Capítulo e Verso | Comentário Adventista > Joel |
Jl.1:1 | 1. Palavra do Senhor, joel garante ao leitor que sua mensagem não se originou de si mesmo. Suas palavras foram ditas pelo Senhor. Ele assegura ter a inspiração divina, assim como outros profetas (Os 1:1; Mq 1:1; etc.; cf. 2Tm 3:16; 2Pe 1:20, 21).Joel. O nome provavelmente significa “o Senhor é Deus”. A Bíblia menciona vários homens que receberam este nome (ISm 8:2; lCr 7:3; 11:38; 15:7, 11). O profeta é apresentado como o filho de Petuel. Nada se sabe sobre Petuel. A LXX diz Bathouêl, porém nenhum esclarecimento adicional é dado sobre o nome.Aconteceu isto [...]? A calamidade era algo novo na memória das pessoas. Era inédito para os pais, e algo a ser contado às futuras gerações. A praga de gafanhotos que Deus fez descer sobre o Egito por intermédio de Moisés também foi descrita como um evento sem precedentes (Ex 10:4-6). Em cinco gerações não havia ocorrido nem ocorrería nenhuma outra calamidade como aquela. Por esse dispositivo eficaz Joel sublinha a importância incomum de sua mensagem. |
Jl.1:2 | Sem comentário para este versículo |
Jl.1:3 | 3. Vossos filhos. Comparar com SI 78:4-7. |
Jl.1:4 | 4. Cortador. Do heb. gazam, que vem de uma raiz que significa “cortar”, portanto, empregada para representar um gafanhoto cortador.Migrador. Do heb. 'arbeh, usado para representar o enxame ou os gafanhotos migra- dores. Os gafanhotos que assolaram os egípcios são identificados como!arbeh (Êx 10:4-19).Devorador. Do heb. yelek, que se considera ser um rastejante, um estágio não-alado do gafanhoto.Destruidor. Do heb. chasil. Este inseto não pode ser identificado com certeza. Chasil vem de uma raiz que significa “devorar”, daí a tradução “gafanhoto devorador”. Alguns estudiosos têm afirmado que gazam, arbeh e chasil são termos que designam os estágios do gafanhoto, a partir do estado de larva até o inseto adulto; no entanto, isso não pode ser comprovado.Em geral, dois pontos de vista são considerados com relação a essa descrição da praga de gafanhotos: (1) O ponto de vista literal afirma que Joel descreve um flagelo particularmente devastador de gafanhotos, e faz desse desastre uma ocasião para chamar ao arrependimento. A libertação do flagelo natural se torna ocasião para um discurso sobre o futuro Dia do Senhor, quando o povo de Deus será liberto de todos os inimigos. (2) A visão alegórica afirma que a descrição da peste é apenas um símbolo dos julgamentos por virem. Por exemplo, no tempo de Jerônimo os quatro insetos destrutivos foram tomados como símbolos (a) dos babilônios e assírios, (b) dos medos e persas,(c) dos macedônios e Antíoco Epifânio, e (d) dos romanos. Atualmente, esta última explicação tem pouca aceitação.Visto que as infestações de gafanhotos eram ocorrências bem comuns na Palestina, seria difícil provar que uma praga dessas não pudesse formar o pano de fundo para a profecia de Joel. Os argumentos apresentados contra essa posição, como o fato de os hábitos dos gafanhotos não serem descritos com precisão, tendem a cair quando se considera a linguagem do livro como altamente figurativa e poética. Por outro lado, é impossível provar que Joel não empregasse a descrição da infestação meramente como uma figura para representar a invasão de exércitos hostis (ver p. 1035).Qualquer que seja a interpretação adotada, os ensinamentos escatológicos do livro permanecem os mesmos. Joel se concentra no grande dia do Senhor e na libertação de Israel, naquele dia, se a nação tivesse colaborado plenamente com Deus. Mas Israel não conseguiu fazê-lo. Escritores inspirados mostram como as mensagens proféticas que não se cumpriram, por causa da incredulidade de Israel, deviam se cumprir na Era Cristã (p. 21-23). |
Jl.1:5 | 5. Ébrios. De modo poético, os bebedores de vinho são chamados a lamentar seu destino. Privados de seu meio favorito de indulgência, eles são convidados a despertar de sua letargia para derramar as lágrimas de desilusão. |
Jl.1:6 | 6. Minha terra. Do heb. goy. Comparar com Pv 30:25, 26, em que as criaturas menores são chamadas de “povo” (do heb. am). Esta passagem em Joel parece ser a única das Escrituras a se referir às criaturas inferiores como uma nação. E possível que a realidade aqui irrompa através do símbolo e que o profeta esteja prevendo a invasão de um exército hostil. |
Jl.1:7 | 7. Minha vide. Comparar com SI 80:8; Is 5:1-7; Os 9:10; 10:1.Tirou-lhe a casaca. Depois que os gafanhotos devoram tudo que é verde e suculento, atacam a casca das árvores.Lançou por terra. Literalmente, “reduzido a um toco”. |
Jl.1:8 | 8. Marido da sua mocidade. Semdúvida, se trata daquele com quem a moça estava comprometida e a quem ela amava sinceramente, mas que morreu antes de se casarem. Em vez de um vestido de noiva, ela coloca uma roupa de luto feita com tecido áspero de saco. Sob a lei mosaica, um compromisso de noivado, em seus aspectos gerais, era considerado como um casamento (ver com. de Dt 22:23; Mt 1:18-20). |
Jl.1:9 | 9. Oferta de manjares. Ou, “oferta de cereais” (sobre a natureza desta oferta, ver Lv 2:1). Uma parte destas ofertas era para o sustento dos sacerdotes (Lv 2:3; 6:16; 10:12-15). |
Jl.1:10 | 10. E a terra, de luto. Mediante uma personificação simbólica, a terra é representada como estando de luto em sua improduti- vidade. O hebraico deste versículo apresenta várias aliterações interessantes, que não podem ser reproduzidas na tradução. |
Jl.1:11 | 11. Trigo. Este grão, a cevada, a espelta e o milheto eram os principais cereais da Palestina. |
Jl.1:12 | 12. Romeira. A enumeração dos efeitos da seca (v. 20) em várias plantas e árvores é, sem dúvida, para enfatizar a sua gravidade. Os v. 10 a 12 também descrevem adequadamente os efeitos da quarta das sete últimas pragas (Ap 16:8, 9; cf. GC, 628). |
Jl.1:13 | 13. Cingi-vos. Isto é, com saco, geral- mente um símbolo de luto (ver v. 8), do arrependimento que Israel devia demonstrar (ver lRs 21:27).Ministros. Do heb. sharath, “servir”. Neste versículo, a palavra é usada como sinônimo de "sacerdotes”. |
Jl.1:14 | 14. Promulgai um santo jejum. Doheb. qadash, “consagrar”, “dedicar”, aqui, provavelmente, no sentido de consagrar em conexão com os ritos religiosos, ou, pelo menos, com a proclamação oficial.Assembléia solene. Do heb. 'atsarah, do radical ‘atsar, “deter”, “restringir ”, no sentido de interromper todo o trabalho com o propósito de convocar uma assembléia. |
Jl.1:15 | 15. O Dia do Senhor. Uma expressão comum entre os profetas (Is 2:12; 13:6; Ez 30:3; Am 5:18; Sf 1:14; etc.; sobre o significado da expressão, ver Is 13:6). Primeiramente, joel está se referindo aos julgamentos iminentes sobre judá. Em princípio, suas previsões se aplicam também ao dia do julgamento final que virá sobre o mundo (ver p. 24, 25).Todo-Poderoso. Do heb. Shadhai (ver vol. 3, p. 149). |
Jl.1:16 | 16. Mantimento. Do heb. okel, alimento de qualquer tipo.Da casa do nosso Deus. As colheitas haviam se perdido. Portanto, não havia oferta de primícias ou de gratidão que pudesse ser apresentada no templo. Quando os hebreus da Antiguidade traziam essas e outras ofertas ao Senhor, era uma ocasião de alegria (ver Dt 12:5-7). A praga pôs fim a essa alegria. |
Jl.1:17 | 17. A semente mirrou. O hebraico da primeira frase deste versículo é incerto. As palavras que se traduzem como "semente”, "podre” e “torrões'” só ocorrem aqui, e seu significado é obscuro. Em vez de “semente”, alguns creem que se trata de "figos secos”; outros, de “cursos de água”. A palavra para “podre”, é ‘avash, se for comparada com o árabe ‘abisa, significa “murchar”. Em lugar de “torrões”, alguns leem “pás”. A LXX não apoia nenhuma dessas sugestões, e traduz: “as novilhas pulam em suas manjedouras ”, embora isso não torne a passagem menos obscura. |
Jl.1:18 | 18. Geme o gado. Este versículo mostra o efeito da infestação de insetos e da seca sobre o reino animal. |
Jl.1:19 | 19. O Senhor. Aparentemente é um desabafo do profeta, devido às dificuldades e sofrimentos causados pela seca e pelo enxame de insetos.Fogo. O fogo e as chamas provavelmente simbolizam o calor abrasador do sol. |
Jl.1:20 | 20. Os animais. Ver com. do v. 18.Capítulo 2qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração.o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus? |
Jl.2:1 | 1. Tocai. Os v. 1 a 11 dão uma descrição mais detalhada do desastre causado pelos "gafanhotos” (ver com. de jl 1:4) e do surgimento da praga (Jl 2:4).Trombeta. Do heb. shofar, um instrumento feito de chifre de carneiro e usado para anúncios e convocações (ver vol. 3, p. 23, 24).Sião. Este nome se aplica tanto a Jerusalém como à montanha sobre a qual a cidade se situava (ver com. do SI 48:2).Dia do Senhor. Ver com. de jl 1:15.Em vista do fato de o grande dia do Senhor se apressar em ritmo acelerado e de que poucos, mas preciosos momentos de provação permanecem, cabe ao povo de Deus despertar da letargia espiritual e buscar o arrependimento e a humilhação. Há muitos em Sião satisfeitos com suas conquistas espirituais. Eles se sentem “ricos” de bens, e ”de nada sentem falta” (cf. Ap 3:17). Outros, que sentem necessidade, ou são muito letárgicos para efetuar uma mudança, ou então esperam que a falta seja suprida no tempo da chuva serôdia (ver T\i. 507). Toda essa necessidade é despertada pelo toque da trombeta do vigia de Sião. E, enquanto o dia da graça perdura, é hora de empreender um trabalho de profundo arrependimento para purificar a alma cie toda imundície e permitir que a graça opere plenamente no coração (ver com. do v. 14). |
Jl.2:2 | 2. Dia de escuridade. A linguagem pode ser entendida tanto em sentido figurado, representanto a angústia e o desespero, ou literalmente, referindo-se à escuridão causada pela praga de gafanhotos, semelhante à que caíra sobre o Egito (Ex 10:15).Um escurecimento real do sol é mencionado em joel 2:31.Alva. Do heb. shackar, "a luz avermelhada que precede o amanhecer”. Ao trocar as vogais para shechor, lê-se “escuridade”. Ambos os símbolos descrevem adequadamente a invasão do exército de “gafanhotos” espalhando-se por toda a terra.Um povo grande. Ver com. de Jl 1:6.Nunca houve. Ver com. de Jl 1:2. |
Jl.2:3 | 3. Chama. Um enxame de gafanhotos deixa o solo com a aparência de uma queimada.Jardim do Éden. Um símbolo de fartura (Gn 2:8). |
Jl.2:4 | 4. Cavalos. O formato da cabeça dos gafanhotos se assemelha ao cavalo. Em Apocalipse 9:7, o aspecto dos gafanhotos é descrito como “semelhante a cavalos que correm para a peleja”.Cavaleiros. Do heb. parashim, uma palavra que designa também cavalos de corrida (“cavalaria”, NV1). Na rapidez do movimento, os gafanhotos são como cavalos de corrida (ver com. de Êx 10:4-15). |
Jl.2:5 | 5. Carros. Ver com. do v. 4; comparar com Ap 9:9. O som do enxame de gafanhotos é descrito como o ruído de carros em movimento.Chamas de fogo que devoram. Este foi o barulho feito pelos gafanhotos quando desceram e consumiram toda a erva verde. |
Jl.2:6 | 6. Empalidecem. De acordo com alguns eruditos, “um brilho”, como o que pode ser visto em um rosto animado. Outros supõem que o terror causado pelos gafanhotos retira o brilho do rosto, deixando ali a palidez (NVI). A ideia de negritude conectaparur com parur, 'uma panela de cozinha”, que é preta da fuligem em volta dela. A LXX diz: “cada rosto escuro como uma panela”. |
Jl.2:7 | 7. Homens de guerra. Os gafanhotos são comparados a um exército bem disciplinado que supera todos os obstáculos (ver Pv 30:27). |
Jl.2:8 | 8. Não empurram. Literalmente, “e eles não se aglomeram”.Arremetem contra lanças. Ou, “se lançam sobre [ou através] dos dardos”. Nenhuma arma usada contra eles poderia prejudicá-los. E impossível impedir o seu avanço. |
Jl.2:9 | 9. Correm pelos muros. Do heb. shaqaq, “avançar sobre”. A frase seria melhor traduzida como: “Eles avançam sobre a cidade” (BJ).Pelas janelas. As janelas das casas antigas não tinham vidraças e, portanto, não havia impedimento para a invasão dos gafanhotos. |
Jl.2:10 | 10. Treme a terra. Este versículo deve ser entendido em conexão com o v. 11. Ele descreve os fenômenos físicos que acompanham o Dia do Senhor. As condições aqui descritas não poderíam ter sido produzidas pelo exército de gafanhotos, a menos que a linguagem fosse altamente hiperbólica. A vivida descrição da invasão de insetos serviu apenas como uma ilustração dos julgamentos que cairiam sobre Judá no dia do Senhor (ver com. de J1 1:4, 15).O sol e a lua. Comparar com Is 13:9- 11; Am 8:9. Jesus mostrou como estes fenômenos físicos se manifestariam em conexão com o Dia do Senhor (Alt 24:29, 30). joel concentrava sua atenção no grande Dia do Senhor, que poderia ter sido cumprido a respeito da nação de Israel (ver com. de jl 1:4). Jesus mostrou como virá o grande dia do Senhor, e como o propósito de Deus está se cumprindo através da igreja (ver p. 21-23). |
Jl.2:11 | 11. Seu exército. A interpretação da praga de “gafanhotos” depende em parte da data que se atribui ao livro de Joel (verp. 1035).Ao se presumir que o livro tenha sido escrito no tempo de Josias (2Rs 22; 23:1-30), é possível ver na vivida descrição da praga um presságio da invasão da Babilônia, da qual Ezequias já fora advertido (2Rs 20:16-18). Joel, então, teria sido contemporâneo de Elabacuque e Sofonias, que também alertaram acerca da ameaça de invasão (Hc 1:6; Sf 1). A descrição de Sofonias do Dia do Senhor e sua exortação ao arrependimento são muito semelhantes às de Joel (ver Sf 1:14, 15; 2:1-3).A frase “seu exército” pode ser comparada com a declaração de Jeremias a respeito de Babilônia: “Tu, Babilônia, eras Meu martelo e Alinhas armas de guerra; por meio de ti, depedacei nações e destruí reis” (Jr 51:20). |
Jl.2:12 | 12. Convertei-vos. Do heb. shitv, melhor, “voltar”, ou “retornar”.De todo vosso coração. Comparar com Dt 4:29; Jr 29:11-14. Apenas o arrependimento genuíno poderia evitar os ameaçadores castigos. |
Jl.2:13 | 13. Rasgai o vosso coração. Para um judeu, rasgar sua roupa era um sinal de grande tristeza. Isso significava que ele tinha sofrido alguma calamidade terrível (Gn 37:34; Lv 13:45, 2Cr 34:27; Jr 36:24). No entanto, como era possível a exibição de tais sinais exteriores de tristeza sem qualquer sentimento real íntimo, foi ordenado às pessoas que ao invés das roupas rasgassem o coração.Misericordioso, e compassivo. Ver Êx 34:6, 7; Ne 9:17.E Se arrepende. Sobre o arrependimento de Deus, ver com. de Gn 6:6; iSm 15:11; ver também PP, 630. A disciplina dos julgamentos seria desnecessária se a mudança exigida no caráter fosse efetuada (ver. Jr 26:3; Jn 4:2). A oração não muda a mente de Deus. Para Ele não há “variação, ou sombra de mudança” (Tg 1:17). Mas a oração muda o requerente (ver com. de Dn 10:13). Quando se cumprem as condições para que as orações sejam respondidas, Deus pode conceder ricas bênçãos. |
Jl.2:14 | 14. Quem sabe [...]? É Deus quem determina se a disciplina é necessária. O penitente pode ter a certeza de que, se apesar de sua mudança de coração, a disciplina vem, o castigo vai ser para o bem (ver Hb 12:5-11).Em vista do grande e terrível Dia do Senhor, prestes a irromper sobre um mundo condenado, o chamado de Joel ao arrependimento não diminui sua força (ver GC, 311; T6, 408, 409). O apelo tem uma dupla aplicação: para o mundano é um apelo para abandonar a loucura e o pecado e aceitar o Senhor Jesus Cristo, o único meio de salvação (At 4:12), para o professo religioso morno (Ap 3:16) é um apelo para despertar da letargia espiritual e ter a certeza da salvação (ver com. do v. 1). |
Jl.2:15 | 15. Trombeta. Ver com. do v. 1. |
Jl.2:16 | 16. Povo. As várias classes são enumeradas para mostrar a universalidade do apelo. |
Jl.2:17 | 17. Pórtico. O vestíbulo na entrada do templo (ver com. de IRs 6:3). O altar de bronze para holocaustos ficava no pátio em frente ao átrio (ver 2Cr 8:12; ver com. de IRs 8:64). O local de encontro era, portanto, exatamente na entrada do templo.A Tua herança. Comparar com o apelo em Êx 32:12; Dt 9:26, 29; ver também 1./ 36:20-23. |
Jl.2:18 | 18. Então, o Senhor. O texto diz, literalmente: “Então Yahweh ficou com ciúmes” (BJ). Supõe-se que o arrependimento mencionado tenha ocorrido. Os v. 18 a 32 constituem a resposta misericordiosa de Deus ao apelo urgente dos sacerdotes no versículo anterior. As promessas eram condicionais e, como os israelitas nunca responderam ao apelo de Joel de todo o coração, aquelas promessas nunca se cumpriram para eles. No entanto, certas características das promessas seriam cumpridas, em princípio, em relação ao novo Israel (ver p. 21-23). |
Jl.2:19 | 19. E, respondendo. Literalmente, “Yahweh respondeu” (BJ; ver com. do v. 18).O cereal, e o vinho, e o óleo. Os produtos destruídos pelos gafanhotos seriam restituídos (ver Jl 1:10). |
Jl.2:20 | 20. O exército que vem do Norte.Há relatos ocasionais de invasão de gafanhotos que entram na Palestina pelo nordeste, embora seja mais comum eles saírem das regiões áridas ao sul de Judá. Aqui, o norte, obviamente, é mencionado porque muitos dos inimigos de Judá entraram na Palestina pelo norte. A invasão de gafanhotos, embora provavelmente real, era também, presumivelmente, uma figura da invasão de exércitos hostis (ver com. de Jl 1:4). Alguns que defendem uma data mais antiga para Joel (ver p. 7) veem aqui uma referência aos assírios. Aqueles cjue defendem uma data no tempo de Josias veem uma referência aos babilônios (ver Jr 1:14; 4:6). A devastação causada pelos babilônios poderia ter sido evitada mediante sincero arrependimento e reforma (ver p. 18).Eu o removerei. Uma vivida descrição da velocidade e da total destruição desencadeada pelos gafanhotos.A sua vanguarda. Os hebreus frequentemente designavam os pontos cardeais, olhando de frente para o leste. Assim, o oeste estaria atrás deles, o sul à mão direita e o norte à mão esquerda.Mar oriental. O Mar Morto.Mar ocidental. Ou seja, o Mediterrâneo.O seu mau cheiro. Os corpos em decomposição dos enxames de gafanhotos exalavam um cheiro repugnante.Porque agiu. Ou seja, o exército de gafanhotos em sua obra de destruição. |
Jl.2:21 | 21. Não temas, ó terra. Anteriormente, a terra tinha se lamentado.Grandes coisas. Os gafanhotos efetuaram grande destruição; Deus operaria grandes coisas no livramento. |
Jl.2:22 | 22. Animais do campo. Os animais sofreram muito por falta de comida. Aqui, são chamados a se alegrar, porque os pastos e as árvores passaram a produzir abundante alimento. |
Jl.2:23 | 23. Regozijai-vos. Em sua imediata aplicação, este versículo se refere à restauração das chuvas adequadas. A chuva têmpora caía no outono e promovia a germinação dos grãos, enquanto a chuva serôdia caía na primavera e ajudava a colheita a amadurecer (ver vol. 2, p. 93). Em sua aplicação para ao novo Israel as chuvas representam o trabalho do Espírito Santo (TM, 506).Justa medida. Do heb. litsedhaqah, literalmente, “com respeito à justiça”, ou “para a justiça”. A palavra “justiça” (tsedhaqah) ocorre mais de 150 vezes no AT, mas em nenhum lugar com o sentido de “moderadamente”, ou “em justa medida” como costumamos entender a palavra, a menos que esta seja uma exceção. Consequentemente, vários significados toram dados para a frase traduzida como “chuva temporã em justa medida”. A N VI diz “chuva de outono, conforme a Sua justiça”; outras traduções dizem “chuva de justiça”, “chuva para a justificação”, ou “chuva temporã segundo Sua justiça O leva a concedê-la”. Por outro lado, se “chuva temporã” for substituída por “instrutor” (ver o exposto em "chuva temporã”), como nos Targuns e na Vulgata, seguido de “justiça” conforme atribuído ao seu significado usual, a expressão pode ser traduzida por “instrutor de justiça”. Alguns dos comentaristas judeus veem aqui uma referência ao Messias. Comentaristas cristãos se referem ao “instrutor” de joel como um mestre ideal, o Messias, à instrução de Moisés e os profetas, etc.Alguns comentaristas adventistas, ao aplicar este versículo à igreja, têm atribuído um significado especial para a expressão literal, “mestre da justiça”. À medida que o tempo da chuva serôdia é também o momento do “alto clamor” (ver GC, 611; cf. PE, 71), eles aplicam a expressão “instrutor de justiça” à mensagem da justiça de Cristo a ser dada de uma extremidade à outra da Terra, a fim de preparar o caminho do Senhor. Esta é a glória de Deus queencerra a obra do terceiro anjo (ver T6, 19; cf. TM, 89-94).A chuva temporã (ACF). A ARA diz apenas "chuva' . Do heb. moreh, literalmente “instrutor” (assim é traduzido em Pv 5:13; Is 30:20). Moreh vem do radical yarah, que significa “dirigir”, “ensinar”, “instruir”. Yarah é também a raiz de torah, palavra comu- mente traduzida por “lei”, no AT (ver Pv 3:1). Muitos eruditos preferem a tradução “instrutor ”, enquanto outros julgam que o contexto requer "chuva temporã”. A palavra hebraica para “chuva temporã” é yoreh (do radical rawah, “saturar"), e não moreh, a menos que este versículo em joel seja uma exceção.Chuva. Do heb. geshem, frequentemente denota uma chuva violenta ou um aguaceiro.Temporã e a serôdia. A palavra aqui traduzida como “temporã" é moreh, como foi dito acima; no entanto, 34 manuscritos hebraicos trazem yoreh, uma palavra comum para "chuva temporã”. E evidente que se trata aqui da "chuva temporã” literal ou “primeira chuva”.Na sua aplicação figurativa à igreja, a chuva representa o início da efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes, enquanto a chuva serôdia representa o derramamento final do Espírito Santo, que produz “a maturação da colheita” (GC, 611; cf. AA, 54, 55). “A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início" (GC, 611).As figuras das chuvas temporã e serôdia se referem também à experiência cristã individual. “Assim é dado o Espírito Santo para levar avante, de um estágio para outro, o processo de crescimento espiritual. O amadurecimento do grão representa a terminação do trabalho da graça de Deus na alma” (TM, 506). A menos que a primeira chuva faça o seu trabalho, a chuva serôdia será ineficaz. Aqueles que desejam participar do “refrigé- rio” devem “obter a vitória sobre toda tentação” (PE, 71).A chuva serôdia dá “poder à grande voz do terceiro anjo” (PE, 86) e prepara “a igreja para a vinda do Filho do homem” (AA, 55). Prepara “os santos para estar de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas” (PE, 86). Encoraja os sinceros a aceitar a verdade (PE, 271). |
Jl.2:24 | 24. Eiras. Do heb. goranoth, "eiras”. Os v. 24 a 27 retratam os efeitos benéficos da chuva abundante sobre a terra seca e estéril. O v. 24 proporciona um notável contraste com Joel 1:10 a 12.Os lagares. Do heb. yeqavim, “lagares”. |
Jl.2:25 | 25. Restituir-vos-eis os anos. Comparar com J1 1:4. Assim também as recompensas futuras compensam amplamente todas as tristezas e provações da terra (ver Rm 8:18; PE, 17). |
Jl.2:26 | 26. Comereis abundantemente. Um contraste marcante com as condições anteriores (J1 1:16, 17).Louvareis. Um espírito de louvor e gratidão caracterizaria aqueles que tiveram o privilégio de compartilhar a restau ração, um elogio, não de si mesmos, mas de Deus, que lhes havia feito tal livramento maravilhoso. Os hinos de louvor e gratidão a Deus ressoam no céu (Ap 7:11, 12; cf. 5:13). |
Jl.2:27 | 27. Sabereis. As obras maravilhosas de Deus na restauração de Israel dariam evidência aos que haviam sido tentados a acreditar que Deus abandonara Seu povo, que Ele estava realmente trabalhando para o bem deles. Mesmo durante a praga, Deus demonstrara misericórdia para produzir um arrependimento e uma reforma tão necessários. Alguns haviam interpretado os sucessos do inimigo como prova de que os deuses dos pagãos eram mais poderosos do que o Senhor. Com a vitória de Israel sobre seus inimigos, todos saberíam que “Yahweh é Deus e não há outro”. |
Jl.2:28 | 28. Depois. Do heb. 'achare-ken, “depois disso”. A frase é indeterminada quanto ao tempo. Era plano de Deus doar ao estadorestaurado de Israel as bênçãos espirituais aqui descritas (ver com. de Ez 39:29). Por causa da queda do povo e da consequente rejeição da nação judaica (ver p. 19, 20), as promessas não se cumpriram no Israel literal. Essas promessas foram transferidas para o Israel espiritual. Pedro identificou os acontecimentos no dia de Pentecostes como o cumprimento parcial da profecia de Joel (At 2:16-21). Em vez de “depois”, Pedro usou a expressão “nos últimos dias” (v. 17).Sobre toda a carne. Este pensamento se destaca pela enumeração das várias faixas etárias que participarão das bênçãos espirituais e também pelo fato de que escravo e livre receberíam o Espírito do mesmo modo. O contexto deixa claro que aqui se fala de algo mais além da recepção do Espírito que acompanha a conversão e opera a transformação da vida. Este derramamento especial do Espírito resulta na manifestação de dons sobrenaturais, como profecia. No dia de Pentecostes, quando os apóstolos “foram todos cheios do Espírito Santo e passaram a talar em outras línguas” (At 2:4), Pedro afirmou que isso “é o que foi dito pelo profeta Joel” (v. 16, ARC).Na igreja primitiva “a manifestação do Espírito foi dada “a cada um visando a um fim proveitoso” (iCo 12:7). Vários dons estavam em evidência, como “a palavra de sabedoria”, “a palavra de conhecimento”, “fé”, “cura”, “operação de milagres”, “profecia”, “discernimento de espíritos”, "uma variedade de línguas”, “e a capacidade de interpretá-las” (ICo 12:8-10).Os acontecimentos do Pentecostes eram apenas um cumprimento parcial da previsão de Joel, que “atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do evangelho” (GC, ix).Na Bíblia hebraica, os v. 28 a 32 constituem o cap. 3, e o cap. 3 na Bíblia em português é o cap. 4 na Bíblia hebraica.Sonharão. Para uma discussão mais ampla sobre “sonhos'' e ‘Visões”, ver com. de iSm 3:1; cf. Nm 12:6. |
Jl.2:29 | Sem comentário para este versículo |
Jl.2:30 | 30. Prodígios. Sobre os fenômenos que acompanharão a segunda vinda de Cristo, ver Lc 21:25, 26; Ap 6:12-17; 16:17-21. |
Jl.2:31 | 31. Em trevas. Sobre o cumprimento dessa predição antes da segunda vinda de Cristo, ver com. de Mt 24:29; ver também GC, 308.Dia do Senhor. Ver com. de J1 1:15. |
Jl.2:32 | 32. Todo aquele que invocar. Era plano de Deus que, por extensas atividades missionárias, o remanescente de Israellevasse o conhecimento do verdadeiro Deus e de Sua salvação às nações que não O conheciam. Sua queda transferiu a tarefa para o novo Israel, a igreja (ver p. 21-23).Sobreviventes. Do heb. seridhim, da raiz sarad, “fugir”, portanto, “fugitivos”, “sobreviventes”. A palavra é traduzida como “remanescente” somente aqui e em Isaías 1:9. A palavra mais comum para remanescente no AT vem da raiz shaar, “sobrar”, “permanecer”. A última oração poderia ser traduzida como “haverá livramento para os sobreviventes, para aqueles a quem o Senhor chamar” (NVI).Capítulo 3quereis contra Mim? Se assim Me quereis vingar, farei, sem demora, cair sobre a vossa cabeça a vossa vingança.I I Apressai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai-vos; para ali, ó Senhor, faze descer os Teus valentes.o Senhor será o refúgio do Seu povo e a fortale- 4 za dos filhos de Israel. |
Jl.3:1 | 1. Mudarei a sorte. Esta expressão pode descrever um retorno do cativeiro literal ou pode ser usada metaforicamente para descrever um retorno geral à prosperidade (ver com. do SI 14:7; ver Introdução ao SI 126). Se o livro de Joel foi escrito pouco antes do cativeiro babilônico (ver p. 7), provavelmente há uma referência aqui ao retorno daquela terra. A expressão é comum em Jeremias, e é aplicada desta forma (Jr 30:3, 18; 31:23; 32:44; 33:7).A descrição do retorno é em termos de como as promessas de Deus haveriam de ser cumpridas se a nação de Israel tivesse cooperado com o Senhor (ver p. 14-17; ver com. de Ez 37:1). A prosperidade de Israel teria provocado a inimizade das nações, que aqui são representadas como reunidas por Deus no vale de josafá. A previsão é um paralelo a Ezequiel 38, em que Gogue e seu exército são representados como opositores aJerusalém, e ali são julgados (ver Zc 14:1-3). A aplicação desta profecia para o futuro deve ser feita de acordo com a revelação do NT (ver com. de Ez 38:1; ver p. 17). |
Jl.3:2 | 2. Vale de Josafá. O nome ocorre apenas aqui, mas no tempo de Eusébio (4o séc.), foi aplicado para o vale de Cedrom, a depressão entre Jerusalém e o monte das Oliveiras, a leste de Jerusalém. No entanto, não há nenhuma evidência de que antigamente o vale fosse assim denominado. O nome parece ter sido escolhido por causa de seu significado. Josafá significa “Yahweh julgou”, ou “Yahweh julga” (ver também GC, 32).Alguns tentaram ligar esse vale ao vale de Beraca, cenário da vitória de Judá sobre as forças unidas de Amom, de Moabe e os do monte Seir (2Cr 20:1-30). No entanto, esse vale ficava no deserto de Tecoa (2Cr 20:20), uma cidade 16 km ao sul de Jerusalém, provavelmente o Wadi el-Arrüb, ao sul deTecoa. A distância que separa esse lugar de Jerusalém parece opor-se com a identificação do vale de Beraca com o vale de josafá.Entrarei em juízo. Do heb. shafat que, na forma aqui encontrada, significa “entrar em controvérsia legal”. Shafat é a última parte do nome josafá.O povo de Israel, reavivado espiritualmente, em cooperação com o plano de Deus, teria o favor e a proteção dos céus. As bênçãos prometidas na época do êxodo (Dt 28:1-14) teriam encontrado cumprimento tardio. A nação judaica teria se tornado uma maravilha de prosperidade e teria convertido multidões ao verdadeiro Deus. À medida que os números aumentassem, Israel teria ampliado suas fronteiras até abraçar o mundo (ver MDC, 290). Naturalmente, tal programa acirraria a ira das nações pagãs. Sob a liderança de Satanás, essas nações se uniríam para acabar com o estado de prosperidade, e Deus interviria (ver p. 16, 17).Com o fracasso dos judeus, é preciso olhar para o cumprimento dessas previsões, em princípio, na igreja (ver com. de Ez 38:1). O conflito aqui descrito tomará a natureza de uma tentativa desesperada de Satanás, na última hora da Terra, de tentar destruir a verdadeira igreja de Deus. “Do mesmo modo que ele [Satanás] influenciou as nações pagãs para destruírem Israel, no futuro próximo, ele agitará os ímpios poderes da Terra para destruir o povo de Deus” (T9, 231; cf. T5, 524; GC, 656; T6, 18, 19, 395). Mais uma \ c/ Deus intervirá em favor do Seu povo, e na segunda vinda de Cristo destruirá os ímpios (Ap 19:19-21), e mil anos depois os aniquilará (Ap 20:9-15). |
Jl.3:3 | 3. Lançaram sortes. A distribuição de escravos em lotes parece ter sido uma prática comum nos negócios da Antiguidade (comparar com Ob 11; Na 3:10). |
Jl.3:4 | 4. Que tendes vós comigo. Literalmente, “o que vós sois para Mim?” DeusSe identifica com Seu povo (ver Mt 10:40; 25:40, 45).Tiro. Tiro e Sidom eram duas cidades importantes da Fenícia (vervol. 2, p. 52-54; ver com. de Ez 26:2; 28:21).Fílístia. “Fenícia” (ARC). |
Jl.3:5 | 5. Levastes a Minha prata. Deus considerava a riqueza de Israel como Sua. |
Jl.3:6 | 6. Vendestes. Os feníeios e os filisteus eram famosos negociantes de escravos (ver Ez 27:13).Para os apartar. Aqui se expressa o resultado. Devido ao tráfico de escravos efetuado pelos feníeios e filisteus, em primeiro lugar para obter lucro, os judeus haviam se dispersado amplamente como povo. |
Jl.3:7 | 7. Suscitarei. Literalmente, “levantarei”, “suscitarei”. |
Jl.3:8 | 8. Sabeus. Um povo que vivia a sudoeste da Arábia e era notável pelas atividades comerciais. |
Jl.3:9 | 9. Entre as nações. Os v. 9 a 17 retornam ao tema do v. 2. O assunto é expandido e graficamente retratado. Como observado nos comentários sobre o v. 2, a descrição de um conflito literal é em termos de como os eventos teriam evoluído se a nação de Israel tivesse cumprido a missão dada por Deus. A aplicação para os últimos dias deve ser feita em termos de informações dadas por escritores inspirados, depois que mostraram como os eventos que poderiam ter tido um cumprimento literal em Israel, se cumpriríam com respeito ao Israel espiritual (ver com. do v. 2; ver p. 21-23).Apregoai. Do heb. qadash, literalmente, “santificar”. Qadash é assim traduzido em Joel 1:14 (ver os com. ali).Suscitai. Do heb. ‘ur, “levantar”, “suscitar”. Para uma aplicação, em princípio, do suscitamento dos poderes ímpios da Terra para destruir o povo de Deus, ver o com. do v. 2. Os ímpios serão suscitados outra vez no final do milênio, quando Satanás “faz do fraco forte, e a todos inspira comseu próprio espírito e energia” para atacar a nova Jerusalém (ver GC, 663; ver com. de Is 24:22).Comentaristas adventistas geralmente têm visto nesta profecia uma predisão não só de eventos dramáticos associados com o grande Dia do Senhor, mas também de atividades militares internacionais nos dias finais da história. A retirada gradual do Espírito de Deus nestes últimos dias deixa o caminho aberto para um aumento correspondente de atividade satânica planejada para levar as pessoas a destruírem umas às outras. Esse processo atingirá seu clímax pouco antes da vinda do Filho do Homem sobre as nuvens do céu. |
Jl.3:10 | 10. Relhas de arado. As forças econômicas e industriais das nações serão empregadas para fins bélicos.Forte. Do heb. gibor, "poderoso”, "guerreiro”. |
Jl.3:11 | 11. Em redor. Literalmente, "em volta”. A frase se aplica aos pagãos (do heb. goyini, “nações") e não está relacionada a "congregar”.Congregai'-vos. Sobre o cumprimento condiciona] referente ao Israel literal, ver p. 17. A respeito do cumprimento referente ao Israel espiritual, ver com. do v. 2.Valentes. Do heb. giborim, que pode ser traduzido como "guerreiros” (ver com. do v. 10). |
Jl.3:12 | 12. Levantem-se as nações. Ver com. do v. 9.Vale de Josafá. Ver com. do v. 2.Para julgar. Ver p. 17; ver com. do v. 2. |
Jl.3:13 | 13. Está madura a seara. Aparentemente, duas figuras são usadas para descrever o julgamento das nações: (1) a colheita da safra de grãos e (2) a reunião da colheita e a pisagem das uvas. Alguns pensam que há apenas uma figura em questão: a foice representa uma ferramenta para podar, e a colheita representa a vindima que ocorria em setembro (comparar com a imagem da colheita descrita em Ap 14:14-20).Lagar. Do heb. yeqavim, "prensa das uvas”. |
Jl.3:14 | 14. Decisão. Do heb. charuts, palavra que admite vários significados. O contexto determina a escolha do significado em qualquer exemplo particular. A raiz de charuts é charats, que significa "decidir”, "resolver”, “consertar”. Charuts pode ser o particípio passivo de charats e, portanto, pode significar "decisão”, no sentido de que o destino das nações ímpias está sendo decidido. Deve-se notar, no entanto, que “a decisão” aqui mencionada se refere à de Yahweh como juiz (ver com. dos v. 2, 12), e não a dos povos que estão sendo julgados. Em outras palavras, ; seu destino já está decidido. Agora é "o Dia do Senhor” (ver com. de Is 13:6). A LXX traz vale da "punição”, ou “vingança”.Charuts também é um adjetivo e um substantivo. Como tal, pode significar “ouro” (SI 68:13), "fosso, circunvalação” (Dn 9:25), "diligente” (Pv 10:4), "ter um corte” (traduzido como “mutilado”, Lv 22:22), ou “instrumento de debulhar” (Jó 4.1:30), ou ainda "instrumento de trilhar” (ls 28:27). Destas definições só “instrumento de debulhar” se encaixa no contexto. Muitos preferem essa leitura. A imagem é, então, de um vale em que os ímpios estão sendo debulhados.A expressão “vale da decisão”, frequentemente tem sido utilizada para descrever multidões da Terra, cujo destino está em jogo. Embora as palavras possam ser aplicadas desta forma, deve-se lembrar que esta não é a aplicação original do texto, o que pretendia a revelação divina. |
Jl.3:15 | 15. O sol e a lua se escurecem. Sobre os sinais físicos que acompanharão o Dia do Senhor, ver com. de ]1 2:1.0; cf. PE, 41. |
Jl.3:16 | 16. Brama de Síão. Comparar com Am 1:2; ver com. de Ez 38:18-23.Tremerão. Para aplicação destas profecias sobre o futuro, ver com. do v. 2; cf. Ap 16:17, 18; PP, 341.Refúgio. Do heb. machaseh, "um refúgio”, "um abrigo”. O julgamento sobre osinimigos dejudá significará libertação para o povo de Deus. Assim será quando os poderes ímpios da Terra, sob a influência de Satanás, procurarem destruir o remanescente fiel (Ap 13:15). Deus intervirá para libertar Seu povo (ver PE, 272, 273). |
Jl.3:17 | 17. Sabereis. Por causa dos infortúnios que haviam acontecido com a nação judaica, muitos foram levados a questionar os propósitos misericordiosos de Deus. Mas o Senhor declarou que mostraria Seu inquestionável poder na libertação de Seu povo. Assim, Seu caráter e desígnio beneficente seriam plenamente justificados perante os habitantes da Terra (ver com. de Ez 6:7; 38:23; cf. Ez 39:22, 28).Não passarão mais por ela. Isto é, com maus desígnios. Estrangeiros que se uniram ao Senhor eram naturalmente bem- vindos (Is 56:6). O desígnio de Deus era que “toda a carne” iria perante Ele regularmente para adorar (Is 66:23).A imagem é a de Jerusalém como podería ter sido (ver com. de Is 65:17). Quando a nova Jerusalém descer do Céu (Ap 21:2), Satanás e o vasto exército aliado a ele procurarão invadir a cidade santa, mas eles serão destruídos nessa tentativa (Ap 20:9). |
Jl.3:18 | 18. E há de ser. Os v. 18 a 21 descrevem as condições que se seguiríam ao juízo contra os inimigos de Jerusalém se Israel tivesse sido fiel (a descrição é paralela à deEz 40-48; Zc 14). Em última análise, ocorrería a renovação completa da Terra (ver com. de Is 65:17; Ez 38:1; 40:1; ver p. 16, 17).Uma fonte. Ver Ez 47:1-12 (ver com. de Ez 40:1, sobre os princípios de interpretação).Vale de Sitim. Literalmente, “vale das acácias”. Houve um Sitim em Moabe, defronte a Jerico, onde os filhos de Israel acamparam antes de entrar na terra de Canaã (Nm 25:1; cf. Nm 22:1). É duvidoso, no entanto, que essa seja a região aqui designada. Uma comparação com Ezequiel 47:1 a 12 sugere que este vale era o Cedrom com seus canais. |
Jl.3:19 | 19. Uma desolação. Ver com. do v. 18.Por causa da violência. Ver p. 17. |
Jl.3:20 | 20. Para sempre. A residência anterior em Canaã, embora planejada para ser permanente, foi interrompida por causa da falha do povo em cooperar com o programa divino. O povo devia construir casas, porém os estrangeiros não habitariam nelas. Era-lhes oferecida outra vez a promessa de permanência (ver com. de Is 65:21). Se a disciplina do cativeiro tivesse alcançado seu objetivo, e os exilados que retornaram continuassem a cumprir o propósito divino, sua morada havería sido permanente. |
Jl.3:21 | 21. Expiarei. No heb. naqaq, “absolver”, “livrar da pena”. No plano do evangelho, tal absolvição ocorre mediante a imputação da justiça de Cristo (ver com. de J1 2:23). |