 19:14, 27), que significa “o Senhor abrirá”.Prostituta. Sua mãe sequer possuía o status de uma esposa inferior ou concubina. Ela era apenas uma prostituta e, por causa disso, aparentemente o pai levou a criança para casa e a criou, o que denota o desejo de tratá-lo como filho legítimo.Giieade gerara a Jefté. Aqui Gileade aparece como uma pessoa. Em todos os outros lugares onde o nome ocorre nesta narrativa, com exceção de juizes 11:2, refere- se à região de Gileade. Manassés teve um neto chamado Gileade, que deu seu nome a essa região (Nm 26:29, 30; Js 17:1; ICr 7:14-17). No entanto, é improvável que ele fosse o pai de jefté. Se fosse assim, os eventos registrados aqui acerca de jefté deveríam estar entre os primeiros registros do livro dos Juizes. E difícil estender quatro gerações desde a descida cio Egito até esse ponto no período dos juizes. O pai de Jefté provavelmente foi outro homem da tribo de Manassés que tinha o famoso nome tribal. Deveria ser notado, também, que a narrativa remonta ao passado para explicar o contexto familiar de Jefté.
Jz.10:18 "18. Quem será [...]? Os príncipes das tribos a leste do Jordão agiram em comum acordo para unir os israelitas armados a fim de se opor aos amonitas Porém, depois de se reunir, sentiram que precisavam de um líder que fosse sábio em guerra, corajoso em batalha e diplomático para consolidar os vários contingentes numa vigorosa força de combate. Naqueles dias, o resultado das guerras geral mente dependia de u rna batalha em campo, e os príncipes reconheceram que a escolha deveria ser cuidadosa. Em outras crises, Deus havia escolhido o líder, mas, desta vez, possivelmente Ele não indicou ninguém. As pessoas foram forçadas a utilizar seu julgamento santificado e a selecionar alguém. Deus honrou a escolha feita, colocando Seu Espírito sobre ele (Jz 11:29). Seu caráter podia não ser o melhor; mas, visto que Deus decide trabalhar por meio de agentes humanos, Ele escolhe dentre as pessoas que estão disponíveis. Ainda hoje Deus dirige Sua obra por meio de canais humanos imperfeitos. Se esse fato fosse melhor compreendido, haveria menos crítica aos que foram chamados por Deus para servir."
Jz.11:1 "1. Jefté. Literal mente, “ele abrirá”. Alguns creem que o nome pode ter sido uma forma abreviada de Jipthah-el (js 19:14, 27), que significa “o Senhor abrirá”. Prostituta. Sua mãe sequer possuía o status de uma esposa inferior ou concubina. Ela era apenas uma prostituta e, por causa disso, aparentemente o pai levou a criança para casa e a criou, o que denota o desejo de tratá-lo como filho legítimo. Giieade gerara a Jefté. Aqui Gileade aparece como uma pessoa. Em todos os outros lugares onde o nome ocorre nesta narrativa, com exceção de juizes 11:2, refere- se à região de Gileade. Manassés teve um neto chamado Gileade, que deu seu nome a essa região (Nm 26:29, 30; Js 17:1; ICr 7:14-17). No entanto, é improvável que ele fosse o pai de jefté. Se fosse assim, os eventos registrados aqui acerca de jefté deveríam estar entre os primeiros registros do livro dos Juizes. E difícil estender quatro gerações desde a descida cio Egito até esse ponto no período dos juizes. O pai de Jefté provavelmente foi outro homem da tribo de Manassés que tinha o famoso nome tribal. Deveria ser notado, também, que a narrativa remonta ao passado para explicar o contexto familiar de Jefté."
Jz.11:2 2. A mulher de Gileade, Esta era sua esposa legítima, com quem teve vários filhos.Expulsaram Jefté. Depois que os filhos legítimos cresceram e talvez depois da morte do pai, eles expulsaram Jefté de casa, recusando permitir que ele tomasse parte na herança, apesar de o pai ler mostrado sua intenção em relação à criança quando a levara para casa. A atitude desses irmãos possivelmente estava em harmonia com leis familiares e tradições da época, que podem ter encontrado apoio em rigorosa interpretação da lei de Moisés (Dt 23:2, 3).Es filho doutra mulher. “Uma mulher estrangeira” (KjV). Pode significar outra mulher que não era a esposa legal ou pode dar a conotação adicional de que ela era de um povo estrangeiro.
Jz.11:3 3. Tobe. Um local chamado de Ish-iob foi incluído na lista dos pequenos estados arameus a leste do Jordão de quem os amo- nitas contrataram tropas mercenárias nas guerras contra Davi (2Sm 10:6-8).Homens levianos. Literalmente, “homens desocupados”, ou seja, pessoas sem bens, trabalho ou formação para ganhar a vida, com exceção da habilidade para lutar. Não quer dizer sem qualidades morais, masque não obtiveram sucesso. Estavam insatisfeitos e carentes.E com ele saíam, Eles saíam juntos nas expedições. Eram homens em busca de fortuna, ganhando a vida como mercenários, vigias ou guardas. Como ocorreu mais tarde com Davi (ISm 22:1, 2; 25:J-35), eles recebiam presentes por proteger pessoas ricas dos assaltantes ou por repelir pequenas incursões de invasores do deserto. Jefté ganhou grande reputação nesse tipo de atividade pela bravura, sagacidade e iniciativa. A epístola aos Hebreus (11:32) o menciona como um homem de fé.
Jz.11:4 Sem comentário para este versículo
Jz.11:5 5. Foram os anciãos de Gileade buscar. Os anciãos, que eram chefes das famílias e clãs, buscavam alguém para liderá-los contra os amonitas, mas nenhum dos habitantes de Gileade tinha a habilidade ou a reputação para ganhar a confiança dos anciãos das tribos nesse grande desafio que enfrentavam. Todos eles ouviram das proezas de Jefté e seu grupo de guerreiros, então sua escolha para um líder recaiu sobre ele.
Jz.11:6 6. Chefe, No heb., qatsin, da raiz qatsah, “decidir”, “julgar”. Possivelmente ele foi chamado primeiramente para liderar a guerra. Eles estavam dispostos a conceder-lhe poderes ditatoriais enquanto durasse a guerra. Nesse sentido, apelavam a ele como a um mercenário.Aparentemente, os anciãos de Israel apoiaram os irmãos de Jefté quando oexpulsaram de casa, porque ele os acusa de terem se envolvido no ódio contra ele e participado de sua expulsão. Ele também reconhecia que eles o trataram injustamente, não tanto por terem violado a letra da lei, mas por descumprir a vontade de seu pai. A pretensão de direito legal cra geral mente uma capa para injustiças e os mais profundos insultos.
Jz.11:7 Sem comentário para este versículo
Jz.11:8 8. Por isso mesmo, tornamos a ti. Não se sabe se a resposta dos anciãos se refere à primeira ou à última parte da afirmação de Jefté. As duas fazem sentido. No primeiro caso, eles diríam: “Nós sabemos que não tratamos você do modo devido e, por isso, queremos acertar as coisas e reparar o erro.” No segundo: “Exatamente, mas por estarmos em extrema angústia apelamos a você para ajudar a proteger sua terra natal.”Sê o nosso chefe. Em acréscimo à oferta anterior de liderança militar (Jz 11:6), eles propuseram a Jefté o comando de todos os clãs em Gileade, tanto em tempos de paz quanto de guerra.
Jz.11:9 9. Eu vos serei por cabeça? O patriotismo de Jefté não era totalmente desinteressado. Porém, tendo em conta a experiência anterior de expulsão de sua tribo e a privação de sua parte nos bens de seu pai, ele buscou garantias de que as promessas seriam cumpridas. Desejava se assegurar de que não ocorreríam mal-entendidos. Era prudente que ele negociasse para o futuro, uma vez que estava lidando com homens que lhe deram motivos para desconfiar.Embora possa ter havido um elemento de interesse pessoal nas exigências de jefté, sua prudência em tornar clara a negociação antes de prosseguir com a proposta foi uma atitude digna de imitação. Os cristãos demonstram sabedoria quando deixam os acordos claros e explícitos, para não dar margem a questionamentos ou recriminação mais tarde. O Senhor é um. Deus de ordem e clareza, não de ambiguidade.
Jz.11:10 10. O Senhor será testemunha.Literal mente, “O Senhor seja o ouvinte entre nós", em outras palavras, "registrando nosso acordo e vigiando entre nós quando estivermos fora das vistas um do outro, a fim de que procedamos de acordo com nossas palavras" (ver Gn 31:49). Os anciãos recorreram ao Senhor, com quem havia pouco renovaram sua aliança, para testemunhar Seu consentimento aos termos de J efté.
Jz.11:11 11.0 povo o pôs por cabeça. A promessa dos anciãos foi confirmada pelo povo, que consagrou a Jefté como líder civil e militar das tribos a leste do Jordão.Proferiu todas as suas palavras. Este texto não é claro. As palavras de jefté podem significar que: ele tenha feito um juramento em que especificou os termos de seu governo; ou que tenha dito ao povo, numa assembléia religiosa, o rumo que deve- riam seguir para derrotar os inimigos; ou que ele não desejava se lançar em campanha contra os amonitas sem pedir o conselho do Senhor.Em Mispa. O local onde as tribos se reuniram preparando-se para resistir ao avanço dos amonitas (Jz 10:17).
Jz.11:12 12. Enviou Jefté mensageiros. Antes de entrar em batalha contra os amonitas, Jefté se colocou como o novo líder dos gilea- ditas, trocando mensagens com o rei dos inimigos invasores. Ele falou em nome de Israel, como um príncipe reconhecido. Na mensagem ele lançou um protesto formal contra a invasão amonita.Que há entre mim e ti [...]? Ou seja, "One questão temos um com o outro?” Que razões você têm para invadir nosso país? Embora Jefté fosse um homem valente, não se agradava com a guerra e preferia evitá-la por meio de negociação pacífica. Ele queria resolver a questão com justiça. Se os amonitas o convencessem de que Israel agira mal com eles, ele estava pronto a restaurar os direitos deles. Caso contrário, estavadisposto a manter os interesses de Israel, mesmo que isso significasse guerra.
Jz.11:13 13. É porque, subindo Israel. O rei de Amom se referiu claramente ao motivo de sua desavença. Ele reivindicava que toda a terra de Gileade, entre o Arnom e o Jaboque, pertencia aos amonitas e exigia a entrega dela como única condição de paz. Isso não estava em harmonia com a realidade dos fatos. Os israelitas foram proibidos de guerrear contra os moabitas e amonitas (Dt 2:9, 19), então passaram ao redor de iVloabe; e também evitaram o território de Amom, que se estendia pelo deserto. Eles atravessaram o Arnom no território de Seom, rei dos amor- reus. Seom, é verdade, já havia tomado esse território de Moabe e Amom (Nm 21:21-30; Js 13:25), mas essa era uma questão com a qual os israelitas não tinham relação, pois, ao se apoderarem da terra, ela pertencia a outro povo e não mais aos amonitas.Desde Amom até ao Jaboque. O desfiladeiro rochoso e profundo do Arnom estabelecia a fronteira sul de Israel e separava a tribo de Rúben e Moabe. A extensão era em torno de 80 km desde o norte do Arnom até o rio Jaboque. As montanhas e as charnecas (vegetação de regiões áridas) dessa região foram dadas às tribos de Rúben e Gade por serem adequadas à pastagem. Essa faixa de território entre o Jordão e o deserto tinha 32 km de extensão.
Jz.11:14 14. Tomou a enviar mensageiros. A atitude de jefté foi louvável, pois testificou de sua disposição pacífica na tentativa de finalizar a controvérsia por meio de negociação, evitando inútil derramamento de sangue.
Jz.11:15 15. Israel não tomou, jefté refutou as afirmações do rei de Amom. Ele mostrou que os amonitas e os moabitas, que pareciam estar unidos na reivindicação contra Israel, não possuíam direito legal ao território entre o Arnom e o Jaboque. Como prova, descreveu detalhadamente o que ocorreu quando os israelitas assumiram aquele lugar.Eles tomaram a terra das mãos de Seom, rei dos amorreus, e não estavam dispostos a cliscutir quem tinha sido os proprietários anteriores.Terra dos moabitas. Ao longo de sua argumentação, Jefté agrupou moabitas e amonitas, como se fossem um só povo. Em Juizes 11:24, Quemos, o deus dos moabitas, é chamado de deus do rei de Amom. Por causa disso, acredita-se que nesse tempo o rei de Amom possa ter controlado Moabe, tanto pela força das armas como por casamentos mistos, de modo que somente um rei governava sobre os dois povos. A divindade nacional de Amom era íVlilcom ou Moloque (ver com. de Lv 18:21).
Jz.11:16 16. Chegou a Cades. Os israelitas se estabeleceram nessa área durante os 40 anos de peregrinação no deserto (ver Nm 20:1; cf. Nm 33:37, 38; Dt 1:46; 2:14). Esse local, algumas vezes chamado de Cades-Barneia, ainda não foi definitivamente identificado, mas deve ter sido próximo a Ain Qedeis, no Neguebe, aproximadamente 80 km ao sul de Berseba.
Jz.11:17 17. Rei dos edomítas. Ver Nm 20:14- 22; PP, 422-432.Rei dos moabitas. Moisés não registra este incidente, mas afirma que os israelitas não entraram no território de Moabe (Dt 2:9). 1lá a sugestão de que Moabe recusou dar passagem do mesmo modo como agiu Edom (Dt 2:29).
Jz.11:18 Sem comentário para este versículo
Jz.11:19 19. Rei dos amorreus. Ver Nm 21:21- 24; Dt 2:24-36. O território de Seom era desde o norte de Arnom até o J abo que e desde o leste do Jordão até o território amo- nita (ver Jz 11:22). Hesbom, a capital, e o território ao redor pertenceram antes aos moabitas (Nm 21:26). Mais tarde os escritores bíblicos referiram-se a ele em conexão com Moabe e Amom (Is 15:4; 16:8, 9; Jr 48:2, 34, 45; 49:3).Até ao meu lugar. O plano original era que Israel se estabelecesse a oeste do Jordão (ver Dt 2:29), mas a hostilidade deSeom forçou os israelitas a derrotá-lo a fim de ter acesso ao Jordão e o atravessar rumo a Canaã. Depois que o exército de Seom loi derrotado e seu território estava nas mãos israelitas, as tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés pediram permissão a Moisés para se estabelecer ali (Nm 32:1-33).
Jz.11:20 20. jaza. Esta cidade, possivelmente, situava-se ao norte do rio Arnom, onde os israelitas se preparavam para atravessar e invadir a terra de Seom. Inscrita séculos mais tarde, a Pedra Moabita menciona Jaza como uma cidade israelita.
Jz.11:21 Sem comentário para este versículo
Jz.11:22 22. Todo o território. Ou seja, todas as fronteiras, "todos os limites’’ (ARC). Era este território que Amom estava reivindicando.
Jz.11:23 23. Desapossou os amorreus. A terra que os israelitas tomaram dos amorreus pertencia então a eles, independentemente de quem tenha sido o proprietário anterior. Eles não haviam lutado contra os amonitas nem tomado a terra deles (Nm 21:24; Dt 2:37).E pretendes tu ser dono desta terra? Pela primitiva lei das nações esse território era, sem dúvida, israelita. Por que os amonitas achavam que tinham direito a ele? A pergunta de jefté revela indignação e surpresa.
Jz.11:24 24. Quemos, teu deus. Milcom era o deus nacional dos amonitas (IRs 11:5, 33), não Quemos, que era o deus dos moabitas. O uso cie "Quemos” aqui se explica pelo fato de que, naquele tempo o rei de Amom pode ter governado Moabe e Amom. As duas nações estavam aparentadas por sangue e instituições (ver Gn 19:37, 38; jz 3:12, 13). A menção de Quemos era apropriada no território em questão, pois pertencera aos moabitas, mas Quemos foi incapaz de livrá-los da invasão dos amorreus. Na inscrição da Pedra Moabita, Mesha (ou Mesa), rei de Moabe (2Rs 3:4, 5), atribui todas as vitórias moabitas à boa vontade de Quemos e todas as derrotas à sua ira.Jefté salientou que Amom comprometia o direito dele próprio à região em que habitavaao recusar reconhecer os direitos de Israel a seu território.jefté tentou arranjar a paz usando de diplomacia. Ele não pretendia reivindicar domínio universal para o Deus de Israel. Talvez, por ter crescido no exílio em meio a um povo pagão, jeíté não compreendesse completamente que Yahweh era o Deus de toda a terra.
Jz.11:25 25. Balaque. Ver Nm 22:1-24:25. Embora Israel tenha assumido o território de Seom, que oficialmente pertencera a Moabe, o então rei de Moabe aparentemente não reivindicou a terra recém-conquistada por Israel. Ele lutou contra Israel por ódio e não por reivindicar que a terra fosse dos amorreus (Js 24:9). Como poderia uma reivindicação válida ocorrer vários séculos mais tarde? E muito provável que o rei moabita reconhecesse o direito de conquista. Se a terra fosse legitima mente dele, por que não a reivindicara muito tempo antes? Esse era um forte argumento para apoiar a justiça da causa de Israel.
Jz.11:26 26. Trezentos anos. Para a cronologia desse período dos juizes, ver p. 112.
Jz.11:27 27. Julgue hoje. Jeíté encerra seu argumento com um apelo a Deus para confirmar a justiça de sua causa. Havia uma diferença entre o conceito dos hebreus sobre seu Deus e o dos pagãos sobre os deuses deles. Os hebreus criam que seu Deus é justo e moral. O reconhecimento do caráter moral que eles identificavam em Deus implicava a superioridade da crença deles sobre a dos vizinhos pagãos. Jefté afirmou que se os amo- nitas quisessem decidir a questão pela força das armas, ele estava disposto a confiar em Deus para decidir com justiça e lhe conceder a vitória.Os versos evidenciam a diplomacia simples, direta, honesta, firme e conciliatória de Jefté. Ele manteve os direitos de Israel em três áreas: (1) o direito de conquista direta, não de Amom, mas dosamorreus (Jz 11:15-20); (2) a decisão de Deus (Jz 11:21-24), que ele apoiou ao sugerir diplomaticamente que mesmo a divindade deles não contestou a conquista de Seom; e (3) a possessão da terra não disputada por longo período de tempo (Jz 11:25, 26). Então ele termina apelando a Deus para confirmar a justiça de sua causa.
Jz.11:28 28. Não deu ouvidos. Aparentemente, o rei de Amom não se preocupou em responder aos argumentos de jefté. Ele se interessava somente no argumento da espada.
Jz.11:29 29. Espirito do Senhor. E a presença do Espírito Santo que torna o serviço a Deus eficaz para o bem. Pode haver muita atividade e uma ansiedade febril; mas, a menos que o labor seja santificado pela presença e pelo poder do Espírito, pouco bem duradouro será realizado.Atravessando. A seguir, jefté percorreu Gileade e todo o território de Manassés recrutando tropas adicionais. Ele varreu a terra de ponta a ponta para acender a tocha da guerra e encorajar a população a resistir aos invasores amonitas. Mesmo as tribos dalém do Jordão podem ter sido convidadas a participar na guerra (Jz 12:2).
Jz.11:30 30. Fez Jefté um voto. O registro do voto precipitado de jefté é uma das difíceis passagens das Escrituras. O relato é muito breve para permitir conclusões definitivas sobre o que aconteceu. Alguns entendem que jefté realmente ofereceu a filha como oferta queimada, o que o colocaria em posição abominável. Em vista de que Deus lhe concedeu sucesso em conformidade com o voto, essa atitude de sua parte parece difícil de se entender. O segundo ponto de vista sustenta que jefté dedicou sua filha a uma vida de celibato; isso o exoneraria da acusação de oferecê-la como sacrifício (ver com. de Jz 11:39).Aqui, como em outros lugares, deve-se verificar o que diz a Bíblia e evitar a tentativa de harmonizar as afirmações com oconceito pessoal sobre a história. Deve-se tomar a Bíblia como se lê. Sempre que possível deve-se conceder o benefício da dúvida às pessoas e não julgá-las sem justa causa.Voto. A literatura das antigas nações demonstra que os antigos com frequência faziam votos a suas divindades. A prática era comum entre os hebreus (ver Gn 28:20; iSm 1:11; 2Sm 15:8).O voto cie jefté foi feito sob a pressão das circunstancias, estando ele no limiar de um empreendimento perigoso. ínfelizmente, era em tempos de perigo ou crises que votos como esse eram feitos, quando o estresse emocional contribui para o perigo de fazer promessas precipitadas.
Jz.11:31 31. Quem primeiro [...] rae sair ao encontro. Quem Jefté esperaria vir ao seu encontro pela porta de sua casa para cumprimentá-lo pela vitória salvo a esposa, filha ou um escravo? Alguns tentam mostrar que um animal, como geralmente era encontrado nas casas dos antigos, pode estar sugerido aqui. Contudo, o verbo hebreu que ele utilizou para "encontrar" parece ir contra isso.b impífi, i ., 1 '".hun steo cnibor., je* u adorasse .h. ¦ !¦ r m r a a uE .< níado e< >m M< • ei . ( h .pm t. t > ( tr < *. ceu cm <> <. < : % i i, r ' a , . : mi > í »• f i 1 » fí -i )} ( t E........ .......... ' " i ...................¦ i ¦ . s « . i va - \ <11 .< iao deus üüuhí.- 1 > > • m> u >< (ír m. < ht ¦ QRs 2:26, 27). A lei de Moisés proibia sacrifícios humanos (Lv 18:21; Dt 12:31; etc.), e essa proibição foi desrespeitada periodicamente até os dias de Acaz e Manasses (2Cr 28:3; 33:6).O Espírito de Deus veio sobre Jefté para que Israel fosse salvo da destruição. Entretanto, a presença do Espírito não garante infalibilidade ou onisciência. Aquele que recebe o Espírito permanece um agente moral livre, e espera-se que faça o devido progresso no conhecimento e crescimento espiritual, jefté, ignorando o que era correto, precipitadamente votou uma coisa errada. Da mesma forma, embora o Espírito do Senhor tenha revestido Gideão e tenha realizado grande libertação por meio dele, não o impediu de estabelecer uma adoração equivocada. Esse voto precipitado de Jefté é relatado, como tantos outros casos nas Escrituras, sem nota ou comentário, o que não se faz necessário. O único julgamento possível no caso de Jefté é o de condenação.Será do Senhor. Aparentemente no mesmo sentido em que Jerico e seus habitantes foram dedicados a Ele (ver com. de Js 6:15).E eu o oferecerei. Alguns se esforçam para traduzir como “ou” a palavra hebraica para “e” no início da frase. Eles creem que Jefté disse: "O que quer que sair das portas da minha casa para me encontrar quando eu retornar será dedicado exclusivamente ao serviço do Senhor, se for um ser humano, ou, se for um animal limpo, eu o oferecerei como uma oferta queimada.” Já que foi a filha de Jefté que saiu para encontrá-lo,? 'ws interpiotus di/nu que a primeira Irasem apG i “v'’ 7< S.mhoi” Os comenluris- .‘*•¦5 ,d< . iriiito le \ ista cxpli-> an (fu ín.i .>c«n ele JHu significei que• na i ;n‘,v j eus.um m is se dedicaria. -'C1' i. e miioi. ii.to’* o . u< de sua \ ida• • ., m k 1 ;n-Diii, m... 'V í . . iicncicm quei I ,t u. >, . u .,, m.u O . í i * ’ t M*t i ium complemento indireto reterente a Deus e traduzem a declaração assim: “Eu oferecerei [a] Ele [Deus] uma oíerta queimada.” É verdade que o pronome hebraico,se isolado, pode significar “ele ”. Contudo, ligado ao verbo, como está aqui, o pronome sempre deve ser compreendido como objeto direto do verbo. A regra invariável requer a tradução: “Eu o oferecerei como uma oferta queimada.” Além disso, a aflição de Jefté (Jz 11:35), o luto de sua filha (Jz 11:37) e a impressão despertada nos contemporâneos (Jz 11:37, 40), requerem algo completamente fora do comum, algo mais que uma simples oferta queimada de animal.
Jz.11:32 Sem comentário para este versículo
Jz.11:33 33. Aroei*. Há duas cidades com este nome na Transjordânia, uma na margem norte do Arnom (ver jz 11:26) e outra próxima a Rabá-Amom, no território amonita (Js 13:25). E difícil dizer a qual dessas cidades o escritor se refere.Minite, E mencionada em Ezequiel 27:17 como uma exportadora de trigo. Presume-se que estivesse próxima a Hesbom.Planície das vinhas (KJV). “Prado das vinhas” ou um nome apropriado: “Abel- Queramim” (ARA). Eusébio a coloca a 11,2 km da Filadélfia (Amã). A identificação com Khirbet es-Tsuk, ao sul de Amã é incerta.
Jz.11:34 34. A Mispa. Depois de ter sido convidado a voltar do exílio para governar Gileade, jefté mudou com sua família para Mispa onde estabeleceu residência.Com adufes. Era costume das mulheres receber assim os homens da família que retornavam da guerra vitoriosos (ISm 18:6; cf. Ex 15:20). Talvez outras mulheres acompanhavam a filha de Jefté, tocando pequenos tamborins.Filha única. O hebraico é enfático: “Ela, porém, era filha única.” A família de jefté podería se tornar extinta em Israel, uma coisa que todos os hebreus lamentavam.
Jz.11:35 35. Rasgou as suas vestes. Um costume habitual entre os hebreus para expressar dor extrema (Gn 37:29; 2Sm 13:19, 31; etc.).Prostras por completo. Quando Jefté viu sua filha, o pleno significado de seu voto precipitado o prostrou.Causa da minha calamidade. A palavra utilizada aqui é 'akar e designa tristeza, ansiedade ou angústia incomum. Toda a vida de Jefté foi uma sucessão de conflitos e aflições. Por fim, sua preciosa filha é quem lhe traz a dor mais pungente de todas.Abri minha boca (ARC). Uma expressão usada para se referir ao fazer um voto (ver SI 66:13, 14). Para ser obrigatório, o voto tinha que ser proferido (Nm 30:2, 3, 7; Dt 23:23).Não tornarei atrás. Era considerado uma terrível ofensa voltar atrás num voto sério. Havia dois tipos de voto entre os hebreus: o voto simples, neder (Lv 27:2-27) e o de "devoção'- ou “proibição”, cherem. Qualquer coisa dedicada ao Senhor pelo cherem não era resgatável, se tornava “santíssima" a Ele e deveria morrer (Lv 27:28, 29; ver com. de Lv 27:2, 28). O voto de Jefté era um neder. Apesar de seu caráter sagrado, quem fez o voto não estava sob a obrigação de cumpri-lo caso estivesse ligado à realização de um ato mau (ver PP, 506). O voto de Jefté era contrário ao expresso mandamento da lei e, portanto, não era obrigatório. No entanto, ele sentiu que era obrigatório e, para seu próprio infortúnio, não mudou.
Jz.11:36 36. E ela lhe disse. A angústia do pai e a conotação de suas palavras permitiram que a filha, com agudo pressentimento feminino, discernisse imediatamente a natureza do voto sem que ele lhe dissesse nada.O Senhor te vingou. Compreendendo vagamente a natureza de Deus, ela creu sinceramente que a vitória foi concedida por causa do voto de seu pai e que seu sacrifício era um preço adequado para se pagar pela vitória.
Jz.11:37 37. Deixa-me por dois meses. O cumprimento de votos podia ser adiado com um propósito definido.Chore a minha virgindade. A perspectiva de perder a alegria das festividades do casamento ou o prazer de ter filhos era umaamarga experiência para as moças hebreias, principal mente para quem era filha única. Para a filha de Jefté, significava que ela e a casa de seu pai perderíam a esperança de uma participação na futura glória de Israel.
Jz.11:38 38. Com as suas companheiras. As jovens amigas, com quem havia conversado e sonhado sobre um futuro casamento se uniram a ela para lamentar a fatalidade que lhe sobreveio.
Jz.11:39 39. Segundo o voto. A frase parece indicar que ele a ofereceu como uma oferta queimada, de acordo com o voto (ver com. de Jz 11:31). Tem-se sugerido que o autor do livro dos Juizes, com sensibilidade aguçada, colocou um véu sobre o trágico ato do sacrifício.Sobre o outro ponto de vista, de que Jefté não sacrificou a filha (ver com. de Jz 11:31) pode ser mencionado que:Por volta de 1200 d.C., o Rabbi Kimchi, seguido por vários escritores, disseminou o ponto de vista de que Jefté não sacrificou a filha. Ele disse que as palavras “oferecerei em holocausto” (Jz 11:31) se aplicariam somente se quem encontrasse Jefté fosse um animal sacrifical. Ele interpreta o v. 39 como Jefté tendo construído uma casa para sua filha onde ela ficaria isolada dos homens o resto da vida, em celibato sagrado, para que todos os momentos fossem dedicados ao Senhor. As virgens de Israel a visitavam anualmente e lamentavam o ocorrido.Há contra a interpretação de Kimchi o fato de que os costumes daquele tempo não incluíam o tratamento de mulheres como freiras. Virgindade perpétua e não ter filhos eram vistos como os maiores dos infortúnios.Não há lei nem costume em todo o Antigo Testamento que, pelo menos, sugira que urna mulher solteira fosse vista como mais santa, mais do Senhor ou mais dedicada a Ele que uma mulher casada. Isso não fazia parte da lei dos sacerdotes nem nazireus. Débora e Hulda, profetizas, são mencionadas como mulheres casadas. Além disso, se a filha losse permanecer solteira em harmonia com um costume desconhecido, o caso não seria tão trágico como retratado aqui. E ela não precisaria de dois meses para chorar a virgindade porque teria o resto da vida para fazer isso. Todos os intérpretes judeus e cristãos até o tempo de Kimchi mantiveram a intenção natural da passagem, a saber, que Jefté sacrificou sua filha ao Senhor, uma coisa que Abraão quase fez com seu filho, sob circunstâncias diferentes.Jamais foi possuída por varão. Ou, “ela não conheceu varão'” (ARC). Ver Gn 24:16, para palavras idênticas no hebraico.Daqui veio o costume. Estas palavras pertencem ao verso seguinte.
Jz.11:40 40. Lamentar (ARC). A anotação marginal da KJV apresenta “falar com”. Essa anotação marginal pode refletir o pensamento dos que acreditam que a filha não foi sacrificada, porém mantida em reclusão quebrada somente uma vez ao ano quando as virgens em Israel podiam falar com ela. O verbo heb. tanah não significa “falar com”, mas “recontar”, com o sentido de falar sobre algum evento, ou ainda “comemorar”, “celebrar”. O mesmo verbo é traduzido como “recitar’ (Jz 5:11, NVI). O verbo hebraico ocorre somente nesses dois textos bíblicos. A LXX traduz tanah como “lamentar”.Capítulo 12Jordão que conduzem a Efraim; de sorte que, quando qualquer fugitivo de Eft mi di/ju Quero passar; então, os homens de GiEaT' 1D perguntavam: És tu efraimita? Se resp >!iu ? >
Jz.12:1 1. Norte (ARC). No heb.; (ser oah. Gileade estava a leste e nordeste de th remn. Por causa disso, muitas traduçõ» apresentam a palavra como um nome próprio ("ZalonT, ARA). Havia uma tmhide chamada de Zafom no vale do Jorti • ao lado de Gileade, não muito distante un Sucote (Js 13:27).Não nos chamaste. A tribo de Efraim é apresentada de forma clesbn orã\el tanto em Juizes 8:1-3 como neste verso. Eram passivos em tempos de opressão e arrogantes quandoa palavra, então, pegavam dele e o matavam nos vaus do Jordão. E caíram de Efraim, naquele tempo, quarenta e dois mil.outra;; tribos tomavam a iniciativa e obtinham vitória. Gideão foi conciliado1 * • o tgno-• . ov cocos deles, nuas Sol té r crUvC' v ¦ " carcn- suóserva;ca- . s ’da- .uaçãz ucv.h..úva uo doscpj ca a; considerada coa.; ; ; u.óo israelita 7ocu A mglilho levou a ..a . j sc ressentir de não ter tomado parte a. gloria da vitória. Além disso, eles negavam a Gileade o direito de ação independente, e mais ainda o de escolher um governante.
Jz.12:2 2. Chamei-vos. O relato anterior não menciona um apelo às tribos no oeste deCanaã para ajudar a expulsar os opressores. O narrador apenas menciona os fatos proeminentes.
Jz.12:3 3. Por que, pois? Os homens de Efraim eram mais culpados, possivelmente, do que os amonitas. E difícil dizer se a resposta de Jefté foi dada num espírito conciliador. De qualquer maneira, os efraimitas não pareciam satisfeitos com seu discurso, porque em seguida teve início a guerra civil.
Jz.12:4 4. Todos os homens de Gileade. Iodos os israelitas a leste do Jordão parece que estavam incluídos. Sinais luminosos e trombetas enviariam o chamado para reunir as cidades das tribos do leste num curto período.Porque este dissera. A despeito da resposta razoável de Jefté, os homens de Efraim podem ter precipitado o conflito com insultos intoleráveis.Fugitivos sois de Efraim. Toda a força da provocação se perdeu no tempo devido à falta de detalhes. Pode ter surgido um ciúme feroz entre os manassitas que viviam a leste do Jordão, e o resto de Manassés e seus parentes próximos, os efraimitas, no oeste da Palestina. Os manassitas no leste permitiram que a proximidade de clã e as ligações familiares definhassem e passaram a se identificar cada vez mais com as tribos pastorais de Rúben e Gacle, entre as quais viviam. Por causa desse cisma na ligação entre os membros de uma tribo, os efraimitas os provocavam, chamando-os de fugitivos, isto é, a escória e a classe mais baixa dos parentes tribais no oeste.
Jz.12:5 5. Vaus do Jordão. Ou, “passagens” (NVI). Através desses vaus os homens cie Efraim passaram rapidamente o Jordão em direção a seu próprio território.Fugitivo de Efraim. No hebraico, estas são exata mente as mesmas palavras com as quais os efraimitas insultaram os homens de Gileade pouco tempo antes. Nesse momento, os efraimitas eram os fugitivos.Es tu efraímita? Havia uma considerável movimentação através dos vaus do Jordão.O objetivo era distinguir os fugitivos dos inocentes viajantes e comerciantes. Os homens que pouco antes se gabavam cie sua tribo, estavam dispostos a negar qualquer relação com ela a fim de salvar a vida.
Jz.12:6 6. Dize, pois, chibolete. Possivelmente a palavra foi escrita aleatoriamente como exemplo de uma palavra começada com a letra shin. Qualquer outra palavra iniciada por essa letra podería ter servido. Os hebreus a leste do Jordão pronunciavam essa inicial shin como em chibolete. O hebraico em Canaã lhe deu um som suave, s, como em sibolete. Essa foi uma das diferenças dialéticas que cresceu através dos anos.
Jz.12:7 7. Seis anos. O governo de Jefté foi o mais curto de todos os juizes. E possível que ele tenha caído em batalha enquanto lutava contra inimigos israelitas.
Jz.12:8 8. Ibsã. O significado deste nome é desconhecido. Ocorre somente neste verso da Bíblia.De Belém. Embora possa ser a Belém de Judá, é possível que essa Belém situava- -se na tribo de Zebulom, a atual Beit Lalini, 11 km a noroeste cie Nazaré (ver Js 19:15, 16),Ibsã, Elom e Abdom, juntamente com Tola e Jair (Jz 10:1-5), formam um grupo de juizes cujas façanhas não se encontram relatadas. São fornecidos poucos detalhes sobre eles: nomes, onde viveram, quanto tempo governaram e o local do sepulta mento. No caso de três deles (Jair, ibsã e Abdom) são acrescentadas a quantidade de filhos e a evidência cie sua riqueza.
Jz.12:9 9. Casou fora. Ibsã tinha uma política definida quanto a fortalecer sua posição através dos casamentos mistos. Ele casou as 30 filhas com homens de outras tribos e também tornou 30 filhas de outras tribos para seus filhos. Esta informação foi registrada para mostrar que Ibsã foi um grande homem e tinha muita influência. Além disso, o fato de que viveu para ver os 60 filhos casados indica que teve vida longa e próspera, apesarde ter governado Israel durante apenas sete anos, possivelmente os seus últimos. Talvez ele tenha alcançado a posição de juiz por causa da política de construir relacionamentos amigáveis com outras tribos através de casamentos mistos. Houve paz durante a sua liderança.
Jz.12:10 Sem comentário para este versículo
Jz.12:11 11. Elom. O nome significa "um tere- binto”. Os orientais geral mente adotavam nomes de árvores. O nome ocorre em uma das famílias de Zebulom (Gn 46:14; Nm 26:26).
Jz.12:12 Sem comentário para este versículo
Jz.12:13 13. Abdom. Literalmente, “servo”.De Híleí. Significa "adorando”. Esta é a primeira ocorrência de um nome que, mais tarde, se tornou famoso entre os judeus e que aparece somente neste verso. O Hilel que aparece posteriormente foi líder de uma das escolas de pensamento judaicas, pouco antes do tempo de Cristo, e é considerado como o maior de todos os rabis judeus.O piratonita. Piratom (Jz 12:15) era uma ilha de Efraim, e pode-se concluir que Abdom pertencia à mesma tribo. Em 1 Crônicas 8:23 um homem chamadoAbdom é incluído na tribo cie Benjamim, mas como esse era um nome comum, o Abdom que se tornou juiz pode ter sido um efraimita (ver lCr 27:14). A cidade de Piratom é considerada a moderna Faratha, que está 11 km a sudoeste de Siquém.
Jz.12:14 14. Quarenta filhos. São mencionados somente os membros da família do sexo masculino. Sem dúvida ele teve muitas filhas também. Novamente, a família numerosa é citada como evidência de riqueza e posição. Também demonstra a difusão da poligamia entre aqueles que podiam custear várias esposas.Trinta netos. O hebraico literalmente diz: “filhos dos filhos '.
Jz.12:15 15. Região montanhosa dos amale- quítas. Os amalequitas fixaram residência no Neguebe, ao sul de Judá. No entanto, o nome desse local indica que, em certa época, eles avançaram para o norte até a região de Efraim, numa incursão que fez com seu nome fosse atribuído a essa área particular. Eles podem ter sido derrotados lá, ou um pequeno número deles pode ter sido autorizado a estabelecer-se na região, em épocas anteriores.Capítulo 13nem bebida forte, nem comas coisa imunda; porque o menino será nazireu consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia de sua morte.cumprirem as tuas palavras, qual será o modo de viver do menino e o seu serviço?
Jz.13:1 1. Tornado a fazer o que era mau. Em relação à cronologia desta apostasia e a opressão dos filisteus, ver p. 18, 19,Filisteus. Foram mencionadas rapidamente pelo autor de juizes várias vezes nos capítulos anteriores (Jz 3:31; 10:7-11). Os filisteus, assim como os hebreus, haviam invadido a Palestina e ali se estabeleceram. Povos filisteus habitaram a terra nos tempos de Abraão (Gn 21:32). A maior onda de migração na Palestina possivelmente tenhaoferecerás. Porque não sabia Manoá que era o Anjo do Senhor.ocorrido no início do 12° século a.C., juntamente com as outras tribos não semitas da Ásia Menor e as ilhas do mar Egeu (ver p. 10). De acordo com registros arqueológicos, esses “povos do mar”, como eram chamados pelos egípcios, foram repelidos do Egito por Ramsés III, por volta de 1194 a.C. Em honra à bem-sucedida expulsão dos invasores, Ramsés III edificou um amplo templo em Tebas (agora chamado de Medínet-Habu) e cobriu as paredes com figuras da batalha,sendo representações realistas dos guerreiros filisteus. Depois que os povos do mar foram derrotados pelos egípcios, parte dessa migração se estabeleceu na planície marítima de Canaã e adotou muito da religião, linguagem e dos costumes dos cananeus.Os hebreus chamavam os filisteus de Pelishtim, e o seu território de Pelesheth. A palavra se tornou “palestina” devido à evolução da linguagem. Os filisteus habitaram, principalmente, em cinco cidades da planície: Ecrom, Gaza, Asquelom, Asdode e Cate, que se tornaram centros da confederação filisteia. Os filisteus se espalharam para Sefelá e, no tempo de Saul, controlavam toda a Palestina ocidental até o norte da planície de Esdraelom e o mar da Galileia. A partir do tempo de Sansão, eles foram os principais adversários dos israelitas até serem subjugados por Davi (ver informações adicionais sobre os filisteus, sua origem e história, no com. de Gn 10:14; 21:32; e nas p. 10, 16, 17, 29.)Quarenta anos. Já houve dúvida acerca deste período. Pode ter começado antes do tempo de Sansão, incluído seus dias e se estendido até a batalha de Ebenézer, nos dias de Samuel (ISm 7:13). Sansão nasceu nos primeiros anos da opressão filisteia (PP, 560). De acordo com algumas autoridades, essa opressão foi contemporânea à dos amo- nitas e ao juizado de Jef té (ver p. 112).
Jz.13:2 2. Zorá. O nome significa “doença”. E a moderna Tsara, situada em Sefelá, 23,5 km a oeste de Jerusalém. Em Josué 19:41, como neste verso, é considerada uma cidade do território de Dã, mas em Josué 15:33 é considerada como uma cidade de Judá. Possivelmente a cidade foi dada primeiramente a Judá e mais tarde atribuída a Dã (ver com. de Js 19:41). A menção da cidade geralmente está relacionada a Estaol (Jz .13:25; 18:2, 8, 11; etc.). A conclusão é que a tribo de Dã estava restrita aos arredores dessas duas cidades. Zorá era uma antigacidade cananita, mencionada nas Cartas de Amarna. A proximidade com a Filístia expôs os habitantes à influência dos filisteus.Manoá. Este nome significa “descanso” e pode expressar o anelo dos israelitas naqueles dias turbulentos. Não ocorre em nenhum outro lugar na Bíblia.Estéril. Para a mulher hebreia, a esterilidade era a maior das calamidades. Sara, Rebeca, Raquel, Ana (mãe de Samuel) e Isabel (mãe de João Batista) eram estéreis.
Jz.13:3 3. Anjo do Senhor. Este foi o Anjo que apareceu a Moisés, Josué e outros; era o próprio Cristo (ver Material Suplementar, de Ellen White, e com. de Jz 13:2-23).Conceberás. Alguns dos maiores homens da nação hebraica nasceram de mulheres que haviam sido estéreis. Num sentido especial, esses filhos foram presentes de Deus, concedidos porque seus pais, como pessoas consagradas ao Senhor, educariam essas crianças de maneira a se tornarem instrumentos especiais usados por Ele em favor de Seu povo.
Jz.13:4 4. Não bebas vinho. A mãe deveria tomar cuidados especiais e, dentre eles, não utilizar vinho ou bebida intoxicante feita de uvas. A saúde e o caráter da criança, providos por Deus, deveriam ser salvaguardados por hábitos temperantes da mãe desde o momento da concepção.Bebida forte. Ver com. de Gn 9:21; Nm 6:3; 28:7; Dt 14:26.Coisa imunda. E possível que muitos israelitas fossem descuidados na observância das leis levíticas com respeito a alimentação pura e impura; caso contrário, não seria necessária uma menção especial sobre o assunto.
Jz.13:5 5. Não passará navalha. Uma pessoa sob voto de nazireu não cortava o cabelo durante o período de seu voto. Quando o voto acabava, a pessoa cortava todo o cabelo e o apresentava no tabernáculo (Nm 6:18). O cabelo não cortado do nazireu era um símbolo visível de sua consagração, lembrandoa ele e ao povo os sagrados votos assumidos. Os longos cabelos eram a marca do nazi- reu, assim como a vestimenta de linho era a marca do levita.Nazireu. Esta palavra significa "separado" ou "dedicado". E, possivelmente, uma forma abreviada do título completo: '‘dedicado ao Senhor". O voto do nazireu era voluntário e temporário, realizado por tempo determinado (ver com. de Nm 6:2). Significava uma consagração da vida a Deus. A manifestação externa do voto envolvia: (1) abstenção de todos os produtos da videira, incluindo o vinho ou a uva fresca ou seca (Nm 6:3, 4); (2) deixar os cabelos crescerem não sendo tocados por navalha ou instrumento cortante (Nm 6:5); e (3) abster-se de se aproximar de cadáver sob quaisquer circunstâncias para não ser contaminado (Nm 6:6).O voto de nazireu era bem conceituado entre os hebreus (Am 2:11). Samuel era um nazireu (ISm 1:11) e João Batista também (Lc 1:15; DTN, 102). Alguns creem que José era nazireu, pois em Gênesis 49:26, a palavra traduzida como “distinguido” é a mesma palavra usada para Sansão e para todos os nazireus.Começará a livrar. Embora o voto do nazireu habitualmente fosse voluntário e temporário, no caso de Sansão, a dedicação imposta sobre ele ocorreu por ordenança divina e começou em seu nascimento. O plano de Deus para Sansão era que, através de sua liderança, livrasse Israel da sujeição aos filisteus. O voto e a fiel instrução dos pais influenciariam o menino a reconhecer o plano de Deus para sua vida e o levariam a se consagrar para cumprir esse plano. Com a dedicação de Sansão, o Senhor pretendia colocai' diante do povo uma lição objetiva da força que poder ia alcançar para vencer os inimigos por intermédio de submissão e serviço a Deus.Infelizmente, ao atingir a idade adulta, Sansão se recusou a conduzir sua vida emharmonia com o plano que Deus tinha para ele. Tornou-se obstinado e moralmente descuidado. A fraqueza do caráter de Sansão o incapacitou para obter o completo livramento dos filisteus. A tarefa teve que ser deixada para que outros a realizassem mais tarde.De qualquer maneira, seus atos de força deram início à queda dos filisteus.Deus tem um plano para cada pessoa.No entanto, esse plano não limita o uso do livre-arbítrio. As pessoas devem escolher se seguirão o projeto divino. A experiência de > Sansão ilustra como alguém pode frustrar os elevados propósitos estabelecidos para sua vida.
Jz.13:6 6. Homem de Deus. Esta expressão era utilizada geralmente para profetas (Dt 33:1; ISm 2:27; 9:6-8; íRs 12:22; etc.). Possivelmente a esposa de Manoá não percebeu que o visitante fosse mais que um profeta, apesar de ela ter ficado maravilhada com a majestade de sua aparência que nem se aventurou a falar com ele, perguntar seu nome ou de onde era. Em Juizes 13:10, ela novamente se refere a ele como “o homem", e, em 13:16, afirma-se que Manoá não sabia que ele era um visitante celestial. O costume no Oriente é que, ao se encontrar uma pessoa estranha, a primeira pergunta feita seja com referência ao nome.
Jz.13:7 7. Dia de sua morte. Ao contar ao esposo sobre a mensagem acerca da criança, ela acrescentou estas palavras que estavam implícitas na afirmação que o Anjo lhe fizera (ver Jz 13:5).
Jz.13:8 8. Orou ao Senhor. Manoá temia que ele e a esposa cometessem algum erro ao seguir a instrução, por isso solicitou orientação e informação adicionais. Em oração, levou seu problema a Deus, pedindo que conduzisse de volta o homem de Deus e os ensinasse mais a respeito da educação da criança prometida. Não se pode deixar de admirar a fé de Manoá, que aceitou e creu completamente na palavra do Anjo.Ele estava convicto de que, no devido tempo, a criança prometida seria dada a eles. Sua fé revela nítido contraste com a do sacerdote Zacarias, o pai de João Batista, que pediu por um sinal quando um anjo do Senhor apareceu e lhe prometeu uma criança (Lc 1:18). Bem-aventurados aqueles que, assim como Manoá não viram, contudo creram.
Jz.13:9 9. Deus ouviu. O Senhor honrou a oração desse danita leal, assim como honra as orações dos que creem.Qual será o modo de viver do menino [...]? Literalmente, "Qual deve ser a norma [ordenança, modo de vida] da criança” r Essa oração deveria estar no coração de todos os pais. Em sentido especial, os filhos são presentes do Senhor. Sobre pais e mães repousa a responsabilidade de educar esses pequenos, para que se cumpra o propósito divino planejado para eles. Criar filhos "na disciplina e admoestação do Senhor’’ (Ef 6:4) é uma das tarefas mais importantes e difíceis da vida. A obra não pode ser hem sucedida sem a assistência divina. Os pais devem ir a Deus em busca de orientação para saber como criar os filhos.Ao perguntar como deveria criar a criança, Manoá usou o termo “nós”. O mensageiro tinha dado as orientações originais à sua esposa, mas Manoá via a si mesmo unido à sábia direção da criança prometida. O esforço conjunto de pai e mãe é essencial para a adequada educação.E o seu serviço? Literalmente, “O que ele deverá fazer (NVI)?” As perguntas de Manoá eram voltadas à confirmação do que o Anjo havia dito à esposa no primeiro encontro: que o menino seria um nazireu, completamente dedicado ao serviço de Deus, e sua obra seria libertar Israel.
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Jz.13:14 14. Tudo quanto lhe tenho ordenado. O mensageiro não acrescentou nova informação à pergunta de Manoá e repetiu as instruções dadas à mulher na primeira visita. O Senhor enviou o Anjo de volta não para dar instruções adicionais, mas para fortalecer a fé de Manoá e prevenir que sementes de dúvida crescessem no coração. Os pais foram instados a obedecer cuidadosa mente às instruções que receberam, de que a criança prometida deveria ser consagrada completamente a Deus e à obra para a qual estava designada.
Jz.13:15 15. Prepararemos uiu cabrito. Um cabrito era considerado uma iguaria especial. Manoá oferecera a melhor hospitalidade ao mensageiro desconhecido, no intuito de que o visitante permanecesse por algum tempo como convidado e se pudesse saber mais a respeito dele.
Jz.13:16 16. Se preparares holocausto. O Anjo recusou o oferecimento do alimento, mas sugeriu que Manoá oferecesse o cabrito como holocausto ao Senhor. E improvável que Manoá estivesse pensando em oferecer um sacrifício ao mensageiro, porque o registro afirma claramente que ele não sabia que era o Anjo do Senhor. Ainda mais, os anjos que visitaram Abraão e Ló participaram de urna refeição (Gn 18:8; 19:3).
Jz.13:17 17. Qual é o teu nome [...]? A incerteza de Manoá acerca da natureza ou identidade do misterioso mensageiro que lhes fizera a notável promessa aumentava cada vez mais. A recusa em se alimentar e a sugestão de oferecer um sacrifício intrigou Manoá e ele fez um questionamento direto na esperança de saber a identidade dele.Para que [...] te honremos. Se a palavra do mensageiro se mostrasse verdadeira, Manoá e sua esposa gostariam de honrá-lo cie um modo especial: talvez dando ao filho o nome dele, divulgando externamente seu poder profético ou através de um presente. No entanto, eles nem^eqoMCr^KllVQwoaSía 13 sIISilSiiBStí "'[%,;e!5ü.!Gg-,-;spcoo ’ y ¦,lAHZ jQ,OAMC!si‘,!©•a ua06W_ eoi.iR»3 J:,0¥|rosgUOUlIJ-U] - -:5308£>P!Z ^eaupjíf•©sa 8 , .,ÜJOjqaH^ y O O 'f’‘i jn2-9j3a"*-fssa)ew..:: —, oiWnr»® -fr".- >r®pleO'l.UO|hjw V f Kl 3 9-íj:uJr'^¦y aquisucMfB#^, 3 Cl V DWmÊW""•vpi$8 .pjá$-üjeui,,o\-*j ©.<_,©¦ys4 è ^^r%IVÍ-lo^Wk; iv> lhicgIai. ;' ""“Jfc'/anov^1®^típtvíí^, ^lv'-Gb*i?C|0ofjíC|pèy>y>$üjg^4-3B. luopqya a s v 9t>f)®" ríssp^nQpucg*i~ -W ’ £• PMPCPMfMiTO®ÍÍ^,3iC1'?,S,IAf’ ¦ - / oqciv > /uropig® /sepejisgsspepiDSfpiuuapui PGlIPlUOigSMZinf SOCIócio’] m:-m omVNiisaivdmesmo sabiam quem ele era e não haveria como honrá-lo depois.
Jz.13:18 18. Por que perguntas [...]? Depois de reconhecer que esteve lutando com um visitante celestial, Jacó perguntou o nome ao Anjo e não recebeu resposta (Gn 32:29). Novamente este Anjo (ver com. do v. 3) recusou identificar-Se a Manoá. Em contraste, Gabriel identificou-se a Zacarias (Lc 1:19).Maravilhoso. O adjetivo heb, pel’i significa isso mesmo. A forma substantiva da mesma palavra é traduzida como “maravilhoso” (Is 9:6; ver também Ex 15:11; Is 25:1; 29:14, etc.). A palavra denota algo extraordinário, inefável, além da compreensão humana, A melhor ilustração do significado desta palavra é o modo como é utilizada no Salmo 139:6: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.” O verbo é utilizado no sentido de “superar a compreensão” (ver Jó 42:3; SI 131:1; Pv 30:18). E possível que, devido ao significado da palavra, os tradutores da KJV utilizaram a palavra “mistério”. O sentido não era que o nome do Anjo fosse “mistério” ou "maravilhoso”, mas que Seu nome estava além da compreensão de Manoá.
Jz.13:19 19. O Anjo. Esta palavra se apresenta em itálico no texto da ARC, o que indica que não ocorre no hebraico.Maraviíhosamente. Esta é a mesma raiz da palavra em hebraico usada para descrever o nome do Anjo. Visto que a palavra está na forma participial, é melhor aplicá-la ao Senhor, lendo o texto da seguinte forma: “ofereceu sobre a rocha a Yahvveh, Aquele que faz maravilhas” (ver Ex 15:11). Fala-se assim do maravilhoso Deus que estava agindo no nascimento da criança prometida, bem como no miraculoso desaparecimento do Anjo no fogo (v. 20).
Jz.13:20 20. Subindo [...] a chama. Talvez não um fogo miraculoso como em juizes 6:21.O Anjo recusou o alimento, mas sugeriu uma oferta queimada. Manoá possivelmente proveu o fogo quando “ofertou”.O Anjo do Senhor subiu nela. Esta maravilha foi planejada para aumentar a fé do casal no nascimento da criança prometida. Eles reconheceram que Deus ainda operava maravilhas naqueles dias.
Jz.13:21 21. Manoá ficou sabendo. “Manoá compreendeu” (ACF). Antes, ele suspeitava que o Visitante era um mensageiro de Deus; por fim, teve prova irrefutável.
Jz.13:22 22. Certamente, morreremos. Ver com. de jz 6:22.
Jz.13:23 23. Se o Senhor nos quisera matar. O raciocínio dela era lógico. Manoá estava apavorado e achava que deveria morrer por ter olhado para o anjo. Sua esposa, numa percepção mais aguçada, rapidamente entendeu que o Senhor não lhes prometería uma criança para libertar a Israel para depois eliminá-los por terem visto o Mensageiro através do qual enviou a mensagem. A dedução dela estava correta. Deus não age de modo inconstante com Seu povo. Os pensamentos que Ele tem para conosco são “pensamentos de paz e não de mal” (Jr 29:11).
Jz.13:24 24. Sansão. No heb., shinishon. O significado da palavra é controverso. Alguns creem ser derivado de shernesh, "sol”. Próximo a Bete-Semes havia um local de adoração ao Sol. No entanto, parece improvável que a esposa de Manoá colocasse em seu filho o nome de uma divindade paga. A raiz da palavra também tem o sentido de “servir'' no dialeto aramaico, estreitamente relacionado. Por outro lado, shimshon pode simplesmente descrever a alegria dos pais no seu nascimento ou a “animada” disposição infantil de Sansão.O Senhor o abençoou. As bênçãos de Deus são de várias maneiras, As que são mencionadas aqui incluem saúde, força e coragem.
Jz.13:25 25. Espirito do Senhor. Ver com. de Jz 11:29. Sansão sabia que havia sidoconsagrado a Deus para uma função especial. Seus longos cabelos e os hábitos de abstinência que o separavam do restante do povo eram lembranças constantes. Porém, esforços humanos e vantagens não são suficientes para realizar a obra de Deus (ver AA, 53).Passou a incitá-lo. O verbo hebraico significa “perturbar”, “inquietar”, “agitar”. Os impulsos do Senhor começaram a inquietá-lo, agitando sua mente para planejar ações contra a opressão dos filisteus. Sansão sentiu-se impelido a exercitar sua força excepcional em atos valorosos.De quando em quando (ARC). Alguns pensam que Sansão utilizava sua força excepcional, às vezes, nesse período, para realizarfaçanhas que o autor não descreve e das quais seria esta a única resumida menção.Campo de Dã (NTLH). Este é um nome próprio. Algumas vezes não é traduzido, mas apresentado como Maané-Dã (ARA), como em Juizes 18:12. O nome originou-se na migração da atribulada tribo, descrita em Juizes 18 e 19. O campo de Dã ou Maané-Dã era próximo a Quiriate-Jearim (Jz 18:12), 12,8 km ao norte de Zorá (ver Jz 18:2).Estaol. A exata localização desta cidade não é conhecida. E sempre mencionada junto a Zorá, o que leva à suposição de serem cidades gêmeas (ver com. do v. 2). Imaginou-se ser a moderna Eshwd, 3,2 km ao nordeste de Zorá (ver v. 2).CBV, 372 14 — Te, 90, 269 21, 22 -Tl, 410 24 - PP, 562Capítulo 14todavia, nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que fizera.
Jz.14:1 1. Desceu. A elevação de Zorá é de 356,7 m, enquanto que a de Timna é de apenas 243,9 m (ver v. 5, 7, 10). Reciprocamente, “subiu'’ é utilizado para a viagem de retorno (ver v. 2 e 19).Timna. Possivelmente Tell el-Batsâshi, aproximadamente 7,2 km a sudoeste de Zorá. A cidade fora atribuída à tribo de Dã (Js 19:43; cf. Js 15:10). Porém, estava nas mãos dos ímpios filisteus.Uma mulher (ARC). A palavra que se deveria esperar aqui é “virgem’’ ou “moça” (ver Gn 24:14, 16) ao invés de “mulher”. A palavra pode indicar que o novo relacionamento de Sansão poderia ser com uma viúvaou divorciada, apesar de jovem (PP, 562), ou mostra desprezo por ela (ver Jz 16:4). Muitos dos incidentes da vida de Sansão ocorreram em suas relações com mulheres. Embora forte fisicamente, era fraco em poder moral e autocontrole. O contato prematuro com idólatras rompeu a fortaleza de sua alma.Dos filisteus. Os hebreus foram proibidos de realizar casamentos mistos com os nativos habitantes da terra (Ex 34:16; Dt 7:3, 4).
Jz.14:2 2. Declarou-o a seu pai. Sansão consultou seus pais sobre a vontade de se casar. No entanto, a solicitação pode ter sido feita mais pelo costume de que os pais arranjavamos detalhes do casamento do que pelo respeito aos anseios deles.
Jz.14:3 3. Não há [...]? Os pais de Sansão se opuseram à proposta e o estimularam a tomar esposa dentre os hebreus, em vez de pagãos Fdisteus. Esse casamento deve ter sido muito triste para Manoá e sua esposa porque sabiam que Sansão havia sido chamado por Deus para uma obra especial. E tarefa de país tementes a Deus tentar dissuadir os filhos de se casarem com pessoas de crença diferente. E sua responsabilidade plantar princípios religiosos nos filhos enquanto ainda jovens, princípios que os levarão a fazer escolhas acertadas mais tarde.Toma-me esta. No hebraico, a palavra "ela” é enfática. Sansão ignorou a oposição dos pais. Não permitiu interferência em suas inclinações. Recusou o conselho paterno e o divino.E lamentável que muitos jovens não percebam a importância de ponderar os conselhos dos pais quando planejam o casamento. Por outro lado, os pais correm o perigo de ser muito intransigentes em suas recusas. Deus Se agrada de pessoas que seguem o caminho certo, mas não impede a escolha contrária. Da mesma forma, é posto um limite aos direitos dos pais em controlar os desejos dos filhos depois de terem alcançado a idade da responsabi 1 idade.Só desta me agrado. Literalmente, “ela é a certa aos meus olhos”. A paixão o cegou; não viu a inadequação dela para se tornar a companheira de vida e parceira de alguém que seria um líder em Israel. LJma pessoa sábia e temente a Deus reconhecerá que há outros critérios importantes a serem considerados, como atitudes básicas, convicções religiosas e ideais.
Jz.14:4 4. Do Senhor. Mesmo nesse lamentável casamento Deus prevalecia sobre o curso dos eventos para o avanço de Seus desígnios. Ele faz com que mesmo a fraqueza e omau julgamento das pessoas redundem para Seu louvor.Este procurava. Possivelmente, "Deus” é o sujeito da sentença, apesar cie alguns entenderem que "ele” se refira a Sansão.Ocasião. Literalmente, "um encontro”, isto é, talvez uma oportunidade para provocar hostilidades. Pode ser que, no tempo devido, Sansão tenha se esquecido de assumir a tarefa para a qual fora designado, e era necessário que algum evento o estimulasse a agir. Deus utilizou os incidentes ligados ao casamento como a "ocasião".Dominavam. Ver Jz 10:7; 13:1.
Jz.14:5 5. Seu pai. Está claro que os pais de Sansão se submeteram ao desejo insistente do filho e, apesar de conscientes das consequências trágicas que poderiam ocorrer de tal matrimônio, eles o acompanharam a Timna para fazer os acertos para o casamento.Um leão novo. No heb., kefir indica um leão novo em pleno vigor. Há uma palavra, gur, que designa um filhote, não adulto. Os leões eram comuns nos desertos ao sul de Judá e no vale do Jordão, mas desapareceram na época das Cruzadas.
Jz.14:6 6. Espírito do Senhor. O Espírito distribui vários dons e habilidades (Ex 31:2-5; ICo 12). O dom especial de Sansão se revelou na força sobre-humana.Rasgou. Ele aniquilou o animal com as próprias mãos, sem armas, talvez lan- çando-o violentamente contra o chão ou rasgando-o pelas patas traseiras, à semelhança das antigas imagens babilônicas que mostram seu herói Enkidu agindo dessa forma. Davi (ISm 17:34-37) e Benaia (2Sm 23:20), posteriormente, realizaram proezas semelhantes.Rasga um cabrito. Ou seja, tão fácil como um homem comum despedaça um cabrito. A questão é a facilidade com que Sansão realizou a façanha, não o modo.Sem nada ter na mão. Sansão não havia saído para a caça, portanto, não levava armas.Além disso, era política dos filisteus forçar os hebreus a andarem desarmados, com a proibição de nenhum deles atuar como ferreiro (ISm 13:19-22).Nem a seu pai. Esta discrição de San são, ao evitar comentar o ocorrido com os pais denota que, pelo menos naquele período de sua vida, ele não era arrogante.
Jz.14:7 7. Desceu. A participação dos pais nos preparativos não é mencionada. Alguns creem que, apesar de terem partido com Sansão, possivelmente se recusaram a continuar com sua parte nos preparativos.
Jz.14:8 8. Depois cie alguns dias. Nada no registro indica quanto tempo transcorreu entre a visita mencionada no verso anterior e essa viagem para consumar o casamento. Um noivado podia durar um ano.O corpo do leão morto. Por natureza, as abelhas evitam todo tipo de decomposição e putrefação. Ao que tudo indica, chacais e abutres já tinham despojado a carne dos ossos e o calor os secara. Permaneceu somente o esqueleto. Um enxame construiu um ninho na cavidade formada pelas costelas. Heródoto conta como o crânio de um inimigo, que o povo de Amato (uma antiga cidade de Chipre) fixara no portão da cidade, serviu como colmei a para abelhas.
Jz.14:9 9. Nas mãos. Sansão carregava nas mãos os favos de mel, comendo dele. jônatas também tez uso desse alimento (ISm 14:29). Sem dúvida essa era uma violação do voto de nazireu devido ao fato de o mel ter sido tirado de um esqueleto, o que o tornaria imundo, e alimento imundo era proibido (Jz 13:7).A seu pai. Está claro que os pais consentiram em ir ao casamento, apesar da presença deles não ser mencionada. Na viagem, Sansão se desviou momentaneamente para ver o leão e pegou do mel.
Jz.14:10 10. Um banquete. Literalmente, “uma bebida'' ou “ocasião para bebida”. O termo era utilizado para festas porque beber era uma das atrações principais. Essa comemoração duravasete dias (v. 12). Como nazireu, Sansão estava proibido de utilizar bebida forte. No entanto, ele tinha dado um passo para se unir ao mundo e, como é comum acontecer, foi fácil para ele dar o passo seguinte. Parece que ele tratou com leviandade todas as questões referentes a seu nazireado, exceto o cabelo sem cortar.
Jz.14:11 11. Como o vissem. O motivo da inclusão desta parte da frase é obscuro. Possivelmente significa: “quando viram a pessoa poderosa que ele era ’. Algumas das traduções gregas interpretam: “porque eles o temiam”. Os dois casos seriam muito semelhantes no hebraico.Trinta companheiros. Aparentemente, esses companheiros serviríam como auxiliares do casamento, mas possivelmente estivessem lá para a defesa, porque os filisteus sabiam da hostilidade hebraica com relação à opressão. Normalmente o noivo nomeava seus auxiliares, mas nesse caso Sansão estava numa cidade estranha, casando-se com a desaprovação de seu próprio povo. Por essa razão, os próprios filisteus nomearam os auxiliares para o casamento dele. Eles criam que havia auxiliares suficientes para subjugar o noivo caso ele tentasse causar problemas. Por outro lado, os 30 companheiros podem ter sido providenciados como guarda-costas da festa de casamento.
Jz.14:12 12. Um enigma. A utilização cie enigmas em festividades é antiga e é o entretenimento favorito. Grandes quantias eram oferecidas pela solução desses enigmas. Tornava a ocasião mais alegre e interessante.Trinta. Sem dúvida porque havia 30 acompanhantes (v. 11).Camisas. A melhor tradução seria "vestes de linho” (NVI). Acredita-se que eram grandes peças de linho fino que poderiam ser usadas como vestimenta externa durante o dia ou uma manta para dormir â noite. Outros textos fazem referência a essas vestimentas (Pv 31:24; Is 3:23). Alguns as tomam por vestes íntimas.Vestes festivais. Ver Gn 45:22,
Jz.14:13 13. Vós me dareis. A oferta de Sansão era justa. Se ele perdesse, daria 30 jogos de vestuário. Se eles perdessem, cada um fornecería apenas uma.
Jz.14:14 14. Comida. Do heb. maakal, ‘‘alimento”. O enigma foi feito na forma poética hebraica e a resposta a Sansão também (v. 18).
Jz.14:15 15. Ao sétimo dia. A LXX diz “no quarto dia'”. Corresponde à última parte do v. 14, que afirma que eles tentaram resolver o enigma durante três dias.Persuade [...] que nos declare. Isso significava que Sansão declararia o enigma por meio de sua esposa que obteria as informações e lhes contaria.Para que não queimemos a ti. Os filisteus eram brutais e traiçoeiros mesmo com seu próprio povo. Para não perder uma aposta, eles forçaram a mulher com ameaças. Não foi uma ameaça vã porque, mais tarde, eles realmente queimaram a ela e ao pai (ver jz 15:6).
Jz.14:16 16. Chorou diante dele. O enigma de Sansão tornou o casamento numa ocasião de angústia, não de alegria. O choro e a preocupação da noiva e os convidados car- rancudos deveriam ter servido como uma advertência de que a associação com filisteus traria angústia e tristeza.E to declararia a ti? A resposta de Sansão de que ele não havia falado nem aos pais era para mostrar que a relutância em revelar o enigma a ela (a quem conhecia há pouco tempo) não era prova de falta de amor.
Jz.14:17 17. Os sete dias. Talvez se deva aceitar a nota marginal: “o restante dos sete dias” porque, de acordo com o v. 14 os patrícios não a pressionaram até que se passassem três dias. A nota marginal se baseia no fato de que, no hebraico, parte de um período pode representar o período todo. Por outro lado, os manuscritos e versões concordam com a interpretação “sete” e a afirmaçãopode ser generalizada, mostrando o estado emocional da esposa durante toda a festa. Sem dúvida, desde o começo, ela pediu a Sansão que compartilhasse o segredo com ela. Na verdade, os companheiros de casamento podem ter recorrido imediatamente à estratégia de obter a informação por meio dela, e como nada acontenceu em poucos dias, recorreram à ameaça registrada no v. 15.Porquanto o importunava. Literalmente, “ela pedia insistentemente”. Ele fora capaz de vencer um leão, mas uma filisteia o derrotou.
Jz.14:18 18. Antes. Para intensificar o triunfo, os filisteus esperaram até o último i nstante antes de revelar o segredo que lhe haviam arracan- cado por meio de sua esposa. Responderam em forma poética, como o enigma.Lavrásseis. Sansão rapidamente percebeu a traição de sua esposa e citou o provérbio poético de arar com novilha de outra pessoa. Eles não tinham usado a própria inteligência para encontrar a resposta, mas se informaram com alguém próximo a ele e que lhe pertencia. A declaração é uma afirmação de que se tivessem agido de forma justa, ele teria vencido a aposta.
Jz.14:19 19. O Espírito do Senhor. O Senhor procurou despertar Sansão para que ele assumisse a obra para a qual havia sido chamado desde o nascimento.Desceu aos asquelonitas. A cidade de Asquelom estava a uma distância de 37 km, uma jornada de sete a oito horas.Matou deles trinta homens. Talvez ele os tenha surpreendido numa festa durante as horas noturnas e, de seus cadáveres, conseguiu obter as vestes festivais necessárias para pagar a aposta.Acendeu-se a sua ira. Ele estava irado com os filisteus e também com a esposa, que o havia traído durante sua festa de casamento. Por este motivo não conseguiu ficar com ela e retornou à casa de seu pai.
Jz.14:20 20. Companheiro de honra. Possivelmente ele era o principal dos 30 auxiliares, aquele que lhe era próximo, um “amigo do noivo” (ver Jo 3:29). Ela não amava Sansão.Esses to ram os resultados de uma conduta em direta violação aos expressos mandamentos de Deus. Caso Sansão tivesse aproveitado essa experiência e permitido que o vazio e o desapontamento causados pelo pecado o guiassem a buscar um caminho melhor, Deus ainda o aceitaria e permitida que liderasse Israel em completo triunfo contra os filisteus. No entanto, Deuscontinuou a trabalhar por meio de Sansão na medida em que ele permitia.A experiência de Sansão indica que Deus não abandona imediatamente os Seus servos quando eles caem em pecado. Ele pode continuar a abençoar os esforços deles apesar de conscientemente desrespeitarem algumas exigências divinas. Como não existe nenhuma pessoa perfeita, Deus não podería utilizar instrumentalidades humanas em Sua obra se abençoasse somente os esforços dos puros. Sendo assim, ninguém deve interpretar que as bênçãos do Céu demonstram que Deus aprova todas as obras de Seus servos.Capítulo 15I Sansão é proibido de ver sua esposa. 3 Ele queima os campos dos filisteus com raposas e tochas. 6 S ua mulher e o pai dela são queimados pelos filisteus. 7 Sansão fere os filisteus nas pernas. 9 É tomado prisioneiro pelos homens dejudá e entregue aos filisteus. 14 Ele os mata com uma. queixada de jumento.cordas que tinha nos braços se tornaram como fios de linho queimados, e as suas amarraduras se desfizeram das suas mãos.
Jz.15:1 1. Ceifa do trigo. Naquela região a ceifa do trigo era de meados de maio a meados de junho. A estação é mencionada por causa do incidente narrado nos v. 4 e 5 sobre a queima do grão maduro.Um cabrito. Numa ocasião dessas, um cabrito era um presente apropriado (ver Gn 38:17).Câmara. Ou seja, no quarto da mulher. Apesar de essa mulher estar casada com outro homem, ainda estava na casa do pai.
Jz.15:2 2. De todo a aborrecias. O pai deduziu que Sansão não se interessaria mais pela mulher depois que ela traíra a sua confiança, então a dera a outro homem. Ele concluiu que Sansão havia desistido dela por ter saído furioso e não ter retornado mais.A irmã que é mais nova. O pai já havia recebido o dote, por isso ofereceu a filha mais nova a Sansão. Ele conhecia muito bem a força de Sansão e, com ansiedade e temor.procurou se livrar de urna situação difícil. Ele temia pela reação de Sansão à injustiça praticada contra ele.
Jz.15:3 3. Sansão lhes disse (NVÍ). Literalmente, "a eles”. Sansão falou com o pai, mas provavelmente havia outras pessoas no recinto. E possível que as filhas pudessem ouvir a voz dele dos seus aposentos e estivessem conversando com interesse a respeito da situação.Desta feita sou inocente. Era um momento importante na vida de Sansão. Ele podería ter revidado ao pai temeroso ou à esposa traidora. E possível que ele cresse que agiram daquela forma devido à pressão dos filisteus, que o odiavam por ser israelita. Naquela ocasião, ele podería :ir à raiz do problema, atacando a tirania filisteia em geral. Os próprios filisteus haviam atraído os problemas. Sob essa luz, Sansão sentia-se inocente ao praticar hostilidades.
Jz.15:4 4. Raposas. No heb., shualim. Palavra utilizada também para chacais (ver SI 63:10). E possível que Sansão tenha capturado chacais porque vivem em bandos e são mais taceis de capturar que as raposas.Naquela estação do ano, declarada como o tempo da colheita do trigo (v. 1) que chega ao final de uma longa estação seca, os campos deveríam estar bem secos. E possível que Sansão tenha realizado seu plano à noite, enquanto ninguém observaria suas ações e não haveria quem apagasse as chamas.
Jz.15:5 5. As vinhas. As baixas vinhas de uvas e os troncos ressecados das oliveiras queimariam facilmente. E possível que Sansão não estivesse completamente consciente da extensão que o incêndio alcançaria. Quando o incêndio acabou, restavam quilômetros de campos enegrecidos onde estiveram ricas safras no dia anterior.
Jz.15:6 6. Responderam. Os timnitas ou, pelo que se seguiu, os próprios hebreus podem ter sido quem informou que Sansão havia começado os incêndios. Ele teria que lutar com os filisteus sozinho e também lidar com a letargia e a aberta oposição de seu próprio povo que estava disposto a cooperar com os filisteus, em vez de se juntar a ele na guerra para se libertar do jugo estrangeiro.Queimaram a ela. Os filisteus descarregaram sua ira sobre a mulher e sua família, cuja conduta originou todos esses problemas. Pretendiam também que essa atitude insultasse a Sansão. Numa retaliação selvagem, eles mataram a mulher a quem ele desejou uma vez e para quem tencionava voltar.
Jz.15:7 7. Se assim procedeis. Literalmente, Sansão disse: “Se. vocês vão agir assim [vingando-se covardemente de uma mulher indefesa], minha vingança será maior sobre vocês.”
Jz.15:8 8. Feriu-os [...] perna juntamente com coxa (ARC). A origem desta figura de linguagem é obscura. E uma expressão proverbial para “completamente” ou “inteiramente”. Não é dito qual grupo dos filisteusfoi ferido por Sansão, mas muito provavelmente foram os que queimaram a mulher e o pai dela.Fenda. Ou, “fissura” (ver Is 2:21; 57:5). Possivelmente o lugar estava numa caverna inacessível numa grande fenda de rocha. A localização explica as expressões “desceu”, deste verso, e “fizeram-no subir”' do v. 13.Etã. O local desta caverna é desconhecido. A Bíblia menciona duas cidades com o nome Etã: (1) Khirbet el-Khôkh, a sudoeste de Belém e não muito longe de Tecoa (2Cr 11:6), também próximo a Ain Atem, onde estavam situadas as “piscinas de Salomão” que abastecem Belém; e (2) um local não identificado na parte sul de Judá, na terra de Simeão (lCr 4:32). A caverna mencionada neste verso não foi identificada com esses lugares.
Jz.15:9 9. Acamparam-se contra Judá. Sansão era da tribo de Dã, mas essa tribo recebeu sua herança dentro da tribo de judá. Os filisteus, em formação de batalha, subiram contra os israelitas para vingar os prejuízos que Sansão lhes infligira.Lei. Literal mente, “queixada”. E possível que a localidade não tivesse esse nome até o tempo dos eventos que o autor relata a seguir (ver com. do v. 19). O local de Lei não é conhecido. Aqueles que colocam Etã próximo a Belém preferem uma localização próxima, mas os que colocam Etã próximo a Zoar favorecem uma localização em Wadi ets-Tsarâr, nas cercanias de Zorá e Timna.
Jz.15:10 10. Por que subistes contra nós? A tribo de Judá estava vivendo satisfatoriamente com a servidão. Por isso parece expressar surpresa com a invasão dos filisteus. Afinal, Sansão não era de sua tribo e eles não demonstravam qualquer ressentimento contra os filisteus.Amarrar Sansão. Aparentemente os filisteus não planejavam guerrear contra todos os hebreus. Queriam somente a Sansão, mas trouxeram homens suficientes para protegê-los de um ataque surpresa.
Jz.15:11 11. Três mil. Os homens de judá conheciam a intrepidez de Sansão e, por esta razão, foram até ele com tamanha força para cercá-lo e impedir sua fuga. Eles não ousariam se aproximar dele se não estivessem seguros de que ele não feriria os próprios patrícios.Não sabias tu [...]? Os homens de Judá repreenderam a Sansão por se rebelar contra o domínio filisteu e por expô-los ao perigo, escondendo-se dentro de suas fronteiras. Esta reprovação e a prontidão em entregá-lo aos filisteus evidenciam o declínio de judá. Outrora tão poderosos na guerra, jaziam impotentes em fraqueza moral. A fraqueza religiosa era seguida da perda do patriotismo. O que teriam conseguido esses 3 mil ao lado de Sansão se procedessem como os 300 de Gideãor
Jz.15:12 12. Jurai-me. Sansão não temia os filis- teus. Ele cria que Deus o ajudaria contra eles no momento oportuno. Ele desconfiava de seus parentes e exigiu um juramento de que não o feririam, de modo que ele fosse obrigado a destruí-los também.
Jz.15:13 13. Duas cordas novas. Ver jz 16:11, Eles queriam as cordas mais fortes que havia porque conheciam sua tremenda força.
Jz.15:14 14. Foram [...] aos gritos (NVI). Literalmente, "gritaram [enquanto corriam] para encontrá-lo”. Quando chegou a notícia no acampamento filisteu de que seu inimigo estava amarrado, de que foi arrastado para o acampamento e que seus patrícios covardemente o entregaram, eles gritaram de emoção. Com alegria correram para encontrá-lo, ansiosos pela desforra.
Jz.15:15 15. Queixada de jumento, ainda fresca. Era uma queixada “úmida” ou "fresca” de um animal morto havia pouco. Por isso ainda não estava frágil para se quebrar facilmente. Assim que Sansão rompeu as cordas que o amarravam, talvez tenha olhado para todos os lados em busca de alguma arma. Antes que seus inimigos seacalmassem do júbilo, ele já começou a desferir golpes mortais. Os filisteus fugiram em pânico, mas antes que pudessem alcançar a planície, mil deles haviam caído diante da força de Sansão.
Jz.15:16 16. E disse. A matança foi tão impressionante que Sansão a celebrou com um poema de vitória. Em verso, o poema aparecería como segue: “Com uma queixada de jumento, um montão, outro montão; Com uma queixada de jumento, feri mil homens. ”O poema também exibe um interessante jogo de palavras evidente no hebraico, mas intraduzível para o português. Os sons para "jumento” e "monte” são idênticos. A trans- literação ilustra o efeito poético dos versos: Bilchi hahamor hamor hamoratayim. Bilclii hahamor hikkiti elef ’ish.
Jz.15:17 17. Ramate-Leí. Significa "o monte da queixada’”.
Jz.15:18 18. Sentindo grande sede. Naquela região o calor se intensificava, especialmente na época da colheita, e a água era escassa.E evidente que os esforços de Sansão quase o esgotaram. E possível que ele temesse um reagrupamento dos filisteus para atacá-lo em pouco tempo. Se o encontrassem assim, não conseguida resistir. Por meio dessas circunstâncias, Deus estava tentando ensinar a Sansão que, separado do auxílio divino, ele não poderia libertar Israel. A incrível vitória obtida se devia à ajuda de Deus. Sansão nem mesmo podia sair do campo de batalha por suas próprias forças e morrería a menos que Deus o auxiliasse.Clamou ao Senhor. Quando em grande dificuldade, Sansão recorreu à oração. Somente nesta situação, em tempo de crise e numa situação similar momentos antes de morrer (Jz 16:28), há o registro de que Sansão tenha de novo orado a Deus. £ Em cada uma delas, o Senhor respondeu à oração. E uma tragédia que a vida de oração de Sansão tenha sido tão deficiente. Ele poderia ter sido um líder espiritual poderosose tivesse mais inclinação espiritual. Somente quando temeu a proximidade da morte é que ele clamou a Deus. Como resultado do desinteresse religioso, ele permaneceu um anão espiritual. E uma boa coisa clamar a Deus nas dificuldades, mas é lamentável que muitos só façam isso nessas horas.
Jz.15:19 19. Fendeu a cavidade. No heb., maktesh, “morteiro”. Era uma depressão circular, talvez no chão, que se assemelhava à forma de um morteiro. No hebraico, a palavra possui o artigo definido e deve ser traduzido como “o local vazio”.Em Lei. No heb., ballehi. Literalmente, "na queixada” ou “em Lei". Na primeira leitura da passagem na KJV e na ACF, pode- -se pensar que a cavidade que Deus fez estava na queixada que Sansão utilizou como arma. Muitos interpretam a passagem dessa forma. Os tradutores da KJV e da ACF interpretaram desse modo. Contudo, no final do verso, mesmo de ambas as versões, afirma-se que a “cavidade” está “em Lei” [ballehi]’'. Uma vez que essa expressão hebraica é idêntica à que foi traduzida anteriormente no verso como "na queixada”, a escolha da tradução deve ser determinada pelo contexto. Parece mais razoável adotar a leitura que emprega o nome próprio. A sentença poderia ser traduzida: “Deus fendeu a cavidade (ou morteiro) que estava em Lei", conforme a ARA traduziu (para exemplos deprovisões miraculosas de água em tempos de necessidade, ver Gn 21:18, 19; Êx 17:6; Is 41:17, 18).Dela saiu água. Deus realizou um milagre, fazendo com que uma fenda se abrisse no fundo de uma cavidade, para que dali brotasse água. Com essa água Sansão se refez e pôde voltar para casa.En-Hacoré. Literalmente, “a fonte daquele que clama”. Sansão deu este nome à fonte porque ela brotou quando, ao se encontrar em grande necessidade, ele clamou por água ao Senhor.
Jz.15:20 20. Julgou a Israel. Sansão não governou sobre as 12 tribos. Aparentemente, somente aos hebreus daquela área. É possível que o povo tenha concedido a ele o tipo de prerrogativas imprecisas que estava disposto a dar a um herói militar.Nos dias. Parece indicar os 40 anos da opressão dos filisteus (ver p. 112).Vinte anos. E evidente que esse período de 20 anos durante os quais Sansão liderou os hebreus do sul estava próximo do final dos 40 anos de opressão filisteia, porque Sansão nasceu nos primeiros anos da opressão (PP, 560). (3 fato de os hebreus não se unirem a Sansão na revolta contra os filis- teus, e ainda de terem permanecido subservientes a eles, sugere que o governo de Sansão pode ter se limitado à pequena localidade onde morava (ver Jz 16:31).Capítulo 16I Sansãio escapa de Gaza e carrega os portões da cidade. 4 Dalila, corrompida pelos filisteus, alicia a Sansão. 6 Ela é enganada três vezes. 15 Finalmente ela o vence. 21 Os filisteus o aprisionam e vazam seus olhos. 22 Quando sua força é renovada, ele põe abaixo a casa dos filisteus e morre.o.l hos,
Jz.16:1 1. Gaza. Era a maior das cidades filis- teias e ficava mais ao sul. Foi um centro importante porque as rotas das caravanas do deserto se juntavam à estrada que vinha do Egito. Ficava a 48 km da região onde ocorreram as outras aventuras de Sansão. Ele confiou em sua grande força, que inspirou muito medo nos filisteus e se aventurou no centro do território inimigo.Uma prostituta. Parece que Sansão se tornou completamente desprovido de princípios morais. Continuamente permitia que seus desejos impulsivos triunfassemsobre ele. Um passo errado leva ao seguinte. Sansão cometeu o primeiro erro ao escolher más companhias na juventude. O resultado trágico foi o seu casamento com a mulher filisteia. E cada vez mais ele caía ainda mais baixo na escala moral.
Jz.16:2 2. Foi dito. Esta frase curta não está no hebraico original, porém aparece nas versões mais antigas. Ela completa o sentido do texto.Sansão chegou aqui. A ousadia de Sansão pode tê-lo levado a fazer pouco esforço para esconder sua identidadeou presença. Os filisteus estavam ansiosos por vingança e não tardaram em formular planos para capturar aquele que liderava a oposição dos hebreus contra eles.Cercaram-no. Talvez eles não soubessem em que casa ele estava. De qualquer forma, estavam fechados os portões dessa cidade solidamente fortificada, e os filisteus se sentiam seguros de sua presa.
Jz.16:3 3. Até à meia-noite. Com a consciência pesada (PP, 565), Sansão se levantou à meia- noite. E possível que ele, receoso de haver sido reconhecido, resolveu sair enquanto as ruas estavam desertas. Encontrou os portões fechados. Os muros da cidade eram muito altos para escalar. Deus interviria a fim de livrá-lo, apesar do enorme pecado que ele cometera?Pegou ambas as folhas da porta. Deus não tinha abandonado Sansão. Não é dito se os guardas dormiam ou se haviam afastado-se por um momento ou mesmo se ofereceram alguma resistência. Sansão agarrou a barra que trancava as portas e as arrancou, exercendo sua força magnífica.Juntamente com a tranca. Sansão levou tudo em uma única peça: as portas e a estrutura toda.Levou-as para cima. O hebraico diz: "puxou para cima”.Para Hebrom. Esta cidade está a aproximadamente 60 km de Gaza. No entanto, o texto não afi rma que Sansão tenha caminhado com os portões e barras nos ombros por todo o caminho até Hebrom. Ele os depositou numa montanha no caminho para Hebrom.
Jz.16:4 4. Vale de Soreque. O vale onde estava situado o lar de Sansão, em Zorá. Acredita-se que o vale seja o moderno Wadi eís-Tsarâr, onde foram encontradas as ruínas chamadas Surik, que se pensa ser a antiga Soreque. A cidade de Soreque distava de Zorá 3,2 quilômetros.Dalíla. E comum pensar que fosse uma mulher filisteia, mas isto não é declarado.A julgar pelo suborno oferecido a ela, alguns creem que ela não era uma filisteia porque, se fosse dessa nacionalidade, possivelmente eles utilizariam ameaças em vez de suborno, como no caso da esposa de Sansão (jz 14:15).
Jz.16:5 5. Príncipes dos filisteus. É possível que os cinco principais governantes filisteus (ver com. de Jz 3:3) tenham se unido no esforço de conseguir por suborno o que não conseguiram pela força das armas.Em que consiste a sua grande força. Mesmo que Sansão tenha sido grande no físico, os filisteus reconheceram que sua força ultrapassava o que se poderia esperar simplesmente de um homem muito forte. Eles imaginavam que ele tinha algum segredo mágico. Talvez Sansão, em algum momento, se gabasse de que havia uma fonte secreta para sua força.Amarrá-lo. Os filisteus odiavam Sansão a ponto de querer matá-lo. Mas assim, a miséria dele e a alegria deles durariam pouco. Por isso, decidiram mantê-lo em correntes para zombar dele e ridicularizá-lo.Mil e cem siclos de prata. Segundo o costume da época, estas seriam barras de prata, cada uma pesando um siclo (cerva de 11,5 g). Havia cinco príncipes dos filisteus. De acordo com este verso, cada um deles prometeu pagar esta quantia a Dalila para ela enganar Sansão e fazer com que ele revelasse o segredo de sua força sobrenatural. Pelos valores da época, era um enorme suborno; mostra como os filisteus estavam ansiosos para capturar Sansão. Os mais de 5 mil siclos pagos a Dalila equivaler iam ao preço de 275 escravos, na proporção paga por José (Gn 37:28).
Jz.16:6 6. Poderías ser amarrado. Sansão deve ter suspeitado dos motivos de Dalila. Por isso, recorreu ao engano e mentiu a respeito do segredo de sua força.
Jz.16:7 7. Sete. Alguns achavam que este número tinha poder particular. Deve-se notar que o cabelo de Sansão, a última evidência de suaconsagração a Deus, foi dividido em sete tranças (v. 13). Talvez ele já estivesse revelando inconscientemente parte de seu segredo.Tendões. “Tiras de couro” (NVI); “cordas de arcos ainda frescas'' (Bj). O exato sentido da palavra hebraica é incerto. É utilizada para cordas de arcos e cordas que sustêm barracas. E possível que se refira a cordas de tripa feitas dos intestinos ou nervos dos animais.Frescos. No heb., iah, “úmido”, “fresco”, “verde” (KJV). O significado depende do objeto ao qual é aplicado.Como qualquer outro homem. Ou seja, sem possuir mais força do que um homem comum.
Jz.16:8 8. Ela o amarrou. Sem dúvida, Dalila agia de forma dissimulada, a fim de disfarçar as suas reais intenções.
Jz.16:9 9. Homens escondidos. No hebraico aparece na forma singular, mas provavelmente no sentido coletivo (ver jz 20:37; Js 8:14). Alguns duvidam que Dalila fosse capaz de ocultar mais de um espia sem que Sansão percebesse, mas isso é questionável.Os filisteus vêm sobre ti. O texto não declara que os homens tenham saído do esconderijo quando o grito foi proferido, mas as circunstâncias deram prova clara a Sansão de que os filisteus estavam ligados a Dalila (ver PP, 565, 566).Estopa. A parte fraca do linho, normalmente descartada devido a sua fragilidade.
Jz.16:10 10. Disse Dalila. Não é necessário inferir que Dalila fez a segunda tentativa imediatamente. E possível que tenha esperado alguns dias até que as suspeitas de Sansão fossem dissipadas. Ela esperava o seguinte momento oportuno e se queixou da falta de gentileza dele em recusar contar seu segredo.
Jz.16:11 11. Cordas novas. Outras pessoas já tinham feito essa tentativa, que falhou (Jz 15:13, 14). Novamente, especificando cordas que nunca tivessem sido usadas ou consagradas a outro propósito, Sansão tocouremotamente em seu segredo: a consagração a Deus como nazireu.Dalila esperava que nessa nova revelação Sansão não a enganasse. Ela ardilosamente o amarrou novamente, mas Sansão quebrou as cordas como se fossem fios. Por meio dessas decepções é possível que Sansão esperasse aplacar outros questionamentos de Dalila. Ao pensar no valioso suborno, ela não seria dissuadida facilmente. E Sansão, cuja força descomunal o tornara autocon- fiante em demasia, brincava cada vez mais nas mãos da sedutora.
Jz.16:12 Sem comentário para este versículo
Jz.16:13 13. Com a urdidura da teia. Com leviandade e insensatez incríveis, Sansão quase divulgou o seu verdadeiro segredo, ao permitir que seu cabelo fosse tecido por Dalila. Sem dúvida, ela o lisonjeou, elogiou sua força viril e, ao manifestar a curiosidade de uma amante, insidiosamente perguntou outra vez sobre o segredo de sua força. Sansão lhe deu pouca importância e sugeriu que, se ela tecesse seus cabelos no tear e os usasse como a trama, ele não teria forças para se libertar.
Jz.16:14 14. Fixou com um pino. Literalmente, “ela o golpeou com o pino”. Parece ser uma expressão técnica para o ato de tecer a trama que bate com força na urdidura. E evidente que esse pino era a lançadeira do tecelão, deduzido da expressão “pino de tear” neste verso.Despertou [...] e arrancou o pino. O verbo hebraico utilizado aqui significa basicamente “levantar-se” (NTLH), como no v. 3. Era comum utilizar a palavra como referência a arrancar estacas de barracas, de onde o uso também assumiu o significado de “partir” (KJV7). Os dois sentidos se encaixam nesse contexto. De qualquer maneira, nos esforços de Sansão para se livrar do tear ao qual estava preso, ele arrancou o tear e o despedaçou. E possível que tenha saído furiosamente com a teia, o tecido inacabado em seus cabelos e com a lançadeira e partes do tear agarrados a ele.
Jz.16:15 15. Ela lhe disse. Novamente deve ter decorrido algum intervalo. Se o episódio anterior ocasionou uma ruptura temporária no relacionamento, Sansão, desta vez mais calmo, estava desejoso de retornar para Da li Ia. Ela ainda continuava a dizer com insistência que não tinira nenhum motivo oculto para descobrir o segredo dele, porém argumentou que ele não se revelava a ela porque não a amava. Ela insistia: “Ao invés de me amar como você diz, você zomba de mim." E assim ela continuou a enfraquecer a resistência dele em revelar a verdade sobre sua grande força.
Jz.16:16 Sem comentário para este versículo
Jz.16:17 17. E lhe disse. A narrativa dá a impressão de que Sansão era incrivelmente insensato. A qualquer momento, ele podería colocar um fim nos questionamentos de Dalila. Bastava abandoná-la e retornar para a casa dele. Porém, a principal falha de Sansão não foi tanto sua estupidez, mas a paixão sensual. Na ruína e vergonha que essa fraqueza sensual lhe trouxe e o modo como passo a passo o levou a perder o miraculoso dom da força sobrenatural, se encontra a moral da história. Ele comprovou sua imensa força por três vezes, mas, então, pela quarta vez comprovou sua imensa insensatez. Deus planejara um nobre destino para ele. Porém, sua fraqueza, ao colocar a satisfação sexual acima de tudo em seu pensamento, desfigurou o projeto de Deus para sua vicia e, finalmente, o levou a um fim vergonhoso.
Jz.16:18 18. Vendo, pois, Dalila. Sansão não foi tão longe a ponto de revelar o grande segredo sem sentir certo temor e vergonha. Dalila percebeu que finalmente havia descoberto o segredo dele, então mandou chamar imediatamente os governantes dos filísteus, sabendo que, por fim, ela lhes entregaria Sansão e recebería sua generosa recompensa.
Jz.16:19 19. Passou ela a subjugá-lo. “Afligi-lo” (ABC). Ou seja, maltratá-lo e causar-lhe dor.
Jz.16:20 20. Sairei [...] e me livrarei. Literal- mente, "me sacudirei para livrar-me”. Porcausa desta expressão, muitos acreditam que Dalila havia prendido Sansão além cie lhe cortar o cabelo. O contexto, no entanto, não está claro. Os filisteus queriam estar seguros de que ele realmente estava sem forças antes de se arriscarem a enfrentá-lo, mas ao verem a falta de ação dele enquanto Dalila o afligia (v. 19) tiveram certeza.O Senhor Se tinha retirado. Sansão violou muitas vezes seu voto de nazireu ao beber vinho (PP, 565) e por se contaminar de outras maneiras, mas ao conservar os longos cabelos, indicava algum interesse em manter a consagração ao serviço de Deus. O cabelo em si não possuía nenhuma virtude, mas era um sinal de sua lealdade a Deus. Porém, ao sacrificar seus princípios aos caprichos de uma mulher iníqua, Sansão fez com que Deus retirasse dele o dom cia força sobrenatural. Deus foi muito paciente com a insensatez de Sansão, mas quando ele quebrou completamente o voto, o Senhor retirou Sua bênção e proteção.
Jz.16:21 21. E lhe vazaram os olhos. Uma punição apropriada. O profano desejo de Sansão de contemplar a beleza de mulheres ímpias o havia levado de uma experiência pecaminosa a outra, tornando-se a causa imediata de sua captura pelos filisteus.Os filisteus escolheram poupar a vida de Sansão evidentemente para sustentar a vaidade de tão grande conquista. Eles temiam que ele recuperasse a sua tremenda força a qualquer momento. Para segurança deles, arrancaram seus olhos (ABC). E possível que os tenham queimado com ferro quente ou os perfurado com instrumento cortante. Os dois métodos foram utilizados na Antiguidade.Virava um moinho. Eles o obrigaram a fazer girar um pesado moinho, da mesma forma como o faziam com bois ou jumentos.
Jz.16:22 22. Crescer de novo. Sansão reconheceu sua insensatez ao revelar o segredo e permitir que seu cabelo fosse cortado. Ele renovou sua consagração a Deus. Por causadessa decisão, Deus começou a restaurar a força dele.
Jz.16:23 23. Grande sacrifício. Normalmente esses sacrifícios eram acompanhados de uma grande lesta ou celebração.A seu deus Dagom. Não se sabe muito sobre essa divindade. São dadas várias explicações para o significado do nome. Alguns o derivam da palavra hebraica/cananeia clagan, que significa “grão”. Dagom seria uma das várias deiclades agriculturais da Palestina. Contudo, o nome também pode derivar da palavra dag, “peixe”. As duas explicações são antigas. O fato de que foram desenterradas moedas na cidade palestina de Asquelom com a imagem de uma divindade representada como metade homem e metade peixe leva a aceitar a última explicação (ver PP, 567). Em 1 Samuel 5:4, é feita referência à cabeça e às mãos de Dagom.Nosso deus nos entregou. Várias nações antigas atribuíam suas vitórias ao poder de suas divindades.
Jz.16:24 24. Vendo-o o povo. E possível que Sansão tivesse sido colocado em exibição no moinho onde ele estava trabalhando e que fossem realizadas excursões à prisão para que todos vissem de perto o odiado inimigo.Diziam. Em hebraico, as palavras seguintes estão em forma de uma canção rimada com quatro versos, cujos finais rimam entre si.
Jz.16:25 25. Mandai vir Sansão. Ou seja, que o levassem da prisão ao salão de testas que formava parte do templo, onde todos os que estavam reunidos pudessem vê-lo.Para que nos divirta. Não significa necessariamente que ele agiria como um palhaço, mas que a aparência do seu poderoso inimigo, então cego e preso, provocaria riso e zombaria.
Jz.16:26 26. As colunas. Este edifício talvez fosse um pórtico de teto plano ou salão apoiado por colunas que formavam parte do templo.
Jz.16:27 27. Príncipes dos filisteus. Eram os governadores dos cinco distritos filisteus quehaviam subornado Dalila para que traísse Sansão (ver com. do v. 5).Sobre o teto. É possível que essas 3 mil pessoas procurassem um ponto vantajoso no pórtico do teto para ver melhor a Sansão que seria instigado e atormentado diante da multidão. Este peso adicional tornaria certa a ruína do telhado, se várias colunas fossem empurradas.No hebraico, as palavras traduzidas para “homens e mulheres” não são as mesmas nas duas frases. A distinção pode estar nas classes: os que estavam no piso principal representavam a nobreza e se assentavam com os “príncipes '-, já os que estavam no teto eram o povo comum.
Jz.16:28 28. Sansão clamou. Neste verso, Sansão usou três nomes diferentes para Deus: Adhonai, Yahiveh e 'Elohim (vervol. 1, p. 11, 12, 148). Esta é a segunda vez em que o autor menciona a oração de Sansão. Não se deve concluir que essas tenham sido as únicas ocasiões em que ele orou, mas, se ele tivesse cultivado mais o hábito de orar, podería ter sido poupado dessa vergonha e humilhação, e sua vida teria cumprido o grandioso propósito que Deus tinha para ele.Uma vez me vingue (ARC). Alguns traduzem este verso dando a entender que Sansão pedia a Deus para se vingar por um de seus olhos (ARA). Eles supõem que Sansão tenha morrido com uma expressão de humor sombrio nos lábios, de acordo com seu jeito zombador. Segundo essa tradução, mesmo que ele tenha premeditado uma grande catástrofe fazendo com que o telhado ruísse, não repararia a perda de sua visão, mas seria suficiente para um olho.Embora essa tradução seja aceitável, a tradução mais literal feita pela LXX, a Vulgata e a siríaca: "retribuirei a recompensa" é da mesma forma aceitável e parece se ajustar melhor ao contexto. As amargas experiências levaram Sansão ao arrependimento, por isso é mais provável que ele tenha morridocom expressão séria, buscando remir, nos últimos momentos de sua vida, as oportunidades perdidas. Os insultos, que atribuíam a vitória dos filisteus à divindade pagã Dagom, podem tê-lo impulsionado a vindicar o nome do Deus de Israel sobre quem ele havia acarretado tanta desonra.
Jz.16:29 Sem comentário para este versículo
Jz.16:30 30. Morra eu. No hebraico, literalmente, ‘que eu morra”. ‘'Alma” geralmente é usada com a ideia de “eu” (Gn 12:13; 27:25, ACF; ISm 18:1, ARA; SI 25:20; etc.). Sansão estava dizendo: “Deixe-me [eu mesmo] morrer” (KJV). L o indivíduo que morre, não somente o corpo. A designação "alma” identifica o homem como um "ser”, como um único “eu” ou “indivíduo”.Inclinou-se. Sansão provavelmente abraçou as duas colunas centrais e as puxou ao mesmo tempo, lançando todo o peso sobre ele. Elas podem ter sido arrancadas da sua base ou do apoio superior, ou partido pela metade. Privado das duas colunas centrais, o teto começaria a ceder, esmagando as multidões reunidas embaixo e lançando para a morte os que estavam no telhado.Matou na sua morte. Este foi o clímax da luta de Sansão contra os filisteus. Na morte, ele matou mais filisteus e com eles outros mais poderosos (porque dentre a multidão estavam os governantes) do que fez em vida.
Jz.16:31 31. Seus irmãos. Esta é a ú nica indicação de que Sansão teve irmãos, porém, pode se referir a parentes próximos ou compatriotas. Como Ana, Manoá e sua esposa podem ter tido outros filhos depois do nascimento de Sansão. Eles e talvez o restante dos parentes por parte do pai foram a Gaza quando souberam de sua morte. Pegaram o corpo e o levaram de volta à sua cidade natal onde foi enterrado na sepultura cie seu pai. E possível que Manoá e sua esposa já estivessem mortos. A oposição de Sansão aos filisteus durou 20 anos (ver Jz 15:20). Seus compatriotas não haviam se unido a ele nos conflitos com os filisteus, por esta razão foram autorizados a pegar o corpo para enterrá-lo. Diferente foi a atitude dos filisteus com relação ao corpo de Saul (ISm 31:10-13).Capítulo 17ourives, o qual fez deles uma imagem de escultura e uma de fundição; e a imagem esteve em casa de Mica.
Jz.17:1 1. Região montanhosa de Efraim. Ver com. de Jz 2:9 e 8:27. Não é definido o exato lugar da residência de Mica. A indicação é de que fosse a algum lugar ao longo da estrada que atravessava as montanhas centrais da Palestina no território de Efraim.Mica. No heb., niikayehu. Esta forma ocorre apenas neste e no verso 4. Nos outros pontos da narrativa, é utilizada a forma abreviada tmkah. O nome completo significa “quem é como Deus [Yahweh]”, enquanto que a forma abreviada significa “quem é como".A partir de Juizes 17, o restante do livro é composto de dois apêndices para a história dos capítulos anteriores. Até esse ponto da narrativa do livro dos Juizes, os incidentes estão centrados em torno de apostasia, opressão e libertação. Os últimos cinco capítulos contêm o registro de dois eventos que ocorreram antes, no período dos juizes. Eles são relatados para mostrar o desordenado estado de coisas durante aquela época.Juizes 17 e 18 apresentam incidentes na vida de Mica e mostram a migração de uma parte da tribo de Dã de seu território entre o mar e a fronteira de Efraim para a parte norte da Palestina, adjacente ao território de Naftali. A narrativa se divide em três partes:(1) a origem da idolatria de Mica (Jz 17:1-6);(2) como um levita renegado se tornou o sacerdote de um culto idólatra (Jz 17:7-13); e (3) como ocorreu a transferência da imagem para Dã junto com a migração de uma porção daquela tribo (Jz 18). Os eventos aqui descritos ocorreram, possivelmente, durante o tempo dos anciãos que seguiam a Josué (Jz 2:6-10; ver com. de Jz 18:29).
Jz.17:2 2. Mil e cem. Para uma estimativa, ver com. de Jz 16:5.Foram tirados. Ou seja, roubados.Deitavas maldições. Quando a mãe, aparentemente uma rica viúva que vivia com o filho, descobriu que a prata havia sido roubada, ela “lançou” (ACF) uma terrível maldição sobre o dinheiro e sobre aquele que o pegara, talvez sem imaginar que seu próprio filho Mica fosse o ladrão. Ao amaldiçoar o dinheiro, ela pode ter mencionado que o havia destinado para fazer um ídolo (v. 3), proibindo, assim, o seu uso para outras funções. O ladrão não poderia utilizá-lo, segundo a superstição, sem sofrer retaliação por parte da divindade invocada.De que também me falaste. M ica ouviu a terrível imprecação contra o ladrão e é possível que tenha se perturbado imediata mente.Naquela época se acreditava que o poder de uma maldição era grande e real,Eu o tomei. A confissão de Mica pode ter sido feita na esperança de acalmar a consciência e evitar o efeito antecipado da maldição.Bendito do Senhor seja meu filho. Nesse tempo, as pessoas acreditavam que a maldição não podería ser retirada. A mãe de Mica procurou evitar seus efeitos, neutralizando-a com uma bênção.
Jz.17:3 3. De minha mão dedico este dinheiro. A veemência de sua maldição se devia ao fato de que o dinheiro roubado fora prometido "ao Senhor”. No entanto, não está completamente claro se ela disse: “Eu o consagrei agora' como gratidão pela restauração, ou "Consagrei antes que fosse roubado”. Os dois sentidos são possíveis.Ao Senhor. Literalmente, “a [Yahweh]”. A mulher e o filho eram adoradores do Deus dos hebreus. Entretanto, a adoração deles se degradara, como havia ocorrido com a dos demais israelitas, ao ponto de fazerem imagens de escultura ao Senhor em violação direta ao segundo mandamento.Uma imagem de escultura. Não é claro se a pesei (“imagem de escultura") e a massekah ("imagem de fundição”) representam duas imagens distintas ou uma imagem de prata adornada com ornamento esculpido. Em geral, uma imagem era esculpida em alguma base de metal e recoberta com um metal mais precioso. Uma imagem dessas foi recuperada da cidade de Megido, na Palestina, e agora está em exibição no museu do Instituto de Estudos Orientais, da Universidade de Chicago. No entanto, juizes 18:17 parece falar de duas imagens. As palavras estão separadas, de modo que a segunda não pode ser tida como explicação da primeira. Porém, novamente em juizes 18:20 e 30, somente uma imagem é mencionada.
Jz.17:4 Sem comentário para este versículo
Jz.17:5 5. Casa de deuses. O hebraico pode se traduzir como “a casa de Deus” (ver Jz 18:31).Significa que Mica construiu um santuário particular.Estola sacerdotal. Para uma descrição da estola sacerdotal, ver com. de Jz 8:27; Ex 28:6. A estola sacerdotal era usada pelo sacerdote quando consultava a Deus.Terafins (ARC). Eram “ídolos do lar” (ARA; ver Gn 31:19, 34, do heb. terafim; ver ainda com. de Gn 31:19). Eram utilizados como instrumentos oraculares (Ez 21:21; Zc 10:2). Alguns deles pareciam estar em forma humana (ISm 19:13-17).Consagrou. A frase em hebraico traduzida literalmente significa “encheu a mão”. A expressão pode ter se originado do costume de encher as mãos dos sacerdotes recém-con- sagrados com porções de sacrifício.Um de seus filhos. A apostasia de Mica foi tanta que ele não fez somente uma imagem e um santuário privado, mas realmente empossou um de seus filhos como sacerdote do santuário. Cada uma dessas ações era uma direta violação aos requerimentos da lei de .Moisés.
Jz.17:6 6. Não havia rei. E também não havia nenhuma forma legal de governo nacional. Fidelidade ao Rei invisível proporcionaria unidade nacional a Israel e segurança contra os invasores e a servidão aos vizinhos pagãos.O que achava mais reto. A anarquia prevalecia. A força era o direito. As pessoas se deixavam guiar pelos seus caprichos e não pelas instruções das leis de Deus. Os israelitas foram advertidos de que não seriam governados por tal filosofia de vida (Dt 12:8). O autor usa estas palavras no relato para explicar como as violações da lei mosaica continuavam sem restrição ou punição. Esta frase parece indicar que o autor escreveu o livro dos Juizes durante o reinado de um rei forte que reprimiu a ilegalidade em várias partes de seu reino.
Jz.17:7 7. Moço. Estranho como possa parecer, esse levita renegado era, possivelmente, um neto de Moisés (ver com. de Jz 18:30).Belém de Judá. É assim chamada para distingui-Ia da cidade de Belém, em Zebulom (Js 19:15; ver com. de Jz 12:8).Levita. O registro não narra como ele poderia ser um levita e da família de Judá. A mãe poderia ser de uma tribo, e o pai, de outra. Belém, de Judá, pode ter sido um centro para os levaras daquela época (ver com. do v. 8; Jz 19:1, 18), apesar de o local não ser mencionado como uma cidade levítica na lista fornecida em Js 21:4-41.E se demorava alL "Peregrinava" (ARC). A palavra hebraica significa residência temporária.
Jz.17:8 8. Onde melhor lhe parecesse. Devido à apostasia dominante, os israelitas não estavam apoiando os levitas com os dízimos, como deveríam lazer. Uma vez que aos levitas não foi concedido território como às outras tribos, eles não podiam tirar seu sustento da própria terra como os demais. Esse levita estava vagando, procurando um emprego e algum lugar para morar.
Jz.17:9 Sem comentário para este versículo
Jz.17:10 10. Por pai. Este era um título de respeito, concedido a profetas e oficiaisde destaque (Gn 45:8; 2Rs 2:12; 5:13; 6:21; etc.),Dez síclos. O pagamento anual em dinheiro era pouco, porém Mica lhe ofereceu também alimento, roupa e alojamento.
Jz.17:11 Sem comentário para este versículo
Jz.17:12 12. Consagrou. Na posse do levita no ofício do sacerdócio, Mica provavelmente retirou seu filho da posição de sacerdote (v. 5).
Jz.17:13 13. Porquanto tenho. Mica considerava boa sorte ter conseguido um levita, alguém provavelmente treinado para o serviço do santuário, para oficiar em seu santuário particular. Ele empossara seu filho somente por necessidade, mas por fim ele estava satisfeito em ter um sacerdote profissional para preencher a vaga, alguém que havia sido chamado originalmente para o serviço do santuário. Ele estava seguro de que, como resultado do ministério do levita, Yahweh o faria prosperar no que fizesse. Desperta compaixão o desejo cie Mica de obter a bênção de Deus. Porém, ainda que inconscientemente, ele estava violando os mandamentos de Deus quanto ao método de adoração.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 6 - Tl, 316Capítulo 18à região montanhosa de Efraim, até à casa de Mica, e ali pernoitaram.
Jz.18:1 1. Não havia rei em Israel. O autor parece, com estas palavras, explicar que as ações ímpias dos danitas, se devessem à ausência da autoridade de um rei que impusesse o cumprimento da lei e da ordena.Até àquele dia. O território atribuído a Dã estava na planície entre o mar e as montanhas, mas os danitas não conseguiram tomá-lo dos habitantes nativos. Foram forçados pelos cananeus a voltar para as montanhas (Jz 1:34).
Jz.18:2 2. Da sua tribo. Ou, “da sua família” (KJV).De Zorá e de Estaol. Ver com. de jz 13:2, 25. 13 melhor a tradução “de suas fronteiras”. Parece ter sido uma delegação que representou todas as partes da tribo.A espiar. Eles não tinham perspectiva de conseguir conquistar o território que lhes fora atribuído. Por isso, enviaram alguns de sua tribo à procura de um lugar onde pudessem se estabelecer com menos dificuldade. Ao agirem assim, foram contrários ao plano original de Deus que lhes havia dado herança dentro da herdade de judá. A confiança em Deus teria possibilitado que expulsassem os habitantes da terra. A migração em direção ao norte era uma admissão aberta da falta de vontade deles em seguir o plano de Deus.Alt pernoitaram. Conseguiram a hospedagem de uma noite.
Jz.18:3 3. Reconheceram a voz. Isso pode denotar que eles haviam conhecido o levita antes que ele fosse a Mica e, por isso, reconheceram sua voz ou que eles perceberam que ele era um levita pelo modo de falar econduzir um serviço na capela particular. Se ele era o neto de Moisés (ver com. do v. 30), o levita devia ser bem conhecido.
Jz.18:4 Sem comentário para este versículo
Jz.18:5 5. Consulta a Deus. Ao saber que o levita tinha objetos para consultar a divindade (uma estola sacerdotal e ídolos do lar), os espias danitas pediram que ele perguntasse ao Senhor se a viagem de expionagcm seria bem-sucedida.
Jz.18:6 6. Sob as vistas do Senhor. Ou seja, a viagem deles estava sob a observação e favor de Deus. A palavra utilizada aqui para “Senhor” é Yahweh. O levita estava praticando um culto de adoração ao Deus verdadeiro sob a forma de rituais proibidos na lei mosaica.
Jz.18:7 7. Laís. Chamada de Lesém (Js 19:47). Depois que os danitas a tomaram mudaram o nome para Dã (v. 29). Esse nome frequentemente é mencionado no AT, na expressão "de Dã a Berseba”. Era a fronteira de Israel mais ao norte (Jz 20:1; ISm 3:20; 2Sm 3:10; etc.). Ficava próximo ao pé do monte Hermom, nas proximidades do rio Jordão. Estava 43 km a leste, pelo sul de Tiro, e 67 km a sudoeste de Damasco.O povo [...] estava seguro. “Despreocupado” (NVI). No beb., bettah, “de forma segura” ou “em segurança”. Os habitantes de Laís estavam isolados de povos perturbadores e é evidente que não construíram grandes muros para proteção, nem defendiam a cidade com guardas.Costume dos sidônios. Os sidônios não eram um povo bélico. Dedicavam-se ao comércio.Longe. Não era tão distante, em quilômetros, mas havia uma cadeia de montanhas entre eles.Não tinha trato. Eles estavam satisfeitos com uma vida de isolamento e independência.
Jz.18:8 Sem comentário para este versículo
Jz.18:9 9. Muito boa. Ver Nm 14:7; Js 2:23, 24. Os espias deram um relato unânime com relação à viabilidade de migração para Laís e insistiram na ação imediata.
Jz.18:10 Sem comentário para este versículo
Jz.18:11 11. Seiscentos homens. Não foi todo o clã que migrou, apenas os mais empreendedores e os que não possuíam terras adequadas. Os seiscentos homens levaram a família consigo (v. 21), e o grupo total contaria entre 1,5 mil a 2 mil pessoas.
Jz.18:12 12. Quiriate-Jearim. Este nome significa "cidade das florestas”. Desde os dias de Eusébio (4o século d.C.) foi identificada com Tell el-Azhar, próxima à moderna Karyat el- 'Inab, a aproximadamente 13 km de Jerusalém no caminho para jafa. Originalmente, Ouiriate-jearim foi uma cidade dos gibeoni- tas (js 9:17). No tempo de Samuel, era habitada principal mente pelos membros da tribo de Judá.Maané-Dã. Ou seja, "campo de Dã” (ver com. de Jz 13:25).
Jz.18:13 13. Casa de Míca. Possivelmente como um nome próprio, Bete-Mica. Talvez tenha crescido uma aldeia em torno da casa de Mica, e seu santuário e a vila ficaram conhecidos como Bete-Mica. Os danitas, em sua viagem ao norte, acamparam nas proximidades.
Jz.18:14 14. Naquelas casas. O termo seria equivalente a "aquele povoado”.Vede, pois, o que haveis de fazer. Ou seja, pondere o que fazer a fim de conseguir a estola sacerdotal, os ídolos do lar e a imagem esculpida para a possessão dos danitas. Pelo que segue, fica evidente a decisão de que um grupo se engajaria em conversa com o levita enquanto o outro entraria no templo e se apropriaria, para uso próprio, dos objetos religiosos.
Jz.18:15 15. Saudaram. Literal mente, “perguntaram-lhe sobre seu bem-estar”. Em 2 Samuel 11:7 ocorre uma construção semelhante, em que Davi perguntava como ia a guerra.
Jz.18:16 16. Entrada da porta. E evidente que havia um muro cercando e protegendo o pequeno povoado, ao menos ao redor da casa de Mica e do templo. Um grupo principal dos danitas ocupou o levita em conversação no portão (ver v. 17).
Jz.18:17 17. Os cinco homens. Enquanto isso, os cinco espias que estiveram nas casas antes e sabiam o caminho, passaram despercebidos e roubaram os objetos religiosos do templo de Mica.
Jz.18:18 18. Que estais fazendo? Quando os cinco homens retornaram do portão com os objetos de culto, assustado, o sacerdote gritou: “O que vocês estão fazendo?”
Jz.18:19 19. Põe a mão na boca. Colocar o dedo nos lábios é um dos gestos mais universais (ver Jó 21:5; 29:9; Pv 30:32).
Jz.18:20 20. Então, se alegrou. E notável a traição desse levita. Em primeiro lugar, ele havia traído a adoração pura especificada pela lei de Moisés, ao ministrar diante dos ídolos de Mica por causa do dinheiro oferecido a ele. Em segundo lugar, ele abandonou seu benfeitor que o havia tratado como a um filho (Jz 17:11) e de boa vontade acompanhou aqueles que levavam o que não lhes pertencia. Deve-se observar que nenhum dos personagens da narrativa serve como modelo de conduta: Mica era um ladrão; o levita, um mercenário e os danitas eram saqueadores sem lei.No meio. Aparentemente por dissimulação e proteção.
Jz.18:21 21. Diante de sí. O gado e as crianças foram colocadas à frente dos homens armados, já que os danitas suspeitavam de perseguição. As mulheres não são mencionadas, porém sem dúvida estavam presentes (ver Gn 34:29; 2Cr 20:13).Os meninos. Somente neste verso, de modo casual fica claro que se tratavajUÍZES 18:30de uma migração regular envolvendo mulheres e crianças.Seus bens. Ou seja, a bagagem, materiais de uso doméstico, etc.
Jz.18:22 22. Reuniram-se. Literalmente, “chamados”, ou seja, chamados às armas.Nas casas. O roubo das imagens foi considerado como perda para todo o povoado, não somente para Mica.
Jz.18:23 23. Voitando-se. Provavelmente sem parar a marcha.
Jz.18:24 24. Os deuses. Mica não hesitou em chamar as imagens e ídolos do lar cie seus deuses. Embora fosse um professo adorador de Yahvveh (ver com. de Jr 17:2, 3), ele manteve muito do conceito pagão de divindades.Que eu fiz. A expressão surpreendentemente procedeu dos lábios de um israelita.Como, pois, me perguntais [...]? Mica estava irado porque pretendiam ser inocentes e tentavam tratar o assunto de forma leviana. Ê evidente que a força clanita era maior que a de Mica, ou eles não teriam agido de forma tão irônica (ver v. 26).
Jz.18:25 25. Homens de ânimo amargoso. Literalmente, “homens de alma amarga", ou seja, homens com tendência a crueldade e temperamento agressivo. Em outras palavras, os danitas disseram: "Não nos incomodem com suas reclamações para que os homens de temperamento violento que estão entre nós não se irritem e ataquem vocês." Em 2 Samuel 17:8, o temperamento de Davi e seus companheiros foi comparado ao de uma ursa roubada de seus filhotes.
Jz.18:26 Sem comentário para este versículo
Jz.18:27 27. Em paz e confiado. O relatório apresentado pelos espias foi preciso. Os impiedosos danitas surpreenderam o povo de Laís, que estava despreparado para resistir. A cidade foi tomada e totalmente queimada.
Jz.18:28 28. Longe de Sidom. A desventurada colônia estava muito longe para obter algum auxílio de Sidom, possivelmente a cidacle- mãe. Aparentemente, os habitantes de Laís não haviam se unido a qualquer tribo oucidade aramaica vizinha e não havia uma força amiga para socorrê-los.Vale. É possível que se refira a uma depressão na nascente do Jordão, ao pé da cadeia mais baixa do Líbano, ao norte do atualmente drenado lago Hulé.Bete-Reobe. Significa “casa da rua". De acordo com 2 Samuel 10:6 e 8, era uma pequena cidade-estado, com povo de fala aramaica.Reedificaram a cidade. Os danitas construíram uma nova cidade sobre as enegrecidas ruínas de Laís. Este era o costume nos tempos antigos. As cidades eram construídas junto a fontes de água e nos pontos mais altos possíveis, para facilitar sua proteção. Por isso, os mesmos lugares eram escolhidos para a construção das novas cidades.
Jz.18:29 29. Dã. Eles deram o nome da tribo à nova cidade, que recebeu o nome de Dã, filho de Jacó e de Bi 1 a, serva de Raquel.A localização de Dã ao norte é mencionada na canção de Débora (]z 5:17). Isso mostra claramente que a migração, descrita em juizes 17 e 18, aconteceu na primeira parte do período dos Juizes. É possível que tenha ocorrido durante os dias dos anciãos que seguiram a Josué, anterior ao juizado de Otniel. O autor de juizes relata essa migração e a idolatria mencionada em relação a ela para ilustrar a apostasia e a anarquia do período que resultou nas sucessivas invasões e. opressões.
Jz.18:30 30. Jônatas. E a primeira vez que aparece o nome do Ievita que havia servido a Mica e depois passou a ser o sacerdote da tribo de Dã.Manassés. Alguns textos como da 1 \\ e da Vulgata apresentam “Moisés", porém o texto massorético optou por “Manassés". E verdade que Gérson era filho de Moisés (AA), não de Manassés (Êx 2:22; 18:3). No hebraico, sem levar em conta as vogais (que somente aparecem nos manuscritos posteriores e como pequenos pontos, em geraldebaixo das consoantes), a única diferença entre as palavras Moisés e Manassés é que a palavra para Moisés não tem a letra n. Uma observação interessante: nos manuscritos hebraicos e nas Bíblias editadas pelos estudiosos massoretas, a letra n é inserida no nome de modo ímpar, 'suspensa” acima da linha, indicando fortemente a possibilidade de ter sido adicionada posteriormente. A Bíblia hebraica mostra outras ocorrências de letras "suspensas" (SI 80:14; jó 38:13, 15). Antigos rabis e estudiosos hebreus, bem como estudiosos modernos judeus e não judeus, afirmam que essa letra foi inserida ao nome de Moisés pelos rabis ou escribas para mudá-lo para Manassés, livrando, assim, a reputação de Moisés, ao encobrir o fato de que seu neto foi um sacerdote renegado do famoso ídolo no santuário de Dâ. O Talmudediz que Jônatas era neto de Moisés, mas por ele ter feito as obras de Manassés, o ultimo rei de Juclá, a Escritura se refere a ele como pertencente à família de Manassés.Se, como parece bem provável, Jônatas tivesse sido neto de Moisés, a antiguidade do que se relata em Juizes 18 seria confirmada pelo fato de que somente uma geração separou Moisés do levita que serviu a Miea.Cativeiro. E provável que se refira a uma deportação não registrada, quando as tribos do norte foram levadas cativas por algum poder estrangeiro, como os estados arameus da vizinha Síria. Dificilmente se referiría ao cativeiro das tribos do norte pela Assíria nos dias de Tiglate-Pileser, porque o verso seguinte diz que o período do santuário de Dã foi paralelo com "o tempo em que a casa de Deus esteve em Siló” (ver iSm 1:24).Capítulo 19genro: Fortalcce-te com um bocado de pão, e, depois, partireis.noite, e que o teu coração se alegre; amanhã de madrugada, levantai-vos a caminhar e ide para a vossa casa.
Jz.18:31 Sem comentário para este versículo
Jz.19:1 1. Naqueles dias. A narrativa registrada em Ju izes 19 a 21 descreve eventos ocorridos no início da história da tribo de Benjamim (ver com. de Jz 20:28).Não havia rei em Israel. Novamente o autor prefacia sua história da época sem lei e a contenda intertribal com a explicação de que tais coisas aconteciam porque não havia rei em Israel para manter a ordem. A tranquilidade que existe em um país onde a lei é respeitada e aplicada nem sempre é apreciada como deveria.Uma concubina. Ela podería ser uma esposa de categoria inferior, sem o mesmo st.it 11s de uma segunda esposa. Não era um caso passageiro, mas aparentemente um relacionamento regular e duradouro, como revela o lato de que, apesar da infidelidade dela ter sido considerada repreensível, o marido a procurou mais tarde para conseguir uma reconciliação.Belém de Judá. O levita da história anterior também linha ligações em Belém (ver com. de Jz 17:7).
Jz.19:2 2. Aborrecendo-se dele, o deixou. Alguns dos manuscritos latinos e da LXX interpretam “estava zangada com ele". Os tar- guns judeus também apoiam essa interpretação. Considera-se que essa ideia se ajusta melhor ao contexto, porque quando o levita vai atrás dela, não a repreende, mas conversa gentil mente a fim de acalmá-la. No entanto, essas considerações não parecem fornecer f undamento suficiente para se afastar da interpretação do hebraico que declara que “ela se prostituiu", "adulterou contra ele” (ARC, ACF, ver NVÍ).
Jz.19:3 3. Falar-lhe ao coração. Ou, “bondosa mente" (A A).Ela o levou (ARC). E evidente que a abordagem dele foi bem sucedida, pois "ela o fez entrar na casa de seu pai" (ARA).Saiu alegre a recebê-lo. A afoita hospitalidade do pai da concubina indica que a separação foi, possivelmente, consideradacomo uma desgraça para a família. O pai se mostrou disposto a apresentar desculpas e sua insistência para que o levita passasse vários dias com a família evidenciou que se alegrava na reconciliação.
Jz.19:4 4. Seu sogro [...] o deteve. O pai da moça insistiu com o levita para que ficasse mais tempo do que ele desejava. A exagerada hospitalidade do sogro tinha a intenção de causar boa impressão no levita. Era evidente que ele não desejava que o casal discutisse novamente. Estava fazendo todo o possível para consolidar o relacionamento deles.
Jz.19:5 5. Fortalece-te. A palavra traduzida como “conforta" (ARC) significa “sustenta", “defende", “apoia”; e, em conexão com “coração”, pode significar “revigorar [o corpo] com alimento".Bocado. E uma forma polida de falar. Ê provável que tivesse sido preparada uma festa.
Jz.19:6 Sem comentário para este versículo
Jz.19:7 Sem comentário para este versículo
Jz.19:8 8. Detende-vos. Novamente o sogro os persuadiu a adiar a partida até que lhes preparasse outra refeição. E evidente que houve uma grande festa, o sogro não se apressava em prepará-la, e a conversação estava agradável.
Jz.19:9 Sem comentário para este versículo
Jz.19:10 10. Não quis passar alí a noite. O levita reconheceu que seria difícil partir no dia seguinte, como já havia ocorrido nos dois dias anteriores. Por isso, recusou o convite e iniciou a jornada para casa nesse horário impróprio. Os resultados foram desastrosos, como mostra o que vem a seguir.A insistência com a qual o sogro pressionou o levita, mesmo depois de três dias, para que permanecesse a li apesar de o levita estar ansioso para seguir seu caminho, era um modo cortês e comum no antigo Oriente, mas contrário ao melhor modo de hospitalidade. Igualmente repreensível é a atitude de um anfitrião que apressa o hóspede que deveria permanecer mais um pouco. O autor de Juizes contrasta a hospitalidade exagerada do sogro com a absoluta lalta de hospitalidade que logo o levita experimentou em Gibeá. Ouanto ao levita, sua experiência foia mesma de muitas almas fracas e vacilantes que adiam desnecessariamente e então fazem um esforço apressado e excessivo.Jebus. Este era o antigo nome de Jerusalém, que nessa época pertencia aos jebuseus (ver lCr 11:4, 5; ver com. de Jz 1:21). Era chamada cidade dos jebuseus (Js 18:16, 28). O nome Jerusalém também é antigo, pois já aparece como Urusalim nos textos egípcios dos séculos 18 e 19 a.C. e nas cartas dos governadores (Cartas de A mama) escritas por volta de 1400 a.C.
Jz.19:11 11. Adiantado o declinar-se. A distância de aproximadamente oito quilômetros de Belém a Jerusalém requeria cerca de duas horas.
Jz.19:12 12. Cidade estranha. De acordo com esta afirmação, Jerusalém ainda estava sob o controle dos jebuseus. O levita temia que os direitos à hospitalidade pudessem ser violados em Jerusalém e que fosse roubado. Por isso, se apressou para chegar a um local israelita a fim de passar a noite. Encontrar-se em campo aberto ao cair da noite era extremamente perigoso naqueles dias. O incidente ilustra a hostilidade latente que existia entre os israelitas e os jebuseus de Jerusalém.Gibeá. Esta cidade, destino que o levita se propunha a alcançar, estava 5,6 km depois de Jerusalém, na estrada para o norte. Mais tarde, Gibeá se tornou a terra natal de Saul e o locai onde ele estabelecería a capital política do reino. E conhecida hoje como Tell el-Fiil.
Jz.19:13 13. Ramá. Esta cidade estava três quilômetros depois de Gibeá. As duas cidades são mencionadas juntas em outras ocasiões (Is 10:29; Os 5:8). Talvez o levita soubesse que Gibeá não possuía urna boa reputação e seria melhor seguir viagem para Ramá, se possível.
Jz.19:14 14. Pertence a Benjamim. Esta menção esclarece que não se refere à Gibeá de Judá (Js 15:57) nem à Gibeá que está na região montanhosa de Efraim (js 24:33, em que a palavra hebraica para "montanha’ égibah).
Jz.19:15 15. Retiraram-se. A aldeia ficava fora da estrada principal.Na praça. Este era um espaço aberto que cada cidade tinha, normalmente próximo ao portão, onde os agricultores e comerciantes expunham seus produtos. É possível que não houvesse pousadas em cidades pequenas como Gibeá, e os viajantes dependiam da hospitalidade cios moradores. O levita e sua companheira se assentaram na praça do mercado, esperando que alguém lhes oferecesse abrigo para a noite.Não houve quem os recolhesse. Apesar de muitos moradores terem visto os dois assentados ali enquanto a noite caía, ninguém estava disposto a cumprir com a responsabilidade da hospitalidade, que, de acordo com os costumes antigos, era o primeiro dever no antigo Oriente (ver jó 31:32; Mt 25:35). Mesmo que alguns estivessem inclinados a proporcionar a proteção de seus lares aos três viajantes, é possível que temessem que tal ação pudesse atrair problemas para si mesmos, por causa de seus vizinhos pervertidos. A mesma negligência podería ter acontecido com os anjos em Sodoma, não fosse a hospitalidade de Ló (Gn 19:1-3).
Jz.19:16 16. Região montanhosa de Efraim. A única pessoa que se interessou pelos viajantes não era oriunda do lugar. Era um homem velho que procedia da mesma região que o levita e manifestou seu interesse hospitaleiro antes mesmo de saber desse fato. Ele era um peregrino, morador temporário de Gibeá. Esta ocasião é mencionada pelo autor para contrastar a falta de hospitalidade por parte dos moradores benjarnitas com a bondade do forasteiro efraimita.
Jz.19:17 17. Para onde vais [...]? Os cordiais palestinos ainda fazem as mesmas perguntas aos estrangeiros que visitam a região.
Jz.19:18 18. Casa do Senhor. O levita se referia a Siló, onde estavam a arca e o tabernáculo. Siló estava no território de Efraim, talvez próximo à casa do levita. Talvez ele desejasseir para lá a fim de apresentar oferta de gratidão a Deus por lhe restaurar a esposa ou apresentar uma oferta pelo pecado em favor de ambos ou mesmo cumprir com suas obrigações levíticas regulares.A LXX traduz a frase “para a casa do Senhor” como “para minha casa”. Em apoio a essa interpretação está a clara implicação do contexto, que indica que o levita estava de caminho para a casa dele. Por outro lado, o levita podería ter os dois objetivos em mente.
Jz.19:19 19. De coisa nenhuma há falta. O levita tinha alimentação abundante para si, para as pessoas que estavam com ele e para os animais de carga. Tudo o que ele desejava era abrigo e proteção.
Jz.19:20 20. Tudo quanto te vier a faltar. O idoso homem gentilmente insistiu em prover alimentação e alojamento aos estrangeiros.
Jz.19:21 21. Deu pasto. Ao cuidar primeiro dos animais, eles evidenciavam sua atitude compassiva.
Jz.19:22 22. Filhos de Belial. Literalmente, “filhos da inutilidade”. A expressão era utilizada para descrever pessoas inúteis, más, vis, sem lei, brigões, etc. Posteriormente, a palavra Relial se tornou nome próprio, um sinônimo para Satanás (2Co 6:15, ARC), mas é discutível se era esse o sentido neste verso. Assim, a palavra deveria ser traduzida e não escrita como um nome próprio.Cercaram a casa. Elá semelhanças entre esta narrativa e a de Gênesis 19:8, a ml >as repulsivas. Esses homens eram piores que os irracionais. Seu apetite sexual pervertido e sua infâmia foram relembrados com horror durante séculos (ver Os 9:9; 10:9).
Jz.19:23 23. Não façais semelhante mal. Violar o direito à hospitalidade e proteção dos vizinhos era, em si mesmo, um crime hediondo. No antigo Oriente, era uma regra rígida que quando a hospitalidade era estendida a um viajante, ele estava a salvo.Loucura. Esta palavra era utilizada frequentemente para indicar uma afronta àsleis naturais, particularmente as de natureza sexual (Dt 22:21; 2Sm 13:12; em Gn 34:7, é usada a expressão “desatino”).
Jz.19:24 24. Minha filha. E evidente a semelhança entre este verso e Gênesis 19:8. Como Ló, cujo caso sem dúvida conhecia, o ancião ofereceu sacrificar sua filha virgem ante a paixão de infames envilecidos, em lugar de permitir que seu hóspede fosse tratado de forma vergonhosa. Apesar de se apreciar o desejo dele em manter o código de hospitalidade, a natureza da oferta causa horror. Reflete o baixo conceito da mulher na Antiguidade. Mesmo assim, o homem deveria ser julgado, pelo menos em parte, pelos conceitos da época em que vivia (ver com. de Gn 19:8).
Jz.19:25 25. Pegou da sua concubina (ARC). O verbo hebraico traduzido como “pegou’’ é chazaq. Significa “agarrar” ou “pegar à força”. O esposo agarrou a indefesa mulher e forçou-a a sair (ver ACF, NVI). Naturalmente a concubina resistiu a um ato tão estúpido. A atitude do levita (não do dono da casa, conforme diz a ARA) foi de extrema covardia.Até pela manhã. Ao se aproximar o amanhecer, os homens perversos foram embora furtivamente para não serem identificados.
Jz.19:26 26. Caiu à porta. Num último alento, ela voltou para a casa onde estava o homem que deveria protegê-la, mas que a desamparou na hora da ameaça. Ela teve forças para se arrastar até a porta, mas não conseguiu bater para entrar. Caiu morta ali.
Jz.19:27 27. Sobre o limiar. As mãos estavam sobre o limiar, como se estivessem estendidas para o marido num último apelo de agonia.
Jz.19:28 28. Vamos. Depois de uma experiência como essa, o levita se dirigiu a ela com uma indiferença chocante, de modo que o leitor passa a esperar qualquer coisa da parte dele. Não admira que a mulher já o tivesse abandonado uma vez.
Jz.19:29 29. Despedaçou. Certamente ha veria um modo menos macabro de reunir as tribos e executar julgamento sobreos perversos homens de Gibeá. Porém, como o levita já havia procedido de outra maneira, seu espantoso método de notificar as diversas tribos não surpreende tanto.Por seus ossos. Ou, '“conforme seus ossos”. O sentido é que algumas peças eram grandes, outras pequenas, conforme as juntas permitiam a separação do corpo.
Jz.19:30 30. Nunca tal se fez. O levita havia calculado bem. A história desse feito despertou a indignação moral de todos os hebreus na Palestina. Eles reconheceram que fora um crime tão tremendo que nem mesmo a época agitada em que viviam e a falta de um governo central poderíam servir como excusa para a impunidade.Capítulo 20mil homens que puxavam da espada, alora os moradores de Gibeá, de que se contavam setecentos homens escolhidos.
Jz.20:1 1. Saíram. Ou seja, saíram preparados para a batalha (ver Jz 2:15; etc.).Perante o Senhor. Isto não significa necessariamente que eles levavam a arca ou o tabernáculo, nem que Mispa era Silo, onde se situava a arca. Davi foi proclamado rei em Hebrom, “diante do Senhor" (2Sm 5:3), e não havia arca ali. Esta frase pode denotar que eles se reuniram para discutir o que deveríam fazer e para pedir que Deus os guiasse em suas deliberações (ver com. de Js 24:1; ver também com. do v. 27).Mispa. Esta pequena comunidade geral- mente é identificada com a montanha Nebi 'fsarmvil, oito quilômetros a noroeste de Jerusalém e a cinco de Gibeá, a cena do crime. A montanha tem 914 m de altura. E mais apropriada a identificação com Tell en-Natsbeh, 12 km ao norte de Jerusalém. Mispa de Benjamim serviu em outras épocas como um local de encontro das tribos (ISm 7:5-17; 10:17). Esta foi a primeira grande convocação de todos os hebreus desde os dias de Josué.Como se fora um só homem. Foi uma reunião espontânea, resultado da prévia discussão que tiveram uns com os outros acerca do problema.Desde Dã até Berseba. Desde Dã, a colônia de hebreus que estava no extremo norte (ver Jz 18) até Berseba, a colônia no extremo sul, à margem do Neguebe, ao sul de Judá. A expressão ocorre sete vezes na Bíblia (Jz 20:1; ISm 3:20; 2Sm 3:10; 17:11; 24:2, 15; I Rs 4:25) e uma vez “desde Berseba até Dã” (lCr 21:2).Terra de Gileade. Esta expressão parece incluir a todos os hebreus que viviam a leste do Jordão (ver Jz 5:17; 11:5, 6; etc.). Todas as aldeias e cidades enviaram delegações, exceto a cidade de Jabes-Gileade (jz 21:8, 10).
Jz.20:2 2. Os príncipes. Literalmente, “ângulos" ou "pedras angulares". Iodos os homens que eram os pilares, os principais de todas as tribos foram a Mispa.
Jz.20:3 3. Ouviram os filhos de Benjamim. A notícia de que os israelitas estavam sereunindo para punir o crime deve ter chegado aos benjamitas de Gibeá assim que os primeiros grupos começaram a chegar a Mispa, ou mesmo antes. Pode ser também que os benjamitas tenham recebido a mesma convocação que as outras tribos (ver Jz 19:29).Contai-nos. As palavras foram dirigidas ao levita. Quando se havia reunido uma grande multidão de israelitas, eles pediram ao levita para dar uma descrição exata do crime dos homens de Gibeá.
Jz.20:4 Sem comentário para este versículo
Jz.20:5 5. Intentaram matar-me. Embora o capítulo anterior não apresente esta ameaça, provavelmente teria seguido a execução do intento registrado em juizes 19:22.
Jz.20:6 Sem comentário para este versículo
Jz.20:7 Sem comentário para este versículo
Jz.20:8 8. Todo o povo se levantou. Depois que o levita terminou de narrar o ultraje sofrido, todos os presentes se uniram em protesto e concordaram que nenhum deles voltaria para casa até que aquele mal fosse vingado.
Jz.20:9 9. Subiremos. Decidiram subir contra a cidade de Gibeá preparados para a batalha e para exigir a entrega dos culpados.
Jz.20:10 10. Dez homens de cem. Com um número tão grande de pessoas acampadas em um só lugar, era difícil arranjar alimento para todos. A um décimo de todo o exército, talvez escolhidos por sorte, foi designada a tarefa de sair para buscar alimento para o exército reunido. Dessa forma, um homem fornecia alimento para nove.
Jz.20:11 11. Unidos como um só homem. Literalmente, “unidos como um clube |sociedade]". E digno de nota que tamanha unanimidade pudesse ser alcançada em vista dos divergentes interesses das várias tribos hebreias.
Jz.20:12 12. Por toda a tribo. Antes de recorrer à força, a assembléia debateu com os benjamitas e apelou para que reconhecessem a enormidade do pecado cometido e entregassem os homens culpados para que fossem mortos. Era uma proposta justa. Os culpados deveriam pagar a penalidade por seus crimes.
Jz.20:13 13. Tiremos de Israel o mal. O pecado cometido era tão grave que exigia a pena de morte. Somente assim as tribos poderíam estar livres da culpa (ver Dt 13:5; .17:7; 19:19-21).Não quis ouvir. A tribo de Benjamim preferiu guerra civil a entregar seus criminosos. Nesse caso, o orgulho tribal e a solidariedade serviram para apoiar e defender homens da pior espécie.
Jz.20:14 14. Os filhos de Benjamim se ajun- taram. Os benjamitas demonstraram tremenda coragem, mas numa causa indigna.
Jz.20:15 15. Vinte e seis mil homens. Este número era inferior em mais de um terço em relação ao do censo no fim dos 40 anos de peregrinação no deserto (Nm. 26:41). O mesmo decréscimo também é mostrado em outras tribos (ver com. de jz 20:17).
Jz.20:16 16. Setecentos homens. Estes peritos em atirar com a funda eram provavelmente os mesmos 700 homens do início que, de acordo com o verso anterior, representavam Gibeá no exército de Benjamim. Não seria plausível que dois grupos diferentes, com 700 homens cada, fossem mencionados juntos, ainda que a possibilidade de uma coincidência não esteja excluída.Num cabelo. Esta expressão indica precisão extrema. Em séculos posteriores, os benjamitas também foram notados pela habilidade no uso da funda (iCr 12:2). Na história secular, os homens da Antiguidade são descritos como especialistas na arte de arremessar pedras com tanta força como se fossem atiradas de uma catapulta, perfurando escudos e capacetes.Não erravam. No heb., chata’. É a mesma palavra traduzida em mais de 200 ocorrências como “pecar”. O sentido básico é “errar o alvo” e, quando usada para a ideia de “pecado”, descreve um ato que erra o alvo que Deus tem estabelecido para Seu povo: a meta da perfeição definida na lei divina.
Jz.20:17 17. Quatrocentos mil homens. A população israelita estava em declínio. No primeiro ano após o êxodo do Egito, os homens de guerra contavam 603.550, incluindo 35.400 de Benjamim (Nm 1:46, 37). No 40° ano depois do êxodo, eles contavam 601.730, incluindo 45.600 benjamitas (Nm 26:51, 41).
Jz.20:18 18. Levantaram-se. É provável que somente os líderes da tropa tenham viajado a Siló para se informar, diante da arca, acerca do plano que deviam seguir. Dificilmente se podería cogitar que todo o exército, com 400 mil homens, marcharia mais de 30 km para o tabernáculo a fim de consultar ao Senhor. Sem dúvida, foi uma delegação representativa.Betei. No heb., Beth-el. A KJV preferiu traduzir a palavra e diz “Casa de Deus”. As versões portuguesas não a traduzem. Alguns acham que é melhor traduzir a palavra do que usá-la como nome próprio, para indicar a proximidade da cidade de Betei, porque o tabernáculo, nessa época, estava em Siló, 15,2 km ao norte de Betei e 20 km ao norte de Mispa, onde o exército estava acampado. Geralmente, era em Siló, no tabernáculo, que eles iam pedir o conselho de Deus (ver Jz 21:2, 4, 12). No entanto, há a possibilidade de que a arca possa ter sido temporariamente removida de Siló, como ocorreu mais tarde, no tempo de Eli (lSm 4:3, 4).Quem dentre nós [...]'? Um exército tão grande não conseguiria se posicionar com facilidade ao redor da pequena montanha na qual Gibeá estava situada. Decidiram que apenas urna tribo atacaria de cada vez.Judá. Esta tribo possuía a reputação de ser agressiva. Eles mantiveram posição de pre- eminência desde o início do livro (jz 1:1, 2).
Jz.20:19 19. Levantaram-se. Evidentemente, partiram de Mispa, onde a maior parte do exército estava acampada.
Jz.20:20 Sem comentário para este versículo
Jz.20:21 21. Saíram. Todo o exército de Benjamim, 26,7 mil homens vigorosos, sereuniram dentro de Gibeá e em torno da cidade. Corajosamente saíram de trás dos muros e desceram a montanha para atacar o exército de Judá.Derribaram por terra. Ou seja, eles os mataram.Vinte e dois mil. Isto significa que os benjamitas mataram quase um homem por guerreiro de seu exército. Não é declarada nenhuma baixa dos benjamitas, porém, sem dúvida isso ocorreu.
Jz.20:22 22. Porém se animou o povo. Alguns comentaristas têm sugerido que o v. 22 viria depois do 23 para fazer sentido (como interpreta a NTLH), mas algum copista antigo, inadvertidamente, teria invertido os dois versos. No entanto, a narrativa também é compreensível com os eventos ocorrendo na sequência proposta.
Jz.20:23 23. Subiram. Parece que as tribos aliadas enviaram outra delegação para pedir a direção do Senhor.Choraram. A derrota de Israel levou o povo a se humilhar diante do Senhor e a reconhecer mais plenamente que dependiam dEle. Talvez eles precisassem aprender a lição de que “aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra” (Jo 8:7). E possível que muitos dos que estavam indignados com o crime dos homens de Gibeá fossem culpados de ofensas similares. Por exemplo, no Sinai e em Baal- Peor todo Israel caiu em formas abomináveis de idolatria.Nosso irmão. Os israelitas estavam apreensivos. Perceberam que haviam entrado numa guerra fratricida. O sentimento de raiva contra os homens de Benjamim começou a suavizar. No entanto, o Senhor os instruiu a continuar o ataque. O povo de Benjamim também precisava se humilhar e reconhecer sua culpa.
Jz.20:24 Sem comentário para este versículo
Jz.20:25 Sem comentário para este versículo
Jz.20:26 26. Jejuaram. Pela segunda vez, o exército de Israel sofreu perdas desastrosas nas mãos dos benjamitas. Eles estavam perplexos,confusos e aflitos. O Senhor os instruira a atacar, mesmo tendo sofrido grandes baixas. Para saber a razão de seu f racasso, eles jejua- ram e ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas. Esta é a primeira vez na Bíblia em que ocorre a palavra "jejum”, apesar de a prática ter se iniciado muito antes.
Jz.20:27 27. Arca da Aliança. Esta é a única menção da arca no livro dos Juizes.Alí. Alguns creem que se refere a Silo, e outros pensam que se trata de Betei. Aparentemente, o tabernáculo permaneceu em Siló desde o tempo em que Josué o armou ali (Js 18:1) até que a arca foi tomada pelos filisteus (ISm 4:10, 11) no final do juizado de Eli (sobre o tabernáculo em Siló, ver Js 22:12; ISm E3; 2:14; 3:21; 4:3; sobre uma possível remoção temporária da arca para outro local, ver com. do v. 18).
Jz.20:28 28. Fineias. De acordo com Josué 22:12 e 13, Fineias foi o sacerdote do tabernáculo em Siló durante os dias de Josué. A menção de seu nome neste verso, coloca o incidente do levita e sua concubina durante o tempo de vida da primeira geração de israelitas na Palestina. O que apoia o ponto de vista afirmado anteriormente (ver com. de Jz 18:29, 30; 19:1), de que os dois incidentes descritos nos últimos cinco capítulos de Juizes ocorreram vários anos antes cios demais eventos descritos no livro. E interessante notar que, no relato da migração dos danitas, o provável neto de Moisés teve um papel importante, enquanto que, na história do levita, é mencionado o neto de Arão (ver com. de Jz 18:30).Amanhã Eu os entregarei. Aos israelitas não foi permitido obter a vitória até que passassem por um período preparatório. Os contratempos os levaram a jejuar, orar e a indagar com fervor qual teria sido a causa de seu fracasso. Deus aproveitou essa demora para lhes apontar os próprios defeitos de caráter que necessitavam de correção bem como as faltas dos outros, das quaisestavam plenamente conscientes. Os israelitas estavam excessivamente prontos para assumir a tarefa de corrigir os irmãos, sem estar conscientes de suas próprias deficiências. Foi para corrigir esse mesmo tipo de deficiências que Jesus deu Sua instrução sobre a trave e o argueiro (ver \li 7:5).
Jz.20:29 29. Emboscadas. Nas duas batalhas anteriores, os exércitos israelitas estavam autoconfiantes demais, porque criam que a causa era justa e porque eram mais numerosos. Porém, tais vantagens não excluem a necessidade de realizar uma preparação cuidadosa, com muita oração e prudente estratégia.
Jz.20:30 Sem comentário para este versículo
Jz.20:31 31. Deixando-se atrair. (9 exército israelita simulou uma retirada, causando, assim, a perseguição dos benjamitas. Ao fazer isso, a retaguarda e os flancos do exército de Benjamim ficaram expostos às tropas israelitas que estavam à espreita.Estradas. A rota que o exército israelita tomou em sua fuga simulada seguia por dois caminhos, um deles, rumo ao norte de Betei e Siló e o outro, levando à cidade chamada Gibeá. Para distingui-la da Gibeá que sediava a base benjamita, era chamada de "Gibeá do Campo”. Gibeá era um nome comum e significava “montanha”. Esta vila parece não ter estado situada em uma montanha como o nome sugere, mas em um lugar plano.
Jz.20:32 Sem comentário para este versículo
Jz.20:33 33. Em Baal-Tamar. Literalmente, “Baal da palmeira”. A localização exata não é conhecida, tnas deveria estar em algum lugar próximo a Gibeá. Além dos homens em emboscada perto de Gibeá, outra parte do exército israelita estava posicionada nesse local desconhecido. Como os benjamitas seguiram o exército de Israel que recuava, inesperadamente, eles fizeram frente a esse novo conjunto de forças; e, ao mesmo tempo, os que estavam escondidos em emboscadas próximas a Gibeá, atacaram o exército de Benjamim pela retaguarda.Dá a entender que o exército de Israel foi dividido em três partes.
Jz.20:34 34. Dez mil homens escolhidos. Este era o grupo que formou a emboscada e atacou a cidade de Gibeá.Não imaginavam. Apesar de os benja- mitas reconhecerem que tiveram uma árdua batalha, ao estar cada um deles ocupado em sua própria frente de combate, não perceberam que seu exército estava completamente cercado e, assim, condenado à destruição.Com este verso e o seguinte, o autor interrompe a descrição detalhada da batalha para declarar o resultado final, como se para aliviar a preocupação do leitor.
Jz.20:35 Sem comentário para este versículo
Jz.20:36 36. Assim. Depois de haver descrito o curso principal da batalha, o autor acrescenta novos detalhes. Os versos a partir do 36 até ao final do capítulo poderíam vir logo após o v. 33 como para dar um relato ligado á batalha, mas o autor inseriu os v. 34 e 35 como uma explicação parentética, talvez para informar o leitor sobre o resultado da batalha. Então, com o v. 36, ele resumiu o relato detalhado.
Jz.20:37 37. Feriu-a toda. Os dez mil homens que formaram a emboscada (Jz 20:34) conseguiram tomar Gibeá e queimá-la. Fizeram isso como sinal aos companheiros de que a emboscada fora bem sucedida, de que havia chegado o momento de eles voltarem da fuga simulada e se unir ao grupo principal em perseguição aos benjamitas.
Jz.20:38 Sem comentário para este versículo
Jz.20:39 39. Os homens de Israel. Parece fazer mais sentido incluir o v. 39 com a última parte do v. 38, como uma descrição do plano que os israelitas haviam traçado. As duas frases podem ser entendidas como: “Eles fizeram uma grande nuvem de fumaça cjue saía da cidade e então os homens de Israel voltaram à batalha." Depois de expor o plano, o autor do livro retoma o relato da sequência de eventos com as palavras “começara Benjamim a ferir". Então, descreve como a estratégia funcionou, exatamente comoplanejaram (v. 40, 41). Os benjamitas viram a fumaça de sua cidade subindo atrás deles e, ao mesmo tempo, os israelitas que até aquele momento fugiam, repentinamente voltaram da fuga e passaram a oferecer firme resistência. Os homens de Benjamim reconheceram que tinham sido enganados e que estavam entre duas partes do exército israelita, com poucas chances de escapar.
Jz.20:40 Sem comentário para este versículo
Jz.20:41 Sem comentário para este versículo
Jz.20:42 42. Deserto. E o “deserto de Bete-A ven” (Js 18:12), a leste de Gibeá, que desce das montanhas para o vale do Jordão. A região é descrita em Josué 16:1 como “o deserto que sobe de Jerico pela região montanhosa até Betei”.Os que vinham das cidades. Algumas das versões antigas interpretam que eram os israelitas que saíam da cidade [ou seja, os homens que tomaram Gibeá] e destruíam os benjamitas. Isso significaria que os 10 mil israelitas, depois de incendiarem Gibeá, interceptaram os benjamitas que tentaram fugir para o deserto. A versão inglesa, no entanto, indica que os benjamitas fugiram para suas próprias cidades onde foram mortos pelos israelitas que os perseguiram.
Jz.20:43 43. Onde repousava. No heb., menuhah, que significa "descanso”. A LXX traduz esta palavra por apo Nona, “de Nua”, como se fosse um nome próprio. (9 significado do hebraico pode ser que, em todo lugar onde os benjamitas buscassem refúgio, os homens de Israel os procuravam e matavam.
Jz.20:44 44. Dezoito mil. E possível que este número represente os que foram mortos na primeira batalha. Os 25.100 restantes (v. 35) foram alcançados e mortos enquanto fugiam para o deserto (v. 45).
Jz.20:45 45. Penha Rimom. Acreditava-se ser uma montanha íngreme visível em todas as direções, 5,6 km a leste de Betei e 13,6 a nordeste de Gibeá. A vila nesse local é conhecida hoje como Rmmnun.Gidom. Um lugar desconhecido.
Jz.20:46 Sem comentário para este versículo
Jz.20:47 47. A penha Rimom. De todo o exército benjamita, os únicos soldados que escaparamforam os 600 homens que se esconderam nas cavernas de calcário na montanha de Rimom.
Jz.20:48 48. Tudo o que restou da cidade.A matança indiscriminada de não combatentes, para não mencionar o exército quebrado e em fuga, era totalmente desnecessária. O pecado dos homens de Gibeá era grande e precisava ser punido. No entanto, quando a resistência do exército de Benjamim foi minada, a missão do exército israelita havia terminado. Os indivíduos responsáveis pela ação poderíam ser pegos e punidos. A cidade deles, Gibeá, já estava em ruínas. Deveria ser suficiente. Não havia desculpa para o implacável extermínio de toda a tribo, nem para a queima das cidades deles. No entanto,o frenesi da batalha deve ter despertado nos homens paixões irracionais, o que os levou a praticar o que eles não cometeríam em são juízo. Nessas ocasiões, os homens geralmente não são seus próprios mestres; a razão não é mais o guia, e a voz da consciência não é ouvida. Nesse caso, isso ocorreu devido especialmente ao fato de eles não terem um líder proeminente de quem o exército pudesse receber orientações e que exercesse controle sobre eles. O orgulho ferido do exército israelita, inflamado pelas duas derrotas anteriores por um adversário muito menor, levou os guerreiros a cometer um mal muito maior em sua extensão do que o pecado que eles estavam tentando punir.Capítulo 21pelo caminho alto que sobe de Betei a Siquém e para o sul de Lebona.
Jz.21:1 1. Haviam jurado. Não há menção cleste juramento no registro anterior. E evidente que as tribos fizeram isso logo depois da primeira reunião em Mispa, antes de começarem as hostilidades abertas. Os antigos hebreus consideravam que um juramento era inviolável (ver com. de Jz 11:30; 17:1, 2).Apesar de os juramentos não poderem ser quebrados ou retirados, os israelitas, especialmente em tempos posteriores, descobriram várias maneiras de manter a letra do juramento, porém quebrando-lhe o espírito, por meio de engano ou alguma outra evasiva. No entanto, ninguém está obrigado a manter a palavra empenhada, se isso exigir que se cometa um ato equivocado ou mau.Nenhum de nós dará sua filha. O juramento provavelmente foi feito sob uma maldição, como em Atos 23:14. A atitude dosbenjamitas em apoiar os homens perversos de Gibeá despertou a ira dos israelitas de tal modo que eles fizeram voto de não realizar casamentos mistos com os benjamitas, do mesmo modo como haviam sido ordenados por Deus a não realizar casamentos mistos com as sete nações pagãs de Canaã (Dt 7:1-4).
Jz.21:2 2. Betei. “Casa de Deus” (KJ V). Talvez se refira a Siló. Alguns entendem que, também neste caso, se deveria transliterar o hebraico e se considerar “Betei” como nome próprio (ver com. de Jz 20:18, 27).Prantearam com grande pranto. Após ter passado a ira ardente, o povo reconheceu que tinha ido longe demais na vingança sobre uma de suas tribos. Seria muito melhor se o choro tivesse vindo primeiro, antes que as ações se concretizassem.
Jz.21:3 3. Por que sucedeu isto [...]? Esta pergunta sugere que os israelitas acusavam a Deus de ter extinguido a tribo de Benjamim (ver v. 15). As tribos reunidas deveríam reconhecer que a ira e o desejo de vingança, engendrados pelas duas derrotas aplicadas a eles pelo exército de Benjamim, toram o motivo real da quase extinção da tribo.
Jz.21:4 4. Edificou alí um altar. Esta afirmação tem sido apresentada como prova de que os israelitas se reuniam em Betei e não em Siló, uma vez que neste lugar já deveria existir um altar ligado ao tabernáculo. Por outro lado, os que creem que a referência é a Siló tomam este texto como denotando que o povo construiu um novo altar em Siló, porque o altar antigo carecia de reparos ou porque outro precisasse ser construído devido ao grande número de animais sacrificados (ver com. de jz 20:18, 27; 21:2).
Jz.21:5 5. Não subiu. Ouando a batalha estava terminada, os israelitas começaram uma investigação para verificar se toda a nação havia respondido à convocação para tomar parte na guerra contra Benjamim. Quando o exército se reuniu pela primeira vez, as tribos fizeram um juramento contra qualquer dos segmentos israelitas que se recusassem a apoiar o empreendimento. Medidas extremas talvez fossem necessárias para reforçar a cooperação.
Jz.21:6 Sem comentário para este versículo
Jz.21:7 Sem comentário para este versículo
Jz.21:8 8. Jabes-Gileade. Identificada com Tell el-Meqbereh e Tell Abu Kharaz, cerca de 15 km a sudeste de Bete-Seã, no Wadi el-Yabis, para o leste do Jordão. Um laço de afinidade parece ter existido entre a tribo de Benjamim e a cidade de Jabes-Gileade. A afinidade pode ter continuado mesmo depois que a cidade foi destruída e reconstruída. Saul, da tribo de Benjamim, realizou sua primeira proeza salvando Jabes-Gileade dos amonitas (ISm 11:3-15). Na época da morte de Saul, os habitantes de Jabes-Gileade pagaram a dívida de gratidão ao resgatar seu corpo da exposição pública nos muros de Bete-Seã (ISm 31:8-13).
Jz.21:9 Sem comentário para este versículo
Jz.21:10 10. Doze mil homens. O método de recrutamento de um exército representativo de todo o grupo tinha sido utilizado antes (Nm 31:1-6).Ide e [...] ferí. A adoção deste recurso para obter esposas para os 600 sobreviventes da tribo de Benjamim que se escondiam nas cavernas de Rimorn, ajuda a perceber o limitado esclarecimento espiritual daquela época. Essas medidas cruéis em nome da religião são revoltantes e devem ser compreendidas à luz da época em que ocorreram.
Jz.21:11 11. Toda mulher. Todos os habitantes deveriam scr destruídos exceto garotas virgens em idade de casamento. Os outros membros das famílias não eram, na verdade, mais culpados que essas moças. Todo o procedimento cruel, embora realizado sob o pretexto de cumprir um juramento sagrado para o Senhor, não foi senão um recurso brutal para evitar a extinção da tribo de Benjamim.
Jz.21:12 12. Quatrocentas. Faltavam 200 para os 600 benjamitas que ainda se refugiavam nas cavernas.Siló. Ver com. dos v. 2, 4. '/ 20-hs. O acampamento pode ter se transferido para Siló pouco antes do término das hostilidades com Benjamim.
Jz.21:13 Sem comentário para este versículo
Jz.21:14 Sem comentário para este versículo
Jz.21:15 15. O Senhor tinha feito brecha. A brecha ou lacuna no círculo ou na corrente das doze tribos realmente foi feita pelos próprios israelitas, em seus excessos irracionais ao punir as más ações de determinados benjamitas. Se tivessem agido em todo o tempo no espírito do verdadeiro amor fraternal, poderíam ter alcançado o fim pretendido sem a matança despropositada e as atrocidades que cometeram.
Jz.21:16 16. Como obteremos [...]? Os anciãos sabiam que necessariamente esses homens se casariam com mulheres cananeias. Para evitar essa calamidade, empregaram meios tortuosos para observar a letra de seu juramento, apesar de violarem seu espírito. Em vez de resolutamente repudiar seu voto, em primeiro lugar, epermitir que os benjamitas se casassem com pessoas de outras tribos, movidos pela crença errada de que um juramento é sempre inviolável, perpetraram a carnificina de homens, mulheres c crianças inocentes.
Jz.21:17 17. A herança. Isto provavelmente não se refere à propriedade ou bens imóveis, apesar de alguns sugerirem que os anciãos estavam aconselhando o exército vitorioso a não repartir o território de Benjamim entre si. Eles queriam dizer que deveria haver uma sucessão familiar para os benjamitas remanescentes.
Jz.21:18 Sem comentário para este versículo
Jz.21:19 19. Solenidade. Durante o ano, havia três festas solenes às quais todos os homens israelitas deveríam comparecer (Ex 23:17). Visto que o tabernáculo nessa época se situava em Siló, essas reuniões deveriam ser ali. E questionável se houve alguma tentativa, em larga escala, para seguir o ritual prescrito, naqueles tempos conturbados. Pelo que se lê em 1 Samuel 1:3, percebe-se que mesmo famílias piedosas nem sempre frequentavam todas as três festas.Para o norte de Betei. O autor de Juizes apresenta uma descrição detalhada da localização de Siló. O fato de o autor sentir necessidade de explicar aos leitores a localização de Siló tem levado muitos a lixar a data para o relato de Juizes muitos anos depois de os filisteus terem destruído Siló, no final do juizado de Eli. Parece que o autor considerava que as pessoas de sua época não estavam familiarizadas com a localização da cidade. Por outro lado, deve-se notar que Siló havia sido mencionada muitas vezes anteriormente pelo autor de Juizes sem nenhuma tentativa de explicar sua localização.Lebona. Atualmente chamada Lubban. Estava cinco quilômetros a oeste-noroeste de Siló.
Jz.21:20 Sem comentário para este versículo
Jz.21:21 21. Filhas de Siló. Somente os homens tinham a obrigação de ir a essas festas (Ex 23:17; Dt 16:16). Algumas vezes, os homens eram acompanhados pelas esposas e filhas, mas a maioria das mulheres presentes seriam as que moravam em Siló ou nas proximidades.Dançar. Nos festivais de colheita, eram proporcionadas ocasiões sociais bem como serviços religiosos (ver PP, 540).
Jz.21:22 22. Irmãos. Antigamente, os irmãos de uma garota sequestrada ocupavam papel importante no juízo que se fazia para exigir recompensa pelos maus-tratos que ela recebesse (ver Gn 34:7-31; 2Sm 13:20-38).Pois neste caso ficarieis culpados. Os anciãos de Israel prometeram acalmar os pais e irmãos das garotas sequestradas de duas maneiras: primeiro, o concilio de anciãos concordava que os homens de Benjamim deveriam ter esposas vindas de algum lugar; e segundo, o voto não estava sendo violado pelos pais, porque as filhas não foram dadas em casamento, mas foram tomadas à força.
Jz.21:23 Sem comentário para este versículo
Jz.21:24 24. Partiram. Após terminar a festa e os benjamitas sobreviventes terem garantido esposas, o exército se dissolveu. As tropas devem ter estado fora de casa por pelo menos cinco ou seis meses, porque os 600 homens de Benjamim estiveram escondidos em Rimom por quatro meses (Jz 20:47).
Jz.21:25 25. Não havia rei em Israel. A afirmação faz uma transição adequada para os livros seguintes, que descrevem o início da monarquia.