Capítulo e Verso | Comentário Adventista > Ezequiel |
Ez.1:1 | 1. Trigésimo ano. Com a precisão característica de um historiador, Ezequiel começa sua descrição profética datando cuidadosamente os eventos relacionados à narrativa. Era o 30° ano. Contudo, ele não menciona o evento específico que marca o início desse período. Muitos creem que ele se refira ao 30° ano de sua vida. A idade dos 30 anos era significativa porque se considerava que nela o jovem hebreu alcançava a maturidade. Esta era a idade em que os levitas originalmente começavam suas funções no templo (Nm 4:3). Foi em seu 30° ano ou próximo a ele que tanto o Senhor jesus quanto joão Batista começaram seu ministério público (ver com. de Mt 3:1).Uma vez que este 30° ano é equivalente ao quinto ano do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2), o primeiro ano dos 30 seria (de acordo com dois dos cômputos possíveis) o 18° de Josias - um ano significativo, já que nele o livro da lei foi descoberto no templo (2Rs 22:3-8). Esse evento marcou o início de uma reforma que, se tivesse continuado com êxito, teria feito muito para alterar a história posterior de Judá. E possível que Ezequiel tivesse esse importante acontecimento em mente quando mencionou o 30" ano.Quarto mês. Deve ser contado a partir do mês de nisã, na primavera, independentemente de o ano-calendário ser computado a partir da primavera ou do outono (vol. 2, p. 93-95, 100-101). O quarto mês começariaem junho ou julho, do ano 593 ou 592 a.C. (ver com. do v. 2).No meio dos exilados. Isto é, Ezequiel estava na região onde os cativos se estabeleceram. A visão foi dada a ele em particular e, mais tarde, devia ser apresentada publicamente (Ez 3:1, 4).Quebar. Este rio foi identificado, pela maioria dos comentaristas mais antigos, com Habor, o moderno Nahr el-Khabur, que fica no norte da Mesopotâmia. A dificuldade com esse ponto de vista era que tal rio não ficava “na terra dos caldeus” (v. 3). Contudo, escavações realizadas em Nippur, na Babilônia propriamente dita, revelaram evidências da existência de uma colônia judaica nessa área por volta do 7o ao 5o século a.C. Passava, naquelas proximidades, um dos grandes canais babilônicos, conhecido como Naru Kabari, que provavelmente seja o rio ao qual Ezequiel se refere.Visões de Deus. Estas não foram apenas visões dadas por Deus, mas manifestações da glória divina diante dos olhos do profeta. Tais revelações são chamadas de teofanias. Elas frequentemente acompanham o chamado de um profeta. Por isso, Isaías tremeu diante da terrível visão cio alto e sublime trono (ls 6:1); Moisés contemplou a glória na sarça ardente (Ex 3:2); João viu um semelhante a Filho de homem andando no meio dos candeeiros de ouro (Ap 1:13). Qual era o propósito dessas visões de Deus? Elas podem ser consideradascomo grandiosas iniciações pelas quais Deus introduz o profeta num novo âmbito de conhecimento e percepção, numa etapa inédita de experiências e de responsabilidades. Esperava-se que, em sua capacidade como profetas, esses mensageiros falassem com convicção a respeito das coisas divinas. Meras suposições mentais não serviríam. Eles teriam de falar de coisas que realmente viram. Era para eles uma vantagem poder dizer, como Isaías: “Os meus olhos viram o ? Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6:5).Ezequiei ficou tão impressionado com a visão da glória divina que anotou a data exata: era o quinto dia, do quarto mês, do quinto ano do cativeiro de Joaquim (v. 2). Os servos de Deus fazem bem em anotar e recordar com frequência as intervenções divinas e as revelações incomuns dadas por Deus. |
Ez.1:2 | 2. Quinto ano. Esta data é facilmente sincronizada com a história secular, pois o aprisionamento de Joaquim é o evento bíblico datado com maior precisão. Esse aprisionamento já foi localizado em 597 a.C. por seu sincronismo com um ano de Nabucodonosor (ver com. de 2Rs 24:12), cujo reinado é astro- nomicamente fixado (ver vol. 2, p. 136), mas agora se sabe que ele ocorreu no dia 2 de adar (ver p. 550, 831), ou seja, aproximadamente 16 de março. Então, ocorreu a remoção de Joaquim para Babilônia e o início do período conhecido como o cativeiro de Joaquim (2Rs 24:6-15). Obviamente, Ezequiei estava entre o desafortunado grupo levado para Babilônia nessa época, pois seu sistema de datação, baseado nos anos de cativeiro de Joaquim (como o presente versículo o indica), é duas vezes equiparado aos anos “do nosso exílio” (Ez 33:21; 40:1). O quinto ano do exílio de Joaquim levaria a 593/592 a.C., como o ano inicial das visões de Ezequiei. Se o dia desta visão ocorreu no verão de 593 ou no verão de 592 (no hemisfério norte) depende da forma de Ezequiei computar o ano do cativeiro de Joaquim:a partir da primavera, segundo o calendário babílônico; ou a partir do outono, segundo o calendário civil judaico (sobre as datas alternativas para as visões, ver p. 624). |
Ez.1:3 | 3. Veio expressamente. Literalmente, “sendo, foi”. O verbo “ser” está duplicado, o que o torna enfático, ou seja, a palavra “veio expressamente” ao profeta. Ezequiei reconheceu a singularidade de sua nova experiência. Sabia que o que lhe sobreviera não era algum repentino voo de imaginação, ou algum arroubo de iluminação espiritual. O Senhor estava falando diretamente a ele numa forma que se tornara possível porque ele fora investido do dom profético.O sacerdote. Ver p. 619.Mão do Senhor. Uma figura que descreve o poder divino que repousou sobre ele. A mesma expressão é usada em relação a outros profetas, como Elias (lRs 18:46) e Eliseu (2Rs 3:15). Experiências semelhantes tiveram Daniel (Dn 8:18; 10:10), Isaías (Is 8:11) e João (Ap 1:17). Ezequiei sabia que esse estranho e novo poder que o impelia não era outro senão o poder de Deus. |
Ez.1:4 | 4. Olhei. Aqui começa a descrição do que ocorreu diante dos olhos atônitos do profeta. A visão sobre os quatro seres viven- tes, as quatro rodas, o firmamento e o trono tem sido considerada a mais enigmática de todas as visões do AT. E verdade que certas características parecem notavelmente incomuns, mas isso não deve nos impedir de procurar compreender o que Deus achou por bem apresentar e, depois, fazer com que fosse registrado e preservado em Sua Palavra. Daquilo que Deus pretendia ensinar por essa visão, muita coisa pode ser entendida, talvez quase tudo.Do Norte. O norte era a direção da qual os conquistadores assírios e caldeus costumavam descer para Jerusalém (ver com. de Jr 1:14). Tem-se sugerido que talvez seja este o motivo por que se apresenta como procedente desta direção o vento tempestuoso que levouconsigo a nuvem que ocultava a presença divina e o arco-íris da promessa. Acima dos cruéis monarcas da Assíria e de Babilônia, estava entronizado o Deus de misericórdia e de verdade (T5, 752). Ezequiel estava cheio de presságios com respeito à assolação de sua terra e precisava ser tranquilizado.Uma grande nuvem. Sem dúvida, um símbolo da presença divina (ver Ex 19:9-16; SI 50:3).Com fogo a revolver-se. A frase pode ser traduzida, literalmente, como: “e um fogo pegando a si mesmo”. A forma do verbo hebraico sugere um fogo que se elevava devido ao surgimento constante de novas chamas.Como metal brilhante. Do heb. chash- mal, uma palavra que ocorre apenas aqui, no v. 27 e em 8:2. A derivação é incerta e qualquer tradução é meramente conjectural. A NTLH a traduz como: ‘'brilhava como bronze”. A LXX diz elektron, “eletro”, uma liga de ouro e prata (ver Bj). Este metal polido, que reluzia com as chamas que se revolviam, aumentava o brilho e o esplendor ofuscantes da cena. |
Ez.1:5 | 5. Semelhança. São mostrados ao profeta seres que ele não contemplara antes, e com os quais seus ouvintes e leitores não eram familiarizados. Ele precisa descrevê- los em termos compreensíveis. Seus sentimentos de inadequação são indicados pelo frequente uso do termo que, neste versículo, é traduzido como ‘‘semelhança” (no original, a palavra ocorre dez vezes no cap. 1, mas é traduzida de formas diversas na ARA).De homem. Com toda a estranha variedade de detalhes que ainda precisavam ser descritos, a principal impressão era que os seres viventes tinham forma humana. Eles ficavam em pé e se moviam eretos como homens. |
Ez.1:6 | 6. Quatro rostos. Os quatro seres viventes tinham aparência idêntica. Cada um deles tinha quatro rostos diferentes:de homem, de leão, de boi e de águia (v. 10). Em. contraste, os quatro seres viventes que joão viu não eram idênticos. Cada um deles tinha apenas um rosto, e os quatro rostos eram diferentes (Ap 4:7); a forma deles, eon- tudo, correspondia à dos rostos dos seres viventes que Ezequiel viu.Quatro asas. Os seres viventes de Apocalipse 4 tinham seis asas, bem como os serafins de Isaías 6:2. |
Ez.1:7 | 7. Suas pernas. A ARC diz "pés", mas a palavra, às vezes, designa “pernas” (ver lSm 17:6). A estrutura devia tornar as criaturas ígualmente aptas para a locomoção em todas as direções, sem a necessidade de se virar, como a visão o indica posteriormente (ver Ez 1:17). |
Ez.1:8 | 8. Mãos de homem. Ver com. de Ez 10:8. Se, como parece, as duas passagens apresentam os mesmos símbolos, então as mãos não são parte do corpo dos seres viventes; representam, em vez disso, a mão de Deus colocada por baixo das asas com o propósito de orientação. |
Ez.1:9 | 9. Estas se uniam. Ver v. 11.Não se viravam. Não havia necessidade de se virar, pois, uma vez que os rostos olhavam em todas as direções, o deslocamento para qualquer direção constituía um movimento para a frente. Sendo que as pernas eram “direitas” (ver v. 7; NTLH, NVI e Bj dizem "retas”), isso tornava igualmente fácil a locomoção para qualquer direção. Pode-se imaginar uma formação semelhante a um quadrado que nunca girava sobre seu eixo, mas simplesmente se movia na direção em que fosse impelido. |
Ez.1:10 | 10. Seus rostos. Cada uma dessas criaturas tinha apenas um corpo, mas cada corpo tinha quatro rostos. Os rostos estavam nos quatro lados, de forma que cada uma das quatro criaturas olhava nas quatro direções ao mesmo tempo.Uma vez que o profeta não interpreta os símbolos da visão, e sendo que as Escriturasem nenhum outro lugar declaram diretamente o significado desses rostos, os comentaristas têm sugerido várias idéias, como: (1) O rosto humano é o mais elevado símbolo do Eterno; o leão, um símbolo de soberania; o boi, também um símbolo de soberania, jun- 1.imente com um símbolo natural de força subserviente aos propósitos humanos; e a águia, um emblema do poder real. (2) Os rostos são símbolos dos quatro evangelistas. Este ponto de vista foi proposto pelos pais da igreja, sendo que Irineu foi o primeiro a apresentar a teoria. O leão é, às vezes, identificado com Mateus, e o homem, com Lucas; o boi, com Marcos; e a águia, com João. No entanto, essa interpretação é apenas uma imaginação. (3) Segundo a tradição judaica posterior, as quatro formas, seguindo a ordem apresentada em Ezequiel, são os estandartes geralmente usados pelas tribos de Riiben, Judá, Efraim e Dã, quando acampadas no deserto (Nm 2:2). Não há como verificar se esses eram realmente os estandartes usados naquela época. Ainda que isso fosse possível, é difícil ver qualquer ligação entre os estandartes e o que a visão pretendia comunicar.Quando se procura interpretar os quatro seres viventes, é bom ter em mente que, na profecia simbólica, o profeta vê representações da realidade, e não a realidade em si. Essas representações podem ser como a realidade, mas com frequência não o são. Muitas vezes, num drama profético, os personagens têm aparência bem diferente dos seres ou dos movimentos que representam. Assim, anjos podem representar papéis que, mais tarde, serão desempenhados por seres humanos. Um anjo desempenhou o papel do povo do advento numa visão sobre o grande desapontamento de 1844 (Ap 10:1-11; cf. Ap 14:6-12). Animais e dragões caricaturados são usados para representar o papel de nações e de poderes sobrenaturais (ver Dn 7; 8; Ap 12; .13; 17). Em uma ocasião,Jesus é simbolicamente apresentado como um cordeiro que tinha sido morto e como se tivesse sete chifres e sete olhos (Ap 5:6). Ninguém conclui que isso fosse uma tentativa de representar a aparência de Jesus. Numa visão do segundo advento, Jesus é mostrado cavalgando um cavalo branco, com vestes manchadas de sangue e com uma espada na boca. Aqui, novamente, não é propósito da visão representar a aparência real de Jesus no momento do evento apoteótico da história (Ap 19:11-15). E preciso ter cuidado para não se entender de maneira literal o que um profeta escreve quando o faz usando símbolos. Em certa ocasião, quando ridicularizada por seus críticos, Ellen G. White escreveu: “Meus oponentes ridicularizam 'aquela pobre e infantil expressão de gloriosas uvas saídas de fios de prata, esses fios ligados a varas de ouro’. [...] Eu não declaro que uvas estavam saindo de fios de prata. O que contemplei é descrito segundo me parecia. Não é de pensar-se que uvas estivessem presas a fios de prata ou varas de ouro, mas que essa era a aparência que davam” (MEl, 65, 66).Na interpretação da profecia simbólica é importante permitir que o mesmo Espírito que deu a visão identifique seus símbolos. Ouando essa identificação não é fornecida, o intérprete precisa conjecturar quanto à aplicação; portanto, o dogmatismo deve ser evitado. Além disso, como nas parábolas, as características das apresentações simbólicas têm diferentes graus de significado e importância. Uma parábola não precisa ser explicada em todos os detalhes. O mesmo ocorre com a profecia simbólica. Não se deve dar importância igual a todos os detalhes de um quadro profético. E possível que algumas características sejam introduzidas apenas para completar a apresentação, ou para fornecer um pano de fundo consistente. Como no caso das parábolas, é preciso descobrir o objetivo geral da visão e as características da apresentação ilustrativa que têm a finalidadede transmitir uma verdade divina (vervol. 3, p. 1257; ver também PJ, 244).Deus não nos deixa no escuro quanto ao ensino objetivo da visão de Ezequiel sobre os seres viventes (ver PR, 535, 536; T5, 751- 754; Ed, 177, 178). As citações aqui mencionadas apresentam primeiramente o pano de fundo da visão. A apresentação profética tinha o objetivo de encorajar os judeus num momento em que grande parte de seu país jazia em ruínas devido a invasões sucessivas, e muitos dos habitantes estavam cativos numa terra estrangeira. Para esses oprimidos, parecia que Deus não mais estava no controle. A pilhagem, feita a bel-prazer por nações pagãs, era interpretada por muitos como indicativo de que Deus não mais Se importava. O povo deixara de ver a mão de Deus no curso da história. Eles não estavam cientes de que um propósito divino soberano estava atuando nos acontecimentos, da mesma forma que sempre estivera. A visão foi dada para mostrar que um poder supremo controlava os negócios dos governantes terrenos, e que Deus estava no comando. Este era o objetivo geral da visão. Assim, qualquer interpretação que se tente dar deve ser consistente com esse objetivo.Os seres viventes representam seres celestiais (ver T5, 751). Como já foi dito, não é necessário imaginar que, a serviço de Deus, haja seres de quatro cabeças e de quatro asas. O relato não exige tal conclusão. As formas escolhidas para essa apresentação profética tinham, sem dúvida, o objetivo de simbolizar mensageiros celestiais na plenitude de sua função, capacidade e adaptabilidade. |
Ez.1:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.1:12 | 12. Para onde o espírito. Não há ação independente por parte dessas criaturas. Seus movimentos estão em harmonia com a direção do Espírito. Isto é enfatizado também no v. 20. |
Ez.1:13 | 13. A semelhança de tochas. Umareferência adicional ao fogo mencionadono v. 4. Ezequiel consegue observar mais de perto. Ele tenta descrever em linguagem humana o interessante espetáculo de tochas que vibravam e de faíscas que surgiam e que se moviam continuamente entre as criaturas. |
Ez.1:14 | 14. Relâmpagos. Com esta figura é representada a ligeireza dessas criaturas ao partirem velozmente para suas várias missões e delas voltarem. “A brilhante luz que resplandece por entre as criaturas viventes, com a velocidade do relâmpago, representa a rapidez com que a obra de Deus há de por fim ser consumada” (T5, 754). Para os seres humanos, muitas vezes, parece que os propósitos divinos tardam demasiado a cumprir- se. E verdade que tem havido demora, mas “não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3:9). Um dia, em breve, revestido de grande surpresa, o fim virá, mais rapidamente do que as pessoas imaginam. |
Ez.1:15 | 15. Uma roda na terra. Enquanto ainda contemplava esses quatro seres viventes, o profeta teve, retratada diante de si, outra maravilha. Ao todo havia quatro rodas (ver v. 16, 19). Essas rodas tocavam a terra, enquanto os querubins eram vistos numa nuvem (v. 4, 5). |
Ez.1:16 | 16. Como o berilo. Literalmente, “o olho de Társis”. A referência é a algum tipo de pedra preciosa, mas a identificação é incerta. Alguns comentaristas sugerem o topázio. Provavelmente o nome Társis indique o local de onde provinha a pedra (sobre a localização de Társis, ver com. de Gn 10:4).Dentro. A estrutura e o arranjo singular das rodas apresentavam uma cena aparentemente confusa; contudo, os movimentos tinham perfeita harmonia. |
Ez.1:17 | 17. Em quatro direções. Como no caso dos seres viventes, não havia nenhum movimento sobre um eixo, mas o deslocamentoera possível e era executado em todas as direções. Além disso, não havia mudança na posição relativa dos seres viventes e das rodas em movimento. |
Ez.1:18 | 18. Cambotas. Isto é, os aros das rodas.Cheias de olhos. Isto significa que avisão tinha a ver com instrumentalidades não meramente físicas, mas inteligentes. |
Ez.1:19 | 19. Andavam as rodas ao lado deles. Nos v. 19 a 21, há um pouco de repetição, mas também se nota variedade na expressão. A descrição enfatiza a perfeita coordenação dos movimentos dos seres viventes e das rodas. Não há operação independente, seja por parte das rodas ou dos seres viventes.As rodas, tão complicadas em seu arranjo, representam os negócios humanos e os eventos da história em todas as suas marchas e contramarchas (ver PR, 535, 536; T5, 751- 754). O que para o simples observador parece uma confusão irremediável, fruto do acaso, resultado da ambição e do capricho humano, é aqui apresentado como um padrão harmonioso, planejado e guiado pela mão infinita, que marcha rumo a alvos predeterminados (para um estudo sobre a mão de Deus na história, ver com. de Dn 4:17). |
Ez.1:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.1:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.1:22 | 22. Firmamento. Do heb. raqià, literal mente, “uma expansão’' (ver com. de Gn 1:6; SI 19:1). A referência é à expansão que estava acima dos seres viventes.Cristal. Do heb. qerach, literalmente, “gelo”. Em todas as outras ocorrências, a palavra é traduzida como “gelo” ou “geada” (Gn 31:40; Jó 6:16; 37:10; 38:29; SI 147:17; Jr 36:30). A imagem é de uma espetacular manifestação, que talvez tenha uma vaga semelhança com o sol matutino quando incide sobre a neve num pico elevado. |
Ez.1:23 | 23. Estavam estendidas as suas asas. O profeta tenta representar cada parte da visão em relação adequada com as demais partes. Duas das asas de cada ser vivente estavam estendidas para cima, em direçãoao firmamento, não necessariamente para sustentá-lo, como alguns supõem. As outras duas asas estavam dobradas reverentemente sobre o corpo dos seres viventes. |
Ez.1:24 | 24. Tatalar. Do heb. qol, palavra comum no AT, traduzida como “som” ou “voz”. O contexto deve determinar o melhor significado para cada caso. Só neste versículo, o termo qol ocorre cinco vezes, e as palavras empregadas na ARA para traduzi-lo são “tatalar”, “rugido”, “voz”, “estrondo” e “tropel”. Nesta primeira ocorrência, a ARC e a NVI empregam a palavra “ruído”, porém “som” é a tradução preferível. A frase então diria: “o som de suas asas”. Essa mesma tradução de qol daria um sentido melhor a Gênesis 3:8. Em vez de: “Ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim”, se leria, como na BV: “Ouviram o som produzido pelo Senhor Deus que passeava no jardim” (ver também NVI).O som ouvido por Ezequiel, das asas em movimento, pareceu-lhe diferente dos sons que estava acostumado a ouvir. Ele procurou uma semelhança para descrever a melodia que lhe fez vibrar o coração. Encontrou um paralelo parcial no som de grandes águas, talvez de uma correnteza forte ou catarata. Mas a comparação é inadequada. O som é complexo. Além da voz de Deus, Ezequiel também detecta a voz de uma grande multidão, como se inúmeros indivíduos estivessem envolvidos nos movimentos dos seres viventes e nos movimentos das rodas. |
Ez.1:25 | 25. De cima do firmamento. Isto significa que a voz vinha do trono que, segundo o v. 26, estava acima do firmamento. Esta voz deve ser distinguida do som ou “tatalar” previamente ouvido e descrito.Abaixavam as asas. Ver v. 24. A repetição da idéia sugere um ato de reverência dirigido à Majestade, no alto. Quando a voz foi ouvida, os querubins pararam, os potentes sons de seu movimento cessaram, e suas asas se abaixaram e ficaram imóveis em atitude reverente. |
Ez.1:26 | 26. Algo semelhante a um trono. Aqui está o grande clímax da visão. A parte mais gloriosa foi deixada para o final. Acima do firmamento cristalino surge o que a princípio pareceu ao profeta uma concentração do mais rico e profundo azul. A ARA inverteu a ordem das palavras nesta passagem. O hebraico diz: "como a aparência de uma pedra de safira, como a semelhança de um trono”. A semelhança da pedra de safira, sem dúvida, foi o que impressionou primeiro. Então, à medida que os detalhes foram se tornando mais nítidos, o profeta notou a forma de um trono.Uma figura semelhante a um homem. Em visão, o profeta contemplou apenas uma representação do original (ver com. do v. 10). Ezequiel não viu o Ser divino em si, mas uma representação da Divindade. Ao descrever o Ser como um homem, o profeta empregou extrema cautela, usando uma combinação de termos que, numa tradução mais literal, seria: "uma semelhança como a aparência de um ser humano ". "Ninguém jamais viu a Deus” (jo 1:18), e, assim, os seres humanos são incapazes de dar uma descrição acurada de Sua verdadeira essência. Deus Se revela em visão; ou, presencialmente, de várias formas: a Abraão, Cristo Se manifestou como um caminhante (Gn 18:1); a Jacó, como um assaltante (Gn 32:24); a Josué, como um guerreiro (Js 5:13). Ao profeta João, Ele Se revelou em visão de várias formas, inclusive na de um cordeiro (Ap 6:1; cf. Ap 1:1-16; 14:1). As "visões de Deus” deram a Ezequiel a necessária certeza da genuinidade de seu chamado e acrescentaram à sua mensagem a autoridade de que ela precisava.O Deus que governa desde o Céu não é um Senhor ausente. Ezequiel viu ofirmamento e o trono diretamente acima da cabeça dos seres viventes. Estes, por sua vez, estavam ao lado de cada uma das rodas que, quando paradas, tocavam o solo. É confortante saber que Aquele que Se assenta acima dos querubins está no controle de tudo, que Ele guarda Seu povo, que todos os poderes terrenos que buscam se exaltar contra o Deus do Céu serão subjugados, e que Deus será tudo em todos. |
Ez.1:27 | 27. Metal brilhante. Do heb. hashmal. Por meio de várias repetições, o profeta tenta descrever o brilho e a glória extraordinários da cena. Contudo, esta manifestação é apenas uma pálida e pequena representação do original; pois o Pai eterno habita “em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver” (lTm 6:16). |
Ez.1:28 | 28. Do arco. Provavelmente Ezequiel tenha se lembrado da graciosa promessa de Gênesis 9:13. Por mais desanimadora que fosse a perspectiva nacional para o profeta, e por mais que ela pressagiasse o desastre, ele sabia que os pensamentos de Deus para com Seu povo eram de paz e não de mal. Assim, a majestosa apresentação da glória de Deus foi completada. Impactado pelo brilho celestial da cena, Ezequiel caiu com o rosto em terra, mas uma voz lhe ordenou que se levantasse e ouvisse a palavra do Senhor.O arco-íris que fica ao redor do trono de Deus é a certeza de Seu eterno amor. "O trono circundado pelo arco-íris da promessa, [é] a justiça de Cristo. [.. . j O arco-íris que circunda o trono representa o poder combinado da misericórdia e da justiça” (Ellen G. White, RH, 13/12/1892). É um “sinal da misericórdia de Deus para com o pecador arrependido” (PP, 107). |
Ez.2:1 | "1. Filho do homem. Do heb. hen- ’adham. Esta é a forma costumeira de Deus dirigir-Se a Ezequiel. A forma ocorre 93 vezes ao longo do livro. Daniel é o único profeta a também ser chamado desta forma, mas o título ocorre em seu livro só uma vez. O hebraico tem várias palavras para designar ‘‘homem como: (1) Ish, que se refere a um homem como indivíduo do sexo masculino ou como marido de uma mulher. (2) Enosh, que é um termo mais geral, raramente usado no singular, e que, na maioria das vezes, é aplicado coletivamente para toda a raça humana. Parece referir-se ao homem em sua condição frágil, enferma e mortal. Jesus, que tomou sobre Si não a natureza dos anjos, mas a da raça humana após 4 mil anos de pecadoterem deixado suas marcas de degeneração, é profeticamente designado como “Filho do homem [enashf (Dn 7:13; enash é a forma aramaica de enosh). (3) Adham, que descreve o homem no sentido geral. Deus disse: “Façamos o homem [adham] à nossa imagem''' (Gn 1:26). A expressão “ser humano”, em muitos casos, traduz adequadamente a palavra 'adham. (4) Geher, que descreve o homem no vigor de sua juventude.Ezequiel, ao ser chamado de “filho do homem"" (hen-’adham), é lembrado de que é membro da raça humana. Foi por meio cie canais humanos que Deus Se propôs a transmitir Sua mensagem de salvação para as pessoas a perecer. Ele podia ter empregado outros meios: anjos poderíam ter sidodesignados como Seus embaixadores; ou uma voz audível vinda do Céu poderia proclamar o evangelho. No entanto, Deus desejou que o ser humano partilhasse das alegrias de um ministério abnegado em favor de outros e, assim, lhe confiou “a palavra da reconciliação” (2Co 5:19). Nenhum “filho do homem” pode se esquivar a essa tarefa; pessoas são salvas ou perdidas segundo a maneira com que o profeta encara sua responsabilidade. Assim, ser chamado de “filho do homem” é ser indicado para um ministério pessoal ou público baseado em profunda paixão pelo próximo.Põe-te em pé. A visão da glória de Deus deixou Ezequiel prostrado. Em manifestação semelhante do poder de Deus, Daniel declarou: “Não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Dn 10:8). No chamado para o serviço divino, esses profetas foram primeiramente levados a sentir a própria fra- > queza; depois o poder divino os reanimou, restaurando-lhes a força física e os capacitando a receber a comunicação celestial.
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Ez.2:2 | 2. Entrou em mim. A profecia é um dos dons do Espírito (ICo 12:28). O chamado para o ofício profético não ocorre por escolha pessoal, mas por nomeação divina (ver Nm 12:6; ICo 12:28). A recepção do Espírito Santo, que comunica a capacidade profética, é a evidência do chamado genuíno. Qualquer pretensão ao dom sem este pré- requisito essencial é falsa. Quando Ezequiel recebeu o chamado, o Espírito entrou nele, colocando-o numa condição que, em linguagem profética, é chamada de “em Espírito” (ver Ap 1:10; 4:2). Enquanto o profeta está “em Espírito”, pode-lhe parecer que faz viagens a pontos distantes, quando em realidade não saiu do lugar onde estava. Descrevendo a visão do terceiro céu, Paulo admitiu sua incapacidade para distinguir a visão da realidade. “Se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe” (2Co 12:2). |
Ez.2:3 | 3. Filhos de Israel. Aqui se inicia a comissão de Ezequiel. Basicamente, sua mensagem era para os exilados de Judá; contudo, em seu escopo mais amplo, abrangia as dez tribos que, mais de 100 anos antes, haviam sido levadas em cativeiro pelos assírios. As mudanças em curso deram a Babilônia e à Média os territórios da Assíria, de forma que, quando o cativeiro babilônico englobou o remanescente de Judá, as 12 tribos foram, em certo sentido, novamente reunidas, estando então todas sob jugo estrangeiro (verjr 50:17, 18, 33).Às nações rebeldes. A palavra traduzida como “nações” é a que se emprega geralmente para designar os pagãos. Israel descera tão baixo em sua deliberada separação de Deus que, embora devesse ter sido um reino de sacerdotes e uma nação santa (ver Ex 19:6), é designado como uma nação pagã e recebe o epíteto adicional de rebelde. O profeta é ainda lembrado de que a apostasia de Israel já vinha de longa data. |
Ez.2:4 | 4. De duro semblante. O significado da expressão é: “obstinados”, “teimosos”, e o termo “obstinados de coração”, que segue, enfatiza ainda mais essa ideia. O Senhor estava pintando um quadro da depravação de Israel. O quadro não era exagerado, como o profeta logo descobriria.Assim diz o Senhor Deus. O encargo dado a Ezequiel é a comissão que Deus atribui a todo ensinador da Palavra, a todo expositor da verdade sagrada. A Palavra de Deus não deve ser misturada com opiniões humanas. Teorias particulares são falíveis. No que respeita aos assuntos divinos, somente as coisas que Deus revela podem ser definitivamente conhecidas como fatos; tudo o mais é mera opinião humana. Sendo que sopra todo vento de doutrina, e que circula toda espécie de interpretação, os seres humanos precisam da certeza de uma mensagem respaldada por um “Assim diz o Senhor”. Essa declaração é a voz da autoridade. Ezequiel precisavadessa garantia. A ruína de Judá era iminente, e sua mensagem trazia as credenciais da mais alta autoridade. |
Ez.2:5 | 5. Deixem de ouvir. Ver a mesma fórmula no v. 7 e em Ezequiel 3:11 e 27. O deixar de ouvir não deve ser atribuído a um ato de predestinação. O plano salvífico de Deus abrange a todos: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11); Deus não quer que ninguém pereça (2Pe 3:9). A todos é dada oportunidade adequada para a salvação. Jesus é a luz que “ilumina a todo homem” (Jo 1:9). Todas as influências possíveis coerentes com o livre- arbítrio e com as questões relacionadas ao grande conflito são disponibilizadas aos seres humanos para levá-los a aceitar a salvação. Mas cabe a eles o decidir se a aceitam ou não. Os desobedientes ficam sem desculpa. Deus poderá dizer a toda pessoa que porventura venha a se perder: “Que mais se podia fazer ainda [...] que Eu lhe não tenha feito?” (Is 5:4). Assim, os homens se destroem por sua recusa de aceitar a salvação de Cristo (ver T5, 120). No final do grande conflito, a história do mundo será retratada em visão panorâmica, revelando a cada pessoa sua relação para com as questões relativas a essa grande luta. Como resultado disso, todos reconhecerão a justiça de Deus e a amplitude da graça que lhes foi oferecida (Rm 14:10, 11; Ap 15:3; cf. GC, 666-671).? Hão de saber. A evidência máxima de que o profeta traz as credenciais divinas é o cumprimento de sua palavra. Contudo, quando ele apresenta sua mensagem, o Espírito Santo testifica aos corações endurecidos que essa mensagem dada pelo porta- voz de Deus vem do Céu. Aos rebeldes cativos, o Espírito Santo daria a convicção de que sua conduta de obstinada iniquidade era injustificada. Eles poderíam zombar abertamente do mensageiro divino, mas, por trás das expressões de desprezo, estaria o medo profundo de que a voz rejeitada era de fato ade Deus. As mensagens de Ezequiel seriam ou um “cheiro de morte para morte”, ou “de vida para vida” (2Co 2:16). |
Ez.2:6 | 6. Não os temas. A oposição a Ezequiel viria de governantes, sacerdotes e supostos profetas. Eles iriam ridicularizar, caluniar, acusar e ameaçar o profeta; mas, em meio a tudo isso, ele não devia ceder às tentativas de intimidação, nem aos temores despertados por todos os lados que poderíam levá-lo ao desânimo.Sarças. Palavra usada metaforicamente para expressar a oposição que o profeta encontraria por parte daqueles a quem seria enviado. |
Ez.2:7 | 7. Quer ouçam. Ver com. do v. 5. |
Ez.2:8 | 8. Não te insurjas. Havia o perigo de que, com uma perspectiva tão ameaçadora, Ezequiel fugisse à sua responsabilidade. Ao fazê-lo, ele se identificaria com a própria rebelião que fora enviado a reprovar. Havia o perigo de ele se influenciar pelo ambiente de apostasia generalizada e perder o senso da malignidade do pecado. Há um veneno sutil na atmosfera de uma sociedade má. E difícil uma pessoa ter fé quando está rodeada dos que não têm fé, especialmente se professam ter as mesmas esperanças e aspirações que ela. E por isso que o maior perigo da igreja vem de dentro, não de fora. Se os chamados para ser líderes se insurgirem da mesma forma que a “casa rebelde”, então o que mais se pode esperar senão um completo afastamento de Deus? A história da apostasia de Israel revela o resultado destrutivo que ocorre quando as pessoas olham para o semelhante e confiam em lideres que praticam o mal.Come o que Eu te dou. Esta é uma profecia simbólica, e o profeta comeu o rolo do livro em visão, não na realidade (ver com. do v. 2). A figura é cheia de significado. A fim de comunicar a mensagem aos outros, o ensinador precisa primeiramente recebê-la de Deus. Depois, assimcomo a nutrição física introduzida no corpo se torna carne, sangue e ossos, a mensagem precisa ser assimilada e se tornar parte do mensageiro. O ensinador não pode ser capacitado para o serviço por um conhecimento superficial e incerto da mensagem. A mensagem precisa chegar ao mais íntimo de sua natureza, penetrar em sua mente e ser introduzida em todas as funções de sua vida espiritual; tem de se tornar parte do pensamento e da vida. |
Ez.2:9 | 9. Certa mão se estendia. Talvez esta mão tosse a dos quatro seres viventes. Ela representava os agentes intermediários por meio dos quais Deus comunica revelações aos Seus servos, os profetas (ver Ap 1:1). As mensagens propriamente ditas se originam em Deus; portanto, o profeta pode declarar com convicção: “Esta é a palavra do Senhor.’’ |
Ez.2:10 | 10. Escrito por dentro e por fora. Os livros antigamente eram escritos em pele oupapiro que eram emendados uns aos outros, formando longas tiras que eram então enroladas. Normalmente esses rolos eram escritos apenas de um lado. O que foi entregue a Ezequiel estava escrito em ambos os lados, para indicar abundância de assunto. A mensagem não era um evangelho de paz como o que os anjos levaram aos pastores de Belém quando Cristo, o Salvador, nasceu (Lc 2:13, 14). A mensagem desses anjos era “boa-nova de grande alegria” (Lc 2:10), mas esta de Ezequiel era uma profecia de “lamentações, suspiros e ais”. Contudo, a revelação da calamidade anunciada foi o meio que Deus usou para despertar corações endurecidos pelo pecado a fim de que pudesse curá-los com o bálsamo do evangelho. A medida que se desenvolvia seu ministério, muitas vezes, foi privilégio de Ezequiel temperar seus discursos de reprovação com apelos para a aceitação da misericórdia disponível.Capítulo 3I Ezequiel come o rolo. 4 Deus o anima 15 e lhe mostra sita obrigação para com a profecia. 22 Deus determina ao profeta o falar e o calar-se.a vida, esse perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. |
Ez.3:1 | 1. Come este rolo. Talvez uma pequena hesitação da parte de Ezequiel tenha exigido a repetição da ordem (ver Ez 2:8). A lição que Deus desejava ensinar requeria de fato uma ilustração dramática. Não cabia ao profeta escolher sua própria mensagem. A comida dele devia consistir em fazer a vontade daquele que o enviara e proclamar amensagem (ver Jo 4:34). Á inspiração é mais do que uma purificação e estimulação subjetiva das faculdades mentais. Elá uma comunicação de fatos externa e objetiva.A lição é também para o leitor da Palavra. Ele precisa receber a Bíblia como tendo sido enviada a ele. O ser humano não consegue criar a verdade divina; ela é descoberta apartir da Bíblia. A mensagem precisa ser assimilada de forma pessoal, consumida internamente; as verdades precisam se tornar parte da vida e do caráter. Esse é o meio pelo qual os seres humanos se tornam, em todo sentido, novas criaturas. |
Ez.3:2 | Sem comentário para este versículo |
Ez.3:3 | 3. Doce como o mel. Deve ter sido emocionante para Ezequiel compreender que havia sido chamado para ser cooperador de Deus, porta-voz de Yahweh para reprovar o pecado de seu povo. O chamado para o ofício profético é um privilégio, mas o perigo da exaltação própria está sempre presente. Paulo o temia (2Co 12:7), bem como Ellen G. White (ver Tl, 64, 65). A experiência inicial de Ezequiel, que foi de doçura, se transformou, mais tarde, em amargura, quando ele se viu face a face com a realidade da tarefa. Frequentemente, é assim que ocorre com os que são chamados para uma obra especial. Logo, a primeira emoção perde a força quando a pessoa precisa se defrontar com as duras realidades do dever. |
Ez.3:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.3:5 | 5. De estranho falar. A implicação é que, externamente, a tarefa seria mais fácil do que se o profeta fosse enviado aos pagãos, cuja língua ele não entendia e para os quais o idioma dele também seria estranho. A comissão era primariamente para “as ovelhas perdidas da casa de Israel” (ver Mt 15:24); não porque as outras nações estivessem fora da salvação, mas porque o propósito de Deus era tornar Israel um núcleo espiritual e uma força evangelizadora. Por meio do povo escolhido, Deus pretendia preservar entre os homens o conhecimento de Sua lei e expandir Seu reino espiritual. Os profetas reconheceram esse propósito. Uma porção considerável das profecias de Ezequiel foi devotada à enumeração dos juízos que cairíam sobre as nações vizinhas. Essas profecias constituíam um apelo para esses povos, pois lhes revelava qual seria sua história futura caso se recusassem a aceitar o plano de Deus (cf. Jr 18:7, 8; ver p. 13-17). |
Ez.3:6 | 6. Dariam ouvidos. Assim como fizeram o síro Naamã (Lc 4:27), a mulher siro- fenícía (Mt 15:21-28) e o centurião romano (Mt 8:5-12). As poderosas obras operadas em Corazim e Betsaida teriam sido mais do que suficientes para a conversão de Tiro e Sidom, ou de Nínive (Mt 11:21; 12:41). Israel, porém, tinha o coração mais endurecido do que as nações a seu redor.Em todas as épocas tem sido o propósito de Deus salvar o maior número possível de pessoas. “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso” (Ez 33:11). Deus não quer “que nenhum pereça” (2Pe 3:9). As fortes condenações dos escritos proféticos devem ser entendidas como predições de calamidades nacionais, e nunca como pronunciamentos de perdição eterna para as pessoas que compunham aquela determinada nação. Não importava a gravidade da predição de ruína nacional, as pessoas que compunham a nação ainda tinham a oportunidade de salvação pessoal. Nesse sentido é que, nos dias de Elias, havia 7 mil que não haviam dobrado os joelhos a Baal (lRs 19:18). |
Ez.3:7 | 7. Não Me quer dar ouvidos. A fim de que Ezequiel não ficasse desanimado pelo fato de os judeus se negarem a ouvir suas palavras, o Senhor lembrou o profeta de que eles já haviam se recusado a ouvi-Lo. “O servo não é maior do que seu senhor” (Jo 13:16). O servo não deve esperar receber melhor tratamento do que seu Senhor. Aquele que trabalha em prol dos semelhantes sente a recusa de forma dolorosa. Deve, por isso, se lembrar do desapontamento mais severo sofrido por seu Senhor, que na verdade é o verdadeiro rejeitado na pessoa de Seus servos. E verdade que o servo deve examinar seus esforços para ver se a misericórdia foi recusada devido a alguma deficiência de sua parte na apresentação da mesma. No entanto, muitos rejeitaram o próprio Senhor da glória. Poderíam Seus servos achar que são superiores a Ele?Toda a casa de Israel, Deve-se interpretar o significado desta expressão como sendo: “os israelitas em geral”. Nessa época, houve santos como Jeremias e Daniel, e, sem dúvida, muitos outros que, individualmente, conservaram a integridade diante de Deus. |
Ez.3:8 | 8. Duro, A raiz desta palavra é a mesma usada na primeira metade do nome de Ezequiel (ver p. 619), e é provavelmente usada com referência a seu nome. Talvez o profeta tivesse apresentado sua própria fraqueza em contraste com a obstinação dos pecadores impenitentes. Aqui está a promessa de que, por mais duros que fossem os israelitas, o profeta seria ainda mais forte e prevaleceria contra eles. Esta promessa não implica qualquer coerção para assegurar a aceitação da mensagem. Sob o governo de Deus, a aceitação é sempre um ato voluntário. |
Ez.3:9 | 9. Diamante. Do heb. shamir, “uma pedra de grande dureza”. Alguns eruditos acham que a referência seja ao esmeril. Shamir é traduzido como “diamante” aqui, em jeremias 17:1 e em Zacarias 7:12, mas o diamante era desconhecido naquela época. |
Ez.3:10 | 10. No coração. Estas palavras explicam o significado do ato de comer o livro (ver v. 1). A aparente inversão, neste versículo, do processo de recepção (primeiro, o coração e, depois, os ouvidos) é um exemplo de um tipo de transposição comum no hebraico.Todas as Minhas palavras. O profeta não deve se recusar a receber e a declarar todo o conselho de Deus (ver v. 11). |
Ez.3:11 | 11. Aos do cativeiro. Anteriormente (v. 4; cf. Ez 2:3) havia sido dito a Ezequiel que sua missão se destinava à casa de Israel. Depois, lhe foi dada a comissão mais específica de ir “aos do cativeiro”. Na época do chamado, 593/592 a.C. (ver com. de Ez 1:2), e por vários anos depois disso, os cativos eram apenas uma pequena parte da nação judaica. Depois da queda de Jerusalém, em 586 a.C., os cativos passaram a representar a grande massa do povo. A mensagem de Ezequielera para os cativos, a de Jeremias, para os que restaram em Judá, e a de Daniel, para a corte de Babilônia, com exceção da parte do livro que estaria selada até o tempo do fim (Dn 12:4; GC, 356). Assim, embora os três fossem contemporâneos, havia uma divisão em suas esferas de responsabilidade (ver p. 621). |
Ez.3:12 | 12. Levantou-me. A fase inicial da consagração de Ezequiel para o ofício profético termina aqui. Em espírito, ele é tirado da cena do trono, dos seres viventes e das rodas. Ao sair, ele ouve atrás de si o som de um grande “estrondo” (LXX, “terremoto”). O som é inteligível: é um tributo de louvor. Não há menção definida da origem do som, mas talvez, como em Isaías 6 e Apocalipse 4, o louvor viesse dos seres ao redor do trono. |
Ez.3:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.3:14 | 14. Excitação. Do heb. chemah, vocábulo traduzido como “ira” (Nm 25:11; etc.), “furor” (Gn 27:44; etc.) e “indignação” (Dt 29:28; etc.). O chamado de Deus, que fora tão doce para Ezequiel (Ez 3:3), em sua execução, transforma-se em algo amargo. A ira de Ezequiel talvez se devesse, em parte, aos pecados de seu povo. Além disso, a revelação da dificuldade da tarefa e de sua impossibilidade de sucesso, o medo do fracasso e, talvez, a consciência do despreparo para a tarefa, sem dúvida, contribuíram para deixar o profeta abatido. Experiência semelhante ocorreu no caso de Jeremias (Jr 20:8, 9; cf. Jr 9:2). |
Ez.3:15 | 15. Tel-Abibe. Do heb. Tel ’aviv, “monte - das espigas verdes de cereal”. Acredita-se, contudo, que o nome provenha do acadiano Til ahühi, “monte da enchente provocada pela tempestade”. Diz-se que esses montes de areia, produzidos pela ação do vento e da água, são comuns nas vizinhanças de Nippur (ver com. de Ez 1:1), e a crença popular é de que sejam relíquias do dilúvio. Contudo, não foi possível localizar Tel-Abibe com precisão.Sete dias. Alguns compararam este intervalo de sete dias de silêncio a um períodoCOM EN TÁ R IO B ÍB L IC O ADVENTíSTAde retiro na experiência de outros grandes líderes religiosos; por exemplo, aos 40 dias de Elias no monte Horebe (lRs 19:4-8), ao tempo de recolhimento de Paulo na Arábia (G1 1:17) e ao retiro do Senhor no deserto, após o batismo. Outros sugerem que a reação de Ezequiei foi devida a sua surpresa diante das condições que encontrou ou das atitudes que enfrentou. Ainda outros comparam o silêncio de Ezequiei à conduta dos amigos de jó, que se sentaram junto ao patriarca, no chão, por “sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma” (Jó 2:13). Contudo, o contexto parece sugerir que Deus não pretendia que houvesse tal demora. A mudez pode ter sido causada, em vez disso, pela amargura e indignação de espírito de Ezequiei. Provavelmente a conduta do profeta tenha sido de adiamento deliberado, se não de decidida recusa. A misericórdia de Deus esperou sete dias. Como, no fim deste período, não houve reação por parte de Ezequiei, a palavra do Senhor veio a ele em solene advertência. isso nos faz lembrar uma relutância semelhante, da parte de Ellen G. White, de tornar conhecido a outros o que o Senhor lhe havia revelado (Tl, 62-64). |
Ez.3:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.3:17 | 17. Atalaia. A figura é a de uma sentinela do exército na torre de vigia, cuja tarefa é advertir as pessoas de perigos que se aproximam (ver 2Sm 18:24-27; 2Rs 9:17-20). A palavra descreve a característica especial da obra de Ezequiei. O profeta devia pessoal mente vigiar pelo povo. |
Ez.3:18 | 18. Não o avisares. Quando via o perigo se aproximar, o atalaia devia tocar a trombeta. Quando visse os ímpios caminhando diretamente para a perdição, Ezequiei devia lhes falar, advertindo-os dos resultados que certamente adviriam dessa conduta. Em sua aplicação mais ampla, estas palavras devem se referir não só ao perigo e à morte física, mas ao perigo espiritual que poderia produzir um veredito demorte eterna diante do tribunal de Deus. As decisões desse tribunal significam vida eterna ou morte eterna para cada pessoa. A aniquilação é o destino final de todos os que persistirem na transgressão. O atalaia tem a responsabilidade de advertir acerca dessa sorte inevitável. Se não o fizer, isso pode resultar na perda de vidas.Muitas vezes, é feita a pergunta: “E justo que Deus permita que a salvação de uma pessoa dependa do fato de um outro indivíduo cumprir ou não sua responsabilidade de a advertirr” Deve-se responder que Deus é justo, mas que o pecado é tremendamente injusto. Deus trabalha para a salvação dos seres humanos de forma consistente com Seu caráter e em harmonia com as questões envolvidas no grande conflito. Ele não usa coerção. Isso coloca limites no que Ele pode fazer diretamente pela salvação de alguém. Contudo, quando outros cooperam com Deus em Seu esforço para salvar uma pessoa, há um aumento de influências que atuam sobre a mesma e uma probabilidade maior de que ela aceite o plano divino. Esta consideração jaz na base dos esforços missionários em favor de outros povos. Consideremos uma ilha não alcançada pela mensagem cristã. Por meio de Cristo, que “ilumina a todo homem” (jo 1:9), Deus está fazendo o que é possível para salvar todos os seus habitantes. Qualquer esforço a mais seria apontado pelo adversário como coerção. Contudo, com a chegada do missionário, as oportunidades se tornam maiores. Em resultado, mais pessoas poderão ser salvas. Assim, a acusação de injustiça, em vez de ser dirigida a Deus, precisa ser dirigida a nós. Somos nós que temos sido atalaias infiéis, e nos perderemos a menos que um arrependimento genuíno remova a culpa. |
Ez.3:19 | 19. Salvaste a tua alma. A responsabilidade do atalaia termina quando a advertência é dada adequadamente. Contudo, o atalaia bem pode perguntar: "Será quea advertência foi dada com a maior eficácia possível e se estendeu por tempo suficiente?”Os que recebem a advertência são deixados livres para escolher se a ouvirão ou não. Cada pessoa que se perder se encontrará nessa condição por escolha própria. Nenhuma culpa pode ser lançada sobre Deus, que proporcionou oportunidades adequadas a todos.As pessoas vivem ou morrem de acordo com a escolha que fizeram. Ezequiel enfatiza a responsabilidade pessoal, e não a nacional. Os israelitas individualmente não deviam se considerar perdidos pelo fato de a nação sofrer uma punição. Por outro lado, não deviam presumir que o arrependimento lhes era desnecessário individualmente porque tinham a Abraão como pai (iVlt 3:9). |
Ez.3:20 | 20. Tropeço, O propósito da pedra de tropeço é deter o pecador em seu caminho descendente e despertar nele um senso do perigo. Quando os pecadores são assim alertados, a voz do atalaia cumpre sua missão. A advertência no momento apropriado pode fazer com que se abandonem os maus caminhos. O deixar de proferir a advertência pode resultar no fato de os pecadores mergulharem de cabeça na destruição; portanto, seu sangue será requerido da mão do atalaia. Novamente se vê o quanto Deus tem decidido contar com a cooperação humana na obra da salvação (ver com. do v. 18).Suas justiças. Isto é, seus atos justos. Não há respaldo aqui para a crença popular de que a pessoa verdadeiramente justa não pode cair nem se perder no final. Só os que per- severarem até o fim serão salvos (Mt 24:13).Não serão lembradas. No plano de Deus, as recompensas não são calculadas com base na soma dos atos justos menos os pecados, ou vice-versa. No caso do justo que persevera até o fim, todo o registro da culpa é apagado, e sua recompensa é determinada com base em seus bons atos; o pecador, por outro lado, verifica que nenhum de seus atos justos é levado em consideração quando suapunição é determinada (ver Ez 18). Isto explica por que, quando os pecados são perdoados, não são imediatamente apagados. E conservado um registro até o tempo do julgamento, porque se o justo cair e se perder, todas as suas iniquidades, quer tenham ou não sido perdoadas em algum momento, são levadas em conta no cálculo de sua retribuição final (ver PJ, 251). |
Ez.3:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.3:22 | 22. .Mão do Senhor. O que Ezequiel ouviu evidentemente o encheu de um forte senso de sua responsabilidade. |
Ez.3:23 | 23. A glória do Senhor, A impressionante visão que Ezequiel tivera (Ez 1) retornou. A exibição da glória de Deus que o havia inspirado a aceitar sua missão, sem dúvida, o encheu de renovada certeza. Ele aceitou a repreensão por seu silêncio. A partir desse momento, Ezequiel se comporta como um servo humilde e obediente. |
Ez.3:24 | 24. Encerra-te. Provavelmente para que ele pudesse ter tempo para meditar a fim de se preparar para seu ofício. |
Ez.3:25 | 25. Cordas. Possivelmente, não um apri- sionamento real; pelo menos não há registro dele em qualquer parte do Livro. Se o significado são cordas figurativas, talvez a referência seja à obstinada recusa do povo em ouvir, tornando praticamente impossível que Ezequiel declarasse suas profecias. Assim, ele estaria como que amarrado. |
Ez.3:26 | 26. Que a tua língua se pegue. Como ocorreu com Zacarias (Lc 1:22), que não creu nas palavras do anjo, parece haver aqui uma repreensão a Ezequiel por sua recusa em falar quando lhe havia sido ordenado que o fizesse. Contudo, o Senhor usou a experiência para o bem. A mudez do profeta e a capacidade de falar, somente quando o Senhor abrisse sua boca, eram um sinal adicional, para aquela casa rebelde, de que as palavras ditas por Ezequiel eram 7ia verdade as palavras do Senhor. |
Ez.3:27 | 27. Ouça. Ver Alt 11:15; 13:9. A LXX traduz a segunda frase da seguinte forma:“Quem for desobediente, seja desobediente”, o que encontra eco em Apocalipse 22:11.Casa rebelde. Anterior mente, Deushavia Se referido a Israel como “povo de dura cerviz” (Ex 32:9). O mesmo espírito que os levou aos 40 anos de vagueação no deserto tornou então o cativeiro inevitável.Capítulo 4prepararás o teu pão.água por medida e com espanto; |
Ez.4:1 | 1. Toma. Estudiosos têm debatido se os estranhos eventos deste capítulo foram atos externos e visíveis, ou meras dramatizações apresentadas ao profeta em visão para serem relatadas ao povo. Entre as razões mencionadas para se crer que estes eventos foram representados visivelmente diante do povo estão as seguintes: (1) eles deviam ser um sinal para a casa de Israel (v. 3); e (2) houve incidentes semelhantes na experiência de outros profetas, sendo que os atos eram evidentemente externos: os chifres de ferro de Zedequias (lRs 22:11); o ato de ísaías de andar “despido e descalço” por três anos (ver com. de Is 20:3); os jugos de madeira de Jeremias (Jr 27:2); e o casamento de Oseias com uma prostituta (Os 1:3). Os atos de Ezequiel, de carregar seus pertences à v ista do povo e de abrir um buraco na parede (Ez 12:2-7) são claramente uma encenação visível que representa o cerco então por vir. Estas vividas representações, sem dúvida, objetivavam atrair a atenção, pois as imagens visíveis comumente causam impressões mais profundas na mente do que as palavras. Recursos ilustrativos semelhantes ainda são usados hoje na prática das cerimônias cristãs. O objetivo é gravar as verdades religiosas de maneira mais vivida.Tijolo. Do heb. levenah (Gn 11:3; Ex 1:14; etc.). Antigamente os tijolos eram usados para inscrições, e já foram descobertos muitos exemplares que comprovam tal prática. |
Ez.4:2 | 2. Põe cerco. Os cativos esperavam que Jerusalém tivesse sofrido seu último cerco. Encorajados pelos falsos profetas, eles tinham a esperança de que logo retornariam para a terra natal. Se cressem na predição deEzequiel de um novo cerco, isso esmagaria suas esperanças. Contudo, a destruição de sua amada cidade era inevitável. Os juízos iminentes foram retratados diante do povo por meio de símbolos significativos que falavam de forma mais eficaz do que as palavras.Fortificações. Do heb. dayeq, um substantivo coletivo que designa estruturas construídas para sitiar uma cidade, as quais provavelmente atingiam uma altura superior à do muro e, assim, não só proporcionavam um posto de observação como davam oportunidade para que os sitiadores atingissem os sitiados com flechas.Tranqueiras. Eram colinas construídas artificialmente para permitir que os sitiadores subissem nos muros.Aríetes. Pesadas vigas de madeira com pontas de ferro suspensas horizontalmente por cordas a partir de torres ou estruturas móveis. Essas vigas eram violentamente arremessadas contra os muros. Tais máquinas aparecem frequentemente em baixos- relevos assírios e parece terem sido usadas com frequência na época. |
Ez.4:3 | 3. Uma assadeira de ferro. Do heb. machavath, um tipo de chapa plana, utensílio de cozinha comum no Oriente (ver Lv 2:5). Talvez a chapa fizesse parte dos utensílios da casa do profeta. Foi usada para representar um escudo ou um muro de defesa construído pelo inimigo, por trás do qual se lançavam projéteis. O ferro provavelmente simbolizava a invulnerabilidade das linhas inimigas.Sinal. O fato de que essas vividas dramatizações deviam constituir um ‘‘sinal” dá forte respaldo ao ponto de vista de que este capítulo fala de eventos literais (ver com. do v. 1; sobre a palavra “sinal”, ver com. de Is 7:14). |
Ez.4:4 | 4. Lado esquerdo. A posição, provavelmente, devia-se ao fato de Samaria ficar ao norte de Jerusalém, isto é, à esquerda de alguém que estivesse voltado para o leste. Não é indicado que Ezequiel ficasse deitado continuamente, 24 horas por dia, durante o longo período aqui especificado. Provavelmente, só uma parte do dia era devotada a esta forma de pregação simbólica.Casa de Israel. Expressão usada em seu sentido restrito, aplicando-se às dez tribos.Levarás sobre ti a iniquidade dela. Há diferença de opinião quanto a se Ezequiel foi chamado para simbolizar o pecado de Israel ou sua pu nição. Possivelmente, ambas as idéias estejam envolvidas. Como outros profetas antigos, Ezequiel devia mesclar as mensagens de juízo com o bálsamo da misericórdia. Contudo, o pecado não podia ser passado por alto; precisava ser expiado. A ação de Ezequiel de levar sobre si a iniquidade de Israel, talvez indicasse que Deus estava disposto a perdoar o pecado dos judeus e a cumprir Seu propósito por meio deles, ainda que tardia mente. |
Ez.4:5 | 5. Trezentos e noventa dias. já foram apresentadas muitas interpretações deste período. Há os que preferem os números da LXX, de 150 dias para Ezequiel levar as ini- quidades de Israel, e 40 dias para levar as de Judá, sendo o total de 190 dias. Este ponto de vista não é isento de dificuldades, pois os 150 dias não representam os anos de cativeiro das dez tribos, deportadas em 723/722 a.C.Caso se aceitem os números da Bíblia hebraica, é preciso considerar que os 390 anos representam o período da apostasia de Israel. O período começou quando Jeroboão e as dez tribos se separaram de Judá. Essa cisão marcou o início do pecado de Israel. Havendo-se separado da monarquia estabelecida por Deus, o reino do norte sofreu sob uma longa sucessão de maus governantes; nenhum de seus reis foi temente a Deus. Mas aqui também há uma dificuldade.De acordo com a cronologia dos reis adotada por este Comentário (ver vol. 2, p. 124- 129), a separação das dez tribos ocorreu em 931 a.C. (ver vol. 2, p. 61, 62). Dali até a visão de Ezequiel, em 593/592, transcorrem 339 anos; até a queda de Jerusalém são 345 anos, e até o retorno do cativeiro são 395 anos. Pelo método já obsoleto de conciliar os sin- cronismos entre Judá e Israel, presumindo- se que houvesse intervalo entre os reinos, os 390 anos de Ezequiel eram antigamente calculados a partir de uma data anterior para a separação das dez tribos.Contudo, as especificações do período simbólico não são declaradas com precisão suficiente para que se use esse sincro- nismo como base para se estabelecer uma cronologia. |
Ez.4:6 | Sem comentário para este versículo |
Ez.4:7 | 7. Quarenta dias. Pela mesma analogia discutida no com. do v. 5, os 40 anos representariam os anos do pecado de Judá. Em contraste com Israel, judá permaneceu fiel aos governantes nomeados da casa de Davi. Contudo, um número cada vez maior de habitantes de judá havia mergulhado na idolatria; e, embora houvesse vários reis devotos no reino de Judá que buscavam conter a crescente onda de iniquidade, a trajetória da nação foi cada vez mais decadente. Uma das últimas grandes oportunidades de reforma ocorreu com o rei Josias, que, no oitavo ano de seu reinado, 'começou a buscar o Deus de Davi, seu pai” (2Cr 34:3). Foi uma nobre tentativa, mas, no que dizia respeito ao povo, não passou de uma obra superficial. Mais tarde, foi dito que eles tinham ido longe demais para reverter os juízos anunciados (2Cr 34:23-25). Se considerarmos o oitavo ano de Josias, 633/632 a.C., como o início do período especial de culpa de judá, dessa data até a primeira mensagem dada a Ezequiel, em 593/592 a.C. (ver com. de Ez 4:5) há exatamente 40 anos.Entre outras tentativas de aplicação desses períodos, pode ser mencionada a que somaCada dia por um ano. Literalmente, “um dia pelo ano, um dia pelo ano”. Esta expressão pode ser comparada com declaração semelhante, em Números 14:34: “Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos.” Nessas declarações se encontram as primeiras sugestões da escala profética que, mais tarde, figuraria extensamente na interpretação das grandes profecias de tempo, como a de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25) e a das "duas mil e trezentas tardes e manhãs” (Dn 8:14).Voltarás, pois, o rosto. Expressão que denota firmeza e estabilidade de propósito (ver Lv 17:10; 20:3, 5, 6; 26:17; Ez 15:7; 20:46). A firmeza de propósito devia ser "para o cerco de Jerusalém”. Isto devia ser leito durante os períodos em que o profeta estivesse deitado sobre cada um dos lados, levando figurativamente sobre si a iniquidade de Israel e de judá. A combinação desses atos pode ser melhor entendida à luz dos propósitos de Deus nessa época, segundo revelados por jeremias. Por meio de vários tipos e símbolos, bem como de claros pronunciamentos proféticos, Deus declarou aos remanescentes deixados em Judá que a única esperança de continuar seguros era renderem- se ao rei de Babilônia. Eles tinham ido longe demais em sua iniquidade, para poder escapar do castigo a sobrevir a Jerusaléme a seus habitantes; precisavam levar sobre si a própria iniquidade, e o cativeiro seria seu destino. Isso estava em oposição direta às orgulhosas ambições dos militaristas. Apoiados nos falsos profetas, eles rejeitaram o apelo de Jeremias e conti nuaram com seus planos de resistência. O próprio jeremias foi rotulado como espião e traidor. Os que estavam no cativeiro com Ezequiel partilhavam da mesma esperança. Em vez de pacientemente aceitar o plano de Deus de levar sobre si a sua iniquidade, e em vez de ir à raiz de todo o seu problema - um coração insubmisso eles esperavam em vão que a amada cidade subsistisse e que eles próprios logo voltassem ao país natal.Descoberto. Uma figura que simboliza o estar pronto para a ação. |
Ez.4:8 | 8. Eis que te prenderei com cordas. A natureza das cordas não é revelada, mas o simbolismo é evidente. A restrição simbolizava o caráter inexorável dos eventos preditos. Nada que as pessoas pudessem fazer, não importando a diligência com que o fizessem, seria capaz de impedir a devastação de Jerusalém e o cativeiro dos que ali restavam. |
Ez.4:9 | 9. Trigo. A ordem em que os itens são mencionados indica, sem dúvida, a escassez de alimentos no rigor do cerco. Não haveria estoque suficiente de trigo e de cevada para suportar o cerco, e seria necessário misturá- los com alimentos de qualidade inferior.Favas. Ver 2Sm 17:28.Lentilhas. Ver Gn 25:29, 34; 2Sm 17:28. Embora sejam omitidos na ARA, mais dois cereais são mencionados em outras versões: o primeiro, do heb. dochan, aparece somente neste versículo e é corretamente traduzido como “painço” (NVI). O segundo, do heb. kussemim, se refere à moderna “espelta” (Triticum sativum; ver NVI). Um pão que contivesse espelta entre seus ingredientes teria um gosto bastante desagradável. |
Ez.4:10 | 10. Comida. Do heb. maakal, “alimento [em geral]”.Vinte siclos. O equivalente a cerca de 200 g (ver vol. 1, p. 142), urna ração bastante escassa, suficiente apenas para manter a vida. |
Ez.4:11 | 11. A sexta parte de um him. Um him equivalia a quase quatro litros (ver vol. 1, p. 145), portanto, uma sexta parte disso seria 666 ml. A mínima porção de alimento e água de que Ezequiel devia subsistir tem sido descrita como sendo muito para alguém morrer e pouco para alguém viver. |
Ez.4:12 | 12. Sobre esterco. No rigor do cerco não restaria madeira para ser usada como combustível, e, à medida que o cerco continuasse, até o esterco de animais acabaria. Assim, as pessoas seriam forçadas a usar como combustível o conteúdo seco das latrinas de Jerusalém. |
Ez.4:13 | 13. Pão imundo. O significado provavelmente é que, no cativeiro, seria impossível aos judeus observarem os preceitos mosaicos relativos à dieta alimentar. |
Ez.4:14 | 14. Ah! Senhor Deus! Ezequiel protestou ante a ordem divina. Como Pedro (At 10:14), ele declarou que, até então, tinha sido escrupuloso observador da lei. Seu pedido foi ouvido e a ordem, atenuada. Foi-lhe permitido usar o que constituía um combustível comum para preparar comida naquela parte do mundo. |
Ez.4:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.4:16 | 16. Sustento de pão. Ver Ez 5:16; 14:13; cf. Lv 26:26; SI 105:16. Neste versículo, é mostrada a aplicação da representação profética. Aqui as condições de fome tão vividamente dramatizadas por Ezequiel são aplicadas a Jerusalém.Capítulo 5]0 Portanto, os pais devorarão a seus filhos no meio de tí, e os filhos devorarão a seus pais; executarei em ti juízos e tudo o que restar de ti espalharei a todos os ventos.que Eu, o Senhor, falei no Meu zelo, quando cumprir neles o Meu furor. |
Ez.4:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.5:1 | 1. Navalha de barbeiro. A ideia é que o profeta devia tomar uma espada, por causa de seu simbolismo, e usá-la como uma navalha. A figura da navalha é empregada como símbolo da devastação operada por um exército invasor (ver Is 7:20).Note-se que Ezequiel 5 contínua, sem interrupção, a narrativa profética iniciada em 4:1.Pela tua cabeça. Ezequiel é instruído a realizar um ato proibido como representação simbólica. Era ilícito a um sacerdote rapar a cabeça ou a barba (Lv 21:5). Desta vez, Ezequiel não faz nenhum protesto (ver Ez4:14). Ele sabe quando é justificável solicitar modificação ou reversão da ordem divina e quando deve prestar obediência.Balança. Possivelmente, uma representação da justiça e do cuidado com que Deus trata cada pessoa. Todos serão pesados e receberão a recompensa de maneira tão cuidadosa que, quando o julgamento de Deus for revelado, no fim dos séculos, nenhuma voz de discordância se ouvirá em toda a vasta criação. Do menor ao maior,todos serão levados a confessar: ‘'Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!” (Ap 15:3; ver GC, 669). |
Ez.5:2 | 2. No meio da cidade. Isto é, no meio do quadro que Ezequiel havia apresentado (Ez 4:1). A terça parte queimada simbolizava os que estavam na cidade e que pereceriam de peste e fome (Ez 5:12). A terça parte ferida com uma espada “ao redor da cidade” representava os que cairíam pela espada nas tentativas de escapar, como os filhos de Zedequias e o resto da comitiva do rei (Jr 52:10). A terça parte espalhada significava o pequeno grupo que, escapando da destruição, seria espalhado entre os pagãos. Porém, mesmo ali, a espada os seguiría (ver Ez 5:12). |
Ez.5:3 | 3. Nas abas da tua veste. Isto simboliza a proteção limitada que o remanescente que ficasse na terra recebería sob o comando de Gedalias (ver 2Rs 25:22; Jr 40:5, 6). |
Ez.5:4 | 4. No meio do fogo. Muitos dos remanescentes deixados deviam perecer pela violência, o que se cumpriu tragicamente na conspiração de Ismael contra Gedalias e nas calamidades provocadas por ela(jr 40; 41). Por causa disso, muitos desceram para o Egito, onde foram consumidos, segundo a profecia de Jeremias (Jr 42:13-17). Os que permaneceram na terra sofreram outra deportação por ordem de Nebuzaradã (jr 52:30), de forma que o resultado final foi o total esvaziamento do território da nação. |
Ez.5:5 | 5. No meio das nações. Aqui é apresentada a estratégica posição de Jerusalém, situada bem no meio dos países do antigo Oriente Médio, na encruzilhada das principais estradas da Antiguidade. Sua localização singular constituía uma das grandes oportunidades para Israel. Ao sul, ficava o Egito; a nordeste, a Assíria e Babilônia; e ao norte, os siros. Na costa, ficavam os filis- teus, e um pouco mais distante, na direção norte, os fenícios. Mais próximo, a leste, estavam os moabitas e amonitas, e ao sul, os edomitas.Deus colocou Seu povo ‘'no meio das nações” e planejou que se tornasse numa grande força evangelizadora pela qual o conhecimento do Deus verdadeiro devia se espalhar pelo mundo todo. Era Seu desejo que a nação de Israel fosse uma clara demonstração da superioridade da verdadeira religião sobre todos os falsos sistemas de culto. A experiência e a prosperidade de Israel deviam se tornar tão atrativas que todas as nações passariam a buscar o Deus dos israelitas (ver p. 13-17).A lição se aplica aos cristãos. De forma individualizada, Deus os colocou como luz para os vizinhos. Ele espera da parte deles uma demonstração da superioridade do cristianismo diante do mundo. Deseja que seja uma religião tão atrativa que outros também a busquem. |
Ez.5:6 | 6. Porém, se rebelou contra os Meus juízos. A rebelião é um ato deliberado, premeditado e planejado.Mais do que as nações. Isto deve ser entendido no sentido de que os israelitas tinham mais pecado porque possuíammais luz. Deus julga as pessoas com base na luz e nas oportunidades recebidas ou nas que poderíam ter, caso as tivessem buscado. Os que constituem a igreja de Deus têm concentrada sobre si a luz acumulada de todos os séculos. Deus espera deles um padrão mais elevado do que das pessoas de qualquer época anterior. Se forem desobedientes e resistirem à luz, como fez Israel, sua culpa será proporcional mente maior. |
Ez.5:7 | 7. Sois mais rebeldes. O significado do verbo hebraico é incerto. Segundo algumas autoridades, a frase poderia ser assim interpretada: “Porque estivestes em agitação [contra Deus], mais do que as nações que estão ao vosso redor” (ver ARA).Nem procedido. Vários manuscritos hebraicos omitem a partícula negativa. Assim, o significado seria perfeitamente claro (ver a tradução da NTLH). Caso a partícula negativa seja conservada, pode-se entender o significado desta parte do texto como se Israel não tivesse feito nem mesmo como as outras nações, pois elas haviam sido leais aos deuses que adoravam, enquanto Israel se rebelara contra o seu Deus. |
Ez.5:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.5:9 | 9. O que nunca fiz. Não está claro com o que as calamidades iminentes deviam ser comparadas; talvez com as grandes catástrofes do passado: o dilúvio ou a destruição de Sodoma. E verdade que nenhum desses dois eventos representou morte tão lenta quanto a que é predita no v. 10. O que parece claro é que Israel tivera mais oportunidades e privilégios do que os concedidos a outras nações. Consequentemente, a punição de seu pecado seria proporcionalmente mais severa e evidente do que a que Deus havia infligido ou iria infligir a qualquer outra nação. |
Ez.5:10 | 10. Devorarão a seus filhos. Moisés e, mais tarde, Jeremias predisseram este terrível juízo (Lv 26:29; Dt 28:53; jr 19:9). A predição se cumpriu no cerco dos siros a Samaria (2Rs 6:28, 29), no cerco dos cal- deus a Jerusalém (Lm 4:10) e no cerco finalda cidade por parte dos romanos (Josefo, Guerras, vi.3.4). Moisés também predisse o espalhamento dos israelitas “entre todos os povos" (Dt 28:64), |
Ez.5:11 | 11. Tão certo como Eu vivo. Umjuramento solene que ocorre 14 vezes em Êzequiel.Profanaste o Meu santuário. A profanação é mais plenamente descrita em Êzequiel 8.Retirarei. Ou, “diminuirei" (ARC). Vários manuscritos hebraicos e versões antigas dizem: “farei em pedaços" ou “destruirei" (ver NTLH). |
Ez.5:12 | 12. Uma terça parte de ti. Começa aqui uma explicação das ações simbólicas mencionadas na primeira parte do capítulo. O fogo (y. 2) significa fome e peste. |
Ez.5:13 | 13. E Me consolarei. Do heb. nacham. Geralmente entende-se o significado original como sendo o de "puxar o ar de maneira forçada", “suspirar", “arfar”, “gemer”. A palavra árabe correspondente significa “respirar arfando". E difícil conceber que Deus obtivesse consolo da execução de juízos tão terríveis. Ele próprio declara posteriormente: “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso" (Ez 33:11). Isaias fala do ato da destruição como uma “obra estranha" (Is 28:21). Oseias representa os sentimentos de Deus em lace do juízo necessário, da seguinteforma: “Como te deixaria, ó Efraim1? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te um Zeboimr Meu coração está comovido dentro de Mim, as Minhas compaixões, à uma, se acendem” (Os 11:8). A luz destas considerações, parece mais natural pensar no significado de nacham como um suspiro de dor ou alívio por terminar uma punição necessária, ou de ser isso o resultado de um plano que deveria ter sido tão diferente. |
Ez.5:14 | 14. Em desolação. Ver Lv 26:31. |
Ez.5:15 | 15. Escarmento. Isto é, “lição” ou “advertência". Jerusalém devia ter sido a grande lição objetiva na educação que Deus estava tentando dar à humanidade (ver p. 14-17). Sua posição estratégica a fez notória a muitas nações. Nessa situação, a calamidade, com o resultante reflexo negativo sobre a verdadeira natureza de sua religião, também ficaria amplamente conhecida. |
Ez.5:16 | 16. Fome. Os v. 16 e 17 recapitulam as tristezas de Jerusalém. Os juízos de Deus são, em outras passagens, representados como flechas (Dt 32:23; S! 7:13; 64:7). A presença de leras foi um juízo anunciado contra os judeus, juntamente com outras forças devastadoras (Lv 26:22; Dt 32:24). Animais selvagens, como leões e ursos, se multiplicavam quando a terra estava desabitada (ver 2Rs 17:25). “Sangue”, sem dúvida, se refere a morte violenta.Capítulo 6I O juízo sobre Israel por causa da idolatria. 8 Um remanescente será abençoado. IJ Os fiéis são exortados a lamentar as calamidades.montes, aos outeiros, aos ribeiros e aos vales: Eis que Eu, Eu mesmo, trarei a espada sobre vós e destruirei os vossos altos.vossos mortos à espada, diante dos vossos ídolos.todas as suas abominações. |
Ez.5:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.6:1 | 1. A palavra do Senhor. Esta frase indica o início de uma nova revelação, após um intervalo de silêncio entre a revelação anterior e esta. Contudo, a profecia está intimamente relacionada com a explicação dos símbolos usados no cap. 5. O intervalo não pode ter sido longo; o cap. 8 é datado do sexto mês do sexto ano, pouco mais de um ano depois do início das visões de Ezequiel. A frase “veio a mim a palavra do Senhor, dizendo” parece introduzir cada nova revelação de Deus. |
Ez.6:2 | 2. Vira o rosto. Esta é uma das frases características de Ezequiel (ver Ez 13:17; 20:46; 21:2, 16; 25:2; 28:21; 29:2; 35:2; 38:2).Para os montes. Uma figura poética que representa os habitantes dos montes (ver Ez 36:1; Mq 6:2). Em contraste com as amplas planícies onde estava Ezequiel, a Judeia era uma terra montanhosa.Além disso, os montes eram centros do culto idólatra (ver Dt 12:2; 2Rs 17:10, 11; jr 2:20; 3:6, 23; Os 4:13). |
Ez.6:3 | 3. Aos ribeiros. Os ribeiros e os vales são destacados, possivelmente porque também eram o cenário de atos idólatras abomináveis, como o sacrifício de crianças a Moloque no vale de Hinom (ver Is 57:5; Jr 7:31).Altos. Do heb. bamoth. Estes eram santuários ao ar livre onde o povo oferecia sacrifícios a Yahweh (ver com. de lRs 3:2). Contudo, pelo fato de os cananeus terem usado os bamoth como centro de idolatria, a adoração nesses lugares tinha a tendência de degradar a religião de Yahweh. Depois do estabelecimento do templo em Jerusalém, a cidade se tornou o centro legítimo de adoração a Yahweh. À medida que a idolatria se espalhava, esses altos se tornaram centros dos mais degradantes ritos pagãos. Os piedosos reis Ezequias e Josias procuraramderrubá-los (2Cr 31:1; 34:3, 4), mas sucessores idólatras os restauraram. |
Ez.6:4 | 4. Vossos altares de incenso. Do heb.chammanim, que provém da raiz chamam, “ser quente”. Da mesma raiz vem a palavra chammah, às vezes, usada poeticamente para se referir ao próprio sol (Ct 6:10; Is 30:26). A partir disso, alguns deduziram que os chammanim estavam ligados à adoração do soí. Mas isso não pode ser comprovado. Sabe-se hoje que os chammanim eram altares de incenso (ver com. de 2Cr 14:5). Faziam parte dos aparatos usados no complicado sistema de adoração de ídolos que é aqui condenado à completa destruição. O versículo remete a Levítico 26:30, em que Moisés pronuncia os mesmos juízos contra os judeus devido a seus maus atos.ídolos. Do heb. gilluiim, proveniente talvez da raiz galai, “rolar”, portanto, um objeto que podia ser rolado, como um tronco. Alguns sugerem uma conexão com gel, “esterco” (Jó 20:7; Ez 4:12, 15), sendo a referência, portanto, a um objeto desprezível. Gilluiim ocorre 39 vezes em Ezequiel e somente nove vezes em outras passagens do AT. Ironicamente, esses ídolos não mais seriam adorados pelos vivos, mas corpos inertes de adoradores mortos estariam diante deles (v. 5). |
Ez.6:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.6:6 | 6. Desfeitas. Do heb. machah, “completamente destruídas”, “aniquiladas”, “exterminadas”. Os israelitas deviam ter exterminado? os santuários idólatras dos cananeus e, assim, removido-os como fonte de tentação. Por terem deixado de atender à ordem divina, suas próprias obras seriam aniquiladas. |
Ez.6:7 | 7. Para que saibais. Em vez de reconhecerem a Deus e darem ouvidos às revelações divinas, eles “zombavam dos mensageiros, desprezavam as palavras de Deus e mofavam dos seus profetas, até que subiu a ira do Senhor contra o Seu povo, e não houve remédio algum” (2Cr 36:16). Recusaram-se a reconhecer a genuinidade da mensagemdivina até serem rudemente sacudidos pelo castigo anunciado por esses profetas desprezados. O cumprimento da profecia constituiu o seio divino que atestava a legitimidade do profeta e de sua obra.Em sua idolatria, os israelitas compararam Yahweh com os deuses dos pagãos e O consideraram como urna das muitas divindades que deviam ser adoradas. A escolha dos deuses se baseava em qual, na opinião deles, lhes traria mais prosperidade (ver 2Cr 28:23). Ao combater essa filosofia des- moralizadora, os profetas apresentaram duas principais linhas de evidência para provar a superioridade do verdadeiro Deus sobre os deuses apenas de nome: primeiro, o poder criador de Yahweh; e, depois, Sua capacidade para predizer o futuro (Is 45; Jr 10). Essa última evidência é aqui apresentada como a que eventualmente arrancaria dos lábios dos israelitas a confissão de que Yahweh é, afinal, o Deus único e verdadeiro. Deus havia esperado que esse reconhecimento ocorresse enquanto ainda havia remédio. Mesmo assim, Deus relutou em permitir que Seus escolhidos colhessem os frutos de sua própria incredulidade obstinada.A profecia e seu cumprimento são apresentados em outras passagens como razão para se crer: “Disse-vos agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais” (Jo 14:29). Esta constitui, talvez, a mais poderosa evidência de que as Escrituras são de origem divina e de que Deus é o que declara ser. A profecia é o argumento contra o qual os céticos ainda não encontraram uma refutação lógica. Hoje há uma abundância de evidências proféticas. Os que se recusam a reconhecer a validade delas e, dessa forma, os reclamos do Deus que as proferiu, serão finalmente forçados, como o Israel do passado, a reconhecer a soberania do Deus vivo e verdadeiro.A expressão “para que saibais” ou seu equivalente (do heb. yada) ocorre 88 vezesem Ezequiel, e é a nota tônica do livro. Por “não saber” Israel foi levado ao cativeiro (Is 1:3; 5:13; Os 4:6). O cativeiro foi um processo educativo. Por meio da dura adversidade, o povo de Deus devia aprender o que não aprendeu em tempos de prosperidade (ver p. 18, DTN, p. 28). |
Ez.6:8 | 8. Um resto. Um lampejo de esperança em meio à profecia de castigo, como frequentemente ocorre nas mensagens proféticas. Alguns seriam comovidos pelas duras condições e reconheceríam ter procedido impia- mente, e, em certa medida, se voltariam para seu Deus. Através desse remanescente, Deus procuraria cumprir as promessas.A ideia de um remanescente se baseia no fato de que a salvação é assunto individual, isto é, de escolha pessoal. De uma igreja, Deus pode salvar apenas aqueles cuja experiência está à altura do padrão estabelecido. Assim, do grande corpo de cristãos dos últimos dias, somente os que pertencem ao remanescente é que “guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Ap 12:17). Não é desejo de Deus que apenas alguns se salvem. Ele não quer que ninguém pereça (2Pe 3:9). Mas, por seu livre-arbítrio, o ser humano precisa escolher a salvação e, por meio do auxílio divino oferecido, estar à altura do padrão. |
Ez.6:9 | 9. Pois Me quebrantei. Algumas versões dizem: "Eu quebrantei", isto é, Deus quebrantou o coração deles para levá-los ao arrependimento.Olhos. Mencionados aqui, provavelmente, como o meio pelo qual o coração deles foi seduzido para o mal.Que se prostituiram. A apostasia é descrita mediante a figura da infidelidade matrimonial (ver Jr 3:20).Terão nojo de si mesmos. A abonai - nação própria é um dos sinais da tristeza segundo Deus que, tendo permissão para agir de maneira completa, leva ao arrependimento (2Co 7:10). Se assim não for, a abominaçãoprópria representa apenas remorso pelas consequências do erro. Foi esse remorso que a maioria dos israelitas alimentou. Contudo, alguns na verdade experimentaram a tristeza segundo Deus. Como Jó, exclamaram: “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:6). A verdadeira tristeza se produz da seguinte forma: Deus detém uma pessoa que seguia em sua conduta obstinada e lhe ordena que se examine diante do espelho da perfeita lei divina. À luz dessa lei, que é a glória do imaculado Jesus, a alma descobre que está corroída pelo pecado. A exaltação própria se desvanece, e tem início a abominação própria. Quando, nessa condição, o pecador se lança impotente sobre Jesus e confia inteíramente em Seus méritos divinos, seu arrependimento é aceito. |
Ez.6:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.6:11 | 11. Bate as palmas, bate com o pé. Deus ordena a Ezequiel que, através de dois gestos exteriores, exprima um misto de emoções: assombro, espanto, indignação, clespra- zer, dor, tristeza e piedade, primeiramente pelo pecado que contemplou e, depois, pelos males que está predizendo (ver Ez 22:13; cf. Nm 24:10; Jó 27:23). |
Ez.6:12 | 12. O que estiver longe. Não haveria escape desses juízos. Todos, onde quer que estivessem, seriam alcançados. |
Ez.6:13 | 13. Todo outeiro alto. Esta é uma caracterização mais completa das localidades em cjue o povo havia erigido santuários idólatras (ver v. 6). O topo das colinas era o lugar favorito para o erguimento desses santuários. |
Ez.6:14 | 14. Dibla (NVI). Este local não pode ser identificado com certeza. O nome não aparece em nenhuma outra passagem da Bíblia. Almom-Diblataim, uma forma dual, é mencionada em Números 33:46 e 47, e Bete- Diblataim, em jeremias 48:22. Essas duas cidades, que talvez sejam a mesma, ficavam em Moabe e, provavelmente, possam ser identificadas com a moderna Khirbet Deleilât esh-Sherqíyeh, que fica no planalto orientalque faz fronteira com o grande deserto que se estende em direção ao leste. Outra possibilidade é que o “r” hebraico tenha sido confundido com o “d” já que as duas letras são muito semelhantes, e que, em vez de “Dibla”, a palavra devia ser “Ribla” (ARA). Ribla fica cerca de 80 km a sudoeste de Hamate.A cidade foi usada por reis egípcios e babilônios como base para operações militares na Síria (2Rs 23:33; 25:5, 6). A expressão “desde o deserto até Ribla” seria análoga a “desde Dã até Berseba”. Assim, toda a região desde o deserto, ao sul, até Ribla, ao norte, se tornaria um deserto.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 11 - PE, 34, 56; Tl, 363Capítulo 7castigarei, e as tuas abominações estarão no meio de ti. Sabereis que Eu, o Senhor, é que firo.Meu recesso; nele, entrarão profanadores e o saquearão. |
Ez.7:1 | 1. A palavra do Senhor. A repetição desta frase (ver com, de Ez 6:1) sugere que houve outro período de silêncio, que, nesta seção, é seguido por nova comunicação profética. Este capítulo trata da iminência e da magnitude dos juízos anteriormente preditos. O capítulo é mais poético do que as mensagens precedentes e pode ser considerado como um cântico de lamentação. |
Ez.7:2 | 2. Fim. A repetição desta expressão é sem duvida para ênfase (ver v. 6; cf. Ez 12:21-28). Esta é a nota tônica de Ezequiel 7.Quatro cantos. Literalmente, ‘quatro alas ”. A expressão hebraica equivale à expressão: “os quatro pontos cardeais”, ou “norte, sul, leste e oeste” (ver Is 11:12; Ap 7:1). E predito o fim de Israel como nação. |
Ez.7:3 | 3. E te julgarei. Os v. 3 e 4 são repetidos de maneira quase idêntica nos v. 8 e 9. Estas passagens representam um tipo de estribilho no cântico de lamentação, que dá mais força às acusações.Segundo os teus caminhos. Ver Ap 22:12. Certos psicólogos afirmam que o serhumano não é responsável por seus atos. Alegam que ele é vítima de desordens glandulares ou de um sistema nervoso instável, ou ainda de ambiente inadequado. A religião bíblica afirma e demonstra que o poder do evangelho é maior do que todas as tendências para o mal, sejam herdadas ou cultivadas. |
Ez.7:4 | 4. Nem terei piedade. Isto é, Deus não deixará, por Sua piedade, que é um atributo integrante de Seu caráter, de cumprir os juízos. Aqui, a palavra traduzida como “piedade” não se refere à emoção da piedade, mas àquilo que alguém faz quando tem piedade. Outro exemplo interessante dessa mudança de significado é a palavra hebraica paqad, que basicamente significa “visitar”. Ela também assume o significado daquilo que alguém faz como resultado da visita, e assim é frequentemente traduzida como “punir” ou “castigar” (Is 13:11; Jr 21:14). |
Ez.7:5 | 5. Mal após mal. Ou, “um só mal” (ARC), talvez no sentido de “um mal singular” ou “um mal definitivo”, um mal completo em si, que não exige repetição.Muitos manuscritos hebraicos e também os Targuns (paráfrases aramaicas das Escrituras hebraicas), pela mudança de uma letra, traduzem a passagem como “mal após mal” (tradução seguida pela ARA). A palavra “mal” (do heb. rciah) significa não apenas mal no sentido moral, mas também “calamidade” ou “desastre”. E este último significado que se aplica ao versículo em questão. Calamidades após calamidades sobreviriam a Juclá. |
Ez.7:6 | 6. Despertou-se. Do heb. quts. A palavra também ocorre em Salmo 3:5; 73:20; Daniel 12:2; etc. Há um jogo de palavras no hebraico que não pode ser reproduzido na tradução. A palavra para "fim” (qets) tem quase o mesmo som que o verbo “despertou-se" (quts). O castigo predito estava se despertando para cumprir sua tarefa de destruição. |
Ez.7:7 | 7. Sentença. Do heb. tsefirah, cujo significado é incerto. O termo ocorre somente aqui, no v. 10 e em Isaías 28:5, em que é traduzido como "coroa”. A raiz da qual esta palavra talvez seja derivada significa “trançar”, “entrelaçar”. A tradução “sentença” (ARA) e “manhã” (ACF) são conjecturais e tentam aplicar um significado metafórico ao termo.Alegria. Do heb. hed, uma palavra que, no AT, ocorre apenas nesta passagem. Provavelmente, em vez de hed, a palavra que devia estar escrita aqui seria hedad, um grito de alegria dos que prensavam uvas (ver jr 25:30; 51:14). No lugar desse grito alegre estaria o barulho discordante e aterrador da batalha e da guerra. |
Ez.7:8 | 8. Julgar-te-ei. Os v. 8 e 9 repetem, em grande parte, os v. 3 e 4, sendo que a última lrase é mais enfática: “Sabereis que Eu, o Senhor, é que firo." |
Ez.7:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.7:10 | 10. Floresceu avara. Intérpretes judeus geralmente entendiam que a vara é uma referência ao conquistador caldeu, como a vara da ira do Senhor. Do mesmo modo que um rebento, seu poder estava crescendo, dando sinais de grande vitalidade, tomando rapidamente a forma que capacitaria o conquistadora desferir fortes golpes. A tradução “violência" (NTLH) parece ser uma tentativa de dar um significado metafórico para “vara”, conseguindo assim um paralelo melhor com o substantivo abstrato "soberba”. A “soberba” também poderia ser aplicada aos caldeus ou, então, a Israel, que no caso teria causado sua própria punição por causa de sua altivez. |
Ez.7:11 | 11. Levantou-se a violência. A construção literária indica que o escritor estava impressionado, pois falou por meio de declarações curtas e incisivas, e omitiu alguns verbos, um estilo que toma o sentido um pouco obscuro. Traduzida de maneira literal, a passagem diz: “A violência se levantou numa vara de impiedade, não deles, não de sua multidão, e não de [? - o significado da palavra hebraica é incerta]; e não lamentação [LXX, ‘ornamento’, ‘beleza’] neles.” “Lamentação” é a interpretação judaica do heb. noah. Talvez se alguém estivesse presente e ouvisse a cadência da voz de Ezequiei, e visse seus gestos e sua expressão facial, o significado seria claro. Se “lamentação” for a interpretação correta, o sentido seria que os ritos usuais de sepultamento não seriam realizados. Se o significado for “beleza”, então a passagem enfatiza que toda atratividade ou distinção seria aniquilada. |
Ez.7:12 | 12. O que compra não se alegre. Um aspecto importante da atividade israelita estava na compra e venda de terras. Segundo a lei (Lv 25:14-16), a posse em caso algum se estendia para além do ano do jubileu, ocasião em que todas as terras voltavam para quem as possuía por direito de herança. A venda de imóveis a preços baixos natural mente traria alegria ao comprador. Por outro lado, as pessoas geralmente dispõem de suas propriedades com tristeza, por terem de (rans « ferir seus direitos a outros. Uma vez que o cerco estava próximo, Ezequiei declara queo comprador não terá motivos para se alegrar, porque não desfrutará o que comprou; e o vendedor não terá motivos para lamentara perda de suas posses pela venda porque, de qualquer forma, o cativeiro iminente o privaria de sua propriedade. |
Ez.7:13 | 13. Não voltará atrás. O vendedor, sem dúvida, estava numa idade em que dificilmente podería esperar viver até o término dos 70 anos de cativeiro, e o ano do jubileu não lhe seria de nenhum proveito estando cativo. |
Ez.7:14 | 14. Não há quem vá. Uma figura que ilustra a falta de ânimo, talvez devido a uma consciência de culpa que finalmente levou os judeus a perceberem que não podiam esperar receber a ajuda de Deus. |
Ez.7:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.7:16 | 16. Como pombas. Uns poucos escapariam e encontrariam refúgio nas montanhas, mas a condição deles seria de extrema dificuldade.Gemendo. Do heb. hamah, palavra usada para o bramido de ursos (fs 59:lf), o latido de cães (SI 59:6, 14) e o tumulto de nações (SI 46:6). Ouando o pecado produz seus amargos resultados, muitas vezes, há dolorosos pesares. Infelizmente, esses pesares são pelas duras consequências do mal, em vez de pelo fato de o pecado desonrar a Deus. Os seres humanos anseiam o livramento das consequências, e não necessariamente a libertação da culpa e do poder do pecado; porém este deve preceder o anterior.Na segunda parte do versículo, a LXX diz: '‘Farei com que todos morram, cada um em suas iniquidades.” A versão Siríaca diz: “todos eles morrerão”, como se o manuscrito hebraico do qual a tradução foi feita trouxesse niuth em vez de hamah. |
Ez.7:17 | 17. Em água. Uma figura que expressa a debilidade e o desamparo geral dos fugitivos. As mãos que deveríam ter sido fortes para empunhar armas de guerra e construir fortif icações não se moviam. Os joelhos, que deveríam ter sido fortes para ficar em pé na batalha ou correr da espada desembainhada, recusavam-se a reagir. |
Ez.7:18 | 18. De pano de saco. No Oriente este é um sinal comum de tristeza, humilhaçãoe miséria. O horror resultava da terrível apreensão diante dos males crescentes, e a vergonha era decorrente dos desapontamentos, da culpa consciente e da desilusão.Calva. A calvície era, muitas vezes, autoinfligida como sinal de grande tristeza (ver Is 15:2; Jr 7:29; 48:37; Am 8:10). |
Ez.7:19 | 19. Sua prata. Provavelmente, uma referência ao ato de jogar fora coisas valiosas durante uma fuga, ou uma referência aos ídolos, que se demonstrariam inúteis no dia da calamidade.Será como sujeira. Isto é, seria considerado algo impuro. A palavra hebraica usada aqui é a mesma usada em Levítico 15:19 a 33. |
Ez.7:20 | 20. De tais preciosas joias fizeram. O texto massorétieo usa a terceira pessoa do singular nesta frase (como ARC), mas a Siríaca e a versão de Símaco da LXX usam a terceira pessoa do plural (como ARA e outras). As pessoas haviam usado as riquezas, a prata e o ouro para fazer ídolos detestáveis, que Deus abominava.Soberba. Ou, “orgulho”. Do heb. gaon, palavra usada também em outras passagens (Lv 26:19; Jó 35:12; SI 59:12; etc.). Obviamente uma referência ao santuário, sagradamente guardado de toda intrusão, e que constituía o centro da vida religiosa e nacional de Israel. |
Ez.7:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.7:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.7:23 | 23. Cadeia. Do heb. rattoq, cujo significado é incerto. Em toda a Bíblia, rattoq ocorre apenas nesta passagem; embora uma forma feminina, rethuqoth, seja traduzida como “cadeias”, em Isaías 40:19. A LXX continua a ideia do versículo anterior e traduz a frase inicial deste versículo da seguinte forma: “e causarão desordem”. Se a tradução correta aqui é realmente “cadeia”, o profeta estaria predizendo acontecimentos por meio de encenação. Assim como foi ordenado a Jeremias que f izesse correias e canzis (Jr 27:2), talvez tenha sido dito a Ezequiel que encenasse o cativeiro iminente, quando tanto o rei como o povo seriamuuylevados ein cadeias para Babilônia (2Rs 25:7; Jr 40:1). |
Ez.7:24 | 24. Os piores de entre as nações. Isto é, os caldeus.Seus lugares santos. O pronome “seus” indica que Deus não mais considera os israelitas como pertencentes a Ele. O plural pode denotar o templo com reierência a seus lugares santos. Repetidas vezes, esta forma plural ocorre em Hebreus para o santuário, e ela nem sempre é traduzida de maneira consistente naquele livro, mas, em todos os casos, refere-se ao santuário celestial, que consiste de dois compartimentos. Alguns acham que a referência aqui não seja ao templo, mas a santuários particulares erigidos na cobertura das casas e em jardins. |
Ez.7:25 | 25. Destruição. Do heb. qejadah, palavra que ocorre apenas aqui. Vem de uma raiz verbal que significa “rolar juntos”. Assim, qejadah pode se referir às contorçõescausadas pelo medo. A referência é, sem dúvida, ao horror e à aflição que acompanham grandes juízos, assim como Cristo descreveu vividamente: “Haverá homens que desmaiarão de terror” (Lc 21:26). |
Ez.7:26 | 26. Rumor. Isto pode ser comparado com a expressão “guerras e rumores de guerras” (Mt 24:6; cf. Lc 21:9). A circulação de rumores incertos em época de invasão e de guerra intensifica a aflição. Por isso é dito que, em período de angústia, em vão se buscam as principais fontes de instrução: profetas, sacerdotes e anciãos (ver lSm 28:6; Jr 5:31; 6:13; 23:21-40; 28:1-9; Lm 2:9; Am 8:11; Mq 3:6). |
Ez.7:27 | 27. O rei se lamentará. O rei, o príncipe (às vezes, sinônimo de “rei”, como em Ez 12:12; 19:1; aqui, talvez, o herdeiro do trono) e o povo comum - todas as classes da população - sofrem da mesma forma.Saberão. Ver com. de Ez 6:7.Capítulo 8me levantou entre a terra e o céu e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus. |
Ez.8:1 | 1. Sexto ano. Isto é, do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2), 592/591 a.C. (ver p. 624). Uma nova série de profecias começa aqui e se estende até o final do cap. 19. A data mostra que a série começa pouco mais de um ano após o chamado de Ezequiel para o ofício profético (ver Ez 1:2). Desde sua primeira visão, o tempo de Ezequiel havia sido dividido em sete dias (3:15), 390 dias (4:5) e 40 dias (4:6), 437 dias ao todo, a menos que tenha havido sobreposição. Tem-se afirmado que esse período não pode ser encaixado entre as datas das duas visões, já que o intervalo entre elas foi de 14 meses lunares, ou de 413 dias. Há uma considerável diferença de opinião quanto à aplicação desses períodos e, além disso, não era necessário que eles tivessem terminado para só então haver uma nova revelação (ver com.de Ez 4:5). Por outro lado, a fim de ajustar seu ano lunar com o solar, os judeus acrescentavam um mês extra a cada dois ou três anos. Se o quinto ano, que estamos considerando, loi um ano em que houve intercala- ção (como provavelmente foi, de acordo com o ciclo de 19 anos), o mês extra aumentaria o total para 442 dias.Sexto mês. Setembro de 592 ou 591 a.C. (ver p. 624).Anciãos. Talvez representassem certo grau de organização civil preservada durante o cativeiro e não proibida pelos babilônios. E possível que eles, juntamente com os sacerdotes exilados, se consultassem mutuamente com frequência a respeito de assuntos públicos. O fato de os anciãos consultarem ao Senhor sobre a situação em que se encontravam (ver Ez 14:1; 33:31) deixa claro queEzequiel já era um respeitado profeta entre os cativos. |
Ez.8:2 | 2. Figura como de fogo. Ezequiel não descreve o ser como alguém que possuía forma humana, mas a menção de lombos e de “uma semelhança de mão” (v. 3) implica que esse era o caso. A LXX diz "homem”, em vez de “fogo”. Foi apresentada a Ezequiel outra teofania (ver com. de Ez 1:1). A visão ocorreu enquanto os anciãos estavam assentados diante do profeta. Eles evidentemente nada viram, mas o estado de Ezequiel em visão, sem dúvida, os preparou para ouvir, ao término da visão, “todas as coisas que o Senhor [...] havia mostrado” ao profeta (Ez 11:25). |
Ez.8:3 | 3. O Espírito me levantou. Não sedeve supor que Ezequiel foi literalmente transportado em corpo. Os deslocamentos ocorreram, sem dúvida, em visão (ver com. de Dn 8:2). Mas, como Paulo, Ezequiel não era capaz de dizer se estava no corpo ou fora dele (ver com. de 2Co 12:3).Da porta do pátio de dentro. Esta era uma das portas que levava do pátio do povo para o pátio dos sacerdotes. O relato da construção do templo de Salomão não menciona portas que levassem de um desses pátios para o outro, mas há evidências de que havia essas portas no templo de Herodes, em época posterior. Era um dos locais que mais atraíam a atenção no templo, e onde as pessoas se reuniam em grande número.Imagem. Do heb. semel. A palavra ocorre em mais quatro versículos (Dt 4:16; 2C r 33:7, 15; Ez 8:5), nos quais é traduzido como “ídolo”. Há várias conjecturas quanto a quem esta imagem representava: Baal, Moloque ou Astarote. No entanto, talvez a expressão "imagem dos ciúmes” não represente o nome de qualquer divindade pagã em particular, mas apenas descreva uma imagem que provocasse os ciúmes do Senhor. A colocação de um deus rival no local dedicado à adoração de Yahweh produziria tal efeito.Talvez houvesse ídolos pagãos no templo nessa época. Desde os dias de Salomão, que erigiu locais de culto para os vários ídolos de suas esposas “sobre o monte fronteiro a Jerusalém” (lRs 11:7), se evidenciou uma crescente propensão para a idolatria. Possivelmente, por pressão do rei assírio, Acaz colocou um altar idólatra dentro do próprio templo, mudando o altar de bronze para o norte, a fim de abrir espaço para o mesmo (ver com. de 2Rs 16:10-16). Mais tarde, Manassés “edificou altares na Casa do Senhor” (2Rs 21:4). Com exceção cie josias, os subsequentes reis de Judá foram ímpios. E totalmente possível que tenham usado a área do templo para o culto idólatra. |
Ez.8:4 | 4. A glória. A presença da glória de Deus mostra que Ele estava ciente da idolatria do povo e examinaria os segredos de seu culto. |
Ez.8:5 | 5. Para o norte. Isto indica que, em visão, Ezequiel estava dentro do pátio dos sacerdotes; se assim não fosse, ele não pode- ria ter olhado para o norte e visto o ídolo no portão localizado nessa direção. A imagem já havia sido mencionada (v. 3), mas a atenção do profeta é dirigida para ela de maneira mais específica. Não era suficiente que ele a visse apenas de passagem. |
Ez.8:6 | 6. Para que Me afaste. No hebraico, o verbo está na forma infinitiva sem sujeito expresso. Pode-se considerar que o povo é que deveria ser afastado ou que o Senhor é quem abandonaria o santuário. A última opção parece ser a mais provável. O povo esperava que Deus protegesse o templo e a cidade. O profeta devia informá-los de que, por causa de sua iniquidade, tanto a cidade quanto o templo seriam entregues à destruição.Maiores abominações. Este é um refrão contínuo neste capítulo (v. 13, 15). O profeta é conduzido como que através dos sucessivos estágios de uma trama de idolatria. |
Ez.8:7 | 7. Porta do átrio. Anteriormente, Ezequiel estivera dentro do átrio interno (ver com. do v. 5). Desta vez, é levado à portaem si, que, aparentemente, estava rodeada de câmaras (ver Jr 35:4; Ez 40:44). |
Ez.8:8 | 8. Cavei. Isto foi feito em visão. O objetivo desta parte da visão era, sem dúvida, enfatizar o sigilo envolvido nas atividades que o profeta veria. |
Ez.8:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.8:10 | 10. Pintados. Ou, esculpidos em relevo. Alguns comentaristas identificam esses ritos idólatras como se fossem de origem egípcia; outros, como se fossem de origem babilô- nica. A palavra traduzida como “pintados” ocorre novamente em Ezequiel 23:14, referindo-se especificamente às imagens babilô- nicas. E provável que as figuras não tivessem urna origem única, mas que representassem ritos de origens diversas. |
Ez.8:11 | 11. Setenta. Possivelmente, um número arredondado. O grupo não deve ser confundido com o Sinédrio, que só passou a existir após o cativeiro. O grupo foi visto em visão, não em realidade; é, portanto, irrelevante discutir se os pátios do templo tinham ou não uma câmara grande o suficiente para acomodar tantas pessoas.Jazanias. Alguns o identificam com “Jazanias, lilho de Azur”, um dos príncipes iníquos mencionados em Ezequiel 11:1. Isto não pode ser estabelecido com certeza, e também não é possível saber se o Safã aqui mencionado foi o escriba que trabalhou para o rei josias (2Rs 22:8, 9). Caso tenha sido, a referência a ele aqui, como o ancestral de Jazanias, talvez tenha o propósito de mostrar o contraste entre o caráter dos dois homens e revelar o declínio moral dos líderes.Seu incensário. Para culminar, os 70 anciãos estavam todos agindo como sacerdotes e oferecendo a seus ídolos pintados o incenso que ninguém tinha o direito de usar, a não ser os filhos de A oi o (2Cr 26:16-18), e que devia ser oferecido unicamente ao Deus verdadeiro. |
Ez.8:12 | 12. O Senhor não nos vê. Eles não negavam a existência de Deus nem Sua providência, mas pareciam pensar em Yahwehcomo uma divindade local que haviam renunciado. Ezequiel coloca a filosofia do grupo na forma de um ditado popular, o que constitui um traço característico de seu estilo (ver Ez 9:9; 11:3, 15; 12:22, 27; 18:2, 25, 29; 33:10, 24, 30; 35:12; 37:11). |
Ez.8:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.8:14 | 14. Tamuz. Um deus adorado pelos babilônios sob o nome de Diiüzii e designado de várias formas: como irmão, filho, marido ou amante da deusa íshtar. Tamuz era o deus da vegetação e dos pastos e patrono dos rebanhos. De acordo com a tradição antiga, ele morria anualmente e descia ao mundo subterrâneo. Seu falecimento era marcado pela seca das colheitas, dos pastos e dos veios cfágua durante o calor do verão. Sua morte era comemorada por festividades públicas de lamentação e pelo entoar de cantos fúnebres no quarto mês do ano semítico (duzu ou tamuz, que começava em junho ou julho; ver vol. 2, p. 100). Cria-se também que, anualmente, íshtar descia ao mundo subterrâneo para despertar o deus morto, e que o despertamento e a volta de Tamuz faziam com que a vegetação florescesse novamente. Os gregos preservaram uma história semelhante em seu mito de Demétrio e Perséfone.Tamuz foi adorado em Babilônia, na Assíria, Fenícia e Palestina. Na Fenícia, seu culto tomou a forma da adoração a Adônis (da palavra semítica adhon, “senhor”), uma divindade fenícia local. O nome Adônis foi transmitido aos gregos, cujo mito de Vê nus e Adônis foi propagado por meio dos romanos. Embora a tradição primitiva tenha identificado Tamuz com Vlònis. na verdade, o culto a Adônis era apenas uma das formas da difundida adoração a Tamuz. Não se sabe quando o culto foi pela primeira vez adotado pelos judeus.O fato de o festival de Tamuz ocorrer no quarto mês e não no "sexto mês”, que foi quando ocorreu a visão de Ezequiel, não apresenta nenhum problema. O profeta o contemplou em visão e, sem dúvida,lhe foram mostradas representações de ini- quidades praticadas em diferentes épocas do ano em Jerusalém. |
Ez.8:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.8:16 | 16. Vinte e cinco. A LXX diz “vinte”. O significado do número não está claro. Alguns conjecturam que se referisse ao sumo sacerdote juntamente com os chefes dos 24 turnos (ver com. de lCr 24:1), representando assim todo o corpo de sacerdotes. Eles estavam em pé entre o templo e o altar, numa parte muito sagrada do pátio. Ali, de costas viradas para o templo do Senhor, adoravam o Sol. A adoração ao Sol, Shamash, era praticada desde muito cedo pelos cananeus e foi introduzida na adoração dos reis e do povo de Judá (2Rs 23:5, 11; cf. Dt 4:19; 17:3; jó 31:26). O fato de estarem no pátio interior tem levado alguns a acreditar que, provavelmente, fossem sacerdotes, mas outras pessoas, além dos sacerdotes, às vezes entravam ali (2Rs 11:4-15). Se eles eram os guardiões especiais da verdadeira religião, seu pecado constituía um flagrante insulto a Deus. Assim, foi assinalado como a maior das abominações (ver 2Cr 36:14). |
Ez.8:17 | 17. Violência. Do heb. chamas. A mesma palavra é usada para descrever a impiedade antecliluviana (Gn 6:11). A LXX diz “iniquidade’' ou “transgressão da lei”.Tornem. Isto é, o povo voltava vez após vez a seus atos iníquos.Chegar o ramo. Nos chamados “jardins de Adônis”, flores sem raízes eram colocadas num recipiente cheio de terra e levantadas até a altura do rosto. O costume é retratado num mural de Pompeia. A antiga tradição judaica afirma que o versículo devia dizer “meu nariz” (isto é, o nariz do Senhor) e parafraseia a passagem da segu inte forma: “Eles Me fizeram uma afronta, voltando-Me as costas no lugar dedicado à Minha adoração.” A LXX apoia, em parte, esse significado e traduz assim o texto: “Eles são como aqueles que zombam.” |
Ez.8:18 | 18. Nem assim os ouvirei. Agora é tarde demais para evitar a catástrofe nacional. Contudo, não há impedimento à salvação individual. Os poucos que "suspiram e gemem por causa de todas as abominações’’ (Ez 9:4) cometidas na terra serão livrados. O resto, por sua conduta obstinada, escolheu a destruição.Por causa da obstinada recusa em ouvir a voz do Senhor chamando-os a endireitar seus caminhos, os seres humanos acabam se tornando surdos a essa voz. Ouando esse tempo chegar, Deus não mais os ouvirá.Capítulo 9/ Visão mostra a -preservação de um remanescente e 5 a destruição dos demais. 8 Não adianta suplicar em favor deles.um com a sua arma esmagadora na mão, e entre eles, certo homem vestido de linho, com uni estojo de escrevedor à cintura; entraram e se puseram junto ao altar de bronze.querubim sobre o qual estava, indo até à entrada da casa; e o Senhor clamou ao homem vestido de linho, que tinha o estojo de escrevedor à cintura,a casa, enchei de mortos os átrios e saí. Saíram e mataram na cidade. |
Ez.9:1 | 1. Que gritava. Ezequiel 9 dá sequência à visão simbólica do cap. 8. O profeta registra o que se passa diante dele em visão panorâmica, deixando para o leitor a interpretação dos vários símbolos. A pessoa que fala é a mesma que falou durante todo o cap. 8. Sua identidade é mostrada pela maneira como o profeta se dirige a Ele, no v. 8: “Ah! Senhor Deus!"Executores. Do heb. pequdoth, cujo singular é -pequdah, palavra traduzida como "cargo” (Nm 4:16) e "castigar" (]r 8:12; “visita”, BJ), sendo também usada para “inspetores” (Is 60:17). Se este último sentido é aplicável aqui, a figura se refere a supervisores, vigilantes ou guardas (ver Dn 4:13) que se encarregam de executar as sentenças de Deus. A frase toda também pode ser traduzida como na LXX: “A vingança sobre a cidade se aproximou.” |
Ez.9:2 | 2. Seis homens. Estes executores da vingança são retratados em forma humana. Numa aplicação primária representam os babilônios, que deviam executar a sentença divina sobre a cidade. Numa aplicação secundária, ind icamos agentes de juízo que, no final dos tempos, executarão a sentença; primeiramente sobre os que professavam ser guardiões espirituais do povo e, depois, sobre os ímpios.Porta superior. Uma vez que os pátios do templo eram construídos em estágios, o pátio interno era o mais alto. A expressão “que olha para o norte’ designa a porta como sendo a mesma em que as idolatrias foram mostradas ao profeta (Ez 8:5).Entre eles, certo homem. Este era um dos seis que tinham as armas destruidoras, e não um sétimo, como alguns intérpretes afirmam (verT3, 266, 267). Ele estava “vestido de linho”, que era a veste dos sacerdotes comuns e a veste especial do sumo sacerdote nas cerimônias do Dia da Expiação (Lv 16).Estojo de escrevedor. Do heb. qeseth, uma palavra que ocorre somente aqui e que pode derivar do egípcio gsty, “a paleta de um escritor”, indicando, portanto, um estojo que continha penas, faca e tinta. A LXX, talvez seguindo um texto diferente, diz: “um cinto de safira”, mas o texto hebraico parece ser preferível. |
Ez.9:3 | 3. A glória. Isto é, a glória descrita em Ezequiel 8:4, que foi uma reaparição da glória descrita no cap. 1.Até à entrada. O deslocamento da glória provavelmente pretendia indicar que a ordem para a execução do juízo procederia do próprio templo que os judeus consideravam como a garantia de sua segurança. |
Ez.9:4 | 4. Sinal. Do heb. taw, a última letra do alfabeto hebraico. No tempo de Ezequiel esta letra hebraica era escrita na forma de um X. O assinalamento foi feito na visão, e a natureza exata do sinal talvez não seja importante. E fantasiosa a antiga interpretação que via no sinal uma prefigura- ção da cruz. Na visão, a marca era literal, mas o significado tinha que ver com o caráter. O mensageiro não devia levar em conta o nascimento ou a posição; devia marcar, porém, apenas aqueles que se entristeciam pela iniquidade prevalecente e que se mantinham afastados dela.A referência primária da visão era à destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, mas ela terá outro cumprimento durante as cenas finais da história. Ela apresenta um estreito paralelo com as visões de Apocalipse 7, 15 e 16. No Apocalipse, o sinal distintivo é “o selo de Deus” e, como o sinal de Ezequiel, está baseado nas qualificações de caráter. Deus coloca Sua marca de aprovação sobre os que, pelo poder do Espírito Santo, refletem a imagem de Cristo (ver PJ, 67). A estampa de aprovação se assemelha à marca de propriedade de Deus, como se Deus inscrevesse Seu nome e endereço sobre os que estão qualificados para cidadãos de Seu reino: “Deus, Nova Jerusalém” (TM, 446).O sinal exterior e visível da conclusão da obra da graça na vida de uma pessoa será a observância do verdadeiro sábado bíblico (ver T8, 117). Isso será efetuado da seguinte forma: o sábado sempre foi o dia de descanso designado por Deus. Estabelecido na criação (Gn 2:1-3), devia ser uma obrigaçãoperpétua. A ordem para observá-lo foi incorporada como parte da lei moral (Ex 20:8-11). Nem Cristo nem os apóstolos aboliram o sábado. A grande apostasia que surgiu após a morte dos apóstolos pretendeu substituí-lo por outro dia de repouso, o primeiro dia da semana. No entanto, a Palavra de Deus prediz uma grande obra de reforma que precedería a segunda vinda de Cristo e diría respeito ao dia de descanso (Is 56:1, 2, 6-8; 58:12, 13; Ap 14:6-12; ver GC, 451-460). Prediz também que, simultaneamente, Satanás, o líder apóstata, exaltará seu próprio sistema falsificado de religião, apresentando, como dia de adoração, um falso dia de descanso, o domingo (Ap 13; 14:9-12; cf. Dn 7:25). Ele terá êxito a ponto de conseguir unir o mundo todo num grande movimento de reforma religiosa, do qual uma das principais características será a exaltação do domingo (Ap 13:8; 14:8; 16:14; 18:3; ver GC, cap. 35-40). Como resultado dos esforços para esse propósito, o mundo todo estará dividido em dois grupos: os que serão fiéis a Deus e guardarão Seu dia de repouso e os que se unirão ao movimento universal de contrafação religiosa para honrar o falso dia de repouso. Assim, a observância do sábado se tornará a marca distintiva do verdadeiro adorador de Deus.Contudo, não é a observância exterior do sábado que constitui a marca. O selo representa a qualificação de caráter necessária aos que forem considerados dignos de serem cidadãos do reino da glória que em breve há de ser estabelecido. Somente os que se purificaram continuarão guardando o sábado naquele terrível tempo de angústia que precede a volta de Jesus. Os observadores do sábado que não forem sinceros abandonarão as fileiras do povo de Deus e se unirão a Satanás contra o Céu, participando da batalha contra o governo do universo (TM, 465). Assim, apenas os que forem genuínos e verdadeiros permanecerão como os únicos defensores do santo sábado cie Deus. A elesse unirão outros verdadeiros filhos de Deus que, até então, estiveram espalhados nas diversas denominações cristãs, mas que, sob a luz crescente do alto clamor, abraçarão o sábado e se unirão ao povo remanescente de Deus (ver GC, 611, 612).A marca é colocada sobre aqueles "que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem" Os que pertencem a essa classe foram descritos como pessoas que podem ser distinguidas por sua angústia de alma devido ao declínio entre o povo professo de Deus. Eles lamentam e se afligem por causa do orgulho, da avareza, do egoísmo e de todo tipo de engano existentes na igreja. Sentem-se impotentes para deter a forte corrente de iniquidade e, portanto, enchem-se de dor e de alarme (ver T5, 210). Os que estão na outra classe procuram encobrir os males existentes e desculpar a grande iniquidade que prevalece por toda parte. Afirmam que Deus é demasiado bondoso e misericordioso para punir o mal. Dizem: “O Senhor não faz bem, nem faz mal" (Sf 1:12). Afirmam que Deus não espera que estejamos à altura de um padrão tão elevado, e que Ele Se contentará com o mero desejo de fazer o que é certo. O Senhor, porém, não muda Seu padrão. Fazer isso seria o mesmo que mudar a Si mesmo. Em vez disso, Ele dá graça para a aquisição de toda virtude e para a correção de todo defeito e pede que os cristãos tirem plena vantagem dessas provisões. Ele não exige nada menos do que a perfeição na fé e no compromisso com a verdade. A menos que esta seja atingida, a alma se achará sem o selo de Deus quando se fechar a porta da graça. |
Ez.9:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.9:6 | 6. Começai pelo Meu santuário. Em sua aplicação primária, este decreto marca o encerramento do tempo de graça para Jerusalém. Deus havia esgotado os recursos de que dispunha para apelar ao rebelde Israel. Seu poder repressor seria removido dos invasores caldeus. Sem misericórdia,os exércitos deles executariam a sentença: “Matai a velhos, a moços.” Começariam pelo santuário, onde se haviam concentrado os ofensivos pecados do povo.Essas cenas se repetirão nos últimos dias. Naquele tempo, também o juízo começa “pela casa de Deus" (lPe 4:17), por aqueles a quem Deus deu grande luz e que estavam como guardiões dos interesses espirituais do povo, mas que traíram a confiança deste (ver T5, 211). Esses pastores infiéis recebem primeiro o insulto que será acumulado sobre eles por parte dos que foram enganados por suas mentiras (PE, 282). Posteriormente, perecerão na destruição geral que precede e acompanha a segunda vinda de Cristo (ver Ap 15-19). |
Ez.9:7 | 7. Contaminai a casa. Os judeus esperavam que Deus poupasse Sua casa da contaminação. Nisto foram desapontados. Em parte, a contaminação foi efetuada pelos corpos ensanguentados dos adoradores idólatras. |
Ez.9:8 | 8. Ficando eu de resto. Em visão, Ezequiel viu Jerusalém reduzida a uma cidade de mortos. Parecia ser ele o único vivo. Não se fala aqui de ninguém que, por causa da marca protetora, foi salvo. Ev identemente eles constituíam uma pequena minoria.O restante de Israel. As dez tribos já tinham sido levadas para o cativeiro em 723/722 a.C. (2Rs 17:6), e um grupo considerável do reino do sul, de Judá, já tinha sido levado para Babilônia em 605 a.C. e, especialmente, em 597 a.C. (ver p. 620). Ezequiel suplica pelos remanescentes que ficaram, mas a natureza e a magnitude do pecado justificavam o juízo. |
Ez.9:9 | 9. Terra. Do heb. erets, que pode ser “Terra" ou “terra". As pessoas afirmavam que o Senhor não Se preocupava com a conduta cios seres humanos. Imaginavam que tinham liberdade para agir como quisessem com relação uns aos outros, e que não tinham de dar contas de seus atos a ninguém, O resultado foi o declínio moral. |
Ez.9:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.9:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:1 | 1. Olhei. A visão descrita em Ezequíel 1.15 a 28 reaparece. Na expansão do firmamento é vista, como antes, a semelhança de um trono de safira. Ezequiel não menciona ninguém sobre o trono, mas o fato de que havia um ser ali fica implícito pela forma verbal “falou”, que ocorre no versículo seguinte.Querubins. “Querubim” é uma trans- literação da forma plural hebraica kerubim. Os “querubins” do cap. 10 correspondem aos “seres viventes” do cap. 1. Na teologia hebraica um querubim é um ser de natureza sublime e celestial, de forma humana, mas com asas. Querubins guardaram os portões do paraíso (Gn 3:24). As estátuas em cima do propiciatório, tanto no tabernáculo quanto no templo de Salomão, eram chamadas de querubins (Êx 25:18; lRs 6:23; cf. ISm 4:4; 2Sm 22:11). Em contraste com a forma ereta do querubim descrito por Ezequiel, os querubins babilônicos, chamados de karübu, ou kãribu, literalmente, “intercessores”, tinham forma de animais, como touros e leões, com cabeça humana, embora alguns tivessem a forma de seres humanos. |
Ez.10:2 | 2. Ao homem. O capitão dos seis ministros de juízo (Ez 9:2) recebe a ordem de encher as mãos com brasas acesas e espalhá- las sobre a cidade. O ato simboliza a iminente destruição da cidade. Não se sabe ao certo se esse símbolo na verdade significa o meio pelo qual ocorrería a destruição (2Cr 36:19). O templo e a cidade foram queimados pelos caldeus (2Rs 25:9; ver Ap 8:5). |
Ez.10:3 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:4 | 4. O querubim. A forma singular é usada em sentido coletivo. A LXX conservao plural. Os movimentos da glória do Senhor podem representar que a Presença divina Se preparava para deixar o templo. |
Ez.10:5 | 5. A voz. O fato de as asas estarem em movimento sugere que os querubins se preparavam para deixar o templo (ver Ez 1:24).Deus Todo-Poderoso. Do heb. 'El-Shadai, um título frequente de Deus. Muitas vezes ocorre sem ’El (Deus), especialmente no livro de Jó, em que há 31 exemplos disso. Não se conhece ao certo o significado da raiz de onde vem a palavra Shadai. Os estudiosos têm oferecido várias sugestões, mas nenhuma satisfatória (ver voí. 1, p. 149). |
Ez.10:6 | 6. Toma fogo. Os movimentos simbolizam a íntima ligação entre o Céu e os eventos da Terra. O curso da história não é resultado da atuação de forças cegas. Por trás das marchas e contramarchas dos eventos humanos, Deus está operando Seus propósitos (ver com. de Ez 1:19). |
Ez.10:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:8 | 8. Mão de homem. Esta mão representa a mão do Onipotente, que sustenta e guia os seres celestiais. Estes, por sua vez, impeliam as rodas, que simbolizavam a mão de Deus nos negócios da Terra (ver PR, 536). |
Ez.10:9 | 9. Quatro rodas junto aos querubins. Os v. 9 a 17 repetem, em grande parte, a descrição dada no cap. 1 (ver com. ali). Há algumas variações. A repetição não é acidental, pois aqui os movimentos são dados em conexão com o progresso da narrativa, e Deus é mostrado como estando diretamente ligado aos eventos que levariam à queda de Jerusalém. A visão dos seres viventes junto ao rio Quebar foi de caráter geral, mostrando a mão de Deus em toda a história; a que foidada em Jerusalém foi específica, mostrando a mão divina num evento significativo. Entre as variações está a menção da abundância de olhos (Ez 10:12). Eles cobrem todo o corpo do querubim, bem como os aros das rodas (Ez 1:18). Esses olhos, sem dúvida, simbolizam vigilância e inteligência. Mostram que nada pode escapar aos olhos de Deus, uma vez que “todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos dAquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4:13). Em Ezequiel 10:14, em que se descrevem os quatro rostos, o "rosto de querubim” toma o lugar do “rosto de boi” (Ez 1:10). Literalmente, a frase diz: “o rosto do querubim”, o que leva algunsa concluir que um querubim originalmente significasse um boi (ver com. do v. 1). O v. 14 não ocorre na LXX, o que deixa em dúvida a forma correta do texto. |
Ez.10:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:19 | 19. E se elevaram. No v. 3, os querubins se colocam “ao lado direito da casa”. O deslocamento para a porta oriental prepara para a partida definitiva.Pararam. O verbo hebraico requer um sujeito no singular; por isso, a versão ACh acrescenta o sujeito “cada um”. A LXX e a Siríaca dizem “pararam”, como a ARA. |
Ez.10:20 | 20. São estes. Estas palavras tornam evidente que ele viu a mesma coisa nas duas visões.Capítulo 11e disse-me: Fala: Assim diz o Senhor: Assim tendes dito, ó casa de Israel; porque, quanto às coisas que vos surgem à mente, Eu as conheço.Hei de ajuntá-los do meio dos povos, e os recolherei das terras para onde foram lançados, e lhes darei a terra de Israel. |
Ez.10:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.10:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.11:1 | 1. Então. Os eventos do eap. 11 não se seguem cronologicamente aos dos cap. 9 e 10. .A visão parece retornar para dar detalhes adicionais quanto à condição moral dos líderes de Jerusalém.Porta oriental. O local para onde Eze- quiel viu os querubins se dirigirem (Ez 10:19).Vinte e cinco homens. Mesmo número de pessoas que ele viu adorando o Sol no pátio interno (Ez 8:16), mas, provavelmente, não o mesmo grupo. E possível que aqueles fossem sacerdotes (ver com. de Ez 8:16), enquanto estes deviam ser líderes seculares. Contudo, não são conclusivas as evidências de que os grupos eram distintos.Jazanias. O nome significa “Yahweh ouve”. Alguns sugerem que, por causa de seusignificado, os nomes aqui dados tinham o propósito de revelar as falsas esperanças com que o povo se iludia. Azur significa “o que é ajudado"; Pelatias, “Yahweh Liberta"; e Benaías, “Yahweh edifica". Se a ênfase está no significado dos nomes, a repentina morte de Pelatias (v. 13) ter ia causado forte impressão. Por outro lado, jazanias e Pelatias talvez tenham sido destacados simplesmente porque fossem bem conhecidos como líderes da apostasia. |
Ez.11:2 | Sem comentário para este versículo |
Ez.11:3 | 3. Não está próximo. (3 hebraico desta frase quase proverbial está expresso de forma tão concisa que chega a ser obscuro. A passagem diz, literalmente: “não perto de construir casas. Ela [a cidade] a panela, nós a carne”. Pode ser uma referência irônica à mensagem que Jeremias enviara aos cativos em Babilônia para que construíssem casas e procurassem se colocar em condições confortáveis, porque o cativeiro seria longo. Esta mensagem deixou enraivecidos muitos dos cativos, que enviaram cartas a Jerusalém exigindo que Jeremias fosse punido (Jr 29:24-28). E possível que a frase dos príncipes estivesse contradizendo a mensagem de Jeremias, ao declarar; “Não está próximo o tempo de construir casas para um longo cativeiro.” Alguns acham que a referência seja aos líderes rebeldes de Jerusalém, que, ignorando a advertência de Jeremias com respeito à destruição iminente da cidade, continuavam a fazer planos para construir na cidade condenada. A metáfora da panela parece ser extraída de Jeremias (ver Jr 1:13). O significado pode ser que, assim como uma panela protege do fogo a carne que está dentro dela, as paredes da cidade protegeriam seus habitantes do exército dos caldeus. A LXX coloca a frase na forma de uma pergunta que espera resposta positiva: “Não está próximo o tempo de construir casas'?” A atitude, expressa dessa forma, reflete claramente a jactanciosa confiança própria dos habitantes de Jerusalém (ver Jr 28:3). Jeremias aconselhara os judeus que estavam na cidade a sair e a se render aos caldeus (Jr 21:9). Eles rejeitaram insolentemente o conselho, escolhendo permanecer na "panela”. Essa ideia se encaixa no contexto do capítulo, porque a narrativa prossegue mostrando que esse privilégio lhes seria negado. Também é possível que a metáfora signifique que, assim como a “panela" é o lugar onde deve estar a "carne”, Jerusalém seria o lugar onde devem estar seus habitantes, deixando implícito que eles permanecerão ali (ver Jr 13:12). |
Ez.11:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.11:5 | 5. Eu as conheço. Devido a Sua onis- ciência, Deus conhece os verdadeiros objetivos, desejos e motivos por trás dos atos exteriores (ver lCr 28:9; Pv 15:11; jr 17:10). |
Ez.11:6 | 6. Os vossos mortos. Mencionados desta forma para sugerir execuções praticadas sem o aval de Deus. Pode ser também uma referência aos que foram mortos como resultado das atrocidades dos babilônios. Devido à apostasia moral e religiosa, os líderes de Jerusalém eram responsáveis por essa matança. |
Ez.11:7 | 7. São a carne. As pessoas se gabavam da proteção que a cidade desfrutava e não tinham qualquer intenção cie atender às instruções de Jeremias para sair dela e se render aos caldeus (Jr 21:9). Mas a solene advertência de Ezequiel era de que apenas os que foram mortos teriam o privilégio de permanecer dentro da cidade; os vivos enfrentariam seu destino fora dos muros. |
Ez.11:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.11:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.11:10 | 10. Caireis. Isto foi historicamente cumprido quando o general de Nabucodonosor, após a conquista de Jerusalém, levou o povo da terra até o rei, que estava em Ribla, cidade que ficava a 16 km de Quedes. Ali Nabucodonosor pronunciou a sentença sobre os cativos, matou os filhos de Zedequias diante dos olhos do rei e executou outras pessoas. Depois de ter sido cegado, Zedequias, juntamente com os restantes, foram levados para Babilônia (ver 2Rs 25:6, 7). |
Ez.11:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.11:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.11:13 | 13. Morreu. Ezequiel viu a morte de Pelatias só em visão, mas o incidente foi preditivo, sem dúvida (ver sobre a morte de Hananias, em Jr 28:17). |
Ez.11:14 | 14. A palavra do Senhor. Esta profecia parece ser continuação da anterior e uma resposta à intercessão do profeta. A descrição do deslocamento dos querubins para um pouco mais longe (v. 22, 23) claramente liga esta mensagem à precedente (ver Ez 10:18, 19). |
Ez.11:15 | 15. Teus irmãos. Isto é, os que estavam com Ezequiel no exílio.Parentesco, Do heb. geullah, que se refere aos deveres do go’el, o parente consan- guíneo que assumia a causa de seu parente próximo (Lv 25:25, 28; ver com. de Rt 2:20).Apartai-vos. Uma expressão de confiança arrogante e destituída de simpatia pelos exilados. Os habitantes de Jerusalém exibiam para com os que foram levados para Babilônia uma atitude como “sou mais santo que tu” (Is 65:5). |
Ez.11:16 | 16. Todavia, lhes servirei de santuário, por um pouco de tempo. Ou, “lhes serei como um pequeno santuário” (ACF). A palavra em questão pode ser um advérbio (como na tradução da ARA) ou um adjetivo (como na tradução da ACF). O sentido pretendido deve ser “por um pouco de tempo”. Deus ainda prezava Seu remanescente. Através dele, planejava cumprir Seus propósitos. Pretendia que o cativeiro fosse uma disciplina salutar para levar o povo de volta para Ele e, assim, preparar um movimento que abriria caminho para a realização de Seus propósitos por tanto tempo adiados. |
Ez.11:17 | 17. E lhes darei. Os arrogantes e jactanciosos seriam lançados fora, e os exilados de quem eles desdenhavam seriam novamente reunidos e possuiríam a terra (ver Nm 14:3, 31, 32). |
Ez.11:18 | 18. Tirarão. Historicamente, isto teve cumprimento parcial na repugnância que os judeus passaram a ter pela idolatria após o cativeiro. Mas os propósitos de Deus iam além disso. Nos v. 18 a 21, Deus declara Seus planos para o futuro do novo estado israelita. A passagem prediz como teriam sido as condições se Israel tivesse aceitado e seguido plenamente o programa divino. |
Ez.11:19 | 19. Um só coração. Unidade de propósito e de ação caracterizariam o novo Israel de Deus. Infelizmente, a queda de Israel impediu que a promessa se cumprisse. Jesus orou para que esta bênção pudesse se concretizar para a igreja. Sua oração teve cumprimento temporário no ardor da igreja primitiva, de quem “era um o coração e a alma” (At 4:32). Infelizmente, a unidade durou pouco. Lobos vorazes, não poupando o rebanho, entraram e dividiram os crentes (At 20:29). Tem havidodesunião na cristandade desde então, e esta condição continuará até que, no retorno do Senhor, “todos cheguemos à unidade da fé” (Ef 4:13).Coração de pedra. A troca do coração, aqui descrita, indica a experiência do novo nascimento, que é mais plenamente revelada no NT (Jo 3:3-8; etc.; ver MCH, 24), mas que, de forma alguma, se aplica de maneira exclusiva à era cristã. O modo pelo qual Deus salva tem sido o mesmo em todas as eras, mas houve uma revelação gradual do propósito divino; não porque Deus conserve as pessoas em ignorância para sua desvantagem, mas porque a resistência delas em aceitar as revelações do Céu muitas vezes coloca uma limitação no que Deus pode revelar. Preciosos raios de luz, quando rejeitados, tornam impossível o envio de mais iluminação. Isso foi o que ocorreu com Israel. Se os exilados que retornaram tivessem entrado plenamente na experiência aqui descrita, teria sido enviada luz cada vez maior. Infelizmente, eles se contentaram com as restrições nocivas impostas por sua interpretação da antiga aliança, e assim a luz mais plena do evangelho veio somente com o Messias. |
Ez.11:20 | 20. Andem nos Meus estatutos.Apenas os que têm o coração renovado pela graça divina podem guardar a lei de Deus, porque “o pendor da carne [,..] não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rm 8:7). A promessa de poder capa- citador através da habitação interior do Espírito Santo era uma característica essencial da eterna aliança de Deus com a humanidade. Israel havia deixado de compreender isso. Os homens creram que a salvação podia ser conseguida por seus próprios esforços. Recusaram submeter-se à justiça que vem de Deus (Rm 10:3). Não viram necessidade de um salvador nem de conversão. Rejeitaram a experiência que, unicamente, os capacitaria para guardar a lei divina.EZEQUíEL 11:25Eu serei o seu Deus. Deus planejou que a gloriosa experiência aqui descrita se cumprisse após o retorno do cativeiro babí- lônico. Pelo fato de os exilados que retornaram terem deixado de cumprir as condições da nova aliança, nas quais se baseava sua prosperidade espiritual, a promessa nunca se cumpriu. As promessas de Deus são condicionais. Contudo, aquilo que não pôde efetuar através da descendência literal de Israel, Deus realizará através da descendência espiritual (Rm 9:11). O cumprimento final desta gloriosa promessa ocorrerá no fim do milênio (Ap 21:3). |
Ez.11:21 | 21. Cujo coração. A responsabilidade humana, por causa do livre-arbítrio, faz com que alguns escolham ‘coisas detestáveis”. Deus desejaria que todos fossem salvos, mas Ele não força a vontade. Consequentemente, os que se perderem perecerão como resultado de sua própria escolha, e não por causa de qualquer falha por parte da graça de Deus. |
Ez.11:22 | 22. Querubins. Ver Ez 10:18, 19. |
Ez.11:23 | 23. O monte. Provavelmente o que ficou conhecido, mais tarde, como Monte das Oliveiras, uma cadeia de colinas com três picos principais que estão 823 m acima do nível do mar, localizados do outro lado do vale de Cedrom, a leste de Jerusalém. A cidade propriamente dita tem uma altitude de 777 metros. O local onde a glória divina repousou depois de deixar o templo (DTN, 829) foi o lugar do qual Jesus, mais tarde, “vendo a cidade, chorou” (Lc 19:37-41). Foi daí que Ele anunciou a segunda destruição da cidade rebelde e obstinada (Mt 24) e proclamou os sinais de Seu segundo advento. Deste mesmo monte, Ele ascendeu visivelmente ao céu (Lc 24:50, 51; At 1:11, 12), e sobre esta elevação descerá a nova Jerusalém (Zc 14:4, 5, 9; ver GC, 662, 663). |
Ez.11:24 | 24. Na Sua visão. Ver com. de Ez 8:3. |
Ez.11:25 | 25. Falei aos do cativeiro. Os anciãos de Judá (Ez 8:1), provavelmente, esperaram até Ezequiel sair de sua visão e estariam preparados para receber a comunicação vinda do Senhor.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 19 - CS, 500; TM, 261; San, 90; T5, 218; T8, 136Capítulo 12para outro lugar, à vista deles. Bem pode ser que o entendam, ainda que eles são casa rebelde. |
Ez.12:1 | 1. A palavra do Senhor. O propósito desta profecia é enfatizar a inutilidade e a loucura de se confiar na continuação do reino de Judá e da cidade de Jerusalém,bem como numa breve libertação do cativeiro babilômeo. |
Ez.12:2 | 2. Que tem olhos. Ver Dt 29:4; Is 6:9; Jr 5:21; Mt 13:14, 15. Sem dúvida, foi devido a esta perversa tendência por parte do povo que o profeta recebeu a ordem de dar um sinal para o qual não poderíam fechar os olhos. |
Ez.12:3 | 3. A bagagem de exílio. Esto é, o equb pamento que um emigrante necessitaria: roupas, utensílios, etc. Os preparativos deviam ser feitos durante o dia, e o equipamento devia ser levado para local conveniente. |
Ez.12:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.12:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.12:6 | 6. Cobre o rosto. Provavelmente um sinal de como Zedequias (ver com. do v. 10) se disfarçaria para evitar ser reconhecido, ou talvez como sinal de dor, um símbolo da desgraça e da tristeza da partida para o exílio. |
Ez.12:7 | 7. Assim eu fiz. Talvez Ezequiel tenha realizado o ato simbólico sem compreender plenamente o que significava. O fato de os exilados lhe perguntarem: ‘'Que fazes tu?” (v. 9) evidencia que o ato simbólico foi realizado de fato, e não em visão. |
Ez.12:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.12:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.12:10 | 10. Esta sentença refere-se ao príncipe. Literalmente, a frase diz: “o príncipe é este fardo em Jerusalém'’. A palavra heb. massa', traduzida como ‘‘sentença”, é comum em Isaías e jeremias (Is 13:1; 14:28; etc.; Jr 17:21, 22; etc.). Mas é usada por Ezequiel apenas duas vezes e, no sentido de “profecia”, somente aqui. Tem sido sugerido que Ezequiel evitou o termo por ter caído em descrédito devido ao uso frequente por parte de falsos profetas (ver jr 23:33-38). O “príncipe” é Zedequias (ver 2Rs 25:2-4; jr 39:4). |
Ez.12:11 | 11. Vosso sinal. Isto é, um sinal para os que estavam no cativeiro. Eles deviam parar de depositar esperança na sobrevivência de Jerusalém. |
Ez.12:12 | 12. Abrirá um buraco na parede. Este incidente não é mencionado na narrativa histórica (ver jr 39:4), mas não há razão para se supor que as palavras devessem ser entendidas no sentido figurado. |
Ez.12:13 | 13. Mas não a verá. O cumprimento deste detalhe da profecia é registrado em Jeremias 52:11. Antes de Zedequias ter sido levado para Babilônia, seus olhos foram vazados em Ribla; portanto, ele não viu a terrados caldeus. josefo registra a história interessante, mas talvez apócrifa, de que Zedequias estava inclinado a crer nas advertências de Jeremias com respeito ao cativeiro, mas seus conselheiros o dissuadiram de atender ao conselho do profeta. Quando chegou a Jerusalém a profecia de Ezequiel, declarando que Zedequias não veria a terra dos caldeus, o rei concluiu que as duas profecias eram contraditórias e deixou de crer em ambas (Antiguidades, x. 7.2). |
Ez.12:14 | 14. Espalharei. A captura do rei resultaria na dispersão do restante do exército. |
Ez.12:15 | 15. Saberão. Gramaticalmente, esta declaração poderí a se referir aos pagãos ou aos israelitas. Mas, uma vez que a frase “saberão (ou ‘saibais’) que Eu sou o Senhor” (Ez 5:13; 6:7; etc.) é um refrão constante nessas profecias, referindo-se aos israelitas, é provável que aqui também a referência seja a eles. |
Ez.12:16 | 16. Alguns poucos. Literalmente, “homens de número”, isto é, homens que podem ser contados facilmente. Estes sobreviventes, ao contarem sua vergonhosa história, fariam com que os pagãos soubessem que não era fraqueza da parte do Deus de Israel que ocasionara a grande angústia e sujeição de Seu povo, mas o fato de Israel ter deixado de cumprir o propósito divino. |
Ez.12:17 | 17. A palavra do Senhor. Ver com. de Ez 6:1. |
Ez.12:18 | 18. Tremor. Anteriormente (Ez 4:16), Ezequiel predissera terrível escassez. Desta vez, ele demonstraria o terror e a angústia do cerco iminente. |
Ez.12:19 | 19. Povo da terra. Sem dúvida, alguns dos pronunciamentos proféticos de Ezequiel chegaram aos ouvidos dos habitantes de Judá. Mas as predições também eram significativas para os exilados, muitos dos quais esperavam que os restantes de Judá sobreviveríam e que Jerusalém seria poupada. O profeta lhes informou que a terra seria despojada de toda a exuberância anterior e que se tornaria em deserto e assolação. |
Ez.12:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.12:21 | 21. A palavra do Senhor. Ver com. de Ez 6:1. |
Ez.12:22 | 22. Prolongue-se o tempo. Os habitantes de Jerusalém zombavam da confiabilidade das ameaças divinas. A resposta deles tomou a forma de um ditado. Eles declaram, com efeito: “O tempo está passando e ainda não se cumpriu nenhuma predição de coisas boas ou más. Não há razão para esperarmos o cumprimento de predições agora.” A atitude deles reflete a tendência comum dos seres humanos pecaminosos de interpretar mal a longa- nimidade e a paciência de Deus (ver Ec 8:11; Am 6:3; Mt 24:48; lTs 5:3). Os zombadores dos últimos dias pronunciam um refrão semelhante: “Onde está a promessa da Sua vinda? [...] Todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2Pe 3:4). |
Ez.12:23 | 23. Os dias estão próximos. Os dias vindouros trariam o rápido cumprimento de cada palavra das calamidades preditas por Ezequiel. |
Ez.12:24 | 24. Visão falsa. Os falsos profetas prediziam prosperidade e o breve retorno dos cativos de Babilônia. Os verdadeiros profetas falavam de um cativeiro longo, uma grande perda de vidas e a destruição e desolação da cidade e do templo. Os zombadores provavelmente argumentavam que as predições de Ezequiel eram tão vãs quanto as que ele declarava ser as dos falsos profetas. Ao dar rápido cumprimento à calamidade predita, Deus respondería de forma eficaz a esse raciocínio, convencendo os falsos profetas de que suas profecias eram mentirosas e levando os zombadores a ver que seus argumentos eram ilógicos. |
Ez.12:25 | 25. Em vossos dias. Os efeitos da visão não viriam sobre uma geração por vir, mas sobre a que vivia naquela época. |
Ez.12:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.12:27 | 27. Tempos que estão mui longe. O novo pronunciamento é dirigido contra uma classe que aparenta, pelo menos, reconhecer Ezequiel como profeta. Ou, talvez o intervalo tenha produzido modificações nalinguagem dos objetores; em vez de dizerem: “não se cumpra a profecia” (v. 22), passaram a projetar o cumprimento para um futuro distante. O Senhor enfrenta a ideia do adiamento, dizendo ao povo que nada do que Ele falou seria postergado. Esta atitude é semelhante à de muitos que esperam a segunda vinda de Jesus. Embora não o façam com palavras, com suas ações sugerem: “Meu senhor demora-se” (ver Mt 24:48). Algum dia, muito em breve, o fim os surpreenderá de forma repentina e inescapável; e, com ele, virá o cumprimento de toda a visão.Pode-se surgir a pergunta: “Mas, por que a aparente demora na vinda de Jesus? Falharam as palavras do Senhor?” A Inspiração faz a pergunta e dá a seguinte resposta: “Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e ameaças de Deus são igualmente condicionais” (Ev, 695).E necessário recordar apenas umas poucas declarações dos escritores bíblicos para mostrar que eles sempre consideraram o tempo como sendo bem curto. Paulo escreveu aos coríntios: “Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia” (ICo 7:29). Em sua epístola aos romanos, ele disse: “Vai alta a noite, e vem chegando o dia” (Rm 13:12). Através do vidente de Patmos, o próprio Jesus testificou: “O tempo está próximo” (Ap 1:3), e: “Eis que venho sem demora” (Ap 22:7). Contudo, tanto Paulo quanto João também claramente predisseram certos eventos que deviam ocorrer antes da volta de Cristo (ver com. de 2Ts 2:1-5; Ap 1:3).E verdade que Cristo não voltou tão logo quanto o povo remanescente a princípio esperava, com base no cumprimento da profecia. E repetidamente atestado que era possível Cristo ter vindo antes disso (DTN, 633, 634; GC, 458; T6, 450; T8, 115, 116; T9, 29). A razão para a demora é ainda declarada nestas palavras: “A longa noite de tristeza é difícil; mas a manhã é adiada em misericórdia,porque se o Mestre viesse, muitos seriam achados desprevenidos. A recusa de Deus em permiti r que Seu povo pereça tem sido a razão de tão longa demora" (T2, 194). Isto está era harmonia com a declaração de 2 Pedro 3:9. O mesmo apóstolo acrescenta que é dever do cristão apressar a vinda de Jesus (2Pe 3:12). O comentário inspirado sobre o tema deste texto diz: “E privilégio de todo cristão, não só aguardar, mas mesmo apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (T8, 22).Algum dia o tempo não mais se prolongará. “Ela [a vinda do Senhor] não será retardada para além do tempo em que a mensagem for levada a todas as nações, línguas e povos” (Ev, 697). Quando Deus perceber que o momento é o melhor, fará ocorrer eventos que precipitarão o fim “mais rapidamente do que os homens esperam” (GC, 631).Contudo, o tempo definido do advento de Cristo não pode ser conhecido. E os seres humanos também não devem conjecturar quanto ao tempo preciso. Excelente conselho foi dado nas seguintes palavras: “Não podereis dizer que Ele virá daqui a um ano, ou dois, ou cinco anos, nem deveis postergar a Sua vinda declarando que não se ocorrerá antes de dez ou vinte anos. [...] Não nos 4 é dado saber o tempo definido, nem do derramamento do Espírito Santo, nem da vinda de Cristo” (Ev, 221). “Vocês não serão capazes de dizer que Ele virá dentro de um, dois, ou cinco anos, nem devem retardar Sua vinda, declarando que não será por dez, ou vinte anos. E o dever do povo de Deus ter suas lâmpadas limpas e acesas, ser como pessoas que aguardam o Esposo, quando Ele voltar das bodas” (MEl, 189).Capítulo 13I A repreensão aos falsos profetas 10 e sua caiação. 17 Das profetisas e seus amuletos.mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor os não enviou; e esperam o cumprimento da palavra.articulações das mãos e fazem véus para cabeças de todo tamanho, para caçarem almas! Querereis matar as almas do Meu povo e preservar outras para vós mesmas? |
Ez.12:28 | Sem comentário para este versículo |
Ez.13:1 | 1. A palavra do Senhor. Esta profecia se compara à de Jeremias 23 contra os falsos profetas que estavam em Jerusalém e ao seu redor. Alguns pensam que Ezequiel esteja se dirigindo aos falsos profetas que estavam entre os cativos (ver Ez 13:9). |
Ez.13:2 | 2. Profetas de Israel. O fato de Ezequiel se referir aos falsos mestres desta forma sugere que eles contavam com a simpatia e a aceitação do povo. O espírito da época aprovava esses falsos mestres. Eles estavam tão mergulhados no autoengano, a ponto de acreditar que o que diziam era de fato verdade (ver 2Ts 2:11). Esses supostos mensageiros divinos, no entanto, foram instruídos a ouvir "a palavra do Senhor”. |
Ez.13:3 | 3. Loucos. Do heb. nabal, que indica não apenas uma falha intelectual, mas também falta de valor moral. No hebraico, a frase “profetas loucos”, hannebiim hannebalim, representa um interessante jogo de palavras.Que seguem. A última parte do versículo diz, literalmente: “que anelam segundo seu próprio espírito e aquilo que não viram”. |
Ez.13:4 | 4. Como raposas. As raposas são astuciosas e ardilosas (Lc 13:32), devastam os vinhedos (Ct 2:15) e habitam em ruínas (Lm 5:18). Os falsos profetas eram astuciosos e maliciosos, bem como destruidores da vinha de Deus. |
Ez.13:5 | 5. Não subistes. Estas palavras são dirigidas aos falsos profetas, ao passo que as dov. 4 foram dirigidas ao povo. No v. 6, a referência é novamente aos falsos profetas, mas na terceira pessoa, voltando para a segunda pessoa no v. 7. Essas mudanças de pessoa são frequentes na profecia e comuns em Ezequiel.Muros. Os falsos profetas não fizeram nada para advertir ou instruir, a fim de ajudar a nação em crise. Estavam entregando o povo nas mãos dos inimigos, em vez de ajudá-lo (ver is 1:5; PJ, 287). |
Ez.13:6 | 6. Visões. Do heb. chazah, palavra frequentemente usada com referência a pronunciamentos divinos (Is 1:1; 2:1; etc.).O Senhor disse. Esses supostos profetas têm correspondentes em muitos pregadores modernos que propõem falsas doutrinas que eles af irmam, apaixonadamente, ter respaldo no "Assim diz o Senhor”. Não importa quão fervorosamente uma doutrina seja proposta ou quão impressivos sejam os títulos de seus proponentes, ela não deve encontrar aceitação por parte do crente a menos que tenha sido de fato proferida pelo Senhor. Por mais plausíveis que possam parecer as teorias humanas, não deve ser esquecido que lhes lalta a autoridade divina.Esperam o cumprimento. Eles esperavam provar serem dignos de confiança por meio do cumprimento do evento predito. Talvez esperassem que Deus fosse honrar a missão que haviam designado para si mesmos, fazendo com que seus pronunciamentos presunçosos se materializassem. |
Ez.13:7 | 7. Não tivestes [...]? O profeta parece submeter seus rivais a um interrogatório. Só podia haver uma única resposta para as perguntas. Os falsos profetas não podiam negar a acusação. São mencionadas aqui três calamidades a sobrevir a esses profetas enganadores. “Não estarão no conselho do Meu povo” (v. 9). |
Ez.13:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.13:9 | 9. Conselho. Do heb. sod, assembléia secreta ou conselho privado.Nos registros. Não fariam parte dos registros da nação israelita que seria formadapelo remanescente fiel. Em Esdras 2:62, encontra-se o exemplo de um registro usado por ocasião do retorno do cativeiro. |
Ez.13:10 | 10. Paz. Ver Jr 6:14; 23:17; Mq 3:5; Zc 10:2. Os falsos profetas embalavam os homens num falso senso de segurança e, assim, lhes anestesiavam a consciência. Os verdadeiros mensageiros de Deus, por outro lado, não lisonjeiam o pecador. A mensagem deles não é de paz para embalar os não santificados numa segurança fatal. Sua missão é despertar a consciência do malfeitor até que a alma exclame, em angústia: “Que devo fazer para que seja salvo?” (At 16:30; ver com. de Jr 6:14).Parede. Do heb. chayits, cujo significado não é inteiramente claro. Parece representar uma parede divisória e, portanto, uma estrutura sem firmeza.Caiam. Do heb. tafel. A ideia da cal “não temperada” (ACF) ficou ligada a tafel através de um vocábulo escrito da mesma forma, mas de etimologia diferente. São exemplos desta segunda palavra: Jó 6:6, em que tafel denota algo “insípido”; e Lamentações 2:14, em que tafel é traduzido como “absurdas” ou “inúteis” (NVI). A ilustração é a seguinte: Alguém construiu uma parede divisória frágil. Os falsos profetas a caiaram e, assim, melhoraram sua aparência, mas não aumentaram em nada a resistência. Os governantes e o povo elaboraram vários planos, como uma aliança com o Egito (ver Jr 37:5, 7), e os que se autointitulavam profetas valorizaram esses planos por meio de sua influência e capacidade de persuasão.Há um notável paralelo no mundo religioso atual. Muitas doutrinas falsas, que não têm apoio na Palavra de Deus, foram introduzidas na fé cristã. Estão enraizadas na tradição e, por trás da tradição, pode-se verificar que sua origem remonta a conceitos e práticas pagãs. Em vez de abandonar toda crença que não esteja fundamentada nas Escrituras, as pessoas empregam enormesquantidades de energia para caiar esses frágeis conceitos a fim de torná-los plausíveis. U m exemplo notável é o esforço para encontrar evidências bíblicas relativas à guarda do domingo. A maioria dos cristãos guarda um dia cuja observância não é ordenada na Bíblia. Raciocinam que tal observância deve ser correta, u ma vez que a igreja cristã a tem seguido há séculos. Passam por alto as claras evidências que apontam para o sétimo dia da semana como o verdadeiro dia de repouso, e torcem outras passagens para respaldar o primeiro dia da semana. O resultado de tudo isso será como o que sobreveio aos que construíram e caiaram a parede de Ezequiel (Ez 13:12-16). |
Ez.13:11 | 11. Pedras de saraivada. Ver SI 11:6; 18:13, 14; Ez 38:22. Sem dúvida, a referência aqui é primariamente à invasão babilônica, à qual os judeus seriam incapazes de resistir, apesar de todos os preparativos de que se gabavam (ver com. de Ez 13:12). |
Ez.13:12 | 12. Parede. Do heb. qir, urna parede externa, não uma hayits (ver com. do v. 10). A razão para o desastre foi, sem dúvida, o fato de que a estrutura defeituosa era demasiado fraca para servir como parede externa. A terrível desilusão dos caiadores e dos que confiaram em suas ciladas encontra um correspondente na súbita conscientização daqueles que, no final dos tempos, terão colocado toda a confiança no grande reavi- vamento religioso falso montado por Satanás, e depois verão esse sistema se desintegrar sob os terríveis juízos das sete últimas pragas. Como uma das últimas cenas no grande drama dos séculos, o próprio Satanás pretenderá ser divino e se apresentará ao mundo todo como sendo Deus (ver T6, 14; T8, 27, 28; T9, 16; TM, 62, 364, 365; GC, 624). Os milagres serão o grande agente utilizado para enganar (Ap 13:13, 14; 16:13, 14). Como resultado desses enganos, todos, exceto um remanescente fiel, serão arrebatados para as fileiras do inimigo (Ap 13:8) e se unirãoa Satanás em sua batalha contra Deus (TM, 465). Apenas um pequeno remanescente permanecerá fiel a Deus (Ap 14:12). Quando os juízos caírem e as multidões perceberem que aquele considerado como Deus é impotente para deter a poderosa mão divina, repentinamente perceberão que foram enganadas. Voltam-se, então, com ira, contra a falsa organização criada pelos enganos de Satanás e a clestroem completamente (Ap 17:16, 17; GC, 656). Então, novamente, poderá ser dito: “A parede já não existe, nem aqueles que a caiaram” (Ez 13:15). |
Ez.13:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.13:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.13:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.13:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.13:17 | 17. Contra as filhas. Falsas profetisas não são mencionadas em nenhuma outra parte do AT. Entre as profetisas verdadeiras se encontram Miriã (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4), Hulda (2Rs 22:14) e, no NT, Ana (Lc 2:36) e as quatro filhas de Filipe, o evangelista (At 21:8, 9). |
Ez.13:18 | 18. Ai das que. Embora o significado geral dos v. 18 e 19 pareça claro, há incerteza quanto aos detalhes. Ezequiel viu o que descreve aqui; ninguém mais viu. Ele usou palavras suficientemente conhecidas naquela época, mas, uma vez cjue muitas delas não ocorrem em nenhuma outra parte do AT, seu significado não é totalmente claro.Invólucros feiticeiros. Do heb. kesa- thoth, que vem do acadiano hasü, ‘amarrar”, e daí o significado de “faixas” ou “amuletos”, a respeito de cuja natureza apenas se pode conjecturar.Articulações. Do heb. aisilhn. A frase diz, literalmente, “articulações de minha mão”, expressão que pode se referir, ao que parece, tanto às articulações dos dedos como aos punhos, cotovelos ou ombros (Jr 38:12). O hebraico diz, literalmente, “minhas mãos”; as versões antigas e os Targuns dizem “articulação da mão” ou “das mãos”. Se o pronome possessivo de fato existe, ele transmitiria a ideia interessante de que essas falsas profetisas estavam restringindo as mãos do próprio Senhor.Véus. Do heb. mispachoth, palavra que, no AT, ocorre apenas aqui e que deve indicar algum tipo de véu ou cobertura para a cabeça. Aparentemente os véus não eram usados pelas profetisas em si, mas por aqueles que as consultavam.Almas. Do heb. nefashoth (singular, nefesh), aqui, simplesmente, “pessoas” (ver com. de SI 16:10). O significado parece ser que essas falsas profetisas defraudavam os que recorriam a elas.Preservar outras para vós mesmas. A f rase pode ser traduzida da seguinte forma: “Desejareis matar as almas do Meu povo e preservar com vida a vossa alma?” (ver NVI). O significado pode ser que, em seu interesse próprio, as profetisas viviam à custa da credulidade de suas vítimas. |
Ez.13:19 | 19. Punhados de cevada. Alguns entendem que se referira ao antigo costume de levar presentes para um profeta, ao consultá-lo (lSm 9:7, 8; lRs 14:3). Em vista de a cevada ser um grão inferior, e de que “punhados” exprime pequena quantidade, estaspalavras poderiam indicar o lucro ínfimo pelo qual as falsas profetisas estavam dispostas a perverter a verdade e levar o povo à ruína. Outros veem aqui uma referência ao antigo costume de se adivinhar usando grãos de cevada e migalhas de pão.Escuta mentiras. As palavras podem indicar uma propensão para ouvir mentiras agradáveis, jeremias descreve tal condição: “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o Meu povo” (Jr 5:31). |
Ez.13:20 | 20. Como aves. Do heb. parach, cujo significado é incerto. O sentido geral do versículo é claro. As vítimas seriam livradas da armadilha daqueles que haviam tentado escravizá-las. Deus não permitirá que uma pessoa de coração sincero seja enganada. |
Ez.13:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.13:22 | 22. Visto que com falsidade. As profetisas criaram falsas impressões de Deus na mente dos justos e dos ímpios, desanimando os primeiros de se esforçar para agir corretamente e confirmando os últimos em seus maus caminhos.Capítulo 14para a iniquidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles Me interroguem?coração, e tem tal tropeço para a sua iniquidade, e vier ao profeta, Eu, o Senhor, vindo ele, lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos;justiça, salvariam apenas a sua própria vida, diz o Senhor Deus. |
Ez.13:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:1 | 1. Anciãos de Israel. Provavelmente os mesmos anciãos de Judá mencionados em Ezequiel 8:1. A nação existente estava se tornando conhecida como ‘Israel”, embora,quando se desejasse fazer uma distinção, ainda fosse conservada a designação ‘‘judá”. O objetivo da consulta a Ezequiel não é mencionado, nem mesmo é expressamentedeclarado que os anciãos foram para uma consulta. Parece que era costume deles se í assentar diante do profeta, aguardando qualquer mensagem que o Senhor pudesse enviar (ver EzAD.Al). |
Ez.14:2 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:3 | 3. ídolos. Do heb. gillulim, uma das palavras favoritas de Ezequiel (ver com. de Ez 6:4). A LXX diz dianoêmata, "pensamentos [de seus corações]", talvez para expressar o anseio deles pela idolatria de tempos passados. Instruído pelo Espírito, o profeta leu o coração daqueles que estavam assentados diante dele. Provavelmente não estivesse se referindo à idolatria aberta entre os cativos, mas sim à condição pecaminosa e à alienação do coração deles.Tropeço. Do heb. mikshol, “um meio [ou causa] de tropeço”, “um obstáculo”, aqui, o motivo que leva à iniquidade.Permitirei [...]? No hebraico, a enfática repetição do verbo faz com que a pergunta sugira forte resposta negativa. |
Ez.14:4 | 4. Vindo ele. Esta é a versão do texto segundo a tradição massorética. O texto hebraico em si é obscuro. Os Targuns dizem: "por Mim mesmo”. Esta ideia é respaldada pela forma do verbo ‘'responder”, que pode transmitir a ideia reflexiva, mostrando que o Senhor responderá por Si mesmo, e não o profeta. "Eu o Senhor, Eu mesmo, responderei” (NVl).Ninguém pode esperar conhecer plenamente o que Deus quer que ele ou ela faça, a menos que seu coração seja verdadeiramente submisso à vontade divina. Isto se deve ao fato de que o coração não regenerado, não controlado pelo Espírito Santo, não pode entender as coisas de Deus (iCo 2:14). Mesmo que a mente carnal fosse instruída, ela iria entender mal, aplicar mal e distorcer as coisas divinas, pois os seres humanos creem apenas no que desejam crer. Deus, que nunca coage a vontade humana, permite que essas criaturas obstinadas se apeguem a seus enganos (ver Jo 7:17; 2Ts 2:11, 12). |
Ez.14:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:6 | 6. Convertei-vos. As palavras para "convertei-vos” e “apartai-vos” são duas formas verbais diferentes da mesma raiz, e são usadas em combinação para dar ênfase. Os anúncios dos versículos anteriores formam a base para o solene chamado ao verdadeiro arrependimento. Não pode haver esperança para Israel em qualquer reforma meramente externa. A nação tem de tratar com o Deus que esquadrinha os corações, e o único arrependimento aceitável é o que alcança os mais profundos recessos da alma.Apartai-vos, O pronome “vos” foi acrescentado pelos tradutores. De acordo com o contexto, a passagem deveria dizer: “Desviai o rosto”. |
Ez.14:7 | 7. Estrangeiros. Ver Lv 17:10; 20:1, 2; etc. Os estrangeiros residentes haviam partilhado da luz e dos privilégios confiados a Israel, e seriam considerados igualmente culpados. |
Ez.14:8 | 8. Sinal. Sua punição seria um exemplo que serviría para impedir que outros seguissem curso semelhante. |
Ez.14:9 | 9. O profeta. A referência aqui é aos falsos profetas cujas práticas são reprovadas no cap. 13.Eu, o Senhor. Isto é, o Senhor permite que o mau profeta seja enganado no mesmo sentido em que Ele endureceu o coração do íaraó, ao permitir que a semente da obstinação brotasse e produzisse frutos (ver com. de Êx 4:21; 1 Rs 22:22).E o eliminarei. O pecador traz destruição sobre sí mesmo por sua impenitência (ver T5, 120). Quando deixa de dar ouvidos aos convites, reprovações e advertências do Espírito de Deus, a consciência da pessoa se torna parcialmente cauterizada e, na ocasião seguinte em que for admoestada, será mais difícil prestar obediência do que antes. Ela é como alguém que está sucumbindo à doença, mas se recusa a tomar o remédio. Contudo, nas Escrituras, Deus, o médico, muitas vezes é figurativamente descrito corno se enviasse também os resultados da doençasobre os que rejeitam o remédio. Por exemplo, a Bíblia O representa como se Ele tivesse colocado um espírito mentiroso na boca dos profetas para que aconselhassem determinado rei a escolher um caminho que, na verdade, ele já estava determinado a seguir (lRs 22:19-23). O mesmo ocorreu quando o coração de Saul se afastou de Deus e o Espírito do Senhor Se retirou dele: é dito que o espírito mau que se apossou de Saul veio “da parte do Senhor” (lSm 16:14, ARC). Não se deve considerar isso como se Deus, alguma vez, pudesse ser o autor do pecado e do engano; o que ocorre é que, em Seu plano, Ele simplesmente não opera o milagre que seria requerido para impedir os resultados do pecado. Ele retira Seu Espírito do coração que O rejeita, entrega aquela pessoa a seus próprios enganos e permite que o pecado produza seu inevitável fruto: a morte. “A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de Mim, o teu socorro” (Os 13:9; ver GC, 36, 37; ver com. de 2Cr 22:8). |
Ez.14:10 | 10. Como a do [...]. Tanto os falsos profetas como aqueles que os consultavam eram participantes do pecado e considerados igualmente culpados. |
Ez.14:11 | 11. Não se desvie mais. Um raio de esperança na escura noite da apostasia: o povo de Deus andaria uma vez mais na verdade. Aqui pode ser discernido o objetivo da disciplina: que Israel fosse levado ao verdadeiro arrependimento, fosse reunido e recebesse de volta seus antigos privilégios. |
Ez.14:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:13 | 13. Uma terra. O versículo todo pode ser traduzido em sentido condicional, como na BJ: “Se uma terra pecar contra Mim, agindo com infidelidade, e Eu estender a Minha mão contra ela para destruir a sua ração de pão, trazendo sobre ela a fome, exterminando dela homens e animais [...]”Este comunicado parece ser dirigido contra uma crença corrente entre o povo de que Jerusalém seria poupada por amor aos justos que estivessem nela, como poderia ter ocorrido com Sodoma e Gomorra. |
Ez.14:14 | 14. Noé, Daniel e Jó. Esses homens foram exemplos de uma vida verdadeiramente justa. Foram íntegros em sua geração (ver Gn 6:9; Jó 1:1; Dn 1:8; 6:22). O fato de Daniel ser mencionado antes de Jó não justifica a conjectura de que seja algum Daniel mais antigo, como sugerido por alguns eruditos. Eles acham que Ezequíel se refere ao Danei dos textos ugaríticos, os quais falam deste personagem como um rei justo, do passado d istante, que defendia a causa das viúvas e dos órfãos. O fato é que o profeta simplesmente não estava preocupado com a ordem cronológica.E significativo que esses três homens foram instrumentos para salvar outros. Por amor a Noé, toda a sua família foi poupada (Gn 6:18). Por meio de Daniel, seus companheiros foram salvos (Dn 2:18). Jó evitou a punição de seus amigos por meio de inter- cessão (Jó 42:7, 8). Embora pudessem salvar alguns, eles foram impotentes para salvar a geração na qual viviam. Noé foi incapaz de salvar a raça ímpia antes do dilúvio, e é presumível que Daniel, embora tivesse um cargo elevado na corte babilônica, não tenha conseguido influenciar Nabucodonosor a poupar o povo de Judá e sua capital. Se os judeus estavam colocando alguma esperança na posição e influência de Daniel, essa esperança foi então desfeita (ver Jr 15:1). |
Ez.14:15 | 15. Bestas-feras. A palavra traduzida como “feras” vem do heb. raah, “más”. |
Ez.14:16 | 16. Esses três homens. A declaração do v. 14 é repetida aqui e nos v. 18 e 20 com pequenas variações (sobre os quatro juízos dos v. 13, 15, 17 e 19, ver Lv 26:22, 25, 26). |
Ez.14:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.14:21 | 21. Quatro maus juízos. A presença de homens justos não poderia evitar um só desses quatro juízos mencionados; quanto menos poderiam fazê-lo em vista de que os quatro cairiam sobre Jerusalém. |
Ez.14:22 | 22. Ficareis consolados. Quando os que estavam no exílio observassem o comportamento e os atos dos recém-chegados, saberíam que Deus não havia feito o quefez em Jerusalém sem motivo. Por outro arrependimento (ver v. 11), ajudaria os cati- lado, a mudança de atitude por parte de vos a verem que o objetivo dos juízos de Deus alguns dos que escaparam, evidenciando seu tinha sido a disciplina e não a vingança.Capítulo 15pelo fogo ou sendo queimado, se faria dele qualquer obra? |
Ez.14:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.15:1 | 1. A palavra do Senhor. O cap. 15 é um curto poema que poderia ser intitulado “A alegoria da vinha”. |
Ez.15:2 | 2. Por que mais é o sarmento devideira [...]? No cap. 14, o profeta declara que Deus não pouparia Jerusalém por amor aos poucos justos que estivessem nela. Aqui, ele elimina completamente outro refúgio no qual o povo aparentemente confiava. Sua parábola ensina que Israel não tem uma superioridade inata sobre outras nações. O povo não deve colocar sua confiança no fato de que fora especialmente escolhido por Deus, pois não era mais umavideira verdadeira, mas apenas madeira, e a mais inútil de todas elas, a que serve apenas como combustível. A Bíblia frequentemente compara Israel a uma videira ou a uma vinha (ver SI 80:8-16; Is 5:1-7; Jr 2:21; Os 10:1; Mt 21:33-41; etc.). Alguns comentaristas acham que a descrição aqui seja a de uma videira brava. |
Ez.15:3 | Sem comentário para este versículo |
Ez.15:4 | 4. Serviría [...]? Como madeira, o sarmento da videira é totalmente inútil. Se em seu estado perfeito não poderia servir a qualquer propósito útil, quanto menos estando parcialmente queimada e destruída? |
Ez.15:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.15:6 | 6. Assim entregarei. Neste versículo, está representada a condição imperante na Judeia. Suas extremidades estavam consumidas pelas pilhagens de inimigos estrangeiros, e a parte central, onde ficava a capital, estava pronta para ser destruída. Os judeus, tendo falhado completamente em cumprir o propósito divino como testemunhas de Yahweh, para o qual haviamsido chamados, deviam ser completamente arruinados como nação. |
Ez.15:7 | 7. Ainda que saiam do fogo. A frase diz, literalmente: “Sairão do fogo e o logo os consumirá.” Isto descreve com exatidão a condição de Israel. A nação já havia sido consumida em ambas as extremidades, o meio havia sido chamuscado e logo seria completamente entregue ao fogo.Capítulo 16I A condição de Jerusalém é mostrada por meio da alegoria de uma criança abandonada. 6 O amor de Deus para com ela. 15 Sua prostituição e 35 seu terrível juízo. 44 O pecado exige punição.ti as abas do Meu manto e cobri a tua nudez; deite juramento e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser Minha.te prostituíste; tais coisas nunca se deram e jamais se darão.eis que também Eu farei recair sobre a tua cabeça o castigo do teu procedimento, diz o Senhor Deus; e a todas as tuas abominações não acrescentarás esta depravação,mais justas são elas do que tu; envergonha-te logo também e leva a tua ignomínia, pois justificaste a tuas irmãs. |
Ez.15:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:1 | 1. A palavra do Senhor. Por meio de uma alegoria realista, Ezequiel devia fazer “conhecer a Jerusalém as suas abominações” (v. 2). Parte da linguagem empregada na alegoria é repulsiva a pessoas discretas e que não falam de coisas íntimas de maneira tãodireta. Aqueles a quem Ezequiel se dirigia estavam acostumados com essa linguagem e não ficariam chocados. |
Ez.16:2 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:3 | 3. Amorreu [...] heteia. O significado dessas frases permaneceu um mistério até anos recentes. Contudo, descobertasarqueológicas ao longo de décadas lançaram mais luz sobre a história primitiva da Palestina. Sabe-se que os amorreus habitaram aquela região desde épocas muito antigas, e que os heteus, vindos do norte, se infiltraram na Palestina e ocuparam algumas áreas antes que os hebreus se estabelecessem na terra. Entre os vários povos de Canaã estavam os jebuseus, que viviam na antiga cidade de Jebus, que ficava parcialmente situada onde, mais tarde, se localizaria a cidade de Jerusalém. Os primitivos reis que governaram Jerusalém antes da ocupação israelita tinham nomes amorreus e heteus. Foram esses os antecedentes étnicos de Jerusalém. A linguagem de Ezequiel é uma afronta ao povo de Jerusalém, que se gabava de ser descendente de Abraão, mas que agia como se descendesse dos antigos habitantes pagãos da terra que, mais tarde, veio a constituir Israel. A semelhança de caráter era muito mais importante do que a mera descendência étnica (ver Jo 8:44). |
Ez.16:4 | 4. Quanto ao teu nascimento. Os v. 4 e 5 descrevem uma criança jogada num campo após o nascimento, o que constituía prática paga frequente. Deixada a si mesma, a criança logo teria perecido. O corte do cordão umbilical era necessário para a vida autônoma. Segundo o costume antigo, o recém-nascido era esfregado com sal após ser lavado. Os antigos pensavam que isso tornaria a pele mais firme e menos úmida e a limparia completamente. O sal também era considerado como portador de propriedades conservatívas. A prática de envolver o corpo em faixas apertadas é mencionada em Lucas 2:7. O período da história de Israel representado por essa parábola, provavelmente, seja a época de peregrinação no Egito, onde Israel foi estabelecido como nação. |
Ez.16:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:6 | 6. Vive. Deus é representado como um viajante que, ao passar, descobre a criatura de aparência repugnante e digna de pena. Apesar da sujeira em que ela se encontra, Ele Se apiecla dela e lhe salva. Foi nessa condiçãoimpotente e miserável que Deus encontrou os hebreus na terra do cativeiro. Pela opressão cruel e pela matança das crianças do sexo masculino, os egípcios procuravam impedir que os filhos de Israel se tornassem mais numerosos e mais fortes que eles (Êx 1:9-14). Deus, porém, abençoou Seu povo e, apesar do duro cativeiro, ele “se tornou muito forte” (Êx 1:20). |
Ez.16:7 | 7. Eu te fiz. A LXX e a Siríaca trazem um imperativo aqui: “Cresce tu como uma planta no campo.”Grande formosura. Literalmente, “ornamento de ornamentos”, uma frase obscura. A Siríaca diz: “chegaste à menarca”, indicando, como diz a tradução da NTLH, que a criança abandonada tinha então se tornado uma “moça”. |
Ez.16:8 | 8. Passando Eu por junto de ti. Esta visita é distinta da outra, quando a nação era infante no Egito, e Deus a abençoou e a fez crescer. Ela então chegou à idade de se casar, e o Senhor ficou noivo dela (ver Jr 2:2).Estendi sobre ti. Significando a intenção de conferir à moça a honra do casamenlo (ver com. de Dt 22:30; Rt 3:9). A referência é ao solene evento no Sinai, quando Yahweb entrou em aliança com os hebreus, que se comprometeram a amar, adorar e obedecer a Deus, com a exclusão de todos os outros deuses rivais (Êx 19:1-9; 24:1-8). |
Ez.16:9 | 9. Então, te lavei. A lavagem e a unção eram parte dos preparativos para o casamento (ver Rt 3:3; Et 2:12). |
Ez.16:10 | 10. Roupas bordadas. Do heb. riqniah, que, segundo se crê, significa uma veste de muitas cores. A filha do rei descrita em Salmo 45:14 estava vestida de reqamoth (ver com. ali).Pele de texugo (ARC). Do heb. tachash. Além daqui, a palavra só ocorre no Pentateuco (com respeito ao significado, ver com. de Êx 25:5; 26:14; etc.)Seda. Do heb. meshi, palavra que, no AT, ocorre apenas aqui e no v. 13. Há dúvidasquanto a referir-se à seda; o material de fato não pode ser identificado. Ezequiel fala de materiais e artigos de vestuário conhecidos em seus dias, mas o conhecimento incompleto de sua época deixa indefinidas algumas das figuras que ele emprega, porém não tanto a ponto de obscurecer a verdade essencial. |
Ez.16:11 | 11. Enfeites. O profeta emprega uma figura orienta] e apresenta os enfeites de urna noiva oriental pertencente à realeza (sobre "braceletes”, ver com. de Gn 24:22; Nm 31:50; Ez 23:42; e sobre “colar”, ver Gn 41:42). |
Ez.16:12 | 12. Um pendente. Do heb. nezem, uma “argola” (ver Gn 35:4, etc.) ou “anel” (Jó 42:11). A frase diz, literalmente, “um anel de nariz ern tua narina ". Em Isaías 3:21, a mesma combinação de palavras é traduzida como “enfeites para o nariz” (NVI). Alguns acham que a referência seja a joias colocadas na lateral do nariz, como ainda usadas no O riente.Talvez seja feita a pergunta: Oferece esta passagem permissão para o uso de tais adornos hoje, uma vez que o próprio Deus ornamentou tão profusamente esta moça? A resposta é não. Primeiramente, o incidente é figurativo e a ilustração é extraída de uma situação daquela época. Um caso paralelo é o uso que Jesus faz da parábola do rico e Lázaro, que se centraliza numa crença completamente falsa no que diz respeito ao estado intermediário dos mortos (ver PJ, 263). Além disso, muitas coisas sancionadas ou permitidas, na época de menos luz do AT, não são mais sancionadas sob a luz mais plena da era evangélica. Exemplos típicos são a poligamia e o divórcio fácil (ver com. de Dt 14:26). flá passagens que falam contra o uso de joias e de vestuário extravagante para mulheres cristãs (lTm 2:9, 10; lPe 3:3, 4). |
Ez.16:13 | 13. Chegaste a ser rainha. Provável referência ao tempo de Davi e de Salomão, quando o reino de Israel se estendeu desde o Eufrates até “a fronteira do Egito” (ver com.de lRs 4:21), e muitos dos reinos vizinhos se tornaram vassalos. Este período foi a era de ouro de Israel. |
Ez.16:14 | 14. Que Eti pusera. O povo é lembrado de que a prosperidade e a glória não se deviam a qualquer mérito de sua parte. Deviam a Deus tudo que desfrutavam. |
Ez.16:15 | 15. Confiaste na tua formosura. Cumpriu-se a previsão de Deuteronômio 32:15 (cf. Os 13:6). Elevado à glória no princípio do reinado de Salomão, Israel começou a confiar em sua grandeza e prosperidade. Perdendo de vista o alto destino de Deus para os hebreus, Salomão começou a trabalhar para fazer de Israel um grande e poderoso império entre as nações da Terra. Para conseguir isso, fez contratos e alianças estrangeiras, o que era diretamente contrário à expressa ordem de Deus. Depois de ser, segundo as aparências, grandemente beneficiado por seu tratado com o rei do Egito, que foi selado por seu casamento com a filha do faraó, Salomão entrou também em acordos semelhantes com outras nações. Mas o engano foi fatal. Suas muitas esposas introduziram a idolatria em seu reino, até que tanto o rei quanto os súditos passaram a se curvar ante deuses estrangeiros. Dessa forma, o próprio meio empregado por Salomão para aumentar seu império acabou causando a queda deste. Os enormes impostos exigidos para sustentar a magnificência do reino se tornaram o pretexto para a revolta do povo. A parte do império que abrangia os territórios fora da Palestina acabou se desintegrando, e o reino em si foi dividido.E te entregaste à lascívia. Uma metáfora para descrever as alianças estrangeiras, que objetivavam conseguir vantagens políticas e que Deus havia proibido enfaticamente (Dt 7:2; Jz 2:2), ou para descrever a substituição do culto ao Deus verdadeiro por outra forma de adoração. A figura é comum nas Escrituras (ver Êx 34:15, 16; Lv 17:7; Dt 31:16: Jz 2:17; ls 1:21; Jr 2:20; Tg 4:4). A referênciaaqui é às várias alianças com os pagãos que Salomão iniciou e à subsequente adoção do culto idólatra dessas nações. |
Ez.16:16 | 16. Lugares altos. Do heb. bamoth (ver com. de Ez 6:3).Nunca se deram. O significado da última frase deste versículo é obscuro. Ela diz, literalmente: 'não vir e não será”. Talvez a tradução da ARA expresse bem o significado pretendido: “Tais coisas nunca se deram e jamais se darão.” |
Ez.16:17 | 17. Eu te dei. Os v. 17 a 19 trazem a acusação de que Israel havia conferido a outros os dons que Deus lhe havia dado. Na parábola dos talentos (íVIt 25:14-30), Jesus enfatizou quão sério é o devotar os talentos recebidos a propósitos egoístas. Deus determina a cada pessoa uma obra, num lugar especialmente designado. Ele dota a cada um de capacidades para realizar essa tarefa. Muitos tomam os dons que lhes foram emprestados, dons da saúde, da inteligência, da riqueza e do tempo, e os pervertem para fins totalmente egoístas. Esses são tão culpados e dignos de censura como o idólatra Israel. Cada pessoa deve se indagar: "Estou fazendo a obra que Deus me designou?”Muitos têm uma visão distorcida do sucesso. Para eles, somente pessoas que atingem certa posição ou determinadas realizações é que alcançaram êxito. Mas essa não é a definição divina. Aos olhos de Deus, somente é considerada bem-sucedida a pessoa que cumpre a missão peculiar a ela designada pelo Céu. Essa missão pode ser muito humilde, e a tarefa, modesta, mas a recompensa de maneira alguma há de ser menor por causa disso.Estátuas de homens. Possivelmente, imagens de Baal. |
Ez.16:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:20 | 20. Sacrificaste. Referência ao culto a Moloque, que foi uma forma de idolatria comum no último período de Israel (2Rs 16:3; SI 106:37; Is 57:5; Jr 7:31, 32). Nesta forma de culto, crianças eram sacrificadascomo holocaustos (ver p. 419), um crime desumano e terrível (ver com. de Lv 18:21; lRs 11:7; 2Rs 16:3). |
Ez.16:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:22 | 22. Não te lembraste. Israel é aqui acusado do pecado de ingratidão. A nação desfrutava grandes privilégios e fora exaltada em suas vantagens. Deus não omitiu nada que ajudasse a assegurar seu sucesso. Por meio de Isaías, Ele declarou: “Que mais se podia fazer ainda à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? E como, esperando Eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?” (Is 5:4).A Bíblia está repleta de outros exemplos de ingratidão. Encabeçando a lista se encontra o exemplo máximo: o de Adão. Ele também possuía todas as vantagens. Para sempre será um mistério o fato de como um ser santo pôde se tornar ingrato a ponto de pecar contra o Deus que fizera planos somente para o seu bem. A história se encerrará com um registro de ingratidão: nos últimos dias, os homens serão “ingratos” (2Tm 3:1-5). Os cristãos devem cuidar para não se tornar mesquinhos em suas expressões de agradecimento. Uma proporção muito maior de suas orações devia ser devotada ao louvor dAquele que é a fonte de todas as bênçãos. |
Ez.16:23 | 23. Toda a tua maldade. Até este ponto Ezequiel trata das formas de idolatria cananeias; a partir daqui, ele passa a condenar as alianças com nações estrangeiras mais distantes e as formas de idolatria dessas nações. |
Ez.16:24 | 24. Prostíbulo de culto. Do heb. gav, cujo significado é explicado por alguns comentaristas como se referindo a algo arredondado ou em forma de arco e, portanto, talvez a uma abóbada. Contudo, relevos provenientes de Assur indicam que a referência pode ser a uma plataforma elevada em frente a um altar, sobre a qual se fazia relação sexual ritual. A LXX diz oikêma fornikon, “casa de prostituição”. Em muitas formas deculto da antiguidade, a prostituição assumia um caráter semirreligioso. |
Ez.16:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:26 | 26. Filhos do Egito. Alguns consideram uma referência ao caráter Iicencioso do culto egípcio. Israel buscou repetidamente se aliar ao Egito, especialmente no último período da monarquia (lRs 3:1; 9:16; 10:28; 2Rs 17:4; 18:21; Is 30:1-5; 31:1-3; 36:6; Os 7:11). Exatamente nessa época, parte da obra de Jeremias consistiu em se opor à tendência de fazer aliança com o Egito (ver jr 37:5, 7). As alianças políticas e comerciais são aqui representadas pela figura da prostituição (ver Is 23:17; Na 3:4).De grandes membros. Uma figura sem eufemismos que representa o poder do Egito : e a força dos soldados egípcios (ver Ez 23:20). |
Ez.16:27 | 27. Diminuí a tua porção. Deus pretendia que esta fosse uma medida disciplinar para fazer com que a esposa infiel se cons- cientizasse do pecado. Os seres humanos são propensos a se esquecer de que todas as bênçãos temporais vêm de Deus. Ele faz o sol nascer sobre justos e ímpios. Pelo exercício imediato de Seu poder é que toda semente brota para a vida, e a terra produz seus generosos dons para o sustento. Deus planejava que, pela remoção dessas bênçãos, o povo se lembrasse de sua completa dependência dEle.Filisteus. Desde o tempo dos juizes, os filisteus foram inimigos persistentes de Israel. Foram subjugados por Davi, mas se tornaram um problema novamente durante o período dos últimos reis (2Rs 18:8; 2Cr 26:7; 28:18). Frequentemente eram assunto de pronunciamentos proféticos (Is 9:12; Jr 25:20; 47:1, 4; Ez 25:15, 16; Am 1:6-8; 3:9; Ob 19; Sf 2:5; Zc 9:6),Envergonhavam. A ironia era que os filisteus se apegaram a seus deuses e não os trocaram por outros, como fez Israel (ver Jr 2:10, 11). |
Ez.16:28 | 28. Filhos da Assíria. Tanto judá (2Rs 16:7) como Israel (Os 5:13) fizeram aproximações com a Assíria. |
Ez.16:29 | 29. Canaã. Do heb. kendan. A palavra provavelmente não seja usada aqui como nome próprio, mas em seu sentido secundário de “tráfico’’ ou “comércio’’ (ver Is 23:8, onde kendan é traduzido como “negociantes”; cf. Os 12:7; Sf 1:11). Em Ezequiel 17:4, kendan é aplicada nesse sentido a Babilônia. A frase completa pode ser traduzida como: com Babilônia, “uma terra de comerciantes’ (JNVI). Babilônia encerra a lista cie nações com as quais Israel se prostituiu. |
Ez.16:30 | 30. Quão fraco. Uma exclamação de censura à ansiedade provocada pela lascívia. Os pecados frequentemente repetidos enfraquecem a natureza moral até que o poder da vontade é destruído. A pessoa se torna então escrava da concupiscência. O evangelho de Jesus Cristo é plenamente poderoso para transformar tais corações endurecidos pelo pecado. Quando o ser humano permite ao poder divino entrar em sua vida, a vontade enfraquecida pode uma vez mais se fortalecer e a fibra moral pode se desenvolver. |
Ez.16:31 | 31. Prostíbulo de culto. Ver com. do v. 24.Desprezaste a paga, Uma prostituta recebe sua paga, mas Israel dava presentes a seus amantes, contrariamente ao procedimento normal (v. 31-34). Estrategicamente situada na grande estrada entre as nações rivais Egito e Assíria, Israel podería, com propriedade, ter exigido um preço por sua aliança. Em vez disso, pagava alto preço pela ajuda dessas nações e, assim, comprava a própria ruína (ver 2Rs 16:8, 9; cf. Os 12:1). |
Ez.16:32 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:33 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:34 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:35 | 35. Ouve a palavra. Após apontar o pecado de Judá, o profeta começa a pronunciar seu castigo, e continua com a mesma linguagem figurativa. |
Ez.16:36 | 36. Lascívia. Do lieb. nechosheth. Segundo algumas autoridades, esta palavra é derivada do acadiano nithsliu, “abundância” ou “riqueza” (NVI), e, em sentido pejorativo, “extravagância”. Outros a derivam do acadiano nahshatu, "menstruação”,da qual "imundícia”, empregada pela KJV, é um eufemismo.Sangue de teus filhos. O infanticí- dio praticado no culto a Moloque (ver com. do v. 20). |
Ez.16:37 | 37. Todos os teus amantes. Isto é, as nações vizinhas com quem Israel havia se aliado. |
Ez.16:38 | 38. Adúlteras. Sob a antiga lei judaica, a penalidade para homicídio, adultério e sacrifício a Moloque era a morte (Ex 21:12; Lv 20:1-5, 10). A pena capital era aplicada por apedrejamento (ver Lv 20:2; cf. Jo 8:5). A acusação de derramamento de sangue pode aqui se estender, além do infanticídío ligado aos sacrifícios a Moloque, e incluir também outros crimes, assassinatos e homicídios judiciais. |
Ez.16:39 | 39. Prostíbulo de culto. Ver com. do v. 24. |
Ez.16:40 | 40. Apedrejar-te-ão. A aplicação da pena capital por adultério (ver com. do v. 38). Segu ndo a regra, a penalidade devia ser executada pela congregação (Nm 15:36) ou pelos homens da cidade (Lv 20:2). Neste caso, a “congregação” ou “multidão” representa o exército dos caldeus. |
Ez.16:41 | 41. Queimarão as tuas casas. Com respeito ao cumprimento literal desta pre- dição, ver 2 Reis 25:9 e Jeremias 52:13. Há uma mistura aqui do figurativo com o literal; a casa da adúltera será destruída, e as casas de Jerusalém serão queimadas.Muitas mulheres. As nações pagãs, segundo a analogia de Jerusalém como uma esposa infiel. |
Ez.16:42 | 42. Satisfarei. A figura é de um marido ciumento que executa a punição da esposa adúltera. A retribuição termina como um fogo que se apaga após ter consumido o combustível. Como indica a sequência (v. 53, 60-63), os juízos não seriam definitivos, mas a punição teria caráter corretivo. |
Ez.16:43 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:44 | 44. Tal mãe. Um exemplo da tendência oriental de expressar experiências devida na forma de ditados curtos e vigorosos. O correspondente moderno do provérbio seria: “Tal pai, tal filho”. O ditado quer dizer que Israel, apesar de ter se orgulhado de uma ascendência superior, na verdade não era melhor que seus antecessores heteus (ver com. do v. 3). |
Ez.16:45 | 45. Tiveram nojo de seus maridos.A identificação destes maridos é obscura. Alguns conjecturam que Deus representa a Si mesmo como o marido, não apenas de Israel, mas também de outras nações. Também no caso delas a idolatria seria apostasia contra Deus, que lhes deu uma revelação de Si mesmo. Por direito, Deus é o Deus do mundo todo, e não apenas de Israel. Ele exige a lealdade da humanidade, primeiramente porque criou o ser humano, e depois porque deu a todos uma medida de revelação suficiente para uma adoração inteligente. Jesus é “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9; cf. Rm 1:20; At 14:17). |
Ez.16:46 | 46. Tua irmã, a maior. Várias traduções usam as palavras “mais velha” e “mais nova” ou “mais moça” (NTLH, NVI, BJ). Cronologicamente, Sodoma não era mais nova que Jerusalém, nem Samaria era mais velha. A atribuição das respectivas idades às duas irmãs se deve, provavelmente, ao fato de as palavras para “mais velha” e “mais nova” serem, literalmente, “maior” e “menor” (ARA). Samaria é chamada “mais velha” porque era maior e mais forte; e Sodoma era chamada “mais nova” porque tinha uma população comparativamente menor.À tua esquerda. Isto é, ao norte. Os orientais descreviam as posições geográficas a partir da posição de quem está de frente para o leste. Assim, Samaria, ao norte, estava à esquerda.À tua mão direita. Sodoma, ao sul, estava à direita. Poeticamente, ela é representada como se ainda existisse. |
Ez.16:47 | 47. Pouco. Do heb. meat qat. A primeira palavra hebraica significa “pouco”ou "pequeno”; a segunda é de derivação indefinida. Alguns a comparam com a palavra etíope qiiatit, ‘'pequeno”. A frase hebraica também pode significar “pouco tempo”. A idéia, então, seria que “em pouco tempo, você se tornou mais imoral do que elas" (NTLH).O maior pecado teria de ser entendido no sentido de mais culpa por ter tido mais oportunidade. Esta foi a idéia de Cristo quando repreendeu a falta de fé das pessoas de Seu tempo, declarando: “Menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do juízo, do que para aquela cidade” (Mt 10:15). Peca mais quem o faz contra mais luz. O castigo mais terrível virá sobre os que tiveram as maiores oportunidades, mas abusaram das misericórdias de Deus e desprezaram as advertências divinas. A luz acumulada de todas as eras brilha em nossos dias. As pessoas que negligenciam as bênçãos e oportunidades cie hoje trazem sobre si mais culpa do que as de qualquer era anterior. A ira de Deus nas sete últimas pragas está reservada para os que tomarem uma decisão contra Cristo no tempo de mais esclarecimento, quando a mensagem do terceiro anjo se avolumar num alto clamor e toda a Ferra for iluminada pela glória de Deus (Ap 18:1-4). Os pecadores das eras anteriores sofrerão apenas a ira que virá após o milênio. |
Ez.16:48 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:49 | 49. Soberba. O profeta não menciona os crimes antinaturais comumente associados ao nome de Sodoma. Parece atacar as causas em vez de os atos exteriores. A prosperidade sempre se demonstra perigosa para a virtude; e a “tranquilidade’ ou “ociosidade” (ABC) leva à tentação e a todo tipo de pecado. Moisés advertiu previamente Israel contra esses perigos (Dt 6:10-12; cf. Jr 22:21; Os 13:6). Na enumeração dos pecados, se inclui um negativo: “nunca amparou o pobre e o necessitado”. As pessoas geralmente se preocupam com pecados de comissão, mas é igualmente fácil perder oCéu por pecados de omissão. Na parábola, Jesus ordena aos que estão à Sua esquerda que se apartem, não por causa de graves pecados exteriores, mas por causa da negligência de simples gestos de amor (Mt 25:41- 46). Esse ensino está em harmonia com a declaração do apóstolo: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando" (Tg 4:17).Os pecados de Samaria não são mencionados, provavelmente porque suas abomina- ções eram então recentes e não precisavam de menção, enquanto a história de Sodoma havia se encerrado mais de um milênio antes. |
Ez.16:50 | 50. Vendo isto. A frase pode ser assim traduzida: “conforme o que vi" ou “conforme o vi”. Deus primeiramente faz uma inspeção (ver Gn 18:21) e depois pune de acordo com os atos. Esta obra é análoga à do juízo final, quando será feita uma cuidadosa investigação dos registros de todas as pessoas antes de serem determinadas as recompensas e punições (2Co 5:10). |
Ez.16:51 | 51. Justificaste a tuas irmãs. Esta frase deve ser entendida comparativamente. Diante de juclá, Sodoma e Samaria pareciam inocentes, embora não fossem, é claro, absolvidas por causa disso. As pessoas frequentemente justificam o próprio comportamento imperfeito comparando-se com outras que afirmam ser mais peeadoras. Tal atitude leva à ruína. Elas devem se comparar apenas com um padrão: o caráter perfeito de Cristo. |
Ez.16:52 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:53 | 53. Restaurarei a sorte. Literalmente, “mudarei o cativeiro”, que aqui, figurativa- mente, significa voltar ao estado anterior, uma vez que não houve nenhum cativeiro para Sodoma. E^te texto apresenta um problema, já que Sodoma e suas filhas (as cidades adjacentes) haviam perecido com seus habitantes havia séculos, sem deixar descendentes (Gn 19:25; Jd 7). Como, então, podia ser efetuada uma restauraçãof Possivelmente, Sodoma seja aqui usada simbolicamente para se referir aos povos vizinhos, como amonitase moabitas, descendentes de Ló, o sobrevivente de Sodoma. O plano salvífico de Deus abarca todas as nações. Mas a linguagem acjui é altamente figurada, e o propósito da comparação é “pô-los em ciúmes” (Rm 11:11). Judá é mencionada, na restauração, em terceiro lugar. |
Ez.16:54 | 54. Servindo-lhes de consolação.O fato de que essas irmãs, desprezadas por Jerusalém, iriani partilhar da restauração seria motivo adicional de humilhação. |
Ez.16:55 | 55. Quando. Ou, “e”, já que o hebraico tem apenas a conjunção simples. Sodoma e Samaria são mencionadas antes, não do ponto de vista cronológico, como se fossem voltar primeiro no caso de a aplicação ser literal (ver com. do v. 53), mas sim do ponto de vista do argumento de que a menção delas poderia fazer com que a arrogante Judá se arrependesse. |
Ez.16:56 | 56. Como provérbio. Literalmente, “como um conto”, provavelmente no sentido de reprovação ou provérbio. |
Ez.16:57 | 57. Síria. Vários manuscritos e a Siríaca dizem “Edom”. Os dois nomes têm grafia semelhante no hebraico (ver com. de 2Sm 8:12). Talvez a passagem se refira à alegria de Judá diante do infortúnio da Síria ou de Edom. |
Ez.16:58 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:59 | 59. Invalidando a aliança. Israel quebrara a aliança feita no Sinai, na qual Deus ofereceu ao povo o privilégio de ser Sua “propriedade peculiar” (Êx 19:5). Eles deviam ser os depositários dos oráculos sagrados e deviam propagar o conhecimento da lei de Deus, primeiramente por meio de uma demonstração da verdade em sua vida e, então, através do testemunho ativo. Mas eles falharam em ambos (ver p. 17-20). |
Ez.16:60 | 60. Uma aliança eterna. Embora Israel tivesse sido desleal e quebrado a aliança, sua infidelidade não pôde alterar a fidelidade de Deus. Ele estava disposto a entrar num novo relacionamento de aliança assim que eles se arrependessem. Infelizmente, por causa da contínua infidelidade do povo que restou naterra, o cumprimento foi adiado até a era evangélica, quando a permanência da aliança foi assegurada, não mais em base nacional, mas individual. Contudo, a permanência maior oferecida por ocasião do retorno dos exilados nunca foi aceita.A Bíblia apresenta duas alianças básicas: a eterna (que, mais tarde, se tornou conhecida como a nova) e a antiga. O fato de não se definir o termo “aliança” e de não se fazer a distinção correta entre a antiga e a nova aliança deu lugar a muitos mal-entendidos. A aliança eterna é simplesmente a provisão de Deus para a salvação da raça humana. Para propósitos práticos, a expressão é sinônima do termo “plano da redenção”. Esta aliança foi feita com Adão no Éden e, mais tarde, foi renovada com Abraão (ver PP, 370). Ela representava a execução de um plano por meio do qual o ser humano poderia ser restaurado à posição perdida. O pecador precisava de perdão para sua transgressão. O perdão se tornou possível por meio da obra que o Filho de Deus realizou em Sua encarnação, vida e morte. O caráter do pecador precisava ser novamente colocado em harmonia com a imagem divina. Para tanto foi prometido o poder divino, que, quando aceito pelo homem, expulsa o pecado e incorpora à vida os traços justos de caráter.Essa aliança, ou o plano da salvação, foi feita com Adão, mas se aplica igualmente aos seres humanos de todas as eras. No NT, a mesma aliança se tornou conhecida como nova aliança, simplesmente porque sua validação por meio do sacrifício de Cristo veio após a validação da antiga aliança ocorrida no Sinai.A antiga aliança foi feita no Sinai. Por que essa aliança se tornou necessária se já existia uma provisão adequada para a salvaçãor A intenção divina nunca foi de que a antiga aliança tomasse o lugar da aliança eterna, nem que fosse um meio alternativo de salvação. Um exame do contexto histórico ajuda aesclarecer o objetivo dela. Durante a escravidão no Egito, os israelitas perderam muito do conhecimento de Deus e de Seus requisitos. A reeducação deles levaria tempo, pois as verdades espirituais só são compreendidas gradual mente: só após a apreensão de uma verdade é que se torna possível a aquisição de outra. Deus começou Sua instrução no Sinai, informando ao povo que o objetivo de Seu plano era colocar a vida deles em harmonia com Seu caráter. Contudo, o propósito foi declarado objetivamente: 'Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha aliança, então, sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é Minha; vós Me sereis reino de sacerdotes e nação santa" (Êx 19:5, 6). Na época, os israelitas compreendiam pouco do que estava envolvido nisso. Concordaram com a declaração ampla dos objetivos e responderam: "Tudo o que o Senhor falou faremos” (Ex 19:8). Era plano de Deus partir desse ponto e instruir o povo com respeito a como esses objetivos poderiam ser alcançados. Gradualmente, à medida que tossem capazes de compreender, Ele lhes desdobraria todos os detalhes da aliança eterna (ver Ellen G. White, Material Suplementar sobre Ex 19:3-8).Infelizmente, parece que os israelitas nunca foram além da primeira lição em termos de instrução espiritual. Captaram a ideia da necessidade de obediência; haviam aprendido essa filosofia no Egito. Portanto, buscavam o favor de Deus esforçando-se paraprestar uma obediência externa aos requisitos divinos. Falharam as tentativas divinas para mostrar a necessidade de um novo coração e da graça para tornar tal obediência possível. Salvo por exceções individuais, tal atitude continuou ao longo de todo o período do AT, apesar dos repetidos apelos dos profetas para que o povo entrasse em relacionamento com Deus (com respeito à nova aliança, ver Jr 31:31-34; IIb 8:8-13; PP, 370-373). |
Ez.16:61 | 61. E te envergonharás. A nação de Judá seria humilhada e aprenderia por meio dos próprios infortúnios. Mas, finalmente, seria levada a compreender os propósitos de Deus.As mais velhas. O plural mostra que a referência é não apenas a Samaria e Sodoma, mas que estão incluídas todas as nações que aceitassem a nova aliança.Tua aiíança. A referência provavelmente seja à interpretação errônea de Judá sobre a aliança original de Deus, cujo alcance, conforme o plano do Senhor, devia se estender ao mundo todo, mas de cujos benefícios os judeus excluíram todas as outras nações. |
Ez.16:62 | Sem comentário para este versículo |
Ez.16:63 | 63. Para que te lembres. O perdão de Deus não apaga a recordação do passado pecaminoso. A vergonha que acompanha tal recordação é uma salvaguarda necessária para a nova experiência. Isso também conserva a consciência da grandeza da salvação (ver PR, 78).Quando Eu te houver perdoado. Doheb. bekapperi, cia raiz kafar, que é usada tecnicamente no AT para ‘expiação".CPPE, 279; Ed, 209; Tl, 395; T2, 371;Capítulo 17Babilônia a Jerusalém, e tomou o seu rei e os seus príncipes, e os levou consigo para a Babilônia;principal dos seus ramos cortarei o renovo mais tenro e o plantarei sobre um monte alto e sublime.toda sorte, e à sombra dos seus ramos se aninharão aves de toda espécie. |
Ez.17:1 | 1. A palavra do Senhor. Outra comunicação distinta, mas que pertence à mesma série de profecias que começou com a visão dos cap. 8 a 11. Os v. 12 a 24 permitem fixar a data da profecia como sendo o tempo em que Zedequias procurava o auxílio do Egito contra Nabucodonosor. |
Ez.17:2 | 2. Enigma. Do heb. chidhah, termo usado também nos Salmos 49:4; e 78:2; ambas as passagens unem as palavras para “enigma” e "parábola”, da mesma forma que este versículo de Ezequiel. |
Ez.17:3 | 3. Uma grande águia. Literalmente, “a grande águia”. Segundo o v. 12, o símbolo representa o rei de Babilônia (cf. Jr 48:40; 49:22).Líbano. Poeticamente, o termo representa judá. Talvez o fato de um dos palácios de Salomão se chamar “a Casa do Bosque do Líbano” (JRs 7:2; 10:17, 21) tenha sugerido este simbolismo. |
Ez.17:4 | 4. A ponta mais alta dos seus ramos.Do heb. tsammereth, palavra que ocorre somente aqui, no v. 22 e em Ezequiel 31:3, 10 e 14. A etimologia é incerta, mas se presume que signifique o topo da árvore. A referência é a Joaquim, que Nabucodonosor levou cativo para Babilônia (2Rs 24:12).De negociantes. Do heb. kenáan, geralmente transliterado como “Canaã”, mas aqui usado em seu sentido secundário relacionado a comércio (ver com. de Ez 16:29). A "terra de negociantes” representa Babilônia (Ez 17:12). |
Ez.17:5 | 5. Muda da terra. Isto se refere a Zedequias, que Nabucodonosor tornou rei em lugar de Joaquim. E possível que Joaquimtenha sido removido devido às tendências pró-Egito. Esperava-se que Zedequias, um vassalo de Babilônia, permanecesse fiel a seu senhor. |
Ez.17:6 | 6. Videira mui larga. Foi permitido ao estado judaico, sob o governo de Zedequias, se tornar um reino frutífero e próspero, embora dependente. Zedequias havia jurado reconhecer a Nabucodonosor como suserano (2Cr 36:13). Nabucodonosor, sem dúvida, esperava que Israel, sendo um reino florescente, servisse como um tipo de para-choque entre ele e a nação do Egito, que tinha ambições imperialistas. |
Ez.17:7 | 7. Outra grande águia. O faraó Hofra, também chamado Ápries (v. 15; cf. jr 44:30).Para ela. Embora tivesse jurado lealdade a Babilônia (2Cr 36:13; cf. Ez 17:14), Zedequias buscou traiçoeiramente a ajuda do Egito. Jeremias se esforçou para dissuadir o rei de fazer essa aliança (Jr 37:7). |
Ez.17:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.17:9 | 9. Acaso prosperará ela? Subentende-se uma resposta negativa. As propostas de aliança com o Egito resultariam na total destruição cie judá. |
Ez.17:10 | 10. Vento oriental. Um símbolo apropriado dos babilônios, que habitavam ao leste da Palestina. O vento leste ou oriental é notório por seu efeito destruidor sobre as plantas (Jó 27:21; Ez 19:12; Os 13:15; Jn 4:8). |
Ez.17:11 | 11. Então. Esta forma de expressão sugere um intervalo antes que fosse dada a explicação da parábola. Durante esse tempo, a parábola devia ser um enigma para o povo, despertando-lhe a curiosidade e fazendo com que ficasse mais atento enquanto o profeta expusesse o significado da mesma. A verdadesempre encontra um campo mais frutífero numa mente inquiridora. |
Ez.17:12 | 12. O que significam estas coisas.O profeta dá uma interpretação formal da parábola (v. 12-17). A "casa rebelde”, sem dúvida, incluía aqueles dentre os exilados em Tel-Abibe que esperavam o sucesso da aliança com o Egito e a resultante queda do poder de Babilônia.Veio. Com respeito à interpretação, ver com. dos v. 3-10. |
Ez.17:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.17:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.17:15 | 15. Cavalos. Da 18a dinastia em diante, as carruagens passaram a ser o equipamento militar padrão dos exércitos egípcios (ver com. de Êx 14:7; 1 Rs 10:28, 29; cf. 2Cr 12:2, 3; Is 31:1; 36:9).Escapará [...]? A traição de Zedequias em violar o juramento de fidelidade, bem como suas outras grandes impiedades, não podiam ser passadas por alto (sobre a santidade de um juramento, ver Js 9; 2Sm 21:1, 2). |
Ez.17:16 | 16. Será morto. Ver com. de Ez 12:13. |
Ez.17:17 | 17. Nem [...] o ajudará, isto é, não fará qualquer coisa vantajosa ou proveitosa para ele. Segundo uma correção sugerida para o texto, a frase teria o sentido de não conseguir salvá-lo (ver BJ).Levantando tranqueiras. Ou, “quando levantarem tranqueiras”, isto é, os caldeus (ver NTLH). O texto sugere que o faraó levantaria tranqueiras e ediíicaria baluartes. |
Ez.17:18 | 18. Com aperto de mão. Isto é, como sinal de compromisso. |
Ez.17:19 | 19. Meu juramento. O Senhor designa o juramento e a aliança feitos para com Nabu- codonosor como sendo Seus, sem dúvida porque foram feitos em Seu nome (2Cr 36:13).Além disso, sendo o Senhor o árbitro da história, era Seu pla no que os judeus nesse momento se submetessem ao jugo de Babilônia (jr 27:12). |
Ez.17:20 | 20. Estenderei [...] Minha rede. Este versículo é quase idêntico, na primeira parte, a Ezequiel 12:13 (ver com. a li). |
Ez.17:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.17:22 | 22. Também Eu tomarei. Uma promessa de restauração futura. O próprio Yahweh tomaria um renovo do cedro e o plantaria "sobre um monte alto e sublime” de Israel. A predição se refere ao Messias.Monte. Ver Ez 20:40; cf. Is 2:2-4; Mq 4:1-3. |
Ez.17:23 | 23. Aves de toda espécie. Representando os vários habitantes da Terra (cf. Mt 13:32), pessoas cie “cada nação, e tribo, e língua, e povo”. Por meio de um remanescente, Deus planejava realizar o propósito original no chamado de Israel. A instrução religiosa devia proceder de Sião, e o reino espiritual devia se estender pelo mu ndo. O fracasso do remanescente de Israel tornou necessário o chamado para a igreja cristã (ver lPe 2:9; cf. Dt 10:15). Seus membros, reunidos a partir de cada nação, tribo, língua e povo, deviam constituir a nova nação por meio da qual Deus alcançaria o mundo (Mt 21:33-46). |
Ez.17:24 | 24. Todas as árvores. Isto é, as nações vizinhas. Elas testemunhariam a restauração da nação de Israel e reconheceríam que todo o poder vem Deus, que, de forma silenciosa e paciente, executa os propósitos de Sua vontade. Deus designa uma tarefa para cada nação e para todo indivíduo. A todos é permitido ocupar um lugar para cumprir o propósito divino (ver ! d. 178; PR, 535, 536).Capítulo 18De todos os atos de justiça que tiver praticado não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu e no seu pecado que cometeu, neles morrerá. |
Ez.18:1 | 1. A palavra do Senhor. Inicia-se uma nova seção, que trata da responsabilidade individual. Ezequiel havia repetidamente enfatizado a certeza dos juízos vindouros, esperando levar o povo ao arrependimento. Mas este propósito salutar foi frustrado pela maneira como esses juízos foram interpretados. As pessoas se consideravam filhos inocentes que sofriam pela iniquidade dos pais, e que, consequentemente, o arrependimento era desnecessário e inútil. Não estavam inclinadas a reconhecer a culpa pessoal ou a responsabilidade individual. |
Ez.18:2 | 2. Proferis este provérbio. O fato de a frase ser chamada de “provérbio” indica que era popular. O tempo do verbo hebraico mostra que as palavras eram repetidas com frequência. Jeremias se referiu ao mesmo provérbio e o condenou (Jr 31:29, 30). As uvas verdes que os pais comeram representavam seus próprios pecados. O fato de os dentes dos filhos se embotarem representava o sofrimento que os judeus achavam que viera sobre eles em consequência do pecado dos pais. Superficialmente pode parecer que este provérbio esteja em harmonia com o que é declarado no segundomandamento, de que as iniquidades dos pais são visitadas nos filhos (Ex 20:5; 34:7; Dt 5:9). Então, por que Ezequiel o condenou de maneira tão veemente? A declaração mencionada por Ezequiel e a da lei tratam de dois aspectos diferentes do problema. Os contemporâneos de Ezequiel insistiam que estavam sofrendo por culpa de seus pais. A lei fala que os pais transmitem a depravação para os filhos. “E inevitável que os filhos sofram as consequências das más ações dos pais, mas não são castigados pela culpa deles, a não ser que participem de seus pecados” (PP, 306).O pecado depravou e degradou a natureza de Adão e Eva. Era impossível que os pais da raça humana transmitissem para a posteridade aquilo que eles próprios não possuíam (GC, 533). Portanto, nós, como seus descendentes, sofremos o resultado da transgressão de nossos antepassados, mas não através de uma imputação arbitrária da culpa deles. Neste último caso, poderia ser defendida a acusação de injustiça. Mas, no primeiro caso, o elemento de injustiça é eliminado pela observação de que o único procedimento alternativo possível teria sido a aniquilação da família humana no momentodo primeiro pecado. A prática do plano da salvação envolvia a necessidade de perpetuar a vida dos primeiros pais, embora tal perpetuação fosse permitir a operação da lei da hereditariedade. Contudo, a situação era justa em vista de ter sido instituído o plano da salvação, pois este fazia provisão para a libertação total dos apetites pervertidos, degradação moral, doença e degeneração física, que são transmitidos como legado de pai para filho. Proporcionava também vitória, nesta vida, sobre tendências herdadas e cultivadas para o mal. O efeito benéfico final será não somente a salvação de incontáveis multidões, mas a imunidade eterna contra qualquer transgressão futura. Os compatriotas de Ezequiel deixaram de compreender essa verdade e acusavam falsamente a Deus de infligir-lhes a punição por um pecado em que não tinham responsabilidade. |
Ez.18:3 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:4 | 4. Todas as almas são Minhas. Elas são de Deus por direito de criação, Iodos os seres humanos são igualmente Suas criaturas, e Seu trato para com eles é sem preconceito ou parcialidade. Ele ama e deseja salvar a todos, e o castigo só é aplicado quando necessário.A alma que pecar. Embora Ezequiel estivesse falando primariamente dos juízos prestes a cair, suas palavras têm aplicação mais ampla. Dizem respeito igualmente à segunda morte, irrevogável e definitiva (Ap 20:14; cf. Mt 10:28). No universo restaurado de Deus, todos os vestígios do pecado terão sido removidos. Não restará nenhuma lembrança da maldição, como almas queimando eternamente num inferno. O triunfo de Deus sobre o mal será completo. A ideia de que será concedida aos ímpios a vida eterna, ainda que em tormentos, é inteiramente contrária às Escrituras. Esta doutrina repousa sobre a falsa premissa de que a alma é uma entidade separada e indestrutível. Tal ideia, porém, é derivada, não da Bíblia, mas dos falsos conceitos filosóficos que cedopenetraram no pensamento judaico e cristão. A palavra traduzida como “al ma'’ (nefesh) não se refere a qualquer parte imortal do homem, nem mesmo ao princípio que dá vida ao ser humano. E equivalente a “ser humano”, “pessoa” ou a “si mesmo”. Nefesh se refere ao ser humano como um indivíduo singular, diferente de todos os outros. Quando essa identidade peculiar é enfatizada, a Bíblia se refere à pessoa como uma “alma” (sobre nefesh, ver com. do SI 16:10). Ezequiel está declarando: “A pessoa que pecar, esta morrerá.’’ |
Ez.18:5 | 5. Juízo e justiça. \/7er Mq 6:8. |
Ez.18:6 | 6. Não comendo carne sacrificada nos altos. Deus condenou a participação em festividades pagãs (Ez 16:16; 22:9; cf. Dt 12:2).Levantando os olhos. E provável que a expressão signifique o desejo de participar da idolatria (ver Gn 19:26; Mt 5:28-30).Contaminando. Ver Êx 20:14; Lv 20:10.Nem se chegando. Ver Lv 18:19; 20:18. |
Ez.18:7 | 7. A coisa penhorada. Ver Ex 22:26; Dt 24:6, 13.Dando o seu pão. Uma virtude frequentemente estimulada e exaltada (ver Jó 31:16-22; Is 58:5-7; Mt 25:34-46; Tg 1:27; 2:15, 16). |
Ez.18:8 | 8. Usura, juros, não só os exorbitantes, mas os de qualquer tipo. A lei mosaica proibia aos judeus cobrar juros de seus irmãos “empobrecidos”, mas permitia que os cobrassem do estrangeiro (ver com. de Ex 22:25; ver Dt 23:19, 20).Fazendo verdadeiro juízo. Ver is 33:15; Jr 7:5; Zc 7:9. Deus requer absoluta justiça, verdade e integridade de todos os Seus filhos. |
Ez.18:9 | 9. Certamente, viverá. Ezequiel, sem dúvida, pretendia que estas palavras se aplicassem primariamente à prosperidade temporal, mas elas se aplicam igualmente à vida futura e imortal. A vida eterna é recebida quando a pessoa aceita a Cristo. Jesus disse: “Quem crê em Mim tem a vida eterna”(Jo 6:47; cf. IJo 5:11, 12). “Cristo tornou-Se uma mesma carne conosco, a fim de podermos nos tornar um espírito com Ele. E em virtude dessa união que havemos de ressurgir do sepulcro - não somente como manifestação do poder de Cristo, mas porque, mediante a fé, Sua vida se tornou nossa” (DTN, 388). |
Ez.18:10 | 10. Ladrão. Os v. 10 a 13 descrevem o caso de um filho que, em vez de seguir o bom exemplo de seu piedoso pai, adota conduta diretamente oposta, abandona a virtude e passa a cometer crimes. |
Ez.18:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:14 | 14. Não cometer coisas semelhantes, Os v. 14 a 18 descrevem o caso de um filho que, chocado com os pecados do pai, é influenciado a evitar a maldade que aquele praticava. Neste caso, o pai comeu “uvas verdes” e os dentes do filho não se embotaram (ver v. 2). Demonstra-se diretamente, assim, que a parábola é falsa. Cada pessoa será julgada de acordo com seu caráter.Não obstante, é verdade que o filho de um homem justo pode ter certas vantagens, e o filho de um pai ímpio tem certas desvantagens, no que diz respeito à formação do caráter. A responsabilidade da pessoa é diretamente proporcional aos privilégios (ver Lc 12:48). Uma vez que o evangelho tem o poder para a vitória sobre tendências herdadas e cultivadas para o mal, o efeito de uma hereditariedade desfavorável pode ser cancelado, pelo menos no que diz respeito à aquisição do caráter exigido por Deus. Uma vez que todos têm o privilégio de receber o evangelho, ninguém poderá apresentar ao Juiz, no último dia, a desculpa subentendida na parábola das 'uvas verdes” e achar que ela é válida. Quem se perder não terá razão para acusar senão a si mesmo por ter sido excluído do Céu. |
Ez.18:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:19 | 19. Por que não leva o filho [...]? A indagação se origina do fato de a parábola aparentemente contradizer o ensino da lei, a operação da natureza e a opinião popular.Ezequiel discute essa objeção, mas repete a lei da responsabilidade individual. No pensamento judaico, o indivíduo era considerado parte de uma nação ou de uma família. O novo ensino de Ezequiel era, na verdade, precursor de um dos conceitos básicos da nova aliança. Sob a antiga aliança (ver com. de Ez 16:60), as pessoas criam que a salvação estava baseada numa ligação externa com o sistema centrai de culto. O sacerdote era o intérprete da lei divina, e o indivíduo, em vez de pesquisar as Escrituras por si mesmo, dependia da interpretação dos líderes religiosos. Sob a nova aliança, é declarado explicitamente: “E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos Me conhecerão, desde o menor deles até ao maior”' (Hb 8:11; cf. Jr 31:34). Todos teriam acesso direto a Deus. Não mais deveriam ir a Jerusalém adorar por meio de cerimônias externas, mas adorariam a Deus em espírito e em verdade (Jo 4:21-24). Deus requer justiça e misericórdia para com o próximo e humildade para com Ele (Mq 6:8). |
Ez.18:20 | 20. Alma. Ver com. do v. 4. |
Ez.18:21 | 21. Se o perverso se converter. Passa-se a considerar a mudança no caráter individual, primeiramente no caso de um homem perverso que se arrepende e faz justiça (v. 21-23, 27, 28) e, então, no caso de um justo que cai na perversidade (v. 24-26). |
Ez.18:22 | 22. Não haverá lembrança. Ezequiel aqui se torna um pregador do evangelho. Seu tema é a justificação pela fé. Os pecados não são mais mencionados contra o pecador, porque, por meio do arrependimento e da confissão, foram completa mente perdoados. Todos eles foram colocados sobre Jesus, que Se tornou o substituto e 1 iador do pecador. E o Senhor, por Sua vez, “lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador”, e “a justiça de Cristo é aceita em lugardo fracasso humano; e Deus recebe, perdoa e justifica a pessoa arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho” (MEl, 367). Estas são as maravilhosas provisões do plano da salvação. A pessoa é aceita diante de Deus como se nunca houvesse pecado (ver CC, 67). Assim, tendo-se entregado inteiramente a Deus, ela não mais precisa ficar ansiosa quanto ao que Cristo e o Pai pensam dela, mas quanto ao que Deus pensa de Cristo, o substituto (ver ME2, 31-36) |
Ez.18:23 | 23. Tenho Eu prazer [...]? Ver lTm 2:4; 2Pe 3:9. A acusação de que o Senhor não é justo e direito em Seu trato com as pessoas é respondida pela afirmação de que Deus não tem prazer na morte do ímpio, mas deseja que todos se convertam e vivam. Além disso, Ele proporcionou oportunidades a todos. E com o mais forte apelo que Ele pleiteia com todo pecador para se desligar do pecado a fim de que não seja destruído com ele no final. |
Ez.18:24 | 24. Não se fará memória. No caso de o justo apostatar, o livro memorial que registra todos os bons atos não é levado em conta no juízo. Ele recebe a retribuição de acordo com sua longa lista de pecados. Não somente são computados os pecados dos quais ele não se arrependeu, mas também aqueles para os quais já havia recebido perdão. Quando se separa de Deus, a pessoa rejeita o amor e perdão divinos e, consequentemente, fica “separada de Deus e na mesma condição em que estava antes de ser perdoada”. Ela “desmentiu seu arrependimento, e os pecados sobre ela estão como se não se tivesse arrependido” (PJ, 251). As vezes, é erroneamente afirmado que, quando um pecado é perdoado, é imediatamente apagado. Assim como, no cerimonial típico, o sangue “removia do penitente o pecado”, mas o deixava “no santuário até ao Dia da Expiação”, os pecados do arrependido “serão eliminados dos livros do Céu”no dia do juízo (PP, 357, 358; ver também GC, 483-485). |
Ez.18:25 | 25. Direito. Do heb. takcin, “testar”, mas cujo significado, na forma verbal encontrada aqui, é “ser aprovado”, “estar em ordem”, “estar direito”. O povo ainda insistia que Deus não agia de acordo com leis uniformes, e que Seus caminhos eram marcados pelo capricho. Em resposta, o profeta reafirmou a equidade dos juízos divinos (v. 25-29). |
Ez.18:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:28 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:29 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:30 | 30. Convertei-vos e desviai-vos. Os v. 30 a 32 constituem um apelo baseado nos princípios da justiça de Deus para com os homens. Quando é dado o conselho “criai em vós coração novo e espírito novo” (v. 31), o profeta não quer dizer que o ser humano pode se salvar por seu próprio poder, mas que há uma parte que ele desempenha na obra da salvação. Deus não pode fazer nada pela pessoa sem seu consentimento e cooperação (ver DTN, 466). O significado do arre- i pendimento não é tão claramente expresso pela raiz heb. shiiv, como pela grega meta- noia. A palavra no português também não transmite tudo o que está envolvido nesta experiência espiritual. A ideia básica de shuv é “voltar”. De acordo com essa definição, os seres humanos voltam de seus pecados (ver CC, 26). A palavra metanoia é composta de duas palavras. A primeira, meta, significa “depois”, e a segunda, nous, significa “mente”. O significado resultante é ter depois uma mente diferente.O pecado tem sua sede na mente. A pessoa precisa decidir praticar o ato pecaminoso antes de a paixão dominar a razão. A raiz do pecado é, então, uma inclinação mental que faz com que o ser humano escolha o mau caminho. A solução para o problema é corrigir a disposição básica. E isso que o arrependimento tem o objetivo de realizar.E preciso que ocorra uma mudança no pensamento. Uma vez que Deus nunca coage a vontade, esse ato precisa ser voluntário, mas o Espírito Santo é concedido para auxiliar noprocesso. É completamente impossível que o indivíduo, por si mesmo, realize a transformação. Mas, quando ele escolhe fazer a mudança e em sua grande necessidade clama a Deus, as faculdades da mente são imbuídas do poder divino, e a propensão da mente é corrigida.O verdadeiro arrependimento, então, é uma função da mente. Inclui um exame completo da situação para descobrir que fatores levaram à queda, e também um estudo quanto a como erros semelhantes podem ser evitados no futuro. O arrependimento é o processo pelo qual o pecado é expulso da vida. Quando ocorre o arrependimento pelo pecado, este pode ser confessado e será perdoado. A confissão sem o arrependimento, porém, não tem sentido. Deus não pode perdoar pecados que ainda estão ativos no coração. Esta é a razão pela qual a ênfase básica da Bíblia é sobre o arrependimento e não sobre a confissão. O ensino fundamental de Jesus era: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 4:17; Mc 1:15). O conselho de Pedro foi:“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado” (At 2:38).Uma compreensão adequada do verdadeiro significado do arrependimento em sua relação com a confissão é essencial à experiência espiritual bem sucedida. A razão pela qual muitos cristãos caem tão repetidamente no mesmo erro é que nunca permitiram verdadeiramente que o Espírito Santo mudasse seu pensamento básico com respeito àquele pecado; nunca consideraram seriamente seus pecados, para descobrir como, através da graça capacitadora de Deus, poderíam ter completa vitória sobre eles.Não vos servirá de tropeço. Os israelitas fizeram a acusação de que Deus era injusto e que causava a ruína deles. Deus declarou que a ruína foi causada pelo pecado, escolhido voluntariamente pelo pecador (ver T5, 120). Talvez o pecador não reconheça hoje a justiça dos caminhos de Deus; mas naquele terrível momento em que ele estiver diante do Juiz de toda a Terra, brotará de seus lábios o reconhecimento de que os caminhos de Deus são justos (ver GC, 668, 669).Capítulo 19os seus filhotes. |
Ez.18:31 | Sem comentário para este versículo |
Ez.18:32 | Sem comentário para este versículo |
Ez.19:1 | 1. Lamentação. Do heb. qinah, “cântico fúnebre”, "cântico de lamentação’'' ou “elegia” (ver vol. 3, p. 3).Príncipes. Joacaz e Joaquim (ver com. dos v. 3 e 5). A LXX diz “príncipe”, em harmonia com o singular "tua” (v. 2). |
Ez.19:2 | 2. Tua mãe. A mãe representa Jerusalém (ver GI 4:26) ou, talvez, toda a comunidade nacional (sobre a figura do leão, ver Gn 49:9; Nm 23:24; 24:9). Israel, personificado como uma leoa, se deitou entre os leõe- /inhos. isto é, os outros reinos do mundo, as nações gentias; assumiu seu lugar na família das nações. |
Ez.19:3 | 3. Um dos seus filhotinhos. Jeoacaz, o filho de Josias, também conhecido como Salum (ICr 3:15; Jr 22:11; ver com. de 2Rs 23:30, 32), que foi levado cativo para o Egito (ver v. 4).Devorou homens, jeoacaz voltou as costas às reformas de seu pai josias (2Rs 23:1-25), e fez o que era mau perante o Senhor (2Rs 23:32; sobre a figura de “devorar homens”, ver Ez 22:25, 27). |
Ez.19:4 | 4. Ouviram falar. Uma mudança da forma verbal hebraica permite a tradução “soaram um alarme” (RSV).Ganchos. Do heb. chachim, “espinhos” ou “ganchos”, como os que eram colocados no nariz dos cativos ou dos animais. A estes eram presas cordas com o propósito de guiar as vítimas (ver 2Rs 19:28; Is 37:29; Ez 38:4).Do Egito. Ver 2Rs 23:33, 34; 2Cr 36:4. |
Ez.19:5 | 5. Outro dos seus filhotes. Identificado pelos detalhes do v. 9 como Joaquim. O reinado intermediário de Jeoaquim (2Rs 23:34 a 24:6) é passado por alto. |
Ez.19:6 | 6. Devorou homens. Ver com. do v. 3. |
Ez.19:7 | 7. Viúvas. Do heb. almenoth. Se este é realmente o significado pretendido, a referência seria ao ato de causar dano às viúvas, a quem o rei devia proteger. Os larguns e a versão grega de Teodócio traduzem a palavra como se fosse armenoth, “fortalezas” (NV1; “palácios”, ARC e Bj). |
Ez.19:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.19:9 | 9. Ao rei da Babilônia. Joaquim havia reinado cerca de três meses quando Jerusalém foi conquistada por Nabucodonosor, que olevou cativo para Babilônia e o colocou na prisão (2Rs 24:8-17). Ele estava lá no tempo em que foi ciada esta profecia. Anos mais tarde, foi libertado (2Rs 25:27-30). |
Ez.19:10 | 10. De sua natureza. Do heb. bevamka, "no teu sangue” (ver ACF). Esta é uma frase obscura para a qual não se encontra significado satisfatório. A tradução da ARA é uma interpretação do texto. Alguns sugeriram a interpretação “em tua vida’) 'em teu vigor”, considerando a seiva da videira como sendo o sangue. Outros sugeriram que a palavra no hebraico seria tidmeh, da raiz damah, “ser semelhante a”. A tradução da frase seria, então: "A tua mãe era semelhante a uma videira” (ver Bj). Esta é também a tradução dos Targuns. A LXX, evidentemente seguindo um texto diferente, diz: “como uma flor na romãzeira”. Dois manuscritos hebraicos dizem: “sua vinha” (ver NV1).Videira. É introduzida uma nova alegoria, na qual Israel é comparado a uma florescente videira. |
Ez.19:11 | 11. Cetros. Do heb. mcittoh, uma forma plural, mas a forma singular matteh ocorre nos v. 12 e 14. A LXX traz o singular no v. 11 também (ver NV1). Se o autor tinha em mente o plural aqui, a referência seria aos príncipes da casa real; se tinha em mente o singular, seria a Joaquim. |
Ez.19:12 | 12. Arrancada. Isto se refere ao cativeiro e à deportação de Joaquim e de parte do povo (2Rs 24:10-16). |
Ez.19:13 | 13. Terra seca e sedenta. Isto é, Babilônia. A figura é de uma videira removida de solo rico e transplantada para solo seco e estéril. |
Ez.19:14 | 14. Saiu fogo. O ato de Zedequias se revoltar contra Nabucodonosor fez com que aquele monarca entrasse com seu exército na Judeia, tomasse Jerusalém e levasse os judeus cativos para Babilônia (2Rs 25:1-17; ver com. de Ez 17:11-21). Desta forma, foi posto um fim à videira e a seus ramos.Esta é uma lamentação. A assolação era somente parcial. A destruição completa seria motivo para mais lamento.Capítulo 20I Deus Se recusa a ser consultado pelos anciãos de Israel. 5 Recapitula a história da rebelião deles no Egito, 10 no deserto e 27 em sua terra. 33 Promete reuni-los por meio do evangelho. 45 Mostra a destruição de Jerusalém com a parábola de uma floresta.e não vos contamineis com os ídolos do Egito; Eu sou o Senhor, vosso Deus.guardeis os seus juízos, nem vos contamineis com os seus ídolos.f >44 |
Ez.20:1 | 1. Sétimo ano. Do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2), isto é, 591/590 a.C. (ver p. 620). Esta nova data se aplica a Ezequiel 20:1 a 23:49 (ver Ez 24:1). A unidade da nova série de mensagens é mostrada pela triplarepetição da expressão ‘porventura tu os julgarias [...]?" ou “porventura julgarás [...]?” (cf. Ez 20:4; 22:2; 23:36).Para consultar. A natureza da consulta não é revelada. Sem dúvida, eles desejavamsaber que mensagem o Senhor tinha para lhes dar na presente crise. |
Ez.20:2 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:3 | 3. Vós não Me consultareis. Deus nunca retém a luz do inquiridor honesto; mas, se este se recusa a andar na luz revelada, é presunção pedir mais luz. As pessoas frequentemente buscam mais luz na esperança de evitar algum dever desagradável que Deus manda que realizem (ver 2Ts 2:10, 11). |
Ez.20:4 | 4. Faze-lhes saber. O profeta é orientado a contar novamente a história passada de Israel. Este capítulo se compara a Neemias 1, ao Salmo 78 e ao discurso de Estêvão, era Atos 7. |
Ez.20:5 | 5. Assim diz o Senhor. Os v. 5 a 9 são uma discussão sobre o período egípcio da história de Israel.No dia em que escolhí. Ver Dt. 4:37; 7:7.Levantando a mão. Este é o sinal de juramento (ver Gn 14:22; Dt 32:40; Ap 10:5, 6). A mesma expressão ocorre em Ezequiel 20:6, 15,23,42.E Me dei a conhecer. Ver Êx 4:29-31. |
Ez.20:6 | 6. Leite e mel. Ver com. de Ex 3:8.Coroa de todas as terras. Uma frasedescritiva usada apenas por Ezequiel. Isaías chama Babilônia de “a joia dos reinos" (ls 13:19). |
Ez.20:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:8 | 8. Rebelaram-se contra Mim. A história não menciona diretamente essa revolta no Egito. Contudo, a propensão do povo para os costumes idólatras do Egito confirma isso (ver Js 24:14; cf. PP, 259). Quando chegou a oportunidade para sair do Egito, muitos relutaram em fazê-lo (PP, 260). |
Ez.20:9 | 9. Por amor do Meu nome. Aqui é dada a base para a maneira graciosa de Deus agir. O povo não podia se lisonjear de que alguma bondade própria os fizera merecer o favor divino (ver Nm 14:11-20; Dt 9:28; Jr 14:7, 21). |
Ez.20:10 | 10. Para o deserto. Os v. 10 a 22 reca- pitulam o segundo período da história de Israel, isto é, a vida no deserto. |
Ez.20:11 | 11. Viverá por eles. Cf. Gl 3:12. Não se deve concluir, a partir de Ezequiel 20:11, que tudo o que era requerido era uma observância externa, técnica e superficial de certos preceitos. Deus esperava que a obediência fosse motivada pelo amor e por uma apreciação inteligente do caráter divino. Contudo, devido à falta de discernimento espiritual, Israel não conseguiu, a princípio, entrar nesse relacionamento mais elevado. Porém, Deus planejava guiar o povo para essa experiência o mais cedo possível. Nunca foi Seu propósito que, ao longo de todo o período do AT, as pessoas tivessem concepção tão limitada do plano da salvação (ver com. de Ez 16:60). |
Ez.20:12 | 12. Também lhes dei os Meus sábados. Isto não significa que o sábado foi instituído no Sinai, pois existia desde a criação (Gn 2:1-3); mas foi ali ordenado novamente. A palavra “lembra-te”, no quarto mandamento, aponta para a existência anterior do sábado (ver Êx 16:22-28; PP, 258). O decá- logo (Ex 20:8-11) apresenta os grandes fatos da história da criação como base para o sábado. Deus criou “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” em seis dias literais (ver com. de Gn 1:5). No sétimo dia, Ele descansou e separou esse dia como tempo de descanso para a humanidade (Mc 2:27). A observância do sábado é, então, uma marca ou sinal de que aquele que honra esse dia reconhece Yahweh como seu Deus pois esses fatos da criação se aplicam somente a Ele. A observância do dia não repousa sobre qualquer divisão natural do tempo em ciclos semanais, mas sobre uma ordem expressa de Deus, e sobre a crença na revelação divina. As pessoas podem arrazoar que os propósitos salutares do sábado poderiam ser alcançados em qualquer outro dia. Contudo, Deus especificou um dia determinado e ordenou que fosse santificado e conservado livre de empreendimentos mundanos e prazeres pessoais (Is 58:13). Ninguém pode se excluir impunemente dessa obrigação.As profecias de Apocalipse 12 a 14 deixam claro que o sábado é o ponto especial- mente controvertido no período que precede a segunda vinda de Cristo (ver GC, 605). O remanescente de Deus será distinguido pela observância dos mandamentos divinos (Ap 12:17; 14:12), incluindo o mandamento do sábado. Ao mesmo tempo, os poderes religiosos apóstatas exaltarão um falso dia de repouso e exigirão sua observância. Os seres humanos serão chamados a decidir entre o dia de repouso do Senhor e o falso dia de repouso, o primeiro da semana.Assim, a guarda do sábado se tornará novamente um teste distintivo e se constituirá num sinal (chamado selo, em Ap 7) dos verdadeiros adoradores (ver GC, 640). |
Ez.20:13 | 13. Mas [...] se rebelou contra Mim. Um exemplo histórico da rebelião de Israel contra os mandamentos de Deus, no deserto, é dado em Êxodo 32:1 a 6. Há casos específicos sobre a violação do sábado (Ex 16:27; Nm 15:32). |
Ez.20:14 | 14. Por amor do Meu nome. Porcausa de Seu nome, Deus não destruiu completamente o povo, mas simplesmente excluiu aquela geração da posse de Canaã (Nm 14:29-33). O motivo foi a idolatria durante as vagueações no deserto (ver Am 5:25, 26; At 7:42, 43). |
Ez.20:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:18 | 18. A seus filhos. Os v. 18 a 26 recapi- tulam a terceira parte da história de Israel: a geração que cresceu no deserto sob a influência da legislação e das instituições dadas no Sinai. O povo foi claramente advertido a evitar os pecados de seus pais. Os discursos de Deuteronômio são dirigidos a essa geração. |
Ez.20:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:20 | 20. Santificai os Meus sábados. Ver com. do v. 12. O sábado foi dado como um sinal de que “Eu sou o Senhor que os santifica” (Ez 20:12). Aqui, ele é um sinal “para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus”. O sábado, por ocorrer regularmente a cada sétimo dia, devia conservar Deus sempre na lembrança (ver PR, 182). Se o sábadotivesse sido guardado como Deus planejou, os pensamentos e as afeições do ser humano teriam sido levados ao Criador como objeto de reverência e adoração, e nunca teria havido um idólatra ou ateu (ver PP, 336; para mais exemplos da forma plural “sábados”, ver Êx 31:13; Lv 23:38). |
Ez.20:21 | 21. Os filhos se rebelaram. Os filhos seguiram o exemplo de seus pais. Há evidências históricas disso (ver Nm 15—17). Deus ameaçou destruir toda a congregação (Nm 16:21-45), mas não o fez por amor de Seu nome. |
Ez.20:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:23 | 23. Espalhá-los. Esta ameaça deve ser entendida à luz das advertências de Levítico 26:33; e Deuteronômio 4:27; e 28:64. O exílio predito não sobreveio àquela geração. Muitos séculos se passaram antes que a penalidade fosse infligida em sua totalidade. Na época da profecia de Ezequiel, ela já havia se cumprido em parte e estava para se cumprir completamente. |
Ez.20:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:25 | 25. Estatutos que não eram bons. Estes não são os “estatutos [...] os quais, cum- prindo-os o homem, viverá por eles” (v. 11). Não são parte da lei mosaica. Isto fica evidente pela referência, feita no v. 26, ao sacrifício dos filhos a Moloque. Os estatutos que o povo havia adotado, que não eram bons, vinham dos pagãos que os rodeavam. Mas, como pode ser dito que Deus deu esses estatutos a elesr No pensamento bíblico, alguns atos são atribuídos a Deus, não porque Ele de fato os realiza, mas porque, em Sua onipotência e onisciência, Ele não os impede. Uma compreensão deste princípio ajuda a explicar declarações aparentemente contraditórias, as quais parecem se opor ao ensino bíblico de que o caráter de Deus é puro e santo (ver Is 63:17; 2Ts 2:11, 12).Há aqueles que tentam aplicar este texto às cerimônias e ordenanças da lei mosaica, que não teriam sido requeridas se Israel tivesse guardado os mandamentos de Deus com alegria (ver T5, 666, 667).No entanto, dificilmente se poderia designar as provisões do código mosaico como “estatutos que não eram bons”, pois eles já existiam quando Ezequiei fez este pronunciamento. Além disso, a lei cerimonial foi dada pelo próprio Cristo, e era digna de seu divino autor. O próprio Paulo declara que essa lei era gloriosa. A luz mais clara disponível não deve levar a desprezar a luz anterior, dada em tipos e símbolos (ver PP, 367, 368).Outros sugerem que os estatutos descritos como não sendo “bons’' se referem aos decretos permissivos do Céu pelos quais nações pagãs oprimiram sucessivamente o povo de Deus (ver com. de Dn 4:17). Isso ocorreu nas repetidas invasões que a Assíria tez a Judá (Is 8:7; 10:5, 6; cf. Is 5:25, 26; 9:11, 12; Am 6:14) e se repetia nas invasões de Nabucodonosor (Is 47:5, 6; cf. Is 42:24, 25; 60:10, 15; Jr 1:11-16; 4:18; 5:15-19; ver também SP1, 265, 266). |
Ez.20:26 | 26. Permiti que eles se contaminassem. O original diz “os contaminei” (ver ABC). A írase deve ser entendida em harmonia com o v. 25. Deus, na verdade, não contaminou o povo; apenas permitiu que sofresse as consequências da própria conduta. Aqui, a ARA e outras versões já introduzem a ideia da permissão divina.Queimavam. Ver com. de Ez 16:20. |
Ez.20:27 | 27. Nisto Me blasfemaram. Os v. 27 a 29 recapitulam o quarto período da história de Israel, o mais longo de todos, que começa com a entrada em Canaã e se estende até os dias do profeta. |
Ez.20:28 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:29 | 29. Lugar Alto. Do heb. bamah. Alguns sugerem um jogo de palavras no hebraico, já que a palavra “ides”, baim, tem um som semelhante a bamah (sobre os lugares altos, ver com. de Ez 6:3). |
Ez.20:30 | 30. Vós vos contaminais. O profeta se dirige a seus contemporâneos e os acusa dos mesmos pecados que caracterizaram os antepassados. |
Ez.20:31 | 31. Vós não Me consultareis. Ver v. 3. |
Ez.20:32 | 32. Como as nações. Israel desejava ser “como as nações” ao redor (ver ISm 8:5, 20). O profeta desvenda as aspirações secretas dos que o consultam e diz categoricamente que suas ambições não serão alcançadas. E possível que enganassem a si mesmos com o pensamento de que se pudessem ser liberados da responsabilidade espiritual como povo escolhido de Yahweh, escapariam das severas punições que os profetas anunciavam. Talvez acreditassem que, se eles estivessem na mesma condição dos pagãos, tendo responsabilidades menores, Yahweh os deixaria em paz. Mas, na situação em que se encontravam, pensavam estar continuamente perturbados com juízos por causa de sua relutância em aceitar a missão que lhes fora confiada por Deus. A resposta é que isso não aconteceria, pois Israel se encontrava numa relação com Deus bem diferente daquela dos pagãos. Deus lida com as pessoas segundo a luz e os privilégios que receberam. Ele não retira esses privilégios nem abandona facilmente aqueles para quem planejou um elevado destino. O que Ele planeja e executa é para o bem dos envolvidos, como eles próprios, por fim, vão admitir. Deus continua a trabalhar com quaisquer pessoas que se submetam a Ele, e cumpre Seus propósitos, ainda que seja apenas para com um remanescente, Este é o tema da profecia que vem a seguir. |
Ez.20:33 | 33. Mão poderosa. Esta é uma expressão comum no Pentateuco para os poderosos atos pelos quais Yahweh libertou os israelitas do poder dos egípcios (Dt 4:34; 5:15; 7:19; etc..; cf. Ex 6:1, 6). Deus realizaria um novo êxodo. |
Ez.20:34 | 34. Tirar-vos-ei. Os v. 34 e 35 se referem ao novo plano de Deus. O ato de tirá-los do cativeiro não quer dizer que Ele os levaria imediatamente para sua própria terra. Eles deviam primeiro se separar do povo entre o qual habitavam. Não lhes seria permitido ser “como as nações” (v. 32). |
Ez.20:35 | 35. Deserto dos povos. É pouco provável que a referência seja a qualquer deserto literal, como o da Arábia ou Síria. A expressão “deserto dos povos” é vaga. Em contraste, o deserto anterior é descrito como um “ermo solitário povoado de uivos” (Dt 32:10), morada de serpentes abrasadoras e escorpiões (Dt 8:15). Historicamente, o plano que Ezequiel menciona aqui nunca se cumpriu, pelo menos não em grau significativo. A regeneração espiritual que Deus estava buscando efetuar entre os cativos não se materializou. Se esses propósitos houvessem se concretizado, e se os exilados que retornaram sob o comando de Zorobabel tivessem sido pessoas espiritualmente reavivadas, a história subsequente de Israel teria sido bem diferente. |
Ez.20:36 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:37 | 37. Passar debaixo do Meu cajado. Uma figura que representa o pastor que conta e separa seu rebanho (Lv 27:32; Jr 33:13). Como em Mateus 25:33, o pastor separa as ovelhas dos bodes. A terra do Israel restaurado deverá ser uma terra de justiça, e os rebeldes não entrarão nela. |
Ez.20:38 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:39 | 39. Cada um sirva. Ver Js 24:15. Se, depois de advertidas, as pessoas ainda se recusam a obedecer, não há nada mais que Deus possa fazer. A coerção é contrária ao caráter divino. Portanto, Ele não as impede de servir aos ídolos. A linguagem é semelhante à de Apocalipse 22:11, que diz, literalmente: “Que o injusto ainda faça injustiça, e que a pessoa imunda continue a se contaminar.” E ainda, em Oseias 4:17, o profeta declara: “Efraim está entregue aos ídolos; é deixá-lo.” Contudo, tais decretos não são dados sem que haja tristeza. O profeta acrescenta: “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? [...] Meu coração está comovido dentro de Mim, as Minhas com- paixões, à uma, se acendem” (Os 11:8). |
Ez.20:40 | 40. No Meu santo monte. Isto é, o monte Sião, também chamado o “monte alto de Israel” (ver Ez 17:13; SI 2:6; Is 2:2-4; Mq 4:1-3). De acordo com o v. 39 deste capítulo, aquelesque preferissem seus ídolos seriam abandonados a seus próprios caminhos. Aqui, os que restassem seriam restaurados a seu próprio país, servindo verdadeiramente a Deus.Toda a casa de Israel. As gloriosas promessas eram para todos, independentemente de afiliação tribal. Contudo, o chamado era individualizado e aplicado apenas àqueles dispostos a aceitar a relação da nova aliança.Requererei as vossas ofertas. A lei ritual ainda estaria em vigor após a restauração, e, portanto, a referência não é primariamente à era cristã. A restauração efetuada sob o comando de Zorobabel também não cumpriu esta profecia. E uma das promessas condicionais de glória futura que nunca se cumpriu porque Israel não abandonou seus pecados. Se as condições tivessem sido satisfeitas, o mundo inteiro poderia ter sido preparado para a vinda do Messias, e bem diferente teria sido o desfecho da história (ver p. 15-17)! |
Ez.20:41 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:42 | Sem comentário para este versículo |
Ez.20:43 | 43. Tereis nojo de vós mesmos. Este é o sinal de que a pessoa está verdadeiramente arrependida. Os que procuram desculpar os próprios pecados ainda não deram o primeiro passo em direção ao verdadeiro arrependimento. Jó é um exemplo de alguém que, durante certo tempo, procurou justificar sua conduta. Somente quando uma revelação do caráter de Deus foi feita diante dele é que se tornou evidente o contraste entre sua própria pecaminosidade e a pureza do Criador. Em sua agonia ele clamou: “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:6). Paulo sempre lamentou sua conduta em perseguir os cristãos. Tempo mais tarde, ele exclamou: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus” (iCo 15:9). A aversão pelos próprios pecados é um dos antídotos mais eficientes contra uma posterior repetição deles. A razão pela qual se recorre tão repetidamente aos mesmos erros é que não se tem tristeza pelos pecados. |
Ez.20:44 | 44. Não segundo. A salvação é e sempre será uma dádiva imerecida. A conduta ímpia só merece a morte. Não há nenhuma quantidade de “obras” que o pecador possa acumular para, no fim, torná-lo digno do Céu. Por outro lado, não há pecado tão grande que não possa ser removido por sincero arrependimento e reforma. Quando o justo receber sua recompensa, todos os pecados que tiver cometido sequer serão mencionados (ver com. de Ez 18:22). |
Ez.20:45 | 45. Veio a mim. Na Bíblia hebraica, os v. 45 a 49 formam a abertura do cap. 21. A ARA segue aqui a LXX, Vulgata, Siríaca e a versão de Lutero em sua divisão de capítulos. As palavras “volve o rosto” (v. 46) parecem ligar esta seção ao cap. 21, pois a mesma frase ocorre em 21:2. |
Ez.20:46 | 46. Para o Sul. A palavra “sul” traduz três diferentes palavras hebraicas, sinônimas neste versículo (a ARA usa “sul” duas vezes e uma vez alterna com o pronome “ele”). A expressão designa a terra de Judá, que, embora estivesse quase a oeste de Babilônia, só podia ser alcançada se os babilônios chegassem pelo norte (ver com. de Jr 1:13). |
Ez.20:47 | 47. Toda árvore verde. Isto é, pessoas de todas as classes, toda a população. Se a distinção está baseada na moralidade (ver Ez 21:4), deve-se lembrar que numa catástrofe nacional sofrem todos os que fazem parte da nação, bons ou maus. A calamidade não representa necessariamente a perdição eterna do indivíduo. As pessoas têm o privilégio da salvação pessoal. |
Ez.20:48 | 48. Não se apagará. O fogo seria tão feroz que ninguém podería extingui-lo. Portanto, ardería até completar sua obra de destruição. Então se apagaria espontaneamente. Esta mesma expressão, aplicada aos fogos do inferno (Mc 9:43, 45), é considerada por alguns como se o fogo do inferno continuasse por toda a eternidade. Outro texto mostra que tal interpretação é errônea, pois o fogo em Jerusalém que foi aceso pelos cal- deus seria inextinguível (jr 17:27), embora tenha se apagado logo que a obra de devastação foi realizada. |
Ez.20:49 | 49. Não é ele proferidor de parábolas? O povo desejava evitar a aplicação da profecia a si mesmo, rotulando-a como obscura. Fingiam não compreendê-la.Capítulo 21santuários e profetiza contra a terra de Israel.bainha, e eliminarei do meio de ti tanto o justo como o perverso. |
Ez.21:1 | 1. A palavra do Senhor. Os v. 1 a 7 reproduzem, em linguagem simples, a enigmática parábola de Ezequiel 20:45 a 59. |
Ez.21:2 | 2. Contra Jerusalém. Em vez do triplo “sul” (Ez 20:46), aqui há as expressões “Jerusalém”, “santuários” e “terra de Israel”. |
Ez.21:3 | 3. Minha espada. Mostra-se que o “fogo” da parábola enigmática (Ez 20:47) é a espada do invasor. |
Ez.21:4 | 4. O justo. Ver com. de Ez 20:47. Nos juízos de caráter nacional, os inocentes frequentemente são envolvidos nos mesmos sofrimentos temporais que os culpados. |
Ez.21:5 | 5. Jamais voltará. Isto é, até que tenha completado sua missão. Depois ela precisa necessariamente voltar à bainha. A expressão “jamais voltará” precisa ser tomada em seu sentido limitado. A mesma ideia de duração restrita se encontra em Ezequiel 20:48, em que se declara que o fogo dos juízos de Deus não se apagará (ver com. ali). Às vezes, expressões semelhantes são equivocadamente interpretadas como se significassem que a punição não terá fim. Em cada caso a duração precisa ser determinada pelo contexto (ver com. de Ez 30:13). |
Ez.21:6 | 6. De coração quebrantado. VerNa 2:1, 10. Ordena-se ao profeta que faça uma vivida descrição aos ouvintes sobre quão profunda mente todos se comoveríam com a notícia da queda de Jerusalém. |
Ez.21:7 | 7. Todo coração desmaia. Ver Lc 21:26. |
Ez.21:8 | 8. A palavra do Senhor. Os v. 8 a 17 podem ser intitulados como “O cântico da espada afiada e polida”. No geral, estesversículos constituem uma ampliação da mensagem dos v. 1 a 6. |
Ez.21:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.21:10 | 10. O cetro do meu filho. O hebraico desta frase é obscuro. Diz, literalmente: “Ou nos regozijaremos, a vara (ou cetro) do meu filho, desprezando toda árvore.” A LXX diz: “Mata, rejeita, despreza toda árvore”. A referência pode ser às árvores verdes e secas, de Ezequiel 20:47. O hebraico pode ser entendido da seguinte forma: “Ou nos regozijaremos, avara [isto é, do castigo (ver Pv 10:13)], meu filho, desprezando toda árvore” (ver com. de Ez 20:47). |
Ez.21:11 | 11. Matador. Isto é, o rei de Babilônia (verv. 19). |
Ez.21:12 | 12. Na tua coxa. Um sinal de extrema vergonha ou dor (ver Jr 31:19). O objetivo dos gestos era atrair a atenção e suscitar perguntas (ver eom. de Ez 4:1). |
Ez.21:13 | 13. Pois haverá uma prova. O hebraico da passagem é obscuro. A RSV faz uma tentativa de tornar o texto inteligível: “Pois não será um teste — o que isso podería fazer se vocês desprezam a vara?” |
Ez.21:14 | 14. Bate com as palmas uma na outra. Um gesto de forte emoção; aqui, evidentemente, de horror (ver Ez 21:17; cf. Nm 24:10).Triplique-o. O texto é obscuro; o significado pode ser que o golpe da espada não viría apenas uma ou duas vezes, mas três.Que os rodeia, isto é, impedindo que escapem. |
Ez.21:15 | 15. A espada. No hebraico, há a palavra, 'ivchah, “ponta”, que não ocorre na ARA. A palavra ocorre apenas aqui. Alguns achamque ’ivchah pode ser uma grafia errada de tivchah, palavra que ocorre em 1 Samuel 25:11; Salmo 44:22; e Jeremias 12:3, com o significado de “carne” ou “matança”. Nesse caso, a frase diria: “Designei uma espada para a matança". |
Ez.21:16 | 16. Para a direita [...] para a esquerda. A ordem é dada à espada, como está evidente no hebraico. |
Ez.21:17 | 17. Baterei as Minhas palmas umana outra. Por meio de uma figura que atribui atos e sentimentos humanos a Deus, declara-se aqui que Yahweh está fazendo o que ordenou ao profeta (ver com. do v. 14).Desafogarei o Meu furor. Ver com. de Ez 16:42. |
Ez.21:18 | 18. A palavra do Senhor. A terceira profecia do capítulo, mais específica do que a anterior. |
Ez.21:19 | 19. Dois caminhos. O rei de Babilônia é retratado como se estivesse na encruzilhada, indeciso quanto a se deve tomar a estrada que levava a Jerusalém ou a que levava à capital dos amonitas (v. 20).Põe neles marcos indicadores. Literalmente, “corta uma mão”. Este marco indicador seria colocado várias centenas de quilômetros a oeste de Babilônia, talvez em Taclmor (ver com. de IRs 9:18), ou talvez mais distante ainda, no vale do Orontes. |
Ez.21:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.21:21 | 21. Para consultar os oráculos. Os pagãos recorriam à adivinhação quando importantes questões precisavam ser decididas. São mencionadas aqui três formas específicas de adivinhação.Sacode as flechas. O método babilô- nico devia ser semelhante ao usado pelos árabes posteriormente. Várias flechas sem ponta eram marcadas com mensagens apropriadas e sacudidas juntas numa aljava ou outro recipiente; e uma era tirada; ou se girava o recipiente e a flecha que caísse primeiro era escolhida. Supunha-se que o que estava escrito na flecha indicava a vontade dos deuses.ídolos do lar. Do heb. ter afim, estatuetas com forma humana (ver com. de Gn 31:19). Não se sabe como eram usadas para adivinhação.Examina o fígado. Este modo de adivinhação, chamado hepatoscopia (ver com. de Dn 1:20), era comum entre os babilônios. Foram descobertos fígados de ovelha feitos de argila, marcados com linhas e inscrições, evidentemente usados para ensinar as pessoas a usar o método.Embora nenhuma forma de adivinhação seja aprovada pela Bíblia, muitos cristãos tentam obter orientação divina por métodos não aprovados por Deus, métodos que, em sua essência, são semelhantes aos antigos métodos de adivinhação. Há diferentes métodos dessa natureza. Alguns buscam a resposta de Deus atirando uma moeda para cirna; ou escrevem as palavras “sim” e “não” em cada lado de um cartão e, depois, aceitam comc resposta a palavra que aparecer ao deixar cair o cartão. Alguns abrem a Bíblia ao acaso e aceitam a mensagem do texto sobre o qual os olhos pousarem primeiro. Ainda outros colocam várias idéias em diferentes cartões, depois os sacodem e aceitam a resposta do cartão retirado ao acaso. Todos esses métodos seguem o mesmo padrão básico do acaso. E possível que Senhor, às vezes, tenha dado orientações por meio de alguns desses métodos, especialmente para os que não têm muita luz sobre a Bíblia ou, possivelmente, em emergências. Porém, eles são métodos arbitrários que devem ser abandonados à medida que a pessoa cresce na graça e no conhecimento da verdade.Se, em todas as decisões da vida, a pessoa recebesse uma resposta direta de Deus por meio de algum sinal exterior, tal pessoa se tornaria uma mera máquina. Ela se despojaria de um direito fundamental para a liberdade humana, isto é, o de tomar suas próprias decisões, faculdade esta que lhe foi concedida por Deus.O lançar sortes se encontra nesta mesma categoria e não é algo a que se deva recorrer. E dado o seguinte conselho: “Não tenho fé em lançar sortes. [...] Lançar sortes para os oficiais da igreja não está no plano de Deus” (ME2, 328)! |
Ez.21:22 | 22. Para a direita. Isto é, o oráculo que caiu sobre Jerusalém veio da mão direita do rei. |
Ez.21:23 | 23. Juramentos solenes. Em referência aos judeus, que haviam jurado fidelidade aos babilônios (2Cr 36:13; Ez 17:18, 19), mas violaram esses juramentos. Este parece ser o significado mais simples do texto.Deus Se lembrará. A palavra “Deus’’ foi acrescentada, na ARA. Pode ser que o sujeito do verbo “lembrar” seja de fato Deus, e a ‘'iniquidade" seja a pecaminosidade generalizada do povo; mas pode ser também que o sujeito seja Nabucodonosor, que se lembrará da violação dos juramentos e punirá os israelitas (2Cr 36:10, 13; Jr 52:3; Ez 17:15-19). |
Ez.21:24 | 24. Aparecendo os vossos pecados. Os pecados deles deveríam ter sido cobertos no ritual do Dia da Expiação (Lv 16). Uma vez que Israel se recusou a reconhecer sua culpa, ficou descoberta e requeria punição. Cada nova transgressão despertava na mente todo o registro da conduta pecaminosa do passado, e então o total cumulativo requeria imediata retribuição. |
Ez.21:25 | 25. Perverso, príncipe. Zedequias. |
Ez.21:26 | 26. Diadema. Do heb. mitsnejeth, traduzido como “diadema” apenas aqui. Em outras passagens (Ex 28:4, 37, 39; 29:6; 39:28, 31; Lv 8:9; 16:4), o termo descrevea mitra do sumo sacerdote. Mitsnejeth vem da raiz tsanaj, “enrolar” (no caso, com um tecido), portanto, significa um turbante; aqui, a referência é aparentemente ao turbante real, um sinal de realeza.Não será o mesmo. Havería completa mudança naquela situação. |
Ez.21:27 | 27. A ruínas a reduzirei. A passagem diz, literalmente: “uma ruína, uma ruína, uma ruína, Eu a farei”. A tripla repetição intensifica a idéia. O edito é concernente ao trono da casa de Davi. “À judá não seria mais permitido ter um rei até que o próprio Cristo estabelecesse o Seu reino” (PR, 451; cf. Ed, 179). |
Ez.21:28 | 28. Acerca dos filhos de Amom.Embora o rei de Babilônia escolhesse atacar Jerusalém em vez de Babá (v, 20-22), os amonitas não escapariam da punição (ver Ez 25:1-7). |
Ez.21:29 | 29. Visões. Do heb. chazah, termo usado para os pronunciamentos de um vidente ou profeta; aqui, sem duvida, dos adivinhos amonitas. |
Ez.21:30 | 30. Torna a tua espada à sua bainha.A ordem é dirigida aos amonitas (ver v. 28). Os esforços militares deles seriam em vão. Em seu próprio país receberíam a punição por seus malfeitos, |
Ez.21:31 | 31. Brutais. Do heb. boarim, derivado de beir, “animais”, “gado” (ver SI 49:10; 92:6). Estes “homens brutais” são destacados em Ezequiel 25:4 e 10. |
Ez.21:32 | 32. Já não serás lembrado. Em contraste com a gloriosa promessa feita a Israel (v. 27).Capítulo 22Senhor tenha falado. |
Ez.22:1 | 1. Veio a mim. O cap. 22 pode ser dividido em três partes: os v. 1 a 16, que são uma lista dos pecados de Jerusalém; os v. 17 a 22, que apresentam uma parábola extraída do refino de metais; os v, 23 a 31, que falam da corrupção geral que permeia todas as classes sociais. |
Ez.22:2 | 2. Julgarás. Ver com. de Ez 20:1.Cidade sanguinária. Isto é, “cidadeonde há derramamento de sangue” ou “cidade culpada de derramamento de sangue”. Os assassinatos judiciais e o oferecimento de crianças em sacrifício a Moloque, sem dúvida, estavam entre os crimes que deram a Jerusalém este título. |
Ez.22:3 | 3. Para que venha o seu tempo. O tempo de punição. A frase expressa o resultado e não o propósito; ou, talvez, seja uma figura de linguagem pela qual as consequências de um ato são apresentadas como sendo o propósito do ato. |
Ez.22:4 | 4. Objeto [...] de escárnio. Ver SJ 44:13, 14; 79:4. |
Ez.22:5 | 5. As que estão perto. A palavra hebraica traduzida por esta frase é feminina, e o mesmo se aplica à palavra hebraica traduzida por “as que estão longe”. A referência é, sem dúvida, às cidades próximas e distantes, já que a palavra “cidade" é feminina, no hebraico. |
Ez.22:6 | 6. Segundo o seu poder. Literalmente, “segundo o seu braço”. Os príncipes de Judá desconsideravam a justiça e governavam segundo seus caprichos.Derramar sangue. A frase ocorre três vezes (v. 6, 9, 12). Ela encabeça três enumerações dos pecados de Israel: na primeira, são mencionados pecados de desumanidade' e profanação (v. 6-8); na segunda, pecados de idolatria, incesto e lascívia (v. 9-11); na terceira, pecados de avareza e cobiça (v. 12). |
Ez.22:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:13 | 13. Bato as Minhas palmas. Aqui, um gesto de indignação (ver Ez 6:11; 21:14, 17).Estará firme o teu coração? A pergunta subentende resposta negativa. |
Ez.22:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:15 | 15. Porei termo à tua imundícia. Embora isto não seja enfatizado aqui, as punições tinham um objetivo salutar. |
Ez.22:16 | 16. Serás profanada. Do heb. chalal, “profanar" (ver Ez 7:24). Versões antigas colocam o verbo na primeira pessoa: “Serei profanado através de ti à vista das nações” (ver Ez 20:9; 36:20). |
Ez.22:17 | 17. A palavra do Senhor. Os v. 17 a 22 são uma parábola baseada no processo de derretimento da prata. A fornalha é Jerusalém (v. 19). O povo é o metal (v. 20) que demonstrou ser escória (v. 18). Há dúvidas se a idéia de purificação está presente nesta parábola. O ponto enfatizadoé a ira divina que sopra sobre a escória inútil e a derrete. |
Ez.22:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:23 | 23. A palavra do Senhor. Os v. 23 a 31constituem a terceira seção do capítulo (ver com. do v. 1). Apresentam outra enumeração dos pecados de Israel, indicando que neles todas as classes sociais estavam envolvidas. |
Ez.22:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.22:25 | 25. Profetas. A LXX diz “príncipes”. A mudança de apenas uma letra no hebraico produz essa diferença. Os falsos profetas já haviam sido denunciados no cap. 13. A obra deles era um contínuo estorvo à obra dos verdadeiros profetas. Não é de admirar, em vista das declarações contraditórias de ambos os grupos, que o povo estivesse confuso e que achasse uma desculpa plausível para não obedecer às instruções divinas.A mesma contusão existe no mundo religioso hoje. Devido ao fato de haver diversas ramificações cristãs, e de que pode haver pessoas piedosas em diferentes segmentos religiosos, muitos concluem que, afinal, faz pouca diferença em que se crê.O único antídoto seguro contra a influência dos falsos profetas é saber, por meio de investigação pessoal, o que é a verdade. Não é seguro depender da pesquisa, das opiniões ou da sabedoria de qualquer outra pessoa (OP, 30; T5, 686; GC, 593, 594).Devido à previsão do aparecimento de muitos falsos profetas nos últimos dias, Jesus repetidamente advertiu contra os enganos sutis (ver Mt 24:4, 5, 11, 24). Ele menciona que esses profetas enganariam, “se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24), Diz também que recorreríam a “grandes sinais e prodígios”, um recurso quase inexistente no tempo de Ezequiel. A medida que o grande dia do Senhor se aproxima, Satanás tem intensificado os esforços na obra do engano. Cada vez mais, à medida que os anjos celestiais vão soltando os “ventos” da Terra, ele assumirá o controle do mundo. Sob a aparência de religião e por meio de milagres ele aumentará o domínio sobre os habitantes do planeta.“E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8). Portanto, precisamos de um conhecimento pleno das Escrituras para distinguir entre o falso e o verdadeiro (GC, 593, 594). |
Ez.22:26 | 26. Transgridem a Minha lei. Era trabalho especial dos sacerdotes dar instruções sobre os requisitos divinos e observar e ensinar a distinção entre o santo e o profano (Lv 10:10), bem como instruir o povo quanto à adequada observância do sábado. Em tudo isto, no entanto, eles eram infiéis.Escondem os olhos. Esta acusação encontra notável paralelo no contexto dos últimos dias. As profecias do Apocalipse (cap. 12-14) sugerem que Deus requer uma reforma em relação ao verdadeiro dia de descanso, o sábado do sétimo dia. Esta reforma deve preparar o mundo para a segunda vinda de Cristo. A mensagem tem sido proclamada. A reação tem sido a mesma que a dos dias de Ezequiel: as pessoas escondem os olhos da obrigação de observar o verdadeiro dia de repouso; tapam os ouvidos frente às claras evidências bíblicas e declaram: “Não penso assim.” |
Ez.22:27 | 27. Príncipes. Do heb. sarim, membros da classe governante e chefes de famílias importantes. |
Ez.22:28 | "28. Com cal. Ver com. de Ez 13:10. Há vozes no mundo religioso para apoiar quase todo tipo de crença.Alguns critérios ajudam a distinguir entre o que é representado pela “cal” e o que é genuíno. Esses critérios devem ser usados para testar qualquer crença que supostamente afirme basear-se na Bíblia. Servem também como um sistema de orientação para a pesquisa bíblica, prevendo falsas conclusões.
1. A Bíblia deve ser estudada com oração, Somente o Espírito Santo pode despertar a percepção da importância de temas de fácil compreensão e impedir a pessoa de torcer as verdades de difícil compreensão(ver GC, 599, 600). Além disso, as coisas espirituais se discernem espiritualmente (ver ICo 2:14), de forma que quem não tem o Espírito de Deus não pode entender as coisas divinas. A prática correta da oração coloca a pessoa em condições de receber a verdade celestial.
2. E preciso haver disposição para seguir a luz revelada (Jo 7:17). As verdades de Deus não são jogadas a esmo para serem pisadas. Deus reserva a compreensão da verdade aos que estão dispostos a andar na luz que lhes ilumina a mente. A recusa obstinada de andar nesta luz fecha a porta para uma compreensão mais plena da verdade.
3. O texto bíblico deve ser interpretado segundo o contexto geral de toda a Escritura. Corretamente entendida, a Bíblia não se contradiz. Se a conclusão de uma passagem fica em contradição com outra passagem, essa conclusão deve ser reestudada. Muitas vezes, um versículo ou passagem, tomado isoladamente, pode ter várias interpretações. Neste caso, eleve ser adotada a interpretação que estiver em mais harmonia com toda a Bíblia.
4. A Bíblia deve ser interpretada à luz de seu próprio contexto. O estudante deve notar cuidadosamente o contexto da passagem em consideração a fim de descobrir do que o texto trata especificamente. Deve-se limitar a aplicação aos limites estabelecidos pelo autor da passagem. Por exemplo, quando Paulo diz: “Todas as coisas me são lícitas” (ICo 6:12), suas palavras, tomadas isoladamente, poderiam ser interpretadas como indicando que Paulo declara ser um libertino. No entanto, o contexto mostra que ele está falando sobre ser ou não correto comer carnes sacrificadas a ídolos. Ninguém tem o direito de aplicar a frase “todas as coisas” a qualquer coisa além daquilo que estava na mente do apóstolo ao fazer a declaração.
5. A Bíblia deve ser sua própria intérprete. Muitas vezes, o Espírito Santo não dá uma interpretação imediata do símbolo empregado, mas é de se esperar que o mesmo Espírito explique em outra parte a linguagem obscura para que as pessoas compreendam o significado. E, de fato, isso ocorre. Pode-se acrescentar que, quando não há essa elucidação adicional, qualquer tentativa de interpretar esses símbolos não passa de conjectura.Em resumo, o procedimento adequado para se descobrir o que a Bíblia ensina é tomar tudo o que ela diz sobre o assunto em questão antes de tirar qualquer conclusão. Atentar para o quadro completo envolvido impede conclusões apressadas e mesmo uma interpretação antibíblica." |
Ez.22:29 | 29. O povo da terra. A acusação passa ao povo comum. |
Ez.22:30 | 30. Busquei [...] um homem. Ver Jr 5:1.E se colocasse na brecha. Deus chamapessoas para reparar a brecha na lei de Deus. Muitos já responderam; outros, porém, ainda arrazoam do ponto de vista humano e não veem qualquer necessidade de reforma. Acerca dos que empreendem essa tarefa, declara-se: “Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável” (Is 58:12). |
Ez.22:31 | 31.0 fogo do Meu furor. Esta é obviamente uma linguagem figurativa, na qual os vários juízos de Deus são retratados como fogo. O fogo consome, e o efeito desses juízos é o de consumir aqueles sobre quem eles forem derramados. No fim dos tempos, os que rejeitam a misericórdia divina experimentarão o fogo literal (Ap 20:9).COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 8 - PR, 182 28 - TM, 43; Tl, 247 31 - PR, 182Capítulo 23] Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:.11 Vendo isto sua irmã Oolibá, corrompeu a sua paixão mais do que ela, e as suas devassidões foram maiores do que as de sua irmã.c porei diante deles o juízo, e juigar-te-ão segundo os seus direitos.até os seus filhos, que Me geraram, ofereceram a eles para serem consumidos pelo fogo. |
Ez.23:1 | 1. A palavra do Senhor. O cap. 23 apresenta uma extensa alegoria cujo propósito primário é mostrar a pecamínosidade de Judá. A alegoria é semelhante à do cap. 16, embora haja algumas diferenças. O tema principal desta alegoria são as alianças políticas com nações estrangeiras. |
Ez.23:2 | 2. Uma só mãe. As duas cidades, Samaria e Jerusalém, tinham a mesma mãe, o povo hebreu. Possuíam ancestrais comuns. |
Ez.23:3 | 3. Na sua mocidade. Para o propósito da parábola, elas são representadas como se fossem distintas mesmo durante o período de peregrinação no Egito. Foi na 'mocidade” que elas se afastaram de Deus. Nesse tempo, a nação de Israel ainda era considerada solteira. O casamento com Yahweh ocorreu por ocasião da aliança no Sinai (Ex 19). |
Ez.23:4 | 4. Oolá. Do heb. 'Oholah, “tenda”. Uma pequena alteração no hebraico daria o significado “a tenda dela”, se este signi ficado estiver correto, o nome chamaria a atenção para o fato de que Samaria instituiu seu próprio culto, em vez de permitir que o povo fosse ao templo (IRs 12:26-33). Se ’Oholah simplesmente significa “tenda”, a alusão seria às tendas de prostituição que adornavam os altos idólatras.Ooííbá. O heb. ’Oholibah pode ser uma forma enfática da palavra 'Oholah e ter o mesmo significando de “tenda”, ou pode, com uma ligeira modificação no hebraico, significar “minha tenda [está] nela”. Este último significado chamaria a atenção para o fato de o santuário do Senhor estar em judá.Foram Minhas. Ambas professavam lealdade ao verdadeiro Deus. |
Ez.23:5 | 5. Assírios. Sobre as afianças estrangeiras de Samaria, ver Os 7:11, 12. |
Ez.23:6 | 6. Cavaleiros. Os assírios eram famosos por sua cavalaria. |
Ez.23:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:8 | 8. Suas impudicícias, que trouxe do Egito. Provavelmente urna referência ao evento que precipitou a queda de Samaria (ver 2Rs 17:4; cf. Os 7:11). |
Ez.23:9 | 9. Por isso, a entreguei. Ver 2Rs 17:5,6. A história de Samaria é brevemente reca- pitulada, porque a nação não mais existia, e é usada como base de comparação para a descrição mais detalhada da loucura de Judá. |
Ez.23:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:11 | 11. Corrompeu [...] mais do que ela. Além da aliança com a Assíria e o Egito, judá buscou a ajuda dos babilônios (v. 16). |
Ez.23:12 | 12. Filhos da Assíria. São exemplos disso a aliança de Acaz com Tiglate-Pileser a fim de obter ajuda contra os siros e os israelitas (2Rs 16:7-9), e a tentativa de Ezequias de oferecer dinheiro a Senaqueribe para que se retirasse, enquanto, ao mesmo tempo, confiava no auxílio do Egito (2Rs 18:14, 21). |
Ez.23:13 | 13. De ambas. Ambas as irmãs seguiram a mesma conduta. |
Ez.23:14 | 14. Homens pintados na parede. Tais pinturas, em belas cores, eram típicas dos assírios. Os babilônios também decoravam paredes com figuras coloridas. |
Ez.23:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:16 | 16. E lhes mandou mensageiros. Talvez Manassés, enquanto esteve cativo em Babilônia (2Cr 33:11), tenha visto naquela cidade uma possível rival da Assíria. A embaixada de Merodaque-Baladã, enviada a Ezequias (Is 39) sugere que Babilônia estava procurando em Judá um apoio contra a Assíria (ver com. de 2Rs 20:12). A ocasião precisa em que judá enviou os mensageiros mencionados é desconhecida. |
Ez.23:17 | 17. Enojada, os deixou. Judá se enfadou da aliança com Babilônia e foi buscar a ajuda do Egito. Os v. 17 a 19 descrevem essa política vacilante (ver 2Rs 24; 25). |
Ez.23:18 | 18. A Minha alma se alienou. O Senhor Se cansou de Judá e Se afastou dela com repugnância. |
Ez.23:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:20 | 20. Amantes. Do heb. pilagshim, palavra comumente usada para concubinas (Gn 22:24; 2Sm 3:7). A referência é aos príncipes egípcios de quem Judá buscou favor.Jumento. Estes animais representam a intensidade da lascívia (ver jr 2:24; 5:8; Os 8:9). |
Ez.23:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:23 | 23. Pecode. O nome de uma tribo ara- meia que vivia a leste do Tigre, perto da desembocadura do rio (ver Jr 50:21).De Soa, de Coa. Podem ser Sutú e Quiii, tribos que viviam a leste do Tigre. |
Ez.23:24 | 24. Do Norte. Do heb. hotsen, cujo significado é desconhecido. A NVI o traduz como “armas”, a ARC como “carros”. A tradução “do norte" segue a LXX.Carretas. Comparar com Ez 26:10. |
Ez.23:25 | 25. Cortar-te-ão o nariz. A mutilação de prisioneiros era praticada tanto por assírios quanto babilônios. De acordo com Diodoro Sículo (i.78), os egípcios puniam a adúltera cortando tora seu nariz. |
Ez.23:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:28 | 28. A quem aborreces. Ver v. 17. Os v. 28 a 31 descrevem a punição de Jerusalém mediante a figura do castigo de uma prostituta. |
Ez.23:29 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:30 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:31 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:32 | 32. Beberás. isto é, a taça da ira (ver is 5.1:17; jr 25:15). |
Ez.23:33 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:34 | 34. E lhe roerás os cacos. Uma figura enfática que expressa o desespero dos judeus no dia do sofrimento. |
Ez.23:35 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:36 | 36. Julgarás [...]? Ver Ez 20:4; 22:2. Aqui se inicia uma nova seção. O profeta resume os pecados de Oolá e Oolibá, mas de um ponto de vista diferente dos v. 1 a 22. Ele menciona três elementos característicos: o culto a Moloque (v. 37), a profanação do templo (v. 38) e a transgressão do sábado (v. 38). |
Ez.23:37 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:38 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:39 | 39. No mesmo dia. Os judeus eram tão audaciosos na idolatria que, no mesmo dia em que queimavam os filhos a Moloque, no vale de Hinom, hipocritamente se apresentavam como adoradores do templo de Yahweh (ver Jr 7:9, 10). |
Ez.23:40 | 40. Mandaram vir uns homens. O verbo hebraico sugere que o ato erahabitual, isto é, mandavam vir vez após vez esses homens.Coloriste os olhos. Os antigos usavam antimônio em pó, que tem cor preta, para delinear e destacar a parte branca dos olhos a fim de a mulher parecer mais bela e sedutora (ver com. de 2Rs 9:30). |
Ez.23:41 | 41. Num suntuoso leito. Ou, “num suntuoso divã ”, usado para o indivíduo se reclinar numa festa (ver com. de Ct 3:7; Mc 2:15). |
Ez.23:42 | 42. Bêbados. Do heb. sawva'im, cujo significado é incerto. A tradução “bêbados” resulta de ligeira mudança na vocalização. O profeta parece enfatizar a degradação progressiva da cidade prostituída: homens de classe baixa e bêbados do deserto são abraçados por ela. A LXX omite esta palavra. |
Ez.23:43 | 43. Continuará ela em suas prostituições? O hebraico deste versículo é obscuro. A LXX o traduz da seguinte forma: “Então, disse eu: Não cometem elas adultério com estes? E cometeu ela devassidões [segundo] a maneira de uma prostituta?” |
Ez.23:44 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:45 | 45. Homens justos. E possível que os babilônios, por questão de contraste, sejam descritos desta forma, o que constitui uma dura repreensão às ímpias irmãs. Por outro lacfo, a expressão pode ser aplicada de maneira geral, significando homens a quem foram confiados justos juízos. |
Ez.23:46 | Sem comentário para este versículo |
Ez.23:47 | 47. Apedrejará. Há aqui uma mescla da alegoria com a realidade. O apedrejamento era a punição legal para o adultério (Lv 20:2, 10; Dt 22:22, 24), mas a destruição real de Jerusalém seria pela espada. |
Ez.23:48 | 48. Todas as mulheres. Isto é, todas as nações, para quem Israel serviría como advertência e como exemplo assustador.Capítulo 24serás nunca purificada da tua imundícia, até que Eu tenha satisfeito o Meu furor contra ti.seu júbilo, a sua glória, a delícia dos seus olhos e o anelo de sua alma e a seus t ilhós e suas 1 ilhas, 26 nesse dia, virá ter contigo algum que escapar, para te dar a notícia pessoalmenter |
Ez.23:49 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:1 | 1. Nono ano. Do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2), isto é, 589/588 a.C. Esta é a mesma data de 2 Reis 25:1; e de jeremias 39:1, 2; 52:4 e 5. O dia foi posteriormente observado pelos judeus com um jejum (Zc 8:19).Décimo mês. Janeiro de 588 a.C., tanto pelo computo do ano a partir da primavera quanto a partir do outono (ver p. 624). |
Ez.24:2 | 2. Escreve o nome. E ordenado ao profeta anotar o dia exato em que deu a mensagem, e o anunciar como o dia em que Nabucodonosor começou o ataque a Jerusalém. Uma vez que Babilônia ficava a cerca de 800 km de Jerusalém e a mais de uma vez e meia essa distância pela estrada regular, a notícia não poderia ter alcançado o profeta por meios humanos. Portanto, posteriormente, quando receberam informações sobre o ataque a Jerusalém, os cativos tiveram, ao se comparar as datas, prova convincente de que as mensagens de Ezequiel eram de origem divina. |
Ez.24:3 | 3. Parábola. Do heb. mashal (ver vol. 3, p. 1061). Não é dito se Ezequiel apenas proferiu a parábola ou se, na verdade, encenou o ato simbólico.Põe ao lume a panela. Parece haver uma referência aos símbolos usados em E/equiel 11:3 a 7, embora com uma aplicação diferente. |
Ez.24:4 | 4. Pedaços de carne. Os próprios judeus. As partes melhores provavelmente simbolizam as classes mais altas. No entanto, a menção das várias partes pode não ser uma referência a classes, mas somente uma forma de enfatizar que todos, até os melhores, seriam envolvidos na ruína. |
Ez.24:5 | 5. Empilha. Do heb. dar, ‘'empilhar em círculos”.Lenha. O texto massorético cfiz ''ossos”, mas uma ligeira mudança na vocalização produz o significado de "toras de madeira” (para lenha; cf’. v. 10), embora os ossos, antes de extraída a gordura, possam ser usados como combustível. |
Ez.24:6 | 6. Ferrugem. E assim que a LXX traduz a palavra. A cidade em si, representada pela panela, está, por assim dizer, corroída pela ferrugem.Pedaço por pedaço. Os habitantes de Jerusalém seriam levados pela morte ou pelo cativeiro. |
Ez.24:7 | 7. Sobre a penha descalvada. Isso indica que os crimes de violência praticados em Jerusalém (ver Ez 22:12, 13; 23:37; etc.) tinham sido abertos e escancarados (ver Gn 4:10; Jó 16:18; Is 26:21). |
Ez.24:8 | 8. Seu sangue. Isto é, o sangue a ser derramado na destruição de Jerusalém. A punição seria tão notória aos olhos do mundo como o havia sido o pecado. |
Ez.24:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:10 | 10. Cozinha. Do heb. teimam, literalmente, ‘completar”, "terminar”. A tradução ‘‘cozinha” é interpretativa, mas transmite bem a ideia original.Engrossa. Do heb. raqach. Uma forma verbal desta raiz é usada para designar a mistura dos ingredientes do óleo da unção (Êx 30:33, 35). Seu significado aqui é incerto. A LXX assim traduz a frase como: “para que o caldo possa diminuir”.Os v. 11 a 14 falam da ineficácia dos esforços anteriores em operar reforma e indicamque os juízos iminentes eram inevitáveis e completos. |
Ez.24:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:15 | 15. Veio a mim a palavra. Inicia-se uma nova seção, não diretamente ligada à parábola dos v. 1 a 14. |
Ez.24:16 | 16. Tirarei. Ezequiel foi informado de que sua esposa, a quem ele amava, estava para morrer. Não é preciso inferir, a partir da linguagem usada aqui, que a morte dela foi resultado de uma ação direta da parte de Deus. Talvez a mulher já estivesse doente havia algum tempo, e Deus quis adverti-lo de que ela morrería. Por uma figura de linguagem, com frequência se diz que Deus faz aquilo que Ele permite ou não impede que aconteça (ver com. de 2Cr 18:18). Satanás é que é o autor do pecado, do sofrimento e da morte (ver DTN, 24, 470, 471). Contudo, Deus Se alegra em usar o mal perpetrado pelo inimigo para disso fazer o bem (ver Rm 8:28; DTN, 471). Aqui a perda da delícia dos olhos de Ezequiel foi usada para impressionar a mente do povo com a mensagem divina.A experiência de Ezequiel mostra que o dedicar-se ao serviço de Deus não significa imunidade contra sofrimento e infortúnio. As vezes, parece que os mensageiros de Deus são mais assaltados do que outros não ativamente empenhados na causa divina. Muitos desastres acometem os que se dedicam a Deus em algum campo missionário. Por vezes, morte repentina ou penosa enfermidade sobrevem aos fiéis. Essas calamidades não devem ser consideradas como golpes do juízo divino. Elas são resultado da obra de Satanás. As ações do inimigo contra os fiéis e mesmo infiéis mostram a verdadeira natureza do mal nogrande conflito. Este princípio é demonstrado na história de Jó. Contudo, quando o inimigo traz aflições, Deus pode fazer com que a tragédia se converta em bem, para a purificação dos que permanecem (ver DTN, 471). |
Ez.24:17 | 17. Não faças lamentação. Os costumeiros sinais de luto deviam ser evitados (ver Js 7:6; ISm 4:12; 2Sm 15:30, 32; Is 20:2; Mq 3:7).Pão que te mandam. Provável referência a uma refeição relacionada ao funeral (ver Dt 26:14; Jr 16:7; Os 9:4). |
Ez.24:18 | 18. Falei. Não se diz o que o profeta falou. Talvez ele tenha partilhado com os concidadãos a trágica notícia com respeito à morte da esposa. |
Ez.24:19 | 19. O que significam estas coisas. Os estranhos atos de Ezequiel despertaram a esperada reação de curiosidade. |
Ez.24:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:21 | 21. Profanarei o Meu santuário.O santuário, a delícia dos olhos do povo, devia ser profanado e destruído. Os pés profanos dos gentios adentrariam os sagrados recintos, aonde nem mesmo os sacerdotes podiam ir.Anelo de vossa alma. Vários manuscritos hebraicos apoiam esta tradução. |
Ez.24:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:23 | 23. Definhar -vos-eis. Do heb. maqaq, literalmente, “decompor-se”, “apodrecer". |
Ez.24:24 | 24. Ezequiel. Esta é a única ocasião, além de Ezequiel 1:3, em que o profeta se refere a si mesmo pelo nome. Outros profetas também fizeram menção ao próprio nome (Is 20:3; Dn 8:27). |
Ez.24:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.24:27 | 27. Nesse dia. Ezequiel é i nformado de que, quando recebesse a notícia da queda da cidade (ver com. de Ez 33:21, 22), voltaria a falar (ver Ez 3:26, 27).Capítulo 25I A vingança de Deus contra os amonitas, por sua insolência em relação aos judeus; 8 também sobre Moabe e Seir, 12 Edom e 15 osfilisteus. |
Ez.25:1 | 1. Veio a mim. Começa assim urna nova série de profecias que tem a ver com várias nações vizinhas. Ezequiel havia terminado seu testemunho relativo à destruição de Jerusalém e aos remanescentes da nação israelita. Ele não devia dizer mais nada com relação a isso, mas devia aguardar o cumprimento do juízo predito. No intervalo, Deus lhe ordena dirigir a atenção às naçõesvizinhas de Israel e a predizer o inevitável destino das mesmas. O juízo havia começado pela casa de Deus (ver Ez 9:6; cf. IPe 4:17), mas então devia se estender para o resto do mundo.Deus não é Deus de uma nação apenas; é o Deus do mundo todo. Não faz acepção de pessoas. Todos são Seus, sem distinção de nacionalidade. Ele está tão ansioso por salvaros habitantes de uma nação como os de outra. Ao Se revelar como quem dirige supremamente os acontecimentos e como o árbitro das nações, Deus pretendia atrair as pessoas a Si e solicitar a adoração das mesmas. Planejava que tal revelação de Sua onisciên- cia, capaz de predizer de maneira tão exata o futuro delas, proporcionasse a base necessária para a fé. É verdade que as ameaças pronunciadas contra esses povos são severas e implacáveis, e parecem não misturadas com misericórdia. Contudo, deve-se lembrar que esses eram juízos nacionais, e que neles não estava necessariamente envolvida a salvação individual. O que acontece muitas vezes é que as calamidades nacionais levam as pessoas a buscar a Deus, de forma que aquilo que parece ser contra elas, na verdade, opera para o seu bem.Deus mantém um preciso registro de contas das nações. Todas são testadas para ver se cumprirão ou não o papel que lhes foi reservado pelo Céu. Quando a conta atinge o limite prescrito, elas sofrem a penalidade que lhes cabe como nação. Foi isso que ocorreu com Israel, que sofreu trágica destruição: mas, ao longo de todo o processo, Deus planejava operar a salvação de um pequeno remanescente (ver com. de Dn 4:17).Além disso, numa época em que Israel buscava o apoio militar de algumas dessas nações, era preciso mostrar-lhe quão vãs eram suas aspirações, pois essas próprias nações seriam derrotadas.Esta nova seção contém mensagens para sete nações que estavam intimamente relacionadas com a sorte de Israel e Juclá: Amom (Ez 25:1-7), Moabe (25:8-11), Edom (25:12-14), Filístia (25:15-17), Tiro (26:1 a 28:19), Sidom (28:20-23) e. Egito (29:1-32:32).Alguns ficam intrigados pelo fato de Ezequiel não incluir nenhuma profecia contra Babilônia. Outros profetas (Is 13; Jr 51:52, 53; Dn 2; 7) predisseram a queda da cidade caldeia. A obra de Ezequiel erasalientar como Deus usaria Babilônia como executora de Sua vontade ao levar juízos sobre Seu povo, e o efeito disso podería ser anulado se ele se demorasse sobre a derrota final da própria Babilônia. Era mais apropriado que os exilados para quem ele escreveu buscassem a paz do povo entre o qual habitavam (ver jr 29:7), em vez de exultarem em sua futura queda. Além disso, falar abertamente contra o país de seus captores provavelmente custaria a vida de Ezequiel. |
Ez.25:2 | 2. Os filhos de Amom. Eram descendentes de Ló por meio de sua filha mais nova, e, assim, parentes consanguíneos de Israel (Gn 19:38). Durante séculos haviam mostrado hostilidade (Jz 3:13; 11:12-15, 32, 33; ISm 11:1-11; 2Sm 10:6-14; Am 1:13-15). A religião deles era uma superstição degradante e cruel, que exigia sacrifícios humanos. O culto amonita a Moloque era uma contínua tentação para Israel (ver lRs 11:7). |
Ez.25:3 | 3. Bem feito! Do heb. heach, uma interjeição que aqui indica perversa alegria pela queda de Jerusalém. |
Ez.25:4 | 4. Filhos do Oriente. Do heb. bene- qedhem. O nome é aplicado a várias tribos nômades que percorriam de um lado para outro o deserto a leste de Amom e Moabe (ver Gn 29:1; jz 6:3, 33; 7:12; 8:10; lRs 4:30; Jó 1:3).Acampamentos. Do heb. tiroth, áreas fechadas por muros de pedra e usadas para acampamentos (ver Gn 25:16; Nm 31:10; SI 69:25). A LXX traduz a passagem da seguinte forma: “E pernoitarão em ti com seus pertences, e armarão suas tendas em ti." |
Ez.25:5 | 5. Rabá. A capital dos amonitas (2Sm 12:26; Ez 21:20), 37 km a leste do Jordão, ficava perto da nascente do Jaboque. Ptolomeu Filadelfo, mais tarde, fundou a cidade de Filadélfia no lugar onde estava Rabá. Esta Filadélfia não deve ser confundida com a cidade do mesmo nome na Asia Menor (Ap 1:11). O nome moderno de Rabá é ‘Ammcin. |
Ez.25:6 | 6. Bateste as palmas. Bater palmas e patear (bater os pés) são gestos de forteemoção (Nm 24:10; Ez 21:14, 17; 22:13); aqui estas ações são manifestações de alegria maliciosa. A causa do regozijo aparentemente não era a perspectiva de vantagem material, mas a malícia e a “maldade contra Israel” (NVI). Eles deviam ter tremido ao perceber que Rabá poderia ter sido escolhida, em vez de Jerusalém, como o alvo da campanha militar inicial (Ez 21:19-22). |
Ez.25:7 | 7. Saberás que Eu sou o Senhor. Um fato que eles não estavam dispostos a reconhecer antes. Deus pretendia que um conhecimento de Seu poder os levasse a buscar a salvação. |
Ez.25:8 | 8. Moabe e Seir. Há outras profecias contra Moabe (Is 15; 16; Jr 48; St 2:8, 9). É possível que as duas nações sejam mencionadas juntas por causa da semelhança de seus pecados. Elas são, mais tarde, tratadas separadamente: Moabe (Ez 25:8-11) e Seir ou Edom (Ez 25:12-14), pois Seir é outro nome para Edom. A LXX menciona apenas Moabe aqui.Os moabitas eram descendentes de Ló por meio de sua filha mais velha, e, portanto, parentes consanguíneos de Israel, da mesma forma que os amonitas (ver com. do v. 2). Esses dois povos, intimamente associados em sua história e no curso que seguiam, recebem a ameaça de destino semelhante.O povo de Moabe é repetidamente mencionado na história bíblica (ver Nm 22; 24; 25; jz 3:12-31; lSm 14:47; 2Sm 8:2; 2Rs 3:5; 24:2; 2Cr 20). Por vezes, Israel foi dominado por Moabe, como durante o reinado de Eglom (Jz 3:12-31), e, outras vezes, Moabe foi dominado por Israel, como durante o reinado de Davi (2Sm 8:2).A Pedra Moabíta, encontrada nas ruínas de Dibom, em 1868, trata da opressão de Moabe por Onri, rei de Israel, e da revolta de Moabe durante o reinado de Mesha (Mesa). Mesha atribui sua vitória sobre Israel a seu deus, Quemos (ver Nota Adicional a 2 Reis 3).Como todas as nações. Os habitantes de judá afirmaram que seu Deus era superioraos deuses pagãos e capaz de livrá-los. Agora os infortúnios de judá pareciam negar essa afirmação. Os moabitas exultaram ante a triste situação de seus vizinhos ao oeste. |
Ez.25:9 | 9. Abrirei o flanco de Moabe. Uma vez que Moabe estava situado num planalto elevado e com acessos íngremes, não era fácil que os inimigos chegassem até seu território. Alas, se as cidades da fronteira caíssem, o resto do país logo sucumbiría.Bete-Jesimote. Cidade hoje com o nome de Teli el-Azeimeh, próxima a Khirbet Sweimeh, localizada quatro quilômetros a leste do ponto onde o Jordão desemboca no Mar Morto.Baal-Meom. Cidade cerca de 15 km a leste do Mar Morto, próxima a sua extremidade norte; hoje chamada Main.Quiriataim. Cidade cerca de 15 km a sudoeste de Baal-Meom; hoje chamada el-Qereiât.Todas as cidades mencionadas pertenciam à região que Seom e Ogue tomaram dos moabitas séculos antes. Esse território foi, por sua vez, arrebatado dos amorreus pelos israelitas por ocasião de sua entrada em Canaã, e foi por longo tempo ocupado por eles. Quando o poder de Israel decaiu, Moabe retomou a região. As cidades são mencionadas aqui, talvez, por terem pertencido a Israel no passado. |
Ez.25:10 | 10. Povos do Oriente. Ver com. do v. 4.Os filhos de Amom. A divisão dos versículos obscurece o sentido. A frase devia ir até o v. 11, como na NVI: “Os amonitas não serão lembrados entre as nações, e a Moabe trarei castigo.” |
Ez.25:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.25:12 | 12. Edom. Os edomitas eram os descendentes de Esaú, irmão mais velho de Jacó. A hostilidade entre Israel e Edom remonta à época em que Esaú vendeu o direito de pri- mogenitura a Jacó (Gn 25:29-34). Israel havia sido especialmente advertido: “Não aborrecerás o edomita” (Dt 23:7). Contudo, a inimizade persistiu. |
Ez.25:13 | 13. Temã. A exata localização desta cidade é desconhecida; alguns propuseram que se trata de uma cidade próxima a Petra, ou de uma região, ou de um outro nome para Edom. As pessoas de Temã eram famosas por sua sabedoria (Jr 49:7; Ob 8, 9).Dedã. Esta tribo vivia nas vizinhanças do oásis el-Ola, no oeste da Arábia. |
Ez.25:14 | 14. Por intermédio do Meu povo. Esta frase sugere que a vingança divina sobre Edom seria realizada por meio dos israelitas. Alguns propuseram que esta pre- dição se cumpriu na era dos macabeus, quando joão Hircano venceu os idumeus (Josefo, Antiguidades, xiii.9.1) e os obrigou a se submeter à circuncisão como sinal de que haviam sido absorvidos pelo povo judeu.Parece mais provável que esta porção da profecia se cumpriría na execução dos planos de Deus para o reino restaurado de Israel. Esse novo Estado teria finalmente esmagado todos os seus inimigos (ver Ez 38; 39). |
Ez.25:15 | 15. Os filisteus. Com respeito à origem deles, ver com. de Gn 10:14; 21:32; Js 13:2; vol. 2, p. 10, 16, 17. Sobre outras profecias referentes aos filisteus, ver com. de Is 14:29-32; ver também jr 47; Am 1:6-8; Sf 2:4-7. |
Ez.25:16 | 16. Os queretitas. Uma tribo que, provavelmente, vivia na costa, ao sul dos filisteus (ver com. de ISm 30:14; cf. Sf 2:5).Farei perecer o resto. Os filisteus desapareceríam, mas do povo de Israel deveria sobreviver pelo menos um remanescente (ver Is 1:9).Capítulo 26cavalos, carros e cavaleiros e com a multidão de muitos povos.as tuas madeiras e o teu pó lançarão no meio das águasacidade, que foste forte no mar, tu e os teus moradores, que atemorizastes a todos OS teus visitantes! |
Ez.25:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.26:1 | 1. Undécimo ano. Do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2; ver p. 624). Este íoi o ano da queda de Jerusalém (587/586 a.C.), caso ele coincida com os anos de reinado de Zedequias (2Rs 25:2-4, 8, 9). O mês não é dado. Alguns acham que a profecia foi dada após a queda da cidade (ver Ez 26:2), e de fato podería ter sido, se Ezequiel estivesse usando o computo de outono a outono: contudo, a referência à conquista da cidade pode ter sido antecipatória.As profecias contra Amom, Moabe, Eclom e os íilisteus foram comparativamente curtas. A profecia contra Tiro ocupa três capítulos (Is 26-28), e a profecia contra o Egito, a mais importante nação estrangeira denunciada por Ezequiel, ocupa quatro capítulos. |
Ez.26:2 | 2. Tiro. Esta era uma poderosa cidade comercial composta da “antiga Tiro", situada no continente, e da “nova Tiro", construída sobre uma ilha rochosa, com 57 hectares de área e que ficava a 800 m da costa. A nova Tiro tinha dois portos, um no norte eoutro no sul. Dali os tírios enviavam suas frotas de navios até a África Ocidental, no Atlântico e, possivelmente, até o que seria hoje a Grã-Bretanha. 14ro fundou colônias na Espanha e no norte da África, algumas das quais se tornaram famosas, como Cartago, Gades (hoje, Cádis) e Abdera. Firo também foi famosa por seus artesãos. Seus produtos manufaturados como trabalhos em cobre, produtos têxteis (especialmente tecidos de púrpura) e artigos de vidro e cerâmica tinham fama mundial.Os fenícios falavam uma língua semita, A religião desempenhava papel importante na vida deles. Seu principal deus era iVlelcarte (às vezes, chamado Baal Melearte), o deus patrono de Tiro. Este era o Baal adorado em Israel por influência de Jezabei. Também adoravam Astarote e outras divindades com orgias corruptas (ver vol. 2, p. 21-23; sobre a história da antiga Fenícia, ver com. de Gn 10:6, 15, 17, 18; vol. 2, p. 52-54).Bem feito! Ver com. de Ez 25:3. A alegria de Tiro pela queda de Jerusalémdevia ser puramente egoísta. Nos dias de Salomão, Jerusalém fora um grande centro comercial não portuário, pelo qual fluíam as mercadorias da Arábia e mesmo da índia. Jerusalém, sem dúvida, se enriquecera pelo comércio com os fenícios. Mesmo em seu declínio, por causa da importância de sua localização, Jerusalém era o centro de muitas transações comerciais que Tiro gostaria de monopolizar. |
Ez.26:3 | 3. Muitas nações. Talvez aqui a referência seja a Nabucodonosor e a “todos os reinos da Terra que estavam debaixo do seu poder”, isto é, seus aliados (ver Jr 34:1). Ou, talvez o profeta estivesse vendo séculos à frente. Depois de Nabucodonosor ter destruído a cidade localizada no continente, sucessivas conquistas reduziram ainda mais a orgulhosa cidade. Tiro se tornou parte do império persa, embora conservasse a condição de independência parcial. Mais tarde, foi governada pelos macedônios e, depois, pelos romanos. |
Ez.26:4 | 4. Varrerei o seu pó. Uma figura que expressa extensa destruição. Posteriormente, quando Alexandre sitiou a nova Tiro, construiu uma passagem do continente para a ilha com o uso de pedras e entulho da antiga Tiro como material. |
Ez.26:5 | 5. Enxugadouro de redes. O lugar da antiga Tiro ainda é usado pelos pescadores para enxugar suas redes. |
Ez.26:6 | 6. Filhas. Provavelmente uma figura poética que se refere às cidades aliadas a Tiro que partilharam do destino dela. |
Ez.26:7 | 7. Desde o Norte, Isto indica a direção de onde sairia a invasão (ver com. de Jr 1:14).O rei dos reis. Daniel aplica o mesmo título a Nabucodonosor (Dn 2:37). Os reis persas adotavam este título (ver Ed 7:12), como se pode ver pelas inscrições.Com cavalos. As várias divisões do exército mencionadas são todas forças terrestres. Não bá registro de uma força naval empregada para facilitar a conquista da cidadelocalizada na ilha. O cerco durou 13 anos. Nabucodonosor destruiu completamente a cidade que ficava no continente, mas não conseguiu tomar a da ilha. Chegou-se a um acordo pelo qual Tiro aceitou se submeter a Babilônia. |
Ez.26:8 | 8. Baluarte. Os v. 8 a 12 descrevem os métodos usuais de ataque a uma cidade localizada no continente. |
Ez.26:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.26:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.26:11 | 11. Colunas. Do heb. matsevoth. Pode ser uma referência a duas famosas colunas descritas por Heródoto (ii.44), uma de ouro e outra de esmeralda, que ficavam no templo de Melcarte, o Baal de Tiro. |
Ez.26:12 | 12. No meio das águas. Não há registro da tentativa de Nabucodonosor de construir um aterro desde o continente até a ilha, mas isso foi feito com sucesso por Alexandre. Mesmo assim, ele precisou usar sua marinha para fazer com que a cidade se rendesse em 332 a.C. (Diodoro Sículo, xvii.40-46). |
Ez.26:13 | "13. Tuas cantigas. O simbolismo e a linguagem de certas passagens dos profetas Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel repercutem no livro do Apocalipse. Guiado pelo Espírito Santo, João empregou profusamente as mesmas imagens e figuras dos profetas anteriores a fim de apresentar as grandes cenas finais da história da Terra em termos que fossem familiares e significativos para o leitor do AT. Assim, a destruição das cidades literais de Babilônia e Tiro proporcionou a João uma descrição vivida da destruição da Babilônia mística (ver também com. de Is 13; 14; 23:1; 47:1; Jr 25:12; 50:1). O simbolismo e a linguagem do livro do Apocalipse se tornam mais claros e significativos quando estudados à luz do que os profetas do passado escreveram sobre os acontecimentos de sua época (ver com. de Dt 18:15). Vários aspectos da punição da cidade literal de Tiro, apresentada em Ezequiel 26 a 28, são valiosos num estudo da punição à Babilônia mística, apresentada em Apocalipse 17 e 18. Notem-se particularmente os seguintes:
Ezequiel 26 a 28
1. ""Farei cessar o arruído das tuas cantigas, e já não se ouvirá o som das tuas harpas” (26:13).
2. ""Os príncipes do mar” (26:16).Que foste forte no mar, tu e os teus moradores” (26:17).Eram os teus mercadores (27:17).Todos os que pegam no remo, os marinheiros, e todos os pilotos do mar (27:29).
3. ""Levantarão lamentações sobre li” (26:17).Farão ouvir a sua voz sobre ti e gritarão amargamente”Chorarão sobre ti, com amargura de alma, com amargura e lamentação. Levantarão lamentações sobre ti no seu pranto, lamentarão sobre ti” (27:31, 32).“Os mercadores dentre os povos assobiam contra ti” (27:36).
4. “Como pereceste” (26:17).
5. ""Afamada cidade” (26:17).
6. “Quando Eu fizer vir sobre ti as ondas do mar c as muitas águas te cobrirem” (26:19).“No tempo em que foste quebrada nos mares, nas profundezas das águas” (27:34; cf. v. 26, 27).
7. ""Já não serás; quando te buscarem, jamais serás achada” (26:21; cf. 27:36).
8. ""Negocia com os povos” (27:3).“Os mercadores dentre os povos” (27:36).
9. ""As tuas mercadorias"" (27:27).
10. “Lançarão pó sobre a cabeça e na cinza se revolverão"" (27:30).
11. ""Quem foi como Tiro |...]?” (27:32).
12. ""Enriqueceste os reis da terra” (27:33).
13. ""Por causa delas (tuas riquezas] se eleva o teu coração"" (28:5).
14. ""Eis que Eu trarei sobre ti os mais terríveis estrangeiros dentre as nações” (28:7).
15. “Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo. que te consumiu, e te reduzí a cinzas sobre a terra” (28:18).
Apocalipse 17 e 18
1. ""E voz de harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se ouvirá” (18:22).
2. “E todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam no mar” (18:17).“Todos os que possuíam navios no mar” (18:19).Os teus mercadores foram os grandes da terra” (18:23).
3. “E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra” (18:11).“Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra” (18:9; cf. v. 10, 15-19).
4. “Em urna só hora, foi devastada!” (18:19; cf. v. 10).
5. “A grande cidade que domina sobre os reis da terra"" (17:18).
6. ""Como grande pedra de moinho [...] arrojou-a para dentro do mar [...] assim [...} será arrojada Babilônia"" (18:21).
7. “E nunca jamais será achada” (18:21).
8. “Os mercadores [...] que, por meio dela, sc enriqueceram” (18:15).“Os teus mercadores foram os grandes da terra” (18:23).
9. “Sua mercadoria” (18:11).
10. “Lançaram pó sobre a cabeça” (18:19).
11. “Que cidade se compara à grande cidade?” (18:18; cf. v. 10, 19).
12. “Os reis da terra"" (J8:9).“Os mercadores [... | que. por meio dela. se enriqueceram” (18:15).
13. ""A si mesma se glorificou e viveu em luxúria"" (18:7). “Tamanha riqueza"" (18:17; cf. v. 14, 15, 19).
14. ""Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom” (16:16).“E julga e peleja com justiça” (19:1.1; cf. 17:14; 19:15, 19).
15. “E a consumirão no fogo” (17:16).“E será consumida no fogo” (18:8).“A fumaceira do seu incêndio” (18:9).
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Ez.26:14 | 14. Jamais serás edificada. Alguns questionam esta predição, uma vez que ainda há uma população de milhares de habitantes na atual península que antigamente constituía a ilha e a passagem para o continente. Outros creem que a profecia se aplica apenas à cidade que ficava no continente. Assinalam como evidência do cumprimento das palavras do profeta o estado de desolação existente ali, uma desolação tão completa que o sítio da antiga cidade não pode ser identificado com segurança. Por outro lado, é preciso compreender que mesmo que houvesse sido erigida uma cidade no sítio da antiga Tiro continental, a profecia de Ezequiel não teria falhado. A profecia de Ezequiel foi contra a Tiro de seus dias, em sua antiga glória e cultura. Qualquer construção moderna de uma cidade naquele local não seria uma renovação da antiga cultura e, portanto, não invalidaria a palavra do profeta.Além disso, a expressão “nunca mais'’ (do heb. Io [...] 'od) simplesmente significa “duração ”, e a extensão de tempo envolvida é indefinida, devendo ser derivada do contexto. Assim, José chorou ao pescoço de seu pai ‘od (Gn 46:29), que ali é traduzida como “longo tempo”. A ideia de perpetuidade indefinida, embora não esteja necessariamente contida na palavra od, pode ser inferida de outras referências ao destino de Tiro (ver com. do v. 21; ver também o com. de Is 13:20). |
Ez.26:15 | 15. As terras do mar. Do heb. 'iyyim, que significa tanto áreas costeiras como áreas do interior do continente. |
Ez.26:16 | 16. Príncipes do mar. Isto é, “príncipes mercadores", que obtiveram riqueza e poder por meio do comércio, e não soberanos de fato (ver Is 23:8). A surpresa e dor deles são descritas através da figura do luto oriental. |
Ez.26:17 | 17. Bem povoada. Literal mente, “povoada a partir dos mares”. A LXX simplesmente diz: “Como estás destruída tu, do mar.” |
Ez.26:18 | 18. Turbar-se-ão. Sem dúvida, porque o comércio de Tiro contribuiu para a prosperidade delas. |
Ez.26:19 | 19. Fizer vir sobre ti as ondas do mar.Nos v. 19 a 21, Tiro é descrita como se descesse ao abismo. Todos os que já morreramsão representados como se estivessem reunidos ali. As vezes, poeticamente, como em Isaías 14, quando chega alguém novo ao abismo, os habitantes desse lugar são descritos como se despertassem para saudá- lo ou dar-lhe as boas-vindas (ver com. de Is 14:9, 10). Tudo isto, evidentemente, é figurativo. Ezequiel usa a mesma liguagem com relação ao Egito (Ez 32:18-32). |
Ez.26:20 | 20. Criarei coisas gloriosas. A LXX parece ter preservado uma versão melhor: “e não permanecerás”. Tem-se entendido o significado do hebraico como sendo o seguinte: quando a poderosa Tiro, que então se alegrava com a calamidade de Judá, fosse contada entre os mortos, Deus estabelecería Seu povo. |
Ez.26:21 | 21. Já não serás. Literalmente, “nada de ti”.Jamais serás achada. Aqui o termoheb. ‘od (ver com. do v. 14) está associado à palavra leolarn, que significa, literalmente, “por uma era”. A duração de ‘olam também deve ser determinada por seu contexto (ver com. de Ex 21:6). A combinação de ‘od e leolarn parece enfatizar a duração. Assim, pode-se entender as palavras de Ezequiel como se significassem que a antiga cultura e civilização de Tiro desapareceríam. Nunca mais o antigo império seria reavivado.Capítulo 27I As imensas riquezas de Tiro. 26 Sua grande e irrecuperável queda.sou perfeita em formosura.a multidão da tua riqueza e do teu negócio, enriqueceste os reis da terra. |
Ez.27:1 | 1. A palavra do Senhor. A nova seção dá sequência à profecia contra Tiro. |
Ez.27:2 | 2. Lamentação sobre Tiro. Começa no v. 3 um poema no ritmo qinah, o ritmo do canto fúnebre (ver vol. 3, p. 3). O lamento retrata Tiro sob a figura de um navio de luxo, totalmente equipado e com tripulação completa, que viaja por toda parte e realiza um próspero comércio, mas que afinal se vê em águas tempestuosas e naufraga. Ocasionalmente, a realidade aparece em meio à figura, o que é característico do estilo de Ezequiel.Talvez a razão pela qual tanto espaço é dedicado a Tiro é que seu orgulho, sua ambição, organização e conduta se assemelham aos do líder rebelde, Satanás. Em Ezequiel 28:11 a 19, sob a figura do príncipe de Tiro, o profeta faz ura lamento pelo anjo caído. Mais tarde, o profeta João faz uso da profecia de Ezequiel contra Tiro para proferir seu lamento pelo colapso da satânica organização religiosa de falsificação universal (Ap 18). |
Ez.27:3 | 3. Entradas. A referência deve ser aos dois principais portos de Tiro, o “egípcio’', no sul da ilha, e o “sidônio”, no norte. |
Ez.27:4 | 4. Teus limites. Como a Tiro que se situava na ilha era cercada de água, sugeria a figura de um navio no mar. |
Ez.27:5 | 5. Conveses. Ou, "madeíramento” (NVÍ). O madeiramento para as laterais do navio.Senir. O nome amorreu, ugarítico e aca- diano para o monte Hermom (ver Dt 6:9).Cedros do Líbano. Sem dúvida, eram valiosos por causa da altura, resistência e durabilidade. |
Ez.27:6 | 6. Basã. Uma fértil região de planície a leste do Mar da GaTíleia (ver com. de Js 12:4),famosa por suas florestas de carvalho e por seu gado (ver SI 22:12).Bancos. Ou, “convés" (NVI). Do heb. qe- resh, que geralmente significa “tábuas” (Ex 26:15; etc.); alguns pensam que o termo aqui se refira à proa da embarcação.Em pinho. Literal mente, “filha dos assírios’ (ver ARC), cujo significado, no contexto, é obscuro. Se as duas palavras hebraicas forem unidas, a tradução fica: "em cipreste”, “com cipreste” ou “em pinho”.Dos quiteus. A referência é a Chipre, mas, num sentido mais geral, às ilhas e às regiões costeiras do Mediterrâneo (ver com. de Dn 11:30). |
Ez.27:7 | 7. Ilhas de Elísá. Ou, "regiões costeiras de Elisá” (ver com. de Ez 26:15). Elisá é mencionado como um dos filhos de javã (Gn 10:4; iCr 1:7). Alguns têm identificado as ilhas de Elisá como sendo Chipre, outros como sendo a Sicília e a Sardenha.Toldo. Literalmente, "cobertura” (ARC), mas, provavelmente, a referência era ao toldo estendido sobre o convés para proteger do sol escaldante. |
Ez.27:8 | 8. Teus remeiros. Agora é descrita a tripulação do navio. As duas cidades mencionadas como local de procedência destes marinheiros eram tributárias de firo. Sídom ficava cerca de 40 km a nordeste de firo, na costa da Fenícia; e Arvade, chamada Aradus pelos gregos, era uma ilha rochosa próxima à costa, que ficava cerca de 160 km ao norte de Sidom.O Tiro. A tradução “de Zerner” (RSV) baseia-se numa ligeira alteração do texto hebraico e na comparação com Gênesis 10:18.Zemer era uma cidade fenícia ao sul de Arvade. |
Ez.27:9 | 9. Gebal. E a antiga Biblos, a moderna jebeil, que fica 65 km a nordeste de Sidom, situada próxima ao rio Adônis, numa região mais elevada. Seu sítio ainda é rico em ruínas fenícias. |
Ez.27:10 | 10. Os persas. Tiro era em grande parte dependente de mercenários para a formação de suas tropas.Lídios. Ver com. de Gn 10:13.Pute. Muitos egiptologistas creem que esta região seja a mesma que os egípcios chamavam de Punt, um território situado na África, às margens do Alar Vermelho. Os assiriologistas, contudo, geralmente identificam Pute com uma divisão da Líbia. |
Ez.27:11 | 11. Os gamaditas. Este nome ocorre apenas aqui. Os gamaditas deviam ser os habitantes de Kumidi, cidade fenícia mencionada nas Cartas de Amarna. Gamade seria um estado siro-fenício, ao norte.Penduravam os seus escudos. Ver Ct 4:4. |
Ez.27:12 | 12. Társis. Acredita-se que fosse a cidade que os gregos chamavam de Tartessos, uma colônia fenícia no sul da costa da Espanha.Mercadorias. Do heb. ‘izvonim, “artigos de comércio’’, “estabelecimentos comerciais". |
Ez.27:13 | 13. Javã. Ver com. de Gn 10:2.Tubal. Os tibarênios dos escritos clássicos ou os tabaleanos mencionados em documentos cuneiformes assírios (ver com. de Gn 10:2).Meseque. Os moschoi dos escritos clássicos, os mushku das inscrições assírias (ver com. de Gn 10:2). |
Ez.27:14 | 14. Togarma. Um nome para os armênios do norte, povo descendente de Jafé (ver com. de Gn 10:3); referiam-se a si mesmos como “a casa de Torgom”. Comercializavam cavalos e asnos e habitavam as rústicas regiões montanhosas no lado sul do Cáucaso. |
Ez.27:15 | 15. Filhos de Dedã. Uma tribo árabe do sul de Edom (ver com. de Gn 10:7; Ez 25:13). |
Ez.27:16 | 16. Síria, Vários manuscritos hebraicos, a versão de Áquila e a Siríaca trazem ''Edom" (ver com. de Ez 16:57). A Síria é mencionada, mais tarde, com o nome de “Damasco” (Ez 27:18).Esmeralda. Do heb. nofek, possivelmente, a turquesa (cf. NVI, BJ). É difícil identificar com certeza muitas das pedras preciosas mencionadas na Bíblia. Com o desenvolvimento da química, especialmente no ramo da cristalografia, tornou-se possível identificar algumas pedras preciosas antigas analisando-se exemplares encontrados cm descobertas arqueológicas. Os antigos classificavam várias pedras diferentes da mesma cor por um único nome, embora estas possuíssem composição química diversa.Pedras preciosas. Do heb. kadkod, possivelmente, o rubi ou o jaspe vermelho. |
Ez.27:17 | 17. Minite. Uma cidade amonita que, segundo se crê, ficava perto de H es bom (Jz 11:33).Confeitos. Uma palavra encontrada somente aqui. Se for um nome próprio, seu significado já se perdeu. Os Targuns e a LXX dizem “unguentos”; a Vulgata, “bálsamo". Uma palavra acádia semelhante, pannigu, descreve pratos feitos de farinha ou confeitos. |
Ez.27:18 | 18. Damasco. A antiga capital de um importante reino sírio.Vinho de Helbom. Este vinho é mencionado nas inscrições de Nabucodonosor. A moderna Halbún fica cerca de 20 km a noroeste de Damasco. Ainda são cultivadas uvas nessa zona. |
Ez.27:19 | 19. Dã. Parece não haver explicação satisfatória para a menção desta cidade pequena e sem importância. O nome não está na LXX nem na NTLH.Javã. Do heb. Ycnvan, que, provavelmente, devia ser Yayin, “vinho" (ver LXX; NTLH).De Uzal. No hebraico, a expressão é meuzzal (“o caminhante”, ABC). Esta expressão só pode ser traduzida como “de Uzal" pormeio de uma mudança na pontuação vocá- lica. Uzal é um lugar não identificado da Arábia (ver Gn 10:27).Cássia e cálamo. Ambos eram ingredientes do santo óleo usado para ungir os sacerdotes (Êx 30:23, 24). |
Ez.27:20 | 20. Baixeiros para cavalgaduras. Isto é, “mantos de sela” (NVI). |
Ez.27:21 | 21. Arábia. A palavra é usada aqui no sentido limitado como em outras partes da Bíblia (2Cr 9:14; Is 21:13; jr 25:24), isto é, referindo-se à área desértica do norte do país, que é ocupada por tribos nômades.Quedar. O nome de uma das tribos nômades descendentes de Ismael (Gn 25:13; cf. Is 60:7). |
Ez.27:22 | 22. Sabá. Os descendentes de Cuxe, o filho de Cam (ver Gn 10:7). Seu território ficava na parte sudoeste da Arábia e incluía o lêmem. Era a terra da rainha de Sabá, que visitou Salomão, e se destacava já naquela época pelas especiarias e pelo ouro (lRs 10:1, 2, 10; SI 72:10, 15; Is 60:6; Jr 6:20; ver com. de Gn 10:7).Raamá. Acredita-se que fosse uma tribo do sul da Arábia (ver com. de Gn 10:7). |
Ez.27:23 | 23. Harã. O profeta deixa a Arábia e passa a falar da Mesopotâmía. Harã, onde Abraão morou por um tempo (Gn 12:4), ficava na parte noroeste da Mesopotâmia, junto ao rio Balikh, na encruzilhada de duas grandes rotas de caravanas.Cane. Lugar de localização desconhecida, mas, provavelmente, próximo a Harã.Éden. Uma região junto ao Eufrates, no sul de Harã (ver 2Rs 19:12; Is 37:12).Sabá. Esta é a mesma Sabá mencionada anteriormente (v. 22). O nome deve estar fora de ordem aqui; e não está na LXX.Assíria. Ou, “Assur” (ARC, NVI). É o termo comum que designa a Assíria, maso fato de ser mencionado aqui junto com outras cidades levou alguns eruditos a identificá-lo com a moderna QaVât Sherqât, que fica na margem ocidental do Tigre, cerca de 80 km ao sul de Nínive.Quilmade. Um local desconhecido, provavelmente situado não muito longe da cidade de Assur. |
Ez.27:24 | 24. Toda sorte de mercadorias. Doheb. makhãim, literalmente, “coisas aperfeiçoadas”, o que talvez denote “lindas roupas” (NVI) ou “roupas de luxo” (NTLH).Fortes. Ou, “feitos de cedro” (ARC). |
Ez.27:25 | 25. Navios de Társis. Ver com. de lRs 10:22 acerca deste termo. Provavelmente designa navios que transportavam metais provenientes de Társis, cidade que ficava na Espanha. |
Ez.27:26 | 26. Os teus remeiros. A figura do navio é aqui retomada. A embarcação está em alto mar, açoitada pelo vento oriental, um vento traiçoeiro e perigoso (ver SI 48:7). O imponente navio é quebrado pela força do vendaval. |
Ez.27:27 | 27. Os teus marinheiros. São enumerados os vários tipos de homens do mar. juntos, todos os que contribuíam para o poder, a glória e a riqueza de Tiro pereceram em um grande desastre. Todos foram lançados no meio do mar quando o forte navio se quebrou. |
Ez.27:28 | 28. Praias. Ou, “os arrabaldes” (ARC). A palavra assim traduzida geraimente significa a área aberta que cerca uma cidade (ver com. de Js 14:4). Aqui, a referência é aos arredores das cidades. |
Ez.27:29 | 29. Todos os que pegam no remo. O mundo mercantil chora a perda do imponente navio com todos os atos costumeiros de luto, e compõe um hino fúnebre (v. 32-36).Capítulo 28I O juízo de Deus sobre o príncipe de Tiro por seu orgulho sacrílego. 11 Lamentação por sua glória corrompida pelo pecado. 20 O juízo contra Sidotn. 24 A restauração de Israel.o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te Fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados.todos os vizinhos que a tratam com desprezo; e saberão que Eu sou o Senhor Deus.na terra que dei a Meu servo, a Jacó. |
Ez.27:30 | Sem comentário para este versículo |
Ez.27:31 | Sem comentário para este versículo |
Ez.27:32 | Sem comentário para este versículo |
Ez.27:33 | Sem comentário para este versículo |
Ez.27:34 | Sem comentário para este versículo |
Ez.27:35 | Sem comentário para este versículo |
Ez.27:36 | Sem comentário para este versículo |
Ez.28:1 | 1. A palavra do Senhor. O cap. 28 consiste de três seções. A primeira (v. 1-10) é uma profecia contra o príncipe de Tiro, cuja queda é atribuída a seu intolerável orgulho e arrogância. A segunda seção (v. 11-19) é uma lamentação sobre o rei de Tiro, que, justificadamente, acaba se transformando numa digressão e passa a tratar do verdadeiro governante de Tiro, isto é, Satanás. Os princípios que governam esse desvio do assunto são tratados nos comentários feitos naquela seção. A terceira seção, que é a mais curta (v. 20-26), é uma profecia contra Sidom, a outra cidade principal da Fenícia. |
Ez.28:2 | 2. Príncipe. Do heb. nagid, "um chefe ”, "um líder ”. Segundo josefo, o rei tírio na época do cerco de Nabucodonosor era Etbaal (!Contra Apion, i.21). Contudo, o profeta, sem dúvida, está censurando a insolência e o orgulho desmesurado dos líderes de Tiro em geral.Sobre a cadeira de Deus. Provavelmente, uma referência à beleza natural e à » posição estratégica de Tiro. Alguns veem na frase uma referência ao templo de Baal Mel- carte situado em Tiro. |
Ez.28:3 | 3. Mais sábio que Daniel. Isto é uma ironia. Daniel se distinguiu na corte babilô- nica como homem sábio e revelador de mistérios (Dn 1:20; 2:48; 4:18; 5:11-14; etc.). O rei de Tiro é comparado a ele, provavelmente, por causa de sua satisfação própria e de seu senso de superioridade. Alguns acham que o Daniel aqui seja o herói de nome Danei mencionado nos tabletes de Ras Shamrah, do séc. 14 a.C. (ver com. de Ez 14:14); mas isso é improvável. |
Ez.28:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.28:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.28:6 | Sem comentário para este versículo |
Ez.28:7 | 7. Terríveis estrangeiros. Em outras passagens, Ezequiel descreve o exército babi- lônico com esta frase (30:10, 11; 31:12; 32:12). |
Ez.28:8 | 8. Morte. O termo no hebraico está no plural intensivo, o que significa uma morte violenta. |
Ez.28:9 | 9. Não passas de homem. Não háverbo no original acompanhando a palavra “homem”. O mais natural a ser acrescentado aqui seria o verbo ser (ver ARC, NVI). |
Ez.28:10 | 10. Incircuncisos. Segundo Heródoto (ii. 104), os fenícios praticavam a circuncisão. Como os judeus, eles considerariam os incircuncisos com desdém. |
Ez.28:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.28:12 | 12. Rei de Tiro. Os v. 11 a 19, embora apresentados como um hino fúnebre ao rei de Tiro, dificilmente podem ter sua aplicação limitada a esse príncipe. As figuras usadas vão além da referência local; e, mesmo considerá-las como uma “extrema ironia”, não resolve os problemas criados por urna aplicação inteiramente local da passagem.As seguintes declarações parecem particularmente difíceis de serem aplicadas a qualquer literal “rei de Tiro”: (1) “estavas no Eden, jardim de Deus”, v. 13; (2) “tu eras querubim da guarda ungido [...]; permanecias no monte santo de Deus”, v. 14; (3) ‘'perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti”, v. 15; (4) “pelo que te lançarei, profanado, tora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda”, v. 16. Ao considerar o caráter e as atividades do rei literal de Tiro em visão, Ezequiel viu mais longe, por revelação divina, e enxergou o ser invisível mais poderoso a quem o rei de Tiro servia.Da mesma forma, foi permitido que ísaías enxergasse além do rei literal de Babilônia (Is 14:4) e visse Satanás, cujo caráter e política eram reproduzidos por aquele rei (v. 12-16).Assim, parece mais simples considerar que a passagem se desvia um pouco da profecia sobre o príncipe de Tiro para apresentar a história daquele que era o verdadeiro rei de Tiro: o próprio Satanás. Assim compreendida, a passagem fornece a história da origem, posição inicial e queda do anjo que, mais tarde, tornou-se conhecido como diabo e Satanás. Se não fossem esta passagem e a de ísaías 14:12 a 14, não havería um relato razoavelmente completo da origem, condição originai e causas da queda do príncipe do mal. As referências do NT sobre esse ser (Lc 4:5, 6; 10:18; jo 8:44; IJo 3:8; 2Pe 2:4; Jd 6; Ap 12:7-9; etc.), embora plenamente consistentes com essas profecias antigas, não fornecem, por si próprias, a história completa.Foi o Espírito Santo quem planejou e unificou as Escrituras, e foi Ele que providenciou que fossem dadas informações suficientes sobre todos os assuntos essenciais, inclusive a história de Satanás. Além disso, foi Ele quem determinou quando, como e por meio de quem devia ser dada a revelação. A ocasião envolvida na passagem em questão era especialmente apropriada, uma vez que o príncipe de Firo havia imitado de maneira tão notável o exemplo de seu verdadeiro líder, o diabo. A luz do grande conflito, a nação de Tiro, juntamente com todas as nações pagãs, era controlada pelos princípios desse grande líder rebelde, e a influência dele na história dessas nações precisava ser devidamente exposta (para mais informação sobre a origem e o destino de Satanás, ver PP, 33-43; GC, 492-504).Tu és o sinete da perfeição. A ACF traduz a frase como: “Tu eras o selo da medida.” A palavra traduzida na ARA como “perfeição” ocorre somente aqui e em Ezequiel 43:10, em que é traduzida como “modelo”.O significado geral é claro. Lúcifer foi revestido de sabedoria, glória e beleza, acima de todos os outros anjos. |
Ez.28:13 | 13. Éden. O termo deve aqui ser considerado em seu sentido mais amplo, como o lugar da habitação de Deus (ver PP, 35). O contexto reproduzido é de quando Lúcifer ainda não havia caído. A criação da Ferra e a colocação de nossos primeiros pais no Eden ocorreram após a queda dele (ver PP, 36; HR, 20; SPl, 23; PE, 146).Todas as pedras preciosas. As pedras mencionadas aqui se encontram também na lista de pedras preciosas que se encontravam no peitoral do sumo sacerdote (Ex 28:17-20; 39:8-14); contudo, a ordem em que são mencionadas não é a mesma. Na LXX, as duas listas são idênticas. A enumeração dessas várias joias enfatiza a exaltada posição do anjo mais honrado no Céu.Engastes. Do heb. tuppim, singular tof geralmente um pequeno tambor (ver vol. 3, p. 15). Pode ser que tof se ref ira aqui à cavidade em que uma pedra preciosa é embutida, já que ocorre junto a uma lista de outras pedras.Ornamentos. Do heb. neqovim, palavra de significado incerto, definida por alguns como “minas”. Outros acham que a palavra se refira aos orifícios em que as pedras preciosas são inseridas. Se este último significado está correto, a passagem descreve o suntuoso engaste dessas pedras preciosas.Foste criado. Por se tratar de um ser criado, Lúcifer era distintamente inferior ao Pai e ao Filho, em quem havia vida original, não emprestada, não derivada. Contudo, foi com o Filho que Lúcifer reivindicou igualdade. Quando Deus disse ao Filho: “Façamos o homem à Nossa imagem”, Satanás teve ciúmes de Jesus (ver PE, 145). Desejava ser consultado na formação do homem. Ao aspirar, assim, ao poder que era prerrogativa apenas do Criador exercer, caiu de sua exaltada posição e se tornou o diabo. E incorreto dizer queDeus criou o diabo. Deus criou um belo anjo, santo e imaculado, mas esse anjo fez de si mesmo um diabo. |
Ez.28:14 | 14. Querubim da guarda ungido.A posição original de Satanás é ilustrada pelos querubins que cobriam o propiciató- rio no templo hebraico. Lúcifer, o querubim cobridor, estava à luz da presença divina. Era o mais elevado de todos os seres criados, e o primeiro em revelar ao universo os desígnios divinos (ver DTN, 758).Monte santo. O termo representa aqui a sede do governo de Deus, o próprio Céu, que é figurativamente representado como um monte (ver com. de SI 48:2).Brilho das pedras. A presença de Deus é muitas vezes retratada como estando rodeada de cores e de fogo (ver Ap 4:3). Quando o Senhor apareceu a Moisés, a Arão e aos anciãos, Seus pés foram mostrados sobre algo semelhante a um pavimento de pedra de safira (Ex 24:10). Esses vários detalhes são mencionados para enfatizar o contraste entre os privilégios originais de Lúcifer e a sorte que lhe coube subsequentemente. |
Ez.28:15 | 15. Até que se achou iniquidade. O pecado levou à expulsão de Satanás do Céu (ver PP, 33-43; GC, 492-504). |
Ez.28:16 | 16. Na multiplicação do teu comércio. A imagem é extraída do comércio de Tiro, mas a figura do rei de Tiro não se perde. A obra de Lúcifer em disseminar a rebelião no Céu é comparada ao comércio ganancioso e, muitas vezes, desonesto de Tiro.E te farei perecer. Este é sentido do texto hebraico. Segundo algumas traduções que seguem a LXX, é o querubim cobridor quem expulsa Lúcifer. A RSV, por exemplo, diz: “E o querubim guardião te lançou fora.” A mudança é desnecessária e injustificada, e obscurece o fato de que Satanás era o "querubim cobridor” (DTN, 758). Em Apocalipse 12:7 a 9, Miguel (Cristo; ver com. de Dn 10:13) é descrito como o líder das forças que expulsam o arquirrebelde do Céu. |
Ez.28:17 | 17. Elevou-se. Sobre a causa da queda de Lúcifer, ver com. do v. 15. |
Ez.28:18 | 18. Teus santuários. Muitos manuscritos hebraicos e algumas versões dizem "teu santuário”. A óbvia referência é ao próprio lugar santo do Céu, que foi contaminado pela entrada do pecado.E te reduzi a cinzas. A destruição de Satanás é ilustrada com a figura da eliminação de Tiro e de seu rei pelo fogo. Na verdade, a aniquilação do instigador do mal será pelo fogo que, no último dia, removerá todo vestígio de pecado e purificará a Terra para futura habitação dos justos (Ap 20:14, 15; 21:1). |
Ez.28:19 | 19. Espantados. Precisa-se considerar que isto é uma figura. Satanás vai sofrer por longo tempo no lago de fogo depois de todos os outros pecadores já terem morrido (ver PE, 294, 295). Os justos, dentro da cidade, irão testemunhar a ação do fogo renovador.Jamais subsistirás. Esta declaração proporciona a certeza de que o pecado, uma vez erradicado, nunca mais maculará o universo de Deus (ver Na 1:9). Ao permitir que a rebelião amadurecesse plenamente, Deus garantiu o futuro. Os habitantes do vasto universo de Deus terão desenvolvido uma imunidade contra o mal que os tornará seguros contra qualquer transgressão futura. Os resultados da apostasia contra o governo de Deus já serão plenamente conhecidos. Todos estarão convencidos da justiça, benevolência e sabedoria do caráter de Deus. Nunca o pecado perturbará a perfeita harmonia que vai permear a Terra recriada por Deus. |
Ez.28:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.28:21 | 21. Sidom. Ver com. de Ez 27:8. |
Ez.28:22 | 22. Serei glorificado. Deus seria vin- dicado como Aquele que tem sob Seu controle o destino das nações (ver Ed, 174-178; ver com. de Dn 4:17). |
Ez.28:23 | 23. Pela espada. Depois do cerco de Nabucodonosor e da vitória parcial sobre Tiro, Sidom se tornou a principal cidade- estado fenícia. Mais tarde, Cambises colocoua cidade sob domínio persa (c. 526 a.C.). Uma revolta em 351 a.C. levou à destruição da cidade. Mais tarde, Sidom se rendeu a Alexandre e, posteriormente, foi dominada por Roma. |
Ez.28:24 | 24. Espinho que a pique. Uma figura provavelmente tomada de Números 33:55, aplicada ali aos cananeus em geral. |
Ez.28:25 | 25. Eu Me santificar entre eles. De acordo com o plano de Deus, essas nações que foram fonte de provocação a seus vizinhos, particularmente para os judeus, ficariam sem poder, e o povo de Deus, levado de volta do cativeiro, desfrutaria seus antigosprivilégios. As nações adjacentes reconheceríam a supremacia de Yahweh. |
Ez.28:26 | 26. Edificarão casas. Ver Is 65:9, 10; Jr 30:18; 32:41. Isto ilustra a condição ideal que Deus planejou para o Israel restaurado. Se tivesse cumprido os planos divinos, o povo de Deus teria habitado em segurança nas casas que eles próprios construiríam e teria comido livremente das vinhas que eles próprios plantariam, sem medo de jamais ser destruído de novo. Contudo, nem mesmo a severa disciplina do cativeiro conseguiu efetuar a regeneração espiritual necessária para garantir o cumprimento da promessa divina.Capítulo 29tuas escamas; tirar-te-ei do meio dos teus rios, juntamente com todos os peixes dos teus rios que se apeguem às tuas escamas.os diminuirei, para que não dominem sobre as nações. |
Ez.29:1 | 1. No décimo ano. Do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2). A data do mês aqui dada corresponde a janeiro de 587 a.C. (ver p. 624). Talvez a profecia tenha sido dada pouco depois de os babilônios levantarem temporariamente o cerco a Jerusalém por causa da aproximação dos egípcios enviados por Hofra (Jr 37:5, 11). jeremias havia profetizado o fracasso dessa tentativa (37:6-10). A notícia desses acontecimentos pode ter produzido nos exilados nova esperança de que Jerusalém seria livrada, e talvez a profecia de Ezequiel contra o Egito tenha sido dada por causa dessas circunstâncias. |
Ez.29:2 | Sem comentário para este versículo |
Ez.29:3 | 3. Faraó. Sobre este título, ver com. de Gn 12:15. O faraó que estava no tronoera Hofra, o Ápries dos gregos, o qual reinou de 589 a 570 a.C. (vol. 2, p. 75, 76).Crocodilo. Do heb. tannim, “chacais”. Contudo, vários manuscritos hebraicos dizem tannin, "um dragão”. Esta palavra sugere o crocodilo, animal característico do Egito.O meu rio. De acordo com Heródoto (ii. 170), Ápries se gabava de estar tão bem estabelecido que nem mesmo um deus poderia tirá-lo do poder. Os monumentos do Egito dão testemunho do orgulho dos faraós. |
Ez.29:4 | 4. Anzóis em teus queixos. Heródoto (ii.70) descreve como os egípcios apanhavam os crocodilos do Nilo com anzóis e iscas. Deus quebra ria o orgulho desse jactancioso monarca.Os peixes dos teus rios. Provavelmente, representavam os exércitos egípcios ou os aliados do Egito. O faraó não perecería sozinho; envolvería outros na mesma ruína. |
Ez.29:5 | 5. Campo aberto. Lançados em campo aberto, eles seriam devorados pelas aves de rapina e por animais predadores. O Egito seria destinado à pilhagem. |
Ez.29:6 | 6. Um bordão de cana. A figura é local. Canas ou juncos crescem abundantemente nas margens do Nilo (ver I \ 2:3). Havia tempo que Deus advertia contra o confiar na ajuda do Egito (Is 30:6, 7; 31:3; Jr 2:36; cf. 2Rs 18:21; Is 36:6). A aliança de Zedequias com o Egito estava fadada ao fracasso (Jr 37:5-7). |
Ez.29:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.29:8 | 8. Trarei sobre ti a espada. Israel havia sofrido por confiar no Egito contra a ordem direta de Deus. O Egito também sofreria por sua malícia. |
Ez.29:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.29:10 | 10. Migdol. O heb. Migdhol é nome próprio e descarta a tradução ‘'torre’' (ACF). Vários locais no leste do Delta do Nilo parecem ter tido este nome. Se esta Migdol é a mesma mencionada por Jeremias, provavelmente, a referência é à moderna Tell el-Heir, ao sul de Pelúsio (ver Jr 44:1; 46:14).Sevene. Uma cidade na fronteira do sul do Egito, representada pela moderna Aswân (ou Assuã), que está situada próxima as ruínas da antiga. As duas cidades, Migdol e Sevene, representam as extremidades norte e sul da terra. |
Ez.29:11 | 11. Quarenta anos. O estado de desola- Çcão descrito nos v. 9 a 12 deve ser entendido comparativamente. A linguagem é de um profeta poético que usa a figura da hipérbole. A história não registra um despovoamento completo, e não se conhece um período de 40 anos como o descrito aqui. |
Ez.29:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.29:13 | 13. Ajuntarei os egípcios. Diferentemente de Tiro, de outras cidades-estados cananeias e, posteriormente, de Babilônia, o Egito devia ter uma restauração. E difícil determinar o evento histórico aqui predito. |
Ez.29:14 | 14. Patros. Uma transliteração da forma hebraica do egípcio Pa-ta-resy e do acadiano Paturisi, a região do alto Egito. |
Ez.29:15 | 15. O mais humilde. Isto se cumpriu historicamente. O Egito foi dominado por nações estrangeiras pouco mais de meio século depois dessa época, e embora tenha sobrevivido a todos os dominadores estrangeiros, nunca mais voltou a ter a grandeza e o prestígio antigos. |
Ez.29:16 | 16. A confiança. O povo de Deus havia pecado repetidamente ao olhar para |
Ez.29:17 | 17. No vigésimo sétimo ano. Do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2); a data do mês se dá em abril de 571 ou 570 a.C. (ver p. 624). Esta é a data mais tardia em Ezequiel. A mensagem dos v. 17 a 21 foi colocada acjui a fim de que todas as profecias sobre o Egito fossem agrupadas. |
Ez.29:18 | 18. Não houve paga. O cerco de Tiro, que durou 13 anos, terminou em 573 a.C. Nabucodonosor não conseguiu conquistar a cidade que ficava na ilha (ver com. de Ez 26:7). O cerco de Tiro é representado como ura serviço prestado a Deus, pelo qual Nabucodonosor não havia sido devidamente recompensado. |
Ez.29:19 | 19. Nabucodonosor. Tabletes cuneifor- mes de Nabucodonosor falam de uma campanha contra o Egito no 37° ano desse rei (ver J. B. Pritchard, editor, Ancient Near Eastern Texts, p. 308). O tablete está quebrado e, por isso, não se tem o relato completo da campanha. Crê-se que este seja o evento ao qual Ezequiel se refere (para uma discussão dos aspectos históricos do problema, ver com. de Jr 46:13; ver também vol. 3, p. 31). |
Ez.29:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.29:21 | 21. O poder. No hebraico, “chifre”, um símbolo de poder (ver Dt 33:17; SI 92:10). Quando Israel aprendesse a colocar a confiança unicamente em Deus, e não em um poder terreno como o Egito, esse chifre que fora cortado começaria a despontar novamente.E te darei que fales livremente. Pro- imposto a Ezequiel (mencionado em Ez 24:27), vavelmente, não uma referência ao silêncio mas à obra do profeta como ensinador do povo.Capítulo 30terra; desembainharão a espada contra o Egito e encherão de traspassados a terra.tratado com remédios, nem lhe porão ligaduras, para tornar-se forte e pegar da espada.os braços de Faraó, que, diante dele, gemerá como geme o traspassado. |
Ez.30:1 | 1. A palavra do Senhor. O cap. 30 consiste de duas profecias distintas contra o Egito: (1) os v. 1 a 9, que não são datados, e que, provavelmente pertençam à profecia anterior (Ez 29:17-21); e (2) os v. 20 a 26, com data definida, e narrados cerca de três meses depois da profecia de Ezequiel 29:1 a 16, caso Ezequiel tenha começado o ano na primavera, ou cerca de um ano e três meses depois, caso sua contagem seja a partir do outono. |
Ez.30:2 | 2. Ah! Aquele dia! Ou, "Ai! Aquele dia!’’ (NVI). |
Ez.30:3 | 3. O Dia do Senhor. Ver com. de Is 2:12.O tempo dos gentios. Ou, "o tempo dasnações". Deus mantém um registro de contas com as nações. Ele determina quando se enche a medida da iniquidade delas (ver T5, 208, 524; 17, 141; T9, 13; ver com. de Dn 4:17). |
Ez.30:4 | 4. O seu povo. Do heb. h.atnon, que também significa “riqueza" (ver NVI) ou "abundância”, que seria o significado preferencial aqui. |
Ez.30:5 | 5. Etiópia. Do heb. Kush. Os cuxitas habitavam Núbia, que incluía parte do atual Sudão (ver com. de Gn 10:6).Pute. Ver com, de Ez 27:10.Linde. Ver com. de Gn 10:13; Jr 46:9; cf. Ez 27:10.Toda a Arábia. "\l isto de gente” (Jr 25:20) traduz a mesma expressão hebraica. Provavelmente a referência seja aos mercenáriosestrangeiros que serviam no exército egípcio, ou aos estrangeiros em geral. A tradução "Arábia” se baseia numa mudança de vocalização.Cube. Este nome é desconhecido geograficamente. já foram feitas várias conjecturas quanto a sua identidade e propostas várias mudanças no texto para torná-lo um país conhecido. A LXX diz "persas e creten- ses”, em lugar de ''Etiópia’’, e omite Cube. Provavelmente o termo descreva um dos aliados do Egito.Outros aliados do Egito. Literal mente, "filhos da terra da aliança”. A LXX diz: “aqueles dos filhos cia Minha aliança”. Se o texto da LXX está correto, a referência é, possivelmente, aos judeus que haviam buscado refúgio no Egito após o assassinato de Gedalias (Jr 42—44). Jeremias lhes havia dito que a espada e a fome das quais estavam tentando escapar os alcançaria lá (Jr 42:16-18). |
Ez.30:6 | 6. Os que sustêm o Egito. Os aliados do Egito. Alguns acham que a referência aqui seja aos “fundamentos” mencionados no v. 4.Desde Migdoi até Sevene. Ver com. de Ez 29:10. |
Ez.30:7 | 7. Desolados. Ver Ez 29:12. |
Ez.30:8 | 8. Saberão que Eu sou o Senhor. Esta frase é um refrão constante no livro de Ezequiel. E uma declaração do grande objetivo de Deus, ou seja, levar a toda a humanidade um conhecimento de Si mesmo que produza salvação. Ele emprega vários meios para declarar Seus conselhos à raça humana.Fala por intermédio da voz da consciência, por meio de profetas inspirados e através de providências e juízos divinos. Seu objetivo supremo é que o conhecimento de Seu nome permeie toda a Terra como as águas cobrem o mar (Hc 2:14). A mensagem inspirada contra o Egito pode ser considerada como a tentativa de Deus de revelar Sua solicitude pela vasta multidão de pessoas que habitava aquele país (ver com. de Ez 6:7). |
Ez.30:9 | 9. Mensageiros. Pode se referir aos egípcios que fugiram e, ao chegarem à Etiópia, alarmaram a população dali com a notícia da queda do Egito, ou a um enviado especial para advertir os etíopes.Descuidada. Do heb. betach, alguém que está seguro, que não suspeita de nada. |
Ez.30:10 | 10. A pompa do Egito. Ou, “a riqueza do Egito” (ver com. do v. 4, que usa a mesma palavra).Por intermédio de Nabucodonosor.Ver com. de Ez 29:19. |
Ez.30:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.30:12 | 12. Rios. Do heb. yèorim, que vem do egípcio posterior (fase da língua egípcia que vai da 18a à 24a dinastia) irw, "o Nilo”. Yeorim é urna forma plural e pode ser usada para descrever o Nilo com seus afluentes e sua rede de canais. |
Ez.30:13 | 13. Mênfis. Do heb. Nof, uma contração do egípcio Mnnfr, que corresponde à moderna Mênfis (ver com. de Jr 2:16).Príncipe na terra. Literalmente, ‘‘um príncipe proveniente da terra”. O termo heb. ‘otl, aqui traduzido como "já não”, denota não necessariamente perpetuidacle absoluta (ver com. de Ez 26:14). A expressão podería significar que por um longo tempo não havería príncipe na terra do Egito, ou então, aplicando-se um significado relativo à passagem, que não mais haveria um príncipe nativo que possuísse o poder dos antigos reis. |
Ez.30:14 | 14. Patros. Ver com. de Ez 29:14.Zoa. Identificada com a moderna aldeiade Tsân el-Hagar, no braço Tanítico do Nilo (ver com. de Is 30:4). Muitos templos emonumentos foram escavados ali, e desco-briram-se diversas tumbas da 22a dinastia.Nô. Outro nome para Tebas, cidade na margem oriental do Nilo, cerca de 500 km ao sul de Cairo (ver com. de Jr 46:25). |
Ez.30:15 | 15. Sim. Do heb. Sm. Não se conhece nenhuma cidade egípcia com este nome, mas pode ser que se trate de Pelúsio, ou de alguma cidade que, provavelmente, ficasse ali perto. Pelúsio era uma cidade de fronteira, solidamente fortificada, e corretamente considerada como a chave para o Egito; portanto, é chamada no texto de sua "fortaleza”. Muitas batalhas importantes foram travadas ali. Pelúsio também ficava perto do mar, e crê-se que seja Tell ei-Fara, situada a cerca de 20 km do canal de Suez. |
Ez.30:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.30:17 | 17. Aven. Corresponde à Om, de Gênesis 41:45 e 50 (de onde saiu a esposa de José), à Bete-Semes (casa do sol), de Jeremias 43:13, e à LIeliópolis (cidade do sol) dos gregos, assim chamada porque desde os mais remotos tempos havia sido a principal sede do culto egípcio ao Sol.Pi-Besete. Uma cidade situada no Delta do Nilo, cerca de 80 km a nordeste de Mênfis, no sítio que hoje é denominado Tell Basta. Era o centro do culto a Bastet, deusa de cabeça de gato, adorada com orgias (ver Heródoto, íi.66). Foi encontrado um cemitério para gatos neste antigo sítio, do qual hoje existem apenas ruínas. A cidade é mais comumente conhecida pelo nome de Bubastis. |
Ez.30:18 | 18. Tafnes. Uma cidade cerca de 40 km a sudoeste de Pelúsio (ver com. de Jr 2:16; Ez 30:15). Esta é a cidade para a qual os judeus fugiram depois do assassinato de Gedalias. Como sinal da destruição dos judeus remanescentes no Egito, foi ordenado a Jeremias que escondesse pedras na entrada da casa do faraó, em Tafnes, a fim de marcar o local onde Nabucodonosor estendería seu baldaquino real (Jr 43:9-11). Escavações no sítio, feitas por W. M. Flinders Petrie, emEscurecerá. Um símbolo profético comum que descreve urna calamidade futura (ver Is 13:10; jl 2:10, 31; 3:15; Am 8:9). |
Ez.30:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.30:20 | 20. No undécimo ano, Do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2). A data domês se dá em abril de 587 ou 586 a.C. (ver p. 624; cf. Ez 29:1; ver p. 369). |
Ez.30:21 | 21. Faraó, rei do Egito. Hofra, ou Ápries (589-570 a.C.), um homem de grandes empreendimentos e de gênio militar (ver vol. 2, p. 75, 76). |
Ez.30:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.30:23 | 23. Espalharei os egípcios. Com respeito ao cumprimento histórico dos v. 23 e 24, ver com. de Ezequíel 29:19. |
Ez.30:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.30:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.30:26 | 26. Saberão que Eu sou o Senhor.Ver com. do v. 8.Capítulo 31terra; todos os povos da terra se retiraram da sua sombra e o deixaram.dele, e todas as árvores do campo desfaleceram por causa dele. |
Ez.31:1 | 1. Undécimo ano. Do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2); a data do mês se dá em junho de 587 ou 586 a.C. (ver p. 624). Esta profecia foi dada cerca de dois meses após a anterior (Ez 30:20). Com alegoria profética e provocante paralelismo poético, o profeta descreve a queda da grande nação do Egito. |
Ez.31:2 | 2. Faraó. Hofra, ou Ápries, que foi notório por seu orgulho (ver com. de Ez 29:3). |
Ez.31:3 | 3. Assíria. Do heb. 'Askur. A mudança de uma consoante hebraica e cia pontuação vocálica para 'ashiveka daria em resultado a tradução: "Eu te assemelharei.’’ Portanto, a frase ficaria assim: “Eis que Eu te assemelharei a um cedro do Líbano’’ (ver NTLH e BJ). Contudo, não se pode ter certeza de que essas mudanças são justificáveis. É possível compreender a alegoria mesmo sendo conservada a referência à Assíria. A história e a queda da Assíria seriam então apresentadas como um exemplo da história e da derrocada do Egito. Com a mudança no texto, a aplicação seria direta ao Egito.Um cedro. Para figuras semelhantes, ver Is 10:34; 37:24; Ez 17:3; Dn 4:20-22; Zc 11:1, 2. |
Ez.31:4 | 4. As águas o fizeram crescer. A LXX diz: “Às águas o nutriram.” A referência é ao Nilo ou ao Tigre, dependendo da interpretação adotada (ver com. do v. 3). |
Ez.31:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.31:6 | 6. As aves do céu. Ver Ez 17:23; Dn 4:21. |
Ez.31:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.31:8 | 8. Jardim de Deus. A LXX diz: “o paraíso de Deus”. A figura parece extraída do jardim do Éden (ver Gn 2:8; Ez 31:9). Por meio de uma hipérbole poética, o profeta descreve a suposta grandeza do Egito. Talvez o "jardim de Deus” represente Israel como o povo escolhido. |
Ez.31:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.31:10 | 10. Como [..,] se elevou. Ver com. de Ez, 29:3. |
Ez.31:11 | 11. Da mais poderosa das nações.Ou, "do dominador das nações” (BJ), isto é, Nabucodonosor (ver com. de Ez 29:19). |
Ez.31:12 | 12. E o deixaram. Ver Ez 29:5. |
Ez.31:13 | 13. Na sua ruína. Ver Ez 29:5. |
Ez.31:14 | 14. Não se exaltem. Esta é a lição a ser extraída da parábola. Oue as outras árvores não confiem na própria lorça nem se envaideçam com a prosperidade. |
Ez.31:15 | 15. Além. Do heb. sheol, hades na LXX, a morada figurativa dos mortos, representada como uma caverna subterrânea (ver com. de Pv 15:11). |
Ez.31:16 | 16. Além. Do heb. sheol (ver com. do v. 15). |
Ez.31:17 | 17. Traspassados à espada. Aqui a realidade irrompe através da figura.Seu braço. Seus auxiliares, aqueles que o ajudavam em suas conquistas. |
Ez.31:18 | 18. Este é Faraó. Esta é a aplicação da alegoria.Capítulo 32com os que desceram à cova; no meio dos traspassados, foram postos. |
Ez.32:1 | 1. Ano duodécimo. Do cativeiro cie Joaquim (ver com. de Ez 1:2), isto é, 585 a.C. A data seria a primavera de 585, tanto pelo computo do ano a partir da primavera quanto a partir do outono (ver p. 624). Nessa época, Jerusalém já havia sido destruída, pois sua queda ocorrera em julho do ano anterior.Este capítulo encerra uma série de profecias contra o Egito. Nos v, 1 a 16 continua a denúncia contra o Egito por meio da figura de um dragão. Os v. 17 a 32 são um canto de lamentação pela descida do Egito ao sheol. |
Ez.32:2 | 2. Foste comparado a um filho de leão. Ou, “tu te comparaste a um filho de leão. Como o leão é o rei dos animais, assim o faraó acreditava ser um grande líder mundial. Crocodilo. Do heb. tanniin, mas segundo vários manuscritos tannin, “dragão”, que pode ser uma referência ao crocodilo (ver com. de Ez 29:3). |
Ez.32:3 | 3. Estenderei sobre ti a Minha rede. Ver Ez 29:4. |
Ez.32:4 | 4. Todas as aves. Ver Ez 29:5. |
Ez.32:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:6 | 6. Com o teu sangue que se derrama. Uma vivida figura que representa extensiva matança. |
Ez.32:7 | 7. Cobrirei os céus. Um símbolo de destruição e luto. |
Ez.32:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:10 | 10. Tremam. O relato da trágica sorte do Egito iria paralisar de medo os povos de outras terras, os quais temeriam que a espada que derrotou o Egito fosse brandida contra eles. |
Ez.32:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:12 | 12. Os mais terríveis dos povos.Ver Ez 30:11. Uma descrição apropriada do açoite babilônico que varreu nação após nação. |
Ez.32:13 | 13. Todos os seus animais, isto é, ogado ao longo do Nilo. Talvez esses animais representem, por figura poética, a inquieta atividade da vida egípcia. |
Ez.32:14 | 14. Farei assentar as suas águas. O que significa, aqui, permitir que os sedimentos se assentem para que as águas se tornem claras. A LXX diz: “assim estarão em repouso suas águas”. O gado não mais agitaria a água com seus pés (ver v. 13). Em outras palavras, cessaria a movimentada cena da vida e da atividade egípcia.Como o azeite. Isto é, suavemente; sem ser perturbado por homens e animais. |
Ez.32:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:16 | 16. Filhas das nações. No antigo Oriente Médio, as mulheres eram contratadas para realizar atos formais de luto (ver 2Sm 1:24; 2Cr 35:25; jr 9:27; sobre este costume tipicamente oriental, ver com. de Jr 9:17; Mc 5:38). |
Ez.32:17 | 17. Aos quinze dias. O mês não é mencionado no hebraico, mas se esta seção vemapós os v. 1 a 16, dificilmente seria outro mês além do 12°, o mesmo mencionado no v. 1. Neste caso, esta mensagem teria chegado apenas duas semanas após a anterior. A LXX diz: “no duodécimo ano, no primeiro mês, aos quinze dias do mês”. Isto colocaria a mensagem antes da precedente. Se ela foi proferida antes, provavelmente tenha sido colocada aqui por causa da semelhança de conteúdo. |
Ez.32:18 | 18. Profundezas da terra. Isto é, o sheol (ver com. do v. 21), que era concebido como uma região nas profundezas da terra (ver com. de Ez 31:15; para mais informação sobre o sheol como o reino figurativo dos mortos, ver com. de Pv 15:11). |
Ez.32:19 | 19. Os incircuncisos. A circuncisão era praticada no Egito mesmo antes de os hebreus irem para lá. Deitar-se com os incircuncisos seria considerado o ápice da indignidade. |
Ez.32:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:21 | 21. Juntamente [...] lhe gritarão. Asvárias nações são representadas como se estivessem deitadas juntas no sheol, e como se estivessem, figurativamente, mantendo uma conversa. Isaías também faz uso desta figura de linguagem (ver com. sobre “o rei de Babilônia” em Is 14:4, 15-19).Com os que o socorrem. O pronome masculino hebraico é usado quando a referência é ao rei; o feminino designa o reino (como é o caso aqui).Além. Do heb. sheol (ver com. de Ez, 31:15). |
Ez.32:22 | 22. A Assíria. Uma nação antiga (ver com. de Gn 10:11). A queda de Nínive, em 612 a.C., ainda estava vivida na memória do povo. |
Ez.32:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:24 | 24. Elão. Nação que ocupava regiões montanhosas a. leste de Babilônia. Ela perdeu a independência para os assírios e foi, mais tarde, dominada pelos babilônios (ver com. de Jr 49:34). |
Ez.32:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.32:26 | 26. Meseque. Os Moschoi dos escritos clássicos e os Mushku das inscrições assírias (ver com. de Gn 10:2).Tubal. Os tibarênios de Heródoto e os tabaleanos das inscrições assírias (ver com. de Gn 10:2). |
Ez.32:27 | 27. Não se acharam. A LXX e a Siríaca omitem a negativa, o que parece dar à passagem mais sentido. A LXX traduz o texto assim: “E eles jazem com os gigantes de outrora que caíram.” |
Ez.32:28 | 28. Serás quebrado. Ver v. 19. Ezequiel volta a se dirigir ao faraó, para lembrá-lo de que ele deve se preparar para a mesma sorte que sobreviera a outras nações. |
Ez.32:29 | 29. Edom. Ver com. de Ez 25:12. |
Ez.32:30 | 30. Príncipes do Norte. Talvez a referência seja a chefes sírios.Sidônios. Nome usado para os fenícios em geral. Há razoável conhecimento sobre as origens étnicas dos fenícios e dos sidônios (ver com. de Gn 10:15, 18; ver também vol. 2, p. 52-55). |
Ez.32:31 | 31. E se consolará. O vão consolo do faraó seria ver outras nações grandes e ricas prostradas no pó, da mesma forma que ele (sobre a humilhação anterior do orgulho do Egito, ver com. de Ex 14:23-31; 15:1-27). |
Ez.32:32 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:1 | 1. A palavra do Senhor. A profecia (v. 1-20) não é datada; mas, pelas circunstâncias relatadas nos v. 21 e 22, parece razoável supor que foi dada na noiteanterior à chegada do mensageiro que levou a notícia da queda de Jerusalém. |
Ez.33:2 | 2. Filhos do teu povo. Inicia-se uma nova fase do ministério de Ezequiel, e seu encargo profético é renovado. E o constituir por seu atalaia. Ver Ez 3:17; sobre a função do atalaia, ver 2Sm 18:24, 25; 2Rs 9:17; EIc 2:1; sobre Ez 33:2-9, ver com. de Ez 3:17-19. |
Ez.33:3 | 3. Tocar a trombeta. Ver Os 5:8; Ara 3:6. |
Ez.33:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:6 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:10 | 10. Como, pois, viveremos? O estado de espírito dos ouvintes de Ezequiel havia mudado. Antes, o profeta encontrara descrença e escárnio (Ez 12:22). O povo tentou desculpar sua transgressão afirmando que estava sendo punido, não por seus próprios pecados, mas pelos de seus pais (18:12). Diante do fato da destruição de Jerusalém, eles já não podiam contradizer as palavras do profeta. Em desespero, o que estavam dizendo, na verdade, era: "Se tudo isso é punição por nossos pecados, que esperança há para nós?” |
Ez.33:11 | 11. Não tenho prazer. Ezequiel anima seus concidadãos com a certeza de que Deus não tem prazer na morte deles. O que Ele deseja é que se arrependam e vivam (2Pe 3:9). Seu plano é que o castigo do cativeiro seja salutar e produza arrependimento. Ele adverte que nenhum ato anterior de justiça cobriría a transgressão presente (v. 12). Ao mesmo tempo, nenhuma iniquidade cometida no passado exc lu i ria o pecador da graça presente. |
Ez.33:12 | 12. A justiça do justo. Os v. 12 a 20 resumem brevemente o ensino do cap. 18 sobre o assunto da responsabilidade individual (ver com. aí6. |
Ez.33:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:21 | 21. No ano duodécimo. Isto é, do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2). Não há certeza de qual sistema de computo foi seguido por Ezequiel. Muitos estudiosos acreditam que ele tenha usado o computo de primavera a primavera, como era corrente em Babilônia, embora seja possível que eletenha seguido o de outono a outono. Também há incerteza quanto a se os anos do cativeiro de Joaquim devem ser contados pelo computo inclusivo (ver vol. 2, p. 121, 122), ou pelo não inclusivo.Se os anos de cativeiro forem computados pelo sistema não inclusivo, de primavera a primavera ou de outono a outono, o quinto dia do décimo mês pode ser datado de janeiro de 585 a.C., cerca de seis meses após a queda da cidade, que ocorreu em julho de 586. Mas se os anos forem contados pelo sistema inclusivo, a chegada da má notícia precisa ser datada de janeiro de 586 a.C., o que é demasiado cedo no caso de Jerusalém ter caído em julho de 586 (sobre 586 como o ano da queda da cidade, ver vol. 2, p. 145-147; quanto a 587, que é defendido por alguns, ver vol. 3, p. 81, 82). |
Ez.33:22 | 22. Abrira-se-me a boca. Ver com. de Ez 24:27. |
Ez.33:23 | 23. Então, veio a mim. Os v. 23 a 29 constituem urna nova seção da profecia que talvez tenha sido pronunciada imediatamente após a chegada do fugitivo, embora possa ter transcorrido um intervalo. Não são fornecidas as datas para as profecias que começam aqui e se estendem até o final do cap. 39. Os cap. 40 a 48 são datados de 12 anos após a queda de Jerusalém. E provável que as profecias pertencentes a esta série tenham sido apresentadas de tempos em tempos durante esse período de 12 anos (ver p. 624). |
Ez.33:24 | 24. Os moradores destes lugares desertos. Os pobres dentre o povo loram deixados na terra como vinheiros e lavradores, e a eles se uniram judeus que fugiram de países vizinhos (ver 2Rs 25:12, 22; Jr 52:16). Esta mensagem tem o objetivo de combater um ditado que era corrente entre esse grupo.Abraão era um só. Estas palavras expressam as arrogantes declarações dos que haviam sido deixados na terra pelos babilônios. O que eles declaravam era que, se Abraão, sendo um só, recebeu a posse daterra, eles, sendo muitos, certamente poderíam reivindicá-la e tomar posse das propriedades dos que foram exilados. Em resposta, o profeta afirma que o fato de alguém ser descendente de Abraão não representava nenhuma vantagem, porque Deus estava interessado em qualificações de caráter, e o fato de eles serem muitos não tinha qualquer relevância para a questão.Muitos confiam em sua ligação com uma organização religiosa, em vez de buscar a santidade de coração, que é unicamente o que capacita a permanecer em pé no último dia. Depositam confiança em números e popularidade. Em última análise, a verdadeira religião é um assunto pessoal, e cada um precisa buscar a própria salvação com temor e tremor. A ligação com a igreja organizada é o resultado natural e esperado de uma genuína experiência pessoal, mas isso, em si mesmo, não constitui o fundamento da esperança de ninguém. |
Ez.33:25 | 25. Comeis a carne com sangue. Ver Gn 9:4; cf. Lv 3:17; 7:26; 17:10-14; Dt 12:16. As pessoas deixadas na terra não mostravam qualquer disposição para se afastar dos pecados de seus pais. O povo vivia em aberta rebelião contra as ordens expressas de Deus (ver Jr 42-43). |
Ez.33:26 | 26. Vós vos estribais sobre a vossa espada. Eles se apoiavam em seus atos de violência. Assassinatos eram comuns (verJr 49). |
Ez.33:27 | 27. Em lugares desertos. São enumeradas aqui três pragas: a espada (dos babilônios ou de marginais saqueadores), as feras e a peste (ver enumerações semelhantes em Ez 5:12; 14:12-21; cf. Lv 26:22, 25). |
Ez.33:28 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:29 | 29. Eu sou o Senhor. Ver com. de Ez 6:7; 30:8. |
Ez.33:30 | 30. Os filhos. Os v. 30 a 33 se aplicam aos que estavam no exílio. Seu número havia aumentado com a chegada de novos cativos. O profeta é advertido a não se deixar enganar pela deferência exterior do povo.De ti. Ou, “sobre ti”. As pessoas não estavam se opondo a Ezequiel; estavam gostando de sua oratória. O profeta, provavelmente, nunca tivera tantos ouvintes, e que fossem aparentemente, tão promissores. Ele é advertido quanto ao fato de essas pessoas serem meros ouvintes da palavra, e não praticantes (ver Mt 7:21-27; Tg 1:22-25). |
Ez.33:31 | Sem comentário para este versículo |
Ez.33:32 | 32. Canções de amor. Literalmente, “canção de amores” ou “canção de enamorados”. Eles se reuniam como se fossem ouvir um concertista.Capítulo 34J Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:buscarei as Minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares para onde foram espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.as feras da terra nunca mais as comerão; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que as espante. |
Ez.33:33 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:1 | 1. A palavra do Senhor. Unia nova profecia na qual os pastores infiéis são censurados. Deus promete retirar desses pastores o Seu rebanho e colocar “Davi” em lugar deles como pastor (v. 23). A terra será restaurada à plena produtividade. A mensagem do capítulo é semelhante à de Jeremias 23; 1 a 8. |
Ez.34:2 | 2. Pastores. Do heb. roim, que vem da raiz rdah, "pastorear”, “alimentar”. O termo é usado metaforicamente para designar os governantes ou líderes (ver lRs 22:17; Jr 2:8).Apascentam a sí mesmos. O pastor deve fazer aquilo que seu nome subentende. E provável que a acusação seja dirigida especificamente aos reis que governaram no último período de Judá. |
Ez.34:3 | 3. Gordura. Do heb. heleb. Uma pontuação vocálica ligeiramente diferente daria a palavra lialab, "leite”. Este é o termo que se encontra na tradução da LXX e da Vulgata (ver NV1 e Bj). Qualquer dos dois significados se encaixa no contexto. Os governantes cobravam impostos exorbitantes. |
Ez.34:4 | 4. A perdida. Ver Jr 50:6; cf. Mt 18:11- 14; Lc 15. Isto pode se comparar com a parábola da ovelha perdida (ver com. de Lc 15:3-7).Com rigor e dureza. Ver Ex 1:13, 14; Lv 25:43. |
Ez.34:5 | 5. Por não haver pastor. Os governantes são censurados pelo desastre que sobreviera a Israel. Seu mau exemplo havia feito com que o povo se afastasse do caminho da justiça. Isso não significa, é claro, que o povo estivesse livre de pecado. Ninguém pode ser forçado a transgredir; o consentimento da pessoa precisa ser obtido primeiramente. E por sua própria escolha que ela segue o mau exemplo de outros. |
Ez.34:6 | 6. As Minhas ovelhas. O pronome indica que Deus reivindicava o povo como pertencente a Ele. |
Ez.34:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:8 | 8. Os Meus pastores. Foram nomeados para pastorear o rebanho de Deus e, portanto, eram responsáveis diante dEle. |
Ez.34:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:10 | 10. Contra os pastores. O primeiro ato de juízo foi a remoção dos pastores egoístas. |
Ez.34:11 | 11. Assim diz o Senhor. As ricas promessas dos v. 12 a 31 descrevem as condições que poderíam ter prevalecido se Israel tivesse cumprido as condições de sua parte. As profecias foram parcialmente cumpridas na época do retorno do exílio. Alas, uma vez que os judeus deixaram de buscar uma verdadeira experiência espiritual, tanto durante o exílio como subsequentemente, o cumprimento da profecia foi restrito. Posteriormente, quando rejeitou o Messias,a nação perdeu para sempre o direito de reivindicar as bênçãos prometidas. Estas promessas {oram então transferidas para o novo Israel e devem se cumprir, em princípio, com esse povo. Os novos adeptos seriam espalhados por todas as terras. Sua capital não mais seria a Jerusalém terrestre; em vez disso, deviam aguardar a celestial. Em sua aplicação espiritual, esses versículos se cumprirão no novo céu e na nova Terra, mas teriam encontrado cumprimento literal depois que os judeus voltassem do exílio babilônico, caso tivessem cumprido as condições que Deus estabeleceu (ver p. 16-19). |
Ez.34:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:14 | 14. Pastos bons. Se tivessem sido alcançadas as condições de arrependimento e reaviva mento espiritual, o Senhor teria restaurado a Palestina à sua produtividade original, como uma "terra que mana leite e mel'’ (Êx 3:8, 17; Nm 13:27; etc.). Ele teria enviado a chuva na estação própria e abençoado Seu povo no "cesto” e na "amassadeira”, como havia prometido (Dt 28:1-14). Na época da entrada original em Canaã, o cumprimento foi impedido porque o povo falhara em sua fidelidade a Deus. Neste contexto, houve uma segunda oportunidade de herdar as mesmas ricas promessas. Foi oferecido a Israel um novo começo. Será que a nação estaria disposta a cumprir com sua par ter |
Ez.34:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:16 | 16. A gorda e a forte destruirei. A gordura era um símbolo de prosperidade. A prosperidade, muitas vezes, leva ao esquecimento de Deus (Dt 32:15). Os pastores infiéis engordaram roubando o rebanho; alimentavam a si mesmos em vez de ao rebanho. Por isso, deviam ser apascentados “com juízo” |
Ez.34:17 | 17. Entre ovelhas e ovelhas. Deus julgará entre os vários membros do rebanho.Nem todos vão partilhar da restauração; mas só os que se arrependerem e se voltarem para Deus, o pastor (ver Ez 34:20, 22; cf. \lt 25:31-46). |
Ez.34:18 | 18. Pisar aos pés o resto. Os falsos pastores são acusados de esbanjamento e desperdício. Aquilo que não usavam, eles estragavam para que ninguém mais pudesse usar. |
Ez.34:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:23 | 23. Um só pastor. Em contraste, sem dúvida, com os muitos governantes que reinaram antes, e também com referência aos dois reinos de Israel, que deviam ser novamente reunidos.Meu servo Davi. Os comentaristas têm aplicado esta predição ao Messias (Jr 23:5, 6; Lc 1:32). Uma vez que Israel nunca alcançou as condições para que estas promessas pudessem se cumprir, a aplicação se justifica. Jesus, vindo em carne e, mais tarde, vindo em glória, passou a ser o cumprimento desta predição. |
Ez.34:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:25 | 25. Acabarei com as bestas-feras. Na época da entrada em Canaã, Deus prometeu estabelecer as condições de tranquilidade aqui mencionadas (Lv 26:6). Foi dada a Israel a oportunidade de assumir uma vez mais seu papel como o centro do reino espiritual de Deus que devia abranger o mundo todo, e como tal lhe foram prometidas todas as vantagens temporais (ver Ez 34:14; 26-30). |
Ez.34:26 | 26. Chuvas de bênçãos. Ver Lv 26:4; SI 68:9; Ml 3:10. |
Ez.34:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:28 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:29 | 29. Plantação memorável. On, "lavoura famosa" (RJ). |
Ez.34:30 | Sem comentário para este versículo |
Ez.34:31 | 31. Ovelhas do Meu pasto. Esta é a aplicação da figura. E uma grande demonstração de graça quando o Deus do Céu con- descende. em ter comunhão com pessoas que, como um rebanho, se extraviaram dEle.Capítulo 35O juízo do monte Seir por seu ódio contra Israel.tuas cidades jamais serão habitadas; assim sabereis que Eu sou o Senhor. |
Ez.35:1 | 1. A palavra do Senhor. É ordenado ao profeta que apresente outra profecia contra Edom (Ez 25:12-14). Por que mais uma condenação no meio de promessas de restauração!5 O profeta nota os obstáculos para a reocupação da Palestina. Os edomitas tinham invadido a parte do sul da Palestina depois de Israel ter sido levado cativo. Babilônia, provavelmente,tenha permitido isso porque Edom parece ter tomado partido contra Israel no cerco de Nabucodonosor a Jerusalém (ver com. do v. 5). O profeta prediz a completa remoção desse obstáculo. |
Ez.35:2 | 2. Seir. Do heb. Se ir, que vem de uma raiz que significa ‘‘ser cabeludo’. Este era o nome do cabeça de uma família de horeus que se ligou por matrimônio a Esaú, de quemdescendem os edomitas (ver com. de Gn 36). Também designa uma cadeia montanhosa a leste da Arabá, que se estende desde o Mar Morto, ao sul. Aqui o termo, poeticamente, representa Edom (ver Gn 36:8, 9; Dt 2:1, 5; lCr 4:42). |
Ez.35:3 | Sem comentário para este versículo |
Ez.35:4 | 4. Serás desolado. Alguns veem um cumprimento desta predição quando os nabateus expulsaram os edomitas do Neguebe, no sul da Palestina (c. 126 a.C.). Contudo, uma vez que esta profecia está no meio de predições sobre a restauração de Israel, pode-se presumir que ela teria um cumprimento singular ligado a essa restauração (ver com. de Ez 25:14). |
Ez.35:5 | 5. Inimizade perpétua. Este ódio vinha desde o tempo de Jacó e Esaú (Gn 27:41; cf. Gn 25:22, 23). Na época do êxodo, Edom se recusou a dar passagem a Israel por dentro de seu território (Nm 20:14-21). Depois do estabelecimento em Canaã, os edomitas assistiram com inveja ao crescente poder de Israel. Edom se unira a Amom e Moabe contra Judá, nos dias de Josafá (2Cr 20:10, 11; cf. SI 83:1-8; ver introdução ao SI 83). Parece que, quando os babilônios tomaram Jerusalém, os edomitas os ajudaram, ocupando os portões e colocando-se nas estradas que levavam ao campo, para impedir o escape de fugitivos (Ob 11-14). No dia da calamidade de Jerusalém, os edomitas de forma maldosa e vingativa exclamaram: “Arrasai, arrasai-a, até aos fundamentos’’ (SI 137:7). |
Ez.35:6 | 6. Eu te fiz sangrar. Ou, “te preparei para sangue” (ARC). Isso lembra as palavrasde Jesus; “Todos os que lançam mão da espada à espada perecerão” (Mt 26:52). |
Ez.35:7 | 7. O que por ele passa. Ver Zc 7:14; 9:8, 10. |
Ez.35:8 | 8. Correntes. As características físicas aqui mencionadas descrevem a topogralia de Edom. |
Ez.35:9 | 9. Perpétuas desolações. Ao exultar de forma selvagem pela destruição do rival, e ao pretender superioridade sobre Israel, Edom ficou, contudo, em desvantagem. Para Israel haveria uma restauração; para Edom, apenas perpétuas desolações. |
Ez.35:10 | 10. As duas terras. Isto é, Judá e Israel. O segundo pecado de Edom (v. 5) foi o de reivindicar presunçosamente a herança de Judá e Israel.Ainda que o Senhor Se achava ali.Deus designou o território de Israel como a herança peculiar de Seu povo. Embora Israel estivesse momentaneamente ausente de seu território, Deus ainda tinha interesse na terra e a preservava para o retorno dos exilados. Quando o povo, mais tarde, perdeu seus privilégios (ver p. 18), perdeu o direito à terra. Na verdade, a terra pertencia a Yahweh (ver Lv 25:23; Os 9:3; J1 2:18). |
Ez.35:11 | 11. Serei conhecido. O juízo sobre Edom serviria para convencer Israel de que seu Deus não o havia abandonado. |
Ez.35:12 | 12. Blasfêmias. Ou, “insultos” (BJ), “insolências”. |
Ez.35:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.35:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.35:15 | 15. Como te alegraste. Assim como Edom havia se regozijado com a queda de Israel, outros se alegrariam com a eventual derrocada de Edom.Eu sou o Senhor. Ver com. de Ez 30:8. |
Ez.36:1 | 1. Profetiza. O tema de Ezequiel então muda; em vez de falar do juízo sobre Israel e sobre as nações vizinhas, ele passa a encorajar seus compatriotas. Desde que Israel caíra, os inimigos tiveram um período de júbilo e zombaria, mas isso não continuaria. Embora Israel tivesse sido humilhado e então fosse punido por sua rebelião. Deus ainda reconhecia os judeus como Seu povo. O aparente triunfo dos inimigos seria momentâneo. Embora abatido e indefeso, Israel seria exaltado e estaria numa condição mais gloriosa do que antes.Montes de Israel. Estas promessas de restauração devem ser comparadascom a repreensão aos montes de Israel, no cap. 6. |
Ez.36:2 | 2. Eternos lugares altos. Do heb. banioth ‘olam, expressão semelhante agiboth 'olam, que é traduzida como “montes eternos” (Gn 49:26) e “outeiros eternos” (Dt 33:15). A expressão é, sem dúvida, sinônima cie “montes de Israel”, usada no versículo anterior. A LXX diz “desolação eterna”, como se a expressão no hebraico fosse shimemoth ‘olam.São nossa. Ver Ez 25:3, 8, 15; 26:2; 35:10. |
Ez.36:3 | 3. Em lábios paroleiros. Ver Dt 28:37; lRs 9:7; SI 44:14. |
Ez.36:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:5 | 5. Fogo do Meu zelo. Ver Sf 3:8; cf. Sf 1:18. Deus atribui sentimentos humanos a Si mesmo para ser compreendido. |
Ez.36:6 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:7 | 7. Levantando Eu a mão. Como sinal de um juramento (ver Ez 20:5).Levem o seu opróbrio. Israel teve de suportar a vergonha lançada contra si pelos pagãos (v. 6). Então, os pagãos levariam sua própria vergonha, embora não como vingança. A vergonha deles viría como resultado de seus próprios pecados. Deus não faz acepção de pessoas. O pecado, onde quer que se ache, recebe sua justa retribuição. Israel sofrerá por seus pecados, e as nações pagãs, por sua vez, sofreriam pelos delas. |
Ez.36:8 | 8. Produzireis os vossos ramos. A terra de Israel, representada por suas montanhas, devia se preparar para o retorno dos exilados. A grama devia brotar para alimento dos animais, e as árvores deviam dar seus frutos para nutrir os novos habitantes. Este é um modo enfático de representar a certeza de que os exilados retornariam.Prestes. A declaração deve ser entendida de forma relativa. Provavelmente ainda restavam cerca de 50 anos dos 70 preditos por jeremias (Jr 25:11). |
Ez.36:9 | 9. Eu estou convosco. Ou, '‘Eu estou do lado de vocês” (NTLH). Deus fora antes representado como estando contra Israel (Ez 5:8; 13:8). Esta diferença não significa que Deus havia mudado. Ele visitara Israel com juízos por causa dos pecados do povo, e então concedería graça se eles se arrependessem. |
Ez.36:10 | 10. Toda a casa de Israel. Deus planejava o retorno do cativeiro tanto para judá quanto para Israel. Novamente havería um reino unido e próspero, com vinhas replantadas, casas reconstruídas e rebanhos renovados. Essa perspectiva gloriosa foi colocada como fonte de motivação para que Israel aceitasse o oferecimento da graça de Deus e, assim, experimentasse um reavivamento espiritual. As promessasse destinavam apenas a um Israel regenerado (ver com. do v. 26). |
Ez.36:11 | 11. E vos tratarei melbor. Estas promessas de bênçãos abundantes tiveram cumprimento limitado por ocasião do retorno de Israel do exílio. Deus tinha em mente muito mais do que aquilo que se cumpriu na história pós-exílica de Israel (ver p. 13-17). |
Ez.36:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:14 | 14. Tu não devorarás mais os homens. Isto é, a terra em si, não o povo que habitava nela (ver Nm 13:32). Alguns sugerem que os pagãos que viviam em torno da Palestina e que viram primeiramente os cananeus e, depois, os israelitas serem de- sarraigados, supersticiosamente atribuíam a sorte dessas nações a algo inerente à própria terra. Essas pessoas não reconheciam que a verdadeira causa disso era a mão de Deus que guiava o destino das pessoas e das nações. Contudo, na idade áurea que o profeta estava antecipando, o povo habitaria seguro; nenhuma crítica desse tipo seria possível novamente. |
Ez.36:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:16 | 16. Palavra do Senhor. Os v. 17 a 38formam uma profecia separada, mas intimamente ligada à primeira parte do capítulo. O profeta recapitula brevemente a história de Israel para mostrar que a restauração não ocorrería devido a qualquer mérito dos israelitas, mas por amor ao nome de Deus. |
Ez.36:17 | 17. Eles a contaminaram. Ver Nm 35:34. Para a lei ievítica, a mulher ficava imunda na menstruação (ver Lv 15:19). |
Ez.36:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:20 | 20. Profanaram o Meu santo nome. A conduta dos israelitas e suas resultantes misérias desonraram Yahweh aos olhos dos pagãos, os quais naturalmente inferiram que, se aquilo era tudo o que o Deus de Israel podia fazer por Seus devotos, Ele não era melhor do que os deuses que eles serviam. Os pagãos consideravam Yahweh meramente como o Deus nacional dos israelitas (ver Nm 14:16; Jr 14:9). |
Ez.36:21 | 21. Compaixão do Meu santo nome. Isto é, Ele agirá pela honra de Seu nome.Restaurará Seu povo não meramente por amor a eles, mas por amor ao Seu próprio nome. |
Ez.36:22 | 22. Não é por amor de vós. O Senhor restauraria Seu povo (cf. Ex 32:12-14; Nm 14:13-20). Os israelitas não deviam achar que fossem, de alguma forma, os favoritos do Céu. Deus havia escolhido a nação como o meio de realizar Seu propósito para a salvação do mundo (ver p. 13-17). Grandes privilégios trazem pesadas responsabilidades. |
Ez.36:23 | 23. Perante elas. Vários manuscritos hebraicos e a Siríaca dizem "perante vós". As duas opções fazem sentido. A opção “perante vós’ salienta a importante verdade de que seria necessário pri meiramente Deus ser santificado aos olhos do povo, por meio cio arrependimento e da reforma, antes de ser santificado aos olhos dos pagãos. Seu nome havia sido “profanado entre as nações” pela vida inconsistente de Seu professo povo. A restauração de Israel vindicaria Seu nome entre os pagãos. Nessa ocasião, ficaria claramente demonstrado que Yahweh não é como os fracos deuses dos pagãos, mas que é o Todo-Poderoso (ver Dt 28:58; Ml 1:11). |
Ez.36:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:25 | 25. Aspergirei água pura. A figura é, sem dúvida, extraída das várias purificações estipuladas na lei cerimonial (ver Nm 8:7; 19:9, 17, 18), nas quais a água era empregada. |
Ez.36:26 | 26. Coração novo. Este versículo apresenta o tema central do ensino de Ezequiel. As promessas de restauração estavam condicionadas à renovação espiritual e moral. Desde o Sinai, Deus procurou introduzir os princípios da nova aliança, mas o povo se recusava a aceitá-los (ver com. de Ez 16:60). Eles não compreendiam que, sem a graça divina e sem mudança de coração, não podiam prestar a obediência aceitável. A constante preocupação dos profetas era a de levar o povo a esta experiência mais elevada. No texto em consideração, Ezequiel pleiteia fervorosamente com os cativos, mostrando-lhes a única base para o sucesso.Será que eles, afinal, renunciariam à justiça própria e aceitariam as gloriosas provisões da nova aliança? Cessariam seus vãos esforços para estabelecer a própria justiça e aceitariam a justiça de Deus? A oferta lhes foi feita. A história registra que eles a rejeitaram e se tornaram ainda mais obstinados (ver p. 19, 20).Há grande perigo de que, em nossa época de luz espiritual, as pessoas escolham viver sob as condições da antiga aliança. Elas sabem que a obediência é uma evidência da salvação, mas podem produzir uma obediência não santificada pela graça. Sem Cristo, estão tentando o impossível, e, por isso, se desanimam e exclamam: “Desventurado homem que sou!” (Rm 7:24). Se no momento do desespero encontram a Jesus, então Ele as capacita a fazer aquilo que é “impossível à lei” (Rm 8:3). Com a presença de Cristo no coração, “o preceito da lei” se cumpre nelas (Rm 8:4). |
Ez.36:27 | 27. Farei que andeis. Ver com. de Ez 11:20. |
Ez.36:28 | 28. Sereis o Meu povo. Esta promessa dependia da concretização da pu reza espiritual descrita acima. Se tivesse ocorrido o necessário reavivamento, os israelitas teriam residido definitivamente em sua terra. Jerusalém teria permanecido para sempre. Dela teria saído a pomba da paz para levar ao mundo todo a influência da verdadeira religião (ver DTN, 577; GC, 19). As palavras "vós sereis o Meu povo, e Eu serei o vosso Deus” (ver Ez 11:20; cf. Jr 7:23; 11:4; 30:22) descrevem a relação de aliança de Yahweh com Israel. Esta relação incluía mais do que independência e prosperidade nacional; compreendia todo o plano de tornar Israel o núcleo espiritual de um programa missionário mundial. A rejeição da aliança (ver Mt 21:43) resultou na remoção do privilégio espiritual, mas isso não implicava necessariamente que os judeus nunca mais estabeleceríam umestado politicamente independente. Por outro lado, o atual estado de Israel não é, de forma alguma, um cumprimento destas antigas predições, e também não o seria qualquer retorno em massa dos judeus à Palestina. Jesus declarou que a promessa da aliança foi dada a outro 'povo”, ou seja, ao novo Israel (ver Mt 21:43). Através deste povo, Deus está operando para evangelizar o mundo (ver Rm 2:28, 29; 9:6; G1 3:29; ver p. 17-20). |
Ez.36:29 | 29. De todas as vossas imundícias.A graça divina é prometida para impedir a recaída nos antigos caminhos. Esta experiência requer uma renovação diária da consagração, um recebimento diário de novos suprimentos de poder espiritual e a manutenção de constante vigilância contra o inimigo. |
Ez.36:30 | 30. Multiplicarei o fruto. Estas bênçãos espirituais poderiam ter sido de Israel na época da entrada em Canaã (Dt 28:3-6). O pecado produziu seca e fome. Estas promessas não se aplicam de maneira direta e literal aos cristãos. Antigamente, Deus trabalhava com uma nação geograficamente isolada. A prosperidade dessa nação devia ser uma lição objetiva para outras nações. Na nova aliança, os cristãos estão espalhados em todas as terras, e partilham das calamidades que sobrevêm a seus respectivos países. Contudo, Deus não Se esquece de Seu povo durante a calamidade. Ele frequentemente intervém para oferecer proteção e bênção. |
Ez.36:31 | 31. Tereis nojo de vós mesmos.Ver com. de Ez 20:43. Ouando os portões celestes se abrirem para deixar entrar o povo que guardou a verdade, haverá novamente um sentimento de grande indignidade. Quando contemplarem as glórias que ultrapassam a imaginação humana, os redimidos lançarão suas coroas aos pés do Redentor e atribuirão a Ele toda a honra (ver PE, 289). |
Ez.36:32 | 32. Não é por amor de vós. Ver com. do v. 22, |
Ez.36:33 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:34 | Sem comentário para este versículo |
Ez.36:35 | 35. Como o jardim do Éden. A Palestina seria tão abençoada que se assemelharia em excelência e prosperidade ao jardim do Éden. Esta promessa também dependia de fidelidade e obediência. A apostasia de Israel impediu seu cumprimento. Contudo, o fracasso humano não pode frustrar o eterno propósito de Deus. "Ao Israel espiritual foram restaurados os privilégios concedidos ao povo de Deus por ocasião do seu livramento de Babilônia” (PR., 714). Os redimidos logo habitarão numa “nova Terra” (Ap 21:1), que será como o jardim do Éden em beleza e fertilidade. |
Ez.36:36 | 36. As nações que tiverem restado. Ezequiel descreve as condições que poderíam ter existido, Era plano de Deus que, pela restauração de Israel, fosse dada ao mundo uma demonstração da bondade e benevolência do verdadeiro Deus, de forma que todas as nações pudessem ser atraídas e receber a oportunidade de lazer parte de um novo sistema de governo espiritual, ínfeliziuente, os judeus que retornaram após o exílio criaram uma impressão inteiramente oposta. As outras nações, em vez de atraídas, foram levadas a blasfemar do Deus a quem judeus obstinados afirmavam adorar (ver p. 18, 19).Na nova aliança, o quadro é um pouco diferente. Em vez de ter uma nação isolada para demonstrar as vantagens de Seu plano, Deus chama pessoas individualmente a tornarem sua vicia tão atrativa que outros sejam levados a buscar o Deus a quem elas adoram. |
Ez.36:37 | 37. Que Eu seja solicitado. Anteriormente, Deus havia Se recusado a ouvir (ver Ez 14:3, 4; 20:3). No entanto, chegaria o momento em que a “casa de Israel”, humilhada física e espiritualmente, percebería sua dependência de Deus e buscaria orientação e conselho divinos sem os quais lheseria impossível, como nação, compreender o elevado destino que a aguardava (ver p. 13-17). |
Ez.36:38 | 38. O rebanho de Jerusalém. A densa população profetizada para a Palestina é comparada com os imensos rebanhosde animais para sacrifício reunidos em Jerusalém nas grandes festas anuais.Saberão. Com respeito a este refrão que ocorre com frequência em Ezequiel, ver com. de Ez 6:7. Ele ocorre quatro vezes no cap. 36 (v. 11, 23, 36 e 38). |
Ez.37:1 | 1. A mão do Senhor. O cap. 37 consiste em duas partes: a visão dos ossos secos (v. 1-14) e um ato simbólico que prediz a futura união de Israel e Judá (v. 15-28). A visão dos ossos secos devia ilustrar como Israel, que se encontrava espalhado e sem esperança, seria reavivado e restaurado.Pode ser feita a pergunta: Até que ponto esta profecia se relaciona com a ressurreição futurar Alguns defendem que essa aplicação estava fora da mente do profeta, e que o simbolismo se limita a uma restauração da vida nacional do povo. A maneira mais natural de aplicar a profecia é relativamente ao plano de Deus para o ressurgimento do povo israelita. isso seria finalmente seguido por uma ressurreição literal, quando os patriarcas, juntamente com todos os santos de Deus, ressuscitariam para tomar parte no novo reino. Assim, não é necessário excluir inteiramente do simbolismo a ressurreição. O simbolismo, em sua totalidade, pretendia descrever como os eventos teriam se desenrolado, tanto nesse período como posteriormente, caso os judeus tivessem cooperado com Deus e cumprido Seu plano para eles. No entanto, a incredulidade e a desobediência frustraram o propósito divino. Diante disso, é preciso consultar o NT para saber como esses eventos, que teriam se cumprido literalmente no período pós-exílico, se cumprirão na era cristã, com relação ao Israel espiritual (ver p. 21-23).Vale. O termo heb. biqah é também encontrado em Ezcquiel 3:22. Talvez a referência em ambas as passagens seja ao mesmo local. |
Ez.37:2 | 2. Sequíssimos. Isso indica que fazia muito tempo que já não tinham vida e enfatiza a impossibilidade de que revivessem. |
Ez.37:3 | 3. Poderão reviver estes ossos? A pergunta sugere que isto era improvável, se não impossível, pelo menos do ponto de vista humano.Tu o sabes. Ver Ap 7:14. |
Ez.37:4 | 4. Ouvi a palavra. Figurativamente, os ossos secos podiam ouvir. |
Ez.37:5 | 5. Espírito. Do heb. ruach, que representa a energia divina que anima os seres vivos. Quando Deus soprou nas narinas do ser humano o fôlego de vida (Gn 2:7), não proporcionou simplesmente o oxigênio que encheu os pulmões de Adão, mas comunicou vida, de modo que as formas inanimadas se tornaram vivas. |
Ez.37:6 | 6. Porei em vós o espírito. O processo de revivificação corresponde aos dois passos mediante os quais o homem foi originalmente criado (Gn 2:7). |
Ez.37:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:9 | 9. Sobre estes mortos. Os ossos estavam espalhados pelo vale como se fossem de mortos após uma batalha. |
Ez.37:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:11 | 11. Toda a casa de Israel. O Espírito Santo interpreta então a visão simbólica. A intenção primária era, sem dúvida, ilustrar a restauração da nação, ou da “casa de Israel”, cujas condições na época eram apropriadamente simbolizadas por esses ossos secos.Estamos de todo exterminados. Literalmente, “cortados” (ARC). |
Ez.37:12 | 12. Abrirei a vossa sepultura. No v. 2, os ossos são representados como se estivessem “na superfície do vale”. Aqui se fala deles como se estivessem na sepultura. A nova figura talvez aponte para a promessa mais ampla de que os que desceram ao sepulcro, na esperança do reino de Deus, despertarão. Não há razão aparente pela qual esta gloriosa perspectiva devesse ser negada aos piedosos de Israel. Tal evento devia marcar a consumação apoteótica de toda a restauração. Por outro lado, essa profecia não deve ser consideradacomo se fosse primariamente uma predição da ressurreição final no término da era cristã. O plano divino original de uma restauração que culminaria na ressurreição não foi alcançado pelo Israel literal. Aquilo que Deus teria efetuado pela nação de Israel será então cumprido por meio do novo Israel. Sendo que as circunstâncias se alteraram, certos aspectos da profecia mudaram. Os escritores do NT informam como essas profecias, que deviam ter-se cumprido antes, serão finalmente aplicadas (ver p. 21-25). Esses escritores descrevem claramente o tempo e as circunstâncias da ressurreição final (Jo 5:28, 29; lTs 4:16, 17; Ap 20:1-5; etc.). |
Ez.37:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:16 | 16. Um pedaço de madeira. A profecia dos v. 15 a 28 não é datada, mas, provavelmente, foi dada pouco depois da visão dos v. 1 a 14. As duas estão intimamente relacionadas. As divididas nações de Israel deviam ser reunidas e colocadas sob o reinado benigno de Davi. |
Ez.37:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:21 | 21. E os congregarei. O primeiro passo no cumprimento das promessas divinas seria a restauração de Israel do cativeiro entre os pagãos. Este remanescente devia consistir daqueles que aproveitaram a disciplina do exílio e se tornaram espiritualmente renovados. Uma vez que o reavivamento, que era um pré-requisito, nunca foi alcançado, nem antes nem depois do retorno liderado por Zorobabel, o cumprimento destas promessas foi postergado. Deus fez por Israel tudo o que a desobediência do povo Lhe permitiu fazer, mas eles permaneceram rebeldes. Portanto, Ele acabou rejeitando-o como um povo. O desenrolar da promessa divina aqui e nos versículos seguintes aplica-se ao que teria ocorrido se os propósitos de Deus tivessem se cumprido (ver p. 21). |
Ez.37:22 | 22. Um só rei. No v. 24, ele é descrito como sendo “o Meu servo Davi”. Contudo, uma vez que estes planos não puderam se cumprir de acordo com o intento original, o Messias é apresentado no NT como o que Se sentaria no trono de Davi (Lc 1:32). |
Ez.37:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:25 | 25. Para sempre. Forte ênfase é dada à permanência do novo estado. Aqui é dito que a ocupação da terra e o reinado de Davi durariam para sempre. Segundo os v. 26 a 28, o santuário devia estar 'no meio deles, para sempre” e a aliança de paz seria uma “aliança perpétua". Estas expressões devem ser comparadas com as seguintes declarações concernentes ao propósito de Deus: “Tivesse Israel permanecido leal a Deus e este glorioso edifício | o templo de Salomão] teria permanecidopara sempre, como perpétuo sinal de especial favor de Deus a Seu povo escolhido” (PR, 46). “Houvesse Israel, como nação, preservado a aliança com o Céu, Jerusalém teria permanecido para sempre como eleita de Deus” (GC, 19). Ezequiel descreve as condições que poderíam ter imperado (ver Lc 19:42). |
Ez.37:26 | 26. E os multiplicarei. Isto teria ocorrido como resultado do aumento natural da população e do influxo de pessoas decorrente de diligentes atividades missionárias.Capítulo 38I O exército 8 e a perversidade de Gogne. 14 O juízo de Deus contra ele.far-te-ás como nuvem que cobre a terra, tu, e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo.íí e dirás: Subirei contra a terra das aldeias sem muros, virei contra os que estão em repouso, que vivem seguros, que habitam, todos, sem muros e não têm ferrolhos nem portas;todos a cavalo, grande multidão e poderoso exército; |
Ez.37:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.37:28 | Sem comentário para este versículo |
Ez.38:1 | 1. A palavra do Senhor. Os cap. 38 e 39 são uma profecia contínua. A passagem toda tem sido objeto de especulação. Ao longo do tempo, muitas interpretações já foram propostas. Para avaliá-las adequadamente é necessário estar familiarizado com os propósitos, métodos e escopo básico da profecia.O problema é achar um meio de diferenciar adequadamente entre o que tem aplicação local e imediata e o que tem aplicação distante, talvez na era cristã ou no fim dos tempos. Os estudiosos da Bíblia que aplicam certas profecias do AT à era cristã frequentemente notam que, no meio delas, há referências de aplicação obviamente local e imediata. Eles procuram explicar essa aparente mescla do imediato com o escatoló- gico dizendo que o profeta, enquanto dava uma mensagem para o povo de seus dias, ocasionalmente fazia incursões proféticas e projetava suas profecias para o futuro distante. Embora esta premissa pareça oferecer uma solução parcial ao problema, não provê um critério para a diferenciaçãoadequada entre o que é imediato e o que á futuro ou escatológico.A resposta a este problema de diferenciação se encontra na formulação de um princípio cujo método é exibido na própria Bíblia e também é substanciado no Espírito de Profecia. Será visto que este princípio proporciona um método pelo qual se pode distinguir com segurança o que o Espírito Santo pretendia que fosse de importância imediata e o que também teria uma aplicação mais distante. O princípio pode ser declarado da seguinte forma:As profecias com respeito à glória futura de Israel e de Jerusalém eram primariamente condicionais e dependiam da manutenção da aliança (ver jr 18:7-10; PR, 704). Elas teriam um cumprimento literal nos séculos subsequentes se Israel tivesse aceitado totalmente os planos de Deus. O fracasso de Israel tornou impossível o cumprimento dessas profecias em seu propósito original. Contudo, isso não implica necessariamente que essas profecias não tenham um significado adicional.Paulo fornece a resposta nestas palavras: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm 9:6). Portanto, essas promessas têm um grau de aplicação ao Israel espiritual. Mas até que ponto? E a própria Escritura que deve determinar isso. Assim há, tanto no NT quanto nos escritos do Espírito de Profecia, numerosas referências a escritores do AT que mostram como essas predições antigas, que deviam ter sido gloriosamente cumpridas para a descendência do Israel literal, serão finalmente cumpridas para a descendência do Israel espiritual.De imediato se pode ver, porém, que nem todos os detalhes da profecia original podem se cumprir de maneira precisa, já que as condições e o ambiente são muito diferentes. Na verdade, é regra segura de exegese assumir apenas as aplicações especificadas numa revelação subsequente e atentar para as limitações que essa revelação posterior impõe. O que passa disso se torna mera especulação e, assim, nunca deve servir de base para uma doutrina nem como premissa sobre a qual repouse uma estrutura teológica.O molde distintamente local em que essas antigas profecias foram colocadas é explicado com base no fato de Deus originalmente pretender que essas predições se cumprissem num padrão indicado. Além disso, o que tem sido designado como incursões para um futuro distante, que em grande parte está dissociado da discussão geral, também é visto como algo apresentado na moldura dos propósitos divinos anteriores. Agora, contudo, sendo que esses propósitos anteriores não se cumpriram, escritores inspirados de época posterior revelam como essas predições se cumprirão no contexto da igreja cristã (ver p. 12-25).À luz desse princípio pode ser observado que Ezequiel 38 e 39 teria se cumprido literalmente depois que os judeus retornaram doexílio, caso eles tivessem atendido às condições apresentadas pelos profetas. Pelo fato de eles as haverem recusado persistentemente, a condição de prosperidade aqui retratada nunca se cumpriu. Consequentemente, não pôde haver o ataque combinado dos pagãos contra um povo que habitasse na prosperidade mencionada.A profecia terá uma aplicação futura? Com base no princípio aqui enunciado, tal aplicação pode ser estabelecida com certeza apenas por uma revelação subsequente. No NT, há apenas uma referência direta aos símbolos usados nesta profecia: Apocalipse 20:8. Nesta passagem, João diz como esta profecia, que teria se cumprido literalmente em época anterior, terá certo grau de cumprimento na luta final contra Deus empreendida pelas hostes dos ímpios, chamadas de “Gogue e Magogue”. O Espírito de Profecia não faz uma exposição direta deste capítulo. Indiretamente, é claro, pode ser visto um paralelo entre esta luta e a luta final contra o novo Israel de Deus, quando "as nações se unirem na invalidação da lei de Deus” (T5, 524) e os ímpios se unirem completamente “a Satanás em sua luta contra Deus” (C.C, 656). “Como influenciava as nações pagãs para destruírem Israel, assim, num futuro próximo, ele (Satanás) incitará as maléf icas potências terrestres para destruir o povo de Deus” (T9, 231; cf. TM, 465). Este conflito milenar terminará, linalmente, com a destruição de Satanás e suas hostes (denominadas “Gogue e Magogue”, em Ap 20:8), no final do milênio. Por esta época, o conflito terá atingido proporções globais e não poderá mais estar restrito à esfera indicada em Ezequiel 38 e 39, cuja referência é a um conflito militar contra um estado judaico politicamente restaurado (ver T6, 18, 19, 395).Qualquer exposição que vá além dos limites do NT e da interpretação do Espírito de Profecia carece de um “Assim diz o Senhor”. Não se deve presumir, natural mente, que sejaimpossível haver um aumento de conhecimento sem revelações adicionais. Mas isto é certo: sem uma confirmação divina específica existe grande probabilidade de erro nesse tipo de exposição, especialmente no que diz respeito às profecias que ainda não se cumpriram, como é evidenciado por toda a história da interpretação profética. |
Ez.38:2 | 2. Gogue. Este é o nome escolhido por Ezequiel para designar o líder das hostes pagãs que atacariam o estado judaico restaurado após o retorno dos exilados (ver v. 14-16). Esforços para identificá-lo com qualquer personagem histórico são infrutíferos. A raiz da qual o nome é derivado é desconhecida. A palavra ocorre 14 vezes na Bíblia, mas nenhuma das referências lança qualquer luz sobre seu significado. Gogue ocorre como o nome de um dos filhos de Joel, da tribo de Rúben (lCr 5:4). O termo é usado em conexão com Magogue para simbolizar as nações ímpias, as quais Satanás reúne após o milênio para atacar a Cristo e tentar tomar a nova Jerusalém (Ap 20:8). As onze ocorrências em Ezequiel (38:2, 3, 14, 16, 18; 39:1, 11, 15) descrevem o líder de uma vasta coalizão de nações pagãs. Gogue também é o termo que ocorre em lugar de Agague, em Números 24:7, no Pentateuco Samaritano e na LXX. Em Ezequiel 39:11 e 15, é usada uma forma composta: “Hamom-Gogue” (ver NVI), a "multidão de Gogue” (ver ACF, ARC) ou “as forças de Gogue". O nome é aplicado ao vale no qual serão enterradas as multidões de Gogue. Nenhuma dessas referências bíblicas lança qualquer luz sobre a identidade de Gogue, e o único indicativo quanto a sua origem está em Ezequiel 38:15: “Virás, pois, do teu lugar, dos lados do Norte.”Nas fontes seculares anteriores a Ezequiel ou contemporâneas dele, não foi encontrado nenhum personagem com o nome Gogue. Foram encontrados vários nomes que se assemelham a ele; um deles é o de Giges, rei da Lídia (c. 600 a.C., ver vol. 2, p. 51;ver com. de lCr 1:5). Devido à ligeira semelhança entre Giges e Gogue, alguns comentaristas tentaram igualar os dois. Um exame das evidências históricas mostra que Giges não foi um rei de grande talento militar. Nos registros deixados por Assurbanípal, Giges é chamado de Guggu. Neles, é contada a história de como Guggu enviou embaixadores a Assurbanípal em busca de ajuda contra os cimérios. Assurbanípal declara que, com a ajuda dos deuses assírios Assur e Ishtar, Guggu pôde vencer seus inimigos. Contudo, depois, numa guerra entre a Assíria e o Egito, o traiçoeiro Guggu se uniu ao Egito. Guggu, mais tarde, recebeu a retribuição por sua falsidade quando os cimérios invadiram o país e o mataram. Esta é a história de Guggu. No entanto, não há qualquer evidência que comprove que Gogue é a forma hebraica de Guggu. A semelhança sonora parece ser a única ligação, e essa evidência é sem valor se não houver outras provas que a confirmem.Outra sugestão liga Gogue ao povo bárbaro chamado gagaia, mencionado nos tabletes de Tell el-Amarna (ver vol. 1, p. 260; cf. p. 95, 96). Contudo, gagaia era um povo, não uma pessoa, como é o caso do Gogue de Ezequiel.Na verdade não é necessário encontrar um Gogue nos registros históricos. Gogue é muito provavelmente um nome abstrato pelo qual Ezequiel descreve o líder das hostes pagãs que fazem um ataque final a Israel após a restauração deste e numa ocasião em que o povo de Deus está desfrutando a prosperidade prometida sob a condição de obediência.Da terra de Magogue. O “Magogue” de Ezequiel era a terra de Gogue, e como no caso de “Gogue”, seu significado é obscuro. O título foi, provavelmente, formado pelo próprio Ezequiel, ao adicionar o prefixo ma ao nome gog. "Magogue” ocorre cinco vezes na Bíblia. O termo é usado duas vezes em Ezequiel (aqui e em 39:6) comoa terra de Gogue; uma vez em Apocalipse 20:8, com respeito às nações ímpias; e em Gênesis 10:2 e 1 Crônicas 1:5, referindo-se a um dos filhos de jafé. Alguns identificam Gogue com Giges, rei da Lídia, e sugerem que Magogue deve necessariamente ser a Lídia. Contudo, não há qualquer prova histórica disso. A tribo bárbara chamada gagaia, geralmente entendida como uma referência a Magogue, é mencionada em uma carta do rei de Babilônia (ver com. de Gn 10:2).Esses dois nomes, Gogue e Magogue, têm despertado muita especulação. A antiga tradição judaica identificava Magogue com os citas (Josefo, Antiguidades, i.6.1). O mesmo é sugerido por Gesenius em seu léxico hebraico.Contudo, esta identificação de Magogue com os citas repousa em conjecturas. Assim como Gogue, Magogue deve ser um nome abstrato, tendo sido evitada uma identidade próxima, como muitas vezes ocorre no caso da profecia preditiva, para que a menção dessa identidade na predição não frustrasse o cumprimento da mesma.Outras interpretações têm identificado Magogue com várias nações e indivíduos. Há inúmeras lendas sobre Gogue e Magogue. Em muitas clelas, a história diz respeito a um muro que impediria a entrada de Gogue e Magogue. Esse muro teria sido localizado em muitos países, da Grécia à China, dependendo da origem da lenda. O rompimento do muro abriria caminho para que as forças destruidoras de Gogue e Magogue fizessem sua obra. Em algumas das lendas, esses eventos estariam ligados com a aparição do anticristo, ocasião em que Gogue e Magogue (os povos selvagens do norte do monte Cáucaso), outrora encerrados atrás de portões por Alexandre o Grande, seriam soltos (ver L. E. Froom, Prophetic Faith oj Our Fathers, vol. 1, p. 555, 583, 584, 586, 662).Príncipe. Do heb. nesi’ ro'sh. Nesi’ significa "príncipe’' e rosh pode ser “chefe”.Contudo, a LXX traduz rosh como um nome próprio, e o mesmo íaz a ARA com sua tradução “Rôs”. Qualquer que seja a tradução adotada, o ensino geral da profecia permanece o mesmo. Caso se considere que rosh se aplique a uma nação, ainda há o problema de se identificar essa nação.Contudo, é questionável a tradução de rosh como um nome próprio, Rôs. A palavra é muito comum no hebraico e ocorre cerca de 600 vezes no AT. Seu significado básico é “cabeça” e, além de Ezequiel, a única ocorrência da tradução de ro’sh como um nome próprio é em Gênesis 46:21, em que é o nome dado a um dos filhos de Benjamim. E claro que existe a possibilidade de cjue a palavra, que ocorre mais de 600 vezes com a ideia básica de “cabeça", pudesse em uma ou duas passagens se tornar um nome próprio. Talvez a evidência mais forte apresentada em favor da tradução “Rôs” seja o testemunho da LXX. A versão grega foi feita no 3o e 2o séculos a.C. e, por alguma razão, seus tradutores adotaram a versão Rãs. Não está claro se, na época, se conhecia alguma terra chamada Rãs.Há uma consideração sintática que tende a favorecer a tradução da palavra aqui como um nome próprio. Se a palavra rosh fosse usada como um adjetivo, normalmente se esperaria que tivesse um artigo, já que estaria modificando nesi, que no hebraico é definido, pelo fato de se encontrar no modo construto com um nome próprio, neste caso “Meseque”. Exemplos de tais construções, em que o adjetivo que modifica o substantivo é definido pela afixação do artigo, são Jeremias 13:9: “a muita soberba de Jerusalém”; e Esdras 7:9: “a boa mão do seu Deus”. O adjetivo se encontra, em Ezequiel 38:2, sem o artigo, o que oferece um pretexto para traduzi-lo como um nome próprio, já que os nomes próprios não levam artigo. Mas as evidências não são conclusivas. As vezes, um adjetivo desse tipo seencontra, ele próprio, no modo construto e, portanto, não leva artigo no hebraico (ver, por exemplo, 2Sm 23:1; 2Cr 36:10). Uma exceção a essa regra também se encontra em 1 Crônicas 27:5, em que ocorre a expressão hcikkohen rosh, “sacerdote-chefe” (BJ). Ali, “sacerdote” traz o artigo, e o adjetivo ‘'chefe” está sem o artigo. Contudo, isso é considerado por editores do texto hebraico como sendo um erro, porque o artigo naturalmente pertence ao adjetivo.Um estudo de fontes seculares na busca por um país de nome “Rôs” tem sido praticamente infrutífero. Vários nomes com som similar a “Rôs" aparecem em inscrições assírias, mas não há certeza de que qualquer deles seja o “Rôs” bíblico.Desde o 10° século, vários exegetas já tentaram identificar “Rôs” com a Rússia. Segundo Gesenius, os escritores bizantinos do 10° século identificavam “Rôs” com hoi Rliõs, um povo que habitava na parte norte do monte Tau.ro e que, segundo ele, era, “sem dúvida, os russos” (ver o léxico hebraico de Gesenius). Ele também menciona um escritor árabe da mesma época, Ibn Fosslan, que diz que esse povo habitava junto ao rio Rha (Volga).Contudo, as evidências históricas mostram que o termo “Rússia” não veio de "Rôs”. Entre os eslavos que viviam no que hoje é a Rússia, estavam grupos de vikings chamados varangianos, que migraram do leste da Suécia. Embora haja diferentes pontos de vista com respeito ao papel dos varangianos, a opinião prevalecente entre os eruditos é que esses guerreiros-comerciantes e líderes militares que não eram de origem eslava deram o nome "Rus” (do qual provém o nome “Rússia”) ao território que governavam. A tradição russa diz que Rurik, um varangiano, assumiu o título de “príncipe de Novgorod” (a principal cidade do norte da Rússia naquela época), em cerca de 862 d.C. Seus descendentes governaram, mesmo durante a dominação mongol, até a morte deFeodor (Teodoro), o último governante da dinastia Rurik, em 1598. Após vários anos de turbulência, durante os quais diversos candidatos governaram pela força, foi eleito um novo czar, Michael Romanoff, cuja dinastia continuou até a revolução de 1917 (ver J. B. Bury, A History ofthe Eastern Roman Empire, 1912, p. 412; Bernard Pares, A History of Rússia, 1944; Encyclopedia Britannica [ed. de 1974], verbete “Rússia”). Assim, pode-se ver que qualquer semelhança sonora entre “Rôs” e “Rússia” é, obviamente, mera coincidência. Parece não haver evidência de que o nome tenha sido aplicado àquele país antes de cerca do 10° século d.C.Meseque. O nome ocorre nove vezes na Bíblia. Meseque é mencionado como um dos filhos de jafé (Gn 10:2; iCr 1:5). Como resultado de provável erro de escri- bas, Meseque é mencionado como um dos filhos de Sem (ICr 1:17), mas sem dúvida a referência devia ser a Más, em harmonia com Gênesis 10:23. As outras seis ocorrências se referem a Meseque como nação (sendo três em Ez 38 e 39; duas em Ez 27:13; 32:26; e uma no SI 120:5). De acordo com a LXX, também devia estar “Meseque” em Lsaías 66:19, em vez da frase “que atiram com o arco”. Nas cinco referências em Ezequiel, bem como em Gênesis 10:2 e 1 Crônicas 1:5, Meseque ocorre junto a Tuba!, indicando que a referência é aos descendentes de Jafé. Ezequiel fala deles como mercadores que negociam com Tiro, dando em troca “objetos de bronze” e escravos (Ez 27:13). Eles também são descritos como inclinados para a “guerra” (SI 120:7).Historicamente, crê-se que Meseque represente os moschoi dos escritores clássicos gregos (ver Herócloto iii.94; vii.78) e os mushku das inscrições assírias (ver com. de Gn 10:2).Alguns escritores, que veem a Rússia no som rosh, também veem Moscou no nome “Meseque”, ou mushku, e acreditam que acidade possa ter sido fundada por descendentes dos mushku. Contudo, segundo a Encyclopedia Britannica, edição de 1974, Moscou só foi estabelecida no século 12, por George Dolgoruki. Não se pode encontrar vestígio de ligação entre os dois nomes.Tubal. Este nome ocorre oito vezes nas Escrituras. Tubal é alistado como um dos filhos de jate (Gn 10:2; iCr 1:5). O nome também ocorre em Isaías 66:19, em que a LXX também inclui Meseque (ver a discussão anterior sobre Meseque). Em Ezequiel, ele é mencionado cinco vezes (27:13; 32:26; 38:2, 3; 39:1), e em todos os casos junto a Meseque. O nome composto Tubalcaim ocorre duas vezes em Gênesis 4:22 como o nome de um dos filhos de Lameque e Zilá.Historicamente, Tubal tem sido identificado com os tibarênios (gr. Tibarênoi), mencionados por Heródoto (iii.94), e com os tabal das inscrições assírias (ver com. de Gn 10:2).Os que defendem que rosh representa a Rússia tentam encontrar em Tubal uma referência a Tobolsk, cidade russa. A única base para se identificar os dois é a semelhança sonora, e essa base dificilmente é sustentável. Cidade de pouca importância, Tobolsk só foi fundada em 1587 pelos cossacos.O fato de outros povos terem ocupado mais espaço na história do que os mencionados em Ezequiel 38 sugere que o objetivo da profecia talvez não seja dar sua identidade exata. Israel devia apenas saber que um grande conglomerado de povos se oporia à sua futura ascensão à grandeza nacional e espiritual. Era mais ou menos irrelevante definir quais nações desempenhariam papel de destaque na imensa confederação, já que quase todos os povos pagãos que se opunham a Deus estariam incluídos. A seleção e enumeração de certas nações, provavelmente, era apenas um recurso poético. Da mesma forma, em sua aplicação à época atual, já que todas as nações se unirão a Satanás em sua luta final contra o governo de Deus,é improdutivo tentar identificar apenas algumas delas. |
Ez.38:3 | Sem comentário para este versículo |
Ez.38:4 | 4. Far-te-ei que te volvas. Deus não faria Gogue dar meia volta e ir embora da Palestina, mas, ao contrário, faria deixar algum outro empreendimento e se dirigir contra a terra santa. Isto é deixado claro pelo contexto aqui e em Ezequiel 39:2. A figura é a de um animal indócil que teima em seguir seu próprio caminho, mas que é dominado por um poder superior. O poder é aqui representado como sendo do Senhor, já que frequentemente na Bíblia se diz que Deus faz aquilo que Ele permite que aconteça (ver com. de 2Cr 18:18; Ez 38:10).Anzóis no teu queixo. Ver Ez 29:4.Todo o teu exército. A vasta coalizão de povos foi totalmente equipada contra Israel. Seus planos pareciam ter sido cuidadosamente elaborados; os preparativos foram feitos. Do ponto de vista militar, todas as vantagens pareciam estar com os que atacavam. No entanto, se Yahweh estava contra Gogue, Israel não tinha nada a temer. |
Ez.38:5 | 5. Persas. Anteriormente, o profeta havia convocado as nações que viviam, de maneira geral, no norte. O segundo grupo de nações vivia no leste e no sul. Não é mencionada nenhuma nação que fosse vizinha imediata de Israel. Somente as que viviam nas regiões mais remotas do mundo então conhecido são convocadas para esta batalha (sobre as razões para isso, ver com. do v. 2, sobre “Tubal”; para um esboço da história da Pérsia, ver vol. 3, p. 36-49).Etíopes. Cuxe (do heb. Kush) foi um dos filhos de Cam (Gn 10:6). Seus descendentes se estabeleceram no sul do Egito, na região que, mais tarde, seria a Núbia e que hoje representa o extremo sul do Egito e o norte do Sudão (ver com. de Gn 10:6).Pute. Ver com. de Ez 27:10. |
Ez.38:6 | 6. Gômer. Um dos filhos de Jafé era Gomer (Gn 10:2; lCr 1:5); também este é o nome da esposa de Oseias (Os 1:3). A únicaoutra ocorrência do nome é esta observação sobre Gômer e todas as suas tropas. Essas referências não lançam luz sobre quem seria esse povo que se uniría a Gogue contra Israel.Em fontes seculares, são frequentemente mencionados os gimirri, ou os cimé- rios (ver Homero, Odisséia,, xi.14), que se acredita serem este povo chamado '‘Gômer e suas tropas”. Eles eram um grupo de arianos bárbaros que desceram no 8o século a.C. da região que hoje constitui o sul da Rússia para a terra da Assíria e países vizinhos, causando problemas e derramamento de sangue (ver Heródoto, i.15.16; para mais detalhes, ver com. de Gn 10:2).Togarma. Este foi o filho de Gomer, o neto de jafé e o irmão de Asquenaz e Rifate (Gn 10:3; lCr 1:6). O nome também ocorre em Ezequiel 27:14, em que é dito que Togarma comercializava cavalos e mulos no mercado tírio. Historicamente, este povo tem sido identificado como sendo os tilga- rimmu das inscrições assírias (ver com. de Gn 10:3). |
Ez.38:7 | 7. Prepara-te. O profeta parece ironicamente encorajar Gogue a fazer os preparativos para a guerra e a reunir forças para que todos os inimigos de Deus pereçam juntos. O próprio Gogue seria o guarda desse exército, para controlar e dirigir o ataque. |
Ez.38:8 | 8. Depois de muitos dias. Comparar com Gn 49:1; Nm 24:14; Dn 10:14; Mq 4:1; ver com. de Is 2:2. Não se sabe a extensão de tempo aqui compreendida. Muitos anos de cativeiro ainda estavam pela frente, e um<=? período considerável estaria envolvido no restabelecimento do estado judaico a fim de deixá-lo na condição aqui descrita.Serás visitado. Do heb. paqad, que pode significar “reunir um exército” (ver Is 13:4, NVI). Na forma encontrada aqui, faqad também pode significar “convocar”, ou "chamar às armas” (NVI).Muitos povos. Ou, “muitas nações”.Sempre. Do heb. tanúd, “contínuamente” (ver com. de Dn 8:11). Os montes de Israel não estiveram sempre desolados, mas, durante o cativeiro, sim. Mesmo após o retorno do exílio, a reabilitação seria um processo gradual, e a restauração plena só viría após a destruição dos inimigos. |
Ez.38:9 | 9. Como tempestade. Cf. Pv 1:27; Is 21:1; 28:2; Ez 13:11.Como nuvem. Alguns, ao aplicarem esta profecia a eventos futuros, têm relacionado este simbolismo às modernas forças aéreas. Isto não passa de conjectura. Não se pode saber se Satanás empregará o poder aéreo em seu ataque final após o milênio (Ap 20:9; ver com. de Ez 38:1). |
Ez.38:10 | 10. Conceberás mau desígnio. Ou,“você maquinará um plano maligno” (NVI). Os v. 4 a 16 apresentam Deus como aquele que faz Gogue ir contra a terra de Israel. Aqui é observado que Deus fará isto no sentido de permitir a Gogue executar os desígnios de seu coração perverso. |
Ez.38:11 | 11. Aldeias sem muros. Cf. Zc 2:4, 5. Isto levaria Gogue a esperar uma vitória fácil. |
Ez.38:12 | 12. No meio da terra. Literalmente, “no umbigo da terra”. A única outra passagem que usa esta figura de linguagem é Juizes 9:37, mas ali a expressão é aplicada presumivelmente a uma colina próxima a Siquém, talvez por sua localização central em relação ao Jordão e ao Mediterrâneo (ver ARC; NVI). Aqui, a Palestina é representada como se estivesse no centro da Terra, talvez da mesma forma que Jerusalém foi colocada “no meio das nações e terras” (Ez 5:5). |
Ez.38:13 | 13. Sebá. O profeta acrescenta mais três nomes a sua lista de nações. Estas três não são mencionadas como se estivessem junto com o grupo das hostes de ataque, mas como se perguntassem sobre o espólio que podia ser tomado; talvez esperassem que parte dele lhes fosse vendido (sobre a identificação de Sebá, ver com. de Ez 27:22).Dedã. Ver com. de Ez 25:13.Társis. Acreditava-se que fosse a colônia fenícia de Tartessos, na Espanha. Já se tentou identificá-la com países vizinhos da Palestina, mas pela descrição da Bíblia ela ficava a certa distância, do outro lado do mar. Os minerais obtidos de Társis ainda são produzidos na Espanha. Tartessos parece se encaixar em todos os detalhes relativos à cidade de Társis (ver com. de Gn 10:4). Os “mercadores de Társis” eram, possivelmente, os fenícios. |
Ez.38:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.38:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.38:16 | 16. Quando Eu tiver vindicado a Minha santidade. Os v. 14 a 16 repetem, em grande parte, o que já foi dito quanto à pacífica segurança de Israel e quanto ao fato de Deus permitir a poderosa confederação de Gogue ir contra Seu povo. Na destruição de Gogue, o caráter de Deus seria plenamente vindicado; da mesma forma, na destruição de Satanás e da vasta multidão de ímpios no final do milênio, a sabedoria, justiça e bondade de Deus serão plenamente vindicadas. Dos lábios de todas as criaturas, tanto as leais quanto as rebeldes, serão ouvidas estas palavras: “justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!” (Ap 15:3; cf. GC, 668-671). |
Ez.38:18 | 18. Será mui grande. Literal mente, “subirá às minhas narinas” (ver ARC), uma figura de linguagem que reflete a ira humana (ver SI 18:8). Figuras deste tipo, que atribuem a Deus características humanas, são chamadas de antropomorfismos. Deus descreve Seus atos em termos com os quais as pessoas estão familiarizadas. Na verdade, Deus está muito acima da razão humana. “Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, diz o Senhor” (Is 55:8). |
Ez.38:19 | 19. Será fortemente sacudida. Aqui está um aspecto para o qual os escritores do NT chamam a atenção. Eles falam das terríveis convulsões da natureza que precederão a vinda do Filho do homem. Jesus menciona o “bramido do mar e das ondas” e “homens que desmaiarão de terror”, não tanto por causa de alguma ameaça militar à segurança, mas porque toda a natureza parecerá estar fora de seu curso (Lc 21:25, 26; GC, 636). João, o escritor do Apocalipse, dá uma descrição ainda mais vivida das tremendas convulsões que ocorrerão no mundo natural (Ap 16:18-20). Os homens sempre dependeram da natureza. Nem uma vez, durante a longa história da Terra, exceto em dois eventos bíblicos (ver Js 10:12, 13; 2Rs 20:8-11), o sol deixou de se mover em seu ciclo normal. Todas as leis naturais têm funcionado comconsistência regular. Os seres humanos têm confiado na permanência dessas operações, esquecendo-se dAquele em quem '‘tudo subsiste” (Cl 1:17). Escolheram, em Seu lugar, o ídolo da ciência e, em realidade, “o deus deste século” (2Co 4:4). O fato de que o mundo natural será fortemente sacudido será para eles um terrível despertamento para a tragédia de que o deus que escolheram, “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2:2), não tem poder sobre os elementos da natureza. Contudo, ele reivindicava posição e poder de igualdade ao Filho de Deus (ver com. de Ez 28:13) e afirmava que, se lhe fosse dada oportunidade, exercería controle mais equitativo sobre o mundo do que Cristo. Foi-lhe dada a oportunidade para tal demonstração. Agora, em meio a uma Terra cambaleante, todos veem a falsidade e a arrogância de suas reivindicações e descobrem, demasiado tarde, que o tempo de graça se encerrou para sempre. |
Ez.38:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.38:21 | 21. A espada de cada um. Isto também encontra paralelo durante o tempo da terrível desilusão, quando as multidões descobrirem que foram iludidas pelos líderes religiosos e, em sua ira, se voltarem contra os mesmos. “As espadas que deveríam matar o povo de Deus são então empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte há contenda e morticínio” (GC, 656).De acordo com o relato do AT, houve muitas ocasiões em que Deus trouxe livramento a Seu povo fazendo com que os inimigos lutassem uns contra os outros (ver Jz 7:22; ISm 14:20; 2Cr 20:22-24). |
Ez.38:22 | 22. Grandes pedras de saraiva. Isto encontra paralelo na sétima praga, quando pedras de cerca de um talento ampliarão a destruição em andamento (Ap 16:21). O “fogo” pode achar correspondente nos "relâmpagos” de Apocalipse 16:18. Com respeito a estes, é feita a aplicação: “Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas” (GC, 638). |
Ez.38:23 | 23. Saberão. Assim como Gogue seria totalmente desbaratada, e as pessoas reconheceríam a superioridade do Deus do Céu, da mesma forma, à medida que o conflito se aproxima de seu clímax, os elaborados estratagemas do enganador serão desmascarados, e será revelada a debilidade e falsidade de suas reivindicações. Demônios e homens vão reconhecer que há apenas um que é supremo, e que seu modo de agir no grande conflito visava a promover o bem eterno de Seu povo e do universo em geral (ver GC, 671).Este refrão é frequente no livro de Ezequiel (ver com. de Ez 6:7). Ele ocorre duas vezes aqui (38:16, 23) e quatro vezes no cap. 39 (v. 6, 7, 22, 28).Capítulo 39contra Gogue e dize: Assim diz o Senhor Deus: Rôs, de Meseque e Tubal.os enterradores o sepultem no vale das Forças de Gogue.inimigos, e tiver vindicado neles a Minha santidade perante muitas nações.voltarem à sua terra, e que lá não deixarei a nenhum deles. |
Ez.39:1 | 1. Profetiza ainda contra Gogue.Este capítulo continua o assunto do anterior, repetindo em parte o que já havia sido dito quanto a Gogue, mas acrescentando detalhes adicionais quanto aos despojos (v. 9, 10), ao modo do sepultamento (v. 11-16) e à extensão da matança (v, 17-20). Os v. 21 a 29 recapi- tulam as graciosas promessas de Deus com respeito à restauração.Gogue. Ver com. de Ez, 38:2. |
Ez.39:2 | 2. E te conduzirei. Do heb. shasha’, palavra que ocorre somente aqui, e cujo significado se acredita ser “conduzir [como a uma criança que aprende a andar]”. A tradução da ARC se baseia na ideia de que a raiz de shasha' seja shesh, “seis”, o que é questionável. Os Targuns dizem nasha', que significa “conduzir para o erro”, “enganar”, “aproveitar-se de alguém”. A LXX traz o termo Imthodêgesõ, “te conduzirei [ou trarei] para baixo”. Essas diferenças correspondem à combinação de idéias em Ezequíel 38:4 e 16. |
Ez.39:3 | 3. Tirarei o teu arco. Os invasores são representados como arqueiros. |
Ez.39:4 | 4. Aves [...] animais. Abutres e chacais estavam sempre prontos para se banquetear com os corpos dos que morriam em batalha (ver iSm 17:46; Ez 33:27). |
Ez.39:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:6 | 6. Fogo em Magogue. A terra de Gogue é Magogue (ver com. de Ez 38:2). O juízo cai ali também e se estende até as terras costeiras e às ilhas do mar. |
Ez.39:7 | 7. As nações saberão. O nome de Deus seria vindicado nesses juízos (ver com. de Ez 38:16). |
Ez.39:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:9 | 9. Farão fogo com tudo isto por sete anos. E claro que esta parte da profecia não terá um cumprimento literal em relação à segundavinda de Cristo e ao milênio. De acordo com o princípio exposto no com. de Ezequiel 38:1, a história teria seguido um rumo bem diferente se Israel tivesse permitido que Deus cumprisse Seus desígnios para com a nação. No curso natural dos eventos, a nação restaurada e próspera se tomaria alvo do ataque de nações pagãs invejosas que se recusariam a aceitar a mensagem de Israel sobre o verdadeiro Deus. Nessa guerra aqui descrita, Deus protegeria Seu povo dando-lhe uma vitória esmagadora. Esta descrição profética de uma grande luta se cumpriría, sem dúvida, tão literalmente quanto as promessas de restauração nacional e de missão mundial para os exilados de Israel que retornassem. Pode-se fazer a pergunta: Por que, então, essas coisas não se cumprirão no presente, quando há novamente um estado israelita na Palestina! A resposta é que, por causa da rejeição do Messias, os judeus foram rejeitados por Deus como nação. As promessas, desde a morte de Estêvão, pertencem ao Israel da nova aliança e se cumprirão em sentido espiritual (ver p. 21-23). |
Ez.39:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:11 | 11. Um lugar de sepultura. Gogue, que havia esperado ganhar domínio completo sobre a terra de Israel, recebería do Senhor ali apenas um lugar para ser sepultado.Espantar-se-ão. A frase devia dizer: “pararão os que por ele passarem” (ACF). O significado pode ser que os viajantes seriam presos ao passarem por esse local notório e seriam compelidos a considerar o juízo infligido sobre os inimigos do povo de Deus; ou o significado pode ser que o vale ou desfiladeiro não teria saída em uma das extremidades.Os que por ele passarem. Do heb. ‘overim, “aqueles que passam por umlugar”, “viajantes". Não é possível localizar o vale com certeza. E dito que ele ficava ao oriente do mar, o qual, sem dúvida, é uma referência ao Mar Morto. A localização precisa não é importante para a interpretação da passagem.O vale das Forças de Gogue. Literal- mente, “o vale da Multidão de Gogue” (ARC). |
Ez.39:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:14 | 14. Homens que, sem cessar. Literalmente, “homens de continuação ”, homens nomeados para esta tarefa que deviam continuar nela até que estivesse completa. A obra devia ser sistematicamente realizada.Os que entre os transeuntes. Ou, “junta mente com os que passam” (ACF). A preposição heb. eth (“com”) também pode ser sinal do objeto direto; neste último caso a passagem diria: “percorrerão a terra para sepultar os transeuntes, os que ficarem”. A LXX e a Siríaca não apresentam uma palavra que corresponda a “transeuntes”, e simplesmente dizem: “para sepultar os que ficarem”. |
Ez.39:15 | 15. Porá ao lado um sinal. O sinal atrairía a atenção da equipe de sepultadores. |
Ez.39:16 | 16. O das Forças. O vocábulo, provavelmente, deriva do heb. hamon, que significa “multidão”. |
Ez.39:17 | 17. As aves de toda espécie. Não sedeve considerar que as representações dos v. 17 a 20 retratem eventos subsequentes aos mencionados anteriormente no capítulo. Elas simplesmente retratam os mesmos eventos com outra figura de linguagem. A nova figura serve para enfatizar a descrição da imensa matança. Há outras representações cios juízos divinos em termos de um sacrifício (ver Is 34:6; Jr 46:10). Esta seção tem um notávelparalelo com Apocalipse 19:17 e 18, uma passagem que indica quando e como este texto encontrará cumprimento parcial com referência à era cristã. Com o uso dos mesmos símbolos João representa a imensa matança dos ímpios na segunda vinda de Cristo; só que esta será uma destruição tão completa que ninguém será deixado para sepultar os mortos. |
Ez.39:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:21 | 21. Minha glória entre as nações. Ezequiel prediz o curso que a história seguiría se Israel, no cativeiro, tivesse aprendido com seu castigo (ver com. de Ez 38:1). A derrota das multidões de Gogue não representa a ani- quilação final de todo o pecado e a introdução de um novo céu e de uma nova l erra. Em vez disso, descreve uma etapa intermediária. O cenário seria tão estupendo que evocaria admiração universal, para que todas as atenções fossem dirigidas a Deus e a Seus propósitos para com os habitantes da Terra. Esta se tornaria uma ocasião para grande expansão missionária por parte de Israel, o que culminaria com a introdução do reino de Deus. |
Ez.39:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:23 | 23. Saberão as nações. Elas não mais afirmariam, como no passado, que os sofrimentos de Israel eram decorrentes do fato de Deus não ter conseguido proteger Seu povo. Veriam, em vez disso, a justiça e a coerência dos propósitos divinos, e como resultado seriam atraídas para o reino de Deus e procurariam fazer parte dele. |
Ez.39:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:28 | Sem comentário para este versículo |
Ez.39:29 | 29. Derramarei o Meu Espírito. O rea- vivamento de Israel teria sido acompanhado por um grande derramamento do Espírito. Este poder prometido teria capacitado os judeus a evangelizar rapidamente o mundo e a se preparar para a vinda do Messias. |
Ez.40:1 | "1. Ano vigésimo quinto. Evidentemente, do cativeiro de Joaquim (ver com. de Ez 1:2), se a escala de anos for a mesma em todo o livro. O fato de o v. 1 se referir a ‘nosso exílio” (da mesma forma que Ez 33:21) indica que Ezequiel foi levado cativo junto com Joaquim.No princípio do ano. Do heb. ro’sh hashanah, “cabeça do ano”. Uma vez que rosh é, às vezes, traduzido como “primeiro”, alguns acham que a expressão signifique o “primeiro mês” do ano, isto é, nisã. Se assim for, a data era abril de 573 ou abril de 572 a.C. (dependendo de Ezequiel ter computado o ano a partir da primavera ou do outono). Contudo, se Ezequiel se refe- ? ria ao início do ano e estava computando o tempo de cativeiro pelo ano civil judaico, que começava no sétimo mês (tisri), a data foi o Dia da Expiação, em outubro de 573 (ver p. 624). É interessante notar que esta é a única ocorrência na Bíblia da frase rosh hashanah, nome que ainda boje é dado pelos judeus ao Ano Novo, o dia Io de tisri. No entanto, isso não significa que a frase significava a mesma coisa naquela época. O dia mencionado é o décimo, não o primeiro.Catorze anos. O 25° ano do cativeiro de Joaquim pode corresponder ao 14° após a queda de Jerusalém, a fim de permitir as três datas possíveis mencionadas no parágrafo precedente (ver vol. 3, p. 81-83),Os cap. 40 a 48 constituem uma única profecia, de caráter singular. Eles apresentam a visão detalhada de um novo templo, um novo plano surpreendente para a divisão da terra e a visão de águas que comunicam vida e que brotam desse magnificente templo.A profecia apresenta vários problemas de interpretação. Já foram adotadas três linhas principais de exposição:
1. A posição literalista. Defende que Ezequiel forneceu o esboço de uma nova constituição para Israel, que deveria ser realmente posta em execução em algum momento posterior: ímediatamente após o exílio ou mais tarde. Segundo este ponto de vista, a edificação de um templo, a instituição de um sistema de culto e a divisão da terra teriam seguido de maneira precisa as especificações fornecidas por Ezequiel.
2. A posição futurista. Encontra na visão do templo uma nova constituição para o restaurado e unido reino de Israel. Contudo, embora aceite que em nível limitado essa constituição pudesse ter sido posta em execução após o exílio, espera o cumprimento exato e completo da visão numa idade áurea ainda futura.
3. A posição alegórica. Nega qualquer cumprimento literal e defende um cumprimento simbólico no tempo imediatamente subsequente ao exílio: na igreja cristã ou no fim dos tempos.Alguns comentários com respeito a essas três posições:Contra a posição literalista se poderia dizer que é inconcebível não haver nenhuma alusão à linguagem de Ezequiel nos livros históricos de Esdras e Neemias ou nas profecias de Àgeu, todos relacionados a esse período. Embora esses livros descrevam o retorno dos judeus e seu estabelecimento na terra, bem como a reconstrução do templo, não fazem qualquer referência a esta profecia, nem mostram qualquer desejo da parte dos construtores de se adequarem às instruções de Ezequiel.Contra a posição futurista se podería dizer que, em vista das relações apresentadas na Bíblia entre a antiga e a nova dispen- sação, é impossível conceber-se que fossem outra vez restaurados os sacrifícios animais por ordem divina e que eles fossem aceitos por Deus.Contra a posição alegórica se poderia dizer que ela fornece uma justificativa inadequada para os muitos detalhes da visão e que não apresenta um modelo de interpretação significativo para justificar que seja dedicada mais atenção ao assunto.A posição mais simples é a que segue os princípios delineados no comentário de Ezequiel 38:1. Segundo esses princípios, a visão do templo teria sido cumprida literal mente se o povo tivesse sido fiel a seu legado, mas como o povo falhou, a profecia não pôde ser cumprida em seu intento original. Comparativamente, poucos judeus retornaram, e estes ficaram muito aquém do propósito que Deus tinha para eles. Alguns aspectos da profecia (ver Ez 47) terão cumprimento com a igreja cristã, como é indicado por autores inspirados de época posterior.A visão do templo é uma profecia ilustrativa, e devem ser aplicados a ela os princípios delineados no com. de Ezequiel 1:10. Ezequiel viu representações da realidade e não a realidade em si, e o grau de identidade entre as duas coisas é um problema que permanece. Contudo, em qualquer grau em que as duas coisas variem, uma comparação com outras profecias relativas à restauração leva à crença de que o profeta está descrevendo urna nação literal, com um templo e urna capital literais. E difícil conceber como os judeus, a quem esta profecia foi dirigida, poderíam tê-la entendido de outra forma. O fato de os escritores bíblicos pós-exílicos não se referirem a esta profecia e o fato de os construtores do templo aparentemente não prestarem atenção ao plano nela delineado podem ser explicados supondo-se queos construtores tinham plena consciência cie que ainda não haviam sido preenchidas as condições que permitiríam o cumprimento das promessas. Também não há nesta série de profecias qualquer insinuação de que os planos devessem entrar em execução imediatamente após o retomo dos exilados ao seu próprio país. Sem dúvida, a profecia foi apresentada como uma meta futura que eles deviam se esforçar para alcançar.Se Deus sabia que tal templo nunca seria construído, por que Se daria ao trabalho de fornecer um modelo tão detalhado à futura nação? A resposta é: Deus não deixou de tentar nenhum método para levar os israelitas a aceitar o elevado destino que originalmente lhes foi planejado. Até então, a história deles havia sido de repetidos fracassos. Desta vez, Deus lhes estava oferecendo uma nova oportunidade de recomeço. O passado seria esquecido e nunca mais seria apresentado contra eles. Israel como nação, e seus habitantes, individualmente, foram convidados a se apossar da gloriosa provisão.E razoável supor que, para convencer o povo da certeza da promessa, Deus tenha orientado o profeta a traçar uma planta exata do templo que devia ser o centro do culto da nova nação. Deus poderia ter deixado a promessa em termos gerais. Poderia simplesmente dizer ao povo que, no futuro, o templo deles seria reconstruído, mas isso seria um anúncio vago. Não haveria dúvidas quanto à seriedade das intenções divinas se fossem apresentados cuidadosamente todos os detalhes da construção e do ritual. Ao todo, nove capítulos são dedicados ao templo e aos seus serviços, bem como aos detalhes sobre a cidade e a nova divisão da terra.Esta é a última visão importante de Ezequiel (somente a visão sobre o Egito, relatada em Ez 29:17-21, foi dada depois), e sua magnitude e grandeza constituem um clímax apropriado para a carreira do profeta.
" |
Ez.40:2 | 2. Um monte muito alto. O profeta foi colocado sobre um local elevado para que, de um ponto privilegiado, pudesse examinar os detalhes da visão.Um como edifício de cidade. O templo e seus átrios, cercados por muros, davam a impressão de uma cidade murada (sobre a dimensão, ver com. do v. 5). |
Ez.40:3 | 3. Um homem. O ser não é identificado.Um cordel de linho. Seria usado paragrandes medições (ver Ez 47:3).Uma cana de medir. Ver Ap 11:1; 21:15. Esta seria usada para medições menores (ver com. de Ez 40:5). |
Ez.40:4 | 4. Anuncia [...] tudo. O propósito de todos esses detalhes era que os filhos de Israel se familiarizassem com o glorioso plano de Deus para eles. A descrição devia ser um poderoso estímulo para que o povo cumprisse as condições necessárias. Proporcionava a certeza de que os pensamentos de Deus para com eles eram de paz e não de mal (ver Jr 29:11). A exibição de urna planta completa mostrava que as intenções de Deus eram sérias, e que Ele faria Sua parte se o povo fizesse a sua (ver p. 16, 17). |
Ez.40:5 | 5. Um côvado e quatro dedos.Considerando-se o côvado de 44,5 cm, e acrescentando-se quatro dedos (1/6 do côvado), o côvado de Ezequiel teria 51 centímetros. Assim, a cana de medir teria três metros de comprimento (ver vol. 1, p. 143).A largura do edifício. Isto é, a espessura do muro que circundava o átrio. O muro está especificado pela letra A na planta do templo (ver p. 789). Este desenho é uma representação aproximada do edifício e dos átrios (ver nota junto à legenda).A altura e a largura do muro são aqui dadas como iguais. O comprimento não é dado, mas parece ter sido de pouco mais de 250 metros (ver com. de Ez 42:16) em cada um de seus quatro lados. Esse muro cercava toda a estrutura do complexo do templo.Não era alto (três metros), e as pessoas que chegassem para adorar poderíam facilmente ver o templo em toda a sua beleza e glória, reluzindo acima dos muros. |
Ez.40:6 | 6. A porta que olhava para o oriente. Os v. 6 a 16 descrevem a porta leste (p. 789, B), que era a porta principal, uma vez que conduzia diretamente à entrada do templo. Ela é minuciosamente descrita, já que as dimensões das portas exteriores dos lados norte e sul são idênticas (p. 789, F, G).Degraus. O nível da porta era mais elevado do que o do terreno que rodeava o complexo do templo. Pressupõe-se que, como as portas norte e sul, ela possuísse sete degraus (ver v. 22, 26; ver p. 789, a).Limiar. A entrada da porta pelo lado de fora.Uma cana de largura. E a mesma largura dos muros exteriores (v. 5), isto é, seis côvados; a outra dimensão desta entrada é 10 côvados (v. 11). |
Ez.40:7 | 7. Câmara. De acordo com o v. 10, havia três destas em cada lado da passagem da porta central. As câmaras tinham cerca de três metros de lado.Interior. Literalmente, ‘a partir da casa”, isto é, “que dá para o lado de dentro”. Este é provavelmente o limiar que ficava na extremidade oposta da passagem que fazia parte da estrutura da porta, e que levava ao ves- tíbulo (v. 8). |
Ez.40:8 | 8. Vestíbulo. Ou, "pórtico” (NVI).Da porta. Muitos manuscritos e algumas versões (como a NVI) omitem o trecho que começa aqui e continua no v. 9: “interior: uma cana. Então, mediu o vestíbulo da porta”. Os que aceitam o texto mais curto afirmam que havia apenas um vestíbulo, ou pórtico, nesta porta. Os que aceitam o texto mais longo afirmam que havia dois vestíbu- los. Portanto, os desenhos da estrutura da porta diferem nesse aspecto. Há incerteza quanto a alguns detalhes arquitetônicos (ver nota junto à legenda, à p. 789). |
Ez.40:9 | 9. Oito côvados. Cerca de quatro metros. Há diferenças de opinião quanto a se esta era a medida do vestíbulo de leste a oeste ou de norte a sul.Pilares. Do heb. elim, “colunas” ou “batentes” (NVÍ). |
Ez.40:10 | 10. Câmaras. Ver com. do v. 7. |
Ez.40:11 | 11. Entrada. Isto é, o limiar externo.A profundidade da entrada. Não sesabe ao certo o que está sendo medido aqui. Alguns creem que esta é a medida da parte da porta que era coberta por um teto; outros supõem que a referência é ao centro da passagem entre as câmaras laterais, que, provavelmente, não era coberta. |
Ez.40:12 | 12. Espaço. Talvez uma cerca diante das câmaras da guarda. Em frente a cada câmara da guarda devia haver uma barreira de um côvado na passagem, de forma que a sentinela pudesse sair sem impedimento e olhar para um lado e para o outro do corredor. |
Ez.40:13 | 13. Desde a extremidade do teto. Esta medida de 25 côvados (c. 12,5 m) é a largura da passagem da porta, no sentido norte-sul. |
Ez.40:14 | 14. Até os pilares. Alguns preferem seguir o texto da LNX: “E o espaço aberto do vestíbulo da porta, por fora, era de vinte côvados até às câmaras em redor da porta” (ver NTLH; BJ). E possível que tenha havido uma confusão entre 'nlotm (vestíbulo) e !elim (pilares), mas é difícil ter havido uma troca de 20 por 60. Se o texto hebraico for seguido, os pilares ou torres, teriam uma altura impressiva. |
Ez.40:15 | 15. Cinquenta côvados. Isto é, cerca de 25 metros; o comprimento da estrutura da porta era duas vezes sua largura (v. 13). Um método de reconstrução que considera a existência de apenas um vestíbulo ou pórtico (ver com. do v. 8) chega ao comprimento total da seguinte forma: limiar exterior, seis côvados; três câmaras da guarda com seis côvados cada, num total de 18 côvados; dois espaços de cinco côvados, num totalde dez côvados; limiar interior, seis côvados; vestíbulo, oitos côvados; pilares da porta, dois côvados, perfazendo um total de 50 côvados. Outros modelos que consideram a existência de dois vestíbulos arranjam esses números de maneira diferente. |
Ez.40:16 | 16. Janelas com fasquias. Literalmente, “janelas fechadas”, o que, provavelmente, significa janelas com treliças fixas (ver com. de IRs 6:4). A posição exata dessas janelas não está clara.Palmeiras. Decorações semelhantes foram usadas nos relevos do templo de Salomão (IRs 6:29, 32). |
Ez.40:17 | 17. Átrio exterior. O templo tinha dois átrios, um interior e um exterior (p. 789, R e C, respectivamente).Um pavimento. O pavimento (p. 789, D) circundava o átrio exterior.Trinta câmaras. O tamanho e a posição dessas câmaras (p. 789, E, E, E) não é dado. A partir do ponto de vista da simetria, provavelmente, havia dez em cada um dos três lados não ocupados pelos edifícios do templo. Não é dito se foram construídas em blocos ou como unidades individuais. |
Ez.40:18 | 18. A par do comprimento. Este pavimento devia ter a mesma largura que o comprimento das estruturas das portas, cerca de 50 côvados (Ez 40:15). Disto seria subtraída a espessura do muro exterior, de seis côvados (v. 5), deixando uma largura para o pavimento de 44 côvados.Pavimento inferior. Provavelmente, designado desta forma para distingui-lo do átrio interior, que ficava mais alto (Ez 41:8). |
Ez.40:19 | 19. Cem côvados. Cerca de 60 metros. A medição foi feita da entrada interior da estrutura da porta exterior até a entrada exterior da estrutura da porta interior (ver v. 23, 27). |
Ez.40:20 | 20. Olhava para o norte. Os v. 20a 22 descrevem a porta norte (p. 789, F), que era exatamente igual à porta oriental ou leste (p. 789, B), já descrita (v. 6-16), com ainformação adicional de que havia sete degraus (p. 789, a) para se subir até ela (v. 22). |
Ez.40:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:23 | 23. Porta do átrio interior. Alguém que ficasse no átrio exterior (v. 17), junto à porta exterior norte (p. 789, F) veria as portas interiores norte e leste (1, H), cada uma das quais em frente à sua porta exterior norte e leste, respectivamente, mas separadas destas por um espaço de cem côvados (cerca de 50 m). |
Ez.40:24 | 24. Olhava para o sul. Os v. 24 a 27descrevem a porta sul (p. 789, G), cjue é idêntica às portas leste e norte, já descritas. |
Ez.40:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:27 | 27. Porta no átrio interior. A localização da porta interior sul (p. 789, J) corresponde à das portas norte e leste. |
Ez.40:28 | 28. Porta do sul. As três portas do átrio interior (p. 789, H, I, J) são essencialmente iguais às portas exteriores. Uma diferença é que as primeiras tinham um lance de oito degraus (p. 789, B), enquanto as últimas tinham um lance de sete degraus (p. 789, a). |
Ez.40:29 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:30 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:31 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:32 | 32. Mediu a porta. Os v. 32 a 37 dão uma descrição das portas leste e norte do átrio interior, que eram, ambas, exatamente iguais à porta sul. |
Ez.40:33 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:34 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:35 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:36 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:37 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:38 | 38. Onde lavavam. O fato de esta passagem estar próxima da descrição da porta norte (v. 35-37) levou alguns a concluir que a mobília aqui descrita pertencia àquela porta. Outros creem que aqui começa uma nova seção e que a porta que está sendo considerada é a leste (ver v. 40, 44; Ez 43:17; 46:1, 2). |
Ez.40:39 | 39. Mesas. Os v. 39 a 41 descrevem as oito mesas sobre as quais eram imoladas as vítimas sacrificais. Quanto à possível localização dessas mesas, ver com. do v. 40 (p. 789, c, c). |
Ez.40:40 | 40. Porta do norte. Alguns comentaristas consideram que a palavra traduzida como "do norte” significa "em direção ao norte” (BJ), e que, portanto, a referência é à posição de quem subia pelo lado de fora da porta leste em direção ao norte. Variam as opiniões quanto a se essas mesas deviamestar na porta norte, na porta leste ou em todas as três portas. |
Ez.40:41 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:42 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:43 | 43. Ganchos. Do heb. shefattayim, cujo significado aqui é incerto. A palavra é encontrada apenas aqui e no Salmo 68:13, em que foi traduzida como “cercas dos apriscos” (ARA) ou “redis” (ARC); mas que devia ser traduzida como “pedras do fogão” (ver com. do SI 68:13), um significado que não faz sentido aqui. A LXX traduz shefattayim como “abas” (ver NTLH). “Ganchos” é a tradução dos Targuns. |
Ez.40:44 | 44. Câmaras. O tamanho e a localização exata destas câmaras não são especificados. De acordo com a LXX, havia apenas duas câmaras, uma na porta norte, voltada para o sul, e outra na porta sul, voltada para o norte. Contudo, o hebraico indica que elas estavam na lateral das portas norte e leste, e não é necessário corrigir “leste” e colocar "sul” se as câmaras estavam situadas em algum ponto nos ângulos que ficavam a meia distância entre as portas norte e leste e as portas leste e sul.O diagrama da p. 789 (P, P) mostra possíveis localizações para as câmaras que seriam coerentes com o que diz o texto hebraico. |
Ez.40:45 | Sem comentário para este versículo |
Ez.40:46 | 46. Filhos de Zadoque. Sobre o sacerdócio zadoquita, ver com. de 2Sm 8:17. |
Ez.40:47 | 47. Ele mediu o átrio. Este era o átrio do altar (p. 789, R), um quadrado de 100 côvados (cerca de 50 m) no centro do átrio interior. |
Ez.40:48 | 48. Vestíbulo do templo. Os v. 48 e 49 descrevem as dimensões do vestíbulo do templo (p. 789, M).Pilar. Ou, “coluna”, "batente” (ver com. do v. 9). A medida aqui é da espessura das duas projeções situadas em ambos os lados da entrada.Três côvados. Cerca de dois metros. Possivelmente, este seja o comprimento das projeções em ambos os lados da entrada. |
Ez.40:49 | 49. Vinte côvados. Alguns consideram que esta medida foi tomada na direção norte- sul do vestíbulo, e supõem que as câmaras laterais (Ez 41:6, 7) se estendiam pela parteposterior do edifício assim como pelos lados. Outros restringem as câmaras laterais ao lado norte e sul e consideram que a medida de 20 côvados do vestíbulo seja na direção leste-oeste.Onze. A LXX diz “doze”.Degraus. Da mesma forma que ocorria com os dois átrios, havia degraus para seentrar no templo. O número é dado na LXX como sendo dez. O templo é ainda mais elevado que o átrio interior (ver p. 789, d).Colunas junto aos pilares. Como o templo de Salomão, este novo edifício devia ter uma coluna em cada lado da escadaria (p. 789, N, N; ver lRs 7:15-22).Capítulo 41As medidas, partes, câmaras e ornamentos do templo.uma cana inteira, isto é, de seis côvados de altura.? cada querubim tinha dois rostos, |
Ez.41:1 | 1. Ao templo. O termo designa aqui o lugar santo (p. 789, L; ver IRs 6:17; 7:50). Pilares. Ficavam nos dois lados da entrada e tinham seis côvados (três metros) de espessura, como os muros (v. 5). |
Ez.41:2 | 2. Lados da entrada. Esta é a medida da porta até ao muro. Quarenta côvados. Estas dimensões são idênticas às do lugar santo no templo de Salomão (IRs 6:2, 20), exceto pelo fato de Ezequiel empregar o côvado longo (ver com. de Ez 40:5). |
Ez.41:3 | 3. Penetrou. O anjo entra sozinho no lugar santíssimo (ver Hb 9:7). O pilar. Ou, “batente” da porta entre o lugar santo e o santíssimo, que mede aqui apenas dois côvados (um metro), em comparação com os seis côvados na entrada do lugar santo (v. 1). Entrada: seis côvados. Isto é, o vão da porta, o espaço entre os pilares. Largura da entrada. Segundo a LXX, a medida de sete côvados (3,5 m) é a do comprimento da parede de dois côvados desde a porta até as paredes laterais. Duas dessas paredes mais o vão da porta, de seis côvados, daria a largura do cômodo. |
Ez.41:4 | 4. Santo dos Santos. Um quadrado perfeito de 20 côvados (p. 789, K), da mesma medida que o do templo de Salomão (IRs 6:20). |
Ez.41:5 | 5. Parede do templo. A espessura aqui dada (três metros) é a mesma que a do muro do átrio exterior (Ez 40:5). Essa espessura está de acordo com as grandes proporções da antiga arquitetura oriental. |
Ez.41:6 | 6. As câmaras laterais. Estas câmaras tinham as mesmas medidas das do templo de Salomão. A largura de quatro côvados se refere às câmaras do piso térreo. |
Ez.41:7 | 7. Aumentavam. Foram descritos diversos detalhes dessas reentrâncias na parede e do aumento das dimensões dessas câmaras de andar para andar (ver com. de IRs 6:5, 6). Uma vez que há discordância quanto a se havia 30 cômodos em cada andar ou 30 nos três andares, não há indicação de repartições no diagrama (p. 789, Q. |
Ez.41:8 | 8. Pavimento elevado ao redor do templo. Isto é, o alicerce mais alto sobre o qual repousava o templo. Ao que parece, esta plataforma se estendia 2,5 m para alémda parede externa das câmaras (v. 9, 11), formando um passeio do lado de fora das câmaras (p. 789, e).De altura. Do heb. atsilah, que significa “articulação”. Seu significado aqui não está claro. Provavelmente, é um termo arquitetônico. |
Ez.41:9 | 9. Da parede. A parede externa das câmaras laterais, que tem um côvado a menos de espessura do que as paredes principais do templo que sustentavam o edifício.E a área aberta. Ver com. do v. 8.Entre as câmaras. Isto é, as câmaras descritas em Ezequiel 42:1 a 14. Havia uma área separada (p. 789, S) de 20 côvados (cerca de dez metros) que se estendia para além da plataforma nos três lados em que as câmaras estavam localizadas. |
Ez.41:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.41:11 | 11. Para a área aberta. Isto é, a plataforma. |
Ez.41:12 | 12. O edifício. O propósito deste edifício (p. 789, O) não é exposto. Talvez corres-pV ponda ao “átrio ao ocidente” (ver lCr 26:18; “Parbar”, ARC).Numa área separada. Do heb. gizrah, que vem da raiz gazar, “cortar”; portanto, “um espaço cortado”. Este era o espaço (p. 789, S) na extremidade oeste do templo (p. 789, O), entre o templo e o edifício e, provavelmente, também o espaço entre o norte e o sul do templo (ver com. do v. 10). |
Ez.41:13 | 13. O templo. Esta é a medida do templo por fora (cerca de 50 m), incluindo o ves- tíbulo (ver v. 1-5).O edifício. A medida aqui é a mesma, da parede de trás do templo até o exterior da parede oeste do edifício O (p. 789). |
Ez.41:14 | 14. A largura. Esta medida é igual, incluindo a largura total do templo e a área separada em ambos os lados (p. 789, S, S). |
Ez.41:15 | 15. O comprimento do edifício. Esta é a medida externa do edifício O, incluindo suas paredes de cinco côvados.Galerias. O significado da palavra hebraica assim traduzida é incerto. A tradução “galerias” é conjectural.O templo propriamente dito. O que vem a seguir é uma descrição do templo propriamente dito, não do edifício que ficava atrás do templo. |
Ez.41:16 | 16. Cobertas de madeira em redor.O texto hebraico aqui é vago. Segundo a LXX, esta é a descrição do apainelamento do vestíbulo (ver Ez 40:48) e dos lugares santo e santíssimo. |
Ez.41:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.41:18 | 18. Querubins e palmeiras. Isto pode ser comparado com os entalhes artísticos do templo de Salomão (lRs 6:29). |
Ez.41:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.41:20 | 20. Acima da entrada. O apainelamento aparentemente cobria toda a parede interior (ver 1 Rs 6:18). |
Ez.41:21 | 21. As ombreiras. O hebraico deste versículo é obscuro. |
Ez.41:22 | 22. O altar de madeira. Este parece corresponder ao altar de incenso no taberná- culo (Êx 30:1-3) e ao altar de ouro no templo anterior (lRs 7:48), embora o fato de ele ser também chamado de “mesa” tenha levado alguns a identificá-lo com a mesa dos pães da proposição. |
Ez.41:23 | 23. Duas portas. Uma estava na entrada do lugar santo e a outra, na do santíssimo. |
Ez.41:24 | 24. Duas folhas dobráveis. As portas eram semelhantes às do templo de Salomão (lRs 6:31-35). |
Ez.41:25 | 25. Um baldaquino. Do heb. av, uma palavra que ocorre somente aqui e em 1 Reis 7:6. Parece ser um termo arquitetônico cujo significado já se perdeu. |
Ez.41:26 | 26. Janelas de fasquias. Ou, janelas com treliças fixas (ver com. de lRs 6:4).Capítulo 42 |
Ez.42:1 | 1. Átrio exterior. Ver com. de Ez 40:17. Os v. 1 a 14 descrevem as câmaras para os sacerdotes (p. 789, T, T), ao norte e ao sul cio templo. O hebraico desta seção é muito obscuro; e, portanto, é difícil ter uma noção clara dosdetalhes arquitetônicos. Por esta razão, não se tentou mostrar a forma exata do edifício no diagrama (ver, na p. 789, a nota junto à legenda). |
Ez.42:2 | 2. Cem côvados. Cerca de 50 metros. Segundo a LXX, esta é a medida doO ycomprimento do edifício. O comprimento é igual ao do edifício do templo (Ez 41:13). Aparentemente as câmaras estavam diretamente ao norte e ao sul do templo, e entre elas e o templo havia a área separada (p. 789, S). |
Ez.42:3 | 3. Vinte côvados. Cerca de 10 m. Esta é a largura da área separada (p. 789, S) que circundava o templo nos lados norte, oeste e sul (ver com. de Ez 41:12; sobre o átrio exterior, ver com. do v. 1).Defronte do pavimento. Em frente ao pavimento (p. 789, D), que o texto diz pertencer ao átrio exterior, ao longo da parte interna do muro exterior (Ez 40:17).Galeria. O significado da palavra hebraica assim traduzida é incerto.Em três andares. Do heb. bashelishim, que também pode ser traduzido como “no terceiro [andar]”. Não está claro se a referência é aos três andares ou apenas ao último. |
Ez.42:4 | 4. Um passeio de dez côvados. A LXXdiz: “E em frente às câmaras havia um passeio de dez côvados [cerca de cinco metros] de largura, e seu comprimento chegava a 100 côvados [cerca de 50 m]”. Este texto é apoiado pela Siríaca. |
Ez.42:5 | 5. Eram mais estreitas, A razão é que as galerias ocupavam parte do espaço. |
Ez.42:6 | 6. As colunas dos átrios. Não está claro a que colunas o texto se refere. A LXX não traz a expressão “dos átrios”. Alguns acham que as colunas se aplicam às 30 câmaras (Ez 40:17). |
Ez.42:7 | 7. O muro. A exata posição deste muro não está clara. Alguns acham que a referênciaseja ao muro exterior de uma fileira mais curta de câmaras (v. 8). |
Ez.42:8 | 8. O comprimento das câmaras.Alguns creem que esta seja a medida de uma fileira mais curta de câmaras (26 m) que ficava paralela à fileira mais longa e que era separada dessa fileira mais longa pelo “passeio” mencionado no v. 4. Isto não está no diagrama (p. 789) porque a descrição não é suficientemente completa para esclarecer os detalhes da planta. |
Ez.42:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.42:10 | 10. Para o oriente. A LXX diz: “para o sul” (cf. v. 12, 13). Os v. 10 a 12 parecem descrever outro edifício de câmaras ao sul do templo, idêntico ao que ficava ao norte. |
Ez.42:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.42:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.42:13 | 13. Comerão. Os v. 13 e 14 descrevem as funções dessas câmaras. Segundo a lei levítica, os sacerdotes deviam comer certas porções dos sacrifícios no lugar santo (Lv 10:12, 13; Nm 18:9, 10). |
Ez.42:14 | 14. Porão ali as vestiduras. As câmaras santas serviam como vestiários para os sacerdotes. |
Ez.42:15 | 15. O templo interior. O termo aqui se refere à área do templo, presumivelmente a tudo o que tinha sido medido até então. Ezequiel volta à porta leste exterior, onde a inspeção do templo havia começado (Ez 40:6). |
Ez.42:16 | 16. Quinhentas canas. A LXX não traz a palavra “canas”. E presumível que a referência seja a côvados. Note-se que a palavra “canas” é acrescentada no v. 20, e que não ocorre em Ezequiel 45:2. Além disso, a soma das medidas das portas, dos átrios, etc., é de 500 côvados em cada direção. |
Ez.42:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.42:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.42:19 | Sem comentário para este versículo |
Ez.42:20 | 20. Um muro. Ver com. de Ez 40:5. |
Ez.43:1 | 1. À porta. Ver com. de Ez 42:15. |
Ez.43:2 | 2. Do caminho do oriente, vinha.O profeta tinha visto a glória divina sair através da porta leste ou oriental do antigo templo (Ez 10:18, 19; 11:1, 23).Ruído de muitas águas. Ver Ap 1:15; 14:2; 19:6. |
Ez.43:3 | 3. Da visão que tive. Ver Ez 1:4-28; 3:12, 23; 10:15, 22. As várias revelações da glória de Deus para o profeta tiveram características semelhantes.Vim destruir. As visões anteriores anunciavam a destruição de Jerusalém. |
Ez.43:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:5 | 5. Enchia o templo. Com respeito a evento semelhante relacionado aos santuários anteriores, ver Êx 40:34, 35; lRs 8:10, 11. |
Ez.43:6 | 6. Ouvi. A voz era, sem dúvida, a de Deus. Ela veio do templo, enquanto o ‘'homem” ficou junto ao profeta no átrio interior. |
Ez.43:7 | 7. Este é o lugar do Meu trono. No hebraico, não existem as palavras 'este é”, mas a posição enfática do termo traduzido como “o lugar do” requer esta adição.Com as suas prostituições. O templo anterior havia sido contaminado pela adoração a ídolos praticada dentro de seus recintos (2Rs 16:11-16; 21:4-7). Alguns acham que a referência aqui seja à prostituição literal (2Rs 23:7; cf. lRs 14:24; 15:12).O cadáver de seus reis. Não há evidência histórica de que algum rei tenhasido sepultado na área do templo. Vários deles foram sepultados perto dali, na colina a sudeste (ver lRs 2:10; 11:43; 22:50; etc.).A LXX diz: '‘Ou pelos assassinatos de seus príncipes no meio deles”, o que talvez reflita o pensamento que o profeta pretendeu transmitir. |
Ez.43:8 | 8. Uma parede entre. Era apenas uma parede que separava o templo do palácio. Não havia provisão para um átrio exte- «í rior, como na nova planta (Ez 40:17, 20, 31, 34, 37). |
Ez.43:9 | 9. Lancem eles [...] a sua prostituição. Este era um pré-requisito indispensável para que Yahweh habitasse entre o povo. |
Ez.43:10 | 10. Mostra à casa. Quando vissem a revelação do amor de Deus nos gloriosos planos para o novo templo e para seu restabelecimento como nação, os filhos de Israel deviam se envergonhar “das suas iniquida- des”, deixando-as. Deus desejava que considerassem cuidadosamente Seu plano, a fim de que isso se tornasse para eles um incentivo para abandonar os maus caminhos e aceitar as novas provisões. |
Ez.43:11 | 11. Envergonhando-se eles. Se os judeus mostrassem interesse nos planos e evidenciassem mudança de coração, o profeta não apenas devia revelar cada detalhe do plano, mas escrevê-lo “na sua presença”, para que eles o guardassem.O tabernáculo e, mais tarde, o templo foram a habitação de Deus entre o povo escolhido. A reconstrução do templo representava a restituição de Seu propósito de atuar por meio de Israel para a salvação do mundo (ver p. 13-17). Se Israel se envergonhasse da história passada de transgressão a ponto de estar disposto, como nação, a seguir em frente com o propósito divino, tudo o que Ezequiel predisse certamente se cumpriría (ver com. de Ez 40:1). |
Ez.43:12 | 12. Esta é a lei. A mesma fórmula foi usada na conclusão e no sobrescrito das leis levíticas do código sacerdotal (ver Lv 6:9, 14; 7:1, 37; 11:46; 12:7; 13:59; 14:54; 15:32). A referência parece ser a todas as i n s t r u ç õ e s p r e c e d e n t e s. |
Ez.43:13 | 13. As medidas do altar. Os v. 13 a 17 dão a descrição do altar identificado no v. 18 como o altar de holocaustos. Emprega-se o mesmo côvado longo usado para a medição do edifício (ver com. de Ez 40:5). O altar repousava sobre uma base de um côvado (cerca de 50 cm) de altura. Em cima da base havia sucessivas saliências, sendo cada uma delas um côvado menor. A ultima saliência, a lareira, era um quadrado de 12 côvados (6,3 m) de lado e quatro côvados (cerca de dois metros) de altura. O material do qual ela era feita não é especificado. O altar no templo de Salomãoera feito de bronze e tinha 20 côvados de lado e dez de altura (2Cr 4:1). No tabernáculo, ele era feito de madeira de acácia, coberto de bronze e tinha dimensões bem menores: cinco côvados de lado e três de altura (Êx 27:1). Segundo o Mishnah, o altar do templo de blerodes repousava sobre uma base de 32 côvados de lado e era feito de pedra bruta.O altar (p. 789, Q), que ficava diante do templo, no centro do átrio interior, tinha uma escadaria (Ez 43:17), diferentemente do antigo (ver Ex 20:26). Esta ficava no lado (este, provavelmente para que o sacerdote que fazia o sacrifício ficasse de costas para o sol nascente, a fim de que não pudesse haver qualquer sugestão de adoração ao Sol (sobre a aversão divina à adoração ao Sol, ver com. de Ez 8:16). |
Ez.43:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:18 | 18. As determinações do altar. Os v. 18 a 27 descrevem as cerimônias a serem realizadas em conexão com a consagração do altar. Elas não representam os regulamentos gerais para a adoração sacrifical que deveríam ser observados posteriormente. Os santuários anteriores também tiveram cerimônias especiais de dedicação antes de o altar ser posto em uso (Ex 29:1-46; Lv 8:11- 33; lRs 8:63-66; 2Cr 7:4-10). |
Ez.43:19 | 19. Descendência de Zadoque. Ver com. de 2Sm 8:17.Capítulo 44fício. 17 Ordenanças para os sacerdotes.ela; por isso, permanecerá fechada.I I Contudo, eles servirão no Meu santuário como guardas nas portas do templo e ministros dele; eles imolarão o holocausto e o sacrifício para o povo e estarão perante este para lhe servir.pai, ou mãe, ou filho, ou filha, ou irmão, ou por irmã que não tiver marido, se poderão contaminar. |
Ez.43:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.43:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:1 | 1. O homem me fez voltar. Isto é, do átrio interior (ver Ez 43:5).Porta exterior do santuário. A refe- rência é à porta de entrada para todo o complexo do santuário (ver p. 789, B). |
Ez.44:2 | 2. Entrou por ela. Ver Ez 43:4. Por ter sido santificada pela presença divina, esta porta não seria usada para o propósito comum de entrada do povo. |
Ez.44:3 | 3. Ao príncipe. Isto é, o governante civil do futuro reino. Os rabis atribuíam esta passagem ao Messias, mas Jesus Cristo não podia ser o príncipe aqui mencionado. O príncipe traria uma oferta pelo pecado em seu próprio favor (Ez 45:22), teria filhos (Ez 46:16) e prestaria adoração oferecendo sacrifícios (Ez 46:2).Para comer o pão. Sem dúvida, uma referência a refeições sacrificais como as que acompanhavam certas ofertas (ver Ex 18:12; Lv 7:15; Dt 12:7, 18). |
Ez.44:4 | 4. Pela porta do norte. Já que sua posição é descrita como “diante da casa”, isto é, na frente dela, esta deve ter sido a porta interior norte (p. 789, 1).Glória do Senhor. Ver com. de Ez 43:2-5. |
Ez.44:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:6 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:7 | 7. Estrangeiros. Os estrangeiros que viviam em Israel tinham permissão para tomar parte na Páscoa e em outros ritos religiosos caso se submetessem à circuncisão (Ex 12:48). Em certas circunstânciaslhes era permitido oferecer sacrifícios (Nm 15:14, 26, 29). |
Ez.44:8 | 8. Não cumpriste as prescrições. Emvez de cumprirem as prescrições do templo como haviam sido instruídos, os levitas contrataram servos dentre os estrangeiros e permitiram que estes entrassem no átrio do templo, quer fossem adoradores de Deus ou não (Js 9:27; Ed 8:20; cf. Nm 16:40; Zc 14:21). |
Ez.44:9 | 9. Nenhum estrangeiro. A precaução tinha o objetivo de impedir a profanação do templo posteriormente. |
Ez.44:10 | 10. Os levitas. Os v. 10 a 14 descrevem os deveres oficiais dos levitas na nova economia. Por causa da apostasia e da idolatria, os levitas seriam rebaixados e perderíam seu exaltado privilégio de ministrar no altar. |
Ez.44:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:15 | 15. Filhos de Zadoque. Sobre o contexto histórico do sacerdócio zadoquita, ver com. de 2Sm 8:17; cf. Ez 40:46. |
Ez.44:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:17 | 17. Vestes de linho. Ver Êx 28:40-43; 39:27-29; Lv6:10. |
Ez.44:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:19 | 19. Despirão as vestes. Os sacerdotes deviam usar as vestes sacerdotais apenas quando empenhados no serviço do templo. Foram feitos edifícios especiais (p. 789, T, T) perto do templo para eles trocarem a roupa antes e depois de ministrar no altar (Ez 42:13, 14). |
Ez.44:20 | 20. Não raparão a cabeça. Ver Lv 21:1-5; Dt 14:E Era prática dos pagãos egípcios rapar a cabeça. Esta foi, provavelmente,uma das razões pelas quais foi feita essa proibição para os sacerdotes do Senhor. Eles não deviam deixar o cabelo comprido, como os estrangeiros, mas deviam cortá-lo e mantê- lo em ordem. Só lhes era permitido deixar o cabelo crescer enquanto estavam sob o voto de nazireu (Nm 6:5; cf. Lv 10:6; 21:10). |
Ez.44:21 | 21. Vinho. Ver Lv 10:9; Josefo, Antiguidades, iii.12.2. |
Ez.44:22 | 22. Viúva. De acordo com a lei levítica, havia urna distinção entre o sumo sacerdote e os sacerdotes comuns no que dizia respeito às leis de casamento e luto. O sacerdote comum não podia se casar com mulher divorciada? (Lv 21:7) mas, aparentemente, podia se casar com viúva, enquanto o sumo sacerdote não podia se casar com mulher divorciada nem com viúva, mas apenas com uma virgem de Israel (Lv 21:14). Nesta passagem, o casamento do sacerdote comum com uma viúva é vetado. |
Ez.44:23 | 23. A Meu povo ensinarão. Os sacerdotes deviam ser os ensinadores do povo para que este conhecesse a verdade e se preservasse da apostasia. A instrução é essencial para o crescimento espiritual. Não pode haver verdadeiro crescimento a menos que haja contínuo avanço no conhecimento. No passado, Israel fora “destruído, porque lhefalta [va] o conhecimento” (Os 4:6). Isto não devia se repetir no novo sistema. O cristão recebe individualmente essas instruções por meio do estudo da Palavra e de pessoas que ensinam a Palavra. Cada dia ele deve acrescentar conhecimento espiritual a seu fundo de reserva e praticar a nova luz. Uma mudança de coração sempre é acompanhada por clara convicção do dever espiritual. |
Ez.44:24 | 24. Para a julgarem. Este havia sido o encargo anterior deles no antigo sistema (Dt 33:10). |
Ez.44:25 | 25. De nenhuma pessoa morta. Este regulamento se assemelhava ao antigo (ver Lv 21:1-3). |
Ez.44:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:28 | 28. Uma herança. A ordem das ofertas também refletia a antiga lei. Havia claras instruções acerca das ofertas de manjares e das ofertas pelo pecado e pela culpa (ver Lv 2:3; 6:25, 29; 7:6, 7; sobre o campo consagrado, ver Lv 27:21; sobre as primícias, ver Êx 23:19; 34:26; Nm 18:13; Dt 18:3, 4; acerca dos sacrifícios pacíficos especiais, ver Nm 15:19-21; 18:19). Os sacerdotes do novo templo tinham um local de residência na “porção santa da terra” (Ez 45:1-5). |
Ez.44:29 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:30 | Sem comentário para este versículo |
Ez.44:31 | 31. Que de si mesma haja morrido. Ver Lv 17:15; 22:8; Dt 14:21.Capítulo 45ela será santa em toda a sua extensão ao redor. |
Ez.45:1 | 1. Repartirdes [...] por sortes. O significado parece ser o de repartir por quotas. Na verdade, a cada tribo foi designada uma porção definida (Ez 48:1-29).Uma oferta. Do heb. terumah, literalmente, "algo levantado”, sendo “uma oferta”, “um presente” ou “urna contribuição”. Pequena parte desta “porção santa da terra” devia ser ocupada pelo santuário, e o restante, dado aos sacerdotes e levitas. A terumah ainda é descrita em Ezequiel 48:8 a 22.Côvados. Esta palavra foi acrescentada. A questão é se a referência é a “canas” (ver ARC) ou a “côvados”. Se a referência for a “canas”, a área não podería ser encaixada entre o Mediterrâneo e o Jordão. O comprimento seria de mais de 80 quilômetros. “Côvados” parece mais razoável e mais dentro da proporção dos quinhões das tribos.Dez míl. Isto seria cerca de cinco quilômetros. A área total, descrita nos v. 1 a 6, era de 25 mil côvados quadrados (11 km2). Esta era composta de três porções: 10 mil (Ez 48:13) ao norte para os levitas; 10 mil (Ez 48:10) no meio para os sacerdotes, no centro dos quais estava o santuário; e os restantes 5 mil (Ez 48:15) para “o uso civil da cidade, para habitação e para arredores”. |
Ez.45:2 | 2. Terá em redor [...] cinquenta côvados. O templo estava situado num átrio de 500 côvados quadrados (ver com. de Ez 40:5). Aqui uma faixa de terra de 50 côvados de largura (26 m) é deixada do lado de tora, ao redor do muro exterior, para ajudar a impedir sua profanação.Uma área aberta. Ver com. de Nm 35:2. |
Ez.45:3 | 3. Desta porção. Ver com. do v. 1. |
Ez.45:4 | 4. Para os sacerdotes. Este versículo descreve o domínio dos sacerdotes (ver Ez 48:10). |
Ez.45:5 | 5. Os levitas. O espaço dos levitas ficava ao norte em relação ao dos sacerdotes e devia ser do mesmo tamanho (ver Ez 48:13).Para vinte câmaras. A LXX diz: “cidades nas quais habitar”, o que faz mais sentido. |
Ez.45:6 | 6. Toda a casa de Israel. Esta porção, que tinha o mesmo comprimento, mas só a metade da largura das outras, devia prover alimento para os que “trabalham na cidade” (Ez 48:18). |
Ez.45:7 | 7. O príncipe. A porção do príncipe incluía toda a terra a leste e a oeste da porção santa, presumivelmente até o Mediterrâneo a oeste e até o Jordão e o Mar Morto a leste. |
Ez.45:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:9 | 9. Tirai as vossas desapropriações. Os v. 9 e 10 são uma exortação aos príncipes para observarem a justiça em seu procedimento. |
Ez.45:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:11 | 11. Sua medida. Ver Lv 19:35, 36; Dt 25:13-15; Pv 16:11; Os 12:7; Am 8:5; Mq 6:10. O efa era usado para medida de secos, e o bato, para medida de líquidos. Aqui é dito que eles têm a mesma capacidade e equivalem à décima parte do ômer. Em equivalentes modernos, um efa ou um bato seria cerca de 22 Litros (ver vol. 1, p. 145). |
Ez.45:12 | 12. O síclo. Ver Êx 30:13.Mina. Uma transliteração do heb. maneh. Em outras passagens, maneh é sempre traduzido como “arrátel” (lRs 10:17; Ed 2:69; Ne 7:71, 72). Um maneh ou uma mina equivalia a 50 siclos (ver vol. 1, p. 142, 144, 145). O texto hebraico desta passagem é obscuro. |
Ez.45:13 | 13. A oferta. Os v. 13 a 15 descrevem o imposto a ser pago, presumivelmente ao príncipe (ver v. 16), que, por sua vez, fornecería as ofertas sacrificais requeridas. |
Ez.45:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:16 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:17 | 17. Proverá. Do heb. ‘asah, usado aqui no sentido de “fornecer” ou “prover”. O príncipe ficava responsável por fornecer as ofertas para os vários sacrifícios das festas. |
Ez.45:18 | 18. No primeiro mês. A partir do v. 18, até o v. 15 do cap. 46, é descrito o ritual sacrifical a ser seguido em ocasiões especiais. Há algumas diferenças em relação à lei mosaica. Não é mencionado o Pentecostes nem o Dia da Expiação. Mas é especulação dizer que esses aspectos cerimoniais estariam totalmente ausentes do novo ritual. |
Ez.45:19 | 19. Tomará do sangue. Segundo a lei mosaica, no Dia da Expiação, o sangue das ofertas pelo pecado era aspergido sobre o propiciatório e diante dele, dentro do véu (Lv 16:14, 15). De acordo com o novo ritual, no que diz respeito à cerimônia de purificação, o sangue era posto “nas ombreiras da casa, e nos quatro cantos da fiada do altar, e nas ombreiras da porta do átrio interior”. |
Ez.45:20 | 20. Símplices. Do heb. pethi, “inexperiente”. |
Ez.45:21 | 21. Páscoa. Os regulamentos quanto à observância da Páscoa eram semelhantes aos da lei mosaica, mas com ofertas em maior número (Êx 12:6; Lv 23:5-8; Nm 28:16-25). |
Ez.45:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.45:25 | 25. Sétimo mês. A referência é à Festa dos Tabernáculos (Êx 23:16; 34:22; Lv 23:34; Dt 16:13, 16). Alguns afirmam que a razão pela qual a festa não é mencionada aqui por esse nome é que o costume de habitar em tendas seria descontinuado. Os sacrifícios são em número menor do que os requeridos na lei mosaica (Nm 29:12-38).Capítulo 46os sacerdotes prepararão o holocausto dele e os seus sacrifícios pacíficos, e ele adorará no limiar da porta e sairá; mas a porta não se fechará até à tarde..1 1 Nas solenidades e nas festas fixas, a oferta de manjares será um efa para cada novilho e um para cada carneiro; mas, pelos cordeiros, o que puder dar; e de azeite, um him para cada efa.a terça parte de um him, para misturar com a flor de farinha. Isto é estatuto perpétuo e contínuo. |
Ez.46:1 | 1. A porta do átrio interior. Umasantidade especial era atribuída à porta leste interior (p. 789, H; ver os regulamentos concernentes à porta leste exterior, em Ez 44:1-3). |
Ez.46:2 | 2. Ombreira da porta. Este era, provavelmente, o umbral que ficava na extremidade interior, ou seja, na extremidade oeste da estrutura da porta. Deste ponto, o príncipe podia observar os sacerdotes prepararem a oferta, mas não tinha permissão para entrar no átrio interior ou para auxiliar no oferecimento dos sacrifícios. |
Ez.46:3 | 3. Na entrada. As pessoas que estivessem presentes nos sábados e nas luas novas deviam prestar adoração no átrio exterior, próximo à porta interior. Não podiam entrar na estrutura da porta, como o príncipe, mas eram obrigadas a ficar só na entrada. |
Ez.46:4 | 4. No dia de sábado. A oferta do sábado que o príncipe aqui recebe a ordem de oferecer é bem maior do que a requerida na lei mosaica, que exigia apenas dois cordeiros de um ano (Nm 28:9). |
Ez.46:5 | 5. Oferta de manjares. Ver com. de Lv 2:1. |
Ez.46:6 | 6. Festa da Lua Nova. Ver Nm 28:11-15. Há uma diminuição no número de animais requeridos. |
Ez.46:7 | 7. Oferta de manjares. Ver com. de Ez 46:5; cf. Nm 28:11-15. Há um considerável aumento nas exigências. |
Ez.46:8 | Sem comentário para este versículo |
Ez.46:9 | 9. Festas fixas. E prescrito aqui um arranjo singular para os que fossem às festas solenes, às quais deviam estar presentes todos os homens (Ex 23:17; 34:23; Dt 16:16). Provavelmente, para ajudar a manter a ordem e também para evitar que as pessoas tivessem que se virar, pois elas foram instruídas a entrar pela porta norte ou sul,mas a sair pela porta do lado oposto ao que haviam entrado. |
Ez.46:10 | 10. No meio deles. O significado parece ser que, nas festividades anuais, o príncipe devia se misturar com o povo, unindo-se a este no culto. |
Ez.46:11 | 11. Nas solenidades. As proporções são as mesmas que as apresentadas nos v. 5 e 7 e em Ezequiel 45:24. |
Ez.46:12 | 12. Como oferta voluntária. Comrespeito às ofertas voluntárias especificadas pela lei de Moisés, ver Levítico 7:16; 22:18, 21, 23; 23:38. |
Ez.46:13 | 13. Manhã após manhã. Há umasignificativa mudança no holocausto diário. Ezequiel menciona apenas o sacrifício da manhã, ao passo que na lei mosaica o sacrifício era oferecido pela manhã e à tarde (Nm 28:3-8). Seja como for, a oferta devia ser de um cordeiro, como antes. A oferta de manjares acompanhante devia ser ligeiramente aumentada. |
Ez.46:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.46:15 | Sem comentário para este versículo |
Ez.46:16 | 16. Der um presente. Os v. 16 a 18apresentam regulamentos quanto às terras que pertenciam ao príncipe. Duas seções lhe seriam designadas, uma de cada lado da santa porção (Ez 45:7, 8). |
Ez.46:17 | 17. Ano da liberdade. Sem dúvida, o ano do jubileu (Lv 25:8-17). |
Ez.46:18 | Sem comentário para este versículo |
Ez.46:19 | 19. Havia um lugar. Quanto à localização geral das cozinhas descritas nos v. 19 e 20, verp. 789, U, U. As dimensões não são dadas. |
Ez.46:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.46:21 | 21. Havia outro átrio. Ver p. 789, V, V, V, V. |
Ez.46:22 | 22. Pequenos. O significado da palavra hebraica assim traduzida é incerto. A LXX diz "um átrio pequeno ”. |
Ez.46:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.46:24 | 24. Ministros do templo. Presumivelmente, os levitas.Cozerão o sacrifício. Isto é, como preparo para a refeição sacrif ical.Capítulo 47de vós, que gerarem filhos no meio de vós; e vos serão como naturais entre os filhos de Israel; convos- co entrarão em herança, no meio das tribos de Israel. |
Ez.47:1 | 1. Entrada do templo. Isto é, a porta do templo.Saíam águas. Deve-se ter em mente aqui o que foi dito com respeito à interpretação da visão do templo (ver com. de Ez 40:1). A visão era uma profecia ilustrativa que descreve um sistema literal. As condições são apresentadas da maneira como poderiam ter ocorrido, e parece haver poucos motivos para se interpretar de outra forma a linguagem, a não ser de maneira literal. Ezequiel não discute se esta corrente de águas fluía miraculosamente ou se era alimentada por várias fontes ou por outras correntes de água. Sua responsabilidade era simplesmente descrever o que via. O significado deve ter ficado razoavelmente claro para os israelitas. A abundância de água, como retratada aqui, era sinal de chuvas adequadas e da consequente prosperidade. Tais bênçãos ainda foram enfatizadas pela menção de árvores frutíferas e de abundante vida nas águas (v. 7-12).Uma vez que estas predições nunca se cumpriram em seu propósito original, deverão se cumprir, em certa medida, com o Israel espiritual. E João, o escritor do Apocalipse, que toma as figuras destes capítulos e explica que aspectos delas se cumprirão na nova Terra (ver, por exemplo, Ez 47:12; cf. Ap 22:2).Os arranjos físicos também têm frequentemente o objetivo de ensinar lições espirituais. Aqui a corrente de águas, depois de começar pequena, ia aumentando à medida que fluía em direção ao deserto. Assim as bênçãos da aliança, das quais os israelitas foram os primeiros receptores, deviam fluir, aumentando cada vez mais até que abarcassem o mundo todo. O movimento do advento, que surgiu no século 19, tambémpode ser ilustrado pela mesma figura (ver T7, 171, 172).Se a corrente de águas se originasse miraculosamente e fosse aumentando, ficaria como evidência perpétua do poder de um Deus sempre presente que atua em favor de Seu povo. Tal demonstração seria semelhante à presença da coluna de fogo e de nuvem que acompanhava os israelitas em suas vagueações pelo deserto (Ex 13:21, 22) e ao maravilhoso fornecimento de água potável (Êx 17:1-7; etc.). |
Ez.47:2 | 2. Porta do norte. Possivelmente, porque a porta leste interior era reservada para o príncipe (Ez 46:1-8) e a porta leste exterior era fechada (Ez 44:1, 2; sobre a porta exterior, ver com. de Ez 42:1). |
Ez.47:3 | 3. Pelas águas. As medições descritas nos v. 3 a 6 retratam vividamente o aumento fenomenal das águas. Após 4 mil côvados (1,8 km) o pequeno veio d/água havia se transformado num rio de tamanho considerável, que já não podia ser atravessado a pé (v. 5). |
Ez.47:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.47:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.47:6 | Sem comentário para este versículo |
Ez.47:7 | 7. Grande abundância de árvores.Cf. Ap 22:2; ver com. de Ez 47:1. |
Ez.47:8 | 8. Campina. Do heb. ‘aravah, que incluía a depressão do rio Jordão, o Alar Morto e o vale que se estende do Mar Morto até o golfo de Áqaba. O moderno termo Arabá designa apenas o vale ao sul do Mar Morto.Mar Morto. O hebraico diz apenas “mar”, mas a descrição dada aqui deixa claro que a referência é ao Alar Morto. |
Ez.47:9 | 9. Viverá. Por causa de seu elevado conteúdo de minerais, nenhum peixe consegue viver no Mar Morto. Sem dúvida, essa já era a condição nos dias de Ezequiel. |
Ez.47:10 | 10. En-Gedi. Literalmente, “fonte do cabrito”. O local está situado no meio da costaoeste do Mar Morto (ver com. de lSm 24:1). O lugar é hoje chamado Tell ej-Jurn.En-Eglaim, O nome ocorre apenas aqui e o local não foi identificado. |
Ez.47:11 | 11. Sal. Certas áreas não seriam feitas saudáveis, provavelmente para garantir um estoque adequado do mineral. |
Ez.47:12 | 12. Arvore que dá fruto para se comer. Em sua aplicação secundária, esta predição se cumprirá na árvore da vida, que está no meio do novo Éden de Deus (Ap 22:2). |
Ez.47:13 | 13. Doze tribos. Esperava-se que retornassem do cativeiro alguns de cada uma das doze tribos. As promessas não estavam limitadas a Judá e Benjamim, mas eram para todo o Israel.Duas partes. Ver Gn 48:22; js 17:14, 17. A porção de Levi estava incluída na “porção santa” (Ez 45:5, 6) e, assim, as duas porções para José (Efraim e Manassés) completavam as 12 porções. |
Ez.47:14 | 14. Tanto para um, como para outro.Literalmente, “cada um como seu irmão”, uma frase que significa “igualmente”. Eze- quiel define com precisão só as fronteiras norte e sul da terra. Alguns presumiram que as várias porções designadas para as tribos eram faixas de terra de largura mais ou menos igual, que cortavam o país de leste a oeste. Não há como comprovar isso.Jurei, levantando a mão. Sobre promessa e juramento, ver Gn 12:7; 17:8; 26:3; 28:13. |
Ez.47:15 | 15.0 limite da terra. Há muitas semelhanças entre estas fronteiras e as que mencionadas em Números 34:1 a 15. Ali, contudo, a fronteira sul é citada primeiro, sem dúvida, porque os israelitas estavam chegando desde o Egito. Aqui a fronteira norte é dada primeiramente, talvez porque o povo estaria voltando para a Palestina saindo do norte.Desde o mar Grande. A fronteira começa no Mediterrâneo, mas o ponto exato não é dado. A julgar por outras referências geográficas mencionadas, o ponto,provavelmente, ficava próximo à cidade hoje conhecida como Trípoli. Alguns colocam o início da fronteira perto de Tiro.Hetlom. Local mencionado somente aqui e em Ezequiel 48:1. Sua localização é incerta.Zedade. Este local tem sido identificado com a moderna Tsadâd, que fica a cerca de 90 km de Hamate. |
Ez.47:16 | 16. Hamate. Uma mudança na ordem das palavras permite ler aqui, em harmonia com a LXX: “a entrada de Hamate, Zedade” (ou, Lebo-Hamate; ver NVI). Pensa-se que “a entrada de Hamate”, provavelmente, se refira à moderna Lebiveh (que fica 110 km a sudoeste de Hamate) ou ao vale de Orontes (ver Nm 34:8).Berota. O sítio desta cidade não é conhecido, embora, provavelmente, seja o mesmo de Berotai (2Sm 8:8), a moderna Bereitân, situada no vale que fica entre as montanha: do Líbano e a cadeia do Antilíbano.Sibraim. Um ponto de fronteira cujo local exato é desconhecido.Hazer-Haticom. Literalmente, “a aldeia do meio”. Tudo o que se sabe do local é o que está escrito nesta passagem, isto é, que ficava no limite do distrito de Haurã.Haurã. O nome designa o território que fica ao sul de Damasco, indo em direção a Gileade. |
Ez.47:17 | 17. Hazar-Enom. Possivelmente, a moderna Qaryatein, que fica 32 km a sudeste de Zedade (ver com. do v. 15) e 117 km a nordeste de Damasco. |
Ez.47:18 | 18. O lado do oriente. E difícil traçar esta fronteira com precisão. Ela devia incluir parte do território a leste do mar de Quinerete ou mar da Galíleia. |
Ez.47:19 | 19. Tamar. Este local não foi identificado com precisão. Talvez ficasse perto da extremidade sul do Mar Morto.Meribá-Cades. Chamada Cades- Barneia (Nm 34:4). Alguns a identificam com Ain Qudeirât, 117 km a sudoeste de Hebrom;outros, com Áin Qedeis, que fica 8,5 km mais a sudeste.Ribeiro. Uma comparação com Números 34:5 e Josué 15:4 e 47 mostra que a referência é ao “ribeiro do Egito”, identificado com o curso d água hoje denominado Wadi ei- 'Arish, que entra no Mediterrâneo cerca de 80 km a sudoeste de Gaza. |
Ez.47:20 | 20. O lado do ocidente, A fronteira ocidental era o Mediterrâneo, como em Números 34:6. |
Ez.47:21 | Sem comentário para este versículo |
Ez.47:22 | 22. Sorteareis. Ver com. de Ez 45:1.Para a dos estrangeiros. Foi dada mais liberdade aos estrangeiros aqui do quesob a lei mosaica. Segundo a lei antiga, os estrangeiros deviam ser tratados com bondade (Êx 22:21; Lv 19:34; Dt 1:16; 24:14), tinham a permissão de oferecer sacrifícios (Lv 17:8) e de participar da Páscoa se fossem circuncidados (Êx 12:48), mas é duvidoso que tivessem direitos de propriedade irrestritos. Neste contexto, os que se estabelecessem permanentemente no país deviam receber herança na tribo em que habitavam. Era propósito de Deus que os estrangeiros se sentissem atraídos para Israel, que se estabelecessem entre os israelitas e que aceitassem a religião do Deus verdadeiro (ver p. 1 5, 16).Capítulo 48filhos de Israel se extraviaram, como fizeram os ievitas.ocidente, paralelamente com as porções, será do príncipe; a região sagrada e o santuário do templo estarão no meio. |
Ez.47:23 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:1 | 1. Nomes das tribos. Este capítulo descreve a distribuição da terra e termina com uma descrição do tamanho da cidade e de seus portões.A distribuição da terra (v. 1-7) não segue muito de perto a que foi feita sob a liderança de josué (js 13-19). A idade ou a descendência materna não parece ter sido o critério de orientação. A parte central da terra devia ser ocupada pela "porção santa” (Ez 45:1-7). Ela seria delimitada lateralmente pelas duas tribos, Judá e Benjamim, que permaneceram fiéis mais tempo do que as outras dez. Próximas a elas, deviam ser colocadas as tribos de Rúben e Simeão (os dois filhos mais velhos). Dã seria colocada no extremo norte, onde parte da tribo havia vivido no passado. Parece que não havería um padrão determinado para a localização das demais tribos. |
Ez.48:2 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:3 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:4 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:5 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:6 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:7 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:8 | 8. Região sagrada. Esta era a “porção santa” (ver Ez 45:1-7; sobre Ez 48:8-14, ver o com. de Ez 45:1-7). |
Ez.48:9 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:10 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:11 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:12 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:13 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:14 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:15 | 15. Uso civil da cidade. O território dos sacerdotes e dos levitas mediria, cada um, 10 mil côvados de norte a sul, o que deixava para a cidade 5 mil côvados de toda a “porção santa" ao sul da área dos sacerdotes. |
Ez.48:16 | 16. Suas medidas. A cidade deveria ocupar um quadrado de 4,5 mil côvados de lado que seria cercado por uma área aberta de 250 côvados ao redor (v. 17), fazendo com que a área total fosse um quadrado de 5 mil côvados (2,6 km) de lado. Esta seria a largura exata do espaço que restava no lado sul da porção santa. |
Ez.48:17 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:18 | 18. Ao que ficou. As duas seções mediríam, cada uma, 10 mil por 5 mil côvados. |
Ez.48:19 | 19. Todas as tribos. Os habitantes de Jerusalém, anteriormente, eram provenientes das tribos de Judá e Benjamim. Na nova cidade, que seria propriedade de todos, as 12 tribos teriam parte. |
Ez.48:20 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:21 | 21. Do príncipe. A faixa de terra que restava a leste e oeste da "porção santa” seria para o príncipe. Seu território, de norte a sul,teria a mesma extensão da “porção santa”. A leste e oeste, essa faixa de terra seria delimitada pela porção santa de um lado, e do outro lado se estendería, sem dúvida, até os limites da terra. |
Ez.48:22 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:23 | 23. Resto das tribos. Os v. 23 a 29 descrevem as porções das cinco tribos restantes. |
Ez.48:24 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:25 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:26 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:27 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:28 | 28. O limite. Ver com. de Ez 47:19. |
Ez.48:29 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:30 | 30. As saídas da cidade. Os v. 30 a 34repetem as dimensões da cidade de forma a descrever as três portas de cada lado. Cada porta teria o nome de uma tribo. Uma das portas seria designada para Levi, o que significa que somente uma porta ficaria para José. |
Ez.48:31 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:32 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:33 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:34 | Sem comentário para este versículo |
Ez.48:35 | 35. Dezoito mil. A circunferência da cidade seria 18 mil côvados (9,3 km). Esta medida não incluiría os “arredores” mencionados no v. 17.A cidade da nova Terra, a nova Jerusalém, que João viu descer do Céu da parte de Deus (Ap 21), mostra notáveis semelhanças com a cidade da visão de Ezequíel. Este descreve a cidade que podería ter sido; João, a que será. A nação de Israel, como o povo de Deus dividido em 12 tribos, aparece ao longo de toda a história bíblica. A nova Jerusalém, cujos habitantes são remidos de toda nação, tribo, língua e povo, é apresentada com o nome das 12 tribos inscrito em suas portas. Segundo a figura bíblica, os remidos, não importa a que etnia pertençam, são representados como fazendo parte de uma das 12 tribos (Rm 9-11; G1 3:29),O quadro de Israel na terra de Babilônia, prestes a ser libertado e restaurado à sua própria terra, e a concomitante destruição de Babilônia, forma a imagem usada em grande parte do livro do Apocalipse. A figura é empregada para descrever o Israel de Deus em sua luta final contra os poderes do mal, que são denominados de Babilônia. Essa resulta na destruição de Babilônia e no glorioso livramento do povo de Deus (ver com. de Jr 50:1).O Senhor Está Aíi. Com estas palavras apropriadas, pelas quais a nova cidadeé designada, o profeta Ezequiel encerra suas mensagens proféticas. Coube a ele a tarefa de anunciar a retirada da presença divina por causa da corrupção moral de seu povo. Ele também teve o privilégio de anunciar o remédio para o pecado e declarar, em vividas figuras, a gloriosa perspectiva futura que poderia se cumprir se Israel aceitasse a solução divina tão graciosamente oferecida (ver p. 13-19).Não é sabido se Ezequiel viveu para ver alguns de seus compatriotas retornarem após o generoso decreto do rei persa, Se soubesse que seus escritos seriam preservados no cânon sagrado, ele tería extraído conforto do fato de que alguma geração futura podería se beneficiar da mensagem que seus companheiros de cativeiro haviam desprezado.O desafio agora é para a igreja. O novo Israel de Deus está prestes a entrar numa terra muito mais gloriosa do que aquela oferecida à geração de Ezequiel. Mas essa entrada também se baseia em certos pré- requisitos. Tem havido demora, e o povo de Deus precisa cumprir as condições necessárias. Desta vez, contudo, não pode haver um adiamento indefinido, pois a restauração não mais será nacional, mas individual. Quando o momento chegar, Deus ajun- tará, de todas as terras, aqueles que pessoalmente se prepararam. Eles herdarão as ricas promessas e habitarão na cidade pre- figurada na profecia de Ezequiel e divinamente denominada ‘‘O Senhor Está Ali” (Ap 21; 22). |