Capítulo e Verso | Comentário Adventista > Jeremias |
Je.1:1 | 1. Palavras de Jeremias. Uma introdução mais comum aos livros proféticos é: “veio a palavra do Senhor”, etc. (Ez 1:3; Os 1:1; J1 1:1, etc.). A LXX começa com a frase “a palavra de Deus que veio a Jeremias”. Certos comentaristas judeus sugerem que a introdução hebraica mais curta foi utilizada porque o livro não apresenta somente profecias como também relata episódios da vida pessoal de Jeremias (ver Am 1:1).Hiiquias. Possivelmente, não o mesmo sumo sacerdote que se destacou na descoberta do “Livro da Lei” (2Rs 22:8). O fato de o pai de Jeremias ser de Anatote possivelmente o identifica como pertencente aos descendentes de Abiatar, deposto do sacerdócio na época de Salomão (1 Rs 2:26, 27, 35).Dos sacerdotes. Jeremias era sacerdote por nascimento e profeta por chamado divino especial, assim como alguns dos demais profetas (ver Ez 1:3; Zc 1:1; cf. p. 1193).Anatote. Uma das quatro cidades em Benjamin atribuídas aos descendentes de Arâo (ver Js 21:17, 18), cerca de quatro quilômetros a nordeste de Jerusalém, logo além do monte das Oliveiras. |
Je.1:2 | 2. Décimo terceiro ano. Isto é, 628/627 a.C., supondo que Jeremias contava os anos a partir do outono; seria 627/626 se ele contava a partir da primavera, como alguns sustentam (ver vol. 3, p. 83, nota 7). As duas datas são calculadas a partir da morte de Josias, em 609 (ver p. 550, 551). |
Je.1:3 | 3. Ano undécimo. Isto é, 586 a.C. (ver vol. 2, p. 81, 82). O cativeiro final começou no quinto mês judaico daquele ano. Uma vez que continuou para além desse ponto (ver p. 5), o ministério profético de Jeremias durou mais de 40 anos. |
Je.1:4 | 4. A mim me veio. O primeiro capítulo é, evidentemente, concebido como a introdução do autor a todo o livro. Nele, Jeremias apresenta, logo no início, suas credenciais como profeta de Deus. Essa vocação era dele, não por escolha humana, mas porordem direta de Deus. O profundo senso do chamado divino foi a força que impulsionou seu ministério e o sustentou em momentos de desânimo. |
Je.1:5 | 5. Antes que Eu te formasse. Mesmo antes do nascimento de Jeremias, já havia o propósito divino de que ele fosse profeta. Deus tem designado uma ocupação e atribuído responsabilidade para cada indivíduo em Seu grande plano (ver PR, 536; PJ, 326, 327).Consagrei. Do heb. qadash, na forma encontrada neste versículo, a palavra pode ser traduzida por “declarado como sagrado [ou dedicado]” (ver com. de Gn 2:3). Deus separou jeremias para um fim especial. Ele o designou para realizar sua obra profética peculiar.Constituí. Do heb. nathan, “dar”, aqui utilizado no sentido de "nomear”. Uma escolha semelhante foi feita em relação a João Batista (Lc 1:15). Jeremias poderia ter se recusado a obedecer ao chamado divino. Ao nascer, todas as pessoas são dotadas com certas possibilidades, mas é responsabilidade de cada um desenvolver essas aptidões ao máximo. Da mesma forma, ainda hoje, Deus tem um plano para cada pessoa. “O lugar específico que nos é designado na vida, é determinado por nossas capacidades” (Ed, 267). Devemos descobrir qual é esse lugar e procurar realizar o propósito e o plano de Deus para nós.Profeta. Um profeta é alguém que recebe revelações diretas de Deus, que devem ser comunicadas aos outros. Ele não é primariamente um prognosticador ou alguém que faz previsões. Ao contrário, ele é um porta-voz ou intérprete de Deus. A revelação que o profeta recebe pode ou não se referir ao futuro.Nações. Do heb. goyim. Esta palavra também pode ser traduzida como “pagãos’’ ou “gentios”, jeremias deveria ser o mensageiro de Deus não somente para judá, mas também para as nações gentias mais distantes. |
Je.1:6 | 6. Ah! Senhor Deus! Literalmente, “Ai! Senhor Yahweh!” (ver vol. 1, p. II, 12, 148-151). O jovem se aterrorizou com o pensamento de ser um profeta. Um senso de indignidade o oprimiu, e sua natureza recuou diante de uma tarefa que o obrigaria a ser diferente das pessoas de sua geração. Como também é indicado em sua amarga queixa mais tarde em seu ministério (Jr 15:10): ele temia a inimizade de algumas pessoas.Não sei falar, jeremias alegava que lhe faltava a eloquência necessária para qualificá-lo para o ofício profético. Um profeta deve falar a pessoas importantes e a multidões. Como não era um hábil orador, como atrairía a atenção do povo ou o influenciaria para Deus (ver com. de Ex 3:1.1: 4:10)? Ele receava não ser capaz de expor suas mensagens em linguagem adequada.Criança. Do heb. ruiar, “um jovem'’ (ver Gn 41:12; Ex 33:11). A julgar pela duração de seu ministério, jeremias possivelmente tinha menos de 25 anos, talvez 18 ou 20 anos de idade. Em outras passagens, a palavra naar é utilizada para designar jovens adultos (ver Gn 41:12; ver com. de iRs 3:7). |
Je.1:7 | 7. Não digas. Deus recusou as desculpas do profeta e respondeu com uma declaração categórica de Sua vontade. Quando Deus ordena, estão fora de lugar pensamentos que giram em torno do eu. Não resta senão um caminho: a completa obediência. Jeremias deveria ir a qualquer lugar e a qualquer pessoa que Deus escolhesse enviá-lo, quer a reis idólatras, a sacerdotes corruptos, a profetas mentirosos, a juizes injustos — a pessoas de todas as posições sociais, sem importar quão proeminentes ou poderosas elas fossem. Jeremias disse: “(Não sei falar.” Deus respondeu: “Tudo quanto Eu te mandar falarás." Deus o capacitaria para fazer tudo o que lhe fosse indicado para fazer (ver Ex 4:10-12; Mt 10:18, 19). |
Je.1:8 | 8. Eu sou contigo. Deus prometeu auxiliar e proteger Seu profeta. A convicçãode que Deus o acompanharia elevou jeremias acima de sua timidez e de seu temor e o tornou invencível. Ele foi atacado por muitos inimigos poderosos e, com frequência, se encontrou em perigo extremo por causa de seus ensinos impopulares e da severa condenação da impiedade; mas esta promessa, repetida pelo menos duas vezes (]r 1:19; 15:20), foi uma fonte de tremenda fortaleza e conforto para ele. De modo semelhante, a abarcante promessa de Jesus: “Estou convosco todos os dias” (ver Mt 28:18-20) tem sido motivo de ânimo e coragem aos cristãos que procuram obedecer a ordem de pregar o evangelho. |
Je.1:9 | 9. Tocou-me na boca. Após o chamado cio profeta, realizou-se este solene ato de consagração, simbolizando a comunicação de nova força de raciocínio e expressão oral. Ao ser tocado nos lábios (ver Is 6: 6,7), jeremias se sentiu seguro de que não havería dúvida quanto a sua mensagem. Ele sairia para anunciar as palavras que o Espírito de Deus colocasse em seu coração (ver Jr 5:14; 15:16; CÍ. Is 51:16; 59:21; Mt 10:20; 2Pe 1:21). |
Je.1:10 | 10. Sobre as nações. O profeta foi investido com a autoridade de Deus, como Seu representante. A forma verbal traduzida neste versículo como “constituo”, significa "designar” um homem para ser um líder, superintendente ou governador (ver Gn 39:4. 5; Nm 1:50; 2Rs 25:23). Jeremias foi nomeado como um representante de Deus, e lhe foi dada autoridade para declarar os propósitos do Senhor com relação às nações. Sua palavra se tornaria a palavra de Deus (ver ls 55:10, 11).Para arrancares. Ou, “para erguer”. O profeta que anuncia os propósitos de Deus é representado como se ele mesmo os estivesse executando (ver jr 5:14; ís 6:10; Ez 43:3). A obra de jeremias seria de natureza dupla: destrutiva e construtiva. As metáforas de jeremias 1:10 são tiradas da arquitetura e da agricultura. Quatro verbos expressam o aspecto destrutivo dos juízos e dois verbosdeclaram o propósito de Deus de restaurar e curar. O livro de jeremias constitui um comentário dessas declarações. |
Je.1:11 | 11. Amendoeira. Do heb. shaqed, do radical shaqad, “estar desperto”. A amendoeira é a primeira árvore a “despertar" na primavera, fato que possivelmente marcou a grafia de seu nome. Ela floresce na Palestina logo em janeiro. |
Je.1:12 | 12. Velo. Do heb. shaqad (ver com. do v. 11). Esta é uma palavra interessante nos v. 11 e 12. Uma tentativa de reproduzir este dispositivo literário seria: “Vejo a vara de uma árvore vigilante. [...] Viste bem, porque estou vigilante sobre a Minha palavra para cumpri- la"; ou, "Vejo a vara de uma árvore sentinela [...] porque Eu estou velando sobre a Minha palavra para cumpri-la.’’ |
Je.1:13 | 13. Panela. Do heb. sir, utensílio doméstico utilizado para cozinhar (ver 2Rs 4:38) e lavar (SI 60:8). Esta segunda visão era um símbolo da "palavra” sobre a qual Deus vigiava para executar, e revelava o instrumento que cumpriría tal palavra. A imagem é de uma panela colocada no fogo, feito para arder intensamente com o sopro, portanto, uma panela fervendo (ver Jó 41:20).Cuja boca se inclina do Norte. Aparentemente, a panela foi retratada como estando inclinada para o norte, com a boca pronta a derramar seu conteúdo escaldante sobre a região de Judá. |
Je.1:14 | 14. Do Norte. Ver com. de Jr 4:6; cf. Ez 26:7. Embora Babilônia ficasse a leste da Judeia, as estradas militares e as rotas de invasão para a Palestina chegavam a Judá pelo norte. Atravessar o deserto diretamente¦ pelo leste da Palestina era impraticável aos exércitos. Por isso, os hebreus frequentemente se referiam a Babilônia como se estivesse ao norte. A direção não se refere à localização do país de origem do invasor, e sim à rota que os invasores seguiríam para invadir Judá, porque tanto os invasores do leste quanto os do norte vinham do norte.Os cativos foram levados para a região norte, e dali o Senhor os faria retornar (ver jr 3:18; 23:8; 31:8; Zc 2:6).O mal. Isto é, o mal que os profetas predisseram durante muito tempo (ver Mq 3:12). A palavra para "mal”, rdah, nem sempre se refere a transgressão moral. A palavra é empregada com frequência para descrever dificuldades, infortúnio ou calamidade. |
Je.1:15 | 15. Convoco. A construção hebraica representa a ação como já iniciada.Reinos do Norte. Ver com. do v. 14. As tribos ou clãs que faziam parte do reino invasor do norte (ver Jr 25:9). A passagem pode ser traduzida como: “as famílias, até os reinos do norte . O emprego do plural acentua a dimensão da calamidade vindoura.Das portas. No antigo Oriente Médio, a porta de uma cidade era o lugar habitual de onde se ministrava justiça (ver com. de Gn 19:1; Js 20:4; jó 29:7). Os príncipes dos conquistadores inimigos instalaram a sede de seu poder nas portas de Jerusalém (jr 39:3-5; cf. 43:9, 10). |
Je.1:16 | 16. Contra os moradores. Os pecados mencionados foram notórios durante o reinado de Manassés (ver 2Cr 33:1-7). |
Je.1:17 | 17. Cinge os lombos. A metáfora é tirada do costume oriental de se unir longas vestes com um cinto como preparação para viajar ou para realizar uma obra (ver 1 Rs 18:46; 2Rs 4:29; 9:1; ver com. de SI 65:6). jeremias deveria se preparar resolutamente para sua tarefa (ver Lc 12:35; IPe 1:13). Ele teria que apresentar com franqueza e sem temor toda a mensagem que Deus lhe desse.Infunda espanto. O repetido chamado à coragem indica a timidez natural do jovem profeta (ver lTm 4:12; 6:13; 2Tm 2:3). Também implica que jeremias encontraria muita oposição nessa obra. |
Je.1:18 | 18. Hoje te ponho. O pronome “eu” (NVI) contrasta com o “tu” do v. 17. No hebraico os dois pronomes são enfáticos. O profeta devia fazer sua parte sem temor,e Deus faria a dEIe, concedendo proteção e poder necessários.Cidade fortificada. Símbolo de força e invencibilidade. |
Je.1:19 | 19. Eu sou contigo. Jeremias foi advertido de que a condução da obra de Deusdespertaria acirrada oposição do inimigo. À semelhança dos discípulos de Jesus, séculos mais tarde, Jeremias foi enviado como cordeiro entre lobos (Lc 10:3). No entanto, a presença de Deus estaria com ele e o protegeria (ver Ex 33:14).Capítulo 2/ Tendo mostrado bondade no passado, Deus protesta contra os judeus por causa de sua revolta, 9 com diversos exemplos. 14 Eles são a causa de suas próprias calamidades. 20 Os pecados de judá. 31 A autoconfiança da nação é rejeitada.i» 4 Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó e todas as famílias da casa de Israel.de terdes entrado nela, vós a contaminastes e da Minha herança fizestes abominação. |
Je.2:1 | 1. Palavra do Senhor. Esta frase introduz uma série de profecias que compreendem os cap. 2 a 6 de jeremias. Esta série é uma retrospectiva do passado de Israel e mostra que as condições imperan- tes naquele tempo eram resultado das falhas passadas. A profecia foi dada durante os primeiros dez anos do ministério de Jeremias (627/626-c. 616 a.C.), possivelmente, no 13° ano de Josias (ver Jr 3:6; cf. 1:2). |
Je.2:2 | 2. Vai e clama, jeremias provavelmente estava em Anatote, quando recebeu a ordem de ir a Jerusalém a fim de realizar sua obra profética.Lembro-Me de ti. Literalmente, “Eu lembro para ti" “em teu favor’’ ou “para teu mérito” (ver Ne 5:19, em que “lembra-te de mim’’ literalmente significa “lembre para mim”).Afeição quando eras jovem. Gramatical mente, a frase pode significar tanto a afeição de Deus para com Israel como a afeição de Israel para com Deus. Neste versículo, a última possibilidade parece ser enfatizada. Israel respondeu à atração do amor de Deus na juventude. Em imagem poética, Deus é representado como o amante, e Israel, como Sua noiva.Quando noiva. Literalmente, “tempo de noivado” ou “condição de noiva”, ou seja, o início da história de Israel.Numa terra em que se não semeia. Israel demonstrou a sinceridade do seu amor ao abandonar o conforto e a segurança do Egito a fim de seguir a Deus pelo deserto. |
Je.2:3 | 3. Consagrado. Ou, “uma coisa santa ’ (ver com. de Dt 7:6).As primícias. A imagem das primícias era familiar aos judeus (ver com. de Èx 23:19; Nm 18:12, 13). Israel era como a parte mais preciosa da colheita, a parte que era dedicada como a porção de Deus.Todos [...] se faziam culpados. Nenhuma nação pagã tinha permissão para atacar Israel (Jr 10:25; 50:7; cf. Dt 7:16). |
Je.2:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.2:5 | 5. Que injustiça [...]? Ver Mq 6:3, 4. Deus desafiou a Israel para que mostrasseque Ele tinha sido infiel ou que havia quebrado a aliança. O profeta pergunta se o Senhor praticara algum tipo de engano ou se negligenciara alguma promessa. Em que Deus havia fracassado? (ver Dt 32:4). Este versículo apresenta o desafio tocante de um amor preocupado, consciente de sua integridade e fidelidade.Nulidade. Uma referência aos ídolos de Israel (Jr 10:15; 14:22; 16:19; cf. Dt 32:21; lRs 16:13; lCo 8:4; ver com. de Ec 1:2). Israel seguira a Deus; mas passou a perseguir a vaidade dos ídolos.E se tornando nulos. As pessoas assumem a natureza do objeto que adoram (ver Dt 7:26; Rm 1:21-23; PP, 306, 334, 335). |
Je.2:6 | 6. E sem perguntarem. As pessoas não eram gratas pelas libertações providenciais e pelo cuidado que Deus derramava sobre elas; tinham seu Benfeitor em pouca estima.Fez subir. A carreira de Israel como nação começou com um ato de redenção. A libertação da escravidão egípcia é frequentemente referida como um exemplo supremo da miraculosa intervenção de Deus em favor de Seu povo (Êx 20:2; Dt 7:8; Is 63:10-14; Os 2:15; 11:1; 12:9, 13; 13:4; Am 2:10; Mq 6:4; etc.).Através do deserto. O fato de Deus ter preservado uma vasta multidão dos perigos e das privações do deserto foi uma manifestação maravilhosa de Seu poder onipotente, de Sua bondade e de Seu cuidado (ver com. de Dt 32:10).Sombra de morte. Ver com. do SI 23:4. |
Je.2:7 | 7. Numa terra fértil. Literalmente, “a terra do pomar ”, isto é, “uma terra cultivada para vinhas e árvores frutíferas”, um contraste com a “terra de sequidão” através da qual Israel atravessara a caminho de Canaã.Terdes. A mudança da terceira para a segunda pessoa torna mais pessoal a aplicação da mensagem.Minha herança. Ver Lv 25:23; Dt 11:12; cf. 18:25, 27, 28; Nm 35:34. |
Je.2:8 | 8. Os sacerdotes. Este versículo descreve a criminalidade das três classes de governantes: os sacerdotes, os pastores e os profetas (ver com. do v. 26; Mcj 3:11).Os que tratavam da lei. Os sacerdotes deveriam ser peritos na lei (ver com. de Dt 31:9; SI 19:7; Pv 3:1) e deveríam explicá- la ao povo (Dt 33:10; Ml 2:6, 7).Os pastores. Esta expressão designa os líderes responsáveis, na teocracia de Israel, tanto os civis quanto os religiosos (ver Jr 3:15; 10:21; 22:22; 25:34-36; 1 Rs 22:17; Is 44:28; Ze 10:3: 11:5). |
Je.2:9 | 9. Pleitearei. Do heb. ríb, ‘contender”, 'conduzir um caso jurídico” (ver ls 3:13; 57:16). Deus ainda julgaria Suas acusações contra Seu povo rebelde. Ele pleitearia por meio dos juízos infligidos a eles (ver com. de SI 74:22). |
Je.2:10 | 10. Passai às terras do mar. Ou,“passai para as ilhas” ou “passai para as terras costeiras”. Os hebreus foram advertidos a atentar para as outras nações a fim de observar a fidelidade desses povos aos deuses pagãos e contrastar essa fidelidade com a infidelidade de Israel em relação ao verdadeiro Deus.Mar de Chipre. Ou, “Quitim” (ARC). Denota os gregos em geral (ver com. de Gn 10:4).Quedar. Um dos filhos de Ismael, que se tornou ancestral de uma tribo nômade que vivia no deserto da Arábia (ver com. de Gn 25:13).Vede se jamais sucedeu. Os israelitas demonstraram o desejo de imitar as nações vizinhas (ISm 8:5, 19, 20), mas não na questão da lealdade desses povos à religião. Uma investigação diligente de leste a oeste não apresentaria um exemplo similar de infidelidade como ocorria em Israel. |
Je.2:11 | 11. Houve alguma nação [...]? A pergunta sugere uma resposta negativa. As nações idólatras rejeitavam sua religião ancestral apenas em casos extraordinários. Ainda hoje, muitos adeptos das religiões pagãs sãomais fiéis a seus deuses do que cristãos nominais, ao único Deus verdadeiro.Posto que não eram deuses? A tradução da frase, literalmente, seria: “e eles não são deuses”. O “ainda” traduz uma conjunção hebraica e não deve ser interpretado como um advérbio temporal. Os deuses das nações eram irreais. Os deuses que os ídolos representam não existem.Trocou a sua Glória. Israel trocou o real pelo irreal, e a verdade pela falsidade (ver SI 106:20; Rm 1:23). A “sua Glória” era Deus, a fonte de toda a prosperidade (ver Dt 10:21; lSm 4:21; SI 3:3). Em outros lugares, fala-se de Deus como a 'excelência” ou, mais precisamente, a “soberba” de Israel (Am 8:7; Os 5:5). As outras nações poderiam ter abandonado seus falsos deuses sem nenhuma perda pessoal. No entanto, ao abandonar seu Deus, Yahweh, Israel agiu não apenas de forma contrária ao costume de outras nações como também em contradição aos ditames da razão. |
Je.2:12 | 12. Espantai-vos. A impiedade de Israel é tão terrível que o profeta, nesta personificação apaixonada, convocou os céus para que pasmassem de assombro. |
Je.2:14 | 14. Servo. Do heb. ‘eved, que pode denotar um servo assalariado ou em escravidão.A pergunta do profeta exige uma resposta negativa. Não! Israel não é um escravo. Israel é o filho primogênito de Deus (Ex 4:22).Servo nascido em casa. Em geral, os escravos eram divididos em duas classes: os capturados na guerra ou comprados, e os nascidos e criados na casa de seu mestre. O propósito de Deus era que Israel tivesse domínio e não tosse mantido em servidão.Por que, pois, veio a ser presa? Literalmente, “por que se tornou em presa?” > O povo não podia culpar a Deus pela perda da liberdade. A tragédia era resultado de seus próprios atos (ver v. 17). As pessoas não deveríam culpar a Deus por seus próprios erros. Por meio de suas decisões, elas mesmas determinam seu destino. |
Je.2:15 | 15. Leões novos. Os invasores estrangeiros, assim chamados por causa de sua força e violência (ver Is 5:29, 30). Os opressores e os tiranos geralmente são comparados a leões (Jó 4:10, 11; SI 58:6; jr 4:7; 50:17; Ez 19:3, 6; Na 2:11, 12). |
Je.2:16 | 16. Mênfis. Uma antiga capital do baixo Egito (norte), 22,4 km ao sul de Cairo, na margem oeste do Nilo. O nome hebraico Nofa ou Mof (Os 9:6), foi talvez uma corrupção da metade do nome egípcio Men- nefer. A cidade era chamada de Mempi ou Mimpi, em assírio, daí vem o nome grego Mênfis. Suas ruínas estão próximas a Mít Rahineh. Desde tempos antigos, Mênfis foi o centro de adoração do deus Ptah. Na época de jeremias, Mênfis continuou a ser uma das primeiras cidades do Egito e era famosa por sua população cosmopolita.Tafnes. Normalmente, identificada com Dafne, no leste do Delta. Esta cidade se destaca na história da última fase do ministério de jeremias (Jr 43:7-10). Neste versículo, Mênfis e Tafnes designam os egípcios que infligiram danos sobre Judá. |
Je.2:17 | 17. Tudo isto não te sucedeu [...]? Ver Jr 4:18; cf. Sl 107:17. O profeta salientou a verdadeira causa das calamidades. Deusnão abandonou Seu povo; este O abandonou. Ele conduziu os filhos de Judá para o verdadeiro caminho da vida, mas eles escolheram outra direção. |
Je.2:18 | 18. Agora. Do heb. weattah, uma fórmula comum para tirar uma conclusão do que foi declarado. O “agora” é lógico, não temporal.Indo ao Egito. Profetas anteriores denunciaram a tentativa de assegurar a liberdade da Assíria por meio de uma aliança com o Egito (Is 30:1-7; 31:1-3; ver Os 7:11, 16). Neste versículo, Jeremias pergunta: O que se ganhará com esta aliança?Um cristão bem pode se perguntar: “O que tu tens no caminho do Egito, em seus pecados ou em seus prazeres?”Águas do Nilo. Do heb. Shichor, que vem da palavra egípcia Shi-hor, que significa “as águas de Hórus” (sobre as três possibilidades, ver com. de Is 23:3; Js 13:3; lCr 13:5). A localização exata é desconhecida.Eufrates. O heb. só diz “o rio” (ARC), porém, é evidente que se trata do Eufrates (ver Gn 31:21; Êx 23:31; ver com. de Nm 22:5). A LXX traz “rios”, como se incluísse o rio Tigre e o Eufrates. Neste versículo, “rio” é utilizado de forma figurada como o poder assírio. |
Je.2:19 | 19. Castigará. Melhor seria “disciplinará”' ou “punirá”.Infidelidades. Do heb. meskuvoth, “apos- tasias”, “afastar-se” ou ‘‘deserções”, uma palavra frequente em Jeremias. Das 12 ocorrências no AT, nove estão neste livro (Jr 2:19; 3:6, 8, 11, 12, 22; 5:6; 8:5; 14:7).Que mau e quão amargo. Definido como um mau duplo: (1) apostasia e (2) indiferença para com Deus. |
Je.2:20 | 20. Quebrava Eu. A LXX e a Vulgata apresentam “tu quebraste”, o que é mais consistente com o uso da segunda pessoa no restante do versículo. O jugo e as ataduras se referem à disciplina e orientação do Senhor (ver Jr 5:5).Não quero servir-Te. Literalmente, “eu não servirei”, uma tradução apoiadapela LXX e pela Siríaca. A leve mudança em uma letra dá a tradução “nunca mais transgredirei” (ARC). Esta última tradução é encontrada nos Targuns e foi preferida pelos eruditos judeus que pontuaram o texto hebraico, indicando a vocalização das palavras. O pensamento parece ser que Israel estava declarando sua independência e afirmando sua liberdade em relação ao serviço a Deus (ver v. 31).Todo outeiro alto. Uma designação para os vários lugares sagrados onde os sacrifícios eram oferecidos a Baal ou onde eram praticados os ritos lascivos a Aserá e Astarote (ver Dt 12:2; ]Rs 14:23; 2Rs 16:4; 17:10; Is 57:5, 7; Jr 3:6, 13; 17:2; Ez 6:13).Deitavas. Do heb. tsaah, “deitar como uma prostituta”, no claro adultério espiritual da idolatria (ver com. de Ex 34:15). |
Je.2:21 | 21. Vide excelente. Do heb. soreq. Uma espécie seleta de videira oriental, que produzia uvas vermelho-escuras (ver Dt 32:32; SI 80:8, 9; Is 5:1-7; Os 10:1).Como, pois [...]? A perversão degra- r* dante de Israel não era resultado de negligência por parte de Deus, mas da perversidade do próprio povo. |
Je.2:22 | 22. Laves. Do heb. luibas, “purificar” ou “encher ’, isto é, "limpar e amaciar [roupas] batendo-as ou pisando-as na água”. A auto- expiaçâo de pecados é impossível. Mesmo assim, em todas as épocas, as pessoas têm se esforçado para isso.Salitre. Mineral alcalino, natro ou carbonato de sódio, extraído de jazidas em determinados lagos alcalinos no Egito. O material era coletado nos tempos antigos para fazer soda cáustica para limpeza e clareamento das roupas (ver Pv 25:20). O produto não deve ser confundido com o que passou a ser denominado de salitre, que é potássio ou o nitrato de sódio.Potassa. Não é sabão, mas um vegetal alcalino obtido da queima de determinadas plantas e usado para limpeza de roupas.Mácula. Literalmente, “manchado” ou “contaminado” (ver Is 1:18). |
Je.2:23 | 23. Como podes dizer[...]? Evidentemente, esta pergunta é uma tentativa do profeta de se antecipar à justificação própria desses pecadores. Parece que os moradores da judeia repetidas vezes expressaram essa objeção (ver v. 35). Uma vez que josias reavivou a adoração pública a Yahweh, o povo se persuadiu de que adorava o verdadeiro Deus, a despeito do fato de os ritos idólatras ainda estarem em uso (ver Jr 9:13, 14).Baalins. Uma transliteração do plural hebraico para Baal. A palavra é equivalente a “deuses estranhos” (jr 1:16).No vale. O profeta fundamentou suas acusações por meio de um apelo aos latos. Jeremias se referia, possivelmente, às abomi- nações realizadas no vale do filho de Hinom, a sudoeste de Jerusalém (Jr 7:31, 32; 19:2, 6, 13, 14; 32:35). Sobre o canto sul da colina com vista para o vale, Salomão erigiu um alto para Moloque, o deus de Amom (ver com. de lRs 11:7). Periodicamente, os reis idólatras posteriores restabeleceram os terríveis ritos nas mesmas proximidades. Acaz e Manassés “queimaram seus filhos’’ (2Rs 16:3; 21:6; 2Cr 28:3; 33:6). Para acabar com as abo- minações deste vale, o bom rei Josias profanou o local com ossos e entulho (ver com. de 2Rs 23:10).Dromedária. Do heb. bikrah, “uma jovem camela”, representada aqui como estando no cio. Indica o ardor com que o povo de Israel se dedicava à idolatria. |
Je.2:24 | 24. Jumenta selvagem. Em seu fervor, Israel se assemelha a esta criatura selvagem e descontrolada (ver Jó 24:5; 39:5).Sorve o vento. No auge do cio, ela sorve o vento para saber onde encontrar o jumento selvagem.Não têm de fatigar-se. Ela procura o jumento; ele não precisa se cansar para procurá-la. Da mesma forma os falsos deuses não precisam procurar o favor de Israel.Em sua luxúria selvagem, Israel os perseguia (Ez 16:34; ver Os 2:7).Mês dela. A época do acasalamento dela. |
Je.2:25 | 25. Guarda-te de que os teus pés.O sentido parece ser que Israel parasse com a corrida louca atrás dos ídolos, ao ponto de seus pés ficarem expostos e sua garganta, seca.Não, é inútil. De nada serve a exortação. A nação de Judá está determinada a seguir seu caminho pecaminoso. Ela argumenta que foi longe demais para voltar atrás.Estranhos. Ou seja, deuses estranhos (verjr 3:13; Dt 12:2; 32:16). |
Je.2:26 | 26. Assim se envergonham os da casa de Israel. Melhor seria: ‘‘a casa de Israel será envergonhada”. O tempo verbal empregado neste versículo pode ser considerado como tempo perfeito, de certeza profética. Essa forma verbal descreve um evento ainda no futuro como uma ação completa, enfatizando a certeza de cumprimento. Neste versículo, pode haver um jogo de palavras com a palavra “envergonha”, do heb. bosheth. Algumas vezes, bosheth foi usada como designação de opróbrio a Baal (ver Jr 11:13; Os 9:10). Israel escolheu servir a "vergonha” e não a Deus, e a recompensa dela pode não passar de uma vergonhosa exposição de sua impiedade (ver Jr 6:15; 8:9).Seus reis. Isto pode ser comparado às três classes de líderes mencionadas no v. 8. |
Je.2:27 | 27. Pedaço de madeira. Literal mente, "uma árvore ", representando, neste versículo, o material com o qual um ídolo é fabricado (ver Is 40:20; 44:9; 45:20; Os 4:12).Tu és meu pai. Referência à extrema loucura de se atribuir a produção e o sustento da vida a um pedaço de madeira. O Senhor destacou a inutilidade da adora- t> cão aos ídolos a fim de demonstrar que a transgressão de Israel era imperdoável.À pedra. Isto é, um ídolo feito de pedra (ver Dt 4:28; 28:36, 64; 29:17; 2Rs 19:18; Jr 3:9; Ez 20:32).Tu. O pronome traduzido como “tu” é feminino; assim, a pedra é indicada como a mãe.Viraram as costas. Um gesto de desprezo e aversão (verjr 7:24; 18:17; 32:33).Em vindo a angústia. Comparar com SI 78:34; Is 26:16. As dificuldades geralmente chamam as pessoas à razão (ver Os 5:15). |
Je.2:28 | 28. Onde, pois, estão os teus deuses? Comparar com Dt 32:37, 38; ver com. de Jz 10:14. O desafio foi feito não para se zombar dos habitantes de Judá, mas para aprofundar neles a consciência da terrível apostasia e levá-los a reconhecer a verdadeira fonte de auxílio e esperança (ver Is 43:11, 25; 51:12).Eles que se levantem. Uma insinuação da inércia e da impotência dos deuses pagãos (verjr 10:15; is 46:7).São tantos como as tuas cidades. Cada cidade tinha seu deus tutelar (ver jr 11:13). |
Je.2:29 | 29. Por que contendeis comigo? O povo não tinha motivos para reclamar. A rebelião deles foi muito declarada para ser encoberta. Por que eles ainda tentavam se justificar? Qualquer pretensão às antigas promessas de Deus foi perdida por causa de suas transgressões. |
Je.2:30 | 30. Em vão. Os v. 30 a 32 reafirmam a ideia (ver v. 5) de que Deus não pode ser culpado em absoluto pela rebelião de Judá.Vossos filhos. Referência aos filhos ou ao povo de Judá. Algumas vezes, as cidades de Judá foram representadas de forma figurada como mães, e os habitantes, como filhos (ver Lv 19:18; J1 3:4-6; Zc 9:13).Vossos profetas. Foram enviados profetas para reprovar as loucuras do povo e exortá-lo a corrigir seus caminhos (ver 2Cr 36:15, 16; Ne 9:26; Mt 23:29-31; At 7:52). O auge dessa violência contra os mensageiros de Deus ocorreu durante omeio século de reinado do ímpio Manassés (2Rs 21:16). Isaías toi um dos primeiros mártires entre os profetas a cair (PR, 382; ver Ellen G. White, Material Suplementar sobre Is 1:1). |
Je.2:31 | 31. Um deserto? Como no v. 5, Deus desafia o povo a dizer que maldade Ele havia feito para que o povo Lhe desse as costas. Foi Deus para eles como um lugar estéril, de onde não houve o sustento? Na verdade, Deus foi a fonte de suprimentos de Judá para todas as necessidades da vida (ver com. de Dt 32:13, 14; Ne 9:15).Somos livres. Em hebraico, esta frase se expressa com uma forma verbal irregular que, segundo a tradição massorética, deriva da raiz rud, que significa “vaguear” ou “perambu- lar”. A afirmação poderia então sugerir que queriam se livrar da autoridade de Deus (ver com. do v. 20) e seria uma declaração de independência e autossuficiência. Na verdade, as pessoas estariam dizendo: “Vamos perambu- lar à vontade. Faremos o que nos agrada. Nós somos nossos próprios mestres e não respeitaremos leis, sejam elas humanas ou divinas.”No entanto, o radical pode ser radad e não rud, em que a frase seria traduzida como: “somos subjugados”. A LXX registra: "não seremos governados”. Um dos manuscritos da LXX traduz: “não seremos escravizados”. A tradução grega de Áquila e a Vulgata apoiam a tradução “estamos nos rebelando”. |
Je.2:32 | 32. Adornos. É natural que a noiva valorize as recordações exteriores de seu casamento.Meu povo se esqueceu. Judá fez mais que esquecer as recordações exteriores do casamento. A nação se esqueceu de seu Esposo (ver Jr 3:14). |
Je.2:33 | 33. Como dispões bem. judá é representada como uma prostituta que se enfeita para buscar relações ilícitas com as nações estrangeiras e os ídolos delas e se esquece de Deus, sua verdadeira glória.Mulheres perdidas. Isto é, as mulheres malignas, como indicado pelo pluralhebraico feminino. Judá se tornou tão vil que até as mulheres malignas aprendiam com ela. A impiedade do povo escolhido de Deus não apenas confirmava os pagãos na idolatria deles, como também lhes ensinava novos caminhos para praticá-la. |
Je.2:34 | 34. Pobres e inocentes. Entre estes estavam, sem dúvida, os que sofreram por causa da injustiça (ver Jr 7:6; 19:4; 22:3, 17; Mq 3:10), as crianças sacrificadas a Moloque, os profetas e outros mártires que foram assassinados, especialmente durante o reinado de Manassés (ver jr 2:30; 2Rs 21:16; 24:3, 4).Não surpreendidos no ato de roubar. Do heb. machtereth, “uma ruptura [em uma casa]”, o ato de entrar violenta e ilegalmente em uma casa como num assalto. A frase inteira pode ser traduzida como: “não são encontrados no ato do roubo”. Esta tradução sugere que os inocentes, que foram assassinados, não tinham sido apanhados em nenhum delito (ver v. 30). Se os assassinados fossem culpados de crimes sérios como o de “violação”, a lei não teria atribuído responsabilidade criminal aos que os mataram (ver com. de Ex 22:2). No entanto, os mártires eram “pobres e inocentes e não criminosos”. A situação, conforme descreve este versículo, denotava claramente que a nação judaica era culpada e que Deus não precisaria investigar. |
Je.2:35 | 35. Estou inocente. A nação parecia estar inconsciente de sua culpa. Talvez o povo se iludisse ao achar que a reforma externa de josias desviara a ameaçadora ira de Deus, embora tivesse caído fundo no pecado durante o reinado de Manassés (2Rs 22:17).Entrarei em juízo. Ou, “trarei juízo”, isto é, com a intenção de punição. |
Je.2:36 | 36. Que mudar leviano [...]? Isto é, por que a nação mudou sua política com tanta pressa e alterou suas alianças?Do Egito serás envergonhada. O rei Acaz formou alianças com o rei da Assíria,para sua desgraça e ruína (ver 2Rs 16:10; 2Cr 28:16-21). O profeta predisse que uma aliança com o Egito resultaria na mesma vergonha e contusão. A profecia foi cumprida literalmente no reinado de Zedequias (jr 37:5-10). |
Je.2:37 | 37. Daquele. Isto é, do Egito.Sairás de mãos na cabeça. Umaexpressão de profunda tristeza e absoluto desespero (ver 2Sm 13:19).Em quem confiaste. Isto é, aqueles nos quais Judá confiava ou colocava sua esperança.Capítulo 3alto e debaixo de toda árvore frondosa e se deu 4 ali a toda prostituição.A sua pérfida irmã |udá viu isto.porque Eu sou compassivo, diz o Senhor, e não manterei para sempre a Minha ira. |
Je.3:1 | 1. Eles dizem (ARC). Do heb. lemor, literalmente, "dizendo”. Não é indicada a ligação desta forma verbal com o contexto. Os comentaristas oferecem várias explicações para construções anômalas como esta. Neste caso, apontam-se as seguintes razões; (1) Está conectada com “rejeitou” (Jr 2:37). (2) Uma linha traduzida originalmente como “a palavra do Senhor veio a mim, dizendo'’ foi tirada do texto original. restando apenas uma palavra. (3) No hebraico, é um equivalente ineomum para “isto é", ou "por exemplo”. (4) Há uma elipse, e a palavra deveria ser traduzida por alguma frase como: “Costuma-se dizer” ou “pode-se dizer”. Seja qual for a tradução adotada, ainterpretação do que segue permanece inalterada. Na LXX e na versão Siríaca nada aparece em lugar desta forma verbal.Repudiar. Alusão a uma lei mosaica específica (Dt 24:1-4). Se esta mensagem profética foi pronunciada depois da descoberta do livro da lei e o consequente reavi- vamento do interesse no conteúdo do livro (2Rs 22:10, 11), a ilustração teria uma força especial. No entanto, a data da mensagem não pode ser definida. Ao mesmo tempo, Jeremias pode ter aludido à experiência e à mensagem de seu antecessor, Oseias. Como uma ilustração do relacionamento de Deus com um povo desobediente, Oseias tomou de volta sua esposa adúltera (Os 2:14, 16,Aquele tornará a ela? O verbo pode ser entendido como 'ele deveria voltar”?Aquela terra. Ver com. de Dt 24:4.Muitos amantes. Porque Judá se uniu em solene relacionamento de aliança com Deus, a procura por outros deuses foi considerada como adultério espiritual. Ela era culpada não apenas de um único caso de infidelidade, mas de andanças persistentes e repetidas em busca de vários deuses.Torna. Há incerteza quanto à correta tradução da forma verbal (shov). A Siríaca, os Targuns, a Vulgata, a KJV e a ARA traduzem shov como um imperativo. Isso faz com que o Senhor diga, na realidade: “Embora, de acordo com os regulamentos jurídicos, Eu não deva receber você, retorne para Mim.” O convite para voltar é a ideia fundamental neste discurso (Jr 3:12, 14, 22; 4:1; Zc 1:3), e o imperativo não estaria fora de lugar aqui. No entanto, shov está na forma masculina, enquanto Deus se dirige a Seu povo, o qual é representado pela figura de uma mulher. O pronome feminino ocorre antes no versículo, e já que a ilustração não mudou, seria natural esperar uma forma feminina do verbo. Por outro lado, muitos eruditos modernos, seguindo a LXX, traduzem a frase como uma pergunta, considerando shov como o infinitivo “retornar’ . A declaração, então, expressa admiração ou surpresa de que Judá esperaria voltar. A TB diz “pensas tu em voltar?” e a NVI, “quer voltar para Mim?”. Essa interpretação parece se harmonizar melhor com o v. 2. Certamente antes que Deus pudesse receber esses peregrinos de volta, deveria existir alguma evidência de mudança da parte deles, bem como de seriedade de propósito. |
Je.3:2 | 2. Altos. O cenário dos adultérios espirituais de Judá (ver 2Rs 21:3; cf. Jr 2:20).Nos caminhos. Como uma prostituta, para atrair os transeuntes (ver Gn 38:14; Pv 7:12; Ez 16:24, 25).Como o arábio. O afã de Judá pelos ritos idólatras dos cultos à natureza é comparado ao bandido do deserto que fica à espreita para atacar uma caravana. |
Je.3:3 | 3. Retiradas as chuvas. Como Deus predisse (ver Lv 26:19; ver com. Dt 28:23, 24), a seca ocorreu em consequência da apostasia de Seu povo (ver Jr 14:1-6).Chuva serôdia. A chuva serôdia caía em março e início de abril, enquanto a chuva temporã precipitava-se em outubro e novembro (ver com. de Dt 11:14; Jr 5:24; J1 2:23). Ambas eram essenciais para uma colheita abundante.Fronte de prostituta. A imagem indica atrevimento, obstinação e falta de vergonha (Jr 6:15; 8:12; cf. Ap 17:5). A aflição não causou nenhuma impressão em Judá.E não queres ter vergonha. Melhor seria "tu não tens”. |
Je.3:4 | 4. Agora mesmo tu Me invocas.Possivelmente, uma referência às reformas de Josias, que começaram no 12U ano do reinado dele e culminaram na grande celebração da festa da Páscoa, seis anos mais tarde (2Cr 34:3; 35:19). Embora o rei fosse fervoroso, a resposta do povo foi, em grande parte, superficial.Guia (ARC). Do heb. alluf, “um amigo” (ARA) ou “alguém íntimo”; usado neste versículo como “esposo” (ver com. de Pv 2:17). |
Je.3:5 | 5. Conservarás [...]? Isto parece ser uma continuação do suposto discurso iniciado no v. 4. O povo expressa a confiança de que a ira do Esposo divino passará, a despeito de sua infidelidade.Assim Me falas. E estabelecido um nítido contraste entre as palavras capciosas de Judá e seus caminhos idólatras.A mais não poder. Ou, “que conseguiste”. Judá empregou todas as forças para fazer o mal. |
Je.3:6 | 6. Disse mais o Senhor. O profeta compara as atitudes idólatras de judá e de Israel. Judá eslava inclinada a considerar com desprezo as tribos do norte, que foram levadas cativas pela Assíria. Jeremias salientou que a culpa de Judá era maior.Dias do rei Josias. Isto ocorreu nos primeiros anos do ministério de Jeremias (ver p. 5). Talvez tenha sido apresentado logo após a tentativa de Josias de limpar a terra da idolatria e restabelecer o culto puro ao verdadeiro Deus.Viste o que fez a pérfida Israel? Osisraelitas foram levados cativos cerca de 100 anos antes. “Viste” é usado no sentido de “consideraste”.Virou as costas (NTLH). Do heb. meshuvah, “voltar atrás”. Israel era a pérfida irmã de Judá.Foi. A forma verbal hebraica pressupõe uma prática habitual (ver Jr 2:20). |
Je.3:7 | 7. Voltaria. Talvez melhor, "ela voltará” (BJ). O heb. tashuv pode ser traduzido das duas formas, no entanto, visto que a primeira tradução admite que o indicado é masculino, e a nação de Judá é claramente referida neste versículo no feminino, é mais lógico adotar a última tradução.Sua pérfida irmã. Isto pode ser comparado com Ezequiel 16:46; 23:2, 4. Israel rompeu abertamente sua ligação com Yahvveh; Judá professava lealdade, porém, ao mesmo tempo, agia com engano. A falta de sinceridade de Judá era pior aos olhos de Deus do que a impiedade declarada de Israel. À infidelidade de Israel, Judá acrescentou engano e hipocrisia. |
Je.3:8 | 8. Vi. A Siríaca e vários manuscritos gregos traduzem: ‘ela viu”. Esta tradução também é apropriada ao contexto.Despedi. O repúdio do reino do norte e a perda da vida nacional de Israel ocorreram na época do exílio assírio (2Rs 17:6, 18). |
Je.3:9 | 9. Ruidoso. Do heb. qol, do radical qalal, "esnobar”, "ser ágil", “ser insignificante”.Este parece ser o único caso em que a palavra qol tem este significado. A LXX apoia esta interpretação com a tradução eis outhen, literalmente, "para nada”. De acordo com esta interpretação, Judá não deu importância ou “fama” (ARC) à sua fornicação.Poluiu. Ver Jr 2:7.Pedras e árvores. Os ídolos dela (ver Jr 2:27). |
Je.3:10 | 10. Todo o coração. A reforma de Josias (v. 6) foi um aparente retorno a Deus. Contudo, no íntimo do coração, o povo ainda se agarrava aos ídolos. Os cidadãos de Judá caíram em idolatria declarada após a morte do rei (2Rs 23:31, 32; 2Cr 36:5-8).Fingidamente. Literalmente, “com falsidade” ou "com fraude”. Judá agiu com falsidade na reforma simulada. |
Je.3:11 | 11. Israel se mostrou mais justa. Ver com. do v. 7. A hipocrisia era tão ofensiva a Deus como a apostasia declarada (PP, 523). O fato de Judá possuir grandes privilégios intensificava sua culpa. Dentre as vantagens que Judá teve, destacam-se as seguintes: (1) A sucessão ininterrupta de reis descendentes da casa de Davi. Durante todos os anos de sua existência como reino, apenas uma dinastia governou. Como resultado, ela foi poupada das perturbações políticas que assolaram sua vizinha do norte. (2) A presença do templo dentro de suas fronteiras e a visível manifestação da presença de Deus no mesmo. (3) A presença da maioria dos sacerdotes e levitas dentro de suas fronteiras, representantes oficiais do culto a Deus. (4) O exemplo da queda de Israel durante um século.Apesar de todas essas vantagens, o povo de Judá se tornou infiel, hipócrita e orgulhoso. Consequentemente, a despeito de sua declarada apostasia, Israel era menos culpado que Judá (ver Ez 16:51, 52; 23:11; Mt 12:41, 42; Lc 18:14). “Quanto maior for o conhecimento da vontade de Deus, tanto maior o pecado daqueles que a desatendem” (PP, 584). |
Je.3:12 | 12. Norte. Neste versículo, as províncias do norte do império assírio, para onde foram exiladas as dez tribos (ver 2Rs 15:29; 17:6; 18:11; Jr 16:15; 23:8; 31:8). Os exilados foram convidados a se arrepender e retornar.Volta, ó pérfida. No hebraico, bá um jogo de palavras: a palavra para “voltar’’ é shuvah, e a palavra para pérfida é meshu- vah. Literalmente, a ordem é: “volte, ó pérfida Israel' (ver com. do v. 6). O apelo a Israel foi, sem dúvida, para estimular Judá ao arrependimento e ao zelo piedoso (ver Rm 11:14).Não farei cair a Minha ira. Literalmente, “não farei cair Meu rosto”. A expressão idiomática é ilustrada em Gênesis (cap. 4:5, 6; ver também Jó 29:24). Deus removería deles a condenação de Seu desagrado (ver Lv 17:10; SI 34:16).Eu sou compassivo. Esta promessa condicional se baseia na misericórdia de > Deus e é a esperança de todos os que confiam nela (ver Jr 3:5; cf. SI 86:15; 103:8, 9). |
Je.3:13 | 13. Reconhece a tua iniquidade. Arrependimento e reconhecimento do pecado devem preceder o perdão. É necessário ter coragem e reconhecer os pecados com franqueza (ver SI 51:3; Is 59:12; Jr 14:20). iNada deve ser mantido em oculto, nem serem apresentadas desculpas inúteis (ver com. de Pv 28:13).E te prostituíste. Ver jr 2:23; Ez 16:15, 24, 25, 36. Israel foi para um lado e para o outro em busca de formas de adoração novas e estranhas.Estranhos. Deuses estranhos (ver jr 2:25; Dt 12:2; 32:16). |
Je.3:14 | 14. Filhos. Como o pai na parábola de Jesus sobre o filho pródigo, Deus recebería a Seus filhos que vagavam numa terra distante.Sou o vosso esposo. Do heb. bdal, "apoderar-se de uma mulher como noiva ou esposa’’ ou “dominar”. A LXX, adotando o segundo significado, traduz a frase: "Eu te dominarei”. Observe as metáforasmisturadas neste versículo. Primeiramente, o povo de Israel é comparado a filhos que se afastaram, depois, a uma esposa que deixou seu marido (ver Jr 31:32; cf. Is 54:5; Os 2:19, 20).Um de cada cidade. O profeta contemplava o retorno de uma minoria. Os que se arrependessem verdadeiramente constituiríam um pequeno remanescente. Deus trataria a cada pessoa de forma individual.Família. Do heb. mish.pach.ah, “um clã” ou “uma subdivisão de tribo”. Neste versículo, "família" denota uma subdivisão maior que uma cidade, que, na verdade, incluiría várias cidade. O fato de dois serem tomados de uma “família” e apenas "um” de uma cidade, apoia ainda mais a ideia (ver Gn 10:5; 12:3; cf. 22:18). Deve ser observado que a palavra para “cidade” pode indicar uma unidade de qualquer tamanho, desde uma vila até uma grande cidade. |
Je.3:15 | 15. Pastores. Ver com. de jr 2:8.Segundo o Meu coração. Davi foi chamado um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13:14; SI 89:20; At 13:22). Os pastores escolhidos por Deus são contrastados com os reis de Israel, nomeados não por Deus, mas segundo os desejos da nação (ver Os 8:4). Esses reis levaram a nação à apostasia e ruína. |
Je.3:16 | 16. Quando vos multiplicardes. Verjr 23:3; Ez 36:11; ver também Dt 8:7-20.A arca da Aliança. A arca era o símbolo da permanente presença do Senhor. Como tal, era um objeto de profundo respeito. Sobre ela era revelada a glória do sheki- nah, o símbolo visível da presença do Deus Altíssimo. Ela era o centro do serviço simbólico de Israel. Jeremias predisse a vinda de um tempo quando Deus estabelecería Sua morada na terra. A presença real de Deus tornaria obsoleto o símbolo de Sua presença. A experiência do antigo Israel teria sido gloriosa se o povo tivesse aceito o plano de Deus (ver p. 14-17). |
Je.3:17 | 17. Trono do Senhor. Se Israel tivesse atendido à luz celestial, Jerusalém teria sido estabelecida como “a poderosa metrópole da Terra'" (DTN, 577; ver p. 17).Todas as nações. Ver ls 66:18; Zc 14:16.Dureza. Ver Jr 11:8. |
Je.3:18 | 18. Com a casa de Israel. Israel e judá sairiam simultaneamente da terra do cativeiro, e a unidade nacional seria restaurada (ver Is 11:12, 13; I./ 37:16, 17; Os 1:11; cf. Ef 2:14-16; 3: 6). A inimizade que existia entre os dois povos irmãos desaparecería, e ambos se voltariam para Deus (ver Jr 30:3, 10, II; 31:31-33; 50:4, 5).Terra do Norte. As terras do cativeiro: Assíria (ver com. do v. 12) e Babilônia (ver com. de jr 1:14; cf. 16:15; 23:8). Depois desta frase, a LXX traz “e de todas as terras” (cf. 32:37). |
Je.3:19 | 19. Como te porei? Possivelmente, deve ser entendida como uma exclamação, não como uma pergunta.Entre os filhos. Há considerável divergência cie opinião quanto ao significado desta frase. Alguns consideram “filhos” como as outras nações dentre as quais Israel estava para receber sua herança. Contra essa interpretação está o lato de que Judá é apresentada como a esposa de Yahweh (neste versículo, a palavra para “te” é feminina). No entanto, parece incompatível considerar uma esposa (v. 20) como se fosse filha. Outros tomam esta frase como paralela ao pensamento da primeira parte do v. 16, como ? se Deus dissesse: “Como Eu a estabelecerei entre os filhos!’ A LXX traduz a passagem da seguinte forma: “Eu te estabelecerei entre os filhos.A terra desejável. Ou, “terra aprazível” (ver SI 106:24; Zc 7:14; cf. Dn 8:9; 11:16, 41).A mais formosa herança das nações?Isto é, uma herança mais gloriosa (ver Ez 20:6, 15). Muito da beleza e fertilidade da Palestina foi perdida.Pai. Ver v. 4. |
Je.3:20 | Sem comentário para este versículo |
Je.3:21 | 21. Ouviu uma voz. Numa transição rápida e dramática (v. 21-25) o profeta retrata seu povo como estando em confissão penitente e em arrependimento sincero.Nos lugares altos. Os antigos locais que foram o cenário da idolatria licenciosa são ilustrados como ecoando clamores e súplicas (ver jr 7:29). Segundo o costume oriental, lugares altos ou destacados eram geral mente escolhidos para a lamentação pública (ver jz 11:37; Is 15:2). |
Je.3:22 | 22. Voltai, ó filhos rebeldes. Ver com. do v. 12; cf. v. 14. A palavra para “convertei- vos’’ (v. 14) é a mesma traduzida aqui como “voltai”.Eu curarei. Ver jr 30:17; 33:6.Eis-nos aqui, vimos ter contigo. Esta pode ter sido a resposta do povo à oferta de perdão e restauração. O Senhor lhes deu “as próprias palavras com que podiam voltar a Ele” (PR, 410). |
Je.3:23 | 23. Os outeiros não passam de ilusão. Em hebraico, a primeira parte do versículo é muito breve e difícil de se entender. Traduz-se literalmente: “Certamente para a decepção dos outeiros, o tumulto, as montanhas.” Vários manuscritos hebraicos ligam as palavras “tumulto" e "montanhas” na frase: “o tumulto das montanhas”. A expressão correspondente a “dos outeiros”, na LXX foi traduzida como “os outeiros”. Apesar da dificuldade de tradução, o pensamento geral é claro. È feito um nítido contraste entre o inútil e ilusório culto idólatra e a segurança do culto a Yahweh. |
Je.3:24 | 24. Vergonhosa. Literalmente, “a vergonha”, isto é, a vergonhosa idolatria do povo (ver Jr 11:13; Os 9:10). O heb. bosheth, “vergonha” foi usado também como designação de opróbrio a Baal (ver com. de jr 2:26).Devorou. Alguns comentaristas indicam se referir ao grande número de ovelhas e gado sacrificados a divindades pagãs e às crianças queimadas como sacrifício a Moloque, deus de Amom (SI 106:38; jr 7:3.1).É mais provável que seja uma referência à ruína geral causada pela apostasia de Israel. |
Je.3:25 | 25. Deitemo-nos. O Senhor desejava completo reconhecimento do pecado e a aceitação da punição sem apresentação deescusas nem causas atenuantes para suas faltas. Uma pessoa em dor ou tristeza geralmente se atira ao chão ou no sofá (ver 2Sm 12:16; 13:31; 1 Rs 21:4) a fim de dar vazão às intensas emoções que a esmagam.Capítulo 4I Deus apela a Israel conforme a Sua promessa. 3 Ele exorta Judá ao arrependimento por meio de terríveis juízos. 19 Lamento pelas misérias de Judá.I 3 Eis aí que sobe o destruidor como nuvens; os seus carros, como tempestade; os seus cavalos são mais ligeiros do que as águias. Ai de nós! Estamos arruinados! |
Je.4:1 | 1. Ó Israel. É provável que se refira especii icamente às tribos do norte de Israel que estavam no exílio, embora alguns entendam que o termo é utilizado neste versículo num sentido geral. No v. 3, Deus Se dirige particularmente às pessoas em judá.Se removeres. Do heb. nud, “estar sem rumo", “estar sem lar”. A forma do verbo no particípio é traduzida como “errante”, em Gênesis 4:12 e 14.Abominações. Os ídolos deles (ver Dt 27:15; 29:17; 1 Rs 11:5, 7; 2Rs 23:13; 2Cr 15:8; Ez 20:7, 8). |
Je.4:2 | 2. Se jurares. Continua o sentido condicional que começa no v. I. jurar pelo nome do Senhor era um reconhecimento da supremacia de Deus (ver Dt 10:20; Jr 12:16; vercom. de Dt 6:13). Deviam parar de jurar em nome de outros deuses. Os judeus deveríam provar que Deus era supremo no pensamento deles.As nações. Agora é apresentada a conclusão da sentença condicional; “[entãoj as nações virão”, etc. Deus pretendia que a conversão de Israel resultasse na conversão das nações vizinhas (ver SI 102:13, 15; ver p. 16, 17). As bênçãos asseguradas a Israel foram, “nas mesmas condições e no mesmo grau, asseguradas a toda nação e a cada indivíduo sob o vasto céu” (PR, 500, 501),NEle. Isto é, no Senhor. |
Je.4:3 | 3. Homens de Judá. A exortação ao arrependimento e reforma é especii icamentemencionada neste versículo para o reino do sul.E Jerusalém. Uns poucos manuscritos hebraicos, a LXX, as versões latinas antigas, a Siríaca e os larguns traduzem “e os habitantes de Jerusalém ”.Lavrai para vós outros campo novo. O hebraico íaz um jogo de palavras com o sentido "cultivai terra não cultivada”. '‘Desbravai um novo campo’ (BJ).Não semeeis entre espinhos. Comparar com a parábola de Jesus, na qual se mencionam os diferentes tipos de solo (Mt 13:7, 22). A menos que os espinhos e o joio tossem removidos, eles sufocariam as sementes da verdade (ver Lc 8:7: T5, 53). Era necessário que Judá fizesse uma clara obra para se livrar da idolatria e dos males morais e sociais. Não bastaria uma meia reforma, como a que ocorreu sob Josias. |
Je.4:4 | 4. Circuncidai-vos. Todos os judeus eram circuncidados na carne, mas nem todos foram circuncidados "para o Senhor”. O profeta procurou revelar o verdadeiro sentido do rito e se opor a uma concepção formal e ritualista sobre ele. A circuncisão devia ser um símbolo da devoção do coração a Deus e uma marca de separação da idolatria (ver com. de Gn 17:10, II). Circuncidar o coração significava tirar toda a impureza (ver Dt 10:16; 30:6). A verdadeira circuncisão é interna, não externa (ver Rm 2:28, 29; Ep 3:3; Cl 2:11).Não haja quem o apague. O profeta comparou a ira de Deus contra o pecado ao fogo que não pode se apagar, até que tenha completado sua obra destruidora (ver jr 7:20). |
Je.4:5 | 5. Anunciai em Judá. Aqui o profeta começa um novo discurso. O tema é o mal vindouro. Ele começa descrevendo o preparo que um temível inimigo está fazendo para a invasão.Tocai. Este era um sinal de alarme que advertia o povo sobre o perigo iminente (ver Os 5:8; Jl 2:1).A trombeta. Do heb. shofar (ver vol. 3, p. 24).Gritai em alta voz. Literalmente, “grite, plenamente", significando “gritar a plenos pulmões”. O alerta levaria os habitantes a deixar o campo aberto e buscar ref úgio nas cidades fortificadas, com sua família e seus bens. O temor de exércitos invasores levou os recabitas a Jerusalém (ver Jr 35:11). |
Je.4:6 | 6. Bandeira. Ou, "estandarte" (ver com. de SI 60:4). Um sinal deveria ser colocado sobre um mastro elevado, para direcionar os refugiados a Sião.Fugi. Melhor seria "muros colocam em segurança'. O heb. 'uz quer dizer "refugiar- se . As famílias, com suas posses, deveríam se refugiar dentro das cidades muradas.Não vos detenhais. Ver Mt 24:16-18.Eu faço vir. Literalmente, "cu estou trazendo" (ÍN VI).Do Norte. Uma clara referência aos babilônios (ver com. dejr 1:14). Constantemente é declarado em jeremias que o mal viria do norte (ver Jr 1:13, 14; 6:1, 22; 13:20; 25:9).Eruditos têm defendido o ponto de vista de que esses invasores do norte eram os citas. O historiador grego Heródoto (i. 103- 107) declara que no reinado de Ciaxares I (c. 625-c. 585 a.C) esses bárbaros selvagens logo dominaram a Ásia. Além disso, ele narra como eles desceram do Cáucaso, derrotaram a Média, subjugaram a Asia (ocidental) e planejavam invadir o Egito. O rei egípcio Psamético 1, subornou-os com ricos presentes quando alcançaram a Palestina (ver vol. 2, p. 74).Embora alguns aspectos dessa invasão cita preencham a descrição de |eremias, como a direção da qual eles vinham, os movimentos rápidos deles, a língua estrangeira e a desolação que deixaram atrás de si, outras características não se encaixavam. Os citas não possuíam a habilidade ou a paciência para realizar um longo cerco, também não levavam para o exílio os povos derrotados.Além do mais, não há evidência histórica de que os citas tenham realizado uma invasão à Palestina em grande escala. Eles, possivelmente, apenas estavam a caminho do Egito e atravessaram a estrada para o vale de Esdraelom (ver com. de Jz E27) e a estrada litorânea para o sul. Não há referência de invasão a Judá pelos citas ou outros povos do norte durante a época de Jeremias. Nem mesmo Heródoto fala de ter ocorrido alguma invasão a Judá.Por outro lado, a descrição de Jeremias sobre a aproximação desse inimigo vindo do norte corresponde exatamente aos caldeus. Nabucodonosor é apontado especificamente como o invasor que partiría do norte (Jr 25:9). |
Je.4:7 | 7. Um leão. Uma figura de linguagem que retraía o irresistível poder e a ferocidade dos invasores caldeus (Jr 49:19; 50:J7, 44: ef. Gn 49:9; Pv 40:30; Is 5:29; Dn 7:4; Ap 5:5),Subiu. Jeremias está descrevendo a invasão futura com a vivacidade de um presente dramático.Das nações. A judeia e as nações vizinhas seriam atacadas e vencidas (ver Jr 25:9; 27:6).Ele já partiu. Do heb. nascí, “partir'’. Nascí tem o significado básico de “levantar estacas”, consequentemente, “levantar acampamento", cie onde é derivado o sentido de "partir".Desolação. Literalmente, “um horror". As constantes invasões caldeias deixaram a terra de Judá quase desabitada (ver Jr 2:15; 39:9). |
Je.4:8 | 8. Cingi-vos, pois, de cilício. Um vestuário frouxo ou peça de vestuário feita de fios escuros e grossos, panos de saco (ABC), usada em luto e humilhação (ver com. de Gn 37:34).Não se desviou. Os nobres esforços de fosias para uma reforma não foram suficientes. Ainda prevalecia grande parte da maldade introduzida no reinado de Manassés (ver com. de 2Rs 24:3). |
Je.4:9 | 9. Perderão a coragem. O v. 9 descreve a reação dos líderes diante da invasão iminente. “Desfará o coração (ARC) é uma expressão idiomática para a falta de coragem.Os profetas. Os falsos profetas seduziam o povo com um falso senso de segurança. Eles estavam consternados em vista do não cumprimento de suas preclições. |
Je.4:10 | 10. Enganaste a este povo. Alguns encontram dificuldades com este versículo porque Deus parece ser acusado de fraude. Supõe-se que Jeremias é quem fala. O modo mais natural de considerar a passagem é tomar as palavras do profeta como se fossem uma expressão dos seus sentimentos numa linguagem forte (ver Is 63; 17; |n 4:3, 4; etc.). O próprio jeremias utilizou linguagem similar (Jr 20:7). E possível que o profeta estivesse esperando o rápido cumprimento das promessas feitas antes (ver Jr 3:14-18). Ele também podia ter em mente as prolecias de 2 Samuel 7:12 a 16 e de I Reis 2:33, que prediziam a permanência da casa de Davi. Daí seu forte desapontamento na visão da ca 1 a m idade iminente.Entre outras sugestões, estão as que seguem: (1) Uma mudança na vogal, apontando para a tradução "e alguém dirá”, etc. O sujeito poderia ser alguém do povo ou algum dos falsos profetas. O Códice Alexandrino da LXX traduz: “Eles disseram”, e sem dúvida "eles” se refere aos falsos proletas. (2) As palavras são dos falsos proletas, ao constatar que suas predições de paz não ocorreram. (3) A passagem apresenta a Deus como fazendo o que Ele não impediu (ver com. de 2Sm 12:11; 16:22; 24:1), como se Jeremias dissesse: “ l u permitiste que eles fossem grandemente enganados pelos falsos profetas deles” (ver lRs 22:22; Is 63:17; Ez 14:9; 2Ts 2:11). (4) A declaração é uma interrogação: “Pode ser que Tu permitiste que 'leu povo tosse assim enganador” (5) A palavra traduzida como “enganou” deveria ser traduzida por “desapontou" ou deveria ser dadatorça permissiva, tornando a tradução da passagem em: “Tu permitiste a este povo ser grandemente enganado.” |
Je.4:11 | 11. Vento abrasador. Vento oriental seco e quente soprando do deserto era a maldição climática da região, devido à sua violência, calor e excessiva aridez.Altos. Do heb. shejuyim, “colinas desnudas iNão para padejar. Na Palestina, as brisas dominantes vinham do oeste. Esses ventos ocidentais refrescavam os trabalhadores da colheita e peneiravam os grãos. No entanto, um vento ocidental forte não era útil ou benéfico. Arruinava a vegetação e era muito violento para padejar os grãos. Era um mal sem mescla, um símbolo adequado do juízo sem misericórdia. |
Je.4:12 | 12. Um vento mais forte do que este. Possivelmente, significando um vento mais forte do que aqueles eficientes para joeirar e limpar. Este tipo de vento dispersaria o grão e a palha.Sentença contra eles. Este terrível vento oriental era símbolo dos juízos que viriam sobre os pecadores em judá e Jerusalém. Ele “sentenciaria" não por palavra, mas por ação. No hebraico, o pronome traduzido neste versículo como “eu” é enfático. |
Je.4:13 | 13. Eis aí que sobe. O sujeito não é indicado, mas sem dúvida se refere ao “destruidor" das nações (v. 7). O verbo hebraico é geralmente utilizado para saídas bélicas (ver com. de jz 1:1).Como nuvens. Possivelmente uma ilustração do surgimento repentino do destruidor para executar os juízos de Deus e da multidão dos exércitos invasores (ver Ez 38:16; jl 2:2).Tempestade. Uma ilustração que representa a rapidez do inimigo e a confusão resultante dessa invasão.Mais ligeiros do que as águias. Umailustração bíblica frequente (ver Dt 28:49; 2Sm 1:23; Jr 48:40; Lm 4:19; 11c 1:8).Ai de nós! Um clamor de terrível apreensão do povo, ao se encontrar irremediavelmente à mercê das forças invasoras (ver v. 20; Jr 9:18, 19). |
Je.4:14 | 14. Lava o teu coração. O arrependimento e a reforma do coração eram os únicos meios de livramento para Jerusalém. Uma reforma que não atinge o coração não pode salvar. As nascentes devem estar purificadas antes que a corrente possa ser pura. A árvore deve ser boa para que dê bons frutos (ver ls 1:16, 17; iVIt 15:19; 2Co 7:1).Sejas salva! Embora o livramento temporal dos juízos iminentes seja a referência primária neste versículo, a regeneração espiritual acompanharia uma verdadeira limpeza do coração (ver 2Ts 2:13; Tt 3:5). |
Je.4:15 | 15. Desde Dã. U ma designação da fronteira norte da Palestina (ver Dt 34:1), frequentemente mencionada com a fronteira sul, Berseba (Jz 20:1; lSm 3:20; etc.). Dã se estendia aos pés do monte Hermom. Originalmente, a cidade era uma colônia sidônia chamada Laís. Na migração para o norte, os danitas tomaram Laís e a nomearam como Dã (ver com. de Js 19:47). Quando Jeroboão escolheu Dã como o local para um dos bezerros de ouro (ver LRs 12:29), a cidade se tornou um conhecido centro de idolatria. Desde o extremo norte do território chegariam os primeiros relatos da aproximação do exército dos caldeus.Região montanhosa de Efraim. A menção de Efraim logo após Dã indica a rápida propagação das notícias do invasor ou a rápida aproximação dos próprios invasores. A fronteira de Efraim estava a pouca distância de Jerusalém (a respeito da localização e do significado da região montanhosa, ver Nota Adicional a 1 Samuel I). |
Je.4:16 | 16. Proclamai isto. O profeta convida as nações vizinhas a testemunhar a punição prestes a cair sobre o povo escolhido. A queda de Jerusalém serviria de alerta aos pagãos.Sitiadores. Os caldeus que sitiariam |erusalém manteriam vigilância tão atenta ;*que poucos escapariam (ver Is 1:8). |
Je.4:17 | 17. Como os guardas de um campo. Na Palestina, os campos cultivados não eram cercados. Os limites eram demarcados por pedras postas em intervalos, como marcos (ver com. de Dt 19:14). Os vigias protegiam as lavouras dos animais e dos saqueadores, leremias compara as tendas e fortificações do exército de Nabucodonosor às cabanas erigidas pelos pastores e cuidadores do campo, que protegiam os rebanhos, as manadas e a produção agrícola. |
Je.4:18 | 18. O teu proceder e as tuas obras. Esta frase pode ser compreendida como designando hábitos e costumes individuais. A frase ocorre frequentemente (Jr 7:3, 5; 18:11; 26:13; 35:15).Fizeram. Ver com. de jr 2:14; SI 107:17; verT'5, 120.Calamidade. O hebraico pode ter o sentido da própria iniquidade ou da calamidade resultante dela (ver com. de Jr 1:14). No contexto deste versículo, cabe melhor o termo utilizado pela ARA. |
Je.4:19 | 19. Meu coração! Um clamor de extrema angústia. Os hebreus consideravam as "entranhas" (ARC) como a sede das emoções fortes (ver Gn 43:30; 1 Rs 3:26). Este versículo consiste numa série de pronunciamentos abruptos e angustiados, que dão vazão à dor extrema que beira o desespero. Neste versículo, o profeta está expressando seus sentimentos em vista da calamidade vindoura. Foi revelada ao profeta a terrível destruição de desolação que eairia sobre Judá nos dias de Nabucodonosor (ver com. de jr 1:14). Suas palavras também descrevem os últimos dias de angústia que sobrevirão a um mundo impenítente (GC, 310; T9, 15). |
Je.4:20 | 20. Golpe sobre golpe. Eram recebidas notícias consecutivas de catástrofes (ver Dt 32:23; Ez 7:26).Terra. Do heb. erets, a palavra pode ser traduzida por “região’ ou “mundo". A destruição ilustrada neste capítulo tem sua aplicação primária na desolação da região de judá pelos exércitos babilônicos, mas também descreve as condições no grande dia de Deus, no fim dos tempos (Ed, 181; GC, 310).Destruída. Literal mente, “ruptura”, "ruína" ou "colapso .Minhas tendas. Expressão utilizada aqui para as habitações em geral.Lonas. Ou, "cortinas" (ABC; ver Jr 10:20; ls 54:2). |
Je.4:21 | 21. Até quando [...]? O clamor desesperado de alguém que não vê perspectiva de um rápido fim para a guerra.Bandeira. Ver com. do v. 6. |
Je.4:22 | 22. Deveras. Embora Deus não responda diretamente à pergunta sobre a duração desses juízos, Ele declara a razão moral deles. A conclusão é clara: enquanto Seu povo persistisse na loucura da rebelião, podia se esperar que continuassem os juízos ou castigos.Néscios. Literalmente, “tolos”. |
Je.4:23 | 23. Olhei. O profeta dá uma descrição gráfica do que lhe foi mostrado em visão profética. A expressão: “Olhei [...], e eis” ocorre quatro vezes (v. 23-26).Terra. Do heb. ‘erets, que pode ser traduzida por "região” ou “mundo” (ver com. do v. 20; sobre a aplicação da profecia ao presente imediato bem como ao futuro distante, ver com. de Dt 18:15; ver também p. 12-25). Em uma aplicação secundária, jeremias 4:23 a 27 pode também ser interpretado como uma descrição da desolação durante o milênio (ver GC, 659).Sem forma e vazia. A mesma frase é usada para descrever a Terra em seu estado original (Gn 1:2). No grande dia cie Deus, a Terra voltará parcialmente a essa condição (GC, 659; ver com. de Ap 20:1).Não tinham luz. Ver Gn 1:2; ver com. de Jr 4:24. |
Je.4:24 | 24. Eis que tremiam. O profeta descreve as condições durante o cerco de Jerusalémcomo íoram apresentadas a ele, em linguagem figurada (ver com. do v. 25).Estremeciam. Literalmente, “(oram agitados”. |
Je.4:25 | 25. Homem nenhum. Na cena apresentada ao profeta, não havia sinal de vida humana (ver com. de Jr 36:29; 44:22). |
Je.4:26 | 26. Terra fértil. Literalmente, “o pomar”, isto é, a porção mais produtiva de toda a região (ver com. de Jr 2:7). O que uma vez fora fértil se tornou como um deserto desolado. |
Je.4:27 | 27. Consumirei. Embora a destruição descrita fosse terrível, não seria a aniquila- ção final. O profeta predisse um retorno de Israel e de Judá ã terra deles (ver com. de Jr 3:14-18). Da mesma forma, a Terra ainda que seja reduzida à desolação durante o milênio, florescerá novamente (ver 2Pe 3:12, 13). |
Je.4:28 | 28. Por isso. Os elementos da natureza f» são personificados e representados comoestando de luto pela desolação da terra.Enegrecerão. Os céus são representados como que se encobrindo em negras nuvens de luto pela desolação da terra.Porque falei. A aflição vindoura era tão certa como a condição pecadora que suscitou a punição. |
Je.4:29 | 29. Dos cavaleiros e dos flecheiros.Nos monumentos, este é um modo característico de ilustrar exércitos assírios e caldeus.Todas as cidades. Ou, "cada cidade”. Os habitantes das cidades I:ugiriam enquanto os exércitos inimigos se aproximassem.Sobem pelos penhascos. Ou melhor: "entre as rochas”, “nas rochas”. Penhascos e cavernas foram utilizados frequentemente como lugares de refúgio durante a históriados judeus (ver Jz 6:2; ISm 13:6; 14:11; 24:3;Ninguém. No original, o heb. ‘ish, que corresponde a uma pessoa adulta do sexo masculino, em contraste com homem no sentido genérico (do heb. 'adam), como no v. 25. |
Je.4:30 | 30. Ó, assolada. Em hebraico, “tu” é feminino e se refere a Jerusalém (ver v. 31). Neste versículo, a cidade é personificada como uma mulher que se adorna em vão para agradar a seus admiradores.Por que fazes assim [...]? Que rumo “a filha de Sião” (v. 31) poderia seguir quando fosse sitiada pelos babilônios) O orgulho e a confiança dela são infundados porque a condição dela é desesperadora. Apesar de tudo, por que ela pretende ainda manter a esperança de que se salvará?Alarga os olhos. A referência é a um costume oriental feminino de colocar um pó mineral preto nas bordas das pálpebras (ver com. de 2Rs 9:30). Esse pó preto tinha um brilho metálico e fazia com que os olhos parecessem maiores e mais brilhantes.Os amantes. Os poderes estrangeiros os quais Jerusalém cortejava. Judá constantemente procurou segurança em alianças estrangeiras (ver com. de Jr 2:33, 36). No entanto, todos os esforços para encontrar segurança nesses “amantes” estrangeiros seriam em vão. |
Je.4:31 | 31. Filha de Sião. O nome da cidade ou dos habitantes de Jerusalém, numa personificação poética (ver ls 1:8).Ofegante. Literalmente, "ansioso para respirar”.Estende as mãos. Uma expressão que denota angústia e um grito de socorro (Lm 1:17).Capítulo 5atentam os Teus olhos? Tu os feriste, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a disciplina; endureceram o rosto mais do que uma rocha; não quiseram voltar.seu Deus; mas estes, de comum acordo, quebraram o jugo e romperam as algemas.poderosos e enriqueceram. |
Je.5:1 | 1. Dal voltas. Esta ordem é dada para destacar a universalidade da corrup-» ção moral que prevalecia em Jerusalém. O desafio nos lembra da antiga história do sábio grego Diógenes, fundador da escola cínica de filosofia, que caminhava nas ruas de Atenas com uma lanterna acesa, procurando um homem honesto. O rato de ser ordenado que as pessoas “corram”, “vejam”, "se informem” e "busquem”' forçosamente chama a atenção para a extrema escassez de pessoas justas.Praças. As praças de mercado ou praças públicas, onde se reuniam as pessoas de todos os bairros.Eu lhe perdoarei. Ver Gn 18:25-32. |
Je.5:2 | 2. Tão certo como vive o Senhor.Jurar em nome do Deus vivo (ver Dt 6:13; 10:20, 21; SI 63:11; Is 45:23) era reconhecer a Yahvveh como o supremo Senhor. |
Je.5:3 | 3. Fidelidade. Do heb. emunah, "firmeza”, "fidelidade”. 'Emunah é traduzida por “fé” (Hc 2:4, "fidelidade” é a tradução mais precisa). Deus está procurando pessoas com Té” ou "fidelidade”, porque Ele próprio é Deus da "verdade” (do heb. ‘emunah, Dt 32:4).Atentam os Teus olhos? Deus pers- cruta a pretensão humana e examina osmotivos que regem a conduta (ver 2Cr 16:9;Pv 5:21; 15:3; Jr 16:17; 32:19). |
Je.5:4 | 4. São apenas os pobres. O profeta parece ter chegado à conclusão de que tal depravação moral estava confinada à massa das pessoas assoladas pela pobreza.Não sabem. Jeremias sugere que a conduta defeituosa era devida à falta de instrução religiosa.Direito. Do heb. mishpat, significando, às vezes, uma lei religiosa ou um sistema de leis decretado por Deus (ver ISm 10:25), em que a palavra mishpat é também traduzida como "direito”, e em 2 Reis 17:33, como “costume”. |
Je.5:5 | 5. Grandes. Sem dúvida, os príncipes, sacerdotes, etc. A posição social e a educação proporcionaram a eles a oportunidade de estudar a lei e aprender dela “o caminho do Senhor”.Mas. Do heb. ‘ak, "apenas" ou “verdadeiramente" (ver com. de SI 62:1). Neste versículo, a força da palavra pode ser "especialmente”.Estes, de comum acordo. Eles eram mais culpados porque pecaram a despeito de terem recebido uma luz [conhecimento] maior. |
Je.5:6 | 6. Um leão. Os símbolos deste versículo, sem dúvida, se referem aos babilônios.Os três animais podem representar, respee- tivamente, força, ferocidade e rapidez.Dos desertos. Do heb. ‘aravoth, interpretado pelas versões antigas como o plural de 'erev, “ao anoitecer” (ver Hc 1:8; Sf 3:3), embora em nenhuma outra passagem ‘ara- voth seja o plural de ‘erev. ‘Aravoth é o plural regular de 'aravah, “deserto”, e, portanto, a maioria dos comentaristas modernos traduz esta frase como "um lobo dos desertos”. A tradução, “dos desertos”, preserva melhor o paralelo com a frase acima, “da floresta”.Estará à espreita. Do heb. shaqad, "estar alerta” (ver com. de jr 1:11). Esta cilada, provavelmente, esteja se referindo ao cerco a Jerusalém e a outras cidades de Judá.Transgressões. Literalmente, “voltar atrás” ou "apostasias” (ver com. de Jr 2:19).Multiplicaram. Literalmente, “são inúmeras . |
Je.5:7 | 7. Juram. Ver Dt 32:17, 21; js 23:7; Sf 1:5; ver com. de jr 2:11.Adulteraram. Espiritual e literal mente (ver com. de Nm 25:1; Jz 2:17; 1 Rs 14:15; 2Rs 9:22; 23:7). A associação da imoralidade com os cultos idólatras torna a figura duplamente adequada.Em bandos. Eles se congregavam na casa de prostituição, os templos dos ídolos, cenários de adultério espiritual e carnal (ver com. de IRs 11:5). |
Je.5:8 | 8. Cada um rinchando. Ver Jr 13:27; Ez 22:11. |
Je.5:9 | 9. Castigar. Para o propósito de punir (ver com. do SI 8:4; 59:5). Este relrão é repetido mais à frente em Jeremias (5:29; 9:9).Vingaria. O profeta usa a linguagem humana para expressar o quanto as pessoas haviam insultado a Deus (ver Jr 44:22; cf. Is 30:27; Ez 5:13, 6:9). Deus, seu legítimo esposo, é mostrado como não estando mais disposto a suportar as ímpias abominações do povo. |
Je.5:10 | 10. Terraços da vinha. Há diferença deopinião quanto ao significado deste vocábulohebraico. Alguns interpretam a palavra no sentido de "vinhas” (NVI), “plantações de uvas” (NTLH) ou “muros” (ARC). A palavra para “gavinhas parece claramente se referir aos “brotos” ou “folhas ” da videira. O proleta parece ter em mente a figura de um vinhedo murado (ver Is 5:1; Jr 2:21).Não de todo. Um remanescente seria preservado da destruição (ver v. 18; ver com. de Jr 4:27). Assim, foram definidos limites para a fúria implacável dos babilônios.Gavinhas. Do heb. netishoth, “folhas” < ou "ramos”. Os membros degenerados de judá seriam podados da videira, mas o próprio tronco, aparentemente, sobrevivería. Deus os deserdou e os entregou às mãos dos babilônios. |
Je.5:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.5:12 | 12. Negaram. Do heb. kachash, que, na forma utilizada neste versículo, significa “negar”, “repudiar” (ver com. do SI 66:3). As pessoas agiram enganosamente contra o Senhor. Elas negaram e renegaram o Deus de Israel.Não é Ele. A LXX traduz: “Estas coisas não são assim.'” Ê quase inconcebível que as pessoas negassem a existência de Yahweh. No entanto, elas negaram a mensagem profética que as advertia sobre a morte iminente. Os juízos que caíram foram atribuídos ao acaso ou destino. Por outro lado, as mensagens dos falsos profetas prometendo paz e segurança para as nações (ver jr 14:13; 23:25, 32; cf. Is 28:15) foram aceitas pela população amante do pecado. |
Je.5:13 | 13. Até os profetas. Este versículo é uma continuação do discurso dos judeus incrédulos. Eles afirmavam que as advertências proféticas de nada serviríam e os profetas se revelariam um simples vento.As suas ameaças se cumprirão. Evidentemente, esses descrentes expressaram o desejo de que a espada e a fome previstas caíssem sobre a cabeça dos profetas. |
Je.5:14 | 14. O Senhor, o Deus dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3.Fogo. Em vez de revelar-se como vento, a palavra de Deus na boca de Jeremias é representada como se tornando um incêndio que repentina e irresistivelmente consome os escarnecedores, como o fogo consome a madeira seca (ver Jr 1:9, 10; 23:29; cf. SI 83:14, 15; Is 9:18, 19). |
Je.5:15 | 15. De longe. Possivelmente, uma alusão direta à predição de Deuteronômio 28:49. Em comparação com países como Moabe, Filístia e Edom, Babilônia era um país distante, e é assim designada em Isaías 39:3 (cf. Jr 1:15; 4:16).Casa de Israel. Neste versículo, uma designação para as duas tribos restantes: de toda a nação de Israel, os únicos representantes livres (ver Jr 6:9; 9:26; Ez 13:16; 18:31).Robusta. Do heb. ‘ethan, literalmente, “sempre fluindo” (ver Am 5:24) e, metaforicamente, “durável ", “permanente” (ver Mq 6:2, em que a palavra ‘ethan é traduzida como “duráveis”). Não haveria escapatória desse povo indomável, cujos exércitos pareciam nunca diminuir nem fracassar e cujos recursos pareciam inesgotáveis.Nação antiga. A grande antiguidade de Babilônia parece ter apenas contribuído para seu orgulho, arrogância, crueldade e habilidade na arte da destruição.Cuja língua ignoras. A língua mencionada aqui é o aramaico, que rapidamente se tornou um meio de comunicação diplomática e comercial internacional (ver vol. 1, p. 5, 6). O aramaico está intima mente relacionado ao hebraico, no entanto, nessa época não era entendido pelo povo judeu (ver com. de 2Rs 18:26). Alguns entendem que se refere à língua babilônica. |
Je.5:16 | 16. A sua aljava. Os babilônios eram hábeis no tiro com arco (ver Jr 4:29).Sepultura aberta. Uma expressão proverbial (ver SI 5:9), evidentemente, refe- rindo-se ao poder consumidor dos arqueiros babilônios (ver Is 5:28; 13:18). |
Je.5:17 | 17. Comerão. Ver Dt 28:30, 48, 51.Os teus filhos e as tuas filhas. A ação de “comer' ou “devorar” pode ser tomada no sentido geral de destruir ou consumir.Com a espada. Neste versículo, é um termo geral para todas as armas de guerra (ver jr 33:4; cf. Ez 26:9).Derribarão. Do heb. rashash, “quebrar”. A LXX traduz como “malhar”. As defesas de Judá seriam completamente esmagadas (ver Dt 28:52). |
Je.5:18 | 18. Não vos destruirei de todo. Vercom. do v. 10; jr 4:27. |
Je.5:19 | 19. Por que [...]? O pensamento retorna ao tema principal do capítulo: os motivos dos juízos iminentes sobre a nação. No caso dos judeus serem insolentes a ponto de perguntar sobre as razões para as calamidades em vista das promessas de Deus para eles e de Sua escolha deles como Seu povo especial, o profeta deveria responder com a recri mi nação: judá abandonou ao Senhor e se voltou para a idolatria. As promessas de Deus foram dadas sob a condição de obediência e lealdade.Assim servireis. A punição foi adaptada para atender a natureza do delito. Deus lhes havia dado Sua terra, mas já que preferiram servira deuses estranhos, seriam levados para servir os estrangeiros numa terra estrangeira (ver Dt 28:47, 48). |
Je.5:20 | 20. Anunciai. Literalmente, “fazei ouvir’’ ou “proclamai”. Todos deviam escutar a mensagem. |
Je.5:21 | 21. Sem entendimento. O pecado, particularmente o pecado voluntário, perverte as percepções morais (ver Jr 4:22; Os 7:11).Tendes olhos e não vedes. Judá estava deliberadamente cego e obstinadamente surdo. Não há ninguém tão cego quanto aquele que não quer ver. O pecado deliberado obstrui a percepção espiritual (ver jr 6:10). |
Je.5:22 | 22. Não temereis a Mim? No hebraico, o pronome “eu” está em posição enfática no início da frase.Areia para limite. O profeta recorre ao infinito poder e à perfeita sabedoria de Deusdemonstrados na natureza. O mar, com sua misteriosa profundidade, sua vasta extensão e suas ondas que se chocam contra as rochas, é um símbolo apropriado das forças selvagens e aparentemente irresistíveis da natureza. Deus, em Sua soberania universal, controla a violência do abismo. Ele limita o oceano, declarando: "Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas” (jó 38:11; cf. SI 33:7; 104:9; Pv 8:29). Embora as partículas individuais de areia sejam facilmente deslocadas, as vastas praias de areia constituem o obstáculo mais eficaz contra o constante bater das ondas. |
Je.5:23 | 23. Coração rebelde. O mar e asondas obedecem ao grande Soberano do universo, mas os homens se recusam a ser fiéis. Os filhos de Judá colocaram sua vontade contra a de Deus. Revoltaram-se contra a lei de Deus e Seu serv iço e, praticamente, O desafiaram. |
Je.5:24 | 24. Não dizem. Nem a temível grandeza do poder de Deus como demonstrada no mar, nem a bondade infinita de Suas obras, como demonstradas na bênção da chuva, moveram Judá ao temor piedoso e santa reverência.Dá [...] a chuva. A natureza não tem poder inerente para agir separadamente do Criador (ver T8, 259), e suas leis não são independentes; Deus está trabalhando incessantemente na natureza por meio dessas leis. A chuva é um presente do grande Benfeitor da humanidade (ver com. de Lv 26:4).A primeira. Esta chuva caía no final do outono. Suavizava o solo ressequido e sedento para o arado e fazia brotar a semente recém-semeada (vervol. 2, p. 92-94).A última. Esta chuva, tão essencial para o amadurecimento das sementes, caía na primavera, em março e início de abril, antes da época da colheita (ver com. de Dt 11:14; ver Jl 2:23). A fecundidade do ano estava intimamente. ligada à regularidade das estações chuvosas.Semanas determinadas da sega. Possivelmente, uma referência às sete semanas entre a Páscoa e o Pentecost.es (ver Êx 23:16; 34:22; Nm 28:26; Dt 16:9, 10). Praticamente não havia chuva durante essas semanas, e a colheita do grão poderia prosseguir sem interrupção (ver Gn 8:22). A ocorrência incomum de chuva durante a colheita de trigo nos dias de Samuel levou terror ao coração dos filhos de Israel (lSm 12:17-19). As três principais festas dos judeus coincidiam com as três épocas de colheita: a Páscoa, na época da colheita da cevada, o Pentecostes ou Festa das .Semanas, na colheita do trigo, e a Festa dos Taberná- culos, no fim da colheita dos f rutos. |
Je.5:25 | 25. Estas coisas. Isto é, as bênçãos mencionadas no v. 24 (ver Jr 3:3; 12:4). |
Je.5:26 | 26. Anda espiando. A metáfora é tirada do caçador de aves, que capturava sua presa com redes espalhadas no chão, em armadilhas e laços (ver SI 91:3; 124:7; Pv 6:5).Prendem os homens. Por meio de desígnios aleivosos e práticas enganosas esses homens ímpios prendiam os inocentes e incautos (ver Mq 7:2). |
Je.5:27 | 27. A gaiola. Uma referência à gaiola de vime ou cesto em que eram colocados os pássaros capturados (ver Ap 18:2).Fraude. Aparentemente, o significado é que, como uma gaiola do passarinheiro está cheia de pássaros que ele capturou, da mesma forma, as casas das pessoas estão cheias com os bens adquiridos por meio de engano e desonestidade. Tornaram-se ricos enganando-se mutuamente nas negociações (ver SI 73:12). |
Je.5:28 | 28. Engordam. Isto é, eles se tornaram prósperos (Dt 32:1 5; SI 73:7; 92:14; Pv 28:25).Nédios. Possivelmente, uma referência à maciez da pele deles.Ultrapassam. Ver jr 2:33; Ez 5:6, 7.A causa dos órfãos. As pessoas eram frias e indiferentes às suas obrigações sociais para com os necessitados (ver Èx 22:22; Is 1:23; etc.). |
Je.5:29 | 29. Não castigaria Eu [...]? Ver v. 9; cf. Ml 3:5; Tg 5:4. A transgressão exigia retribuição. |
Je.5:30 | 30. Espantosa. Do heb. shammah, ‘'um evento terrível”, “um evento horrendo” ou "um terror”. A palavra é sinônima da que foi traduzida como “horrenda”. Aconteceria uma coisa espantosa e horrenda na terra. Os v. 30 e 31 resumem as razões da destruição inevitável que sobreviría a Jerusalém. Profetas, sacerdotes e povo estavam unidos no mal. |
Je.5:31 | 31. Profetizam falsamente. Literalmente, “profetizam com uma mentira”.De mãos dadas com eles. Literalmente, “de acordo com as suas mãos”, isto é, em sua direção. Os sacerdotes exerceram suasfunções em subserviência a esses falsos profetas. Esta subserviência dos sacerdotes aos falsos profetas é ilustrada por Jeremias (29:24-26).E o que deseja. Sem dúvida, isso explica o sucesso dos falsos profetas e sacerdotes. Eles faziam o que atraía o coração do povo. Voluntariamente, o povo se deixou induzir ao erro.Que fareis quando [...] chegarem ao seu fim? A maldade conjunta dos líderes e do povo levou a um '‘fim” inevitável. A nação foi desafiada a levar em consideração essa solene realidade. Enquanto os falsos profetas só pensavam no presente e na sua prosperidade imediata, Jeremias estava preocupado com o destino final da nação no futuro.Capítulo 6 |
Je.6:1 | 1. Filhos de Benjamim. Os habitantes de Jerusalém são assim designados, provavelmente, devido à stnédoque, figura de linguagem em que a parte representa o todo. Na disposição original das fronteiras das tribos, Jerusalém ficou no território de Benjamim(ver com. de Js 15:8). Antes da época de Davi, a cidade contava com seus cidadãos, os habitantes de Judá (ver com. de Js 15:63) e de Benjamim (ver com. de Jz 1:21). A fronteira entre Benjamim e judá percorria o vale de Hinom (Js 15:8), que ficava ao sul da cidade.Anatote, cidade natal de jeremias, estava no território de Benjamim (ver com. dejr 1:1), e alguns têm sugerido que esta mensagem foi pronunciada ali, no início do ministério de Jeremias (ver PR, 409). Isso pode explicar porque a exortação foi dirigida particularmente para Benjamim, embora aplicada a toda a população.Fugi [...] do meio. Anteriormente (Jr 4:5, 6), os moradores dos campos foram exortados a procurar segurança ao fugir para a cidade. Neste versículo, há um aviso para fugir de Jerusalém para os pastos selvagens no sul. O cap. 6 descreve vivida- mente a chegada do exército inimigo, vindo do norte. O novo apelo pode ter sido emitido para indicar que a destruição seria tão completa que até mesmo as mais poderosas fortificações das cidades forneceríam menos segurança do que o isolamento do campo. Por outro lado, jeremias 4:6 pode se referir ao tempo das invasões anteriores, quando as cidades fortificadas proviam rela- ? tiva segurança.Tecoa. Uma aldeia cerca de 15 km ao sul, pelo oeste de Jerusalém, situada em uma colina a aproximadamente 820 m acima do nível do mar, com vista para o deserto da Judeia. Foi o lar da mulher sábia contratada por joabe no tempo de Davi (2Sm 14:2); mais tarde, Roboão a tornou em fortaleza (2Cr 11:5, 6); séculos depois, foi o lar de Amós (Am 1:1). Hoje é chamada Tequ. Há um jogo de palavras neste versículo. As palavras para “tocai” e “Tecoa” vêm do heb. taqa\ "impulsionar” (ou “impelir”), “aplaudir”' ou “soprar”.Facho. Neste versículo, “um sinal de fogo” (ver Jz 20:38, 40).Bete-Haquerém. Literalmente, “a casa da vinha”. No passado, foi identificada com Ain Kâritn, sete quilômetros a oeste de Jerusalém. Hoje é identificada com Ramat Rachel, 4,5 km ao sul, pelo oeste de Jerusalém.Do Norte. Ver com. de Jr 1:14; 4:6.Surge. Literalmente, “olha para baixo [de cima]”. O mal é representado figurati- vamente como se inclinando sobre as pessoas e olhando para sua presa, abaixo dele. |
Je.6:2 | 2. Deixarei. Do heb. damah, que também pode ser traduzido por "silenciar”, em alguns casos, no sentido de “destruir” (ver Os 4:5, em que a palavra para “destruir” é damah). Alguns favorecem a tradução “destruir”, fazendo a passagem dizer: "Eu destruirei a formosa e delicada, a filha de Sião.” |
Je.6:3 | 3. Pastores. Esta passagem tem sido entendida de duas maneiras: (1) líderes dos exércitos invasores são comparados aos pastores cujos rebanhos devoram cada pedaço de vegetação (ver com. de Nm 22:4); ou (2) esta é uma ilustração das condições após a invasão, com as cidades destruídas, a terra foi transformada num semideserto e beduí- nos entram para pastorear os seus rebanhos. |
Je.6:4 | 4. Preparai a guerra. Literalmente, “santificar a guerra” ou "consagrar a guerra”. As batalhas eram precedidas por sacrifícios, adivinhações e orações. Os caldeus adotavam essas práticas (21:21, 22). Os israelitas também ofereciam sacrifícios e orações (ver Dt 20:1-3; lSm 13:9-12) antes de partirem para a batalha. Isso pode ser comparado com a expressão “os Meus consagrados” (ver com. de Is 13:3).Disponde-vos, e subamos. Os invasores chamam uns aos outros para o ataque. Estão impacientes para não perder tempo a fim de derrotar os inimigos e se apoderarem da pilhagem.Ao meio-dia. Não há descanso, nem mesmo durante o intenso calor do sol do meio-dia (ver Jr 15:8; 20:16). Se as pessoas estivessem tão ansiosas quanto à luta espiritual pelo reino de Deus, não haveria perda de tempo ou de oportunidade. |
Je.6:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.6:6 | 6. Senhor dos Exércitos. Ou, “Toclo- Poderoso” (NTLH; ver vol. 1, p. 152; ver com. de Js 5:14; SI 24:10).Cortai árvores. O profeta faz uma descrição gráfica de um antigo cerco. A área ao redor da cidade foi limpa. Árvores foram cortadas e a madeira foi utilizada na construção de montes, aterros, torres e máquinas militares. A lei mosaica proibia o corte de árvores frutíferas com vistas ao cerco (ver com. de Dt 20:19, 20). Plutarco registra uma lei semelhante entre os egípcios, mas é duvidoso que outras nações do antigo Oriente Médio foram tão escrupulosas assim.Levantai tranqueiras. A terra loi carregada em cestos e amontoada até que estivesse nivelada aos muros. Destas elevações seriam leitos os ataques (ver 2Sm 20:15; 2Rs 19:32: Is 29:3; Ez 4:2).Punida. Ou, "visitada” (ARC). Ver Jr 5:9; ver com. de SI 8:4; 59:5.Só opressão há. Ver 2Rs 24:3, 4; Is 1:21; Ez 7:23. |
Je.6:7 | 7. Poço. O texto massorético apoia esta tradução.Conserva fresca. A LXX, a Vulgata e alguns comentaristas tomam o hebraico como vindo do radical qarar, "estar frio", e traduzem esta frase como “mantém frio” ou "mantém fresco”. Num reservatório subterrâneo, a água é preservada e mantida fresca e pronta para uso. Segundo essa interpretação. Jerusalém está preservando sua impiedade.Outros, no entanto, seguem a interpretação rabínica, aceitando o radical qur, que significa "cavar ipara obter água] ’. Assim, eles explicam esta passagem com o sentido de "fazer a água jorrar". De acordo com essa interpretação, Jerusalém está constantemente jorrando maldade e opressão.Seja qual for a imagem que o profeta tinha em mente, o pensamento deixa evidente que a cidade estava completamente dominada pelo mal. |
Je.6:8 | 8. Aceita a disciplina. Em meio a advertências da terrível punição vindoura,o Deus de Israel, que é infinitamente bom e paciente e que não quer trazer ruína sobre Seu povo, os exorta. O Senhor os admoestou a aceitar o castigo e a correção da disciplina divina.Aparte. Do heb. yaqci, "virar as costas [em desagrado]". Deus estava relutante em dar as costas à nação que Ele havia escolhido (ver Ez 23:18; Os 9:12; 11:8). |
Je.6:9 | 9. Diligentemente se rebuscarão. Nesta figura, as uvas são os judeus e os invasores babilônios são os respigadores. O cativeiro e a destruição ocorreríam várias vezes e seriam rigorosos (ver vol. 2, p. 80-82).Os resíduos de Israel. Referência ao “remanescente” (NV.I). O reino de Judá era tudo o que restava de Israel nos dias de Jeremias. As dez. tribos haviam sido levadas cativas pelos assírios (ver ls 24:13; Jr 49:9; Ob 5).Vai metendo a mão. Os cativos seriam levados para Babilônia várias vezes (|r 52:28- 30; cf. 2Rs 24:14; 25:11).Sarmentos. Do heb. salsilloth, palavra de significado incerto, que ocorre somente neste versículo do AT. Alguns sugerem que pode significar “brotos”, “galhos” ou “uvas”. No entanto, a LXX a traduziu como kartallos, "cestos” (ARC), interpretação apoiada pelo idioma assírio e pelo hebraico moderno. |
Je.6:10 | 10. A quem [...]? Jeremias parece estar oprimido pelo senso da futilidade de sua missão. Sua pregação parecia vã, por causa da obstinação do povo.Ouvidos estão incircuncisos [...]? Emoutras passagens, o coração (ver Lv 26:41; Dt 10:16; jr 9:26; Ez 44:7, 9) e os lábios (ver Ex 6:12, 30) são chamados de incircuncisos, mas esta é a única referência no AT, onde tal expressão é utilizada para os ouvidos (ver At 7:51). O povo de Judá fechou os ouvidos aos preceitos de Deus e teimosamente seguiu seus caminhos profanos. Era obstinado e rebelde.Coisa vergonhosa. A mensagem de Deus para eles, por meio de Seu profeta, foi desprezada e tratada com desdém. Tornou-se objeto de zombaria e de escárnio (ver jr 20:8).Não gostam dela. Exercícios religiosos são aproveitáveis ao adorador só quando são realizados alegremente e com o coração. |
Je.6:11 | 11. Cheio da ira. De modo figurado, o zelo pela causa de Deus consumia o profeta (ver Jr 4:19; cl. Ez 3:3).Cansado de a conter. Metáfora da p a c i ê n c i a e sgo t a d a.Derramá-la-ei. Ver jr 7:20; Ap 16:1.Crianças pelas ruas. Iodos, independentemente de idade ou gênero, seriam abatidos juntos, desde as crianças nas mas (“fora , literalmente, é “na rua") até os idosos e decrépitos.Serão presos. Ou seja, alcançados pelo juízo (ver |r 8:9; d. Is 8:15; etc.) |
Je.6:12 | 12. Passarão a outrem. Iodas as coisas que as pessoas apreciavam seriam transferidas para estranhos. Os v. 12 a 15 estão em paralelo com jeremias 8:10 a 12 (verDt 28:30). |
Je.6:13 | 13. Profeta. Os líderes espirituais - profetas e sacerdotes - deveriam ter sido os primeiros a verificar o mal. Em vez disso, eram os principais infratores. |
Je.6:14 | 14. Superficial mente. Ou, "leviana- mente" (ARC).Filha (ARC). Esta expressão possivelmente não está no texto hebraico usado pelos tradutores, como indicado pelo itálico (Kj V No entanto, estas palavras são encontradas em vários manuscritos hebraicos, na versão grega de Símaco, na Siríaca, nos Jarguns e na Vulgata, e são usadas em outras passagens por jeremias (jr 8:11, 21, 22).Paz. Do heb. slwlom, palavra frequentemente usada [tara abranger todas as coisas boas da vida. Skalom foi definida no sentido não apenas de "paz.”, mas também de “com- pletude j "prosperidade , "bem-estar, “saúde , "amizade ) etc. Shaíorn, ou seu equivalentesalaam, é ainda hoje a palavra comum para saudação em muitos lugares do Oriente.Os falsos profetas dos dias de Jeremias encobriam os pecados da nação, e pintavam quadros agradáveis das perspectivas futuras de judá (ver Jr 8:11; 14:13; 23:17; cf. Mq 3:5). Por meio de seus ensinamentos agradáveis e enganosos, esses líderes infiéis embalavam os pecadores num sono fatal. Eles deveriam ter avisado sobre a calamidade iminente e a necessidade de arrependimento, mas, em vez disso, asseguraram que não havia nada a temer (ver Ez 13:22).Profetas que anunciam paz e segurança, apesar da transgressão, enquanto Deus declara que o pecado está prestes a recolhei' seu salário, estão repetindo a primeira mentira satânica falada pela serpente no jardim do Eden: "E certo que não morrereis (Gn 3:4). Por meio de jeremias c outros mensageiros. Deus anunciou que o dia da graça de Judá estava prestes a terminar, e que a recompensa das más ações não poderia mais ser adiada (cf. Ez 12:21-28). No entanto, os falsos profetas condenaram a jeremias e sua mensagem cie origem celeste (ver Jr 28; 29) e procuraram acalmar os temores do povo, para que não houvesse interrupção em seu curso maligno de ação. Os falsos profetas pregavam, por assim dizer: "O dia de amanhã será como este e ainda maior e mais famoso" (Is 56:12). |
Je.6:15 | 15. Serão envergonhados. O sujeito oculto "eles' se refere aos líderes espirituais insolentes. Caso tivessem se envergonhado de sua maldade monstruosa, haver ia esperança. Mas estavam totalmente endurecidos, “insensíveis' (El 4:19), além do alcance do Espírito Santo.Envergonhar-se. Ver Jr 3:3; 8: i 2. A falta de vergonha é indicativa de uma consciência cauterizaria. |
Je.6:16 | 16. Ponde -vos à margem do caminho. A metáfora é de um viajante que, tendo perdido o caminho, para na encruzilhadade várias estradas diferentes, considerando cuidadosamente e perguntando pelo caminho certo.Veredas antigas. O verdadeiro caminho era aquele em que andaram os piedosos antepassados cie Judá. A observância dos princípios éticos e morais da aliança traria as mais altas bênçãos espirituais para a nação e para os ind ivíduos (ver PR, 411).Descanso para a vossa alma. Aquele que anda no caminho que Deus dirige, encontrará paz e quietude (ver com. de Mt 11:28. 29). |
Je.6:17 | 17. Atalaias. Ver Is 56:10; Ez 3:17; 33:7.Som da trombeta. A trombeta era osinal de alarme usado pelas sentinelas sobre os muros de uma cidade (ver Jr 4:5).Não escutaremos. Isso pode ser comparado com "não andaremos”, no v. 16. |
Je.6:18 | 18. Portanto. Apresentam-se perante as nações as consequências de os israelitas terem fechado os ouvidos às advertências severas e amigáveis.Nações. Do heb. goyirn (ver com. de jr 1:5). O profeta convocou os gentios como testemunhas do juízo de Deus sobre Seu povo (ver ls 1:2).Congregação. Possivelmente os gentios reunidos como um júri, de modo figurado. Essas nações foram chamadas para ouvir a sentença "sobre este povo”, Israel (v. 19).Do que se fará entre eles! Esta expressão está relacionada: (1) ao nível de sua maldade e perversidade, ou (2) à severidade da punição por sua depravação. |
Je.6:19 | 19. Eu trarei. Literal mente, "Eu estou trazendo) O julgamento é retratado como em andamento.O próprio fruto dos seus pensamentos. Os habitantes de Judá deveriam colher os frutos de sua semeadura. A obstinação e a impenitência os levaram à rápida ruína (ver com. de Pv L31). O que as pessoas fazem é resultado do que elas são. Dos pensamentos fluem as ações. |
Je.6:20 | 20. Para que, pois. Aqui, jeremias enfatiza que nenhum serviço meramente externo é aceitável a Deus. A observância de todo o sistema cerimonial era inútil, a menos que estivesse acompanhada por religiosidade vinda do coração (ver JSm 15:22; SI 40:6, is 1:11-13; Jr 7:21-23; Ez 20:39; Os 6:6; Am 5:21-24; iVlq 6:6-8).Sabá. Achados arqueológicos identificaram Sabá com o lêmen, um país no sudoeste da Arábia (ver com. de 1 Rs 10:1). Os sabeus eram um povo comerciante semita que tratava especialmente com bens de luxo como ouro, incenso e pedras preciosas (ver Ls 60:6; ver com. de 1 Rs 10:1, 2). Sua capital era Marib.Cana aromática. Geralmente identificada com o cálamo aromático, cujas espécies preferidas eram cultivadas na Índia e no sul da Arábia (ver Ez 27:19). As raízes, caules e folhas da planta produziam uma essência perfumada quando esmagadas.Não Me são aprazíveis. Litcralmente, "não Me agradam". |
Je.6:21 | 21. Tropeços. Possivelmente denota os ealcleus, o instrumento da queda e destruição de judá.Vizinho e o seu companheiro. Sugerindo uma destruição geral e indiscriminada. |
Je.6:22 | 22. Terra do Norte. Ver com. de Jr 1:14; 4:6.Uma grande nação se levanta. Doheb. ‘ur, "ser levantado”, "ser induzido a agir”.Confins da terra. Imagem que denota as partes remotas da terra (ver jr 25:32). O invasor é descrito em outras passagens como vindo "de longe”' (Jr 5:15). A terra do cativeiro, de onde Deus tiraria Seu povo, é descrita em termos semelhantes aos utilizados aqui (Jr 31:8). |
Je.6:23 | 23. Arco. Babilônios e assírios eram hábeis no uso desta arma (ver Jr 4:29; 5:16).Dardo. Do heb. kiclhon, possivelmente uma “lança" ou "dardo" leve que podia ser atirada ao alvo (ver jr 50:42).Cruéis. A brutalidade e a crueldade dos invasores foram demonstradas no tratamento dado a Zedequias (ver Jr 52:8-11). Os filhos do rei foram mortos diante de seus olhos e, em seguida, foram-lhe tirados os olhos, de modo que sua última lembrança visual fosse aquela cena horrível. Ele loi enviado para Babilônia em grilhões. Os monumentos perpetuam o registro de algumas das barbaridades praticadas.Sua voz ruge. Os invasores seriam tão numerosos que o som de sua aproximação seria semelhante ao bramido do mar (ver Is 5:30; 17:12).Em ordem. Armados e equipados para batalha imediata. |
Je.6:24 | 24. Ao ouvirmos a sua fama. Os v. 24e 25 descrevem a consternação causada pela notícia da chegada do invasor. |
Je.6:25 | 25. Não saias. Não se arrisque além dos muros de Jerusalém (ver com. do v. 1). |
Je.6:26 | 26. Revolve-te. Uma expressão de dor extrema. Cobrir a pessoa, especialmente a cabeça, com cinzas, era um sinal de dor, humilhação ou penitência (ver 2Sm 13:19; ct. Ne 9:1). As vezes, a pessoa aflita ou penitente se sentava em cinzas (Jó 2:8; 42:6; Jn 3:5, 6). Desgraça absoluta ou prostração podiam ser expressadas ao revolver-se em cinzas.Filho único. Eliminar a posteridade de alguém, num povo que dava suma importância à procriação, resultaria em dor extrema. |
Je.6:27 | 27. Acrisolador. Do heb. bachoti, “um avaliador", “um investigador" ou “um examinador”. A tradução “torre'’ (ARC), evidentemente, vem da associação de bachon e bachin, a forma plural da qual se traduz “torres" (em Is 23:13). No entanto, bachin tem significado incerto.Te. A referência é ao próprio Jeremias (ver PR, 419) e não à “filha do Meu povo” (v. 26) como o contexto aparentemente indica. Isso é claramente demonstrado pelofato de o pronome hebraico ser masculino. Evidentemente, o Senhor procurava encorajar o profeta a ser fiel, apesar das dolorosas experiências.Fortaleza. Do heb. niibtsar, "um lugar tornado inacessível”, geralmente usado para descrever uma cidade fortificada. Jeremias deveria permanecer firme no Senhor, como uma fortificação contra a qual a ira do inimigo não poderia prevalecer.Examines. Do heb. bachcm, “avaliar”, "examinar ", “testar”. Os v. 28 a 30 empregam jargão metalúrgico. O processo de refino apenas recusava a prata (v. 30). |
Je.6:28 | 28. Rebeldes. A LXX apresenta “aqueles que não querem ouvir”, ou seja, os desobedientes.Bronze e ferro. Estes metais não eram sem valor, no entanto, se fossem descobertos por um avaliador à procura de ouro ou prata, ele ficaria muito decepcionado. Deus, como o grande avaliador, estava profundamente decepcionado com Seu povo. Eles não alcançaram o alto destino que Ele tinha em mente para eles, e ainda se consideravam melhores do que os pagãos. |
Je.6:29 | 29. Em vão continua o depurador. Osgrandes esforços de Deus em favor de Seu povo eram de nenhum proveito. |
Je.6:30 | 30. Refugo. Do heb. tnaas, “rejeitar”, “desprezar” ou "recusar". Ao longo de seu ministério, Jeremias exortou o povo a deixar de lado a escória da desobediência (ver PR, 410).Refugou. Do heb. maas (ver acima, em “ref ugo”). O jogo de palavras aumenta notavelmente a força da mensagem do profeta. O povo de |udá ficou muito aquém do sublime ideal de Deus e, naquela condição, era totalmente inaceitável a Ele. O Senhor não podia mais suportar sua obstinação, para evitar que Sua longanimidade tosse interpretada como a aprovação de suas ações (ver p. 16-19).Capítulo 7/ jeremias é enviado para exortar os judeus ao verdadeiro arrependimento, a fim de evitar o cativeiro. 8 Ele afirma que o Senhor rejeita a vã confiança deles,ó se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal.i I Será esta casa que se chama pelo Meu nome um covil de salteadores aos \ossos Chos? Eis que Eu, Eu mesmo, vi isto. dí/ o M mioie |
Je.7:1 | 1. Palavra que da parte. Esta expressão, que ocorre com frequência em jeremias (Jr 11:1; 18:1; 21:1; 25:1; 30:1; 32:1; 34:1; 35:1; 40:1; 44:1), introduz um dos sermões proféticos mais contundentes do profeta. A essência desse sermão está registrada, em sua maior parte, nos cap. 7 a 10. O sermão foi dado na porta do templo, (7:2) e é geralmente chamado de "Discurso do templo”. Ele condenava a falsa confiança que os judeus tinham no temploe nas exterioridades da religião. A semelhança de jeremias 7 e 26 levou alguns a concluir que o último é um resumo do sermão, destinado a descrever os resultados que sobrevieram a jeremias por ele ter dado a mensagem. Caso tenha sido assim, o sermão foi pregado “no início do reinado de Jeoaquim" (26:1; ver PR, 412-415). E possível que Jeremias tenha repetido mais tarde a essência desse sermão nas "cidades de Judá" (Jr 11:6; ver PR, 414). |
Je.7:2 | 2. À porta. Evidentemente, a porta do "átrio da Casa do Senhor” (Jr 26:2). Uma vez que era sacerdote, jeremias tinha pleno acesso ao templo. E possível que ele estivesse em pé em uma das portas principais que dava do exterior para o átrio interior ou superior. Desse lugar, podia ver toda a assembléia de adoradores (ver 36:10).Todos de Judá. Tem-se sugerido que este sermão foi apresentado por ocasião de um festival nacional, quando o templo estava repleto de adoradores.Para adorardes. O profeta dá a entender que, uma vez que tinham vindo para adorar a Deus, as pessoas deveríam ouvir a palavra que Deus tinha para elas. |
Je.7:3 | 3. Senhor dos Exércitos. “Senhor [do heb. Yahweh] dos Exércitos” é um dos títulos mais majestosos e imponentes da Divindade (ver vol. 1, p. 151). O título é comum em Jeremias (ver 2:19; 5:14; 7:21; 8:3; 10:16; 11:17, 20; 15:16; etc.). Ele enfatiza o fato de que Deus tem forças e poderes incontáveis sob Seu comando. No AT, “exército” frequentemente refere-se a um exército de homens (ver 2Cr 28:9; jr 51:3). O comandante-em- chefe de um exército era designado como "comandante do exército” (lRs 1:19, etc.). Os anjos são também mencionados como um “exército” (ver 1 Rs 22:19; Ne 9:6; SI 103:21; 148:2) e o termo é aplicado também aos corpos celestes (ver Dt 4:19; 17:3; 2Rs 17:16; 21:3, 5; Jr 8:2; 19:13; etc.). O Deus de Israel tem sob Seu comando incontáveis “exércitos” de forças espirituais e materiais. Ele é o Senhor dos exércitos do céu. Ele é onipotente (ver Ap 19:6).Emendai. Literalmente, “lazer bem”, "retificar”, "corrigir”, uma expressão característica de jeremias (ver v. 5; Jr 18:11; 26:13).Vossos caminhos e as vossas obras. Uma combinação de palavras frequente ? em jeremias (ver v. 5; Jr 4:18; 18:11; 26:13; 35:15). “Caminhos” pode ser entendido como se referindo a inclinações interiores,hábitos estabelecidos ou curso geral de vida; e “obras”’, como os frutos visíveis ou ações separadas que compõem esses hábitos costumeiros.Eu vos farei habitar. Ou seja, “permitirei que você continue a habitar”. |
Je.7:4 | 4. Não confieis. Evidentemente, os falsos profetas aiirmavam que Deus jamais permitiría que o templo, Sua morada, caísse em mãos profanas; que a presença do templo em Jerusalém serviría como uma espécie de amuleto para proteger a cidade e seus habitantes (ver com. de Mq 3:11). Da mesma forma, hoje, muitos membros da igreja confiam em relações externas com a igreja para a salvação. Eles estão mais dispostos a participar de atividades religiosas externas do que em purificar o interior do coração.Templo do Senhor. Essa frase, repetida três vezes, expressava o orgulho que as pessoas sentiam com a grandeza da instituição religiosa representada pelo templo. Era uma espécie de apego supersticioso.Este. Os edifícios do templo estavam entre as mais belas estruturas já construídas. Podemos imaginar o profeta apontando para esses edifícios enquanto repetia estas palavras (ver Mt 24:1). No entanto, edifícios imponentes são um substituto pobre para o coração genuinamente devoto. Rituais e cerimônias, em si mesmos, não podem expiar o pecado. O aumento das instalações e da quantidade de adeptos deve ser acompanhado por um aumento correspondente na piedade fervorosa. |
Je.7:5 | 5. Mas, se deveras. Ver com. do v. 3. Nenhuma reforma parcial ou acanhada seria suficiente. Somente o arrependimento profundo seguido de uma vida de estrita honestidade e integridade em relação às outras pessoas poderia servir para desviar os temidos juízos. |
Je.7:6 | 6. Se não oprimirdes. A verdadeira religião penetra em cada aspecto da vida, inclusive nas relações sociais. O valor essencialda religião e sua prova são demonstrados pelos efeitos que a religião produz na conduta (ver Tg 1:27).Estrangeiro. As classes de pessoas alistadas aqui formam uma designação geral de todos os pobres e desamparados (ver Êx 22:21-24; 23:9; Dl 10:18; 14:29; 24:17- 21; 27:19).Nem derramares sangue inocente.Sem dúvida, incluindo também ‘assassinatos judiciais" em decisões judiciais injustas, além de assassinatos a sangue frio. |
Je.7:7 | 7. Então (NVI). O profeta conclui a sentença condicional iniciada no v. 5. Após o cumprimento das condições indicadas nos v. 5 e 6, foram prometidas segurança e permanência (p. 14-17).Eu vos farei habitar. Ver com. do v. 3.Para sempre. Ver p. 17. |
Je.7:8 | 8. Palavras falsas. Referência às palavras inúteis e vazias dos falsos profetas, que ensinavam os aspectos exteriores de culto religioso às pessoas, em vez de uma verdadeira experiência interior (ver com. do v. 4). |
Je.7:9 | 9. Furtais. A construção do hebraico é vivida e enfática. O pensamento pode ser traduzido como: "Furtais e matais, cometeis adultério [...]?'" O predomínio e a continuidade desses atos pecaminosos são representados graficamente.Não conheceis. Ou, “não conhecido”. Pelo contrário, Yahweh tinha Se revelado aos israelitas por meio do grande ato de redenção da escravidão, pela milagrosa preservação no deserto, pela proclamação de Sua santa lei e pelos atos providenciais posteriores. O povo sabia, por experiência, que Ele era Deus (ver Êx 20:1, 2). |
Je.7:10 | 10. Que se chama pelo Meu nome. Ver Jr 7:11, 14, 30; 32:34; 34:15; ver com. de Dt 12:5.Praticar estas abominações. Estas palavras finais dificilmente seriam parte do que o povo disse. Elas mais parecem com as palavras do profeta, que expõe asintenções secretas desses adoradores formais. Em vista do fato de que os temidos juízos não tinham ocorrido, o povo continuou a praticar as abominações. |
Je.7:11 | 11. Um covil de salteadores. Os homens que serviam e adoravam no templo eram perversos que cobriam sua maldade com um manto de piedade.Eu, Eu mesmo, vi. Os habitantes de judá não conseguiam esconder de Deus suas más intenções. O Senhor não foi cegado por todas as suas ofertas vãs. Ele viu tudo e estava para puni-los de acordo com o que mereciam (ver SI 10:11, 13, 14; Is 29:15). |
Je.7:12 | 12. Siló. Cidade no território de Efraim (localização indicada em Jz 21:19). Sua posição geográfica central a tornou um local desejável para o santuário (ver Js 18:1). Siló foi o lar da arca durante 300 anos. No final desse período, a arca caiu nas mãos dos filis- teus (ver lSm 4:10, 11). Por causa da grave idolatria de Israel, Deus "abandonou o taber- náculo de Siló” (SI 78:60). Os filisteus tomaram a arca e, provavelmente, destruíram a cidade nessa época (ver com. de lSm 5:1).O sítio de Siló, hoje conhecido como Seilün, foi escavado por um grupo de arqueólogos dinamarqueses liderados por Hans Kjaer, de 1926 a 1932. Eles concluíram que a cidade foi ocupada na metade da Idade do Bronze e, depois, nos séculos 13 a 11 a.C., aproximadamente. Concluíram também que, no início do século 11, ela foi destruída por fogo; e que, aparentemente, a cidade foi pouco ocupada de 1100 a 300 a.C. Esses achados arqueológicos estão em harmonia com os dados bíblicos. Embora a Bíblia não apresente um relato da destruição da cidade, ela menciona a derrota dos israelitas pelos filisteus em Ebenézer e Afeca, bem como a tomada da arca (lSm 4:1-11). Provavelmente, a cidade tenha sido queimada nessa época.O que lhe fiz. A arca em Jerusalém pode- ria garantir mais imunidade a essa cidade do que a que proporcionou à antiga Siló?O destino de Siló mostra que não se deve depender somente do culto exterior para a salvação. Eli não deu importância às práticas perversas de seus filhos (ver JSm 2:12- 17, 22-25; PP, 575-580), e o povo dependia da arca e não da religião verdadeira, do coração verdadeiro, para apresentar-se diante de Deus. Esses pecados trouxeram o juízo de Deus sobre Siló (ver JSm 4:17; SI 78:55-64). jeremias advertiu o povo de que o mesmo castigo que sobreviera a Siló e seu santuário estava prestes a cair sobre Jerusalém e seu templo (Jr 7:14).Maldade. Ver ISm 2:12. |
Je.7:13 | 13. Eu vos falei, começando de madrugada. Expressão idiomática que significa falar com sinceridade e de forma contínua. A expressão é peculiar a jeremias, ocorrendo com frequência, às vezes com pequenas variações (ver Jr 7:25; 11:7; 25:3, 4; 26:5; 29:19; 32:33; 35:14, 15; 44:4; cf. 2Cr 36:15, 16). No entanto, o povo de Judá não queria ouvir, não importava quão sincera ou incessantemente Deus falasse com eles (ver Pv 1:24; Mt 23:37). |
Je.7:14 | 14. Chama pelo Meu nome. Ver com. do v. 10.Confiais. Ver com. do v. 4.Siló. Deus mencionou a destruição desta cidade como uma lição prática do que estava prestes a acontecer a Jerusalém e ao templo (Jr 26:9; Mq 3:12). |
Je.7:15 | 15. Lançar-vos-ei. Ou seja, exilado para uma terra estrangeira. A terra de Canaã era a terra de Yahweh (ver Lv 25:23; Os 9:3), a terra de Seu cuidado especial, sempre sob o Seu olhar atento (ver Dt 11:12). judá seria removido dessa esfera de vigilante cuidado (ver Jr 15:1; 23:39; 32:31; 52:3), assim como o reino do norte de Israel foi levado cativo pela Assíria (ver 2Rs 17:18-23; 23:27).Efraim. Um termo frequentemente usado para designar as tribos do norte (ver Is 7:2; Os 4:17; 5:9; 12:1; cf. SI 78:67, 68). No norte, a tribo de Efraim era a mais numerosae poderosa. Jeroboão, o primeiro rei do reino do norte, também saiu desta tribo. Por isso, o termo '‘Efraim’’ veio a ser aplicado a todo o reino do norte. |
Je.7:16 | 16. Não intercedas. Como outros profetas de Deus, Jeremias era um homem de oração, um mensageiro com o intenso desejo de interceder em favor de seu povo (ver Jr 11:14; 18:20; cf. Gn 18:23-32; Êx 33:11-14; Nm 14:13-20; ISm 7:9, 10; 12:17-19, 23;SI 106:23). Uma vez que o país recusou a reforma, nada poderia desviar a catástrofe que estava por vir. Devia se permitir que o castigo e a disciplina fizessem sua obra.A oração intercessória para evitar os temidos juízos seria inútil (verjr 11:14; 14:11, 12; 15:1; cf. Êx 32:10: ljo 5:16). |
Je.7:17 | 17. Não vês tu [...]? Se jeremias quisesse saber as razões para a proibição mencionada no v. 16, ele não precisaria mais analisar os fatos. A apostasia coletiva do professo povo de Deus era aberta, pública e ousada. |
Je.7:18 | 18. Filhos. A família inteira, inclusive os filhos, estava unida em adoração idólatra, daí o caráter abrangente da sentença pronunciada contra eles (ver com. de Jr 6:11.).Bolos. Do heb. kawwanim, '‘bolos para o sacrifício”. A oferta de bolos sacrílic ia is era v um elemento característico de uma série de cultos no Oriente Médio. Essa prática paga, mais tarde, encontrou seu caminho para o cristianismo. Epifânio (Contra Heresias, lxxviii.23; lxxix.1) declarou que algumas mulheres foram longe, a ponto de "oferecer bolos em nome e honra da bem-aventurada Virgem”. "Após alguns dias, eles apresentam pão e o oferecem em nome de Maria. Mas todos eles participam disso.” Os bolos sacrificiais dos dias de Jeremias eram uma espécie de combinação de oferta de manjares e libação ou oferta de bebida (ver Jr 44:19, 25) como parte da adoração. Pensa-se que a imagem da deusa estaria estampada sobre os bolos.Rainha dos Céus. Ver com. de Jr 44:17.Outros deuses. O culto à rainha do céu era apenas uma forma de idolatria estrangeira realizada ali. |
Je.7:19 | 19. Provocam [...] a si mesmos.Embora as palavras em itálico tenham sido acrescentadas na tentativa de completar o sentido, elas diminuem a força do hebraico: “Eles Me provocam? [...] Não seria a eles mesmos?” As consequências da idolatria cairiam sobre a cabeça deles (ver ]ó 35:6, 8: Pv 8:36).Vergonha. Ver jr 3:25. |
Je.7:20 | 20. Não se apagará. Nenhum poder humano seria capaz de extinguir o logo do juízo, quando fosse aceso (ver Jr 4:4; 15:14; 17:27; 21:12; Lm 2:3; 4:11; cP. Dl 32:22). |
Je.7:21 | 21. Senhor dos Exércitos. Ver com. do v. 3.Holocaustos. Do heb. ‘olah, literalmente, “aquilo que sobe” (ver com. de Gn 8:20; Lv 1:3). A oferta inteira era consumida no fogo do altar (ver Lv 1:9).Sacrifícios. Do heb. zevcichim, um termo geral aplicado a todas as oblações em que a carne da vítima era ingerida (ver com. de ofertas pacíficas, vol. 1, p. 754- 756). O profeta declarou que o povo de Judá poderia comer tanto a carne dos holocaustos como a dos sacrifícios pacíficos, porque Deus não aceitaria qualquer sacrifício (ver Jr 6:20; Os 9:4). A multiplicação de sacrifícios não evitaria o juízo vindouro. |
Je.7:22 | 22. Nada falei. Esta é uma daquelas passagens difíceis da Bíblia, em que o significado literal e o superficial parecem contradizer as claras afirmações do restante das Escrituras. Jeremias parece negar que, no Sinai, Deus lenha dado qualquer instrução sobre ofertas de sacrifício. E, no entanto, desnecessário compreender sua linguagem dessa maneira. O profeta não está negando a validade do sistema sacrificial, o que fica claro em outras declarações ditas por ele (Jr 17:26, 31:14; 33:11, 17-24). Como, então, deve sercompreendida esta declaração? Jeremias está, obviamente, empregando um dispositivo retórico, no qual, na comparação de duas idéias, a predominância de uma delas é demonstrada pela negação da outra. Outros exemplos desse dispositivo são: (l) Gênesis 45:8, em que José diz a seus irmãos que não foram eles que o enviaram ao Egito, mas Deus, embora evidentemente seus irmãos tivessem grande parte na questão. (2) Exodo 16:8, em que Moisés diz à multidão rebelde que suas murmurações não são contra ele, mas contra Deus, embora as queixas deles fossem claramente dirigidas contra Moisés. Um dispositivo semelhante foi empregado por Jesus (Lc 14:26). Tomadas literalmente, Suas palavras parecem ordenar que as pessoas odeiem os membros de sua própria família. No entanto, Ele estava simplesmente procurando enfatizar que o amor a Deus deve suplantar o amor às pessoas. Por “ódio” Ele quis dizer “amar menos ".A passagem enfatiza que a obediência à lei moral está acima da obediência a um sistema cerimonial (ver lSm 15:22; SI 51:16, 17). As observâncias externas foram elaboradas para ajudar na preservação da obediência sincera (ver Dt 6:1-3), mas nunca para ser um substituto para a santidade de coração. Sobre o tipo de culto prestado a Deus pelos compatriotas de Jeremias, Deus nunca falara no Sinai. |
Je.7:23 | 23. Eu serei o vosso Deus. Ver Ex 6:7; Lv 26:12; Dt 29:13. A frase ocorre com frequência em Jeremias (11:4; 24:7; 30:22; 31:3; 32:38).Todo o caminho. Comparar com Dt 5:33 (ver também Dt 9:12, 16; 11:28; 31:29).Para que vos vá bem. Frase comum em Jeremias (38:20; 40:9; 42:6), encontrada também no livro de Deuteronômio (ver Dt 4:40; 5:16, 33; 6:18). |
Je.7:24 | 24. Não deram ouvidos. Do heb. shama, “ouvir”; consequentemente, "prestar atenção”, "dar ouvidos” ou “obedecer”. Os v. 24 a 28 descrevem a desobediência de |
Je.7:25 | 25. Meus servos. Ver Mt 21:33-41, 45.Os profetas. Ver 2Cr 36:15, 16.De madrugada. Ver com. do v. 13. |
Je.7:26 | 26. Destes ouvidos. Ver com. do v. 24.Endurecestes a cerviz. Uma ilustração que expressa obstinação (ver com. de 2Rs 17:14).Pior do que. O povo dos dias de Jeremias pecou contra abundante luz. Eles não se beneficiaram das experiências de seus antepassados. Além disso, compatriotas do profeta colocaram objetos de idolatria dentro do recinto do próprio templo (ver jr 7:30; cf. 2Rs 21:7). |
Je.7:27 | Sem comentário para este versículo |
Je.7:28 | 28. A nação. Israel se destacou como um exemplo preeminente de obstinação e rebelião (ver Is 1:4). Sua culpa foi grandemente aumentada por intermédio dos privilégios da aliança.Verdade. Isto é, lealdade ou fidelidade (ver com. de Jr 5:3). |
Je.7:29 | 29. Corta os teus cabelos. O verbo (“corta”) e o pronome possessivo (“teus”) são femininos no hebraico, indicando que se refere a uma mulher. O gênero é indicado pelo acréscimo das palavras “ó Jerusalém”. A cidade é comparada a uma mulher que, na profunda dor pela perda dos filhos, corta os cabelos e vai lamentar nas montanhas (ver Jz 11:37; Lm 1:1-3). Cortar o cabelo era um sinal de extrema tristeza (jó 1:20; Is 15:2; Jr 16:6; 48:37; Mq 1:16). Alguns viram aqui uma referência às tranças que os nazireus usavam como emblema ou sinal de sua consagração a Deus(ver Nm 6:19). Quando um nazireu se contaminava pelo contato com um morto, ele devia raspar os cabelos (Nm 6:6-21).Altos desnudos. Do heb. shefciyim, “Colinas descobertas”. |
Je.7:30 | 30. Seus ídolos abomináveis. Manas- sés profanou a casa de Deus colocando nela a imagem esculpida de Asera (ver 2Rs 21:5, 7; ver com. de Jr 7:18). O povo não estava satisfeito em realizar os ritos licenciosos nos antigos santuários cananeus, nem em queimar incenso para o exército celeste sobre os telhados de suas casas (ver Jr 19:13); eles foram tão longe, a ponto de poluir a morada de Deus (ver 23:11; 32:34). |
Je.7:31 | 31. Altos. A palavra hebraica usada neste versículo, bamoth, é diferente da que foi traduzida como “altos” no v. 29, e se refere a lugares estabelecidos para a adoração idólatra (ver iRs 11:7; 2Rs 17:9; Ez 16:16).Tofete. Certo lugar no vale de Hinom, onde crianças eram sacrificadas a Moloque (2Rs 23:10) e a Baal (Jr 19:5, 6). A etimologia de “Tofete” é incerta. Alguns consideram que a palavra é derivada do heb. tuf, que significa “cuspir" ou “vomitar”, considerando-a como um termo de abominação ou aversão. Tofete pode ter sido um nome satírico para esse centro de idolatria, assim como bosheth, “vergonha”, era um nome satírico para Baal (ver com. de Jz 6:32; 2Sm 2:8). No entanto, outros acreditam que Tofete é derivado de tof, um “tambor de mão” (ver vol. 3, p. 15, 16), e afirmam que o nome foi dado a esse lugar por causa do costume de usar tambores para abafar os gritos das crianças enquanto eram sacrificadas. Em Paradise Lost (livro 1, 11; 391-396), Milton alude a essa prática:“Primeiro, o horrível rei Moloque besuntou com sangueDo sacrifício humano, e as lágrimas dos pais;Apesar do alto ruído de tambores e tamborinsOs seus filhos gritavam em vão, e passavam pelo fogoPara seu ídolo sombrio.”Hinom. Um vale a sudoeste de Jerusalém hoje chamado Wâdi er-Rabâbeh. No passado tora, possivelmente, um desfiladeiro profundo e estreito, com laterais íngremes e rochosas, mas a erosão dos séculos tornou a depressão menos profunda. Durante o período dos reis de Judá, o vale foi associado à adoração a Moloque. Salomão foi o primeiro a introduzir esse ritual abominável (ver IRs 11:7; 2Rs 23:13). A adoração a Moloque (ver com. de Lv 18:21) se tornou particularmente importante nos dias de Acaz e Manassés (ver 2Cr 28:3; 33:6). Para pôr fim a essas abomi- nações, Josias “profanou” o vale (2Rs 23:10, 14), tornando-o, segundo a tradição, o receptáculo de cadáveres e lixo. O livro de Enoque (27:1) se refere ao lugar como “o vale maldito'. O nome grego do NT, gehenna, é uma transliteração do heb. ge Hinnoni, o nome desse vale.Queimarem a seus filhos. O sacrifício de crianças fazia parte da adoração idólatra dos fenícios, moabitas, amonitas e outros. Esta prática repugnante foi adotada por Acaz (ver com. de 2Rs 16:3) e Manassés (ver com. de 2Rs 21:6). Diodoro Sículo (xx.14) descreve tal sacrifício para “Cronos de Tiro” (Baal ou Moloque) ocorrido em sua época em Cartago, uma colônia fenícia. A estátua de bronze do deus tinha a forma de figura humana com os braços estendidos em direção ao chão. A criança sacrificada, quando colocada nos braços, rolava para dentro de um poço de fogo. Diodoro não explica com clareza se a criança era queimada viva ou se primeiro era morta, como acontece geralmente num holocausto (ver Jr 19:5; Ez 16:20, 21). Plutarco (Da Superstição, 13),descrevendo tais ritos, diz que a garganta da criança era cortada. As mães que ali estavam eram proibidas de chorar; flautas e tambores sufocavam os sons de lamento. É possível que, no tempo de Jeremias, as crianças fossem mortas antes. O sal mista declarou que tais sacrifícios eram oferecidos “aos demônios” (SI 106:37, 38).Nunca ordenei. Ver Jr 19:5; 32:35. Deus não ordenou esses ritos, pelo contrário, proibiu rigorosamente tais práticas sob as mais severas penalidades (ver Lv 18:21; 20:1-5; Dt 12:31; 18:9, 10). |
Je.7:32 | 32. Por não haver outro lugar. VerJr 19:6-15. Literalmente, "por falta de lugar” (BJ). O pensamento parece ser que o abate seria tão grande que nenhuma sepultura seria deixada livre. |
Je.7:33 | 33. Pasto às aves. Grande quantidade de cadáveres permanecería insepulta (ver Dt 28:26; Jr 16:4; 19:7; 34:20), por causa da extensão do massacre e do baixo número de sobreviventes.Espante. A cidade se tornaria tão despovoada que não havería quem espantasse os pássaros ou animais necrófagos (cf. Ap 19:17, 18, 21). |
Je.7:34 | 34. Voz de folguedo. Os ais e as lamentações tomariam o lugar da alegria e do júbilo, São especialmente mencionadas como cessariam as canções alegres e a música com a qual o noivo e sua noiva eram acompanhados por uma procissão da casa dela para a dele (ver Is 24:7, 8; Jr 16:9; Ap 18:23).Desolação. Do heb. chorvah, utilizado para lugares que já foram habitados, mas que caíram em ruínas. A terra se tornaria num verdadeiro deserto e monturo.Capítulo 8 |
Je.8:1 | 1. Naquele tempo. Época em que ocorreríam os eventos registrados em Jeremias 7:32 a 34.Lançarão para fora [...] os ossos.Alguns têm sugerido que o motivo para tal profanação seria pilhagem, procura por tesouros, ornamentos e insígnias, que normalmente eram enterrados com os reis. O contexto sugere que o motivo mais provável seria o desejo de mostrar desprezo e afronta aos mortos. Tal prática está em harmonia com os horrendos costumes dos assírios ao lidar com os túmulos dos reis das * regiões conquistadas. As classes que tiveram seus ossos tratados dessa forma eram as que lideraram a apostasia em Judá. |
Je.8:2 | 2. Espalhá-los-ão. Sem dúvida, espalhados ou dispersos descuidadamente, sem qualquer demonstração de respeito.O exército do céu. Há uma ironia nesta ilustração. Os corpos celestes testemunham, si lentes, a profanação dos ossos de seus adoradores.Amado. Ver 2Rs 17:16; 21:3; Jr 19:13; Ez 8:16; Sf 1:5. A devoção deles se tornou num fervor frenético.Recolhidos. Isto é, para sepultamento. |
Je.8:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.8:4 | 4. Não se tornam a levantar? Esse absurdo da persistência obstinada dos habitantes de Jerusalém em formas perversas é mostrado por um contraste com o que as pessoas normal mente fazem. Será que alguém que escorrega e cai prostrado permanece onde cai, sem fazer qualquer tentativa para se levantar?Não torna a voltar? Também não é um instinto natural que alguém que se desviou do caminho certo, volte a ele? |
Je.8:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.8:6 | 6. Arremete com ímpeto na batalha.A impetuosidade do cavalo de guerra é uma ilustração do povo, que mergulha em sua condenação com avidez e intencionalidade (ver com. de Jó 39:19-25). |
Je.8:7 | 7. A cegonha. O profeta traça um nítido contraste entre a fidelidade das aves em seusinstintos migratórios e a infidelidade do ser humano para com as leis que governam o seu ser. A Palestina está no caminho migratório de certas aves que vão da África para o norte. A cegonha branca e a negra são conhecidas na Palestina. Em sua migração, essas aves passam do Mar Vermelho para o norte, ao longo do vale do Jordão. Elas param na Palestina para se alimentar de pequenos animais aquáticos ao longo do Jordão e do Mar da Galileia. Poucas aves são tão pontuais em seus hábitos migratórios.Estações. Do heb. moadim, '‘lugar l ixo” ou “tempos determinados”.A rola. Seu retorno era considerado como um sinal da chegada da primavera (Ct 2:12).A andorinha. Este pássaro passa pela Palestina em suas migrações entre a África e a Europa. Os insetos são abundantes nos mais de 320 km de água doce do sinuoso rio Jordão, contrastando com a costa do Mediterrâneo. |
Je.8:8 | 8. Como, pois, dizeis [...]? Evidentemente, isto se refere em especial aos sacerdotes e aos falsos profetas (ver v. 10; Jr 2:8; 5:31). Foram eles que se gabaram de conhecimento e posse da lei, apesar de sua negligência com as exigências divinas.Converteu em mentira. Os falsos profetas não desejavam as instruções de Jeremias, pois se consideravam sábios e criam ser divinamente nomeados como professores do povo. Os sacerdotes também fizeram o povo errar, falsificando os ensinamentos das Sagradas Escrituras. |
Je.8:9 | 9. Que sabedoria [...]? Literalmente, “sabedoria de que?” Isto é, em que aspecto? O temor de Deus é o princípio da sabedoria (Pv 1:07; 9:10). A Palavra de Deus é a fonte de toda sabedoria (ver Dt 4:5, 6; SI 19:7; 2Tm 3:15). Mas esses falsos líderes religiosos não tinham respeito por quaisquer deles. |
Je.8:10 | 10. Portanto. A punição e suas causas (v. 10-12) são descritas em linguagem quase idêntica à de Jeremias 6:13 a 15 (ver com. ali).Novos possuidores. Os inimigos tomariam posse dos sobreviventes e dos bens dos judeus. |
Je.8:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.8:12 | 12. Serão envergonhados. Ver com. de J r 6:1 5. |
Je.8:13 | 13. Eu os consumirei de todo. Esta frase é ambígua no hebraico; a outra possibilidade é que ela pode ser derivada do heb, asaf. que significa “reunir”. A tradução da frase, nesse caso, seria: “Eu certamente reunirei.’' A LXX traduz como “eles reunirão " (ver Sf 1:2, 3). A tradução “certamente consumirei” se baseia no pressuposto de que o radical do verbo é suf, em lugar de asaf.Não haverá uvas. Alguns consideram a passagem como uma ameaça da perda de colheita e da escassez de alimentos. Parece melhor entender a linguagem de modo figurado, como descrição da nação. O povo de Deus se tornou uma videira infrutífera e degenerada, figueira estéril e ramo seco (ver ls 5:2; Jr 2:21; Mt 21:19; Lc 13:7-9).A folha. Comparar a ilustração do homem justo (SI 1:3) com a de Jeremias (17:8).Já lhes designei os que passarão sobre eles. O hebraico da última frase é obscuro. A LXX não apresenta uma frase correspondente. A tradução literal do hebraico é a seguinte: “Eu darei a eles, estas devem atravessá-los.” A conexão entre essas duas idéias não é clara. |
Je.8:14 | 14. Por que estamos ainda assentados aqui? O profeta dramatiza seu discurso utilizando palavras que o povo aterrorizado> usaria para se dirigir uns aos outros.Venenosa. Do heb. rosh, uma planta amarga e venenosa (ver Dt 29:18; 32:32; SI 69:21), possivelmente a cicuta, o coloquín- tida, a papoula ou a beladona. |
Je.8:15 | 15. Paz. Ver com. de jr 6:14.Cura. Ou, “saúde” (KJV).Terror. Do heb. beathah, “terror” ou "espanto” (ver jr 14:19). |
Je.8:16 | 16. O resfolegar. O profeta descreve, de forma dramática, a chegada do temido invasor na região norte e o consequente terror.Dã. Uma cidade na fronteira norte da Palestina (ver com. de Jr 4:15).Garanhões. Cavalos de guerra (ver Jr 47:3).E vêm. A invasão, apesar de futura, é dramaticamente descrita como seja estivesse ocorrendo.Sua abundância. Literalmente, '‘o que a preenche . |
Je.8:17 | 17. Aspides. Do heb. tsifonim. Há dúvida quanto às espécies de serpentes mencionadas, mas, certamente, eram venenosas. A LXX apresenta “serpentes mortais” em vez. de "serpentes, áspides”.Encantamento. (9 encantamento de cobras remonta a tempos muito antigos (ver com. de Êx 7:11) e ainda é praticado, especialmente na índia e no Egito. Algumas serpentes não respondem ao encantamento (SI 58:4, 5; ver com. de Ec 10:11). O profeta usou a figura dessa serpente para representar a natureza implacável do invasor. A fúria do inimigo não podería ser aplacada ou dissipada por qualquer arte ou método. |
Je.8:18 | 18. Meu coração desfalece. O hebraico da primeira parte do versículo é obscuro. Ê evidente que o coração do profeta estava quebrantado por causa da situação desespe- radora de seu povo. O cap. 8 termina com uma manifestação da pungente angústia de jeremias, causada pela iminência das calamidades nacionais. |
Je.8:19 | 19. Por que [...]? Deus responde com outra pergunta. Porque as pessoas persistiam na idolatria? A angústia deles não se devia a alguma infidelidade por parte de Deus, mas à própria deslealdade deles a seu Rei.ídolos dos estrangeiros. Imagens estrangeiras representavam deuses que eram nulidades (ver Dt 32:21; IRs 16:13, 26; jr 14:22; SI 31:6). Os filhos de Judá escolheram servir a deuses estranhos, por isso Yahvveh os lançaria em uma terra estrangeira. |
Je.8:20 | 20. Passou a sega. Alguns consideram este versículo como uma queixa dos cativos; outros, como uma continuação do amargo lamento do profeta por seu povo condenado. Em qualquer caso, este é o lamento do fracasso. Na Palestina, a safra de grãos começa por volta de abril. A colheita dos frutos ocorre por volta de agosto ou setembro. Quando as culturas de grãos se perdiam, ainda havia a esperança de que haveria uma colheita de uvas, figos, azeitonas, etc. Para Judá, no entanto, a estação de coleta de frutas — a última oportunidade — tinha passado, e não haveria libertação. Seu destino era inevitável.Logo virá o último verão do mundo e com ele a última colheita. Então, dos lábios de milhares, que agora vivem complacentemente, novamente subirá esse clamor de desespero (ver T7, 16). |
Je.8:21 | 21. Pela ferida. A passagem diz, literalmente: “Por causa da ferida (...) fui ferido’ (BJ; ver Jr 23:9). jeremias estava quebran- tado pela sensação de completa ruína que aguardava seu povo.Estou de luto. Ver com. de jr 4:28. O profeta fica de luto (ver SI 38:6; SI 42:9).Espanto. Do heb. shammah, “um evento terrível ', "um horror" (ver com. de Jr 5:30). |
Je.8:22 | 22. Bálsamo. Uma resina ou goma aromática muito valorizada por suas propriedadesterapêuticas (ver jr 46:11; 51:8), derivada de uma pequena árvore perene que crescia na região montanhosa a leste do Jordão. O produto era exportado na época do AT (ver Gn 37:25; Ez 27:17). Não havia bálsamo para as feridas espirituais de Israel, nem médico para aplicá-lo? A resposta implícita é: '“Sim, há." A mensagem trazida pelos profetas, caso atendida, teria fornecido a cura.Há cura para a doença do pecado. O pecado pode ser grande, mas o médico da alma é maior.Por que [...]? A falta de cura para o povo não era devida à ausência de meios para efetivá-la, mas à recusa da nação em ir ao Grande Médico. Talvez o povo tenha se tornado insensível às suas necessidades. Talvez tenha ficado muito orgulhoso para aceitar o remédio e pensasse que poderia curar a si mesmo. Talvez tenha passado a gostar da doença. De qualquer maneira, não quis olhar para o Médico e viver.Cura. Do heb. 'arukah, não é a mesma palavra traduzida como “saúde" (KJ V) no v. 15.:'Arukah refere-se à nova carne crescendo no local ferido.Filha do Meu povo. Expressão hebraica comum que indica que a nação de Israel, ao longo de sua história, foi a “mãe"' e aquela geração era a “filha".ver com. de Ellen G. White de jr 6:14 20-TI, 50; T2, 243; T5, 353, 590; T7, 16; T8,Capítulo 9c cairão como gavcla atrás do segador, e não há quem a recolha. |
Je.9:1 | 1. Prouvera a Deus a minha cabeça.Logicamente, este versículo pertence ao cap. 8 e é assim colocado na Bíblia hebraica. A linguagem aqui tem sido apropriadamente chamada de poesia do sofrimento (ver Is 22:04; Lm 2:11; 3:48). O desesperado sofrimento de |udá tocou profundamente o profeta, e ele chorou amargamente. Este versículo é, sem dúvida, a fonte da designação de Jeremias como o “profeta chorão”. A profundidade de seus sentimentos e a ternura de suas palavras nos lembram Cristo, que chorou pelos pecados e destino de Seu povo condenado, seis séculos mais tarde (ver Lc 19:41-44). |
Je.9:2 | 2. Uma estalagem de caminhantes. A vida com as pessoas ímpias e corruptas de Judá se tornou tão insuportável que Jeremias desejava a paz, e tranquilidade de unia vida retirada, em algum lugar desolado e solitário (ver Sl 55:6-8).Adúlteros, lanto literal como espiritualmente (ver com. de jr 2:20; 3:8, 9; 5:7, 8). |
Je.9:3 | 3. Curvam. Literal mente, "pisam". Os arcos de batalha de grande porte eram ente- sados ao pressionar os pés na extremidade inferior, enquanto a outra extremidade era dobrada para receber a corda de intestino de boi. O hebraico para os curvadores de arco em jeremias 50:14 e 29 é, literal mente, “piso- teadores do arco”.Língua. Sua língua é comparada a um arco com o qual atiram as flechas da mentira contra seus vizinhos (ver Sl 57:4; 58:7; 64:3, 4; cf. Is 59:4).Verdade. Ver com. de jr 5:3; 7:28. A LXX traduz esta frase como: “ lem prevalecido a falsidade e não a fidelidade." Não foi pela norma de honra e integridade que o povo se fortaleceu e enriqueceu na terra, mas por meio de habilidade no engano, fraude e sofismas.Terra. Neste versículo, c preferível a palavra "país" (ver com. de Jr 4:20, 23).De malícia em malícia. Não pode haver paralisação no mal. Os pecadores avançam de uma forma de maldade para outra (ver 21 m 3:13).Não Me conhecem. Quer dizer, “eles não reconhecem" (ver ISm 2:12; Jó 18:21; Os 4:1). Esta foi a principal causa de todos os seus males. |
Je.9:4 | 4. Guardai-vos. Quando uma nação se afasta dos princípios básicos da verdadeira religião, que contenção há na vida das pessoas"? O resultado é um colapso completo da moralidade (ver Mq 7:5, 6). Jeremias aprendeu por amarga experiência que ninguém era confiável, nem mesmo os da sua própria casa (ver Jr 12:6; cf. Mt 10.36).Anda caluniando. Ou seja, o próximo "segue fofocando ' (ver Jr 6:28). |
Je.9:5 | 5. Zomba. O povo dos dias de Jeremias enganava seus amigos e inimigos.Ensinam a sua língua. Uma indicação da naturalidade de seu mal. A língua deveria ser exercitada na perícia de mentir.Cansam-se. A vontade e o desejo deles de fazer o mal ultrapassavam a disponibilidade em fazê-lo. |
Je.9:6 | 6. Vivem no meio. Uma referência à “habitação' (ARC) de Jeremias ou à do povo. A LXX traduz: "E usura sobre usura, engano sobre engano; eles não querem Me conhecer.’’Recusam. A ignorância do povo acerca de Deus era intencional (ver v. 3; Jr 5:4, 5). Transgressão é uma questão de escolha. |
Je.9:7 | 7. Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3.Eu os acrisolarei. Para remover as impurezas, Deus os colocaria na fornalha da af lição (ver com. de Jr 6:27-30; cl. fs 48:10). O objetivo do juízo era a purificação, não destruição (ver Zc 13:9; Ml 3:3).Provarei. Do heb. bachan, "examinar" (ver com. de Jr 6:27).De que outra maneira [...]? Uma questão que justifica o procedimento divino (ver ls 5:4). Como poderia Deus tratá-los sob tais circunstâncias? |
Je.9:8 | 8. Flecha mortífera. Ou, “flecha de um arco forte". No v. 3, a língua deles foi comparada a um arco. Neste versículo, ela é comparada a uma flecha mortal. |
Je.9:9 | 9. Castigaria. Ver com. de SI 8:4; 59:5. |
Je.9:10 | 10. Pelos. “Por causa de”. Este versículo e os seguintes descrevem a triste desolação do país e de suas cidades, bem como o exílio de seus habitantes.Montes. Os socalcos [trechos planos nas encostas], antes cultivados e fecundos, seriam estéreis.Pastagens. Ou, “moradas”, do heb. neolh. Embora antes cheios de rebanhos, eles se tornariam totalmente destruídos e nem mesmo os pássaros poderíam encontrar subsistência.Lamentação. Do heb. cjinah, “uma elegia" ou “um lamento”. Para mais informações sobre as peculiaridades poéticas da palavra qinah, ver vol. 3, p. 12. As lamentações eram cantadas por pranteadoras profissionais, como mencionado no v. 17.Gado. Do heb. micjneh, geral mente utilizado de modo geral para incluir todos osanimais domésticos, como vacas, cabras, ovelhas, cavalos, burros e camelos. |
Je.9:11 | 11. Montões. Ruínas constituídas de entulho e pedras (ver Jr 51:37).Chacais. Do heb. iannim (ver Jr 10:22; 49:33; 51:37). A mesma palavra hebraica, dependendo do contexto, pode ser traduzida como “monstro marinho' (Gn 1:21; SI 148:7) ou "serpente” (Êx 7:9, 10). |
Je.9:12 | 12. Quem é o homem sábio [...]? O sábio e o profeta são desafiados a explicar a causa das calamidades nacionais (ver Jr 8:8, 9).Por que razão [...]? Uma explicação ao "isto” do início do versículo. A pergunta era: “Por que a terra foi arruinada e se tornou um desertodesolado?" |
Je.9:13 | 13. Porque. O próprio Yahvveh responde a pergunta feita no v. 12.Lei. Do heb. tomh, termo mais amplo do que "lei”. Tomh significa “ensino”, “instrução” e "direção”, e pode ser utilizada também para os ensinamentos dos profetas (ver Jr 18:18; 26:4, 5; ver com. de Dt 31:9; Pv 3:1).Nela. (9 uso do feminino no hebraico deixa claro que a referência é à “lei” e não à “voz” (ver Dt 28:15). |
Je.9:14 | 14. Dureza. Do heb. sherirulh. Este é o sentido geralmente utilizado na Bíblia para esta palavra hebraica (ver Jr 3:17; 7:24; 11:8; 16:12; 18:12; etc,).Baalins. Uma transliteração do plural hebraico para Baal (baalim; ver Jr 2:8, 23). Em vez de lhes ensinar as leis de Yahwch (ver Dt 11:19), seus pais lhes ensinaram a seguir deuses como Baal, de Peor (ver Dt 4:3), Baal- Zebube, de Ecrom (2Rs 1:2) e ao Baal fenício (1 Rs 16:31, 32; ver com. de Os 2:17). |
Je.9:15 | 15. Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3.Alimentarei. Literalmente, "estou alimentando”. O que está para acontecer é retratado como se já tivesse ocorrido.Absinto. Do heb. rosh (ver com. de Jr 8:14). As amargas aflições às quais o povo estava prestes a ser submetido foramcomparadas a esta planta amarga e tóxica (verJr 23:15; cf. Dt 29:18; Lm 3:19). |
Je.9:16 | 16. Espalhá-los-ei. Ver Jr 16:13; 17:4; cf. Lv 26:33; Dt 28:36, 64.Enviarei a espada. Mesmo na terra do exílio, não haverá descanso nem segurança (ver Jr 42:16; 44:27). |
Je.9:17 | 17. Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3.Considerai. Ou, ‘comportem-se de modo inteligente".Carpideiras. Do heb. meqonnoth, lite- > ralmente, “as mulheres que cantam um qinah |hino fúnebre]” (ver com. do v. 10). Quando a morte afetava uma família, carpideiras eram contratadas para lamentar a perda. Elas enfatizavam a lamentação ao usar os cabelos des- penteados, rasgar as roupas, etc. (ver 2Cr 35:25; Ec 12:5; Am 5:16; Mt 9:23; Mc 5:38). jeremias retrata a catástrofe da nação como se já tivesse ocorrido, e sugere que sejam feitas as honras habituais aos mortos.Hábeis. Literal mente, “sábias”, palavra usada aqui no sentido de ser “hábil” na arte do lamento. Habilmente elas contavam as virtudes do falecido e tocavam o coração dos enlutados (ver jr 22:18). |
Je.9:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.9:19 | 19. Arruinados. Do heb. shadhad, “devastados”.Envergonhados. Ou, perturbados.Deixamos a terra. Não foi uma partida voluntária.Transtornaram as nossas moradas. Esta frase também pode ser traduzida como: “Eles destruíram as nossas moradas” (Bj, v. 18). Uma pequena mudança alteraria o sentido para: “Nossas moradias foram lançadas para baixo.” O texto tem um sentido figurado. As moradias são representadas como vomitando seus habitantes ímpios (ver Lv 18:28; 20:22). |
Je.9:20 | 20. Vós, mulheres. A referência é, provavelmente, às carpideiras mencionadas no v. 17, embora a mensagem pudesse ser dirigida a todas as mulheres do país.Ensinai o pranto. Devido ao enorme aumento na quantidade de mortes (v. 21), o número de carpideiras seria insuficiente. Seria necessário que elas transmitissem suas habilidades para suas filhas e vizinhas.Lamentação. Do heb. qinah, “um hino fúnebre” (ver com. do v. 10). |
Je.9:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.9:22 | 22. Como esterco. O ponto de comparação está no abandono e desprezo com que os corpos seriam tratados (Jr 8:2; 16:4; 25:33; cf. 2Rs 9:37).Gavela atrás do segador. Como a fileira de grãos recém-colhidos atrás de um ceifador, assim ficariam as vítimas do ceita- dor. No entanto, há uma diferença. Os grãos foram recolhidos. Contudo, esses mortos seriam deixados onde caíssem ou seriam desdenhosamente pisados. |
Je.9:23 | 23. Não se glorie. Isto é, “não se gabe” (ver IRs 20:11; SI 52:1; Pv 27:1). O profeta assinala alguns motivos ilusórios da vangloria. Os meios humanos sobre os quais as pessoas se orgulhavam seriam inúteis no dia de desolação.Sabedoria. Neste versículo, a principal referência é à sabedoria, sagacidade política e amplidão da visão humana do estadista. No entanto, qualquer confiança depositada na sabedoria humana é pura tolice, pois é parcial e incerta (ver Pv 3:5; lCo 13:9, 10).Força. Proeza militar, armamentos, infantaria, força material, etc. Todos são limitados.Riquezas. As posses materiais não constituem motivo legítimo para se gabar. “Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus” (Pv 23:5). |
Je.9:24 | 24. Glorie-se nisto. Quem é verdadeiramente sábio atribui o louvor somente a Deus, nunca a si próprio (ver com. do v. 23). O conhecimento de Deus é a única base verdadeira para a glória (ver lCo 1:31; 2Co 10:17). A pessoa é verdadeiramente sábia apenas quando o conhecimento é entesourado no coração, pois isto é a vida eterna (Jo 17:3).Esse conhecimento tem um aspecto intelectual que envolve o entendimento. O relacionamento com Deus tem uma base razoável e inteligente. Não é de discipulado cego. A pessoa deve servir a Deus com toda a sua mente (Mt 22:37). Mas conhecer a Deus vai além de uma compreensão meramente teórica. E um conhecimento experimental. È prático e se manifesta em andar nos caminhos de Deus (ver Jó 22:21; Jr 22:16).Misericórdia. Do heb. chesed, 'amor divino" (ver Nota Adicional ao Salmo 36). Deus deseja que as pessoas se familiarizem com Seus atributos.Juízo. Do heb. mishpat (ver com. de jr 5:4; SI 119:7).Destas coisas Me agrado. Deus se agrada em manifestar esses atributos morais, bem como em vê-los refletidos em Seus filhos (ver Mq 6:8; 7:18). |
Je.9:25 | 25. Circuncidados [...] incircuncisos. Literalmente, “circuncidados no prepúcio”. A declaração é enigmática. Pode ser equivalente a dizer “circuncidado na incircunci- são” (ver com. de Jr 4:4). O significado seria então, que, embora o rito exterior da circun- s> cisão fosse observado, não houve purificaçãocorrespondente no coração. O sinal exterior como uma marca da dedicação a Deus não tinha valor em si mesmo, a menos que o coração também fosse dedicado. 7\ NVI assim traduz a frase: “castigarei todos os que são circuncidados apenas no corpo” (ver jr 4:4; cf. Dt 10:16; 30:6; Rm 2:25, 28, 29; ICo 7:19; Gl 5:6; 6:15: Cl 2:11). |
Je.9:26 | 26. Egito, e a Judá, e a Edom. A posição de Judá entre o Egito e Edom é uma marca de degradação.Nas têmporas. Isto é, “tendo as extremidades do cabelo cortadas”. Alguns povos, como as tribos árabes do norte de Quedar (ver com. de Jr 49:28, 32), tinham o costume de cortar o cabelo em forma de anel ao redor da têmporas. Esta prática tinha um signif icado religioso e foi proibida entre os hebreus (ver Lv 19:27; 21:5). Heródoto (iii.8) afirma sobre os árabes: “Eles dizem que seu cabelo é cortado da mesma forma que o de Baco, mas eles o cortavam num formato circular, ao redor das têmporas.”Todas as nações. O profeta pode se referir a todas as nações dos pagãos, judá era uma nação incircuncisa no coração. Consequentemente, não tevepreeminência sobre os gentios à vista de Deus e poderia esperar Seus juízos.Capítulo 10I Ouvi a palavra que o Senhor vos fala a vós outros, ó casa de Israel.JEREMIAS j 0: 2sinais dos céus, porque com eles os gentios se atemorizam. |
Je.10:1 | 1. Casa de Israel. Esta expressão é utilizada neste versículo para designar o remanescente da nação israelita, o reino de judá, emvez do reino do norte (ver com. de Jr 4:1, 3). |
Je.10:2 | 2. Caminho dos gentios. A referência primária é à forma de adoração e àreligião deles (ver Lv 18:3; 20:23; ver com. de jr 4:18).Sinais dos céus. Os pagãos faziam cálculos astrológicos com base em aparências extraordinárias no céu. Fenômenos celestes como eclipses, cometas e conjunções particulares dos corpos celestes eram frequentemente considerados como indicações de destino nacional ou individual (ver Is 47:13).Com eles, os gentios. A razão para o alerta é a prevalência e influência sedutora de práticas religiosas idólatras. A idolatria exercia um fascínio sobre os israelitas, o que fica evidente nos frequentes avisos contra ela (ver Êx 23:24, 32, 33; Lv 18:3; Dt 7:1- 5; jz 2; 3). |
Je.10:3 | 3. Costumes. Do heb. chuqqah, “algo prescrito' ou “um estatuto’’ (ver com. de SI 119:5).Vaidade. Do heb. hevel, “vapor”, “sopro”, algo passageiro e sem valor (ver com. de Ec 1:2).Cortam [...] um madeiro. A inutilidade dos ídolos como deuses é vigorosamente demonstrada ao se chamar a atenção para a origem desses ídolos (ver Is 40:20; 45:20).Artífice. Do heb. charash, “um artífice” ou "um artesão”, do verbo que significa “arar” ou "inventar”. Nas mãos de um artesão, a árvore se torna uma obra de arte. |
Je.10:4 | 4. Com prata e ouro o enfeitam. A imagem esculpida era adornada posteriormente com metais preciosos (ver Is 40:19).Martelos o fixam. O ídolo é fixado em alguma parede ou pilar para fazê-lo ficar de pé e para evitar que caia (ver Is 41:7).Oscile. Ou, mover-se. |
Je.10:5 | 5. ídolos. A ARC diz “torneada”. Do heb. miqshah, termo utilizado em outros textos no AT apenas para obras esculpidas ou batidas (ver Êx 25:18, 31, 36) ou para um pepi- nal (ver Is 1:8).Espantalho. Do heb. tomer. A tradução “palmeira” (ARC) neste versículo é duvidosa, uma vez que a ideia de algo “erguido” (KJV) para traduzir miqshah não encontra apoio.A palavra que geral mente denota uma “palmeira” é tomar (Êx 15:27; Lv 23:40; Nm 33:9; etc.). Uma interpretação diferente tem sido sugerida, baseada no comentário da obra apócrifa, a Epístola de Jeremias, escrita no período dos macabeus. A passagem de Jeremias parece se referir a essa profecia. O v. 70 (69, na LXX) desta epístola diz: “Pois como um espantalho em um pepinal nada guarda, assim são seus deuses de madeira, feitos em ouro e prata.” Na medida em que a tradução “campo de pepinos” pode ser apoiada por Isaías 1:8, é possível que, por meio do heb. tomer, o profeta quisesse designar um espantalho. Isso daria a interessante tradução: “Eles são como um espantalho em pepinal” (ARA). Um espantalho em uma horta é algo inerte e impotente. É designado para espantar os pássaros, mas até estes podem “perceber” sua impotência e pousar sobre ele.Não podem falar. Como espantalhos em um campo, os ídolos, embora tenham aparência humana e estejam numa postura de quem fala, são mudos (ver SI 115:5).Necessitam de quem os leve. Os ídolos normalmente eram carregados na grande procissão dos deuses babilônicos, nos festivais religiosos (ver SI 115:7; Is 46:1, 7).Andar. Literalmente, "marchar”. Os ídolos nem mesmo conseguem marchar em suas próprias procissões.Não tenhais receio deles. Os pagãos adoravam seus deuses na esperança de que essas divindades lhes fizessem o bem ou por medo de que os ferissem. O profeta declara que esses deuses eram incapazes de ferir seus inimigos ou ajudar seus amigos. Eles também não recompensavam nem puniam (ver Is 41:23). |
Je.10:6 | 6. Ninguém há semelhante. Deus é apresentado como incomparável (ver Êx 15:11; SI 86:8, 10).Teu nome. O nome de Deus permanece por causa de Seu caráter revelado, Sua fama, Sua reputação (ver com. de SI 31:3). |
Je.10:7 | 7. Temeria. Ver com. de SI 19:9; Pv 1:7.Rei das nações. Assim é declarada a soberania universal de Deus. Yahweh é mais do que o Deus dos judeus (ver Rm 3:29); Ele é o Deus de todo o mundo (ver SI 22:28; 47:7, 8; 96:10).Devido. Do heb. yaah, “ser condizente a”. O temor reverente deveria ser dado somente a Yahweh, que não tem nenhum outro igual a Si.Todos os sábios. Desta forma, são indicados não apenas os sábios e filósofos dos gentios, mas também os deuses dos pagãos — aos quais os pagãos buscavam como fonte de sabedoria (ver SI 89:6). Toda a sabedoria do mundo é loucura diante de Deus (ICo E.19-31). |
Je.10:8 | 8. Estúpidos e loucos. Os adoradores de ídolos são descritos como embrutecidos, não receptivos, brutos e estúpidos (ver com. de SI 115:8; Jn 2:8).Ensino. Do heb. musar, “castigo”, "disciplina” ou “exortação”. A última parte do versículo afirma, literalmente: “a disciplina das vaidades, que é de madeira”. Por “vaidades” o profeta quis dizer“ídolos” (ver Jr 8:19; 14:22; ct. Dt 32:21; SI 31:6). Os ídolos são feitos de madeira e não transmitem conhecimento. |
Je.10:9 | 9. Batida. Uma camada externa de prata e de ouro cobria a imagem de madeira (ver Is 30:22; 40:19; jr 10:4). A mão de obra foi resultado inteiramente do esforço humano.Társis. Literalmente, “planta de fundição" ou “refinaria”. Társis, provavelmente, ficava no sul da Espanha, em Tartesso, onde os lenícios desenvolveram a extração mineral (ver I./ 27:12; jn 1:3; ver com. de lRs 10:22).Ufaz. A localização exata do lugar é desconhecida. Muitos têm entendido isto como uma variante de Ofir (ver com. de Gn 10:29; Dn 10:5).Ourives. Do heb. tsoref, “um refinador”.Azuis. Do heb. tekeleth, “um tecido roxo-violeta”.Púrpuras. Do heb. argaman, “tecido tingido com vermelho-púrpura”.Homens hábeis. Os fabricantes dos ídolos eram artesãos “qualificados” (ver com. de Jr 9:17). |
Je.10:10 | 10. Verdadeiramente Deus. Neste versículo, Jeremias contrasta Yahweh com os falsos ídolos, que são deuses meramente imaginários. Deus é a verdade personificada (ver SI 31:5; jo 14.0; 17:3; ljo 5:20).Deus vivo. Em contraste com a falta de vida dos ídolos, Deus tem vida em Si mesmo (Jo 5:26). A fonte de Sua existência está em Seu ser. Todos os outros seres vivos subsistem “Nele” (ver At 17:28).Rei eterno. Em contraste com a impotência e a existência temporária de todos os outros objetos de adoração, Deus é o “Rei da - eternidade”. Seu domínio é ilimitado, quer no espaço ou no tempo.Suportar. Isto é, “suportar pacientemente” ou “resistir”. |
Je.10:11 | 11. Assim lhes direis. Este versículo está escrito na língua aramaica. Somente uma razão conjuntural pode ser dada para a introdução do aramaico. Pelo fato de o versículo interromper abruptamente o fluxo natural do discurso, alguns suspeitam de uma interpolação, tanto como um comentário marginal ou talvez como um fragmento de algum Targum aramaico. No entanto, outra explicação foi oferecida pelos que defendem a autenticidade do versículo: a passagem pode ser uma resposta construída pelo profeta no idioma de Babilônia para ser usada quando, após o exílio, os babilônios convidassem os judeus para se unirem em adoração idólatra.Perecerão (TB). Há uma semelhança de som entre as palavras para “fazer” e “perecer” no aramaico. |
Je.10:12 | 12. O Senhor fez. Somente Yahweh tem o direito de reivindicar adoração, e esse direito se baseia no fato de que Ele é o Criador. Iodos os seres devem a existência a Ele (ver SI 96:5). O universo é o produto de Sua palavra criadora (Is 40:22, 26; 42:5; 44:24; 45:12, 18; 51:13). Os ídolos sãocriados, mas Deus cria. Ele é o Criador. O texto de Jeremias 10:12 a 16 se repete em 51:15 a 19, com ligeiras variações.Inteligência. Do heb. tevunah. |
Je.10:13 | 13. Fazendo Ele ribombar o trovão. A atividade contínua de Deus é demonstrada nos fenômenos da natureza (ver Am 5:8; 9:5, 6). O salmista também via uma exibição do poder majestoso de Deus na tempestade. Ele chamou a voz de Deus de trovão (ver com. de SI 29:3).Tumulto. Do heb. hamon, “comoção”, “tumulto', portanto, “povo” ou “multidão”.Vapores. Do heb. nesiim, definido como “neblina espessa”, usado neste sentido somente aqui e em outras duas passagens (SI 135:7; Jr 51:16), as quais são paralelas, e em Provérbios 25:14, em que é traduzido como “nuvens". |
Je.10:14 | 14. Estúpido. Embrutecido (ver com. do v. 8).Todo ourives. Isto é, “todo refinador” (ver com. do v. 9).Envergonhado. O ídolo sobre o qual o artesão empenha sua habilidade continua a ser um objeto inanimado. |
Je.10:15 | 15. Vaidade. Do heb. hevel, “vapor” ou "sopro” (ver Jr 10:3; ver com. de Ec 1:2).Obra ridícula. Os ídolos merecem apenas o ridículo e o escárnio, contudo, a crença sincera de um idólatra não deve ser ridicularizada por um cristão.Castigo. Ver com. de SI 8:4; 59:5. No momento em que os fabricantes de ídolos forem visitados com o castigo, os ídolos perecerão (v. 11). |
Je.10:16 | 16. Porção de Jacó. Yahweh (ver SI 16:5; 73:26; 119:57).Semelhante a estas. Como os ídolos perecíveis leitos por carpinteiros e ourives.Criador. Do heb. yatsar, “formar” (ver com. de Gn 1:2), portanto, significa “aquele que forma” ou "aquele que faz”. Os ídolos são feitos por homens, mas Deus é quem criou o universo.Vara (ARC). Do heb. shevet, principalmente, “uma equipe”, “um cetro” ou “uma vara”. A palavra shevet também passou a ser usada para se referir a um grupo de pessoas dirigidas por um líder com sua equipe (ver Si 74:2; cf. SI 122:4; Is 63:17, onde shevet é traduzida como “tribo”).Senhor dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3. Este nome majestoso contrasta nitidamente com todos os nomes de deuses pagãos. |
Je.10:17 | 17. Trouxa. Do heb. kiriah, “carga”, “pacote”, “feixe”.Tira do chão. Ou, “da terra” (ARC).Após a digressão nos v. 10:1 a 16, ao lidar com a tolice da idolatria, a profecia retoma o assunto do cap. 9, ou seja, a desolação iminente da terra e do exílio dos habitantes de Judá. De maneira dramática o profeta ilustra a partida dos exilados. Adverte as pessoas para reunir alguns artigos ás pressas e a se preparar para a partida imediata para Babilônia (ver Ez 12:3).Lugar sitiado. Do heb. rnatsor, “cerco”. |
Je.10:18 | 18. Arrojarei. Ilustração da violência da expulsão (ver Jr 16:13; cf. iSm 25:29). O próprio Yahweh é o orador.Desta vez. Melhor seria, “neste momento”. Em ocasiões anteriores, os invasores de Jerusalém se retiraram sem sucesso (2Rs 16:5; 19:35, 36) ou ficaram satisfeitos com a pilhagem ou o tributo (2Rs 14:14).Para que venham a senti-lo. O hebraico apresenta simplesmente “pode encontrar”, sem nenhum objeto expresso. A versão Siríaca acrescenta o pronome “Mim”, isto é, Deus. Os Targuns interpretam a frase como “para que eles sintam isso”, isto é, o sofrimento. Pode ser que o profeta tenha deixado a frase vaga, propositadamente. O que eles sentiríam dependería de sua própria atitude sob o castigo. |
Je.10:19 | 19. Ai de mim [...]! A nação, personificada neste versículo, é retratada como lamentando sua calamidade, a ruína de sua casa e a perda de seus filhos.Ferida. Literalmente, “quebra” ou “fratura”.Suportá-lo. Reconhecer e aceitar a aflição que alguém trouxe sobre si por meio de seu mau caminho é o primeiro passo para a mudança (ver Lm 3:39, 40).Os judeus da época de Jeremias rejeitaram categoricamente qualquer sugestão de que repetidas mensagens de Deus, alertando para a iminência de cativeiro, poderiam se tornar realidade (ver Jr 7:3; Ez 11:3; 12:21-28). Mesmo a alma devota de Jeremias se rebelou, a princípio, com o pensamento. Ele se sentia profundamente ferido (Jr 4:19; 8:21; 15:18), chorou (9:1; 13:17; 14:17) e orou para que o cativeiro fosse evitado (7:16; 11:14; 14:11). Ele demorou a perceber que o desastre nacional não poderia ser detido (ver 11:11; 14:19). |
Je.10:20 | 20. Minha tenda. Imagem de Jerusalém ou, talvez, de toda a terra de Judá.As cordas. A ilustração da tenda continua na mente do profeta.Não existem. Os filhos estavam mortos ou no exílio (ver Jr 31:15; cf. Gn 42:36). |
Je.10:21 | 21. Pastores. Governadores civis (ver com. de Jr 2:8; cf. Jr 3:15).Não prosperaram. O hebraico também pode ser traduzido como: “não prosperou” ou “não agiu com sabedoria”. |
Je.10:22 | 22. Rumor. A frase é, literalmente, “som de um relatório” ou “notícias”. A comoção representa a marcha de um grande exército indo para a batalha (ver Jr 6:23; 8:16).Terra do Norte. Ver com. de Jr 1:14; 4:6.Chacais. Do heb. tannirn, palavra que também pode ser traduzida como “dragões” (ARC; ver com. de Jr 9:11). |
Je.10:23 | 23. Eu sei. O profeta é o interlocutor, mas fala como representante de Israel. Os v. 23 e 24 constituem uma oração de intercessâo, com uma confissão de pecados apropriada e o pedido para um castigo moderado (ver Jr 18:20).Não cabe ao homem determinar. O ser humano não pode, por si só, determinar adequadamente onde e como ele deve andar. Ele necessita da orientação divina (ver SI 37:23; Pv 16:9; 20:24). Os israelitas preferiram seu próprio caminho.Seu caminho. Isto é, o curso da vida. Dirigir os seus passos. O ser humano precisa da orientação divina em cada passo. Deus dirige os passos de uma boa pessoa (SI 37:23). |
Je.10:24 | 24. Castiga-me. Neste pedido está implícita uma confissão de erro e a admissão da necessidade de correção. Ê um sinal positivo do pecador admitir francamente o erro de seus caminhos e, por iniciativa própria, se submeter à correção.Justa. Do heb. mishpat, usado aqui no sentido de justiça (ver com. de Jr 5:4).Não me reduzas a nada. Literal mente, “não me diminua”. |
Je.10:25 | 25. Derrama. Comparar com SI 79:6, 7.Não Te conhecem. Talvez fosse melhor“não Te reconhecem”. Todas as nações receberam um grau de esclarecimento (ver Rm 1:18-25; 2:14-16).Devoraram a Jacó. Deus permitiu que os pagãos castigassem Seu povo escolhido. Satanás buscava tirar vantagem da ocasião para destruir Israel completamente (ver Is 10:6, 7). As nações excederam a permissão de Deus (Is 47:6).Capítulo 11I Jeremias proclama a aliança de Deus, 8 reprova a desobediência dos judeus, 11 profetiza o mal que está para cair sobre eles e 18 sobre as pessoas de Anatote, por conspirarem para matá-lo.que provas o mais íntimo do coração, veja eua Tua vingança sobre eles; pois a Ti revelei a minha cansa. |
Je.11:1 | 1. Palavra. Ver com. de Jr 1:1; 2:1. Este capítulo contém uma porção da mensagem dada no “Discurso do templo” (ver com. de Jr 7:1; ct. PR, 414) e repetida posteriormente em toda a terra de Judá (1 1:6). |
Je.11:2 | 2. Palavras desta aliança. A expressão "esta aliança’ assume um significado especial neste versículo por causa da descoberta do "livro da lei’’ no reinado de Josias (ver 2Rs 22:8-23:8). A porção da Escritura esquecida por muitos anos era, possivelmente, o livro de Deuteronômio ou pelo menos uma parte dele (ver PR, 392, 393). O livro de Deuteronômio continha o livro da aliança (“livro da lei”, PR, 392). A instrução de Jeremias chamou a atenção repetidamente aos conselhos dados em Deuteronômio (PR, 411). A aliança era a iniciada no Sinai (Jr 11:4; cf. Êx 19:5; Lv 26:12). O livro de Deuteronômio continha um resumo detalhado das condições dessa aliança. Tal era a obra de Jeremias: dirigir a atenção do povo aos preceitos negligenciados do livro (PR, 414). |
Je.11:3 | 3. Maldito. Ver Dt 27:26. Atentar. Do heb. shamá, “escutar” (ARC), utilizado frequentemente no sentido de “dar ouvidos”, “prestar atenção” ou "obedecer” (NVi). |
Je.11:4 | 4. Fornalha de ferro. Ilustração que denota a dura servidão de Israel no Egito. É outra reterência extraída do livro da aliança (ver Dt 4:20). Dai ouvidos à Minha voz. Ver Dt 11 -.27; 28:2-14. |
Je.11:5 | 5. O juramento. Para uma explicação, ver Lv 26:3-13; Dt 7:8; 8:18. Manasse leite e mel. Expressão proverbial que indica a abundância da terra da Palestina (ver comede Êx 3:8; cf. Dt 6:3). Amém. Do heb. amen, expressão comum na adoração hebraica (ver Ne 8:6; SI 41:13; 106:48). Nossa palavra portuguesa “amém” é derivada desse radical. |
Je.11:6 | 6. Nas cidades. Parece que Jerem ias passou de cidade a cidade, ressaltando a importância de dar ouvidos às “palavras deste concerto” (ver PR, 414). |
Je.11:7 | 7. Desde cedo cada dia. A respeito do significado desta expressão idiomática, ver com. de jr 7:13. |
Je.11:8 | 8. Dureza. Ou, “propósito” (ARC). As ameaças desta aliança. Ver Dt 27; 28. |
Je.11:9 | 9. Conspiração. Do heb. qesher, enfatizando uma união. Parecia que o povo, num só coração, seguiu um rumo de apostasia espiritual. Os efeitos aparentemente salutares do esforço sincero de josias para erradicar a idolatria foram de curta duração. |
Je.11:10 | Sem comentário para este versículo |
Je.11:11 | 11. Trarei mal. Literalmente, “estou trazendo o mal”, enfatizando a resolução de Deus para castigar o povo por causa da sua iniquidade.Não os ouvirei. Deus não olvidaria totalmente as orações de Seu povo. No entanto, quando o povo clamasse por livramento da prevista aflição, Ele não removería o castigo. O Senhor sabia o que era melhor para Seu povo. A disciplina foi designada para ser salutar. Embora não houvesse escapatória da calamidade nacional, o Senhor estava pronto a ouvir as orações de arrependimento individual, bem como a atender a todo pedido pessoal por perdão, como Ele sempre fez.A iniquidade de Judá como um todo é indicada nos v. 9 e 10. |
Je.11:12 | 12. Irão aos deuses. Isto pode ser comparado à experiência do rei Saul. Quando, por causa da apostasia, o Senhor recusou responder à indagação do rei a respeito do desfecho da iminente batalha, Saul se voltou para a feiticeira de En-Dor (ver com. de ISm 28:6, 7). A prontidão com a qual o povo se voltou aos falsos deuses indica, claramente, que a nação como um todo não tinha se arrependido. |
Je.11:13 | 13. Número das tuas cidades. Para mais informações, ver com. de Jr 2:28.Vergonhosa coisa. Literalmente, “a vergonha”, demonstrada na frase seguinte como uma referência à imagem de Baal (ver com. > de Jr 2:26; a respeito do reavivamento da adoração a Baal por Manassés, filho e sucessor de Ezequias, ver 2Cr 33:1-3). |
Je.11:14 | 14. Tu, pois, não ores. Isto sugere que, por amor a seu povo, Jeremias intercedeu fervorosamente (ver com. de Jr 7:16). A contínua iniquidade do povo tornou essa intercessão infrutífera. As pessoas não demonstraram um espírito de arrependimento, e seu clamor era nada mais que a expressão do desejo de escapar ao castigo (ver com. do v. 11). |
Je.11:15 | 15. Vilezas. Do heb. mezimmah, que também pode ser traduzida como “padrão mau’’ ou "ímpio desígnio”.Votos. O hebraico nesta parte do versículo é obscuro, e a conexão gramatical da palavra para “muitos” (ARC) é vaga. No lugar de "muitos”, a LXX apresenta euchai, “orações” ou "votos” (ARA), que pode ser o significado pretendido aqui. A tradução da passagem seria, então: “Por que a Minha amada tem praticado abominação em Minha casa? As orações e ofertas sagradas tirarão tua impiedade de ti ou tu escaparás por meio destas coisas?” As “carnes santas” (ARC) aparentemente designam “carnes consagradas”, isto é, “carnes sacrificadas” (ARA). |
Je.11:16 | 16. Oliveira verde. Comparar com SI 52:8; Rm 11:1-24. A palavra traduzida como “verde” denota o viço e a exuberância das folhas. |
Je.11:17 | 17. O Senhor [...] que te plantou.Quem planta uma árvore tem o direito de removê-la caso ela se mostre improdutiva. Deus tinha um plano especial para o antigo Israel (ver p. 13, 14). Quando o povo falhou em sua missão divina, Deus removeu deles os direitos especiais e os privilégios (ver Mt 21:33-43; cf. Is 5:1-7; Jr 2:21). |
Je.11:18 | 18. Fez saber. Isto é, das más obras deles. Voltando-se para os pecados de Judá e de Israel, o profeta dirige sua atenção, no restante do capítulo, para os “atos” de seus próprios conterrâneos de Anatote e para a conspiração deles para tirar sua vida. |
Je.11:19 | 19. Cordeiro. Do heb. alliif. Quando utilizada como substantivo, a palavra quer dizer “amigo”, "pessoa íntima” (ver com. de Jr 3:4) ou, algumas vezes, “gado” (ver SI 144:14). Como adjetivo quer dizer “manso”. Assim, em lugar de traduzir o hebraico desta passagem “como cordeiro, como um boi” (ACF), ele pode ser traduzido como “um manso cordeiro” (ARA). A LXX traduz a expressão como “um cordeiro inocente”. |
Je.11:20 | 20. Vingança, jeremias roga a Deus por justiça. Alguns pensam que sua linguagem é um tanto vingativa, no entanto, este não é necessariamente o caso. Jeremias estava consciente do fato de que ele estava fazendo a obra de Deus. Qualquer interferência em sua obra era um ataque contra Deus (ver vol. 3, p. 703). |
Je.11:21 | 21. Homens de Anatote. Anatote foi atribuída aos sacerdotes (Js 21:18) e era o lar de Jeremias (Jr 1:1). Os “homens de Anatote” eram, portanto, sacerdotes; mais ainda eram familiares próximos de Jeremias (ver jr 12:6). Foi difícil para jeremias perceber a profundidade da apostasia de Judá (11:9-11; ver com. de 10:19). Deus, então, alerta a jeremias sobre a conspiração secreta contra sua vida(11:18, 19, 21), e quando o profeta soube da conspiração contra ele pessoa]mente, começou a entender a atitude deles para com Deus (v. 20; ver 12:1; 17:18).Não profetizes. Isto pode ser comparado à experiência de A mós (Am 7:10-13), de Jesus (Lc 4:16-30) e de Paulo (At 9:23; 23:12). |
Je.11:22 | 22. Os jovens. Isto é, os homens em idade militar, como demonstrado pelo fato de que eles morreríam “à espada”. |
Je.11:23 | 23. Não haverá deles resto nenhum. Se o "remanescente” se refere àqueles que retornariam do cativeiro, a predição evidentemente se aplica apenas aos homensque conspiraram contra Jeremias, enquanto alguns dos homens de Anatote retornariam (ver Ed 2:23; Ne 7:27). Por outro lado, o profeta pode se referir à deportação de todos os habitantes da cidade. Devido à proximidade de Anatote e Jerusalém, isso traria sobre ela toda a força da invasão babilônica.Punição. O propósito da “visitação” (ARC) é a punição (ver com. de SI 8:4; 59:5). Jeremias emprega esta expressão característicamente para se referir ao tempo divinamente apontado para o castigo dos apóstatas (ver Jr 8:12; 10:15; 23:12; 46:21; 48:44; 50:27; 51:18).Capítulo 12I Jeremias, queixando-se da -prosperidade dos ímpios, contempla pela fé a ruína deles. 5 Deus o adverte sobre a traição de seus irmãos e 1 lamenta por Sua herança.cavalo? Se em terra de paz, não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?Meus maus vizinhos, que se apoderam da Minha herança, que deixei ao Meu povo de Israel: Eis que os arrancarei da sua terra e a casa de Judá arrancarei do meio deles. |
Je.12:1 | 1. Quando entro contigo num pleito.jeremias parece profundamente perplexo com a contínua prosperidade dos ímpios. Embora convencido no coração de que Deus é "justo”, ele não conseguia harmonizar completamente seu conceito de Deus e os fatos da experiência humana. Outros santos lutaram com o mesmo problema, como Jó (Jó 21:7T3) e Asafe (SI 73:1-12; ver introdução ao SI 73). Se, como parece provável, Jeremias 12 se ajusta cronologicamente entre os cap. I I e 13, Jeremias poderia ainda estar atribulado com a hostilidade e a conspiração dos homens de Anatote.Em paz. Ou, 'em tranquilidade”.>»• 2. Plantaste. Ver Jr 11:17.Eles deitaram raízes. Metáfora da próspera situação dos ímpios.Do coração. Literalmente, “de seus rins” (Bj). Os rins eram considerados como o centro das emoções. Por isso, os rins eram relacionados aos ‘'sentimentos interiores” (ver SI 26:2). |
Je.12:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.12:3 | 3. Tu, ó Senhor. Confiante que Deus está consciente de sua sinceridade, jeremias espera que Deus o vindique.Ovelhas para o matadouro. Ver jr 11:19. jeremias pede que seus inimigos recebam o castigo que tentaram infligir sobre ele.Destina-os. Do heb. qadhash, frequentemente traduzido como "santificar”, neste versículo, evidentemente, significa “separar” (ver com. de Jr 6:4). |
Je.12:4 | 4. Nosso fim. A LXX traduz como “nossos caminhos”. |
Je.12:5 | 5. Fatigas correndo. Deus pede que jeremias compare suas pequenas tristezas com os enormes problemas das outras pessoas, ou com os imensos problemas que ainda sobreviríam a ele.Com homens que vão a pé. Uma ilustração que representa as vicissitudes comuns da vida comparadas a "cavalos” ou “cavaleiros”, representando as mais difíceis experiências. Um homem comum podia esperar ser acompanhado por seus companheiros. Se ele se cansasse enquanto corresse com homens a pé, como poderia enfrentar a dura tarefa de acompanhá-los com os cavalos? A lição dada ao profeta da Antiguidade pode muito bem servir hoje. Se negligenciarmos as menores tarefas da vida, como enfrentaremos maiores responsabilidades que nos sobrevirão? Se sucumbirmos às pequenas tentações diárias, como venceremos as maiores crises da vida? Se não suportarmos os menores problemas da vida, como resistiremos às terríveistributações que ainda virão sobre nós? Por fim, se deixarmos de atender as situações do presente com fé e confiança, como conseguiremos permanecer nas dificuldades quase insuportáveis e enganos quase invencíveis que virão sobre nós durante o “tempo de angústia”? (ver GC, 621, 622).Floresta. Do heb. gaon, “altura”, “eminência”. A tradução mais comum de gaon no AT é “soberba” (AA, TB). A ARA traduz o termo por “soberba” 21 vezes. No entanto, a expressão "a soberba do Jordão” ou “a floresta do Jordão” é obscura. Alguns consideram que a referência seja às “altas águas do Jordão”, denotando o transbordamento do rio na época da colheita (ver Js 3:15; iCr 12:15). Outros creem que a referência seja às “altas árvores do Jordão’ que, com os arbustos subjacentes e a cana, formavam uma “floresta” (ARA) habitada por leões e outros animais selvagens (ver Jr 49:19; Zc 11:3). Qualquer que seja a opção, o contraste é claro entre esse aspecto do Jordão e a “terra de paz”. |
Je.12:6 | 6. Teus irmãos. A família imediata de Jeremias ou os homens de Anatote, que eram “irmãos” de jeremias no sagrado ofício do sacerdócio (ver com. de Jr 1:1; cf. Jr 11:23).Com fortes gritos. Literal mente, “choram após ti plenamente”. |
Je.12:7 | 7. Minha casa. Esta expressão, evidentemente, refere-se aos israelitas e não ao templo, como indicado pela frase seguinte (ver Os 8:1; lTm 3:15; Hb 3:6). Sem dúvida, quem fala é o Senhor, não jeremias.Abandonei. A palavra hebraica utilizada aqui enfatiza a falta de atenção ou cuidado para com as pessoas ou coisas que são “deixadas”. |
Je.12:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.12:9 | 9. Minha herança. As aves mencionadas são de rapina. |
Je.12:10 | 10. Pastores. Literalmente, “pastores, guardadores de rebanho”. Os líderes dos exércitos invasores são comparados a pastores do campo, cujos rebanhos saqueiam colheitas (ver jr 6:3). |
Je.12:11 | 11. Assolação. A tripla repetição desta ideia acrescenta força à imagem.Ninguém há que tome isso a peito. Uma expressão que denota indiferença, um pecado que agravou a iniquidade dos israelitas (ver Is 42:25; 57:1, 11). |
Je.12:12 | 12. Espada do Senhor. Assim chamada porque o poder militar de Babilônia sob Nabucodonosor foi o instrumento utilizado por Deus para realizar o propósito divino para castigar o povo de Deus (ver com. de Dt 32:41; cf. Is 7:20; 10:5, 6).Paz. Ver com. de jr 6:14. |
Je.12:13 | 13. Proveito. Do heb. tevuoth, “produto” ou “rendimento”, isto é, a colheita do solo. |
Je.12:14 | 14. Meus maus vizinhos. Edomitas, moabitas, amalequitas, filisteus e outras nações vizinhas que se regozijaram com a queda de judá e a atacaram quando estava fraca (ver 2Rs 24:1, 2).Eis que os arrancarei. No cativeiro, estas nações pagãs seriam castigadas como judá (ver jr 25:15-29). |
Je.12:15 | Sem comentário para este versículo |
Je.12:16 | 16. Jurando pelo Meu nome. Se umanação pagã se voltasse para Yahweh, o Deus de Israel, seria “edificada no meio” do Seu povo, isto é, seria contada como pertencente ao Senhor. Era propósito de Deus que essas nações se voltassem a Ele e fossem acrescentadas a Seu povo, Israel. |
Je.12:17 | 17. Arrancá-la-ei e a farei perecer. Aos indivíduos e às nações é dado um tempo de provação; quando esse tempo passar, a nação impenitente cairá sob a ira de Deus (ver PR, 364).Capítulo 13J No símbolo de um cinto de linho escondido no Eufrates, Deus prefigura a destruição de Seu povo. 12 De acordo com a parábola dos jarros cheios âe vinho, Ele prediz a embriaguez deles na miséria. 15 Ele os exorta para que os juízos vindouros sejam evitados e 22 mostra que as abominações deles são a causa do juízo.as tuas fraldas, e os teus calcanhares sofrem violência.esqueceste de Mim e confiaste em mentiras. |
Je.13:1 | 1. Assim me disse o Senhor. Osacontecimentos deste capítulo podem ser datados com um alto grau de certeza em 597 a.C., durante o reinado de três meses de Joaquim, uma vez que, como alguns pensam, a rainha (mãe) mencionada no v. 18 (ver com. ali) é Neústa, a mãe de Joaquim, frequentemente mencionada em ligação ao reinado de Joaquim (ver 2Rs 24:6-8, 12, 15; Jr 22:24, 26; 29:2).Vai. Melhor, “compra” ou “adquira”.Cinto. Do heb. ezor, “uma tanga”. Simbolicamente, a tanga representava os israelitas, a quem Deus ligou estreitamente a Si (ver Jr 13:11).Não o metas na água. Uma peça de roupa suja e úmida se decompõe mais facilmente (ver v. 7). |
Je.13:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.13:3 | 3. Segunda vez. O intervalo entre a primeira e a segunda mensagem não é declarado. |
Je.13:4 | 4. Vai ao Eufrates. Como em seu ponto mais próximo o rio Eufrates está a 528 km de [erusalém, alguns questionam se o atual rio é o indicado, ou se a indicação é a outra localização geográfica referida pelo mesmo nome. A palavra para Eufrates, Perath, é traduzida consistentemente como “Eufrates” no AT. Em todos os casos, Perath. está ligada à palavra para “rio”, exceto neste capítulo, em 2 Crônicas 35:20 e em Jeremias 51:63. As duas viagens de ida e volta ao rio Eufrates, uma para enterrar o cinto (Jr 13:4, 5) e outrapara recuperá-lo (v. 6, 7), exigiríam a tarefa extremamente difícil e árdua de viajar 868 km. Alguns entendem que a importância da profecia deste capítulo justifica tal empreendimento. Outros sustentam que “Eufrates”, neste versículo, refere-se a outro local geográfico e oferecem várias explicações para o uso de Perath. As explicações sugeridas são: (1) que era um vale ainda não identificado, próximo a Jerusalém; (2) que Perath foi um erro de eseriba para a palavra Parah (Js 18:23), considerado estar, aproximadamente, 5,3 km a nordeste de Anatote; (3) que seria Parã, de acordo com a versão grega de Aquila. A última explicação parece altamente improvável. Todas as outras versões traduzem Perath como Eufrates. Embora haja algum questionamento se jeremias foi solicitado a enterrar o cinto nas margens do famoso rio, não há incerteza a respeito da aplicação da profecia simbólica. O cinto representava a casa de Israel (Jr 13:11) e a remoção e enterro do cinto representava a remoção do povo para Babilônia. |
Je.13:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.13:6 | 6. Passados muitos dias. Não é declarado quanto tempo o cinto ficou enterrado. Foi longo o suficiente para que a deterioração o inutilizasse (ver v. 7). |
Je.13:7 | 7. Apodrecido. Do heb. shachath, “estragar" ou “arruinar ’. |
Je.13:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.13:9 | 9. Muita soberba de Jerusalém. Referência ao orgulho vão, prepotente e arrogante do coração pecador e rebelde do povo.Qualquer golpe no orgulho da cidade envolvería o grande objeto do orgulho de Jerusalém, o templo (ver com. de Jr 7:4). |
Je.13:10 | 10. Propósito (ARC). Literalmente, "dureza” (ARA). |
Je.13:11 | 11. Casa de Israel. O simbolismo da profecia é explicado neste versículo. O cinto (ou calção, NTLH) representava as casas de Israel e de Judá.Por povo. Deus lembra a Seu povo qual teria sido a sorte dele se tivesse se mostrado leal a Ele, se tivesse sido obediente à Sua vontade (ver Dt 7:6; 26:18, 19; 28:1, 13; ver p. 12-25). |
Je.13:12 | 12. Jarro. Do heb. nebel, aqui não se refere a um odre (do heb. no d, ver com. de SI 56:9), mas a um grande jarro ou vaso de barro (ver Is 30:14; Lm 4:2).Encherá de vinho. Não entendendo a importância espiritual desta ilustração, a pergunta: "Não sabemos nós muito bem que todo jarro se encherá de vinho?” foi feita pelo povo, em parte, por assombro e em parte por zombaria. Por que Jeremias lhes diria o que eles já sabiam? |
Je.13:13 | 13. E aos reis. Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, reis de Judá (ver 2Rs 23:31-24:20; vol. 2, p. 78-82), estavam diretamenle envolvidos nos últimos eventos do reino do sul. Talvez o profeta tivesse todos eles em mente. |
Je.13:14 | 14. Atirando uns contra os outros. Isto é dito sobre os vasos de barro (ver com. do v. 12). Representa os habitantes da terra. |
Je.13:15 | 15. Não vos ensoberbeçais. O orgulho foi o pecado que marcou judá (ver v. 9). |
Je.13:16 | 16. Dai glória ao Senhor. Isto é, fazer o que exige o conhecimento de Deus e de Seus requerimentos. Como no caso de Acã (Js 7:19), um ato assim envolvería uma contrita confissão de pecados.Montes tenebrosos. Literalmente, "as montanhas do crepúsculo”; talvez uma ilustração sugestiva do misto de tristeza, cegueira do castigo e desespero que osisraelitas estavam prestes a experimentar por causa de sua iniquidade (ver ls 59:9, 10). |
Je.13:17 | 17. Minha alma chorará. O profeta expressa sua afetuosa consideração e pro- tundo amor por seu povo (ver Lm 1:16; ver com. de Jr 9:1).O rebanho do Senhor. Por meio desta ilustração, Deus estabelece Seu terno relacionamento com Seus filhos (ver Zc 10:3;Jo 10:1-6). |
Je.13:18 | 18. Rainha -mãe. Do heb. gevirah, refere-se a Neústa, mãe do rei Joaquim ou Jeconias (ver Jr 29:2; 2Rs 24:8). A mesma palavra, gevirah, é aplicada à mãe de Asa (ver lRs 15:13; 2Cr 15:16). Essas rainhas- mãe exerciam grande influência nos negócios do reino, como indicado pela usurpação de autoridade suprema por Atalia (ver 2Rs 11; ver com. de Dn 5:10).Coroa da vossa glória. Literalmente, "cobertura da cabeça”. |
Je.13:19 | 19. Do Sul. Do heb. negeh, uma região na parte sul da Judeia (ver vol. 1, mapa à p. 976).Todo. Ê enfatizada a integridade da aproximação da deportação. Estava envolvido todo o país, inclusive as cidades do sul. |
Je.13:20 | 20. Do Norte. A rota de invasão de Babilônia para se aproximar da Palestina partia do norte (ver com. de Jr 1:14).Onde está o rebanho [...]? Trata-se da personificação de Sião, como mostrado pelo gênero do pronome “te” que, em hebraico, é feminino. O rebanho representa os habitantes de Judá. Sião deveria ter cuidado deles com carinho, mas cedeu à iniquidade e, de modo vil, negligenciou o "rebanho do Senhor” (v. 17).A pergunta é feita no contexto da invasão já em andamento, como indicado pela frase: “vede os que vêm do norte”. O questionamento do profeta não recebe resposta. Como o homem sem a veste nupcial, Sião permanece “sem palavras” (ver Mt 22:12). Na verdade, a pergunta não requer nenhuma resposta. <~ A verdade dolorosa é por demais evidente.O dia da provação já passou. O rebanho está passando para mãos inimigas.O mesmo questionamento é dirigido a pais, professores e líderes espirituais. Deus confiou pessoas preciosas aos seus cuidados. Ele exigirá conta rigorosa dos guardiões de Seu rebanho. |
Je.13:21 | 21. Quando Ele puser. A referência é a Deus (ver DTN, 641).Ensinaste. O sentido desta sentença não é claro. O antecedente de “aqueles” é incerto. A ideia geral é que o objeto da confiança de Judá falharia com ela. |
Je.13:22 | 22. Levantaram as tuas fraldas. Literalmente, “são postos a nu”. A remoção das "fraldas” era uma indicação de profunda degradação (ver Is 47:1-3; Na 3:5). Relevos assírios retratam mulheres cativas sofrendo este ultraje.Sofrem violência. Literal mente, “tratada violentamente”. Isso pode significar que eles seriam obrigados a caminhar descalços como humildes escravos ou prostitutas marginalizadas (ver Is 20:2-4). |
Je.13:23 | 23. Etíope. Literalmente, “cusita”. Estas pessoas da parte superior do Ni Io (ver com. de Gn 10:6; ver vol. 2, p. 35, 36) eram familiares ao povo de judá (ver Jr 38:10). A ilustração gravou vivamente a triste verdade de que o pecado de Judá estava tão firmemente estabelecidoe de que seu povo não conseguia, por si só, mudar seus maus caminhos. Nada foi deixado para eles, a não ser o cativeiro.Então, poderieis fazer o bem. Neste versículo, é apresentada a futilidade de qualquer esforço humano para vencer o mal, à parte do poder de Deus (ver 1 Rs 8:46; SI 130:3; Pv 20:9; Ec 7:20; Rm 3:9-12; 7:22- 8:4; IJo 1:8-2:2). |
Je.13:24 | 24. Restolho. Do heb. qash, referência à palha esmagada e quebrada, encontrada na eira depois que os bois pisaram o grão. Ela será soprada pelo vento quente que a varrerá do deserto da Arábia (ver com. de jr 4:11). |
Je.13:25 | 25. Mentiras. Possivelmente, uma referência à adoração aos falsos deuses. |
Je.13:26 | 26. Levantarei as tuas fraldas. Ver com. do v. 22. Ilustra a revelação da “vergonha” do povo. |
Je.13:27 | 27. Teus adultérios. Metáfora da adoração idólatra dos israelitas (ver jr 3:20).Rinchos. Representa os desejos e a cobiça não reprimidos de Judá em relação à idolatria (ver Jr 2:24; cf. 5:8).Purificarás? A parte final do versículo apresenta a acariciada esperança do Senhor quanto a reforma espiritual dos israelitas. A terminologia sugere uma esperança tingida com desespero melancólico por causa do rumo persistentemente impenitente do povo.Capítulo 14./ A grave fome 7 leva jeremias a orar. 10 O Senhor não ouvirá o povo. 13 Não há desculpas para profetas mentirosos. 17 jeremias é movido a lamentar por eles.e o clamor de Jerusalém vai subindo. |
Je.14:1 | 1. Palavra do Senhor. Isto inicia uma nova profecia, que é considerada por alguns como uma extensão de Jeremias 17:18. A mensagem de jeremias 14 não é datada.No entanto, especuia-se que Jeremias a enviou algum tempo antes da última parte do terceiro ano do reinado de Jeoaquim (ver Jr 25:1), porque não há uma alusão nocapítulo indicando que os caldeus já haviam chegado a Jerusalém.Da grande seca. Ou, “a seca” (ver Jr 3:3). Se a seca descrita neste versículo deve ser identificada com a mencionada em Jeremias 3:3, a época desta profecia cairia, possivelmente, por volta da primeira década do ministério de Jeremias. |
Je.14:2 | 2. As portas. Nos tempos antigos, a vida pública se centralizava nas portas da cidade (ver com. de Gn 19:1). A queda das portas representava o rompimento dos negócios e de outras funções públicas. |
Je.14:3 | 3. Não acham água. Comparar com 1 Rs 18:5; Am 4:7, 8.Cobrem a cabeça. Expressão de luto ? (ver 2Sm 15:30; 19:4). |
Je.14:4 | 4. Terra que se fendeu (ARC). A palavra assim traduzida não signif ica que se "rachou", como definimos esta palavra, mas "ser golpeada com terror”. Poeticamente, as palavras normalmente atribuídas a seres humanos são, às vezes, relacionadas a objetos inanimados. |
Je.14:5 | 5. As cervas. Até as cervas, conhecidas por seu costume instintivo de cuidar dos filhotes, os abandonaria na busca fútil e desesperada por pasto. |
Je.14:6 | 6. Chacais. Do heb. tannim (ver com. de Jr 9:11). |
Je.14:7 | 7. Posto que as nossas maldades.Devido ao amor por seu povo, Jeremias é orientado a orar pelo perdão deles (ver com. de Jr 7:16). A favor de seu povo, ele voluntariamente confessa as transgressões deles. O profeta sabia que a condição espiritual apóstata de Judá havia causado a seca sobre o povo (Jr 3:2, 3). |
Je.14:8 | 8. Esperança de Israel. Do heb.micjweh Yisrael, uma expressão que ocorre apenas neste versículo e em Jeremias 17:13. O profeta enfatiza que não há “esperança” para Israel, senão no Senhor.Como viandante. A forma gráf ica do profeta para expressar a aparente indiferençade Deus para com Judá no "tempo de angústia”. |
Je.14:9 | 9. Surpreendido. Ou, “espantado”, “perplexo”. A LXX traduz a frase inicial como: “Tu serás como um homem adormecido?”Em nosso meio. A fé triunfante de Jeremias assegurou-lhe que Deus não é como um “viandante”, como sugere o v. 8, mas que o Senhor permanece leal no meio de Seu povo. O profeta sabe, confiantemente, que embora o Senhor demore a agir, Ele, “como valente”, salvará Seu povo. |
Je.14:10 | 10. Não Se agrada deles. Deus deve recusar o pedido de Jeremias porque o povo de Judá não se afastou de seus pecados, mas amou “vaguear” nos caminhos de suas próprias transgressões.Punirá. Ver com. de SI 8:4; 59:5. |
Je.14:11 | 11. Não rogues. Ver Jr 7:16; 11:14. |
Je.14:12 | 12. Não Me agradarei deles. A declaração tem sido compreendida como significando que os jejuns e ofertas eram mera formalidade, atos cerimoniais, sem o sincero espírito da verdadeira adoração (ver Is 1:10-15), portanto, inaceitáveis a Deus. No entanto, a passagem pode ter o sentido de que os jejuns e ofertas deles, embora na medida certa, ocorreram tarde demais para evitar o castigo.Pela espada. A história humana tem demonstrado com tanta frequência a sequência de flagelos da guerra, que a espada, a fome e a pestilência se tornaram uma proverbial trindade do mal (ver Jr 21:9). |
Je.14:13 | 13. Os profetas lhes dizem. Uma das principais razões para a decadência espiritual dos israelitas foi a poderosa má influência de muitos profetas falsos e corruptos em busca de popularidade, que enganavam o povo com esperanças de paz. Esses profetas ilusoríamente raciocinavam que, porque os israelitas eram o povo escolhido do Senhor, estariam seguros de qualquer derrota e que apenas o bem sobreviría a eles. Como o ensino desses falsos líderes religiosos eramais agradável aos ouvidos do povo do que as mensagens dadas pelos verdadeiros servos de Deus, os falsos profetas eram considerados com mais favor que os porta-vozes eleitos por Deus. A oposição dos falsos profetas dificultava extremamente as tarefas dos mensageiros de Deus (ver Is 30:8-10; jr 5:31; Ez 13; Am 3:5-12).Não vereis. De modo característico, os falsos profetas soaram a nota popular ao negar os três flagelos pronunciados sobre o povo de Deus (ver v. 12), prometendo-lhes as bênçãos da prosperidade contínua e “assegurando paz’’. |
Je.14:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.14:15 | 15. A espada e à fome. O Senhor pronuncia sobre esses enganadores as calamidades que eles declararam que nunca ocorreríam. |
Je.14:16 | 16. Não haverá quem os sepulte. Osjudeus consideravam uma grande desonra não serem enterrados com o devido respeito e cerimônia (ver jr 8:2; 16:5, 6). |
Je.14:17 | 17. A virgem, filha. Uma personificação poética para judá, com referência particular à sua capital, Jerusalém (ver Is 37:22; jr 8:21; Lm 1:15; 2:13). |
Je.14:18 | 18. Eis aí os mortos. O profeta ante- viu o desolado estado da terra por causa do cativeiro babilônico.Debilitados pela fome. Isto é, o sofrimento com doenças causadas pela tome, como desnutrição e outras enfermidades decorrentes da falta de alimento.Vagueiam. Ou, "fazer negócio”. O sig- n nifiçado desta frase é um tanto obscuro. Alguns pensam que a passagem quer dizer que o profeta e o sacerdote vagueariam pela terra do cativeiro sem saber onde habitariam ou o que aconteceria a seguir. Outros creem que significa que os falsos líderes religiosos nada aprenderíam da severa experiência do exílio, mas continuariam o seu comércio durante o cativeiro. |
Je.14:19 | 19. De todo rejeitaste a Judá? Neste versículo, novamente (ver v. 7-9) o amor por seu país e por seu povo levaria o profeta a interceder fortemente por eles. Ele começa com uma queixa a Deus quanto às razões das condições calamitosas. |
Je.14:20 | 20. Conhecemos. Jeremias espontaneamente reconhece as transgressões de seu povo. Não obstante, apela ao amor que Deus tem pela nação (ver com. de SI 85:10). |
Je.14:21 | 21. Por amor do Teu nome. Comparar os argumentos de Jeremias e os utilizados por Moisés em favor de Israel (ver Nm 14:15-19).Trono. O trono de Deus é o símbolo da presença divina. Neste versículo, o trono parece denotar a cidade de Jerusalém como o lugar da habitação de Deus (ver jr 3:17; 17:12). |
Je.14:22 | 22. Os ídolos. A inutilidade dos ídolos se tornou cada vez mais evidente a todos durante esse tempo de seca (v. 1), pela total incapacidade dos falsos deuses em produzir a chuva tão necessária (ver Is 41:29; Jr 10:3, 8).Capítulo 15para te salvar, para te livrar deles, diz o Senhor 21 Arrebatar-te-ei das mãos dos iníquos, li- vrar-te-ei das garras dos violentos. |
Je.15:1 | 1. Ainda que Moisés. O cap. 15 aparentemente dá sequência à mensagem do anterior. Assim, possivelmente, os dois capítulos se referem à mesma ocasião. Continuando o debate, por assim dizer, entre Deus e Jeremias (ver v. 1-9), Ele novamente declara Sua rejeição a toda intercessão em favor dos israelitas apóstatas. Moisés e Samuel são mencionados porque foram bem-sucedidos na súplica a Deus (ver Êx 32:9-14; Nm 14:11- 20; lSm 7:8, 9; cf. Ez 14:14). |
Je.15:2 | 2. O que é para. Esta classificação tinha a intenção de impressionar o povo com a impossibilidade de fuga. |
Je.15:3 | 3. Quatro sortes. A espada é o instrumento imediato da morte. Os animais e as aves de rapina devoram os corpos (ver Dt 28:25, 26; 1 Rs 21:23, 24; Jr 7:33). |
Je.15:4 | 4. Espetáculo horrendo. Literalmente, "por um tremor”, ou “por um terror”, isto é, o povo seria desprezado por outras nações (ver 2Cr 29:8; ver com. de Dt 28:25). “Em todos os reinos” (ACF) é, literal mente, “para todos os reinos” (ARA).Por causa de Manasses. O reinado mau e, então, recente deste ímpio rei (ver 2Rs 21:1-18) ainda estava vivido na mentalidade popular. A persistência do povo em seguir o exemplo do ímpio rei era a causa de sua aflição. A menção do justo rei Ezequias enfatizou o contraste entre o caráter do pai e o do filho. |
Je.15:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.15:6 | 6. Compaixão. Ver com. de Gn 6:6, 7. A paciência divina chegou ao fim para os pecadores de Judá, como ocorreu com os antediluvianos. |
Je.15:7 | 7. Cirandei-os. Do heb. mizreh, “uma pá", palavra usada para se referirão grão lançado ao ar para que o vento o separasse da palha (ver SI 1:4; Mt 3:12).Portas. Ver com. de Jr 1:15.Mas. Não há palavra correspondente no hebraico. Pela adição de “mas”, a passagem é reforçada. |
Je.15:8 | 8. As suas viúvas. A guerra com os invasores é retratada como roubando os maridos de suas mulheres.A mãe. Visto que os pais foram mortos, as mulheres mais velhas são deixadas para confiar no braço de seus filhos. No entanto, tudo é em vão. A derrota é inevitável.Meio-dia. Talvez a hora em que o “saqueador” seria menos esperado, o momento em que a maioria dos exércitos descansava (ver com. de Jr 6:4).Angústia. A ARC diz “cidade”. A palavra hebraica comum para cidade ( ir) também significa “agitação”, "angústia”. Embora este segundo significado seja raro, ele se encaixa melhor aqui. Assim, estas palavras finais podem ser traduzidas, literalmente, como: “Fiz cair de repente sobre ela angústia e pavor” (ARA). A LXX traduz: “Lancei de repente sobre ela tremor e ansiedade.” |
Je.15:9 | 9. Sete filhos. O nascimento de muitos filhos indicava ampla provisão para o futuro.Pôs-se-lhe o sol. Imagem que expressa a tristeza da mãe ao ser “envergonhada e confundida” por causa de sua falta de filhos e de herdeiros (ver Gn 16:4; 30:1, 23; Is 54:4; ver com. de Rt 4:15). |
Je.15:10 | 10. Ai de mim [...]! Contemplando os efeitos de sua mensagem, o profeta repentinamente sentiu que sua missão, como a de Cristo, não era “para trazer paz, mas espada” (Mt 10:34).Usura. Ver com. de Êx 22:25. Tanto os devedores evasivos como os exigentes credores foram alvos de maldição. Não sendo devedor nem credor, jeremias pareceprofundamente magoado pelo fato de ser visto por todos como “homem de rixa e homem de contendas”. |
Je.15:11 | 11. Disse o Senhor. O hebraico aqui é obscuro. Esta passagem difícil pode ser livremente traduzida como está na ARA. O significado parece indicar que Deus oferece conforto ao profeta, dancJo-lhe a promessa de libertação de seus inimigos. |
Je.15:12 | "12. Pode [...] ferro? Várias interpretações foram apresentadas para este “ferro” em relação ao poderoso “ferro do Norte”:
1. Foi a maneira de Deus indicar que a oração de Jeremias, vigorosa na intercessão (ver Jr 14:7-9; 19-22), não poderia alterar o propósito divino de punir o povo por suas transgressões.
2. Foi uma representação da incapacidade de Judá de resistir ao “ferro do Norte”' (o poder avassalador dos caldeus).
3. Representava a fraqueza do faraó Neco, no sul, com quem os israelitas contaram para restringir o avanço babilônico, em comparação com o poderio militar de Nabucodonosor invadindo a partir do norte.
4. Representava a falta de poder por parte dos inimigos de Jeremias para se oporem à comissão divina do profeta, cujo poder é comparado ao mais forte “ferro do Norte''.
5. Representava a impotência de jeremias para superar o mal néscio e obstinado do povo que tinha a dureza do “ferro do Norte”.Bronze. Do beb. nechosheth, “cobre” ou "" bronze”." |
Je.15:13 | 13. Os teus bens. Aparentemente, essas palavras são dirigidas a Jeremias como inter- cessor do povo e, portanto, seu representante.Gratuitamente. Uma ilustração que indica completo abandono. Tragicamente, Deus loi forçado a desamparar Seu povo por causa dos pecados dele, do mesmo modo como as pessoas doam o que não tem valor. |
Je.15:14 | 14. Levar-te-ei. Vários manuscritos hebraicos dizem “servir” (BJ, ver NTLH). |
Je.15:15 | 15. Lembra-Te de mim. Nos v. 15 a 18, Jeremias derrama os intensos sentimentos de sua alma. A primeira vista, a linguagem empregada pelo profeta pode parecer vingativa, mas não é necessariamente o caso (ver vol. 3, p. 703, 704). jeremias estava implorando por justiça. |
Je.15:16 | 16. Achadas as Tuas palavras. Talvez ele tivesse em mente seu chamado como porta-voz de Deus (ver Jr 1:1, 2). Nesse sentido, ele relataria a grande experiência que tinha em sua comunhão com o Senhor. Alimentar-se das palavras divinas lhe deu “gozo e alegria” para o coração, e essas palavras se tornaram para ele “mais doces do que o mel e o destilar dos favos” (ver SI 19:10). Isso pode ser comparado à experiência de Ezequiel (ver com. de Ez 3:1, 3).Pelo Teu nome sou chamado. A frase diz, literalmente: “o Teu nome tem sido chamado sobre mim”, jeremias reconhecia que tinha sido adotado pela família celestial e que tinha o nome da família (ver Ef 3:15). De acordo com essa segurança, ele apelou por proteção contra os inimigos (Jr 15:15).Senhor, Deus dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3. |
Je.15:17 | 17. Dos que se alegram. De preferência, “bobos” ou “festeiros”.Solitário. Desde seu chamado, Jeremias teve pouca apreciação social. Como um homem separado por Deus, ele não encontrava prazer no companheirismo com os festeiros.Oprimido por Tua mão. O profeta viveu uma vida abstêmia por causa das exigências divinas. No entanto, sua abnegação nem sempre foi empreendida com boa vontade. Às vezes, ressentimento e indignação enchiam sua alma. Isso pode ser comparado à experiência de Ezequiel (ver com. de Ez 3:14). |
Je.15:18 | 18. Como um ilusório ribeiro. Do heb. kemo akzav. As versões antigas, LXX, Vulgata e Siríaca traduzem "como água enganosa”. Isso levou muitos estudiosos aacreditar que o hebraico seria keme 'akzav, "como águas de engano", isto é, as correntes de águas que falham ou secam, assim, enganando os que se aproximam, esperando água. Muitos riachos ou vales da Palestina são intermitentes - cheios no inverno e secos no verão (ver com. de ISm 17:3). |
Je.15:19 | 19. Se tu te arrependeres. Implica uma reprovação à atitude do profeta. O Senhor assegura a jeremias que, se ele retomasse sua atitude correta, Ele o faria voltar (ARC). Ao profeta seria permitido “estar diante’’ do Senhor no pleno sentido dessa expressão. Ele seria orientado a continuar seu trabalho como porta-voz de Deus (ver IRs 17:1; 18:15).Se apartares. Como porta-voz de Deus, jeremias deveria saber distinguir entre “o precioso” e "o vil”, entre o ouro e a escória, não só nas pessoas a quem ministrava, mas também em si mesmo.E eles se tornarão. Embora algumas pessoas ouvissem a Jeremias e se “convertessem” por meio da obediência à sua instrução,bem como crescessem no plano da experiência espiritual, o profeta não deveria permitir que qualquer oposição ímpia ou pensamento de fracasso o tentasse a se “converter” para as pessoas e comprometer a sua missão, a fim de assegurar o favor delas. |
Je.15:20 | 20. Eu te porei. O Senhor procurou incentivar a jeremias, dando-lhe promessas preciosas. No entanto, o Senhor também achou por bem revelar a Seu servo algumas das dificuldades futuras que lhe sobreviríam. Nos v. 20 e 21, o Senhor avisou a Jeremias que os ímpios iriam lutar contra ele (ver PR, 419). Assim, as severas perseguições que jeremias experimentou mais tarde em seu ministério não foram inesperadas e, prevenido, ele estava melhor preparado para enfrentá-las.Muro de bronze. A liga que hoje chamamos de bronze não era conhecida no tempo de jeremias. A imagem de um forte “muro de bronze’’ é semelhante à metáfora da “fortaleza” (ver com. de Jr 6:27) à qual o profeta foi comparado.Capítulo 16gerarem nesta terra: |
Je.15:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.16:1 | 1. A palavra do Senhor. Ver com. de Jr 14:1. |
Je.16:2 | 2. Não tomarás mulher. Esta proibição ocorreu na juventude do profeta, porque os jovens hebreus geralmente se casavam em uma idade precoce (ver com. de Gn 38:1; 2Rs 22:1; 23:36; ver vol. 2, p. 134, 135). A razão desta proibição é indicada emnem vossos pais, onde servireis a outros deuses, de dia e de noite, porque não usarei de misericórdia para convosco.Jeremias 16:3 e 4. Pais e filhos em breve solreriam a mais dura fatalidade. O estado civil de Jeremias como solteiro, era, portanto, um sinal para aquela geração rebelde (ver Is 8:18; Ez 24:24, 27). Conduzir o trabalho de Deus, muitas vezes, requer sacrifícios pessoais (Lc 14:26; ver com. de lCo 7:29). |
Je.16:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.16:4 | 4. Enfermidades. Literalmente, “doenças mortais” (Bj), possível referência a mortes por enfermidade ou fome (ver Jr 14:18), em contraste com as causadas pela espada.Não serão pranteados. Visto que os judeus consideravam muito importantes as observâncias e cerimônias fúnebres, negligenciá-las era uma grande desonra (ver Jr 9:20-22; 14:16). |
Je.16:5 | 5. Casa do luto. A LXX traduz “festa de luto”. Esta proibição enfatizava ainda mais*¦ a gravidade das aflições que sobreviríam a Judá (ver Ez 24:15-27; ver com. de Lv 10:6, 7).Minha paz. Não havería aflições maiores do que essas sobre o povo de Judá, porque a “paz” de Deus compreendia todas as outras bênçãos, como plena expressão da "benignidade e a misericórdia” do Senhor (ver jo 14:27; ver com. de Jr 6:14). |
Je.16:6 | 6. Não serão sepultados. Ver com. do v. 4.Incisões [...] raparão a cabeça. Estaspráticas pagãs pelos mortos foram proibidas na lei (ver Lv 19:28; 21:5; Dt 14:1; cf. jr 7:29). Evidentemente, os israelitas adotaram esses costumes, seguindo-os com frequência cada vez maior durante os reinados de Acaz e Manassés (ver jr 41:5; Mq 1:16). Dos dois males, rapar a cabeça era, possivelmente, a prática mais comum. |
Je.16:7 | 7. Não se dará pão. Nesta passagem, o texto da LXX foi vertido como: “Não partirás o pão em luto por eles”, tradução apoiada por dois manuscritos hebraicos e adotada por algumas versões em português, entre elas, a BJ. Se a tradução estiver correta, a referência aqui é ás refeições fúnebres. |
Je.16:8 | 8. Casa do banquete. Jeremias não deveria apenas evitar o lugar de luto (ver v. 5), ele também deveria se abster de frequentar qualquer ocasião social de alegria ou diversão. Na consciência solene de sua missão solitária, ele deveria permanecer distante de tais encontros. |
Je.16:9 | 9. Eis que farei cessar. Ver jr 7:34; 25:10; 33:11. |
Je.16:10 | 10. Qual é a nossa iniquidade [...]?Outro exemplo: os apóstatas, por causa de seu embotamento espiritual ou surpresa hipócrita, perguntavam por que o juízo de Deus cairia sobre eles (ver Jr 5:19; 13:22). Cegos para a realidade e profundidade de seus pecados, eles não conseguiam ver que eram piores do que os outros e encontravam falso e reconfortante alívio na comparação. Eles sempre se apegaram às formas da verdadeira adoração e confiavam no templo (ver com. de jr 7:4). |
Je.16:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.16:12 | 12. Dureza. Ou, “propósito” (ARC). |
Je.16:13 | 13. Servireis a outros deuses. Se o povo de Deus estava decidido a servir os deuses estrangeiros em sua própria terra, o Senhor, em justa retribuição, os colocaria na terra desses deuses para servi-los nela. |
Je.16:14 | 14. Nunca mais se dirá. O cativeiro de Babilônia estaria muito mais vivido na memória deles do que a escravidão egípcia. Quando os exilados voltassem, eles pensariam em sua libertação de Babilônia como notável sinal da misericórdia e poder divinos, e não no êxodo do Egito. |
Je.16:15 | 15. Terra do Norte. Isto é, Babilônia (ver com. de Jr 1:14). |
Je.16:16 | 16. Muitos pescadores. Metáfora representativa dos invasores babilônios, que cercariam judá e Jerusalém como com uma pesca de arrastão, não permitindo que ninguém escapasse (ver Am 4:2; Ele 1:15).A figura de pescadores também é empregada no bom sentido. Jesus comparou o reino dos céus a uma “rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie” (Mt 13:47). Ele chamou seus discípulos para serem “pescadores de homens” (Mt 4:19). O verdadeiro evangelista é descrito como alguém que "caça e pesca homens” (Ev, 116).Caçadores. Outra ilustração dos invasores, talvez enfatizando o pensamento de buscar o israelita individualmente por meio de captura ou morte, enquanto os "pescadores" ilustram a tomada dos judeus como um todo numa rede da campanha militar. |
Je.16:17 | Sem comentário para este versículo |
Je.16:18 | 18. Pagarei. Assim como na lei mosaica, a restituição ou multa, às vezes, equivalia ao dobro do prejuízo causado, e era frequentemente a medida do castigo (ver Êx 22:4, 7). Por isso, aqui, Deus adverte judá de que o curso da iniquidade que escolheu lhe acarretaria completa retribuição. |
Je.16:19 | 19. Refúgio meu. O profeta abriga esperança e confiança quanto ao que Deus faráno futuro. Isto lhe sugere uma visão do que o Senhor estava disposto a fazer pelos cidadãos das nações estrangeiras que se voltassem para Ele (ver p. 16, 17). A LXX, apropriadamente, traduz a parte final do versículo como: “Quão vãos foram os ídolos que nossos pais adquiriram para si mesmos, e não há nenhuma ajuda neles.” |
Je.16:20 | Sem comentário para este versículo |
Je.16:21 | 21. Saberão. Ver com. de Ez 6:7.Capítulo 17aqueles que Te deixam serão envergonhados; o nome dos que se apartam de Mim será escrito no chão; porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas. |
Je.17:1 | 1. Um ponteiro de ferro. Um estilete (NVI, BJ) ou uma ferramenta para esculpir (ver Jó 19:24).Diamante. Do heb. shamir, “esmeril”, “diamante” ou “pederneira”. Não era o diamante como o conhecemos, mas uma pedra afiada colocada no ferro para gravura em metal. A palavra é traduzida como “diamante” (Ez 3:9; Zc 7:12). Ela é empregada neste versículo para mostrar que “o pecado de Judá” estava profunda e indelevelmente gravado “nas tábuas do coração’’ (ver 2Co 3:3).Nas pontas. Muito provavelmente, as pontas dos altares do culto idólatra (parauma descrição das pontas no antigo altar, ver Êx 27:2/29:12). |
Je.17:2 | 2. Seus filhos se lembram. Educadas em um ambiente de idolatria, as crianças estariam inclinadas a adotar o mesmo caminho perverso.Postes-ídolos. Do heb. asherim. Aserá era o nome de uma deusa cananeia adorada com ritos licenciosos, cujo símbolo era uma árvore ou um poste de madeira (ver com. de Jz 3:7; ver vol. 2, p. 21, 22).Arvores frondosas. Embora Aserá não fosse um bosque, o santuário dessa deusa pagã geralmente estava ligado a um bosque,assim corno os "altos montes” foram associados a altares pagãos (ver Dt 12:2, 3; Is 57:7). |
Je.17:3 | 3. O monte do campo. Comparar com a tradução da AA. O hebraico desta frase é obscuro. Em muitas das versões antigas, a frase foi considerada como um modifica- dor adverbial, indicando apenas o local onde as idolatrias eram realizadas, ou seja, nas montanhas.Teus tesouros darei. Uma alusão aos despojos que os babilônios invasores levariam de Jerusalém, especialmente, do templo (ver 2Rs 24:10-16). |
Je.17:4 | 4. Privarás. Do heb. shamat, “soltar”, “deixar solto” ou "deixar cair”, indicando a rendição da "herança’’ de judá aos caldeus, uma vez que shamat também tem o significado de deixar a terra sem ser cultivada, ou permitindo que ela “descanse” (ver Ex 23:10, 11). O país de Judá, por causa de seu cativeiro próximo, “descansaria” e “desfrutaria seus sábados” (ver Lv 26:32-34; 2Cr 36:21).Fogo. Ver Dt 32:22. |
Je.17:5 | 5. Maldito. Percebendo que boa parte dos problemas experimentados pela nação foram causados por suas alianças com a Assíria e o Egito, o que indicava uma transferência da confiança no Senhor para o “braço” do homem, o profeta subitamente denuncia os responsáveis por essa confiança enganosa.O homem. Neste versículo, a palavra hebraica para "homem” é gever, “homem jovem e vigoroso” (ver com. de SI 34:8).Confia no homem. Diferentemente do que foi feito no versículo anterior, a palavra hebraica aqui é 'adham, “homem” (no sentido genérico), isto é, “pessoa”, “humano”. Neste versículo, "homem” significa dizer que alguém é apenas um ser humano. Assim, as nações das quais os israelitas dependiam de ajuda não eram mais do que um conjunto de seres humanos sujeitos às fraquezas comuns a toda a humanidade. A mensagem do profeta tem significado para os clias atuais. Como é fácil para as pessoas procuraremfontes humanas de ajuda e orientação, em vez de confiar no que Deus prometeu! |
Je.17:6 | 6. Arbusto solitário. Do heb. 'arar, “arbusto”, denotando, provavelmente, o "zimbro”. Uma forte imagem de desolação e esterilidade. Nesta triste e desamparada condição, totalmente à parte das bênçãos que poderiam ter sido suas, a pessoa que confia no homem “não verá quando vier o bem”,Terra salgada. Esta surpreendente imagem imediatamente chamaria a atenção para 4 as costas desoladas do Mar Morto, estéril por causa do conteúdo salgado da água e do solo. |
Je.17:7 | 7. Bendito o homem. Neste versículo, encontramos o oposto de "maldito o homem” (v. 5). |
Je.17:8 | 8. Como a árvore. Similar às palavras do salmista (ver com. de SI 1:3).Não receia. A LXX traduz como “não temerá”. “Plantada junto às águas” e, consequentemente, recebendo muita umidade, esta árvore florescente não é ameaçada pela chegada de uma seca. Assim é com os justos, que recebem força para cada aflição por causa de sua confiança em Deus. |
Je.17:9 | 9. Enganoso. Do heb. ‘aqov, do radical ‘aqav, “apreender no calcanhar”, “seduzir’. Aqui está a divulgação da razão trágica que leva o ser humano não regenerado a escolher ser uma “tamargueíra” estéril (v. 6) no deserto do pecado, em vez de ser uma frutífera “árvore plantada junto às águas” (v. 8) da vida redentora. Essa razão é a natureza pecaminosa, não regenerada do ser humano (ver Jó 15:14; SI 51:5; 58:3; Ec 9:3; Rm 7:14-20; Ef 2:3).Desesperadamente corrupto. Literalmente, “incurável”, isto é, sem capacidade para curar seu próprio mal (ver Jr 13:23; 30:12, 13; Mt9:12, 13). |
Je.17:10 | 10. Coração. Literalmente, “rins” (BJ), como representação do interior do ser humano, dos motivos escondidos (ver com. de SI 7:9). Deus julgará “a cada um conforme as suas obras” (ver Mt 16:27; Rm 14:12; |
Je.17:11 | 11. Como a perdiz. O hebraico da primeira parte do versículo é obscuro. Alguns acreditam que a passagem se refere à crença judaica de que a perdiz acrescentava ao seu ninho os ovos roubados de outros pássaros e que, quando esses ovos roubados eram chocados, os filhotes cresciam e a deixavam. Talvez jeremias tenha empregado essa crença para ilustrar a experiência da pessoa gananciosa, cuja cobiça a levava a amontoar riquezas alheias e que, cedo ou tarde, elas fariam “para si asas" e desapareceríam (ver Pv 23:5). |
Je.17:12 | 12. Trono de glória enaltecido. Ver com. de Jr 14:21. |
Je.17:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.17:14 | 14. Cura-me. Ver Jr 3:22; 30:17; 33:6. O profeta conhece o único que pode curar seu coração pecaminoso (ver SI 6:2; 30:2; 103:1-3).Tu és o meu louvor. Ver Dt 10:21; SI 71:6. |
Je.17:15 | 15. Que se cumpra! Estas são as palavras irônicas e debochadas de israelitas não arrependidos, em resposta às advertências de juízo feitas por jeremias. Parece que o povo se sentia muito seguro e não tinha noção de suas angústias futuras. Trata-se de mais uma indicação de que esta série de mensagens ocorreu no início do ministério do profeta (ver com. de jr 14:1; 15:1; 16:2). |
Je.17:16 | 16. Não me recusei. O sentido do hebraico é: “não se apressei para não ser”. Alguns interpretaram esta declaração de Jeremias como se ele não tivesse sido ágil em deixar seu trabalho como pastor para realizar a comissão de Deus como um profeta (ver Am 7:14, 15), supondo que antes ele cuidava de seus rebanhos em Anatote e em “seus arredores” (ver lCr 6:60). Embora obscuro, o hebraico desta passagem, no entanto, pode ser compreendido de outra forma, como se ele não tivesse se apressado em fugir doencargo (ct. ARA). Outro possível sentido é que Jeremias não tinha deixado de seguir a Deus como um pastor espiritual.Pastor. Do heb. roeh. Alguns acreditam que a palavra deveria ser lida como rciah, “mal”, já que no hebraico, sem vogais, estas palavras são idênticas. '‘Mal” é a tradução feita pela Siríaca e pelas versões gregas de Áquila e Símaco. Desta forma, a frase loi traduzida na AA como: '“não instei contigo para enviares sobre eles o mal”.Nem tampouco desejei. O profeta protesta que, por não desejar ver “o dia da aflição” do juízo divino que ele predisse contra seu povo, ele não estava ansioso para ser o porta-voz de Deus. |
Je.17:17 | Sem comentário para este versículo |
Je.17:18 | 18. Sejam envergonhados. Ver com. de SI 35:4.Dobrada destruição. Literal mente, “rompimento duplo” (ver com. de Jr 16:18). |
Je.17:19 | 19. Assim me disse o Senhor. A partir daqui se inicia uma nova linha de profecias sem ligação direta com as anteriores. Esta mensagem foi enviada, possivelmente, depois das registradas em jeremias 14 a 17:18, e algum tempo antes do discurso do templo (ver com. de Jr 7:1; ver também PR, 411). |
Je.17:20 | Sem comentário para este versículo |
Je.17:21 | 21. Assim diz o Senhor. Este versículo e os seguintes mostram que a profanação do sábado continuava em Jerusalém, principalmente nas "portas’’ da cidade (ver com. de Gn 19:1; Js 8:29).Cargas. Pode ser visto um registro semelhante a respeito da quebra do sábado em Neemias 13:15 a 22. Estas cargas incluíam grãos, vinho, frutas, peixe e outros artigos comerciais trazidos de outros reinos para dentro da cidade, por meio daqueles que vinham ao templo para adorar. Também estavam incluídos os artigos da cidade, que eram vendidos no santo dia de repouso. Desta forma, a ilustração apresentada é da negligente observância do sábado, uma prática muito desagradável a Deus (ver ls 56:2- 6; cf. jr 58:13, 14). |
Je.17:22 | Sem comentário para este versículo |
Je.17:23 | Sem comentário para este versículo |
Je.17:24 | Sem comentário para este versículo |
Je.17:25 | 25. Desta cidade. Seria difícil encontrar alguma passagem bíblica que relate mais acertadamente a grande importância da observância do sábado. Se os judeus tivessem sido leais à lei de Deus, e especialmente ao mandamento do sábado, bênçãos sem medida teriam sido deles.Em carros e montados em cavalos.Símbolos de pompa real (lRs 4:26; Zc 9:9, 10).Será para sempre habitada. Promessa de um destino glorioso que poderia ter sido de Jerusalém (ver DTN, 577; cf. PR, 46, 564; ver também p. 16, 17). |
Je.17:26 | Sem comentário para este versículo |
Je.17:27 | 27. Não Me ouvirdes. A falha dos israelitas em observar o sábado provocaria trágico resultado (ver 2Rs 25.9).Não se apagará. Isto não significa que o fogo arderia sem cessar, mas que o “fogo” da justiça retributiva de Deus não se extinguida até que Seu propósito estivesse completo. Jerusalém foi destruída com fogo pelos babilônios, em 586 a.C., e pelos romanos, em 70 a.D. Em ambos os casos, nenhum esforço humano conseguiu interromper a conflagração, até que a obra de destruição a eles atribuída estivesse completa.Capítulo 18 |
Je.18:1 | 1. Palavra. Esta mensagem não está datada. No entanto, parece haver íntima ligação entre Jeremias 18 e 19. Assim, a data desta mensagem poderia ser 605/604 a.C. (ver com. de Jr 19:1). |
Je.18:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.18:3 | 3. As rodas. Literalmente, “as duas rodas”. Determinadas rodas antigas eram construídas com dois discos de pedra revol- vendo-se um sobre o outro. A roda que estava embaixo tinha o propósito de impelir a máquina com os pés; a roda que estava em cima segurava o pedaço de barro que as mãos do oleiro modelavam enquanto a revolvia. |
Je.18:4 | 4. Estragou. Literalmente, “arruinou" (ver com. de Jr 13:7).Tornou a fazer, isto é, remodelou-o em outro vaso. |
Je.18:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.18:6 | 6. Não poderei Eu fazer de vós [...]? Neste versículo, Deus fala a Israel não a indivíduos, nem com respeito à salvação pessoal, mas como uma nação e em termos de seu relacionamento de aliança com Ele (ver v. 7). Todos os relacionamentos com Israel em tempos passados foram baseados no chamado da nação para servir como guardiã de Sua vontade revelada (Rm 3:1, 2)e para ser Seu instrumento especial para a salvação do mundo (Gn 12:1-3; Dt 4:6-9, 20; 7:6-14; ver p. 13, 14). Deus claramente colocou diante de Seu povo o fato de que a estrita obediência era pré-requisito para abençoá-lo e torná-lo fonte de bênçãos aos outros (Dt 28:1-14), e que a desobediência traria, inevitavelmente, uma maldição e a eventual rejeição de Israel como nação escolhida (Dt 28:15, 63-66). Então, por meio de jeremias, Deus reafirma o que já tinha dito por intermédio de Moisés e acrescenta uma advertência de que a desobediência da parte deles invalidaria as promessas de bênção. Ele reafirma também que o arrependimento sincero tornaria ineficazes as ameaças de rejeição (Jr 18:7-10; sobre uma declaração dos princípios pelos quais Deus lida com as nações, ver com. de Dn 4:17; ver também com. de Êx 9:16, 17).Como o barro. Como nação, Israel entrou voluntariamente num relacionamento de aliança (Êx 19:3-8; 24:3-8). Agindo assim, aceitou a Deus como seu rei (ver iSm 8:7) para dirigir os negócios da nação de modo a realizar a salvação do mundo por meio deles (ver jo 4:22; ver p. 13-17). Devido à própria escolha deles, tornaram-se como barro nas mãos do oleiro. Na descrição de Jeremias, o "vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão" (Jr 18:4). Deus, como o mestre oleiro, estaria justificado ao descartá-los como nação. Contudo, Ele desejava recuperar o inútil vaso de barro e "fazer dele outro vaso" (v. 4). Todas as promessas ainda poderíam acontecer se o povo apenas aprendesse a amar e servir a Deus (Zc 6:15; cf. Is 54:7; Ez 36:11:43:10, ll;Mq6:8;Zc 10:6; ver também p. 18, 19). |
Je.18:7 | 7. Para o arrancar. Com palavras que devem ter lembrado Jeremias de seu chamado ao ministério profético (Jr 1:10), Deus afirmou que o destino de todas as nações está em Suas mãos (ver SI 103:19; Dn 2:20, 21; 4:25). |
Je.18:8 | 8. Converter da maldade. Aprofunda verdade ensinada aqui é que a humanidade está em um universo moral e que as nações permanecem ou caem de acordo com seu relacionamento com a lei moral. Se uma nação conduz seus negócios retamente, seguindo os preceitos de justiça e misericórdia, ela prosperará (SI 1:3). Se, por outro lado, ela se tornar tirana, entregando-se completamente aos valores materiais e seculares da vida, negligenciando as normas de honesto relacionamento nacional e internacional, ela "perecerá” (ver SI 1:6). Ainda havia tempo para que Judá se arrependesse.Eu Me arrependerei. Ver com. de Gn 0:0; |! 2:13. |
Je.18:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.18:10 | 10. Do bem. Os judeus não deveríam pensar que o papel deles como povo escolhido do Senhor lhes assegurava a continuidade do favor divino, independentemente de agirem em harmonia com a vontade divina. |
Je.18:11 | 11. Forjando. Do heb. yatsar, “formar" (ver com. de Gn 1:1). A palavra traduzida como "vaso" neste capítulo vem desse radical. Deus dá forma ao juízo contra Seu povo. No entanto, ainda havia tempo para conversão de "cada um do seu mal proceder”. |
Je.18:12 | 12. Não há esperança. Esta resposta não foi realmente dita pelo povo de judá, mas se trata de uma representação do Senhor do que as pessoas estavam dizendo em seu íntimo e nas ações. Estas palavras devem ser entendidas como expressando não uma atitude de desespero, mas uma atitude que desafiadoramente rejeita a proposta de misericórdia de Deus expressa no versículo anterior. É como se os apóstatas dissessem: “Não adianta! Eu amo os deuses estrangeiros, e continuarei a ir atrás deles” (ver Jr 2:25, N VI). |
Je.18:13 | 13. Perguntai agora. Ver jr 2:10, 11. Tragicamente, enquanto os gentios eram leais à sua falsa adoração, os israelitas eram infiéis a Deus.Virgem. Do heb. bethulah (ver com. de ls 7:14). Esta palavra apresenta de modosurpreendente a vergonha do adultério espiritual de Israel (Jr 14:17; Ez 16). |
Je.18:14 | 14. A neve deixará. A força do Senhor, na qual o Seu povo deveria ter confiado, é como a inabalável neve do Líbano.Faltarão. Literalmente, “ser arrancado”, isto é, secado. Os fluxos da tão desejada água fria que fluíam de alturas distantes ou estrangeiras nunca secaram. |
Je.18:15 | 15. Que os fizeram tropeçar. Referência aos falsos profetas e professores que desviaram o povo (ver Jr 14:13-18).Nas veredas antigas. O mesmo que "seus caminhos”, referindo-se à fé dos patriarcas (ver com. de Jr 6:16). Deixando as largas "veredas”' ou caminhos, para andar nas “trilhas” (em hebraico, esta palavra é diferente da palavra para “veredas”), como Judá podería esperar outra coisa senão “tropeçar"? |
Je.18:16 | 16. Um espanto. A invasão vindoura causaria despovoamento extremo. Uma vez que “espantado” vem do mesmo radical hebraico, a palavra é melhor traduzida por “horrorizado”.Perpétuo assobio. Expressão idiomática de escárnio constante.Meneará a cabeça. Melhor seria, “balançarão a cabeça” (NVI); não com desprezo, mas se condoendo em relação à desolada condição da terra. |
Je.18:17 | 17. Vento oriental. Vento abrasador, terrível, opressivo, cheio de pó que vinha do deserto (ver com. de Jr 4:11; cf. SI 48:7; Jn 4:8).Mostrar-lhes-ei as costas. Assim como a luz do “rosto” de Deus foi a plenitude da alegria e da paz (ver Nm 6:25, 26), virar Seu rosto significaria deixá-los nas sombras da miséria. Desta maneira, se faria a justa retribuição aos que viraram as costas ao Senhor (ver Jr 2:27). |
Je.18:18 | 18. Vinde. As mensagens dadas pelo profeta despertaram a hostilidade do povo, que eclodiu em ódio aberto e tentou matar Jeremias (ver Jr 11:21).Porquanto não há de faltar a lei. Noautoengano, o povo acreditou que o sacerdote popular e os profetas lhes deram instrução suficiente na lei, e que podiam confiar naquela instrução, apesar das advertências de Jeremias sobre a crise vindoura. É possível que a condição revelada aqui tenha fornecido o contexto para a conspiração de Pasur (ver Jr 20:1-3). |
Je.18:19 | Sem comentário para este versículo |
Je.18:20 | 20. Abriram uma cova. Uma imagem gráfica que representa os inimigos do profeta como tão hostis a ele que o prenderam em uma cova, como se fosse um animal selvagem.Minha alma. Usado idiomaticamente para “Mim” (ver com. de SI 16:10).Compareci à Tua presença. Aqui se referindo particularmente aos apelos infrutíferos do profeta por seu povo (ver jr 14; 15). O livro apócrifo (e semi-histórico) de 2 Ma- cabeus faz uma observação interessante a respeito das orações intercessórias de Jeremias: “Tomando então a palavra, disse Onias: ‘Este é o amigo dos seus irmãos, aquele que muito ora pelo povo e por toda a cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus’” (2 Ma- cabeus 15:14, BJ). |
Je.18:21 | 21. Entrega seus filhos. A respeito de uma explicação do tom aparentemente vingativo dos v. 21 a 23, ver com. dos salmos imprecatórios, vol. 3, p. 703, 704. |
Je.18:22 | 22. Ouça-se o clamor. Quando o povo rejeitou a oferta da misericórdia divina, não havia nada a fazer a não ser deixar que Jerusalém fosse tomada pelos babilônios, que infligiríam aos seus cidadãos a crueldade dos invasores (ver 2Rs 8:12; Os 13:16). As esculturas assírias que foram preservadas revelam muito claramente o terrível destino que aguardava os prisioneiros de guerra nesses tempos antigos.Armadilha. Daquelas usadas pelos caçadores de aves (ver SI 140:5; 142:3). |
Je.18:23 | 23. Não lhes perdoes. Ver com. do v. 21.Capítulo 19? que nunca conheceram, nem eles, nem seus pais, nem os reis de Judá; e encheram este lugar de sangue de inocentes;se espantará e assobiará, por causa de todas as suas pragas. |
Je.19:1 | 1. Assim diz o Senhor. Sendo que há vários pontos semelhantes entre este capítulo e o cap. 7, muitos comentaristas declaram que esses dois discursos de jeremias pertencem à primeira parte do reinado de Joaquim. A íntima ligação entre os eventos deste capítulo e os dos cap. 25, 20 e 36, respectivamente, indica que os eventos do cap. 19 ocorreram, possivelmente, durante o 5o ano de Joaquim, por volta de 605/604 a.C. (ver PR, 433).Vai, compra. Ou, "vá e pegue”.Anciãos. Isto é, os representantes de alto nível dentre os líderes civis e eclesiásticos. |
Je.19:2 | 2. Vale. O vale de Hínom foi localizado ao sul de Jerusalém (ver mapa, p. 534; ver com. de jr 7:31). O termo “Ben-Enom” (BJ) ou “Ben-Hinom” (NVlj é uma translitera- ção portuguesa do heb. ben-hinnom, “filho de Hinom”. O vale pode ter recebido o nome de seu primeiro proprietário ou de alguém que acampou ali (ver com. de 2Rs 23:10; Mt 5:22).Porta do oleiro. iVíelhor seria, “a porta dos Cacos” (BJ), possivelmente chamada assim porque levava ao local onde eram lançadas as peças de cerâmica quebradas. Se este tor o caso, todo o cenário proveu Jeremias com uma ilustração gráfica do que estava prestes a acontecer aos judeus devido a sua apostasia. |
Je.19:3 | 3. O reis de Judá. Pode ser que o plural seja empregado para incluir a jeoaquim, que estava reinando, e seu sucessor, Joaquim.Retinir-lhe-ão os ouvidos. Esta expressão foi utilizada primeiramente no AT, numa profecia que predizia a destruição do antigo tabernáculo em Siló (lSm 3:11; ver SI 78:60). E introduzida neste versículo novamente para se referir à destruição de Jerusalém e de seu templo (ver jr 7:14; cf. 2Rs 21:12-15). |
Je.19:4 | 4. Profanaram este lugar. Literalmente, “tornaram este lugar irreconhecível” ou "tornaram este lugar desconhecido”. Isto é, eles abandonaram o Senhor e se voltarampara um deus desconhecido (ver 2Rs 21:1-5, 10-12; 2Cr 33:1-7).Sangue de inocentes. Evidentemente, uma referência aos cruéis sacrifícios de crianças ao deus IVloloque (ver com. de jr 7:31). |
Je.19:5 | 5. Os altos de Baal. Ver com. de jr 2:23.Queimarem os seus filhos no fogo.Ver com. de jr 7.31.Nunca lhes ordenei. Uma figura de linguagem em que a ênfase é dada por meio de uma atenuação da verdadeira situação. Além de nunca ter ordenado tais práticas, Deus as proibiu sob as mais severas penalidades (ver Lv 18:21; 20:1-5; Dt 12:31; 18:9, 10; Jr 7:31). |
Je.19:6 | 6. Tofete. Como este versículo demonstra, este lugar é ligado com o “vale do filho de Hinom” (ver v. 2), porque nos dias de [saias e Jeremias as crianças eram “queimadas a IVloloque” como sacrifício (2Rs 23:10; ver com. de jr 7:31).O vale da Matança. Em justa retribuição à adoração idólatra e cruel de judá, este abominável local se tornaria um lugar de “matança” quando Jerusalém fosse tomada pelos babilônios (ver 2Rs 25:1-9). |
Je.19:7 | 7. Dissiparei. Literalmente, “esvaziarei” (NV1).Pasto às aves. Ver Jr 7:33; 16:4; 34:20; Ap 19:17, 18. |
Je.19:8 | 8. Espanto e objeto de assobios. Vercom. de jr 18:16.Pragas. Literalmente, "ferindo”, isto é, as feridas e a matança que os invasores babilônios fariam na região. |
Je.19:9 | 9. Fá-los-ei comer. Ver Dt 28:49-57; Lm 2:20. josefo registra um caso em que uma mãe comeu seu próprio filho por causa da terrível escassez em Jerusalém durante o cerco de Tito, em 70 a.D. (Guerra dos Judeus, vi.3.4). |
Je.19:10 | Sem comentário para este versículo |
Je.19:11 | 11. Que não pode mais refazer-se. O Senhor repetidamente advertiu Seu povo de que Ele estava trazendo o mal sobre eles por causa de seus pecados (Jr 4:6, 7; 18:11, etc.). Por meio de uma encenação impressionante, o profeta deveria gravar essaverdade na mente do povo. A quebra da botija ilustrava dramaticamente os efeitos da invasão babilônica. No entanto, a ameaça era condicional. Ainda não era tarde demais para evitar a desgraça sobre a cidade e a nação (ver Jr 18:7, 8).A frase "que não pode mais refazer-se” não pretendia indicar que Deus havia retirado Suas promessas acerca de um retorno e reintegração na terra prometida após o cativeiro babilônico (ver p. 18). Essas promessas foram repetidas posteriormente (Jr 29:10; 30:3; etc.), portanto, não estavam em contradição com esta profecia.Somente quando rejeitassem a Cristo é que os judeus seriam finalmente lançados fora como povo de Deus (Mt 21:33-43). A respeito do retorno dos judeus à Palestina no século 20, em relação à antiga profecia, ver p. 19, 20.E os enterrarão em Tofete. Ver com. do v. 6. O enterro deles em Tofete expressaria, por assim dizer, o juízo abrasador de Deus, que sobreviría aos apóstatas por causa de suas iniquidades.Não haverá outro lugar. Ver com. de Jr 7:32. |
Je.19:12 | 12. Farei desta cidade um Tofete.Uma comparação ilustrativa entre a ruína e destruição da cidade e o vale de Elinom (ver com. do v. 2). O desprezo sugerido pelo nome Tofete seria lançado sobre toda a cidade de Jerusalém (ver com. de Jr 7:31). |
Je.19:13 | 13. Sobre cujos terraços. Os terraços planos das casas antigas eram lugares oportunos para a adoração dos corpos celestes (ver Jr 32:29; Sf 1:5).Exército dos céus. O sol, a lua e as estrelas (ver Jr 8:2). |
Je.19:14 | 14. Casa do Senhor. Do vale de Elinom, onde ele encenou sua mensagem aos líderes do povo (ver v. 1, 2), o profeta prosseguiu para o templo, a fim de anunciar o juízo divino ao povo como um todo. |
Je.19:15 | 15. Assim diz o Senhor. Evidentemente, Jeremias repetiu o discurso leito aos líderes no vale de Elinom; sendo assi m, este versículo contém um breve resumo da mensagem.Capítulo 20J Pasurfere Jeremias, recebe um novo nome e uma terrível condenação. 7 jeremias se queixa do desprezo, 10 da traição e 14 de seu nascimento.os quais hão de saqueá-los, tomá-los e levá-los à Babilônia.perseguidores e não prevalecerão; serão sobremodo envergonhados; e, porque não se houveram sabiamente, sofrerão afronta perpétua, que jamais se esquecerá. |
Je.20:1 | 1. Filho do sacerdote Imer. Esta informação o distingue de “Pasur, filho de Mulquias” (jr 21:1). O filho de Imer, possivelmente, tenha sido o pai de “Gedalias”, mencionado em jeremias 38:1 a 4, um dos príncipes que, mais tarde, se opuseram aos esforços de Jeremias.Presidente. Isto é, “líder adjunto”, evidentemente próximo em classificação ao sumo sacerdote. Sua alta posição no tem- * pio seria responsável por sua liderança nas agressivas ações contra jeremias (v. 2, 3), par- ticularmente desde que o profeta entregou sua mensagem ao povo “no átrio da casa do Senhor (ver Jr 19:14, 15). Os acontecimentos do cap. 20, aparentemente, seguem imediatamente, aos do cap. 19 (ver com. de Jr 19:1). |
Je.20:2 | 2. Profeta Jeremias. Esta é a primeira vez que o nome e o título aparecem juntos. Sem dúvida, a razão é realçar a afronta e o insulto sofridos por Jeremias.Tronco. Do heb. mahpeketh, "algo que compele a uma postura torta”, isto é, um instrumento de punição que colocava o corpo em posição muito desconfortável e dolorosa. Em sofrimento e nesta condição humilhante, jeremias passou a noite num dos lugares mais importantes em Jerusalém, “a porta superior de Benjamim”, possivelmente, a Porta das Ovelhas (ver jr 37:13). No entanto, alguns supõem que os troncos estavam em outra parte da cidade e que a porta superior de Benjamim seria uma entrada para o recinto do templo.O mapa da p. 534 aponta as duas localizações possíveis. |
Je.20:3 | 3. No dia seguinte. O profeta foi solto da tortura no tronco depois de uma noite, o que não significa que foi libertado da prisão neste período. E evidente que Jeremias passou muito tempo aprisionado enquanto escrevia suas mensagens ao rei Jeoaquim (ver PR, 433; ver com. de Jr 36:5).Terror-Por-Todos-Os-Lados. Ou, “Magor-Missabibe (ARC). As mesmas palavras hebraicas são traduzidas como “terror por todos os lados” (SI 31:13; Jr 6:25; 20:10). Ê possível que o profeta tenha encontrado conforto no Salmo 31 e que, devido à confiança em Deus como seu Libertador, ele aplicou a frase “terror por todos os lados” a seu perseguidor e não a si mesmo, como fez o salmista (ver SI 31:9-16). |
Je.20:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.20:5 | 5. Toda a riqueza. Isto é, o despojo que os babilônios encontrariam em Jerusalém. |
Je.20:6 | 6. E tu, [...] irás à Babilônia. Todos os israelitas foram levados ao exílio, exceto “o povo pobre da terra” (2Rs 24:14; 25:12; Jr 40:7).Profetizaste falsamente. Isto clara- mente indica que Pasur afirmou ser um profeta e que ele era membro do partido anticaldeu que instou o povo a lutar contra os exércitos de Nabucodonosor, partido este que rejeitou os avisos de Jeremias para não colocar a segurança nacional sobre uma aliança com o Egito (ver Jr 2:18, 36; 14:13- 15; 37:5-10). |
Je.20:7 | 7. Persuadiste. Ver com. de Jr 4:10. As queixas eram uma reação à noite angustiante do profeta no tronco (ver v. 2, 3). Em seu estado depressivo Jeremias parece ter considerado sua obra um fracasso; um fracasso mais amargo pelo temor de que Deus não cumprisse Suas promessas (ver jr 1:8-10; cf. 15:10, 17; Jn 4:1-4).Mais forte foste do que eu. Em suaamarga queixa, jeremias sugere que o Senhor empregou Seu poder para forçá-lo contra opróprio desejo e a vontade, a assumir uma missão na qual ele seria diminuído. |
Je.20:8 | 8. Gritar. Do heb. zaaq, “dar um grito de queixa”. |
Je.20:9 | 9. Não me lembrarei. O senso de frustração e fracasso levou o profeta a sentir que seu único recurso era deixar de realizar sua missão como porta-voz de Deus.Isso. Literal mente, “ele”. O antecedente deve ser fornecido pelo contexto. Alguns sugerem que a referência é à exigência de Deus para que Jeremias fosse seu porta-voz, fazendo com que ele não pudesse escapar. Outros sugerem que o tema é o fogo em si: “isso me foi no coração como um fogo ardente”.Não posso mais. Ou melhor: “não posso mais aguentar” (NTLH). |
Je.20:10 | 10. Murmuração. Um sussurro”, “uma informação má” (ver SI 31:13). A passagem significa que jeremias ouviu muitos maus relatos a seu respeito.Terror por todos os lados! Do heb. magor missaviv, o nome dado a Pasur (ver com. do v. 3).Denunciai. A ideia pode ser: “Informe sobre ele e contaremos o que você nos disse.” Os perseguidores do profeta esperavam conseguir evidências da deslealdade de jeremias para com a nação (ver Jr 11:19; 18:18).Tropece. Ou, “manquejar” (ARC).Persuadir. Ou, “enganar" (AA; ver v. 7). Os inimigos esperavam que em seu zelo profético, Jeremias fosse apanhado ao dizer algo que trouxesse condenação sobre ele e resultasse em sua morte. |
Je.20:11 | 11.0 Senhor está comigo. Apesar de ansioso e perplexo, Jeremias não cedeu ao desespero; sua confiança continuou firme em Deus (ver SI 23; 27; 2Co 4:1, 8, 9). As águas da aflição não fizeram submergir sua confiança, nem o logo da perseguição consumir sua fé (ver Is 43:1, 2).Poderoso guerreiro. Do heb. arits, derivado do verbo ‘arais, “tremer”. O Senhor émencionado como ‘Valente terrível” (ARC), possivelmente, no sentido de "causar tremor nos outros”. Seus inimigos eram "terríveis” (ver Jr 15:21), e foi assegurado ao profeta que Deus, como um poderoso valente, seria um guerreiro mais que adequado contra eles (ver Is 9:6). |
Je.20:12 | 12. Senhor dos Exércitos. Ver com. de SI 24:10; js 5:14. Talvez uma reflexão do pensamento do v. II, que representa a Deus como um guerreiro.Rins (ACF). Ver com. de jr 17:10. |
Je.20:13 | 13. Cantai ao Senhor. A angústia do profeta se rendeu à esperança. A tristeza deu lugar à alegria (ver SI 30:5). |
Je.20:14 | 14. Maldito o dia. O restante do capítulo retrata Jeremias em profundo desespero, lembrando-nos do patriarca jó (ver com. de jó 3:1-6). Devemos sempre lembrar que, embora esses personagens bíblicos fossem grandes homens de Deus, eles eram sereshumanos “semelhantes a nós, sujeitos aos mesmos sentimentos’’ (Tg 5:17). |
Je.20:15 | 15. Alegrando-o com isso grandemente. O pensamento deste deleite paterno aumentava a agonia do profeta (ver Jr 15:10). O mesmo que trouxe alegria aos pais de jeremias fez o profeta cair em desespero. |
Je.20:16 | 16. Seja [...] como as cidades. Referência às “cidades da campina (Gn 19:29) destruídas pelo fogo de Deus. Sua destruição se tornou um exemplo do castigo divino resultante da maldade humana (ver Dt 32:32; Is 1:9, 10; jd 7).Alarido. Do heb. teruah, "um sinal de alarme”, talvez o grito de guerra de um exército invasor. |
Je.20:17 | 17. Não me matou. O capítulo termina no auge da linguagem altamente emocional. O profeta lamenta profundamente sua existência.T\l. 505; TI, 236,Capítulo 21I I A casa do rei de Judá dirás: Ouvi a palavra do Senhor! |
Je.20:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.21:1 | 1. Palavra. O cap. 21 não está em sequência cronológica com os demais capítulos a seguir, mas pertence à época do reinado de Zedequias. Ê muito provável que os eventos descritos aqui ocorreram no início do último cerco de Nabucodonosor a Jerusalém, em 588 a.G. (ver vol. 2, p. 81; vol. 3, p. 81). Atemorizado por sombrias perspectivas ao ver os exércitos de Nabucodonosor se acercarem de Jerusalém, Zedequias enviou dois dignitários a jeremias para que consultasse ao Senhor. Pasur. Não é a pessoa mencionada em Jeremias 20 (ver com. de ]r 20:1). Sofonias. “Segundo sacerdote” (Jr 52:24; cí. 2Rs 25:18), a pessoa próxima do sumo sacerdote. |
Je.21:2 | 2. Nabucodonosor. No livro de jeremias, a grafia deste nome está mais próxima da babilônica Nabú-kudurri-utsur. A KJV faz essa distinção, grafando nesta passagem Nebuchadrezzar, em vez de a mais comum Nebuchadnezzar (ver com. de Dn 1:1). Bem pode ser. Embora os mensageiros tenham procurado Jeremias para perguntar o rumo que o rei deveria seguir, eles sugeriram e esperaram uma resposta favorável a Zedequias. Eles desejavam que o Senhor realizasse "todas as Suas maravilhas” e libertasse a cidade do perigo. Em vista da miraculosa destruição do exército de Senaqueribe (2Rs 19; Is 37), esta ação pode ter siclo de reverência fingida, com o propósito de atrair o protela para que se juntasse aos que resistiam aos babilônios. Mais tarde, houve outra tentativa de conquistar Jeremias para o lado do rei (jr 37:3). Retirar-se de nós. Isto é, suspender o cerco. |
Je.21:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.21:4 | 4. Farei retroceder, jeremias informou aos representantes do rei que seus esforços eram vãos. Deus não desviaria o castigo de Seu povo. Os babilônios se aproximariam mais e mais, avançando de modo irresistível, até que finalmente chegariam “ao meio desta cidade”. |
Je.21:5 | 5. Pelejarei Eu mesmo. Muitas vezes em sua história, Israel enfrentou, com segurança, exércitos superiores, crendo que o Senhor estava com eles. Desta vez, contudo,o '“Deus de Israel” (v. 4) declarou que Ele estava do lado dos invasores caldeus. A causa de Israel era sem esperança. |
Je.21:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.21:7 | 7. Entregarei Zedequias. O deste- mor de Jeremias foi notavelmente demonstrado por estas palavras a respeito de um rei que ainda estava no trono e alguém que estava sendo fortemente pressionado por seus príncipes para desafiar o poder de Nabucodonosor (ver jr 38:1-6). Feri-los-á. Isto foi cumprido literalmente (ver Jr 52:8-11, 24-27). |
Je.21:8 | 8. Eis que ponho diante de vós. Neste versículo, Jeremias fala no sentido literal de encontrar “o caminho da vida” rendendo-se aos caldeus, ou seguir “o caminho da morte”, resistindo a eles. Palavras semelhantes foram usadas em outros lugares para transmitir um significado espiritual mais abrangente (ver Dt 11:26-28; 30:15, 19). |
Je.21:9 | 9. O que sair. Os inimigos de Jeremias facilmente interpretariam esta declaração no sentido de que o profeta estava defendendo a traição e a deserção. A despeito de toda a oposição ao profeta, houve muitos que ouviram suas palavras e se salvaram (ver Jr 39:9; 52:15). Como despojo. Ver Jr 38:2; 39:18; 45:5. |
Je.21:10 | 10. E este a queimará. Embora a tomada de cidades sitiadas geralmente envolvesse a destruição desses lugares com fogo, também é verdade que muitas delas escaparam desse destino, de acordo com o capricho do conquistador. A inspiração divina das profecias de Jeremias é indicada pelo seu exato cumprimento (Jr 52:12, 13; cf. 2Rs 25:8, 9; 2Cr 36:19). |
Je.21:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.21:12 | 12. O casa de Davi. Uma referência aos vários governantes oficiais que pertenceram à família real. As funções judiciais parecem ter sido assumidas, em grande parte, pelos membros da casa real.Pela manhã. Aparentemente, uma das melhores maneiras de um governanteoriental manter o favor de seus súditos era levantar nas primeiras horas do dia e ir à porta da cidade (ver com. de Gn 19:1) para ouvir as queixas e solicitações dos que foram prejudicados. A aparente negligência de Davi quanto a esse procedimento sábio abriu caminho para a rebelião de Absalão (ver 2Sm 15:2-6), ao passo que a atenção de Salomão às necessidades do povo contribuiu para a fama do rei como um homem sábio (ver IRs 3:16-28). Esperar até mais tarde, quando o calor se tornasse opressor, resultaria na perda dessa oportunidade para dispensar a justiça necessária ao povo (ver 2Sm 4:5; Ec 10:16, 17).Oprimido. Do heb. gazal, ‘‘arrancar”, “apossar-se” ou “roubar”. |
Je.21:13 | 13. Moradora. No hebraico, foi empregado o gênero feminino, como no caso de “filha de Sião” (Jr 4:31; 6:2, 23; SI 9:14). Possivelmente, esta seja uma referência à parte mais baixa da cidade de Jerusalém.Rocha. Do heb. tsur, “grande rocha”. Com um falso sentido de segurança, os líderes de Jerusalém pensavam que sua cidade era invencível.Quem descerá [...]? Como os jebuseus do passado, o povo de Judá confiava no que eles equivocadamente consideravam a posição natural de Jerusalém como uma força invencível (ver com. de 2Sm 5:6, 7). |
Je.21:14 | 14. Na cidade, qual bosque. Esta frase tem sido entendida como um bosque literal (ver ISm 23:15) ou o edifício real, chamado de “a Casa do Bosque do Líbano” (IRs 7:2; 10:21; ver 2Sm 7:2, 7; ver com. de Jr 22:6, 7). Um dos atos destrutivos de exércitos invasores como o de Nabucodonosor era cortar “os altos cedros” e os “ciprestes escolhidos” (2Rs 19:23). O desmata- mento recorrente foi uma razão parcial para a relativa escassez de árvores na atual Palestina.Capítulo 22não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não laçais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar.I I Porque assim diz o Senhor acerca deSalum, filho de Josias, rei de Judá, que reinou em lugar de Josias, seu pai, e que saiu deste lugar: Jamais tornará para ali.temes, a saber, nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e nas mãos dos caldeus, |
Je.22:1 | 1. Assim diz o Senhor. A data exata desta mensagem não é certa. Parece claro que ocorreu no reinado de Jeoaquim (ver com. do v. 10; ver também PR, 429, 430). |
Je.22:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.22:3 | 3. Justiça. Partindo das palavras do versículo anterior: "teu povo, que entrais por estas portas", parece que Jeremias transmitiu a mensagem ao rei, diante de seus súditos, enquanto ele estava assentado à porta (ver com. de Jr 21:12), provavelmente conduzindo os negócios públicos. Nem derrameis sangue inocente. Um exemplo desta extrema crueldade foi o assassinato de Urias por Jeoaquim (ver Jr 26:20-23). |
Je.22:4 | 4. Se, deveras, cumprirdes. Novamente o profeta retrata de modo ilustrativo a glória e a prosperidade que sobreviríam a Jerusalém se o povo cumprisse o propósito divino (ver com. de jr 17:25). |
Je.22:5 | 5. Juro por Mim mesmo. Uma expressão que enfatiza a certeza divina em cumprir o Seu propósito (ver Gn 22:16). Deus jura assim porque não há ninguém maior que Ele (Hb 6:13). Esta casa. Partindo do contexto, fica claro que não se refere ao templo, mas ao palácio real. |
Je.22:6 | 6. Tu és para Mim Gileade. A casa do rei” é comparada a Gileade e “a cabeça do Líbano”, por causa das matas que estavam no topo das duas cadeias de montanhas. Os famosos cedros do Líbano e os igualmente famosos carvalhos de Basã foram empregados como símbolos apropriados de glória e prestígio reais (ver Is 2:13; Zc 11:1, 2). E bem possível que este versículo se rei'ira ao salão real do bosque do Líbano (ver com. de jr 21:14). |
Je.22:7 | 7. Teus cedros escolhidos. Nabucodonosor queimou as belas estruturas de madeira de cedro quando tomou Jerusalém (jr 52:12, 13; cf. 2Rs 25:8, 9; 2Cr 36:19). |
Je.22:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.22:9 | 9. Deixaram a aliança. Ver Dt 29:24-26. A aliança, que tornou a Israel o povo especial de Deus, foi quebrada pelo povo, não pelo Senhor. |
Je.22:10 | 10. O morto. Uma referência a Josias, rei justo de judá, para quem Jeremias compôs uma lamentação solene (ver 2Cr 35:25).Josias era muito respeitado e amado por seu povo, e sua morte precoce loi prolundamente lamentada.Aquele que sai. Uma referência ao filho e sucessor de Josias, Jeoaeaz, a quem o faraó Neco tirou do trono e levou para o Egito (2Rs 23.31-34; 2Cr 36:2-4). O destino deste rei, que "nunca mais" retornaria para “a terra onde nasceu" era mais próprio à lamentação do que a morte de josias, que foi ferido mortalmente no campo de batalha (ver com. de 2Rs 23:29. 30; 2Cr 35:24), e foi assim, poupado do mal que sobreviria a seu povo (2Rs 22:20; Is 57:1). Essas referências a Josias e jeoaeaz indicam que a época desta mensagem seria após o reinado de jeoaeaz (ver com. de Jr 22:1, 11). |
Je.22:11 | 11. Salum. Conhecido como Jeoaeaz (ver com. de 2Rs 23:30; lCr 3:15; 2Cr 36:1). |
Je.22:12 | 12. Morrerá. Ver com. de 2Rs 23:34. |
Je.22:13 | 13. Daquele que edifica. Referência ao próprio jeoaquim (ver com. do v. ]). Jeoaquim demonstrou desprezo pela condição econômica de seus súditos, que já estavam experimentando as privações da invasão estrangeira e os encargos de pesado imposto (ver 2Rs 23:35).Aposentos. Literal mente, "sótão”.Sem paga. Jeoaquim impôs trabalho forçado sobre alguns de seus súditos. Em vez cie libertadas, as pessoas loram praticamente escravizadas, recebendo alimento sem salário. |
Je.22:14 | 14. Casa espaçosa. Isto é, "casa de grande porte', com grandes sótãos (ver com. do v. 13) e janelas amplas.Forra-a. Literalmente, "coberta' ou "em forma de painel".Vermelhão. Possivelmente o mesmo pigmento vermelho que era usado nas construções assírias e egípcias (ver Ez 23:14). dal vez tosse cinabre, barro vermelho ou óxido de ferro. I alvez Jeoaquim tivesse a vã ambição de imitar a glória arquitetônica do rei egípcio, o faraó Neco, que o colocara no trono (2Rs 23:34). |
Je.22:15 | 15. Só porque rivalizas [...]? A palavra hebraica traduzida aqui por "encerras” (ARC) é traduzida como "competir” em jeremias 12:5. Em outras palavras, Jeremias repreende Jeoaquim por procurar superar a grandiosidade orgulhosa mente exibida pelos outros.Acaso, teu pai [...]? Uma referência a Josias, pai de jeoaquim. que desfrutou uma vida normal e equilibrada entre juízo e “justiça' [literalmente, “integridade"]. Ele tinha uma grandeza interior que em muito ultrapassou a glória externa dos palácios de Jeoaquim. |
Je.22:16 | 16. Não é isso conhecer-Me? Ver Jr |
Je.22:17 | 17. Tua ganância. Lateralmente, "teu lucro (ver Jr 6:13; 8:10), garantido por meio de "violência e extorsão".Sangue inocente. Ver jr 26:20-23; ver com. de 22:3. |
Je.22:18 | 18. Não o lamentarão. Havia um forte contraste entre a morte de jeoaquim e a de josias. Não haveria luto [tolo ímpio filho como houve pelo piedoso pai (ver 2Cr 35:25). Os parentes de Jeoaquim não lamentariam a perda de um ente querido, nem os súditos do rei lamentariam a perda de seu governante (ver IRs 13:30; Mc 5:38, 39). |
Je.22:19 | 19. Assim o sepultarão. Ver Jr 36:30. A respeito das possíveis circunstâncias em torno da morte de Jeoaquim, ver com. de 2Rs 24:5. |
Je.22:20 | 20. Sobe ao Líbano. A data desta mensagem (v. 20-30) não pode ser determinada seguramente, ainda que os v. 24 a 26 indiquem que ela foi dada durante o curto reinado de jeoaquim, 597 a.C., e que foi endereçada a esse rei. As montanhas do Líbano e de Basã dominavam arota dos babilônios, portanto, este é um local apropriado para lamentar as calamidades de Judá.Abarim. Nome próprio daquela parte da cadeia montanhosa ao sul de Gileade e Basã (ver Nm 27:12; 33:47; Dt 32:49).Todos os teus amantes. As nações, como os assírios e os egípcios, com quem Judá entrou em aliança (2Rs 16:7-9; cf. Ez 23:5, 9; ver com. de Jr 4:30). O clímax dessa destruição ocorreu quando o exército do faraó Neco foi derrotado por Nabucodonosor em Carquemis (Jr 46:2). |
Je.22:21 | 21. Tua mocidade. Isto é, a “juventude” ou início de Judá como nação, não a “juventude” do rei. |
Je.22:22 | 22. O vento. Uma referência ao vento abrasador leste como tipificando a calamidade que varrería a terra de Judá (ver com. de Jr 4:11; 18:17).Apascentará todos os teus pastores.Um característico jogo de palavras hebraico. Esta profecia indicava que a invasão babilô- nica destruiría os príncipes e líderes de Judá. |
Je.22:23 | 23. Como gemerás. Ou, “como suspirarás”. Esta é uma poderosa maneira gráfica de expressar a inevitável miséria e desgraça prestes a cair sobre os governantes e o povo de Judá. |
Je.22:24 | 24. Jeconias. Ou, Joaquim (NV1; ver Jr 24:1; 37:1; 2Rs 24:8). O reinado de Joaquim durou apenas de dezembro de 598 a.C. a março de 597 a.C. (verp. 550, 551, 627, 628, 831, 832; ver também vol. 2, p. 80, 81; vol. 3, p. 82).Selo. Do heb. chotham, “anel real”. Este selo era símbolo do poder real que validava qualquer decreto (ver IRs 21:8; Ag 2:23). Era a posse mais preciosa (ver com. de Ct 8:6).Eu dali o arrancaria. Ou, “ainda o tiraria”. Desta forma, Deus declarou vigorosamente Seu juízo sobre Joaquim (ver Jr 24:1; 29:1, 2; cf. 211 s 24:12, 15). |
Je.22:25 | 25. Nabucodonosor. A respeito da grafia original, ver com. de Jr 21:2. |
Je.22:26 | 26. Tua mãe. Devido à juventude de Joaquim (ou Conias; ver com. do v. 24) quando ascendeu ao trono, é muito provável que sua mãe, Neústa (2Rs 24:8; Jr 29:2), exercesse grande influência durante seu reinado (ver com. de Jr 13:18). Por causa disso, quando o reinado de Joaquim chegou ao fim, o poder dela também terminou.Para outra terra. Mãe e filho foram levados cativos para Babilônia por Nabucodonosor (Jr 29:1, 2; cf. 2Rs 24:10-15). |
Je.22:27 | 27. A ela não tornarão. E evidente que Joaquim nunca retornou à terra de Judá porque ele ainda estava no cativeiro quando 4 Amel-Marduque (Evil-Merodaque) subiu ao trono de Babilônia, e assim continuou “todos os dias de sua vida” (ver Jr 52:31-34). |
Je.22:28 | 28. Coisa. Do heb. ‘etsev, “uma forma”, isto é, “algo formado”. Esta palavra é usada em paralelo a “utensílio” (ARC) que, por sua vez, se refere a uma peça de cerâmica moldada por um oleiro. Joaquim foi um “vaso” rejeitado, lançado em Babilônia.Filhos. Do heb. zerd, também no sentido de “semente” [de plantas, etc.] ou “filhos” (ARA), “descendência”. Isto parece indicar que, embora Joaquim tivesse apenas 18 anos nessa época (597 a.C.), ele já tinha um ou mais filhos. Registros cuneiformes alistam- no como tendo cinco filhos, em 592 a.C. (ver com. de 2Cr 36:9). |
Je.22:29 | 29. O terra, terra, terra! Ver com. de Jr 4:20. A repetição tripla da palavra enfatiza a convicção do desígnio de Deus a respeito de Judá (cf. Lc 22:31; Jo 8:51; 10:1). |
Je.22:30 | 30. Não tivera filhos. A última parte do v. 30 explica que isto significa que nenhum dos “filhos” de Joaquim (ver com. do v. 28) ou de seus descendentes se assentaria em seu trono. Os filhos imediatos de Joaquim e seus descendentes posteriores nunca governariam sobre Judá. Mesmo quando Zorobabel se tornou o líder dos judeus que retornaram do cativeiro, ele não governou como rei (ver PR, 451).Capítulo 23como homem vencido pelo vinho, por causa do Senhor e por causa das Suas santas palavras.e cairão nele; porque trarei sobre eles calamidade, o ano mesmo em que os castigarei, diz o Senhor. |
Je.23:1 | 1. Ai. Não há indicação no cap. 23 quanto à data desta mensagem de aflição. No entanto, uma vez que a profecia é colocada entre uma mensagem dada antes do cativeiro de Joaquim (Jr 22:20-30) e uma mensagem que se segue imediatamente ao cativeiro de Joaquim (Jr 24), não seria insensato supor que a mensagem do cap. 23 tenha ocorrido durante o ano 597 a.C. Pastores. Literalmente, “guardadores de gado’’; os governantes civis, os sacerdotes e os profetas de Judá (ver com. de Jr 2:8). Jeremias apresenta (23:1-8) o contraste entre esses falsos pastores e os verdadeiros que Deus levantaria. Ê significativo que, nessa mesma época na terra do exílio, Ezequiel contrastasse os verdadeiros e os falsos pastores de modo similar (ver Ez 34). AIeu pasto. Um lembrete que ressaltava aos líderes de Judá que o Senhor é o verdadeiro Pastor de Seu rebanho (ver SI 23; 79:13; 100:3; Jo 10:11-15). |
Je.23:2 | 2. Dispersastes as Minhas ovelhas. Esta acusação era literal e espiritualmente verdadeira. Como resultado da negligência, tirania, fraqueza e apostasia de seus governantes, os israelitas foram dispersos para o Egito, Assíria, Babilônia, etc. Visitarei (ARC). Ver com. de SI 8:4; 59:5. Visto que os pastores infiéis “não visitaram o rebanho com o fim de atender as suas necessidades, Deus “visitaria” esses pastores com o intuito de castigá-los pela “maldade’’ de suas "ações”. |
Je.23:3 | 3. E as farei voltar. A destruição final certamente cairia sobre os “pastores” ou governantes, no entanto, havia esperança para "o remanescente" do rebanho. O profeta deu essas mensagens de esperança a Judá na época em que os exércitos de Babilônia fizeram o cerco contra Jerusalém (ver PR, 427), talvez durante o tempo em que Joaquim foi sitiado, em 597 a.C. (ver com. do v. 1). |
Je.23:4 | 4. Que as apascentem. Os pastores perversos "se apascentam a si mesmos e não apascentam as Minhas ovelhas” (Ez 34:8). Deus planejou que os pastores da restauração fossem sinceros ao seu título e dever, como fiéis subpastores do "Supremo Pastor” (lPe 5:2-4). |
Je.23:5 | 5. Renovo. Ver com. de Is 11:1; Zc 3:8; 6:12. Rei que é, reinará. Ou, “Ele reinará como Rei”, referindo-se ao Renovo, Cristo, que governará o reino dos redimidos com “o juízo e a justiça” (ver ls 9:6, 7; Dn 7:13, 14; Ap 11:15). |
Je.23:6 | 6. Israel. A promessa de restauração aos que fossem fiéis foi estendida a todo o povo, tanto à casa de judá como à de Israel (ver com. de Jr 3:18). Senhor, Justiça Nossa. Um título que chama atenção para o fato de que a justiça vem apenas por meio de Cristo (ver Rm 1:16, 17; 3:21-25; 8:1-4; 9:30-33). |
Je.23:7 | 7. Nunca mais. “E nos séculos por vir, o livramento que se havia de operar em benefício' do povo de Deus “excedería em fama ao efetuado em favor dos filhos de Israel no tempo do êxodo” (PR, 427; ver com. de jr 16:14, 15). |
Je.23:8 | 8. Terra do Norte. Ver com. de jr 1:14. |
Je.23:9 | 9. Acerca dos profetas. Esta frase um tanto abrupta inicia uma nova parte do capítulo, em que é denunciada a impiedade dos falsos profetas. |
Je.23:10 | 10. Adúlteros. Literalmente, com relação à vida devassa desses falsos profetas, e, espiritualmente, com referência à adoração de outros deuses (ver com. de Jr 5:7).A carreira. O estilo de vida deles.Sua força. Literalmente, “a força deles”; eles se orgulhavam na força e não na justiça. |
Je.23:11 | 11. Contaminados. Isto é, sem Deus ou sem religião. Esses sacerdotes e profetas se tornaram tão iníquos que ousaram continuar com seus maus caminhos no templo, a "casa do Senhor” (ver Jr 7:8-11; 32:31-34; Ez 8:3-16). |
Je.23:12 | 12. Sua visitação (ARC). Isto é, "seu castigo” (ver com. de SI 8:4; 59:5). |
Je.23:13 | 13. Loucura. Do beb. tiflah, “inadequação” ou “desagradável”. Jeremias se refere à maldade dos falsos profetas do reino do norte, de Israel, ao enfatizar a grande condenação que repousava sobre o povo do reino do sul, devido à sua condição apóstata (ver Jr 3:6-10).Profetizavam da parte de Baal. Isto é, davam instruções religiosas em nome de Baal (lRs 18:19; 22:6T 7). |
Je.23:14 | 14. Coisa horrenda. A ousada hipocrisia dos falsos profetas, que os levava a profetizar em nome do Senhor enquanto transgrediam Seus mandamentos era mais horrenda a Jeremias do que a aberta adoração a Baal. Devido à natureza do pecado da falsidade, havia mais esperança para o apóstata declarado do que para os hipócritas (ver T5, 144).Como Sodoma. Os líderes espirituais de Judá se tornaram tão perversos que, a exemplo de Isaías, jeremias os comparou aos habitantes das cidades da planície (ver Is 1:10). |
Je.23:15 | 15. Absinto. Ver com. de Jr 8:14; 9:15.Impiedade. Ver com. do v. 11. |
Je.23:16 | 16. Senhor dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3.E vos enchem de vãs esperanças.Literalmente, “fazem com que você se torne vão”. Isso revela a diferença entre os verdadeiros e os falsos profetas. Os primeiros reprovavam o povo pelos pecados, pronunciando o juízo de Deus sobre eles caso não se arrependessem. Os últimos abrandavam e acalmavam o povo com enganosas garantias de paz, que não saíam “da boca do Senhor” (ver com. de Jr 14:13). |
Je.23:17 | 17. Paz. Ver com. de Jr 6:14.Dureza. Ver Jr 3:17; 13:10; 18:12. Asdeclarações dos falsos profetas confirmavam o povo na iniquidade em lugar de levá- lo ao arrependimento. |
Je.23:18 | 18. Quem esteve no conselho [...]? Isto é, a quem dos falsos profetas foipermitido por Deus compartilhar Seus planos e propósitos secretos? (ver com. de Am 3:7). |
Je.23:19 | 19. Tempestade. Uma imagem gráfica da força e fúria da ira de Deus sobre os transgressores. |
Je.23:20 | 20. Não se desviará. Isto é, a “ira” de Deus não se desviaria até que Seu propósito seja executado.Nos últimos dias. O povo de Deus compreendería, depois do cativeiro babilônico, que o desastre ocorrera como castigo e disciplina para eles (ver Ez 14:22, 23). |
Je.23:21 | 21. Todavia, eles foram correndo. Os falsos profetas eram como mensageiros autoproclamados que, sem esperar a ordem do rei, corriam da corte real para anunciar ao povo, em nome do rei, o que eles não tinham sido comissionados a divulgar (ver 2Sm 18:22-29). |
Je.23:22 | 22. No Meu conselho. Ver com. do v. 18. O verdadeiro mensageiro de Deus é conhecido por seus bons frutos (Mt 7:20, 21). |
Je.23:23 | 23. Deus apenas de perto [...]? Os verdadeiros profetas realizavam sua obra com a convicção de que Deus estava próximo deles em pensamento e ação (ver SI 73:23-26; 139:7-12); já os falsos profetas agiam como se o Senhor estivesse “longe”, despreocupados com os propósitos e obras dos homens (ver SI 10:11; 73:11; 94:7). |
Je.23:24 | 24. Ocultar-se-ia alguém [...]? Um alerta em vista da onipresença de Deus (ver SI 139). |
Je.23:25 | 25. Sonhei. A alegação comum dos falsos profetas. A repetição da frase é para enfatizar. |
Je.23:26 | Sem comentário para este versículo |
Je.23:27 | 27. Por causa de Baal. Ver com. do v. 13. |
Je.23:28 | 28. Que tem a palha [...]? O Senhor contrasta a revelação real que Ele deu aos homens e a falsa revelação (v. 32). Não seria difícil ver o que é “palha” e o que é “trigo”. |
Je.23:29 | 29. Fogo. Quando a palavra do Senhor é declarada, ela destrói o mal, purifica o bem e consome as palavras de palha dosfalsos profetas (ver Jr 5:14; 20:9; SI 39:3; ICo 3:12, 13).E martelo. Outra figura de linguagem (cf. Mt 21:44; Hb 4:12). |
Je.23:30 | 30. Furtam as Minhas palavras. O pronome “minhas” indica que os falsos profetas revestiam suas mensagens emprestadas com a linguagem dos verdadeiros profetas para garantir o grande engano. |
Je.23:31 | 31. Ele disse. Do heb. neum. Esta não é a palavra hebraica usada normalmente para "falar”, mas outra que se refere especificamente à fala divina. O uso de neum pelos falsos profetas enfatiza a ousadia de suas alegações fraudulentas. |
Je.23:32 | 32. Leviandades. Literalmente, “por sua jactância”. |
Je.23:33 | 33. Peso. Do heb. massa’, “uma fala” (ver ? com. de Is 13:1).Qual é a sentença pesada [...]? Evidentemente, os falsos profetas arrogantemente perguntavam qual era a mensagem divina que jeremias tinha para eles. A repetição da questão transmite uma sensação de ironia. A LXX e a Vulgata traduzem: “Vóssois o peso”, isto é, a mensagem é sobre vocês e para vocês. |
Je.23:34 | 34. Sentença pesada do Senhor.O juízo especial de Deus caíria sobre os que se afastaram de Deus e falaram, neste versículo, com jactância. |
Je.23:35 | 35. Que respondeu o Senhor?Evidentemente, um protesto contra o ímpio e ousado uso das palavras “sentença pesada do Senhor” (v. 34). Rejeitando esse ensino enganoso, Jeremias apelou ao povo para crer nas verdadeiras expressões da vontade divina, que eram as respostas aos problemas e dificuldades de Judá. |
Je.23:36 | 36. O Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3. |
Je.23:37 | 37. Que falou o Senhor? Uma repetição para enfatizar (ver com. do v. 35). |
Je.23:38 | Sem comentário para este versículo |
Je.23:39 | 39. E vos arrojarei da Minha presença. Ou, “certamente Eu esquecerei vocês”. Um modo de expressão altamente enfático acerca do castigo do Senhor aos enganadores, quando a tomada e destruição de Jerusalém pela invasão babilônica resultasse no cativeiro deles (ver 2Rs 25:1-21).Capítulo 24I Com o símbolo dos figos bons e maus, 4 Jeremias antevê a restauração dos cativos, 8 assim como a desolação de Zedequias e do restante de Jerusalém.cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os ferreiros de Jerusalém e os trouxe à Babilônia. |
Je.23:40 | Sem comentário para este versículo |
Je.24:1 | 1. Fez-me ver. Isto é, em visão (ver jr 1:11-13; Zc 1:8).Nabucodonosor. Ver com. de Jr 21:2.Jeconias. Ver com. de Jr 22:24. O contexto sugere que a visão ocorreu pouco depois cie Jeoaquim ter sido levado cativo (597 a.C.), possivelmente, antes do final do ano.Príncipes. Os líderes de Judá (ver Jr 27:20).Os artífices, e os ferreiros. Ver 2Rs |
Je.24:2 | 2. Temporãos. Normalmente, os figos eram colhidos no início de agosto. Os primeiros frutos, chamados de “primícias” (Os 9:10), as "frutas do verão" (Mq 7:1), o fruto "que amadurece antes do verão" (ls 28:4), eram considerados iguarias seletas.Ruins. Literalmente, “figos ruins”, aqueles que "não se podiam comer”, possivelmente por estarem machucados, deteriorados ou serem de uma variedade intragável.que Eu sou o Senhor; eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus; porque se voltarão para Mim de todo o seu coração. |
Je.24:3 | 3. Que vês tu, Jeremias? A pergunta gravaria o significado dos símbolos na mente de jeremias. |
Je.24:4 | 4. Então (ARC). Isto indica que foi concedido um tempo ao profeta, até que “veio a palavra do Senhor” a ele, para que refletisse sobre o que lhe tinha sido mostrado, ainda que o intervalo possa ter sido muito curto. |
Je.24:5 | 5. Favorecerei. Os que fossem levados cativos estavam destinados a se sair melhor do que os que permanecessem na terra (ver com. do v. 6). Eles pareciam dispostos a aceitar a liderança de Deus, mesmo que isso significasse um cativeiro pessoal. |
Je.24:6 | 6. Favoravelmente. A condição material e econômica dos judeus em Babilônia na época do retorno do cativeiro estava muito acima da situação de escravos ou prisioneiros (ver jr 29:4-7, 28; cf. Ed 2:1, 64-70). Os livros de Esdras e Neemias indicam o favor que os cativos de judá desfrutavam sob os imperadores persas. A experiência de Daniel e seus companheiros prova quão alto os judeus subiram nos círculos governamentais. Na verdade, loi por causa dessa situação satisfatória que muitos judeusdo cativeiro não retornaram à terra natal quando tiveram oportunidade. No entanto, o benefício real que Deus tinha em mente era o restabelecimento deles na Palestina e a completa restauração aos privilégios da aliança (ver p. 18). |
Je.24:7 | 7. Eu serei o seu Deus. Em certa medida, isto se cumpriu na história pós- exílica dos judeus, como demonstrado pelo fato de que nunca mais eles adoraram a ídolos. O cativeiro foi eficaz em curar todas as tendências nessa direção. No entanto, a promessa estava vinculada à completa restauração dos privilégios da aliança (ver p. 18). |
Je.24:8 | 8. Aos que ficaram nesta terra. Ver com. do v. 5. A história subsequente revelou que os que foram deixados saíram-se muito pior do que aqueles levados cativos (ver com. dos v. 9, 10).Na terra do Egito. Os que viviam no Egito compartilhariam o destino daqueles que, mais tarde, fugiram para aquele país (ver jr 44:26-30). |
Je.24:9 | 9. Eu os farei objeto de espanto. Literalmente, ‘os entregarei para que sejam um terror” (ARC); isto é, a ruim experiência de Judá levaria outros reinos a ficarem aterrorizados. |
Je.24:10 | 10. A espada. Ver com. de jr 14:12.Consumam de sobre a terra. O clímax do castigo a essas pessoas desobedientes seria a completa remoção da terra onde habitavam, quer pelo exílio, pela fuga ou pela morte.Muitos dos judeus, que permaneceram na judeia após a terceira deportação para Babilônia, em 586 a.C., voluntariamente fugi ram para o Egito após o assassinato de Gedalias poucos meses mais tarde. Agiram assim a despeito da advertência de Jeremias de que tal plano de ação anularia o objetivo que os conduziu para lá: medo de mais sofrimento nas mãos de Nabuco- donosor (ver jr 42). Não admira que Deus represente essas pessoas obstinadas como ‘'figos ruins”. ;Capítulo 25salvamento para os donos dos rebanhos. |
Je.25:1 | 1. Ano quarto de Jeoaquim. A mensagem do cap. 25 foi dada um ano após os primeiros judeus terem sido levados cativos para Babilônia (ver com. de Dn 1:1). Esta mensagem, dada no 4o ano de Jeoaquim em 605 ou 604 a.C., teria sido precedida pela parábola do profeta sobre o vaso do oleiro (ver jr 18; 19; PR, 431).Ano que era o primeiro. Nabucodo- nosor assumiu o trono de seu pai no verão de 605 a.C., que seria seu ano de ascensão. Seu primeiro ano seria o seguinte ano civil completo, começando no outono de 605 a.C., pelo cálculo judaico, e na primavera de 604 a.C., pelo calendário babilô- nico (ver p. 550, 551, 831, 832; ver também vol. 2, p. 121, 122, 144-147; vol. 3,p. 79-82).Nabucodonosor. Ver com. de Jr 21:2. |
Je.25:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.25:3 | 3. Vinte e três anos. O 23° ano do ministério pessoal de Jeremias, não necessariamente um ano civil ou ano de reinado. Possivelmente, um exemplo de cálculo de aniversário desde sua primeira mensagem, talvez no final do 13° ano de Josias. Só assim o 23° ano se estendería até o primeiro de Nabucodonosor (alguns o contam de modo inclusivo ao seu ano de ascensão).Décimo terceiro. O ano civil judaico 628/627 a.C. (ver com. de jr 1:2).Começando de madrugada. Uma expressão idiomática para indicar esforço contínuo (ver com. de Jr 7:13). |
Je.25:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.25:5 | 5. Convertei-vos. Este apelo a arrependimento, conversão e obediência apresenta explicitamente a missão do verdadeiro profeta (ver 2Rs 17:13; Ez 18:30-32).Para sempre. Se os israelitas tivessem cumprido seu destino divino, seu estabelecimento na terra teria sido permanente (ver p. 17). |
Je.25:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.25:7 | 7. Vosso próprio mal. Ver Jr 24:9. |
Je.25:8 | 8. Senhor dos Exércitos. Ver com.dejr7:3. < |
Je.25:9 | 9. Todas as tribos. Referência às várias etnias subjugadas por Nabucodonosor e que forneceram homens para servir no exército babilônico.Do Norte. Ver com. de jr 1:14; 4:6.Nabucodonosor. Ver com. de jr 21:2.Meu servo. Ver Jr 27:6; 43:10. De modo semelhante, Ciro foi designado como “servo” de Deus, pois faria uma obra que Ele desejava que fosse feita (ver Is 44:24—45:5).Espanto. Do heb. shammah, “um horror” (ver com. de jr 5:30).E de assobio. Isto é, de escárnio. |
Je.25:10 | 10. Voz de folguedo. Não apenas esses sons de alegria (ver com. de Jr 7:34) deixariam de ser ouvidos, mas também cessaria “o som das mós”, a moagem de milho pelas mulheres (Ex 11:5; Mt 24:41) e “a luz do candeeiro”. A ilustração apresentada neste versículo representa a completa dissolução da vida familiar, tanto das épocas de alegria como da rotina diária (ver Ap 18:22, 23). |
Je.25:11 | 11. Um espanto. Literalmente, “um horror" (ver com. de jr 5:30).Setenta anos. Esta menção do período de 70 anos inclui as nações que cercavam Judá (ver v. 9), enquanto em Jereminas 29:10 é feita uma referência ao cativeiro de judá. No entanto, a LXX traduz esta última frase como: “e eles servirão 70 anos entre os gentios", o que se harmoniza com 29:10 na aplicação dos 70 anos apenas para os judeus.Geralmente este período de 70 anos tem sido igualado ao período de 70 anos do cativeiro judeu (Jr 29:10). Os dois períodos podem ser calculados inclusivamente de 605 a.C. a 536 a.C. (a respeito deste período de 70 anos, ver vol. 3, p. 78-82, 84-88). |
Je.25:12 | "12. Castigarei. Esta profecia contra Babilônia começou a ser cumprida quando “os medos e persas ’ tomaram a cidade, mataram Belsazar e destruíram o império babilônico (Dn 5:17-31). Embora Babilônia tenha sido usada por Deus para punir Seu próprio povo, isso não eximia os babilônios da punição por suas iniquidades (ver Jr 50; 51; cf. Is 10:5-16). Rei da Babilônia. Como um dos principais inimigos de Israel nos tempos do AT, no livro do Apocalipse, Babilônia se tornou um símbolo adequado do cristianismo apóstata em sua oposição ao povo remanescente de Deus (ver com. de Ap 14:8; 17:5; 18:2). Os símbolos do livro de Apocalipse são extraídos, em grande parte, das experiências do Israel literal nos tempos antigos, ou são baseados nas mensagens simbólicas dos profetas do AT (ver AA, 585). Por esta razão, é importante considerar cuidadosamente as equivalências na história e na profecia do AT quando forem estudados os símbolos do livro do Apocalipse. Ê somente em comparação a esses contextos que os símbolos do Apocalipse tomam o sentido completo que a o Espírito planejou que eles transmitissem.Vários aspectos do castigo da Babilônia literal, demonstrados em Jeremias 25, são valiosos em conexão com o estudo do castigo da Babilônia mística demonstrado em Apocalipse 16 a 19 (ver com. de Is 14:4). Observe o que segue:
Jeremias 25
1 .“harei cessar entre eles a voz de folguedo [...J noivo [...] noiva (...) mós [...] luz do candeeiro” (v. 10).
2. “Castigarei a iniquidade do rei da Babilônia” (v. 12).
3. “Assim. lhes retribuirei segundo os seus leitos ' (v. 14).
4. “Cálice do vinho do Meu furor !(v. 15).
5. “A espada sobre iodos os moradores da terra” (v. 29).
6. “O Senhor lá do alto rugirá e da Sua santa morada fará ouvir a Sua voz (...] com brados” (v. 30).
7. “O Senhor tem contenda com as nações” (v. 31).
8. “O ma! passa de nação para nação” (v. 32).
9. “Os que o Senhor entregara morte” (v. 33).
Apocalipse 16—19
1. “E voz de harpistas (...) de pedra de moinho (...) luz de candeia (...) de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá”
2. “E lembrou-Se Deus da grande Babilônia” (16:19; cf. 17:1; 18:7. 8).
3. “Dai-lhe em retribuição (...) segundo as suas obras”
4. ""O cálice do vinho do furor da Sua ira” (16:1 9).
5. “Os restantes foram mortos com a espada” (19:21).“Uma espada afiada, para com ela ferir as nações” (19:15).
6. “E saiu grande voz do santuário, do lado do trono” 06:17).
7. “Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom (16:16). ”E julga c peleja com justiça”(1 9:1 1: ver também 1 7: i 4; 1 9:1 5, 1 9).
8. “Espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro"" (i 6:14).
9. “Os restantes foram mortos com a espada (...) dAquelc que estava montado no cavalo” (! 9:2 i)." |
Je.25:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.25:14 | 14. Eles serão escravos. Literalmente, “torná-los servos”. Na retribuição divina, a nação babilônica, que liderava as demais, se tornaria escrava de seus conquistadores. |
Je.25:15 | 15. Cálice do vinho. Ver SI 75:8; Is 51:17, 22; Ap 14:10. |
Je.25:16 | 16. Para que bebam. Uma imagem do pânico e terror experimentados pelas várias nações enquanto os conquistadores babilô- nicos avançavam sobre elas. O vinho da ira de Deus (ver v. 15) os intoxicaria, por assim dizer, com pavor e desespero (ver Is 51:17, 22; Jr 51:7; Hc 2:16; d . Ap 14:10; 17:4; 18:3). |
Je.25:17 | 17. Recebi o cálice. Isto é, o profeta fez isto de modo figurado, ao “derramar” suas profecias contra as nações. |
Je.25:18 | 18. Judá. jeremias começa a exposição dos juízos divinos com uma profecia do castigo pronunciado sobre seu povo por causa da iniquidade dele e, então, passa aos juízos que seriam infligidos às outras nações.Espanto. Ver com. de Jr 5:30.Assobio. Ver com. do v. 9. |
Je.25:19 | 19. Faraó. Nessa época, o rei do Egito era Neco II (610-595 a.C.), que foi derrotado por Nabucodonosor, em Carquemis. |
Je.25:20 | 20. Misto de gente. Ou, “multidão mista” (ver jr 50:37; cf. Êx 12:38; Ne 13:3). Possivelmente, uma alusão aos jônios e cários a quem Psamético I, pai de Neco 11, estabeleceu no Egito e que foram utilizados no exército egípcio como tropas auxiliares (Heródoto,ii. 152, 154; ver também com. de Dn 2:39).Uz. Quanto à localização desta região, ver com. de Jó 1:1.Terra dos filisteus. Isto inclui as quatro cidades a seguir: Asquelom, Azzah (o mesmo que Gaza), Ecrom e Asdode.Resto de Asdode. Possivelmente, uma alusão ao fato de o rei egípcio Psamético 1 (ver vol. 2, p. 74) ter tomado Asdode após um cerco de 29 anos (ver Heródoto, ii.157). |
Je.25:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.25:22 | 22. Terras. Literalmente, “ilhas” (/\RC), do heb. i, "ilha”, "litoral” ou “costa”. As ilhas e costas do Mar Mediterrâneo são mencionadas aqui (ver com. de Is 49:1). |
Je.25:23 | 23. Dedã. 3 /er com. de Ez 25:13.Ruz. A localização é incerta. Alguns pensam que situava-se na Arábia.Cortam os cabelos nas têmporas.Ou, “os que estão nos lugares mais distantes” (ACF; ver com. de Jr 9:26). |
Je.25:24 | 24. Misto de gente. Ver com. do v. 20. |
Je.25:25 | 25. Zinri. Uma nação não encontrada em outra passagem da Bíblia. Alguns creem estar ligada a Zinrã, filho mais velho de Quetura (Gn 25:1, 2) e que sua posição, neste versículo, indica uma tribo árabe nômade residente no sudeste da Palestina. Outros consideram este um nome enigmático para Elão.Elão. Ver com. de Gn 10:22. |
Je.25:26 | 26. Sesaque (ARC). Também considerado como um nome enigmático para Babilônia, é obtido pelo método denominado atbash (ver com. de Jr 51:1). Quando decodificadas, as consoantes sh-sh-k tornam-se iguais a b-b-l, a forma hebraica de Babilônia. Outros pensam que Sesaque pode representar o acadiano Shishkú, nome para Babilônia que ocorre em listas reais posteriores.Depois de todos eles. Depois de forçar as outras nações a beber a taça da derrota, a própria Babilônia teria a mesma experiência. |
Je.25:27 | 27. Bebei, embebedai-vos. jeremias parece voltar aos v. 15 e 16 (ver com. ali), retratando o pavor e o desespero que sobreviríam às pessoas pelas tristezas de lutas internacionais.Vomitai. Uma representação impressionante de desistência ou entrega de despojos tomados na guerra. |
Je.25:28 | Sem comentário para este versículo |
Je.25:29 | 29. Começo a castigar. Novamente, como no v. 18, a ilustração do juízo divino começa com uma visão do castigo dos israelitas (ver lPe 4:17). Se Jerusalém não conseguiría escapar da invasão caldeia, certamente as nações ao redor não escapariam. Tanto elas como judá seriam sábias se adotassem uma postura de submissão ao jugo babilô- nico (ver Jr 49:12). |
Je.25:30 | 30. Rugirá. Os v. 30 a 33 resumem a mensagem do cap. 25 por meio de uma ilustração dramática. Anteriormente, o profeta assinalou os juízos que sobreviríam a Judá e a todas as nações que a cercavam (v. 9) e, finalmente,sobre Babilônia (v. 12). Neste versículo, em resumo, Deus é representado como rugindo de Sua habitação para punir todas as nações.? Estas palavras são paralelas a outro cumprimento no último conflito das nações, ime- diatamente antes da segunda vinda de Cristo (ver GC, 656, 657; PP, 340).Da Sua santa morada. Literalmente, "contra Sua pastagem” (ver Jl 3:16; Am 1:2).Brados. Ver lTs 4:16. |
Je.25:31 | 31. Tem contenda. Do heb. rib, "conflito”, ou “um caso de lei ”. A ilustração é de Deus pronto para trazer o juízo sobre as nações pagãs.A espada. Símbolo da destruição por meio da guerra. No conflito final das nações, os ímpios perecerão de vários modos (ver GC, 657). |
Je.25:32 | 32. Grande tormenta. Ver com. de Jr 23:19.Confins da terra. Isto é, de partes remotas da Terra (ver jr 6:22). |
Je.25:33 | 33. Os que o Senhor entregar à morte. Ver Is 34:1-4; 66:15, 16, 24; GC, 657.Não serão pranteados. À desonra do castigo deles se acrescentaria a ausência do respeito devido no serviço fúnebre corriqueiro. |
Je.25:34 | 34. Uivai, pastores. Referência aos falsos líderes do povo do pastoreio de Deus (ver com. de Jr 23:1). O mesmo ai é proferido contra os falsos líderes religiosos que, nos últimos dias, levarão o povo a confiar na mentira (GC, 655).Revolvei-vos. Literalmente, "rolar”. “Rolar" pode ser seguido de palavras adicionaiscomo “nas cinzas” (ver KJV), ou pode ser adicionada alguma outra expressão que preencha o contexto, como “no solo” ou “no pó”. O ato era uma expressão de luto e pesar.Donos. Literalmente, “os poderosos”, isto é, os chefes e capitães do povo.Jarros preciosos. A LXX traduz essa frase como “e você cairá como os carneiros escolhidos”. |
Je.25:35 | 35. Donos. Ver com. do v. 34. |
Je.25:36 | 36. Eis. A omissão desta palavra acrescentada parece dar força à sentença, que ilustra Jeremias como realmente ouvindo o “grito'’ e o “uivo” dos líderes do povo. |
Je.25:37 | 37. Malhadas. Literalmente, “solos de pastagem” (ver com. do v. 30). |
Je.25:38 | 38. Como o filho de leão. O Cordeiro de Deus também é “o Leão da tribo de Judá” (Ap 5:5). A figura do leão traz à mente não só uma ilustração da majestade do rei, mas também do poder destruidor, como o que o Senhor usará quando realizar Sua "obra estranha” de destruição dos ímpios (ver com. de Is 28:21). Neste versículo, jeremias toma novamente a imagem do v. 30, que tipifica o “brasume da ira” do Senhor como o rugido de um leão (ver Am 3:8) que deixa seu esconderijo na floresta para buscar sua presa.Furor. Do heb. charon, “queimando”, sempre no sentido de “ira” e usado no AT apenas para Deus.Espada. Do heb. yonah, o particípio de yanah, “oprimir” (ver ARC).Te, 231Capítulo 26Judá, que vêm adorar à Casa do Senhor, todas as palavras que Eu te mando lhes digas; não omitas nem uma palavra sequer.esta cidade, como ouvistes com os vossos próprios ouvidos.cidade e contra esta terra, segundo todas as palavras de jeremias.filho de Acbor, ao Egito e com ele outros homens. |
Je.26:1 | 1. Princípio do reinado. Esta não é uma data definida (ver com. de Jr 28:1), mas pode seguramente ser considerada como»- estando em algum momento entre 609 e 605 a.C. Certamente, foi antes do primeiro cerco a Jerusalém por Nabucodonosor (ver com. de Dn 1:1), porque os babilônios não são mencionados no capítulo e Jeoaquim é ilustrado como estando favorável ao Egito. A mensagem do discurso do templo (jr 7-10) é resumida brevemente neste capítulo. As reações do povo e dos líderes ao discurso e o resultado final de todo o incidente é registrado apenas aqui (ver com. de Jr 7:1; ver também PR, 415-419). |
Je.26:2 | 2. Põe-te no átrio. Ver com. de Jr 7:2. Os v. 2 a 6 são um resumo de Jeremias 7:1 a 15. E bem possível que este incidente tenha ocorrido em uma das (estas que reuniu adoradores de todas as partes da nação.Não omitas nem uma palavra. Evidentemente, a mensagem divina devia conter alguma coisa que Jeremias não queria dizer ao povo. |
Je.26:3 | 3. Bem pode ser. Isto é, “talvez”. Tão severa é a ameaça que se segue (ver v. 6), que é expressa com a esperança de que não tivesse que ser realizada.Arrependerei. Ver com. do v. 19. |
Je.26:4 | 4. Andardes na Minha lei. Era responsabilidade do profeta ensinar o povo sobre as exigências da lei de Deus, esforçando-se para que a compreendesse claramente (ver Jr 7:25-28: 25:4-7). |
Je.26:5 | 5. Começando de madrugada. Vercom. de Jr 7:13. |
Je.26:6 | 6. Farei que esta casa seja comoSiló. O local do antigo santuário foi destruído (ver com. de Jr 7:12, 14). |
Je.26:7 | 7. Os sacerdotes, os profetas. Jeremias foi comissionado por Deus para alertar, de modo especial, às duas ordens às quais ele próprio pertencia, a primeira delas por nascimento (ver com. de Jr 1:1) e a última por eleição divina (ver com. de 1:5). Os falsos profetas eram especialmente hostis a Jeremias (23:9-40). |
Je.26:8 | 8. Serás morto. Em sua iniquidade e autoengano, sacerdotes, profetas e “todo o povo”' determinaram silenciar a voz acusa- dora daquele que era fiel em apontar as ini- quidades deles. |
Je.26:9 | 9. Por que profetizas [...]? Afirmar que o templo, orgulho e glória dos israelitas (ver com. de jr 7:4), sofreria o destino do antigo santuário de Siló era um pensamento tão insuportável que “todo o povo” se uniu contra o profeta. O povo colocou toda sua confiança numa estrita observância dos serviços religiosos externos do templo. |
Je.26:10 | 10. Tendo os príncipes de Judá ouvido. Aparentemente, estes governantes reais não estavam presentes quando Jeremias comunicou a advertência divina, mas estavam na “casa do rei”, possivelmente, em reunião com o monarca. Quando eles foram ao templo, “se assentaram” para ouvir o que Jeremias diria a seguir. |
Je.26:11 | 11. Réu de morte. Neste versículo, há um bom exemplo de iniciativa e método vicioso, tão característicos da Idade Média, que entregava pessoas falsamente acusadasde heresia e blasfêmia ao braço secular do estado, para castigo e morte. |
Je.26:12 | 12. O Senhor me enviou. A resposta dos verdadeiros profetas e pregadores da Palavra foi sempre que a mensagem deles não era de sua própria escolha e elaboração, mas que vinha diretamente de Deus (ver 2Sm 23:1-3; Am 3:7, 8; 2Pe 1:20, 21). |
Je.26:13 | 13. Emendai os vossos caminhos. A defesa de Jeremias foi apenas a mensagem que Deus lhe deu. Se o povo de Deus reformasse seus caminhos, ainda poderia evitar a destruição que os ameaçava.Então, Se arrependerá o Senhor. Ver com. do v. 19. |
Je.26:14 | 14. Estou nas vossas mãos. Por este ousado desrespeito de sua própria segurança pessoal. Jeremias adicionou força à sua mensagem e, de fato, por este meio preservou sua vida. Os príncipes estavam satisfeitos com a sinceridade de Jeremias e tomaram medidas para proteger sua vida (ver PR, 418). |
Je.26:15 | 15. Sabei, porém, com certeza. O profeta não apela aos sacerdotes e profetas, de quem não esperava justiça, mas “a todos os príncipes e a todo o povo" (ver v. 12). Os príncipes. especialmente, foram os que hesitaram em derramar sangue inocente de alguém que falava não de si mesmo, mas de Deus. |
Je.26:16 | 16. Não é réu de morte. Por meio de sua mensagem direta, jeremias, evidentemente, inclinou a opinião pública a seu favor, e sua vida foi poupada. |
Je.26:17 | 17. Os anciãos. Assim chamados por causa dos altos cargos (ver IRs 8:1; 20:7) ou devido à idade. Grande respeito era dado ã opinião daqueles que possuíam tanto idade quanto sabedoria. |
Je.26:18 | 18. Miqueias. Idêntico ao autor do livro de Miqueias (ver Mq 1:1; p. 8, 9). |
Je.26:19 | 19. Temeu este ao Senhor [...]? Embora não haja outra referência a esta experiência específica nas Escrituras, isto se harmoniza com o caráter de Ezequias (ver 2Cr 29:4-10; 32:26).E o Senhor não Se arrependeu [...]?Ver com. de Gn 6:6; Êx 32:14; Nm 23:19; Jz 2:18; J1 2:13.Grande mal. O sentido do hebraico é que eles fariam ou cometeríam grande mal contra si mesmos, caso tirassem a vida de um profeta inocente. A LXX traduz como: "considerando que nós temos forjado grande mal contra nossas almas”. Este versículo está em paralelo com o conselho de Gamaliel diante do concilio: “Mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus” (ver At 5:34-39). O resultado deste conselho dado pelos anciãos abriu caminho para que jeremias continuasse seu ministério. Devido grandemente ao apoio dado ao profeta por Aicào (ver Jr 26:24), este conselho dos anciãos influenciou os governadores da nação. |
Je.26:20 | 20. Urias. Este incidente foi registrado, possivelmente, para mostrar que a experiência de Jeremias não era única. |
Je.26:21 | 21. Para o Egito. Ver os casos paralelos de Jeroboão (1 Rs 11:40). Hadade (1 Rs 11:17) e José e Maria (Mt 2:13-15). A região ao longo do Nilo era, frequentemente, um asilo para refugiados da judeia. |
Je.26:22 | 22. Elnatã. Possivelmente, o sogro do rei (ver 2Rs 24:8). Elnatã era um dos príncipes favoráveis a jeremias (jr 36:12).Ao Egito. Os tratados antigos continham uma cláusula em que ambas as partes prometiam fazer regressar os prisioneiros políticos a seu país de origem. |
Je.26:23 | 23. Tiraram a Urias. Sobre ocorrências anteriores do martírio de profetas, ver IRs 19:10, 14; 2Cr 24:19-22. Deaeordc.com a tradição judaica, Isaías foi "serrado ao meio” por Manasses (ver Hb 11:37; ver também Ellen G. White, Material Suplementar de Is 1:1). Urias foi tratado vergonhosamente. A "seu cadáver” foi negado o enterro com seus pais, e foi “lançado [...] em sepulturas do povo comum”, no vale do Cedrom.Mais tarde, o rei que cometeu essa desonra foi 'sepultado como se sepulta um jumento”, sem as honras fúnebres costumeiras e sem lamentação (Jr 22:18,19). |
Je.26:24 | 24. Aicão. O pai de Aicão, possivelmente, foi Safã, um escriba bem conhecido na reforma de Josias, aquele que superintendeu a restauração do templo(ver 2Rs 22:3, 8-14; 2Cr 34:8, 14-21). Os irmãos de Aicão, Gemarias (Jr 36:12, 25) e Elasa (Jr 29:3) eram de nobre caráter. Foi com um filho de Aicão, Gedalias (ver Jr 40:6), ‘governador sobre as cidades de Judá”, que Jeremias encontrou refúgio depois que Nabucodonosor conquistou a Judeia (Jr 40:5, 6).Capítulo 27I Com o símbolo de correias e canzis, Jeremias profetiza a submissão dos reis vizinhos a Nabucodonosor. 8 Ele os exorta a se renderem e a não crerem nos falsos profetas, assim como 12 aconselha a Zedequias. 19 Ele prediz que os demais utensílios serão levados para Babilônia e ali permanecerão até o dia do castigo. |
Je.27:1 | 1. Zedequias. Alguns manuscritos e versões trazem “Jeoiaquim” (ACF), mas a tradução correta é “Zedequias”, como atestam outros manuscritos e como demonstram os v. 3 e 12 (ver Jr 28:1). Enquanto Zedequias governava pela tolerância de? Nabucodonosor, que o colocou no trono (ver 2Rs 24:17-19), ele e os reis vizinhos que pagavam tributo a Babilônia não perderam a esperança de se livrarem do jugo caldeu. A experiência de Jeremias 27 ocorreu no 4o ano de Zedequias, cerca de 593 a.C. (ver com. de jr 28:1). |
Je.27:2 | 2. Correias e canzis. O objetivo de predições simbólicas como esta (ver Is 20:2; Jr 18; 19; Ez 12:5-7; At 21:11) era impressionar o povo com o que o futuro lhes reservava e elevá-los, se possível, a um senso de sua necessidade espiritual. Aparecendo daquela forma, como se fosse um escravo cativo em correias ou um animal de carga sob o jugo,Jeremias prendería a atenção de todos, o que palavras somente não fariam. As nações envolvidas nessa conspiração, especialmente a de Zedequias, foram deixadas sem desculpas por pensar que seus planos tinham alguma perspectiva de sucesso. |
Je.27:3 | 3. Envia outros. Como mostrado na última parte do versículo, os reis citados aqui enviaram “mensageiros” ou embaixadores a Zedequias encorajando uma aliança contra Nabucodonosor. Estas nações são mencionadas na mesma ordem em que ocorrem na profecia de Jeremias 25:21 e 22, dada 11 anos antes. Esta primeira predição foi cumprida parcialmente nessa época. No entanto, por alguma razão, esses reis acolhiam a esperança de que poderíam ser bem-sucedidos numa rebelião contra Nabucodonosor. |
Je.27:4 | 4. Ordena-lhes. Jeremias foi comissionado a avisar aos representantes dos reis citados no v. 3 que seus esforços seriam emvão; que, na providência de Deus, Babilônia seria a irresistível conquistadora das nações, o instrumento divino para puni-los por suas iniqu idades.O Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3. Este título, aplicado ao “Deus de Israel”, foi utilizado especialmente para impressionar as nações que não conheciam ao Senhor, que o verdadeiro Deus, o Deus dos "exércitos” dos céus, era incomparavelmente superior aos exércitos terrestres (ver com. de Js 5:14; SI 24:10). |
Je.27:5 | 5. E os dou. Um lembrete de que o mesmo Deus que criou a terra (Am 4:13; 9:6) é o que controla seu destino, que “remove reis e estabelece reis” (ver SI 83:18; Dn 2:21; 5:18, 19; ver também com. de jr 4:17).Justo. Isto é, que parecia “adequado”. |
Je.27:6 | 6. Meu servo. Ver com. de Jr 25:9.Os animais do campo. Os exércitos conquistadores tomavam principalmente os cavalos e o gado dos povos conquistados, agravando assim, a angústia e o desespero dos vencidos. |
Je.27:7 | 7. E ao filho de seu filho. Ver Nota Adicional a Daniel 5. Isto pode sugerir a brevidade do império babilônico depois do reinado de Nabucodonosor, pois sua linhagem direta e indireta não foi além da segunda geração depois dele (ver vol. 3, p. 32). Isto pode se relerir a Nabonido e a Belsazar (genro de Nabucodonosor e filho de Nabonido, respectivamente), como os dois governantes mais preeminentes depois de Nabucodonosor, embora este não seja necessariamente o caso. Em lugar de se relerir a algum sucessor específico de Nabucodonosor, pode, simplesmente, significar que o reino duraria por tempo indefinido.Servirão a ele. Apesar de que “todas as nações” serviríam a Nabucodonosor, o rei de Babilônia não estabelecería um império de longa duração. Os persas e outros povos, por sua vez, subjugariam o rei babilônio e se serviríam dele (ver jr 51:11, 27-29). |
Je.27:8 | 8. Espada. Os flagelos da guerra, espada, tome e pestilência são enumerados novamente (ver com. de Jr 14:12). |
Je.27:9 | 9. Adivinhos. Indivíduos que lançavam sortes ou utilizavam outros meios para determinar um plano de ação (ver com. de Ez 21:21; Dn 1:20).Encantadores. Ver com. de Lv 19:26.Agoureiros. Ver com. de E.x 7:11; Dn 2:2; cf. Is 47: 9, 12. As predições de todos esses prognosticadores pagãos, evidentemente, estavam em harmonia a fim de impulsionar essas cinco nações a se rebelarem contra Nabucodonosor. |
Je.27:10 | 10. Para vos mandarem. Por meio da inspiração divina, Jeremias sabia qual seria o resultado, caso os reis seguissem o falso conselho dos oráculos pagãos. Os reis e seus exércitos sairíam à batalha e pereceríam, como aconteceu com Acabe quando deu ouvidos ao "espírito mentiroso na boca” dos falsos profetas (1 Rs 22:15-37). |
Je.27:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.27:12 | 12. Metei o pescoço. O mesmo conselho dado às nações vizinhas (v. 11) é dirigido especificamente a “Zeclequias, rei de Judá”. Como líder do povo, o rei, caso desejasse, podería ter levado a nação a se render a Babilônia (ver PR, 458). |
Je.27:13 | 13. À espada. Ver com. de jr 14:12; 27:8.A nação. Não uma nação apenas, masqualquer nação que não se rendesse a Babilônia. |
Je.27:14 | 14. E mentira. A respeito da obra enganadora desses falsos profetas, ver com. de Jr 14:13; 23:1, 2, 11, 21, 23, 30, 31, 33, 34. |
Je.27:15 | 15. Para que. Do heb. lemcian, “a fim de que”. No entanto, não é necessário que o fim expresso aqui para lemcian deva ser usado em um sentido irônico. A consequência da desobediência para judá, não o propósito de Deus, é enfatizada neste versículo. Na Bíblia, Deus é frequentemente apresentado como fazendo o que ele não impede (ver com. de IRs 22:22). |
Je.27:16 | 16. Voltarão em breve. Nabucodonosor levou esses “utensílios da Casa doSenhor” antes que Zedequias subisse ao trono (2Rs 24:10-13; 2Cr 36:7). Para confortar o povo, que lamentava muito essa importante perda, os falsos profetas predisseram que os utensílios sagrados logo retornariam a Jerusalém. No entanto, eles não foram levados de volta até que Ciro os devolveu aos judeus (Ed 1:7-11). |
Je.27:17 | 17. Desolação. É evidente que a falsa predição do breve retorno dos utensílios do templo era tanto uma profecia quanto um incentivo à rebelião, jeremias via que a revolta levaria apenas à devastação de Jerusalém e à consequente destruição do templo. |
Je.27:18 | 18. Orem. jeremias aconselhou os falsos profetas a suplicarem a Deus para que os utensílios que Nabucodonosor não levara anteriormente não fossem para Babilônia,em lugar de desperdiçarem seu tempo em esforços inúteis para reaver os utensílios já retirados do templo. |
Je.27:19 | 19. Das colunas. Referência às duas colunas de bronze chamadas Jaquim e Boaz, que estavam uma de cada lado do pórtico do templo (ver com. de IRs 7:15). O “mar” de fundição era sustentado por 12 bois (ver com. de IRs 7:23). Havia dez “suportes” para as dez pias (IRs 7:27-37). Embora não esteja especificada aqui, a arca ainda estava no templo, onde permaneceu até que foi ocultada durante o cerco final a Jerusalém (ver PR, 453). |
Je.27:20 | 20. Jeconias. Ver com. de jr 22:24. |
Je.27:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.27:22 | 22. A Babilônia. A respeito do cumprimento desta profecia, ver 2Rs 25:13-15.Até ao dia. Alusão ao final dos 70 anos de cativeiro (ver Jr 25:11, 12; 29:10; Dn 9:2).Capítulo 28I Hananias profetiza falsamente o retorno dos utensílios e de jeconias. 5 Jeremias, desejando que isso fosse verdade, demonstra que os fatos vão dizer quem são os verdadeiros profetas. 10 Hananias quebra o jugo de Jeremias. 12 Jeremias fala de um jugo de ferro e 15 prediz a morte de Hananias.e perante todo o povo que estava na Casa do Senhor.a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do Senhor e todos os exilados.profeta Jeremias, veio a este a palavra do Senhor, dizendo: |
Je.28:1 | 1. No mesmo ano. O período de Jeremias 28, isto é, o 4° ano do reinado de Zede- quias (aproximadamente 593 a.C.), segue não muito depois de Jeremias 29.Hananias. Este homem parece ter sido um dos oponentes mais preeminentes de Jeremias e um dos líderes do partido da resistência que procurava formar uma aliança com as nações vizinhas contra Babilônia (verJr 27).Gibeão. Como Anatote, esta foi uma das cidades dos sacerdotes (ver Js 21:13, 17, 18). Isto pode indicar que Hananias, como jeremias, era sacerdote e “profeta”. Naquela época “o tabernáculo do Senhor” estava em Gibeão (IRs 3:4; ICr 16:39; 2Cr 1:3). Gibeão, a moderna ej-]íb, estava 8,4 km a noroeste de Jerusalém. |
Je.28:2 | 2. Quebrei o jugo. A referência é, sem dúvida, ao “jugo” mencionado pelo profeta verdadeiro (jr 27:2). Hananias se atrevia a contradizer a mensagem inspirada de jeremias. |
Je.28:3 | 3. Dentro de dois anos. E possível que a aliança entre Judá e as nações vizinhascontra Nabucodonosor (ver Jr 27:1-8) estivesse ganhando forma e que Hananias não duvidasse da certeza de seu sucesso.Todos os utensílios. Presunçosamente Hananias predisse uma redução do longo período de tempo em que Jeremias afirmou que “os utensílios da Casa do Senhor” permaneceríam em Babilônia (ver Jr 27:22). |
Je.28:4 | 4. Jeconias. Ver com. de jr 22:24. Evidentemente, Joaquim ainda era considerado por muitos como o legítimo rei (ver vol. 2, p. 79-81), de quem eles esperavam o retorno e a restauração de seu trono. Esse desfecho contradizia diretamente a profecia de jeremias, de que Joaquim não retornaria a Judá, mas morrería num país estrangeiro (Jr 22:24-26). |
Je.28:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.28:6 | 6. Amém. O profeta talvez quisesse dizer: “Gostaria que fosse o caso; seria maravilhoso se isso fosse verdade.” Alguns, no entanto, creem que Jeremias proferiu estas < palavras ironicamente; o profeta parece se colocar em harmonia com a predição de Hananias apenas para enfaticamente revelar sua falsidade. |
Je.28:7 | 7. Mas. O Senhor tinha algo a dizer sobre a questão, independentemente de quaisquer esperanças ou predições humanas. |
Je.28:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.28:9 | 9. Paz. Ver com. de Jr 6:14.Será conhecido. Para conseguir o favor, o falso profeta satisfazia e enganava o povo com promessas de prosperidade garantida, em oposição às predições de “mal e pestilência’ (ver v. 8) dadas pelo verdadeiro profeta (ver com. de Jr 14:13). Jeremias sabia que ele poderia confiar em sua missão como profeta, verificando o cumprimento ou não de suas profecias (ver Dt 18:20-22). |
Je.28:10 | 10. E os quebrou. Esta experiência do falso profeta Hananias e do verdadeiro protela Jeremias é paralela à de Zedequias e Miqueias (I Rs 22:8-25). Por meio deste presunçoso ato de força, Hananias, sem dúvida, esperava mostrar ao povo que ele não permitiría que eles fossem ultrajados pelo odioso símbolo de servidão. Seu ato de quebrar o jugo pretendia ser uma garantia de que o poder babilônico seria destruído. |
Je.28:11 | 11. Dentro de dois anos. Ver com. do v. 3.Jeremias [...J se foi, tomando seucaminho. O verdadeiro profeta não resistiu nem revidou ao uso da torça física por parte de Hananias. |
Je.28:12 | 12. Veio a este a palavra. Não se sabe quanto depois da experiência do v. 11 teria vindo esta “palavra” ao profeta. |
Je.28:13 | 13. Canzís de ferro. Ver Dt 28:48. Como uma repreensão a todas as tentativas de resistência a Nabucodonosor como Seu “servo" escolhido para punir Seu povo(ver Jr 25:9), Deus persiste em usar a figura do canzil, mas desta vez com uma força maior, a do “ferro”, alertando os apóstatas que qualquer resistência apenas resultaria em escravidão mais severa e dolorosa. |
Je.28:14 | 14. Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3; 27:4.Animais do campo. Ver Jr 27:6. |
Je.28:15 | Sem comentário para este versículo |
Je.28:16 | 16. Eis que te lançarei. Literalmente, “Eu te enviarei”; que repete, para efeito irônico, o mesmo verbo hebraico para “enviar”, como no v. 15.Este ano. Literalmente, “o ano”, talvez um ano de intervalo (não necessariamente o restante daquele ano de reinado), como a expressão “dentro de dois anos” que Hananias mencionou em ocasião anterior (v. 3, 11). “Este ano”, estendendo-se ao “sétimo mês” (v. 17), concederia tempo para que Hananias se arrependesse ou para que o povo descobrisse as falsas afirmações dele. Sua morte está em paralelo com os destinos de Ananias e Elimas, no NT (ver At 5:4, 5; 13:6-11). |
Je.28:17 | 17. No mesmo ano. Literalmente, “aquele ano”, referindo-se ao “ano” do v. 16, não necessariamente ao “quarto ano” do v. 1. Na melhor das hipóteses, tinha-se passado um sexto do ano (v. 1) quando a predição do v. 16 foi cumprida. A rapidez do cumprimento da predição do profeta deveria impressionar o povo com a autenticidade do chamado de Jeremias. Mas, sem dúvida, alguns ainda se recusaram a aceitar isso como evidência em favor do profeta.Capítulo 29I Jeremias envia uma carta aos cativos em Babilônia e diz -para se tranquilizarem e 8 para não crerem nos sonhos dos seus profetas. 10 Eles devem retornar em paz depois de setenta anos. 15 Ele prevê a destruição dos demais por causa de desobediência..16 Mas assim diz o Senhor a respeito do rei que se assenta no trono de Davi e de todo o povo que habita nesta cidade, vossos irmãos, que não saíram convosco para o exílio;Zedequias, filho de Maaseias, que vos profetizam falsamente em Meu nome: Eis que os entregarei nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.que quer passar por profeta, para o lançares na prisão e no tronco. |
Je.29:1 | 1. Palavras da carta. Possivelmente, não muito tempo depois de Joaquim ter sido levado cativo (ver com. do v. 2), esta carta foi enviada por Jeremias aos cativos em Babilônia (2Rs 24:8-16; 2Cr 36:5-8; Dn 1:1-4). Desprezado e rejeitado por seus irmãos em Jerusalém, Jeremias dirigiu sua atenção aos exilados.Ao resto dos anciãos. Isto mostra que nem todos esses líderes (ver Ez 8:1; 20:1) tinham ido para o exílio. |
Je.29:2 | 2. Depois que. Ver com. de Jr 22:24. Isto foi escrito, possivelmente, na primeira parte do reinado de Zedequias, portanto, antes dos eventos dos cap. 27 e 28 (ver com. de Jr 27:1; 28:1).Rainha-mãe. Ver com. dejr 13:18. A mãe de Joaquim, Neústa, esposa de Jeoaquim, foi capturada com ele (2Rs 24:8, 12, 15).Os carpinteiros e ferreiros. Ver com. de Jr 24:1. |
Je.29:3 | 3. Por intermédio. Estes dois homens, evidentemente, eram amigos e defensores de Jeremias, e é natural que Jeremias os encarregasse com suas mensagens aos exilados em Babilônia. Ê provável que Elasa, “o filho de Safã”, fosse irmão de Aicão, protetor de Jeremias (ver com. de Jr 26:24). Talvez, Gemarias fosse filho de Hilquias, o sumo sacerdote durante o reinado de Josias, que encontrou o livro da lei e se destacou na obra de reforma (ver 2Rs 22; 2Cr 34). A carta foi enviada de Jerusalém (Jr 29:1). |
Je.29:4 | 4. Eu deportei. O profeta informou aos exilados que a permanência deles no cativeiro naquela época não era contrária à vontade de Deus e que eles deveriam aceitar tranquilamente seu destino e tirar o melhor proveito da situação. |
Je.29:5 | 5. Edificai casas. O lato de ser necessário tal conselho indica que, como seus irmãos na terra natal (ver Jr 28), os judeus exiladosem Babilônia estavam inquietos e relutantes em se submeter a seus conquistadores caldeus. Essa atitude recebia apoio dos falsos profetas entre eles, os quais instigavam o povo a não se submeter, jeremias aconselhou os exilados a aceitar pacientemente seu estado de sujeição. |
Je.29:6 | 6. Para que tenham. O nascimento de netos no exílio indica que o cativeiro deles duraria pelo menos duas gerações. Isso também revelava que seriam deixados em relativa paz para buscar seus caminhos, porque seus capturadores permitiríam que eles possuíssem casas e terras (ver com. do v. 5). O favor real oferecido a Daniel deve ter sido um fator que melhorou a sorte dos judeus cativos. |
Je.29:7 | 7. Procurai a paz. Ver com. de jr 6:14. Executar esta ordem de orar por Babilônia deve ter sido a experiência mais difícil para os exilados, em vista do ressentimento natural que os cativos deveríam abrigar contra seus conquistadores (ver SI 137). Em favor dos caldeus, o Senhor manifestou o mesmo espírito tolerante e amável que Jesus praticou com os inóspitos samaritanos (ver Lc 9:54-56). |
Je.29:8 | 8. E vossos adivinhos. Estas duas classes de enganadores atuavam em Babilônia e na judeia, predizendo que os judeus seriam rapidamente libertados de seu cativeiro (ver jr 28:1-3). Os "adivinhos” tentavam predizer o futuro por meio de vários métodos de interpretação de sinais e presságios (ver com. de Dn 1:20).Segundo o vosso desejo. Os sonhos enganosos eram, afinal de contas, o que os israelitas queriam ouvir, novamente enfatizando o lamento divino anterior: “E o que deseja o Meu povo” (ver Jr 5:31; Is 30:9, 10; Mq 2:11). |
Je.29:9 | 9. Em Meu nome. Em ousadia profana e em hipocrisia, estes enganadores pretendiam falar por Deus (ver com. Jr 14:13). |
Je.29:10 | 10. Setenta anos. Em contraposição à esperança ilusória de um cativeiro curto, Deus novamente afirmou que o cativeiro seria porum total de 70 anos (ver Jr 25:12). Por esta época, aproximadamente 10 anos já tinham se passado da contagem total (ver com. de Jr 25:1, 12).Atentarei para vós outros. Ver com. de SI 8:4; 59:5. Quando os 70 anos chegassem ao fim, então, e não antes, Deus realizaria Sua prometida boa obra de graça e misericórdia, ao fazer que Seu povo voltasse para sua terra. |
Je.29:11 | 11. Pensamentos de paz. Ver com. de jr 6:14. Até o cativeiro dos exilados seria para seu próprio bem (ver com. de jr 24:5-10). Deus assegurou e confortou Seu povo com a promessa de que, quando os 70 anos terminassem, Seus "olhos" estariam "sobre eles para seu bem” (Jr 24:6, ARC).O fim que desejais. Literalmente, “um último estado e uma expectativa”. Em outras palavras, Deus promete a Sua nação escolhida que todas as coisas ocorreríam bem, a despeito do cativeiro. Se em justiça o Senhor teve que ferir Seus filhos por meio do cativeiro, em Seu amor e misericórdia Ele os curaria por meio da restauração (ver Dt 32:39; Jó 5:18; Os 6:1). |
Je.29:12 | Sem comentário para este versículo |
Je.29:13 | 13. De todo o vosso coração. Esta maravilhosa promessa é um eco de Deute- ronômio 4:29. Deus deixa claro que Ele não pode fazer nada por Seu povo a menos que este O busque com propósito sincero. |
Je.29:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.29:15 | 15. Profetas na Babilônia. Referências a falsos profetas (ver com. do v. 21) aos quais alguns deram ouvidos, em vez de Jeremias. |
Je.29:16 | 16. Do rei. Isto é, Zedequias. |
Je.29:17 | 17. Espada. Outra menção do triplo flagelo: espada, fome e peste, decorrentes da guerra (ver com. de Jr 14:12).Ruins. Do heb. shoarim, “podre”, “desagradável”, uma expressão de repugnância mais intensa do que a “de ruins que eram” (Jr 24:2). Novamente, Jeremias compara os que foram deixados em judá depois do cativeiro de Joaquim a figos sem valor, que não podem ser comidos (ver com. de Jr 24:8-10). |
Je.29:18 | 18. Espada. Ver v. 17; ver também com. de Jr 14:12.Fá-los-ei um espetáculo horrendo.Literalmente, “dá-los-ei para um terror” (ver com. de Jr 24:9).Espanto. Ver com. de Jr 25:9. |
Je.29:19 | 19. Começando de madrugada. Ver com. de Jr 7:13. |
Je.29:20 | 20. Enviei. Ver com. do v. 4. |
Je.29:21 | 21. Acabe. Nada se sabe destes falsos profetas, Acabe e Zedequias, exceto o que está declarado neste versículo. Possivelmente, eram os líderes do partido de revolta entre os exilados.Nabucodonosor. Ver com. de Jr 21:2. |
Je.29:22 | 22. Assou no fogo. Este método de execução era evidentemente comum entre os babilônios, para traidores rebeldes (ver Dn 3:6, 20). Se estes falsos profetas fossem agitadores entre os exilados (ver com. do v. 21), os babilônios não considerariam nenhum castigo cruel demais. |
Je.29:23 | 23. Loucuras. Ou, “insensatez”; provém de uma palavra hebraica relacionada à prostituição (ver Gn 34:7; Dt 22:21; Jz 19:23, 24). Esses líderes, Acabe e Zedequias, como seus companheiros em Jerusalém, viviam envolvidos em libertinagem (verJr 23:14).Eu o sei. Os falsos líderes religiosos devem ter enganado o povo para que cressem neles como homens de boa moral e caráter. Se os adultérios dos falsos profetas fossem conhecidos, eles perderíam sua influência sobre a mente do povo. Neste versículo, Deus abriu diante de todos um registro da conduta pecaminosa desses profetas apóstatas. |
Je.29:24 | 24. Semaías. Evidentemente, um líder judeu em Babilônia em oposição a Jeremias. Nada mais se sabe dele além do que é revelado neste versículo.Neelamita. Ou, “de Neelam” (NVI), um lugar desconhecido.Falarás. Parece que uma nova seção se inicia neste versículo e que o v. 23 conclui a cópia da carta começada no v. 4. A mensagem de Jeremias aos exilados despertou aira dos falsos profetas rivais em Babilônia, < e foi organizado um movimento para destruir Jeremias. |
Je.29:25 | 25. Cartas. Estas podem ter sido enviadas pelos mensageiros citados no v. 3, quando retornaram de Babilônia. Quando as mensagens chegaram a Jerusalém, Jeremias foi informado delas. Em resultado, ele enviou uma mensagem, reprovando severamente a Semaías.Sofonias. Como ele era “o segundo sacerdote” (Jr 52:24; cf. 2Rs 25:18), esperava-se que sua autoridade e influência impedissem Jeremias de profetizar e que Jeremias fosse punido como impostor. Sofonias representou o rei Zedequias numa espécie de compromisso temporário (ver Jr 21:1; 37:3). Mais tarde, quando Nebuzaradã, o “capitão da guarda” babilônio, conquistou Jerusalém, Sofonias foi aprisionado e executado (Jr 52:24-27). |
Je.29:26 | 26. Joiada. Alguns têm sugerido que ele foi substituído por Sofonias porque não apoiou a política do partido de revolta. Como era, possivelmente, o dever do “segundo sacerdote” preservar a ordem no templo e punir impostores proféticos, Semaías reprovou a Sofonias por sua indiferença e timidez no exercício do dever por não silenciar Jeremias, que apresenta aqui o conteúdo das “cartas” de Semaías (v. 25).Todo homem fanático. Um termo depreciativo frequentemente aplicado aos impostores (ver 2Rs 9:11; Os 9:7).No tronco. Ver com. de Jr 20:2. |
Je.29:27 | Sem comentário para este versículo |
Je.29:28 | 28. Flá de durar muito o exílio. A palavra acrescentada, “exílio”, possivelmente seja correta, a julgar pelo contexto (ver v. 5, 10). |
Je.29:29 | 29. Leu esta carta. Sofonias, evidentemente, fez isso para alertar Jeremias sobre a conspiração dos inimigos contra ele ou para induzir o profeta a suavizar e moderar suas palavras. |
Je.29:30 | Sem comentário para este versículo |
Je.29:31 | 31. A todos os exilados. Isto parece indicar que a comunicação entre Babilônia e a Palestina era frequente. |
Je.29:32 | 32. Castigarei a Semaías. O modo es- Semaías, como ocorreu nos casos de Acabe pecífico do castigo não é indicado no caso de e Zedequias (ver v. 21, 22).Capítulo 30que mudarei a sorte do Meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais, e a possuirão.I 1 Porque Eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei. |
Je.30:1 | 1. Palavra. Ver com. de jr 1:1. |
Je.30:2 | 2. Escreve. O profeta foi instruído a escrever o que foi revelado a ele a respeito da restauração de Israel, e este registro é encontrado nos cap. 30 e 31. Essas promessas da restauração futura foram registradas pelo profeta imediatamente após a troca de cartas no cap. 29 (ver Material Suplementar sobre Jr 25; 27-29; 30; 31). |
Je.30:3 | 3. Fá-los-ei voltar. A promessa divina de Jeremias 29:10 a 14 se amplia neste versículo para incluir não apenas o reino do sul, de Judá, mas também o reino do norte, de Israel. O coração do profeta acompanhava não apenas o cativos em Babilônia, mas os que estavam na Assíria e nas cidades da Média (ver 2Rs 17:5, 6). |
Je.30:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.30:5 | 5. Uma voz de tremor. A LXX traduz como “um som de medo”. Deus retrata os israelitas ao profeta numa condição extremamente angustiante (ver Lm 2:18-22). A profecia ainda terá outro cumprimento no tempo de angústia "pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo” (PP, 201).E não de paz. Ver com. de jr 6:14. |
Je.30:6 | 6. Acaso, um homem tem dores de parto. Os angustiantes sofrimentos dos homens não podem ser descritos em nenhum modo gráfico (ver Jr 4:31; 6:24; 13:21). |
Je.30:7 | 7. Que grande é aquele dia. A princípio, o profeta viu a angústia que logo sobreviría a Jerusalém e à judeia por causa dos babilônios, liderados por seu grande conquistador Nabucodonosor (ver 2Rs 25; 2Cr 36:17-21). Quando aplicado ao tempo do fim, "aquele dia” se refere ao grande dia do Senhor no final da história deste mundo. Naquela circunstância, a destruição de Jerusalém pelos babilônios e pelos romanos foi, porém, “uma tênue sombra” (GC, 36; ver com. de Jr 30:5; jl 1:15).Tempo de angústia para Jacó. A LXX traduz “um tempo de angústia para Jacó”. Jeremias ilustra a intensidade da experiência que recairía sobre Israel (ver com. do v. 6) por meio de uma comparação com a experiência de jacó quando lutou com o Anjo (ver com. de Gn 32:24-26). Jacó foi ameaçado por um irmão irado disposto a matá-loem vingança pelos erros passados. A fim de se preparar para a crise, Jacó permaneceu ali para passar a noite em oração. O fardo em seu coração era que tudo deveria estar ajustado com Deus. O quanto pode, Jacó se esforçou para corrigir cada erro que cometeu. Por sua persistência e fé, a Jacó foi dada a certeza da bênção de Deus antes que a noite terminasse. Ao olhar para o futuro, à luz da experiência de Jacó, Jeremias mostra que, na época da invasão babilônica (ver com. de jr 34:7), eles passariam por uma agonia semelhante à de seu antepassado. Mas, à profecia da grande ‘angústia”, o profeta associou uma mensagem de conforto a toda alma fiel que, "porém, será livre dela”.Esta mesma experiência de intensa busca da alma sobrevirá ao Israel espiritual depois do fim da graça, antes do segundo advento do Senhor. Apenas os que confessaram cada pecado conhecido conseguirão sair vitoriosos daquele tempo de agonia espiritual conhecido como o “tempo da angústia de Jacó" (ver GC, 616-623). |
Je.30:8 | 8. Eu quebrarei o seu jugo. Primariamente, é uma referência ao jugo dos babilônios, que foi quebrado quando Ciro permitiu que os exilados retornassem à sua terra (ver 2Cr 36:22, 23; Ed 1:1-4). |
Je.30:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.30:10 | 10. Não temas. Esta garantia confortante é repetida substancialmente em Jeremias 46:27 e 28 (ver Is 41:8-16; 43:5-7).Jacó. Neste versículo, utilizado como sinônimo de “Israel” (ver Gn 32:27, 28) para representar o povo de Deus.De longe. Primariamente, isto se refere ao retorno dos exilados do cativeiro babilô- nico, como o contexto demonstra.Ficará tranquilo. As promessas de prosperidade futura eram condicionais à obediência (ver p. 18, 19). |
Je.30:11 | 11. Castigar-te-ei em justa medida. Deus dá a Seu povo a segurança de que, embora tivesse que discipliná-los por causa de suas transgressões, Ele os restauraria quandoeles aprendessem a lição da obediência. Em Seu amor, Deus não os destruiría, como Ele faria com os ímpios opressores de Seu povo. |
Je.30:12 | 12. Teu mal é incurável. A razão pela qual Deus não deixou Judá "totalmente impune” (ver v. 11) é que o povo, nessa época, tinha ido longe demais em seus pecados. Os v. 12 a 15 descrevem a lamentável condição de Judá. Humanamente falando, não havia esperança para a nação. No entanto. Deus prometeu curar suas feridas (v. 17). |
Je.30:13 | 13. Não há quem defenda. Judá foi abandonada por seus amantes (ver com. do vz 14) e, enfim, estava sozinha, porque abandonou seu Deus.Não tens remédios. A segunda e a terceira frase deste versículo são traduzidas, literalmente, como: “não [há] remédio para [tua] úlcera, [nem] cura para ti”. Isto repete a verdade do v. 12 (ver Is 1:5, 6; Os 5:13). Novamente Deus desafia Seu povo pecador a buscar a salvação da alma por meio de seu Senhor que, por assim dizer, é o único bálsamo de Gileade para as feridas do pecado (ver com. de Jr 8:22). |
Je.30:14 | 14. Todos os teus amantes. Os aliados (ver com. de Jr 22:20) perceberam que o caso de Judá estava perdido diante da oposição babilônica. |
Je.30:15 | 15. Por que gritas [...]? Uma ilustração gráfica da condição de judá, deplorável, irremediavelmente doente e ferida (ver Lm I).Incurável. Ver com. dos v. 12 e 13. |
Je.30:16 | 16. Os que te devoram. Apesar do fato de Deus ter usado os babilônios como instrumentos para castigar Seu povo por causa da apostasia, os próprios caldeus não escapariam da retribuição divina por causa de suas iniquidades (ver com. de Jr 25:12). |
Je.30:17 | 17. Porque te restaurarei a saúde.Ainda que os antigos aliados de Judá a desprezassem por causa de seus infortúnios e a considerassem como abandonada (ver com. dos v. 13, 14), Deus não se esquecería danação escolhida. Em Seu amor, Ele curaria suas feridas (ver Os 6:1). |
Je.30:18 | 18. Restaurarei a sorte. Os v. 18 a 21 descrevem a prosperidade que poderia ter sido de Israel se o povo tivesse aceitado seu destino divino e realizado com lealdade a missão a ele atribuída pelo Céu (ver p. 18, 19). Para a igreja de Deus (ver p. 21-23), estes versículos predizem a libertação final deste mundo mau (ver PR, 538). |
Je.30:19 | 19. Multiplicá-los-ei. O profeta vislumbra a difusão do conhecimento do verdadeiro Deus e a reunião dos conversos de toda a Terra (ver p. 16, 17). |
Je.30:20 | Sem comentário para este versículo |
Je.30:21 | 21. Seu príncipe. Ou, “seu magnífico”. Uma palavra hebraica idêntica é traduzida por “magnífico” (ver SI 8:1). |
Je.30:22 | 22. Meu povo. O Senhor desejava que judá entrasse no pleno relacionamento indicado nesta expressão, mas o povo escolhido falhou em viver de acordo com seus privilégios. A promessa pertence agora à igrejacristã (Hb 8:10). Na condição da nova terra, este relacionamento ocorrerá em sua plenitude (ver Ap 21:3). |
Je.30:23 | 23. Redemoinho. Uma ilustração gráfica do juízo de Deus descendo sobre os pecadores impenitentes (ver jr 23:19, 20; 25:32, 33). |
Je.30:24 | 24. Não voltará atrás. O livramento do povo de Deus seria acompanhado da queda do império babilônico, que mantinha Israel cativo (Jr 25:12, 26) e, finalmente, pelo juízo sobre os ímpios de todas as nações (Jr 25:31- 33). Deus anuncia Seu propósito de realizar esse ato até sua conclusão.Últimos dias. Isto é, na época do cumprimento da predição e posteriormente. No momento, o futuro parecia obscuro. Adiante estavam a invasão e a deportação. O cumprimento das gloriosas promessas de prosperidade pareciam quase inacreditáveis. O futuro confirmaria os misericordiosos propósitos de Deus.GC, 649; LS, 117; PR, 538, 727; HR, 97, 407; Tl, 353; T5, 451; T9, 15 10, 11 - PR, 474Capítulo 31I A restauração de Israel. 10 A respectiva publicação. 15 Raquel é consolada por seu pranto. 18 Arrependido, Efraim é levado de volta ao lar. 22 O Messias é prometido. 27 Seu cuidado sobre a igreja. 31 A nova aliança. |
Je.31:1 | 1. Todas as tribos de Israel. O cap. 31 continua o registro do que Jeremias escreveu a respeito da restauração de toda a nação de Israel. Este capítulo, como Jeremias 30, foi escrito imediatamente após a alternância das cartas entre o profeta e os exilados (ver com. de Jr 30:2), no início do reinado de Zedecjuias (ver com. de Jr 29:2). |
Je.31:2 | 2. Logrou graça. Deus garante a Seu povo, nos v. 2 e 3, que a evidência de Seu amor por eles no passado é a garantia de Seu amor futuro. Seus antepassados escaparam da espada dos egípcios no êxodo e encontraram “descanso” por meio do livramento divino. |
Je.31:3 | 3. Amor eterno. Ver com. de Êx 12:14; 21:6; 2Rs 5:27. O profeta conforta seu povo ao declarar que o amor divino manifestado aos pais ainda é estendido a eles, porque é eterno (ver Is 49:14-16). Eles não podem deixar de ser “atraídos” a Deus com as cordas de Seu amor (ver Os 11:4), se não resistirem à Sua graça. |
Je.31:4 | 4. Ainda te edificarei. Sob a bênção de Deus, os exilados que retornassem restaurariam Jerusalém e seu templo. Eles restabeleceríam, pelo menos em parte, a vida religiosa, social e política. No entanto, a completa extensão da prosperidade predita em Jeremias 31 nunca ocorreu porque o povo se desviou vez após vez de seu destino glorioso (ver PR, 705; p. 17-19). Ó virgem de Israel! Ver com. de Jr 14:17. Adufes. Do heb. tuppim, instrumentos musicais de percussão (ver vol. 3, p. 15, 16). |
Je.31:5 | 5. Samaria. A capital do reino do norte de Israel é mencionada para indicar que alguns que pertenceram às dez tribos também retornariam do exílio. Gozarão dos frutos. Ou, “eles profanarão”, “eles começarão a usar”. Possivelmente,seja uma alusão às normas mosaicas (ver Ia 19:23-25). |
Je.31:6 | 6. Os atalaias. Este versículo retrata os vigias de Efraim, a tribo dominante do reino do norte, convocando o povo para “subir a Sião” (Jerusalém) novamente. Isto enfatiza o que foi revelado no versículo anterior, que todas as doze tribos seriam unidas em um único Israel. Não seria renovada a adoração idólatra rival, estabelecida em Betei e Dã, projetada para impedir as dez tribos do norte de adorar no templo em Jerusalém (ver 1 Rs 12:26-33). |
Je.31:7 | 7. Por causa da cabeça das nações. Referência ao Israel redimido (ver Dt 28:13; cf. Êx 19:5, 6; Lv 20:24, 26; Dt 7:6; 26:18, 19). Proclamai. Literalmente, “faça com que seja ouvido’’, isto é, “faça proclamação” disto. O restante. Ver com. de J1 2:32. |
Je.31:8 | 8. Terra do Norte. Ver com. de Jr 3:18. |
Je.31:9 | 9. Virão com choro. Sobre o cumprimento parcial desta profecia, ver com. de Ed 3:12 e 13. Efraim. Como a mais destacada dentre as dez tribos do norte de Israel, Efraim é mencionada neste versículo para representar todo Israel (ver Êx 4:22; Ez 37:19; Os 11:1-3). |
Je.31:10 | 10. Terras longínquas do mar. Ver Is 41:1; 49:1; 66:19. |
Je.31:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.31:12 | 12. Hão de vir e exultar. Nos v. 12 a |
Je.31:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.31:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.31:15 | 15. Ouviu-se um clamor. Neste momento, o profeta contrasta, com diferentes ilustrações, a aflição presente e a alegria futura dos cativos.Ramá. A respeito da localização de Ramá, ver Nota Adicional a 1 Samuel 1. Embora houvesse vários lugares com este nome, quase não há dúvidas de que a Ramá mencionada por Jeremias neste versículoficava próxima à sepultura de Raquel, que por sua vez, estava “no território de Benjamim em Zelza” (lSm 10:2). Ramá (possivelmente, a moderna Ramallah) ficava na estrada por onde os judeus exilados foram levados no caminho de Jerusalém para Babilônia, e parece ter sido um ponto de encontro dos cativos, antes da árdua jornada rumo ao cativeiro (ver com. de Jr 40:1). O massacre de alguns israelitas pelos babilônios e o cativeiro de outros ocorreram próximo à sepultura de Raquel e revelam a pertinência desta ilustração. Raquel é representada como testemunhando a angústia experimentada por seus descendentes e chorando amargamente por seus filhos. Mateus, inspirado pelo Espírito Santo, aplicou esta passagem ao massacre de Herodes às crianças de Belém (ver com. de Mt2:18).Raquel. Do heb. Rachel. Como mãe de José e Benjamim, além de esposa favorita de Jacó, ela é mencionada como a mãe de todos os filhos de Israel. |
Je.31:16 | 16. Reprime a tua voz. O profeta novamente encoraja Judá a aceitar o cativeiro que deve ocorrer (ver Jr 29:5-7) e, pela fé, aguardar a restauração da nação. |
Je.31:17 | 17. Teu futuro. Ver com. de jr 29:11.Teus filhos voltarão. Em primeirolugar, isto se refere ao retorno dos exilados do cativeiro. Em segundo lugar, se refere ao tempo quando a restauração seria permanente, o tempo da “restauração de todas as coisas” (At 3:21) na segunda vinda de Cristo. As promessas encontradas em Jeremias 31:16 e 17 podem dar garantia a qualquer moderna Raquel, em Israel, de que, se ela for fiel ao Senhor, seus filhinhos, que foram tomados pela morte, serão restaurados pelo grande doador da vida na feliz manhã da ressurreição (ver GC, 645; PR, 239). |
Je.31:18 | 18. Efraim se queixava. O profeta olhava adiante, para um tempo de arrependimento, pelo menos da parte de alguns dos exilados. Em seu estado de arrependimento,os israelitas reconheceríam que seus pecados mereciam o castigo de Deus.Como novilho. Como um animal ainda não treinado resiste em vão ao jugo, assim Israel descobriu, por triste experiência, que sua recusa de se render à vontade de Deus era como chutar “contra os aguilhões” (At 26:14). No entanto, quando o humilde arrependimento venceu seus corações teimosos, o clamor deles foi: “Converte-me e serei convertido, porque Tu és o Senhor, meu Deus”. |
Je.31:19 | 19. Depois que me convertí. Israel prossegue com a atitude penitente expressa no v. 18. A tristeza pelo pecado é mostrada enfaticamente pela imagem empregada: “bati no peito” (ver Lc 18:13). |
Je.31:20 | 20. Meu precioso filho. Ver v. 9. O amoroso coração de Deus simpatiza com Efraim, como um pai ama ardentemente seu amado filho (ver Is 49:14-16).? Falo contra ele. Embora Deus tivesse que castigar o povo por causa de seus pecados, Seu amor não pode deixar os escolhidos partirem.Minhas entranhas (BJ). Uma expressão hebraica característica que indica forte emoção (ver com. de Jr 4:19). |
Je.31:21 | 21. Põe-te marcos. O apelo de Deus a Israel é que se relacionasse com Ele em obediência e devoção, para que possa seguir com alegria e satisfação as recomendações que a levariam de volta em segurança para sua terra (ver Jr 6:16).Ó virgem de Israel. Ver com. de Jr 14:17. |
Je.31:22 | 22. Andarás errante. Significa vaguear inseguro, hesitando entre a obediência e a apostasia (ver Os 2:7).Requestar um homem. O sentido desta frase é obscuro. Os eruditos têm oferecido as seguintes sugestões conjecturais: (1) que Israel, a mulher, retornaria a seu esposo, Yahweh; (2) que as condições seriam tão pacíficas que uma mulher conseguiría realizar o trabalho de proteção, normalmenteexigido de um homem; (3) que a mulher é a virgem Maria e o homem, Jesus; este foi o ponto de vista dos pais da igreja, dentre eles Agostinho; (4) que a mulher representa Israel, que na restauração seria mais forte do que seus antigos conquistadores. |
Je.31:23 | 23. Ainda. Do heb. ‘od, “novamente”, “uma vez mais”. Voltando-se para o reino do sul, de Judá, a profecia revela que este também seria restaurado. |
Je.31:24 | 24. Lavradores. Literalmente, “agricultores” (ver com. de Is 65:21-23). |
Je.31:25 | 25. Porque satisfiz. Ou, “porque satisfarei”. Paz e contentamento eram a sorte dos que andavam nos caminhos da justiça. |
Je.31:26 | 26. Nisto, despertei. Evidentemente, a visão dos versículos anteriores foi dada a Jeremias durante o sono (ver Jr 23:28; J1 2:28). Quando ele acordou e pensou nas maravilhosas promessas que Deus lhe deu, o sonho “fora doce” para ele. |
Je.31:27 | 27. Semearei. Sempre foi a intenção divina que nesta terra houvesse uma população de homens e animais, para a glória de Deus e para a alegria dos seres humanos (ver Is 11:6-12; 65:17-25; Ez 36:8-11; J1 2:21-23). |
Je.31:28 | 28. Para arrancar. Como Deus puniu Seu povo por seus pecados, da mesma forma, Seu amor redentivo lhes concederá paz, e prosperidade; Ele vigiará sobre eles para edi- ficar e plantar (Jr 1:10). |
Je.31:29 | 29. Uvas verdes. Evidentemente, os apóstatas dos dias de Jeremias acalmavam a consciência ao culpar seus pais pelos sofrimentos e infortúnios que enfrentavam (ver com. de Ez 18:2). Jeremias, juntamente com Ezequiel, foi responsabilizado por Deus de informar aos transgressores que a culpa era uma questão individual, que cada pessoa era responsável por suas próprias ações (ver Jr 31:30; ver com. de Ez 18:4). |
Je.31:30 | Sem comentário para este versículo |
Je.31:31 | 31. Nova aliança. Os israelitas falharam em satisfazer as exigências divinas porque lutavam para ser justos por seus própriosesforços. Reconhecendo essa tendência inerentemente humana, o Senhor prometeu uma "nova aliança”. Com este arranjo, o ser humano se torna santo por meio da fé no Redentor e Santificador (ver Gl 3; Hb ST- IO; ver com. de Ez 16:60). Era desejo de Deus que os exilados que retornaram entrassem de coração e alma nessa experiência da "nova aliança”. Mas a nação falhou em corresponder a suas oportunidades (verp. 16-19). |
Je.31:32 | Sem comentário para este versículo |
Je.31:33 | 33. No coração lhas inscreverei. A leide Deus não deveria ser simplesmente um padrão externo de justiça. Deveria ser uma fonte de ação a guiar e controlar a conduta humana (ver Rm 8:1-4; 2Cr 3:3-6). |
Je.31:34 | 34. Não ensinará jamais. O fracasso dos servos de Deus que, falharam, em instruir o povo quanto ao real conhecimento de Deus, por causa do desempenho superficial das observâncias e cerimônias da antiga aliança, deveria ser corrigido pela íntima familiaridade e pelo íntimo companheirismo que os crentes teriam com seu Senhor por meio da fé estimulada pela nova aliança (ver jo 6:45, 46; lCo 2:6-16; Cl 1:27, 28). |
Je.31:35 | 35. Leis fixas à lua. Deus se refere à segurança e estabilidade da lei e da ordem natural como garantia de segurança e estabilidade da "aliança eterna” (verJr 32:40; cf. Is 55:3; Ez 37:26)'Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3. |
Je.31:36 | 36. Descendência de Israel. Esta promessa, não cumprida ao Israel literal (ver com. do v. 31), será cumprida com o Israel espiritual, agora a verdadeira "descendência” de Abraão (ver Gl 3:29). |
Je.31:37 | 37. Puderem ser medidos. Do mesmo modo que a nova aliança demonstra a segu- e rança e estabilidade divinas (ver v. 35, 36), também enfatiza que o intelecto humano não consegue compreender a profundidade do conhecimento do propósito divino em relação ao povo de Deus (ver Rm 11:33). |
Je.31:38 | 38. Esta cidade será reedificada. Uma descrição divina, em termos compreensíveis ao povo daquela época, a respeito da plenitude da restauração de Jerusalém.A Torre de Hananel ficava no muro norte (ver mapa, p, 534), e a Porta da Esquina, na esquina noroeste (ver Zc 14:10). Assim, a nova cidade estaria completa, de um extremo ao outro. |
Je.31:39 | 39. Garebe. Não há outra menção de Garebe e Goa no AT. Garebe não foi identificada, mas acredita-se que estava ao sul ou oeste de Jerusalém. |
Je.31:40 | 40. Vale dos cadáveres. Evidentemente, uma referência ao vale de Elinom (ver com. de jr 19:2). O ribeiro de Cedrom era uma profunda depressão no lado leste da cidade, e a Porta do Cavalo ficava “para o oriente” do templo. Toda essa área, que foi “destruída” pelos invasores babilônios, o profeta a viu restaurada e como "santa ao Senhor”.Capítulo 32dinheiro, dezessete siclos de prata.Me provocarem à ira, eles, os seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus profetas, como também os homens de judá e os moradores de Jerusalém.de Judá, nas cidades da região montanhosa, nas cidades das planícies e nas cidades do Sul; porque lhes restaurarei a sorte, diz o Senhor. |
Je.32:1 | 1. No ano décimo. Em 588/587 a.C., durante o cerco final a Jerusalém (ver com. de Jr 52:4). Este sincronismo entre o 10° ano de Zedequias e o 18° de Nabucodonosor é um dos mais valiosos no AT para fins de cronologia bíblica (ver vol. 2, p. 145). Nabucodonosor. Ver com. de Jr 21:2; Dn 1:1. |
Je.32:2 | 2. Cercava Jerusalém. A política de intriga e traição de Zedequias levou Nabucodonosor a cercar Jerusalém. Foi nessa época que o rei de Judá, irado pelas persistentes predições de derrota de Jeremias (ver v. 3-5; Jr 34:2, 3; 38:20-23), manteve o profeta encarcerado no ‘pátio do cárcere” (ver Ne 3:25). Na realidade, Nabucodonosor começou a sitiar Jerusalém no 9U ano do reinado de Zedequias (ver com. de Jr 39:1), mas foi forçado a abandonar temporariamente o cerco por causa da aproximação de um exército egípcio (ver Jr 37:5, 11). Desde o tempo do início do cerco (ver Jr 39:1) até sua interrupção temporária pelos babilônios, Jeremias esteve em liberdade na cidade (ver com. de Jr 37:4). Na sequência, houve a tentativa do profeta de retornar a Anatote e a deturpação de seus motivos pelos seus inimigos (ver Jr 37:11-14); por isso Jeremias foi aprisionado “na casa de Jônatas, o escrivão” (Jr 37:15). A pedido do prisioneiro, o rei tirou Jeremias dali e o levou para o “pátio da guarda que estava na casa do rei de Judá”, talvez para que o profeta estivesse disponível para consultas quanto ao provável resultado do cerco (ver Jr 37:20, 21). |
Je.32:3 | 3. Por que profetizas tu [...]? Deve ser notado que a profecia citada nos v. 3 a 5 foi proferida por Jeremias num período anterior e é mencionada aqui por Zedequias como a razão para colocá-lo na prisão. A apresentação desta mensagem a Zedequias está registrada em Jeremias 34:2 e 3. |
Je.32:4 | 4. Veria face a face. Isto é significativo, em vista da profecia de Ezequiel (ver com. de Ez 12:13). Nabucodonosor “vazou os olhos a Zedequias” (ver Jr 39:7), e assim, o rosto do conquistador babilônio, que infundia terror por causa de sua ira, foi uma das últimas coisas que o rei de Judá veria (ver Jr 52:10, 11; cf. 2Rs 25:6, 7). |
Je.32:5 | 5. Onde estaria. Zedequias, cego e miserável, viveu seus últimos anos aprisio- < nado em Babilônia (ver Jr 52:11). O fato de ele não ser mencionado quando Evil-Merodaque libertou Joaquim da prisão (ver Jr 52:31), parece indicar que, por esta época, já estava morto. Visite (ARC). Ver com. de SI 8:4; 59:5. |
Je.32:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:7 | 7. Hananel. Além de ele ser primo em primeiro grau do profeta (ver v. 8, 9), não se sabe mais nada acerca de Hananel. Como até o ano do jubileu a terra poderia ser vendida, ao parente mais próximo da pessoa era dada a oportunidade de exercer “o direito de resgate” (Jr 32:7; ver com. de Lv 25:23-25; Rt 3:12; 4:1-6).Compra. Por meio da compra da terra em Anatote, o profeta Jeremias deu prova irrefutável de sua confiança na mensagem divina de que, apesar de os israelitas serem levados para o cativeiro, eles retornariam para sua nação e seus campos (ver v. 44). Este incidente teve um paralelo na história de Roma, quando os compatriotas daquela cidade compraram terra pelo valor de mercado na época em que Aníbal, o conquistador cartaginês, marchava para a capital no Tibre (ver Livy, xxvi.l 1). |
Je.32:8 | 8. Compra agora. O campo de Hananel, possivelmente, já estava sob o controle dos exércitos que, então, cercavam Jerusalém (ver com. do v. 2). Isso, por si só, seria suficiente para induzir Hananel a vender seu campo. Além disso, pode ser que Hananel achasse que, devido a exortação de Jeremias para a submissão a Nabucodonosor, haveria uma forte possibilidade de que os caldeus protegessem o profeta e os interesses dele. |
Je.32:9 | 9. Dezessete siclos de prata. Esta quantia, em seu valor babilônico, teria o poder de compra de um boi ou cerca de nove ovelhas ou cabras (vervol. 1, p. 146, 147). |
Je.32:10 | 10. Escritura. Isto é, a escritura legal. Ela foi “selada" para protegê-la contra quaisquer alterações não autorizadas. Tudo foi feito em rígida forma jurídica, para dar força à parábola viva.Pesei. Ou, “paguei”. Uma vez que nos tempos antigos o dinheiro em metal era avaliado mais em barras de ouro ou prata do que em moedas, ele foi “pesado” (ver Gn 23:16; Zc 11:12). |
Je.32:11 | 11. Tanto a selada [...] como a cópia.A primeira deve ter sido a “escritura da compra” originai, e a última, a segunda via. Ou, o documento “selado” poderia conter “detalhes” que não diziam respeito às “testemunhas” (ver v. 10, 11). |
Je.32:12 | 12. Baruque. A respeito da história deste importante escriba, ver p. 365.Na presença de todos os judeus. Isto demonstra que Jeremias não foi posto em confinamento fechado, mas estava no pátio da prisão (ver v. 2). Esta parábola viva, encenada na presença de muitas testemunhas, logo seria conhecida em toda a cidade. Por meio deste ato de aparente loucura, o profeta enfatizou a convicção de sua predição de que o povo, embora levado cativo pelos babilônios, retornaria para seu próprio país (ver v. 15). |
Je.32:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:14 | 14. Vaso de barro. Não era incomüm, para os antigos, colocar os tesouros maispreciosos nestes recipientes (ver 2Co 4:7), porque proviam mais proteção contra umidade e deterioração do que os vasos feitos de madeira. Os famosos rolos do Mar Morto foram preservados neste tipo de vaso (ver vol. 1, p. 7-10).Possam conservar. Uma advertência para que os cativos não esperassem um retorno rápido à terra natal. |
Je.32:15 | 15. Ainda se comprarão. O profeta nunca poderia esperar receber benefício pessoal desta compra. Ele já não era jovem, e ele mesmo predisse que o tempo de cativeiro duraria 70 anos. No entanto, jeremias mantinha diante do povo, em parábola, a gloriosa esperança de um retorno da terra do exílio. |
Je.32:16 | 16. Orei. Jeremias, então, iniciou uma das íntercessões mais fervorosas pelo povo de Deus registradas na Bíblia (ver Ed 9:5-15; Is 37:16-20; Dn 9:3-19). |
Je.32:17 | 17. Demasiadamente maravilhosa. A onipotência de Deus fornece a base da petição humilde e fervorosa do profeta (ver Gn 18:14; Jr 32:27). |
Je.32:18 | 18. Misericórdia. Do heb. chesed, “amor divino” (ver Nota Adicional ao Salmo 36). Este versículo apresenta os dois fundamentos do governo divino: o amor de Deus e Sua justiça (ver Êx 20:6; 34:6, 7; SI 85:10; 89:14).Senhor dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3. |
Je.32:19 | 19. Grande em conselho. Esta atribuição, junto com a anterior, “poderoso Deus” (v. 18), utiliza um estilo similar ao registrado por Isaías em uma de suas grandes profecias cristológicas (ver Is 9:6).Segundo o seu proceder. Ver Jr 17:10; Mt 16:27; 2Co 5:10. |
Je.32:20 | 20. Até ao dia de hoje. O sentido pode ser de que os “sinais e maravilhas” que Deus operou no Egito quando livrou Seu povo ainda estavam vividos na memória popular no tempo de Jeremias, ou de que os "sinais e maravilhas' iniciados no Egito continuavam até aquele momento.Outros. Talvez seja melhor omitir esta palavra acrescentada. A referência é a homens em geral. |
Je.32:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:22 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:23 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:24 | 24. As trincheiras. Isto é, as torres ou rampas que eram usadas nas operações de cerco (ver com. de Jr 6:6). Como predito por Jeremias, os babilônios estavam sitiando Jerusalém. As obras do imponente ataque eram visíveis aos habitantes da cidade condenada. Era impossível aos israelitas escapar dos sofrimentos “da espada, da fome e da peste". |
Je.32:25 | 25. Tu me disseste. As palavras parecem refletir um tom questionador. Diante do ataque babilônico contra Judá e Jerusalém, era razoável a dificuldade do profeta em compreender a ordem divina para comprar "o campo por dinheiro" e chamar "testemunhas”. |
Je.32:26 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:27 | 27. Haveria [...]? Deus fortaleceu a fé de jeremias e confirmou sua certeza ao obedecer à ordem de comprar o campo (ver v. 17). |
Je.32:28 | 28. Nabucodonosor. Ver com. de Jr 21:2; Dn 1:1. |
Je.32:29 | 29. Sobre cujos terraços. Ver com. cie Jr 19:13. Os locais onde os habitantes de Jerusalém “queimaram incenso a Baai e ofereceram libações a outros deuses’’ testemunhariam o juízo e a retribuição divina. Ao invés de o “incenso” de sua idolatria subir ao firmamento, a fumaça das ruínas queimadas subiría ao céu como uma testemunha da impiedade do povo. |
Je.32:30 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:31 | 31. Em que a edificaram. Jerusalém era uma cidade jebusita antes que Davi a tomasse (2Sm 5:6-10). Posteriormente, ela foi reconstruída e ampliada. No entanto, a idolatria dos reis de Judá a tornou em fonte de provocação contínua. |
Je.32:32 | 32. Sacerdotes e os seus profetas. Novamente os líderes espirituais são apontados e indicados como uma classe (ver com. de Jr 2:8), junto com os líderes civis e o povo. |
Je.32:33 | 33. As costas. Gesto de desprezo e aversão (ver jr 2:27; 7:24; 18:17).Começando de madrugada. Ver com. de Jr 7:13. |
Je.32:34 | 34. Abominações. As abomi nações a respeito da adoração de ídolos, mencionadas neste versículo e no seguinte, foram praticadas por Acaz (2Cr 28:1-4) e repetidas por Manassés (2Rs 21:1-9; 2Cr 33:1-9), depois que Ezequias tinha purificado o templo destas práticas iníquas (2Cr 29). Mais tarde, Josias se esforçou para erradicar a idolatria (2Rs 22; 23; 2Cr 34:25), mas parece evidente que a idolatria ainda persistiu depois de sua morte.Que se chama pelo Meu nome. Ver Jr |
Je.32:35 | 35. Altos. Os altos sobre os quais a idolatria era praticada (ver 2Rs 17:9-11; 2Cr 31:1).Hinom. Ver com. de Jr 7:29, 31; 19:2. |
Je.32:36 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:37 | 37. Eu os congregarei. Ver com. de jr 29:10, 11. A respeito da natureza condicional destas promessas, ver p. 20, 21. |
Je.32:38 | 38. Meu povo. Nos v. 38 a 40, Deus repete a promessa da nova “aliança” (Jr 31:31-34). |
Je.32:39 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:40 | Sem comentário para este versículo |
Je.32:41 | 41. Plantá-los-ei. Uma tigura de linguagem que sugere segurança e permanência. |
Je.32:42 | 42. Este grande mal. Ver com. de Jr 11:11. |
Je.32:43 | 43. Comprar-se-ão campos. Aos desesperados israelitas que reconheciam que os babilônios os privariam de sua terra para sempre, foi dada a certeza de que seus descendentes possuiríam novamente os campos de Judá. A transação de jeremias em comprar um campo em Anatote foi uma confirmação profética, por assim dizer, desta certeza (ver com. do v. 15).Sem homens nem animais. Como os sitiados habitantes de Jerusalém viram a desolação trazida pelos caldeus sobre sua amada terra de Judá, eles deram vazão a seus sentimentos nestas vividas palavras. A predição de desolação que sobreviría à terra, feita por jeremias (Jr 4:25; ver com. de Jr 4:20, 23), já se cumpria diante dos olhos do povo. |
Je.32:44 | 44. Sul. As características geográficas observadas neste versículo descrevem a área conhecida da terra de judá (ver js 15). Esta ? referência particular parece não mencionar a terra que, anteriormente, pertencia ao reino do norte de Israel.Porque lhes restaurarei. Para que ninguém deixasse de compreender a lição da parábola viva, o Senhor proclama retorno do cativeiro. O fato de o Senhor ter predito o cativeiro, que então ocorria, confirmava a promessa de retorno.Capítulo 33suas iniquidades com que pecaram e transgrediram contra Mim.com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, |
Je.33:1 | 1. Ainda encarcerado. O profeta ainda estava no local do seu aprisionamento, mencionado no cap. 32 (ver com. de Jr 32:2). |
Je.33:2 | 2. Que faz estas coisas. Isto é, a terra como entendida por implicação (ver Jr 10:11; cf. Is 45:18).O Senhor. Do heb. Yahweh, o tetra- grama sagrado (vervol. 1, p. 149-151). |
Je.33:3 | 3. Coisas grandes. Ou, “coisas incompreensíveis’. |
Je.33:4 | 4. Derribadas. Ver com. de jr 32:24. |
Je.33:5 | 5. Quando se der a peleja. Os israelitas partiram contra os babilônios, apenas para ser repelidos à custa de muitos “cadáveres de homens” (ver com. de Jr 32:24). |
Je.33:6 | 6. Saúde e cura. Deus, então, passa de uma consideração do castigo de Seu povo a uma promessa de sua restauração, quandoos israelitas teriam “abundância de paz e de verdade” (ARC). Os v. 6 a 26 apresentam uma vivida ilustração da glória que poderia ter sido de Israel depois do retorno do cativeiro, se o povo tivesse atendido à luz do Céu e tivesse cooperado com Deus na realização de Seus planos e propósitos para a salvação do mundo. Infelizmente, eles retrocediam vez após vez de seu glorioso destino e, assim, alcançaram, apenas em pequena medida, as bênçãos preditas aqui. Com a transferência das promessas para o Israel espiritual, muitas das previsões teriam cumprimento, em princípio, na igreja cristã (ver p. 12-25). |
Je.33:7 | 7. De Israel. Israel, assim como Judá, está incluído na promessa de retorno do exílio. |
Je.33:8 | 8. Purificá-los-ei. A alegria das bênçãos temporais dependia de se atenderemcertas exigências espirituais (ver p. 14). A fim de experimentar a glória retratada nos v. 6 a 26, seria necessário que Israel abandonasse seus pecados. Para os que se arrependeram genuinamente, Deus estendeu a promessa de perdão pleno e gratuito. As pessoas não deveríam ser desencorajadas pela magnitude de suas transgressões passadas, pensando que seu caso era sem esperança. Deus não somente perdoaria seus pecados, Ele também daria graça para a obediência futura (Ez 36:25-28). |
Je.33:9 | 9. Por nome, por louvor. Embora Israel tenha pecado gravemente, Deus não retirou qualquer de Suas promessas de graça. Elas eram, naturalmente, condicionais à obediência. Era possível a Israel, depois do cativeiro, alcançar a plena glória prometida ao povo antigo (ver p. 18, 19). Por meio de Zacarias, foi dada a certeza: "E serão como se Eu não os tivera rejeitado” (Zc 10:6). Assim também é no reino espiritual. Não importa para quão longe uma? pessoa tenha ido do caminho da retidão, ela pode ser aceita diante de Deus como se não tivesse pecado (CC, 62). |
Je.33:10 | 10. Sem homens. Ver com. de Jr 32:43. |
Je.33:11 | 11. A voz de júbilo. Uma repetição das prometidas alegrias de restauração que sobreviríam ao povo de Deus. Os sons de alegria que se silenciariam durante o exílio (ver com. de jr 7:34) seriam novamente ouvidos na terra.Ofertas de ações de graças. Ver jn 2:9; Hb 13:14, 15. |
Je.33:12 | Sem comentário para este versículo |
Je.33:13 | 13. Sul. Ver com. de Jr 32:44. |
Je.33:14 | 14. Cumprirei. Ver com. de Jr 23:5-7. |
Je.33:15 | 15. Renovo de justiça. Ver ls 11:1; ver com. de Zc 3:8; 6:12. |
Je.33:16 | 16. Ela será chamada. Embora o v. 16 repita a predição de Jeremias 23:6, ele difere daquela referência no sentido de que aqui a cidade é chamada '“Senhor, Justiça Nossa”.Se Jerusalém tivesse tão somente vivido o que Deus lhe designou, seu futuro teria sido mais glorioso (ver p. 17). |
Je.33:17 | 17. Nunca faltará a Davi. Nisto ecoa a promessa feita em 2Sm 7:16; lRs 2:4; SI 89:20, 29, 35, 36. Ver com. de lRs 2:4. |
Je.33:18 | 18. Oferta de manjares. Ou, ‘oferta de cereais” (ver vol. 1, p. 757-759). |
Je.33:19 | Sem comentário para este versículo |
Je.33:20 | 20. Minha aliança com o dia. Mais uma vez, como anteriormente, Deus garante a certeza da aliança com Seu povo ao Se referir à segurança da lei natural (ver com. de jr 31:35). |
Je.33:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.33:22 | 22. Exército dos céus. A quantidade infinita de corpos celestes é utilizada para ilustrar a grande multidão que será considerada a “'semente de Davi’'. |
Je.33:23 | Sem comentário para este versículo |
Je.33:24 | 24. Para o que diz este povo. Alguns comentaristas têm entendido esta passagem como sendo uma provocação dos pagãos à aparente queda das '“duas famílias”, que seriam os reinos de Israel e Judá (ver Ez 35:10; 36:19, 20). Outros interpretam ‘‘este povo” como sendo os próprios israelitas (ver Jr 4:10; 5:14, 23; 6:19) que, em sua infidelidade, cederam ao desespero (Jr 32:42, 43; 33:10), porque mesmo “as duas famílias ”, a lamília de Davi e a de Levi (Jr 33:21, 22), pareciam ter sido abandonadas por Deus. |
Je.33:25 | 25. Se a Minha aliança. Deus responde a esse desespero ao mostrar a imutabilidade da lei natural como prova da certeza de Suas promessas para com Seu povo (ver com. do v. 20). |
Je.33:26 | 26. Descendência de Jacó. Alguns sugerem que as “duas famílias” (v. 24) podem ser a casa de Jacó e a casa de Davi. Deus dá Sua resposta à provocação desdenhosa dos pagãos ou à expressão de desânimo por parte de Seu povo (ver com. do v. 24). Ele promete fazê-lo retornar à sua terra e restaurar sua antiga glória (ver com. do v. 9).Capítulo 34I Jeremias profetiza o cativeiro de Zedequias e da cidade. 8 Os príncipes e o povo despedem seus servos, mas, contrariando a aliança com Deus, eles os retomam. 12 Por causa da desobediência deles, Jeremias os entrega nas mãos dos inimigos.? cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará. |
Je.34:1 | 1. Quando Nabucodonosor. Este capítulo começa relatando eventos que ocorreis ram no início do cerco final a Jerusalém, enquanto o profeta ainda estava em liberdade, porque a profecia enviada a Zedequias (v. 2, 3) foi mencionada pelo rei como o motivo para o aprisionamento de Jeremias (ver com. de jr 32:2). |
Je.34:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.34:3 | 3. Verás. Ver com. de jr 32:4. |
Je.34:4 | 4. Não morrerás à espada. Esta garantia foi dada, provavelmente, a Zedequias para persuadi-lo a deixar de resistir aos babilônios e entrar em acordo com Nabucodonosor. Ainda que Zedequias fosse levado cativo a Babilônia, a submissão de sua parte lhe asseguraria uma vida pacífica e um enterro honroso. |
Je.34:5 | 5. Como se queimaram a teus pais. Isto é aparentemente uma referência às especiarias e perfumes que eram queimados no enterro de reis e indivíduos de alto escalão (2Cr 16:14; 21:18, 19). Não há alusão neste versículo à cremação, que os judeus nunca praticaram.E te prantearão. Contraste isto com a predição que Jeremias fez a respeito doenterro de Jeoaquim (Jr 22:18, 19). É assegurado a Zedequias que este fim desonroso não seria seu, caso ele se rendesse a Babilônia. |
Je.34:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.34:7 | 7. Laquis. Esta cidade é mencionada porque, próxima a Jerusalém, ela era uma das mais fortes defesas de Judá (2Rs 18:13, 14, 17; 2Cr 32:9), e porque ela e Azeca resistiram a Nabucodonosor por mais tempo. Em 1935 e 1938, foram descobertas 21 cartas escritas em tinta sobre óstracos ou cacos de cerâmica (ver vol. 1, p. 102, 103; vol. 2, p. 81, 82) nas ruínas de Laquis. Muitas delas foram escritas por certo Hoshaiach, um oficial do exército num posto nas proximidades, a Yaosh, o comandante de Laquis, antes da invasão babilônica. Elas revelam vividamente a incerta condição do país às vésperas da queda de Judá. Uma cias cartas declara: “E que (meu senhor) saiba que nós estamos observando os sinais de Laquis, de acordo com todas as indicações que meu senhor tem dado, porque nós não conseguimos ver Azeca" (W. F. Albright, trans., in j. B. Pritchard, Ancient Near Eastern Texts [Princeton: University Press, 1950],p. 322). A veemência com que Laquis em pouco tempo foi destruída é evidenciada pela intensidade com que a cidade foi queimada, e muito da alvenaria do muro foi tornada em vermelho vivo. Essas descobertas em Laquis refletem a severidade da destruição que sobreveio a Jerusalém no mesmo período. As ruínas agora são chamadas de Tell ed-Duweir.Azeca. Esta também era uma das “cidades fortificadas” (2Cr 11:5-12). O local agora é chamado de Tell ez-Zakariyeh. |
Je.34:8 | 8. Apregoar a liberdade. Enquanto a lei mosaica permitia que os israelitas fossem postos sob escravidão por tempo limitado (ver com. de Ex 21:2), muitos senhores excederam seus direitos. Os nobres de Judá, como os de Atenas antes de Sólon, aplicaram a lei de endividamento, a fim de escravizar grande quantidade de seus companheiros. Então, sob o perigo premente do ataque babilônico, Zedequias prometeu liberdade a todos os que eram escravos em Jerusalém a fim de assegurar o recebimento da ansiada cooperação servi- çal dos homens livres em vez do forçado auxílio dos escravos, ou por alguma outra razão. |
Je.34:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.34:10 | 10. Obedeceram. Em vista da ameaça dos perigos externos e de que uma classe de pessoas oprimidas poderia se levantar para auxiliar um invasor (ver Êx 1:10), a ordem de Zedequias para libertar os escravos se adequou às tendências por parte dos príncipes e do povo. |
Je.34:11 | 11. Mas depois se arrependeram.Quando os caldeus temporariamente levantaram o cerco para enfrentar o exército egípcio que estava se aproximando (ver v. 21; |r 37:5), muitos dos habitantes de Jerusalém creram que o perigo das suas cidades havia passado, e eles novamente “os sujeitaram por servos e por servas”. |
Je.34:12 | Sem comentário para este versículo |
Je.34:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.34:14 | 14. Ao fim de sete anos. Esta era a lei (ver com. de Êx 21:2) que o povo tinha violado (Jr 34:8-11; ver Is 58:6). |
Je.34:15 | 15. Feito perante Mim aliança. Este acordo para libertar os escravos foi solenemente celebrado pelo rei e por “todos os príncipes, e todo o povo” (v. 10) no pátio do templo, e assim foi feito, em certo sentido, com o próprio Deus (ver Ne 5:8-13). Portanto, ao quebrar esta “aliança”, o povo transgrediu não apenas contra seus companheiros, mas também contra Deus.Que se chama pelo Meu nome. Ver Jr 7:10, 11; ver com. de Dt 12:5. |
Je.34:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.34:17 | 17. Eu vos apregoo a liberdade. A liberdade ordenada por Deus (Lv 25:10) foi negada pelo povo a seus companheiros e tornada pelo juízo de Deus em “liberdade” que levaria os transgressores “à espada, à peste e à fome” e também ao cativeiro. |
Je.34:18 | 18. Bezerro que cortaram. A respeito do significado deste ritual, ver com. de Gn 15:10. |
Je.34:19 | 19. Oficiais. Ou, “eunucos” (ARC). Geralmente, estes eram de nascimento estrangeiro (ver com. de jr 38:7), que se tornaram prosélitos quando entraram no serviço do rei. Não era incomum aos eunucos manter alta posição nas cortes orientais, e os mencionados neste versículo, como os príncipes de Judá e Jerusalém, tinham, possivelmente, se enriquecido ao emprestar dinheiro aos israelitas pobres e então, torná-los escravos para assegurar o ressarcimento. |
Je.34:20 | 20. Servirão de pasto. Esta desonra era considerada um extremo castigo pela transgressão (ver Jr 16:4; 19:7). |
Je.34:21 | 21. De vós. Literal mente, “de encontro a vós”. Isto mostra, como indicado antes (ver com. do v. 11), que os babilônios tinham levantado o cerco a Jerusalém, dando aos príncipes de Judá a falsa ideia de que o perigo tinha passado, e a falsa esperança de que o auxílio vinha do Egito (Jr 37:5-10). |
Je.34:22 | 22. Queimarão. Ver jr 52:12-14.Ninguém habitará. Ver com. de jrCapítulo 35exército dos caldeus e dos siros; e assim ficamos em Jerusalém. |
Je.35:1 | 1. Nos dias de Jeoaquim. A experiência registrada no cap. 35 ocorreu no período inicial do ministério de Jeremias, pouco antes de os babilônios atacarem Jerusalém (ver PR, 423). |
Je.35:2 | 2. Recabitas. O progenitor desta família foi Jonadabe, ou Jeonadabe (v. 6), que viveu nos dias de Jeú, rei de Samaria (841-814 a.C.), aproximadamente 240 anos antes. Ê evidente que sua influência foi tão grande que Jeú estava satisfeito por tê-lo a seu lado, e jonadabe estava igualmente satisfeito em estar com Jeú por causa de seu “zelo para com o Senhor” (ver 2Rs 10:15, 16). jonadabe insistiu que seus seguidores adotassem um rígido modo de viver. |
Je.35:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:4 | 4. A câmara. Estes quartos ou apartamentos anexados ao templo (IRs 6:5), aparentemente, eram designados a importantes sacerdotes ou profetas; neste versículo, aos "filhos de Hanã”. A expressão “homem de Deus" indica que Jigdalias era um profeta (ver 1 Sm 2:27; IRs 13:1; 20:28; 2Rs 4:7, 9).Dos príncipes. Sem dúvida, alguns oficiais, personalidades que não eram sacerdotes, que tornaram os recintos do templo em seu permanente local de estada (ver Jr 36:10).Maaseias. Possivelmente o pai de Sofo- nias, "o segundo [ou substituto] sacerdote” (Jr 21:1; 29:25; 52:24). |
Je.35:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:6 | 6. Não beberemos vinho. Por toda a vida os recabitas foram como os nazireus (ver com. de Nm 6:2-5), um povo separado, vivendo longe das cidades e se abstendo de possuir bens. |
Je.35:7 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:10 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:11 | 11. Quando, porém, Nabucodonosor.A respeito da grafia, ver com. de Dn 1:1. Apologeticamente, os recabitas explicaram que foram forçados a ir temporariamente à cidade de Jerusalém com os outros habitantes da terra de judá, por causa da invasão babilônica (Jr 4:6; 8:14; cf. 2Rs 24:1, 2). |
Je.35:12 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:13 | 13. Senhor dos Exércitos. Ver com. dejr7:3.Nunca aceitareis [...]? Em marcante contraste com os recabitas, que tinham persistido fielmente por séculos em obedecer às normas de seu ancestral, Jonadabe, “os homens de Judá e os moradores de Jerusalém”, embora afirmassem ser os filhos de Deus, persistentemente, recusavam “ouvir” o conselho divino (ver com. de Jr 7:13). |
Je.35:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:15 | 15. Começando de madrugada. Ver com. de Jr 7:13. |
Je.35:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.35:17 | 17. Pois lhes tenho falado. Esta queixa do Senhor é claramente justificada, como é repetidamente declarado por muitos dos mestres e profetas de Deus (ver Pv 1:24; Is 65:12; 66:4; Jr 7:13; 25:4-7; etc.) |
Je.35:18 | 18. Pois que obedecestes. O que Deus particularmente elogia neste versículo é a constância e a fidelidade dos recabitas, apresentadas na consideração de uma lei humana. |
Je.35:19 | 19. Nunca faltará homem, dais promessas são, naturalmente, condicionais à continua fidelidade dos descendentes (ver com. de IRs 2:4). A lealdade dos filhos de. Recabe à vida abstêmia ordenada a eles, foi uma dura reprovação ao apóstata e. imoral povo de judá como um todo.Capítulo 36?> Elisama, o escrivão, e o leu diante do rei e de todos os príncipes que estavam com ele. |
Je.36:1 | 1. No quarto ano de Jeoaquim. Isto é, aproximadamente 604 a.C. (ver com. de Jr 25:1). Depois que Jeremias entregou a direta mensagem registrada no cap. 19, o profeta Foi capturado e aprisionado (ver Jr 20). Foi durante e após esse aprisiona- mento que ocorreram os eventos do cap. 36 (ver PR, 432-437). |
Je.36:2 | 2. Um rolo. Sem dúvida, ele era feito de couro, algumas vezes chamado popularmente de pergaminho, embora o verdadeiro pergaminho não entrasse em uso até o 2o século a.C. (ver vol. 1, p. 6, 7).Todas as nações. Este versículo apresenta, numa sentença, o conteúdo do cap. 25. |
Je.36:3 | 3. Talvez. Nesta época, havia ainda uma esperança, mesmo que leve, de que judá se arrependesse. |
Je.36:4 | 4. Baruque. A respeito da identidade de Baruque, ver p. 365. |
Je.36:5 | 5. Estou encarcerado, jeremias ainda era um prisioneiro (ver com. do v. I; ver PR, 432). |
Je.36:6 | 6. Lê. Sendo que jeremias eslava impedido de 'entrar na casa do Senhor”, Baruque foi chamado a ser não apenas o secretário do profeta, mas também o portador das mensagens divinamente inspiradas de Jeremias.No dia de jejum. Esta ocasião não era um jejum anual regular (ver com. do v. 9), mas uma daquelas ocasiões especiais''proclamadas” em tempo de crise nacional (2Cr 20:1-3; jl 2:15). Este era um tempo em que uma grande quantidade de pessoas se reunia, e estavam em disposição de espírito para ouvir uma advertência divina e um apelo ao arrependimento. E possível que Jeoaquim, aconselhado por seus sacerdotes apóstatas e falsos profetas, convocou este jejum para despertar no povo o espírito de resistência contra os babilônios. |
Je.36:7 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:9 | 9. No quinto ano. Isto foi no ano seguinte à ordem do Senhor (ver com. do v. 1).No mês nono. A leitura do rolo ocorreu no inverno, no mês que se iniciava em novembro ou dezembro. Já que os anos de reinado dos reis de Judá, provavelmente, começavam no outono (ver vol. 2, p. 94, 123, 124, 130), essa leitura pode ter ocorrido mais cedo, dois ou três meses depois do início da escrita da mensagem. |
Je.36:10 | 10. Gemarias. Seu pai, possivelmente, foi Safa, aquele que tomou parte ativa na reconstrução do templo no reinado de josias (2Rs 22:3-6) e na proclamação do recém- encontrado "Livro da Lei” (2Rs 22; 23). Fica evidente nestes fatos que Safã era um dos líderes no reavivamento da verdadeira adoração a Deus. Não admira que seus filhos fossem defensores de jeremias. Um deles, Aicão, protegeu o profeta (ver com. de Jr 26:24), e outro, Gemarias, permitiu que Baruque lesse "as palavras de Jeremias” em sua câmara.Porta Nova. Alguns creem que esta pode ter sido a parte importante da obra de reconstrução completada por Elilquias e Safa (2Rs 22:3-6). |
Je.36:11 | 11. Filho de Gemarias. Ver com. do v. 10. |
Je.36:12 | 12. Desceu à casa do rei. E possível que iVlicaías agiu assim intencionalmente, a fim de confirmar se o rei e seus principais conselheiros conheciam as palavras de Jeremias. |
Je.36:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:14 | 14. Mandaram Jeudi. Os príncipes, evidentemente, não estavam satisfeitos em apenas ouvir o relato de um assunto tãoimportante e, assim, enviaram jeudi para levar Baruque ao concilio deles e verificar o relato de Micaías (verv. 11-13). |
Je.36:15 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:17 | 17. Como escreveste isto? Os príncipes ansíosamente desejavam saber quem fora o responsável pela mensagem do profeta. Baruque usou suas próprias palavras para expressar os pensamentos do profeta, ou elas eram as palavras do próprio jeremias? A resposta de Baruque revelou que as palavras eram, de fato, de Jeremias (v. 18). |
Je.36:18 | 18. Ditava-me. Na terminologia moderna, o profeta relatava suas mensagens ao secretário.Com tinta. A respeito da composição das antigas tintas, ver vol. 1, p. 6, 7. |
Je.36:19 | 19. Vai, esconde-te. Quando ou como Jeremias foi liberto (ver com. do v. 1), de modo a permitir-lhe se esconder, não é informado. |
Je.36:20 | 20. Terem depositado o rolo. Alguns pensam que isto foi feito para que jeremias e Baruque pudessem ser julgados legalmente apenas sobre a indiscutível evidência do rolo em si. Evidentemente, os príncipes acolhiam a esperança de que o rei não iria tão longe. No entanto, ficaram desapontados (ver v. 23, 26). |
Je.36:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:22 | 22. Casa de inverno. Possivelmente, um apartamento especial na parte sul do palácio (ver Am 3:15). já que isto ocorreu no mês de quisleu (novembro-dezembro; ver vol. 2, p. 100), era necessário haver fogo para aquecimento. |
Je.36:23 | 23. Folhas. As folhas separadas de material escrito geralmente eram emendadas para formar um rolo (ver vol. 1, p. 6, 7). |
Je.36:24 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:25 | 25. Tinham insistido. Três dos príncipes (verv. 12), Elnatã, Delaías e Gemarias, tiveram a coragem de argumentar com o rei para que não queimasse o rolo, mas ele não os ouviu. |
Je.36:26 | 26. Filho de Hameleque. Ou, “o filho do rei”. Jerameel deve ter sido o "filho” do rei apenas no sentido de pertencer à “casa real” (ver Et 1:9), porque Jeoaquim tinha apenasO Senhor os havia escondido. Embora Jeremias e Baruque tenham se escondido (ver com. do v. 19), foi a providência divina que impediu o rei de encontrá-los. |
Je.36:27 | 27. Então, veio a Jeremias. Uma revelação da palavra de Deus ao profeta enquanto ele e Baruque estavam escondidos (v. 19, 26). |
Je.36:28 | 28. Todas as palavras. No segundo rolo não deveria faltar nada do que estava contido no primeiro (ver v. 32). |
Je.36:29 | 29. Homens e animais. Evidentemente, jeoaquim se opôs mais vigorosamente a esta etapa da mensagem de Jeremias que predizia que a desolação de Judá pelo rei de Babilôniaseria tão completa que a terra se tornaria praticamente desabitada (ver com. de Jr 4:25; 32:43). |
Je.36:30 | 30. Ele não terá quem se assente.A predição divina de condenação a Judá e Jerusalém passou a incidir sobre o próprio Jeoaquim. Embora ele tenha sido sucedido no trono por seu filho Joaquim (2Rs 24:6), este governou por apenas três meses (2Rs 24:8). O rei seguinte, Zedequias, era o terceiro filho de josias (ver lCr 3:15; ver com. de 2Rs 24:17), e o último rei a reinar sobre o reino do sul, dos judeus.Seu cadáver. Ver com. de Jr 22:18, 19. |
Je.36:31 | Sem comentário para este versículo |
Je.36:32 | 32. E ainda se lhes acrescentaram. Não foi escrita apenas a mensagem do primeiro rolo, mas houve mensagens similares adicionais registradas no segundo rolo. |
Je.37:1 | 1. Zedequias. Os cap. 37 a 44 dão um relato contínuo da última parte da vida e do destino de jeremias, começando com a ascensão do último rei de Judá ao trono (2Rs 24:17, .18).Nabucodonosor. Ver com, de Jr 21:2; Dn 1:1.Constituira rei. Zedequias foi um reifantoche dos babilônios e, ao mesmo tempo, um herdeiro legítimo do trono. Sem dúvida, foi necessário que fizesse um juramento de fidelidade a Nabucodonosor, mas dentro de poucos anos ele violou o juramento ao entrar em aliança com várias nações vizinhas contra Babilônia, Zedequias e seusconselheiros, desta forma, convidaram a tragédia de 586 a.C.Conias. Ver com. de Jr 22:24. |
Je.37:2 | 2. Mas nem ele. Em vista da história da última parte de seu reinado, esta frase resume bem o caráter geral do governo de Zedequias.Parece que Zedequias, pelo menos pessoalmente, cria em Jeremias como profeta verdadeiro. Embora isto não esteja declarado, o contexto indica que Jeremias respondeu ao pedido do rei por oração (v. 3). Ao menos, de acordo com o registro (v. 5), parece ter sido logo depois deste pedido que o exército egípcio se retirou de Jerusalém.Um pouco depois, Zedequias teve uma entrevista secreta com o profeta, em que ele parece ter revelado um temor, se não uma profunda convicção, de que jeremias era um m e n s a ge i ro i n s p i ra d o.Se essas observações forem válidas, parece que as decisões de Zedequias refletem hesitação mais do que pura e simples dúvida ou incredulidade. A prontidão com que Zedequias concordou com a exigência dos príncipes para colocar Jeremias na cisterna de Malquias (ver Jr 38:4-6), só para removê-lo dali por sugestão de um dos eunucos reais (v. 7-13), sugere que, se Zedequias possuísse a mesma coragem de suas convicções, o destino de Jerusalém poderia ter sido muito diferente. |
Je.37:3 | 3. Jucal. Ver jr 38:1.Sofonias. Estes dois homens, jucal e Sotonias, eram membros do partido de oposição a Babilônia, e assim, eram hostis ao profeta (Jr 21:1, 2: 29:25; 38:16).Senhor, nosso Deus. Estas palavras podem indicar não apenas que eles executavam a ordem do rei, mas que esperavam conquistar jeremias para o seu lado por meio da ostentação de zelo religioso pelo Senhor (ver Jr 21:1, 2). |
Je.37:4 | 4. Ainda o não haviam encarcerado. jeremias não foi aprisionado até o cerco final de Jerusalém, durante o 10° ano de Zedequias (ver com. de Jr 32:1, 2), apesar de o cerco ter realmente começado no seu 9o ano (Jr 39:1). |
Je.37:5 | 5. O exército de Faraó. Este episódio foi, sem dúvida, o resultado normal do acordo entre o faraó Elofra (chamado Ápries, pelos gregos) e Zedequias, para resistir a Nabucodonosor (ver com. de Ez 17:15). Os exércitos egípcios geralmente eram bem equipados com carros e cavalos (Ez 17:15; ver Is 31:1) e hábeis para executar operações de cerco (Ez 17:17). |
Je.37:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.37:7 | 7. Voltará. O apelo de Zedequias pelo auxílio egípcio quebrou sua “aliança” com oscaldeus (Ez 17:17, 18). A aproximação egípcia, como a de Tiraca durante a invasão assíria (2Rs 19:9; ls 37:9), resultou em nada mais que uma suspensão temporária das hostilidades ao redor de Jerusalém. |
Je.37:8 | 8. Retornarão os caldeus. Depois que Nabucodonosor repeliu a tentativa do faraó Hofra, ele voltou seu ataque a Jerusalém, conquistou-a e a destruiu completamente (2Rs 25:1-10; 2Cr 36:17-19). |
Je.37:9 | 9. Não vos enganeis. Vãs eram as esperanças do rei de Judá e de seus conselheiros de que o Egito conseguiría salvá-los dos babilônios. |
Je.37:10 | 10. E ficassem deles. Uma ilustração da certeza da condenação de Jerusalém. Em vista da rápida aproximação da destruição do <; templo, alguns dos justos em Jerusalém se propuseram a colocar a arca sagrada fora do alcance das impiedosas mãos dos exércitos invasores (ver com. de jr 27:19). O interlúdio no cerco final, durante o qual os babilônios temporariamente deixaram o cerco para responder à ameaça de um exército que avançava desde o Egito (ver com. de Jr 32:2), concedeu a esses homens piedosos a oportunidade necessária para escondera arca. Com lamento e tristeza, eles levaram a arca para um esconderijo seguro numa caverna, onde ela “ainda está oculta. Jamais foi perturbada desde que foi escondida” (PR, 453). Dentro da arca estavam as tábuas de pedra nas quais Deus escreveu os dez mandamentos com Seu próprio dedo (Dt 10:1-5; ver Ellen G. White, Material Suplementar sobre Ex 31:18). |
Je.37:11 | 11. Retirado. O acampamento dos caldeus foi “retirado”, isto é, os exércitos tinham se afastado do cerco. |
Je.37:12 | 12. Saiu Jeremias. O profeta considerou sua obra terminada, depois de longos anos de ministério fiel e, enfim, tentou se ausentar para seu vilarejo em Anatote (ver PR, 453).Para receber o quinhão. O hebraico aqui é obscuro. Jeremias tinha propriedadeem Anatote, na terra de Benjamim (Jr 32:6- 12), e sua visita ao local pode ter tido relação com sua propriedade. |
Je.37:13 | 13. Porta de Benjamim. Esta é normalmente identificada com a Porta das Ovelhas, na extremidade nordeste de Jerusalém.Jerias. Possivelmente o irmão de Jeucal (ver v. 3).Tu foges. Aparentemente, a acusação de Jerias de que Jeremias era culpado de traição, estava baseada na suposição de que o profeta pretendia escapar para o acampamento babilônico e se unir ao inimigo. |
Je.37:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.37:15 | 15. Os príncipes, irados. O levantamento do cerco de Jerusalém pelos caldeus por causa da aproximação egípcia (ver com. do v. 5), sem dúvida, fortaleceu o partido antibabilônico e o tornou mais agressivo. |
Je.37:16 | 16. Celas. Literalmente, “alojamentos abobadados”, oferecidos para a reclusão de prisioneiros individualmente. Que Jeremias passou tempos difíceis em seu cárcere é sugerido em seu último apelo para que não retornasse para lá (ver v. 20; Jr 38:26).Ali ficou muitos dias. O profeta deve ter ficado nesse cárcere particular por várias semanas. A duração total de seu aprisiona- mento final foi de aproximadamente um ano. |
Je.37:17 | 17. Mandou o rei. Não aprovando o tratamento severo dado ao profeta, e ainda aparentemente temeroso com seus conselheiros,o fraco Zedequias convocou a Jeremias “secretamente”, ainda esperando que, por meio do profeta, ele pudesse receber alguma “palavra do Senhor” favorável.Serás entregue. Corajosamente e sem ceder à tentação de modificar a mensagem a fim de escapar de nova perseguição inimiga, o idoso profeta repetiu com brusca severidade a predição anterior de que Zedequias seria levado pelos babilônios (ver Jr 32:1-5). |
Je.37:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.37:19 | 19. Onde estão [...]? Esses impostores enganaram terrivelmente o rei. Ao invés de Jerusalém ser libertada, como eles anunciavam (ver Jr 28:1-4), a cidade foi cercada; e a retirada temporária dos caldeus, que parecia justificar suas esperanças, apenas enfatizava o engano desses homens. |
Je.37:20 | 20. Para que eu não venha a morrer ali. Ver com. do v. 16. |
Je.37:21 | 21. No átrio. Isto foi em resposta ao pedido do próprio Jeremias (v. 20). Exceto durante o episódio mencionado em Jeremias 38:6, o profeta permaneceu no átrio da “casa do rei de Judá” (ver Jr 32:2; 33:1), local bem iluminado e arejado, até que a cidade foi tomada pelos babilônios.Uma fatia de pão. Literalmente, “uma rodada de pão”. A ordem do rei indica que Jerusalém já estava cercada e que começava a faltar alimento.Capítulo 38homens e tira da cisterna o profeta jeremias, antes que morra.te falo; e bem te irá, e será poupada a tua vida. |
Je.38:1 | 1. Gedalias. Ele deve ser diferenciado do homem com nome homônimo, que era filho de Aicão, protetor de jeremias (ver Jr 26:24; 39:14; a respeito de Jucal ou Jeucal, e Pasur, ver jr 21:1; 37:3). Estes quatro príncipes estavam entre os principais oponentes de jeremias. |
Je.38:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.38:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.38:4 | 4. Morra. Os príncipes recusavam aceitar a mensagem de jeremias. Eles viam o profeta como traidor, alguém que desertara para os babilônios para segurança pessoal (ver jr 37:11-15). Eles pediram a penalidade máxima para Jeremias. |
Je.38:5 | 5. Ele está nas vossas mãos. Zedequias, cujo caráter Iraco e espírito vacilante tornaram-lhe impossível resistir, deu seu consentimento relutante para a exigência de determinados príncipes. |
Je.38:6 | 6. Cisterna. Literalmente, ‘poçode mina" ou "cisterna . Malquias é, possivelmente, a pessoa mencionada no v. I. Elameleque quer dizer “o rei". Malquias, possivelmente, era "o filho do rei", no sentido de que ele era membro da easa real (ver com. de Jr 36:26).Não havia água, senão lama. Pode ser que a água da cisterna tenha sido cortada por causa do cerco ou isto pode terocorrido em outubro ou novembro, quando havia pouca água por causa da estação seca (ver vol. 2, p. 94). De qualquer forma, restou nada mais que lama na cisterna. Evidentemente, os príncipes temiam a reação do povo caso executassem publicamente a Jeremias (ver com. dos v. 4, 5). Assim, o profeta foi baixado à cisterna para ficar ali até que morresse de fome (v. 9). E bem possível que, em Lamentações 3:53 a 55, Jeremias tenha se referido a esse tempo de miséria e sofrimento. |
Je.38:7 | 7. Ebede-Meleque. Literalmente, “um servo do rei”. Sendo que a palavra está sem artigo no texto hebraico, possivelmente seja um nome próprio e assim é traduzida na LXX e na Vulgata. Pouco é revelado sobre Ebede-Meleque, mas está claro na narrativa que ele era próximo ao rei como um de seus favoritos (ver com. do v. 8) e que corajosamente usou sua influência para proteger a Jeremias.Porta de Benjamim. Esta é normalmente identificada com a Porta das Ovelhas, na extremidade nordeste de Jerusalém. |
Je.38:8 | 8. Da casa do rei. Uma indicação da proximidade entre Ebede-Meleque e o rei. |
Je.38:9 | 9. Agiram mal estes homens. Alguns manuscritos da LXX traduzem: “tu Fizeste mal , colocando, assim, a responsabilidade e a culpa sobre o próprio rei.Já não há pão. O cerco de Jerusalém estava chegando às desesperadoras etapas Finais. |
Je.38:10 | 10. Trinta homens. Esta aparente grande quantidade pode ter sido Fornecida para Fazer Face a qualquer resistência à liber-'|i> tação do profeta que os príncipes pudessem oferecer. Um manuscrito, hebraico apresenta três em lugar de 30.A aparente Facilidade com que Zedequias tomou a decisão, apenas para revogá-la um pouco mais tarde, testifica uma fraqueza de caráter. A hesitação provou ser a ruína do rei (para informações adicionais, ver com. de Jr 37:2). |
Je.38:11 | 11. Tesouraria. Ou, “depósito".Roupas usadas. A consideração deEbede-Meleque resplandece como uma joia nesta narrativa. Roupas já teriam sido suficientes para salvar a Jeremias. Mas Ebede- Meleque usou trapos, para que as roupas não cortassem a pele do idoso profeta.Cordas. Isto é, cabos. |
Je.38:12 | 12. Nas axilas. Ver com. do v. 11. |
Je.38:13 | 13. Ficou no átrio. O caráter hesitante de Zedequias, mais uma vez, se revelou. Ele permitiu que Jeremias fosse tirado do poço lamacento, mas não ousou libertá-lo completamente. |
Je.38:14 | 14. Á terceira entrada. Ou, “na terceira entrada". É impossível identificar o local desse encontro secreto.Quero perguntar-te uma coisa. É evidente que o rei tinha um hesitante respeito pelo conselho do profeta e não conseguia deixar totalmente de ouvi-lo (ver jr 37:17). |
Je.38:15 | 15. Não me matarás? Evidentemente Jeremias achou difícil não crer que o rei tivesse apoiado o severo tratamento que os príncipes de Judá lhe infligiram.Não me atenderás. Ou, “tu não ouvirás"’. A LXX traduz como: “Tu não meouvirás”, com os negativos gregos enfáticos (ver com. de Mt 5:18). |
Je.38:16 | 16. Que nos deu a vida. Ou, “cjue nos fez esta alma” (ACF). Zedequias usou este forte juramento para remover do profeta qualquer dúvida persistente quanto à sinceridade de seu propósito. |
Je.38:17 | 17. O Deus dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3.Príncipes. Aqueles que comandavam o exército que cercou Jerusalém. Nabucodo- nosor estava em Ribla, no rio Orontes, na Síria (ver Jr 39:5). |
Je.38:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.38:19 | 19. Que se passaram para os cal-deus. Parece que uma leva de judeus se entregou aos caldeus, em resposta às mensagens de Jeremias ou simplesmente por medo. |
Je.38:20 | Sem comentário para este versículo |
Je.38:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.38:22 | 22. Mulheres que ficaram. As esposas e concubinas dos antigos reis que, com as esposas e concubinas de Zedequias, seriam levadas pelos “príncipes de Babilônia”.Teus bons amigos. Literal mente, “teus pacificadores” (ACF), isto é, aqueles que enganosamente garantiram ao rei que tudo acabaria bem. As palavras das mulheres tiveram mais significado pela aparente referência à “lama” em que Jeremias foi colocado (v, 6). |
Je.38:23 | Sem comentário para este versículo |
Je.38:24 | 24. Ninguém saiba. O rei vacilante e irremediavelmente fraco temia mais aos príncipes do que ao Deus do Céu e a Seu profeta. |
Je.38:25 | Sem comentário para este versículo |
Je.38:26 | 26. À casa de Jônatas. Ver com. de Jr 37:15, 16. O fraco rei temia que alguém soubesse que ele tivera uma entrevista com o profeta, assim, ele a encobriu. |
Je.38:27 | 27. Declarou-lhes. jeremias atendeu ao pedido do rei (ver com. do v. 26), e disse aos príncipes o que o rei "lhe havia ordenado". Jeremias não procedeu mal quando reteve dos príncipes alguma informação que não pertencia de direito a eles, assim como fez o profeta Samuel, que agiu de modo semelhante sob a direta ordem de Deus (ver com. de lSm 16:2).Nada transpirara. Evidentemente, a conversa entre o rei e o profeta não tinha sido escutada, e o assunto terminou ali. |
Je.38:28 | 28. Átrio da guarda. Ver com. do v. 13.Em que foi tomada Jerusalém. Evidentemente, não muito depois da última entrevista de Jeremias com Zedequias (v. 14-26).Capítulo 39Jerusalém é tomada. 4 Zedequias é cegado e levado a Babilônia. 8 A cidade é arruinada, e 9 o povo, feito cativo. 11 A ordem de Nabucodonosor para bons tratos a Jeremias. 15 A promessa de Deus a Ebede-Meleque.cumprirão diante de ti naquele dia. |
Je.39:1 | 1. O ano nono. O cerco final contra Jerusalém começou aproximadamente em 15 de janeiro de 588 a.C. (ver com. de 2Rs 25:1 sobre o princípio básico desta data). |
Je.39:2 | 2. Quando se fez uma brecha. Depois de cercar Jerusalém por 30 meses, os babilônios quebraram suas defesas no “nono dia” do "quarto mês”. Empregam-se os mesmos critérios para fixar a data do v. 1 como correspondendo a 18 de julho de 586 a.C. (para mais detalhes do cerco e da tomada de Jerusalém, ver Jr 52; 2Rs 25). |
Je.39:3 | 3. Todos os príncipes. Em vez de haver seis príncipes, como indicado neste versículo, possivelmente havia apenas três, ou mesmo dois, se o nome Nergal-Sarezer, mencionado duas vezes, representar uma pessoa apenas.Nergal-Sarezer, a forma babilônica de onde deriva o nome Nergal-sharri- utsur, significando “Nergal protege o rei”, é mencionada no almanaque judicial de Nabucodonosor como “príncipe de Sin- magir”. Sin-Magir foi uma cidade e província de Babilônia situada ao norte de Babilônia. Esse nome ocorre de forma abreviada neste versículo, embora os massoretas, que acrescentaram as vogais ao texto con- sonantal (ver vol. 1, p. 1, 2), não o tenham compreendido. Eles erroneamente tornaram o título de Nergal-Sarezer como parte da palavra seguinte, “Nebo”, criando assim o nome próprio Sangar-Nebo. Na verdade, o texto deveria ser traduzido como: “Todos os príncipes do rei de Babilônia vieram e se sentaram à Porta do Meio: Nergal-Sarezerde Sin-Magir, Nebo-Sarsequim, o Rabe- Saris, Nergal-Sarezer, o Rabe-Mague, com todo o restante dos oficiais do rei.”Se o título Rabe-Mague é uma variante de Sin-Magir ou um título babilônico separado, não se sabe. Por isso, é incerto se estiveram em Jerusalém duas pessoas com o nome de Nergal-Sarezer, ou apenas uma pessoa. Nergal-Sarezer é também conhecido como genro de Nabucodonosor, pelo nome de Nergal-shar-usur ou Neriglissar, o segundo sucessor ao trono. Ele reinou em Babilônia de 560 a 556 a.C. (ver vol. 3, p. 31, 32).Nebo-Sarsequim é um nome desconhecido. A respeito do título Rabe-Saris, ver com. de Daniel 1:3. |
Je.39:4 | 4. Fugiram. Ver jr 52:7. O “jardim do rei”, possivelmente, ficava próximo “ao tanque de Siloé” (ver com. de Ne 3:15), e dali o rei passou pelo portão entre os dois muros. Geralmente acredita-se, com evidência arqueológica, que esse portão ficava em algum lugar próximo à extremidade sudeste do muro da cidade. Eles fugiram para o leste em direção à planície, ou Arabá, o nome característico do vale do Jordão (ver com. de 2Sm 2:29). |
Je.39:5 | 5. Alcançou a Zedequias. Aparentemente, era intenção do rei atravessar o rio Jordão próximo a Jerico e se refugiar no campo aberto de Gileade ou entre os pretensos aliados, como Moabe ou Amom (ver Jr 27:3).Ribla. Esta cidade ao norte, “na terra de Hamate”, era um centro de tráfego no rio Orontes, e assim provia uma sedeJeremias comprou um campo em Anatote como sínaí do retorno do cativeiro íJr, 32:6-25; 36-44)J/VBelémNO TEMPO DE JEREMIAS (c. 590 a.C.)Muros caso Jerusalém se restringisse apenas à colina oriental Parte do muro descoberta no início da década de 1970 Muros e detalhes sugestivos Muros atuais da Cidade Antiga*Linhas claras mostram a forma originai dos vaies e registram elevações em metrosnatural para Nabucodonosor em sua invasão à Palestina. |
Je.39:6 | 6. A vista dele. O severo castigo aplicado pelo conquistador calcleu (v. 6, 7) foi devido ao lato de que ele colocara a Zedequias no trono como seu suposto vassalo leal, e de o rei de Judá traiçoeiramente se rebelar contra ele (2Rs 24:17-20) e violar os mais solenes juramentos tomados no nome de Yahweh (ver PR, 447). |
Je.39:7 | 7. Vazou os olhos a Zedequias. Desta forma, duas profecias aparentemente exclusivas foram cumpridas: (1) Zedequias veria a Nabucodonosor e seria levado para Babilônia (Jr 32:4, 5) e (2) ele morreria em Babilônia, mas não a veria (Ez 12:13). |
Je.39:8 | 8. Queimaram a casa do rei. Para um relato mais detalhado desta devastação, ver Jr 52:12-14; cf. 2Rs 25:8-10. |
Je.39:9 | 9. Levou-os cativos. Para prevenir rebelião, Nabucodonosor seguiu a mesma política de deportação que fizeram os assírios antes dele (2Rs 15:29; 17:6). |
Je.39:10 | 10. Dos mais pobres [...] deixou. Sem dúvida, isto foi feito para prevenir um vazio político na terra. A doação de terra aos pobres garantiría a aliança deles aos babilônios e talvez, também, por meio do cultivo da terra, os babilônios esperavam receber algum imposto. |
Je.39:11 | 11. Acerca de Jeremias. Ê evidente que Nabucodonosor soube do firme conselho de submissão a Babilônia, quer por meio de desertores ou espias, ou do próprio Zedequias. Assim, logo que descobriu que Jeremias tinha sido “atado com cadeias no meio de todos os do cativeiro” (Jr 40:1), ele ordenou que o profeta fosse libertado. |
Je.39:12 | Sem comentário para este versículo |
Je.39:13 | 13. Ordenou. Possivelmente de Ramá (ver com. do v. 14; Jr 40:1). Nebuzaradã é conhecido pelos registros babilônicos. Seu nome babilônico, Nabu-zer-iddinmn, quer dizer “Nabu dá descendência”. Seu título hebraico, Rab-tabachim, corretamente traduzido como “chefe da guarda”, literalmentesignifica “chefe dos carniceiros”. No entanto, o termo era utilizado no sentido mais amplo para designar o chefe da guarda do rei. Nos registros babilônicos, Nebuzaradã é alistado várias décadas mais tarde com o título “cozi- a nheiro chefe”, que, idiomaticamente, tinha o sentido amplo de “chanceler".Nebusazbã, Rabe-Saris. Melhor seria, “Nebusazbã, o rabsaris” (ver com. do v. 3). Seu nome babilônico, Nabu-shezíbanni, significa “Nabu, salve-me” (a respeito de Nergal- Sarezer, ver com. do v. 3). |
Je.39:14 | 14. Átrio da guarda. Ver Jr 38:28. Esta declaração pode ser harmonizada com Jeremias 40:1, supondo-se que o profeta tenha sido tirado da prisão e levado como cativo, junto com os demais por poucos quilômetros, de Jerusalém a Ramá (ver com. de Jr 31:15), local em que o capitão babilônico lhe deu as boas notícias de sua libertação. O relato de Jeremias 39:14 apenas omite os eventos intermediários entre a libertação de Jeremias da prisão e sua união a Gedalias, eventos que são relatados detalhadamente (Jr 40:1-6).E o entregaram. Por sua própria escolha (ver Jr 40:5).Gedalias. Ver com. de Jr 26:24. Fiel à conduta de sua família, “o filho de Aicão” então prossegue como amigo e protetor de jeremias. |
Je.39:15 | 15. Estando ele ainda detido. Os v. 15a 18 são um relato parentético da promessa de Deus a Ebede-Meleque por causa de sua bondade para com jeremias. |
Je.39:16 | 16. Ebede-Meleque. Ver com. de jr 38:7. |
Je.39:17 | 17. A ti, porém, Eu livrarei. Devido a sua lealdade para com Jeremias, Deus promete ao etíope que sua vida seria poupada da "mão dos” príncipes de Judá, que estavam irados por seu ato em relação ao profeta (jr 38:7-13), e que ele “não cairia à espada” (jr 39:18) dos babilônios, já que Jeremias intercederia por ele. |
Je.39:18 | 18. Como despojo. Um sentido idioma- Num período em que milhares perderam a tico para dizer que sua vida seria poupada. vida, ninguém pediria maior recompensa.Capítulo 40o rei da Babilônia nomeara governador da terra a Gedalias, filho de Aicão, e que lhe havia confiado os homens, as mulheres, os meninos e os mais pobres da terra que não foram levados ao exílio, para a Babilônia,de judá, a Gedalias, a Mispa; e colheram vinho e frutas de verão em muita abundância. |
Je.40:1 | 1. Ramá. O mais provável é que seja a atual Ramala, não a Ramá de Benjamim (ver com. de Jr 31:15). Esta cidade, evidentemente, era utilizada pelos babilônios como uma paragem para prisioneiros levados de Jerusalém, sujeitos a novas ordens quanto a sua disposição final. Aparentemente, Nebuzaradã não encontrou Jeremias antes, e utilizou esta oportunidade para surpreender o profeta com a boa notícia de que ele seria liberto imediatamente (ver com. de jr 39:14). |
Je.40:2 | 2. O Senhor, teu Deus. Tendo ele sabido que Jeremias era o profeta que defendeu a submissão a Babilônia, o capitão da guarda atenciosamente reconheceu o Deus de Israel e Sua missão por meio de Jeremias e respeitosamente deixou que o profeta fosse para onde desejasse (v. 4, 5). |
Je.40:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.40:4 | 4. Das cadeias. Fica evidente, a partir do detalhado relato, que a jeremias foi dada sua liberdade física em Ramá (ver com. de Jr 39:14). |
Je.40:5 | 5. Nomeou governador. Como Jeremias, Gedalias era um dos líderes que haviam apoiado a política de submissão aos caldeus (ver com. de Jr 26:24; 36:10). Durante escavações em Laquis, foi descoberta uma impressão de selo com a inscrição “pertencente a Gedaliahu, que está sobre a casa".Mantimento e um presente. A RSV traduz como “uma provisão de alimentos e um presente ”. Por causa da privação que Jeremias sofreu devido ao cerco, estes“mantimentos” foram uma grande bênção.O “presente” foi, possivelmente, uma doação em dinheiro para compensar a oposição e os consequentes desconfortos sofridos pelo profeta por ter defendido a submissão a Babilônia. |
Je.40:6 | 6. Mispa. Evidentemente, Mispa foi escolhida para ser o novo centro do governo. Esta cidade, cujo nome significa “torre de vigia” (ver com. de Gn 31:49), ficava, possivelmente, no território de Benjamim (ver com. de Js 18:26; 2Rs 25:23). Foi ali que Samuel "‘julgou a Israel” (ISm 7:15, 16) e Saul foi escolhido rei (ISm 10:17-25). Mispa tem sido identificada com Tell en-Natsbeh, que foi escavada por uma expedição liderada por William Frederic Badè. |
Je.40:7 | 7. Os capitães. Os líderes de unidades isoladas do exército judeu que estavam “no campo” e que, por fim, perceberam que uma nova oposição aos babilônios seria inú- * til. Assim, nada restou para eles, a não ser buscar a proteção de Gedalias. |
Je.40:8 | 8. Netofatita. Netofa ficava 4,2 km a sudeste de Belém.Jezanias. Possivelmente, um estrangeiro naturalizado, do pequeno reino de Maaca, a leste do Jordão (ver com. de 2Sm 10:6). |
Je.40:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.40:10 | 10. Colhei o vinho. Isto coloca o episódio no outono. Uma vez que os proprietários de campos, vinhas e olivais tinham sido levados cativos para Babilônia, Gedalias ofereceu aos “capitães” esses produtos para suprir suas necessidades imediatas efornecer alimento para a época do inverno que se aproximava. |
Je.40:11 | 11. Todos os judeus. Indivíduos que lugiram para países vizinhos a fim de escapar da captura dos caldeus. |
Je.40:12 | 12. Muita abundância. Os campos, embora não tratados durante o verão, evidentemente produziram por si mesmos, uma grande abundância para o miserável remanescente deixado em Judá. |
Je.40:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.40:14 | 14. Sabes tu [...]? O rei dos amonitas esteve em aliança com Zedecjuias contra os babilônios (Jr 27:3). Se não ousou resistirabertamente a Nabucodonosor, ele ainda esperava, por meio da ação de Ismael, realizar seu propósito. Joanã soube da conspiração e, em fidelidade a seu novo protetor, alertou a Gedalias; mas em vão, pois o último, em confiança inocente, recusou crer na culpa de Ismael (ver v. 16). |
Je.40:15 | Sem comentário para este versículo |
Je.40:16 | 16. E falso. Talvez Gedalias não confiasse em Joanã, que fora um “capitão” no exército de Zedequias. De qualquer modo, o justo Gedalias não se inclinou a seguir o aviso de Joanã, para impedir o assassinato, mesmo que Ismael estivesse ameaçando sua vida.Capítulo 41] Traiçoeiramente, Ismael mata a Gedalias e a outros, com o propósito de fugir com os demais para os amonitas. 11 joanã recupera os cativos e foge para o Egito.o povo que ficara em Mispa, que Nebuzaradã, o chefe da guarda, havia conliado a Gedalias, filho de Aicão; levou-os cativos Ismael, filho de Netanias; e se foi para passar aos filhos de Amom.Hrh |
Je.41:1 | 1. Sucedeu, porém. Não há declaração direta quanto ao período em que ocorreram os eventos do cap. 41, mas em vista da natureza contínua da narrativa, parece razoável concluir que eles seguiram imediatamente os eventos do cap. 40. No sétimo mês. Aproximadamente dois ou três meses depois que Jerusalém fora tomada pelos babilônios (jr 39:1, 2), se a narrativa prossegue ininterruptamente como aparenta (ver PR, 460). Comeram pão juntos. Ismael e seus dez companheiros conspiradores fizeram uma visita a Gedalias, aparentemente em missão de cordial reconhecimento do alto posto de Gedalias, mas, na verdade, com a intenção de assassiná-lo, bem como a todos os seus adeptos. |
Je.41:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.41:3 | 3. Homens de guerra. Em paralelo às palavras “aos caldeus”. Eram soldados babilônios. |
Je.41:4 | 4. Sem ninguém o saber. O massacre foi tão eficiente que ninguém escapou para relatá-lo. |
Je.41:5 | 5. De Siquém. Estes 80 homens parecem ter sido peregrinos de luto nas ruínas do templo, talvez também para observar a Festa dos Tabernáculos e apresentar ofertas de cereais e incenso no local do antigo altar. Com a barba raspada. Um costume proibido pela lei mosaica (ver Lv 19:27, 28; Dt 14:1, 2). |
Je.41:6 | 6. Ia chorando. Traiçoeiramente, Ismael os encontra como alguém que compartilhava a dor deles. A LXX, no entanto, apresenta os peregrinos chorando, e não Ismael. |
Je.41:7 | Sem comentário para este versículo |
Je.41:8 | 7. Matou-os. O propósito deste ato cruel não está claro. Qualquer uma das alternativas seguintes pode ter sido a causa: (I) uma incontrolável amargura de espírito se ergueu pela presença desses lamentadores; (2) a suspeita de que a boa vontade dos peregrinos para reconhecer a Gedalias como o líder apontado pelos babilônios indicava um ato traiçoeiro contra Judá; (3) a vingativa retaliação de Ismael pelo assassinato dos "príncipes de Judá” (ver jr 52:10); ou (4) para pilhar os bens dos peregrinos. |
Je.41:9 | 9. Além de Gedalias. Ismael matou esses homens por meio de engano, ao usar o nome de Gedalias (v. 6). Baasa. Ver IRs 15:16-22; 2Cr 16:1-6. |
Je.41:10 | 10. As filhas do rei. Os filhos de Zedequias foram mortos em Ribla (jr 39:6). As filhas foram poupadas e entregues a Gedalias para que as protegesse. Ao tomá-las sob sua custódia e proteção, Ismael estava declarando ser o dirigente e representante da casa real, de acordo com o costume oriental. íFilhos de Amom. Uma vez que os amo- nitas haviam se aliado a Zedequias (ver com. de jr 27:3; 39:5), Ismael pensou que encontraria segurança ali. Além disso, Jeremias 40:14 indica que o rei deles tinha enviado Ismael para assassinar a Gedalias. |
Je.41:11 | 11. Joanã. Ver Jr 40:8, 13, 15. |
Je.41:12 | 12. Grandes águas. A vingança desses crimes covardes ocorreu no grande tanque de Gibeão, atualmente ej-Jib, 9,2 km a noroeste de Jerusalém, joanã alertou antecipadamente do perigo para a vida de Gedalias (Jr 40:13, 14). |
Je.41:13 | 13. Todo o povo. A alegria do povo ao ver Joanã e seu grupo era uma indicação de que Gedalias tinha sido popular e que eles desejavam que sua morte fosse vingada. |
Je.41:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.41:15 | 15. Com oito homens. Evidentemente, dois dos “dez homens” de Ismael (v. 1) tinham sido mortos em algum dos encontros anteriores (v. 2, 3, 11, 12).Filhos de Amom. Ver com. do v. 10. |
Je.41:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.41:17 | 17. Gerute. Do heb. geruth, “um local de hospedagem”, isto é, uma pousada para viajantes.Quimã. Barzilai, o gileadita, mostrou bondade a Davi (2Sm 19:31-39) e, por causa disso, Davi instruiu Salomão a tratar seu filho Quimã com cortesia e cuidado (ver com. de 1 Rs 2:7). Possivelmente, Quimã recebeu essa terra próxima a Belém do rei hebreu, e isto explicaria o nome da hospedaria.Capítulo 42i> som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali ficaremos, |
Je.41:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:1 | 1. Jezanias. Ver Jr 40:8. Em lugar de Jezanias, a LXX apresenta neste versículo o nome de Azarias (ver Jr 43:2). |
Je.42:2 | 2. Rogues ao Senhor. Visto que Jeremias tinha ido a Mispa (Jr 40:6), sem dúvida, ele estava entre os que foram levados por Ismael e que foram resgatados por Joanã em Gibeão (Jr 41:10, 13, 14). Olhando para ele, então, como seu verdadeiro profeta, cujo patriotismo era confiável, todo o povo rogou que pedisse a Deus em seu favor, por sabedoria e orientação. |
Je.42:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:5 | 5. Então, eles disseram. Completamente humilhados por causa dos sofrimentos provocados a eles pela invasão babilônica, os judeus fervorosamente declararam sua completa submissão ao que Deus tivesse em mente para eles. E prometeram completa obediência à "voz do Senhor” (v. 6; ver com. do v. 20). |
Je.42:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:7 | 7. Ao fim de dez dias. Este intervalo teria sido uma evidência ao povo de que jeremias não estava dando sua própria resposta, mas a que vinha de Deus, depois de muita oração e meditação (ver com. de Jr 24:4; cf. Ez 3:15, 16). |
Je.42:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:10 | 10. Então, vos edificarei. Uma reafirmação da intenção de Deus para com Seu povo (ver Jr 1:10; 18:7-10; 24:4-6; ver com. de Jr 32:41).Porque estou arrependido. Ver com. de Nm 23:19. Isto não significa tristeza pelo que foi feito no passado, como é verdade com relação aos seres humanos em suas transgressões, mas uma mudança no propósito de Deus de julgar com misericórdia, por causa da mudança de propósito e ação dos seres humanos (ver Jr 18:8; 26:3; ver com. de Jl 2:13). |
Je.42:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:12 | 12. Morar em vossa terra. Isto pode ser compreendido no sentido de que eles seriam levados para Babilônia como outros o foram e, mais tarde, retornariam à sua terra natal; ou que eles, como o ‘‘remanescente”dos judeus a quem 1 oi permitido pelos cal- deus permanecer na terra (2Rs 25:10-12, 22), certamente retornariam a seus próprios campos e vinhas. Parece evidente que jeremias pretendia transmitir o último sentido. |
Je.42:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:14 | 14. A terra do Egito. A terra do Ni Io parecia oferecer um local seguro e pacífico no qual habitar. Ela era o celeiro do Oriente, e suas colheitas abundantes forneciam uni contraste agradável e muito desejável em relação à condição de fome que o remanescente (o "resto”, v. 2) tinha experimentado por causa da invasão babilônica.A resposta do proleta evidenciou ao povo que fora inspirada por Deus. As secretas intenções, vontades ou esperanças do povo de ir ao Egito (ver v. 14-20), a despeito de sua professa disposição em seguir o conselho doSenhor, qualquer que tosse (ver com. do v. 5), foram agora desvendadas por Deus nesta mensagem dada por meio de Jeremias. Deus, em Sua misericórdia, não deixou o povo desprevenido quanto às consequências de se rejeitar Sua mensagem (v. 16-18). |
Je.42:15 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:16 | 16. Acontecerá, então. Urna vez mais, Jeremias alerta contra a procura do Egito como auxílio em lugar da submissão aos babilônios (ver Jr 2:36; 37:7-10). |
Je.42:17 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:19 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:20 | 20. Enganastes. O fervor da declarada intenção do povo em seguir a vontade de Deus era apenas uma simulação. Como Balaão, em tempos passados (ver com. de Nm 22:20), o povo esperava que o Senhor aprovasse o rumo que desejava buscar. Devemos vigiar sempre para não cometer o mesmo erro nas grandes decisões da vida.Capítulo 43judá que havia voltado dentre todas as nações para as quais haviam sido lançados, para morar na terra de Judá;na argamassa do pavimento que está à entrada da casa de Earaó, em Tafnes, à vista de homens judeus,vira Nabueodonosor, rei da Babilônia, Meu servo, e porei o seu trono sobre estas pedras que encaixei; ele estenderá o seu baldaquino real sobre elas.I I Virá e terirá a terra do Egito; quem é para a morte, para a morte; quem é para o cativeiro, para o cativeiro; e quem é para a espada, para a espada. |
Je.42:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.42:22 | Sem comentário para este versículo |
Je.43:1 | 1. Todas as palavras. Ver jr 42:10-22. |
Je.43:2 | 2. Azarias. O Fato de Azarias ser citado antes do reconhecido grupo liderado por Joanã (Jr 41:13, 16; 42:1, 8) parece indicar que Azarias era o verdadeiro líder da insatisfação vigente. A acusação de que Jeremias Falou falsamente e com o propósito de entre-> gar o povo “nas mãos dos caldeus” (Jr 43:3), repetia a acusação anterior contra ele (ver Jr 37:13, 14).Soberbos. Literal mente, “insolentes’ ou "presunçosos'. Este adjetivo sugere que tais "homens", em hipótese alguma, representavam todo o povo; mas, como ocorre com Frequência, sua agressividade verbal permitiu- lhes tomar a iniciativa. |
Je.43:3 | 3. Baruque. O povo acusou a Baruque, secretário e companheiro do profeta (ver p. 365), de ter influenciado a Jeremias para “entregar" os judeus remanescentes “nas mãos dos caldeus”. |
Je.43:4 | 4. Joanã. Evidentemente, ele voltou a agir como líder do remanescente em Judá. |
Je.43:5 | 5. Todo o resto. Isto incluía jeremias e Baruque (v. 6).Dentre todas as nações. Uma referência aos Fugitivos de iVIoabe, Amom ou Edom (jr 40:11), cuja inclusão nesta emigração significa que praticamente toda a Judeia Ficaria despovoada. |
Je.43:6 | 6. Filhas do rei. Isto incluía todas as princesas (ver com. de Jr 41:10).Deixara com Gedalias. Ver Jr 39:9-14; cf. 2Rs 25:8-12, 22. |
Je.43:7 | 7. Tafnes. Ver com. de jr 2:16; cf. lRs 11:19. Esta cidade Foi o local onde osemigrantes decidiram estabelecer seu novo lar, pelo menos durante algum tempo. |
Je.43:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.43:9 | 9. Na argamassa. Para outras ações simbólicas preditivas, ver jr 19:10; 27:2; Ez 12:1-7. |
Je.43:10 | 10. Nabueodonosor. Ver com. de Dn 1:1.Estenderá seu baldaquino real.Alguns interpretam isto como a cobertura real estendida sobre o trono temporário. Outros entendem que este “baldaquino’’ é a cobertura de couro colocada sobre a plataforma debaixo do trono, onde os criminosos se ajoelhavam para receber o golpe mortal. A última é Favorecida pela tradução da LXX: “e ele levantará armas contra eles”. Este ponto de vista se harmoniza com a prolecia de que, quando Nabueodonosor viesse ao Egito, ele seria o vingador de Deus para executar a ira contra Seu povo rebelde. |
Je.43:11 | 11. Virá. A respeito do contexto histórico desta invasão, ver com. de jr 46:13. |
Je.43:12 | 12. Despiolhará a terra do Egito. Nabueodonosor não teria dificuldade em conquistar a terra do Egito. A LXX traduz esta frase como: “e ele procurará por piolhos na terra do Egito, como um pastor procura piolhos em sua roupa”. |
Je.43:13 | 13. Colunas. Os obeliscos do local.Bete-Semes. Literalmente, "a casa dosol”. Possivelmente seria Heliópolis ou On. A LXX traduz esta Frase como: "e ele quebrará as peças das colunas de Heliópolis, que estão em On”. Heliópolis é um nome grego que significa “cidade do sol”. A cidade estava localizada próxima ao sítio da moderna Cairo. Seu nome egípcio era lunu, cuja Forma hebraica é 'On (Gn 41:45, 50; etc.).Capítulo 44? 3 por causa da maldade que fizeram, paraíVle irarem, indo queimar incenso e servir a outros deuses que eles nunca conheceram, eles, vós e vossos pais.a vós mesmos vos elimineis e para que vos torneis objeto de desprezo e de opróbrio entre todas as nações da terra?queimavam incenso a outros deuses e todas as mulheres que se achavam alí em pé, grande multidão, como também todo o povo que habitava na terra do Egito, em Patros, dizendo: |
Je.44:1 | 1. Terra do Egito. Esta mensagem de Deus, possivelmente, chegou poucos anos depois dos eventos ocorridos no cap. 43 (ver com. de jr 44:15). As cidades citadas eram, sem dúvida, lugares onde os habitantes deJudá se estabeleceram.Migdol. Talvez Tell el-Heir, cidade aproximadamente 10 km ao sul de Pelusium. Tafnes [...] Mênfis. Ver com. de Jr 2:16. Patros. Uma região ou país, não umacidade. Era o nome geral para o sul, ou alto Egito (ver vol. 3, p. 69). |
Je.44:2 | 2. Vistes todo o mal. Começando com um apelo à experiência pessoal deles, Deus esperava convencer os judeus de que suas dificuldades e aflições tinham sido causadas pela apostasia da adoração ao verdadeiro Deus. |
Je.44:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:4 | 4. Começando Eu de madrugada. Ver com. de Jr 7:13. |
Je.44:5 | 5. Os ouvidos. Ver Is 55:3; Jr 7:24; 25:4. |
Je.44:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:7 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:8 | 8. Queimando incenso. Estas palavras indicam que, além de continuar nas familiares práticas idólatras de sua própria terra, eles se envolveram nas práticas idólatras dos egípcios. Foi o perigo desta ligação idólatra com o Egito que fez Jeremias se opor a qualquer plano de aliança com aquele país. |
Je.44:9 | 9. As maldades das suas mulheres. As princesas fizeram muito para encorajar a apostasia, como é amplamente demonstrado na história do povo de Deus. Salomão introduziu amplamente a idolatria por meio da influência de suas esposas pagãs (lRs 11:4- 8). Esta mesma má influência foi exercida pela rainha-mãe de Asa (I Rs 15:9-13) e pela rainha-mãe de Acazias (2Cr 22:1-4). Muitas mulheres da realeza de Judá nasceram em berço estrangeiro e, ao se transformarem nas principais promotoras de uma adoração de ídolos estrangeiros, as esposas dos nobres e outros cidadãos seguiam seu exemplo iníquo. |
Je.44:10 | 10. Diante de vossos pais. Ver Rm 9:4, 5. |
Je.44:11 | 11. Voltarei o rosto. Ver com. de Ez 6:2. |
Je.44:12 | 12. Que se obstinou. Há um jogo de palavras nesta expressão. Deus voltou o rosto contra Seu povo (v. 11) porque ele pôs o rosto de modo contrário ao Seu conselho; e foi obstinado. |
Je.44:13 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:14 | 14. A qual desejam voltar. Uma indicação de que os exilados ainda se apegavam à esperança de retornar à sua terra natal. A segurança de que havería só “alguns fugitivos é repetida de modo pleno no v. 28. |
Je.44:15 | 15. Que sabiam. Evidentemente, os esposos tinham consentido, mais cedo oumais tarde, com as práticas idólatras de suas esposas (ver com. do v. 19). |
Je.44:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:17 | 17. A Rainha dos Céus. Esta deusa é normalmente identificada com a Ishtar assírio-babilônica. Dado que havia cerimônias imorais ligadas a essa adoração, ela despertou calorosa indignação em Jeremias, particularmente porque isso parece ter sido urna parte preeminente da idolatria então praticada. A Ishtar assírio- babilônica, a deusa mãe, era equivalente à divindade conhecida pelos hebreus como Astarote e pelos cananeus como Astarte, cujas estatuetas são encontradas na Palestina (ver vol. 2, p. 21, 22, 325, 326). Esta deusa da fertilidade, da maternidade, do amor sexual e da guerra, era adorada em ritos extremamente degradantes e imorais. Era a mesma deusa adorada com muitos nomes e, em vários aspectos, como a mãe-terra, a mãe virgem e é identificada em sentido geral como Atargatis, a “Grande Mãe” da Asia Menor, Arte- mis (Diana) dos efésios, Vênus e outras. Vários nomes aplicados à deusa-mãe virgem contêm um elemento que significa "senhora" ou “dona”, como Nana, Jnnini, Irnini, Beltis. Algumas das designações eram Belti, “minha senhora’’ (o equivalente exato do italiano Madonna), Belit-ni, “nossa senhora ’ e “rainha do céu”, o nome com o qual Ishtar era adorada nos telhados como estrela matutina ou vespertina, com uma oferta de bolos, vinho e incenso. Ishtar também era conhecida como a mãe misericordiosa que intercedia junto aos deuses em favor cie seus adoradores. Alguns desses nomes e atributos são aplicados hoje à virgem Maria, e acredita-se que muitos aspectos da devoção dos cultos à virgem Maria no catolicismo sejam vestígios modernos da antiga adoração a essa deusa-mãe do mundo pagão.Judá [...]. O povo se envolveu em idolatria muito antes do cativeiro, e as relormascomo as feitas por Ezequias e josias não to ram permanentes. |
Je.44:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:19 | 19. Bolos. Ver com. de Jr 7:18.Sem nossos maridos. Ressentidas com as palavras de jeremias condenando sua iniquidade, as mulheres rapidamente reagiram, declarando que os esposos sancionaram suas ações. |
Je.44:20 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:22 | 22. Desabitada. Isto não pode ser tomado em sentido absoluto, mas simplesmente como uma ilustração da extrema desolação de Judá (ver com. de jr 4:25). |
Je.44:23 | 23. Este mal. O profeta decididamente desfaz a defesa dos apóstatas ao mostrar que a aparente prosperidade apregoada acabaria por tornar sua terra deserta, "um objeto de espanto e de desprezo e desabitada, como hoje se vê" (v. 22). |
Je.44:24 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:25 | 25. Vossos votos. Ironicamente, jeremias assegura-lhes que seus votos de rebelde desobediência à vontade de Deus seriam anulados pelo voto divino de que eles experimentariammiséria e morte no Egito (ver v. 13). |
Je.44:26 | 26. Meu grande nome. Isto é, o Senhor (ver Gn 22:16; Êx 3:15; ver com. de Jr 7:3). O nome de Deus não seria mais pronunciado pelos apóstatas "em toda a terra do Egito”, porque o desrespeitaram e profanaram. Mais tarde, o povo das colônias judaicas no Egito se extinguiu (Jr 44:27). |
Je.44:27 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:28 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:29 | Sem comentário para este versículo |
Je.44:30 | 30. Faraó-Hofra. Este rei egípcio, conhecido pelos gregos como Àpries, reinou por aproximadamente 20 anos (589-570 a.C.). Por causa de uma revolta armada, ele teve que ceder o trono ao comandante do exército Ahmés, mais conhecido pelo nome grego Amósis (ver vol. 2, p. 75). A tradição judaica diz que, devido ao fato de Jeremias condenar seu destino, os judeus no Egito apedrejaram o profeta até a morte, embora de acordo com outras tradições ele tenha sobrevivido até a invasão de Nabucodonosor ao Egito e sido levado para Babilônia ou de volta a Judá, onde teve morte natural.Capítulo 45i Baruque desanima, mas 4 Jeremias o instrui e conforta.o Senhor tristeza ao meu sofrimento;estou cansado do meu gemer e não acho descanso.o47 |
Je.45:1 | 1. Baruque. Uma compreensão do caráter do fiel escriba de Jeremias é apresentada neste capítulo (ver p. 365).Ano quarto de Jeoaquim. De acordo com esta data, o cap. 45 segue o 36 (ver Jr 36:4; ver com. de Jr 36:1). |
Je.45:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.45:3 | 3. Ai de mim agora! Com Jeremias aprisionado e o rei e seus conselheiros não dando ouvidos às mensagens do profeta, Baruque desanimou. Sua ambição de ocupar uma posição de importância no estado judeu renovado (v. 5) parecia frustrada em vista do aparente fracasso dos esforços de Jeremias. O profeta compreendia os sentimentos de seu secretário de forma solidária porque ele também experimentava amargas decepções (Jr 15:10-21; 20:7-18). Baruque, como todos os homens, precisava aprender a esperar o amargo e o doce, o fracasso e a prosperidade (ver Jó 2:10). |
Je.45:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.45:5 | 5. Não as procures. Nenhum sucesso terreno poderia ser tão importante paraBaruque como a obra que Deus desejava que ele fizesse. Cada pessoa tem um lugar no grande plano de Deus, o qual só ela pode preencher.Eu te darei a tua vida. Deus conforta a Baruque, o escriba, com a promessa de que lhe seria misericordioso. Num contraste assinalado com a vingança divina e a retribuição que cairia sobre "toda a terra” da Judeia (v. 4) e o mal que sobreviría "sobre toda a carne” por causa da invasão babilônica (2Rs 25), a vida de Baruque seria protegida por Deus. Muitas das pessoas de quem Baruque invejava o sucesso e a posição não tiveram esta segurança, mas pereceram miseravelmente na destruição de Jerusalém.Como despojo. Ver com. de jr 39:18.Em todo lugar. Estas palavras parecem indicar que o futuro de Baruque seria a peregrinação e o exílio. Sabemos que ele foi para o Egito (ver Jr 43:5-7). A tradição judaica diz que ele morreu no Egito ou em Babilônia.Capítulo 46I Jeremias profetiza a ruína do exército do faraó no Euf rates 13 e a conquista do Egito por Nabucodonosor. 27 Ele consola Jacó em seu castigo. |
Je.46:1 | 1. Palavra do Senhor. Do heb. debar- Yahweh, expressão técnica que ocorre mais de 50 vezes no livro de jeremias. Dahar, “palavra”, frequentemente tem o forte sentido de“mandamento” (ver Êx 34:28; e Dt 4:13, em que “dez mandamentos” em hebraico quer dizer “as dez palavras”). D abar também pode significar “assunto”, “negócio”, “questão” (verÊx 24:14; Js 2:14; lCr 26:32). Assim, “a palavra do Senhor” é, neste versículo, a declaração da autoridade de Yahweh com respeito a Seu proceder em relação às nações.Contra as nações. Este versículo introduz uma nova seção do livro de Jeremias. Os cap. 46 a 51 contêm uma série de dez declarações poéticas acerca de várias nações e tribos: Egito (cap. 46), os filisteus (cap. 47), Moabe (cap. 48), os amonitas (49:1- 6), Edom (49:7-22), Damasco (49:23-27), Ouedar (49:28, 29), Hazor (49:30-33), Elão (49:34-39) e Babilônia (50:1-51:58). O heb. 'al, traduzido neste versículo como "contra”, é melhor compreendido como "a respeito” (BJ), porque, apesar destas profecias retratarem muitos juízos divinos, também prometem restauração (ver Jr 48:47; 49:6, 39). |
Je.46:2 | 2. Faraó-Neco. A respeito do sentido do termo "faraó”, ver com. de Gn 12:15. Neco II (610-595 a.C.) subiu ao trono do Egito no período quando a nação estava passando por um renascimento político, cultural e econômico. Seu pai, Psamético 1 (663-610 a.C.), teve o apoio político e militar da Assíria contra os etíopes, que dominaram o Egito por aproximadamente um século. Com a desintegração do império assírio, ele afirmou sua independência da Assíria e estabeleceu a 26a dinastia ou a dinastia saíta. O comércio com a Grécia e a Fenícia floresceu, e houve prosperidade econômica. As recém-conquistadas independência e prosperidade despertaram o senso de orgulho e poder nacional.Quando Nínive caiu, em 612 a.C., o império assírio, que dominou os negócios no Oriente Médio por mais de dois séculos e meio, deixou um vácuo político. Os egípcios viram uma oportunidade nessa situação para restabelecer um império na Âsia Oriental. Pouco depois de Neco II suceder seu pai, em 610 a.C., um exército egípcio foi enviado para auxiliar os assírios, a quem os babilônios expulsaram de Harã. A campanha não conseguiu retomar Harã. Foi aparentementenessa época (609 a.C.) que Neco, a caminho da Palestina através de Harã, derrotou as tropas de judá e matou o rei josias na batalha de Megido (2Rs 23:29, 30; 2Cr 35:20-27) e, então, foi para o norte contra os babilônios na Síria, para fortalecer suas bases em Carquemis, no Eufrates (2Cr 35:20). Três meses mais tarde, ele retornou e, em Ribla (2Rs 23:31, 33), aprisionou a jeoacaz, o novo rei de Judá, e pôs Jeoaquim no trono (2Rs 23:34), que evidentemente era menos nacionalista e mais inclinado a seguir a liderança estrangeira. Datando-se esses eventos em 609 a.C. — e não em 608 como anteriormente - alteram-se outros reinos: Manassés, até a ascensão de Jeoaquim, e também vários laraós desse período. Quatro anos depois, os exércitos de Neco foram expulsos de Carquemis.Carquemis. Cidade localizada na margem oriental do Eufrates, a qual comandava um dos vaus mais importantes do rio. Era o ponto de travessia natural de acesso à Mesopotâmia usado pelos exércitos invasores do Ocidente. Por isso, era um local de grande importância estratégica e comercial.Nabucodonosor. Ver com. de Dn 1:1. Seu pai, Nabopolassar (626-605 a.C.), destruiu o império assírio, com o apoio dos medos e dos citas. Conservando a metade oriental do Crescente Fértil, naturalmente ele desejava governar o lado ocidental também. Assim, ele se tornou o principal oponente de Neco, que tentava restabelecer o controle da Palestina e da Síria.Até 1956, não havia registros contemporâneos dos últimos anos de Nabopolassar. Mas uma crônica (verp. 831, 832) conta como o príncipe coroado, Nabucodonosor, ganhou a batalha decisiva contra o Egito, em 605, sendo imediatamente chamado de volta por causa da morte do pai. Essa nova crônica dá a versão babilônica dos eventos no contexto das várias narrativas bíblicas: a morte de Josias, a batalha de Carquemis, as invasõesem que Daniel, Joaquim e Ezequiel foram levados cativos. A captura de Jeoaquim (anônimo) é mencionada e datada em 2 de adar (aproximadamente 16 de março de 597 a.C.).Ano quarto de Jeoaquim. De acordo com Jeremias 25:1, o quarto ano de Jeoaquim foi o primeiro ano de Nabucodonosor, 604 a.C. Assim, muitos têm aceitado 604 a.C. como o ano da batalha de Carcjuemis.A dificuldade, porém, com este ponto de vista, é que a crônica (assim como Beroso; ver com. de Dn 1:1) situa essa batalha antes da ascensão de Nabucodonosor, ao passo que este versículo é geral meta te entendido como tratando da ascensão de Nabucodonosor, já que Jeremias declara que a batalha de Carquemis foi travada no quarto ano de Jeoaquim, o primeiro ano de Nabucodonosor, pelo menos alguns meses depois que ele tinha subido ao trono. Josefo (Antiguidades, x.6.1), portanto, interpreta Jeremias como datando a batalha depois da ascensão de Nabucodonosor.A princípio, antes que a crônica fosse conhecida, quando faltavam fontes históricas para os anos de 609 a 604 a.C. para eventos na Palestina e na Síria, pensava-se que, logo depois da batalha de Megído (datada em 609 a.C.), os babilônios tivessem tomado a Palestina e a Síria, e que Beroso falasse de uma rebelião contra eles.Alguns têm solucionado o problema ao igualar o quarto ano de Jeoaquim com o ano de ascensão (antes do primeiro) de Nabucodonosor.Mas outra explicação tem sido oferecida. A l rase: “no quarto ano de Jeoaquim'' pode se referir não à data da batalha, mas da mensagem (v. 1) que foi dada ao profeta: “A respeito do Egito. Contra o exército de Faraó-Neco, rei do Egito [...] no quarto ano”. Neste caso, as duas orações relativas intervenientes introduzidas por “ao qual" podem ser tomadas como parentéticas, numa alusão à conhecida batalha do ano anterior. O hebraicosem a pontuação permite esta interpretação, que deixa a batalha sem data no relato de Jeremias e, assim, elimina a dificuldade. |
Je.46:3 | 3. Preparai. Isto é, “colocar em ordem”, “organizar”.Escudo. Do heb. tsinnah, um longo escudo para a proteção do corpo todo, usado por tropas fortemente armadas.Pavês. Do heb. magen, um pequeno escudo, possivelmente circular, usado por tropas levemente armadas. |
Je.46:4 | 4. Poli. Isto é, “lustrar”.Couraças. Do heb. siryonoth, “armaduras”. |
Je.46:5 | 5. Por que razão [...]? O profeta expressa surpresa na derrota dos egípcios. Ele, possivelmente, testemunhou a fuga egípcia de Carquemis, com os babilônios logo atrás.Diz o Senhor. Do heb. neum-Yahweh. Esta expressão de declaração divina ocorre mais de 160 vezes em Jeremias. |
Je.46:6 | 6. O lado do Norte. Ver com. dejr 1:14. |
Je.46:7 | 7. O Nilo. Do heb. yeor, do egípcio 'ileru, “o rio” (ver Gn 41:1, 2; Êx 1:22; 2:3; 7:15, 17-21, 24, 25). O Egito, praticamente um país sem chuva, dependia da inundação anual do Nilo para a irrigação. A época em que o Nilo alcançava seu ponto máximo em setembro e outubro marcava o principal evento do ano, que era cuidadosamente registrado desde tempos antigos. O profeta, neste versículo, usou uma inundação do Nilo como ilustração impressionante dos exércitos egípcios passando por cima da Palestina e da Síria (ver Jr 46:8). |
Je.46:8 | Sem comentário para este versículo |
Je.46:9 | 9. Pute. Do heb. Put. Os habitantes da região da Líbia, na costa norte da África (ver com. de Gn 10:6).Etíopes. Do heb. Kush (ver com. de Gn 10:6).Lídios. Do heb. ludhn. Não há certeza se os ludhn mencionados neste versículo eram os lídios da Asia Menor Ocidental ou uma tribo africana vizinha ao Egito. A favor do primeiro ponto de vista está a tradução daLXX, ludoi, "lídios”, e o lato de que uma inscrição de Assurbanípal, rei da Assíria, afirma que o pai de Neco, Psamético I, contava com tropas fornecidas por Giges, rei da Lídia. A favor de ser uma tribo africana, está o fato de que Ludim descendia de Mizraim, o filho de Cam, o qual os relacionava aos egípcios. Isto, é claro, não impediría de eles terem migrado, numa data anterior, da África para a Ásia Menor (ver com. de Gn 10:13).Os lídios não devem ser contundidos com os descendentes de Lude, o filho de Sem, que parece ter sido um povo no norte meso- potâmico (Gn 10:22; ICr 1:17; ver com. de Gn 10:22). |
Je.46:10 | 10. Senhor dos Exércitos. A respeito do significado desta expressão, ver com. de Jr 7:3.A espada devorará. No hebraico, as espadas são representadas como possuindo bocas. Assim, “o fio da espada” é, literalmente, “a boca da espada” (Gn 34:26); uma "espada de dois gumes” é, literalmente, “uma espada de bocas” (Pv 5:4). Os cabos das espadas eram construídos, algumas vezes, na forma da cabeça de um animal, com a lâmina saindo da boca dele.Sacrifício. Do heb. zevach, de zavach, "sacrificar” ou "matar”. Neste versículo, o sentido da raiz, “matar”, parece ser a ideia preeminente.Terra do Norte. Ver com. de Jr 1:14. |
Je.46:11 | 11. Virgem. Expressão favorita de Jeremias para se referir ao povo de Israel (ver jr 14:17; 18:13; 31:4, 21; Lm 1:15; 2:13). Neste versículo, é aplicada ao Egito.Multiplicas. Ou, “tu usarás” (KJ V), que pode ser traduzido como “tu estás tomando” ou "em vão você usou muitos remédios”. Os egípcios se destacavam na medicina entre os povos do antigo Oriente Médio. Dois importantes tratados médicos foram encontrados, o papiro cirúrgico Edwin Smith e o papiro médico Ebers. Eles indicam que os aspectos práticos da medicina egípcia estavam numnível notavelmente elevado havia tempo. Os médicos demonstraram habilidade no tratamento de fraturas e compreensão do valor do pulso para determinar a condição do paciente. Eles se aproximaram da descoberta da circulação do sangue. Heródoto (iii.l, 129) declara que os imperadores persas Ciro e Dario empregaram médicos egípcios. Os gregos foram tão fortemente atraídos em sua ciência médica pelo conhecimento egípcio que identificaram seu deus da medicina, Asclépio (chamado pelos romanos de Esculápio), com Imhotep, médico egípcio e sábio da 3a dinastia. O pensamento do profeta parece ser que, embora o Egito produzisse os melhores médicos do mundo, não haveria cura para suas próprias feridas no dia da visitação. |
Je.46:12 | Sem comentário para este versículo |
Je.46:13 | 13. Palavra. Ver com. do v. 1. Este versículo é escrito em prosa. Os v. 3 a 12, 14 a 24, 27 e 28 estão em forma poética. O v. 13 introduz uma nova seção da mensagem profética, uma profecia da invasão de Nabucodonosor ao Egito.Vinda. Devido à falta de confirmação histórica, muitos eruditos duvidam de que a predita invasão do Egito pelos babilônios, descrita neste versículo e em Jeremias 43:8 a 13; 44:30; e Ezequiel 29:1 a 20, realmente tenha ocorrido. Josefo declara que "no quinto ano depois do saque a Jerusalém, que foi no 23° ano do reinado de Nabucodonosor, Nabucodonosor (...) invadiu o Egito a fim de subjugá-lo e, tendo matado o rei que então reinava e apontado outro, ele novamente fez cativos os judeus que estavam no país e os levou para Babilônia” (Antiguidades, x.9.7). Que esta declaração de Josefo não pode ser plenamente confiável, fica evidente pelo fato de que Hofra (Ápries) foi rei do Egito de 589 a 570 a.C. e de que não foi morto por Nabucodonosor no 23° ano deste último (582 a.C.). Além disso, não há evidência de que o Egito tenha sido invadido naquela época. Alguns historiadores antigos interpretaramuma inscrição de Nesuhor, governador de Elefantina sob Apries, como indicando que Nabucodonosor invadiu o Egito e entrou pelo sul até Assuã (também escrito Aswân). No entanto, um estudo subsequente tem demonstrado que a inscrição em questão foi mal interpretada e que ela se aplica a uma revolta dos gregos e dos mercenários asiáticos no alto Egito.Há, no entanto, um fragmento de tablete babilônieo datado no ano 37° de Nabucodonosor (568 a.C.) que fala de um condito entre Nabucodonosor e Amasis, do Egito. Embora seja impossível determinar os detalhes desta invasão, o fato de que ocorreu não muito depois de Amasis depor seu predecessor, Hofra, indicaria que Nabucodonosor via na guerra civil tão furiosa no Egito uma oportunidade para conquistar aquele país fraco e anexá-lo a seu império. Esse evento também pode estar na correta moldura da narrativa de josefo (ver parágrafo anterior). A profecia de Ezequiel (Ez 29:17-20) de uma conquista babilônica, dada no "vigésimo sétimo ano” (571 ou 570 a.C.), adiciona probabilidade a uma invasão por volta dessa época. A história secular silencia quanto à extensão do sucesso babilônieo nesta invasão. Talvez tenha ocorrido mais de uma campanha, mas alguns consideram que esta é a campanha descrita por Jeremias neste versículo.Alguns têm sugerido que Jeremias pode ter sido testemunha ocular dos eventos descritos nos v. 13 a 26. Nesse caso, Jeremias estaria idoso. Essa invasão de 568/67 a.C. ocorreu cerca de 60 anos depois de sua primeira profecia, em 628/627 ou 627/626 a.C. |
Je.46:14 | 14. Migdol. Ver com. de jr 44:1.Mênfis. Ver com. de Jr 2:16.Tafnes. Ver com. de Jr 2:16.É digno de nota que todas as cidades mencionadas neste versículo estão no baixo Egito, tato que pode indicar que a invasão babilônica não chegou até o vale do Nilo. |
Je.46:15 | 15. Derribado. Mudança na indicação da vogal permite a tradução “o touro fugiu”. Isso se harmonizaria com a LXX, que traduz: “Por que Apis fugiu?” (BJ). Apis, no egípcio Hep, desde os primeiros tempos históricos foi o deus touro de Mênfis. Várias inscrições da 26a dinastia, durante o tempo que Jeremias passou no Egito, falam de Hep como “instalado na casa de Ptah”, o deus principal de Mênfis. Acreditava-se que Apis se encarnava numa sucessão de touros sagrados, os quais eram guardados com ostentação em Mênfis para adoração e adivinhação. Quando esses touros morriam, eram mumificados e enterrados com cuidado.Em 1850, o arqueólogo francês Auguste Mariette descobriu o Serapeum, em Sakara, um antigo cemitério de Mênfis. Este consiste de duas galerias subterrâneas com aproximadamente 366 m de extensão, alinhadas com câmaras de tumbas que continham os corpos mumificados de mais de 60 touros, com variações nas datas desde o 14° até o 2° século a.C. A segunda dessas galerias foi construída por Psamético I, contemporâneo de Jeremias, fato que indica o elevado prestígio que a adoração a Apis mantinha na época da profecia.A probabilidade de que Apis estivesse na mente do profeta é fortalecida pelo fato de que o heb. 'abbir, “valente” (ACF) também significa “touro” (ARA), e é assim traduzido em outras passagens (S! 22:12; 50:13; 68:30; Is 34:7). Como nos dias de Moisés, os deuses egípcios foram revelados em sua verdadeira luz (ver com. de Êx 8:2; 10:21). Dramatizando, assim, a derrota dos egípcios, jeremias parece indicar a impotência do grande deus touro. |
Je.46:16 | 16. Voltemos. Estas eram, possivelmente, as palavras de tropas mercenárias, dos gregos, de várias tribos africanas, de povos da Asia Menor, normalmente empregadas no exército egípcio desse período. Na falta de uma inata lealdade ao Egito, elasestavam prontas a desertar quando percebessem que seriam derrotadas. |
Je.46:17 | 17. Apelidarão. Uma leve mudança no sinal vocálico permite a tradução: "Chamarão ao faraó, rei do Egito, com este nome: ‘Barulho...’” (Bj).Faraó. Título egípcio real, e não o nome próprio do rei (ver com. de Gn 12:15). Não está claro qual governador é mencionado neste versículo. A LXX o identifica como Neco, mas esta tradução é claramente interpretativa.Deixou passar o tempo adequado. Ou, "ele tem deixado o tempo determinado passar”. A falta de informação histórica a respeito da guerra que jeremias descreve neste versículo (ver com. cio v. 13) impossibilita saber se esta declaração se refere ou não a alguma negligência por parte do faraó em se unir à batalha contra os babilônios, quando isto poderia ter sido para sua desvantagem.Pode haver, neste versículo, uma referência ao fim da oportunidade para a nação egípcia. A toda nação tem sido permitido ocupar seu lugar, para determinar se ela cumprirá o propósito divino. Quando uma nação falha, sua glória a deixa (PR, 535; ver com. de Dn 4:17). |
Je.46:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.46:19 | 19. Mênfis. Ver com. de jr 2:16. |
Je.46:20 | 20. Mutuca. Do heb. qerets, uma palavra que ocorre apenas neste versículo, em toda a Bíblia. Sua raiz significa "beliscar", "apertar’’ e sugere que qerets pode se referir a um inseto que pica a novilha do Egito enquanto voa. A ARA traduz como: “mutuca do Norte já lhe vem”.Norte. Ver com. de jr 1:14. |
Je.46:21 | 21. Mercenários. Esta é uma referência adicional aos mercenários que desempenharam papel importante no exército egípcio nesse período (ver com. dos v. 9, 16).Ruína. Do heb. ¦paqad, que significa basicamente “visitar” (ARC), mas é utilizado com frequência no sentido de castigo (ver Êx 20:5; jó 35:15; SI 59:5; Is 26:14; jr 14:10). “Tempo da sua visitação” e "ano dasua visitação” eram as expressões favoritas de jeremias (ver Jr 8:12; 10:15; 11:23; 23:12; 48:44; 50:27; 51:18). Entretanto, paqad também pode significar visitar com uma bênção divina (ver Gn 21:1; SI 80:14). O dia da visitação de Yahvveh sobre o Egito seria não apenas um castigo, mas também um convite à retidão na ação e ao arrependimento (ver Jr 46:28). |
Je.46:22 | 22. Como o da serpente. Isto é, o som do exército egípcio em retirada não é como o passo de tropas bem ordenadas, mas se assemelha a uma tentativa furtiva de deslizar suavemente diante da aproximação babilônica, que marcharia “com um exército” (ARC). |
Je.46:23 | 23. Bosque. Utilizado possivelmente de modo figurativo neste versículo, para a multidão de soldados no exército egípcio ou para representar a densidade da população. |
Je.46:24 | 24. Norte. Ver com. de Jr 1:14. |
Je.46:25 | 25. O Senhor dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3.Amom de Nô. Do heb. Amon minnd. A cidade egípcia chamada Tebas (a moderna Luxor e Karnak), aproximadamente 468 km ao sul do Cairo, no Nilo. Originalmente, Amen era o deus local de Tebas; por isso, a cidade veio a ser conhecida no Egito também como Niut 'Imen, "a cidade de Amen”. A palavra bíblica “Nô” é uma transfiteração da primeira parte do nome egípcio da cidade.Com o início do médio império no Egito (aproximadamente 2000 a.C.) e o estabelecimento da capital em Tebas, o deus local Amen rapidamente ascendeu em supremacia dentre as divindades do Egito. A ele eram dados os atributos do deus sol Rd, e as duas divindades eram identificadas como apenas uma, sob o nome Amen-Rd. A importância de Amen é ilustrada pela preeminência dos nomes Amenemhat, que foi utilizado por quatro reis do médio império, e Amenhotep, o nome de outros quatro reis do período imperial. Vários outros faraós,como Tutancâmon, também tinham nomes compostos por Amen. Durante a 21a dinastia (c. 1085-c. 950 a.C.) os sumos sacerdotes de Amen realmente governavam como reis do Egito, e, na época de Jeremias, as altas sacerdotisas de Amen eram princesas. Possivelmente, a maior evidência da pree- minência de Amen-Ra seja seu templo em Karnak, parte da antiga Tebas, que, embora em ruínas, ainda permanece como um dos maiores monumentos arquitetônicos do mundo antigo.Ao prometer castigo sobre Amen e sobre o faraó, o Senhor simbolizou a descida deSua ira sobre todos os sistemas religiosos e políticos do Egito. |
Je.46:26 | 26. Será habitada. Este versículo revela o verdadeiro propósito dos juízos de Deus sobre o Egito. As visitações não tinham a intenção de destruir a nação completamente, mas de levá-la, por meio da humilhação, ao arrependimento. |
Je.46:27 | 27. Não temas. A terrível ilustração de derrota para o Egito, retratada neste capítulo, termina com uma mensagem de esperança para Israel. Os juízos divinos sobre os vizinhos de Israel, bem como sobre a nação escolhida, tinham a intenção de levá-la de volta a Deus.Capítulo 47A destruição dos filisteus.deu ordem? Contra Asquelom e contra as bordas do mar é para onde Ele te dirige. <* |
Je.46:28 | Sem comentário para este versículo |
Je.47:1 | 1. Palavra do Senhor. Ver com. de Jr 46:1. Os filisteus perseguiram o povo de Deus, então, eles receberíam uma retribuição justa.Filisteus. O povo filisteu estava na Palestina já na época de Abraão (ver com. de Gn 2]:32; Js 13:2), mas aportaram em massa na região, durante a grande migração dos povos do mar, em aproximadamente 1200a.C. (ver com. de Gn 10:14; também vol. 2, p. 10, 11, 16, 17, 29). Eles estavam entre os principais oponentes dos hebreus primitivos, mas, depois da época de Davi, eles desempenharam papel de menor importância nos assuntos de Israel.Faraó ferisse a Gaza. A informação histórica é escassa para identificar este ataque de modo preciso. Há vários períodos emque um ataque como este, partindo dos egípcios, seria possível. Ele poderia ter ocorrido durante o turbulento período entre a ascensão de Neco (610 a.C.) e os primeiros anos de Nabucodonosor (604 a.C. ou um pouco mais tarde), durante o qual os egípcios repetidamente marcharam até a costa para lutar com os babilônios; ou pode ter sido na época da invasão de Hofra (Apries), Amen-Ra, em 587, durante o cerco a Jerusalém. O único exemplo, durante a vida de Jeremias, de um ataque a Gaza em que há registro histórico é o que foi mencionado por Heródoto conto sendo realizado por Neco 11, depois de uma vitória em Magdolus, a forma grega de Migdol, que significa “fortaleza”. Sua localização é desconhecida. Como Heródoto (ii.159) diz: Neco, tendo vindo combater os siros na terra de Magdolus, conquistou-os, e depois da batalha tomou “a grande cidade síria de Cadvlis”. “Síria", neste versículo, inclui a Palestina, e "Cadytis” é, geralmente, tomada como sendo Gaza.Se esse for o cenário correto da profecia, ela pode ser datada em 609 a.C. ou pouco depois. Se. por outro lado, a referência de Heródoto não fora Gaza, então deve- se admitir que não há evidência direta de quando esse ataque ocorreu.Nos tempos bíblicos, Gaza era o mais importante centro comercial na Palestina. Situava-se no extremo sul da fértil planície filisteia, na convergência de duas das principais estradas da Palestina. Por meio dela, a rota comercial do deserto oriental, com sua riqueza de ferro e cobre das minas de Edom, ligava-se ao grande derek hav-yam, ou "caminho do mar”, a estrada litorânea que conduzia ao norte a partir do Egito. Devido a sua posição nessa última rota, a cidade era de grande importância estratégica. Os egípcios utilizaram essa estrada por quase mil anos, como a rota habitual de suas repetidas invasões à Palestina e à Síria. Durante as 18a e 19adinastias, quando os egípcios dominaram grande parte da Palestina, Gaza foi um dos principais centros administrativos. Ao tomar Gaza, qualquer faraó que invadia a Palestina também asseguraria um ponto a partir do qual podia dominar o litoral, proteger suas comunicações com o Egito e controlar muito do comércio do país.O fato de esta mensagem ser dada "antes que Faraó ferisse Gaza”, indica que ela era uma profecia, um alerta aos filisteus sobre a destruição iminente (comparar com a mensagem de Jonas a Nínive, em Jn 3). |
Je.47:2 | 2. Eis que do Norte. Se o ataque egípcio a Gaza foi realizado por Neco em seu retorno de Carquemis, em 609 a.C. (ver com. do v. 1), ou logo depois da batalha em Megido anteriormente, no mesmo ano, sua aproximação da planície filisteia teria sido pelo norte.Alguns têm entendido os v. 1 e 2 como se referindo à dominação da Palestina pelos babilônios, mais grave e duradoura que as incursões egípcias sob Neco ou Hofra. Os v. 2 a 7 se referiríam, então, às invasões babilônicas. De acordo com este ponto de vista, o v. 1 salientaria o fato de que mesmo antes de os egípcios atacarem Gaza, o Senhor já alertara os filisteus sobre os grandes juízos que recairíam sobre eles nas mãos dos babilônios. |
Je.47:3 | Sem comentário para este versículo |
Je.47:4 | 4. Tiro e de Sidom. Tiro e Sidom dominaram a costa norte da planície filisteia e eram, evidentemente, aliados dos lilisteus.Caftor da terra do mar. Isto é, Creta, de onde os filisteus já haviam migrado para o continente (ver com. de Gn 10:14; ver também vol. 2, p. 16, 17). |
Je.47:5 | 5. Calvície. Talvez uma referência à destruição da cidade, uma destruição tão completa que o local seria deixado como uma colina “careca”, ou tell (ver com. de Js 11:13). O profeta também podia ter em mente o pensamento de calvície como sinal de luto, particularmente em ligação com sua pergunta:Até quando vós vos retalhareis”? Raspar a cabeça e ferir o corpo eram expressões comuns de aflição (ver Jr 16:6; cf, Dt 14:1).Asquelom. Uma das principais cidades filisteias, aproximadamente 20 km ao norte de Gaza na estrada marginal.Vale. Do heb. emeq, melhor seria "uma planície”, neste versículo, a planície l ilisteia. |
Je.47:6 | 6. Até quando [...]? O profeta faz uma pergunta retórica para enfatizar sua declaração, no v. 7, de que Deus designou esses juízos sobre os filisteus.Capítulo 48 |
Je.47:7 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:1 | 1. Moabe. Este país ocupava o planalto a leste do Mar Morto. Seu povo estava relacionado aos hebreus por ser descendente de Ló, o sobrinho de Abraão (Gn .19:36, 37). Quando Israel se estabeleceu em Canaã, o território de Moabe ficava entre os ribeiros de Arnom e de Zerede. A tribo de Rúben ocupou a região ao norte. Davi anexou Moabe a seu império (2Sm 8:2, 11, 12; lCr 18:2, 11). O reino do norte de Israel tentou controlá- lo (ver com. de 2Rs 1:1). No final do reinado de Acabe, quando Acazias ascendeu ao trono, um certo Mesha ("Mesa”, na AR A) se revoltou contra Israel e estabeleceu Moabe como um reino independente (2Rs 3:4-27), incluindo em seus territórios o que anteriormente tinha pertencido a Rúben. Ele registrou suas conquistas numa placa de basalto negra, conhecida boje como a Pedra Moa- bita. Esta inscrição foi descoberta em 1868, em Dibom (ver Nota Adicional a 2 Reis 3). Moabe continuou como um reino independente até que a Asia Ocidental foi dominada pelos assírios, no 8° século a.C.O cap. 48 alista uma série de cidades moabitas que sofreriam o flagelo dos babilônios. Dos 25 lugares citados, 21 podem ser razoavelmente identificados. Todos, com exceção de quatro desses lugares, estavam dentro dos territórios ao norte do Arnom, que foram atribuídos a Israel na época do estabelecimento em Canaã e, mais tarde, perdidos na revolta de Moabe, no 9° século a.C. Na verdade, Mesha alista 11 dos lugares mencionados neste capítulo como entre aqueles que ele tomou de Israel. Ele afirma, além disso, ter acrescentado 100 cidades à sua região. Assim, jeremias parece particularmente descrever os juízos de Deus sobre os moabitas que viviam no antigo território da tribo de Rúben.Nebo. Não deve ser confundido com o deus babilônico (Is 46:1) ou o monte Nebo (Dt 32:49). Neste versículo, Nebo designa uma cidade (ver Nm 32:38) possivelmentesituada próxima ao monte Nebo, a leste da extremidade norte do Mar Morto. Na Pedra Moabita, Mesha menciona ter tomado esta cidade de Israel (ver Nota Adicional a 2 Reis 3).Quiriataim. Um local 11,2 km ao norte do ribeiro de Arnom, conhecido hoje como el-Qereiyât. Mesha se refere a ele sob o nome de Quiriatan e declara tê-lo construído.Misgabe (ARC). Este local é desconhecido. A palavra hebraica também é traduzida como “altas fortalezas” (Is 25:12). |
Je.48:2 | 2. Hesbom. Cidade 24,4 km a noroeste da extremidade norte do Mar Morto. Na conquista de Canaã, ela foi tomada de Seom e passou a fazer parte do território de Rúben (ver Nm 32:33, 37). No entanto, a Hesbom de jeremias já não estava em mãos israelitas. A escavação de Tell Hesbân tem fornecido relíquias da época de Jeremias e da antiga monarquia, quando ela era famosa por suas piscinas (Ct 7:4).Tramaram. Do heb. chashav. Há um trocadilho neste versículo, pois o hebraico para Elesbom está grafado como Cheshvon. Esse recurso literário é uma boa ilustração do forte tom poético da profecia. O v. 2 parece indicar que, no tempo de Jeremias, Hesbom foi o centro de uma conspiração contra os moabitas.Madmém. O local é incerto, embora possa ser a moderna Khirbet Dimneh, 15,2 km a leste da península que se estende ao Mar Morto em seu lado oriental. |
Je.48:3 | 3. Horonaim. Este local é desconhecido. E a Hauronen que Mesha afirma ter tomado de Israel sob o comando de Quemos (ver Nota Adicional a 2 Reis 3). |
Je.48:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:5 | 5. Subida de Luíte. Sem dúvida, uma estrada, mas a localização é desconhecida. Ela podia levar a um dos vários riachos ou a leitos de rios profundos e estreitos que cortavam as montanhas de Moabe e levavam ao Mar Morto.Horonaim. Ver com. do v. 3. |
Je.48:6 | 6. Arbusto. Do heb. ‘arder, do radical 'arar, “despir-se”. A referência, neste versículo, é ao zimbro ou à tamargueira (ACF), que, em sua aparência despojada, era um símbolo adequado para a desolação dos refugiados moabitas. Há um trocadilho sutil neste versículo, que não pode ser traduzido. A palavra hebraica traduzida como “arbusto” também é o nome de Aroer, uma das cidades de Moabe (ver v. 19). A LXX traduz como “asno selvagem" (AA), como se fosse do heb. ‘arod, em lugar de ‘aroer. A imagem de um asno ou burro selvagem vagueando é, na verdade, adequada para os refugiados desabrigados no deserto. Entretanto, a palavra hebraica quase idêntica, ‘arar (Jr 17:6), é traduzida como "tamargueira selvagem” na LXX e como “arbusto’’ na NVI, de modo que parece seguro manter a tradução do texto hebraico. |
Je.48:7 | 7. Para o cativeiro. E uma ilustração dos ídolos dos povos cativos sendo exilados com seus devotos (ver Is 46:1, 2). |
Je.48:8 | 8. Vale. “O vale” e “a campina” se referem às duas principais características geográficas do território moabita: o lado oriental»- do vale do Jordão, frente ao Mar Morto, e o grande planalto da Transjordânia, elevando- se quase a 1.220 m acima do vale e se estendendo ao deserto da Arábia. |
Je.48:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:10 | 10. Maldito. O anúncio de uma maldição sobre aqueles a quem Deus escolheu como Seus vingadores, que poderiam se abster de executar Seus juízos, é uma forma poética de enfatizar a inevitabilidade dos eventos preditos. |
Je.48:11 | 11. Repousado nas fezes. Jeremias compara Moabe ao vinho que nunca foi escoado para outro recipiente, e tem, assim, absorvido a qualidade de seus sedimentos. Embora o país tenha sofrido vários reveses políticos, o fato de os moabitas nunca terem sofrido deportação para uma terra estrangeira (“não foram mudados de vasilha em vasilha”) pode tê-los impedido de absorver novas impressões do mundo e novasperspectivas na vida. Assim, seu regionalismo cresceu numa satisfação própria nacional que resultou em sua queda. |
Je.48:12 | 12. Trasfegadores. Do heb. tsdim, “inclinadores”, isto é, aqueles que inclinam utensílios a fim de derramar seu conteúdo. |
Je.48:13 | 13. Terá vergonha de Quemos. Um vivido contraste com as declarações arrogantes de Mesha (ver a inscrição na Pedra Moabita, traduzida na Nota Adicional a 2 Reis 3).Como a casa de Israel. Uma referência à adoração idólatra de um bezerro, estabelecida por Jeroboão em Betei e que continuou de modo geral ao longo da história do reino do norte (ver lRs 12:26-29). Assim como Israel se deparou com a impotência de seus ídolos, Moabe constataria a impotência dos seus. |
Je.48:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:15 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:17 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:18 | 18. Ó moradora, filha de Dibom. Isto é, os habitantes de Dibom. Ver as expressões “filha do Egito’ (Jr 46:11), “filha de Judá” (Lm 1:15), “filha de Sião” (Lm 2:10). Dibom, a moderna Dhibân, era uma importante cidade na parte sul do território antes ocupado por Rúben, 5,2 km ao norte do Arnom e 19,2 km ao oriente do Mar Morto. Ela margeia a grande Derek ham-Melek, ou Estrada Real (a “estrada” de Dt 2:27), que nos tempos antigos era a via principal de norte a sul através da Transjordânia. Dibom foi o local de acampamento dos israelitas a caminho de Canaã (ver Nm 33:45, 46). Foi reconstruída, mais tarde, pela tribo de Gade (Nm 32:34) e posteriormente foi incluída nos territórios de Rúben. Na Pedra Moabita, Mesha registra que Dibom estava entre as cidades que ele tomou de Israel e acrescentou ao reino de Moabe (ver Nota Adicional a 2 Reis 3). |
Je.48:19 | 19. Aroer. A cidade hoje chamada ‘Ara ir, cinco quilômetros a sudeste de Dibom e mencionada como tomada de Israel por Mesha, ou um local não identificado próximo a Rabá (Js 13:25); mas não a Aroer de 1 Samuel 30:28.Caminho. Do heb. derek. Possivelmente uma referência à Estrada Real (ver com. do v. 18), onde Aroer estava situada. Esta via pública seria a rota natural que os refugiados moabitas tomariam quando fugissem do avanço babilônico pelo norte. Aqui, ironicamente, jeremias convida o povo de Aroer a sair e contemplar seus compatriotas fugindo para o sul diante dos invasores, ao longo da estrada. |
Je.48:20 | 20. Em Arnom. Ou, “pelo Arnom”. O ribeiro de Arnom era o curso cfágua mais importante de Moabe. Ele corria a oeste, desde o planalto até o mar Morto, e marcava a fronteira sul da tribo de Rúben quando Israel mantinha aquele território. |
Je.48:21 | 21. Terra da campina. Ver com. do v. 8.Holom. Possivelmente um local próximo a Medeba, embora o local exato seja desconhecido.Jasa. Acredita-se ser a moderna Jatiã ou Khirbet et-Teim, próxima a Medeba, onde anteriormente ficava o norte de Rúben. Eoi ali que Israel venceu Seom, rei dos araor- reus (ver Nm 21:28, 24). A Pedra Moabita se refere a ela como Jahaz e informa que a cidade foi sede do rei israelita durante a guerra contra Mesha. O moabita se orgulha de que seu deus Quemos, que expulsou os israelitas de Jahaz (ver Nota Adicional a 2 Reis 3).Mefaate. Possivelmente a moderna Tell ej-Jâwah, 11 km ao sul de Rabá-Amom. |
Je.48:22 | 22. Dibom. Ver com. do v. 18.Nebo. Ver com. do v. 1.Bete-Diblataim. Não é certo se estacorresponde a Almom-Diblataim, onde Israel acampou antes de entrar em Canaã i.» (Nm 33:46). Acredita-se que a última seja a moderna Khirbet Deleitlât esh-Sherqiyeh, que havia sido anteriormente o centro de Rúben. Bete-Diblataim é mencionada como Bete-Díblatern na Pedra Moabita, em que Mesha reivindica tê-la construído (ver Nota Adicional a 2 Reis 3). Khirbet Deleitlâtesh-Sherqiyeh está aproximadamente I I km ao sul de Medeba. |
Je.48:23 | 23. Quiriataim. Ver com. do v. 1.Bete-Gamul. A moderna Khirbet ej-jumeil, 11,2 km a leste-sudeste de Dibom, onde antes ficava o sul de Rúben.Bete-Meom. Esta é hoje conhecida como Mciin, 7,2 km a sudeste de Medeba. Ela corresponde a Baal-Meom, que o povo de Rúben construiu (ver Nm 32:37, 38) e também Bete-Baal-Meom (ver Js 13:15-21). Mesha se refere a ela na Pedra Moabita pelos dois últimos nomes e diz que ele construiu (significando "reconstruiu”) a cidade (ver Nota Adicional a 2 Reis 3). A extensão de suas ruínas atuais indica que ela deve ter sido um lugar importante. Ezequiel a classifica com outras duas cidades como “a glória da terra” de Moabe (Ez 25:9). Uma possível razão para a variedade de seus nomes é sugerida pela afirmação de que o povo de Rúben mudou seu nome (ver Nm 32:38). Evidentemente, a mudança foi do pagão Baal-Meom, literalmente, “baal de habitação”, para Bete-Meom, literal mente, “casa de habitação”'. Consequentemente, o antigo nome e o novo, algumas vezes, parecem ter sido fundidos em Bete- Baal-Meom, literalmente, “casa do Baal da habitação”. |
Je.48:24 | 24. Queriote. Este lugar não foi identificado. Ele é mencionado na Pedra Moabita como a cidade para a qual Mesha levou Orei, o comandante israelita de Atarote, “arrastando-o diante de Quemos em Queriote” (ver Nota Adicional a 2 Reis 3).Bozra. Possivelmente a cidade de Betser, mencionada como reconstruída por Mesha. A localização é desconhecida. A cidade deve ser distinguida de Bozra (Is 63:1; Jr 49:13), que era Edom. |
Je.48:25 | 25. Poder. Ou, "chifre” (KJV, símbolo de força; ver com. de Lm 2:3). |
Je.48:26 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:27 | 27. Achado entre ladrões. Ser descoberto como um ladrão é apresentado comouma razão para grande vergonha (ver Jr 2:26). Neste versículo, o profeta emprega o mesmo pensamento como uma pergunta retórica, possivelmente, para enfatizara irracionalidade de Moabe em desprezar a Israel. |
Je.48:28 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:29 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:30 | 30. Conheço. Esta parte da frase está enfaticamente expressa no hebraico. E uma poderosa garantia ao desprezado e injustiçado Israel de que o Senhor conhece a verdade a despeito do orgulho e arrogância humana de que Israel tinha ouvido (v. 29). |
Je.48:31 | 31. Quir-Heres. Acredita-se ser o mesmo que Quir-Harasete (2Rs 3:25) e Quir-Haresete (Is 16:7), a moderna el-Kerak, no sul de Moabe. Depois de mencionar as cidades que tinham pertencido a Israel anteriormente, jeremias menciona um local na própria Moabe. Quir-Heres era uma das cidades mais importantes de Moabe. Nela, Mesha se refugiou dos israelitas sitiantes e sacrificou seu filho primogênito como holocausto sobre os muros da cidade (ver 2Rs 3:25-27). |
Je.48:32 | 32. Sibma. Um local próximo a Elesbom, mas o sítio exato é desconhecido. A localidade era célebre por suas vinhas.Jazer. A localização é incerta, mas acredita-se ter estado a oeste ou noroeste de Rabá-Amom. Ela pode ter sido mencionada aqui para indicar quão longe as conquistas moabitas chegaram no norte de Israel. |
Je.48:33 | 33. Júbilo. Referência ao júbilo na época da colheita, quando as uvas eram pisadas no lagar. |
Je.48:34 | 34. Eleale. A moderna el-Al, próxima a Hesbom.Jasa. Ver com. do v. 21.Zoar. Um local no sul de Moabe, próximo ao litoral, ou agora encoberto pelo extremo sudeste do Mar Morto.Horonaim. Ver com. do v. 3.Até as águas do Ninrlm. A Wâdi en- Numeirah, um curso de água que leva ao extremo sudeste do Mar Morto. O profeta ilustra um clamor de angústia soando denorte a sul no território de Moabe, incluindo, assim, toda a terra (ver ls 15:6). |
Je.48:35 | 35. Altos. Do heb. bamah. Este termo foi usado originalmente para a colina ou montanha sobre a qual a adoração era conduzida. Mais tarde, a palavra foi usada para montes artificiais ou plataformas e, finalmente, também para capelas onde os deuses eram adorados. Um bamah descoberto em Gezer revelou uma série de cavernas subterrâneas, nas quais foram encontrados um altar e ossos de homens, mulheres, crianças e de vários animais. Salomão erigiu um bamah ao deus moabita Quemos, próximo a Jerusalém (ver 1 Rs 11:7). Os reis de Israel construíram bamoth em todas as suas cidades (ver 2Rs 17:9). Estes santuários também eram comuns em judá (ver I Rs 22:43; 2Rs 15:35; 16:4). Eles foram destruídos em Judá por Ezequias (ver 2Rs 18:4) e Josias (ver 2Rs 23:5). Na reforma de Josias, Jeremias desempenhou um papel de liderança. |
Je.48:36 | 36. Flautas. Do heb. chalilim (plural de chalil), literalmente, “os perfurados”. Esses instrumentos eram flautas duplas ou oboés. As flautas eram tocadas em pares, com as extremidades mantidas afastadas, cada mão tocando uma flauta separada, produzindo sons distintos. Eram usadas, particularmente, para regozijo e lamento. É ao lamento que Jeremias se refere neste versículo (para uma descrição adicional desses instrumentos, ver vol. 3, p. 23). |
Je.48:37 | 37. Toda cabeça. Raspar a cabeça e a barba e fazer cortes no corpo eram sinais de aflição, comuns entre os povos antigos (ver Is 15:2, 3; Jr 16:6). |
Je.48:38 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:39 | Sem comentário para este versículo |
Je.48:40 | 40. Como a águia. Uma referência aos babilônios (cf. Ez 17:3-7). |
Je.48:41 | 41. Fortalezas. Ou, o nome “Queriote” (NV1; ver com. do v. 24). |
Je.48:42 | 42. Será destruído. Com o exílio babi- lônico, os moabitas praticamente desapareceram como povo. |
Je.48:43 | 43. Terror, cova e laço. Do heb. fcichad wapachath wapach, um notável exemplo de aliteração, demonstrando a natureza poética da fala de jeremias (ver Lm 3:47). |
Je.48:44 | 44. Visitação (ARC). Ver com. de Jr 46:21. |
Je.48:45 | 45. Hesbom. Ver com. do v. 2.Seom. Ver Nm 21:28. Seom, rei dosamorreus, tomou de Moabe o território ao norte do ribeiro de Arnom, que foi ocupado por Rúben (ver com. de Jz 11:19) e, mais tarde, reconquistado por Moabe (ver com. deFilhos do Tumulto. Ou, “dos turbulentos” (ARC). Uma referência aos moabi- tas (ver Am 2:2). |
Je.48:46 | 46. Quemos. O deus dos moabitas (ver v. 7). |
Je.48:47 | 47. Mudarei a sorte. Uma promessa de esperança, sem dúvida, condicional (Jr 18:9, 10).Capítulo 49Senhor. ¦de Amom, diz o Senhor. <-, |
Je.49:1 | 1. Filhos de Amom. Como os moa- bitas, esta nação era descendente de Ló (ver Gn 19:38), o sobrinho de Abraão, e assim, era aparentada a Israel. Quando os israelitas entraram em Canaã, os amonitas ocupavam os planaltos da Transjordânia, a leste da parte norte do reino amorreu de Seom. A tribo de Gade se avizinhou aos amonitas quando ocupou os territórios ao norte de Seom. Os amonitas pareciam ter tido uma disposição particularmente hostil para com Israel. Davi (ICr 19; 20:1-3), Josatá (2Cr 20:1-25) e Jotão (2Cr 27:5, 6) guerrearam contra Amom. Os amonitas realizavam uma política desonesta na época de Jeremias. Embora a princípio aliados de Babilônia contra Judá (ver 2Rs 24:2), mais tarde, eles tentaram recrutar Judá na aliança contra Babilônia (ver com. de Jr 27:3). Quando ocorreu a destruição de Jerusalém, eles manifestaram grande satisfação (ver Ez 25:1-7). Mais tarde, tramaram o assassinato de Gedalias (ver Jr 40:14).Milcom. Do heb. malkam, as consoantes podem representar milkom (ver 1 Rs 11:5, 33) e, assim, indicar a divindade amonita. A LXX traduz Melchom (apoiando, assim, a referência ao deus amonita Milcom). Enquanto em Jeremias 48 o profeta repetidamente menciona o deus moabita Quemos (v. 7, 13, 46), é razoável compreender aqui o nome da divindade nacional dos amonitas. O nome de seu deus tem sido comprovado em inscrições amonitas encontradas em sítiosarqueológicos.Gade. Quando o povo de Gade foi exilado por Tiglate-Pileser III, da Assíria (ver ICr 5:26), na última metade do 8o séculoa.C., os amonitas evidentemente tomaram posse de sua terra. |
Je.49:2 | 2. Rabá. A capital amonita, Rabá-Amom, hoje Arnã, capital da Jordânia. O local está 36,8 km a leste do rio Jordão, em linha reta. |
Je.49:3 | 3. Hesbom. Ver com. de Jr 48:2. A cidade moabita é convocada a lamentar o que já havia ocorrido a Ai, talvez porque isto pres- sagiasse a condenação dela também.Ai. Esta é a única referência a Ai na Transjordânia. Possivelmente a cidade ficava próxima a Hesbom.Muros. Do heb. gederoth, uma palavra também usada como “currais" (ver Nm 32:16, 36; ISm 24:3; Sf 2:6), que eram recintos cercados em campos abertos. Neste versículo, o pensamento de jeremias é que o povo de Amom abandonaria suas cidades conquistadas e buscaria refúgio em campo aberto nesses currais.Milcom. Ver com. do v. 1. |
Je.49:4 | 4. Vales. Os riachos da Transjordânia fluem através de profundos vales chamados oásis, que geralmente permanecem verdes, enquanto a região em volta está seca. Rabá é chamada “a cidade das águas” (ver 2Sm 12:27). |
Je.49:5 | 5. Senhor dos Exércitos. Ver com. Jr 7:3. |
Je.49:6 | 6. Mudarei a sorte. Ver com. de jr 48:47. |
Je.49:7 | 7. Edom. A terra dos edomitas, conhecida como "monte Seir” (ver Gn 36:8), ficava ao sul de Moabe, estendendo-se até o ribeiro de Zerede, ao sul, em direção ao golfo de Aqaba. Ela incluía a região dos dois lados de Arabá, a grande falha geológica que dá continuação à fenda do vale do Jordão, ao sul do Mar Morto. A região a leste do Arabáé caracterizada por formações de calcário colorido. Embora esteja semideserta e esparsamente povoada atualmente, há ampla evidência arqueológica de que Edom sustentava uma população numerosa nos tempos bíblicos. Ela era importante por duas razões: primeiro, continha valiosos depósitos de cobre e ferro (cf. Dt 8:9) que seus governantes exploravam; e, em segundo lugar, controlava a rota comercial desde o deserto até a Palestina ocidental e o Mediterrâneo, bem como a grande Estrada Real, no sentido norte, para a Síria.O povo de Edom estava mais intimamente relacionado aos israelitas que os moa- bitas ou os amonitas; eles eram descendentes de Esaú, “que é Edom’' (Gn 36:1). Por esta razão, Israel foi ordenado a mostrar consideração especial por eles (ver Dt 23:7). Apesar das relações entre as duas nações aparentemente, a princípio, terem sido razoavelmente amigáveis (ver Dt 2:4-6, 29), mais tarde, elas se deterioraram em amarga animosidade. Os edomitas tiveram deleite especial em Jerusalém ter sido destruída pelos babilônios (ver SI 137:7).A profecia de Jeremias contra Edom é muito semelhante à profecia de Obadias. Várias passagens são tão surpreendentemente similares (Jr 49:7; cf. Ob 8; Jr 49:9, 10a; cf. Ob 5, 6; Jr 49:14-16; cf. Ob 1-4) que parece que um escritor citou o outro. No entanto, é impossível determinar qual delas representa o original e qual delas representa uma citação, ou se os dois profetas colaboraram no preparo dessas passagens e, então, cada um as incluiu em seu próprio discurso.Temã. Um dos distritos tribais de Edom. O nome é derivado de Temã, neto de Esaú (ver Gn 36:15), que serve como sinédoque de Edom. |
Je.49:8 | 8. Retirai-vos para as cavernas.Isto é, “habitai nas profundezas”, em lugares de refúgio inacessíveis e escondidos.As formações rochosas características da região proporcionavam cavernas e reentrâncias que serviam de esconderijo.Dedã. Uma tribo descendente de Abraão e Quetura (ver Gn 25:3). Eles se destacavam como comerciantes (ver Ez27:15, 20; 38:13).Ruína de Esaú. Sem dúvida, as calamidades destinadas a cair sobre Edom.Visitei (ARC). Ver com. de Jr 46:21. |
Je.49:9 | 9. Deixariam alguns. O pensamento é que vindimadores geralmente não colhiam todas as uvas, deixando algumas delas. Igualmente, ladrões roubavam até que conseguissem o suficiente, contudo, os juízos vindouros seriam completos, não deixando ninguém escapar. |
Je.49:10 | 10. Raça (RJ). Isto é, filhos ou descendentes (cf. ARA). |
Je.49:11 | 11. Órfãos. Em meio à ilustração de completa destruição, o profeta exorta os que sobreviverem aos terrores da guerra a colocarem sua confiança em Yahweh. Os juízos divinos não estão desprovidos do propósito positivo de trazer as pessoas de volta a Ele. |
Je.49:12 | 12. Beber o cálice. Ver Jr 25:15; cf. 13:12-14; Ap 14:10. |
Je.49:13 | 13. Por Mim mesmo jurarei. VerHb 6:13.Bozra. Normalmente, identificada com Butseirah, 38 km ao sul, pelo leste do Mar Morto. É uma cidade diferente da mencionada em Jeremias 48:24. |
Je.49:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:15 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:16 | 16. Rochas. Do heb. sela. Aqui, a referência de Jeremias é, possivelmente, ao sítio de Selá (mais tarde conhecido como Petra, “rocha”), 81,6 km ao sul do Mar Morto. Esta era uma fortaleza montanhosa praticamente impenetrável num anfiteatro natural. Era acessível somente através de um estreito desfiladeiro, o Stq, que serpenteia por dois quilômetros entre paredes íngremes de 30,5 a 48,8 m de altura. |
Je.49:17 | 17. Objeto de espanto. Ver a profecia contra Jerusalém (Jr 19:8). Ver com. do v. 7 para uma descrição de Edom. |
Je.49:18 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:19 | 19. Eis que, como sobe. Os v. 19 a 21são praticamente idênticos a Jeremias 50:44 a 46, em que as mesmas palavras são aplicadas a Babilônia.Floresta jordânica. Do heb. geon hayyarden, “a majestade do Jordão”; traduzido como 'a soberba do Jordão” (em Zc 11:3). Alguns creem que Jeremias se refere à “enchente do Jordão” (ARC) na época das cheias. No entanto, visto que a frase parece denotar um covil de leões, parece mais razoável entender esta expressão aplicando-a ao crescimento dos salgueiros, das tamarguei- ras e da cana que revestem as margens do rio (ver com. de Jr 12:5).Quem é semelhante a Mim? O sen- ? tido exato da última parte do v. 19 não é claro. Parece que aqui Deus representa a Si mesmo como dirigindo tudo que recai sobre Edom. Isto, por si só, seria um conforto mesmo àqueles que são castigados, porque eles podem saber que uma mão divina dirige seu destino. |
Je.49:20 | 20. Temã. Ver com. do v. 7.Serão arrastados. A oração diz, literalmente, “eles serão arrastados, os pequenos do rebanho”. Os rabis entendiam isto como significando que “os pequenos do rebanho os arrastarão” e citavam a última conquista da Ásia ocidental pelos persas, que no tempo de Jeremias era um povo insignificante. No entanto, há uma interpretação mais provável com relação à expressão “os menores" como o objeto do verbo, mudando a tradução: “até os menores do rebanho serão arrastados”. A referência é, então, ao completo cativeiro que sobreviría ao povo de Edom. Essa tradução forma um paralelo melhor com a oração final do versículo. |
Je.49:21 | 21. Mar Vermelho. O hebraico aqui é dramático, sendo traduzido, literalmente como: "Um clamor — no Mar Vermelho é ouvido o .seu ruído.” A fronteira sul de Edom, em sua maior prosperidade, estendia-se ao golfo de Áqaba, a extremidade nordeste doMar Vermelho (ver lRs 9:26). O clamor de angústia alcança a mais distante extensão do país devastado. |
Je.49:22 | 22. Bozra. Ver com. do v. 13. |
Je.49:23 | 23. Damasco. Um dos mais antigos, dentre os importantes locais continuamente habitados no Oriente Médio (ver Gn 14:15). A cidade estava situada no amplo planalto a leste da cadeia montanhosa do Antilíbano, no oásis formado pelos rios Abana e Farfar. Ela foi conquistada por Davi (ver 2Sm 8:5, 6) e novamente por Jeroboão II (ver 2Rs 14:28). No entanto, durante a maior parte do período do reino dividido, Damasco foi capital de um dos principais estados ara- meus. Ela, finalmente, perdeu a independência para Tiglate-Pileser III, da Assíria, em 733/732 a.C. Por um período considerável depois disso, ela parece ter sido relativamente insignificante, politicamente. À parte da declaração de jeremias (49:23-27), não há outra referência bíblica a Damasco durante o período do exílio, exceto algumas referências ocasionais (Ez 27:18; 47:16-18; 48:1). Damasco ainda permanece como um centro comercial altamente importante. Ela estava situada na junção de duas rotas comerciais principais, (1) o Caminho do Mar, que ia para o norte do Egito ao longo da costa mediterrânea, e daí atravessava o norte da Palestina pelo caminho de Megido e o mar da Galileia, e (2) a Estrada Real, que levava o comércio do deserto desde a Arábia e norte de Edom através da Transjordânia. Essas estradas se encontravam em Damasco e dali seguiam através do deserto em direção à Mesopotâmia. Assim, os arameus se tornaram a grande nação comercial do Oriente Médio em terra, e os lenícios, os comerciantes marítimos.Hamate. Cidade localizada ao longo do rio Orontes, 189 km ao norte pelo leste de Damasco, a atual Hama. O nome ocorre em inscrições assírias como Amâittu e Hammâtu.Arpade. A moderna Tell Erfâd, uma cidade 152 km ao norte de Hamate e 30,4 kmao norte pelo oeste de Alepo. O nome ocorre em textos assírios como Arpadda. Hamate e Arpacle são frequentemente mencionadas juntas (ver 2Rs 18:34; 19:13; Is 10:9; 36:19). |
Je.49:24 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:25 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:26 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:27 | 27. Ben-Hadade. Ver Am 1:4. Ben- Hadade é, literalmente, “filho de Hadade”. Hadade era um deus arameu. Ben-Hadade era um nome característico dos reis de Damasco (ver lRs 15:18; 20:1; 2Rs 13:3; ver com. de lRs 15:18). Neste versículo, ele parece ser usado como uma referência geral aos reis sírios. |
Je.49:28 | 28. Quedar. Este povo era descendente de Ismael (ver Gn 25:13) e, assim, como os moabitas, amonitas e os edomitas mencionados em Jeremias 48 e 49, eles estavam relacionados com Israel. Eram conhecidos como tlecheiros (Is 21:16, 17). Ê evidente que eles levavam uma existência nômade e pastoral (Jr 49:29). Sua terra natal era a Arábia (Jr 27:21). Isso também é evidente a partir da referência a eles como "os homens do Oriente’, do heb. bene-qedem, “filhos do Oriente", um termo frequente para os habitantes do deserto árabe (ver com. de Jz 6:3; lRs 4:30; cf.Jz 7:12; 8:10; jó 1:3; Ez 25:4, 10).Hazor. O AT menciona vários lugares com este nome (Js 11:1; 15:23, 25; Ne 11:33). Todos eles parecem ter estado a oeste do Jordão, enquanto a Hazor mencionada aqui está claramente no leste da Palestina. Sugere-se que o nome Hazor, do heb. chcit- sor, pode ser derivado do heb. chatser, “uma cidade sem muros’, “uma aldeia”. A palavra “aldeia" na frase “as aldeias habitadas por Quedar" (Is 42:11) deriva de ch,atser. Assim, pode haver uma referência geral aqui aos árabes que viviam em aldeias, quando contrastados com seus vizinhos nômades, que são indicados pelo nome Quedar. |
Je.49:29 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:30 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:31 | 31. Levantai-vos. Dito pelo Senhor aos invasores babilônios.Em paz. Do heb. shelew, “imperturbável”, "despreocupada". Os povos da Arábia são representados como vivendo uma vidanômade livre e sem as costumeiras fortificações comuns a outros povos. |
Je.49:32 | 32. De todos os lados. Ver com. de Jr 9:26. |
Je.49:33 | 33. Chacais. Do heb. tcmnim, “uivantes”. Estes animais são frequentemente mencionados nas Escrituras, relacionados a cidades desoladas (ver Is 13:22; Jr 9:11; 10:22; 51:37). A tradução "dragões” (KJV) pode ter surgido de uma confusão entre tcmnim e lan- nin, “uma serpente" (Ex 7:9, 12), ou “dragão” (Is 27:1; 51:9; etc.).Em assolação para sempre. A ausência de qualquer vestígio desta Hazor (ver com. do v. 28) confirma o cumprimento dessa predição. |
Je.49:34 | 34. Elão. Este foi o povo que ocupou os planaltos a leste de Babilônia, uma área hoje na porção ocidental do atual Irã. Elão perdeu sua independência para os assírios sob Assurbanípal (669-c. 627 a.C.) e, consequentemente, foi tragado pelo renovado império babilônico na época de Nabucodonosor.No princípio do reinado. Esta profecia foi dada logo depois da deportação dos judeus para Babilônia, em 597 a.C., quando Nabucodonosor levou Joaquim, a família real e muitos soldados e artesãos para o exílio. Depois disso, o rei babilônio colocou a Zedequias, tio de Joaquim, no trono. Uma profecia a respeito de Elão foi especialmente significativa para os judeus no período em que muitos estavam exilados em Babilônia e, assim, mantinham íntimo contato com os elamitas, mais do que anteriormente.Esta profecia foi proferida num momento crucial da carreira pessoal de Jeremias. Ela foi contemporânea à sua mensagem contra os embaixadores estrangeiros enviados a Zedequias (ver Jr 27; ver com. de Jr 27:3).Não há informação suficiente para traçar historicamente o cumprimento de todos os detalhes desta predição. Como com Edom (ver com. de Ob 15, 17), determinadascaracterísticas podem ter sido relacionadas à glória lutura de Israel e, nesse ponto, serem condicionais. |
Je.49:35 | 35. O arco. Os elamitas eram famosos por causa de seus arqueiros (ver Is 22:6). |
Je.49:36 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:37 | Sem comentário para este versículo |
Je.49:38 | 38. Porei o Meu trono. Uma ilustração indicando que Deus supervisionaria os negócios de Elão (ver SI 103:19; jr 43:10). |
Je.49:39 | 39. Mudarei a sorte. Ver com. de Jr 48:47.Capítulo 50I , 9, 21, 35 O juízo sobre Babilônia. 4, 17, 33 A redenção de Israel.I ornada é a Babilônia. Bel está contundido, e abatido. iVIerodaque; cobertas de vergonha estão as suas imagens, e seus ídolos tremem de terror.seus muros; pois esta é a vingança do Senhor; vingai-vos dela; fazei-lhe a ela o que ela fez. |
Je.50:1 | "1. Palavra que falou o Senhor. Vercom. de Jr 46:1.Muitas das expressões dos cap. 50 e 51, que descrevem a desolação da Babilônia literal, aparecem novamente em Apocalipse 16 a 19, na delineação que João faz da queda da Babilônia mística (ver com. de Is 47:1). Um estudo cuidadoso destas expressões em seu contexto histórico pode se provar um auxílio para clarificar o sentido das mesmas expressões no contexto do livro de Apocalipse. Observe as seguintes expressões:
Jeremias 50 e 51
1. “Subiu contra ela uma nação” (50:3). “Farei subir contra a Babilônia um conjunto de nações"" (50:9; cf. v. 3).
2. “Tornará deserta a sua terra"" (50:3).
3. ""Saí da terra dos caldeus"" (50:8). ""Saí do meio dela, ó povo Meu, e salve cada um a sua vida” (5 1:45; cf. v. 6).
4. ""Saqueadores da Minha herança” (50:11).
5. ""Não será habitada"" (50:13). ""E nunca mais serápovoada"" (50:39).
6. ""Qualquer que passar por Babilônia se espantará”(50:1 3). ""Ao estrondo da tomada de Babilônia, estremeceu a terra; e o grito se ouviu entre as nações” (50:46). ""Lamentai por ela” (51:8).
7. ""Suas pragas"" (50:13).
8. “A vingança do Senhor” (50: í 5). “É tempo da vingança do Senhor” (51:6).
9. '‘Fazei-lhe a ela o que ela fez"" (50: J 5). '‘Retribuí-lhe segundo a sua obra; conforme tudo o que fez, assim fazei a ela"" (50:29). ""Ele lhe dará a sua paga” (51:6).
10. “Porei logo ás suas cidades” (50:32). “Um monte em chamas"" (5! :25).I I. ""I: estas jsuas águas] secarão” (50:38). “Secarei o seu mar"" (51:36). ""Que habitas sobre muitas águas” (51:1 3).í 2. ""Não pereçais na sua maldade"" (5 1:6).I 8.""Babilônia j... j embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso. enlouqueceram"" (5 1:7).
14. ""Repentinamente, caiu Babilônia e ficou arruinada""I 5. ""O seu juízo chega até ao céu (5 1:9 ).I 0. ""Rica de tesouros!"" (51:18).i 7. “Chegou o teu fim"" (5 i; i 8). ""Não se levantará, por causa do mal que hu hei de trazer sobre ela (5 1:64).I 8. ""Fazendo hde ribombar o trovão (51:16).
19. ""O mar é vindo sobre I8abilônia. coberta está com o tumulto das suas ondas (5 j :42'h “Alá-lo-ás a uma pedra c o lançarás no meio do Iva il rates ]... j Assim será afundada a Babilônia"" (51:68. (84).
Apocalipse 16 a 19
1. ""Aos reis do mundo f...] ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (16:14). ""Os dez chifres [...] são dez reis [...] esses odiarão a meretriz” (17:12,16).
2. ""E a farão devastada e despojada” (17:16).
3. “Retirai-vos dela, povo Meu” (18:4).
4. “Vi a mulher embriagada com o sangue dos santos""(17:6; cf. 18:24).
5. “E voz de harpistas [...] jamais em ti se ouvirá” (18:22). 4
6. ""Chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra"" (18:9; cf. v. 10, 11, 15-19).
7. “Seus flagelos” (18:4).
8. “Deus contra ela julgou a vossa causa' (38:20). “E lembrou-Se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da Sua ira” (16:19). ""Poderoso é o Senhor Deus, que a julgou"" (18:8). ""Pois julgou a grande meretriz”
9. ""Dai-lhe em retribuição como também eia retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras"" (I 8:6).
10. “12 a consumirão no logo (I 7:1 6).“E será consumida no logo’ (18:8). ""A lumaceira do seu incêndio (18:9, 18).
11. ""O grande rio Eufrales, cujas águas secaram"" (16:1 2).
12. ""Para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos (18:4).
13. ""E, com o vinho de sua devassidão, loi que se embebedaram os que habitam na terra"" (I 7:2). ""Todas as nacòes tem bebido do vinho do furor da sua prostituição""(18:3; Cf. i 4:8).
14. ""Em uma sõ hora, chegou o teu juízo” (18:10). ""Em uma só hora, foi devastada"" (18:1 9).I 5. ""Os seus pecados se acumularam até ao céu (1 8:5; cf. v. 2).i 6. ""Tamanha riqueza!"" (I 8; I 7; cf. v. 7, 14, 15, 19).
17. ""13 nunca jamais será achada"" (18:21: cf. v. 22. 28).
18. ""1;. saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está!"" (16:17). ""Porque em seu coração incutiu Deus que realizem o Seu pensamento !.., j alé que se cumpram as palavras de Deus"" (I 7:1 7).
19. ""Como grande pedra de moinho j...) arrojou-n para dentro do mar [...] .Assim, com imputo, será arrojada Babilônia"" (1 8:2 I).
Ver também com. cf Is 13; 14; 47:1; jr 25:12; cf. Ez 26:13.Babilônia. A proíecia de jeremias contra Babilônia é o mais longo de seus discursos contra as nações estrangeiras relacionadas a Israel (Jr 50:1-51:58). Na época, a Babilônia era o poder dominante no Oriente Médio e o principal adversário do povo de judá. As outras nações molestavam a Judá de tempos em tempos, mas Babilônia a conquistou e destruiu. Evidentemente esta proíecia pode ser datada no 4o ano de Zeclecjuias (ver Jr 51:59. 60), em 594/593 a.C.. de outono a outono.Alguns se maravilham de que Jeremias, cuja política foi estimular a cooperação com Babilônia (Jr 27:12-18), numa época crucial como essa, lizesse uma declaração tão forte contra aquele país. A resposta parece estar no fato de que esta proíecia não loi dada para benefício dos judeus cm (enisalém, a quem jeremias dirigiu suas mensagens urgentes de cooperação com Babilônia. Ela foi dirigida aos exilados (ver jr 50:4- 8, 17-20; 51:60-64). Se a mensagem alcançasse os babilônios, seria um aviso a eles que Yahweh ainda lhes traria juízo e destruição, por falharem em cooperar completamente com o plano celestial. Para os judeus exilados, isto era uma segurança de que Deus não havia esquecido de sua triste situação e que haveria uma restauração para eles no futuro." |
Je.50:2 | 2. Bel. Do babilônico bêlu. “senhor" (relacionado ao heb. bdal), um título aplicado ao principal deus de Babilônia, Marduque (o “Merodaque” deste versículo). Jeremias repetidamente representouos castigos infligidos sobre as nações vizinhas como juízos sobre seus falsos deuses (ver Jr 46:25; 48:7, 13, 46; ver com. de Jr 49:1).A mitologia babilônica a respeito de Marcluque, em alguns aspectos, lembra a narrativa bíblica. A história da criação babilônica, Enúma Elish, reconta que antes da ? criação do mundo houve uma grande guerra no céu, na qual Marduque, o rei dos deuses, conquistou e matou Tiamat, a primitiva deusa mãe do caos e da água. Então ele fez o céu e a terra do corpo dela, e depois disto criou o ser humano para servir aos deuses, (ormando-o a partir do sangue de outra divindade. Em vista dessas similaridades distorcidas com relação à batalha entre Yahweh e Lúciler a respeito da criação do ser humano, a profecia de Jeremias, de que Marduque “está abatido', adquire significado especial. |
Je.50:3 | 3. Do Norte. Em 539 a.C., os persas e medos conquistaram o reino babilônico. A Média ficava ao norte de Babilônia. |
Je.50:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:5 | 5. Aliança eterna. Era propósito de Deus que a disciplina dos exilados os levasse ao arrependimento genuíno e que o remanescente de Israel, depois de seu retorno, cumprisse o destino que Deus tinha planejado para os descendentes de Abraão (ver p. 29, 30). |
Je.50:6 | 6. Pastores. Referência tanto aos líderes religiosos como aos políticos, que levavam o povo de Israel a se desviar. Quando os líderes religiosos da nação perderam seu poder espiritual, logo os governantes se degradaram moral mente.Do monte passaram ao outeiro.O profeta podia ter em mente o fato de que a adoração idólatra era praticada com frequência no alto dos montes. A imagem retrata a triste condição espiritual de Israel, vagueando entre as montanhas como ovelhas sem pastor, inquietos, mas sem lembrar de seu verdadeiro aprisco. Agostinho de hlipona mencionou a condição do coraçãohumano desta forma: “Tu mesmo nos formaste, e nossos corações não têm descanso até que encontrem descanso em Ti” (Confissões, i.I). |
Je.50:7 | 7. Morada da justiça. Ou, “habitação da retidão". Esta é uma expressão rica e surpreendente, usada acerca de Yahweh. O termo "habitação”, cio heb. ncnveh., contínua o tema pastoral do v. 6. Naweh é usada em outro lugar como um local de repouso de pastores (Jr 33:12) e de seus rebanhos (Jr 23:3; 49:20). Deus é declarado ser não apenas o verdadeiro repouso do perdido Israel, mas também a fonte de justiça. |
Je.50:8 | 8. Fugi. Para a ilustração do povo de Deus escapando da Babilônia espiritual, ver com. de Ap 18:4.Bodes. A imagem é de um bode avançando para conduzir o rebanho. |
Je.50:9 | 9. Um conjunto de grandes nações.Estas nações são enumeradas em jeremias 51:27 e 28. |
Je.50:10 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:11 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:12 | 12. Última. Babilônia se orgulhava de sua liderança imperial. Numa época quando a nação estava ascendendo ao auge de seu poder (ver com. do v. 1), Jeremias, em ironia mordaz, chama-a profeticamente de “a última das nações” (ver a profecia de Balaão para Amaleque, em Nm 24:20).Um deserto. Por meio de visão profética, jeremias olha através dos séculos e contempla o resultado de uma sucessão de catástrofes que levaria Babilônia a se transformar em “um deserto, uma terra seca e uma solidão'. O solo de Babilônia era altamente fértil, a terra produzia colheitas abundantes, mas quando deixada sem água, rapidamente se tornava num vasto deserto. Desde tempos antigos, a prosperidade do sul e do centro da Mesopotâmia dependiam da existência de um governo forte que mantivesse a rede de canais de irrigação. Períodos de anarquia eram fases de desolação. Como o profeta predisse desastre político, ele também viu o país se tornando num deserto.A desolação predita ocorreu, mesmo não sendo imediatamente após a queda de Babilônia. Sob os persas, a terra de Babilônia continuou a ser altamente produtiva. Heródoto (i. 193), escrevendo durante aquele período, declarou: ''Porque o território babilônico, como o Egito, é cortado por canais. [...] Ele é tão frutífero na produção de milho que gera continuamente 200 vezes mais, e quando dá sua melhor produção, rende até 300 vezes mais. As folhas de trigo e cevada crescem até completar quatro dedos de largura, e embora eu saiba a altura que alcança um milheto e o gergelim, não o mencionarei; porque estou certo de que, para aqueles que nunca estiveram na terra de Babilônia, o que tem sido dito a respeito de suas produções parecerá incrível para muitos. [...] Eles possuem palmeiras crescendo por toda a planície" (trad. Elenry Cary).Situação semelhante prevalecia na época romana. Plínio, historiador romano do Io século d.C., afirmou que em Babilônia havia duas colheitas ao ano (Natural History, xviii.17). A Mesopotâmia continuou a florescer sob o governo muçulmano até 1258, quando os mongóis, sob ordens cio neto de ? Gengis Kahn, varreram a Ásia Ocidental. Como parte da depredação, eles demoliram o sistema de irrigação. Desde aquela época, as planícies central e sul da Mesopotâmia têm estado, em grande parte, desertas. |
Je.50:13 | 13. Não será habitada. Enquanto o v. 12 parece se aplicar ao país como um todo, este versículo menciona a cidade, especificamente. Babilônia não foi destruída por Ciro. Seu declínio ocorreu em etapas lentas (ver com. de Is 13:19). Por muitos séculos, a relíquia mais imponente da antiga Babilônia, a grande colina que abriga as ruínas do castelo do palácio real e a adjacente Porta de Ishtar, tem sido um aglomerado de tijolos e ruínas. Ninguém consegue olhar para essa cena de muros quebrados e desolação geral sem deixar de perceber quãocompletamente as predições de Jeremias foram cumpridas. |
Je.50:14 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:15 | 15. Ela já se rendeu. Isto é, se entregou. |
Je.50:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:17 | 17. Assíria. Uma referência à destruição do reino do norte de Israel por meio do rei assírio Salmaneser V, em 723/722 a.C. (2Rs 18:9-12). |
Je.50:18 | 18. Como castiguei. Nínive, a capital da Assíria, foi destruída pelos babilônios e medos em 612 a.C. Menos de dez anos depois que os remanescentes do império desapareceram, os assírios, como nação, se perderam na história. A queda deles é graficamente descrita na profecia de Naum. O reino de Babilônia logo perdería sua independência nas mãos dos persas (539 a.C.). No reinado de Xerxes, de igual modo, deixou de ser até mesmo um reino subordinado, para se unir à Assíria a fim de formar uma província. A cidade de Babilônia foi amplamente destruída, embora continuasse a existir por algum tempo depois disso (ver com. de Is 13:19). |
Je.50:19 | 19. Carmelo. As áreas mencionadas neste versículo sugerem que Deus planejava restaurar as fronteiras originais de Israel. Carmelo é, literalmente, '‘terra do jardim”. Basã, Efraim e Gileade eram destacadas pela fertilidade, pelas florestas e pelos rebanhos de gado (ver Dt 32:14; Jz 8:2; Is 35:2; Os 9:13; Mq 7:14; Zc 11:2). Estas promessas eram condicionais à obediência (ver PR, 704). |
Je.50:20 | 20. E já não haverá. Ao perdão dos pecados prometido neste versículo seguiría o arrependimento sincero e um genuíno reavi- vamento espiritual. Os pecados que caracterizavam a Israel antes do exílio não deveriam ser repetidos. Israel falhou em cumprir o propósito divino.Que Eu deixar. Literalmente, "a quem Eu farei permanecer”. Este texto é uma garantia de perdão ao povo remanescente de Deus. Aos judeus que foram deixados no final do cativeiro foi dada a promessa de que, se eles se arrependessem, Deus não mais tería contra eles as más obras de sua história passada. |
Je.50:21 | 21. Duplamente rebelde. Ou, “Mera- taim” (ARC). Uma forma hebraica dual, possivelmente do heb. marah, “ser rebelde” e assim, significando "dupla rebelião”. O nome pode ser usado para enfatizar a gravidade da rebelião dos babilônios contra Yahweh. Os babilônios tiveram ampla oportunidade para conhecer e servir ao verdadeiro Deus por meio do testemunho dos judeus cativos em seu meio. O uso desse nome para Babilônia também pode ser um jogo de palavras. Marrâthn era o nome babilônico para uma lagoa ao sul de Babilônia, na cabeceira do golfo Pérsico.Terra de castigo. Ou, “Pecode” (ARC). Literal mente, "visitação”, no sentido de castigo (ARA; ver com. de Jr 46:21). Como Merataim, ela parece ser um jogo com o termo babilônico, neste caso, possivelmente sobre Puqúdu, o nome de uma tribo aramaica no sudeste de Babilônia. Esse povo é mencionado em Ezequiel 23:23, como estando no exército babilônico. |
Je.50:22 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:23 | 23. Martelo. O poder que outrora destruiu outras nações é então quebrado (verIs 14:4-6). |
Je.50:24 | 24. E não o soubeste. Babilônia foi pega de surpresa pelos persas (ver com. de Dn 5:30, 31). |
Je.50:25 | 25. O Senhor dos Exércitos. Ver com. de Jr 7:3. |
Je.50:26 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:27 | 27. Touros. Possivelmente, uma referência aos guerreiros ou príncipes de Babilônia (ver SI 22:12; 68:30; Is 37:7). |
Je.50:28 | 28. Voz. Aqueles judeus que foram testemunhas oculares da invasão e queda de Babilônia dariam um impressionante testemunho em Jerusalém da magnitude do castigo da nação que tinha destruído o templo. |
Je.50:29 | 29. E ninguém. A ilustração é de um típico cerco a uma cidade antiga. Desta forma, os babilônios derrotaram as fortalezas das nações vizinhas. As mesmas táticas seriam empregadas contra eles. |
Je.50:30 | 30. Os seus jovens. Repetição da pre- ? dição a respeito de Damasco (ver jr 49:26). |
Je.50:31 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:32 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:33 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:34 | 34. Redentor. Do heb. goel. Esta palavra ocorre mais de 40 vezes no AT. Embora Jeremias a utilize somente aqui. Ela é traduzida de forma variada como “redentor”, ‘‘resgatado r”, “vingador”. Este termo é aplicado a parentes próximos cujo dever era vingar um assassinato (ver Nm 35:19) e comprar de volta a terra vendida por uma pessoa pobre (ver Lv 25:23-25; cf. Rt 3:9; ver com. de Rt 2:20). O Senhor é apresentado como o “resgatador” de Israel, que tomaria vingança de seus perseguidores e a restauraria à sua legítima herança.Senhor dos Exércitos. Ver com. de jr 7:3.Certamente, pleiteará a causa deles. O hebraico aqui é altamente poético, traduzindo literalmente, "suplicando, ele pleiteará seu rogo”. |
Je.50:35 | 35. A espada. Osv. 35 a 38 são uma unidade poética, como é demonstrado pela repetição da frase “a espada virá sobre”. No hebraico consonantal, a lrase traduzida como “cairá a seca” (v. 38, ARC) é idêntica à frase traduzida como “a espada virá sobre” (ARA). A Siríaca apresenta a mesma tradução em todo o trecho.Sábios. Babilônia era famosa por seus sábios, de quem os reis dependiam para orientação (ver Dn 2:2, 12; Dn 5:15). |
Je.50:36 | 36. Gabarolas. Do heb. badim, “faladores vazios”. Possivelmente a referência seja aos assim chamados sábios de Babilônia (ver Is 44:25). |
Je.50:37 | 37. Misto de gente. Possivelmente uma referência às tropas estrangeiras no exército babilônico.Tesouros. Os babilônios tinham roubado os tesouros de Judá (ver Jr 52:17-23; Dn 1:2). |
Je.50:38 | 38. Águas. A prosperidade de Babilônia dependia de seus dois grandes rios, Tigre e Eufrates (ver com. dos v. 12, 35).Coisas horríveis. O profeta devia ter em mente as orgias realizadas diante de ídolos grotescos e frequentemente obscenos. |
Je.50:39 | 39. Feras. A frase: “as feras do deserto, com os animais bravos das ilhas” (ARC) é uma tradução do heb. tsiyyim 'eth-’iyyim. O somdessas palavras, quando lidas em hebraico, se assemelha aos guinchos de animais selvagens que vagavam nas ruínas de Babilônia. E possível que tsiyyim seja derivada de um radical hebraico que significa “aridez”; neste caso, poderia indicar um animal do deserto (como na ARA). Se derivar de outro radical hebraico, com o sentido de “gritar”, sugere um animal que uiva. 'lyyim, tomado pelos tradutores da ARC, como a forma de z (“ilha”), é t ida como derivada de um radical que significa "gritar” e uma referência aos “chacais” (ARA).Avestruzes. Do heb. benothydanah, literalmente, "filhas do deserto” ou “filhas da terra dura e pedregosa” (ver com. de Lv 11:16).Nunca mais será povoada. Ver com. do v. 13. |
Je.50:40 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:41 | 41. Norte. Ver com. de jr 1:14; 50:3.Confins da terra. Ver Jr 51:27, 28. Quando os medos e os persas derrubaram Babilônia, em 539 a.C., seu império ao norte e leste se estendia para além dos limites de qualquer poder anterior na região do Oriente Médio. O império persa, como finalmente constituído, abrangeu da fronteira da Índia no leste, até a Trácia e o Egito no oeste, o sul da Arábia e o norte do moderno Turquistão e o Cáucaso. Este foi o maior império que a região tinira conhecido até então. |
Je.50:42 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:43 | 43. Desfaleceram as suas mãos. VerDaniel 5:6, em que é descrita a conduta de Belsazar na época da queda de Babilônia. Nabonido, com quem Belsazar compartilhava o governo, pareceu também não ter apresentado forte resistência aos invasores. O historiador babilônio Beroso al irma que Nabonido avançou contra os persas, mas foi derrotado em batalha, da qual fugiu e, mais tarde, se entregou sem tentar se defender (ver Josefo, Contra Ápion, i,20). A chamada Crônica de Nabonido, o documento cuneilorme que constitui uma fonte primária sobre a queda de Babilônia sob os persas, reflete a mesma imagem de desorganização e falta de convicção por parte de Nabonido. Ela declara: "No mês de tashritu, quando Ciro atacou o exército de Acade em Ópis sobre o Tigre, os habitantes de Acade se revoltaram, mas ele (Nabonido) massacrou os habitantes perplexos. No 14° dia, Sippar foi sitiada sem combate. Nabonido fugiu. No 16° dia, Gobrias (Ugba.ru), o governador de Guti e o exército de Ciro entraram em Babilônia sem combate. Mais tarde, Nabonido foi aprisionado em Babilônia quando retornou (ali)” (Ancienl Near Eastern Texts, J. B. Pritchard, ed., p. 306). |
Je.50:44 | 44. Eis que. Os v. 44 a 46 são quase idênticos a Jeremias 49:19 a 21, e as palavras são aplicadas a Edom (ver com. nesse texto).Capítulo 51i O severo castigo de Deus contra Babilônia para vingar Israel. 59 Jeremias entrega o livro da profecia a Seraías, para ser lançado no Eufrates, como símbolo do perpétuo naufrágio de Babilônia.que habitam em Lebe-Camai.que a padejarão e despojarão a sua terra; porque virão contra ela em redor no dia da calamidade.do inimigo como muitas águas, ouvir-se-á o tumulto da sua voz,no ano quarto do seu reinado. Seraías era o cama rei ro-mor. |
Je.50:45 | Sem comentário para este versículo |
Je.50:46 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:1 | 1. Lebe-Camai. Do heb. leb qamay, “o coração [ou meio] dos que se levantam contra Mim” (ARC), uma descrição muito apropriada dos babilônios em sua rebelião contra o Senhor. Esta expressão dá mais importância àquilo que parecia ser um antigo código judeu do tipo conhecido como atvash, um artifício em que a última letra do alfabeto hebraico era substituída pela primeira, a penúltima pela segunda, e assim por diante. Por meio desse método, as consoantes da expressão leb qamay se tornam kasdim, a forma hebraica para caldeus. Assim, a AA traduz: ‘contra os que habitam na Caldeia” (para outros exemplos do código, ver com. de jr 25:25, 26; 51:41).Vento destruidor. Ou, “o espírito de um destruidor”. No entanto, em vista da menção de “padejadores” (v. 2), o contexto parece sugerir que a tradução “vento” deve ter preferência. |
Je.51:2 | 2. Padejadores. Ou, “quem joeira”. A imagem é do método oriental de separar o trigo do joio depois que os bois trilhavam o grão. A mistura de trigo e joio era lançada ao ar; o grão, sendo mais pesado, caía ao solo, enquanto o vento dispersava o joio. Assim os babilônios seriam espalhados pelo “vento destruidor’’ dos persas. |
Je.51:3 | 3. O flecheiro. O hebraico aqui é obscuro e tem sido traduzido de modos variados. É difícil definir o que Jeremias tinha em mente com esta declaração. A passagem pode ser entendida como indicando a facilidade com que os babilônios foram finalmente derrotados. Parece que os inimigos mal se armaram para a batalha. Uma tradução recente do cha- ^ mado Cilindro de Ciro (ver vol. 3, ilustração da p. 50), um relato pró-persa em escrita cunei- lorme sobre a tomada de Babilônia descreve o exército medo-persa avançando sobre a cidade: “Suas [de Ciro] tropas espalhadas [...] caminhavam, suas armas guardadas. Sem qualquer batalha, ele [Marduque, deus de Babilônia] o fez entrar em sua cidade, Babilônia” (Ancient Near EasternTexts, J. B. Pritchard, ed., p. 315; ver ainda com. de Jr 50:43). Couraça. Isto é, armadura. |
Je.51:4 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:5 | 5. Enviuvaram. Do heb. alman, já que 'almanah, sua forma feminina, significa “viúva”. Este versículo é um reconfortante contraste com Lamentações 1:1 (cf. Is 50:1, 2; 54:4-10). Mas. Do heb. ki, uma conjunção que pode ter vários sentidos. Alguns tradutores preterem o sentido comum de ki, “porque”, ou “mas '; neste caso, “terra” deve ser entendida como se referindo à dos caldeus (v. 4). tomado neste sentido, a passagem contrasta os pecados e o castigo dos babilônios com a restauração que Deus propôs a Seu povo. No entanto, a tradução da KjV com a ideia de concessão é uma das possibilidades. Isto faz pensar no fato de que a salvação de Israel, bem como de todos os seres humanos pecadores, é dada apenas àqueles que desejam aceitá-la. O Santo de Israel. Ver com. de Is 1:4. |
Je.51:6 | 6. Fugi. No livro do Apocalipse, o grande poder do anticristo é descrito na imagem da antiga Babilônia (ver Ap 17; 18; ver com. de Is 13:4; Jr 50:1: ver especialmente Ap 18:4). |
Je.51:7 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:8 | 7. Copo. Em Jeremias 25:15 a 29, as várias nações são levadas a beber do vinho da ira de Deus, o que indica sua destruição pelo emergente poder do império babilônico. Esse poder, por sua vez, enfim deve beber do mesmo copo. Sob a imagem da antiga Babilônia, João, o revelador, descreve o intoxicante poder e a queda final da Babilônia espiritual (Ap 14:8, 10; 16:19-21; 17; 18). |
Je.51:9 | 9. Curar Babilônia. Por meio do cativeiro, Deus pretendia não apenas levar Israel ao arrependimento, mas também familiarizar os babilônios e as outras nações com quem os israelitas conviveríam no exílio com a verdadeira religião. Por meio de pessoas como Daniel e Ezequiel, os babilônios tiveram a oportunidade de conhecer e seguir Yahvveh. Seu fracasso em aprender isso foi um fator que contribuiu para sua queda. Chega até ao céu. Ver Ap 18:5. |
Je.51:10 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:11 | 11. Medos. Pode -se perguntar por que Isaías (Is 13:17) e Jeremias citaram os medos como os conquistadores de Babilônia, quando as fontes históricas apontam a conquistacomo tendo sido realizada por uma coalizão de medos e persas, em que os últimos eram o poder dominante. A resposta pode estar no fato de que, na época de Isaías, os medos já eram conhecidos como um povo, embora não fossem uma nação unida, e que, na época de Jeremias, eles constituíam um poderoso império ao norte e oeste de Babilônia. Nos dias desses profetas, nenhuma referência aos persas teria sido muito significativa aos leitores (ver com. de Dn 2:39; ver também vol. 3, p. 35-37). Só em 553 ou 550 a.C., 40 anos ou mais depois de Jeremias profetizar, é que Ciro 11, rei vassalo de Anshan sob a Média e, mais tarde, rei da Pérsia, declarou sua independência e seguiu avante numa série de conquistas que, antes de sua morte, culminaram no estabelecimento do império persa, o maior que existiu até então. Assim, no tempo de jeremias, os medos ainda eram os maiores na percepção dos povos vizinhos, e o termo medos foi usado para se referir aos povos unidos da Média e da Pérsia na época de Daniel (ver com. de Dn 6:8).Templo. Os babilônios demonstraram sua rejeição a Yahweh por meio da destruição do templo de Jerusalém. Consequentemente, eles sofreriam "a vingança do Senhor”. |
Je.51:12 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:13 | 13. Muitas águas. Ver com. de Jr 50:12, 38; cf. Ap .17:1; ver com. de jr 51:6. |
Je.51:14 | 14. Jurou por Si mesmo. Ver jr 49:13.Homens. Os exércitos invasores que derrotaram Babilônia. |
Je.51:15 | 15. Ele fez. Os v. 15 a 19 são quase idênticos a Jeremias 10:12 a 16 (ver com. ali). |
Je.51:16 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:17 | 17. Ourives. Do heb. tsoref, “aquele que refina”, “um ourives”. |
Je.51:18 | 18. No tempo do seu castigo. Ver com. de Jr 46:21. |
Je.51:19 | 19. Porção. Os perversos herdam sua porção ou participam dela nesta vida (ver SI 17:14), mas o próprio Senhor, que criou todas as coisas, é a herança de Seu povo (ver SI 119:57; 142:5). |
Je.51:20 | 20. Martelo. Do heb. mappets, “um instrumento para despedaçar”. A referência é,possivelmente, a um bastão ou clava de guerra. Os comentaristas têm discutido quanto a quem se refere os v. 20 a 23. A melhor conclusão parece ser que, neste versículo, Deus fala a Babilônia e descreve as várias maneiras pelas quais os babilônios trariam juízos sobre as nações. |
Je.51:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:22 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:23 | 23. Governadores. Do heb. pachah. Esta palavra é derivada do assírio pahâtu, e denota um governador provincial ou sátrapa (ver Ne 2:7; Et 3:12; Ag 1:1).Vice-reis. Do heb. sagan. Esta palavra é derivada do assírio shakenu e denota um oficial menor, um prefeito (ver Ne 2:16). |
Je.51:24 | 24. Pagarei. O fato de que as depredações dos babilônios foram utilizadas por Deus para punir o mal e levar Seu povo ao arrependimento de modo algum atenuava a responsabilidade dos babilônios por suas más obras (ver PR, 531, 532). Cada pessoa é considerada responsável por suas próprias escolhas. Ainda que Deus canalize uma obra má para um fim vantajoso (SI 76:10), isto, de modo algum, O torna responsável pelo pecado. Deus com frequência faz com que os artifícios do inimigo sirvam a propósitos misericordiosos (ver DTN, 471).Ante os vossos próprios olhos. Esta mensagem é dirigida aos judeus. |
Je.51:25 | 25. Monte que destróis. A referência é nitidamente a Babilônia, mas, visto que a cidade estava situada em uma região plana, a expressão deve ser entendida figuradamente como indicando seu grande poder dominante. Daniel usa uma ilustração semelhante para o reino de Deus (Dn 2:34, 35, 44, 45; cf. Ap 17:9, 10). |
Je.51:26 | 26. Não se tirarão pedras. Este versículo não deve ser tomado literalmente no sentido de que os materiais de construção das ruínas da cidade de Babilônia nunca seriam usados novamente com a finalidade de edificação. Grande parte deles foi tomada para edificar Selêucia, e alguns foram utilizados nos tempos medievais e modernos pelosárabes na construção de várias vilas, que agora estão dentro das fronteiras externas da antiga Babilônia. Este versículo deve ser entendido como uma afirmação figurada de que o antigo império babilônico nunca seria restabelecido e que a cidade acabaria em ruínas e nunca seria restaurada a sua antiga glória e importância (ver com. de jr 50:12). |
Je.51:27 | 27. Ararate. Isto se refere ao reino conhecido nas inscrições assírias como Urartu, localizado na Armênia oriental a noroeste do lago Van. Em 2 Reis 19:37 e em Isaías 37:38, o hebraico é traduzido, literalmente, como “terra de Ararate”. A KJV, seguindo a LXX, traduz a expressão como “a terra de Armênia”. Ciáxares (c. 625-585 a.C.) anexou Urartu ao império medo.Mini. Nas inscrições assírias, mannai, um povo que vivia ao sul e sudeste do lago Urmia. Eles também são conhecidos como maneanos e nmnna.Asquenaz. Os ashkuza, um povo que vivia a sudeste do lago Urmia (ver com. de Gn 10:3). Eruditos os identificaram com os citas, um povo voraz de origem incerta que varreu a Mesopotâmia da Âsia Central no 7o século a.C. Heródoto (i.95 ff.) afirma que durante 28 anos (653-625 a.C.) eles dominaram e saquearam a Média (ver George C. Cameron, History of Early Jran, p. 176, 232). Então, Cíaxares, o rei medo, os conquistou, e eles se tornaram seus aliados. Parece ter sido dos citas que os medos aprenderam a destreza com o arco, pelo qual se tornaram famosos (ver Jr 51:11). Os citas se aliaram aos medos e aos babilônios na destruição do império assírio, no final do 7" século, e são mencionados no v. 27 novamente como aliados da Média na destruição de Babilônia.Chefes. Do heb. tifsar, possivelmente, do assírio tupsharru, “um escrito em tábuas”, “um escriba”. Em todo o antigo Oriente Médio, o “escriba” indicava muito mais que simplesmente alguém habilidoso na arte da escrita. Os escribas mantinham posições deimportância relativamente grande, e o termo utilizado neste versículo significa um oficial militar de alto escalão. |
Je.51:28 | 28. Medos. Ver com. do v. II.Governadores [...] vice-reis. Ver com. do v. 23. |
Je.51:29 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:30 | 30. Cessaram de pelejar. Os dois registros cuneiiormes da queda de Babilônia e o relato bíblico indicam que os babilônios não fizeram decididos esforços para se opor à conquista medo-persa. O relato cuneiforme, como contido na chamada Crônica de Nabonido, registra apenas uma batalha real, em Opis, entre o Tigre e o Eufrates, um sítio identificado com a posterior Selêucia (Tell Umair). Outro documento cuneiforme, conhecido como o Cilindro de Ciro (ver vol. 3, ilustração da p. 50), declara que “sem qualquer batalha, ele [iVlarduque, o deus de Babilônia] fez [Ciro] entrar em sua cidade de Babilônia” (Ancient Near Eastern Texts, J. B. Pritchard, ed., p. 315). Há também alguma indicação de que Ciro, que liderou o ataque, possa ter tido contato com os sacerdotes de Marduque dentro da cidade, que antipatizavam completamente com o rei soberano, Nabonido. Nesse caso, a traição pode ter desempenhado uma parte definitiva na queda da cidade.A narrativa bíblica descreve o rei, Belsazar, numa festa de embriaguês, na noite em que a cidade foi tomada (Dn 5; ver com. de jr 50:43).Nas fortalezas. A cidade de Babilônia era extraordinariamente bem fortificada. As escavações mostraram que havia um extenso muro duplo exterior, possivelmente preenchido com escombros, em toda a largura da base de cerca de 30 m; também ao redor da cidade interna havia um muro duplo e um fosso formado pela água do rio. Também dentro do último muro estava a fortaleza real, ainda mais fortificada (ver p. 876).Os historiadores gregos Heródoto (i. 190, 191) e Xenofonte (Cyropaedia, vii.5. 1-36) declaram que, quando atacados pelos medos e persas, os babilônios se refugiaram dentrode seus muros, pensando que consegui riam resistir a um cerco prolongado.Estão em chamas. Isto é, os exércitos invasores queimaram. |
Je.51:31 | 31. Um correio. Os v. 31 e 32 retratam a confusão entre os servos do rei quando eles perceberam que os invasores tiveram acesso à cidade supostamente invencível. |
Je.51:32 | 32. Os vaus estão ocupados. Preferivelmente, “as passagens estão presas”. A palavra traduzida como "passagens” também é apresentada como “vaus” (Js 2:7; Jz 3:28). Heródoto e Xenofonte (ver referências no com. de Jr 51:30, sobre “suas fortalezas ") afirmam que os invasores conseguiram acesso ao desviar a água do rio, que cortava a cidade, o suficiente para permitir que as tropas entrassem caminhando pelo leito do rio. |
Je.51:33 | 33. Ceifa. A colheita de Babilônia foi ceifada pelos seus inimigos quando a despojaram (ver ls 17:5; cf. Ji 3:13). |
Je.51:34 | 34. Monstro marinho. Do heb. tannin. Pode haver uma alusão aqui ao sirrush babilô- nico, uma criatura imaginária numa combinação parecida com um dragão, consagrada ao deus Marduque. Centenas de relevos deste animal em blocos de vidro adornavam a grande Porta de Ishtar, em Babilônia (ver com. do v. 58).Arrojou fora. Do heb. nadach, “lançar para longe”, ou do heb. duach, "remover com água”. As duas definições fazem sentido. |
Je.51:35 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:36 | 36. Mar. Do heb. yam, algumas vezes utilizado em referência aos rios (ver Is 19:5; Na 3:8, em que yam é usado para o Nilo). Parece evidente que este era o pensamento do profeta neste versículo, devido ao fato de que Babilônia era caracterizada por seu sistema de rios e canais (ver com. de Jr 50:12, 38).A referência de Jeremias, neste versículo, pode ser ao desvio das águas do Eufrates, meio pelo qual as tropas medo-persas conseguiram entrar em Babilônia (ver com. do v. 32). E também um fato interessante, embora talvez não seja a intenção desta profecia, indicar que o rio Eufrates, que em temposantigos fluía através do centro da cidade e a tornava um grande centro comercial, passou a seguir um novo curso pouca distância a oeste das ruínas de Babilônia. Os pilares da famosa ponte que uma vez se estenderam sobre o rio no centro da cidade, por fim, se reclinavam sobre terra seca (ver mapa, p. 876). |
Je.51:37 | 37. Montões. Ver com. de Jr 50:13.Chacais. Do heb. tannim, (ver com. de Jr 49:33). |
Je.51:38 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:39 | 39. Embriagá-los-ei. Possivelmente, referindo-se ao fato de que, quando Babilônia caiu, os líderes da nação se inflamaram de orgias e bebedeiras (ver Dn 5). Heró- doto (i. 191) declara que “em vista de sua [da cidade] grande extensão, quando foram tomados os que estavam nas fronteiras, os babilônios que moravam no centro não souberam det> nada da captura (pois aconteceu que era uma festa); mas eles estavam dançando na época, e se alegrando, até que receberam alguma informação sobre a verdade. E assim Babilônia foi tomada" (trad. Henry Cary).Regozijem. O profeta retrata a ironia da exaltação e embriaguez dos babilônios às vésperas de sua destruição.Eterno. Do heb. olam, uma palavra que denota duração tanto para a eternidade quanto para períodos limitados de tempo (ver com. de Ex 21:6). Durante seu estupor alcoólico, os babilônios seriam assassinados e, assim, dormiríam o “sono eterno” da morte. A frase "não acordem” significa que eles não acordariam como fazem os bêbados depois que desaparece o efeito de sua intoxicação. Visto que todos os ímpios levantarão no fim do milênio (Ap 20:5), é necessário atribuir o significado de duração limitada ao ‘olam, neste versículo. |
Je.51:40 | 40. Cordeiros. Os cordeiros, carneiros e bodes devem designar as várias classes da população de Babilônia, os “bodes”, representando os líderes (ver Is 34:6; Ez 39:18). |
Je.51:41 | 41. Babilônia. “Sesaque” (ARC) é um nome considerado por alguns como sendo um código (ver com. do v. 1; Jr 25:26). |
Je.51:42 | 42. O mar. Uma declaração muito semelhante é encontrada numa inscrição cunei- forme em um cilindro de barro conhecido como o Cilindro de Ciro (ver ilustração no vol. 3, p. 50). Este relato pró-persa da conquista de Babilônia descreve o exército de Ciro em sua marcha para Babilônia: “Suas tropas espalhadas por longa extensão - sua quantidade, como a água do rio, não pode ser determinada - caminhavam, suas armas guardadas” (Ancient Near Eastern Texts, J. B. Pritchard, ed., p. 315). |
Je.51:43 | 43. Desolação. Ver com. de Jr 50:12, 13. |
Je.51:44 | 44. Bel. Ver com. de Jr 50:2.O que havia tragado. Isto é, as nações e despojos que foram reunidos em Babilônia. Quando os persas assumiram o governo, eles permitiram o retorno dos povos cativos e seus ídolos. Na inscrição já mencionada (v. 42), Ciro declara: "(Para a região) de [...] até Asur e Susa, Agade, Eshnunna, as cidades Zamban, iVIe-Turnu, Der, bem como a região de Gutians, devolvi a (estas) cidades sagradas no outro lado do Tigre os santuários que foram ruínas por muito tempo, as imagens que (normalmente) moram ali e estabelecí para elas santuários permanentes. Eu (também) reuni todos os seus (antigos) habitantes e devolvi (a eles) suas moradias. Além disso, eu reinstalei, sob o comando de íVIarduque, o grande senhor, todos os deuses da Suméria e Acade os quais Nabonido levou para Babilônia [...] para a ira do senhor dos deuses, ileso em suas (antigas) capelas, os locais que os fazem felizes” (Ancient Near Eastern Texts, J. B. Pritchard, ed., p. 316).Muro. Ver Jr 50:15. |
Je.51:45 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:46 | 46. Dominador contra dominador.Há evidência de que, não muito depois do tempo de jeremias, da morte de Nabucodo- nosor em diante, houve considerável instabilidade, tanto interna quanto externa, antes da queda do império babilônico. O v. 46 reflete o estado de temerosa expectativa que muitos dos babilônios devem ter sentidoquando viam seu próprio governo dilacerado por conflitos numa época em que um novo poder vigoroso se erguia para a liderança e domínio internacional (vervol. 3, p. 30-35). Ao longo da história, é o povo simples que tem sofrido mais severamente com as intrigas e guerras de governantes perversos. O povo de Deus é encorajado a não desfalecer nem temer diante dessas calamidades. |
Je.51:47 | 47. Imagens de escultura. Ver com. do v. 52. |
Je.51:48 | 48. Jubilarão. Ver Isaías 44:23, em que a natureza é poeticamente convidada a se regozijar pela redenção de Israel.Norte. Ver com. dejr 1:14. Embora Ciro, o conquistador persa, realmente tenha partido do oeste do Irã, ele se aproximou de Babilônia comandando os exércitos do vasto império medo, pelo norte da Mesopotâmia. Muitos dos vários povos que compunham esse exército (ver v. 27) eram de nações do norte. |
Je.51:49 | 49. Traspassados os de Israel. Ou, “os mortos de Israel” (N VI). O hebraico aqui permite diversas traduções, dependendo do entendimento de como as frases estejam inter-relacionadas. Além da tradução da NVI, a tradução da NTLH é possível: “Babilônia matou gente em todo o mundo e agora ela cairá porque matou tantos israelitas.” A tradução da AA, “Babilônia há de cair pelos mor-> tos de Israel, assim como por Babilônia têm caído os mortos de toda a terra”, depende da inserção conjectural da preposição “pelos” em frente da palavra traduzida como “mortos”. |
Je.51:50 | 50. Lembrai-vos. A mensagem de Jeremias enfatiza que, em primeiro lugar, na mente dos judeus deveria estar o pensamento de retornar a Palestina tão logo surgisse a oportunidade. A importância desta ordem formal é vista no fato de que, muitos anos depois, quando Ciro e seus sucessores permitiram àqueles judeus que desejassem retornar, que o fizessem, apenas uma fração da nação respondeu ao convite. Embora nos dias de jeremias os exilados desejassem suaterra natal, dentro de duas a três gerações, em relação ao final dos 70 anos decretados por Deus para o cativeiro (jr 29:10), eles se estabeleceram em Babilônia; experimentaram prosperidade razoável, e a maioria recusou retornar às colinas rochosas da Palestina com suas cidades e vilas arruinadas. |
Je.51:51 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:52 | 52. Imagens de escultura. Os babilônios ridicularizavam e desprezavam os judeus porque o templo do Senhor estava em ruínas; num futuro não muito distante, eles não conseguiríam mais fazer isso, porque seus ídolos estariam destruídos. |
Je.51:53 | 53. Subisse aos céus. A referência é, possivelmente, aos muros extremamente altos de Babilônia e ao grande templo-torre que ficava no centro da cidade. Como apenas fundações destruídas restaram hoje, é impossível calcular a altura dos muros de Babilônia quando eles estavam no auge de sua glória. Heródoto (i. 178) declara que o muro da cidade era de aproximadamente 103 m de altura. Embora isso seja, sem dúvida, um exagero (ver Nota Adicional a Daniel 4), indica que o muro deve ter alcançado uma altura incomum. O zigu- rate, ou torre-templo de Babilônia, de acordo com uma inscrição cuneiforme contemporânea, se erguia a cerca de 90 metros. |
Je.51:54 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:55 | 55. Grande voz. Possivelmente, uma referência ao ruído da grande população de Babilônia, ou à voz de autoridade com que ela falava em sua glória.Ondas do inimigo. Do heb. gallehem, “as ondas deles”. Isto não deve ser entend ido como sendo dos babilônios, mas dos exércitos invasores. |
Je.51:56 | 56. Senhor, Deus que dá a paga.Literalmente, “Yahweh é um Deus de recompensas . |
Je.51:57 | 57. Seus príncipes. As várias classes dos oficiais babilônicos são alistadas neste versículo (ver com. do v. 23).Sono eterno. Ver com. do v. 39. |
Je.51:58 | 58. Largos muros. Ver jr 50:15; ver com. de Jr 51:30, 53.Altas portas. De acordo com uma descrição cuneiforme de Babilônia, a cidade ostentava oito portas principais, além de várias menores. Outra inscrição cuneiforme de Nabucodonosor (a chamada inscrição da Casa das índias Orientais) declara que as lolhas das portas eram de cedro coberto com cobre. Dentre as mais impressionantes relíquias descobertas em Babilônia, estão as ruínas da Porta de lshtar, no muro norte, pela qual passa uma das principais vias da cidade. Os blocos esmaltados de vidro desta porta foram moldados para formar belos relevos de touros em tamanho real (consagrados ao deus Adad) e “sirrush” (monstro mitológico parecido com um dragão, consagrado a Marduque). Essas figuras eram brancas e amarelas sobre um fundo azul. De modo geral, os escavadores estimaram pelo menos 575 das figuras desses animais nessa porta.Para o fogo. Ver Ele 2:13. |
Je.51:59 | 59. Filho de Nerias. Evidentemente, Seraías era irmão de Baruquc, o escriba e auxiliar de Jeremias (ver Jr 32:12). Ao colocar sua mensagem nas mãos de Seraías, jeremias a entregava a um amigo confiável e compreensivo,Indo este com Zedequias. Em vista da agitação na parte ocidental que ameaçava romper em ativa revolta contra Babilônia, não seria insensato crer que Nabucodonosor houvesse chamado seu vassalo para a capital a fim de renovar seu juramento de fidelidade (ver PR, 447).Uma possibilidade intrigante, embora totalmente sem evidência, é que esta visitaa Babilônia pelo rei de Judá pode ter sido com o propósito de assistir à dedicação da grande imagem de Nabucodonosor na planície de Dura (ver com. de Dn 3:1). Tal sugestão, no entanto, deve permanecer apenas no campo da especulação.Ano quarto. A saber, 594/593 a.C. Esta ?/( profecia foi dada no ano da polêmica de jeremias com o falso profeta Hananias (ver jr 28).Camareiro-mor. Ou, “príncipe pacífico’’ (ARC). Do heb. sar inenuchah, “príncipe de um local de repouso", possivelmente designando o intendente, o oficial encarregado de arranjar aposentos para o rei em sua jornada. Outra sugestão, baseada na ideia de que inenuchah, às vezes, denota o oposto de guerra (lRs 8:56; lCr 22:9), é que Seraías tenha sido um líder do partido pacífico em judá e, neste sentido, favorável aos babilônios. |
Je.51:60 | 60. Num livro. Literal mente, “em um livro”. Esta não foi a única cópia da mensagem contra Babilônia. Isto fica evidente pelo fato de o registro não ter sido perdido quando |
Je.51:61 | Sem comentário para este versículo |
Je.51:62 | 62. Assolações. Ver com. de Jr 50:12, 13. |
Je.51:63 | 63. E o lançarás. Jeremias frequentemente dramatizava suas profecias (ver Jr I3:l- |
Je.51:64 | 64. Até aqui. Com este versículo, termina a profecia de Jeremias. O capítulo final é um epílogo histórico (ver com. de |r 52:1).Capítulo 52levou para o exílio: no sétimo ano, três mil e vinte e três judeus; |
Je.52:1 | 1. Zedequias. Os v. 1 a 27, 31 a 34 são quase idênticos a 2 Reis 24:18-25:21, 27 a 30 (ver com. ali). Possivelmente este capítulo tenha sido acrescentado para mostrar o completo cumprimento histórico das profecias de Jeremias com relação à queda de Judá (sobre a autoria deste capítulo, ver p. 365, 366). Vinte e um anos. Na época da maior crise em sua história, Judá teve o infortúnio de ter sua liderança nas mãos de um rei jovem, inexperiente e indeciso. Hamutal. Zedequias era meio irmão de Joaquim (ver 2Rs 23:36) e irmão de sangue de Jeoacaz (ver 2Rs 23:31), que, anos antes, fora tirado do trono por Neco II, do Egito, o grande rival de Nabucodonosor. |
Je.52:2 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:3 | 3. Ira do Senhor. Esta declaração não deve ser entendida como significando que a rebelião de Zedequias contra a Babilônia era obra de um Deus irado que desejava destruir a Judá. O destino do rei judeu loi sua escolha pessoal. Zedequias rebelou-se. Ver com. de 2Rs 24:20. O jovem e inexperiente Zedequias enfrentou problemas que oprimiríam muitos governantes de caráter mais firme e com mais sagacidade do que ele. Zedequias foi colocado no trono não por sucessão legal, mas por um poder estrangeiro dominante que mantinha no exílio o rei legítimo e muitos dos líderes da nação. Ele estava cercado por nações ávidas para se revoltar contra Babilônia e ansiosas pela adesão dele à causa delas. Seu plano de ação se dividia em conflitos entre o partido pró-babilônico encorajado por Jeremias e um nacionalismo popular apoiado pelos falsos profetas. Ele era continuamente atraído pela ilusória esperança de que o Egito conseguiría resgatar seu país da opressão babilônica. |
Je.52:4 | 4. Nono ano. Possivelmente o cerco a Jerusalém tenha começado em 15 de janeiro de 588 a.C. (ver com. de Jr 39:1) e durado até 18 de julho de 586 a.C., um período de dois anos e meio. No entanto, a cidade não esteve sob ataque contínuo durante todo o tempo. Em algum momento durante a campanha, o exército de Apries, rei do Egito (Faraó- Holra, Jr 44:30), avançou para a Palestina, e os babilônios temporariamente se retiraram de Jerusalém (ver Jr 37:5-11). Contra Jerusalém. Este cerco diferiu das invasões anteriores porque a intenção de Nabucodonosorera destruira nação. Invasões anteriores a Judá diminuíram grandemente tanto o território quanto a população do país. Alguns especialistas estimam que a quantidade de pessoas no país diminuiu pelo menos metade de um total, talvez, de 150 mil (W. P. Albright, The Biblical Archaeologist, IX: 1 (February, 1946], p. 4). Os babilônios atacaram "todas as cidades de Judá que restaram”, inclusive Laquis e Azeca (ver com. de Jr 34:7). |
Je.52:5 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:6 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:7 | 7. Arrombada. Isto é, foi feita uma brecha no muro. O contexto parece indicar que a resistência sucumbiu por causa da fome. |
Je.52:8 | 8. Jerico. Zedequias pode ter fugido na direção do vale do Jordão, com a intenção de escapar pela Transjordânia, onde se localizavam os moabitas e amonitas. No início de seu reinado, estas nações procuraram a aliança de Zedequias numa coalisão contra os babilônios (ver Jr 27:3). |
Je.52:9 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:10 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:11 | 11. Vazou os olhos. Os prisioneiros normalmente eram cegados pela perfuração do globo ocular com a ponta de uma lança. Além de suportar a tortura envolvida na perda da visão, Zedequias sofreu a angústia mental de ter que relembrar por toda sua vida, como a última coisa que contemplou, a terrível visão da execução de seus filhos. |
Je.52:12 | 12. Décimo dia. Ou seja, 17 ou 18 de agosto de 586 a.C. Dois eventos sãomencionados para esta data: (1) Nebuzaradã foi a Jerusalém e (2) queimou o templo e muitos outros edifícios. De acordo com 2 Reis 25:8, o relato paralelo, ele chegou no sétimo dia do mês (14 ou 15 de agosto de 586 a.C.). É possível harmonizar essas datas supondo-se que o capitão entrou na cidade no sétimo dia e queimou o templo no décimo dia. A possibilidade de um erro de escriba é menos provável que a exatidão das duas datas. Deve ter havido um intervalo considerável para remover os tesouros da cidade antes da destruição. Outra possibilidade é que a conflagração durou por três dias (ver vol. 2, p. 82).Ano décimo novo. A mudança nos dados, introduzida neste versículo, de um cálculo em termos do reinado de Zedequias a um cálculo em harmonia com o reinado de Nabucodonosor, é uma admissão tácita de que a regência passou da Judeia ao rei babilônio. Os eruditos modernos dependem de mudanças semelhantes nos ciados dos tabletes antigos e de outros documentos para grande parte da informação a respeito das datas aproximadas em que novos reis mesopotâmicos começaram seus reinados (ver vol. 3, p. 74-76). |
Je.52:13 | 13. Queimou a Casa. A destruição do templo e de outros edifícios públicos não foi resultado do cerco, mas um ato deliberado dos babilônios, realizado um mês depois da queda da cidade. |
Je.52:14 | 14. Derribou todos os muros. A respeito dos v. 14 a 23, ver com. de 2Rs 25:10-17. |
Je.52:15 | Sem comentário para este versículo |
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Je.52:20 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:21 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:22 | 22. Cinco côvados. A altura dos capitéis dos pilares é dada em 2 Reis 25:17 como três, e não cinco côvados. Aqui, novamente há a possibilidade de um erro de escriba (ver com. de Jr 52:12), mas é igualmente possível que as imagens representem diferentes métodos de medição. Com relação aos objetos de metal retirados do templo, jeremias 52 apresenta vários detalhes independentes que não são encontrados em Reis. Um escritor pode ter excluído e o outro incluído, como parte do capitel, uma faixa decorativa abaixo ou umsegmento superior acima da rede esculpida de romãs. Aqueles que trabalham constantemente com dados de livros de referência sabem quão frequentemente um erro ou discrepância aparente é considerado uma simples diferença de pontos de vista. |
Je.52:23 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:24 | 24. O sumo sacerdote. Não apenas os líderes políticos, mas também os chefes religiosos da nação foram eliminados. Pouco tempo antes disso, Sofonias, o segundo sacerdote, ouviu jeremias predizer a morte dos líderes de Jerusalém (Jr 21:1, 7). |
Je.52:25 | 25. Sete homens. Em 2 Reis 25:19, o número é de ‘'cinco homens”. Mais informações quanto à classificação dos cativos pode clarificar a aparente discrepância. |
Je.52:26 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:27 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:28 | 28. No sétimo ano. Possivelmente este versículo descreva uma campanha de verão em 598 (ver com. de jr 52:29), o ano anterior ao cativeiro de Joaquim, que ocorreu no oitavo ano, em 597 (2Rs 24:12). |
Je.52:29 | 29. Ano décimo oitavo. Este foi o ano anterior à tomada de Jerusalém (Jr 52:12), possivelmente no verão de 587. As estações costumeiras de campanhas eram a primavera e o verão (ver com. de 2Sm 11:1; ver também vol. 2, p. 93). Alguns eruditos admitem que este 18° ano é o período da queda da cidade, e que jeremias 52:12 oferece uma data errada (ver vol. 3, p. 82, nota 6), mas não há razão para se confirmar uma contradição. O v. 30 registra um cativeiro adicional no 23° ano, que não é mencionado em nenhum outro lugar. Portanto, não há razão para duvidar de que, no 7° e no 18° ano, vários judeus também tenham sido levados cativos. Já que as campanhas anuais eram comuns naquela época, os cativos eram levados com frequência e repetidamente. A captura de 832 pessoas no 18° ano não deve ser equiparada ao cativeiro maior, do 19° ano.O registro de várias deportações não informa se os números dados representam a quantidade daqueles que iniciaram a jornada ao exílio, ou daqueles que sobreviveram à rigorosa viagem e realmente chegaram a Babilônia. De acordo com os registros da história antiga, o resultado comum dessas deportações era que os últimos sobreviventes representavam apenas uma fração daqueles que iniciaram a marcha forçada. Desta forma, se os registros da quantidade de cativos se refere àqueles que realmente chegaram a Babilônia, deve-se crer que muitos mais foram feitos cativos por Nabucodonosor a princípio, mas morreram antes de chegar a Babilônia. Por outro lado, se as quantidades dadas se referem àqueles que partiram para o exílio acorrentados (ver Jr 40:4), menores ainda devem ter sido os vários grupos que chegaram a Babilônia. |
Je.52:30 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:31 | 31. Dia vinte e cinco. 2 Reis 25:27 apresenta o 27° dia. Este versículo reporta um evento ocorrido em várias etapas que podem ou não ter acontecido no mesmo dia (ver com. de Jr 52:12). Portanto, é impossível dizer se esses diferentes números representam um erro de escriba ou duas datas válidas escolhidas por diferentes escritores para registrar o mesmo evento geral.Libertou. Aproximadamente, em 561 a.C. (ver vol. 2, p. 145-146; sobre os v. 31-33, ver com. de 2Rs 25:27-29). |
Je.52:32 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:33 | Sem comentário para este versículo |
Je.52:34 | 34. Subsistência vitalícia. Refeições concedidas a Yaukin (Joaquim), rei de Judá, e seus filhos, são mencionadas nos registros babilônicos de 592 a.C., poucos anos depois que seu exílio começou (ver vol. 2, p. 80, 81). Ele foi liberto a princípio, mas depois foi colocado na prisão, onde deve ter permanecido até que Evil-Merodaque o libertasse e desse a ele uma porção de alimento diário até sua morte. |