"As coisas encobertas pertencem ao nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei."
Deuteronômio 29:29

Capítulo e Verso Comentário Adventista > Josué
Js.1:1 1. E sucedeu (ARC). “E”, a primeira palavra em hebraico, pode deixar subentendido que a narrativa de Josué consiste numa continuação de Deuteronômio. Isso sugereque Josué foi o autor do último capítulo do livro anterior; aqui, ele retoma a história e continua com o relato de suas experiências. O tempo a que se faz referência na passagemdeve ser os 30 dias de luto mencionados em Deuteronômio 34:8.Servo. A palavra traduzida desta maneira costuma significar uma pessoa completamente sujeita a seu mestre. Neste versículo, caracteriza alguém em completa submissão a Deus e obediente a Seu mandado. Paulo usava o termo com frequência para falar de si mesmo (Um 1:1, etc.). Um “servo do Senhor" é submisso a Cristo, que o redimiu do cativeiro do pecado. Assim aconteceu com Moisés. Josué, que fora primeiro-ministro de Moisés, nessa ocasião foi confirmado por Deus como líder de Israel. Sua fidelidade tranquila e modesta, bem como sua constância, haviam evidenciado sua adequação para suceder Moisés. E provável que Josué tenha nascido poucos anos antes da fuga de Moisés para o deserto de Midiã. Não parecia provável que Moisés se tornaria o eman- cipador de uma nação. A Providência, porém, antevê e prepara tudo com grande antecedência para atender às necessidades de Seu povo. Deus tem à disposição agentes e forças dos quais não temos conhecimento até chegar a hora certa. Quem sabería, por exemplo, que um desconhecido professor universitário abalaria toda a Europa e faria o papa tremer em seu trono? Nada parecia mais impossível; contudo, Frederico da Saxônia foi colocado no trono por Deus, pronto para ajudar quando chegasse o tempo. E bem antes do nascimento de Lutero, a Providência ordenou o surgimento da imprensa, que se tornaria a artilharia mais pesada do reformador. Os planos divinos são perfeitos. Para o cumprimento de todo propósito, chega o momento e, com ele, a pessoa certa para aquela tarefa.Os planos de Deus nunca dependem de um só indivíduo. Quando Moisés morreu, o Senhor já havia preparado Josué. Moisés era melhor qualificado para confrontar o faraó; Josué, para enfrentar os cana- neus. Deus escolhe ura ser humano com base em quatro fatores: (1) Temperamentoe disposição. Josué tinha habilidade natural em questões militares. Fira ousado e firme (Nm 14:6-9) e exercia poderosa influência pessoal (Js 24:31). (2) Treinamento prévio. Josué já havia atuado por 40 anos como um líder responsável (Êx 17:9, 10; Nm 13:2, 3, 8). Treinamento e experiência são essenciais. (3) Reputação. Ele e Calebe defenderam sozinhos uma causa impopular. (4) A tarefa a ser realizada. Para expulsar os cananeus, era necessário um soldado. A pessoa e a necessidade devem ser correspondentes.Servidor de Moisés. Em hebraico, o termo ‘‘servidor’’ significa um auxiliar voluntário, aquele que ajuda outro, em contraste com “servo ’, que tem laços de obrigação por um motivo ou outro.
Js.1:2 2. Jordão. Do heb. Yarden, do verbo yarad, "descer". O nome descreve com presteza o fluxo veloz do rio, que chega a 2.814 m no pico do monte Hermom e desce cerca de 11 m de altitude a cada quilômetro, até o mar cia Galileia, 209 m abaixo do nível cio mar. Após deixar o mar da Galileia, o índice de queda é bem menor, menos de dois metros por quilômetro. Na primavera, quando a neve do monte Hermom se derrete, o rio transborda o nível das margens e se torna uma torrente impetuosa do Hermom até o Mar Morto, que, cerca de 400 m abaixo do nível do mar, é o corpo d’água mais baixo de tocla a Terra. A razão para o nome hebraico, “o descendente”, é óbvia. Era através desse rio que Josué deveria conduzir Israel.Eu dou. Deus dá ênfase ao fato de que era Ele quem daria ao povo acesso à terra de Canaã. A promessa feita a Abraão (Gn 13:15) estava sendo cumprida a seus descendentes (ver Gn 15:16-21). A iniquidade dos amor- reus ficara “cheia”, e eles seriam expulsos. A conquista de Canaã, porém, deveria ser progressiva. A terra pertencería aos israelitas somente se, em fé e obediência, eles prosseguissem para possuí-la. O mesmo se aplica a todas as promessas de Deus. Elas só sãonossas se seguirmos adiante a fim de obtê-las. Nossa capacidade de receber aumenta a cada dom acrescentado, e os recursos divinos não têm limites. A disponibilidade divina de doar só é limitada por nossa capacidade de receber.
Js.1:3 3. Todo lugar. Existe a hipótese de que o v. 3 tivesse a intenção de denotar a laci- lidade com que os israelitas conquistariam toda a terra, conforme demonstrou o episódio da tomada de Jericó. Somente sua infidelidade a Deus, em qualquer ocasião, como ocorreu depois em Ai, tornaria a conquista mais difícil do que deveria ser.A planta do vosso pé. Existia um costume primitivo de medir a pé a terra a ser cultivada ou sobre a qual se construiria algo. A pegada era considerada um símbolo de posse, significando que a terra fora marcada pelos pés do suposto dono, que assim adquirira sua propriedade. O mesmo ainda é válido, de maneira figurada, para a posse de uma propriedade pública.Portanto, este versículo sugere que os israelitas deviam fazer algo para tomar posse da terra. Eles só possuiríam as terras sobre as quais colocassem a planta do pé. A promessa era generosa, mas se cumpriría tão somente por meio do esforço do povo. Trata-se de uma lei divina, tão verdadeira em relação à nossa herança espiritual como no caso da herança literal de Israel: apenas quando avançamos com fé, reivindicando as promessas de Deus, é que elas se tornam nossas. Temos a Bíblia, e talvez creiamos que a conhecemos bem; mas é possível que, de todo esse vasto campo de tesouros ilimitados, não nos apropriamos, na verdade, de mais do que um mero fragmento. Somente o “lugar que pisar a planta de vosso pé" será vosso. Apenas aquilo de que tomarmos posse será nosso. Grandes regiões negligenciadas aguardam nosso empenho. O mesmo se aplica ao privilégio e às bênçãos da graça: só se limitam aos confinamen- tos que nós mesmos colocamos sobre eles. Como é vasta a terra da promessa, ainda porpisar e possuir! Por fim, há também a Canaã celestial, que Deus prometeu aos verdadeiros israelitas de todas as eras.
Js.1:4 4. A terra dos heteus. A LXX omite esta expressão, tal vez porque a lembrança da grandeza dos heteus já houvesse se apagado quando a tradução foi feita. Antes da recuperação do conhecimento a respeito dos heteus, com a escavação de Hattusa (Bogazkõy), a antiga capital heteia, os críticos questionavam a precisão do registro bíblico, ao atribuir a esse povo um domínio tão extenso. Até o final do século 19, só a Bíblia tinha preservado o nome desse povo que, numa determinada época, exerceu influência quase tão grande quanto a do Egito ou da Assíria.Hoje, sabe-se que o império heteu surgiu perto do fim do século 17 a.C., sob o governo do rei Labarna. Na segunda metade do século 16, sob o comando do rei Murshilish 1, os heteus invadiram o território babilônico e saquearam a capital.O império heteu atingiu o auge durante o governo de Suppiluliuma, seu maior monarca, de 1375 a 1335 a.C. Por volta de 1200 a.C., esse império foi destruído pelos povos do mar (ver p. 12-16). Em certo momento, o território heteu compreendia a Ásia Menor e se estendia até Damasco, ao sul, e descle o Líbano até o Eufrates. No século 14, um rei de nome heteu, Abdu-Kheba, governou Jerusalém. Sem dúvida, havia também cidades-estado sob controle heteu na Palestina. Jerusalém parece ter sido fundada pelos amorreus e heteus (Ez 16:45). Nos tempos de Abraão, havia proto-heteus que habitavam em Hebrom (ver Gn 23:3). Os heteus eram urna das sete nações cuja terra foi prometida ao patriarca (Gn 15:20). Por esse motivo, essa antiga nação proporciona um exemplo notável da precisão histórica da Palavra de Deus. As descobertas arqueológicas confirmam o que diz a Bíblia.
Js.1:5 5. Ninguém te poderá resistir. Literalmente, “colocar-se contra ti“, ou seja,jOSUE 1:7“opor-se com sucesso a ti”. Deus não prometeu a Josué mais do que assegura hoje aos cristãos. O Criador do universo, o Pai da eternidade, garantiu todos os recursos para ajudar a vencer; e foi justamente isso que o Senhor prometeu a Josué. Deus nunca faz planos para o cristão retroceder. Ele abre o caminho para Canaã, se prosseguirmos; com frequência, retroceder significa a morte.Não te deixarei. Literal mente, "tirar a mão de ti”, ou seja, “não desistirei de ti”.Nem te desampararei. As duas palavras hebraicas traduzidas por “deixar” e "desamparar” são sinônimas. Nesta passagem, são usadas juntas com a finalidade de dar ênfase. Qualquer pessoa pode ser vitoriosa com o Senhor a seu lado. A vitória é igualmente certa, tanto num lugar como no outro. Josué se encontrava diante de uma grande tarefa, com um povo que tinha fracassado muitas vezes no passado. Deus prometeu que não colocaria os israelitas em situação difícil, para deixá-los nela. Ele os acompanharia até a vitória final. A mesma verdade se aplica aos cristãos (Mt 28:20).
Js.1:6 6. Corajoso. A falta de coragem significa falta de té, e “sem fé é impossível agradar a Deus” (í lb 11:6). Uma das maiores necessidades hoje é a de coragem — coragem para confessar a Cristo em palavras e em atos em todas as ocasiões; coragem para crer na Bíblia e viver em harmonia com ela; coragem para expressar as convicções e segui-las mesmo quando se está em minoria. Satanás não teme conhecimento, influência ou riquezas, mas treme diante cia intrépida coragem de uma alma humilde que avança em fé. A coragem inspirada por Deus equipa a alma com um poder invencível. O Senhor estava preparando Josué para desempenhar uma tarefa que exigiría plena fé e confiança nEle.Muito embora se possa confiar ilimitadamente em Deus, sempre é bom preservar o medo e a desconfiança na próprianatureza humana. O temor que se tem ao olhar para dentro de si mesmo deve ser acalmado pela coragem que se recebe ao voltar os olhos para Deus. Josué, sem dúvida, tinha consciência de sua incapacidade. Não havia aspirado à alta honra e à grande responsabilidade da posição que agora lhe cabia. Não as tinha procurado. Portanto, quando recebeu o chamado para assumir o posto deixado por Moisés, sua coragem pode ter varei lado por um instante, e precisou ser encorajado por Deus e pelos homens. Somente quando os seres humanos sentem de verdade a própria incapacidade é que Deus os considera qualificados para assumir grandes responsabilidades e, por vezes, até mesmo aquelas aparentemente impossíveis. Com frequência, o ser humano é auto- confiante demais para que Deus possa usá-lo eficazmente, e excessivamente convicto de seus próprios planos e maneiras de fazer as coisas, como Abraão (Gn 12:11-13; 16:1-3) e Moisés (Ex 2:12) o foram.Tu farás [...] herdar. O “tu”, em hebraico, denota ênfase. "Herdar” significa “fazer possuir". Em sentido secundário, esse processo também inclui ria a divisão da terra, algo mais difícil do que simplesmente tomar posse. Seria necessária liderança sábia para satisfazer a todos. A aparente ausência sequer cie uma reclamação séria revela que Josué foi guiado pela sabedoria divina ao realizar essa delicada tarefa. Somos tão dependentes da direção de Deus que aqueles sob nossa responsabilidade se sentem satisfeitos, ou nossa liderança gera queixas e mu rmurações?
Js.1:7 7. Sê forte. A exortação do v. 7 quer dizer, literalmente, "sê forte e corajoso para observar todas as instruções [Torah], etc”. Essa era a condição do sucesso: entrega completa a Deus e cooperação com Sua vontade expressa. A tarefa era tamanha que Josué não consegu i ria realizá-la por si mesmo; o poder divino devia se unir ao esforço humano.O plano do Senhor garantiría o sucesso. Josué não poderia seguir as próprias estratégias e ainda esperar o favor divino. O mesmo ocorre com a salvação e com a vitória sobre o pecado. E preciso “ser forte e corajoso” para seguir todas as instruções do Senhor.Dela não te desvies. Quando Deus, em Sua sabedoria, dá uma ordem, cada detalhe dela é tão sagrado como o todo. Seria uma afronta à integridade divina deixar de lado “um destes mandamentos, posto que dos menores” (Mt 5:19). E possível acreditar estar de acordo com o princípio geral, mas não perceber a importância de certos detalhes, Ao fazer isso, não se está obedecendo a Deus, mas, sim, a si mesmo. Portanto, as aparentes minúcias se transformam na verdadeira prova da fidelidade completa ao Senhor.Josué precisava da companhia de Deus para a empreitada de conquistar Canaã. Por isso, recebeu a advertência de não seguir o próprio caminho nem nas coisas mínimas. “Não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda.” O caminho da obediência é o caminho do equilíbrio. Sempre há urna bifurcação para a direita e outra para a esquerda; ambas, sem dúvida, estão equivocadas. Uma pessoa pode chegar a extremos em qualquer lado do caminho do dever. O maligno fica igualmente satisfeito quando o cristão toma o caminho da direita, do fanatismo, e quando envereda pelo caminho da esquerda, do liberalismo. Ambos conduzem à destruição. Instruções semelhantes foram dadas em relação aos dez mandamentos (Dt 5:32).Sejas bem-sucedido. Ou, “sejas prudente”. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv. 9:10). A prosperidade resulta de ações sábias. O ser humano só é capaz de agir com sabedoria na medida em que coopera com a Fonte de toda sabedoria.
Js.1:8 8. Não cesses. “Após o estabelecimento em Canaã, os preceitos divinos deviam ser repetidos diariamente em todos oslares” (PR, 464). Esperava-se que Josué também cumprisse as ordens dadas ao povo, não como um decreto arbitrário, mas porque essa seria a chave do sucesso. A instrução de Deus para o rei de Israel, quando o povo tivesse um, foi a mesma (Dt 17:18-20). Ele deveria ter seu próprio exemplar da lei, uma cópia do que ficava guardado no santuário. Essa é uma evidência de que existia uma cópia do Pentateuco feita para os sacerdotes. Josué, neste versículo, recebeu instruções semelhantes (ver com. de Dt 17:18). Cumprindo a ordem dada em Deuteronômio 31:10-13, de que as palavras do livro da lei deveríam ser lidas em público a cada sete anos, outras cópias foram feitas. Esse procedimento era, ao mesmo tempo, caro e tedioso, e o nú mero de exemplares, limitado. Foi de uma cópia como essa que Josué leu todas as palavras da lei perante a congregação (Js 8:35).A fim de que memorizassem a lei, os israelitas deviam escrevê-la nos batentes das portas e ensiná-la continuamente a seus filhos (Dt 11:18-21). Hoje todos podem ter seu próprio exemplar da “lei”. Que privilégio maravilhoso! O dever que Josué recebeu de ter sempre em seus lábios essas palavras é hoje igualmente importante e sagrado. A obediência à lei da vida continua a ser a chave para o sucesso, porque nos coloca em sintonia com o Céu. Criados à imagem de Deus, lonnos formados para viver em harmonia com Suas leis. A obediência a elas garante o sucesso físico e espiritual (ver DTN, 827).Medita. A palavra hebraica assim traduzida sugere o tipo de atividade mental que, algumas vezes, se expressa de forma audível, em resultado de uma concentração intensa. Se o trabalho de uma pessoa pudesse, de algum modo, dispensá-la da meditação e de outros atos de devoção por falta de tempo, Josué poderia ter usado tal desculpa. No entanto, apesar da grande tarefa e das pesadas responsabilidades que lhe foram confiadas, ele deveria reservar momentosJOSUÉ 1: I ipara meditação. Muito perdem as pessoas por falta de meditação. Os textos bíblicos são lidos com rapidez tal que muitas vezes se deixam passar despercebidas pérolas de raro valor. Ouando se escolhe uma frase e se medita nela, fechando a mente para o mundo, e permitindo que Deus fale e dirija o pensamento, verdades maravilhosas são descobertas que pareciam não estarem lá. “Uma passagem que se estude até que seu sentido seja claro ao espírito e evidente sua relação para com o plano da salvação é de maior valor do que a leitura de muitos capítulos sem ter em vista nenhum propósito definido e sem adquirir nenhuma instrução positiva" (CC, 90). A meditação resulta, logicamente, numa conduta apropriada - “para que tenhas cuidado de lazer”.
Js.1:9 9. Sê forte. Deus deu esta ordem pela terceira vez (ver v. 6, 7). Josué havia demonstrado coragem no passado, mas Deus repetiu isso vez após vez. Josué era humilde aos próprios olhos, não duvidava do poder nem das promessas de Deus; mas desconfiava de si mesmo, de sua sabedoria, força e suficiência para realizar a missão à sua frente. Talvez esse sentimento se devesse, em parte, a seu relacionamento com um homem tão grande como Moisés. Deus tem em alta estima o espírito humilde, porque Ele pode trabalhar por tal pessoa e com ela (ver ís 57:15). Foi justamente a humildade de Josué que deu testemunho eloquente de sua capacitação para desempenhar a missão a ele confiada.
Js.1:10 10. Então. P rovém da mesma palavra traduzida por “e”. Sugere uma ligação próxima entre o comando e sua execução. Josué não procrastinou. Assim que recebeu as ordens, prosseguiu para executá-las.Príncipes. Ou, "oficiais*’ (JNVI), a saber, “escribas”. Tratavam-se de oficiais administrativos de posição menos elevada, que desempenhavam as ordens dos líderes.
Js.1:11 11. Comida. Provém de uma palavra cuja raiz significa “caçar". O substantivomasculino derivado significa “carne de caça”. Com o uso, passou a ter o sentido geral de “provisões”, como as feitas para urna viagem. Esta não era uma referência ao maná, pois este caía diariamente (Ex 16:4), ainda que logo fosse deixar de cair para sempre (js 5:11, 12). E provável que a ordem de Josué tivesse em perspectiva tanto esse dia quanto a travessia do Jordão.Dentro de três dias. E natural que surja a pergunta: como se pode dizer que Israel cruzaria o Jordão "dentro de três dias” quando os espias, que até esse momento ainda não haviam sido enviados, permaneceram três dias no monte (Js 2:22), e o povo só parece ter atravessado o Jordão após outros três dias? (Js 3:2). Alguns dizem que essas declarações temporais não são precisas; outros afirmam que o momento exato de Josué 1:11 e 3:2 não pode ser identificado. Também há aqueles que tentam encurtar os três dias dos espias a partes de dias, a fim de harmonizar as duas declarações. Outros ainda alegam que a expressão "dentro de” não indicava a travessia “dentro de três dias”, mas, sim, que parti riam de Sitim dentro desse período (ver Js 3:1). já se explicou também que Josué tinha a intenção de cruzar o rio “dentro de três dias”, mas que seu plano foi frustrado pela demora dos dois espias. Nenhuma dessas interpretações, porém, é satisfatória.A palavra traduzida por “dentro de” é uma combinação de od, ‘'continuação”, “duração”, e a preposição be, “dentro” ou “em continuação de”. A LXX traz “em três dias” (Js 1:11), e a versão siríaca (chamada Peshita), “deste momento até três dias” ou “dentro de três dias”. A palavra traduzida por “ao fim", em 3:2, vem da preposição mm, “de", “depois", e qat- seh, “fim" ou "extremidade”. Portanto, literalmente, quer dizer: “desde o fim de” três dias. Em ambos os casos, tanto “dentro de” (Js 1:11), quanto “ao fim” (Js 3:2) se referem aproximadamente ao mesmo período. Dois fatos ficamclaros: (1) Os espias foram enviados de Sitim e voltaram para Sitim (Js 2:1; 2:23-3:1); (2) na manhã após seu regresso, o povo partiu de Sitim para o Jordão, a 11 km de distância, e permaneceu ali por três dias (Js 3:2) antes de fazer a travessia (ver p. 119-121).A ordem de Josué 1:10 e 11, embora registrada aqui, na verdade só foi dada depois do regresso dos espias (PP, 483). Portanto, o relato do capítulo 2, referente aos dois espias, precede a ordem de 1:10 e II. Essas transposições prolépticas são frequentes nas Escrituras (ver com. de Gn 38:1; 39:1). O propósito delas é preservar a continuidade. Aqui Josué tinha o objetivo de comunicar que dera ordens em harmonia com o mandado que acabara de receber de Deus (v. 1-9) e que o fizera sem demora (para uma análise cronológica da sequência de acontecimentos, ver com. de Js 3:2).
Js.1:12 Sem comentário para este versículo
Js.1:13 13. Lembrai-vos. Josué procedeu à execução imediata do plano de Moisés. Não sentiu a necessidade de mudar o plano geral e iniciar um novo programa, para fazer o próprio nome, algo que ocorre hoje com muita f requência tanto no mundo político como no religioso. Por exemplo, ele não tentou conquistar amigos para si, liberando as duas tribos e meia de sua obrigação. Em vez disso, ele as lembrou de sua promessa. As tribos mantiveram sua palavra a um elevado custo de esforço e perigo, proporcionando, assim, uma lição perpétua para aqueles que, depois de terem feito uma promessa sob grande pressão, sentem-se tentados a não cumpri-la quando a pressão desaparece.
Js.1:14 14. Todos os valentes. Pertencentes às duas tribos e meia. Todos deviam estar preparados e dispostos a ir. Segundo Josué 4:13, somente 40 mil se apresentaram para a batalha. No entanto, havia por volta de 110 mil homens aptos para o serviço militar nas duas tribos e meia (Nm 26:7, 18, 34). Portanto, mais de 70 mil devem ter ficado para trás, a fim de proteger as famílias e os rebanhos.Armados. Dobeb. chamushim. Já surgiram dúvidas consideráveis em relação ao significado desta palavra. Em Êxodo 13:18, é traduzida por “arregimentados”; em Josué 4:12, por “armados” e, em Juizes 7:11, por “vanguarda”. Numa passagem paralela (Nm 32:17), a palavra aparece como chushhn, com a omissão da consoante média m de chamushim. Crê-se que esse foi um erro cometido por um copista, pois, dessa forma, a palavra deveria ser traduzida por “pressa’’ ou "rápido”, e nenhuma das duas idéias faz sentido nesse contexto. As traduções em língua portuguesa seguem, por isso, a LXX e a Vulgata, que usam “armados”. A versão siríaca diz: "Nós conquistaremos.” Não parece haver evidências para traduzir chamushim por “armados” ou “arregimentados”. É possível que a referência seja a uma maneira ordenada de marchar (ver com. de Ex 13:18). Isto é, as duas tribos e meia deviam prosseguir de forma organizada e se submeter à liderança de Josué.
Js.1:15 Sem comentário para este versículo
Js.1:16 16. Responderam. A resposta das duas tribos e meia se subdivide em quatro partes: (1) prometeram obediência a Josué; (2) oraram pedindo a presença de Deus com o líder, ou talvez expressaram sua confiança de que o Senhor estaria com ele (v. 17); (3) decretaram a morte para qualquer um que lhe desobedecesse (v. 18); e (4) encorajaram-no e o admoestaram a ser forte e corajoso. Embora Deus houvesse prometido Seu auxílio a Israel, também insistia na cooperação do povo. Hoje, Ele requer de nós o uso de todo talento e de todas as capacidades que nos deu. As duas tribos e meia se destacam como um exemplo recomendável de cooperação com Deus e com os líderes por Ele designados.
Js.1:17 17. Tão somente. Ou, “certamente”, conforme traduzido em outras passagens (Gn 20:11; Dt 4:6, etc.).Seja [...] contigo. A tradução mais precisa é “será contigo”. Com confiança nessa realidade, eles expressaram submissão completa às ordens de Josué.
Js.1:18 18. Sê forte. Assim como o povo tinha uma parte a fazer, Josué, o líder, recebera uma responsabilidade a desempenhar. Foi o solene reconhecimento dessa responsabilidade que o fez vacilar e se sentir pequeno diante da posição principal de liderança. Muitos ficam encantados com o que consideram ser a glória da liderança, mas falham em reconhecer suas responsabilidades solenes e o sacrifício pessoal. Com todo privilégio, sempre vem uma responsabilidade equivalente. Um líder deve ser forte mesmo quando os outros fraquejam. Precisa ter coragem quando os outros se encontram desanimados, e ser capaz de inspirar ânimo nos demais. Deve obter calorda indiferença alheia. Um líder de Deus deve viver perto cio Senhor, a fim de incentivar aqueles ligados a si. Estes, ao perceberem o relacionamento entre o líder e Deus, estarão mais dispostos a cooperar, e assim haverá na igreja a unidade pela qual Jesus orou (Jo 17). Existindo tal unidade, a conquista de Canaã não poderia fracassar. Os líderes precisam ser “conhecedores da época, para saberem o que Israel [deve] fazer” (ICr 12:32); têm de merecer a confiança cie seus seguidores e inspirar neles a alegria de trabalhar juntos como uma só força. Os seguidores, por sua vez, devem cooperar de boa vontade com o líder e uns com os outros.Capítulo 2
Js.2:1 1. Sitim. Ou, "Abel-Sitim”, que significa ‘campo de acácias’' (Nm 33:49). Alguns sugerem que esse lugar corresponde a Tell el-Kefrein, cerca de dez quilômetros a leste do Jordão: outros o identificam com lèll el- Uammátn, 14 km a leste do rio. Nesse lugar, Israel ficou acampado durante algum tempo. Foi lá que as mulheres moabitas e midiani- tas tentaram os hebreus. Perto dali, ficava a cidade de Bete-Peor. Também íoi nesse local que Moisés proferiu seu último discurso e foi sepultado nas redondezas (Dt: 4:46; 34:6).Enviou. Talvez seja preferível "havia enviado”. Os espias tinham sido enviadosantes dos acontecimentos registrados em 1:10-18 (ver com. de js 1:11). Fica claro que Josué não enviou os espias por desconfiança, mas provavelmente por ordem divina. Os dois homens foram guiados e protegidos de modo notável. A fé nas promessas de Deus não substitui a diligência e o esforço de nossa parte; pelo contrário, os complementa.Secretamente, [...] dizendo. Ou, “dizendo secreta mente”. As instruções cie Josué aos homens foram dadas em segredo, isto é, sem o conhecimento do povo. Ele se recordava claramente da reação adversa ao relatório dos espias 38 anos antes. Os 12 espias(Nm 13:2, 26) haviam síclo enviados pelo povo (Dt 1:22) e apresentaram seu relatório aos israelitas (Nm 13:32). Esses dois espias, em contrapartida, foram mandados por Josué, e fizeram o relato diretamente a ele (Js 2:23). O líder deve agir com prudência. Muito embora Josué tivesse plena té em Deus, devia fazer tudo o que estivesse em seu poder para assegurar o sucesso do ataque. Como general, não deveria entrar em terra estranha e hostil sem antes explorá-la. Essa precaução deve ter sido tomada por ordem explícita do Senhor, com o objetivo de encorajar Josué. Além disso, Deus conhecia a fé de Raabe (v. 9-11) e desejava salvá-la, juntamente com sua família.Casa de uma mulher prostituta. Escritores judeus e alguns comentaristas protestantes tentaram mostrar que Raabe era somente a dona de uma estalagem. No entanto, nem a palavra heb. zonah nem seu equivalente grego na LXX permitem tal interpretação. O uso do termo em todo o AT, bem como sua tradução em Hebreus 11:31 e Tiago 2:25 indicam que a palavra significa "prostituta”. Essa era sua ocupação, ou o fora no passado, e na casa cie uma mulher assim os espias podiam entrar em busca de alimento e hospedagem, sem chamar tanto a atenção quanto o seria em outro lugar.Quando a luz do verdadeiro Deus clareou o coração de Raabe, ela se arrependeu e aliou seu destino ao do povo dc Deus (PR, 369). Foi-lhe concedida a honra de se tornar uma antepassada de Cristo (ver com. de Mt 1:5). No entanto, o opróbrio de sua vida anterior a perseguiu para sempre, pois continuou a ser chamada de “prostituta”. Sua experiência ensina três grandes lições: (1) um grande pecado não é barreira para o arrependimento; (2) muitas pessoas que levavam uma vida ímpia antes da conversão, podem depois se distinguir como heróis da fé; e (3) a reputação, uma vez estabelecida, pode seguir uma pessoa por muito tempodepois de o arrependimento ter apagado o pecado de sua vida.
Js.2:2 2. Então, se deu notícia. A cidade estava em situação de emergência. Um exército que então recentemente vencera dois reis poderosos estava acampado a menos de 25 km de distância. Os habitantes de Jerico sabiam dos milagres que tinham acompanhado a viagem dos israelitas pelo deserto, conforme evidencia o depoimento de Raabe (v. 9-11). Viviam aterrorizados pela iminência de um cerco e, para eles, todo estranho parecia suspeito.Esta noite. Os espias tinham escolhido o início da noite para entrar na cidade, pois a essa hora os lavradores voltavam do trabalho e os dois homens poderíam passar despercebidos. Tinham a expectativa, dessa forma, de não chamar atenção, mas é evidente que suas roupas, seu idioma ou sua aparência os denunciaram. Se Deus não lhes tivesse proporcionado refúgio, teriam sido capturados e, sem dúvida, perderíam a vicia. Até mesmo a prostituta reconheceu que eles eram israelitas; mas, sem preconceitos, percebeu que era inútil lutar contra Yahweh e recorreu â misericórdia do Deus dos espias. Talvez ela não conhecesse o significado da palavra “fé", mas tinha esse sentimento em seu coração (Hb 11:31) e expressou isso tanto em palavras quanto em ações (Tg 2:25).
Js.2:3 3. Vieram a tí. O rei de Jerico parece ter pensado que os espias não tinham vindo somente em procura de alojamento ("entraram na tua casa”), mas também para uma visita pessoal a Raabe. Agora ela deveria escolher entre seu país e sua consciência. Não sabemos se os espias já haviam tido a oportunidade de lhe falar sobre Deus; mas, com a luz que ela tinha, decidiu aliar seu destino ao do povo do Senhor. Logo depois das palavras "vieram a li”, tanto na LXX como na versão siríaca, se acrescenta "durante a noite", sugerindo que já estava escuro quando eles entraram. (3 Espírito Santo vinha impressionandoo coração de Raabe e, sem duvida, encaminhou os espias à casa dela. De igual modo, Ele guia hoje os mensageiros do evangelho aos lares que buscam luz.
Js.2:4 4. Havia tomado. Ou seja, antes da chegada dos mensageiros. Ela ficou ciente de que a chegada dos estranhos era conhecida e que provavelmente haveria uma busca por eles. Também sabia qual era a missão deles e já tomara sua decisão. Por isso, escon- deu-os num lugar seguro onde dificilmente seriam encontrados.Escondido os dois homens. Ou, “os lliteralmente o’] tinha escondido’, isto é, escondeu cada um em separado, em lugares diferentes. Seria mais fácil escondê-los separados, e também, caso um fosse encontrado, haveria a possibilidade de que o outro conseguisse escapar. Esses detalhes só poderíam ser informados por uma testemunha ocular.Eu não sabia. Aqui e no v. 5, há uma série de mentiras proferidas com o objetivo de salvar vidas, isso é justificável? Raabe se deparou com o que lhe parecia uma escolha entre o menor de dois males: participar da responsabilidade pela morte de dois homens, que ela cria serem mensageiros de Deus, ou mentir para salvá-los. No caso de um cristão, a mentira nunca se justifica, mas, a uma pessoa como Raabe, a luz só chega gradualmente. Houve uma época em que o povo de Deus não conhecia a verdade do sábado e, portanto, o transgredia. Por um tempo, também não entendia o sistema de dízimos, nem os princípios de vida saudável. “Ora, não levou Deus em conta os tempos cia ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At 17:30). O Senhor aceita o que é leito com sinceridade e com intenções honestas, ainda que contenha uma mistura de fragilidade e ignorância. A fé de Raabe foi provada e se mostrou genuína. Deus nos aceita como somos, mas devemos crescer "na graça” (2Pe 3:18).
Js.2:5 Sem comentário para este versículo
Js.2:6 6. Ela [...] os fizera subir. Subir para o teto plano, tão comum no antigo Oriente Próximo. Segundo a lei judaica, o teto devia ter um parapeito (Dt 22:8). Até mesmo o teto de um edifício público era plano (Jz 16:27). O teto podia ser usado como uma varanda (2Sm 11:2) ou como lugar de oração (At 10:9). Raabe o usava, como o faziam muitos outros, e como se faz até os dias de hoje, para secar as fibras do linho, das quais fazia tecido. Tanto o linho quanto a cevada fazem parte das primeiras colheitas (Ex 9:31), e aquele era o primeiro mês (Js 4:19).
Js.2:7 Sem comentário para este versículo
Js.2:8 8. Antes que os espias se deitassem. Dormir no teto era uma prática comum durante a época de calor e, no clima tropical de jerico, o verão começa cedo. Os espias não podiam fazer nada até que Raabe chegasse com novas instruções. Ela ainda podia entregá-los ao rei, se assim o desejasse. Com fé no coração, subiu até onde estavam, para fazer um acordo visando sua segurança e a de seus parentes quando Israel tomasse a cidade.
Js.2:9 9. Sei. O hebraico diz “soube" ou "tenho sabido”. Nesta passagem, Raabe usa a linguagem dos profetas, que expressa algo prometido como se já houvesse se cumprido. Sua fé era semelhante à dos israelitas. Era desse encorajamento que Josué e os filhos de Israel precisavam.Desmaiados. Literalmente, “derretidos". Aqui ela se refere em especial aos povos já vencidos por Israel, enumerados no v. 10. O relato das grandes coisas que Deus tinha feito por eles chegara até Jerico (v. 10).
Js.2:10 10. Amorreus. Um povo poderoso que subjugou os nativos refains (Dt 2:20, 21). A vitória de Israel sobre os amorreus consistiu no cumprimento de uma promessa que Deus fizera enquanto Moisés ainda vivia (Dt 11:25).
Js.2:11 11. Desmaiou-nos o coração. A palavra traduzida por “coração” é singular no hebraico e provavelmente se referia à vontade de resistir. Nesse estado mental, as pessoassão vencidas com facilidade. O povo de jerico estava aterrorizado e, sem dúvida, os dois espias perceberam que a vitória era certa.Essa experiência serve de incentivo ao cristão, que também combate as batalhas do Senhor sob a liderança do “Josué” celestial. Apesar de todas as aparências contrárias, as forças do mal se encolhem diante do poder manifesto de Deus. Ele vai à frente, e o temor por aquilo que o Senhor faz por Seu povo sobe ao coração dos que se opõem a Deus. O reino das trevas está cambaleando, a ponto de cair. Satanás e suas hostes sabem disso. Com essa realidade em mente, sejamos fortes; a perfeita fé e o perfeito amor lançam fora o medo (Ijo 4:18). Todos os habitantes de Jerico ouviram e tremeram; somente Raabe passou do temor à fé e ao serviço.O Senhor [...] é Deus. Não se sabe como Raabe aprendeu sobre o Deus verdadeiro. Não teve muito tempo para obter informações dos dois espias. Sem dúvida, seu principal conhecimento viera dos relatos sobre a maneira que Yahvveh, o Deus de Israel, operava em favor de Seu povo. Depois de confessar sua fé, ela entrou numa relação de aliança com Deus e com Seus representantes a fim de salvar a própria vida. Ao se entregar ao Senhor, recebeu a garantia de que seria protegida no julgamento iminente de Jerico.
Js.2:12 12. Um sinal certo. Literalmente, “um sinal de verdade”. Ela pediu duas coisas: (1) que ela e sua família fossem poupadas, assim como ela os tinha protegido, e (2) que os espias lhe dessem ‘'um sinal para valer”, o qual os israelitas reconheceriam e respeitariam. Raabe não tinha esposo, mas mencionou a mãe, o pai, irmãos e irmãs. Depois de fazer os espias jurarem que preservariam a vida dela e de sua família, eles combinaram um "sinal”: um cordão de fio de escarlata na janela (v. 18). À semelhança do sangue asper- gido nos batentes das portas, esse cordão asseguraria a proteção dos que ali residissem.
Js.2:13 Sem comentário para este versículo
Js.2:14 14. Nossa vida [...] pela vossa. Eles comprometeram a própria vida como seguro pela vida da mulher. Caso falhassem, ela e sua família sofreriam a morte.Esta nossa missão. Literalmente, “esta nossa palavra”, uma referência clara ao “sinal certo” que Raabe havia pedido. Antes de dar esse sinal, os espias procuraram se assegurar de que ela manteria em segredo o fato de que Israel planejava tomar jerico em breve. O descuido ou a duplicidade por parte dela os liberaria do juramento.
Js.2:15 15. Então, os fez descer. Porém, não antes da conversa registrada nos v. 16 a 20. Como ocorre em 1:10 e 11, uma ação futura é introduzida antes de sua posição cronológica, como se já tivesse ocorrido. Essas inter- calações ocorrem com frequência na Bíblia.Sobre o muro. já que vivia no muro, seria relativamente fácil para Raabe fazer descer os espias (ver informações arqueológicas sobre a antiga cidade de Jerico, na p. 24, 25).
Js.2:16 16. Monte. O sítio da antiga jerico se localiza próximo à fronteira ocidental do vale, que, nesse local, tem cerca de 22 km de largura. O único “monte” próximo fica a oeste. Nessa direção, a pouco mais de um quilômetro de Jerico, encontram-se as colinas que formam o que se conhece como o deserto de Judá. A cordilheira mais próxima é tão alta que, muito antes do anoitecer, projeta sua sombra sobre a cidade. Nessa região montanhosa há muitas cavernas. Os espias podem ter fugido para lá a fim de se proteger até que voltasse para a cidade quem os procurava. Então, à noite, poderiam retornar em segurança para o acampamento em Sitim.
Js.2:17 17. Disseram-lhe os homens. Ou, “lhe haviam dito”, isto é, antes que ela os fizesse descer. E muito improvável que ela os tivesse deixado ir, sem antes lembrar as condições combinadas nos v. 16 a 20. Também não teriam começado a conversa em casa e terminado somente depois de descê-los pelo muro. A declaração do v. 18, "por onde nos fizestedescer”, não prova necessariamente que estas palavras foram ditas depois de haverem descido. Ao falar do futuro, é natural que pensassem no presente como se já estivesse no passado, e do ato em questão como já realizado (ver vol. 1, p. 2, 3).Por onde. Ou seja, a janela, não a "corda".Se não recolheres. Uma condição razoável. Se os parentes não desejassem perecer com o ímpio povo de jerico, deviam manifestar sua crença procurando refúgio no lugarindicado, como fizeram Noé e sua família dentro da arca. De maneira semelhante, todos os que hoje desejam escapar dos juízos que Deus enviará sobre o mundo incrédulo serão encontrados na companhia de outros que também escolheram o caminho da vida.
Js.2:18 Sem comentário para este versículo
Js.2:19 Sem comentário para este versículo
Js.2:20 Sem comentário para este versículo
Js.2:21 21. Ela atou. Pode ser que Raabe só fez isso quando a precaução se tornou necessária. O mais provável, porém, é que atou o cordão na mesma noite, para não se esquecer de fazê-lo mais tarde. Além disso, o sinal de livramento, estando visível, lhe inspiraria coragem e esperança.
Js.2:22 Sem comentário para este versículo
Js.2:23 23. Vieram a Josué. Os espias apresentaram seu relatório diretamente a Josué (ver com. v. I). Ele. deve ter aprendido uma lição do episód io em que, junto com outros 11, fora enviado de Cades-Barneia, e dez retornaram com um relato desalentador. Por essa razão, Josué deve ter considerado prudente manter em segredo a missão dos dois espias até receber as notícias que eles trariam. A mensagem deles (ver Js 2:9-11, 23, 24) dev e ter encorajado o líder e o povo a avançar sem demora pelo Jordão e a atacar Jerico.
Js.2:24 24. O Senhor nos deu. Que relatório diferente deram aqueles dois homens após 40 anos de peregrinação, se comparado ao dos dez espias de 38 anos antes (Nm 13:31- 33). Compare com a experiência de Gideão (Jz 7:9-14).Capítulo 3I. Levantou-se, pois, Josué» Josué não podia descansar enquanto havia uma importante obra do Senhor a fazer. Ele não pensou na própria tranquilidade. Por ser líder, deveria dar o exemplo correto aos oficiais sob sua direção. O trabalho de Deus sempre requer o melhor que temos a oferecer.Os que realizam grandes coisas para Deus precisam se levantar cedo.De madrugada» Ou seja, na “madrugada” do dia que sucedeu o retorno dos espias (v. js 2:23, 24).Tendo ele e todos os filhos de Israel partido. Eles ficaram acampados por maisde dois meses em Sitim. Chegaram ali no primeiro dia do ] Io mês do 40° ano após deixar o Egito (Dt 1:3). A primeira marcha do povo sob a liderança de Josué era de apenas II km, mas pode ter tomado a maior parte do dia, por causa dos animais e das crianças.Pousaram. Literalmente, “passaram a noite”, ou seja, montaram acampamento temporário. E provável que tenham permanecido ali por três dias (v. 2, 5), fazendo os preparativos finais para atravessar o Jordão.
Js.3:1 "1. Levantou-se, pois, Josué» Josué não podia descansar enquanto havia uma importante obra do Senhor a fazer. Ele não pensou na própria tranquilidade. Por ser líder, deveria dar o exemplo correto aos oficiais sob sua direção. O trabalho de Deus sempre requer o melhor que temos a oferecer. Os que realizam grandes coisas para Deus precisam se levantar cedo. De madrugada» Ou seja, na “madrugada” do dia que sucedeu o retorno dos espias (v. js 2:23, 24). Tendo ele e todos os filhos de Israel partido. Eles ficaram acampados por mais de dois meses em Sitim. Chegaram ali no primeiro dia do ] Io mês do 40° ano após deixar o Egito (Dt 1:3). A primeira marcha do povo sob a liderança de Josué era de apenas II km, mas pode ter tomado a maior parte do dia, por causa dos animais e das crianças. Pousaram. Literalmente, “passaram a noite”, ou seja, montaram acampamento temporário. E provável que tenham permanecido ali por três dias (v. 2, 5), fazendo os preparativos finais para atravessar o Jordão."
Js.3:2 2. Ao fim de três dias. Ao final dos três dias, Josué enviou oficiais por todo o acampamento para que fizessem uma segunda proclamação. Segundo Josué 4:19, o povo atravessou o Jordão no décimo dia do mês de abibe, o primeiro mês do ano. Aquele era o 41° ano após o êxodo. Portanto, a proclamação foi feita no dia anterior (js 3:5), o nono. O nono dia era, por sua vez, o terceiro depois da marcha de Sitim até o Jordão (v. 2). Segundo a forma oriental de calcular (ver p. 119), a chegada ao Jordão teria ocorrido no sétimo dia do mês, ou seja, um dia após o regresso dos espias a Sitim, 6 de abibe (Js 2:22, 23; 3:1). Uma vez que os espias voltaram três dias depois de entrar em Jerico (Js 2:2, 16, 22, 23), provavelmente Josué os enviou no quarto dia do mês, segundo o sistema de contagem oriental. Entretanto, as instruções de Josué 1:10 e 11 foram proferidas após o retorno dos espias, provavelmente na manhã do dia sete (ver PP, 483; Js 3:1). Portanto, em termos cronológicos, o relato dos dois espias, feito no capítulo 2, precedeu a ordem dada em 1:1.0 e 11. Assim sendo, o mandado de 1:10 e II foi proferido no sétimo dia ou no oitavo, e o de 3:2-5, no nono dia.
Js.3:3 3. A arca. Até esse momento, a coluna de nuvem e fogo guiara Israel em seu caminho. A partir de então, ela não seria mais vista. Na travessia do Jordão, a arca, que antes era carregada no meio do acampamento (Nm 2:17), devia abrir o caminho. Ela era o centro da religião e o símbolo da presença de Deus. Dessa maneira, o Senhorcontinuaria com eles, mas não mais por meio da coluna de nuvem. A arca era o receptáculo de sua santa e imutável lei. Sobre ela, ficava o propiciatório, que lembrava aos israelitas a misericórdia, a paciência, o perdão e a graça de Deus. Portanto, no início da experiência dos israelitas como uma nação, o Senhor estava, na verdade, lhes dizendo: que Meu caráter, Minha justiça e Minha misericórdia sejam os guias de vocês. Que os dez mandamentos, Meu padrão do que é reto, lhes mostrem como viver, e que Minha graça os ajude a obedecer aos preceitos. Enquanto seguissem esses princípios, eles estariam seguros.Os levítas sacerdotes. Ou, “sacerdotes levitas”. Normalmente, eram os filhos de Coate que carregavam a arca (Nm 4:15).Os rabinos afirmam que os sacerdotes só levaram a arca em outras três ocasiões: quando marcharam em volta de Jerico, quando Zadoque e Abiatar a conduziram de volta para Jerusalém enquanto Davi fugia de Absalão (2Sm 15:29) e quando ela foi colocada no templo de Salomão (2Cr 5:7). No Jordão, os sacerdotes, representando Cristo, nosso mediador e sumo sacerdote, deviam ir à frente e abrir o caminho.E a seguireis. Ao contrário do que se fazia normalmente (Nm 2:17), a arca devia ir, na frente, abrindo o caminho. Numa única ocasião anterior, quando pela primeira vez partiram do monte Sinai, ela fora adiante do povo por três dias (Nm 10:33).No entanto, outra ocasião especial chegara.A fim de impressionar o povo de Israel com o fato de que era Deus quem dava acesso a Canaã, e de que seria Ele quem os dirigi- ria na conquista, Sua presença deveria ir à frente. Da mesma maneira, o Senhor pro- i meteu guiar cada crente. Assim como Israel seguiu a arca, representação da justiça e da misericórdia divinas, é privilégio do cristão continuar a jornada. Ao final dela, encontrará “glória, honra e incorruptibilidade” (Rm 2:7) e boas-vindas à Canaã celestial (Mt 25:21, 34).
Js.3:4 4. Distância. A arca não precisava de outros guardiões além dos sacerdotes que a carregavam. A distância entre a arca e o povo tornou possível a mais pessoas observarem a separação das águas do Jordão do que se a arca fosse seguida de perto. Além disso, a reverência e o respeito pela arca e pela lei foram enfatizados. Se Israel não tivesse demonstrado disposição para seguir os sagrados preceitos do decálogo, nunca teria entrado em Canaã. Tampouco alguém entrará na Canaã celestial se não for obediente, mediante a capaci- tadora graça de Deus.Dois mil côvados. Por volta de 800 metros.Por tal caminho, nunca passastes antes. A arca deveria ficar claramente visível a todos, já que a coluna de nuvem não guiaria mais os israelitas. Caso houvesse permissão para muitos se aglomerarem era torno dela, a arca não seria vista pela grande maioria. O fato de ser conduzidos sem a coluna de nuvem era uma experiência nova. De quando em quando, a Providência guia por caminhos estranhos, rumo a novas experiências. O cristão também deve manter a arca da aliança sempre à vista, a fim de que possa prosseguir para onde Deus o quer conduzir.
Js.3:5 5. Santificai-vos. Josué provavelmente se refere aqui ao mesmo tipo de experiência que Deus demandou dos israelitas no Sinai (ver com. de Ex 19:10). Eles deviam se banhar, lavar as vestes e se abster de tudo que pudesse lhes impedir de concentrar a atenção no grande milagre que logo seria operado em favor deles. O Senhor, é claro, abençoaria a obra de preparação. O ser humano sempre deve cooperar com Deus na experiência da salvação (bp 2:12). Para esperar a bênção e a orientação divina nos preparativos para entrar na Canaã celestial, é essencial que o crente se “santifique” por meio da consagração da vida ao Senhor, a fim de que Ele o purifique e o torne santo. Se isso era necessário paraentrar na Canaã terrena, quanto mais para a admissão na Canaã celestial!Maravilhas. A palavra assim traduzida se origina de um verbo que significa ‘'separar", "distinguir”. As "maravilhas’ que o Senhor fazia de tempos em tempos O dis- tinguiam como o verdadeiro Deus. Por serem feitas em favor de Israel, separavam esse povo das outras nações como objeto especial do favor divino. Porém, não seria possível haver “maravilhas” — Deus não podería operar em favor dos israelitas - se não cumprissem primeiro a ordem de se santificar.
Js.3:6 6. Levantai a arca. Declaração parentética incluída aqui para assinalar a obediência à ordem de “levantar a arca”. As instruções dos v. 7 a 13 precederam a marcha até o Jordão.
Js.3:7 7. Engrandecer-te. A travessia do Jordão teria para Josué o mesmo significado da entrega da lei no Sinai, para Moisés: “para que o povo ouça quando Eu falar contigo e para que também creiam sempre em ti” (Ex 19:9). Os dois líderes foram consolidados diante do povo porque, em primeiro lugar, tinham sido eleitos por Deus. Muitas vezes, as honras mundanas não têm relação alguma com o caráter; mas a honra exterior que provém de Deus testifica da presença do Senhor no caráter da pessoa honrada.
Js.3:8 8. A borda. Literalmente, “a extremidade”, não meramente a margem do rio Jordão, mas a água em si. O rio transbordava naquela época do ano (v. 15). Os sacerdotes deviam pisar nas águas superficiais da margem. Quando elas parassem de correr, deviam prosseguir até o meio do rio e permanecer ali até que todo o Israel tivesse passado. As águas continuaram correndo, desde um ponto acima da arca até o Mar Morto, deixando seco todo o leito do rio. Tratava-se de uma distância de vários quilômetros que proporcionou amplo espaço para a multidão passar rapidamente com o gado (ver com. do v. 16).
Js.3:9 9. Chegai-vos para cá. O povo devia estar em grande expectativa. Sabia que algo incomum estava prestes a acontecer (v. 5). Os oficiais já haviam instruído os israelitas quanto a seguir a arca (v. 3), mas nada fora dito em relação a para onde ela os guiaria. Josué tinha ciado a todo o acampamento a mensagem de que eles deviam se santificar (v. 5), e novamente os chamou para ouvir as novas instruções que o Senhor lhe havia dado. Informou aos israelitas tudo o que aconteceria. Ao compartilhar essa informação, eles se uniram mais estreitamente a Josué. Essa decisão o distinguiu como um líder sábio e capaz, pois um povo bem informado segue as orientações com mais inteligência.
Js.3:10 10. O Deus vivo. A clara manifestação do poder divino que o povo estava prestes a testemunhar distinguiria seu Deus como o “Deus vivo'’ e verdadeiro.Os amorreus. Os amorreus faziam parte dos primeiros habitantes da Palestina. Nos tempos de Josué, ocupavam o território montanhoso a oeste do Mar Morto e também a parte da Transjordânia que Israel tinha tomado de Seom e Ogue. Seus parentes, os cananeus, viviam principalmente no que se chama de Fenícia e nas regiões montanhosas ao norte e ao sul de Jerusalém. De acordo com 1 Crônicas 1:13-15, os jebuseus, amorreus, gir- gaseus e heveus eram descendentes de Canaã (ver vol. 1, p. 262). O império heteu, cuja capital ficava na Ásia Menor, controlava certas cidades-estado do sul, até a Palestina. Uma grande migração étnica havia ocorrido na primeira metade do segundo milênio a.C. na área oriental do Mediterrâneo. Durante esse processo, os hicsos se espalharam pela Palestina e chegaram até o Egito. Crê-se que essa migração foi responsável por levar à região grande número de heteus, hurritas (horitas, algumas vezes classificados como heveus) e, possivelmente, os jebuseus de Jerusalém, os ferezeus e outras tribos não semitas. Elas se estabeleceram em diferentes áreas da Palestina, nemsempre bem definidas. Essas seis ou sete nações são mencionadas com frequência nos primeiros livros do AT, muitas vezes no contexto da ordem de expulsá-las.
Js.3:11 Sem comentário para este versículo
Js.3:12 Sem comentário para este versículo
Js.3:13 13. Assim que. Os sacerdotes que levavam a arca deviam manifestar sua fé na palavra de Deus ao pisar na água. O Senhor sempre pede a Seu povo que, além de enfrentar dificuldades, também avance ousadamente com fé, sob Seu comando, confiando que Ele abrirá o caminho. Deus prometeu separar as águas e superar os obstáculos (Is 43:2).Do Senhor, o Senhor. Literalmente, “Yahweh, Senhor".Cortadas. Literalmente, a expressão “as águas que vêm de cima do Jordão” seria um aposto explicativo para "as águas do Jordão serão cortadas”. Em outras palavras, as águas que vêm de cima foram “cortadas” e amontoadas. As águas abaixo desse ponto seguiram correndo para o Mar Morto, deixando seco o leito do rio. Então se repetiu o milagre do Mar Vermelho: a formação de um caminho através das águas, como uma prova de que Deus tem o mesmo poder para completar a salvação de Seu povo que teve para iniciá-la (ver Hb 12:2; Fp 1:6). Por que Israel precisou esperar até o Jordão estar em período de cheia para atravessá-lo? Um mês antes ou um mês depois a situação teria sido diferente, e os israelitas já se encontravam acampados em Sitirn fazia dois meses. Provavelmente havia duas razões: (1) o poder de Deus seria mais evidente (ver com. de Ex 9:16; ver também 2Co 12:9) e (2) o povo de jerico não os estaria esperando, e não haveria guardas junto ao rio. Por causa do temor que sentiam e uma vez que se dispunham a resistir aos invasores, podia-se esperar que os habitantes de Jerico estivessem vigiando os vaus do Jordão, onde seria fácil resistir aos israelitas. O povo de Jerico se lembrava bem da história do povo de Israel atravessando o Mar Vermelho 40 anos antes, e isso ainda lhes infundia terror ao coração (Js 2:9, 10). Unia repetição dessemilagre, a tão pouca distância, só intensificaria seu temor. Para Deus, o volume cie água do Jordão não fazia a menor diferença.
Js.3:14 14. Levando os sacerdotes a arca. Ver com. do v. 3.
Js.3:15 15. Todos os dias da sega. Não a colheita do trigo, mas a da cevada, que, conforme Rute 1:22 e 2 Samuel 21:9, era ceifada primeiro. De acordo com Josué 4:19, a travessia do Jordão ocorreu no décimo dia do primeiro mês e, no dia 14, os israelitas observaram a Páscoa (Js 5:10). No dia 15, deveríam apresentar as primícias (Lv 23:10, 11), que, segundo Josefo, consistiam de um feixe de cevada. No quente vale do Jordão, a colheita ocorria bem no começo da primavera, quando o leito dos rios ainda transbordava pelas então recentes chuvas de inverno e o degelo das montanhas. Segundo Êxodo 9:31, a cevada e o linho amadureciam juntos. Raabe tinha fardos de fibra de linho secando em seu telhado. Esse fato confirma as declarações anteriores em relação à colheita de cevada e assinala uma vez mais que a narrativa bíblica é confiável, enriquecida por testemunhas oculares.
Js.3:16 16. Da cidade de Adã. O texto original hebraico diz “em” Adã. Os massoretas mudaram a expressão para “de Adã”. O motivo para terem feito isso não é claro. A LXX diz: “Levantou-se um montão sólido a grande distância”, sem fazer menção a "Adã”. A intenção do texto original em hebraico parece ter sido informar que o amontoamento das águas ocorreu próximo à cidade de Adã, “a grande distância” do lugar de travessia. Esta cidade foi identificada com a moderna Tell ed-Dâmiyeh.Próximo a esse lugar, se encontra o vau de Damieh, onde ainda se podem ver as ruínas de uma ponte romana. Ali, o vale do Jordão se estreita ao máximo, e as rochas cie ambos os lados quase se tocam. Esse ponto está 32 km ao norte do lugar onde os israelitas atravessaram. Assim haveria amplo espaço em ambos os lados da arca para que o povo cruzasse em terra seca (para mais informações sobre o aspecto milagroso da forma que se secaram as águas, ver p. 23, 24).Sartã. Ou, Zaretã (NV1). Um lugar no vale do Jordão. Alguns o localizam perto de Bete-Seã (ver IRs 4:12), e outros, próximo a Sucote (ver IRs 7:46). Há quem acredite que é o mesmo lugar que Zereda, local do nascimento de Jeroboão (1 Rs 11:26). Outros o identificam com Tell-es-Sàidtyeh, 18 km ao norte de Adã.Mar da Arabá. Ou, mar da planície, isto é, o Mar Morto. Arabá era a grande depressão do vale do Jordão que se estendia para o sul até o golfo de Aqaba.Defronte de Jerícó. Teria sido difícil, se não impossível, para todo o povo passar num mesmo lugar. Na verdade, eles podem ter usado uma extensão de vários quilômetros do leito do Jordão para a travessia. Fica claro que os sacerdotes que levavam a arca cruzaram defronte de Jerico, e a multidão passou por ambos os lados da arca. Os cananeus teriam tentado defender os vaus do Jordão se houvessem previsto esse plano de passagem. Por certo sabiam que o acampamento dos israelitas ficava do outro lado do Jordão, mas a travessia lhes pegou totalmente de surpresa.Capítulo 4I Doze homens recebem a missão de tirar doze pedras do Jordão para construir um memorial fora do rio. 9 Doze outras pedras são erguidas no meio do Jordão. 10, 19 O povo atravessa. 14 Deus engrandece Josué.e o povo se apressou e passou.passásseis, como o Senhor, vosso Deus, fez ao 24 Para que todos os povos da terra conhe-Mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até çam que a mão do Senhor é forte, a fim de que que passamos. temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias.
Js.3:17 Sem comentário para este versículo
Js.4:1 1. Falou o Senhor. Talvez Deus tenha dado estas instruções a Josué por meio do sacerdote Eleazar, pois, quando Josué foi ordenado para essa grande responsabilidade, o Senhor instruiu que Eleazar deveria buscar Sua palavra em lugar do líder. Era com base na palavra do sacerdote que Josué e todos os filhos de Israel deveríam sair e entrar (Nm 27:21).
Js.4:2 2. Doze homens, Estes homens já haviam sido escolhidos para o trabalho (Js 3:12). Em Josué 4:4, essa seleção prévia é reconhecida de forma clara.
Js.4:3 3. Onde, parados, pousaram os sacerdotes os pés. Literalmente, “da estação [lugar onde se firmam] dos pés dos sacerdotes". As pedras deviam ser levadas desse lugar, a fim de que o monumento a ser erigido causasse impacto mais vivido, com um apelo à lembrança e com a reflexão sobre o notável poder de Deus tão gloriosamente manifesto em favor de Israel.
Js.4:4 4. Que escolhera, Uma referência ao chamado dos homens, conforme registrado em Josué 3:12, um por tribo e uma pedra por homem (ver eom. do v. 6).
Js.4:5 Sem comentário para este versículo
Js.4:6 6. Que vos significam estas pedras? Deus conhecia Seu povo e sabia que ele logo se esquecería das grandes obras de libertação realizadas em seu favor, a não ser que se tomasse alguma medida para manter esses grandes acontecimentos em mente. Não se deveria permitir que as gerações futuras esquecessem como o Senhor conduzira Israel. Fioje, do mesmo modo, “nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado e os ensinos que nos ministrou no passado” (TS3, 443). Havia 12 tribos e 12 pedras; assim todo o povo estariarepresentado. Dois monumentos foram erigidos: um no meio do rio, e outro, de pedras tiradas do leito do rio, em seu primeiro acampamento dentro da terra prometida. Esses monumentos ao poder de Deus deviam servir como memorial do bem- sucedido término de sua peregrinação pelo deserto. As queixas, a rebelião e o desapontamento do deserto deveríam se confinar ao passado. No Mar Vermelho, os israelitas foram "batizados [...] com respeito a Moisés” (ICo 10:2); nessa ocasião foram, por assim dizer, batizados com respeito a Josué. Por meio dessas demonstrações de poder, Deus planejava, entre outras coisas, confirmar a confiança do povo nos líderes por Ele escolhidos (Js 3:7; 4:14).
Js.4:7 Sem comentário para este versículo
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Js.4:9 9. No meio do Jordão. Há d ivergência de opinião quanto a se esta passagem deve ser lida “no meio do Jordão” ou ‘'cio meio do Jordão”. A ARA traduz o texto hebraico tal qual o conhecemos hoje. A versão siríaca diz “do meio do Jordão”, mas nenhum outro manuscrito apoia essa forma. As evidências parecem confirmar a tradução da ARA.Até ao dia de hoje. Ver Introdução a Josué.
Js.4:10 10. O povo se apressou. Alguns se apressaram talvez com medo de que as águas voltassem a correr a qualquer momento. Outros podem ter pensado que uma demora desnecessária de sua parte não agradaria a Deus. E possível que outros ainda tenham se apressado por sua avidez de chegar à terra de Canaã. Alguns podem ter demonstrado pressa apenas porque os outros se apressavam, sem pensar nem saber por que o estavam fazendo.
Js.4:11 Sem comentário para este versículo
Js.4:12 Sem comentário para este versículo
Js.4:13 13. Uns quarenta mil. No censo anterior (Nm 26), o total de homens aptos parao serviço militar era de 43.730 de Rúben (v. 7), 40.500 de Gade (v. 18) e 52.700 de Manassés (v. 34), ou seja, 26.350 para completar a metade exata. Portanto, todo o exército das duas tribos e meia somava cerca de 110 mil homens. Percebe-se, então, que eles deixaram mais da metade de seu total para proteger as famílias e casas. Essa decisão, no entanto, não estava em dissonância com o acordo que haviam feito com Moisés.Armados. Ou, “preparados para a guerra” (NVI). Literalmente, “um exército em cinco partes”. O termo deriva de uma palavra que significa “uniformizados” ou “equipados para a guerra”.
Js.4:14 14. Respeitaram-no. No sentido de prestar reverência. Isso conferiu a Josué
Js.4:15 Sem comentário para este versículo
Js.4:16 16. Testemunho. Ou, “lei”, que, nesse sentido, costuma ser compreendida como os dez mandamentos que Moisés colocara dentro da arca (Ex 25:21; Dt 10:2; ver com. de
Js.4:17 Sem comentário para este versículo
Js.4:18 Sem comentário para este versículo
Js.4:19 19. No dia dez. Isto é, quatro dias antes da Páscoa. Esse era o dia em que o cordeiro pascoal era selecionado (Ex 12:3, 6).Gilgal. Ver com. de Js 5:9.
Js.4:20 20. Levantou-as. Literalmente, “fez erguer”. Provavelmente as pedras foram colocadas sobre uma base cie pedras ou um montão de terra de altura considerável. Doze pedras de um tamanho compatível para serem carregadas sobre o ombro não teriam constituído um monumento muito visível, anão ser que fossem colocadas sobre um fundamento dessa natureza.
Js.4:21 Sem comentário para este versículo
Js.4:22 22. Fareis saber a vossos filhos. Deus ordenou que as grandes “maravilhas” (Js 3:5) que Israel testemunhara naquele dia não fossem esquecidas. Era Seu propósito que o povo conservasse Suas “memoráveis [...] maravilhas” (SI 111:4) sempre vividas na mente, como um meio de manter a lealdade a Ele. Naquele mesmo mês, a travessia do Mar Vermelho completaria 40 anos. Estavam na primavera (ver com. de js 3:15) e, embora o fluxo do rio estivesse revolto e profundo, Deus afastou as águas e o povo atravessou sem dificuldades. As perguntas dos filhos (Js 4:21) proporcionariam aos pais a oportunidade de relatar a história da paciência de Deus com Israel no deserto. A advertência que Josué deu aos pais e às mães de sua época proporciona um modelo digno de imitação para os pais de hoje (TS3, 443).
Js.4:23 Sem comentário para este versículo
Js.4:24 24. Todos os povos. O Senhor desejava que sua relação com Israel se transformasse em uma lição prática para toda a humanidade. O povo não devia, em egoísmo, reíci para si o conhecimento do Deus verdadeiro e de Seu poder para salvar. Esse conhecimento devia se estender por toda a Terra em resultado da correta educação dos filhos (ver v. 22), que, por sua vez, deveríam se tornar missionários. À medida que os israelitas crescessem em número e influência, toda a Terra aprendería sobre o verdadeiro Deus e O glorificaria. No entanto, Israel fracassou e, posteriormente, Cristo deu a mesma ordem aos discípulos (Mt 28:19, 20). A “palavra da reconciliação” boje é confiada a nós (2Co 5:19). Não podemos fracassar.Capítulo 5incireuncisos, porque os não circunciclaram no caminho.
Js.5:1 1. Amorreus. A parte cio território a morreu que ficava a leste do Jordão já tinha sido conquistada (Nm. 21:21-24). Assim, os amorreus que viviam nas montanhas a oeste do rio tremiam de medo. Esse povo constituira a segunda grande onda de camitas que semudaram da península arábica para o vale da Mesopotâmia nos primeiros anos do segundo milên io a.C. A li se dividiram em dois grupos. Um deles se misturou aos civilizados sitmérios e, dessa união, surgiu a grande cultura babilônica primitiva. O segundo grupose dirigiu para o oeste, e depois para o sul, até a Palestina. Dali, alguns atravessaram o rio Jordão e se estenderam para o leste (ver com. de Gn 10:16). Outros permaneceram na Palestina e se mesclaram à população local, não semita. Dessa união, resultaram os fení- cios, mencionados na LXX, em Josué 5:1 e 12. Nesta passagem, diz-se que eles estavam "ao pé do mar” onde, em anos posteriores, encontravam-se os fenícios.Até que passamos. A LXX traz “quando eles passaram” e a versão siríaca, “até que eles passaram”. Os massoretas fizeram uma correção na margem, modificando para a terceira pessoa do plural. No entanto, “passamos” parece ser o original. Se assim for, isso seria urna evidência de que o autor do livro participou da experiência de travessia, apesar das opiniões críticas de muitos eruditos modernos.Desmaiou-se-íhes o coração. As poderosas obras de Deus infundiram temor no coração dos cananeus e os deixaram sem alento, como o Senhor havia prometido (Ex 23:27). O Jordão era sua linha de defesa. Além disso, os israelitas tinham acampado durante meses a leste do rio, sem fazer qualquer tentativa de atravessá-lo. Isso levou os amorreus a se sentirem seguros, sobretudo naquele momento de cheia do rio. Por essa razão, não tinham colocado uma guarda para impedir a travessia. Muito embora o coração deles já houvesse “desmaiado” antes, como admitira Raabe (Js 2:11), tinham mantido certo grau de coragem. Sem dúvida, confiavam em seu numeroso exército e em suas cidades fortificadas para repelir os invasores. Mas, quando ouviram que Israel atravessara o Jordão, rompendo assim sua suposta linha de defesa, e isso graças a um milagre de Deus, desfaleceram por completo, “e não houve mais alento neles”.
Js.5:2 2. Facas de pederneira. Literalmente, “facas de pedra” (ARC). E possível que fosse considerado uma infração à lei usar metal dequalquer tipo nesse rito religioso, como talvez se possa deduzir de Exodo 4:25. Os egípcios consideravam uma afronta à lei ou um ato profano usar qualquer tipo de metal para lazer incisões no corpo humano ao prepará-lo para o embalsamamento. Há o relato de que, em algumas partes do mundo, o rito da circuncisão ainda é realizado com facas de pedra.De novo, a circimcidar. Não se deve entender que houve aqui uma ordem de repetir a circuncisão em quem já recebera o rito. A instrução requeria apenas a renovação da observância de um rito que fora descontinuado durante os anos de peregrinação pelo deserto (PP, 406). A expressão “de novo" deixa subentendido que houve uma primeira vez em que Deus ordenou a realização geral do rito. Parece que os israelitas não praticavam a circuncisão no Egito (PP, 363). Possivelmente, em conexão com a ratificação da aliança no Sinai (Ex 24:3-8), esse rito, o sinal da aliança (Gn 17:10, 11; Rm 4:11), foi reinstituído. Também já se sugeriu que â primeira vez ocorreu antes de Israel partir do Egito. Nessa ocasião, a Páscoa foi celebrada pela primeira vez e, de acordo com instruções dadas posteriormente, nenhu m homem incircunciso poderia comer dela (Ex 12:43- 49). Ao entrar em Canaã, os israelitas estavam renovando a aliança com Deus, e isso exigia que adotassem mais uma vez o sinal desse pacto. O rito externo deveria representar a verdadeira circuncisão do coração (Dt 30:6; Jr 4:4; Rm 2:29). O deserto tinha sido palco de desconfiança, queixas e rebelião contra Deus. Em obediência às instruções divinas, o povo precisava começar de novo uma vida de fé e obediência.
Js.5:3 3. Gibeate-Haralote. Do heb. gibath hdaraloth. Trata-se de urna referência ao local onde o rito foi realizado.
Js.5:4 4. Foi esta a razão. Como castigo por ter quebrado a promessa a Yahvveh (Nm 14:34) e, como recordação da aliança desrespeitada, o povo fora proibido de praticar a circuncisãoAMHS DA COiXOUlS R isi; \; | í i•rromenas indefinidasudadesestradasA-1f. H‘jrmomDamasco ' / U B Ebfw , (/- — ¦ Ahèljt •" /:J{ Yáno'áflg^TOra?í ¦¦ '-'-V: - j- «¦*¦?R.K f & - ;V ,.. .:,tl»n,í,“"f'bÕ' 0 E[^simata? ^'.R-Madomjí % f-" ./R.. ¦ ¦ #'1,^0 .DEI A'~#rW«''H9patBml»d*,.!llnaw ^.C^W.-RR' /\0 G U E{¦: :sí:; . b^Rv..iocneãa^v - *sa«ííe A A?r ^«bor >*¦*'-, >-e ¦ —"'¦ • t ”.¦ #Edrei¦‘R"’’'"''*"*Rnaarate¦ : * _>j -'ss. MegiüWee^ní •HafaraA» R; j' ,verse; e / —'ÍRn........ . ¦,a*4ftamote-fc.ileadevARAmmR .ifcRf m»-- ¦ í" /tSnMfflsR Taarwnfee í ' "¦b. RdflJí#1 obe/Quenate. , Noba,e| - - ' OariuK,':fr Iblcio* Bete-deâ* ‘ *vV;:. R»eseRibõCe.^J , Reoba” .°'vla \n«VóiF“'® ®DF3 ‘ .. , -- \•' Rezequo,,.-' # . / Jabes-Gfleéde/ Bezeque,,. / Rr¦ í*"(í'*7 «R.0k»!g.al«--rAír,.Ce/,.r' ® -lapuaf'l?s #Afct|ue ' e i, JR-R #f-ene-_Bqiaque K H U R Lí)^ %Sií/ . TfTRAbOUj G[8f$i\IITA I , ©Hadicle °U ftlX|íA 1 iuz - ^ J'. -‘r... ^ J$e\e\Siquém: f/areiã ¦' iÍ-1 laZaforn j • ,iiufí\ - i- - e_J; - sM ®PenWlBofe-Eglaim /;/yAsdoi „ <¦ BR H arom.de. ,i a o/.b.-Geier#' ¦ "-eOuSia '£?e,ole .,, 4 " . , /Aiiaíom®' “«>, *S1,^ # v •¦- / Aora®. Qüinare-eaai '?leruSafenঠ.. v,'ihft^i- ,, ®Bete-$emes -Jebus L.bm^ A/*-®Jaimuie .©Belém . ..„ •. V Queila í . ¦ \ /i#"®iVè>essa ¦ ^ ’'¦ ¦ *v«-ró*X ‘,s 'lè^.BabárAmo.it : -iZ ¦/r,‘rr. :-.. ¦ ¦.REJN..0 DI ..... '|:4»N-0,yD*É'-. ;e' AMOM-.S”E“-0 ly)' r’ '• (Eupdado no i*3'ou )2.‘ seailo ar)*G?ter " ” '^1 aquisLglom-.Gerar- .QuiiiJre-Smer’ -Debir /,«Quiriare~Afba HebrornSaruem®Bersebl^^l', d /• Xíaderein.o.de ¦ . . e.rom© C-ides-Barneiano deserto (PP, 406). A entrada em Canaã era uma prova da restauração do favor divino (ver Nm 14:23; SI 95:741). Durante 38 anos, eles carregaram o peso da reprovação pela apostasia em Quedes.
Js.5:5 Sem comentário para este versículo
Js.5:6 6. Toda a gente dos homens de guerra. Isto é, com exceção de Calebe e Josué (Nm 14:30). Parece que os sacerdotes, ou talvez todos os levitas, foram isentos da sentença de morte pronunciada em Quedes, e que alguns deles sobreviveram. Menciona-se especificamente que Eleazar, filho de Arão, entrou na terra prometida (ver Ex 6:25; 28:1; Js 24:33). Não havia nenhum representante dos levitas entre os 12 espias (Nm 13:3-16), nem “homens de guerra"' entre eles.
Js.5:7 Sem comentário para este versículo
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Js.5:9 9. O opróbrio do Egito. Por causa da rebelião em Quedes, Deus não pudera conduzir os israelitas a Canaã — o propósito que levara o Senhor a tirar Seu povo do Egito. Israel também foi proibido de receber a circuncisão, um sinal que o distinguia como povo escolhido de Deus. A suspensão do rito era um lembrete constante de que eles tinham quebrado a aliança.Muito embora o “Anjo” da aliança tenha continuado a guiar os israelitas em sua peregrinação pelo deserto, o relacionamento de aliança não fora restabelecido por completo durante esse longo período. Enquanto permaneceram, ao menos até certo ponto, fora do pacto, estavam na mesma situação diante de Deus como se nunca tivessem deixado a terra do cativeiro. O “opróbrio do Egito” ainda permanecia sobre eles. Nessa ocasião, por meio da restauração da Páscoa - o memorial da libertação do Egito — e a retomada da circuncisão, o “opróbrio” foi efetivamente removido, ou “rolado para longe”. Seus pés já pisavam o solo da terra prometida. A retirada da maldição foi preservada mediante o nome de seu primeiro acampamento cm Canaã, Gilgal, que significa “rolando”.Há um grau de opróbrio que repousa hoje sobre os filhos de Deus. Eles tambémdeveríam se encontrar no reino há muito tempo; mas, como Israel, estão peregrinando pelo deserto (GC, 458). “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus” (Hb 4:9) de nossos dias. “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso” (v. 11).Gilgal. O nome que assim se transli- tera tem origem na raiz galai, “rolar”. A partir dessa época, Gilgal passou a ocupar uma posição importante na história sagrada. Nesse lugar, os israelitas levantaram acampamento na primeira noite depois de terem entrado na terra prometida. Foi ali que se reinstituiu o rito da circuncisão, indicando a renovação da aliança (v. 2-8). Ali também os israelitas celebraram a primeira Páscoa na terra prometida (v. 10). Nesse lugar, o maná parou de cair (v. 12). Gilgal serviu de base para as operações militares da primeira parte da conquista de Canaã. Parece também que as mulheres, as crianças e o gado permaneceram lá durante esse tempo. Posteriormente, foi em Gilgal que Saul recebeu sua confirmação como primeiro rei de Israel (ISm 11:15). Ali a arca permaneceu até que, depois da conquista da terra, foi transportada para Siló (Js 18:1; PP, 514).Não é possível identificar com exatidão a localização geográfica de Gilgal.De acordo com Josefo, ficava a oito quilômetros cio Jordão e a um quilômetro e meio da Jerico do NT (ver p. 534, 535).
Js.5:10 Sem comentário para este versículo
Js.5:11 Sem comentário para este versículo
Js.5:12 12. Cessou o maná. Durante quase 40 anos, Deus proveu o maná para satisfazer as necessidades do povo, enquanto as circunstâncias impediam de conseguir provisão adequada de alimentos. Assim que os israelitas puderam comer “do fruto da terra” (v. 11), o maná deixou de ser necessário. O Senhor não faz o que as pessoas podem fazer por si mesmas.
Js.5:13 13. Ao pé de Jericó. Ou, perto de Jerico. A versão siríaca diz: “nas planícies de Jericó”. Josué dirigiu sua atenção para a grande tarefa seguinte: a tomada de Jericó. |Eles saíram do acampamento a fim de meditar e orar, pedindo a orientação divina para realizar essa obra.Na mão uma espada nua. O Senhor apareceu para Moisés no monte Horebe (Ex 3:2) quando ele estava prestes a assumir a missão de libertar Israel do cativeiro. Nesse momento, quando Josué estava para começar a conquista de Canaã, o Senhor se apresentou ao novo líder do povo, a fim de lhe dar a certeza da vitória e do sucesso. A “medida da iniquidade dos amorreus” tinha se enchido; e Deus prometera solenemente a Abraão quatro séculos antes que sua “posteridade” have- ria de tornar-se para ali (Gn 15:13-16). Israel começaria a conquista das nações cananeias com a aprovação divina. O testemunho de Abraão, 1 saque e Jacó bem como as notícias sobre como Deus em repetidas ocasiões trabalhara em favor de Seu povo eram fatos conhecidos em Canaã. Essas nações pagãs, porém, seguiram os caminhos de sua própria escolha, em vez de se submeter a Deus.
Js.5:14 14. Exército. Não se trata de uma referência, em primeiro lugar, ao exército de Israel, mas, sim, às hostes celestiais (PP, 493). A palavra traduzida por “exército” se refere especificamente a agrupamentos de soldados (Jz 4:2, 7; etc.), com frequência aoexército de Israel (2Sm 2:8), às vezes a anjos, como nesta passagem (lRs 22:19) e também às estrelas do céu (Is 34:4). A todo instante, os anjos estão prontos para atender as necessidades da igreja e. a cumprir as ordens de seu Capitão. Aqueles que, em sua experiência, precisam confrontar uma “jerico” espiritual podem pedir a ajuda dessas forças invisíveis, e obter, assim como Josué, a certeza de que os recursos do Céu estão à disposição de cada alma confiante. Josué recebeu a garantia de que não estaria só à frente do exército hebreu. O próprio Senhor, no posto de capitão, estaria com ele para supervisionar, dispor, ordenar e comandar.E O adorou. Ao aceitar a adoração prestada por Josué, o visitante celestial mostrou ser mais do que um anjo (ver Ap 19:10).Descalça as sandálias. Esta é outra evidência de que o “príncipe, do exército” era mais do que um anjo. Na verdade, não era ninguém menos que o próprio Cristo, em forma humana (ver PP, 488). Em Josué 6:2, Ele é chamado por Seu nome divino (ver com. de Ex 6:3; 15:2). Deve notar-se que Josué 6 é uma continuação do relato de 5:13- 15, e que Josué 6:1 consiste numa declaração parentética introduzida para explicar o que segue nos v. 2 a 5.Capítulo 6] Ora, Jerico estava rigorosamente fechada por causa cios filhos cie Israel; ninguém saía, nem entrava.
Js.5:15 Sem comentário para este versículo
Js.6:1 1. Rigorosamente fechada. No hebraico, esta declaração é enfática, e indica que as portas não só estavam fechadas, como também protegidas por ferro! hos e barras. A LXX diz que a cidade se encontrava “bem fechada e sitiada”. Este versículo, conforme já mencionado (ver com. de Js 5:15), é parentético. Descreve a condição de jerico em decorrência cio perigo representado pela presença dos israelitas a suas portas.
Js.6:2 2. Entreguei. Apredição divina era tão certa que é afirmada como se já tivesse ocorrido. Chama-se esse tipo de expressão de "pretérito perfeito profético” e ele é usado para enfatizar a certeza do cumprimento. Desta maneira, a sentença de morte de jerico estava irrevogavelmente assegurada. No que se refere a seus habitantes, eles tiveram muitas oportunidades de buscar a salvação do Deus de Israel. Se assim o tivessem desejado, todos poderíam ter sido salvos, assim como Raabe e sua família. O Senhor “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (lTm 2:4).
Js.6:3 3. Todos os homens de guerra. Ou talvez, “todos, homens de guerra”. Isto é, todos os que marchassem em volta da cidade deviam ser homens de guerra. Esto não incluía necessariamente o exército inteiro, mas, sim, representantes de cada tribo.Parece que as pessoas comuns não foram incluídas. Um número tão grande de pessoas teria formado um cortejo desajeitado demais. Embora Jerico seja caracterizada como uma cidade “grande” (PP, 487), era “grande” apenas em comparação com as cidades fortificadas de sua época, não com as cidades de nossos dias. As escavações de suas ruínas mostraram que sua área era de pouco mais de três hectares. O tamanho da procissão deve ter sido proporcional a essas dimensões limitadas. Em primeiro lugar, ia um grupo de guerreiros escolhidos, seguidos por sete sacerdotes que tocavam trombetas. Depois seguia a arca, carregada por outros sacerdotes. Por último, marchava o exército de Israel, compondo a retaguarda.
Js.6:4 4. Trombetas de chifre de carneiro. Não se tratava das trombetas de prata (Nm 10:2), mas, provavelmente, de trombetas fabricadas a partir de chifres de carneiro ocos ou talvez feitas de metal e chamadas de chifre de carneiro em razão de seu formato. Literalmente, eram denominadas "trombetas dejobelim”, palavra da qual se deriva o termo “jubileu”. O ano do jubileu se iniciava ao som de trombetas (Lv 25:9).
Js.6:5 5. Cairá abaixo. Ver p. 24, 25.
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Js.6:7 7. Ao povo. Esta expressão não se refere a todo o povo, mas só às divisões especificadasnos v. 3 e 4. A ordem era que os grupos designados cumprissem a orientação divina de rodear a cidade.Rodeai a cidade. Deram uma volta ao redor da cidade a cada dia. A solene e silenciosa procissão infundiu terror no coração daqueles que a observavam das muralhas da cidade condenada. Eles se recordavam dos milagres que Deus operara em favor de Seu povo ao abrir passagem pelo Mar Vermelho e, então recentemente, pelo Jordão. Tentavam compreender o mistério daquela estranha forma de agir. Mas a lição era direcionada aos israelitas. Deus mandou que as solenes cerimônias continuassem por sete dias antes de derrubar as muralhas da cidade. Ele desejava dar aos israelitas tempo para desenvolver fé (PP, 493). ''Pela fé, ruíram as muralhas de Jerico’' (Hb 11:30). O povo precisava compreender de maneira plena que a batalha não era dele, mas do Senhor. Deus poderia fazer grandes coisas em favor dos israelitas, se estes cooperassem com Ele. A fé nada mais é do que aceitação e completa cooperação com o plano de Deus. Esse é o tipo de fé que realizará tão grandes coisas por nós quanto fez pelos antigos.
Js.6:8 Sem comentário para este versículo
Js.6:9 9. A retaguarda. A palavra traduzida por “retaguarda” se origina do termo heb. meassej. Seguindo a arca, levada por sacerdotes vestidos com roupas especiais, caminhava o exército de Israel formado por representantes de todas as tribos.
Js.6:10 10. Nem fareis ouvir a vossa voz. O solene silêncio da procissão proporcionava, aos sitiadores da cidade, uma oportunidade ideal para meditar e refletir. Deus tinha o objetivo de impressionar o coração deles com uma grande lição de fé. Não é fácil aprender esse tipo de lição e, com frequência, é necessário muito tempo. Se o Senhor sempre respondesse imediatamente as orações, não havería a oportunidade de exercitar ou de desenvolver a fé. A demora ensina a depender de Deus e a confiar nEle. Esse resultado,porém, só se obtém se o período de espera é dedicado à silenciosa meditação e ao exercício da plena submissão ao plano divino. Muitas bênçãos são perdidas por não sc permanecer em silêncio perante o Senhor e esperar que Ele opere. "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus" (Sl 46:10). Toma-se muito tempo para aprender a lição de que “aquele que crer não se apresse” (Is 28:16, ARC). Nenhum procedimento para sitiar uma cidade fortificada poderia parecer mais ridículo do que o adotado pelos israelitas. No entanto, Deus tinha um propósito a cumprir por meio dele, e as lições de fé incondicional e paciente confiança no poder e na ajuda do Senhor causaram profunda impressão aos israelitas. Sabiam que só a onipotência de Yahvveh colocaria aquela cidade cercada por muralhas em suas mãos.
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Js.6:15 15. No sétimo dia. O vocabulário usado neste relato tem levado alguns a pensar que esta expressão se refere ao sábado. Mas essa conclusão não é, de modo algum, sugerida. Não se sabe em que dia da semana os israelitas começaram a rodear a cidade. Porém, considerando que o povo usou sete dias para dar as voltas, um desses dias foi o sábado. Essa constatação levanta o seguinte questionamento: marchar em torno da cidade estava em harmonia com o espírito da verdadeira observância do sábadof E importante notar que o sábado é dedicado a Deus, e qualquer coisa que Ele ordene fazer nesse dia estará em harmonia com o espírito de sua observância. De acordo com a ordem divina, o sábado não deve ser usado para seguir os próprios caminhos, nem para fazer a própria vontade (Is 58:13). Mas, seguramente, podemos dedicar suas horas sagradas a fazer o que Deus ordena que se faça (ver Mt 12:5).
Js.6:16 16. Gritai. Nesse sétimo dia, Israel rodeou a cidade seis vezes em silêncio, em obediência plena à ordem de Josué. Somente quando recebeu a ordem de gritar é que todoo povo o fez. A obediência implícita nesse ato foi uma demonstração notável cie fé (ver Hb 11:30). Naquela hora crucial Israel agiu com unanimidade e singularidade de coração. Se tivesse continuado com essa disposição de ânimo, o curso de sua histó- ria teria sido inteiramente diferente. Eles teriam cumprido o plano divino, e seu testemunho haveria se espalhado a todo mundo. Jerusalém teria se consolidado para sempre como o centro de um grande reino espiritual.
Js.6:17 17. Condenada. Do heb. cherem. Este substantivo também pode ser traduzido por “um objeto ou uma pessoa consagrada”, para destruição ou para uso santo, e, portanto, excluído do uso comum (Lv 27:28, 29). O substantivo se origina do verbo charam, que significa “fechar" ou "isolar". Jerico deveria ser banida e nenhuma parte de sua riqueza podería ser dedicada a uso pessoal. íodos que nela viviam estavam completamente separados para a destruição. Seus metais precisavam ser consagrados ao Senhor e levados a Seus tesouros. Jericó foi as primícias das conquistas de Israel e, talvez, também nesse sentido, deveria ser consagrada a Deus.
Js.6:18 18. E o confundais. O termo heb. akar significa “confundir, conturbar”. ‘Akan (Acã) parece provir da mesma raiz. Foi ele quem posteriormente conturbou Israel (Js 7:25). Josué quis evitar esse tipo de “perturbação” quando deu instruções estritas ao povo de não se aproximar das coisas “condenadas”.
Js.6:19 19. Prata, e ouro. Sem dúvida, o povo prestou atenção à instrução específica de passar todas as imagens de escultura pelo fogo, pois elas são abominação ao Senhor (Dt 7:25).Consagrados. Talvez se fazia isso primeiramente passando essas coisas pelo fogo, conforme a ordem de Números 31:21-23.
Js.6:20 20. Ruíram as muralhas. Ver p. 24, 25.
Js.6:21 21. Destruíram totalmente. Para alguns, esse ato parece repleto de barbárie e crueldade. No entanto, uma cuidadosainvestigação de todo o problema dos caminhos e das obras de Deus, de acordo com a revelação das Escrituras, leva a uma conclusão diferente. É preciso lembrar que os israelitas agiram em obediência estrita a ordens divinas (Dt 20:16, 17), e qualquer acusação contra eles consiste numa acusação direta contra a retidão dos juízos divinos. Os cana- neus tinham chegado ao limite de seu tempo de graça. Deus lhes dera uma oportunidade adequada para se arrepender, assim como proporciona a cada pessoa neste mundo (IJo 1:9; 2Pe 3:9). Chega o momento em que a misericórdia não pode prosseguir sem interferir na justiça divina. Quando chega esse momento, o Senhor precisa agir, a fim de ser fiel a Seu caráter, que inclui tanto a misericórdia como a justiça. Muitas vezes, é um ato de amor destruir os que já tiveram oportunidade, para impedir que o mau exemplo corrompa outros (ver PP, 492). Se os habitantes de jericó assim o tivessem desejado, todos poderíam ter recebido a salvação que Raabe e sua casa alcançaram (ver a Nota Adicional a Josué 6).
Js.6:22 Sem comentário para este versículo
Js.6:23 23. E os acamparam fora. Raabe ficou um tempo fora do acampamento, sem dúvida, a fim de se preparar para ser admitida como prosélita. No devido tempo, foi recebida na congregação de Israel, provavelmente depois que ela e sua patenteia foram instruídas na religião de Yahweh e se purificaram de seus costumes e de suas crenças pagãs. E provável que ela tenha se casado com Salmom, príncipe de Judá, e dado à luz Boaz, tornando-se, assim, uma antepassada do Salvador (ver com. de Mt 1:5). Grandes privilégios aguardam os que pela fé se unem ao povo de Deus. É maravilhoso saber que o evangelho de Jesus Cristo transcende mesmo a herança e o ambiente mais desfavoráveis. Todo aquele que o deseja, de qualquer etnia, cor ou classe social, pode participar dos privilégios gloriosos de ser filho de Deus.
Js.6:24 Sem comentário para este versículo
Js.6:25 Sem comentário para este versículo
Js.6:26 "26. Fez o povo jurar. Sem dúvida, Josué fez os anciãos e chefes de todas as tribos secomprometerem em juramento solene, a fim de que o conhecimento dessa promessa fosse transmitido de geração em geração.Maldito [...] seja o homem. No caso de Jerico, sem dúvida, a maldição tinha o propósito de manter a lembrança da destruição da cidade sempre diante dos olhos das gerações por vir. As ruínas da cidade continuariam a prestar um mudo depoimento, mas uma nova cidade construída no velho lugar apagaria qualquer vestígio de tal recordação. A maldição foi pronunciada por ordem divina (ver lRs 16:34).Do seu primogênito. O cumprimento desta predição por meio de Hiel, o bete- lita, se encontra registrado em iReis 16:34. A ausência desse registro em Josué é uma evidência adicional de que o livro foi escrito algum tempo antes de Reis. Cinco séculos depois do pronunciamento dessa maldição, Hiel, seguindo o exemplo do perverso rei Acabe em resistir à palavra do Senhor, reconstruiu Jerico. Ele deve ter pensado que o tempo havia invalidado a maldição ou que tal declaração não podia provir de Deus. Talvez não conseguisse ver nenhuma razão para ordem tão estranha. O raciocínio humano, porém, não é pretexto suficiente para desobediência ou incredulidade.Há registros da existência de um povoado nos arredores de Jerico antes da reconstrução da cidade por Hiel. Deuteronômio 34:3 menciona a chamada “cidade das Palmeiras”. Esse lugar foi ocupado no começo do períododos juizes (Jz 1:16), pouco tempo depois da morte de Josué. A mesma cidade parece ter sido tomada dos israelitas por Eglom, rei de Moabe (jz 3:12, 13), Além disso, os embaixadores de Davi, maltratados por Hanum, rei dos amonitas, receberam a ordem de permanecer em Jerico até que sua barba crescesse de novo (2Sm 10:4, 5). Portanto, parece que já existia uma cidade com esse nome muito antes do tempo de Hiel. Contudo, provavelmente não ficava sobre as ruínas, mas em suas redondezas. Josefo se refere ao lugar da antiga cidade para distingui-lo da localização de uma cidade mais moderna. A Jerico do NT ficava a mais cie um quilômetro ao sul da localização original. Os arqueólogos nunca encontraram as ruínas das muralhas da cidade reconstruída por Hiel no 9° século, sobre as ruínas da antiga, e provavelmente em tamanho bem menor. Ela foi submetida, com o tempo, ao processo de erosão. As evidências fragmentadas de tempos anteriores aos de Eíiel tendem a indicar que foram poucos e intermitentes os habitantes do local, e nenhuma cidade foi edificada, durante o intervalo de cerca de 500 anos após a queda da antiga jericó. Esse fato está de acordo com o relato bíblico da reconstrução efetuada por Hiel. Os seres humanos podem desafiar a Palavra de Deus, mas, depois de expor provocação e crítica, as ruínas descobertas pelas escavações arqueológicas dão um testemunho silencioso acerca da veracidade do relato bíblico.A história da conquista israelita de Canaã, tão notavelmente ilustrada na tomada de Jericó, apresenta um relato de destruição a fio da espada em larga escala. Até mesmo os cristãos mais comprometidos já se sentiram incomodados pelo relato, em especial porque os céticos tentaram provar, por esse motivo, que Deus tem sede de sangue e é desprovido de misericórdia.Contudo, se determinados fatores são mantidos em mente, a narrativa da destruição assume ura matiz diferente, e Deus se destaca por demonstrar tanto misericórdia quanto justiça ao lidar com os seres humanos.O primeiro fato que se deve levar em conta é que todo aquele que peca contra Deus e se rebela contra Seu governo perde o direito à vida. No mundo, aqueles que se rebelam e lutam contra o governo costumam ser declarados dignos de morte. Nenhum governo pocie continuar a existir a menos que use todos os meios necessários para derrubar seus oponentes. Por analogia, é possível afirmar que o governo do universo de Deus não poderia continuar com sucesso se carecesse de um plano para, no futuro ou de imediato, eliminar a rebelião. Simplesmente manter os rebeldes em cheque não seria uma solução satisfatória, pois o mundo ou o universo ideal não pode incluir o pensamento de uma área isolada onde a rebelião prospera e é fomentada.O segundo fato é que, embora a rebelião precise ser suprimida e conquanto o rebelde tenha perdido o direito à vida pelo princípio da justiça, Deus não atua meramente por meio da justiça, como faria qualquer governo humano. Ele também manifesta misericórdia. A explicação bíblica do motivo para a demora da vinda de Cristo, a qual significará a destruição final de todos os ímpios, é que o Senhor “é longânimo [...], não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento"" (2Pe 3:9). Em Ezequiel 18:23, é dito também que Deus não tem prazer na morte dos perversos. Essas declarações das Escrituras mostram que o proceder do Senhor em relação aos pecadores faz parte da Bíblia tanto quanto Suas práticas em relação às ordens recebidas pelos israelitas para destruir aos cananeus. Ninguém tem fundamento para sustentar que as últimas declarações descrevem o plano de Deus e, ao mesmo tempo, rejeitar as primeiras.O terceiro fato é este: embora o Governante do universo demonstre misericórdia e dê tempo para as pessoas se arrependerem de sua rebelião, chegará o dia da prestação de contas. Se o tempo de graça se estendesse indefinidamente, teríamos tão somente uma trégua sem fim com a rebelião e a iniquidade, o que equivalería a se render a elas.O problema em relação à destruição dos cananeus efetuada pelos israelitas, então, é: primeiro, provar que os cananeus eram rebeldes contra o governo de Deus e demonstrar assim a justiça divina ao ordenar sua destruição; e, segundo, comprovar que eles tiveram um tempo de graça que demonstrou a misericórdia e longanimidade de Deus. Não é difícil provar ambas as proposições.Quanto à primeira, é fácil perceber pela história que os habitantes da costa oriental do Mediterrâneo eram tão corruptos e depravados quanto os mais perversos que já passaram por esta Terra. Eles criaram urna religião de luxúria. Entregavam seus filhos para serem queimados vivos em sacrifício ao deus Moloque. Levítico 18 descreve brevemente a rebelião moral dos cananeus. A imaginação e um pouco de história provêm mais evidências. De acordo com a Bíblia, os cananeus eram tão vis que a própria terra os ‘Vomitou” (ver Lv 18:28; sobre a religião e as práticas de culto dos cananeus, ver vol. 1, p. 105, 108 e 140; e vol. 2, p. 20-23).Quanto à segunda proposição, a Bíblia também é explícita. No capítulo 15 de Gênesis, há o registro da promessa de Deus a Abraão, de que sua descendência herdaria a terra de Canaã. A explicação que Deus deu ao patriarca para o motivo da grande demora no cumprimento da promessa foi: “não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus” (v. 16). Nessa passagem, os amorreus representam os povos de Canaã, porque eram a nação mais poderosa e dominante. Nenhuma outra declaração em todo o AT pode deixar tão clara a realidade da misericórdia de Deus para com os pecadores e como Ele concede um tempo de graça.Ali estava Abraão, o amigo de Deus. O Senhor desejava lhe dar a terra de Canaã por herança. Se Deus fosse como um governante terreno, sem dúvida, teria tomado medidasimediatas para cumprir a promessa feita a seu favorito, expulsando da terra ou matando à espada todo aquele que se encontrasse em seu caminho. Essa é a história dos déspotas, que têm todo o poder nas mãos. Deus, porém, não procede assim. Na verdade, estava dizendo a Abraão: '""Você precisa ter paciência. Seus filhos e netos até a quarta geração também devem ser pacientes. Meu amor é grande. Anseio cumprir a promessa que fiz a você e a seus descendentes. Nada traria maior prazer a Meu coração.” Porém - e aqui vem o fato mais significativo -, teria dito o Senhor que carecia de poder para cumprir a promessa naquela época? Não; Ele tem todo o poder. Poderia ter, de repente, enviado fogo do céu para consumir todos os habitantes de Canaã? Sim; esse não era o problema. A demora ocorreria porque não se havia ainda completado ‘a medida da iniquidade dos amorreus”. Em outras palavras, eles ainda não tinham pecado o suficiente e se afastado por completo durante seu tempo de graça. Ainda receberíam mais da misericórdia divina. O Espírito de Deus continuaria a falar ao coração deles.Portanto, durante mais 400 anos, geração após geração de amorreus teve permissão para viver e praticar abominações cada vez maiores. Só então, Deus ordenou a destruição. E razoável chegar à conclusão de que a aniquilação dos cananeus foi decretada porque a medida da iniquidade havia se completado, e nada mais se ganharia ao lhes estender misericórdia adicional.A destruição dos filhos junto com os pais se justificava porque a geração mais jovem seguiría exatamente o caminho de todas as gerações que a haviam precedido, pois a tendência para a corrupção, a rebelião e a depravação estavam arraigadas e dominantes em sua natureza, assim como na de seus pais. Destruir os pais e deixar viva a geração mais jovem significaria tão somente a preservação da semente da corrupção. Sobre o cético pesa a responsabilidade de provar que a nova geração não teria seguido a mesma conduta das gerações anteriores, sem exceção. Contudo, todas as pressuposições são contrárias a essa hipótese; logo, a destruição da geração mais jovem se torna tão razoável quanto a destruição dos mais velhos.Evidências adicionais em relação à forma de Deus julgar os seres humanos são reveladas no relato do dilúvio. Ele viu que a maldade era grande na Terra e que todos os pensamentos do coração humano eram maus. Sua condição era, sem dúvida, desprovida de esperança. Se o Senhor permitisse que tal situação continuasse indefinidamente seria equivalente a admitir para o universo que Ele era indiferente a rebelião tão flagrante e desenfreada ou incapaz de lidar com ela. No entanto, o Senhor não castigou os antediluvianos de imediato. Declarou: ""O Meu espírito não agirá para sempre no homem”, mas, mesmo assim, concedeu-lhes mais 120 anos de graça (ver Gn 6:3). A conclusão razoável é que, ao fim desse período, nada mais se ganharia com a atuação do Espírito de Deus nesses corações pecaminosos. E quando Deus já não pode fazer mais nada para persuadir o coração humano a voltar para o relacionamento de aliança, termina o tempo de misericórdia. Na verdade, é o próprio ser humano que põe fim a esse tempo quando se nega a dar ouvidos às súplicas do Espírito, não restando outra coisa senão o juízo.As declarações bíblicas acerca da relação de Deus com a raça humana antes do dilúvio e de sua longanimidade para com os cananeus antes de sua destruição são parte integrante da Bíblia. Essas declarações revelam os planos e o caráter de Deus da mesma forma que o faz a ordem dada aos israelitas para que destruíssem os cananeus. Não é razoável se apegar à ordem isolada de destruir os cananeus e insistir em julgar o caráter de Deus por esse único fato. Da mesma forma que é insensato tomar uma declaração isolada de algumgovernante moderno que nega o perdão a um criminoso e o condena à morte, para tentar provar por meio dela que esse governante é cruel e sem coração.Sob quaisquer circunstâncias, destruição e morte são pensamentos terríveis de se aceitar. Mesmo a pessoa mais temente a Deus e crente na Bíblia admitirá voluntariamente que é tomada de pensamentos perturbadores quando lê a respeito da destruição dos ímpios em diferentes momentos da história do mundo, bem como ao visualizar a destruição final de iodos os perversos. Contudo, seria muito pior pensar no tipo de mundo e de universo em que viveriamos se a destruição sumária não sobreviesse a todos os que, em espírito de obstinação, estiverem determinados a continuar em seus caminhos pecaminosos e corruptos.Na verdade, toda essa questão do castigo dos ímpios revela a inconsequência da atitude dos céticos. Quantas vezes um escarnecedor lança aos cristãos a pergunta: “Se existe um Deus no Céu que governa e dirige tudo, por que permite que os maus dominem este mundo e continuem com suas terríveis práticas que trazem tristeza e problemas a pobres e inocentes criaturas?""' Logo depois, o mesmo escarnecedor volta e questiona em tom zombeteiro: “Se Deus é um Deus de amor, como vocês cristãos afirmam, por que trouxe destruição a povos inteiros em diferentes momentos da história do mundo e por que vai um dia destruir a todos, com exceção de um grupo escolhido?” O cético, porém, não se dá conta de que a primeira pergunta encontra sua resposta na segunda. E, consequentemente, não percebe que é inconsistente protestar contra os juízos divinos quando se indaga por que Deus não traz vingança sobre os ímpios.A harmonia em toda essa problemática é encontrada na forma de Deus proceder nos episódios aqui citados. Segundo a Bíblia, o Senhor governa sobre todo o universo. Ao fim, Sua vontade e Seu governo serão supremos em todos os lugares, e a rebelião será extinta. Os ímpios não oprimirão os inocentes para sempre. Os fracos e indefesos não serão vítimas da injustiça para sempre. O Deus que contempla todas as coisas a partir de uma perspectiva mais ampla do que a humana, e cujo amor pelos seres caídos é maior do que o do mais consagrado cristão, não só deseja salvar os mansos e retos para lhes dar finalmente uma terra nova onde reina a justiça, mas também quer resgatar o maior número possível das hostes de rebeldes.Essa é a realidade da longanimidade do Senhor. Ele não quer que ninguém se perca, mas que todos cheguem ao arrependimento (2Pe 3:9). Essa dupla realidade torna plausível a primeira das duas perguntas do cético. Quando a longanimidade de Deus é considerada, encontra-se a resposta para a primeira pergunta. Podemos ver a injustiça em nosso mundo e, ainda assim, crer que Deus está no comando. E, quando se mantém em mente o simples fato de que a justiça um dia demanda a destruição daqueles que continuam em rebelião aberta, logo é percebida a resposta da segunda pergunta. Não há necessidade de pedir desculpas pelos juízos de Deus impostos aos pecadores no passado e que ainda ocorrerão no futuro.E desnecessário discutir a questão do método que Deus usou para destruir os cananeus. Basta considerar que Ele foi justo ao destruí-los. O fato de ter usado água em determinada ocasião, fogo em outra, praga ou espada, como no caso dos cananeus, não afeta a justificativa da destruição, do mesmo modo que o debate sobre o uso da eletrocução, da forca ou do fuzilamento na pena de morte atual não afeta a validade ou não dessa prática. E a justiça da pena de morte, e não o método para aplicá-la, que se torna objeto de atenção.Alguns comentaristas já sugeriram que talvez o Senhor tenha considerado adequado usar o povo escolhido, os israelitas, para executar os inimigos a fim de que eles mantivessem emmente a impressão mais vivida possível quanto ao horror do pecado e da rebelião; pois eles receberam a advertência de cuidar para não cair nas abominações dos cananeus e sofrer o mesmo castigo (ver Lv 18:28-30; cf. Rm 11:15-22).No entanto, se Israel tivesse cumprido plenamente o plano de Deus para a conquista de Canaã, o rumo dos acontecimentos relativos à destruição dos cananeus tería sido diferente (pelo menos em grande parte) do que acabou ocorrendo. Isso se evidencia quando os princípios já mencionados são reabrmados dentro do contexto mais amplo de outros princípios afins:
1. Deus, o grande árbitro da história, determina a duração e a extensão territorial das nações (Dn 2:21; At 17:26; ver com. de Dt 32:8; ver também Ed, 174, 176, 177). Ele guia as questões terrenas de maneira silenciosa e paciente, a fim de realizar os conselhos de Sua vontade soberana (Ed, 173, 178). Cada nação, porém, determina o próprio destino por meio do poder que recebe do Senhor, mediante a fidelidade com a qual cumpre o propósito de Deus (Ed, 174, 175, 177, 178; ver com. de Ex 9:16). A oposição aos princípios divinos resulta em ruína nacional (ver Dn 5:22-31; GC, 584; PP, 536) porque só aquilo que está ligado aos propósitos divinos e expressa Seu caráter pode prevalecer (Ed, 183, 238, 304). 2. Deus não escolheu os israelitas como povo por favoritismo. Teria aceitado qualquer nação nas mesmas condições que os aceitou (At 10:34, 35; 17:26, 27; Rm 10:12, 13). O que ocorreu foi simplesmente que Abraão respondeu sem reservas ao convite cie entrar num relacionamento de aliança com Deus, aceitou servir-Lhe fielmente e. ensinar sua posteridade a fazer o mesmo (Gn 18:19). Em consequência, os descendentes de Abraão se tornaram os representantes de Deus entre seus contemporâneos, e a aliança feita com o patriarca foi confirmada a eles (Dt 7:6-14). Sua grande vantagem em relação às outras nações foi que Deus os transformou em mensageiros de Sua vontade revelada (Rm 3:1, 2) e lhes atribuiu a responsabilidade de disseminar os princípios do bem por todo o mundo (Gn 12:3; Is 42:6, 7; 43:10, 21; 56:3-8; 62:1-12; PP, 492; PJ, 290).A fim de que Israel pudesse desempenhar essa tarefa com eficácia e em sujeição aos requisitos divinos (Dt 28:1, 2, 13, 14; cf. Zc 6:15), era plano do Senhor derramar sobre Seu povo bênçãos sem medida (Dt 7:12-16; 28:1-14; PJ, 288, 289). Ele proporcionou todas as facilidades para que Israel se tornasse a maior nação da Terra (PJ, 288). A medida que Israel recebesse as bênçãos, as nações vizinhas teriam evidências tangíveis e convincentes de que vale a pena cooperar com Deus (Dt 4:6-8; 28:10). Fazia parte do plano original do Senhor que os esforços missionários pessoais de Abraão, Isaque e Jacó proporcionassem aos povos de Canaã uma oportunidade de adorá-Lo e servi-Lo (PJ, 290; PP, 128, 133, 134, 141, 368). Todos os que abandonassem a idolatria se uniriam ao povo escolhido de Deus (Is 2:2-4; 56:6-8; Mq 4:1-8; cf. CPPE, 439-441; Zc 2:10-12; 8:20-23; PJ, 290). Mas, se não fossem fiéis, o Senhor os rejeitaria, assim como havia rejeitado às nações de Canaã (Dt 28:13-15, 62-66; cf. Is 5:1-7; Rm 11:17-22; PP, 688), e os expulsaria da terra prometida (Dt 28:63, 64). 3. Os cananeus tiveram um tempo de graça de 400 anos (ver com. de Gn 15:13, 16). Mas, era vez de aproveitar a oportunidade, eles encheram a medida de sua iniquidade (Gn 15:16; ver com. de Dt 20:13; ver também vol. 1, p. 105; Ed, 178) e precisaram ser expulsos (PJ, 290). Era necessário livrar e limpar a terra de tudo que, sem dúvida, impediría o cumprimento dos propósitos da graça de Deus (PP, 492). A justiça e a misericórdia divinas já não podiam mais permitir que as nações de Canaã continuassem existindo (ver T5, 208; T9, 13; cf. Gn 6:3), e a prestação de contas entre Deus e eles se encerrou (cf. Dn 5:22-29).Depois de ter concedido Canaã aos israelitas, Deus os designou como Seus instrumentos para a execução do juízo sobre os habitantes da terra (PP, 491). Dev iam destruir os cana- neus ""totalmente” (Dt 7:2) e não deixar ""com vida tudo o que tem fôlego” (Dt 20:16); todos deviam morrer pela espada (PP, 491). Isso, porém, não significava que deviam perecer as pessoas que escolhessem servir ao Deus verdadeiro. A conversão da cananeia Raabe testifica que a misericórdia divina pouparia os que abandonassem a idolatria (Js 2:9-13; 6:25; cf. Hb 11:31; Tg 2:25). No dilúvio, na destruição de Sodoma e na queda de Jerusalém nas mãos dos romanos, todos os que atentaram à advertência recebida foram salvos (Gn 6:9-13, 18; 18:23-32; Lc 21:20-22; GC, 30). O encerramento do tempo da graça de uma nação não implicava que perecessem os inocentes junto com os que mereciam a morte. 4. Na conquista de Canaã, o poder divino deveria ser aliado ao esforço humano. Deus queria que todos reconhecessem que Israel prevalecia tão somente por Seu favor (PP, 491, 496). As derrotas militares em Cades-Barneia (Nm 13:28-31; 14:40-45) e, cerca de 38 anos mais tarde, em Ai (PP, 493), ensinaram os israelitas que, com a própria força, nunca poderíam dominar a terra (ver Dn 4:30; PP, 491; Ed, 176). No entanto, Deus não desejava que Seu povo conquistasse Canaã por meio de táticas comuns de guerra, mas pela obediência estrita a Suas instruções (PP, 392, 436). Em alguns casos, o relato das grandiosas obras do Senhor em favor do povo encheu os cananeus de temor, e eles se renderam sem lutar tÊ\ 15:13-16; 23:27; 34:24; Nm 22:3; Dt 2:25; 11:25; 28:10; js 2:9-11; 5:1; cf. Gn 35:5; Js 10:1, 2; lSm 14:15; 2Cr 17:10). Em outros casos, ficaram confusos e se voltaram uns contra os outros (Jz 7:22; lSm 14:20; 2Cr 20:20-24). Em outras oportunidades, Deus empregou as forças da natureza (Js 10:11, 12; etc.), assim como o fizera no Egito, no Mar Vermelho e na travessia do Jordão. Se Israel tivesse colaborado com o Senhor, Ele teria operado em favor deles de diversas maneiras inesperadas. Talvez outras nações, da mesma maneira que os gibeonitas (PP, 507, 508), teriam chegado ao conhecimento do Deus verdadeiro.Israel falhou, porém, repetidas vezes em obedecer estritamente às ordens de Deus, como em Cades (PP, 394), Sitim (Nm 25:1-9) e Ai (Js 7:8, 9; PP, 494). Isso, em grande medida, arrefeceu os temores dos cananeus, deu-lhes tempo para se preparar para a luta e tornou a conquista da terra muito mais difícil do que teria sido (PP, 437). No entanto, uma vez que o amor divino não lograva mais levá-los ao arrependimento, a justiça do Senhor decretou que o tempo de graça dos que se rebelavam havia terminado, exigiu pronta execução e deu o território deles a Seus representantes escolhidos (ver Nm 23:19-24; PP, 492; cf. GC, 37; Mt 21:41, 43).Capítulo 7I Os israelitas sâo derrotados em Ai. 6 A reclamação de Josué. 10 Deus dá instruções sobre o que fazer. 16 A sorte cai sobre A cã. 19 A cã confessa. 22 Ele e tudo que tem é destruído no vale de Acor.uma barra de ouro do peso dc cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, por baixo.e a barra de ouro, e seus filhos, e suas filhas, e seus bois, e seus jumentos, e suas ovelhas, e sua tenda, e tudo quanto tinha e levaram-nos ao vale cie Acor."
Js.6:27 Sem comentário para este versículo
Js.7:1 1. Prevaricaram. Do heb. mcial maal; literal mente, ‘'prevaricaram uma prevaricação''. O substantivo que segue o verbo cog- nato costuma ser omitido na tradução, mas o sentido original do verbo era “cobrir”, conforme se percebe no substantivo derivado meil, “veste”. Portanto, a palavra significa “agir de maneira clandestina”, “fazer traiçoei- ramente” e, com o substantivo, “cometer um ato traiçoeiro”. E interessante notar que todo o povo de Israel é considerado culpado por causa da transgressão de ura de seus membros. Muito embora o pecado não fosse público, Israel, como nação, deveria prestar contas e, por isso, a bênção de Deus se afastou cio povo. E um exemplo desse tipo de responsabilidade coletiva no relacionamento entre as nações. Toda uma nação é considerada responsável pelas palavras e pelos atos de seu embaixador. Se este insulta outro povo ou estado, todo seu país é considerado responsável até que se faça a reparação devida. Da mesma maneira, os transgressores dentro de uma igreja podem impedir que a bênção divina repouse sobre ela (ver T4, 68; 16, 371). Se a igreja deixa de tomar as medidas necessárias quando o pecado se torna conhecido, ela se torna participante dessa transgressão. No entanto, isso não significa necessariamente que haja culpa pessoal sobre cada um dos membros (ver T3, 266).Acã. Tanto a LXX quanto a versão siríaca apoiam a grafia “Acar” conforme se lê em 1 Crônicas 2:7. O termo heb. 'ahar significa “perturbação" ou “perturbador”, e evidentemente o culpado recebeu esse nome por causa dos efeitos de sua conduta (ver com. de Js 6:18; 7:4, 9). Na Bíblia, é comum que nomes de pessoas e lugares sejam mudados corno consequência de determinados acontecimentos notáveis pelos quais se distingui- ram, ou em alusão a eles. Um exemplo dessa prática se encontra em Oseias 4:15. Nessa passagem, Betei, “casa de Deus”, é chamada de Bete-Aven, "casa da vaidade", pela idolatria que aJi se praticava.Zabdi. Também chamado de Zinri (iCr 2:6). Essas variantes ortográficas são comuns. Nesse caso, a mudança provavelmente se deve à troca de uma letra heb. por outra: do d pelo r, e do b pelo m. A genealogia aqui mencionada parece indicar que Acã já passava da meia-idade, a não ser que se suponha que seus antepassados já eram velhos quando lhes nasceram os filhos. Portanto, os filhos de Acã tinham chegado à idade de ser responsáveis por seus atos quando ocorreu a tragédia e devem ter participado do crime; por isso, foram responsabilizados no ato.
Js.7:2 2. Aí. Do heb. ‘Ai, "ruína" ou “montão”. Esta cidade é mencionada desde os tempos de Abraão (Gn 12:8; 13:3).Campanha do sul: Josué detende os gibeonitas contra os reis dc Jerusalém, Hebrom, Laquis, liglom e iarmutc: persegue os cananeus até o vale de Aíjalom, Azeea e Maqucdá, quando o sol para e caem do céu grandes pedras de granizo; ele mata os cinco reis em Maqucdá; subjuga as demais cidades de Seíclá c do Neguebe (ver destaque no mapa); e retorna a Cilgal. ao,,junto a Bete-Aven. Esta expressão é omitida na LXX. Josué 18:12 menciona o deserto de Bete-Aven, e o objetivo da afirmação provavelmente é dizer que Ai ficava próxima ao deserto de Bete-Aven.Subi e espiai. Literal mente, "subi a pé”. A geografia da região indica a existência de dois caminhos principais que levavam da cidade de Jerico ao centro da Palestina. O mais prático e direto era o que ia ligeiramente para o norte, hoje conhecido com o nome de Wadi Kelt. Esse desfiladeiro cruza com outro, o Wadi Harith, um penhasco profundo a 12 km do vale do Jordão. Em algum lugar entre os montes e os despenhadeiros, um pouco ao leste da cidade de Betei, ficava Ai. Numa região de colinas e vales, os espias poderíam avançar facilmente sem ser vistos.
Js.7:3 3. Não suba todo o povo. Segundo Josué 8:25, a população de Ai era de 12 mil habitantes. Fica claro que os espias, confiantes demais em si mesmos, subestimaram as defesas da cidade. Mais do que isso, porém, os israelitas, empolgados pela vitória, não se deram conta cie que somente a ajuda divina pocleria lhes dar o sucesso; portanto, não pediram o conselho de Deus quando fizeram planos para atacar Ai.
Js.7:4 4. Fugiram. A confiança em Deus é sinônimo de sucesso, e a falta dessa confiança significa derrota. Muitos planos traçados com todo cuidado fracassam porque o Senhor não é levado cm conta. Dentre as lições que podem ser aprendidas por meio dessa experiência, três se destacam: (1) Foi Deus e não a coragem dos filhos de Israel que fez caírem os cananeus. (2) Não se pode obter sucesso enquanto há pecado no acampamento. E (3) quando se confessa o pecado, Deus toma os fracassos do ser humano e os transforma em bênçãos.Toda pessoa desfruta um relacionamento pessoal com seu Criador, que só é rompido pela escolha individual. Deus, porém, também lida coletivamente com aspessoas, tratando-as como grupos. Existe, portanto, a responsabilidade do grupo bem como a pessoal (ver Ed, 178, 238). Por exemplo, Deus considera as nações responsáveis por suas ações coletivas. Isso era verdadeiro em especial com respeito a Israel, a nação escolhida; é igualmente válido para o Israel espiritual, a igreja de hoje. As vezes, o grupo todo sofre em decorrência das ações de seus membros (Ez 21:3, 4; PP, 497). Qualquer membro de um grupo pode beneficiar os outros, ou trazer sofrimento e mal aos mesmos (2Co 2:15). E, como no caso de Acã, o Senhor considera o grupo inteiro responsável pelos atos de seus componentes. No entanto, assim como naquela época, Deus atua por meio dos líderes reconhecidos do grupo para exigir cooperação e aplicar o castigo. Ele tem uma igreja e designou líderes sobre ela. O Senhor espera que eles tomem a iniciativa de realizar Sua vontade. Além disso, Ele requer que Seu povo coopere com os líderes (Hb 13:17) e não tolerará ações independentes de indivíduos em oposição aos líderes que escolheu.E grande a maldição que recai sobre os líderes que são infiéis à sua missão (Is 3:12; 9:16; Jr 13:20; Ez 34:10) bem como às pessoas que deliberadamente prejudicam o trabalho deles (ver Jz 5:23). A presença de Deus em nosso meio no passado não garante a continuidade de Sua presença no futuro. Na vida religiosa, é preciso haver dependência contínua do Senhor, um constante questionamento acerca do que Ele quer que façamos. A graça e a força que nos concede para realizar uma tarefa não bastam para as exigências da seguinte. Josué não levou em conta essa lei espiritual. Ao traçar os planos para a conquista de Ai, foi negligente ao não buscar o conselho divino (PP, 493). Todo servo de Deus deve ser vigilante para não fazer de qualquer maneira o serviço religioso, privando-se da vitória por deixar de trabalhar de acordo com o plano de Deus. O zelo peloSenhor deve. estar sob o controle de sabedoria santificada (ver Rm 10:2; cf. SI I I 1:10).
Js.7:5 5. Pedreiras. Esta palavra provém de uma raiz que significa “quebrar em pedaços”. Em algumas versões da Bíblia, como a NVÍ e a ARC, o termo aparece como o nome próprio Sebarim. Podería se tratar de um lugar entre Ai e Jerico, talvez uma pedreira. No entanto, nenhuma pedreira boi encontrada nas proximidades, e seria razoável supor que os restos de um local como esse não desapareceríam por completo com o passar do tempo. O Códice Vaticano e algumas versões siríacas, assim como os Targuns, traduzem a expressão da seguinte forma: “até eles [os israelitas] serem despedaçados”. Uma versão siríaca, traduzindo o hebraico em vez de transliterá-lo, traz: “até que eles [os israelitas] foram derrotados". Essa sugestão parece estar em mais harmonia com o contexto.Na descida. A LXX diz "de um morro íngreme”. Eica claro que os israelitas se dirigiram para um desfiladeiro estreito e escarpado que atrasou a fuga. Ao que parece, nesse lugar se encheram de pânico e, na confusão, os que ficavam para trás eram atingidos.
Js.7:6 6. Rasgou as suas vestes. O costume de rasgar as vestes em sinal de luto ou angústia teve origem nos tempos antigos (Gn 37:34; 44:13). Em geral, rasgava-se a frente da vestimenta externa, sobre o peito, numa extensão que não ultrapassava um palmo. Isso se tornou um hábito entre os judeus e constituía um símbolo externo do coração que- brantado (ver J1 2:12, 13). jogar pó ou cinzas sobre a cabeça representava sentimento ainda maior de luto e indignidade (ISm 4:12; 2Sm 1:2; 13:19). A fé demonstrada por Josué o tinha levado a esperar somente vitórias, e ele parecia incapaz de compreender o fracasso. No entanto, há condições para a realização das promessas de Deus, e Josué e os israelitas não as tinham cumprido (ver com. de Js 7:3).
Js.7:7 7. Tomara. Esta expressão indica um profundo sentimento de desespero e a totalincapacidade de compreender a situação. A oração de Josué quase assume um espírito de murmuração e queixas, tão característico dos filhos de Israel em diversas ocasiões. Porém, mesmo as melhores pessoas às vezes cedem ao desânimo e ao temor (ver lRs 19:9- 18; Jn 4:1-9). Josué interpretou corretamente que a derrota em Ai representava um sinal do desagrado de Deus em relação ao povo, mas não compreendia a razão para isso. Suas palavras talvez não tenham sido muito bem escolhidas, mas é louvável sua atitude de, em momento de crise, recorrer à oração.
Js.7:8 8. Que direi? Em desespero, Josué procurou um conselho.
Js.7:9 9. Teu grande nome. Conquanto Josué se preocupasse com o destino de Israel, importava-se ainda mais com o nome de Yahweh. Certamente o Senhor não permitiría que Seu nome fosse ridicularizado. Moisés recorreu a argumento semelhante em várias ocasiões (Êx 32:12: Nm 14:13-16; Dt 9:28). O próprio Deus o empregou no cântico que ordenou a Moisés que ensinasse ao povo (Dt 32:26, 27). Sempre devemos lembrar que nossa fidelidade ou infidelidade implicam a honra não só da igreja, mas também do nome de Deus.
Js.7:10 10. Levanta-te! Ou, "defenda-se”. Aquele era um momento de ação, não de se queixar.
Js.7:11 11. Israel pecou. A culpa foi atribuída a todo o Israel (ver com. do v. 1). Deus não devia ser responsabilizado pela humilhante derrota. Ele não tinha abandonado Seu povo; este é que Lhe desobedecera. Se o Senhor houvesse continuado a lutar pelos israelitas, estaria sancionando o pecado deles e estimulando sua continuidade.Que Eu lhes ordenara. A expressão pode se referir especificamente à ordem relativa aos espólios da cidade de jerico; mas, num sentido mais amplo, inclui também a aliança original de Deus com Israel. Esta se baseava nos dez mandamentos, descritos nas Escrituras como “Sua aliança, quevos prescreveu” (Dt 4:13). Eaz-se referência a esses dois aspectos da ordem divina nas expressões: “tomaram das coisas condenadas” e “furtaram”. O hebraico de cada um dos cinco itens relacionados no v. 11 se figa à declaração anterior por meio da conjunção a r. “também”.Dissimularam. Literalmente, “mentiram", “enganaram”. Neste caso, mentiram com suas ações. Mantiveram a questão em segredo e agiram como se não fossem culpados. Muitas vezes, a mentira acompanha o roubo.Debaixo da sua bagagem. Como se lhes pertencesse. Deus havia ordenado que alguns dos artigos roubados fossem destruídos; outros, como o ouro e a prata, foram dedicados ao Senhor e deviam ter sido entregues a Seu tesouro. Acã se apropriara de tais coisas sem temor, como se fossem suas. Ainda hoje existem Acãs. Declara-se o seguinte acerca dos dízimos e das ofertas: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós Me roubais e dizeis: Em que Te, roubamos? Nos dízimos e nas ofertas” (Ml 3:8). O dízimo é consagrado ao Senhor e deve ser colocado em Seu tesouro. Existem pessoas que se apropriam do dízimo como se lhes pertencesse e o põem “debaixo da sua bagagem”. Israel perdeu a bênção de Deus por esse tipo de pecado. Repousaria a maldição de Malaquias 3:9 sobre o acampamento do Israel de hoje? Não vivemos atualmente sob o regime teocrático, e os transgressores não recebem de imediato o castigo que merecem (ver Ec 8:11), mas isso não torna menos horrendo seu pecado. "Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13:8). Um dia, todo pecado receberá justo castigo.
Js.7:12 12. Condenado. Ou, “consagrados à destruição” (ver com. de js 6:17). A maldição era tamanha que os indivíduos que tomassem da coisa consagrada à destruição também se tornavam “consagrados” ao mesmo fim.Sem dúvida, esta sentença foi bem compreendida quando se pronunciou a maldição. Além disso, na destruição dos habitantes de Jerico, Acã tinha visto o resultado certeiro da transgressão. Todavia, mesmo sabendo de tudo isso, escolheu seguir o ímpio caminho. O completo engano do pecado se revela no fato de levar suas vítimas a crer que, de uma maneira ou de outra, se livrarão do castigo (ver Gn 3:4; Ec 8:11).
Js.7:13 13. Santificaí-vos. O que os israelitas já haviam feito quando se encontraram com o Senhor no Sinai (Ex 19:10). A purificação externa ordenada deveria simbolizar a limpeza interior. Tempos de perigos especiais e calamidades devem ser ocasião de sondar o coração e fazer urna reforma sincera. O período de introspecção ordenado neste versículo deu a Acã uma oportunidade única de refletir sobre a transgressão e recon hecê-la. O pecado tem uma maneira especial de endurecer o coração humano e diminuir a repugnância cio ato. Acã só reconheceu sua culpa quando foi forçado a fazê-lo e, mesmo nesse momento, não demonstrou um espírito de verdadeiro arrependimento. Ele provavelmente se iludia, pensando que outros eram tão culpados quanto ele. Uma pessoa culpada costuma acreditar que outros são culpados do mesmo pecado que ela tem o hábito de cometer.
Js.7:14 14. Segundo as vossas tribos. Conforme evidenciam os relatos de Crônicas, Esdras, Neemias e outros livros, os israelitas preservavam os registros genealógicos cuidadosamente. Por isso, encontra-se o nome de Acã fielmente anotado na cronologia de juciá (iCr 2:7).Que o Senhor designar. O método usado foi o sorteio (PP, 494), artifício mencionado com frequência na Bíblia. No entanto, é preciso ter cautela no emprego desse meio de conhecer a vontade divina. Esse caminho só é seguro quando Deus, por meio da inspiração, indica que é o método que Ele escolhe.Se o Senhor não participa do procedimento, o sorteio não passa de uma forma de recorrer ao acaso, como o seria atirar uma moeda ou escolher uma carta. Em momentos de crise, Deus pode responder em voz audível ou mediante sinais diretos (ver jz 6:34-40). Esses não são, porém, Seus meios costumeiros de comunicar Sua vontade. O Senhor dotou os seres humanos de inteligência e espera que desenvolvam a capacidade de tomar as próprias decisões. Se, em todas as decisões da vida, as pessoas pudessem determinar por meio de um sinal qual é a vontade divina, perderíam a torça mental e não atingiríam o desenvolvimento necessário da inteligência e do caráter. Aqueles que têm o hábito de recorrer ao acaso para tomar decisões, debilitam toda sua vida espiritual. No começo da vida religiosa, e em algumas ocasiões a partir de então, Deus pode ter honrado nossa fé em desenvolvimento, dando-nos respostas identificáveis por tais meios, mas isso não significa um desejo de Sua parte de que sempre dependamos desse método. O ideal do desenvolvimento cristão é ter a mente tão imbuída do conhecimento divino e as faculdades tão educadas, que, ao seguir nossos impulsos, façamos tão somente a vontade de Deus (DTN, 668).
Js.7:15 15. Tudo quanto tiver. Inclusive os filhos (v. 24, 25). Nfo entanto, em Deuteronômío 24:16, o Senhor havia declarado que os filhos não deve riam morrer pelos pecados dos pais, senão cada pessoa pelas próprias faltas. Talvez a família de Acã tivesse participado do ato (ver eom. do v. 1), e compartilhado com ele o segredo perverso. Os seres humanos são responsáveis não só pelos pecados que cometem, mas também por acobertar um transgressor ou ocultar uma informação que possa ajudar os responsáveis por fazer justiça.
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Js.7:19 19. Filho meu. Esta expressão pode dar uma icleía do que se passava no coração de josué. Parece indicar que ele amava o culpado como um terno pai, e que sentia por eleo afeto que sentiria por um filho. Essa atitude mostra bondade verdadeira e deve ser imitada por todos que têm o dever de administrar disciplina. Muitas pessoas se desanimaram definitivamente por ter sido objeto de castigos severos demais, ao passo que o uso de um método diferente podería tê-las levado ao arrependimento e à restituição. Jesus, nosso exemplo, pronunciou Suas mais duras repreensões com lágrimas nos olhos (DTN, 353), e Josué manifestou muitas das qualidades de Cristo. Não é difícil compreender por que Deus o escolheu, nem por que o povo serviu o Senhor durante toda a vida desse líder.
Js.7:20 20. Pequei. A revelação pública da culpa assegurou a cooperação de Acã, que prontamente confessou o crime. Sua culpa ficou confirmada sem dar espaço para dúvidas, não abrindo precedentes para que aqueles que simpatizavam eom ele fizessem a acusação de que ele fora injustamente condenado. Dessa forma, o problema podia ser resolvido de uma vez por todas, em vez de ficar remoendo por anos no coração dos que estivessem predispostos à crítica.
Js.7:21 21. Uma boa capa babilônica. A LXX traz: “um manto bordado [de muitas cores]". Essas vestes eram decoradas com figuras trabalhadas no próprio tecido ou bordadas com agulha (ver Ez 23:15). Eram caras, só se encontravam ao alcance dos membros da realeza ou dos cidadãos mais ricos. Joseio diz que se tratava de “uma vestimenta real, tecida inteiramente de ouro”.E provável que Acã tenha dado os passos costumeiros de todo pecado. Primeiro olhou, depois cobiçou e finalmente agiu. Após furtar, o passo seguinte foi ocultar o que havia feito. Para conseguir evitar o pecado, é preciso expulsar de imediato a primeira insinuação do mal: a primeira olhada (ver Gn 3:6).
Js.7:22 22. Foram correndo. Provavelmente para evitar que alguém pegasse antes os tesouros, mas sem dúvida também porque estavam ansiosos por purificar oacampamento da condenação e recuperar o favor de Deus. I bom ter pressa de livrar do pecado. A demora é perigosa.
Js.7:23 Sem comentário para este versículo
Js.7:24 24. Seus filhos. Ver com. do v. 15.Seus bois. E claro que os animais sãoincapazes de pecar; portanto, não merecem a punição. Mas sofrem, junto com a criação inanimada, os efeitos da maldição pronunciada sobre Adão. Dessa forma, “toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8:22).Vale de Acor. Ver com. de Js 6:18; 7:1. O vale de Acor seria dado por porta cie esperança a Israel (Os 2:15). Deus está sempre disposto a transformar as derrotas em bênçãos, quando se demonstra o desejo de eliminar do coração "as coisas condenadas” (Js 7:13).
Js.7:25 25. Todo o Israel o apedrejou. Há duas palavras heb. diferentes para apedrejar: ragam e sacjal. Já se sugeriu que a primeira significa apedrejar uma pessoa viva, enquanto a segunda seria amontoar pedrassobre um morto, com base na possível relação do termo com sheqel, que quer dizer “um peso”. Mas, no AT, as duas palavras parecem ser usadas de maneira intercambiável. Neste versículo, o autor pode ter escolhido, de propósito, usar um sinônimo para evitar repetição. Diz-se que a punição foi executada por todo Israel. Ainda que provavelmente nem todos tenham lançado pedras, supõe-se que todos estivessem presentes como espectadores e consentissem “na sua morte” (At 8:1).Queimou-os. Subentende-se que Acã e sua família foram primeira mente apedrejados; depois, o corpo deles foi queimado junto com os despojos e seus outros pertences. O apedrejamento realizado pela congregação era uma forma legal de punição por certos crimes (ver Lv 24:1.4; Nm 15:35).
Js.7:26 26. Um montão de pedras. Erigido em advertência para as gerações futuras, a fim de que não caíssem na mesma armadilha de cobiça que causou a ruína de Acã.I -Tl, 122; T3, 239, 264; T4, 564Capítulo 8I Deus encoraja Josué. 3 A estratégia para a tomada de Ai. 29 O rei da cidade é enforcado. 30 Josué constrói um altar, 32 escreve a lei em pedras,tuas mãos o rei dc Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra.e a seu rei; somente que para vós outros saqueareis os seus despojos e o seu gado; põe emboscadas à cidade, por detrás dela.ele não sabia achar-se contra ele uma emboscada atrás da cidade.
Js.8:1 1. Não te atemorizes. O pecado de Acã e suas consequências devem ter causado grande desânimo a Josué. Todavia, depois de haver cumprido a vontade de Deus ao limpar o acampamento do pecado, o Senhor lhe renovou a coragem para dar prosseguimento à conquista.Toma contigo toda a gente de guerra. Os espias tinham sugerido a Josué que não exigisse a participação de todo o povo no ataque a Ai (Js 7:3), e ele aceitara a sugestão. A sabedoria humana, guiada por excesso de autoconfiança, havia ditado esse primeiro plano, que fracassou. Na nova ordem, parece que Deus repreendeu esse esquema de participação parcial. Instruiu que todos deviam participar da tarefa de tomar Ai e receber uma porção dos despojos. O mesmo se aplica hoje à causa de Deus. Todos devem trabalhar na obra do evangelho, e depois compartilhar suas recompensas.
Js.8:2 2. Põe emboscadas. O próprio Deus deu instruções detalhadas quanto à estratégia a ser empregada. Josué deveria ter esperadopor essas instruções divinas antes de realizar o primeiro ataque. Muitas vezes, as pessoas correm à frente de Deus e andam iluminadas por sua própria luz (ver Is 50:11), crendo que estar fazendo a vontade do Senhor. Em cada decisão da vida, deve-se perguntar com toda avidez: "Esta é a vontade de Deus?”
Js.8:3 3. Trinta mil. E um pouco difícil conciliar os números mencionados neste capítulo, talvez pela brevidade da narrativa. Nos v. 1 e 3, a expressão “toda a gente de guerra” (ver também v. 11) parece sugerir que Deus mandou todos os homens de guerra participarem dessa batalha. Este versículo menciona os 30 mil que ficariam aguardando “entre Betei e Ai, ao ocidente de Ai” (v. 9), enquanto o v. 12 fala que Josué tomou 5 mil homens e os "pôs entre Betei e Ai, em emboscada, ao ocidente da cidade”. O último grupo pode se tratar de uma segunda emboscada, enviada posteriormente numa missão especial. Se assim for, as duas emboscadas junto com o exército principal constituiríam o número total de homens de guerra. Em harmonia com essasugestão, encontra-se a constatação de que os 30 mil foram instruídos a tomar a cidade e colocar fogo nela após um sinal dado por Josué. Os 5 mil, por sua vez, não receberam nenhuma orientação, pelo menos de que se tem registro. Já se sugeriu que a missão deles estava relacionada à hostil cidade de Betei, próxima a Ai (ver com. do v. 12).
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Js.8:9 9. No meio do povo. Ou seja, em Gilgal, onde a maior parte da tropa se encontrava posicionada.
Js.8:10 10. Passou revista ao povo. Literalmente “visitou o povo", ou seja, “vistoriou’’ ou os “reuniu”. Isso se referia, é claro, como se explica no v. 11, aos homens de guerra. A LXX traz, neste trecho: “escondeu o povo”. Talvez Josué tenha dado as instruções em segredo, em relação a como os guerreiros deviam proceder e permanecer ocultos até o momento oportuno. Acamparam naquela noite ao norte da cidade. A LXX diz, “ao leste”. Há um desfiladeiro de leste a oeste ao norte de et-Tell, a suposta localização de Ai. Provavelmente foi no lado norte desse penhasco que eles se posicionaram.
Js.8:11 Sem comentário para este versículo
Js.8:12 12. Cinco mil homens. Ver com. do v. 3. Alguns sugeriram a seguinte explicação para a missão desses homens: há dois penhascos que se unem entre Betei, a moderna Beitin, e Ai, et-Tell. O grupo de homens que devia atacar e incendiar a cidade foi posicionado no penhasco mais próximo a Ai. Quando saísse de sua emboscada para atacar a cidade, seria necessário alguém que protegesse sua retaguarda e espantasse qualquer guerreiro de Betei que saísse para ajudar o rei de Ai. Os 5 mil, portanto, estariam a postos no outro penhasco, com os olhos voltados para o oeste, a fim de se defender contra Betei. Provavelmente foram eles que vigiaram os homens de guerra de Betei, para que não pudessem atacar a retaguarda das tropas de Josué. No entanto, a menção de que as tropas de Betei também perseguiram os israelitas (v. 17) sugere que essaemboscada talvez estivesse envolvida em outra parte da estratégia.
Js.8:13 13. Do vaie. Do heb. ‘enieq, um terreno baixo e largo. Parece ser diferente do “vale” do v. 11, que provém do termo heb. gai’, “penhasco”. A inspiração não revela o propósito dessa visita ao vale. Podemos con- jecturar que, na iminência da batalha, Josué tenha passado a noite em oração, para garantir que nada impediría a bênção de Deus, nem a vitória (ver ISm 17:3).
Js.8:14 14. Vendo-o o rei de Ai. Literalmente, “de acordo com a visão do rei de Ai”, ou seja, logo depois de ter visto ou ficado sabendo. As vezes, a palavra expressa o último sentido. E provável que os guardas tenham sido os primeiros a descobrir Josué e suas tropas e a informar a presença dos inimigos ao rei. Muitas vezes, se atribui a um líder as ações de seus subordinados. Imediatamente o rei acordou seus oficiais e soldados, que juntos correram para combater Israel, talvez na expectativa de obter outra vitória fácil.Ao tempo assinalado (ARC). Do heb. lammoed. Na LXX, lê-se, "em seguida”, e, na versão siríaca, “no vale”. Ao \ermored, em vez de moecl, se obtém a tradução “na descida” (ver com. de Js 7:2, 5; 8:13).Defronte das campinas. Literalmente, “à vista do Arabá". O heb. ‘arabah significa “um lugar desolado”, “um deserto”. Junto ao artigo, refere-se especificamente ao vale ou à planície do Jordão. A fuga de Israel provavelmente os levou na direção de Gilgal.
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Js.8:16 16. Todo o povo [...] foi convocado. Literalmente, “recebeu o brado de se reunir”, ou seja, foram convocados, como por um mensageiro. Isso parece indicar que a repentina fuga do exército de Israel foi uma surpresa, pois os habitantes de Ai não esperavam por isso. Em seu zelo por se defender, os homens de Ai pelo menos demonstraram mais coragem que seus vizinhos de Jerico. Não tiveram medo de assumir a ofensiva, incentivados pela vitória anterior, tinhamgrande confiança no sucesso. No entanto, seu zelo foi vão, pois estavam lutando contra Deus. O mesmo ocorre com todos que desempenham um plano em oposição a Deus. A pergunta mais importante é: “Em minhas inquietantes iniciativas, de que lado estou? Se estiver do lado errado, só há um caminho sensato a seguir: render-me. Se estiver do lado do Senhor, resta-me combater ‘o bom combate da fé’ (iTm 6:12)” com todas as energias.
Js.8:17 17. Nem em Betei. Esta cidade ficava a poucos quilômetros de Ai. Talvez as duas cidades tivessem um sistema de sinais entre si, a fim de que, quando uma delas fosse atacada, a outra fosse alertada de imediato para sair em socorro da primeira. O trabalho dos 5 mil em emboscada pode ter sido atacar as tropas que viessem de Betei em auxílio de Ai, A cidade de Betei só foi completamente vencida em ocasião posterior (ver Jz 1:22). É provável que os acontecimentos da tomada de Ai tenham atribuído um sentimento de derrota aos homens de Betei, permitindo o adiamento da captura da cidade por algum tempo.
Js.8:18 Sem comentário para este versículo
Js.8:19 19. Nela puseram fogo. O hebraico traduzido por “pôr fogo” transmite a idéia de “acender um fogo”. A expressão deve ser distinguida de “queimou” (ARC), do v. 28. Os homens colocaram fogo na cidade, mas não a consumi- ram com esse fogo. A palavra usada no v. 28 é que expressa o sentido de consumir. Não há discrepância entre as duas declarações.
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Js.8:26 26. Não retirou a mão. Alguns já sugeriram que josué, nessa ocasião, levantou sua lança, talvez com algum estandarte ou emblema sobre ela, e a manteve no alto assim como Moisés erguera os braços 40 anos antes quando Josué lutou contra os amalequitas. Por outro lado, esta expressão pode simplesmente significar que ele não guardou essa arma e prosseguiu na batalha até terminar a obra que Deus ordenara. No entanto, é provável que Josué tenha sc lembrado da cenade Refidim, quando pessoalmente dirigiu a batalha contra Amaleque (Ex 17:8-13), e prevaleceu enquanto Moisés manteve no alto a vara de Deus em suas mãos.
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Js.8:28 28. Para sempre, a um montão. Aqui se declara de maneira clara que Ai ficaria reduzida a entulhos para sempre. A palavra heb. traduzida por “montão” é tel, que significa “uma colina", em especial “um montão de ruínas”. E comparável ao termo árabe tall, “monte”, usado em diversos nomes geográficos.
Js.8:29 29. Enforcou-o e o deixou no madeiro. E possível que tenha sido morto pela espada primeiro, como no caso dos cinco reis dos amorreus (js 10:26). O hebraico diz'‘pendurado na árvore”. Pode se tratar de uma referência a alguma árvore específica, ou talvez o rei de Ai e o de jerico tenham sido pendurados na mesma árvore, para que ficassem expostos e todos vissem as consequências da maldição de Deus. Parece que o rei de Jerico também fora enforcado, porque Josué fez “a Ai e a seu rei como fizera a Jerico” (Js 10:1; cf. js 8:2). Qualquer que cometesse um pecado digno de morte e fosse pendurado num madeiro era “maldito de Deus” (ver Dt 21:22, 23). Jesus, muito embora não tenha cometido pecado, se fez maldição por nós e foi pendurado num madeiro (Cl 3:13).À porta da cidade. A porta da cidade era o lugar costumeiro de julgamento e onde se realizava a maior parte das outras atividades públicas importantes. É provável que o próprio rei de Ai se sentasse com frequência a essa mesma porta para julgar seu povo. iVIas, naquela ocasião, foi ele quem recebeu julgamento. Uma vez que a porta da cidade era seu lugar mais publico, o castigo do rei foi exposto perante todos.
Js.8:30 30. Então, Josué edíficou um altar. A palavra traduzida por “então” não é a conjunção que se costuma traduzir desta maneira em outras passagens. O termo usado aqui é mais enfático e ressalta de maneira especialt-ro tempo. Marca o fato de que a construção do altar começou então, em consequência da situação que acaba de ser narrada. Os israelitas obtiveram a vitória e receberam evidência de que Deus estava com eles e expulsaria as nações à sua frente. Era um momento oportuno para interromper a campanha militar e renovar a aliança com o Senhor. Em duas ocasiões diferentes. Deus tinha ordenado que Israel se reunisse em assembléia solene de todas as tribos sobre os montes Ebal e Gerizim, pouco depois de sua entrada em Canaã (Dt 1:26-30; 27:2-8). Israel deveria ouvir a releitura da lei, e seus preceitos seriam inscritos em pedra c colocados no coração da terra, para que tanto israelitas como pessoas de outros povos pudessem lê- los. Desse modo, o Senhor estendeu a todas as nações um convite para que conhecessem Seus propósitos e se unissem a Seu povo.Geograficamente, o lugar ficava no centro do país e na encruzilhada das rotas de viagem. Alguns historiadores acham difícil admitir a possibilidade de uma jornada como aquela, por territórios hostis, no período em questão. Josefo supõe que essa cerimônia religiosa ocorreu depois de cinco anos, e a LXX coloca tal passagem depois de Josué 9:1 e 2. No entanto, todas essas tentativas de ajustar o tempo são desnecessárias. Muito embora estivesse no meio de uma terra inimiga ainda não conquistada, Israel não sofreu dano porque o "terror de Deus” recaiu sobre as cidades ao redor, como quando Jacó havia passado por essa mesma região em seu caminho para Betei muito tempo antes (Gn 35:5), já se sugeriu também que não existe menção a lugar fortificado ao norte de Betei nessa parte da terra e, com base em outras passagens (ver Js 17:18), parece que a maior parte desse território era composta de florestas sem população humana. A confederação dos reis do sul tinha seu centro mais para o sul, e havia uma distância considerável entre Siquém e os lugares fortificados do norte (ver ISm 9:4).Monte Ebal, O monte Ebal ficava a pouco mais de 30 km de Ai. Deixando seu acampamento em Gilgal, talvez sob o cuidado de uma guarda, todo Israel se dirigiu aos montes Ebal e Gerizim para realizar esse serviço sagrado e renovar a aliança. Embora estivessem ansiosos por se estabelecer nas próprias casas, a conquista requeria tempo, enquanto eles faziam a longa marcha, participavam da solene cerimônia e voltavam a Gilgal. Dessa forma, aprenderam a lição de que o caminho para a prosperidade equivale a colocar Deus em primeiro lugar. Jesus, mais tarde, reiterou esse grande princípio com as palavras: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e Sua justiça” (Mt 6:33).O monte Ebal fica situado ao norte e o monte Gerizim, ao sul. O vale que os separa tem pouco mais de meio quilômetro de largura e se estende de leste a oeste. Os cumes dos dois montes ficam a cerca de três quilômetros de distância um do outro. No ponto em que os dois montes ficam de frente um para o outro, há um vale verde de aproximadamente 500 m de largura. O estrato de pedra calcária de cada monte é quebrado numa sucessão de saliências, que forma uma espécie de anfiteatro natural em ambos os lados. Nesse lugar, Abraão ergueu seu primeiro altar na terra prometida. (9 povo se reunia afi com seis tribos em cada monte. As seis que estavam no monte Gerizim deviam responder com um amém depois da leitura de cada bênção, e as seis que estavam no monte Ebal deviam responder da mesma forma após cada maldição ser lida. Pontas que saíam das rochas formavam espécie de púlpitos naturais, a partir dos quais a voz do orador podia ser ouvida em todo o vale. De acordo com as instruções recebidas, levantou-se um altar no monte Ebal, o monte das maldições (Dt 27:4, 5). Mas, por que no monte das maldições? Essa era uma escolha adequada. No lugar de onde se leram as maldições da lei aos pecadores deviahaver também um indicativo do meio para se obter graça e perdão. Os sacrifícios oferecidos naquele altar prefiguravam a Cristo.
Js.8:31 31. Pedras toscas, isto estava de acordo com a ordem de Deus (Dt 27:5, 6). A razão para o uso de “pedras toscas” era o perigo de que, pelo emprego do cinzel, os israelitas fizessem imagens nesses altares e fossem tentados a cair em idolatria (ver com. de Ex 20:25).
Js.8:32 32. Uma cópia da lei. Um monumento de pedra devia ser construído junto ao altar (Dt 27:2-8). Ele deveria ser coberto de gesso. Sobre o gesso, os dez mandamentos e a lei de Moisés seriam escritos. Estes também foram lidos a toda a congregação de Israel, junto com as bênçãos pela obediência e a maldição pela desobediência. Nesse lugar, onde não havia temperaturas tão baixas a ponto de desintegrar as letras, o monumento deveter permanecido por séculos como testemunha tanto a Israel quanto às nações vizinhas da aliança do povo com Deus.
Js.8:33 Sem comentário para este versículo
Js.8:34 Sem comentário para este versículo
Js.8:35 35. Toda a congregação. As mulheres, as crianças e os estrangeiros, como Raabe e sua família, estavam ali. Todos, velhos e jovens, deviam escutar as palavras do Senhor. O esclarecimento do intelecto é um dos primeiros passos para o crescimento espiritual. Não se pode viver em harmonia com Deus na ignorância. A ignorância e o verdadeiro cristianismo nunca coexistem no mesmo indivíduo. E por isso que Deus atribuiu grande importância à educação cristã. Nada deveria interferir na liberdade de os filhos receberem a educação que o Senhor ordenou. Apesar das dificuldades da viagem até o monte Ebal, as crianças do antigo Israel deviam acompanhar seus pais.Capítulo 9roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento.Senhor, teu Deus; porquanto ouvimos a Sua lama e tudo quanto (cz no Egito;1.0 e tudo quanto fez aos dois reis dos amor- reus que estavam dalém do Jordão, Scom, rei de Hesbom, e Ogue, rei de Basã, que estava em Astarote.ser os únicos governantes da terra. A ira que isso causou provavelmente superou o medo, e os reis resolveram resistir juntos, esperando, dessa maneira, impedir qualquer invasão a seu território (ver, na Introdução a Josué, uma descrição desses “reis”).Daquém do Jordão. O hebraico diz “além do Jordão”. A referência com certeza é ao lado oeste do rio. Ou o autor estava escrevendo do lado leste, ou a chegada aolado ocidental era tão recente que ele ainda pensava naquele território como "além do Jordão". Se a terra da Palestina já fosse o lar permanente do autor, dificilmente ele teria usado tal expressão. Esse é um dos indícios de que ao menos esta parte do livro de Josué não teve uma escrita tardia. Depois desse período, a expressão "além do Jordão ’ passou a se referir ao lado leste do Jordão, a não ser que o interlocutor estivesse lá ou falasse como se lá estivesse (ver Jz 5:17).Montanhas. As “montanhas" correspondem ao território serrano da parte central da Palestina, que mais tarde se tornou o território de Judá e Efrairn. As "campinas" equivalem a Sefelá, ou as colinas ocidentais. A "costa do mar Grande” inclui a planície marítima da falis tia e de Sarom.
Js.9:1 1. Todos os reis. Sem dúvida, os relatos que chegaram a esses reis os encheram de ira e temor; o resultado foi a convocação desta reunião de emergência. Ouviram não só sobre a queda de Jerico e de Ai, mas também da grande reunião no monte Ebal, onde os israelitas proclamaram que a lei de Aahvveh era a lei de toda a terra de Canaã. A convocação no monte Ebal mostrou com clareza que os filhos de Israel pretendiam ser os únicos governantes da terra. A ira que isso causou provavelmente superou o medo, e os reis resolveram resistir juntos, esperando, dessa maneira, impedir qualquer invasão a seu território (ver, na Introdução a Josué, uma descrição desses “reis”). Daquém do Jordão. O hebraico diz “além do Jordão”. A referência com certeza é ao lado oeste do rio. Ou o autor estava escrevendo do lado leste, ou a chegada ao lado ocidental era tão recente que ele ainda pensava naquele território como "além do Jordão". Se a terra da Palestina já fosse o lar permanente do autor, dificilmente ele teria usado tal expressão. Esse é um dos indícios de que ao menos esta parte do livro de Josué não teve uma escrita tardia. Depois desse período, a expressão "além do Jordão ’ passou a se referir ao lado leste do Jordão, a não ser que o interlocutor estivesse lá ou falasse como se lá estivesse (ver Jz 5:17). Montanhas. As “montanhas" correspondem ao território serrano da parte central da Palestina, que mais tarde se tornou o território de Judá e Efrairn. As "campinas" equivalem a Sefelá, ou as colinas ocidentais. A "costa do mar Grande” inclui a planície marítima da falis tia e de Sarom.
Js.9:2 2. De comum acordo. Literalmente, "tima só boca". A palavra correspondente a "boca” é usada com frequência para "comando", e talvez essa seja a intenção nesta passagem. As seis nações uniram suas forças militares sob um só comando para enfrentar a emergência. Embora pertencessem a diferentes clãs e tivessem interesses distintos, os quais, sem dúvida, muitas vezes em desacordo uns com outros, estavam prontos a se unir na causa comum contra o povo de Deus. O ódio ao inimigo era o elo que os unia, algo que frequentemente ocorre com os ímpios. Por exemplo, a oposição a Cristo uniu Pilatos c Herodes. Nos últimos dias, unirá todas as forças religiosas e políticas contra o verdadeiro remanescente de Deus, que guarda “os mandamentos de Deus” e tem "o testemunho dc Jesus" (Ap 12:17).
Js.9:3 3. Gibeão. Literalmente, "uma colina”. A cidade estava situada numa colina com terraços, na qual havia um tanque, que Jeremias chama de "grandes águas” (Jr 41:12). A cidade ficava a quase nove quilômetros a noroeste de Jerusalém, no caminho para Jope. Seus habitantes, os heveus (Js 9:7; ver com. de Gn 10:17), fizeram parte da confederaçãomencionada nos v. 1 e 2. Mas, quando os gibeonitas receberam as notícias da destruição de jerico e de Ai, concluíram que seria inútil resistir ao exército de Israel; portanto, tramaram um plano, com todo cuidado, para conquistar o favor dos israelitas e lazer uma aliança com eles.Alguns eruditos defendem que os heveus (ver com. de Gn 10:17) eram o mesmo povo que os horeus (ver com. de Gn 36:20). A LXX os chama de chorrhaion. Se tal identificação for válida, então um grupo de horeus, nativos da região sudoeste do lago Van, na Armênia, teria se estabelecido na região de Gibeão algum tempo antes da chegada dos heteus.A forma de governo gibeonita parecia ser mais ou menos democrática, pois os gibeonitas disseram que seus anciãos e os moradores de sua terra os haviam enviado (v. 11). Se, naquela época, o governo deles fosse dirigido por um rei, é provável que seu coração fosse orgulhoso demais para se inclinar diante dos israelitas. Nesse caso, os gibeonitas poderíam ter se unido aos outros reis cananeus para resistir a Israel. E possível que os gibeonitas tenham enviado espias a Ebal, onde a lei foi lida, e ficado sabendo, desta forma, da ordem dada aos israelitas (ver Dt 7:1-3) de não demonstrar misericórdia aos cananeus, de não dar trégua a eles nas batalhas e de não fazer aliança com eles (ver com. de Ex 23:32). Para dizer o mínimo, a decisão de não resistir demonstrava certo grau de fé na força do Deus de Israel. Estavam dispostos a fazer urna aliança, que incluía a promessa de renunciar à idolatria e de aceitar o culto a Yahvveb (PP, 506).
Js.9:4 4. Usaram de estratagema. A artimanha teria sido descoberta de imediato se Josué houvesse buscado o conselho do Senhor; mais uma vez, porém, como em Ai, ele deixou de fazê-lo.E se fingiram. A frase iniciada desta maneira corresponde à tradução de uma sópalavra hebraica que não aparece em outro lugar da Bíblia. Sua ideia primordial é ‘‘revolver". A palavra não é conhecida em. outros idiomas, com exceção do árabe. Ao substituir o d pelo r, letras facilmente confundidas no hebraico, obtemos a tradução: “e tomaram provisões para si”, É a palavra que aparece no v. 12, traduzida lá por: “tomamos quente |..J para nossa provisão” (ARC). lassa tradução está de acordo com muitos manuscritos antigos, inclusive com a LXX e a versão siríaca. Subentende-se que se passariam por embaixadores. “Tomaram provisões para si” parece encaixar melhor no contexto.
Js.9:5 Sem comentário para este versículo
Js.9:6 6. Ao arraial, a Giigal. Os filhos de Israel haviam retornado a seu acampamento anterior em Giigal, próximo a Jerico, e não a outro “Giigal” perto de Siquém, como já defenderam alguns (ver PP, 505; e com. de 2Rs 2:1). Josué 9:17 afirma que os israelitas chegaram à cidade de Gibeão no terceiro dia, procedentes do acampamento de Giigal. Contudo, Siquém fica a uma curta distância de Gibeão, e não teciam sido necessários três dias para fazer a viagem. A expressão "subiu Josué” (Js 10:7) indica outra vez que o acampamento dos israelitas estava situado oo vale do Jordão.
Js.9:7 7. Os homens de Israel. O hebraico traz o substantivo no singular: “homem”, não “homens”. O verbo, porém, se encontra no plural, porque os “homens” são considerados indivíduos. A LXX traduz “filhos de Israel”, e a versão siríaca, “[eles] da casa de Israel”. \o que tudo indica, as negociações foram realizadas pelos príncipes (v. 18).Aos lieveus. Ver com. do v. 3.Faremos aliança. Os israelitas tinham permissão de fazer as pazes com cidades longínquas, mas não com as sete nações cananeias que viviam perto deles (Dt 7:1, 2; 20:10-15). Essas deveriam ser total mente destruídas (Dt 20:17), para que Israel não se contaminasse com sua falsa religião e seus costumes morais. Por isso, o povo recebeuinstruções repetidas vezes de não fazer aliança com eles (ver Êx 23:32; 34:12; Dt 7:2; 20:16-18). Os giheonitas pareciam ter consciência dessa ordem e, por essa razão, recorreram à estratégia de fingir que procediam de um país distante.
Js.9:8 8. Somos teus servos. E provável que esta declaração fosse mais uma forma cortês de se dirigir aos israelitas do que uma sincera declaração de submissão (ver Gn 32:4, 18; 50:18; 2Rs 10:5; 16:7). No entanto, tinha o propósito planejado de impressionar Israel. Sem dúvida, os giheonitas esperavam precisar fazer alguma concessão, como, por exemplo, pagar tributo; mas tinham esperanças de que o acordo, ainda assim, lhes seria o mais favorável possível. No entanto, sua resposta formulada com todo cuidado não satisfez Josué, conforme indicam as perguntas que ele continuou a lhes dirigir. Nesse momento de dúvida e incerteza, o líder deveria ter buscado a Deus. Talvez pensou, como muitos cristãos hoje, que esse era um assunto que ele podia resolver sem incomodar o Senhor. No entanto, Deus instruiu a levar todos os problemas a Ele. Não devemos pensar que O cansamos ou pertu rbamos. Muitas armadilhas podem ser evitadas quando as preocupações são levadas ao Senhor, não confiando no próprio entendimento (Pv 3:5-7).
Js.9:9 9. Por causa do nome. Literal mente, “pelo nome” ou "por respeito ao nome” do Senhor teu Deus. Estas palavras revelam que os giheonitas tinham certo desejo de conhecer a Deus. Tinham um pouco de conhecimento e agiram com base em sua luz limitada. A abordagem que usaram foi falha, mas não há erro no fato de haverem dado o passo inicial, nesta ocasião, para servir o Deus verdadeiro. Eles não entendiam tudo que isso envolvia, mas sabiam que Yahvveh fizera muito mais por Israel do que qualquer outro suposto deus por seu povo. Usando esta regra, mediam o mérito relativo dos deuses. Deus honrou sua fé limitada e não permitiuque Israel cancelasse a promessa que fizera a eles. O Senhor aceita as pessoas como são, e depois tenta levá-las a um serviço mais per- teito. Alguns, por motivos totalmente errados, começam a adorar a Deus; mesmo assim Ele aceita essa entrega e depois lhes inspira motivos mais louváveis. Assim ocorreu com os gibeonitas. No que se refere a privilégios espirituais, a eles boi aberta a plenitude das bênçãos da aliança.Tudo quanto fez. Os gibeonitas tiveram o cuidado de citar somente os acontecimentos do Egito e de além do Jordão. Se tivessem mencionado o ocorrido em Jerico e Ai, o subterfúgio teria sido exposto, pois seria presumível que qualquer pessoa proveniente de um país distante não teria tido tempo de ouvir a respeito de acontecimento tão recente.
Js.9:10 Sem comentário para este versículo
Js.9:11 11. Nossos anciãos. Com base nesta informação, infere-se que Gibeão e suas cidades não tinham rei (ver com. do v. 3).
Js.9:12 12. Bolorento. A palavra traduzida por "bolorento” sé) é usada três vezes no AT, duas delas neste capítulo (v. 5, 12) e uma em 1 Reis 14:3, passagem em que a tradução do termo é "bolos”. No último caso, seria impossível traduzir por "bolorento” e há dúvida se essa seria uma tradução apropriada neste contexto. Alguns têm sugerido que seria apropriado traduzir da mesma forma em Josué e em 1 Reis. Além disso, em cada ocorrência de Josué, a palavra é precedida pelo pretérito perfeito do verbo "ser”. Portanto, literalmente, d iria: “E ei-lo aqui, agora, já seco e era um bolo”. No entanto, a maioria dos tradutores e comentaristas crê que o significado é “bolorento” (ver PP, 505).
Js.9:13 Sem comentário para este versículo
Js.9:14 14. Tomaram da provisão. A ACF traz "os homens de Israel tomaram da provisão deles”, e a NTLH, “os homens de Israel aceitaram a comida deles”. Muitos comentaristas favorecem essas versões, apesar de não haver nada no hebraico que aponte para elas. O motivo para essa opinião é queela parece estar mais de acordo com o contexto. Os líderes hebreus, porém, tomaram das provisões deles para provar, manusear e testar por si mesmos, a fim de chegar a urna decisão acertada. Depois de tê-lo feito, sentiram-se confiantes no próprio juízo. Essa prova era diferente da que haviam enfrentado em sua primeira tentativa de tomar a cidade de Ai; caso contrário, teriam reconhecido o tentador no novo disfarce. Satanás tem muitas artimanhas e emprega a que considera mais adequada para enganar a vítima. Nunca podemos estar seguros em qualquer problema, se empregarmos somente a sabedoria humana.Não pediram conselho. Deus havia ordenado que Sua vontade fosse consultada por meio do sacerdote Eleazar, por meio do Urirn e do Tumim (Nm 27:18-23). Josué poderia ter obtido orientação divina dessa maneira nesta importante decisão. Não se sabe qual teria sido a resposta do Senhor à situação. E possível que, mesmo assim, os gibeonitas fossem poupados; a misericórdia de Deus se estende a todos que procuram salvação. Ele proibira os israelitas de fazer aliança com os habitantes da terra, mas isso se devia a uma razão bem específica, a saber, para que não fossem tentados a seguir as abominações daquelas pessoas. Se qualquer desses povos pagãos, como Raabe, tivesse abandonado suas abominações e procurado a misericórdia divina, o Senhor o teria aceitado da mesma forma como mais tarde aceitou Nínive (Jn 3:10). Mas, em cada caso, a decisão final deve pertencer a Deus. Ele é o único capaz de ler tudo que se passa no coração. O Senhor não podia confiar tais decisões aos homens. Portanto, ordenou a total aniquilação das nações cananeias, mas isso não significava que não poderia haver exceções, se as circunstâncias assim o justificassem. Teria sido perigoso confiar ao povo a autoridade de fazer paz mesmo que com cidades isoladas, pois os cananeus poderíamsimular o arrependimento. Tal engano tendería a se espalhar com rapidez, e muitos dos habitantes da região fingiríam estar arrependidos, ainda que permanecessem tão idólatras cie coração como sempre.O obreiro de Deus deve ser cuidadoso ao decidir se uma pessoa deu provas de fé ou não, antes de recebê-la na aliança. Em tais casos, não é bom estar tão seguro das próprias opiniões; é preciso ser sempre humilde e procurar a direção de Deus com sinceridade (SI 32:8).
Js.9:15 15. Os príncipes. Literalmente, “os exaltados”, ou seja, os cabeças das váriastribos.
Js.9:16 Sem comentário para este versículo
Js.9:17 17. As cidades deles. Gibeão, que significa “uma colina”; Cefira, "uma leoa jovem”; e Beerote, “poços”, foram, mais tarde, entregues à tribo de Benjamim (js 18:25, 26), enquanto Quiríate-Jearim foi dada à tribo de Judá (js 15:60). Posteriormente, a arca permaneceu em Qiiiriate-jearim, até Davi transportá-la para Jerusalém (ISm 6:21; 7:1, 2; 2Sm 6:2). Hoje, Gibeão é conhecida como ej-jib, Cefira como Tell Kefíreh e Quiriate- Jearim como 7ell ei-Azhar.Ao terceiro dia. isto é, ao terceiro dia após ter partido para Gibeão. Fazia, portanto, dois dias que estavam em viagem. Isso é uma evidência de que não saíram da nova Gilgal, como defendem alguns, porque teriam gasto apenas poucas horas para viajar de lá até Gibeão (ver com. do v. 6). Três dias depois do estabelecimento da aliança e da partida dos mensageiros, os israelitas descobriram que as cidades dos gibeonitas ficavam perto e que haviam sido enganados. Talvez algum desertor lhes contou, ou investigadores israelitas conseguiram que alguém lhes dissesse a verdade. Sob a direção de Josué, o exército de Israel partiu imediatamente para investigar o caso. Talvez ele tivesse o plano de cancelar a aliança por causa do engano dos gibeonitas e ver o que podería ser feito de suas cidades.
Js.9:18 18. Não os feriram. Embora a congregação haja murmurado contra os príncipes, e estes tenham agido mal em fazer tal acordo, os israelitas se sentiram obrigados a manter o juramento. Uma vez feita uma promessa, ela deve ser considerada sagrada, sempre que não obrigar a pessoa que a fez a realizar um ato errôneo (ver Pv 12:22; SI 24:4; 15:4; PP, 506). Os líderes de Israel envolveram toda a congregação num problema por causa de seu erro. No entanto, em defesa deles, deve-se dizer que sentiram a necessidade de respeitar a promessa feita. Os que ocupam posições de responsabilidade devem ser cautelosos para não trazer dificuldades sobre toda a congregação ao confiar no próprio julgamento.
Js.9:19 Sem comentário para este versículo
Js.9:20 20. Por causa do juramento. Se o cumprimento do juramento exigisse um ato pecaminoso, não ter ia sido obrigatório, porque não podemos nos forçar a cometer um pecado (ver Jz 11:29-40). Embora os príncipes fossem culpados por ter entrado tão apressadamente nessa aliança, não deviam violar o juramento, ainda que fosse para o próprio mal (Sl 15:4). E evidente que Deus aprovou a conduta deles nesse quesito e Se desagradou de Saul quando, muito depois, infringiu a mesma promessa (2Sm 21:1-3).
Js.9:21 21. Rachadores de lenha. Segundo os v. 23 e 27, esse serviço devia ser realizado para a congregação e para a casa de Deus. Tais trabalhadores eram contados entre as classes mais baixas (Dt 29:10, 11), e o serviço devia ser feito pelos estrangeiros que habitavam entre os israelitas. A designação de tarefas humildes aos gibeonitas foi a punição que receberam por sua atitude enganosa. Se tivessem agido de maneira honesta com Israel, sua vida ainda assim teria sido poupada, e talvez até ficassem isentos da servidão. Todavia, mesmo uma maldição pode se transformar em bênção. E verdade que foram servos, mas seu serviço era para a casa de Deus. Ao fazer a obra da casa do Senhor,estariam numa posição em que prontamente poderíam aprender sobre o Deus verdadeiro. Dessa maneira, foram colocados sob uma forte influência que lhes impediría de voltar cà idolatria de seus pais. Ainda que fossem escravos de Israel, seriam livres no Senhor, pois, em Seu serviço, até o ofício mais baixo é liberdade e Sua obra é a recompensa.Alguns já defenderam que os “servidores do templo” (Ed 2:70; 8:20; Ne 7:60) eram os gibeonitas. O hebraico dessas passagens usaa palavra nethinim, que significa “os entregues”, “os consagrados” (ver com. de Nm 3:9). Esse fato dá algum apoio à possibilidade de que fossem mesmo os gibeonitas. A existência dos gibeonitas nos tempos de Davi fica evidente com base no episódio mencionado em 2 Samuel 21:1-9. No entanto, é possível que, pelo zelo equivocado de Saul, eles tenham sido severamente reduzidos, e Davi os haja substituído por uma nova ordem, os nethinim da época de Neemias.Capítulo 10I Cinco reis jazem guerra contra Giheão. 6 Josué resgata os gibeonitas. 10 Deus luta contra, os inimigos com saraivadas. 12 0 sol e a lua param diante da palavra de Josué. 16 Os cinco reis se escondem numa caverna. 23 Eles são retirados, 24 tratados com escárnio 26 e enforcados. 28 Sete outros reis são conquistados.Hebrom, o rei de Jarmute, o rei de Laquis e o rei de Eglom, eles e todas as suas tropas; e se acamparam junto a Giheão e pelejaram contra ela.foi perseguindo pelo caminho que sobe a Bete- I lovom, e os derrotou ate Azeca e Maquedá.I I Sucedeu que, fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, fez o Senhor cair do céu sobre eles grandes pedras, até Azeca, e morreram. Mais foram os que morreram pela chuva de pedra do que os mortos à espada pelos filhos de Israel.Sol, detém-te cm Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom.Não está isto escrito no Livro dos Justos"? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
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Js.10:1 1. Adoni-Zedeque. Literalmente, "meu senhor é justiça’’.Jerusalém, Esta é a primeira vez que o nome de Jerusalém aparece no AT. Há diferentes opiniões quanto a sua origem. De modo geral, concorda-se que a última parte do nome significa “paz” (ver Hb 7:2). A primeira parte pode derivar de uma palavra que significa "herança”, ou de outra que quer dizer "colônia”; mas, em ambos os casos, a ideia básica é similar. Há pouca dúvida de que a Jerusalém do tempo de Josué seja a mesma de hoje. Os textos egípcios dos séculos 19 e 18 a.C. mencionam a cidade, e a arqueologia confirmou sua existência nesse período.As Cartas de Amarna, do século 14 a.C., pouco antes da conquista de Canaã pelos israelitas, mencionam uma cidade da Palestina cujo nome era Urusaiim, "cidade de paz”. Nos registros assírios posteriores, o nome também aparece dessa forma. As fontes rabínicas afirmam que a palavra deriva do nome que Abraão deu ao monte Moriá, lugar onde ofereceu seu filho, acrescentado do nome Salém, de Gênesis 14:18. Mais tarde, o monte Moriá se tornou o local em que Salomão edificoti o templo (2Sm 24:18-25; 2Cr 3:1). Com base no relato de Gênesis 22,parece que não havia nenhuma cidade no monte Moriá no tempo de Abraão, mas somente nas colinas vizinhas (ver PP, 703). Abraão chamou o lugar de Yahweh-Jiré, ou seja, 'o Senhor proverá” (Gn 22:14). Alguns defendem que Moriá provém da mesma raiz e significa "visão de Yahweh”. Segundo a interpretação rabínica, o nome Jerusalém seria uma combinação de Jiré e Salém.Outro nome antigo de Jerusalém era Jebus (Js 18:16, 28; Jz 19:10, 11). Os jebuseus viveram al i na época dos juizes, e a cidade só foi tomada no tempo de Davi.Estavam no meio deles. A LXX traz: "tinham mudado de lado”. Após ter transferido sua lealdade ao outro lado, os gibeo- nitas atraíram sobre si o mais amargo ódio de seus antigos aliados. Após se decidirem, os gibeonitas parecem ter se mantido fiéis a Israel e ao Deus verdadeiro. Esse fato sugere que, embora tenham usado um método questionável para garantir a amizade de Israel, eram sinceros de acordo com a luz que tinham.
Js.10:2 2. Temeu muito. Agora temiam não só o poder de Israel e de seu Deus, evidenciados pelos relatos recebidos de Jerico e Ai, mas também a força militar das cidadesde Gibeão. Sentiram que era necessário pôr fim imediato a qualquer tendência a mudar de lado.Como uma das cidades reais. Literalmente, "como uma das cidades do reino”. Não se deve passar por alto a importância da palavra “como", pois revela a precisão do autor. Conforme já foi mencionado, a cidade não tinha rei, e era governada por “anciãos” (ver com, de Js 9:3). Aqui, mais uma vez, há um indicativo de que Gibeão não tinha rei, pois era como uma cidade real em sua grandeza. Posteriormente, foi de Gibeão que saiu Saul, primeiro rei de Israel (lCr 8:29, 30, 33).
Js.10:3 3. Hebrom. Literalmente, significa “imião’, “liga” ou “associação”. E um. dos mais antigos lugares habitados da Palestina, e fica cerca cie 30 km a sudoeste de Jerusalém. A cidade foi construída sete anos antes de Zoã (Tânis), no Egito (Mm 13:22), o antigo centro hicso de Avaris. Muitos acontecimentos da vida dos patriarcas estão ligados a Hebrom. Abraão viveu perto dali, na planície de Manre (Gn 13:18; 18:1). Sara morreu alí e Abraão comprou a caverna de Macpela de Efrom, o heteu (Gn 23:7-16), para enterrá-la. Mais tarde, Abraão, Isaque, Jaeó, Rebeca e Lia foram enterrados no mesmo lugar. Em Hebrom, os 12 espias encontraram os gigantes, filhos de Anaque (Nm 13:22, 33). Este lugar conservava muitas recordações sagradas para os israelitas.Pirã, rei de Jarmute. Pirã significa “jumento selvagem"; Jarmute, cujo significado é incerto, ficava pouco mais de 25 km a sudoeste de Jerusalém. Foi identificada com a moderna Khirhet Yarmúk, onde foram descobertos restos de antigas muralhas e cisternas. Nada se sabe sobre seu tamanho nos tempos de Josué, mas devia ser considerada uma das maiores cidades reais do sul da Palestina.Jafia, rei de Laquis. Jafia provavelmente significa “visível” ou "o radiante”, talvez comunicando a ideia da personificaçãocio deus. Laquis, hoje identificada com o grande monte de Tell ed-Duweir, é o sítio de uma das maiores cidades da Palestina antiga. Fica a cerca de 45 km a sudoeste de Jerusalém, na região que era conhecida como Sefelá, ou colinas baixas dejudá. Dominava a estrada principal do centro da Palestina até o Egito. Esta é a primeira referência bíblica a Laquis, mas a cidade é mencionada diversas vezes na história israelita.Debir, rei de Egíom. Debir quer dizer “oráculo”. Eglom talvez signifique "rolante”. Uma possível correspondência moderna a Eglom é Tell eh-Hesi. Antes se pensava que as ruínas de Laquis encontravam-se no local.
Js.10:4 4. Subi A expressão é geograficamente precisa, já que os outros reis viviam nas planícies e colinas baixas, enquanto Jerusalém ficava a uma altura relativamente superior. Jerusalém era a cidade importante mais próxima ao novo inimigo comum e, por isso, corria o maior perigo. Talvez esse seja o motivo de Jerusalém ter tomado a frente nessa crise.Firamos Gibeão. E não Josué. E curioso que não se fale de nenhum ataque direto a Josué e a seu exército nas guerras de Canaã. A conquista era principalmente uma campanha ofensiva dos israelitas. Tanto nas batalhas espirituais como nas militares, a melhor forma de defesa costuma ser a ação ofensiva contra o inimigo.
Js.10:5 5. Amorreus. O termo costuma ser usado para se referir a qualquer nação cana- neia de modo geral, talvez porque os amor- reus fossem o povo mais poderoso da região. Os habitantes de Jerusalém eram chamados dejebuseus (js 15:63), e os de Hebrom, heteus (Gn 23:2, 3; 25:9, 10). Os gibeonitas são, às vezes, denominados heveus (Js 9:7) e, em outras ocasiões, amorreus.
Js.10:6 6. Mandaram dizer a Josué. Os gibeonitas estavam em apuros. Suas defesas não eram adequadas frente a uma coalizão tão poderosa. Recorreram a Josué na esperança de que, a despeito da fraude, ele fossesocorrê-los. A maneira que procuraram seus aliados em busca de ajuda num momento de crise pode ilustrar como se deve procurar o auxílio divino em face de duras pressões por parte de inimigos espirituais. Ainda que nos sintamos indignos da ajuda divina por causa de nossos pecados, podemos ter a certeza de que nenhuma súplica sincera permanecerá sem resposta.Nas montanhas. Refere-se à cordilheira central chamada de “região montanhosa de Judá", onde estavam situadas algumas das cinco cidades já mencionadas (Js 21:11). As outras ficavam em Sefelá; mas é prova- \el que os gibeonitas, em sua pressa, não tenham se dado ao trabalho de fazer distinções. O importante para eles era que os exércitos dos cinco reis estavam se aproximando, vindos da região montanhosa de Jerusalém (v. 3, 4). O que parece ser uma contradição é, na verdade, uma comprovação da autenticidade do relato, já que o autor registrou fielmente o que os mensageiros disseram a Josué, mesmo que suas palavras não tivessem total precisão geográfica.
Js.10:7 7. Subiu. Esta expressão e a do v. 9, "veio subindo", são geograficamente corretas, porque a rota de Gilgal até Gibeão é uma subida contínua. A distância entre as duas localidades era de quase 27 km. Caminhando a noite inteira, subindo o Wüdi Keít e o Wadi Suweinit, Josué chegou ao início da manhã às imediações da cidade de Gibeão, antes que os amorreus percebessem que ele havia saído do acampamento em Gilgal. Ao sair em defesa de Gibeão, Josué também ajudou a causa de Israel, pois essa cidade dominava importantes passagens que davam acesso ao centro e ao sul da Palestina.E todos os valentes. A LXX e a Vulgata omitem o "e ’. A palavra hebraica traduzida desta maneira também poderia ser vertida por "a saber", que parece expressar melhor o sentido da passagem. Assim sendo, este versículo indicaria que Josué subiu com umexército de homens escolhidos, valentes e hábeis na guerra. A versão siríaca concorda com essa idéia e traz: “e todos eles [eram] homens fortes de valor".
Js.10:8 8. Disse o Senhor. Talvez seria melhor: “porque o Senhor dissera". Fica claro que Josué não empreendeu a expedição sem buscar o conselho de Deus. Parece que afinal ele aprendera essa lição.
Js.10:9 9. De repente. Josué era um homem de ação. A tareia em suas mãos exigia ação imediata. Muitas causas fracassam por falta de ação ou por atraso em tomar providências. Josué marchou a noite inteira e de manhã estava pronto para a luta, antes que o inimigo tivesse tempo de se preparar.Veio subindo. Esta expressão explica como Josué conseguiu surpreendê-los de repente. Tinha marchado “toda a noite”.
Js.10:10 10. O Senhor os conturbou. Ou, “os lançou em confusão" (NVI). A palavra hebraica empregada aqui significa “correr loucamente de um lugar para o outro". Em construções gramaticais como esta, significa “confundir", “lançar em confusão” ou "expulsar”. Em Exodo 23:27, Deus prometeu enviar Seu temor à frente de Israel, a fim de pôr os inimigos em fuga. A derrota dos cinco reis foi um cumprimento dessa promessa e é um exemplo de como o Senhor teria operado em toda a conquista de Canaã se os israelitas houvessem demonstrado disposição de proceder de acordo com Seu plano.Bete-Horom. Literalmente, "casa do [deus] Horon”. Bete-Horom era composta de duas vilas gêmeas, a cidade de cima e a cie baixo, conhecidas hoje como Beit 'Urel Foqa (superior) e Beit 'Ur et-Tahta (inferior). Essas vilas controlavam a passagem pelas montanhas. Josué e seus soldados perseguiram os amorreus em direção ao noroeste até esse lugar. O caminho que descia de Bete-Horom de cima para Bete-Horom de baixo era muito pedregoso e íngreme, tanto que foram talhados degraus nas rochas para facilitar adescida. Foi nesse lugar que o Senhor enviou grandes pedras sobre eles. A partir daí, o inimigo se voltou para o sul, rumo a Jarmute e Laquis, cidades de dois dos reis.Azeca. Uma cidade bem fortificada J7 km a nordeste de Laquis, conhecida hoje como Tell ez-Zakariyeh. Há diversas outras referências posteriores a ela no AT.Maquedá. A localização exata de Maquedá é desconhecida. Há quem acredite que seja a fortaleza escavada em Tell es-Safi, mas outros defendem que esse Tell é Libna. Alguns preferem Tell Maqdúm, quase 11 km a sudeste de Beit Jibrim (Eleuterópolis) e 13 km a noroeste de Hebrom.
Js.10:11 11. Grandes pedras. Definidas, no mesmo versículo, como urna “chuva de pedras” ou "pedras cie granizo” (NV1). A LXX fala em "granizo” em ambos os casos. Não é necessário pensar que eram meteoros ou “pedras” literais. Deus já havia usado o granizo como instrumento de destruição numa ocasião anterior (Êx 9:18-26). Os registros de várias tempestades no antigo Oriente toram preservados, nos quais se afirma haverem encontrado pedras de granizo que pesavam de 200 a 300 gramas. No norte de China, sabe-se de chuvas de granizo com pedras de vários quilos que mataram o gado. O Senhor tem em reserva os “tesouros da saraiva” (Jó 38:22, 23) para usar no dia da batalha final (Ap 16:21).
Js.10:12 12. Ao Senhor. Na versão siríaca, lê-se “perante o Senhor” ou "na presença do Senhor”. A preposição hebraica le tem uma variedade de sentidos, como, “com referência a”, “por causa de”, “relativo a ’, “em razão de’’. Esses significados dão a icleia de que Josué talou “por causa do Senhor” ou “com referência ao Senhor”, isto é, falou sob orientação divina ou ao menos com a aprovação de Deus. Portanto, suas palavras não foram presunçosas.Detém-te. O verbo traduzido desta maneira costuma ser vertido por “ficarem silêncio”. Contudo, também pode significar “ficar imóvel”, dependendo da aplicação. já que a ordem, neste caso, é dirigida ao Sol e à Lua, que normalmente não emitem som algum, é claro que assume o segundo sentido. O autor inspirado usou a linguagem popular de sua época para descrever questões científicas. Na verdade, não é o Sol que se move nos céus, mas a Terra que gira sobre seu eixo, delimitando assim o dia. Todavia, mesmo em nossa era de grandes conhecimentos científicos, talamos que o Sol nasce e se põe. Alguns têm um conceito limitado de Deus. Por isso, não creem em Seu poder de intervir nas leis naturais e acham que uma parada na rotação da Ferra teria efeitos desastrosos sobre o planeta e possivelmente sobre todo o sistema solar, quando não sobre o Universo inteiro. Quer o fenômeno tenha ocorrido dessa forma, quer por retração da luz ou de alguma outra maneira, é inegável que um milagre aconteceu. Quando se acredita num Deus onipotente que, em Seu papel de criador e sustentador, rege as obras de Sua criação, não há problema algu m neste relato.O aumento do dia, além de proporcionar tempo extra para a destruição total dos inimigos de Israel, constituiu uma demonstração do poder do Deus de Israel. Mostrou que os deuses adorados pelos pagãos eram impotentes diante do Deus verdadeiro. Aqueles povos adoravam o deus cananeu Baal e a deusa Astarote. Ficou provado que tanto o Sol como a Lua, a quem eles adoravam, obedeciam às ordens de Josué, sob a direção de Yahvveh, o Deus de Israel.Alguns, após leitura rápida, têm acreditado que o milagre ocorreu enquanto o Sol se punha, e que, por isso, ele teria ficado pouco acima do horizonte. Mas o v. 13 declara que o Sol “se deteve no meio do céu”. Josué e suas tropas estavam perseguindo os cananeu.s além de Bete-Horom. Como a batalha se iniciou cedo pela manhã, teria sido possível chegar até esse lugar antes do meio dia.Quando Josué, no cume cia passagem de Bete-Horom, contemplou as grandes multidões de inimigos que fugiam para suas fortalezas do sudoeste, temeu que o dia fosse curto demais para conquistar vitória total. Sabia que o momento oportuno para atacar o inimigo era enquanto suas forças estavam desorganizadas. A demora proporcionaria tempo para eles se reorganizarem. Portanto, ao olhar atrás, ao leste, rumo a Gibeão, viu o Sol como se estivesse sobre esse ponto. Para o oeste, sobre o vale de Aijalom. a Lua, em fase minguante, ainda era debilmente visível. Se o pôr do sol estivesse próximo, ele teria visto o Sol no oeste, afundando no mar, em vez de vê-lo no leste, sobre Gibeão.Em relação ao tempo em que o Sol se deteve, presume-se, de modo geral, que foi um dia inteiro. No entanto, o hebraico não é específico. Diz literalmente: o sol "não se apressou a pôr-se como num dia perfeito", isto é, como o faz quando o dia termina. No entanto, o vocabulário empregado também permite a leitura: “quase um dia inteiro". Isso daria tempo para os acontecimentos registrados até o v. 28, já que as palavras desse versículo parecem sugerir que Maquedá foi tomada no mesmo dia.
Js.10:13 13. Livro dos Justos. Em siríaco, é chamado de “livro de louvores" ou “livro de hinos'’. Este livro só é mencionado duas vezes de forma direta no AT (aqui e em 2Sm 1:18- 27). A LXX se refere a um "livro do canto" (1 Rs 8:53) que talvez também consista numa reprodução do Livro dos Justos. O livro como um todo parece ser formado por composições musicais acompanhadas de introduções em prosa que celebram heróis históricos — pessoas justas -, mostrando como viveram e o que realizaram. Com certeza, foi composto em etapas, à medida que ocorriam os acontecimentos protagonizados por esses homens e mulheres. O fato de a composição de 2 Samuel 1:19-27 ter sido de Davi e registrada no Livro dos Justos não é uma provade que não existiam antes algumas partes do livro, talvez já no tempo de Josué. O notável acontecimento da parada do Sol e da Lua pode ter sido registrado pouco depois que ocorreu. Se esse foi o caso, ao escrever o relato da batalha de Gibeão (ver p. 155), provavelmente pouco antes cie sua morte, é provável que Josué tenha citado esse canto em particular, com sua introdução em prosa, como parte de seu relato do incidente memorável. O v. 15 sugere que faz parte da citação, ou que, pelo menos, seria um comentário do conteúdo do canto. Talvez o autor do v. 14 tenha acrescentado a primeira parte do v. 12 como introdução e o v. 15 como conclusão, mas parece mais provável que tudo, com exceção da pergunta “Não está isto escrito no Livro dos Justos?", integra a citação.
Js.10:14 Sem comentário para este versículo
Js.10:15 Sem comentário para este versículo
Js.10:16 16. Numa cova. Literalmente, “na caverna". A localização de Maquedá é incerta (ver com. do v. 10). Com certeza, havia uma caverna próxima.
Js.10:17 Sem comentário para este versículo
Js.10:18 18. Não vos detenhais. Literalmente, “e vós, não fiqueis parados”. A rápida ordem de Josué revela a dimensão divina de sua liderança. O momento era propício para agir contra as principais forças do inimigo. Qualquer ação que desviasse a atenção, ainda que fosse a execução dos cinco reis, teria significado urna demora custosa.
Js.10:19 19. Matai os que vão ficando atrás. Ou seja, ataquem a retaguarda do exército. A palavra hebraica traduzida, neste versículo, por “matai" só aparece aqui e em Deuteronômio 25:18.
Js.10:20 Sem comentário para este versículo
Js.10:21 21. Todo o povo. Se for compreendida literalmente, a palavra “todo" significaria que nenhum israelita foi morto, ferido ou desaparecido na batalha. O hebraico declara expressamente que ninguém se atreveu a levantar sequer a voz contra qualquer israelita, quanto menos uma arma. Foi uma vitória completa e gloriosa.
Js.10:22 Sem comentário para este versículo
Js.10:23 Sem comentário para este versículo
Js.10:24 24. Todos os homens, isto é, todos os homens de armas, “que tinham ido com ele”,segundo afirma o mesmo versículo. Josué sabia como conservar a boa vontade de seus homens. Demonstrou confiança neles. Eles haviam participado da batalha; mereciam, portanto, ver o fruto de seus esforços e compartilhar os resultados finais. O verdadeiro líder compartilha com seus colaboradores tanto as alegrias quanto as tristezas do serviço — não só o trabalho, mas também os frutos dele. Faz seus homens se sentirem parte da tarefa, não meras engrenagens do processo. Josué tinha confiança em seus colaboradores e estes, por sua vez, confiavam nele. Para um líder, portanto, compartilhar é fortalecer sua posição, em vez de enfraquecê-la. Confiança gera confiança.Sobre o pescoço. Este procedimento era um costume oriental, como se pode verificar em certos monumentos assírios e egípcios. Era símbolo de vitória completa. Para os israelitas, consistia numa demonstração da completa sujeição à qual Deus reduziría toclos os adversários (ver Gn 49:8; 2Sm 22:41).
Js.10:25 Sem comentário para este versículo
Js.10:26 26. Pendurou. O povo hebreu não pendurava pessoas vivas nos tempos do AT. A vítima era morta e depois pendurada para servir de exemplo e dissuadir outros de cometer crimes semelhantes. No entanto, segundo a lei (Dt 21:23), o corpo não devia ficar pendurado durante a noite, para que a terra não se contaminasse.
Js.10:27 27. Ao pôr do sol. Considerando que o dia havia se prolongado, não há motivo para duvidar que o “pôr do sol” mencionado neste versículo era o que marcaria o fim do dia extraord inariamente longo.
Js.10:28 28. No mesmo dia. Ao que tudo indica, o dia da batalha de Bete-Horom. Parece que a tomada de JVlaquedá completou a série de realizações desse dia memorável. Por um tempo, os israelitas permaneceram sem perigo de ataques. Foi um dia excepcional, repleto de grandes conquistas.
Js.10:29 29. Libna. As operações militares contra Libna assinalam o começo de uma nova etapada campanha. Libna era uma cidade bem fortificada ao norte de Laquis. As escavações realizadas no lugar revelam que era uma fortaleza bem construída, e um incêndio praticamente a destruiu por volta dessa época.
Js.10:30 Sem comentário para este versículo
Js.10:31 31. Laquis. Esta era a principal “cidade cercada” da região, e continuou a ser uma fortaleza na história israelita posterior. Fizeram-se escavações no lugar, que hoje é conhecido como Tell ed-Duweir. Lá foram encontradas as famosas Cartas de Laquis, do tempo de Jeremias. As ruínas ficam 44 km a sudoeste de Jerusalém e 31 km ao leste do litoral. Laquis é mencionada com frequência no AT. Era uma fortaleza importante, cujo controle qualquer inimigo que viesse do sul devia garantir antes de avançar para Jerusalém (ver 2Rs 18:14, 17; 19:8).
Js.10:32 Sem comentário para este versículo
Js.10:33 33. Gezer. Esta cidade é conhecida hoje pelo nome de TellJezer. Importantes materiais arqueológicos foram encontrados em escavações neste lugar, que fica cerca de 30 km a noroeste de Jerusalém. Gezer ficava fora da rota de marcha de Josué, mas Hoão, seu rei, veio em defesa de Laquis. Josué feriu o monarca e seu exército, mas não tomou a cidade (Js 16:10). Faca claro que Hoão tinha um pacto de auxílio mútuo com o rei de Laquis em caso de ataque a qualquer das cidades. Mais tarde, Gezer se tornou uma das cidades destinadas aos levitas (Js 21:21).
Js.10:34 34. Eglom. Ver com. do \. 3.
Js.10:35 Sem comentário para este versículo
Js.10:36 36. Hebrom. Ver com. do v. 3. Com certeza, os habitantes de Hebrom haviam nomeado um novo rei para suceder o que morrera (v. 23-26). A expressão “todas as suas cidades” (v, 37), indica que Hebrom era a metrópole, ou seja, a cidade mãe de várias outras sujeitas à sua jurisdição e dependentes dela. O mesmo ocorria com Gibeão (js 9:17).
Js.10:37 Sem comentário para este versículo
Js.10:38 38. Deblr. O nome cananeu era Quiriate-Sefer, que significa “cidade dos livros”. Lm Josué 15:49, é chamada de Quiriate-Sana, “cidade das palmeiras”.Ficava situada nas montanhas de judá, 19 km a sudoeste de Flebrom, e 13 km a sudeste de Laquis. Foi identificada com Teli Beit Mirsim, Posteriormente, os cananeus reconquistaram a cidade, mas Otniel, irmão de Calebe, a tomou de volta para Israel. Por sua coragem, recebeu a mão de Acsa, filha de Calebe, em casamento (Js 15:17). A cidade foi destinada aos sacerdotes (Js 21:15).
Js.10:39 Sem comentário para este versículo
Js.10:40 40. Toda aquela terra. A expressão “a região montanhosa' se refere à área serrana que se estende para o sul, a partir de Jerusalém.O Neguebe. Uma região semiárida de pedras calcárias, com poucas fontes de água perenes, sem árvores e verde somente durante a época das chuvas. O territóriooferecia oportunidades para o chefe de família diligente que não só estivesse disposto a arar toda a terra possível, mas também a usar as próprias pedras como suporte para suas plantações e vinhas.As campinas. Esta planície, Seíelá, correspondia à região baixa entre Judá e à Filístia.As descidas das águas. Provavelmente eram as terras onduladas ao pé da Sefclá, entre essa área e a planície de Filístia. Esta região, atravessada por ribeiros e riachos, era fértil e próspera.
Js.10:41 41. Gósen. Esta não é a região do Egito, onde os hebreus habitaram anteriormente, mas uma área no sul de Judá (Js 11:16; 15:51).
Js.10:42 Sem comentário para este versículo
Js.10:43 43. Gilgal. Ver com. de Js 9:6 e 10:7..19 Não houve cidade cjue f izesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeão; por meio de guerra, as tomaram todas.
Js.11:1 "1. Jabím. b provável que signifique ‘ele entende”. Pode ter sido o nome comum de todos os reis de Hazor, pois o rei desta cidade, que manteve os israelitas em escravidão durante 20 anos e foi derrotado por Débora e Baraque, também era conhecido pelo mesmo nome (Jz 4:2-24). Nesta passagem, Jabim aparece como o chefe da confederação das tribos do norte. Hazor. Literalmente, ""terreno cercado”. Era uma cidade bem fortificada, a sudoeste do lago 1 fulé, hoje seco. Os arqueólogos a identificam com a fortaleza cercada de 40 m no alto de 7E// Waqqâs, a 6,3 km do extremo sul do antigo lago, o qual se localizava num dos vales mais agradáveis da Palestina. Em sua parte mais larga, o lago tinha cerca de três quilômetros e uns cinco de comprimento. Havia também um grande pântano de papiros entre 1,5 a cinco quilômetros de largura que se estendia por quase dez quilômetros ao norte do lago, além da superfície limpa. Jobabe. É possível que este nome signifique “proclamador de batalha"", ou talvez “proclamador”. Madom. Significa ""luta”, ""contenda”, ou talvez “extensão"", “altura”. Sua localização é desconhecida; é possível que ficasse a oeste do mar da Galilcia. Sinrom. Literal mente, ""vigia”, ""guarda”. Era uma vila cananeia situada em algum lugar de Galileia. Alguns a identificam com Si mrom-Merom (js 12:20). Posteriormente, foi dada a Zebulom. Acsafe. Literalmente, ""encantamento”. Era uma das cidades fronteiriças que mais tarde compuseram o território destinado à tribo de Aser (js 19:25)."
Js.11:2 2. Ao norte, na região montanhosa. E provável que se trate da região montanhosa da Galileia.Arabá. Do heb. ‘arabah. Esta palavra costuma ser traduzida por "planície” ou “campina”, embora às vezes seja deixada sem tradução. Nos livros posteriores do AT, com frequência é traduzida por "deserto”. Em muitos casos, o termo é usado para se referir à grande depressão do vale do Jordão e do Mar Morto. Nesta passagem, é provável que se refira à parte norte dessa depressão, que se estende por alguma distância para o sul da cidade de Quinerete, da qual o mar de Ouinerete (o mar de Galileia) recebe seu nome. A LXX diz: “em frente a Ouinerete”.Nos planaltos cie Dor. Ou melhor, “nas alturas de Dor”. Trata-se de uma provável referência aos promontórios e cumes rochosos que ficam atrás de Dor. Esta, por sua vez, se localizava ao sul do Carmelo, pouco mais de 14 km ao norte de Cesareia.
Js.11:3 3. Aos cananeus. Esta referência aos cananeus "cio oriente e do ocidente" é ambígua. A LXX diz: "e aos cananeus a leste da costa e aos amorreus na costa’. E provável que houvesse cidades-estados cananeias em ambas as direções. Jabim convocou todas, bem como os amorreus, heteus, ferezeus, jebuseus e heveus.Heveus ao pé do Hermom. Para fazer distinção da outra parte da tribo de Gibeão, já mencionada (Nm 9:3, 7).Mispa. Literalmente, “torre de vigia”. Mispa ficava perto do monte Efermom, no extremo sul cia cordilheira do Antilíbano e nolimite norte de Israel. É provável que ficasse a oeste do pé das montanhas. Por sua localização, era um desejável posto cie vigilância militar.
Js.11:4 4. Como a areia. Expressão proverbial para indicar um número vasto, mas indefinido (Gn 22:17; 41:49; Jz 7:12; ISm 13:5; etc.). Outras comparações com sentido semelhante são as estrelas (Gn 15:5) e os gafanhotos (jz 6:5; 7:12). Josefo diz que eram “trezentos mil soldados armados, e dez mil cavaleiros e vinte mil carros” (Antiguidades, v.1.18).íMuitíssimos. Literal mente, "muitos, em excesso”. Provavelmente os cavalos eram trazidos da região da Armênia, já que Canaã não devia ser um lugar favorável para a criação ou uso deles (IRs 10:28, 29). Em vista de tão formidável exército, não é de admirar que o Senhor tenha dado ânimo especial a Josué e feito uma promessa de sucesso.
Js.11:5 5. Estes reis se ajuntaram. O hebraico deixa subentendido que os reis "se ajuntaram num lugar e tempo combinados”. Sem dúvida, o lugar escolhido para a concentração era um território apropriado para as manobras dos carros, já que esses veículos não podiam ser usados em terreno montanhoso. (7) grande ajuntamento deve ter proporcionado à confederação cananeia certa medida de confiança na vitória. Os números e equipamentos, porém, não têm valor algum para combater um exército que tem o Deus do Céu a seu lado, fato que Jônatas posteriormente declarou a seu escudeiro (ISm 3.4:6).Águas de Merom. Ainda que muitos considerem que se trata do lago Hulé, outros pensam que o terreno, nesse lugar, seria pantanoso demais para permitir o uso de cavalos e carros. Por essa razão, consideram que a expressão se refere ao Wadi Meirôn, a sudoeste de Hazor. A LXX diz “Maron”, dando apoio a essa posição. A notícia da grande concentração nas águas de Merom logo chegou a Josué, em Gdgal.Não fica claro se os cananeus tinham intenção de atacar os hebreus. Já que suas forças eram formadas por tantos carros e cavalos, parece improvável que tentariam levá-las para fora das planícies, único lugar onde poderíam ser úteis. O mais provável é que esperassem atrair os israelitas a um território selecionado por eles, onde pudessem ter vantagem. Josué, um hábil comandante, estava determinado a pegar o inimigo de surpresa, como fizera em Gibeão. A distância de Gilgal a Merom é de mais de 110 km. Josefo diz que a marcha levou cinco dias, declaração que pode muito bem ser verdadeira, já que um exército com tal suprimento se move lentamente.
Js.11:6 6. Já os terás traspassado. Esta mensagem de ânimo foi recebida um dia antes de os israelitas entrarem em confronto com os cananeus. A ARC traz: "Eu os darei todos feridos”, declaração em que a palavra "eu” é enfática. Equivale a "Eu mesmo os darei”. Nesta campanha, Deus estaria com os exércitos de Israel tão certamente como estivera na batalha anterior. E verdade que os milagres podcriam ser menos espetaculares, mas isto não representaria a diminuição da ajuda divina. Deus não operara maravilhas em favor dos israelitas para levá-los à inação, mas para que agissem com vigor por si mesmos. (3 Senhor subjugaria os cananeus, conferindo eficácia aos esforços dos israelitas. Isso seria uma intervenção divina, assim como na ocasião em que fez chover grandes pedras de granizo.Muitas vezes, ocorrem milagres no início de novas iniciativas, a fim de proporcionar uma base para a fé e para dar a certeza da ajuda divina. Mais tarde, podem se tornar menos frequentes, não como sinal cie que Deus tenha abandonado seu povo, mas como indicativo de que pede a demonstração de uma fé maior daqueles que, embora não tenham visto os milagres, podem, ainda assim, aprender a crer (Jo 20:29). Em parte, esse princípio explica a profusão de milagresno começo da era cristã. Mas, â medida que aumentam as evidências históricas, diminui a necessidade de milagres. Hoje, diante da clara luz das evidências bíblicas e históricas, há alicerce suficiente para a fé, â parte de qualquer sinal sobrenatural de confirmação. No entanto, isso não quer dizer que não ocorram mais milagres. E Deus quem decide quando e em que circunstâncias eles devem ser realizados.Jarretarás. (9 hebraico significa “cortar o grande tendão acima do jarrete”. A LXX também usa uma palavra que significa "cortar o tendão”. Havia o costume, entre os exércitos vitoriosos, de fazer isso com os cavalos tomados em batalha que eles não usariam. Por que tal ordem foi dadar Na Palestina, os cavalos só eram usados para fins militares, e Deus não desejava que Israel confiasse em cavalos, nem em carros (Dt 17:16; SI 20:7), mas somente nEle. Além disso, se os israelitas tivessem ficado com os cavalos, isso resultaria num ônus duplo, uma vez que esses animais não são adequados para a agricultura na Palestina. Israel devia ser um povo agrícola, não uma nação comerciante. Não devia depender dos recursos humanos para conseguir a vitória, nem tinha o propósito de ser um povo militar errante que mantivesse um grande exército. Foi para afastar tal tentação que Deus ordenou aos israelitas que os cavalos capturados fossem jarretados.
Js.11:7 7. Apressadamente. Isto é, a uma marcha forçada, antes que o inimigo pudesse imaginar que estava perto. Josué se lançou “apressadamente” sobre seus adversários, sem dar-lhes tempo para organizar seus carros em disposição de batalha. O que Deus havia ordenado, Josué fez prontamente sem duvidar.
Js.11:8 8. Grande Sidom. Chamada de “grande" nesta passagem e em Josué 19:28, não para mostrar que era superior a outra cidade de mesmo nome, mas para indicar sua grandeza do ponto de vista da população e por ser a principal cidade de Fenícia. Nos temposde Davi e Salomão, Tiro havia substituído Siclom como metrópole da Fenícia. A rota da fuga dos cananeus pode ser traçada em três direções diferentes: alguns fugiram para o noroeste, uns para o sul e o sudoeste, e outros para o leste. Fica evidente que Josué dividiu seu exército e o enviou para perseguir os fugitivos nas três direções. Sidom, para onde escapou um dos grupos, ficava a mais de 60 km de distância.Misrefote-Maim. Literalmente, ‘‘um. lugar de queimações na água”. Alguns traduzem: “casa da reunião das águas”. Considerando as opções acima, podería tratar-se de um local com águas termais, cm vez de poços cie sal ou casas de vidro, conforme alguns interpretaram o nome. Crê-se que o lugar é o mesmo que se conhece pelo nome de Klilrbet el-Mushei-refeh, cerca de 18 km ao norte de Acre, no litoral, onde ainda existem fontes termais. Outro grupo de fugitivos foi nessa direção.Vale de Mispa. Um amplo vale com muralhas de pedra em volta. Uma vez que Sidom ficava a noroeste, Mispa estava a nordeste, ao pé do monte Flermom, de onde tinham saído alguns dos que fugiam (v. 3, 17).Sem deixar nem sequer um. O vocabulário desta passagem não deve ser interpretado em sentido estritamente literal. Sem dúvida, vários cananeus conseguiram escapar da espada dos israelitas e fugiram para Tiro, Sidom e outras cidades. A intenção destas palavras é comunicar que nenhum dos que caíram nas mãos dos israelitas saíram com vida. Fies mataram todos aqueles contra quem lutaram c que conseguiram capturar.
Js.11:9 Sem comentário para este versículo
Js.11:10 10. Hazor. Ver com, do v. 1.cidades os israelitas tomaram os despojos para si. Mesmo que o v. II pareça repetir o 10, alguns pensam que descreva um acontecimento diferente. A expressão “nesse mesmo tempo” (v. 10) se referiría, então, ao primeiro ataque a Hazor. Jabim, o líder da confederação, havia fugido para lá em busca de refúgio. Josué tomou Hazor e matou o rei à espada. E possível que, nessa ocasião, tenha feito um acordo pelo qual a cidade ficava reduzida à condição de estado vassalo. Alguns têm sugerido também que, enquanto Josué conseguia vitórias em lugares distantes, os habitantes de Hazor se revoltaram e proclamaram independência. Segundo esse ponto de vista, o v. 11 seria uma descrição do castigo aplicado a Hazor.
Js.11:11 Sem comentário para este versículo
Js.11:12 Sem comentário para este versículo
Js.11:13 13. Sobre os outeiros. Este texto na LXX podería ser traduzido das seguintes formas: "que estão sobre os outeiros” ou “cercadas de outeiros”. O termo heb. tel, traduzido por “outeiros”, é uma palavra conhecida na Palestina hoje em sua forma cognata árabe tal. E usada para designar os montes de ruínas de cidades antigas. Era costume reconstruir uma cidade destruída sobre suas ruínas. Com o tempo, esse procedimento produzia um monte de altura considerável. Outros textos mostram o sentido genuíno da palavra tel (ver Dt 13:16; Js 8:28; jr 30:18; 49:2). A comparação com o contexto desta passagem parece indicar que os reis e os habitantes das cidades morriam todos à espada, enquanto o gado e os espólios costumavam ficar com os vencedores. Não é difícil imaginar a condição de uma dessas cidades capturadas, com pilhas de cadáveres, os despojos acumulados e os entulhos amontoados nas ruas. Com certeza, seria possível dizer que tais cidades estavam “sobre os outeiros’ ou "sobre seus montões de ruínas’. No entanto, nem todas as cidades deveríam ser destruídas, porque Israel estava destinado a viver em “grandes e boas cidades) que eles não haviam edificado (Dl 6:10).
Js.11:14 Sem comentário para este versículo
Js.11:15 15. Nem uma só palavra deixou de cumprir. Literalmente, “não deixou nada de lado". Este texto é um nobre comentário sobre o caráter de Josué. Ele obedeceu integralmente a todas as ordens de Deus. Possuía a simplicidade de caráter necessária para aceitar a palavra do Senhor e, depois, agir com base nela, sem importar se compreendia tudo que o futuro traria ou não. Algumas pessoas são fiéis só naquilo que é agradável, que podem entender plenamente ou com o que estejam em pleno acordo. A verdadeira fidelidade a Deus, porém, tem por objetivo o pleno cumprimento de Sua vontade. Os desejos e as preferências pessoais podem entrar em conflito com o dever conhecido, mas a alma rendida ao Senhor escolhe cumprir a vontade divina, a despeito de quão dolorosa seja essa experiência para as inclinações naturais. A um indivíduo com a nobreza mental de Josué deve ter sido doloroso realizar tarefa envolvendo sangue e juízo. Mas, como um verdadeiro soldado, respeitou as ordens de seu Comandante. Não deixou nem um dever sem cumprir. E precisamente nesse ponto que muitos fracassam na vida cristã. Podem abster-se do pecado deliberado, mas deixam intocado o exercício da graça e das virtudes manifestas. Tal negligência também é pecado — falha por omissão. “Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando" (Tg 4:17).
Js.11:16 16. A região montanhosa. Ver com. de Js 10:40, 41.
Js.11:17 17. Monte Halaque. Literalmente, “montanha lisa” ou talvez “montanha dividida". A LXX o chama de “Chelcba”, enquanto a versão siríaca o denomina “a montanha divisora". Fica 55 lcm a sudoeste do Mar Morto. O propósito do autor nesta passagem parece ser especificar as fronteiras dos extremos norte e sul da terra prometida. As conquistas de Josué se estenderam desde o limite com Seir ou Edom, onde se encontrava o monte Halaque, até Baal-Gade, para o norte, ao pédo monte Líbano. Alguns identificam a última localidade com Paneias ou Cesareia de Filipe; outros pensam que se trata de Baalbek.
Js.11:18 18. Por muito tempo. Literalmente, “muitos dias”. Em Josué 14:7-10, é dito que a conquista de Canaã deve ter levado seis ou sete anos. Calebe tinha 40 anos quando Moisés, em Cades-Barneia, o mandou como espia, aproximadamente dois anos depois cie ter saído do Egito. A época indicada neste versículo, ele tinha 85 anos. Decorreram, portanto, 38 ou 39 anos desde o episódio em Cades até o cerco de Jericó. Subtraindo 78 ou 79 anos de 85, restam seis ou sete para as campanhas militares. Parece que o autor, ao inserir nesta passagem a declaração de que as guerras continuaram por muito tempo, quis advertir o leitor de que a brevidade do registro das guerras não significava que sua duração também fora breve. Deus tinha estabelecido um propósito bem definido para o prolongamento do tempo da conquista: “para que as feras do campo se não multipliquem contra ti" (Dt 7:22). Também é possível que a longa série de árduas batalhas tivesse a intenção de desenvolver a fé do povo.
Js.11:19 19. Não houve cidade. Este versículo parece sugerir que, se assim o tivessem desejado, outras cidades poderíam ter firmado acordos de paz, como fizeram os gibeoni- tas. As instruções dadas por Moisés para o extermínio dos cananeus não parecem indicar que, se alguns deles se submetessem ao Senhor, deveríam ser poupados da morte. Contudo, a julgar pelo caso de Raabe, dos gibeonitas e, sobretudo, pelas palavras deste texto, tal opção parece possível. Se essas nações, condenadas à destruição, tivessem renunciado à idolatria e. cooperado sinceramente com Israel, não representariam perigo algum para o povo de Deus. Dessa maneira, a razão do decreto para destruí-las teria desaparecido, e pode-se supor que, em consequência, desaparecería também a obrigaçãode fazê-lo (ver Jr 18:7, 8). Ao que tudo indica, porém, as nações pagãs não se mostraram dispostas a reconhecer o verdadeiro Deus.
Js.11:20 20. Endurecimento do seu coração. Ver com. de 1.x 4:21. Deus não exerce poder arbitrário para controlar uma pessoa contra sua vontade. O caso em questão nada tem que ver com o iivre-arbítrio, que permite ao ser humano aceitar a vida eterna e não o impede de recusá-la. Neste caso, Deus estava lidando com nações que já haviam recusado Suas repetidas ofertas de misericórdia. Elas haviam recebido ampla oportunidade de arrependimento. Agora a justiça divina exigia sua execução sumária (ver PP, 492) e definia o meio pelo qual deviam ser exterminadas (ver Nota Adicional a Josué 6).Deus poderia ter escolhido outra forma de exercer juízo sobre essas nações. A escolha das armas de Israel como instrumento de destruição foi para beneficiar o próprio povo. Os israelitas precisavam ficar frente a frente a várias provas que testariam sua fé e os preparariam para cumprir seu elevado destino espiritual. Seu fracasso em Cades e a demora resultante para entrar em Canaã aumentaram sobremaneira as dificuldades da invasão. Durante esse período, as nações cananeias tiveram tempo de sobra para construir suas defesas e preparar forças militares. Deus planejou o extenso período de conquista para disciplinar Seu povo e para ajudá-lo a vencer naquilo em que havia fracassado anteriormente (ver PP, 437).Não lograssem piedade alguma. A expressão deixa subentendido que, se essas nações tivessem se arrependido. Deus lhes teria demonstrado misericórdia. Isso está em harmonia com o caráter divino, conforme expresso Ezequiel 33:11 e 2 Pedro 3:9. Em contrapartida, o Senhor tem o direito de destruir aqueles que tiveram a oportunidade de ser salvos, mas não a aproveitaram. Assim procederá com os que permanecerem impeni- tentes até o fim. Ninguém pode negar-Lheo direito de ter feito o mesmo em qualquer outro período da história.
Js.11:21 21. Naquele tempo. Jsto é, o tempo da continuação da guerra, segundo a descricão anterior. É certo que não se trata de mera recapitulação das operações militares narradas em Josué 10:36-41. Em muitos casos, o território conquistado foi reocupado pelos habitantes nativos após a retirada dos israelitas vitoriosos, e precisaram ser recuperados por novas conquistas. Esse foi o caso de Hebrom e das cidades vizinhas, Debir e Anabe (ver Js 11:21; 15:15-17; Jz 1:19, 20). O extermínio dos filhos de Anaque, os ana- quins, é mencionado com destaque especial, pois eles haviam aterrorizado os espias 40 anos antes. Os espias alegaram que o tamanho e a força deles era uma barreira insuperável para a conquista de Canaã (Nm 13:28, 33).Os anaquins. Raça de estatura gigantesca. E possível que fossem nativos, ou então que houvessem imigrado em épocas remotas, procedentes do leste. A princípio, estabeleceram-se no lado leste do Jordão, mas depois ocuparam a região montanhosa da Judeia e as cidades litorâneas, tomadas posteriormente pelos filisteus.
Js.11:22 22. Somente em Gaza. Embora a maioria dos anaquins estivesse subjugada, alguns deles escaparam e se refugiaram na terra e em cidades que mais tarde pertenceram aos filisteus. Golias e outros gigantes deviam ser descendentes deles. Com base nesta passagem, parece que eles voltaram a ocupar a cidade de Hebrom (js 15:13, 14), antes de Israel terminar de dominar a terra. Anos mais tarde, depois da morte de Josué, eles foram novamente expulsos, desta vez, por Calebe e Otniel (jz 1:9, 10).
Js.11:23 23. Toda esta terra. A palavra heb. kol, “toda”, nem sempre quer dizer o que a primeira vista parece significar. Não pode ser entendida, nesta passagem, em sentido absoluto, porque o Senhor mesmo disse a Josué:“ainda muitíssima terra ficou para se possuir” (Js 13:1). Josué empreendera a conquista militar da terra, e já não havia mais resistência unificada. Não estava nos planos de Deus exterminar os cananeus imediatamente. Portanto, esse objetivo não fazia parte dos planos militares de Josué. Antes da conclusãoda conquista em seu sentido pleno, era necessário dividir a terra entre as tribos de Israel e fazer provisões para que elas se estabelecessem pacificamente na terra já conquistada. Os cananeus, no entanto, tinham sido tão derrotados e se encontravam tão abatidos que não se atreviam mais a oferecer resistência.Capítulo 12I Os dois reis cujos territórios Moisés tomou, expulsando-os. 7 Os 31 reis do outro lado do Jo rdão que Josué feriu.fi o rei cie Jarmute, outro; o de Laquis, outro;i 5 o rei dc Libna, outro; o cie Adulão, outro;
Js.12:1 1. São estes os reis. O autor está prestes a começar um relato específico da distribuição da terra entre as tribos. Nesta passagem, ele faz um resumo do trabalho que já realizado. São registradas tanto as realizações de Moisés como as de Josué. A inspiração assinala como Deus usa muitos instrumentos para cumprir Sua obra e mostra que Ele não depende de uma só pessoa. O capítulo apresenta uma breve narrativa cias vitórias de Israel e das derrotas sofridas pelos cananeus.O capítulo 12 descreve a extensão da conquista e mostra as terras que então estavam prontas para ser ocupadas. Os v. 1 a 6 falam do território a leste do Jordão e apresentam a lista de reis vencidos por Moisés. O restante do capítulo trata das conquistas de Josué do lado oeste do rio. Nesse resumo, há tanto a trajetória como o fim daqueles que resistem a Deus. O caminho estreito, bem como o largo são salientados nessa lição. A senda de Israel foi o caminho da obediência, sob a direção divina. No entanto, esse caminho nem sempre foi fácil. Muitas vezes, significou avançar a despeito dos grandes obstáculos. A hesitação significaria fracasso e perda. A história de Israel, porém, nesse momento, sc caracterizava por perseverança constante e resoluta. A característica dos cananeus era a rebelião. Perguntavam: "Quem é senhor sobre nós?” e endureciam o coração contra a vontade de Deus e a revelação de Sua pessoa feita por meio de Israel. Eles combateram até o fim, sem aprender nenhuma lição e se recusando a ceder. Durante toda a guerra de conquista, Israel tinha a esperança de uma herança divina, com toda a glória e a honra que ela significava. Os cananeus, por sua vez, estavam sem Deus e sem esperança.Arnom. Este ribeiro servia de fronteira entre os reinos de Seom e Moabc (Nm 21:13) e formava o limite meridional de Israel no território a leste do Jordão. Nasce nas montanhas do território que hoje corresponde à Jordânia e desemboca aproximadamente na metade do .Mar Morto, em seu lado oriental. Forma um vale profundo. No tempo de Josué, ambas as margens eram fortificadas.Monte Hermom. Este monte se encontra a curta distância ao sul e um pouco a oeste de Damasco. O território entre o monte Hermom e o ribeiro de Arnom incluía o vale do Jordão e o planalto para o leste, cujas extremidades se perdem no deserto oriental.Toda a planície do oriente. Literalmente, “todo o Arabá para o oriente”. O Arabá é a depressão que se estende para o sul, a partir do mar da Galileia; passando pelo vale do Jordão, até chegar ao golfo de Aqaba. No entanto, esta descrição inclui apenas a área meridional até o Arnom e o leste do rio Jordão.Gileade. Este território compreendia as pastagens do planalto a leste do Jordão, entre o rio Jarmuque e o ribeiro de Arnom. O rio Jaboque o dividia cm duas partes. Seom reinava sobre a metade de Gileade, ao sul do Jaboque.
Js.12:2 Sem comentário para este versículo
Js.12:3 3. Campina. Do heb. arabah, a depressão pela qual corre o Jordão (ver com. de Js 11:2; 12:1). Bete-Jesimote, literalmente, a “casa de desolação”, ficava cerca de oito quilômetros a leste do Jordão, numa região desértica próxima ao Mar Morto, chamada de Jesimom, ou distrito “desolado”.Desde o sul. Ou melhor, “para o sul”, isto é, desde Bete-Jesimote até “o sul abaixo de Asdode-Pisga", literalmente, “os desfiladeiros do Pisga”. O autor destaca, nesta passagem, que a campina se volta para o sul, a leste do Mar Morto, na região embaixo dos desfiladeiros das montanhas. Pisga era um ponto geográfico bem conhecido: o lugar onde Moisés subira para contemplar Canaã. liste versículo conclui a descrição da extensão do reino de Seom.
Js.12:4 4. Basã. Região a leste do mar de Quinerete, que se estendia para o sul desde o rio Parlar até o Jarmuque, na fronteira com Gileade. Qgue também reinava sobre a metade norte de Gileade, até o rio Jaboque.Refains. Do heb. refa ini. A origem desta palavra é incerta. Os refains eram os habitantes nativos de Amom, Moabe, Edom e Canaã. Ogue foi um dos últimos dessa etnia. Outros sobreviventes moravam em torno de Hebrom e eram conhecidos como anaquins (ver com. de Gn 14:5).Astarote. O plural hebraico de Astarte, deusa pagã do sexo e da guerra. A cidade era o centro do culto a Astarote no reino de Ogue, e foi identificada como 'lell Ashtarah, situada 32 km a leste do mar de Galileia. Era uma das cidades reais de Ogue.Edrei. Uma das cidades reais de Ogue no planalto a sudeste do mar da Galileia. Foi nesse lugar que os israelitas feriram a Ogue (Nm 21:33-35; Dt 3:1-3). O rei vivia tanto em Edrei como em Astarote. E provável que uma cidade fosse sua casa de verão e a outra, sua residência de inverno.
Js.12:5 5. Salca. O limite dos domínios de Ogue se estendia até o monte JTermom ao norte e Salca no leste, que ficava nas montanhas no extremo da fronteira oriental de seu reino.Gesuritas. Tribo síria que vivia na fronteira ocidental do reino de Ogue, a leste do mar de Galileia. Os gesuritas não foram expulsos pelos israelitas (Js 13:13) e mantiveram sua independência até o tempo de Davi.Maacatitas. Tribo que vivia imediatamente ao norte de Gesur, a leste do lago Hulé, em frente a seus pântanos. Sua principal cidade era Abel-Rete-Maaca, que corresponde hoje a Tell Abil. A cidade era proeminente no tempo de Davi (ver 2Sm 20:14-22). Israel não expulsou os maacatitas, que continuaram vivendo ali (js 13:13). O reino de Ogue se estendia do monte Hermom, ao norte, até o rio jaboque ao sul, e desde Salca, no extremo leste, até o território de Gesur e Maaca a oeste; mas não incluía nenhuma parte do Arabá.
Js.12:6 Sem comentário para este versículo
Js.12:7 7. São estes os reis. Neste versículo começa a enumeração dos reis derrotados por josué a oeste do Jordão. Os detalhes dos confrontos estão registrados em capítulos anteriores.
Js.12:8 8. Na região montanhosa. Este versículo descreve, em claros contrastes, as características gerais da Palestina com sua rica variedade de solos. Era uma terra que manava “leite e mel”, destinada por Deus aos israelitas. Hoje, em contrapartida, com exceção das regiões irrigadas, é uma das terras mais estéreis.Meteu. Descendente de Canaã, o filho apóstata de Cam (Gn 9:25; ver com. de js 10:15). Deuteronômio 7:1 lista sete nações que deviam ser expulsas. Neste versículo, só seis são mencionadas; omitem-se os gir- gaseus. Alguns têm sugerido que, nessa época, os girgaseus haviam sido incorporados a outras nações, ou, segundo a tradição judaica, ter iam se retirado para a África quando os israelitas se aproximaram, sob o comando de josué, deixando que seu território fosse ocupado por eles. Os girgaseus habitavam a região ao norte do lago de Genesaré, ou mar de Galileia. Supõe-se que migraram em massa ao perceber a aproximação dos israelitas.
Js.12:9 9. G rei de jericó. Deste versículo em diante, são relacionados os reis derrotados, em geral, segundo a ordem de conquista.São 31 que, com os dois do lado leste do Jordão, somam 33 no total. Um bom número desses reis já foi mencionado nos capítulos anteriores. Os nomes novos mais importantes são Ceder, Horma, Arade c Adulão, todos pertencentes à liga do sul.
Js.12:10 Sem comentário para este versículo
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Js.12:13 13. Geder. Provavelmente seja o mesmo que Gedor (iCr 4:39), cidade ao sul do território de Simeão.
Js.12:14 14. Horma. Este nome, que significa “consagrado à destruição”, foi dado à cidade depois de sua eliminação. Seu nome anterior era Zefate (jz 1:17). Sua localização é desconhecida, mas acredita-se que não fique longe de Berseba. já no tempo de Moisés, falava-se de Horma (Nrn 14:45; Dt 1:44). Foi para esse lugar que os amalequitas e cananeus levaram os israelitas logo após a rebelião em Quedes, provocada pelo relatório dos espias, quando o povo do Senhor teimosamente insistiu em atacar os habitantes, apesar das enfáticas advertências de Moisés (Nm 14:40-45).Arade. Menciona-se que este lugar foi destruído por Moisés como castigo por um ataque injustificado contra os israelitas, quando se aproximavam da região (Nm 21:1-3). O local é de fácil identificação. Num planalto 28 km ao sul de Hcbrom e a mesma distância a leste de Berseba, encontra-se uma proeminência, chamada Tell-Arâd, onde existem restos de um reservatório e de cerâmica antiga. E provável que represente o sítio da cidade por ocasião de sua destruição.
Js.12:15 15. Adulão. Uma aldeia a sudoeste de Jerusalém, na metade do caminho entre essa cidade e Laquis, hoje conhecida como Khirbet esh-Shelkh Madhkúr. É mais conhecida por sua caverna, na qual Davi encontrou refúgio (lSm 22:1).
Js.12:16 16. Betei Sem dúvida, Betei foi tomada durante essa campanha, embora os detalhes da conquista não sejam mencionados.
Js.12:17 17. Tapua. Identificada com Sheilih Abn 2arad, 12,6 km a sul-sudoeste de Siquém. Lasarom pode ser uma cidade nãoidentificada, ou corresponde à planície de Sarom. Crê-se, de modo geral, que Afeea (ver v. 18) é a Antípátride do NT (At 23:31), a 46,6 km cie Jerusalém, na estrada para Cesareia,
Js.12:18 Sem comentário para este versículo
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Js.12:21 21. Taanaque. A seguir, são enumeradas várias aldeias relacionadas à liga do norte, que não haviam sido citadas antes. Entre elas, figuram Taanaque e Megido, cidades que costumam aparecer juntas. Megido fica na grande planície de Jezreel, ao passo que Taanaque, está a uma curta distância para o sudeste, na extremidade da planície. O lugar onde ficava Megido é hoje chamado de Tell el-Mutesellim. Sua localização estratégica lhe atribuiu importância histórica. Taanaque é atualmente conhecida como Tell laannak.
Js.12:22 22. Quedes. Chamada também de “Quedes, na Galileia” (Js 20:7). Acredita-se que fosse um centro cananeu fortificado a noroeste do extinto lago Hulé. Ali viveu Baraque, general que combateu Sísera sob as ordens de Débora e, nesse mesmo local, reuniu suas tropas (jz 4:6, 9, 10).Jocneão. (Outra aldeia não mencionada antes, localizada junto a um afluente do ribeiro de Quisom, a 23 km do monte Carmelo. Dominava a passagem através da serra. É conhecida hoje como Tell Qeimún.
Js.12:23 23. Goím, em Gilgal. Não se trata de uma referência ao acampamento no vale do Jordão, mas provavelmente a um local conhecido atualmente como Jilfúlieh, na planície de Sarom, 22,5 km a nordeste de Jope. Ao que parece, esta cidade era a sede de algumas tribos nômades mistas, que a K]V de n o m i n a “nações”.
Js.12:24 24. Tirza. Cidade muito célebre na história posterior de Israel, pois se tornou a capital de Jeroboão e de seus sucessores. Pela beleza de sua localização, os poetas a transformaram num símbolo de tudo que é formoso. Já se tentou identificá-la com o Tell el-Fâfah, "ruína da elevada serra”, 11 km a noroeste de Nablus. A existência de tantosreis em um território tão pequeno demonstra que seus reinos deviam ser relativamente pequenos. Na Antiguidade, muitosreis governavam sobre o território de uma cidade ou aldeia. Elas eram independentes entre si e cada uma tinha seu chefe local.Capítulo 13amorreus, que reinou em Hesbom, até ao limite dos filhos de Amom.os príncipes cie iVIidiã, Evi, Requém, Zur, Hur e Reba, príncipes de Seom, moradores da terra.à extremidade do mar de Quinerete, dalém do Jordão, para o oriente.
Js.13:1 1. Era Josué, porém, já idoso. Considera-se, de modo geral, que este capítulo dá início à segunda parte do livro de Josué. A primeira parte apresenta a história da conquista da Palestina. A segunda relata sua divisão entre os conquistadores.Literalmente, a primeira oração diz: "Josué havia envelhecido e estava avançado em dias.” Essa declaração foi feita algum tempo antes de sua morte, aos 110 anos de idade (Js 24:29). As vezes, a palavra hebraica traduzida por "velho” parece se referir à vitalidade, não aos anos vividos. Gênesis 27:1 afirma que "lenoo-sc envelhecido 1 saque”, ou seja, ele - a* ’ kJumí; no entanto, viveu mais ao anos depois disso. Também se diz, a respeito de Davi: “era já o rei mui velho” (ERs 1:15), mas não tinha mais do que cerca de 70 anos quando morreu. As ansiedades e dificuldades cie sua vida o haviam envelhecido. Em muitos países, uma pessoa aos 50 ouNão há informações precisas quanto à idade de Josué nesse momento, ruas Josefo (Antiguidades, v.1.29) afirma que ele loi auxiliar dc Moisés durante 40 anos e, depois ciamorte de seu mestre, governou Israel por 25 anos. Já que morreu aos 110 anos, teria 85 anos quando Moisés morreu e cerca de 45 por ocasião do êxodo. Comparando essas informações com a idade de Calebe declarada na época (ver com. de Js 11:18; e Introdução, p. 158), Josué teria 92 anos no contexto desta passagem, isso se os números de Josefo forem considerados confiáveis.Ficou. A conquista militar, de modo geral, fora concluída. O que ainda faltava aos israelitas era tomar posse da terra. Até então, eles haviam se estabelecido num território relat iva mente pequeno. Naquele momento, não parecia fazer sentido dar prosseguimento às campanhas militares, já que, muitas vezes, assim que se retiravam os exércitos de Israel, os povos vencidos voltavam e tornavam a habitar na terra. O plano era que as tribos, depois de se estabelecerem em suas heranças, ampliassem seus territórios. Restavam ainda muitas batalhas a serem travadas para completar a posse da terra, mas a bênção de Deus no passado era a garantia do sucesso futuro.O mesmo ocorre na guerra espiritual. A obra de vencer os defeitos de caráter é progressiva. A erradicação dos inimigos do coração é uma luta contínua. Deve-se travar conflito após conflito contra as tendências hereditárias e cultivadas para o mal.E importante distinguir com clareza entre a obra feita por Josué e a que ficou para Israel fazer. Josué expulsou os poderes governantes e derrotou seus exércitos de tal modo que o povo recebeu um firme ponto de partida para se estabelecer no território. O líder, porém, não exterminou a população de todas as partes da terra prometida. Algumas nações ficaram completamente intactas (jz 2:20-23; 3:1-4). Na conquista e na expansão, as regras estabelecidas na lei de Moisés deveríam constituir o princípio nor- teador. Em Deuteronômio 7 e 12 são apresentadas três regras principais que os filhosde Israel deveríam seguir: (1) total extermínio das nações que o Senhor entregasse em suas mãos; (2) a proibição de fazer alianças ou tratados com esses povos e de qualquer união matrimonial com seus cidadãos; e (3) a destruição de todo rastro de idolatria no território conquistado. A responsabilidade de cumprir a primeira dessas instruções recaía sobre os líderes; do povo dependiam a segunda e a terceira. E óbvio que a destruição consistente e geral dos objetos do culto dos cananeus, junto com a recusa de fazer acordos e de se casar com eles, tendería a perpetuar o estado de irritação na mente dos cananeus. Se tais regras tivessem sido fielmente observadas, é provável que ocorressem constantes surtos de hostilidade, os quais resultariam na mais ampla e rápida destruição dos inimigos de Israel, ou então na absoluta submissão à lei do povo de Deus. Assim, toda a conquista teria terminado num tempo relativamente curto.O método antigo de conquista pode ser usado para ilustrar uma verdade espiritual. Na luta cristã, podem restar muitas batalhas contra o pecado para ser travadas, mesmo depois de muitos anos de guerra; além disso, ainda pode haver muito território da verdade para ser ocupado. Nunca se esgota todo o conhecimento sagrado que Deus deseja ensinar por meio de Sua Palavra, e que será proveitoso ao crente. Muitos cristãos correm o risco de depender das conquistas de algum “Josué", em vez de fazer novas explorações por si mesmos nas minas da verdade.
Js.13:2 2. Ainda não conquistada. O autor passa a enumerar as regiões não conquistadas a oeste do Jordão (v. 2-6). Começa pelo sul e segue para o norte e o nordeste, até o Líbano.As regiões dos filisteus. Literalmente, “círculos dos filisteus". E provável que a expressão se refira às terras cultivadas que rodeavam cada uma das cidades, as quais poderíam se chamar de “municípios".A LXX diz horia, que também significa "regiões''. Os filisteus não eram cananeus, mas descendentes de Mizraim, por meio de Casluim (Gn 10:6, 13, 14; lCr 1:8, 11, 12; ver com. de Gn 10:14). Em Gênesis 21:32, 34; e 26:1 e 8, já se afirma que os filisteus habitavam as redondezas de Gerar, no extremo sudoeste de Palestina. Em Gênesis 10:14 se diz que eram parentes dos "cafto- rins que saíram de Caftor", os quais destruíram os aveus e se estabeleceram em vilas em Gaza (ver Dt 2:23), região que depois passou a ser conhecida como a terra dos filisteus. Os profetas falam que os filisteus provinham de Caftor (jr 47:4; Am 9:7). Até o presente, não existem evidências arqueológicas de filisteus vivendo em cidades litorâneas até por volta de 1200 a.C. Há registros de que, nessa época, tentaram chegar até o Egito, mas foram expulsos por Ramsés III, o que se deu em conexão com o grande movimento dos "povos do mar", que levou à queda do império heteu. No entanto, em vários casos, o relato bíblico fala de nomes de filisteus habitando no território costeiro desde épocas primitivas, como a de Abraão. É provável que tenham ocorrido repetidas ondas migratórias da ilha de Caftor, das quais a última, ou talvez a maior, aconteceu em torno do ano 1200 a.C., a única registrada pela arqueologia.Gesur. Não devem ser confundidos com os gesuritas cio nordeste do mar da Galileia (Js 12:5). A Gesur deste versículo consistia num distrito ao sul dos filisteus, a caminho do Egito ou da Arábia (iSm 27:8).
Js.13:3 3. Sior. Palavra derivada da forma heb. do termo egípcio Shi-hor, "lago de Horus”, o qual aparece em documentos egípcios como um corpo d agua na extremidade oriental do Delta do Nilo. Sua localização exata é desconhecida. A LXX traz: “da região inabítada que fica defronte do Egito”. Em outras passagens da Bíblia (Js 15:4; Gn 15:18; Nm 34:5; lRs 8:65; ls 27:12), as expressões "ribeiro do Egito" e “rio do Egito” são usadas. Contudo,elas não se referem ao rio Nilo, pois a palavra heb. nahal, "torrente de inverno”, é empregada. Além disso, em 1 Crônicas 13:5, Sior é mencionado de uma maneira que exclui o Nilo com toda certeza. Alguns pensam que Sior seja um ribeiro que flui em direção ao mar no extremo sul da Palestina. Ele corre por um wadi (ou vale) amplo e raso, que escoa o excesso de água sazonal do deserto de Pa rã até o Mediterrâneo. Hoje é conhecido como Wadi el-Arish e fica cerca de 75 km a sudoeste de Gaza.Ecrom. Localização incerta, mas identificada, nos últimos tempos, com Khirbet el- Muqanna, 18 km a este-nordeste de Asdode, mais perto dessa cidade do que se supunha anteriormente. 1 provável que o território fosse considerado "como dos cananeus” porque os donos originais da região eram descendentes de Canaã, o filho mais novo de Cam (Gn 10:15-20). No entanto, os caftorins expulsaram os aveus que ocupavam esse território e se estabeleceram ali (ver Dt 2:23).Príncipes, Ver com. de Jz 3:3. A palavra traduzida por "príncipes" sempre é usada para se referir aos governantes filisteus. Seu significado literal é "eixo” e, tendo-se em conta a expressão mencionada acima, "círculos dos filisteus” (ver com. do v. 2), é muito apropriada. Estes príncipes eram mais líderes do que reis.
Js.13:4 4. Ao sul. Não é possível determinar com exatidão se esta expressão se relaciona com o texto precedente ou com os versículos que a seguem. Tanto a versão siríaca quanto a LXX a conectam com a continuação do capítulo, o que parece fazer mais sentido. A LXX usa o sul como nome próprio e traduz: “desde Terna”, que era o limite meridional do território aveu.Aveus. Literalmente, "habitantes de ruínas”. Deviam ser os nativos da região ao redor e ao sul dos filisteus, que precederam os cananeus. Foram expulsos pelos caftorins (ver Dt 2:22, 23).Meara. Literalmente, “caverna”. O versículo também podería ser traduzido como: "e a caverna, que é dos sidônios”. Já se defendeu que se trata da caverna situada entre Tiro e Sidom, chamada Mughar Jezzin, onde há uma série de grutas cavadas nas rochas calcárias do Líbano. Outra tentativa de identificação corresponde a Mogheiriyeh, cerca de nove quilômetros a nordeste de Sidom. Neste versículo, o autor passa para as regiões não conquistadas do norte.Afeca. Ao que parece, a referência é à A teca do norte (Js 19:30), hoje chamada de Ajka, a nordeste de Beirute. Não deve ser confundida com a Afeca de Josué 12:18. Os gregos a denominavam Aphaka e ficava próxima à nascente do rio Adônis. Fazia parte da herança de Aser.Limite dos amorreus. Isto é, a terra habitada pelos amorreus no passado, que pertenceu a Ogue, rei de Ba sã. Estendia-se para o norte da parte central e superior do rio Jarmuque.
Js.13:5 5. Gibleus. Do heb. gibli, traduzido em 1 Reis 5:18 como “gibíitas”. Eram os habitantes de Gebal, um importante porto fení- cio. Esta cidade, chamada de Biblos pelos gregos, estava localizada 28 km a nordeste de Beirute. Com base nessa informação, fica clara a intenção divina de que Israel ocupasse territórios bem mais ao norte do que os de fato conquistados posteriormente. Na verdade, Deus havia declarado que o Eufrat.es devia ser o limite das posses do povo (Gn 15:18; Dt 11:24).Líbano, para o nascente do sol. A corei il beira leste, isto é, Antilíbano.Baal-Gade. Literal mente, “senhor de fortuna". Todos os reis ao sul de Baal-Gade já tinham sido vencidos (ver com. de Js 11:17; 12:7). O versículo alude ao território não conquistado ao norte desta cidade.Entrada de Hamate. Pesquisas têm demonstrado que, quando a palavra heb. lebo, “entrada”, é usada junto com o nomepróprio Hamate, ela se refere a uma antiga cidade conhecida hoje como Lebiveh, 113 km a sudoeste de tíama, a Hamate bíblica. Textos egípcios antigos mencionam essa cidade com frequência. Na época, ela era dependente de Hamate.A fronteira norte de Israel devia se estender até a “entrada de Hamate” (Jz 3:3; IRs 8:65; ver Nm 34:8; 2Rs 14:25). Houve momentos em que o domínio cie Israel atingiu essa extensão, como durante o reinado de Salomão e de jeroboão 11.
Js.13:6 6. Nas montanhas. As montanhas do sul do Líbano e da alta Galileia.Misrefote-Maim. Ver com. de Js 11:8.Todos os sidônios. Todas as tribos pagãs que habitavam ao sul do Líbano, até o cume de Ras em-Nakurah, ou Misrejote- Maini, Khirbet el-.\lnsheirefeh.Eu os lançarei de diante. O original é enfático: “Sou Eu quem os lançará de diante”. No entanto, esta promessa, como outras declarações similares, deve ser entendida de maneira condicional. Se os israelitas avançassem com fé, como fizera Josué, Deus lutaria por eles e lhes daria vitória. No entanto, Israel falhou em prosseguir com suas conquistas até completá-las. Algumas das nações a quem o Senhor prometera expulsar, mas não o fez, em decorrência da falta de cooperação dos israelitas, se transformaram na maior causa de irritação e desonra posteriormente (ver Nm 33:55; Jz 2:1-5; 10:6-9; 13:1; lSm 4). Israel não cumpriu sua parte no acordo, e a promessa não se tornou realidade. Quando alguma promessa de Deus não se cumpre, deve-se inquirir com diligência acerca da causa. O Senhor não tem intenção de que Sua palavra volte para Ele vazia (Is 55:11).Reparte, pois, a terra por herança. Literalmente, “faze, pois, que caia por herança”. Fica claro que a fraseologia deriva do método de lançar sortes, empregado na distribuição do território. Embora a terra, até então, só estivesse parcialmente conquistada,o grande Proprietário queria que Seu povo já a considerasse sua. Como uma prova da sinceridade de Seu propósito de dar toda a terra aos israelitas, Deus orientou que fosse feita a divisão entre as tribos sem demora.
Js.13:7 Sem comentário para este versículo
Js.13:8 8. Com a outra meia tribo. A saber, a outra meia tribo de Manassés. Literalmente, a expressão diz: 'com ele”, usando um pronome pessoal. As palavras que o Senhor dirigiu a Josué terminam no v. 7. O autor usa o pronome para evitar a repetição de "a meia tribo de Manassés”. A fim de que o leitor compreenda a razão da omissão das duas tribos e meia na nova distribuição, o autor explica (v. 8-14) que elas já haviam recebido sua parte. A reafirmação desse fato nesta passagem, o registro formal da divisão das terras, servia para ratificar a concessão feita anteriormente por Moisés.
Js.13:9 9. Medeba. Corresponde à moderna Mâdeba, cidade a leste do Jordão, cerca de 65 km ao sul de Jerasa e 25 km a sudeste da extremidade norte do Mar Morto. Medeba é mencionada em conexão com Dibom, afirmando-se que as duas foram conquistadas por Israel (Nm 21:30).Dibom. Esta aldeia ficava 24 km ao sul de Medeba, e uns cinco a noroeste de Aroer, no rio Arnom. Foi uma das primeiras a serem tomadas por Israel, e a tribo de Gade a reconstruiu. Neste lugar, a famosa Pedra Moabita foi descoberta em 1868. O lugar é hoje chamado de Dhibân.
Js.13:10 10. Limite dos filhos de Amom. Esta fronteira ficava a nordeste do reino de Hesbom, Amom se localizava na região da bacia hidrográfica do Jaboque. A oeste, fazia fronteira com Gade e Manassés, e a leste, com o deserto. E provável que seu limite norte fosse o braço sul do rio Jarmuque.
Js.13:11 11. Dos gesuritas, e o dos maacati- tas. Ver com. de Js 12:5.
Js.13:12 12. Gigantes. Ver com. de js 12:4.
Js.13:13 Sem comentário para este versículo
Js.13:14 14. Levi. A afirmação de que os levitas não deveríam receber herança entre as tribosé apresentada neste versículo, ao final do relato sobre as duas tribos e meia. E também repetida no v. 33 e mais uma vez em Josué 14:3 e 4. Deus não lhes deu herança porque os dízimos de todo o país seriam deles, em lugar de terras (Nm 18:20-24). Eles também deviam receber parte das ofertas (Nm 18; Dt 18:1, 2). Tinham direito inquestionável aos dízimos e às ofertas a eles designadas assim como seus irmãos podiam possuir a terra. Os sacerdotes e levitas não poderiam desempenhar os deveres do sacerdócio, ensinar o povo e realizar outras tarefas espirituais se estivessem ocupados com terras, gado, negócios e guerras. Não era o plano de Deus que os levitas recebessem uma parte dos dízimos e, ao mesmo tempo, se dedicassem à agropecuária ou a negócios. Do mesmo modo, o Senhor requer aos que se dedicam hoje ao ministério que consagrem todas as energias aos interesses do reino dos céus.Ofertas queimadas. Do heb. ’isheh, esta palavra sempre é traduzida por "oferta queimada” ou ‘sacrifício feito por fogo”. Contudo, Levítico 24:7 e 9 fala dos pães da proposição como oferta queimada; mesmo assim, deveríam ser comidos pelos sacerdotes. Portanto, o termo não significa necessariamente que os sacrifícios assim denominados precisariam, em todas as ocasiões, ser consumidos por fogo.
Js.13:15 15. Rúben. Depois de confirmar de modo geral o território que Moisés atribuira às duas tribos e meia, Josué passou a delimitar as fronteiras específicas de cada tribo. O território de Rúben foi definido primeiro.
Js.13:16 16. Aroer. Ver com. de js 12:2.Medeba. Ver com. do v. 9. O autor enumera detalhadamente (v, 16-21) as várias cidades e os territórios que fizeram parte da herança de Rúben.
Js.13:17 Sem comentário para este versículo
Js.13:18 Sem comentário para este versículo
Js.13:19 19. Zerete-Saar. Significa “Zerete da aurora”. Este lugar não foi identificado. Talvez ficasse próximo ao Mar Morto. Ao que parece, localizava-se sobre uma colina,num vaie, provavelmente o vale cio Jordão. O nome deste local pode ter se preservado na moderna Zarât.
Js.13:20 Sem comentário para este versículo
Js.13:21 21. Como também os príncipes. O hebraico não diz que Moisés matou estes príncipes na mesma ocasião em que feriu Seom, mas, sim, que morreram também, assim como Seom.Príncipes de Seom. São chamados de “reis" (Nm 31:8). No entanto, nos registros sagrados, um "rei" pode não ser mais do que um pequeno chefe, talvez até mesmo vassalo de algum governante mais poderoso. Neste versículo, são denominados "príncipes” de Seom porque eram súditos de Seom, pagavam-lhe tributo e o ajudavam nas guerras. É provável que, na ocasião em que Seom destruiu os moabitas que viviam nessa região, tenha encontrado alguns midianitas nômades. Então, dominou-os e os obrigou a pagar-lhe tributo. Talvez essa seja a razão de serem chamados “príncipes de Seom". O processo de conquista dos midianitas por Israel está registrado em Números 31. Os israelitas tinham ordens de fazer “a vingança do Senhor contra eles” (Nm 31:2) porque os midianitas os haviam induzido à idolatria e à imoralidade. Este versículo nos apresenta outro motivo para a hostilidade entre essa nação e Israel: os midianitas faziam parte do governo de Seom. A hm de terminar a sujeição da terra de Seom, era necessário eliminar os príncipes desse rei. A relação entre midianitas e moabitas é vista na história anterior de Israel (ver Nm 22:4). A existência de um relacionamento entre Midiâ e Moabe fica implícita em Números 31, mas não é explicada. Nesta passagem, ela é confirmada por meio desse comentário suplementar. E outro exemplo da concordância história existente entre Josué e o Pentateuco.
Js.13:22 22. O adivinho, No princípio, Balaão era um profeta de Deus, mas se vendeu em troca de recompensas e honras e degradou sua posição como profeta até chegar a serconhecido como adivinho. Quando voltou para casa, após a tentativa fracassada de amaldiçoar o arraial de Israel, ele decidiu recorrer a outros meios para obter a recompensa oferecida por Balaque. Assim que regressou à terra de Moabe, persuadiu os moabitas a induzir os filhos de Israel a cair na idolatria e na imoralidade. Esse plano foi bem-sucedido. Por se opor dessa maneira ao povo de Deus, Balaão compartilhou a sorte dos inimigos do Senhor na destruição que sobreveio aos midianitas (Nm 25:16-18).
Js.13:23 Sem comentário para este versículo
Js.13:24 Sem comentário para este versículo
Js.13:25 25. Jazer. Esta cidade foi tomada dos amorreus (Nm 21:32) e dada a Gade, a pedido dessa tribo (Nm 32:1, 2). Mais tarde, Jazer se tornou uma das cidades dos levitas (Js 21:39). Ela se localizava em Amom ou em sua fronteira, curta distância a norte ou noroeste de Rabá-Amom, a atual Amã. A região dispunha de excelente pasto.Cidades de Gileade. Isto é, as cidades da parte meridional de Gileade, estendendo-se até o Jaboque. A outra metade de Gileade, que pertencia ao rei de Basã, e não a Seom, ficou em poder da meia tribo de Manassés, conforme diz o v. 31 (ver também fs 12:2). A Ironteira de Gade chegava mais ao leste do que a de Rúben. O limite norte de Gade era o rio Jaboque, a oeste do Arabá e ao norte até o mar de üuinerete (Dt 3:16, 17). Fica claro que Gade recebeu a planície do Jordão, ao norte do Jaboque e a leste do rio Jordão.Amom. Os filhos de Israel foram expressamente proibidos de se misturar com os filhos de Amom (Dt2:19).Até Aroer. Esta cidade não deve ser confundida com a Aroer do território de Rúben, na margem norte do Arnom (js 12:2; 13:9, 16). Ela estava “defronte de” Rabá. Alguns consideram que “defronte de” teria o sentido de “a leste de” Rabá; outros, partindo do aspecto temporal, creem que se trata de um local no qual se chegava primeiro partindo do Jordão; portanto, a oeste de Rabá.
Js.13:26 26. Hesbom. Ver com. de Nm 21:25.Ramate-Mispa. Literal mente, “altura do ponto de guarda”. Este lugar, situado nas montanhas ao norte do Jaboque, não é conhecido hoje, a não ser que se trate de Ramote-Gileade, 48 km a leste de Bete-Seã, em Tell er Rumeith (Ramith). Ficava na fronteira norte de Gade.Betonim. Lugar próximo a Ramate- Mispa, que formava a extremidade norte dos limites de Gade, num local próximo ao Jaboque, identificado com Khirbet Batneh, perto de es-Salt.Maanaim. Este local não foi determinado com precisão. A cidade ficava ao leste do Jordão, provavelmente às margens do rio Jaboque. Foi construída no lugar onde Jacó viu o acampamento dos anjos de Deus (Gn 32:1, 2, 22). Situava-se na fronteira entre Gade e Manassés. Em algum lugar próximo a Maanaim ficava Debir, que talvez seja a mesma que Lo-Debar, onde habitava Maquir, que proveu suprimentos necessários a Davi quando este fugia de seu filho Absalão (2Sm 17:27).
Js.13:27 27. No vale. O reino de Hesbom, além de chegar até o Jaboque, compreendia também o vale do Jordão e se estendia ao norte até o mar de Quinerete. Todo esse território foi dado aos filhos de Gade, embora os mapas costumem mostrar a herança de Manassés se estendendo por toda a extensão do rio Jordão.Sucote e Zafora. Estas são as únicas duas cidades das quatro mencionadas no v, 27 já identificadas. Todas elas ficavam, é claro, no vale do alto Jordão. Sucote estava situada sobre um monte próximo ao rio Jaboque e. é chamada hoje de Tell Deiraüa, uma colina esbranquiçada de pouco mais de 18 m de altura. Zaiom é identificada com Tell el-Qôs, no lado norte do rio Rajeb, ao norte de Sucote e ao sul de Zaretã.
Js.13:28 Sem comentário para este versículo
Js.13:29 29. Manassés. Até onde se constata, Manassés não fez um pedido formal para receber herança a leste do Jordão, como as tribos de Rúben e Gade (Nm 32:1, 2).Provavelmente, a tribo pensou ser oportuno se unir às outras duas tribos por causa da grande população de Manassés (Nm 26:34). Também é possível que tivesse muito gado, como as outras duas tribos. Os homens de Manassés eram bons guerreiros, e talvez Moisés tenha acreditado que seria bom mantê-los a leste do Jordão, em especial as famílias de Maquir e jair, para formar uma guarda externa (ver Dt 3:14, 15).
Js.13:30 30. Começando com Maanaim. Ver v. 26. O território de Gade se estendia deste ponto em direção ao Jordão e ao mar de Quinerete, enquanto o território de Manassés ficava na direção nordeste.Basã. A região agrícola a leste do mar de Quinerete.As aldeias de Jair. Literalmente, “as moradas de Jair”. A avó de Jair era da tribo de Manassés, mas seu avô foi Hezrom, neto de Judá por meio de Tamar (ICr 2:18-22). Ainda assim ele foi contado na tribo de Manassés, por ser neto da filha cie Maquir, filho de Manassés. Junto com os valentes de Manassés, e com a ajuda deles, tomou muitas cidades (Nm 32:40, 41; Dt 3:4, 14). Outro Jair, que julgou Israel dois séculos depois dos tempos de Josué, pode ter sido descendente deste jair (ver jz 10:3-5). Originalmente havia 23 “aldeias de jair”.
Js.13:31 31. E metade de Gileade. Ou seja, a outra metade, que não foi dada aos gaditas (v. 25). O norte de Gileade fazia parte do reino de Ogue.Astarote e Edreí. Ver com. de Js 12:4Filhos de Maquir. Os mesmos anteriormente chamados de filhos cie Manassés. Agora são denominados filhos de Maquir porque este foi o primeiro e único filho dc Manassés (Nm 26:29; ICr 7:14-16). Portanto, os “filhos de Maquir” são os membros da tribo de Manassés. Em relação à outra metade cios filhos de Maquir, ver Josué 17:1-6.
Js.13:32 Sem comentário para este versículo
Js.13:33 33. Tribo de Levi. Mais uma vez, menciona-se que Levi não recebeu herança.Trata-se de uma repetição do v. 14, que é proferida de novo em Josué 14:3, 4; e 18:7. E provável que a frequente repetição tivesse o propósito de ajudar o povo a se lembrar de sua obrigação para com os levitas. Talvez também tivesse o desígnio de impressionaros membros da tribo de Levi de que eram ministros do Senhor e que deviam se consagrar ao serviço divino. Deus os sustentaria mediante o arranjo feito com respeito aos dízimos e às ofertas. Portanto, não deviam se preocupar por não receber herança.Capítulo 14I As nove tribos e meia devem receber herança por sortes. 6 Calebe recebe Hebrom por privilégio.os dos filhos de Israel que receberam sua herança." Este capítulo é um prefácio da
Js.14:1 1. São estas as heranças. A LXX diz, na abertura deste versículo: “Estes sãodivisão do território entre as nove tribos e meia. Chegara o tempo de os israelitas se espalharem para ocupar as regiões recém- conquistadas. A terra de Canaã teria sido subjugada em vão, caso não fosse habitada de imediato. Séculos haviam se passado desde o chamado divino a Abraão de Ur dos cal- cleus e desde a promessa de que seus descendentes herdariam a terra. Algumas vezes, as promessas de Deus demoram a se cumprir por causa da infidelidade daqueles a quem foram feitas. Temos o privilégio de apressar o cumprimento das mesmas.Eleazar. Literalmente, significa "Deus tem ajudado '. Eleazar era o terceiro filho de Arão e sucessor no ofício de sumo sacerdote (Êx 6:23, 25; Nm 3:2, 4; 20:25-28; Dt 10:6). A ordem em que aparecem os nomes não é primeiro Josué, e depois Eleazar, mas o contrário. O nome de Eleazar vem primeiro de acordo com a lei de Moisés e com a forma de governo que devia ser estabelecida em Israel. Deus deveria ser supremo por meio de Seu sacerdócio. Josué devia se apresentar perante Eleazar (Nm 27:21), e o sacerdote pedi ri a conselho ao Senhor em favor dele medianteOs cabeças dos pais. O nome deles pode ser encontrado em Números 34:19-28. Não se incluem os príncipes de Rúben e Gade, pois estes já haviam recebido herança do outro lado do Jordão.
Js.14:2 2. Por sorte. Literalmente, “seixo”. Fica claro que o nome foi preservado da maneira primitiva de lançar sortes usando seixos. Os eruditos rabínicos conjecturam que duas urnas foram usadas. Numa delas foram colocadas pequenas tabuletas (ou, mais antigamente, pedras) com o nome das tribos; na outra, tabuletas semelhantes que continham o nome dos distritos. Uma de cada era retirada ao mesmo tempo por Eleazar e Josué, ou por representantes das tribos, quando chegava sua vez. Obviamente, não há maneira de confirmar essa tradição. Talvez uma só urna, contendo o nome dos distritos, tenha sido usada, e dela os chefes das tribos tiraram o nome de seu território. Desconhece-se o método exato empregado. Fica claro que, dividindo a terra dessa maneira, as áreas só foram destinadas de modo geral. As fronteiras precisas tinham de ser determinadas pelos líderes do povo. Uma tribo maior necessitaria de mais território do que uma menor. Essa foi a regra especificada pelo Senhor (Nm 26:51-56; 33:54). E óbvio que toda a distribuição foi governada pela providência, para que correspondesse às predi- ções inspiradas de Jacó e Moisés a respeito da herança de cada tribo (Gn 49; Dt 33). Judá recebeu uma terra repleta de vinhedos e campos de pastagem; Zebulom ficou com o litoral; a Issacar foi atribuída uma fértil planície entre cordilheiras; a Aser, um território rico em azeite, trigo e metais; e assim sucessivamente ocorreu com os outros.nomes dos filhos de Israel em seus ombros, conforme a ordem de nascimento deles (ou seja, José e Levi eram contados, mas não Efraim e Manassés). No peitoral, os nomes deviam aparecer segundo as 12 tribos (isto é, incluindo Efraim e Manassés, e omitindo José e Levi).Arredores. Literalmente, “pastos". A palavra hebraica se origina de um radical que significa “levar para fora". Portanto, literalmente, os arredores eram lugares aonde se levava o gado para pastar. Números 35:1-5 define o tamanho dessas áreas de pastagens.
Js.14:3 Sem comentário para este versículo
Js.14:4 Sem comentário para este versículo
Js.14:5 Sem comentário para este versículo
Js.14:6 6. Em Gilgal. Local em que ainda estavam o tabernáculo e o arraial de Israel, pois Josué não havia retirado o acampamento dali. A obra de divisão da terra começou em Gilgal. Foi, mais tarde, terminada em Silo (Js 18). Deve ter sido necessário um tempo considerável para fazer todas as medições geográficas e observações necessárias para uma divisão adequada e justa da terra.Calebe. Surge, neste versículo, uma pergunta interessante em relação ao nascimento e à família de Calebe. Sempre se refere a ele como filho de Jefoné, portanto não deve ser confundido com o Calebe mencionado em 1 Crônicas 2. Seu irmão mais novo, Otniel, é chamado de filho de Quenaz (Jz 1:13), e, nesta passagem, Calebe também é denominado quenezeu. Talvez Otniel fosse filho do padrasto de Calebe. Ou, o que é mais provável, Ouenaz e Calebe eram irmãos, porque o hebraico permite essa interpretação. Desse modo, Otniel seria sobrinho de Calebe, em vez de irmão. Não é possível definir os antepassados de jefoné, mas alguns pensam que Calebe era descendente de Ouenaz, o neto de Esaú (Gn 36:11). Segundo essa teoria, Calebe seria um prosélito, um membro do populacho que se unira a Israel, como fizeram alguns dos queneus, parentes de Moisés (Jz 1:16; Gn 15:19; ver com. de lSm 15:2).O lato de Calebe ter sido leal e verdadeiro, de ter perseverado "em seguir ao Senhor”(Nm 32:12) corresponde, segundo alguns, ao motivo de haver sido escolhido para representar a tribo de Judá e receber “uma parte no meio dos filhos de Judá” (js 15:13),O Senhor falou. As Escrituras não registram nenhuma declaração específica de que Calebe e sua posteridade dc\c- riam receber por herança Hebrom e seus arredores. No entanto, Deus fizera a promessa: “Eu o farei entrar a terra que espiou" (Nm 14:24), e também: “a terra que pisou darei a ele e a seus filhos" (Dt 1:36). Alguns têm sugerido que as circunstâncias a seguir formaram o contexto para essa promessa: é muito provável que, a fim de evitar que fossem descobertos, os 12 espias não tenham entrado todos juntos na terra, num só grupo. Talvez tenham ido de dois em dois. Nesse caso, é provável que Calebe e seu colega hajam espiado a terra dos anaquins ao redor de Hebrom, mas o companheiro, aterrorizado pelo tamanho dos habitantes e pela solidez de suas fortificações, não acreditou que Israel seria capaz de tomar a cidade. Desse modo, as expressões "a terra que espiou" (Nm 14:24) e “a terra que pisou" (Dt 1:36) se referiríam específicamente a Hebrom. Com certeza, Calebe e Josué compreenderam o que Deus queria dizer, mesmo sem a menção específica ao nome de Hebrom.
Js.14:7 7. Quarenta anos. Ver com. de js 11:18.Como sentia no coração. Literal mente,“como era com meu coração". A expressão denota real sinceridade. Sem medo ou favor, Calebe relatara os fatos exata mente como os vira e expressou sua fé no poder de Deus para vencer aqueles gigantes. Mesmo naquele momento, aos 85 anos de idade, estava disposto a atacar os enormes habitantes, algo que empreendeu com sucesso pouco tempo depois (Js 15:14).
Js.14:8 8. Perseverei em seguir. Literalmente, “cumpri depois". A LXX traz: "apliquei-me em seguir". As palavras transmitem a ideia de um viajante tão desejoso de seguir seuguia que anda logo depois dos passos dele, não deixando quase nenhum espaço entre os dois. O valor do caráter de um homem se manifesta quando, apesar dos fracassos de outros, ele se mantém firme em seus princípios. Assim era o caráter de Calebe.
Js.14:9 9. Moisés, naquele dia, jurou. O juramento é atribuído ao Senhor (ver Nm 14:20-24; Dt 1:34-36). Não se trata de uma contradição. Moisés era o porta-voz de Deus e pode ter repetido o juramento divino, confirmando-o ele mesmo. Hoje é usada terminologia similar ao se afirmar que Isaías disse isto ou aquilo, quando, na verdade, a mensagem se originou do Senhor.Em que puseste o pé. Provavelmente, trata-se de uma referência direta a Hebrom (ver com. do v, 6).
Js.14:10 10. O Senhor me conservou em vida, Se os acontecimentos houvessem seguido seu curso normal, é provável que Calebe tivesse morrido antes dessa data. Todos os contemporâneos dele, exceto Josué, haviam saído de cena anos antes. Calebe sabia que sua vida longa era resultado da obediência. Ele seguira plenamente ao Senhor. Sua vida era uma demonstração de fé, pois, em todas as coisas, aceitava os planos de Deus em vez de seguir a própria vontade. O Senhor pode fazer grandes coisas pelos que se entregam plenamente a Ele. No entanto, os que seguem só as partes do plano divino que lhes agradam e negligenciam as que lhes incomodam não podem esperar a bênção do Céu.Quarenta e cinco anos. Ver com. de Js 11:18.
Js.14:11 11. Estou forte. A recompensa de uma vida marcada por juventude virtuosa e idade madura temperante, pela lei da própria natureza, é uma velhice vigorosa, sã e respeitada. Ao que tudo indica, a lealdade a Deus poupara Calebe dos pecados dissolutos de seus companheiros israelitas. Não tinha cedido aos apetites como eles, nem perdera o sono e o descanso noturno lutando com aconsciência pesada. Sua vida abstêmia lhe proporcionara recompensas, e agora Calebe se apresentava perante Josué com plenas forças numa idade em que a maioria dos outros já se despedira deste mundo.
Js.14:12 12. Este monte. Calebe não se referiu somente à cidade de Eíebrom, que já fora tomada por Josué, mas incluiu em seu pedido todo o território adjacente, inclusive as grutas e as fortalezas para onde os ana- quins haviam se retirado e onde habitavam, então em número considerável. E possível supor que Calebe, recordando a ênfase que os outros espias haviam colocado sobre a dificuldade de conquistar Hebrom e a região adjacente, pediu esse território como evidência de sua fé numa completa vitória.Ouviste. Talvez, como alguns têm sugerido (ver com. do v. 6), tenha sido outro companheiro e não Josué quem acompanhou Calebe na missão de reconhecimento de Hebrom. No entanto, Josué posteriormente deve ter ouvido dos lábios de Calebe a expressão de suas convicções.Porventura. A palavra hebraica traduzida assim pode expressar tanto esperança quanto temor, não devendo ser considerada como sinal cie dúvida como a versão em português pode dar a entender. A declaração como um todo expressa a idéia de alguém que não se atreve a confiar na própria habilidade - alguém que se dá conta de que “não é dos ligeiros o prêmio, nem cios valentes, a vitória” (Ec 9:11). E possível que Hebrom houvesse caído de novo nas mãos de seus antigos habitantes, depois de ter sido tomada por Josué. Por outro lado, com certeza, o pedido de Calebe se referia principalmente ao território adjacente, onde os anaquins ainda resistiam em suas fortalezas. O exemplo de Calebe, de dependência total de Deus, atesta da certeza da presença divina em todas as iniciativas dos servos de Deus. Podemos não ter os melhores equipamentos à disposição nem preparo superior,mas “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31).
Js.14:13 Sem comentário para este versículo
Js.14:14 14. Perseverara em seguir. Ver com. do v. 8.
Js.14:15 15. Ouiríate-Arba. Ou iria tc significa “cidade”, e Arba é o nome do pai de Anaque (Js 15:13), de quem se originaram os anaquins. Quando esta cidade é mencionada pela primeira vez nas Escrituras, é chamada de Hebrom (Gn 13:18); ela foi construída ou reconstruída pelos anaquins e recebeu o nome de Quiriate-Arba.Depois que o território foi recuperado por Calebe, a cidade foi denominada Hebrom, que significa "aliança”. Deriva do verbo heb. chctbar, que tem o sentido de “associar-se”, "unir-se em comunhão”, ou “aliar-se”.E a terra repousou. Esta declaração aparece em Josué 11:23, onde sua posição é perfeitamente natural. Lá, ela encerra o registro das guerras de Josué. Não é tão fácil explicar a presença da expressão neste versículo, mas parece se referir à terra que Calebe tomou dos anaquins. Pode também tratar-se de uma reiteração do término das campanhas de Josué. Depois disso, a conquista consistiu mais de batalhas isoladas do que de guerras gerais. O inimigo fora desarticulado e esfacelado, e Israel podia entrar e ocupar a terra sem muita resistência. Deus havia prometido ir à frente do povo para dominar o restante da terra, e se Israel tivesse avançado com fé e obediência, a região logo teria descanso no sentido mais pleno da palavra.Capítulo 15I Os limites da herança de Jadá. 13 A porção de Calebe e a conquista que ele empreendeu. 16 Otniel recebe a mão de Acsa, filha de Calebe, em casamento, como recompensa por sua coragem. 18 Ela consegue uma bênção do pai.J A sorte da tribo dos filhos de Judá, segundo as suas famílias, caiu para o sul, até ao limite de Edom, até ao deserto de Zim, até à extremidade do lado sul.Salgado, até à foz do Jordão; e o limite para o norte será da baía do mar, começando com a embocadura do Jordão,jOSUE 15:1Jerusalém; e sobe este limite até ao cimo cio monte que está diante do vale de Hinorn, para o ocidente, que está no fim do vale dos Refains, do lado norte,
Js.15:1 1. Filhos de Judá. Alguns têm sugerido que a parte do relato iniciada por este capítulo podería começar melhor com a última frase do capítulo anterior. Assim, se leria: “E a terra repousou da guerra, e a sorte da tribo dos filhos de Judá, segundo as suas famílias, caiu para o sul, até...", etc. Josué distribuiu a herança cie Judá, Efraim e da metade de Manassés antes de deixar o acampamento de Gilgal. Por algum motivo não especificado, a divisão do restante da terra não foi concluída de imediato. É provável que Judá e os filhos de José fossem mais proativos e desejassem tomar posse, de suas heranças a partir daquele mesmo instante, enquanto as outras tribos seriam mais relutantes e temerosas. Por outro lado, Judá e José eram os dois filhos de Jacó sobre quem recaía a primogenitura perdida por Rtíben. judá recebera o domínio, e José, a porção dobrada.Esse é o provável motivo para as duas tribos terem se estabelecido primeiro, Juclá no sul, e José na região central. Mais tarde, após a partida do acampamento para Silo, partes de suas porções foram dadas a algumas das sete tribos restantes. Além disso, foi feito um estudo mais preciso e abrangente cio restante da terra antes que fossem atribuídas porções às outras sete tribos. As detalhadas disposições da primeira partilha não foram arbitrárias. As tribos contempladas não apresentaram a atitude egoísta de reter seu quinhão quando ficou claro queoutras tinham menos para si. Vários ajustes posteriores foram feitos.Muitas das cidades da terra prometida foram destruídas há muito tempo, sem vestígios visíveis que possibilitem sua identificação. Muitas outras retêm seus antigos nomes ou características que as tornam reconhecíveis. Conhecem-se cidades suficientes do último grupo para localizar com notável precisão as fronteiras dos limites das tribos. Os arqueólogos cont inua mente encontram cidades e identificam com mais precisão nomes de lugares antigos, lançando mais luz ao panorama geográfico da Palestina. Os primeiros 12 versículos do capítulo definem os limites de Judá.Limite de Edom. Este versículo diz literalmente: ‘‘até o limite de Edom, o deserto de Zim, para a região desértica na extremidade do lado sul”. O território da tribo de Judá compreendia a parte mais meridional da terra. Fazia divisa com Edom a sudeste e, ao sul, com o deserto de Zim. A fronteira sul apresentada nesta passagem é idêntica ao limite sul de Israel descrito em Números 34:3-5.
Js.15:2 2. A baía que olha para o sul. Literalmente, ‘‘a língua que defronta para o sul". A LXX traz: "desde a região montanhosa que se estende para o sul”. A versão siríaca traduz: "e sua fronteira era desde o sul da praia do Mar Salgado; e se estendia de lá até a língua que se volta para o sul”. E provável que os tradutores da LXX compreendessem que a ‘‘baía”era a “língua’' de terra que se projeta no Mar \ lorto. Aversão siríaca, por sua vez, provavelmente foi influenciada pela LXX. O termo é, de modo geral, usado para designar o promontório saliente de terra, mas, ao analisar o contexto, percebe-se que, neste caso, ele se aplica melhor à parte sul do mar.
Js.15:3 3. Subida de Acrabim. Literalmente, "colina de escorpiões” ou "subida de escorpiões” (ver Nm 34:4), talvez por causa da quantidade de escorpiões existentes na região. Provavelmente ficava situada na metade do caminho entre o monte Ha Iaque e o Mar Morto, ü monte Halaque também é mencionado em Josué 11:17; 12:7.Passa a Zim. Seria mais preciso dizer "cruza na direção de Zim”, ou seja, a fronteira passava pela montanha.Cades-Barneia. A lrase completa diz, literalmente: “e subia do sul para Cades- Barneia”, numa distância considerável ao sul de Berseba. Alguns arqueólogos a identificaram com Am el-Qudeirãt, situada 118 km ao sul de Hebrom; outros com Ain Qedeis, cerca de oito a sudeste.
Js.15:4 4. Hezrom. Desconhece-se a localização exata de Hezrom, Adar e Carca. Fica claro que a fronteira seguia na direção noroeste de Cades até Adar, e dali fazia uma curva para o oeste, provavelmente seguindo o limite entre o deserto de Parã e o de Zim. Parece que Cades-Barneia se localizava nesse limite, já que é mencionada pertencendo a ambos os desertos (Nm 13:26; 20:1).Ribeiro do Egito. Acredita-se que a referência seja ao braço norte do Wadi el- 'Arisli. A fronteira seguia o vale até o mar Mediterrâneo.
Js.15:5 5. Foz do Jordão. A fronteira leste era formada por toda a costa do Mar Morto, desde a baía do sul até o extremo da baía ou “língua” ao norte (ver com. do v. 2), onde o rio Jordão desembocava no mar. A fronteira norte começava nesse ponto.
Js.15:6 6. Bete-Hogla. Literalmente, "casa da perdiz”. O lugar é hoje conhecido pelo nome de ‘Ain Hajlah. Fica a três quilômetros do Jordão, entre a foz desse rio e Gilgal, local do acampamento de Israel. Bete-Hogla se localizava na fronteira, mas pertencia a Benjamim.Bete-Arabá. Literalmente, "casa do deserto” ou "casa do Arabá”. A depressão do Jordão era conhecida por Arabá. A localização exata de Bete-Arabá é desconhecida, mas pode estar próxima de en Garabeh, a planície desértiea ao norte do Mar Morto. As vezes, é atribuída a Judá (v. 61) e, em outros casos, a Benjamim (Js 18:22).Pedra de JBoã. Esta passagem afirma que a fronteira subia até a pedra de Boã e, em Josué 18:17, onde a divisa é apresentada na ordem inversa, diz-se que descia à pedra de Boã. Com base nessa constatação, parece claro que a pedra devia ficar no lado da inclinação junto à montanha nessa área e, portanto, a oeste de Bete-Arabá. Não se sabe por que a pedra recebeu o nome deste filho de Rúben. Boã, rubenita, não vivia lá. Pelo menos a herança de sua tribo ficava do outro lado do rio. Mas, provavelmente, ele foi um dos que ajudaram Israel a conquistar a terra e, por realizar alguma façanha notável no decorrer dos acontecimentos, foi enterrado no local, e uma peclra foi erigida em memória dele.
Js.15:7 7. Debir. Não se trata da Debir de Josué 10:38, mas de um lugar chamado Thogret ed- I )<'/.v. no meio do caminho entre Jerusalém e Jerico.Vale de Acor. Planície ao sul de Jerico denominada el-Buqeah. Corre na direção sudoeste-norcleste por cerca de cinco quilômetros a oeste de Khirbet Qwnrân, na parte norte cio deserto de Judá (ver com. do v. 61).Adumim. Este lugar fica na estrada de Jerusalém para Jerico. A palavra “subida” se refere a uma passagem montanhosa da região. A palavra usada para ribeiro significa “torrente de inverno’’ e representa um valeque costuma ficar seco, a não ser durante o período de chuvas invernais. Acredita-se que o vale seja o moderno Talat ed-Danim.Aguas de En-Semes. Literalmente, “a fonte do sol". A localização exata desta fonte, na estrada de Jerusalém para jerico, é incerta, mas pode ser que se trate de Ain eí-Hôd, a uma curta distancia de Betânia. Trata-se do último lugar para obter água antes de chegar ao Jordão, e é conhecida como Fonte dos Apóstolos.En-Rogei. Literalmente, "fonte do espia”. Era um posto ou fonte que ficava fora de Jerusalém, na junção dos vales de Cedrom e Hinom.
Js.15:8 8. Vale do Filho de Hinom. É, às vezes, chamado simplesmente de "vale de Hinom”. Desse termo heb. ge hinnom, deriva a palavra gregagehenna, traduzida por "inferno" na ARA (Mt 5:22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15; Mc 9:43, 45, 47; Lc 12:5; Tg 3:6). O lugar tem má reputação nas Escrituras, por causa dos sacrifícios, inclusive de crianças, oferecidos ali a Moloque, pela profanação de seu alto por Josias (2Rs 23:10) e pelo lato de os detritos de Jerusalém passarem a ser queimados no local. Crê-se que a palavra Hinom é o nome de alguém a quem o vale pertenceu certa vez. Outros, no entanto, sugeriram que o termo pode se originar de uma palavra obsoleta que significa “chorar” ou "lamentar”, e que essa designação seria apropriada, já que o vale foi o cenário do sacrifício de tantas crianças inocentes (ver 2Rs 23:10; Jr 7:31). Depois que o rei Josias tirou a imagem desse vale e profanou o lugar alto, parece que ele se converteu num depósito de imundícia e de refugo trazidos de Jerusalém. Era, portanto, abominável a todos. Supõe-se que fogueiras eram mantidas acesas continuamente para consumir as impurezas e evitar infecções. O vale ficava a sudoeste de Jerusalém e fazia fronteira com o vale de Cedrom na extremidade sudeste da cidade, onde se localizava En-Rogel.Do lado dos jebuseus do sul. Literalmente, "ombro do jebuseu”, numa provável referência à serra ou ao planalto no qual se localizava a cidade de jebus. Uma vez que a fronteira ficava ao sul de Jerusalém, a cidade foi deixada inteiramente no território de Benjamim.Ao cimo do monte. A expressão, em seu contexto, quer dizer literalmente: "a cabeça do monte, que defronta o vale de Hinom na direção oeste”.Vale dos Refains. Este vale, também mencionado em 2 Samuel 5:18, se estendia para o sul em direção a Belém, a partir do canto sudoeste de Jerusalém. A região era bastante fértil, cobiçada pelos inimigos que atacavam a cidade. Foi palco da derrota dos filisteus em duas ocasiões (2Sm 5:18-22; 23:13; iCr 11:15; 14:9).
Js.15:9 9. Neftoa. Estava cerca de quatro quilômetros a noroeste de Jerusalém, bem próximo a Emaús. O local é conhecido hoje como Lifta.Monte Efroin. Uma cordilheira próxima à estrada que leva de Jerusalém a Jope, ao longo da qual se localizam Soba, Kartal, Kulonieh e outras pequenas vilas. O limite ainda seguia na direção noroeste.Baaíá. Mais conhecida pelo nome de Quiriate-Jearim. Com certeza, o lugar foi, em tempos antigos, um alto cananeu de adoração a Baal. Muitos o identificaram com a aldeia moderna de Tell el-Azhar, pequena vila serrana a cerca de 13 km de Jerusalém, na estrada para Jope. Quiriate-Jearim foi o local onde permaneceu a arca por 20 anos após ser devolvida pelos filisteus (ISm 7:1,2).
Js.15:10 10. Dá volta. Literalmente, "vira”. Ou seja, de Baalá a fronteira fazia uma curva da direção noroeste para o oeste.Monte Seir. Uma serra que se estende para o sudoeste, a partir de Quiriate-Jearim, conhecida hoje pelo nome de Sans. Seir, termo do qual deriva a palavra Sa/f.s, significa "cabeludo”. Da mesma maneira queOuiriate-Jearim quer dizer "cidade de florestas”, sem dúvida essa cordilheira recebeu tal nome por ter muitas árvores. Não há nenhuma relação entre este monte e o monte de Seir que ficava no território de Esaú.Quesalom. E provável que corresponda à moderna Kesla, também chamada de Har- Jearim, "montanha de florestas", assim como Quiriatc-jearim significa "cidade de florestas". Ao que parece, no passado, a região era coberta por bosques.Bete-Semes. Literal mente, “casa do sol" ou "templo do sol”. O Sol era objeto de culto dos cananeus; portanto, fontes e colinas eram dedicadas a ele. Bete-Semes ficava por volta de 25 km a sudoeste de Jerusalém, no caminho para Asdode e para o mar. O lugar é conhecido hoje como fell er-Rumeileh. Foi nesse lugar que muitos pereceram por olhar dentro da arca, nos tempos de Samuel (lSm 6:19).Tímna. Cidade que fica cerca de sete quilômetros a oeste-noroeste de Bete-Semes.
Js.15:11 11. Ao lado de. Esta passagem diz, literal mente, "para o ombro da colina ao norte de Ecrom'’. Dentre as cinco cidades dos li lis- teus, Ecrom era a que se situava mais ao norte e ficava no meio do caminho entre as montanhas da Judeia e o mar. Já que a fronteira passava pouco ao norte da cidade, Ecrom fazia parte do território de Judá e, mais tarde, de Dã.Siquerom. Povoado na fronteira norte de judá.Monte de Baalá. Provavelmente corresponda a uma pequena cadeia de montanhas quase paralela à costa, a oeste de Ecrom. Alguns têm sugerido que ela era dedicada a Baal, por compreender os últimos montes pelos quais o sol passava antes de se pôr.Jabneel. Literalmente, “um deus faz construir ”. Esta aldeia ficava 20 km ao sul de Jope e a sete do Mediterrâneo, na direção do interior, na estrada que partia de Gaza. Foi identificada com a vila de Yebna.Nos livros apócrifos, aparece com o nome de Jamnia. Foi para lá que fugiram muitos eruditos judeus e membros do Sinédrio antes da queda cie Jerusalém, no ano 70 d.C. Transformou-se num centro de ensino judaico no 1° e no 2° séculos d.C.
Js.15:12 Sem comentário para este versículo
Js.15:13 13. A Calebe. Ver com. de Js 14:12. Provavelmente o verbo deveria ser traduzido por “dera” (ver Js 14:13). O mesmo parágrafo aparece também cm Juizes 1:10- 15, com pequenas variações. E provável que o narrador de Juizes tenha copiado do relato mais antigo, acrescentando suas próprias e pequenas alterações. Dificilmente representem, como defendem alguns, duas fases da conquista de Hebrom, já que as mesmas circunstâncias acompanham cada relato.Seria curioso se Sesai, Aimã e 'Palmai, mencionados mais de 40 anos antes, quando os 12 espias haviam sido enviados a partir de Cades-Barneia (Nm 13:22), ainda estivessem vivos. Acredita-se, no entanto, que esses três nomes se refiram a clãs de ana- quins, não a pessoas.
Js.15:14 14. Filhos de Anaque. Literalmente, “descendentes de Anaque". Esta expressão dá apoio à observação feita, no v. 13, em relação aos três filhos de Anaque.
Js.15:15 15. Debir. Ver com. de js 10:38.
Js.15:16 16. Darei minha filha Acsa. Na Antiguidade, os pais tinham direito absoluto de arranjar, a seu critério, o casamento dos filhos, e estes aceitavam sem questionar se tal procedimento era ou não apropriado. Não se deve supor que, ao fazer esta oferta, Calebe tenha transformado a filha em objeto de vil conflito entre homens de todo tipo. Sem dúvida, ele estava ansioso por casá-la com um homem honrado por seu zelo e energia, com alguém reconhecido pela valentia e disposição de se arriscar pela causa de Deus. Talvez também tivesse em mente uni-la com uma pessoa que fosse de seu nível social. Ele não prometeu dar a filha em casamento ao primeiro que entrasse na cidadede Quiriate-Sefer, mas ao que atacasse e tomasse o local. Nenhum homem sozinho seria capaz cie tomar uma cidade fortificada. Portanto, a promessa provavelmente se limitava aos chefes do exército que estavam sob seu comando.
Js.15:17 17. Irmão de Calebe. Crê-se que o irmão de Calebe era Quenaz, e não Otniel (ver com. de Js 14:6). Posteriormente, Otniel demonstrou ser digno tanto de sua obra corno da recompensa, pois se tornou libertador e juiz em Israel (Jz 3:9-11).
Js.15:18 18. Insistiu com ele para que pedisse. Alguns manuscritos gregos dizem: ‘ele insistiu com ela para que pedisse”. E assim também que o episódio é contado na LXX e em juizes 1:14. A versão ARA, contudo, faz a tradução correta do hebraico nas duas passagens. A LXX, neste versículo, diz: "ela o aconselhou, dizendo, eu pedirei”’. Ao que parece, Otniel prontamente consentiu com o pedido da esposa, mas parece ter preferido que ela mesma o fizesse. Talvez não quisesse fazer nada que desse a impressão de estar tirando vantagem da boa vontade de Calebe cm relação a ele como genro.
Js.15:19 19. Terra seca. Do heb. erets hanne- geb, A palavra negeb significa "seco”. Passou a designar também o "sul” porque a parte sul da Palestina era seca e, assim corno em qualquer deserto, tudo ao sul da Palestina era árido. A filha de Calebe disse ao pai que ele lhe dera uma terra seca, e agora ela queria um campo com uma fonte de água de onde pudesse extrair irrigação para o território árido. Sem dúvida, há, nesse incidente, uma lição proveitosa, uma vez que foi registrado na Bíblia. O cristão também deve pedirão Pai celestial fontes de bênção para irrigar o coração árido. Ouando o fizer, Ele também dará porção dobrada, tanto as fontes superiores como as inferiores, com as quais se pode a b a s t e c er c o m pl e t am ent e.
Js.15:20 20. Esta é a herança. Esta expressão mostra que todo o parágrafo anterior,do v. 13 ao 19, é um parêntese. O território atribuído a Judá tinha cerca de 70 km de comprimento por 80 de largura, com características variadas, e muitas características naturais positivas. Compreendia quatro regiões distintas: (1) o Neguebe, ou sul, a terra “seca”, que ficava entre as montanhas centrais e o deserto; (2) a região de colinas baixas, geralmente denominada Sefelá — a faixa de terra entre as montanhas centrais e a praia arenosa do Mediterrâneo; (3) as montanhas, que se erguiam no Neguebe, ao sul de Hebrom, e se estendiam até Jerusalém, ao norte, limitadas pelo deserto do Mar Morto a leste, e pelo Sefelá a oeste; e (4) o desolado deserto de Judá, ou “região montanhosa”.
Js.15:21 21. As cidades no extremo sul. Estas são as cidades do Neguebe, o extremo sul da herança. Mencionam-se que 38 cidades pertenciam à região, mas a maioria delas tem limitada importância histórica e é pouco conhecida. O autor do livro ordenou as cidades, de forma metódica, em quatro grupos, cio leste para o oeste. O primeiro consiste de nove cidades localizadas na fronteira de Eclom, em direção ao sudoeste do Mar Morto. Delas só se conhece Cades-Barneia e Cabzeel, lugar onde nasceu Benaia, o leal herói de Davi, que pode ter conquistado a fama de matador de leões nesse lugar. O grupo seguinte, de cinco ou seis cidades, contém Oueriote-Llezrom (ou Queriote e Hezrom, conforme a K[V). Não foi identificada com nenhum sítio conhecido, mas se situava no extremo sul de judá. Segundo a tradição, seria a cidade natal de judas, da qual derivou o nome Iscariotes (do heb. ’lsh Oeriyyoth, "homem de Queriote”). Entre as nove cidades do grupo seguinte, que ficavam mais ao norte, aparece a histórica Berseba, famosa ainda hoje por seus poços de água viva. Muito embora a província de Judá originalmente se estendesse um pouco mais ao sul, Berseba costuma ser usada para representar o limite sul. Por isso,a expressão ‘'desde Dã até Berseba” alude a todo o país, de norte a sul. O quarto grupo, que compreende 13 cidades, ficava a oeste e sudoeste, e nele estava incluída Ziclague, lugar célebre por sua participação na história de Davi.
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Js.15:32 32. Vinte e nove cidades, Há duas explicações para a discrepância entre o número de cidades listadas, 38, e o número apresentado neste versículo. Nove destas cidades, a saber, Berseba, Molada, Hazar- Sual, Baalá, Ezém, Horma, Ziclague, Aim e Rimom, foram posteriormente dadas à tribo de Simeão (Js 19:2-7). E possível que o autor, ciente desse fato, não as tenha incluído no total, embora haja mencionado o nome das cidades. Essa é a explicação judaica e parece satisfatória. Mas, talvez, a explicação se encontre na falta de conhecimento acerca de como esses nomes devem ser interpretados. O nome de várias cidades da região é expresso por palavras compostas. Uma vez que muitos dos lugares mencionados já não existem e o nome de outros sofreu alterações, os tradutores podem ter unido nomes que deviam estar separados e, em muitos casos, ter separado nomes que deveríam ficar juntos (ver com. do v. 21). Essa falta de informação pode facilmente ter aumentado para 38 o número.
Js.15:33 33. Nas planícies. A divisão seguinte do território de judá correspondia às “planícies” ou Sefelá, a faixa de terra entre as montanhas centrais e a planície da costa do Mediterrâneo. Tratava-se de uma região de montes calcários aproximadamente 150 m acima do nível do mar. O território abarcava grande número de cidades, ordenadas pelo autor em quatro grupos. Em primeiro lugar, vem a porção nordeste. Entre suas 15 cidades (o v. 36 diz que são 14; os dois últimos nomes podem representar o mesmo lugar), há dois lugares ligados à história de Sansão: Estaoi e Zorá, onde vivia Manoá. Zorá foi identificada com um lugar serrano acima do quehoje se conhece por Wadi ets-1 sarar, cerca de 24 km a oeste de Jerusalém. O grupo também inclui a capital dos cananeus, Jarmute; Adulão, o refúgio de Davi; Socó, hoje chamada de Khirbet Abbâ, três quilômetros ao sul de Jarmute, e Azeca, já mencionada em ligação com a fuga depois da batalha de Bete-Horom (Js 10:10, 11). O segundo grupo compreende 16 lugares todos situados na planície, inclusive as cidades cananeias de Laquis, Eglom e Maquedá. O terceiro grupo, de nove cidades, compreendia a parte sul do território limítrofe à região montanhosa. Nele se encontravam Libna, conquistada pela coragem de Josué; Queila, cidade que Davi salvou dos filisteus, situada sobre uma colina pouco mais de quatro quilômetros ao sul de Adulão; e Maressa, fortificada mais tarde por Roboão e famosa nos tempos de Asa. Fica próxima à moderna Merash, mais de um quilômetro ao sul de Beit-jibrui (Eleuterópolis). O quarto grupo inclui as cidades do litoral filisteu. Todas as cidades mencionadas acima são lugares importantes da Sefelá.
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Js.15:48 48. Na região montanhosa. A terceira e mais importante divisão do território era a “região montanhosa”. Começando no Neguebe, ao sul de Hebrom, essa região se dirige para o norte, até Jerusalém. Faz fronteira, a leste, com o deserto do .Mar Morto e, a oeste, com a Sefelá. O ponto mais alto fica perto de Hebrom e chega a mais de mil metros acima do nível do mar. As cidades enumeradas nesta seção estão ordenadas em cinco grupos.O primeiro grupo (v. 48-51) compreende 11 cidades localizadas na parte sudoeste, dentre as quais podemos destacar Jatir, a moderna Khirbet Attir, situada 21 km a sudoeste de Hebrom; Socó, hoje denominada Khirbet Shuweikeh; Debir, à qual já se fez referência (Js 10:38, 39); Estemoa, hoje es-Semü, um dos lugares de refúgio de Davi; e Gilo, a cidade natal de Aitofel, conselheirode Absalão, e também o local onde aquele se suicidou. Provavelmente é a atual Khirbet Jâla, pouco mais de dez quilômetros a noroeste de 1lebrom. O segundo grupo, ao norte do primeiro, compreende nove cidades, dentre as quais se destaca Hebrom. Nenhuma das outras é importante.No terceiro grupo de cidades (v. 55-57), composto de dez vilas mais próximas do deserto meridional, figuram algumas relacionadas à vida de Davi enquanto esteve foragido. Inclui Maom, localizada 13 km ao sul de Hebrom, onde vivia o perverso Nabal; e Jezreel, de onde provinha Ainoã, esposa de Davi. Ali também está Timna, não a cidade de mesmo nome presente na história de Sansão, mas, sim, o lugar onde o patriarca Juclá subiu para tosquiar suas ovelhas, a pouco menos de 15 km ao sul de Belém. E notável que Belém não figure nas listas. Essa cidade nunca desempenhou um papel importante na história, exceto pelo nascimento de Davi e de Jesus, acontecimentos que a tornaram mundialmente famosa. Segundo o profeta Miqueias (Mq 5:2), a cidade de Belém permanecia quase que em total obscuridade. Talvez nos tempos de Josué ainda não houvesse se tornado digna de menção.O quarto grupo compreende seis cidades situadas ao norte de Hebrom, e o quinto grupo, só duas cidades a oeste de Jerusalém, Quiriate-Jearim, conhecida em épocas anteriores como Baalá ou Quiriate-Baal, e Rabá, lugar não identificado nas colinas próximas a Ouiriate-jearim.
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Js.15:61 61. No deserto. As últimas seis cidades mencionadas dentro da posse de Judá estão situadas no deserto ao sul de Jerico, a oeste do Mar Morto. No ponto mais ao norte ficava Bete-Arabá, no Wadi Keít (ver com. do v. 6); as duas mais ao sul eram a Cidade do Sal (provavelmente Qumrân), na margem noroeste do Mar Morto, e En-Gedi, quase na metade de caminho para a costaocidental (ver com. de ISm 24:1). Entre elas, são enumeradas também três cidades não identificadas com segurança. Talvez sejam os três sítios de ruínas do vale de Acor, ou el-Buqéah (ver com. do v. 7): Khirbet Abu labaq, Khirbet es-Scrmrah, Khirbet el-Maqari. En-Gedi, "a fonte do cabrito”, ainda é conhecida por sua fonte termal, e Khirbet Qumrân é famosa por ter funcionado como um centro essênio, onde foram encontrados os manuscritos do Mar Morto.
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Js.15:63 63. Não puderam [...] expulsar. Com base nos relatos de Juizes 1:8 e 21 e de 2 Samuel 5:6, fica evidente que o povo de judá tomou e incendiou pelo menos parte da cidade de Jerusalém, mas talvez não tenha conseguido tomar a fortaleza localizada no monte Sião. Josué conseguiu matar o rei (Js 12:10), mas a cidade continuou em poder dos jebuseus até que a tribo de Judá a queimou. Depois disso, segundo parece indicar a breve narrativa, os jebuseus voltaram a possuir a cidade e a reconstruíram, mantendo o controle dela até o tempo de Davi.Na distribuição original, Jerusalém pertencia ao território de Benjamim, porque a fronteira passava pelo vale ao sul da cidade. Embora atribuída a essa tribo, por alguma razão, os filhos de Judá desejavam compartilhar com os benjaimitas a posse da cidade, conforme evidenciado pelo ataque que fizeram a ela (Jz 1:8). Mais tarde, tornou-se conhecida como a cidade de Davi.Há nisso uma implicação espiritual. .Antes do tempo de Davi, Judá não conseguiu expulsar os jebuseus. Isso pode ter ocorrido por causa da incredulidade, proveniente da consciência do pecado ou da falta de confiança em Deus, levando a tribo a não se sentir à altura da tarefa. A lição é clara. Toda vez que a pessoa se recusa a fazer o que Deus manda, com o pretexto de incapacidade, também manifesta incredulidade. Se a fé é perdida, o medo chega e toma seu lugar. Quando não há fé em Deus, o coraçãodesfalece diante dos inimigos. O zelo também vai embora, abrindo espaço para a inércia e indiferença.Até ao dia de hoje. Este versículo é uma prova adicional de que o livro de Josuénão foi escrito depois do tempo dos reis judeus, como alguns tentaram provar, pois, quando o relato foi feito, os jebuseus moravam com os filhos de Judá, o que deixou de ocorrer depois do reinado de Davi.Capítulo 16J Os limites gerais dos filhos de José. 5 O limite da herança de Efraim. 10 Os cananeus não são conquistados.norte, de onde torna para o oriente até Taanate- Siló, e passa por ela ao oriente de Janoa;
Js.16:1 1. Filhos de José. Em ordem de primazia, a tribo de Judá aparece em primeiro lugar e, em segundo, os filhos de José. Essas posições relativas são sugeridas em 1 Crônicas 5:2: “Judá, na verdade, foi poderoso entre seus irmãos, e dele veio o príncipe; porém o direito da primogenitura foi de José.’’ Consequentemente, houve três etapas sucessivas na distribuição da terra de Canaã sob a liderança de Josué: primeira, o estabelecimento da tribo de Judá nas fortalezas do sulda Palestina; segunda, o estabelecimento de Efraim e .Manassés no centro do país e em alguns lugares fortificados ao norte; terceira, a distribuição das tribos restantes, a fim de preencher os espaços deixados entre Judá e José, e também para estabelecê-las em volta dos territórios dos primeiros, para que ficassem como que à sombra das asas deles.Ao descrever o território de José, o narrador não dá tantos detalhes quanto os fornecidos sobre os limites de Judá, e por issoé difícil traçar com precisão as fronteiras clessa tribo. Também não há conhecimento cia lista de cidades, como no caso de Judá. Não se sabe o motivo cia omissão. Alguns sugeriram que, como pertencia à tribo de José, Josué recebeu a incumbência de distribuir o território de sua tribo; portanto, as minúcias a esse respeito não foram proferidas cm público. Essa seria a razão para ter ficado fora cio registro a descrição da fronteira e das cidades. Outra particularidade da narrativa é o entrelaçamento da tribo de Efraim com a de Manassés, uma vez que Efraim recebeu a posse de algumas das cidades de Manassés. Parece ter se tratado de um acordo pacífico, regido pela boa vontade.Começando no Jordão. Literalmente, “saindo do jordão”. Começando desde o Jordão, bem em frente a Jerico, a fronteira sul se dirigia até as “águas de Jerico”, a “fonte do Sultão”, onde Eliseu realizou um milagre, passando por ela pelo lado leste. Dali, a fronteira continuava para o leste, deixando a cidade de Jerico ao sul.Vai ao deserto. No hebraico não há preposição antes da palavra "deserto”, mas é necessário acrescentá-la. É provável que a expressão “pelo caminho do” represente melhor o pensamento cio autor. A região destacada neste versículo é a chamada de deserto de Bete-Aven (Js 18:12). Pelo que se pode deduzir de Josué 7:2 que Bete-Aven ficava a leste de Betei.Até Betei. A preposição heb. be, traduzida nesta passagem por “até”, transmite, na verdade, a idéia de “em”, ou “nas proximidades de”. Alude-se à região montanhosa em volta de Betei. Depois de passar ao norte e a leste de Jerico, a fronteira continuava pelo deserto cie Bete-Aven (ver Js 18:12) e subia por um dos desfiladeiros, ou o Wadi Hcirith ou o Wadi Snweinit, e pelos montes que rodeavam Betei.
Js.16:2 2. De Betei saí para Luz. Betei significa, literalmente, "casa de Deus” e recebeuesse nome porque Jacó teve ali a visão divina registrada em Gênesis 28. Pelo que se diz em Gênesis 28:19, parece que o lugar ficava perto de Luz, mas se tratava de uma cidade diferente, localizada num dos campos vizinhos, onde Jacó passou a noite. As duas ficavam tão próximas que provavelmente passaram a ser consideradas uma só cidade posteriormente (ver Js 18:13; jz 1:23).Ao limite dos arquitas. Literalmente, “fronteira dos arquitas”. Husai, amigo cie Davi, era arquita (2Sm 15:32), mas não se sabe muito sobre essa tribo ou sobre sua origem.Atarote. E incerta a localização desta cidade, mas pensa-se que corresponda à Atarote-Adar, que também não loi identificada.
Js.16:3 3. Limite de Jaflete. Pouco se sabe sobre o clã de Jaflete, já que só existe mais uma referência (iCr 7:32, 33) a alguém com esse nome. De acordo com essa referência, Jafl ete foi bisneto de A ser. E possível que essa família da tribo de Aser logo tenha se estabelecido nesta parte do território de Efraim, e ali permanecera. De Betei, então, a fronteira seguia na direção noroeste para Atarote e, depois, descia para o sudoeste, onde tocava o limite de Jaflete até a divisa de Bete-Horom de baixo.Bete-Horom. A Bete-Horom de baixo ficava num nível cerca de 200 m mais baixo que a Bete-Horom de cima, embora as duas estivessem a menos de três quilômetros de distância uma da outra. Estas aldeias, estrategicamente localizadas, controlavam a passagem da planície de Aijalom para Jerusalém. Hoje, Bete-Horom de baixo é conhecida pelo nome de Beit ‘Ur et-Tahta (ver com. de Js 10:10).Gezer. Ver com. de Js 10:33.
Js.16:4 Sem comentário para este versículo
Js.16:5 5. Atarote-Adar. Não é fácil compreender a menção desta cidade a leste. Contudo, caso esta Atarote-Adar seja a mesma mencionada no v. 2, o que parece quase certo,então a fronteira desde Atarote (ver com. do v. 2) se estendería na direção meridional até chegar a Bete-Horom. Esta seção, portanto, poderia ser considerada parte da fronteira leste de Efraim.
Js.16:6 6. Vai o limite para o mar, Para mais clareza, esta oração deveria estar conectada à ultima do v. 5. Aqui é mencionada a "Bete- Horom de cima", em lugar de "Bete-Horom de baixo", do v. 3. Porém, os dois lugares ficavam muito próximos, e é possível que a menção de ambos em separado sirva para indicar que as duas cidades pertenciam a Efraim. A partir desse lugar, a fronteira se dirigia para o mar, passando por Gezer, conforme já mencionado no v. 3.Com Micmetate. A palavra "com" não está no texto original. Com Micmetate, o autor começa a definir a fronteira norte, e esta frase não deveria estar ligada à anterior. Em Josué 17:7, é dito que a cidade se localizava “a leste de Siquém”, possivelmente a uma pequena distância para o leste ou sudeste.Torna para o oriente. Literalmente, “vira em direção ao leste". Pensa-se que o caminho partia de Tapua (ver v. 8), a nordeste de Micmetate, e de lá rumava para Taanate-Siló, a leste.Taanate-Siló. Acredita-se que corresponda a Khirhet Tdnah el-Fôqa ou a Ain lana, local de ruínas a sudeste da moderna Nablus, próxima ao sítio da antiga Siquém.Oriente de Janoa. E provável que se trate de Khirhet Yanún, hoje uma ruína, quase dez quilômetros a sudeste de Siquém.
Js.16:7 7. Atarote. Não é a mesma Atarote dos v. 2 e 5, mas uma vila no limite norte de Efraim, junto ao vale do Jordão. Fica evidente que ela se localizava no final do vale, porque o texto fala de descer de Janoa a Atarote. O nome da cidade significa "coroas".Naarate. Chamada de Naarã, em 1 Crônicas 7:28. Cidade localizada no leste de Efraim. E provável que se trate de Khirhetel ‘Auja, pouco mais de oito quilômetros a norte-nordeste de Jerico. A partir deste ponto, o limite se estendia para o sul e chegava à fronteira de jerico, que, por sua vez, pertencia a Benjamim.
Js.16:8 8. De Tapua [...] para o ocidente. Tapua significa “maçã". Tapua ficava a sudoeste de Micmetate (js 17:7). O autor começa a descrever com mais detalhes a parte ocidental da fronteira norte. Acredita-se que Tapua ficava quase 13 km a sudoeste de Siquém. De lá, a fronteira seguia para o oeste, em direção ao ribeiro de C una.Ribeiro de Caná. Mais uma vez, a palavra “ribeiro” é usada para se referir a uma torrente de inverno. O nome foi denominado Caná, “lugar de juncos", por conter grande quantidade dessa planta. A fronteira seguia este ribeiro até o mar.
Js.16:9 9. As cidades que se separaram. Literal mente, “as cidades, as separações”, ou seja, "as cidades apartadas”. Estas foram as cidades apartadas do território de Manassés para os filhos de Efraim, cias quais somente Tapua é mencionada por nome (Js 17:8). Em Josué 17:11, encontra-se uma lista das cidades de Aser e Issacar que foram dadas a Manassés. Essa tribo, por sua vez, cedeu a Efraim algumas de suas cidades. A partilha mútua e a cessão de território a outra tribo tendia a produzir solidariedade entre as diversas tribos e impedia a desunião. O interesse das tribos mais fortes seria atendido enquanto concluíam a conquista do território destinado às mais fracas. E comum ajudar a si mesmo quando se auxilia os outros. A coesão das dez tribos em oposição a Judá anos mais tarde, até a cisão, pode ter se originado na forma inicial de divisão e compartilhamento da terra. E provável que, durante séculos, as cidades do norte abrigaram no coração sentimentos de ciúmes e ressentimento contra Judá, por causa da extensão do território da tribo em comparação com o delas.
Js.16:10 10. Não expulsaram. Os efraimitas foram acusados de não expulsar os cananeus de Gezer. Em lugar de fazê-lo, exigiram-lhes o pagamento de tributos. É provável que a real motivação para isso tenha sido a cobiça, para que os efraimitas pudessem ser beneficiados pelos serviços deles. A cidade e seus habitantes só foram destruídos nos dias de Salomão, quando faraó, rei do Egito, tomou Gezer e deu a cidade à sua filha, esposa de Salomão (IRs 9:16).Ao permitirem os estrangeiros permanecerem no meio deles, os efraimitas se expuseram a um perigo espiritual. A história posterior da tribo mostra que ela caiu tão completamente na idolatria que Deus, por meio de um profeta, declarou: “Efraim está entregue aos ídolos; é deixá-lo” (Os 4:17).O destino de Efraim e das tribos a ela associadas deve servir de advertência para os cristãos, a fim de que não se coloque em jugo desigual com os incrédulos (2Co 6:14). Esse tipo de relacionamento quase sempre é prejudicial.Ouando alguém professa estar em comunhão com os que amam ao Senhor, sem eliminar de forma determinada os hábitos que prendem a este mundo, corre risco de sucumbir aos males que eles produzem. Um cristão não pode desejar manter a amizade do mundo nem a associação com pessoas de mentalidade mundana como fazia antes de sua conversão, sem ser influenciado por elas. A segurança espiritual depende de urna relação independente com tudo aquilo que tende para o mal (ver com. de Js 17:18). jCapítulo 17de nossos irmãos. Pelo que, segundo o dito do Senhor, Josué lhes deu herança no meio dos irmãos de seu pai.Manasses vai ao norle cto ribeiro, terminando no mar,apenas e um quinhão, sendo eu tão grande povo, visto que o Senhor até aqui me tem abençoado?
Js.17:1 1. Também caiu a sorte, jacó preferira Efraim a Manassés (Cn 48:17-20), embora este fosse o primogênito. Nesta ocasião, Efraim foi honrado ao receber primeiro a descrição de sua herança. No entanto, Manassés era o primogênito e devia receber a "dobrada porção' (Dt 21:17) que lhe correspondia. Este capítulo trata principalmente do território destinado a Manassés a oeste do Jordão, mas se refere também à porção que a tribo já tinha recebido a leste do rio.Foram entregues (NVI). Estas palavras foram acrescentadas, e o sentido também é perieitamente preservado na tradução da \l\ \, que as omite: "Maquir [...] teve Gileade e Basa . O motivo para essa atribuição e expiesM) m. uiecão parentéi iea: "por- -i.,anto cia homí m de guerra . Maquíi, em m. |a de\ ia c-ãa, morto nessa época, i iibo de Manasses, nascera no Egito e, caso estivesse vivo, teria por volta de 200 anos de idade. E provável que ele tenha se distin- guiclo nas batalhas, ou então seus descendentes demonstravam um espírito guerreiro e seunome foi preservado por eles. De todo modo, Moisés e Josué reconheceram a habilidade dessa família na guerra e sentiram o desejo de confiar a ela a defesa do país de Basã, que fazia fronteira ao território de Israel,
Js.17:2 2. Os mais filhos. Na verdade, os nomes listados correspondem aos dois bisnetos de Manassés, porque são os filhos de Gileade (Nm 26:28-34), filho de .Maquir, filho de Manassés. Em Números 26:30, escreve-se “Jezer” em lugar de "Abiezer”, um provável erro de transcrição. Os outros nomes são idênticos. Em contrapartida, baseando-se numa comparação com 1 Crônicas 7:14-19, parece mais razoável considerar que estes seis nomes correspondam a famílias importantes, não necessariamente a seis irmãos.
Js.17:3 3. Zeioíeacie. I léfer, um dos seis filhos de Gileade |u mencionados, teve uni filho, Zelofeade, que morreu no deserto sem gerar filhos, No entanto, toe cinco filhas (Nm 26:33, 34; 27:1-5). Essas jo\ens precisaram defender a própria causa perante Moisés, a fim de receber a herança e preservar o nomedo pai. A decisão pronunciada por Moisés sob orientação divina era de que as mulheres dev iam herdar a parte do pai, com a condição de que se casassem com homens da própria tribo, para manter a propriedade em posse da mesma. As irmãs se casaram com primos, cumprindo assim a ordem (Nm 27:6- 11; 36:10-12). Este episódio demonstrou mais respeito pelos direitos das mulheres do que o comum naquela época. Estabeleceu o princípio de que a mulher não era mera propriedade, sem direitos próprios. Onde quer que os princípios do Deus verdadeiro são estabelecidos, a mulher é dignificada.
Js.17:4 Sem comentário para este versículo
Js.17:5 5. Couberam a Manassés dez quinhões. Literalmente, “as partes de Manassés, dez”. O v. 2 lista seis famílias, inclusive a de Héfer. Já que Zelofeade morreu sem deixar nenhum filho, suas cinco filhas receberam a porção que correspondia ao pai. Parece que a parte de Héler foi dividida em cinco, criando, assim, dez quinhões ao todo.
Js.17:6 Sem comentário para este versículo
Js.17:7 7. Desde Aser até Micmetate. A fronteira sul de Manassés, que fazia limite com Efraim, é descrita primeiramente. A descrição começa pela cidade de Aser, que deveria ficar em algum ponto da estrada entre Siquém e Bete-Seã (Citópolis) - isso se de fato fosse uma cidade, e não o território da tribo. Deste ponto em diante, a fronteira se dirigia para Micmetate, que estava situada em frente a Siquém, ou um pouco para o leste (ver com. de js 16:6). Siquém fica perto da moderna Nablus, localizada entre os montes Gerizim e Ebal.Rumo sul. Os hebreus pensavam nos pontos cardeais da perspectiva de um ponto a leste, que ficava à frente. O sul ficaria, então, à direita, em especial quando a palavra hebraica para “direita”, yamin, é precedida pelo artigo e a preposição ’el (rumo a), como nesta passagem. Portanto, de Micmetate, a fronteira fazia uma curva para o sul em direção aos habitantes de En-Tapua (ver com. de Js 16:8). A cidade de. Tapua pertencia aEfraim, mas o território adjacente era de Manassés. Com certeza, a fronteira se aproximava dos limites exteriores da cidade e dali se voltava para o oeste.
Js.17:8 Sem comentário para este versículo
Js.17:9 9. Ao sul do ribeiro. A palavra usada para “ribeiro” aqui é a que sign ifica “torrente de inverno”. Este curso d’água já foi identificado com o Abu Zahura, e por outros com o Nahr el-Kassab, no qual o velho nome cie “Ribeiro dos juncos’’ foi preservado. E provável que se trate do ribeiro que desemboca no Mediterrâneo, ao norte de Jope.Pertenciam a Efraim. Não fica totalmente claro quais eram essas cidades. Em Josué 16:9, também se refere a elas, e é possível que Tapua estivesse incluída no grupo. As outras não são mencionadas pelo nome, mas fica claro que Efraim tinha cidades no território de Manassés, e que Manassés tinha cidades no território de Issacar e de Aser. Foram acordos especiais feitos entre as tribos, a fim de conseguir certos ajustes territoriais para se adequar à população. Isso indica que existia certo grau de unidade entre as tribos mencionadas, ao menos no período inicial de sua existência.
Js.17:10 10. Tocam. Considerando que o território de Manassés ficava ao norte de Efraim através do comprimento do território de Efraim, o sujeito de “tocam” parece enigmático. Entretanto, ao levar em conta a descrição anterior e as declarações seguintes no v. 11, é provável que o sujeito seja os membros da tribo de Manassés. Desse modo, a frase seria: “pelo norte, [os de Manassés] tocam em Aser e, pelo oriente, em Issacar”. Segundo Josué 19:26, a tribo de Aser se estendia pelo sul até o monte Carmelo, e a tribo de Manassés chegava até Dor e suas cidades (ver v. 11), que ficavam nas redondezas do Carmelo. Assim, parece que o território das duas tribos formava uma junção no mar Mediterrâneo.
Js.17:11 11. Bete-Seã. Literal mente, “casa de descanso”. Foi uma cidade da tribo deIssacar destinada a Manassés. Ficava num lugar estratégico, na conjunção de dois vales importantes: o profundo vale do Jordão e o de Jezreel. E possível que, uma vez que Manassés era uma tribo guerreira e hábil defensora de Israel, lenha sido considerado sábio permitir que os membros dessa tribo ocupassem a fortaleza e residissem nela. Nos tempos do NT, Bete-Seã era uma das maiores cidades de Decápolis, chamada de Citópolis. Para os árabes modernos, é conhecida como Tell el Hutsn, perto da moderna Beisan (Bete-Sã), que perpetua o antigo nome.Ibleão. Hoje conhecida como Tell Beianieh. Era uma cidade bem fortificada, que fazia parte de uma série de fortificações, as quais se estendiam desde Bete-Seã até o litoral mediterrâneo. Ficava cerca de 20 km a nordeste de Samaria, na estrada para Megido. É provável que, junto com Bete-Seã, ela tenha sido dada a Manassés, para que a tribo a defendesse e também tivesse mais espaço para habitar.Dor. Cidade portuária no Mediterrâneo, localizada dentro da herança de Aser, mas dada a Manassés. Situa-se entre o cume do Carmelo e a Cesareia dos tempos do NT.En-Dor. Esta cidade ficava ao norte do monte Moré, seis quilômetros ao sul do monte Tabor e pouco mais de dez quilômetros a sudeste de Nazaré. A médium a quem Saul recorreu em desespero morava em En-Dor (ISm 28).Taanaque. Esta cidade controlava uma das passagens para a planície de Esdraelom. Ficava oito quilômetros a sudeste de Megido, e contava com uma fortaleza, localizada na estrada que levava do monte Carmelo à rodovia principal. Esta, por sua vez, conduzia da judeia para a Galileia. Hoje suas ruínas são conhecidas como Tell Tdannak.Megido. Cidade importante e estratégica com vista para a planície de Esdraelom. Suas ruínas foram identificadas com o monte chamado Tell el-Mutesellim. Parece ter havidouma razão militar para a cessão dessas cidades estratégicas à tribo de Manassés.Três outeiros. Literalmente, "três das alturas”. A LXX diz: "e a terceira parte de Mafetá e suas vilas. O siríaco traz “três vilas”. A ARC traduz por "três comarcas”. Vários comentaristas consideram que a expressão se refere às três cidades mencionadas anteriormente, as que ficavam sobre colinas ou outeiros, a saber, En-Dor, Taanaque e Megido — três cidades serranas em contraste com as da planície.
Js.17:12 12. Persistiam em habitar. A expressão indica a obstinação dos cananeus em sua resistência a ser expulsos deste território. Também traz consigo uma reflexão sobre a incredulidade e a covardia dos israelitas. Se tivessem feito o esforço requerido, Deus teria cooperado com eles para dar-lhes vitória completa.
Js.17:13 13. Sujeitaram. A LXX diz: “tornaram-nos obedientes”. É provável que a cobiça os tenha levado a fazer tal concessão. Por dinheiro e poder se faz de tudo para aplacar a consciência. No entanto, dinheiro sem retidão não é capaz de enriquecer uma causa justa. Muitas pessoas serão condenadas no juízo porque amaram mais as riquezas que a Deus. O Senhor deseja pessoas de fé e coragem que não se vendam nem se comprem, seja com dinheiro, poder ou honras.
Js.17:14 14. Uma sorte apenas. Nesta passagem, Efraim e Manassés são consideradas urna tribo, a de José. Pelo menos, era-lhes vantajoso serem vistos de tal maneira nessa ocasião. 1 provável que se recordassem da promessa e da profecia de jacó (Gn 48:22), na qual o patriarca, já idoso, dera a José uma porção superior à dos irmãos. Mas, ao mesmo tempo, lhes parecia conveniente esquecer que seus irmãos haviam recebido uma porção do outro lado do Jordão. Um espírito egoísta e cobiçoso sempre esquece o quanto já recebeu. E provável que Manassés e Efraim estivessem comparandosua porção com a que Judá recebera. Talvez também pensassem que, por pertencer à tribo de Efraim, Josué lhes demonstraria um favor especial. Josué, porém, era um grande homem e não cederia a uma proposta tão mesquinha e egoísta como a feita pelas tribos de Efraim e Manassés.Tão grande povo. Muitas pessoas reproduzem hoje a atitude dos filhos de José. Aqueles que têm uma opinião exaltada de si mesmos costumam pensar que sua grandeza deveria ser reconhecida por Deus e pelos homens; quando isso não acontece, creem que há algo de errado com o Senhor ou com as pessoas. No caso em questão, já que os descendentes de José eram um povo grande devido às bênçãos de Deus, deviam ter continuado a buscá-Lo em prol da continuidade das bênçãos, em vez de fazer um pedido injusto para que Josué lhes desse uma porção maior.Sempre existe o perigo de que os abençoados por Deus atribuam a bênção a algum mérito próprio. Essa pode ser a razão para não receberem outros benefícios celestiais. Tendem a interpretar de modo errôneo esses favores e, embora com os lábios deem o crédito a Deus, em seu coração louvam a si mesmos.
Js.17:15 15. Se és grande. Josué era sábio demais para questionar a presunção dos eíraimitas e manassitas. Na verdade, disse o seguinte a eles; “Se vocês são um povo tão grande graças às bênçãos de Deus, então Ele continuará a abençoá-los na conquista da terra. Vocês são bem capazes de cuidar de si mesmos. Dirijam-se para as vastas florestas da Palestina central e tomem posse delas.’ Fica claro, com base nessas declarações, que uma boa parte da Palestina central correspondia, naquela época, a uma vasta floresta com escassa população. Isso ajudaria a explicar a estratégia do ataque de Israel sob o comando de Josué a partir do centro da região, para dividir as forças dos cananeusdesde o começo da campanha. Assim, os israelitas puderam atacar com todas as suas forças os exércitos do sul e, depois de tê-los derrotado, voltarem-se contra os exércitos do norte.Ferezeus. Ver com. de Js 3:10.Refains. Do heb. refaim (ver com. de Js 12:4).
Js.17:16 16. Não nos basta. Literalmente, “não encontrado”, isto é, “não existe” ou “não é conquistado”. As montanhas, afirmavam essas tribos, não eram para elas. Seria difícil demais desmatá-las e preparar o terreno para a agricultura. Desejavam o vale, mas este era controlado pelos cananeus, munidos de armas poderosas.Carros de ferro. Não se tratavam de carros com estruturas de ferro, mas, sim, banhados no metal. Alguns negam a possibilidade de que houvesse instrumentos de ferro na época. No entanto, objetos de ferro encontrados na tumba do rei Tutancâmon são do mesmo século e provam a existência e o uso desse metal no período (ver também com. cie Gn 4:22). Essas armas eram formidáveis instrumentos de guerra, mas os filhos de José deveríam ter lembrado que Deus é muito maior, mesmo que os “carros de ferro”.
Js.17:17 17. Uma sorte apenas. Essas tribos não deviam considerar sua herança como uma só sorte, porque, na verdade, seria grande o suficiente caso se dispusessem a conquistá-la inteira. Se subissem até as florestas e abrissem clareiras, conseguiriam dobrar seu ler- i itoi io. E e\ idente que uma boa parte de sua puiçào era coberta por árvores nesse tempo -«¦. . \jan. dc 1 )t 8:7).icS. Cs suas cvíiermoau*. s. ôc abrissem va ninho em muu a íUm. Ua e ocupassem a montanha, podei iam dominar todos os vales. Depois de conquistar todos os desfiladeiros, conseguiriam expulsar os cananeus, apesar de seus carros de ferro.Expulsarás. Esta foi a ordem final para as tribos covardes. Ordem semelhante édada aos que abrigam pecados acariciados. Nem um mal sequer deve ser tolerado. Todo \ íu» corruptor deve ser expulso do coração. Qualquer vestígio de tolerância ou transigência trará ruína certa. Com frequência, encaram-se os pecados assim como Israel viu os carros de ferro, os quais parecem impossíveisde se vencer. Então, tranquiliza-se a consciência, fazendo os pecados "pagarem tributo" e permitindo que permaneçam. O resultado final é a derrota certa. O medo e a falta de fé e coragem são aliados de Satanás; mas a ordem de Deus ressoa por todas as eras: “expulsarás” (ver também com. de Josué 16:10).Capítulo 18o gráfico da terra, dizendo: Ide, correi a terra, levantai-lhe o gráfico e tornai a mim; aqui vos lançarei as sortes perante o Senhor, em Siló.Ouiriate-Baal (que é Quiriatc-jcarim), cidade dos filhos de Judá; este era o lado ocidental.
Js.17:18 "18. Às suas extremidades. Se abrissem caminho em meio a floresta e ocupassem a montanha, podei iam dominar todos os vales. Depois de conquistar todos os desfiladeiros, conseguiriam expulsar os cananeus, apesar de seus carros de ferro. Expulsarás. Esta foi a ordem final para as tribos covardes. Ordem semelhante é dada aos que abrigam pecados acariciados. Nem um mal sequer deve ser tolerado. Todo \ íu» corruptor deve ser expulso do coração. Qualquer vestígio de tolerância ou transigência trará ruína certa. Com frequência, encaram-se os pecados assim como Israel viu os carros de ferro, os quais parecem impossíveis de se vencer. Então, tranquiliza-se a consciência, fazendo os pecados ""pagarem tributo"" e permitindo que permaneçam. O resultado final é a derrota certa. O medo e a falta de fé e coragem são aliados de Satanás; mas a ordem de Deus ressoa por todas as eras: “expulsarás” (ver também com. de Josué 16:10)."
Js.18:1 1. Silo. Significa “lugar de descanso’’. E provável que o nome tenha sido escolhido para o local porque, depois de peregrinar por mais de 40 anos, final mente o taberná- culo do Senhor podia descansar. Parece que Siquém teria sido o local de escolha, situado nas imediações dos montes Ebal e Gerizim, que, em certo sentido, já haviam sido consagrados a Deus. No entanto, fica claro que Deus escolheu Siló, pelo menos em caráter temporário, para estabelecer ali Sua morada (Dt 12:5, II, 14). Três razões já foram destacadas para a conveniência deste lugar: (1) era central, (2) estava protegido e isolado e (3) ficava no território da tribo de Efraim, da qual Josué fazia parte. Dessa maneira, ele, o líder da nação, teria fácil acesso ao santuário sempre que precisasse consultar o Deus de Israel. As escavações arqueológicas confirmaram a declaração de juizes 21:19, que localiza Siló “para o norte de Betei, do lado nascente do sol, pelo caminho alto que sobe de Betei a Siquém”. Hoje o local é conhecido por Seilúii e se situa numa depressão entreao sul; este era o limite do sul.duas colinas baixas a leste, da estrada principal que vai de Jerusalém a Siquém, I 5 km ao norte de Betei e cinco a sudoeste de Lebona. Era a localização mais central para todas as tribos, e a arca permaneceu nesse lugar por cerca de 300 anos, até ser tomada pelos tílis- teus nos tempos de Eli i Sm 4:1-11; PP, 514).A terra estava sujeita. Depois que a região ao redor foi dominada e que as tribos de judá, Efraim e Manassés (Js 15-17) tomaram posse de suas terras, nada impedia que o tabernáculo fosse transportado do lugar protegido em Gilgal até uma localização central. Isso foi realizado ainda antes da divisão do restante da terra entre as sete tribos que faltavam.
Js.18:2 Sem comentário para este versículo
Js.18:3 3. Até quando sereis remissos [...]?Por terem vivido durante tanto tempo como nômades, os israelitas se mostraram relutantes em mudar o estilo de vida. Haviam enriquecido com os espólios dos cananeus e tinham fartura. Pareciam estar mais preocupados com a comodidade e a complacência do momento do que com a obtenção desua herança. Como ocorrera com os construtores de Babel, estavam contentes eom sua maneira de viver em comunidade. Ao que parece, não tinham a intenção de se espalhar e abandonar a boa companhia dos irmãos. Desde o começo, Deus estabeleceu o plano de que a humanidade se espalhe sobre a face da Terra, em vez de todos se reunirem num mesmo lugar. Assim que perderam sua visão espiritual, os seres humanos mostraram a tendência de se congregar e de procurar a proteção de outras pessoas, em vez de confiar no cuidado divino.Há uma implicação clara nisso. Após a conversão verdadeira e depois de se receber o direito á vida eterna, a grande preocupação deve ser a de trabalhar para entrar na posse da herança eterna. No entanto, por vezes, as pessoas se conformam com os despojos desta vida, assim como as sete tribos, e não sentem a urgência de prosseguir com as conquistas. É relevante a admoestação do apóstolo Paulo; “Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna” (lTm 6:12).
Js.18:4 4. Três homens. Não se sabe com exatidão se o texto se refere a três homens de cada uma das 12 tribos, ou se a três de cada uma das sete tribos restantes. A última opção parece mais provável, já que essas sete tribos eram as envolvidas. As outras já haviam recebido herança. Seriam, portanto, 21 homens ao todo.Façam dela um gráfico. Literalmente, "eserevam-na”. Ao que parece, os homens deveriain descrever a terra, o nome e o tamanho das cidades, a aptidão dos terrenos para a agricultura, a pecuária, etc., a fim de que o valor das propriedades pudesse ser devidamente determinado. Depois de obter essa informação, a delegação deveria dividir todo o território em sete partes, lassas idéias estão em harmonia com o relato de josefo a respeito desse episódio (Antiguidades, v.1.21). Quanto a esta ordem de Josué, Josefo diz: “Também lhes deu a ordem de que estimassem a medidadaquela parte da terra que era mais frutífera e a que não era tão boa.” Ainda acrescenta: “Josué defendia que a terra para as tribos deveria ser dividida segundo a estimativa de sua qualidade, em vez de ser repartida apenas pela extensão; muitas vezes acontece de um hectare de algum tipo de solo ser equivalente a mil hectares de outras terras.”
Js.18:5 Sem comentário para este versículo
Js.18:6 6. Sete partes. Um relatório escrito da terra dividida em sete partes iguais, de acordo com seu valor estimado, deveria ser apresentado a Josué, a fina de que ele lançasse sortes perante o Senhor para determinar a herança das tribos.Lance as sortes. Ver com. de Js 7:14; 14:2. As tribos não receberam a permissão de escolher por si mesmas a própria porção. A terra deveria ser dividida de forma justa. As instruções eram: “A tribo mais numerosa, darás herança maior, à pequena, herança menor |...j Todavia, a terra se repartirá por sortes”’ (Niti 26:54, 55). Essas palavras deixam subentendido que deveria haver porções diferentes de território para as tribos maiores e menores, mas a posição específica da herança de cada tribo seria determinada por sortes, porque “do Senhor procede toda decisão" (Pv 16:33). Não há informação de como essa regra foi cumprida no caso de Judá, Efraim e Manassés, que receberam a herança primeiramente. E possível que uma extensão suficiente de território tenha sido separada primeiro para proporcionar três grandes partes. As três tribos, então, elevem ter lançado sortes, primeiro entre Judá e José paia di\ jdir as partes norte c sul, e depois enlu Lhaim e Manassés, a fim de separar as duas seções do território ao norte. Esse método estaria de acordo com as instruções de Números 26.
Js.18:7 Sem comentário para este versículo
Js.18:8 Sem comentário para este versículo
Js.18:9 9. Num livro. Além de fazer uma descrição escrita cias principais características da terra, é provável que os homens tenham feito alguns desenhos do território em forma de mapa. A declaração sugere que um reconhecimento geográfico das cidades foi feitoe registrado. É possível que se trate do primeiro exemplo de estudo topográfico de que se tem registro. Talvez os israelitas tenham aprendido a arte com os egípcios, que eram bons topógrafos.
Js.18:10 10. Repartiu Josué a terra. Segundo o v. 9, a terra foi dividida por cidades em sete partes. Então Josué lançou sortes sobre as sete partes para decidir qual pertencería a cada tribo. Depois disso, dividiu a terra segundo o tamanho da tribo à qual determinado grupo de cidades correspondera. As tribos pequenas recebiam porções menores, e as mais numerosas ficavam com um território ampliado por terras retiradas das tribos de menor número. Tal procedimento estava de acordo com a lei de divisão da terra entregue por Deus por meio de Moisés (Nm 33:54).
Js.18:11 11. Saiu a sorte [...] de Benjamim. Com certeza, a providência divina ordenou que os filhos de Benjamim recebessem a primeira sorte dentre as sete tribos, depois da tribo de José. José e Benjamim eram irmãos, os únicos filhos de Raquel, a amada esposa de Jacó. Da tribo de Benjamim foi escolhido, mais tarde, Saui, o primeiro rei de Israel. A importante cidade de Jerusalém ficava em seu território. Parece que, por algum tempo, essa cidade foi posse conjunta de Judá e Benjamim (ver Jz 1:8, 21; ICr 8:28, 32). Posteriormente, Jerusalém se tornou a cidade real da casa de Judá.
Js.18:12 12. O seu limite. Já que a herança de Benjamim ficava situada entre o limite norte de Judá e o limite sul de Efraim, os lugares mencionados nestas fronteiras já foram comentados em Josué 15 e 16.
Js.18:13 Sem comentário para este versículo
Js.18:14 14. Ao lado ocidental. Literal mente, “lado do mar”, ou seja, a fronteira continuava no lado ocidental. No hebraico, a palavra que designa “mar” é usada com frequência para se referir ao “oeste”, do ponto de vista do Mediterrâneo ao ocidente (ver Èx 27:12; 38:12). A LXX e a versão siríaca concordam com essa interpretação literal.Quiriate-Baal. Os israelitas mudaram o nome para Quiriate-Jearím, “cidade das florestas”, a fim de apagar toda lembrança de Baal (verjs 15:9; Nm 32:38). A fronteira ocidental de Benjamim chegava até esta cidade no limite de Judá. Dali, virava para o leste e tocava o limite norte de Judá, segundo a descrição encontrada em Josué 15:5-9. Em algum ponto dos limites de Benjamim, ficava o venerado lugar onde Raquel fora enterrada (Gn 35:16, 19). Desconhece-se, porém, o lugar exato de sua sepultura (ver Nota Adicional a 1 Samuel 1).
Js.18:15 Sem comentário para este versículo
Js.18:16 Sem comentário para este versículo
Js.18:17 17. Gelilote. Significa "círculos”. E evidente que se trata do mesmo lugar que a Gilgal de Josué 15:7.
Js.18:18 Sem comentário para este versículo
Js.18:19 Sem comentário para este versículo
Js.18:20 Sem comentário para este versículo
Js.18:21 21. Cidades da tribo. Foram divididas em dois grupos, o primeiro com 12 cidades na parte oriental, e o segundo com 14 na seção ocidental. Algumas delas já foram mencionadas na descrição das fronteiras.Jerico. Isto é, o local de Jerico. Segundo a maldição de Josué, a cidade não deveria ser reconstruída (ver com., de js 6:26).Emeque-Qiiesis. A leste de Jerusalém, encontra-se o Wadi el-Keziz, mas não se conhece a localização exata da cidade.
Js.18:22 22. Bete-Arabá. Ver com. de Js 15:6.Zemaraim. O local foi identificado comas ruínas chamadas Rasez-Zeimara, a nordeste do Wadi. el-Keziz, próximo à estrada de Jerusalém para jericó. Gênesis 10:18 menciona os zemareus e os classifica como uma tribo canancia.Betei. Ver com. de Gn 28:19. Esta cidade passou para as mãos dos efraimitas quando a tribo de Benjamim foi quase totalmentc exterminada (Jz 20). Na divisão do reino, sob o governo de Roboão, embora a tribo de Benjamim estivesse unida a Judá, Betei era considerada parte do reino do norte de Israel, na f ronteira sul de Jcroboão. Foi a li que o monarca colocou um dos bezerros de ouro (lRs 12:29-33).
Js.18:23 23. Avim. Já que, na listagem, Avim se segue a Betei, e Ai, que ficava próximaa Betei, não é mencionada, alguns comentaristas presumiram cjue Avim pode ser outro nome para Ai (ver com. de js 7:2). No entanto, o lugar ainda não foi identificado.Pará. Talvez corresponda a Khirbet el- Fãrah, no Wadi Fârah, a oeste de Jerico, na metade do caminho para Jerusalém.Ofra. Talvez corresponda à Ofra (ISm 13:17), a Efrom (2Cr 13:19) e a Efraim (Jo 11:54). E possível que se trate de et-Taiyi- beh. Não deve ser confundida com a cidade de Ofra mencionada em Juizes 6:11, que provavelmente pertencia a Manassés.
Js.18:24 24. Quefar-Amonais, Ofni. Estas duas cidades só são mencionadas nesta passagem; ambas são desconhecidas.Gaba. O nome significa “colina”. Não deve ser confundida com Gibeá de Saul. Gaba e Gibeá, sem dúvida, não ficavam longe uma da outra, já que ambas se localizavam perto de Ramá (ver Ed 2:26; Ne 7:30; Is 10:29).
Js.18:25 25. Gibeão. Significa “uma colina”. Ficava quase nove quilômetros a noroeste de Jerusalém, na estrada para Jope. Era a principal cidade dos heveus, cujos habitantes recorreram ao engano para conseguir uma aliança com Josué e os israelitas, segundo está registrado em Josué 9. Corresponde à moderna el-Jíb.Ramá. Significa “altura”. Ramá ficava localizada no que mais tarde passou a ser a fronteira entre Judá e Israel (ver IRs 15:17, 21, 22), a pouca distância de Betei. Não se sabe ao certo se é a mesma Ramá de Samuel (ver Nota Adicional a 1 Samuel 1).Beerote. Forma plural da pahn ra que significa "poços". Estava ce: 1 ^ Fmnorte de Jerusalém. UsvdiL cidademoderna el-Bireh fique p-v ¦ ;o vi. ,-lc local.
Js.18:26 26. Míspa. Signiíica “torre de \ igia". Os arqueólogos modernos divergem quanto à localização da Mispa de Benjamim. Eclward Robinson (1856) apoiou a localização de Mispa, em Neb-i-Samwil, uma elevação de 885 m, com vista para Jerusalém, setequilômetros a sudoeste de Tell en-Natsbeli. Em contrapartida, William F. Radé e seus colaboradores defendem que Mispa corresponde a Tell en-Natsbeh, lugar escavado por eles 12 km ao norte de Jerusalém, na estrada principal para Samaria e Galileia. Fica ao norte de Ramá e Gibeá e ao sul de Beerote.Cefira. Assim como Beerote, era uma das quatro cidades que dependia de Gibeão (js 9:17). Localizava-se nos arredores desta, a noroeste de Jerusalém.
Js.18:27 27. Requém, Irpeel, TaraJa. Não se conhece a localização de nenhuma destas, nem de Mosa (v. 26), a menos que Requém seja el-Burg.
Js.18:28 28. Zela. Mencionada em 2 Samuel 21:14, onde se diz que era o local do sepulcro de Quis, no qual os restos mortais de Saul e jônatas foram finalmente enterrados (ver Nota Adicional a 1 Samuel 1).Elefe.1 mea 1 i zação deseon heckl a.Jebus. Corresponde a Jerusalém. Ver com. do v. 11.Gibeá. Provavelmente se refira a Gibeá de Saul (ISm 10:26; 2Sm 21:6), primeiro centro político do reino de Israel. Foi identificada com o lugar hoje conhecido por Tell el-Fúl, “colina dos feijões”, situado a 5,6 km ao norte de Jerusalém, na estrada principal que leva a Samaria. Nos tempos de Saul, os jebuseus ainda detinham o controle dc Jerusalém. Gibeá, a sede do governo de Saul, servia de posto de vigilância militar sobre Jerusalém. Foi perto de Gibeá que Jônatas fez seu ataque aos fi lis teus (ISm 14). Duas campanhas de escavação neste lugar proporcionaram muitas informações sobre a história bíblica da antiga capital de Saul.Quíriate. Identificada por alguns com Ouiriate-Jearim do v. 14 e de Josué 15:60, pertencente à Judá. Se não for o caso, desconhece-se a localização de Quíriate, a menos que corresponda a Kerieh, a oeste de Jerusalém.A herança. Comparada com a herança das outras tribos, a de Benjamim era uma das menores em área. No entanto, segundo josefo, seu solo era o mais rico. O território ocupava uma posição extremamente estratégica, e o nome de muitas de suas cidades indica, por seu significado, que estavamsituadas nas alturas, facilitando, portanto, a defesa. Sem dúvida, foi por essa força defensiva que a tribo de Benjamim conseguiu, certa vez, resistir com sucesso aos exércitos combinados de Israel até que as outras tribos recorressem a uma artimanha (Jz 20).Capítulo 19I A herança de Simeão, 10 de Zebiãom, 17 de Issacar, 24 de Aser, 32 de Naftali, 40 de Dã. 49 Os filhos de Israel dão uma herança para Josué.os contornos da terra não fossem adequados para uma repartição em sete porções. Já que Judá havia recebido um território muito grande, é provável que tenham feito à tribo a sugestão de repartir sua fierança com uma das outras. Quando a sorte foi lançada, essa parte saiu para Simeão. Talvez, a princípio,os israelitas tenham suposto que a terra fosse grande o suficiente para dar uma grande porção a judá. Na verdade, se o povo tivesse ocupado todo o território que Deus originalmente desejara dar-lhes, "desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15:18; ver Dt 11:24), Judá podería ter permanecido com toda a porção que lhe fora destinada. No entanto, Israel se tornara conformado e negligente. Agora era preciso ajustar os limites de acordo com sua fé. Isso tende a se repetir. As pessoas também poderiam receber mais da parte do Senhor se exercessem fé em buscar grandes coisas dEIe. Estas coisas “foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (iCo 10:11).A herança de Simeão permite ver como foi explícita a orientação de Deus na escolha das porções das tribos. Por causa do massacre do povo de Siquém realizado por Simeão e Levi (Gn 34), Jacó profetizou, antes de morrer, que dividiría essas duas tribos em jacó e as espalharia em Israel (Gn 49:7). Como já se viu, Levi não receberia herança própria, teria apenas cidades entre as diversas tribos. Nesse momento, Simeão recebeu sua parte dentro da herança de judá. Simeão ficou ainda mais isolado; por isso, quando houve a divisão dos reinos de Judá e Israel durante o reinado de Roboão (1 Rs 12), a tribo de Simeão, embora tenha aderido ao reino das dez tribos, foi separada do território desse reino pelo reino de Judá. Dessa maneira, eles foram divididos em Jacó. As Escrituras não dizem muito a respeito da tribo de Simeão. Dela não saiu nem juiz, nem profeta, nem qualquer outra pessoa ilustre. Pode-se, portanto, supor que a tribo tenha ficado absorvida na de Judá e, em grande medida, perdido sua identidade individual (ver com. Gn 49:7).
Js.19:1 1. Foi a sua herança no meio. Josué tinha ordenado que a terra restante, depois de Judá e dos filhos de José terem recebido sua herança (Js 18:4-6), fosse dividida em sete partes. No entanto, é possível que a terra não fosse suficiente para cada tribo receber uma porção justa. Além disso, é provável que os contornos da terra não fossem adequados para uma repartição em sete porções. Já que Judá havia recebido um território muito grande, é provável que tenham feito à tribo a sugestão de repartir sua fierança com uma das outras. Quando a sorte foi lançada, essa parte saiu para Simeão. Talvez, a princípio, os israelitas tenham suposto que a terra fosse grande o suficiente para dar uma grande porção a judá. Na verdade, se o povo tivesse ocupado todo o território que Deus originalmente desejara dar-lhes, "desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15:18; ver Dt 11:24), Judá podería ter permanecido com toda a porção que lhe fora destinada. No entanto, Israel se tornara conformado e negligente. Agora era preciso ajustar os limites de acordo com sua fé. Isso tende a se repetir. As pessoas também poderiam receber mais da parte do Senhor se exercessem fé em buscar grandes coisas dEIe. Estas coisas “foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (iCo 10:11). A herança de Simeão permite ver como foi explícita a orientação de Deus na escolha das porções das tribos. Por causa do massacre do povo de Siquém realizado por Simeão e Levi (Gn 34), Jacó profetizou, antes de morrer, que dividiría essas duas tribos em jacó e as espalharia em Israel (Gn 49:7). Como já se viu, Levi não receberia herança própria, teria apenas cidades entre as diversas tribos. Nesse momento, Simeão recebeu sua parte dentro da herança de judá. Simeão ficou ainda mais isolado; por isso, quando houve a divisão dos reinos de Judá e Israel durante o reinado de Roboão (1 Rs 12), a tribo de Simeão, embora tenha aderido ao reino das dez tribos, foi separada do território desse reino pelo reino de Judá. Dessa maneira, eles foram divididos em Jacó. As Escrituras não dizem muito a respeito da tribo de Simeão. Dela não saiu nem juiz, nem profeta, nem qualquer outra pessoa ilustre. Pode-se, portanto, supor que a tribo tenha ficado absorvida na de Judá e, em grande medida, perdido sua identidade individual (ver com. Gn 49:7).
Js.19:2 2. Na herança. O autor enumera 17 cidades dadas a Simeão. Destas, 13 ficavam no Neguebe e quatro na Sefclá, embora sejadifícil traçar urna fronteira precisa entre esses dois territórios. Os limites da tribo de Simeão não são especificados, uma vez que não recebeu uma parte determinada do território, mas, sim, certas cidades com a região adjacente, e estas dentro dos limites originalmente atribuídos a judá. Muitas dessas cidades foram ocupadas em forma conjunta pelas duas tribos; por isso, às vezes aparecem como propriedade de Judá, e outras, como de Simeão.Berseba, Seba. Literalmente, “Berseba e [a saber] Seba”. Parece ficar claro que os dois nomes se referem à mesma eidade. Caso contrário, seriam 14 cidades, em vez de 13. Além disso, em 1 Crônicas 4:28, passagem que enumera as cidades de Simeão, o nome de Seba é omitido. A Berseba de Abraão (“poço do juramento”) fica na cidade atual de Berseba, 43,6 km a sudoeste de Hebrom. Mais tarde, durante a monarquia hebraica, a cidade de Berseba ficava cinco quilômetros ao leste, em Tell es-Seba, a cerca de 40 km de Hebrom.Das 13 (v. 2-6) e das quatro cidades (v. 7), só se conhece com certeza a localização de uma: Berseba.
Js.19:3 Sem comentário para este versículo
Js.19:4 Sem comentário para este versículo
Js.19:5 5. Ziclague. Talvez possa ser identificada com Tell el-Khmveilfeh, que fica a sudeste de Gaza, entre Berseba e Debir. Embora tenha sido dada a Simeão, a tribo não a tomou ou a perdeu posteriormente, porque foi dada a Davi por Aquis, um governante filisteu, durante o período de fuga de Saul (ISm 27:6).Bete-Marcabote, Hazar-Susa. E provável que estas duas cidades se localizassem perto da estrada norte-sul que levava ao Egito. Talvez a última corresponda a Sbalctí Abu Súsein. O nome delas sugere que se tratava dos lugares onde os hiesos e, possivelmente, também Salomão, guardavam seus carros e cavalos (1 Rs 10:26). O primeiro nome significa "a casa dos carros” e o segundo, “a vila dos cavalos".
Js.19:6 6. Saruém. Esta cidade ficava na estrada principal entre a Palestina e o Egito. Foi identificada com Teü el-Fârah, onde foram encontradas evidências impressionantes de fortificações dos hicsos, egípcios e romanos. Fica 24 km ao sul de Gaza.
Js.19:7 Sem comentário para este versículo
Js.19:8 Sem comentário para este versículo
Js.19:9 9. Demasiadamente grande para eles. Naquela ocasião, era grande demais, mas se tivessem olhado com fé para o futuro, não teria sido mais do que o necessário, com a bênção de Deus. No entanto, a esse ponto, os israelitas haviam começado a perder a visão do plano que o Senhor tinha para eles e se conformaram em receber apenas o suficiente para satisfazer as necessidades do momento. Deus permitiu o reajuste temporário; mesmo, porém, dentro desse programa adaptado, Israel tinha o privilégio de crescer e expandir seus territórios até que chegasse a precisar de todos. Quão estreita e egoísta se torna a visão das pessoas se perdem de vista o plano do Senhor! Realiza-se pouco porque se busca pouco, e isso ocorre porque há a tendência humana de calcular a força segundo os limites da carne, em vez de contar com o braço poderoso de Deus.
Js.19:10 10. A terceira sorte. As tribos devem ter sido chamadas na ordena designada por Deus em sua predição por meio cie Jacó, segundo sua preeminência, ou a sorte saiu nessa ordem. Embora Zebulom fosse mais novo do que Jssacar, tanto na bênção profética de jacó (Gn 49) como na de Moisés (Dt 33), Zebulom aparece antes. A precedência se faz notar mais uma vez na distribuição da herança. Segundo a predição de Jacó, a sorte de Zebulom seria habitar “na praia dos mares” e servir de "porto de navios” (Gn 49:13). Joseto afirma que o território da tribo se estendia desde o mar de Quinerete até o Carmefo e o mar (Antiguidades, vi.i.22). Mas, pela descrição da área no Livro de Josué, parece duvidoso que sua fronteira de fato tenha se estendido até o mar.Se a terra de Manassés chegava até a fronteira da tribo de Aser (ver Js 17:10), a de Zebulom não poderia se estender de forma contínua até o Mediterrâneo. Talvez Zebulom tivesse acesso ao mar através do território de Aser, ou por um corredor que .incluiría a baía ao norte do pé do monte Carmefo. A predição era de que Zebulom seria um povo que habitaria na praia dos mares, e isso provavelmente se concretizou mediante algum arranjo com Aser, pelo qual os filhos de Zebulom tiveram fácil acesso aos portos e, desse modo, ficaram ao alcance conveniente de ricos mercados. Já se observou também que a antiga estrada internacional conhecida como “caminho do mar” cruzava seu território.Até Saride. A LXX (Códice Alexandrino) está de acordo com esta versão, mas o Códice Vaticano traz "Esedek Gola". Em siríaco, aparece “Asdode”, contudo, ela não pode ser a mesma Asdode dos filisteus. Alguns manuscritos trazem “Shadud”, que significa "ruínas”. Existe urna extensa ruína chamada Tell Shadud ao norte da planície de Esdraelom, sete quilômetros a sudoeste de Nazaré.
Js.19:11 11. Pelo ocidente. Na direção oeste.Marala. Não se sabe a localização exatade Marala nem a de Dabesete.
Js.19:12 12. Ouislote-Tabor. Literalmente, "os flancos do Tabor”. Acredita-se hoje que corresponda a Iksâl, lugar rochoso a oeste da base do Tabor, uma das montanhas mais proeminentes da Palestina. Alguns supõem que o labor tenha sido o monte da transfiguração.Jafia. C rê-se que corresponda a Yâfa. Fica 2,8 km a sudoeste de Nazaré.
Js.19:13 13. Gate-Hefer. “Lagar de Hefcr”, a cidade natal de Jonas (2Rs 14:25). Supõe-se que seja Khirbet ez-Zurra, perto de onde é exibida a suposta tumba de Jonas. O local fica 4,4 km a nordeste de Nazaré, na estrada para Tiberíades.Rimom, que se estendia até Neá. Alguns defendem que é a atual Rummâneh,ao norte de Nazaré, mas a localidade parece muito longe a oeste.
Js.19:14 14. Rodeando-a. O limite fazia uma curva ao redor de Neá no lado norte, em direção a Hanatom. A descrição da fronteira norte começa em Neá.Ifta-EL Este vale foi identificado com o Wiíiii el-Melek, próximo a Belém, na Galileia. Nele acabava a fronteira norte.
Js.19:15 15. Catate. Não se afirma com clareza se Catate e as outras cidades listadas pertenciam a Zebulom ou se são mencionadas só como cidades de fronteira. Talvez Catate corresponda a Khirbet Ooleina, a noroeste de Megido. E possível que Naalal seja hoje Tell en-Nahl, local próximo ao ribeiro de Quisom. Simrom era uma das principais cidades, cujo rei foi derrotado por Josué (Js 12:20). A Belém desta passagem não é a Belém-Efrata, de Judá, mas um lugar situado 12 km a oeste de Nazaré, agora chamado de Beit Lahrn.Doze cidades. São mencionadas apenas cinco cidades, ou seja, ficam faltando sete para completar as 12. Se todas as cidades listadas em relação à fronteira de Zebulom forem contadas, será superior a 12 o total. Pode ser que algumas delas fossem meramente cidades fronteiriças que não pertenciam a Zebulom. Talvez alguns dos nomes sequer representem cidades: nesse caso, o número das cidades de fato seria 12. Pelo que se conclui do versículo seguinte, as 12 cidades (oram enumeradas na lista anterior, mas é difícil determinar quais são elas. Nem todas as cidades pertencentes a Zebulom são mencionadas, pois Carta e Durma foram dadas aos levitas (ver Js 21:34, 35).
Js.19:16 Sem comentário para este versículo
Js.19:17 Sem comentário para este versículo
Js.19:18 18. Jezreel. Literalmente, “Deus semeia’'. Esta cidade ficava na extremidade sul do vale de mesmo nome. O vale tem formato triangular e sua base, de 24 km de comprimento, fica de frente para o vale do Jordão. O lado norte é limitado pelas montanhas de Nazaré, inclusive pelo monte 'labor. O lado sul é formado pelos montes cie Samaria,incluindo as montanhas de Gilboa, Seu cume é uma passagem estreita através da qual flui o ribeiro de Quisom até chegar à baía de Acre, antes Aco. A cidade de jezreel, hoje chamada de Zerín, fica num dos picos a noroeste das montanhas de Gilboa, com vista para a planície e para a passagem do Jordão.Quesulote. .Acredita-se que seja a mesma que Quislote-Tabor, do v. 12.Simém. Corresponde à moderna Solem, a leste da principal estrada norte-sul entre Jerusalém e Nazaré. Ficava a 5,6 km ao norte de Jezreel. As duas cidades estavam localizadas em cada ura dos lados do vale de Jezreel (Esdraelom), em sua extremidade ocidental.
Js.19:19 19. Hafaraim. O autor não descreve todos os lados da fronteira de Issacar. Em vez disso, parece destacar apenas algumas das cidades principais. A razão óbvia para isso era que a fronteira da tribo já era bem conhecida, uma vez que seu território ficava entre Manassés e Zebulom. A maior parte das cidades mencionadas é desconhecida.
Js.19:20 Sem comentário para este versículo
Js.19:21 21. En-Ganim. Literalmente, “fonte de jardins”. E provável que se trate da “casa do jardim” para onde Jeú se dirigiu em perseguição a Acazias (2Rs 9:27, ABC). Possivelmente seja a moderna cidade de Jentn, na ponta mais inferior da planície, 9,6 km a sudoeste dos picos das montanhas de Gilboa, na estrada principal de Megido até Samaria e Jerusalém.
Js.19:22 22. O limite. Ou, “a fronteira”. A palavra hebraica é traduzida tanto por limite quanto por fronteira. Com base nos lugares mencionados, é mais provável que a referência seja à fronteira norte.Tabor. É provável que a cidade tenha recebido seu nome por causa do monte Tabor, em cujas alturas ela se localizaria. E identificada com a vila de Debúriyeh, ao oeste do monte, nos cumes que se estendem para Nazaré.Saazima. Não se conhece ao certo a localização de Saazima, mas é provável que,assim como Bete-Semes, ficasse no limite norte de Issacar, voltada para o Jordão, talvez um pouco para o nordeste.Bete-Semes. “Casa do sol", que não deve ser confundida com a cidade de mesmo nome em Judá (Js 15:10), nem com a localizada no território de Naftali (Js 19:38). Foi identificada com eVAbeidiyeh. A existência de várias cidades com este mesmo nome revela a prevalência da adoração ao sol.Dezesseis cidades. Incluindo labor. Caso contrário, seriam apenas 15, um indicativo de que Tabor deve ser considerada uma cidade, não um monte. A herança total da tribo não era grande, mas incluía parte do solo mais rico de toda a terra. Issacar tinha bastante poder. Quando seus componentes loram contados no Sinai, havia mais de 54 mil homens adultos (Nm 1:28, 29) e, mais tarde, nas planícies de Sitim, aumentaram para mais de 64 mil (Nm 26:25). Só as tribos de Judá e Dã eram mais numerosas.
Js.19:23 Sem comentário para este versículo
Js.19:24 24. Aser. Esta tribo recebeu a região fértil ao longo da costa do Mediterrâneo, a oeste e ao norte de Zebulom. Não se pode determinar com precisão se, ao descrever a herança de Aser, o autor enumera as cidades que marcavam a fronteira, ou se apenas menciona as mais importantes, já que a maioria das mencionadas é desconhecida. No entanto, parece que o limite começava aproximadamente no centro do território, no litoral, e depois seguia para o sul, onde se voltava para o leste até Zebulom e depois por uma série de vilas e vales no setor leste, até sair pelo norte em Sidorn; em seguida, se voltava novamente para o sul e terminava onde começou a descrição.
Js.19:25 25. Helcate. Esta cidade foi dada posteriormente aos levitas (Js 21:31). Talvez corresponda à moderna Teil el-Harbaj, localizada 18,4 km ao sul de Acre.Acsafe. Mencionada em Josué 11:1 e 12:20. Sua localização é desconhecida, mas é provável que ficasse nas redondezas de Helcate.
Js.19:26 26. Alameleque. Talvez o nome tenha sido preservado no moderno Wadi el-Melek, que deságua no rio Quisom, vindo do nordeste.Carmelo. Este monte, cuja localização exata é conhecida, permite determinar a extensão sul do território de Aser.Sior-Líbnate. Alguns interpretam que este é o nome de uma cidade; outros, de um outeiro; e outros, de um rio (ver com. de Js 13:3). O riacho moderno que recebe o nome de Nahr ez-Zerka, o qual corre para o mar ao sul do Carmelo, provavelmente corresponda melhor à descrição, por causa da direção na qual o autor vai localizando os lugares mencionados (ver Js 17:10). O riacho desemboca no mar a curta distância ao sul de Dor. Outros defendem que Sior-Libnate é uma vila nesta região. Outros ainda, que se trata de uma cidade no monte Carmelo.
Js.19:27 27. Bete-Dagom. De Sior-Libnate, a fronteira se voltava para o leste até Bete- Dagom. A localização exata da cidade é desconhecida, mas o nome indica a adoração generalizada a Dagom, deus dos filisteus e antiga divindade cananeia.Ifta-EI. Ver com. do v. 14.Cabul, pela esquerda. Alguns tradutores interpretam esta parte como “ao norte, para Cabul”; outros, como "Cabul ao norte”. A referência é à cidade de Cabul; não se deve confundi-la com a região de Cabul (1 Rs 9:11- 13) dada por Salomão a Elirão. Se o versículo estiver descrevendo a fronteira oriental, Cabul formaria a extremidade nordeste do território, da qual o limite se voltaria para a direção de Sidom (ver Js 19:28). Josefo fala de Chobulo, em sua época, cidade que ficava próxima ao mar e a Ptolemaida (Guerras, iii.c.4).
Js.19:28 28. Hamom. Alguns acreditam que se trate da moderna Umm el-‘Aivamtd, cerca de 11 km ao norte de Aczibe, a atual ez-Zib, localizada na costa, oito quilômetros acima de Acre. Outros consideram que Hamom tenha sido uma vila a pouco mais de um quilômetro de Umm el-Awamtd.Caná. Acredita-se que seja uma cidade localizada a sudeste de Tiro, provavelmente a moderna Oâinah.
Js.19:29 29. Voltava o limite. Isto é, a fronteira fazia uma curva.Ramá. A localização de Ramá é desconhecida, mas alguns acreditam que se trata da atual Ranieh, 40 km a sudeste de Tiro, pelo sul.Forte cidade de Tiro. Literalmente, “a cidade da rocha fortificada”. A famosa cidade construída na rocha só foi edificada cerca de 200 anos mais tarde. Portanto, a referência deve ser ou à parte de furo localizada em terra firme, ou a alguma outra rocha fortificada no território cie Aser.No mar, na região de Aczibe. Literalmente, "distrito de Aczibe”. A frase significa que a fronteira que acaba de ser descrita termina no mar, no distrito ou na região pertencente a Aczibe. Este lugar é identificado hoje com a moderna cidade de ez-Zib, 14 km acima de Acre.
Js.19:30 30. Afeca. Ver com. de Js 13:4. A cidade ficava na área da fronteira norte.Vinte e duas cidades. Sem contar o Carmelo (um monte) e Ifta-El (um vale), 24 lugares são mencionados pelo nome. Portanto, pelo menos dois dos nomes se referiam a cidades de fronteira, que não pertenciam a Aser.
Js.19:31 Sem comentário para este versículo
Js.19:32 32. Filhos de Naftali. Filho mais novo de Pila. serva de Raquel. Demonstra-se preferência por ele, em vez de Dã, seu irmão mais velho (Gn 30:6-8), assim como Zebulom recebeu sua parte antes de Issacar. Deus não valoriza aos homens por sua posição hierárquica, mas por aquilo que são.
Js.19:33 33. Helefe. A primeira parte deste versículo diz, literalmente: “sua fronteira era desde o Helefe, do carvalho de Zaananim”. Desconhece-se a localização de Helefe. Juizes 4:11, porém, diz que o "carvalho de Zaananim” ficava próximo a Quedes. Foi neste lugar que Jaef mulher do queneuHéber, matou. Sísera (Jz 4:21). O nome Zaananim deriva do verbo hcb. tsaan, que significa “vagar”. Essa definição sugere um lugar onde eram armadas as tendas de peregrinos, de nômades. E provável que Héber fosse um desses nômades, que cuidava de rebanhos.Adami-Nequebe. A KJ V traz “Adami, Nequebe”, contudo o mais provável é que seja um nome composto, como traduz a ARA.Jordão. A descrição da fronteira começa no vale do alto Jordão, ao norte do antigo lago Hulé. A fronteira oriental era formada pelo Jordão, incluindo o lago Hulé e o mar de Quinerete. A descrição está próxima do limite sul.
Js.19:34 34. Aznote-Tabor. Literalmente, "orelhas do Tabor”. O local foi identificado com Umm Jebeil, nos arredores do monte Tabor. Além do monte, Zebulom e Aser formavam as fronteiras meridional e ocidental.Judá, pelo Jordão. A herança de Judá não se aproximava em nenhum lugar da fronteira de Naftali. Como, pois, a fronteira de Naftali podia estender-se até Judá, pelo Jordão, ao nascente do sol? Uma explicação ressalta que, na margem oriental do Jordão, onde ele sai do mar de Quinerete, havia algumas vilas e tendas, chamadas de Havote-Jair (Jz 10:3-5). Este Jair foi neto de Hezrom, o pai de Calebe, por uma esposa posterior pertencente à tribo de Manassés, mas seu avô era da tribo de judá (ver ICr 2:21-23). Segundo a lei de Moisés, cada um dos filhos de Israel retinha a herança da tribo de seus pais, e, por isso, as posses de Jair eram consideradas pertencentes não à tribo de Manassés, mas à de Judá. Isso podería explicar por que era possível dizer que o território de Naftali, em frente a Havote- Jair, se estendia até “Judá, pelo Jordão, ao nascente do sol".Talvez uma explicação plausível seja que o território de Issacar se estendesse pelo lado oeste do Jordão até a terra de Benjamime Judá. Desse modo, lssacar teria o vale oeste do Jordão, e Gade, o vale oriental (Js 13:27).
Js.19:35 35. Cidades fortificadas. Das 16 cidades fortificadas mencionadas nos v. 35-39, Zer, Adamá, Edrei e Horém não foram identificadas.Zidim. Significa "os lados". Kefar Hattya, "a vila dos hititas", mencionada no Talmude, chama-se agora Hattín. Situa-se na planície, 8,8 km a noroeste de Tiberíades.Hamate. Significa "morno”. Acredita-se que era uma vila com fontes termais, localizada um pouco ao sul de Tiberíades. E provável que corresponda à atual Hammâm Tabariyeh.Racate. O nome talvez se origine do verbo "triturar". Alguns creem que ficava 2,4 km ao norte do local que se tornou Tiberíades. Seu nome seria apropriado para o local. No mínimo, ficava em algum lugar nessa área.Quinerete. Significa “uma lira" ou "uma harpa". Era uma cidade fortificada na costa noroeste do mar de Quinerete (Galileia). Deu seu nome ao lago em formato de harpa, que, posteriormente, passou a ser chamado de mar de Genesaré ou da Galileia.
Js.19:36 36. Hazor. Ver com. de js 11:1.
Js.19:37 37. Quedes. Geralmente é chamada de Quedes de Naftali, para distingui-la das outras cidades de mesmo nome. Ficava cerca de sete quilômetros a noroeste do antigo lago Htilé. A li viveu Baraque (Jz 4:6, 9), e foi o lugar onde este e Débora reuniram as tropas para lutar contra Sísera.
Js.19:38 38. Migdal-El. Significa “torre de Deus". Situada a oeste do distrito do lago hlulé. É possível que seja Kíiirbet Mejdel, próximo a Quedes.Bete-Semes. Outra das muitas cidades cujo nome quer dizer “casa do sol", revelando a difusão do culto ao Sol entre os anteriores habitantes de Canaã. Esta cidade estava situada na parte norte de Naftali.
Js.19:39 Sem comentário para este versículo
Js.19:40 40. Dã. Depois de Judá, era a mais numerosa de todas as tribos, nos censos realizadosdurante o êxodo (ver Nm 1 e 26). Embora tivesse desempenhado a importante posição de comandar a retaguarda durante a marcha desde o Egito, Dã foi a última tribo a receber sua herança. Caiu-lhe a sorte da parte sul de Canaã, entre Judá a leste e a terra dos filis- teus a oeste. Fazia fronteira com Efraim ao norte e com Simeão ao sul.O autor não descreve a herança de Dã por suas fronteiras; em vez disso, menciona apenas as cidades que pertenciam ao território. Algumas delas foram primeiro dadas a Judá, Mas, como a porção desta tribo ficou grande demais, algumas foram repassadas aos dani- tas e outras aos simeonitas.
Js.19:41 41. Zorá. Esta cidade provavelmente ficava no Wadi ets-Tsarar, 24 km a oeste de Jerusalém. Ali vivia Manoá quando nasceu seu filho Sansão (Jz 13:2, 25). Este foi enterrado entre Zorá e Estaol (Jz 16:31). Tanto Zorá como Estaol, e talvez a Jr-Semes mencionada neste versículo, foram dadas, a princípio, a Judá (Js 15:10, 33). E possível que Ir-Semes e Bete-Semes sejam a mesma cidade, já que a primeira significa "cidade de sol" e a segunda, "casa do sol".
Js.19:42 42. Saalabim. Chamada de “Saalbim” em Juizes 1:35 (NVI). Talvez corresponda à moderna Sellrít, cidade localizada na Palestina central, entre Jerusalém e Lida. Por um tempo, o lugar esteve sob controle dos amorreus, os quais não permitiram que os danitas a ocupassem. Mais tarde, os israelitas a tomaram (1 Rs 4:9).Aijalom. Cidade provavelmente localizada no vale do Aijalom, da qual os amorreus se recusaram a abrir mão. O vale vai de Jerusalém ao Mediterrâneo, cortando as colinas da Sefelá em direção a Lida.
Js.19:43 43. Timna. Esta cidade foi primeiramente dada a judá (js 15:57). Com certeza, é a mesma Timna de Juizes 14:1-5, onde Sansão encontrou sua esposa. Pelo menos durante algum tempo, esteve sob o controle dos filisteus, e há dúvidas de que os danitasa tenham conquistado em algum momento. E muito provável que o local corresponda a Tell el-Batashi, 7,2 km a oeste-noroeste de Bete-Semes, na fronteira com o território de Judá.Ecrom. Era a mais setentrional das cinco cidades importantes dos filisteus. Ficava mais ou menos na metade do caminho entre o Mediterrâneo e as montanhas da Judeia (Js 13:3). Acredita-se que ficava a vários quilômetros de 'Âkir, que conserva o antigo nome.
Js.19:44 44. Gibetom. Significa ‘monte*' ou “altura”. E identificada com Tell el-Melât, 11,5 km ao sul de Jope (Jaffa). Os danitas não parecem tê-la conquistado, ou, caso o tenham feito, logo a perderam para os filis- teus (lRs 15:27; 16:15). Era uma cidade dos levitas (Js 21:23).
Js.19:45 45. Gate-Rimom. Cidade dos levitas (Js 21:24; iCr 6:69), que possivelmente corresponda a Tell-ej-Jensheh, sete quilômetros a nordeste de Jope.
Js.19:46 46. jope. Significa “beleza". Era a principal cidade portuária de toda a Judeia. Seu nome moderno é Jaffa, e é contígua à cidade judaica também portuária de Tel-Aviv. Não se afirma com certeza que Jope fazia parte do território de Dã. A declaração parece sugerir que o limite chegava até perto da cidade, mas não a incluía.
Js.19:47 47. Pequeno o limite. Literalmente, “o território dos filhos de Dã saiu deles”. Isto é, não o conseguiram reter porque seus poderosos vizinhos amorreus os forçaram a se retirar para as montanhas, não permitindo que habitassem no vale (Jz 1:34). Essa situação os colocou em tamanha dificuldade que precisaram procurar outro território, onde não houvesse oposição tão ferrenha. Desse modo, os filhos de Dã se recusaram a ocupar o território que lhes fora atribuído por Deus, que lhes teria dado a vitória completa sobre seus inimigos se estivessem dispostos a cooperar com o plano divino. Em vez disso,porém, ocuparam o território de sua própria escolha. Alguns têm sugerido que essa atitude de Dã seria a causa de sua omissão na lista das tribos em Apocalipse 7.Lesém. Esta cidade ficava próxima à nascente do Jordão, ao pé do monte Líbano. E chamada de Laís em Juizes, antes cie ser tomada pelos danitas. Ela foi descoberta por cinco espias enviados pelos danitas para reconhecer a região norte. Eles informaram que a terra era muito boa e a cidade, calma e segura, sem acordos com outras cidades e bem distante de Sidom. Imediatamente, 600 homens armados se puseram a caminho, tomaram a cidade e lhe mudaram o nome para Dã (ver jz 18).Uma vez que a conquista de Lesém ocorreu algum tempo depois da morte de Josué, alguns argumentam que ele não poderia ser o autor do livro, o qual teria sido escrito num período bem mais tardio. No entanto, fica claro que o curto relato da tomada de Lesém foi inserido posteriormente por alguma outra pessoa, que, escrevendo sob a orientação divina, completou assim o relato das posses da tribo de Dã.
Js.19:48 Sem comentário para este versículo
Js.19:49 49. A Josué, filho de Num. Josué foi o último a receber sua herança. Nessa ordem dos acontecimentos, é possível ver a magnanimidade desse grande líder. Não lutava para conseguir para si benefícios por causa de seu cargo, algo que poderia ter feito com facilidade. Afastou a tentação à qual estão expostos constantemente os líderes, a saber, a de aumentar os próprios bens sem ter consideração pelos que se encontram em posições menos favoráveis. Embora fosse o mais velho e o homem mais importante de Israel, Josué foi o último a ser servido. Buscou o bem de sua gente acima de qualquer interesse particular. E um grande exemplo para todos aqueles que desempenham cargos públicos, seja na liderança civil ou eclesiástica. Além disso, é importante notar que não tomou a herança para si sem o consentimento ea aprovação do povo. O registro diz que os filhos de Israel lhe deram a terra. Eles amavam o líder. Não é de se estranhar que o povo tenha servido ao Senhor todos os dias de Josué e dos anciãos que viveram mais do que ele (Js 24:31; Jz 2:7). O serviço abnegado gera amor, o que, por sua vez, leva à obediência. Ninguém tem direito à liderança até que tenha aprendido a servir com altruísmo. Cristo, que não agradou a Si mesmo (Rm 15:3), é o grande exemplo de serviço abnegado.
Js.19:50 50. Timnate-Sera. Literalmente, “a porção que sobrou". Josué não escolheu o melhor lugar de toda a terra, mas, sim, uma porçãoconveniente no território de sua tribo, perto de Siló, onde estava o tabernácu lo.
Js.19:51 51. Porta da tenda da congregação.O trabalho da divisão fora realizado na presença de Deus e sob Sua direção. Foi leito em público, para que todos soubessem que a distribuição não era resultado de caprichos humanos. Tal conhecimento exercería influência para refrear murmurações. No entanto, ainda assim alguns ficaram descontentes (Js 17:14-18). Isso é uma Lição para os crentes. Todo problema importante deve ser levado à “porta da tenda da congregação’’ em reconhecimento da autoridade de Deus em todos os aspectos da vida.Capítulo 20] Deus ordena, 7 e os filhos de Israel designam seis cidades de ref úgio.que morra o sumo sacerdote que for naqueles dias; então, tornará o homicida e voltará à sua cidade e à sua casa, à cidade de onde fugiu.
Js.20:1 Sem comentário para este versículo
Js.20:2 2. Cidades de refúgio. A palavra “refúgio" vem do heb. qalat, que significa “acolher", "atrair", “aceitar", “receber”. Daí a ideia de "asilo” ou “refúgio”. Tanto o hebraico quanto a LXX e a versão siríaca trazem o artigo antes da palavra “refúgio". Ou seja, tornam a declaração mais definida ao se referir àquilo que Deus já ordenara antes. A lei das cidades de refúgio é apresentada em sua forma completa em Números 35 e Deuteronômio 19. A santidade da vida humana é um dos grandes princípios da religião bíblica, nem sempre reconhecido em conceitos pagãos e ateus. Desde o princípio, o Senhor tentou impressionar Seu povo com o fato de que pôr fi.ni à vida dc um ser humano, em qualquer circunstância, é algo muito sério. Essa gravidade se baseia na realidade de que o homem foi feito à semelhança de Deus.Depois do dilúvio, o Senhor declarou enfaticamente: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a Sua imagem" (Gn 9:6; ver também Ex 21:12, 14). O Senhor havia prometido um lugar para onde pudesse fugir aquele que matasse involuntariamente outra pessoa (Ex 21:13). Não ofereceu, contudo, a mesma proteção para o assassino intencional. Deus queria estabelecer regras para o antigo costume da vingança particular, segundo a qual o castigo do assassino estava nas mãos do parente mais próximo ou do herdeiro da vítima. Entre as nações, Israel era a única que tinha esse conceito do valor da vida humana, e o Senhor desejava ensinar-lhe ainda mais cie Sua justiça e misericórdia. Deus orienta os seres humanos na proporção em que são capazes de compreender a verdade divina. Esse princípio caracterizava a lei hebraica, dada pelo Senhor por intermédio de Moisés. Adaptava-se à condição das pessoas, mas sempre apontava a uma perfeição que o povo não era capaz de captar a princípio. Por isso, a escravidão, a poligamiae o divórcio foram tolerados por um tempo, e houve até leis promulgadas para regulamentar essas práticas, muito embora elas não fossem ordenadas nem aprovadas por Deus.Na mentalidade hebraica, estava profundamente arraigado o sentimento de que o parente mais próximo era o guardião da vida de seu irmão e, por isso, devia vingar sua morte. Em vez de contrariar esse sentimento ou tentar proibi-lo, Deus pôs tal emoção sob controles provisórios e saudáveis, os quais impediam que se cometesse uma grande injustiça quando o crime não houvesse ocorrido.De que vos falei. Deus falou por meio de Moisés, que registrou as instruções, para que Josué tivesse acesso à informação (Ex 21:13; Nm 35:9-34; Dt 19:1-13). Portanto, o Pentateuco já existia numa forma similar à de hoje quando o livro de Josué foi escrito.
Js.20:3 3. Por engano, [...] sem o querer. Literalmente, "por engano em não saber" (ver exemplos do significado desta expressão em Nm 35:22-25; Dt 19:4, 5). Ela se refere, de modo geral, a atos não premeditados que resultavam na morte de uma pessoa. Mesmo que buscasse proteção numa das cidades de refúgio, o homicida que agira com premedi- tação recebia prontamente seu castigo após um exame do caso. Deus tinha declarado que essas pessoas deveríam ser tiradas até mesmo de seu altar, caso necessário, para serem executadas (Ex 21:14).Vingador do sangue. Na ABA, sempre que o termo goel, no particípio, como neste versículo, aparece ao lado da palavra “sangue", é traduzido por "vingador”, mas, em todos os outros casos, é vertida por “resgatador”, “redentor”, “parente”. Em Jó 19:25; Isaías 47:4; 48:17; e 54:5, a mesma palavra é usada para se referir ao Senhor. Segundo a mentalidade hebraica, essa designação de Deus chamava atenção para a obra do parente mais próximo em seu direito de redenção (ver Nm 35:12). Não fica claro até que ponto essa imagemdeve ser aplicada a Cristo. As cidades de relógio eram, em si, um símbolo do refúgio garantido por Jesus (PP, 516).
Js.20:4 4. Fugindo. O matador deveria fugir com toda pressa. Toda provisão possível foi feita para que não fosse detido em sua fuga. As estradas que conduziam às cidades de relógio deviam sempre ser mantidas em bom estado. Onde houvesse encruzilhadas, era necessário colocar placas indicando o caminho que levava à cidade. Se alcançasse o fugitivo, o vingador do sangue tinha o direito de tirar-lhe a vida. A responsabilidade cie chegar à cidade de relógio a tempo era de quem fugia. Nenhuma dessas cidades ficava a mais de meio dia de viagem de qualquer parte do país (ver PP, 515-517).O antigo plano referente às cidades de refúgio apresenta notáveis ilustrações da vida cristã. O pecador deve fugir sem demora ao relógio que é Jesus Cristo (Hb 6:18). Aqueles que conhecem a direção devem colocar placas ao longo do caminho. Uma grande responsabilidade repousa sobre esses guias, e o descuido pode resultar numa placa que aponte para a direção errada, extraviando, assim, o pecador em fuga.A porta dela. Era costume que os juizes ou anciãos da cidade se sentassem à entrada da porta para decidir as questões jurídicas (ver Rt 4:1; 2Sm 15:2).Então, o tomarão consigo na cidade. Literal mente, “o recolherão na cidade”. Depois de ouvir o relato do fugitivo e de se convencer de que o caso merecia pelo menos um julgamento justo, os anciãos deveríam realizar o ato seguinte: recolhê-lo sob sua proteção. Mais tarde, uma audiência mais completa era realizada para decidir o caso.
Js.20:5 Sem comentário para este versículo
Js.20:6 6. Congregação. Provavelmente a congregação da cidade do acusado, não a da cidade de refúgio (ver Nm 35:24, 25). Se fosse considerado culpado, o homicida era entregue ao vingador do sangue; mas se fosse considerado inocente de assassinatovoluntário, a congregação o devolvia à cidade de refúgio, onde deveria permanecer até a morte do sumo sacerdote.Até que morra o sumo sacerdote. Assim como as ceri môn ias pelo pecado se centralizavam no santuário e no sacerdote, a duração do exílio do fugitivo dependia de circunstâncias relacionadas ao serviço ritual. Era necessário que um acontecimento notável marcasse o fim do período de asilo para que o vingador soubesse, sem sombra de dúvida, quando cessava seu direito legal de exigir vingança.
Js.20:7 7. Designaram. Literalmente, “santificaram”, isto é, separaram estas cidades para uso santo. Podas elas eram cidades dos levitas, nas quais viviam esses ministros de Deus, que desempenhavam seu serviço ao Senhor em turnos. Essas circunstâncias proporcionavam ao fugitivo a oportunidade de estudar e conversar com os levitas, que eram instruídos nas coisas de Deus. Portanto, o lugar de refúgio poderia, ao mesmo tempo, se transformar numa verdadeira fonte de bênção para o homicida, pois os sacerdotes e levitas podiam lhe ensinar o caminho do Senhor (ver Dl 17:8-13; 21:5; 33:9, 10).Todas as cidades de refúgio estavam localizadas em planícies ou vales, em regiões bem conhecidas. Para benefício de todas as tribos, ficavam a uma distância conveniente umas das outras. Três se encontravam a oeste do Jordão, e três a leste; urna ficava no norte, uma na região central, e outra no sul. Ao angustiado fugitivo que buscava salvar a própria vida, todas as vantagens deveriam ser dadas. Não precisaria subir uma montanha estafante no último trecho de sua fuga, quando possivelmente já estivesse quase exausto. As estradas que conduziam a esses centros deviam ser boas e as cidades, bem conhecidas. Talvez as mães de Israel ensinassem seus fiJhinhos a decorar o nome das seis cidades para que, g posteriormente, se lhes fosse necessário fugir, soubessem exatamente para onde ir.Há, nessas circunstâncias, um ensinamento sábio. Existe um lugar de refúgio para os pecadores culpados. Esse refúgio é jesus. A estrada está sempre aberta, há placas ao longo de todo o caminho e o acesso à cidade é fácil. “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado” (SI 34:18; cf. SI 85:9; 145:18). Nesse refúgio devemos continuar habitando até que passe a indignação.Quedes. Este nome vem do heb. qaclash, “ser santo”, que, em sua forma intensiva, quer dizer “santificar”. E dessa palavra que deriva o substantivo qodesh, que significa "santidade”. Quanto à localização desta cidade, ver com. de Josué 19:37.Siquém. Do heb. shekem, “o ombro”, com a conotação metafórica de “governo”. “O governo está sobre os seus ombros [shekem]” (Is 9:6). Siquém ficava no território da tribo de Efraim, entre os montes Ebal e Gerizim. Hoje o lugar é conhecido como Tell Balâtah, 48,8 km a nordeste de Jerusalém.Hebrom. Este nome se origina do verbo habar, que significa “aderir”, “associar-se a”, “unir”. Daí provém hebron, que quer dizer “comunhão”, “aliança”. Quanto à localização desta cidade, ver com. de Josué 14:15.
Js.20:8 8. Bezer. O nome deriva do verbo bat- sar, “restringir”, “fechar” e, por consequência,“fortificar”. O substantivo alude a um “lugar fortificado”, ou seja, uma “fortaleza”. Não se conhece com exatidão a localização de Bezer. Alguns a identificaram com a moderna Umm el-Amad, a noroeste de Medeba.Ramote. Provém de ráam, “ser elevado ou exaltado”. Rdrnoth é o substantivo plural que significa “alturas”, ou, em sentido figurado, “coisas sublimes ou inatingíveis”. Ver com. de Josué 13:26 acerca de sua provável loca 1 ização (Ramoth-mizpeh).Golã. De gôlan, “circuito”. Acredita-se que esta cidade ficava localizada um pouco a leste do mar de Quinerete (mar da Galileia); talvez corresponda a Sahen el-jolân.
Js.20:9 9. Para o estrangeiro. Deus fez provisões para que o estrangeiro compartilhasse dos benefícios espirituais de Israel. Quando os israelitas saíram cio Egito, uma multidão de estrangeiros recebeu permissão para os acompanhar. Quando os gibeonitas procuraram a paz, Israel fez aliança com eles. Quando Raabe expressou sua fé, o Senhor a aceitou. Assim ocorreu ao longo dos séculos. Deus não faz acepção de pessoas. Podo aquele que se aproxima dEle não será lançado fora (Jo 6:37). Há uma porta aberta para todos os cjue queiram se achegar a Deus com humildade e espírito contrito.Capítulo 21herança dos filhos cie Israel, foram, ao todo, quarenta c oito cidades com seus arredores;
Js.21:1 1. Os cabeças dos pais. Os principais descendentes das três subdivisões da tribo de Levi; ou seja, das famílias de Gerson, Coate e Mera ri, os três lilhos de Levi.Levitas. Esta tribo esperou todas as outras receberem sua porção para tomar posse de sua herança. A demora até a divisão total da terra era necessária a fim de que os levitas fossem espalhados em todo o Israel e recebessem cidades das diversas tribos. Seu pedido não era arbitrário, pois o Deus de Israel havia ordenado que se fizesse boa provisão para os levitas (Nm 35:1, 2).De maneira semelhante, o Senhor fez os arranjos necessários para que os ministros da igreja cristã recebam sustento adequado. “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho’’ (ICo 9:14). Deus perpetuou o sistema dos dízimos e das ofertas para manter aqueles que hoje levam avante Sua obra.Eleazar. E o primeiro a ser mencionado na lista das pessoas a quem os levitas apresentaram seu pedido. Deus instruira Josué a procurar o conselho do sacerdote (Nm 27:21), que, por sua vez, recebería conselho de Deus. Portanto, o representante direto de Deus ocupava o primeiro lugar.Toda a história deste período mostra a estreita relação entre Josué e o sacerdote. Infelizmente, houve ocasiões em que até mesmo josué se afastou desse plano, como no caso dos gibeonitas (js 9).
Js.21:2 2. Arredores. Do radical heb. garash, que significa “expulsar”, "perseguir”. Seguido pela expressão "para os nossos animais”, a palavra indica uma área para a qual o gado poderia ser conduzido, em outras palavras, “pasto” adjacente à cidade (ver com. de Js 14:4).
Js.21:3 3. Os filhos de Israel deram. Ao que tudo indica, a petição dos levitas foi concedida com alegria. Cada tribo deu cidades de acordo com a extensão e o valor de sua herança, pois Deus havia orientado (Nm 35:8) que a tribo que tivesse muitas cidades desse muitas e a que tivesse poucas, desse poucas. Esse método testou a generosidade do povo. Pelas cidades que foram dadas, parece que boa parte delas estava entre as melhores da terra.Nesse processo de distribuição, o povo levou em conta o plano de Deus de que os levitas fossem espalhados em todas as partes da terra de Israel. Desse modo, estariam no meio do povo para instruí-lo nos caminhos do Senhor, tanto por palavra, como por exemplo.Formariam, assim, uma barreira contra a idolatria.
Js.21:4 4. Caiu a sorte. E provável que, quando as 48 cidades foram designadas pelas diversas tribos, elas tenham sido divididas em quatro lotes. Então se determinou a qual das quatro famílias da tribo de Levi cada uma dessas porções seria destinada. Nesse caso, os eoatitas foram considerados duas famílias: os eoatitas da linhagem de Arão, que eram sacerdotes, e os outros, que não eram. A família de Arão, da qual provinham os sacerdotes, recebeu como herança as 13 cidades concedidas pelas tribos de Judá, Simeão e Benjamim. Deus, em Sua sabedoria, planejou que todas as cidades atribuídas aos sacerdotes fossem próximas a Jerusalém, porque, com o passar do tempo, ela se tornaria a cidade santa, onde estaria o templo e, portanto, onde os serviços dos sacerdotes s e r i a m n e c e s s á r i o s.A ordena da distribuição foi similar à ordem da marcha no deserto. Primeiro foi a ve/ dos sacerdotes, com Moisés e Arão, que armavam acampamento a leste, perto cia entrada do tabernáculo. Os eoatitas ficavam ao sul e, na marcha, levavam os uten- g sílios sagrados. Os gersonitas ficavam a oeste, e iam atrás dos eoatitas levando as cortinas e os diversos tecidos da tenda e do tabernáculo. Os meraritas acampavam ao norte e, na marcha, eram os últimos, carregando as varas e tábuas.Com base na instrução dada em Levítico 25:32 a 34 e também no registro da história bíblica, fica claro que estas cidades não foram habitadas exclusiva mente por levitas. 'Fendo em conta o propósito de sua distribuição, dificilmente esse seria o plano divino. Deus queria que os levitas estivessem no meio de Israel, não isolados do povo que tinham de instruir e guiar. Portanto, as cidades dos levitas também foram habitadas por israelitas de outras tribos. Gibeá de Benjamim, concedida nesta ocasião aos levitas (Js 21:17), foitambém povoada por benjamitas, como se deduz cia história do levita cuja concubina foi cruelmente violentada por eles (Jz 19). Saul também viveu ali. Davi e sua corte passaram anos em Hebrom, outra cidade dos levitas. E provável que os levitas tenham recebido apenas o direito de ter a quantidade necessária de casas para viver nessas cidades. Se vendiam, algo que pareciam ter liberdade de fazer (Lv 25:32-34), tinham o direito perpétuo de redimir a propriedade. As outras moradias eram ocupadas por pessoas da tribo à qual pertencia o território. Fora da cidade, ficava a área de pastagens para o gado, que se estendia até dois mil côvados além dos limites da cidade. Essa terra era para o uso dos levitas, mas não podiam vendê-la. Deviam considerá-la propriedade permanente do Senhor.Existem registros posteriores de que os sacerdotes e levitas viveram em outras cidades, como por exemplo, Nobe (iSm 21:1). E evidente que, com o decorrer do tempo, o plano original sofreu modificações.Treze cidades. Pode parecer um grande número de cidades para os filhos de Arão, Deve-se levar em conta, porém, que provavelmente essas cidades não eram ocupadas apenas pelos sacerdotes e que nem todas as cidades mencionadas já haviam sido tomadas dos cananeus.
Js.21:5 5. Filhos de Coate. Isto é, os que não eram da família de Arão. Receberam cidades nos territórios de Efraim, Dã e Manassés. A região dessas tribos era próxima do território das tribos nas quais os levitas da família de Arão tinham recebido sua herança. Dessa maneira, os eoatitas não ficaram muito separados uns dos outros.
Js.21:6 6. Filhos de Gérson. Gerson era o filho mais velho de Levi (Ex 6:16; Nm 3:17), A herança dos eoatitas, contudo, foi distribuída primeiro, talvez porque os sacerdotes descendiam de Coate. Os gersonitas receberam 13 cidades, enquanto 23 ficaram para os eoatitas, mais numerosos.
Js.21:7 7. Filhos de Merari. Este era o filho mais novo cie Levi, e sua família foi a última a recebei: cidades. Sua descendência era a menos numerosa; por isso, ele só recebeu 12 cidades, das quais oito ficavam a leste do Jordão.
Js.21:8 8. Deram [...] por sorte. E interessante notar que, tanto no hebraico como na LXX, a palavra traduzida em "por sortes" aparece no final da frase e, por sua posição, dá a impressão de modificar a forma verbal "ordenara”. No entanto, é bem evidente que essa não era a função pretendida, e a ARA fez um ajuste adequado da posição, transformando a expressão num modifieador do verbo "deram”. A ideia transmitida é a de que o Senhor ordenara a Moisés que a distribuição das cidades tosse feita, lançando-se sortes.
Js.21:9 9. De Judá e [...] Simeão. E interessante notar que, com exceção de Aim (v. 16), todas as cidades dos sacerdotes ficavam dentro do que posteriormente se tornou o reino de Judá (IRs 12), cuja capital foi Jerusalém, a cidade escolhida pelo Senhor dentre todas as tribos de Israel para nela colocar Seu nome. Embora os levitas do reino do norte tenham abandonado suas cidades e seus arredores quando ocorreu a rebelião de Jeroboão (2Cr El: 14), e se dirigido a Judá, foi uma grande vantagem o fato de a maioria dos sacerdotes já estar estabelecida ali.Estas cidades. A lista das cidades dos levitas aparece neste capítulo e, com algumas variantes e omissões, também em 1 Crônicas 6:54 a 81. Até essa ocasião, muitos anos haviam se passado e algumas das cidades provavelmente eram chamadas por outros nomes. Alguns ajustes também podem ter ocorrido no período, em razão de mudanças na situação política.
Js.21:10 Sem comentário para este versículo
Js.21:11 11. Arba. Ver com. de Js 14:15.
Js.21:12 12. Campo. Fica claro que se refere ao campo que estava além dos 2 mil covados mencionados em Números 35:5. Ao que parece, estas instruções não eram específicaspara Elebrom, Mas, apenas um exemplo cia regra geral que devia ser seguida em todas as cidades.
Js.21:13 13. Libea. Ver com. de Js 10:29.
Js.21:14 Sem comentário para este versículo
Js.21:15 15. Debir. Ver com. de Js 10:38.
Js.21:16 16. Bete-Semes. Ver com. de js 15:10.
Js.21:17 17. Gibeão. Ver com. cie Js 9:3.Gaba. Ver com. de Js 18:24.
Js.21:18 18. Anatote. Conhecida posteriormente como o local cio nascimento de jeremias (Jr 1:1; 11:21). O nome moderno do lugar é Râs el-Kharrubek e fica dois quilômetros a nordeste do monte Scopus, no nordeste de Jerusalém, e um pouco a sudoeste de Gibeá. Nos tempos de jeremias, ainda era uma cidade de sacerdotes (Jr 1:1). Foi também o lar de Abiatar e o lugar para onde ele foi banido por ter participado na revolta de Adonias (IRs 2:26).
Js.21:19 Sem comentário para este versículo
Js.21:20 Sem comentário para este versículo
Js.21:21 21. Siquém. Ver com. de js 20:7.Gezer. Ver com. de Js 10:33.
Js.21:22 22. Bete-Horom. Ver com. dejs 10:10.
Js.21:23 23. Gibetom. Ver com. de js 19:44.
Js.21:24 24. Aijalom. Ver com. de js 10:12 e 19:42.
Js.21:25 25. Taanaque. Ver com. de js 12:21 e 17:11.
Js.21:26 Sem comentário para este versículo
Js.21:27 Sem comentário para este versículo
Js.21:28 Sem comentário para este versículo
Js.21:29 29. Jarmute. Ver com. de Js 10:3.En-Ganim. Ver com. de Js 19:21.
Js.21:30 Sem comentário para este versículo
Js.21:31 Sem comentário para este versículo
Js.21:32 32. Quedes. Ver com. de Js 12:22 e 19:37.
Js.21:33 Sem comentário para este versículo
Js.21:34 34. Jocneão. Ver com. de js 12:22 e 19:11.
Js.21:35 35. NaalaJ. Ver com. de Js 19:15.
Js.21:36 36. Bezer. Ver com. de Js 20:8.
Js.21:37 Sem comentário para este versículo
Js.21:38 38. Ramote. Ver com. de Js 20:8.Maanaim. Ver com. de js 13:26.
Js.21:39 39. Hesbom. A capital de Seom, o rei dos amorreus que lutou contra os israelitas quando estes chegaram pelo leste do Mar Morto, provenientes do Egito, e que perdeu seu reino para os mesmos. O nome continua a ser usado em Tell Hesbâm, cerca de 25 km a leste-nordeste da foz do rio Jordão, e 20 km a sudoeste de Rabá-Amom (Amã).Jazer. Ver com. de Js 13:25.
Js.21:40 Sem comentário para este versículo
Js.21:41 41. Quarenta e oito cidades. No censo de Israel registrado em Números 26:62, o total de levitas era de 23 mil. Alguns têm questionado que proporcionalmente os levitas receberam mais do que qualquer outra tribo. No entanto, deve-se recordar que é provável que nem todas as cidades das outras tribos tenham sido listadas, enquanto os levitas ficaram restritos às 48 cidades e poucas centenas de hectares de pasto a sua volta. O restante tinha grandes territórios pertencentes a suas cidades.Alguns sugerem que cada uma das quatro divisões da casa de Levi se transformou num elo para unir três das 12 tribos. No caso dos gersonitas, os dois lados do Jordão se uniram, duas t ribos a oeste do rio e uma a leste. Os meraritas serviram para conectar duas tribos a leste do Jordão com uma tribo do oeste, e o sudeste do território israelita com o norte. Assim todos se mantiveram unidos para crescer juntos em Deus. Os levitas estavam divididos em Israel, mas, nessa divisão, tornaram-se um elo para juntar as tribos de Israel e unir todas elas a Deus.Quando não estavam ocupados na tarefa de realizar as funções religiosas que lhes incumbiam, os levitas eram professores dos jovens, leitores, copistas e expositores da lei, analistas e cronistas que preservavam a memória de grandes acontecimentos e distintos personagens. Eles deviam trazer a religião para a vida cotidiana, ajudando-se entre si e também a seus vizinhos, a hm de que compreendessem o invisível e alcançassem o padrão de Deus.
Js.21:42 42. Estas cidades. Depois do v. 42 e antes do 43, a LXX acrescenta o seguinte: "I Josué cessou de dividir a terra segundo suas fronteiras. E os filhos de Israel deram uma porção a Josué por causa da ordem do Senhor. Deram-lhe a cidade que pediu. Deram-lhe Timnate-Sera, no monte Efraim;e Josué construiu a cidade e viveu nela. E Josué tomou as facas de pedra com as quais circuncidou aos filhos de Israel que nasceram no deserto pelo caminho e as pôs em Timnate-Sera.”
Js.21:43 43. Toda a terra. A declaração deste versículo pode parecer contraditória, já que Israel só chegou a possuir toda a terra nos dias de Davi e Salomão e, mesmo então, não é certo que o território tenha incluído tudo o que Deus originalmente queria que possuíssem. No entanto, o versículo meramente diz: “deu o Senhor a Israel toda a terra”. O presente era deles, apesar da presença de cananeus em parte do território. Era plano de Deus que esses habitantes não fossem expulsos ao mesmo tempo, mas pouco a pouco (Ex 23:30), para impedir que as feras e as ervas daninhas enchessem a terra até que Israel, com o decorrer do tempo, se tornasse numeroso o bastante para ocupar essas áreas.
Js.21:44 44. Repouso em redor. O hebraico diz "descanso dos arredores”, isto é, das nações vizinhas. No entanto, Deus desejava dar-lhes mais do que o mero descanso físico da guerra. A ocupação de Canaã era o início do grande programa missionário que o Senhor planejava realizar por intermédio de Israel. Tal programa de ação só podia ser executado por pessoas representantes desse plano com o exemplo da própria vida. (3 autor de fiebreus se referiu à conquista desse objetivo espiritual na alma e à realização do objetivo missionário no mundo quando disse: "Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia” (Hb 4:8). Quando Israel fracassou miseravelmente no cumprimento de seu elevado destino e não pôde entrar em seu "descanso”, Deus chamou a igreja cristã para cumprir o propósito original. Devemos, portanto temer, “que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado” (Hb 4:1).Capítulo 22/ As duas tribos e meia são enviadas para sua terra com uma bênção. 10 Elas edificatn um altar de testemunho em sua jornada. 11 Os israelitas se ofendem por isso. 21 As duas tribos e meia dão uma boa explicação.possuidores, segundo o mandado do Senhor, por intermédio de Moisés.habita o tabernáculo do Senhor, e tomai possessão entre nós; não vos rebeleis, porém, contra o Senhor, nem vos rebeleis contra nós, edificando- vos altar, afora o altar do Senhor, nosso Deus.L Então. Do heb. az. Indica que o processo começou em determinado momento, como consequência de uma situação que acaba de ser apresentada, ou seja,vossos filhos não digam amanhã a nossos filhos: íNão tendes parte no Senhor.imediatamente depois da distribuição das cidades entre os levitas, conforme o registro de Josué 21. A construção parece deixar subentendido que as duas tribos e meia nãoforam enviadas de volta para casa assim que terminou a guerra, como alguns defendem, mas, sim, depois da distribuição da terra entre as 12 tribos e das cidades dos levitas.
Js.21:45 Sem comentário para este versículo
Js.22:1 1. Então. Do heb. az. Indica que o processo começou em determinado momento, como consequência de uma situação que acaba de ser apresentada, ou seja, imediatamente depois da distribuição das cidades entre os levitas, conforme o registro de Josué 21. A construção parece deixar subentendido que as duas tribos e meia não foram enviadas de volta para casa assim que terminou a guerra, como alguns defendem, mas, sim, depois da distribuição da terra entre as 12 tribos e das cidades dos levitas.
Js.22:2 2. Tendes guardado tudo. As palavras dos v. 2 e 3 recordam a promessa de Josué 1:16. A ordem de Josué registrada no v. 5 relembra a que ele recebera a princípio (Js 1:7). Elas também encontram outro paralelo no que Josué disse a Israel antes de morrer, segundo o relato de Josué 23 e 24.
Js.22:3 3. Durante longo tempo. Ver com. de Js 11:18. Seis ou sete anos foram empregados para dominar a terra. Portanto, essas tribos ficaram ausentes de seu lar e de sua família durante um longo período, enquanto cumpriam com sua obrigação a seus irmãos (Js 1:12-16). Deram seu melhor para ser uma bênção a eles.E digno de nota que, durante todos os longos anos da conquista, nenhuma queixa é registrada, com exceção do pedido da tribo de José (Js 17). Essa atitude contrasta com a contínua murmuração durante os 40 anos de peregrinação no deserto. Enquanto os israelitas estiveram envolvidos em conquistas, sucessos e atividades permaneceram contentes. O mesmo ocorre hoje: quando a igreja está ativa e realiza um programa que gera progresso, com a participação de toclos os membros, costuma haver clara ausência de críticas, queixas e murmurações.
Js.22:4 4. Vossas tendas. Talvez nesta época o povo já habitasse nas casas que tinham herdado ou construído (Nm 32:17), mas o autor as chama de tendas porque essa era a palavra que os israelitas se acostumaram a usar para se referir a suas moradas no deserto. Ela continuou a fazer parte do vocabulário do povo até muito tempo depois.
Js.22:5 5. Guardar com diligência. Literalmente, “vigiai sem cessar”. As declarações deste versículo têm um conteúdo muito similar às que se encontram em Deuteronômio 6:5; 10:12; 11:13, 22; 30:6, 16, 20; etc., umindicativo de que estas palavras já estavam registradas, para que Josué tivesse acesso a elas. Ele se familiarizara tanto com elas que falou usando quase as mesmas palavras de seu antecessor, Moisés. Josué despediu as duas tribos e meia com palavras de conselho e advertência espiritual. Sua única segurança repousaria na estrita obediência a todos os mandamentos de Deus.E vos achegueis a Ele. A palavra hebraica traduzida por “achegueis” é vertida no verbo apegar em Salmos 119:31 (“apego"). Transmite a ideia de uma união firme, ou seja, de “apegar-se” a algo ou a alguém.
Js.22:6 Sem comentário para este versículo
Js.22:7 7. Tribo de Manassés. Não se deve entender, com base nesta passagem, que Josué se dirigiu novamente em separado à meia tribo de Manassés. Em vez disso, esta declaração é urna repetição, característica marcante dos autores do AT de forma geral, e de Josué em particular. Um escritor moderno se referiría ao que já escreveu em outra parte, O historiador judeu, porém, repete em cada caso tudo o que julga necessário, a lim de que seu relato possa ser compreendido de forma clara por si só. Exemplos desse tipo de repetição por parte de Josué são as quatro vezes em que é mencionada a informação de que os levitas não receberíam urna parte na distribuição da terra (Js 13:14, 33; 14:3; 18:7) e as quatro alusões ao fato de a tribo de Manassés se encontrar dividida em duas partes, uma de cada lado do Jordão (Js 13:7, 8; 14:3; 18:7; 22:7).
Js.22:8 8. Reparti com vossos irmãos o despojo. Aqueles que permaneceram na Palestina oriental para tomar conta das posses, reconstruir as cidades e cuidar do gado e das famílias deviam receber sua parte dos espólios tomados. Deus ordenara tal procedimento (Nm 31:27), e foi dessa maneira que Davi instruiu posteriormente o povo (I Sm 30:24).
Js.22:9 9. E se retiraram [...] em Siló. Este versículo deixa claro que as duas tribos emeia só foram mandadas de volta para easa depois que a sede geral de Israel foi levada para Silo, algo que ocorreu depois de algumas das tribos receberem sua herança. Se eles não permanecessem até depois da distribuição da terra, provavelmente teriam sido dispensados em Gilgal. O fato de não terem sido despedidos ali é uma forte evidência de que ficaram até o fim da distribuição.
Js.22:10 10. Limites pegados ao Jordão. Literalmente, "circuitos do Jordão” ou "distritos do Jordão”. Alguns defendem que a expressão se refere ao solo fértil localizado no leste do alto Jordão, possivelmente aos férteis prados nos meandros do rio. O Jordão faz uma trajetória de cerca de 300 km, com todas as suas curvas pelos aproximados 100 km que há entre o mar da Gaiileia e o Mar Morto. No entanto, essa identificação não parece se adequar ao contexto da narrativa. Tanto a LXX como a versão siríaca trazem o nome próprio “Gilgal” em lugar de "limites”. Este seria o lugar mais natural para as tribos atravessarem o Jordão. A estrada que passava por Gilgal levava até a fronteira tanto de Rúben quanto de Gacle. Se as tribos tivessem viajado para o norte a fim de cruzar o alto Jordão, teriam saído cerca de 160 km de sua rota. Outro possível ponto de travessia era Ada má, mas, além de ser um caminho desconhecido, também era um desvio para o retorno de Gacle e Rúben a seus territórios. Portanto, é lógico pensar que as tribos voltaram pelo caminho de Gilgal (ver PP, 518). Assim que chegaram aos "limites” do Jordão, construíram um altar, num outeiro próximo ao lugar onde Josué erigira outro, ou então do outro lado do rio (ver com. do v. 11).Terra de Canaã. A expressão sugere que o local talvez ficasse na margem oeste do Jordão, embora não se possa ter certeza.Vistoso. Literalmente, "para aparecer”. A palavra sugere um altar grande, alto o suficiente para ser visto a longa distância. O termo também pode transmitir o sentidode que o altar só foi construído para aparecer, e não para qualquer outro uso, como para oferecer sacrifícios. No entanto, foi cdificado de acordo com o modelo cio altar do holocausto no tabernáculo (v. 28), para torná-lo um memorial eficaz, do fato de que as tribos orientais faziam parte do Israel de Deus.
Js.22:11 11. Um altar. Literalmente, "o altar”. De acordo com o v. 28, ele foi feito segundo o modelo do altar do Senhor, era uma cópia do único altar dado por Deus a Israel para que ali se oferecessem os sacrifícios. Esse é o motivo para o uso do artigo definido em hebraico, para designar esse único altar.Defronte da terra. Literalmente, “no primeiro plano”. No heb., mui significa “defronte” e é traduzido dessa forma na maioria cios casos. Da perspectiva dos pontos cardeais, "defronte” pode significar leste, se "direita” for o sul, e se "esquerda” for o norte. Se esse for o uso dado à palavra neste versículo, ela se referiría à entrada na terra de Canaã a partir do leste, ou à própria margem oriental.Nos limites. Mesma expressão usada no v. 10; mais uma vez, a LXX e a versão siríaca trazem "Gilgal”.Do lado. Do heb. eiebeu literalmente, “para cima”. 'Eber também significa “vau” ou “passagem”, algo que parece confirmar a sugestão (ver com. do v. 10) do lugar mais provável da travessia. A pala\ ra, porém, também tem o sentido de “através”, portanto, não é possível determinar com certeza de que. lado do Jordão o altar foi construído. O mais provável é que tenha sido do lado leste (ver PP, 519).
Js.22:12 12. Para saírem à peleja contra eles. Esta passagem fornece uma notável prova da estrita observância e veneração à lei nos dias de Josué. Um mínimo desvio dela (Lv 17:8, 9; Dt 12:5-7; 13:12-15) foi suficiente para despertar a lealdade das nove tribos e meia e levá-las a sair para guerrear até mesmo contra seus irmãos. Quando ficaram sabendo daconstrução de um altar além do que já existia em Silo, mostraram-se prontos para tomar medidas imediatas, a fim de que o culto ao Senhor não fosse profanado. Não foi Josué quem convocou as tribos; elas se reuniram por vontade própria. No entanto, é provável que ele, juntamente com Eleazar, tenha lhes dado o conselho de adiar a ação até que fossem enviados embaixadores às duas tribos e meia para verificar o que ocorria.
Js.22:13 13. Fineias. Filho do sumo sacerdote e capacitado para a tarefa. Foi Fineias que, num momento crítico, levantou-se para resis-g tir ao mal de Baal-Peor (Nm 25:7, 8). Iodos conheciam seu zelo e é provável que não houvesse pessoa melhor para l iderar a delegação.
Js.22:14 14. Dez príncipes. Todas as tribos que viviam ao oeste do Jordão estavam representadas, além de Fineias, da tribo de Levi. Todos os que lhe acompanharam eram chefes da casa de seus pais, e é provável que também fossem os chefes da própria tribo. Urna delegação desse tipo provavelmente equivalería à corte suprema do país. Israel considerou que a suposta transgressão das duas tribos e meia era uma séria infração da lei divina. A seleção dos embaixadores indica a gravidade atribuída ao fato.
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Js.22:16 16. Que infidelidade [...]? A expressão significa, literalmente, “que traição’'. O problema dizia respeito não só às duas tribos e meia, mas a todo o povo dc Israel. As experiências passadas haviam mostrado que as transgressões de grupos ou de indivíduos podiam trazer juízo ao povo inteiro. Fineias e seus colegas chamaram a atenção para esses acontecimentos, temerosos de que, se aqueles que construíram o altar não tossem punidos, Deus poderia castigar todo o Israel como cúmplice da culpa. A acusação das nove tribos e meia só se baseava num rumor que deveria ter sido investigado primeiro. É fácil interpretar mal as ações alheias. As tribos ocidentais eram culpadas, mas também as tribos orientais, que deveriam ter informadoa seus irmãos do plano de erguer o memorial. Talvez não tenham previsto que um falso rumor poderia surgir. Sempre é bom evitar essa possibilidade, mas, por outro lado, é perigoso julgar com base meramente nas aparências.
Js.22:17 17. Iniquidade de Peor. Ver Nm 25:1-9; Dt 4:3. A palavra original traduzida por “iniquidade’’ é ‘awon, que costuma transmitir a ideia de “culpa” por uma ação errada. Acredita-se que tenha se originado do termo 'cnvah, cujo sentido é “prostrar-se”, “ser perverso". Em Ester 1:16, o verbo ofender é usado na tradução de 'cnvah. 'Awon, portanto, é tudo aquilo que não está de acordo com o que é reto e apropriado, e isso envolve tanto a culpa como o castigo.Não estamos ainda purificados. Literal mente, “não purificado de nós”. Não é possível saber ao certo a que circunstâncias específicas o autor se referiu nesta declaração. Mas a vergonha, a desgraça e a infâmia da iniquidade de Peor, e talvez alguns sinais do desgosto divino, ainda permanecessem entre a congregação. Há o registro de que 24 mil pessoas morreram naquela ocasião. E possível que alguns dos filhos das uniões proibidas ainda estivessem no arraial. Sem dúvida, muitos dos parentes continuavam a sentir profundamente a perda dos 24 mil. Além disso, os lares destruídos e os órfãos eram evidências do desastre. A expressão também poderia sugerir que certa medida daquele fermento corrupto continuava entre eles; que a infecção não fora curada por completo e que, mesmo que suprimida no momento, ainda operava secretamente com a probabilidade de brotar de novo com renovada violência, conforme insinuado nas palavras de Josué 24:14 e 23. O pecado deixa suas marcas tanto sobre a pessoa que o comete como sobre os que sentem sua influência.
Js.22:18 Sem comentário para este versículo
Js.22:19 19. Imunda. Isto é, no aspecto cerimonial, porque o tabernáculo não ficava no território dessas tribos. Entre os antigos, existiaa crença generalizada de que os países que não contavam com um lugar consagrado à adoração a Deus eram imundos e sem santidade. Se as duas tribos e meia concordassem com esse ponto de vista, seria muito melhor que abandonassem sua terra e tossem viver com as outras tribos na posse do Senhor. Tal declaração demonstrava espírito generoso e abnegado, disposição em lazer sacrifícios a fim de manter a pureza e, portanto, a paz. Em outras palavras, Fineias e seus companheiros estavam dispostos e ávidos por dar às primeiras coisas seu devido lugar. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). Isso demonstra que as tribos ocidentais não consideravam que fazer guerra era uma necessidade absoluta, mesmo que seus irmãos houvessem pecado, a não ser que estes se mostrassem obstinados na rebelião.Não vos rebeleis. Deus deixara instruções e mandamentos para a orientação de Seu povo, e qualquer desvio dessas ordens, em especial no tocante à construção de altares para falsos deuses, não seria nada menos do que uma rebelião contra Deus. O Senhor é o mesmo hoje, ontem e sempre (Hb 13:8), pois Seus princípios de justiça nunca mudam. Ainda que o castigo pelo desvio das leis divinas possa ser postergado, Unia transgressão receberá, por fim, sua justa retribuição.Não o-:'>• rensozinho.caso deAcã loiuma (1'• nsfr,ii;ão de i < ¦ipt cadodeu mUai.‘ 1 ii! \iO Jmp a.sobre !od- > '' gacão ! d,l l'nL maiq,í...........o:, llls.i dvgo l.U. . i i |fedí >C r ¦!,.m¦ m qa
Js.22:20 Sem comentário para este versículo
Js.22:21 21. Responderam. É impossível deixar de apreciar a mansidão da resposta às acusações que haviam recebido. Na verdade, há muito a se admirar na forma clc agir de ambas as partes. Quando os acusadores perceberam que haviam cometido um erro, não mudaram de argumento, passando a condenar seus irmãos cie imprudência, embora tivessem o direito de fazer isso. Quando os acusados deram prova de sua inocência, não censuraram seus acusadores com palavras ásperas, apressadas e injustas. Com certeza, este foi um exemplo de como “a resposta branda desvia o furor” (Pv 15:1). Muitos problemas da vicia poderíam ser evitados se todos prestassem atenção às lições dessa experiência.
Js.22:22 22. O Poderoso, o Deus, o Senhor. As três designações divinas são repetidas duas vezes na seguinte ordem: 'El, 'Elohim e Yahivelt. A expressão também podería ser traduzida por “Deus dos deuses, Yahweh”, mas, de todo modo, era uma evocação forte, apropriada para a seriedade da ocasião. As duas tribos e meia ficaram chocadas com o pecado do qual foram acusadas, e a multiplicação dos títulos divinos, bem como a repetição da frase, mostrava zelo e fervor nesse assunto.
Js.22:23 23. De nós o demande. A declaração também podería ser traduzida como “Que o próprio Senhor analise a questão”. Depois de apU ciua-, \e/es ao tríplice nome de íVes 4, ¦ < om Jo \. 22'. as tribos se mostraram d; gostas a deixnro caso nas mãos do SenD)' o !' ei< a Suas dem e.das, ainda quesigmíii •" ~ responde1' . >m a \ ida Seu v.s* '¦<. ’! õ- pnsithu convens pu à delegação da o ¦ ¦ nd,'d. d' -• mofo <^ que iia\ iam impulsionado a construir o altar.
Js.22:24 24. Por causa da seguinte preocupação. A palavra “preocupação” expressa, na verdade, “prudência ansiosa”. Litera l mente,a passagem diria: “fizemos por causa da prudência ansiosa de que”. As duas tribos e meia passaram a relatar a causa de sua preocupação ou ansiedade. Com o passar do tempo, sua posteridade, por estar tão longe do tabernáculo, poderia ser considerada e tratada como estranha à nação de Israel. E provável que, enquanto essas tribos voltavam para casa, a ideia de construir o memorial lhes tenha vindo à mente. Se houvessem pensado nesse plano antes, provavelmente o teriam informado a Josué. Estavam preocupadas de que as outras tribos passassem a achar que seus filhos não tinham interesse no altar de Deus.Era verdade que, naquela ocasião, as tribos orientais eram consideradas irmãs e eram tão bem recebidas no tabernáculo como qualquer outra. Mas, e se seus filhos fossem rejeitadosr Por causa da distância, não poderiam fazer visitas tão frequentes ao tabernáculo como os outros, e gradualmente poderiam ser recusados como membros do povo de Israel, isso levaria ao descuido por parte dos filhos, que logo afundariam até um estado de relativa irreligiosidade. Para impedir essa tendência e para deixar um testemunho constante de que faziam parte de Israel, as tribos decidiram levantar esse grande altar próximo ao Jordão, para que pudesse ser visto de ambas as margens.
Js.22:25 Sem comentário para este versículo
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Js.22:28 28. O modelo. O altar era uma representação exata cio que se encontrava em Siló e deveria servir como testemunho de que seus edificadores reconheciam e serviam o mesmo Deus que aqueles que adoravam no altar original. E provável que seu tamanho fosse muito maior, para ficar mais visível, mas preservava as mesmas proporções e o mesmo estilo de construção.
Js.22:29 Sem comentário para este versículo
Js.22:30 30. Deram-se por satisfeitos. Literalmente, “foi bom a seus olhos”. Seus irmãos haviam empreendido aquela missão para glória de Deus, não para a sua própria. Agora que a culpa fora retirada, ainda queas outras tribos houvessem se equivocado, ficaram satisfeitas. Deus é o verdadeiro elo de fraternidade. Quando se é irmão de ver- . dade, a dor e a vergonha cio irmão será nossa também, e o restabelecimento da inocência daquele que era suspeito de culpa proporcionará sincera gratidão. Se os homens das tribos a oeste do Jordão tivessem agido por razões egoístas, teriam sido orgulhosos demais para se alegrar com a revelação do equívoco de suas acusações, e teriam tentado encontrar outro motivo de queixa. As vezes, os cristãos se orgulham tanto das próprias opiniões que desejam mais a vitória sobre um suposto antagonista do que a vindicação da justiça. Os que vivem junto ao Senhor estão prontos e dispostos a admitir seu erro e se interessam mais pela verdade do que por convencer outros de que estão certos.
Js.22:31 31. Agora, livrastes. A palavra heb. 'az, traduzida, neste versículo, por “agora”, dá ênfase ao fato de que a ação já ocorrera. Costuma ser traduzida por “então”, mas, neste caso, poderia muito bem ser vertida por “em consequência”. Sugere a consequência de uma ação e a declaração inteira poderia ter a seguinte tradução: “Em consequência, em vez de trazer sobre nós forte castigo, o qual temíamos, agistes de forma que nos livrastes da punição da qual tínhamos medo.”
Js.22:32 Sem comentário para este versículo
Js.22:33 33. Não falaram mais. Em 2 Samuel, a mesma palavra traduzida neste versículo por “falaram” é usada na declaração: “Isbi-Benobe [...] intentou matar a Davi”'. O hebraico diz: “falou matar”, ou seja, teve o propósito, a intenção. O mesmo se dá nesta passagem. O povo renunciou à intenção de sair à peleja. A fala dos representantes das duas tribos e meia os convenceram de que não havia necessidade disso e, em consequência, abandonaram a ideia por completo.
Js.22:34 34. Testemunho. A ARC traz “Ede”, a palavra hebraica para “testemunho”. No entanto, esse termo não se encontra noorigina], pelo menos nas cópias comuns, embora alguns dos manuscritos mais recentes o contenham. Ele aparece nas versões siríacas e árabes. A LXX traz: “E Josué deu um nome ao altar dos filhos de Rúben e filhos de Gade e a meia tribo de Manassés e disse: ‘É um testemunho no meio deles de que o Senhor é seu Deus .” Os tradutores da ARA apropriadamente substituíram “Ede” por ‘'testemunho”, uma vez que esse é o sentido que a palavra original comunica.Há conceitos e ensinamentos importantes nos incidentes registrados neste capítulo.Primeiro: até mesmo as melhores intenções são, com frequência, mal interpretadas e podem dar lugar a suspeitas. Portanto, em tudo que for possível, deve-se evitar qualquer aparência do mal. Segundo: é muito melhor ser zelosos pelos irmãos, com zelo piedoso, do que ser indiferentes quanto a sua salvação, ainda que o temor seja equivocado. Terceiro: ainda que se esteja sendo falsamente acusado, é bom ouvir a acusação com calma e, em seguida, com espírito de humildade, lazer cuidadosa defesa. Quem está certo sempre pode se permitir ser calmo e atencioso.Capítulo 23meio, e com elas vos aparentardes, e com elas vos misturardes, e elas convosco,
Js.23:1 1. Muito tempo depois. \/er na introdução ao livro de Josué, p. 158, sobre a idade de Josué. Pode-se estimar que ele tivesse por volta de 83 anos quando os israelitas entraram em Canaã. Se fosse cinco anos mais velho do que Calebe, teria 90 anos quando terminou a conquista da terra. Segundo Josué 24:29, ele tinha 110 anos quando morreu. Se as estimativas estiverem corretas e os acontecimentos registrados neste capítulo ocorreram durante o último ano da vida de Josué, 20 anos teriam se passado desde o momento em que o Senhor deu descanso a Israel (Js 21:44; 22:4). Este intervalo permitiu a Josué observar que um dos maiores perigos para Israel estava em se deixar corromper pela intimidade com os cananeus.
Js.23:2 2. Os seus anciãos. Os cem ocadm representavam os quatro níveis ou grur d • distinção civil: os anciãos ou prím i\ ¦ d ¦ tribos, os chefes de família, os jud. . ;ue interpretavam a lei e tomavam dm' r>es acordo com ela, e os servidores p -hcos magistrados que executavam as d> cisões do*, juizes. O sumo sacerdote’ Llea/ai .-¦Loa pm sente, assim como sen filho Eincias. Sen: dúvida, embora já muito idoso. Calebe esta\ ,i ali e talvez também Otniel c muitos outros.Não se especifica o lugar desse encontro, mas, considerando que, no capítulo seguinte (v. 1) se menciona que Siquém foi o localde vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou.da segunda reunião, acredita-se que a primeira tenha ocorrido em Timnate-Sera, onde morava Josué. No entanto, pode ter sido realizada em Siquém ou em algum outro lugar, couto Siló.Já sou velho. Alguns anos antes, Deus havia lembrado Josué de sua idade avançada. "Já estás velho, entrado em dias” (Js 13:1). Agora o próprio Josué, sentindo o efeito da idade e da passagem do tempo, declarou: “Já sou velho e entrado em dias”, literalmente, “Eu sou velho e entrei nos dias”. Possivelmente estava já no último ano de sua vida, ou seja, com 110 anos de idade (Js 24:29).
Js.23:3 3. Por causa de vós. Literal mente, "perante vossa face”, isto é, perante os israelitas em batalha. Os cananeus foram mortos quando Israel avançou na batalha.
Js.23:4 4. Fiz cair em sorte. Nesta passagem, assim como em Josué 13:1-7 e depois em Juizes 2:23, reconhece-se claramente a natu-rvehminar e parcial da conquista roa- 1 ¦¦..•ida por Tosue Deus deu e Israel a terra hüí prose e a certeza de que .ria adiante do 'novo a um de expulsar as nações restantes à medida que os israelitas se tornassem capazes. e mais numerosos, a ponto de encher a terra e tomar o lugar dos inimigos.
Js.23:5 5. Expulsará. Josué usa neste versículo a mesma palavra que se encontra em Deuteronômio 6:19 e 9:4, traduzidanessas passagens pela expressão verbal "lançar de diante”. No original, é uma palavra pouco usada, que só aparece 11 vezes no AT. Pode indicar que Josué estava citando Deuteronômio e que este livro já existia em forma escrita em seus dias.
Js.23:6 6. Esforçai-vos, pois, muito. Literalmente, a advertência diz: "Sede muito fortes." A coragem se origina tanto da força física como da espiritual. E essencial na vicia cristã. E preciso coragem para confessar a Cristo por meio do exemplo e da palavra em face da zombaria. E necessário ser corajoso para resistir à tentação e fazer o bem no meio de um mundo hostil. A coragem é imprescindível para vencer o egoísmo e admitir um erro. No entanto, o Senhor nos diz, por intermédio de Josué: "Esforçai-vos, pois, muito" para lazer o que é certo.Tudo quanto está escrito. Há universalidade na ordem: "Tudo quanto está escrito no Livro.” Não deve haver reservas, nem exceções, nenhuma seleção de doutrinas preferidas ou deveres agradáveis. Pelo contrário, "tudo quanto está escrito" deve ser lido, confirmado e obedecido.
Js.23:7 7. Não vos mistureis com estas nações. Literalmente, “não entreis nestas nações". Ainda que vivessem em meio àquelas nações pagãs, os israelitas não deveriam se relacionar com elas. Qualquer associação, por mais inocente que pudesse parecer, podería levar a contatos mais diretos, os quais acabariam seduzindo a alma a se afastar de Deus. Uma proibição semelhante permanece. A ordem do Nd é: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos (2Co 6:14). Os resultados negativos do desacato voluntário dessa ordem costumam ser vistos na vida dos jovens que, apesar dos conselhos contrários, unem-se em casamento com incrédulos. Além de ter um lar onde a verdadeira harmonia nunca poderá reinar, muitas vezes também descobrem que pau- latinamcnte vão sentindo menos gosto pelareligião, até chegar, mais cedo ou mais tarde, à completa separação de Deus. "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordor” (Am 3:3).Não façais menção. Confira a instrução de Moisés sobre isto (Êx 23:13; Dt 12:3). O nome desses deuses não deveria ser usado nem lembrado.Nem por eles façais jurar. Jurar por qualquer deus equivalia praticamente a reconhecê-lo como testemunha e vingador no caso da violação de contratos, e também, portanto, uma afirmação de que se tratava de um objeto de culto apropriado. Isso significa que Israel não poderia fazer qualquer tipo de aliança com os idólatras, porque, para estes, a única forma de fazer valer um contrato era jurar por seu próprio deus, e isso significaria um reconhecimento dessa divindade por parte do israelita.
Js.23:8 Sem comentário para este versículo
Js.23:9 Sem comentário para este versículo
Js.23:10 10. Um só homem. Mais uma vez, neste versículo, Josué usa as palavras de Moisés encontradas em seu cântico (ver Dt 32:30).
Js.23:11 11. Empenhai-vos em guardar. Literalmente, “prestai muita atenção a vossa alma". Talvez o perigo de que o amor dos israelitas por Deus se voltasse para outra coisa aumentaria depois de haverem se estabelecido com tranquilidade na terra. As Escrituras, tanto no AT como no NT, ressaltam a preeminência do amor. O poder pode ser agradável, a sabedoria e a beleza podem trazer deleite, e as riquezas dão certo prestígio e sensação de segurança, mas a vida não se encontra em nada disso. O amor supera todas essas coisas. A obediência se submete à voz que exclama “Não terás outros deuses diante de Mim" (hx 20:3), e responde: “O Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o Teu nome!" (SI 8:1). A obediência se nega a tomar o nome do Senhor em vão, enquanto o amor exclama: “No Teu nome e na Tua memória está o desejo da nossa alma" (Is 26:8). "Abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dadoentre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12). A obediência se recusa a transgredir o sábado, mas o amor o chama “deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra” (Is 58:13). Assim deve ocorrer com todos os mandamentos divinos. "O cumprimento da lei é o amor” (Rm 13:10),
Js.23:12 12. Com elas vos aparentardes. Literalmente, “delas vos tornardes parentes mediante o casamento”. Demorou muito tempo para Israel aprender como viver no mundo sem ser do mundo. A lição só foi aprendida depois do cativeiro babilônico, mas, mesmo então, logo foi distorcida, transformando-se num exclusivismo farisaico.
Js.23:13 13. Laço e rede. Ou, “cilada” (Êx 23:33), "espinhos [...] e aguilhões (Nm 33:55). A idéia é que os resultados finais do mal são encobertos para que não sejam observados. A sociedade corrupta é insidiosa em seus atrativos. O laço e a rede são colocados primeiramente, e só quando a vitima está presa aparecem os espinhos e aguilhões. Os homens corruptos desviam os puros por meio do engano. Instintivamente encobrem suas piores características e revelam o que têm de melhor para enganar sua presa. As próprias virtudes dos puros, às vezes, ajudam na obra da destruição. “O amor [...] não se ressente do mal” (iCo 13:4, 5), e o inocente pode se sentir tentado a pensar, acerca de seus sedutores: “I injusta a má fama desses homens. Eles são melhores do que as notícias que circulam a respeito deles.'Açoites. Este serviría para obrigar aos israelitas a andar por um caminho que eles não quisessem. Mas, depois de cair no laço, seriam levados como um boi sob o jugo.Espinhos. Os espinhos no olho simbolizam cegueira, já que estes podem cegara pessoa. Assim também o inimigo fecharia os olhos do entendimento de Israel por meio da idolatria.
Js.23:14 14. Caminho de todos os da terra. Ou, melhor: “no caminho de toda a terra”. Josué enfrenta este inevitável fim da estrada com calma e confiança. Não é um fim estranho, pois todos os homens do passado, com exceção de Lnoque e Elias, chegaram ao mesmo destino. A única exceção no luturo serão os transladados por ocasião da segunda vinda de Jesus (iCo 15:51-54), Josué estava por morrer, mas se sentia plenamente satisfeito com Deus e com o que fizera. Descansava com interesse espiritual pelos que sobreviveríam. A grandeza de seu caráter estava no fato de que ele mesmo havia se apagado diante da nobreza de suas realizações e do Deus que o guiara nelas. Sua grande indagação era: "Que pensarão de meu Senhor quando eu não estiver mais aqui? Agora O conhecem, mas se lembrarão dEle depois?”
Js.23:15 Sem comentário para este versículo
Js.23:16 16. Quando violardes. Literalmente, “em sua transgressão". A ideia é “caso violardes ’ ou “se violardes’’ e servirem outros deuses. Deus presume que Seu povo será fiel. Não os prova antes de abençoá-los. Dá aos seres humanos com fartura no presente, a (im de prepará-los para desfrutar a misericórdia ainda mais plena do futuro. Embora o Senhor seja capaz de prever a infidelidade futura, não retém Suas dádivas de bondade por esse motivo. Ser alvo da misericórdia, da sabedoria e da bênção divina é um privilégio sobremodo maravilhoso, mas carrega consigo grande responsabilidade. Quando uma pessoa se aparta de Deus e de Sua verdade, mesmo cm meio a tantas dádivas, receberá castigo proporcional à luz recebida.Capítulo 247 I., clamando vossos pais, o Siínhor pôs escuridão entre vós e os egípcios, e trouxe o mar sobre estes, c o mar os cobriu; e os vossos olhos viram o que Eu fiz no Egito. Então, habitastes no deserto por muito tempo.e também os amorreus, os lerezeus, os cananeus, os heteus, os girgaseus, os heveus e os jebuseus; porém os entreguei nas vossas mãos.será testemunha contra vós outros para que não mintais a vosso Deus.
Js.24:1 1. Reuniu Josué. A reunião do capítulo 23 fora uma assembléia dos líderes e do povo, na qual Josué insistira com eles na responsabilidade cie expulsar o inimigo e os advertira quanto aos perigos de negligenciar o cumprimento dessa ordem. Ele os lembrou da promessa divina de acompanhá-los e do dever do povo de colocar em prática tal plano. Neste capítulo, Josué reúne os chefes e representantes das tribos em Siquém para lazer um apelo final a eles.Siquém era um lugar apropriado para realizar esta reunião. Ali se realizara a primeira aliança com Abraão (Gn 12:6, 7); parece que foi naquelas imediações que Jacó a renovara (Gn 33:19, 20) e, sob um carvalho era Siquém, ele escondera os “deuses estranhos” de sua família (Gn 35:2-4), conforme Josué recordava, naquela ocasião, aos israelitas (Js 24:23). Ali tambéma aliança fora renovada depois da queda de Ai (Js 8:30-35). Não poderia haver lugar mais adequado do que Siquém para Josué pronunciar suas palavras de despedida e onde a aliança de Israel com Deus pudesse ser renovada.Eles se apresentaram. Os líderes de Israel, talvez várias centenas deles, se apresentaram ao Senhor. A arca fora trazida de Siló para a ocasião (PP, 523).
Js.24:2 2. Assim diz o Senhor. Josué iniciou seu discurso na maneira solene usada pelos profetas, e apresentou o próprio Deus como se estivesse falando era pessoa. Isto parece sugerir que Josué era profeta, além de líder.Eufrates. Do heb. nahar, “rio”. Ur dos caldeus ficava às margens das águas deste rio.Serviram a outros deuses. Josué levou os israelitas a se lembrarem de que seus antepassados haviam sido idólatras,assim como os povos que eles agora deviam exterminar. Foi só pela graça cie Deus que chegaram à posição privilegiada que ocupavam. Existia o grande perigo de que esquecessem sua origem e caíssem de volta na idolatria.
Js.24:3 3. Eu, porém, tomei. A versão siría- ca diz ''Eu conduzi”. Por todo o versículo, que relata a experiência de Abraão, Deus é apresentado como aquele que realizou todas as grandes ações da vida do patriarca. Abraão se submeteu em humildade ao controle divino. Sua vida se transformou num exemplo de fé (Rm 4:1-11; G1 3:6-9; cf. Tg 2: 21-23). Deus almejava guiar os descendentes de Abraão pela mesma experiência de fé.
Js.24:4 Sem comentário para este versículo
Js.24:5 5. Feri. Expressa a ideia de receber um castigo de Deus.
Js.24:6 Sem comentário para este versículo
Js.24:7 7. Os vossos olhos. Mais de meio século havia se passado desde o êxodo de seus pais do Egito. No entanto, é provável que um bom número dos presentes tivesse visto as coisas que Deus fizera no Egito e a derrota de seu exército no Mar Vermelho. Por não terem 20 anos de idade quando ocorreu a rebelião em Cades, ficaram de fora da terrível sentença de destruição pronunciada sobre todos que haviam passado dessa idade (Nm 14).
Js.24:8 Sem comentário para este versículo
Js.24:9 9. Pelejou contra Israel. Com base na história registrada em Números 23 e 24, e também em Juizes 11:25, parece que Balaque não participou em nenhum momento de guerras contra Israel. Portanto, a passagem diz. que “pelejou” contra eles, por causa de sua inlenc.V) d ' o ma. vez que traçou planos eh '• , ¦ ; mi ativos necessários. Deus <. *hi.skílr<. o intenção como se fosse a ação realizada. A disposição mental que causa o ato pecaminoso voluntário é a essência do pecado; a ação é tão somente a execução da intenção (iVJt 5:28).
Js.24:10 10. Teve de vos abençoar. Ou melhor, “vos abençoou com ênfase”. A construção ésemelhante à encontrada em Gênesis 2:17, "certamente morrerás”. As vezes, é difícil traduzir a ênfase presente nesse tipo de expressão. Contrariamente a todas as expectativas e à firme intenção de Balaão, Deus o fez abençoar Israel com toda ênfase.
Js.24:11 11. Habitantes de Jerico. Literal- mente, “senhores de jerico”. As sete tribos cananeias nomeadas a segu ir não parecem ser as mesmas que os senhores de Jerico, mas um acréscimo a eles. A palavra traduzida por "pelejaram” é a mesma usada no v. 9, portanto, deve ser compreendida de maneira semelhante. Os habitantes de Jerico não guerrearam contra Israel. Limitaram-se a realizar operações defensivas, que, em certo sentido, também constituem uma guerra,
Js.24:12 12. Vespões. Ou, “os vespões”, ou "vespão”. A forma usada no hebraico é idêntica à encontrada em Êxodo 23:28 e Deuteronômio 7:20, em que Deus promete enviar vespões (ou vespas) à frente do povo para subjugar a terra. Nesta passagem, Josué afirma que o Senhor havia enviado os “vespões” adiante do povo e eliminara os dois reis dos amorreus. O registro anterior desta conquista afirma que os dois reis, juntamente com Seu respectivo povo, foram feridos pela espada de Israel (Nm 21:24, 35). Parece ficar claro que a notável vitória sobre eles não se deveu à habilidade com a espada nem com a flecha, mas à bênção especial de Deus. Os vespões, portanto, seriam símbolos da ajuda proporcionada pelo Senhor para dar sucesso ao exército de Israel. A imagem é a p r o p r i a d a. A s s i m c o m o os vespões causariam consternação e pânico num acampamento, Deus enviaria temor, terror, tremor e confusão ao acampamento das nações para intimidá-las diante da batalha (ver Dt 2:25; Js 2:11).Alguns defendem que os vespões ter iam sido os egípcios a quem o Senhor usoupara entraquecer as nações cananeias, tornando-as, assim, presas fáceis dos israelitas (ver com. de Êx 23:28).
Js.24:13 Sem comentário para este versículo
Js.24:14 14. Deuses. A LXX e a siríaca trazem “deuses estrangeiros”. Fora em Siquém, o mesmo lugar onde nessa ocasião se encontravam reunidas as tribos, que Jacó havia se livrado dos deuses estranhos de sua família, enterrando-os debaixo de um carvalho (Gn 35:2, 4). Talvez os israelitas conservassem como relíquias ou curiosidades alguns dos ídolos dos cananeus derrotados e, por isso, corriam o risco de considerá-los com reverência. A tendência à idolatria começou a ser desenvolvida no Egito (Ez 20:6, 7). Continuou a ser uma característica notável do povo no deserto (ver Ex 32; Am 5:25, 26; At 7:39-43), assim como o fora na terra da escravidão (Ez 20:6, 7). Josué sabia que, ainda naquele momento, a idolatria era praticada em segredo por alguns israelitas, mesmo que exteriormente houvessem acabado de expressar grande zelo contra qualquer aparência desse ato (Js 22). Muitos dos que hoje fazem grande alarde de ser cristãos, assim como os israelitas, acariciam no coração algum ídolo secreto. Com o passar do tempo, tal ídolo, se não for removido, acabará por anular toda a vida cristã e se tornará a ruína da alma.
Js.24:15 15. Escolhei, hoje. A ordem, de servir ao Senhor não impede a escolha. Qualquer serviço que não seja voluntário é inútil. Deus põe diante das pessoas a vida e a morte e as insta a escolher a vida. Ele, porém, não interfere quando elegem o contrário, nem as protege das consequências naturais da decisão errada.Minha casa. Os líderes na causa de Deus devem cuidar especialmente para que aqueles sob seu cuidado, sobretudo os de sua própria casa (iTm 3:4, 5), sigam o caminho da justiça. Josué expressou a resolução de que tanto ele como sua casa serviríam ao Senhor, a despeito do queos outros resolvessem fazer. Às vezes, a escolha de servir a Deus se torna um ato singular. Contudo, “não seguirás a uma multidão para fazeres mal” (Ex 23:2). Os que estão a caminho cio Céu devem se mostrar dispostos, apesar de toda oposição, a agir como os melhores, não como a maioria. Josué fora notavelmente fiel a Deus durante toda a vida. Estava resolvido a permanecer dessa maneira até o fim. Seu último apelo ao povo foi para que seguisse seu exemplo de consagração. A dignidade e a simplicidade de sua vida aumentaram grandemente o peso de suas palavras.
Js.24:16 16. Longe de nós. Literalmente, “venha profanação a nós se servirmos”, ou seja, “se abandonarmos o Senhor, que sejamos profanados ou amaldiçoados”.
Js.24:17 Sem comentário para este versículo
Js.24:18 Sem comentário para este versículo
Js.24:19 19. Não podereis servir. Parece haver alguma dificuldade gramatical em relacionar o “se” cio v. 20 com esta declaração; no entanto, o sentido é apropriado e provavelmente intencional. O significado seria então: “Certamente não podemos servir ao Senhor, se O abandonarmos para servir outros deuses. Ele é um Deus zeloso e não compartilha com outros deuses Sua posição ou autoridade.”Em contrapartida, é provável que a afirmação do v. 19 carregue consigo a intenção de ter força própria. A declaração “Não podereis servir ao Senhor” pode se referir à incapacidade moral do homem de obedecer por si mesmo os mandamentos divinos. Josué não estava dizendo meramente que não podiam servir ao Senhor junto com outros deuses. Também estava afirmando: “Não podereis servir ao Senhor de forma alguma com as próprias forças.” Ao reconhecer isso, séculos antes do apóstolo Paulo, Josué estava expressando o grande princípio da justificação pela fé. Tanto o homem como Deus têm uma parte a desempenhar para que se concretize essa justificação. O Senhor não pode fazernada por nós sem nosso consentimento e cooperação. Da mesma maneira, não podemos fazer nada sem a ajuda de Deus. A fé é dom de Deus, e as obras são resultado da presença divina no crente, ambas ocorrem simultaneamente. A parte humana consiste em escolher o caminho correto e depois se dedicar a percorrê-lo, reconhecendo por completo sua total dependência do Senhor. A parte de Deus é suprir o poder que capacita. Ele está pronto, a todo momento, para cumprir Sua parte do contrato. A pergunta é: cumpriremos a nossa? Escolheremos expulsar o mal e aderir ao hem? Tomaremos a resolução ativa de transformar os propósitos de nossa eleição em realidade?
Js.24:20 20. Então, se voltará. E uma afirmação da possibilidade de recusar a graça. Se não houvesse essa possibilidade, o versículo não faria sentido.
Js.24:21 Sem comentário para este versículo
Js.24:22 Sem comentário para este versículo
Js.24:23 23. Deitai fora. Ver com. do v. 14.
Js.24:24 24. Disse o povo. Por três vezes, o povo afirmou sua lealdade ao Senhor, acrescentando, desse modo, solenidade à sua declaração e confirmando a aliança (ver com. Êx 19:8; 24:3, 7).
Js.24:25 25. Estatuto. Proveniente de uma palavra que significa "cortar ’, da qual deriva o sentido "aquilo que está esculpido ou entalhado”. A palavra para “direito” em geral é traduzida por “juízo”. O entalhe eleve ter sido feito na rocha que Josué levantou como memorial.
Js.24:26 26. Josué escreveu. Isto é, as palavras da aliança, do estatuto e do direito (v. 25). O registro foi colocado junto com o livro da lei, ao lado da arca (PP, 524).Esta é a segunda “assinatura” por parte de autores do registro sagrado no AT. A primeira é a de Moisés (Dt 31:9), e, depois da de Josué, vem a de Samuel (lSm 10:25). Esses homens não se consideraram autores de livros separados, mas, sim, pessoas autorizadas a acrescentar sua parte ao livrojá escrito, a fim de escrever o que se lhes fora atribuído “no Livro da Lei de Deus”. Dessa maneira, percebe-se que a unidade das Escrituras Sagradas é uma característica essencial desde seu princípio.Uma grande pedra. Ver com. do v. 25.Debaixo do carvalho. E possível que fosse o mesmo carvalho sob o qual Jacó havia enterrado as imagens (Gn 35:4).
Js.24:27 27. Testemunha. A pedra é um material duradouro. O entalhe nela feito permanecería por tempo indeterminado como testemunha silenciosa às gerações seguin- tes, mesmo depois que os escultores houvessem morrido.
Js.24:28 Sem comentário para este versículo
Js.24:29 29. Cento e dez anos. Ver com. de js 23:1. O nome de Josué apareceu pela primeira vez no registro bíblico quando ele tinha no mínimo 40 anos de idade (Ex 17:9). Muitos anos memoráveis haviam se passado desde então e, nesta ocasião, um grande líder do povo estava para partir. Eminente ou obscura, toda vida chega ao fim. Josué não designou um sucessor. Ninguém de sua família assumiu seu lugar. Na verdade, sua posteridade não é mencionada na história, e pode ser que ele não tenha deixado filhos para dar continuidade a seu nome. Contudo, uma fama mais elevada lhe pertence, um memorial mais duradouro do que qualquer família da Terra seria capaz de proporcionar.
Js.24:30 30. Monte Gaás. Próximo à Timnate- Sera. Sobre sua localização, ver com. de Juizes 2:9.
Js.24:31 31. E que sabiam. As gerações futuras falharam em relembrar a história passada e, por isso, esqueceram-se do que Deus havia feito em favor de seus antepassados. Esse conhecimento lhes teria ajudado a entender que o Senhor estava disposto a fazer o mesmo em favor do povo em seus dias. Assim ocorre hoje. “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (TS3, 443).
Js.24:32 32. Ossos de José. O enterro dos ossos de José, embora registrado depois do relato de sua morte, provavelmente ocorreu antes, na ocasião em que os israelitas se reuniram em Siquém, conforme narra este capítulo. Não há nada no original que impeça a tradução "haviam enterrado”, forma verbal que sugere que o sepultamento já teria ocorrido algum tempo antes.
Js.24:33 33. Eleazar. E provável que ele tenha morrido aproximadamente na mesma época de Josué, ou logo depois.Pertencente a Fineias. Literal mente, "colina de Fineias”. Uma vez que as cidades atribuídas aos sacerdotes se localizavam na herança de judá, Benjamim e Simeão, esta porção pode ter sido dada voluntariamente pelo povo para o sumo sacerdote, no monte Efraim, como um lugar de residência, a uma distância conveniente de Josué e do taber- náculo. O local deve ter sido chamado de "colina de Fineias”, pela possibilidade de este ter vivido ali por mais tempo do que seu pai, Eleazar.