"As coisas encobertas pertencem ao nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei."
Deuteronômio 29:29

Capítulo e Verso Comentário Adventista > Jonas
Jn.1:1 1. Jonas. Sobre a identidade de Jonas, ver a p. 1099.Amitai. O nome é derivado do heb. emeth, que significa “fidelidade” ou “verdade". Amitai é mencionado apenas aqui e em 2 Reis 14:25.
Jn.1:2 2. Sua malícia. Naum chamou Nínive de “cidade sanguinária”, “cheia de mentiras ede roubo” (Na 3:1; cf. Na 3:19). No entanto, ainda havia esperança para a cidade, pois ela “não estava inteiramente entregue ao mal” (PR, 265).Subiu. Expressão semelhante é usada em relação aos pecados do mundo antediluviano (Gn 6:5, 11) e dos habitantes de Sodoma e Gomorra (Gn 18:20, 21). Em ambos os casos,a porta da graça estava prestes a se fechar. Este também devia ser o caso de Nínive (ver com. de Dn 4:17).Até Mim. Comparar com Gn 18:20, 21. Deus mantém uma conta com as nações. Cada um tem o seu período de prova. Deus procura conquistar a lealdade de todos e assegurar a cooperação dos povos com o programa do Céu.
Jn.1:3 3. Jonas se dispôs. O profeta se levantou, não para obedecer a Deus, mas para fugir. Como o jovem rico, ele não quis entregar a própria vontade à vontade de Deus (Mt 19:21, 22). Como muitos dos discípulos do Senhor, Jonas achou a ordem dura demais para suportar e, assim como aqueles, ele sentiu que, nesse caso, era melhor abandonar tudo (Jo 6:60, 66). O profeta não entendia que, ao colocar um fardo sobre alguém para ser levado segundo a Sua vontade, Deus lhe dá forças para tanto. Cada ordem divina porta o poder para cumpri-la. O profeta errou em não colocar “em primeiro lugar o reino de Deus, e a Sua justiça” (Mt 6:33, ARC). Por não gostar da missão que devia cumprir, ele estava disposto a se separar do serviço de Deus, pondo-se numa posição em que, sem a intervenção da graça divina, ele poderia perder a salvação.Társis. E geralmente aceita como a clássica Tartesso, situada na costa sul da Espanha. Era uma cidade proverbial por sua riqueza e que mantinha um extensivo comércio de exportação de prata, ferro, estanho e chumbo para a cidade fenícia de Tiro e outras regiões (ver Ez 27:12). Naquele local distante e movimentado, Jonas esperava escapar de seu dever e também da voz da consciência.Jope. O atual porto marítimo de Jaffa, 54 km a noroeste de Jerusalém, e uma das cidades mais antigas do mundo. Era o único porto de importância pertencente aos judeus. Através de Jope foi levada para Jerusalém a madeira para o templo deSalomão (ver 2Cr 2:16) e também a madeira para a restauração do mesmo (ver Ed 3:7).Da presença. Literalmente, “de diante da face do Senhor”. Quão impossível é fugir da presença de Deus (ver SI 139:7-12)1
Jn.1:4 4. Um forte vento. O Senhor não abandonou Jonas mesmo quando o profeta tentou fugir dEle. Por uma série de “provações e providências estranhas”, Deus tentou efetuar uma mudança na atitude e na conduta de Jonas (ver PR, 266, 267). Deus realizou Sua vontade por meios simples e naturais: o vento (Jn 1:4), um grande peixe (1:17), a dor (2:10), uma planta (4: 6), um verme (4:7), o vento e o sol (4:8).A ponto de se despedaçar. A frase pode ser traduzida como “e o navio sentiu que ia se despedaçar”. Se esta tradução fosse adotada, haveria aqui uma figura de personificação.
Jn.1:5 5. Ao seu deus. A nacionalidade e a religião dos marinheiros não são identificadas. Alguns deviam ser fenícios, outros de várias nações, representando assim uma variedade de religiões.A carga. Do heb. kelim, “vasos”, “recipientes”, “equipamentos”. Não se sabe se toda a carga e todo equipamento foram lançados ao mar.Porão. Do heb. yarkah, “o lado posterior", com frequência usada com o sentido de a parte mais remota.Dormia profundamente. Do heb. radhani, “roncar”, “dormir pesadamente”. Não se sabe a causa do sono pesado de Jonas.
Jn.1:6 6. Mestre do navio. Literalmente, “marinheiro-chefe”. A palavra para “marinheiro” vem de uma raiz que significa “ligar”, a partir da qual o substantivo para “corda’’ é derivado. Embora não se indique, presume-se que Jonas tenha atendido ao pedido do mestre do navio.
Jn.1:7 7. Lancemos sortes. Os marinheiros sentiram que alguém havia provocado a ira dos deuses. O Senhor controlou o método afim cie determinar quem era o culpado, de modo que "a sorte caiu sobre jonas” (sobre o método de se lançar sortes, ver com. de Ez 21:21).
Jn.1:8 8. Declara-nos. As muitas perguntas curtas dão uma vivida impressão sobre a agitação a bordo do navio em perigo.
Jn.1:9 9. Hebreu. O nome pelo qual o israelita era designado, com frequência, por parte daqueles que não eram de sua etnia (Gn 39:14; 40:15; 41:12; Êx 1:16; 2:7; 3:18; lSm 4:6; sobre a origem do nome, ver com. de Gn 14:13).Senhor. Do heb. Yahweh, o nome pessoal de Deus (ver vol. 1, p. 149, 150). O termo “Deus” (do heb. 'Elohim) é um nome genérico para a Divindade e “Senhor” (do heb. Adhonai) é um título. A palavra ‘elohim é usada, com frequência, para falsos deuses (Ex 18:11; etc.). O nome Yahweh, portanto, designa o Deus verdadeiro.Deus do céu. Ver Gn 24:7; Dn 2:37, 44.Que fez. Um dos traços distintivos apresentados para mostrar a superioridade do Deus verdadeiro (Jr 10:10-12). Não se sabe se os marinheiros estavam familiarizados com o poder do Deus de Jonas por um conhecimento prévio dEle (ver Ex 15:13-16; Js 5:1; lSm 4:5-9). Mas, dadas as circunstâncias, temendo a morte e, sem dúvida, interpretando o caráter de Yahweh por seus próprios conceitos pagãos, eles ficaram aterrorizados.
Jn.1:10 10. Que é isto que fizeste! Uma exclamação e não um pedido de informação.
Jn.1:11 11. Que te faremos [...]? Jonas devia ser o único que tinha familiaridade com Yahweh e conhecia o modo como a ofensa podia ser expiada.O mar ia se tornando. O idioma hebraico aqui mostra que a tempestade estava crescendo em fúria.
Jn.1:12 12. Lançai-me. Aqui não é claro se Jonas falou por inspiração divina. De qualquer forma, sua ação foi corajosa. Ele optou por não envolver outros em sua ruína.Faltava a Jonas coragem moral (v. 2, 3), mas não física.
Jn.1:13 13. Os homens remavam, esforçando-se. Talvez houvesse dúvida quanto ao fato de o Deus de Jonas exigir medida tão extrema.Alcançar a terra. Era costume dos antigos navios viajar ao longo da linha costeira, por isso o navio não estava muito longe da terra.
Jn.1:14 14. Rogamos-te, Os marinheiros estavam apreensivos para não ofender ainda mais ao Senhor, lançando um de Seus adoradores à morte. Suas orações foram dirigidas, não a seus deuses, mas a Yahweh.
Jn.1:15 15. E cessou o mar da sua fúria. Comparar com Mt 8:26. A calma veio repentin a- mente; portanto, os marinheiros reconheceram isso como um ato de intervenção divina.
Jn.1:16 16. Temeram. Nesse episódio, o poder do Senhor foi tão visível sobre a natureza e tão marcante foi o cumprimento das palavras de Jonas (v. 12) que não é de admirar a reação dos marinheiros.Ofereceram sacrifícios. Os homens fizeram o que em seu limitado conhecimento julgaram apropriado.
Jn.1:17 17. Deparou. Do heb. manah, “determinar”. A palavra foi assim traduzida em Daniel 1:5 e 10.Um grande peixe. O registro não indica se o peixe foi criado para a ocasião, ou se o Senhor empregou um tipo existente capaz de engolir um homem. O peixe não é identificado, e a especulação sobre esse ponto é irrelevante. O hebraico usa o termo genérico para “peixe”. No NT, na referência a esta experiência (Mt 12:40), o peixe é designado pelo gr. ketos, “monstro do mar”. A LXX diz Izetos (em Jn 1:17).Três dias e três noites. O período envolvido nesta expressão tem gerado discussão, visto Jesus ter declarado: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noitesno coração da terra” (Mt 12:40). Pode-se demonstrar que, de acordo com o hebraico, a expressão não significa necessariamente três dias completos de 24 horas, um totalde 72 horas (sobre este problema, ver com de Mt 12:40).No hebraico e na LXX, o v. 17 é o primeiro do cap. 2.Nínive era uma das mais antigas cidades da Assíria, a Ninua assíria. De acordo com o registro bíblico, seu fundador foi Ninrode (ver com. de Gn 10:11). Evidências arqueológicas também atestam sua antiguidade. Varias vezes, em sua história de muitos séculos, Nínive serviu como capital do reino assírio, que alcançou sua maior importância durante o período do império, a partir do 9° para o 7o século a.C., especialmente durante o reinado de Senaqueribe, que a transformou na cidade mais gloriosa de seu tempo. A partir da descrição do layout geral e dos palácios da cidade, pode-se ter uma ideia da antiga metrópole. Desde 612 a.C., quando os babilônios e os medos destruíram Nínive completamente, a cidade permaneceu em ruínas. Mesmo a localização foi esquecida até ser redescoberta em meados do século 19 (ver vol. 1, p. 89).Nínive ficava na margem oriental do rio Tigre, em frente à atual cidade de Mosul. Antigamente, o rio corria ao longo do muro ocidental da cidade e, assim, formou uma proteção adicional daquele lado. Desde então, o rio mudou seu curso, e corre cerca de 500 m a oeste de seu antigo leito.Dois montes de ruínas dentro da área de Nínive cobrem os principais palácios e templos da antiga cidade. Um deles é Nebi Yunus, sob o qual o palácio de Esaradon está enterrado. O outro monte, Kuyunjik, contém as ruínas dos palácios de Senaqueribe e de Assurbanípal. Nebi Yunus tem sido pouco explorado pela arqueologia. Uma aldeia fica em cima desse sítio, bem como o túmulo tradicional do profeta jonas, o que torna impossível ao arqueólogo trabalhar nesse monte. Kuyunjik, por outro lado, tem sido alvo de várias explorações. O trabalho nesse monte foi iniciado em 1840, por Paul Emile Botta. Peças dos palácios de Assu rbanípal e Senaqueribe já foram descobertas. No palácio de Assurbanípal, Austen Henry Layard e Hormuzd Rassam encontraram uma biblioteca real com cerca de 20 mil tabletes, que é atualmente um dos principais tesouros do Museu Britânico. Estes textos revelaram muito sobre a história, a cultura e a religião dos povos antigos da Mesopotâmia.A dimensão da antiga Nínive pode ser estabelecida com segurança porque os muros da cidade ainda são claramente visíveis, mesmo em seu estado arruinado. Sob a forma de elevações interrompidas por lacunas onde os portões se encaixavam, essas paredes podem ser vistas a uma grande distância. O perímetro chega a cerca de 12 km, e a área de 660 hectares dá ao mapa a aparência de um triângulo irregular e alongado (ver p. 1106).Um prisma de argila octogonal descreve a atividade de construção de Senaqueribe, que ampliou a cidade, muito tempo depois de Jonas. Ali há o nome das 15 portas da cidade, das quais sete estavam nos muros sul e leste, três no muro norte, e cinco no muro ocidental. Durante suas escavações, Layard encontrou uma das portas do norte em bom estado de conservação, ladeada por touros colossais, que ele deixou em sua posição original. Visitantes ainda podem vê-la ali. Duas elevações na parede, cobrindo torres de vigia, atingem uma altura de 18 metros. O muro oriental, levemente inclinado, tem 5,1 km de extensão, 4,3 km a oeste, 1,9 km ao norte e 8,0 km ao sul. O muro, de acordo com a descrição de Senaqueribe, tinhaAlguns estimam que a população da cidade murada era de 160 mil habitantes. Não se sabem quantas pessoas viviam fora dos muros. Alguns escritores interpretam a referência em Jonas 4:11, às 120 mil pessoas que não podiam discernir entre a mão direita e a esquerda, como aplicada apenas às crianças. Eles estimam a população total de Nínive de 600 mil a 2 milhões. Como uma população tão grande não poderia ter vivido dentro de Nínive, eles incluíram na Nínive de jonas a “cidade de Sargão”, hoje chamada de Khorsabad, 19,2 km ao norte de Nínive, e Calá, hoje Nirnrud, ao sul de Nínive, na confluência dos rios Zab Maior e Tigre. No entanto, as cidades, embora pertencentes à Assíria, eram unidades separadas com seus muros de proteção e administrações próprias, e nunca são incluídas em Nínive em registros históricos antigos.Consequentemente, alguns comentaristas acreditam que as 120 mil pessoas de Jonas 4:11 são apenas as crianças e que o escritor se refere só à própria Nínive. Assim, eles consideram o livro como fictício. A luz do tamanho real da cidade, Jonas 4:11 pode se referir, de fato, a pessoas que eram incapazes de distinguir entre o certo e o errado (ver com. de Jn 4:11). Se 120 mil for concebido como uma aproximação do total da população da cidade propriamente dita, seria um número razoável, em comparação com a moderna Mosul, que é só um pouco maior e tem mais de duas vezes essa população.A declaração feita em Jonas 2:3 de que “Nínive era uma cidade mui importante [...] de três dias para percorrê-la” provavelmente significa que uma pessoa levaria três dias para cobrir todo o seu território, subindo e descendo ruas, a fim de alcançar a todas as pessoas que viviam dentro de seus muros.Além disso, deve-se lembrar que, para um israelita da Palestina, Nínive era uma cidade que não se podia comparar em extensão a nenhuma outra cidade conhecida da Asia Ocidental. Samaria, a capital do reino de Israel, cobria apenas 19 acres (7,7 hectares), e nenhuma outra cidade da Palestina era maior, exceto Jerusalém (ver Nota Adicional a Neemias 3). Para as pessoas provenientes desse país, Nínive, estimada em mais de 600 hectares, era “uma cidade muito grande”.Capítulo 2dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as Tuas ondas e as Tuas vagas passaram por cima de mim.alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a Ti a minha oração, no Teu santo templo.
Jn.2:1 1. Jonas [...] orou. A oração descreve a experiência de jonas enquanto esteve no ventre do peixe. Ele reconhece o livramento como um fato consumado. As passagens que falam de oração respondida e de libertação, provavelmente, são expressões da forte fé de Jonas na sua libertação e da certeza divina de que sua vida havia sido poupada.A oração de Jonas faz referência a certos salmos. A maioria dos estudiosos modernos atribui esses salmos ao período pós-exílico; consequentemente, eles deram uma data pós-exílica ao livro de Jonas. No entanto, aqueles que defendem a autoria pré-exílica desses salmos (ver as introduções aos salmos em questão; ver também vol. 3, p. 697) não encontram dificuldade para datar o livro de jonas durante, ou antes, do tempo de Jeroboão II (ver p. 1099), época em que Jonas viveu, de acordo com 2 Reis 14:25. As alusões mostram que Jonas, como um piedoso israelita, estava familiarizado com o palavreado dos salmos.Sempre que estiverem em necessidade, os filhos de Deus têm o precioso privilégio de apelar a Ele por ajuda. Não importa quão inadequado possa ser o local, os ouvidos misericordiosos de Deus estão abertos a seu clamor. Lugares desolados e escuros se transformam em verdadeiro templo através da oração de um filho de Deus.
Jn.2:2 2. Na minha angustia. Ou, “em minha aflição ’. Comparar com o clamor do sal- mista (SI 18:6; 120:1). Como o filho pródigo(Lc 15:17), Jonas, em sua condição miserável e desesperadora, caiu em si, mediante o reconhecimento de seu desamparo, da loucura de se rebelar contra a vontade de Deus e de sua necessidade de libertação.Ele me respondeu. Comparar com SI 50:15; 107:6.Abismo. Do heb. sheol, o lugar figurativo da morada dos mortos (ver com. de Pv 15:11).Tu me ouviste. Ver com. do v. 1.
Jn.2:3 3. Pois me lançaste. Ou, “jogaste”.No profundo. Jonas dá uma vividadescrição poética de sua angustiante experiência.Tuas vagas. Comparar com SI 42:7; 88:6, 7.
Jn.2:4 4. Eu disse. Ver SI 31:22.A ver. A LXX coloca esta passagem na forma de uma pergunta: “Quer que eu realmente olhe para o Teu santo templo?” Uma mudança na pontuação da vogal produz a mesma leitura no hebraico. A questão parece preferível na medida em que o contexto indica que, neste ponto, a esperança ainda não havia se estabelecido.Teu santo templo. Comparar com lRs 8:30; SI 18:6; 28:2; Dn 6:10.
Jn.2:5 5. Alma. Do heb. nefesh, aqui empregado com o sentido de “vida” (ver com. do Si 16:10). Ou, as águas o atingiram até o ponto de tirar sua vida (cf. SI 69:1, 2).As algas se enrolaram. Há dúvidas quanto a interpretar esta linguagem altamente poética de forma literal, jonas estádescrevendo o destino de alguém consignado às prof undezas, portanto, com imagens dramáticas e vividas, apresentando-se adornado com um turbante de algas!
Jn.2:6 6. Aos fundamentos. Literalmente, ‘estacamento de base”, provavelmente significando os alicerces.Terra. Do heb. 'erets, que é traduzido como “solo” com mais frequência do que “terra”. Jonas pode estar designando a terra como sheol (ver com. do v. 2), que fecha as barras de ferro em torno de quem entra lá. Para ele, parecia que estaria lá “para sempre”. Isto não implica que jonas não acreditasse numa futura ressurreição. A palavra traduzida como “para sempre”, leolam, denota tempo estendido no futuro indefinido. Às vezes, isso significa eternidade; em outros momentos a duração é limitada pelas circunstâncias (ver com. de Ex 21:6). A LXX atribui leolam a “barras”: “Eu fui para baixo da terra, cujas barras são prisões eternas.”Sepultura. Do heb. shachath, "poço”, com frequência usado como sinônimo desheol para representar o reino figurado dos mortos (ver com. de Pv 15:11).
Jn.2:7 Sem comentário para este versículo
Jn.2:8 8. Idolatria vã. jonas contrasta sua experiência feliz com o destino daqueles que adoram ídolos (ver SI 31:6).Misericordioso. Do heb. chesed (ver Nota Adicional ao Salmo 36). Segundo alguns, Jonas se refere ao único Deus verdadeiro. Outros acham que ele se refere às obras de bondade e benevolência de Deus que Ele revela a todos (cf. SI 145:8, 9; Is 55:3; At 14:15-17).
Jn.2:9 9. Sacrifício. Ver SI 50:14; Ec 5:4, 5.Salvação. Comparar com SI 3:8; Ap
Jn.2:10 10. Falou. Deus está no controle das criaturas que Ele fez. O conhecimento desse fato fundamental fortalece contra teorias falsas sobre Deus, que O descrevem como sujeito às leis naturais ou como parte inseparável da própria natureza. A concepção bíblica de Deus é que Ele é o criador da natureza, aquele que, à parte dela, dirige e sustenta o universo, e que está sobre todas as coisas (ver Jó 38, 39, SI 19; Cl 1:12-17; Ap 14:7).Capítulo 3caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e. Ninive será subvertida.seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
Jn.3:1 1. Segunda vez. Sem repreensão pela deserção anterior de jonas, o Senhor repete a comissão de pregar aos ninivitas. Não mais cedendo à inclinação humana, Jonas presta pronta obediência ao chamado celestial e, sem mais demora, parte para Nínive.
Jn.3:2 2. Dispõe-te, vai. Devido à repetição destas palavras (ver Jn 1:2), alguns acreditam ser provável que, quando Jonas foi vomitado pelo “grande peixe”, ele foi a Jerusalém p ira oferecer “sacrifícios” e pagar os votos, c i n alusão à sua oração de ação de graças (Jn 2:9). Isso é conjectura.Nos tempos antigos, um navio que fosse de Jope para Társis, provavelmente, seguiría a linha costeira em direção ao norte da Palestina. Se o incidente com o peixe ocorreu no início da viagem, Jonas poderia estar muito mais perto de Nínive do que quando ele embarcou (ver com. de Jn 1:13; ver mapa na p. 1098).Proclama. Do heb. qara, palavra traduzida por "clama” (Jn 1:2).Que Eu te digo. O encargo de Jonas é dado a cada pregador da palavra. Somente a palavra de Deus deve ser proclamada do púlpito, e não a palavra do homem (ver 2Tm 4:1, 2). Pessoas ansiosas e perplexas anseiam pelo conselho de Deus e não por raciocínios incertos e filosofias de seres humanos falíveis como elas mesmas. Elas preferem um “assim diz o Senhor” a um “assim diz o homem”.
Jn.3:3 3. Levantou-se, pois, Jonas. O profeta estava pronto para realizar a comissão dadapor Deus tanto quanto no passado ele estava pronto a evitá-la.Mui importante. Do heb. leíohim, literalmente, "para Deus”, um modo idiomático de designar extrema grandeza (sobre a extensão da cidade, ver Nota Adicional a Jonas 1).
Jn.3:4 4. Caminho de um dia. Isto não indica que Jonas caminhou por um dia inteiro antes de começar a pregação. A declaração é, provavelmente, um registro da pregação do primeiro dia. Logo depois de entrar na cidade, sem dúvida, Jonas começou a anunciar a mensagem de advertência.Ainda quarenta dias. Isto, sem dúvida, não era o texto completo da mensagem de Jonas. Estas palavras eram, no entanto, o tema predominante na advertência.Subvertida. Do heb. hafak, a mesma palavra usada para descrever a destruição de Sodoma (Gn 19:21, 25, 29).
Jn.3:5 5. Creram em Deus. Ou, “acreditaram em Deus”. Há um possível cenário que teria contribuído para o sucesso da pregação de Jonas (ver p. 1099).Panos de saco. Um material grosseiro e escuro, tecido de pelo de cabra e usado em momentos de luto e de calamidade (ver Dn 9:3; Mt 11:21, Lc 10:13).
Jn.3:6 6. Ao rei. Possivelmente, Adad-Nirari 111 (ver p. 1099). O sentimento de contrição e de arrependimento parece ter surgido espontaneamente nas pessoas sem qualquer ordem do rei (v. 5). Deve ter sido notável ver o rei do império mais poderoso da época se humilhando “nas cinzas”, como resultado dapregação de um profeta judeu. Isto foi uma repreensão aos orgulhosos governantes de Israel e às pessoas, que persistentemente se recusavam a humilhar o coração sob o impacto de um ministério profético ainda mais extensivo e contínuo (ver 2Rs 17:7-18).
Jn.3:7 7. E fez-se proclamar. Quando a onda de penitência e humildade, que começou com as pessoas, chegou até o rei, ele confirmou o jejum por u m decreto oficial. Seus nobres se associaram a ele na emissão deste decreto, indicando que o espírito do rei e da corte estava unido na crise.Nem animais. Um decreto estranho, mas deve-se lembrar que foi emitido por um rei pagão que havia sido apenas parcialmente esclarecido. Costume semelhante é referido no livro apócrifo de Judite, provavelmente escrito no 2o século a.C.: “Todos os homens de Israel clamaram a Deus com grande ardor e com grande ardor jejuaram: eles, suas mulheres, seus fiihinhos e seus rebanhos; e todos os estrangeiros residentes, seus assalariados e seus escravos cin- giram os rins com pano de saco” (Judite 4:9, 10). Heródoto relata que, em certa ocasião, os persas cortaram o próprio cabelo eo cabelo (crinas e caudas?) de seus cavalos e animais de carga em um momento de luto geral (ix.24). Alas não se sabe até que ponto essas práticas podem ter refletido os costumes assírios.
Jn.3:8 8. E se converterão. Isto é, os homens. Atos religiosos exteriores são sem valor espiritual, a menos que sejam acompanhados de sincera reforma de caráter.Violência. Comparar com Am 3:10.
Jn.3:9 9. Quem sabe [...]? E duvidoso que Jonas tenha dado qualquer garantia de possível reversão do decreto divino. Sua raiva contra a preservação da cidade (Jn 4:1) indica que ele não o fizera. No entanto, ele estava bem ciente do caráter misericordioso de Deus (Jn 4:2).
Jn.3:10 10. Como se converteram. Comparar com Alt 12:41; ver PR, 363.Deus Se arrependeu. Deus não muda, mas as circunstâncias mudam (cf. Jr 18:7- 10; Ez 33:13-16). Seus pronunciamentos de juízo são, frequentemente, profecias condicionais (ver com. de Ez 25:1; sobre o arrependimento de Deus, ver com. de Gn 6:6; iSm 15:11). Deus fala aos homens em termos de sua própria experiência.Capítulo 4minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-Se, e grande em be- nignidade, e que Te arrependes do mal.
Jn.4:1 1. Desgostou-se. O cap. 4 apresenta um contraste entre a impaciência do coração humano e a longanimidade de Deus. Jonas ficou mais do que descontente, ele se irou intensamente porque “Deus Se arrependeu do mal” (Jn 3:10). Em vez de alegria porque a graça de Deus alcançara os ninivitas arrependidos, ele permitiu que seu coração egoísta e pecaminoso o tornasse ressentido. Uma vez que o que ele profetizou não aconteceu, sentiu que seria considerado um falso profeta. Sua reputação valia muito mais para si mesmo do que todas as pessoas da capital assíria. Ele também podia ter arrazoado que a onisciên- cia de Deus seria desacreditada entre os gentios por causa dessa profecia não cumprida.Ficou irado. A misericórdia de Deus para com os ninivitas (Jn 3:10) enfureceu jonas. A mesma misericórdia poupara sua vida quando ele foi desobediente, mas ele teve ciúmes quando Deus a estendeu a outros.
Jn.4:2 2. E orou. São bem diferentes as circunstâncias desta oração, em comparação com a do cap. 2, bem como o espírito que a originou. Lá, ele orou pela vida, aqui, pela morte. Lá, ele foi humilde, aqui, está irado.
Jn.4:3 3. Tira-me a vida. O apelo de Jonas a Deus é bem diferente do de Moisés, que, noverdadeiro espírito de autossacrifício, estava disposto a ter seu nome apagado do livro da vida para que seu povo transgressor pudesse viver (ver Ex 32:31, 32). Jonas deu lugar ao completo desânimo.
Jn.4:4 4. Ira. A ira de Jonas foi gerada totalmente pelo egoísmo e não por nobre indignação, como a de Cristo ao expulsar os cambistas do templo (ver Jo 2:13-17). Por seu espírito apressado, o profeta impediu a si mesmo de receber uma grande bênção (ver Pv 14:29; 16:32).
Jn.4:5 5. Até ver o que aconteceria. Alguns têm sugerido que Jonas teria interpretado a pergunta “E razoável essa tua ira?” (v. 4) como sugerindo que, em sua pressa, ele calculou mal a intenção divina; e, portanto, ainda havia a possibilidade de Nínive ser destruída. Outros acham que jonas pode ter avaliado que o arrependimento do povo de Nínive não era sincero, e que Deus os puniría depois de tudo. Pode ser que sua reação apenas refletisse sua atitude de teimosia e a insistência de que Deus cumprisse o que havia anunciado.
Jn.4:6 6. Fez. Do heb. manah, “designar”.Planta. Do heb. qiqayon, uma plantadesconhecida. Várias identificações forampropostas, como a planta do óleo de rícino e uma variedade de pepinos. A planta cresceu milagrosamente, e não é necessário identificá-la com qualquer espécie conhecida que cresce rapidamente, ainda que possa ter sido de uma variedade bem conhecida naquelas regiões, talvez a não identificada kukkãnítu, do acadiano.Desconforto. Do heb. raah, uma palavra genérica para mal, desgraça, problema, miséria. O desconforto de Jonas não era tanto físico quanto mental e espiritual, devido ao vexame, à humilhação e frustração que ele estava sofrendo.
Jn.4:7 7. Enviou. Ver com. do v. 6.Secou. Muitas vezes ocorre que, quando um novo dia de alegria e regozijo parece prestes a começar, algum verme da desgraça ou da tristeza transforma a esperança em desespero.
Jn.4:8 8. Mandou. Ver com. do v. 6.Bateu. Do heb. charishith, uma palavraque ocorre somente aqui e, talvez, signifique “abrasador”.
Jn.4:9 9. É razoável. O impaciente e teimoso profeta defendeu sua ira e a resolução de morrer. Deus procurava estimular nele uma atitude razoável.
Jn.4:10 10. Tens compaixão. O “tu” é enfático no hebraico. Jonas, o profeta zangado e antipático, estava disposto a mostrar piedade e poupar uma planta inconsequente e de pouco valor, na qual ele não tinha empregado nenhum trabalho ou esforço, mas nãomostrava a mesma consideração para com o povo de Nínive. A LXX traduz a primeira parte do versículo como: “E disse o Senhor: Tu tiveste compaixão da planta que tu não criaste e pela qual não sofreste.”Jonas ficou irado porque Deus não destruiría os ninívítas (v. 1, 4) e, ao mesmo tempo, porque Deus permitiu que a planta murchasse (v. 9). Seu sistema de valores estava distorcido. Jonas se importava mais com a planta do que com as pessoas de Nínive a quem tinha advertido.
Jn.4:11 11. Compaixão. Do heb. chus, “entristecer-se”. Chus é traduzido como “mostrar compaixão por”, no v. 10.Mais de cento e vinte mil. Sobre a população de Nínive, ver Nota Adicional a Jonas 1.Não sabem discernir. Alguns têm aplicado esta expressão às crianças sem idade suficiente para determinar que mão é mais forte e mais útil. Se for assumido que essas crianças compunham um quinto da população, Nínive seria uma cidade com cerca de 600 mil habitantes. Esse número é incrivelmente alto e não pode ser conciliado com a dimensão de cidades antigas conhecidas. Parece melhor considerar a expressão, “que não podem discernir”, como metafórica, designando quem possuía um conhecimento imperfeito do bem e do mal. Se a expressão for considerada como literal, então se refere a Nínive com o seu entorno (ver Nota Adicional a Jonas 1).