"As coisas encobertas pertencem ao nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei."
Deuteronômio 29:29

Capítulo e Verso Comentário Adventista > Cantares
Ct.1:1 1. Cântico dos cânticos. A expressão indica que esta canção é de excelência peculiar. Os judeus consideravam os Cânticos de Salomão como os melhores dentre todos os cânticos bíblicos. O título original possivelmente comparava os cânticos com outras 1.005 composições de Salomão (lRs 4:32).
Ct.1:2 2. Beija-me. Quem fala, evidentemente, é a donzela sulamita. Seu discurso continua até o fim do v. 7, com exceção das interrupções das damas da corte, indicadas pelo pronome “nos” do v. 4.Teu amor. A mudança da terceira pessoa do singular na primeira linha para a segunda pessoa do singular é comum na poesia hebraica. A palavra traduzida como “amor” está no plural, indicando muitas atenções e manifestações de amor.Vinho. Do heb. yayin, o suco da uva (ver Gn 9:21; ISm. 1:14; Is 5:11; etc.).
Ct.1:3 3. Unguento derramado. O perfume e o unguento eram preciosos entre os orientais. Para a noiva de Salomão, o nome de seu amado significava mais do que qualquer perfume.Donzelas. Do heb. ‘alamoth, “moças” (ver com. de Is 7:14). Possivelmente a noiva de Salomão estivesse pensando em si mesma, apesar de, por modéstia, não ter se identificado claramente. Ela diz apenas que Salomão é o tipo de homem que uma moça como ela amaria.
Ct.1:4 4. Leva. Do heb. mashak, neste verso, “atrair em amor” (ver Jr 31:3; Os 11:4).Apressemo-nos. Possivelmente esta fala seja das damas da noiva.Em tuas câmaras. Alguns veem nos v. 2 a 4 uma alusão a um cortejo nupcial e esta frase como uma descrição da entrada no palácio.Em ti nos regozijaremos. Possivelmente outra fala das damas da noiva.Os retos te amam (ABC). Ou “te amam com probidade”. Estas palavras de aprovação poderiam ter sido ditas pela noiva que acreditava que todos deveríam sentir carinho pelo homem tão encantador a quem ela amava. Ela sentia que todos aprovariam a sua decisão de se casar com Salomão.
Ct.1:5 5. Eu estou morena. Ela está simplesmente dizendo que a sua pele está escura.Quedar. Tribos nômades de Ismael (Gn 25:13) que habitavam nos desertos da Arábia (ver Is 21:16; 42:11). E comum aos beduínos viver em tendas feitas com pelo negro de cabra.
Ct.1:6 6. Não olheis. Isto evidencia que sua pele escura era devido ao sol e não à origem étnica. A LXX interpreta este texto como “o sol tem me olhado com desfavor”.Os filhos de minha mãe. Parece que os irmãos mais velhos da noiva haviam encarregado a irmã menor de cuidar das vinhas, o que a deixou com a pele bronzeada pelo sol.A vinha, porém, que me pertence.Isto é, sua beleza pessoal (ver Ct 8:12). Os irmãos dela não lhe concederam tempo livre ou oportunidade para cuidar da aparência.
Ct.1:7 7. Teu rebanho. Este verso apresenta uma dificuldade na representação do amado como pastor, função que Salomão não desempenhou. Pode ser que a noiva, numa imagem poética, pense nele como o companheiro de sua vicia campestre. Alguns creem que Salomão se disfarçou de pastor quando a visitou em casa para cortejá-la.Repousar pelo meio-dia. Nas regiões quentes, durante o calor escaldante do sol do meio-dia, os pastores procuravam umlugar à sombra para que eles e também o rebanho ficassem abrigados.Ande eu vagando. Do heb. 'otyah, literalmente, “alguém que está velado”. Se duas consoantes forem transpostas se obteria a tradução: “alguém que vagueia”. Esta interpretação é encontrada na Peshitta (versão Siríaca), na Vulgata e na tradução grega de Símaco.
Ct.1:8 8. Se tu não o sabes. Outra voz é introduzida. Pode ser Salomão ou uma resposta bem-humorada das damas da corte dizendo à sulamita que fosse paciente. O amado apareceria no devido tempo. Enquanto isto, ela deveria continuar cuidando de seus rebanhos.
Ct.1:9 9. As éguas. Literalmente, “minha égua”. Salomão compara sua noiva e seus atavios com uma égua real adornada na corte do faraó. A comparação parece rude à mente ocidental, mas é completamente apropriada para o pensamento oriental.Carros. Ver lRs 10:26, 28, 29.
Ct.1:10 Sem comentário para este versículo
Ct.1:11 Sem comentário para este versículo
Ct.1:12 12. Nardo. Um perfume envolvente importado da índia. A planta nardostachys jatamansi, de cujas raízes os hindus extraem o perfume aromático, cresce nas pastagens mais altas do Himalaia, numa altitude de 3.353 a 5.182 metros. Logo, o nardo se tornou um artigo comercial.
Ct.1:13 13. Saquitel de mirra. A mirra era extraída de uma resina aromática da árvore árabe chamada balsamodendron rnyrrha. Há informações de que as mulheres hebreias, em algumas ocasiões, levavam sob o vestido, saquinhos de mirra presos ao pescoço.
Ct.1:14 14. Racimo de flores de hena. Esta planta crescia ao sul da Palestina e produzia flores perfumadas, brancas e amarelas. Algumas vezes, as folhas e os galhos eram moídos, e as mulheres preparavam um corante laranja-avermelhado para tingir suas mãos e pés.En-Gedi. Literalmente, “fonte do cabrito”. Ficava a leste do Mar Morto, a meio caminho da foz do Jordão e da extremidade sul do lago. Ainda flui na região uma fonte abundante conhecida hoje como Ain Jidi.
Ct.1:15 Sem comentário para este versículo
Ct.1:16 16. O nosso leito é de viçosas folhas. Não está claro se a noiva está descrevendo uma cama no palácio ou se está se referindo ao ambiente onde morava anterior mente. Alguns veem neste verso uma alusão ao leito nupcial. Seria natural para a noiva descrever sua felicidade com imagens emprestadas do que lhe era familiar.Capítulo 2nossa terra.levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.
Ct.1:17 Sem comentário para este versículo
Ct.2:1 1. Eu sou a rosa de Sarom. A divisão deste capítulo tem levado alguns a associar o v. 1 com os seguintes. Desta forma, Salomão seria o interlocutor neste verso e os dois títulos “rosa de Sarom” e “lírio do vale” seriam aplicados espiritualmente a Cristo. Segundo a gramática e o contexto, é mais natural considerar este verso como uma declaração da noiva. A palavra da qual se traduz “lírio” pode ter gênero masculino ou feminino. Neste verso ocorre a forma feminina, enquanto que a masculina é encontrada nos cap. 2:16; 4:5; 5:13; 6:2, 3; 7:2. A forma feminina ocorre novamente no cap. 2:2, em que é aplicada à donzela sulamita. Considerações contextuais também favorecem este ponto de vista. Sendo assim, a noiva está confessando sua modéstia, declarando que se sente deslocada no palácio. Ela é apenas uma flor do campo.A palavra traduzida como “rosa” ocorre apenas neste verso e em Is 35:1, e sua identidade é incerta. Pode ser identificada com o açafrão, asfódelo ou narciso. Parece que se tinha em mente alguma flor silvestre.“Sarom” significa literalmente “um campo”, “uma planície”. O nome próprio se refere à planície marítima entre Jope e o monte Carmelo. A LXX considera “Sarom”,neste verso, como uma designação geral de um campo aberto.
Ct.2:2 2. Lírio entre os espinhos. Não osespinhos de plantas e árvores, mas plantas espinhosas. Salomão garante à sua noiva que, as demais mulheres comparadas a ela, são como plantas espinhosas e ela uma linda flor campestre.
Ct.2:3 3. A macieira. A noiva devolve o elogio. Seu noivo, comparado a outros homens, é como uma árvore frutífera, e eles são árvores estéreis.Debaixo dela [de sua sombra].A noiva desfruta a sombra e come os frutos com muita satisfação. Estas palavras têm sido utilizadas para ilustrar o descanso da alma à sombra do amor de Cristo, desfrutando um abençoado companheirismo com o Senhor. Os benefícios dessa comunhão não podem ser apreciados por aqueles que se detêm apenas por alguns instantes na presença de Jesus. Com muita frequência a agitação das atividades da vida tira os preciosos momentos de comunhão, tão essenciais ao crescimento saudável na graça (ver T7, 69; Ed, 261).
Ct.2:4 4. Sala do banquete. Literalmente, “casa do vinho” (ver com. de Ct 1:2). Este verso tem sido usado para ilustrar melhor acomunhão com Cristo (ver com do v. 3; ver também PJ, 206, 207; Ed, 261).
Ct.2:5 5. Sustentai-me com passas. Melhor seria “sustentai-me com bolos de uvas secas”. Esses bolos eram considerados estimulantes e também benéficos em casos de esgotamento.Desfaleço de amor. No português moderno poderiamos dizer que ela estava apaixonada. A noiva estava completamente dominada pelas emoções dessa nova experiência e não conseguia encontrar palavras adequadas para expressar seus sentimentos.
Ct.2:6 Sem comentário para este versículo
Ct.2:7 7. Conjuro-vos. Este verso é um refrão. Ele é repetido nos cap. 3:5 e 8:4. Possivelmente ainda seja a noiva falando.Meu amor (ARC). A palavra “meu” foi acrescentada. “Amor” vem de ahabah, uma forma feminina que considera o amor como abstrato e não como o ser amado. São exaltadas as afeições puras e naturais.
Ct.2:8 8. A voz do meu amado. Os v. 8 a 17 parecem ser as lembranças que a noiva tem de um agradável encontro na primavera. Talvez todo esse conteúdo tenha sido dito enquanto ela era abraçada pelo noivo (ver v. 6).Ei-lo aí. A intuição amorosa da noiva pressente a aproximação de seu amado a longa distância, enquanto ele se dirige para o lar dela nas montanhas.
Ct.2:9 9. Gamo. Uma gazela.Olhando pelas janelas. Literalmente, “contemplando [a parte externa] da janela”. Ou a oração pode ser traduzida idiomaticamente como “olhou através das janelas”. A imagem mostra Salomão brincando ao procurar sua amada através da janela.
Ct.2:10 Sem comentário para este versículo
Ct.2:11 11. Passou o inverno. Os v. 11 a 13 constituem uma das mais belas descrições poéticas da primavera (ver Ed, 160). A primavera era a estação do ano em que alegres peregrinos viajavam para o festival da Páscoa em Jerusalém (ver PP, 537, 538).Cessou a chuva. As últimas chuvas terminavam no início da primavera (ver vol. 2, p. 93).
Ct.2:12 12. Rola. Do heb. tor, uma espécie de pombo. Tor é uma onomatopéia, isto é, o som da palavra imita o tom melancólico da ave. Várias espécies de rolas são migratórias e o aparecimento delas marca o retorno da primavera (ver Jr 8:7).
Ct.2:13 13. A figueira começou a dar seus figos. Literalmente, “dá sabor a seus figos verdes”, possivelmente no sentido de amadurecê-los.
Ct.2:14 14. Pomba minha. A pomba das rochas escolhe os rochedos mais altos e os mais profundos desfiladeiros como locais de descanso (ver Jr 48:28), a fim de evitar a convivência com as pessoas. E desta forma que Salomão indica a modéstia e timidez de sua amada.Rochas escarpadas. Do heb. madre- gah, melhor seria “precipícios” (comparar com Ez 38:20).
Ct.2:15 15. Apanhai-me as raposas. O sentido desta declaração e quem a pronuncia são questões de conjectura. Sugere-se que a noiva ouviu seus irmãos falando com ela ou que eles interromperam o noivo e que este pede para ver o rosto e ouvir a voz de sua noiva. Eles alertam contra as raposas que aparecem na primavera e destroem as vinhas que estão em flor. Alguns creem que a sulamita está expondo o motivo pelo qual ela não pode responder imediatamente ao convite de seu amado, pois ela tem deveres domésticos a desempenhar. Outros opinam que se refere ao prazer que os apaixonados desfrutam ao brincar, perseguindo as pequenas raposas por entre as vinhas perfumadas.
Ct.2:16 16. O meu amado é meu. Estas palavras são um refrão frequente neste Cântico de Salomão (ver Ct 6:3). A expressão ilustra a afetuosa relação entre Cristo e Seu povo (ver MDC, 64).
Ct.2:17 17. Antes que refresque o dia.Literalmente, “até que o dia respire”. Podeestar se referindo ao amanhecer, quando sopra a fresca brisa matutina, ou ao entardecer, com o refrescante vento noturno.Montes de Beter (ARC). Estas montanhas não são conhecidas geograficamente.Talvez a palavra traduzida como “Beter” deveria ser revista, Bether vem de uma raiz que significa “cortar em dois”, portanto, o sentido seria possivelmente “montanhas fendidas”.Capítulo 3embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu.ineenso, e de toda sorte de pós aromáticos do mercador?
Ct.3:1 1. De noite. Os v. 1 a 5 podem ser melhor explicados como o relato de um sonho em que a donzela, momentaneamente, perdeu seu amado. Contudo, a separação foi breve e o reencontro, feliz.
Ct.3:2 Sem comentário para este versículo
Ct.3:3 Sem comentário para este versículo
Ct.3:4 4. Casa de minha mãe. No oriente, as mulheres tinham apartamentos separadosnos quais só entravam familiares. Isaque levou Rebeca para a tenda de sua mãe quando a tomou por esposa (ver Gn 24:67). A noiva sonha cjue o casamento se realiza, não na câmara nupcial do palácio de Salomão, mas em seu próprio lar, no Líbano, ao norte (ver com. de Ct 4:8).
Ct.3:5 5. Conjuro-vos. Ver com. de Ct 2:7.
Ct.3:6 6. Quem é esta que sobe [...]? (ARC).O pronome “esta” e o verbo “sobe” representam formas femininas no hebraico. E uma referência à noiva ou à “liteira” do v. 7. No caso da última palavra, a tradução deveria ser “o que é isto?”. Não se pode identificar com certeza o interlocutor.Começa uma nova seção que descreve um cortejo real. Uma descrição da comitiva depende da interpretação de “quem é esta”. Se refere-se à sulamita, o séquito pode ser aquele em que Salomão foi buscar sua donzela camponesa. Se ‘quem é esta? (ARC)” ou “que é isso? (ARA)” for uma referência à “liteira” de Salomão, a noiva pode ser aquela que observa a aproximação do cortejo e, como testemunha ocular, descreve a impressionante demonstração.Deserto. Do heb. midbar, que pode significar simplesmente uma pastagem ou um amplo espaço aberto.Como colunas de fumaça. Isto possivelmente se refere ao costume de ir adiante da comitiva, perfumando o caminho com incenso. Este era um antigo costume oriental.
Ct.3:7 7. Liteira. Do heb. mittah, um sofá para sentar, reclinar ou repousar. O contextosugere que, neste verso, o termo se refere à liteira na qual Salomão era carregado.Sessenta valentes. Estes eram os guardas que cercavam o pavilhão do noivo.A segurança do principal governante requeria a constante vigilância de uma guarda.
Ct.3:8 Sem comentário para este versículo
Ct.3:9 9. Palanquim. Do heb. appiryon, possivelmente sinônimo de mittah (v. 7) neste verso, portanto, “carro fechado”, “liteira” ou “maca” de Salomão.
Ct.3:10 10. Colunas. Possivelmente os pés da cama ou cantoneiras feitas de prata maciça ou revestidas de prata. As carruagens reais eram ricamente adornadas.O estrado (ARC). Do heb. refidah, que parece se referir ao apoio, ou grades dos lados da liteira.O assento. Do heb. merkab. A palavra ocorre em Levítico 15:9, em que é traduzida como “sela”.Ornado com amor. A tradução literal da última parte deste verso é “interiormente ornado com amor pelas filhas de Jerusalém”. Uma tradução livre seria “o interior foi decorado com uma marca de amor pelas filhas de Jerusalém”. Ornar com amor pode se referir aos versos bordados pelas filhas de Jerusalém nas colchas, cortinas ou tapete como expressão de seu amor pelo rei Salomão e sua noiva. <íCapítulo 4lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma delas há sem crias.
Ct.3:11 Sem comentário para este versículo
Ct.4:1 1. És formosa. Até aqui, a principal interlocutora dos Cânticos tem sido a donzela sulamita. A partir deste verso, inicia-se o discurso mais extenso do noivo. As lembranças visam exaltar a beleza da noiva e culminam com uma proposta de casamento, que ela aceita.Os teus olhos são como os da pomba. Ver Ct 1:15.Teu véu. Utilizado por muitas mulheres orientais, o véu é um pano escuro suspenso na cabeça. Este véu cobre o pescoço e todo o rosto, com exceção da testa e olhos, e fica solto sobre o busto.Como o rebanho de cabras. Os cabelos dela são negros e macios, como os pelos das cabras da Palestina que, em sua maioria, possuíam pelagem negra ou marrom escura.
Ct.4:2 2. Rebanho das ovelhas. E bela a brancura dos dentes, bem formados e simétricos, dos quais não há falta de nenhum.
Ct.4:3 3. Falar (ARC). Melhor seria ‘'boca” (ARA), como um instrumento da fala.Fronte (ARC). Do heb. raqqah, originado em uma raiz que significa “estar magro”, “estar fraco”, portanto, as partes finas do crânio em cada lado dos olhos. Alguns sugerem que o autor tinha em mente as “faces” (ARA).
Ct.4:4 4. Escudos. Com frequência os escudos eram pendurados nas torres para ornamentação e para estarem à mão em caso de emergência.
Ct.4:5 Sem comentário para este versículo
Ct.4:6 6. Refresque o dia. Ver com. de Ct 2:17.Isto parece ser outro refrão, talvez dito pela noiva em sua modéstia e humildade, para restringir o fervor do noivo. Ele, no entanto, imediatamente continua a derramar seu amor com novas expressões de afeição.
Ct.4:7 7. Tu és toda formosa. Você é encantadora, não tem nenhum defeito. Apresenta-se a Jesus como dizendo estas palavras à Sua noiva, a igreja (ver CBV, 356; MDC, 64).
Ct.4:8 8. Amana. Cordilheira do Antilíbano.Senir. Nome amorita, ugarítico e aca-diano do monte Hermom (ver Dt 3:9). As duas montanhas podem estar emaposição neste verso, ou Senir pode ser um pico destacado do monte Hermom. Salomão quer que a donzela sulamita deixe todas as lindas montanhas de seu país ao norte.
Ct.4:9 9. Arrebataste-me o coração. O verbo hebraico é derivado do substantivo “coração”. Literalmente, Salomão disse: “Você tem me encorajado.”
Ct.4:10 10. Teu amor. Literal mente, “teus amores", isto é, as muitas atenções e manifestações de amor (ver Ct 1:2).
Ct.4:11 Sem comentário para este versículo
Ct.4:12 12. Jardim fechado. Sob a simbólica expressão de um jardim fechado Salomãopropõe casamento, e sob o mesmo simbolismo a donzela sulamita aceita (v. 16). Parafraseando, ninguém entrou neste jardim, nem provou desta fonte cujo selo jamais foi rompido.
Ct.4:13 Sem comentário para este versículo
Ct.4:14 Sem comentário para este versículo
Ct.4:15 15. Poço de águas vivas. A linguagem deste verso tem sido usada para ilustrar as correntes perenes e refrescantes que se podem obter da Palavra de Deus (ver PP, 412; PR, 234).
Ct.4:16 16. Venha [...] para o seu jardim. Esta é a resposta da sulamita. Ela convida o noivo para entrar em seu jardim e comer de seus frutos.Capítulo 5de jacintos; o seu ventre, como alvo marfim, coberto de sal iras.
Ct.5:1 1. Entrei no meu jardim. Este verso deveria estar no capítulo anterior, pois é a resposta de Salomão ao consentimento da donzela em se casar com ele.Comei e bebei, amigos. Palavras sem dúvida dirigidas aos convidados, na festa de casamento.
Ct.5:2 2. Eu dormia. Aqui começa uma nova seção. A noiva relata um sonho agitado. Ela sonha que seu amado foi até ela à noite e, num momento de demora, ela o perdeu. Algo similar ao sonho já narrado no cap. 3:1 a 5, mas aqui a ênfase é colocada na angústia e, no outro sonho, no feliz desenlace.
Ct.5:3 3. Já despi a minha túnica. Ela parece dizer: “Já me aprontei para dormir, não me incomode.'’
Ct.5:4 4. Da porta (ARC). Estas palavras foram acrescentadas e, talvez, corretamente. Alguns supõem que ele estendeu sua mão através da janela gradeada da casa dela.
Ct.5:5 5. Levanteí-me. Possivelmente ainda no sonho.
Ct.5:6 6. Quando, antes, ele me falou.Pode-se imaginar uma expressão de desapontamento ao ver que o amado partiu.Busquei-o. Possivelmente ainda no agitado sonho.
Ct.5:7 7. Tiraram-me o manto. Evidentemente para ver quem ela era.
Ct.5:8 8. Filhas de Jerusalém. No sonho ela se vê abordando as filhas de Jerusalém para que a ajudem a encontrar seu amado.
Ct.5:9 Sem comentário para este versículo
Ct.5:10 10. O mais distinguído entre dez mil. Um título adequado para Cristo (ver DTN, 827; MDC, 43, 49, 64; PJ, 339). A descrição do noivo continua até o v. 16 e chega ao clímax com a expressão “Ele é totalmente desejável”. Esta descrição está frequentemente associada ao título “o mais distinguído entre dez mil”, quando se refere a Cristo (ver Ed, 69; 16, 175; CPPE, 67).Capítulo 6
Ct.5:11 Sem comentário para este versículo
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Ct.5:13 Sem comentário para este versículo
Ct.5:14 Sem comentário para este versículo
Ct.5:15 Sem comentário para este versículo
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Ct.6:1 1. Para onde. As filhas de Jerusalém conversam com a noiva para ver o que mais ela tem a dizer.
Ct.6:2 2. Desceu ao seu jardim. A ansiedade devido à perda do amado se foi. Ela sabe que ele está ocupado em outro lugar. Nada aconteceu para perturbar a felicidade deles.
Ct.6:3 Sem comentário para este versículo
Ct.6:4 4. Como Tirza. Nos v. 4 a 10, Salomão faz generosos elogios à sua noiva. Tirza é identificada com Tell el-Fârah, 11,2 km a nordeste de Siquém, no território de Manassés. Sem dúvida era notável por sua beleza.Aprazível como Jerusalém. Salomão estabelece uma comparação entre a capital de seu reino no sul da Palestina e sua noiva, para destacar a notável graça desta. Jerusalém era admirada por sua beleza (ver SI 48:2; 50:2; Lm 2:15).
Ct.6:5 Sem comentário para este versículo
Ct.6:6 Sem comentário para este versículo
Ct.6:7 Sem comentário para este versículo
Ct.6:8 8. Sessenta são as rainhas. Esta é uma referência ao barém de Salomão.A quantidade de esposas é menor do que a apresentada em 1 Reis 11:3. Esta canção sem dúvida foi escrita no início do reinado de Salomão.
Ct.6:9 Sem comentário para este versículo
Ct.6:10 10. Formidável como um exército.Força e beleza estão combinadas neste verso numa descrição bem aplicável à igreja (ver PR, 725; AA, 91). Alguns creem que a pergunta deste verso é feita pelas damas da corte quando vislumbraram a sulamita pela primeira vez.
Ct.6:11 11. Desci. Declaração feita pela noiva.
Ct.6:12 12. Meu nobre povo. O sentido da expressão é obscuro. A tradução literal seria “meu povo, meu nobre”. A noiva se imagina sendo erguida e colocada em uma carruagem ao lado de Salomão.
Ct.6:13 13. Volta, ó sulamita. Talvez esta declaração tenha sido feita pelos membros do cortejo, que expressaram um desejo dever melhor aquela que reconheciam como a rainha.Por que quereis contemplar [...]?Uma encantadora expressão de modéstia.Na dança de Maanaim. Alguns têm sugerido que esta seria uma referência ao coro das donzelas da noiva e ao coro dos acompanhantes do noivo. Outros presumem que se refere a algumcostume local desconhecido e não compreendido. Há também outros que preferem transliterar as palavras como "dois exércitos’' (ARC, Mahanaim) e veem uma alusão ao “festejo” da hoste angelical em Maanaim com o retorno de Jacó a Canaã (ver Gn 32:1-3). Se este for o caso, a sula- mita nesse momento teria executado a "dança de Maanaim”.Capítulo 7os teus seios, a seus cachos.
Ct.7:1 1. Que formosos. Os v.l a 5 são um elo- observando, apesar de muitos considerarem gio, possivelmente pelas senhoras que estão que as palavras foram ditas por Salomão.Como colares. A ênfase está sobre as joias que então ela utilizava.
Ct.7:2 Sem comentário para este versículo
Ct.7:3 3. Como duas crias [...] de gazelas.Comparar com Ct 4:5.
Ct.7:4 4. Como torre. Comparar com Ct 4:4.Piscinas. Literalmente, “açudes’’, como amesma palavra foi traduzida em 2 Samuel 2:13.Hesbom. Geralmente é identificado com Tell Hesbân, cerca de 24 km a leste do Jordão. Este local não estava evidente na época de Moisés, mas sua existência ficou comprovada na época dos juizes e da monarquia, inclusive as porções de um grande açude.Bate-Rabim. Literalmente, “filha de multidões”. Sem dúvida, o nome de um dos portões.
Ct.7:5 5. Carmelo. Uma cadeia de montanhas com elevação de cerca de 600 m, formando a fronteira sudoeste da planície de Esdraelom e a Baía do Acre.Tranças. Do heb. rehatim. O sentido desta palavra é incerto. Em Gênesis 30:38e 41 significa “canais de água”. Pode vir de uma raiz cujo sentido é “correr ”, “fluir”, portanto, um “fluxo descendente”. A partir disso, a definição “cachos de cabelos” tem sido sugerida. O rei fala de si mesmo como segurando as mechas de cabelo da sulamita.
Ct.7:6 Sem comentário para este versículo
Ct.7:7 7. Palmeira. Do heb. taniar. A alta e elegante palmeira era uma imagem adequada para a beleza feminina. Várias mulheres tiveram o nome Tomar (Gn 38:6; 2Sm 13:1).
Ct.7:8 Sem comentário para este versículo
Ct.7:9 Sem comentário para este versículo
Ct.7:10 10. Eu sou do meu amado. Um refrão (ver Ct 2:16; 6:3) que termina a seção que exalta a beleza da noiva.
Ct.7:11 11. Saiamos. Nesta seção a noiva expressa saudade de seu lar no Líbano. Pode-se imaginá-la implorando a seu esposo cjue a leve de volta a seu antigo lar, persuadindo-o com promessas de seu renovado amor por ele.
Ct.7:12 Sem comentário para este versículo
Ct.7:13 13. Mandrágoras. Pela etimologia popular, “maçãs do amor ”. Cria-se que era um afrodisíaco e que favorecia a procriação (ver Gn 30:14-16).Capítulo 8te despertei, ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz.
Ct.8:1 1. Como meu irmão. A noiva parece recordar do tempo anterior à remoção dos obstáculos de sua união. Como não podia se declarar a ele como uma mulher apaixonada, ela desejava que seu relacionamento fosse como o de irmão e irmã.Desprezariam. Isto é, a família e os amigos dela não a reprovariam.
Ct.8:2 2. E tu me ensinarias. Conforme a tradução, a instrutora é a mãe. O verbo também pode ser traduzido como “tu instruirás”. As duas traduções fazem sentido. As mães dão sensatos conselhos às filhas sobre o casamento. O sábio Salomão, também havia emocionado o coração de sua jovem noiva ao compartilhar com ela seu vasto conhecimento. Em troca, ela retribuiría com afeto.
Ct.8:3 Sem comentário para este versículo
Ct.8:4 4. Conjuro-vos. Comparar com os cap. 2:7; 3:5. A repetição deste refrão apoia a idéia de uma calculada unidade do cântico.
Ct.8:5 5. Quem é esta que sobe [...]'? Este verso parece descrever a chegada do casal real à casa da noiva.Debaixo da macieira te despertei.Salomão sugere que eles devem voltar ao local onde ele conquistou o amor de sua noiva.Tua mãe. Eles retornaram à casa em que sua noiva nasceu.
Ct.8:6 6. Põe-me como selo. No hebraico, pelo uso da forma masculina de "tu”, lica evidente que é a noiva quem fala.A palavra hebraica para “selo”, chotham, significa sinete (ver Êx 28:11, 21; Jó 38:14; 41:15; Jr 22:24). Algumas vezes, os hebreus usavam o sinete pendurado sobre o peito. A noiva de Salomão desejava que seu esposo a visse como um sinete.Brasas. Do heb. reshafim, “chamas”, “flechas de fogo”, traduzidas como “raios” no Salmo 78:48.Veementes labaredas. Literalmente, “um fogo de Yahweh”, possivelmente um relâmpago.
Ct.8:7 7. Não poderíam apagar o amor.O amor puro é de tal natureza que nada pode destruí-lo. Não pode ser comprado. A proposta mais alta seria totalmente desprezada. Esta passagem, que fala da regularidade, durabilidade e invencibilidade do poder do amor não possui paralelo na literatura devido à força da expressão.
Ct.8:8 8. Irmãzinha. Esta declaração parece ter sido feita pelos irmãos da sulamita, ao recordar a infância dela. E possível que estivessem preocupados quanto à maneira de tratar sua irmãzinha quando fosse feita uma oferta de casamento a ela.
Ct.8:9 Sem comentário para este versículo
Ct.8:10 Sem comentário para este versículo
Ct.8:11 11. Teve Salomão uma vinha. Esta é uma das várias vinhas de Salomão.
Ct.8:12 12. A vinha. A noiva renova seus votos para com seu esposo. Ela fala de si mesma como a proprietária de sua própria vinha, mas ela transfere esses direitos e privilégios a seu esposo.
Ct.8:13 13. Faze-me, pois, também ouvi-la.Ao cair das cortinas, Salomão pede para ouvir uma vez mais a voz de sua amada, talvez um refrão que ele a ouviu repetir no namoro.
Ct.8:14 14. Vem depressa, amado meu. Assim termina o poema, com dois versos curtos que compactam em si tudo que foi repetido várias vezes sob diferentes imagens: o namoro e o casamento de duas pessoas felizes.