"As coisas encobertas pertencem ao nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei."
Deuteronômio 29:29

Capítulo e Verso Comentário Adventista > 2 Samuel
2Sm.1:1 1. Da morte de Saul. Este fato decisivo abriu caminho para a ascensão de Davi ao trono. Por ocasião da batalha final entre Saul e os filisteus, Davi estivera empenhado num ataque aos amalequitas que saquearam Ziclague (ISm 30). Decorreu algum tempo antes que ele soubesse da morte de Saul.
2Sm.1:2 2. Sucedeu. A declaração constitui o elo natural entre os eventos de 1 Samuel 30 e 31 e os eventos narrados em 2 Samuel. Não há intervalo entre os dois livros de Samuel, e os eventos do segundo volume são uma continuação da história precedente, sem qualquer interrupção.Ao terceiro dia. Isto é, o terceiro dia após Davi ter retornado de Ziclague, não necessariamente o terceiro dia após a morte cie Saul.Com as vestes rotas. Como se quisesse indicar tristeza pela derrota que sobreviera ao povo de Davi (ver Js 7:6; ISm 4:12; 2Sm 15:32; Jó 2:12).Inclinou-se. O mensageiro era um ama- lequita (ver com. do v. 13), alguém da mesma etnia dos que atacaram o acampamento cie Davi e que este acabara de derrotar (1 Sm 30:1, 17, 18). Seu pai, contudo, era um peregrino em Israel, e o homem evidentemente tinha se alistado no exército de Saul (ver com. do v. 3). Seu ato de reverência provavelmente indicava que ele reconhecia a nova posição de Davi como líder de Israel.
2Sm.1:3 3. Do arraial. Tem havido um questionamento quanto a se o mensageiro ama- lequita tinha sido ou não um dos soldados de Saul. Alguns acham que a expressão "Cheguei, por acaso, à montanha de Gilboa” (v. 6) indica que sua presença ali foi apenas acidental. Contudo, é muito improvável que viajantes cheguem a se aproximar por acaso ao centro de um combate, e a expressão “por acaso” é melhor entendida se seu significado for que, no decurso da batalha, cie por casualidade se deparou com Saul quando este estava ferido.
2Sm.1:4 Sem comentário para este versículo
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2Sm.1:6 6. Cheguei, por acaso. A história do jovem não concorda com o relato da morte de Saul (ver iSm 31:3-6; e com. de lSm 31:4). O amalequita inventou a história com o propósito de conseguir uma recompensa, achando que sua suposta façanha seria grandemente aplaudida por Davi.
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2Sm.1:10 10. A coroa. O amalequita foi evidentemente um dos primeiros a encontrar o corpo de Saul, uma vez que conseguiu recuperar a coroa e o bracelete. Apresentou esses artigos como prova irrefutável de que Saul estava morto. A oferta desses emblemas de realeza a Davi mostra que o jovem o reconhecia como o futuro rei. Por todo esse esforço, esperava grande recompensa.
2Sm.1:11 11. E as rasgou. Este ato revelou a verdadeira grandeza do futuro rei de Israel. Davi lamentou a morte de Saul com genuína tristeza. Embora Saul tivesse procurado tirar a vida de seu suposto rival, Davi não lhe queria mal. Esta reação por parte de Davi não é a resposta natural do coração humano, mas uma evidência do amor e da compaixão de Deus em sua vida. Como verdadeiro israelita, Davi lamentou a morte do rei e, como um amigo pessoal, chorou a morte de Jônatas, a quem devotava profunda afeição.
2Sm.1:12 12. Pelo povo. Saul não caíra sozinho. Muitos dos filhos de Israel morreram com ele. Eles são aqui descritos como o povo do Senhor, uma parte da igreja à qual Davi também pertencia, e que, apesar de seus defeitos, Cristo fervorosa mente amava e guardava. A perda de vidas entre aqueles que Davi considerava como seus amigos e irmãos o encheu da mais intensa tristeza.
2Sm.1:13 13. Donde és tu? Enquanto Davi lamentava a morte de Saul, o amalequita ficou ali passivo, incapaz de compreender o significadoda cena que testemunhava. Recuperando-se do primeiro choque, Davi se voltou para o jovem que estava diante dele, desejando saber mais detalhes sobre o crime que ele já confessara.Homem estrangeiro. Do heb. ger, literalmente, ‘peregrino’. Seu pai era um amalequita que peregrinava como um residente estrangeiro em Israel.
2Sm.1:14 14. Não temeste. Davi tivera duas vezes a oportunidade de tirar a vida de Saul, mas se recusara a levantar a mão contra o ungido do Senhor. Então, ele considerou o assassinato do rei um crime vil contra a nação e contra Deus. Julgou que o ato de um estrangeiro matar o rei que Deus havia nomeado e que fora ungido com o santo óleo do Senhor era uma ofensa hedionda que só podia ser expiada com a morte.
2Sm.1:15 15. Lança-te sobre esse homem. O crime que o amalequita confessara era digno de morte aos olhos de Davi, e foram as próprias palavras do homem que o condenaram. Davi provavelmente seria considerado inocente por pronunciar a sentença, embora o jovem obviamente não houvesse matado Saul (ver com. do v. 6). As evidências do caso pareciam inquestionáveis, e a justiça foi rapidamente executada em boa fé.
2Sm.1:16 Sem comentário para este versículo
2Sm.1:17 17. Esta lamentação. Em sua profunda e genuína tristeza por Saul e jônatas, Davi extravasou sua dor num tocante poema que revela sua sinceridade e nobreza de alma. Nesse hino fúnebre, ele prestou seu tributo final à bravura e força de Saul e expressou sua profunda afeição pelo amigo Jônatas. Não há nenhum pensamento de amargura, nenhum traço de rancor, nenhuma exulta- ção pela remoção de um inimigo que, por muito tempo, havia frustrado suas esperanças de ter uma vida pacífica e tranquila dentro de seu próprio país. Um bino fúnebre mais curto foi composto por Davi por ocasião da morte de Abner (ver 2Sm 3:33, 34).
2Sm.1:18 18.0 Hino ao Arco. Se fosse traduzida bteralmente, a frase diria: "E ele disse queensinassem aos filhos de Judá o arco.” A LXX omite “o arco” e diz: "I ele deu ordens para que o ensinassem [o lamento) aos filhos de judá” (cf. a tradução da NTLH). O significado exato da frase hebraica não está claro. O que vem em seguida parece não ter nada a ver com um arco. Alguns acham que, devido ao fato de o poema ser um hino marcial, Davi o tenha intitulado de “O Arco”. O arco era uma das principais armas da época, e os ben- jamitas eram particularmente hábeis em seu uso (lCr 12:2; 2Cr 14:8; 17:17).Livro dos Justos. Ou, “Livro de Jasar” (NVI). Este livro já é mencionado em Josué 10:13, por ocasião da vitória dos israelitas sob o comando de josué, no Vale de Aijalom. Pouco se sabe sobre ele. Parece ter sido uma coleção de cânticos que falavam de eventos e de homens memoráveis da história antiga de Israel. A elegia de Davi alusiva à morte de Saul e Jônatas parece ter sido inserida nesse volume (ver com. de Js 10:13).
2Sm.1:19 19. Glória. Do heb. Tsebi, literalmente, “beleza” ou "honra”. A LXX interpreta que esta palavra hebraica vem da raiz ncitab, que significa “erigir”, como no caso de uma coluna, e traduz a frase da seguinte forma: “Erige uma coluna, ó Israel, para os mortos.”Os valentes. Ver v. 25. A elegia consiste de duas partes. A primeira trata de Saul e de Jônatas (v. 19-24) e a segunda, apenas de Jônatas (v. 25, 26).
2Sm.1:20 20. Gate. A cidade real de Aquis (JSm 21:10, 12; 27:2-4), onde o próprio Davi residiu. A expressão “não o noticieis em Gate” parece ter se tornado um provérbio (ver Mq 1:10).Asquelom. Uma das principais cidades dos filisteus. Gate e Asquelom são usadas poeticamente para representar toda a Eilístia.As filhas. Era costume as mulheres celebrarem grandes livramentos e triunfos nacionais (Ex 15:21; lSm 18:6).Dos incircuncisos. Um termo particularmente adequado para os filisteus (que nãoeram semitas) e frequentemente aplicado a eles (ver jz 14:3; 15:18; lSm 14:6; 17:26, 36; 31:4; lCr 10:4). A circuncisão era praticada por outros povos além dos hebreus (ver com. de Gn 17:11).
2Sm.1:21 21. Orvalho. O orvalho e a chuva tornam possível o cultivo de produtos da terra. A inexistência de colheitas na região onde Saul e Jônatas foram mortos seria a maior calamidade que Davi poderia invocar. Há exemplos semelhantes de maldições poéticas apaixonadas (ver Jó 3:3-10; Jr 20:14-18).Campos que produzam ofertas. O significado desta f rase não está claro. A LXX traz “campos de primeiros frutos”. Trata-se de alguma forma de maldição sobre o solo outrora fértil de Gilboa, uma imprecação para que o solo ficasse tão estéril que nada crescesse nele, nem mesmo os primeiros frutos — a maior calamidade que poderia sobrevir à terra.Profanado. Do heb. nigáal, da raizgaal, “aborrecer”, "abominar”. A palavra também pode ser traduzida como "contaminado”, significado que melhor se ajusta ao contexto. A declaração se referir ia, então, ao fato de esses escudos terem sido profanados com sangue. A tradução da ARC, "pois aí desprezívelmente foi arrojado o escudo dos valentes”, atribui covardia a Saul, um sentimento inconsistente com o poema.Ungido com óleo. As palavras "como se não fora” (ARC) foram acrescentadas, como similares em outras versões. O hebraico diz apenas: "o escudo de Saul não ungido com óleo”. Era um antigo costume ungir o escudo antes de ir à batalha (ver Is 21:5). Em vez de estar ungido e pronto e para a batalha, o escudo de Saul estava profanado com sangue.
2Sm.1:22 22. Nem voltou vazia. Refere-se às vitórias de combates anteriores em contraste com a derrota desastrosa daquele momento.
2Sm.1:23 23. Tanto na vida. A ARC traz: “Saul e Jônatas, tão amados e queridos na sua vida, também na sua morte se não separaram!” O hebraico, porém, favorece a pontuaçãoutilizada pela ARA: “Saul e Jônatas, queridos e amáveis, tanto na vida como na morte não se separaram!”. A LXX traz: “Saul e Jônatas, queridos e formosos, não se separaram: maravilhosos em sua vida, e na morte não se separaram." Apesar da amizade cie Jônatas e Davi e dos impetuosos atentados de Saul contra a vida do filho, Jônatas permaneceu com o pai como um príncipe leal e estava com ele travando as batalhas do reino quando a morte sobreveio a ambos.Mais ligeiros do que as águias. Ver Dt 28:49; Jr 4:13; Lm 4:19; Hc 1:8.
2Sm.1:24 24. Vós, filhas. As mulheres de Israel haviam se regozijado na hora do triunfo (iSm 18:6, 7), mas naquele momento deviam lamentar os heróis caídos na hora da derrota.De rica escarlata. Ver Pv 31:21, Ao voltar de suas vitórias, Saul repartia com o povo seus despojos, e como resultado as mulheresde Israel desfrutavam de artigos suntuosos — escarlata, ouro e outros luxos.
2Sm.1:25 25. Como caíram os valentes. O poema repete três vezes este refrão (ver v, 19, 27). A repetição de idéia é apropriada ao espírito da elegia, uma vez que a dor é centrai ao tema da paixão, expressando-se vez após vez em amargas lamentações.
2Sm.1:26 26. Ultrapassando o amor de mulheres. Com esta tocante expressão, Davi mostrou a profundidade e sinceridade do amor de jônatas. O príncipe abnegaria da coroa e do reino por causa de seu amor por Davi,O verdadeiro amor consiste em pensar nos outros, importar-se com os outros e fazer as coisas para os outros. O egoísmo consiste em exigir dos outros aquilo que a própria pessoa não está disposta a fazer. Para Jônatas, a amizade de Davi significava mais do que lama e fortuna.Capítulo 2perseguição, não se desviou nem para a direita, nem para a esquerda.Es tu Asael? Ele respondeu: Eu mesmo.L Consultou Davi ao Senhor. Davi havia aprendido, por amarga experiência, que é uma loucura tomar decisões importantes sem o conselho divino (ver ISm 27-30). Nesse momento importante, sua primeira preocupação foi saber o que Deus queria que fizesse. Sua consulta provavelmente foi feita por meio de Abiatar, o sacerdote (ver ISm 23:6, 9-12; 30:6-8).Subirei [...]'? Por algum tempo Davi estivera exilado de seu próprio país. No entanto, a morte de Saul abrira o caminho para que ele voltasse à sua terra. Tudo parecia indicar que havia chegado o momento do retorno, mas antes de voltar Davi procurou conhecer a vontade do Senhor.Para Hebrom. O antigo lar de Abraão (Gn 13:18) e o local de seu sepultamento, bem como de Sara, Isaque e jacó. Ficava cerca cie 40 km a nordeste de Berseba, provavelmente a 27 km de Ziclague, num belo vale rodeado por colinas férteis e terras frutíferas. A região é famosa por seus vinhedos, e suas uvas são consideradas as melhores da Palestina. Davi mantinha relações amigáveis com esta cidade enquanto Saul estava vivo. Ela era adequada para ser a capital provisória cio reino de Davi no sul, pois não só estava situada numa posição forte nas montanhas de Judá, e entre pessoas favoráveis a Davi, mas possuía um vínculo sagrado com os antigos patriarcas. A cidade se tornou o lar de Davi ao longo dos sete anos seguintes.
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2Sm.2:1 "1. Consultou Davi ao Senhor. Davi havia aprendido, por amarga experiência, que é uma loucura tomar decisões importantes sem o conselho divino (ver ISm 27-30). Nesse momento importante, sua primeira preocupação foi saber o que Deus queria que fizesse. Sua consulta provavelmente foi feita por meio de Abiatar, o sacerdote (ver ISm 23:6, 9-12; 30:6-8). Subirei [...]'? Por algum tempo Davi estivera exilado de seu próprio país. No entanto, a morte de Saul abrira o caminho para que ele voltasse à sua terra. Tudo parecia indicar que havia chegado o momento do retorno, mas antes de voltar Davi procurou conhecer a vontade do Senhor. Para Hebrom. O antigo lar de Abraão (Gn 13:18) e o local de seu sepultamento, bem como de Sara, Isaque e jacó. Ficava cerca cie 40 km a nordeste de Berseba, provavelmente a 27 km de Ziclague, num belo vale rodeado por colinas férteis e terras frutíferas. A região é famosa por seus vinhedos, e suas uvas são consideradas as melhores da Palestina. Davi mantinha relações amigáveis com esta cidade enquanto Saul estava vivo. Ela era adequada para ser a capital provisória cio reino de Davi no sul, pois não só estava situada numa posição forte nas montanhas de Judá, e entre pessoas favoráveis a Davi, mas possuía um vínculo sagrado com os antigos patriarcas. A cidade se tornou o lar de Davi ao longo dos sete anos seguintes."
2Sm.2:2 2. Suas duas mulheres. Ver ISm 25:42, 43.
2Sm.2:3 3. Os homens que estavam com ele.Os 600 que foram com Davi a Aquis (ISm 27:2, 3). Muitos deles eram casados e levavam consigo a família e as posses, inclusive seus rebanhos de ovelhas e gado.Aldeias de Hebrom. Evidentemente, Hebrom havia dado seu nome à região em que a cidade estava localizada, da mesma forma que Samaria era o termo usado para a área que circundava a cidade cio mesmo nome.
2Sm.2:4 4. Ungiram alí Davi. Em particular, Samuel havia ungido Davi (ISm 16:13). Isso deu a ele a evidência de que sua nomeação provinha de Deus. Desta vez, porém, foi publicamente ungido em reconhecimento de sua aceitação por parte da tribo de judá. Saul também foi primeiro ungido em particular por Samuel e, mais tarde, publicamente proclamado rei (ISm 10:1, 24; 11:14, 15).Fazia tempo que os compatriotas de Davi, em Judá, reconheciam que ele fora divinamente escolhido como seu futuro rei e, em grande medida, mantiveram relações amigáveis com ele durante o longo período em que esteve como fora da lei e fugitivo de Saul. Em reconhecimento pela bondade deles, Davi lhes enviou presentes (ISm 30:26-31), preservando assim o elo cie amizade. Mais tarde Davi foi ungido pela terceira vez, como rei sobre todas as tribos (2 Sm 5:3).Jabes-Gileade. Cidade que ficava quatro quilômetros a leste do Jordão e a 34 do Mar da Galileia (para mais informações sobre este local, ver com. de ISm 11:1). Saul socorreu Jabes-Gileade quando esta foi sitiada por Naás, e pôs em fuga os amo- nitas (ISm 11:1-11). Evidentemente, foi por esse ato de bondade que os homens de Jabes- Gileade tiraram o corpo de Saul do muro de Bete-Seã e lhe deram um enterro honroso (ISm 31:11-13; lCr 10:11, 12).
2Sm.2:5 5. Enviou Davi mensageiros. A conduta de Davi com relação a Jabes-Gileade foi, sem dúvida, motivada pela bondade e sinceridade. Também foi uma atitude sábia.Os homens de Jabes-Gileade mostraram-se amáveis para com o antigo rei de Israel, e por esse motivo foram elogiados pelo novo rei. Davi não guardava mágoas com relação à memória de Saul, embora houvesse sofrido muito em suas mãos. Reconhecendo a bondade e a coragem daqueles que foram leais a Saul, Davi ganhou a lealdade desses homens.
2Sm.2:6 6. Eu vos recompensarei. Davi se comprometeu a ser um amigo e protetor dos habitantes de Jabes-Gileade como Saul o havia sido. Uma vez que a cidade era vulnerável a ataques provindos do deserto oriental, o povo poderia precisar da ajuda do novo rei. Davi desejava que soubessem que não tinha nada contra eles por causa da lealdade que devotaram a Saul e que teciam seu apoio como tiveram o de Saul.
2Sm.2:7 7. Sede valentes. Um convite de Davi para que os homens de Jabes-Gileade se mostrassem tão fiéis e valentes para com ele como o haviam sido para com o antigo rei.
2Sm.2:8 8. Filho de Ner. Ver com. de ISm 14:50.Capitão do exército de Saul. Ouandose tornou rei, Saul fez seu tio Abner general de seu exército (ISm 14:50). Assim, tanto por laços de sangue como por sua função, Abner estava fortemente ligado à casa de Saul. Ele estivera com Saul na perseguição a Davi e não estava disposto a aceitar que o homem a quem havia perseguido por tanto tempo subisse ao trono sobre o qual Saul reinara. Abner nunca se esqueceu da repreensão que Davi lhe dirigiu por dormir no posto do dever (ISm 26:7-16). Era orgulhoso, vingativo e ambicioso, determinado a fazer as coisas a seu modo, em vez de permitir que Davi reinasse como o ungido do Senhor.Isbosete. O mais novo dos quatro filhos de Saul. Os outros filhos foram mortos com Saul na batalha do Monte Gilboa (ISm 31:2). E provável que seu nome, que aparece abreviado como "ísvi” (ISm 14:49), originalmente fosse Esbaal (lCr 8:33; 9:39), que significa “homem de Baal”, pois nenhum rei dariaa seu filho o nome de Isbosete, que significa “homem vergonhoso’’.Maanatm. Literal mente, “dois acampamentos”. Esta cidade ficava do lado oriental do Jordão, mas seu sítio ainda não foi identif icado. Um dos dois sítios sugeridos fica a leste de Jabes-Gileade. Jacó deu o nome ao local quando os anjos de Deus foram ao seu encontro depois de ele haver se separado de Labão e antes de atravessar o jaboque (Gn 32:1, 2). Era uma cidade levítica (Js 21:38). Localizada na parte oriental do país, estava comparativamente protegida contra os ataques dos filis- teus e das forças de Davi, caso este decidisse eliminar seu rival. Quando Davi, mais tarde, fugia de Absalão, tornou Maanaim seu local de refúgio (2Sm 17:24). A cidade é mencionada na inscrição de vitória de Sisaque como Mhnm, na escrita hieroglífica egípcia, que não utilizava vogais (ver com. de lRs 14:25).
2Sm.2:9 9. E o constituiu rei. A coroação de Isbosete como rei sobre Israel se deveu ao propósito determinado de Abner. Pelo fato de ter estado por longo tempo associado a Saul, Abner passou a odiar o homem que Deus escolhera como rei. Era um general devotado a seus próprios interesses, em vez de aos do povo ou à vontade do Senhor. Em vez de aceitar Davi como rei, ele preferiu causar uma divisão no reino e levar sofrimento à nação.Sobre Gileade. A descrição do território sobre o qual Isbosete governava começa com a região que circundava a capital Maanaim, e estende-se às áreas mais distantes. Com exceção de Gileade, todos os locais ficavam a oeste do Jordão, sendo que Benjamim f icava ao sul, na região ao norte de Jerusalém.Assuritas. Não está claro de que povo se trata. A referência pode ser a membros da tribo de Aser (ver Jz 1:32). A LXX traz “Thasiri” e a Vulgata e a siríaca (Peshitta), “Gesur”. Isbosete foi aceito primeiramente em Gileade e, mais tarde, estendeu seu governo "sobre todo o Israel”.
2Sm.2:10 10. Dois anos. Isbosete começou seu reinado no mesmo ano em que Davi foi entronizado em Hebrom e reinou dois anos em Maanaim. Isso não significa que o tempo total do reinado de Isbosete tenha sido de dois anos, mas que, depois cie dois anos, ocorreram os eventos descritos em seguida (ver PP, 699): a guerra de Abner com Davi (v. 12-32), a longa guerra entre a casa de Saul e a de Davi (3:1) e a insurreição de Abner, quando ele passou para o lado de Davi (3:6-39).
2Sm.2:11 11. Sete anos e seis meses. Esta declaração parece ser introduzida parente- ticamente para dar o tempo total do reinado de Davi em Hebrom. Uma vez que a extensão do reinado de Isbosete não é conhecida (ver com. do v, 10), não se sabe qual
2Sm.2:12 12. Saiu Abner. Isto é, com o propósito de guerrear (ver iSm 18:30; 2Sm 21:17;A Gíbeão. Desejoso de estender seu pocler sobre todo o Israel, Abner se aventurou a chegar até os limites cio domínio de Davi. Gibeão estava no território de Benjamim, nove quilômetros a noroeste de Jerusalém. O sítio é agora conhecido como ej-Jib.
2Sm.2:13 13. Zeraia. Ela era irmã cie Davi (iCr 2:16), e joabe, portanto, era seu sobrinho. Ele mais tarde se tornou o comandante do exército (lCr 13:6; cf. 2Sm 5:8).Açude de Gibeão. A sudeste da colina de Gibeão há uma copiosa fonte que flui para um reservatório escavado na rocha de calcário. Abaixo dela, um grande tanque aberto, do qual ainda existem as ruínas, acumulava o excedente dessa fonte subterrânea. As forças de Joabe e Abner pararam frente a frente em lados opostos desse tanque.
2Sm.2:14 14. Batam-se. Abner desafiou Joabe para um teste de força a ser decidido pelo combate entre um número igual de guerreirosa serem escolhidos de cada lado. Esses combates antes de uma batalha não eram inco- muns na Antiguidade.
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2Sm.2:16 16. Campo das Espadas. Ou, “Helcate-Hazurim” (ACF, ARC, NV1). Um nome comemorativo que significa “campo das pederneiras'’ ou “campo dos gumes [de espada]’’. A LXX traduz o trecho como “a porção dos traidores”.
2Sm.2:17 17. Crua peleja. O número de combatentes provavelmente não era muito grande, uma vez que o total de baixas foi dc apenas 19 do lado de Davi e 360 do lado de Israel (v. 30, 31), mas a batalha foi travada com uma ferocidade que trouxe decisiva vitória para as torças de judá.
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2Sm.2:19 19. Asael perseguiu. Abner era o sus- tentáculo da resistência contra Davi. Se ele pudesse ser eliminado da disputa, a causa de Isbosete entraria em colapso, e o reino Lodo rapidamente estaria unido sob o governo de Davi. Compreendendo isso, Asael se manteve persistentemente no encalço do comandante do exército de Israel.
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2Sm.2:21 21. Desvia-te. Reconhecendo que o inimigo que o perseguia era o irmão de Joabe, Abner ficou relutante em feri-lo e insistiu para que se afastasse e se contentasse com algum antagonista menos importante. Embora fosse ligeiro de pés (v. 18), Asael não era páreo para um guerreiro provavelmente mais robusto e experiente.
2Sm.2:22 22. Como me avistaria rosto a rosto. Abner fez uma segunda tentativa para dissuadir Asael de persegui-lo, deixando claro que ele temia a luta entre famílias que inevitavelmente se segui ria se ele matasse o irmão do valente comandante do exército de Davi.
2Sm.2:23 23. No abdômen. A ARC e a ACF trazem “pela quinta costela”, que simplesmente significa “no abdômen” (ver 2Sm 3:27; 4:6; 20:10) e que assim deve ser traduzida.
2Sm.2:24 24. Ao outeiro de Amá. Este local não foi identificado, e o mesmo nome se aplica a Giá.
2Sm.2:25 25. Os filhos de Benjamim se ajunta-ram. Parece que as forças de Abner se dispersaram, mas os benjamitas se mantiveram juntos e se uniram a Abner numa posição vantajosa, no alto de uma colina.
2Sm.2:26 26. Consumirá a espada para sempre? As forças de Abner sofreram grandes perdas na batalha, mas em sua corrente posição no alto da colina teriam sido capazes de infligir pesadas baixas às tropas de Joabe, caso este tivesse persistido no ataque. Sabendo que não estava em posição de vencer, e também que Joabe estaria ciente do grande preço que teria de pagar se decidisse arrancá-lo de seu reduto, Abner, então, fez um apelo às forças opositoras para que parassem de perseguir seus compatriotas hebreus. Abner fizera um desafio para a guerra, e então apresentou um apelo à paz. Neste apelo, Abner foi motivado em grande parte por sua própria derrota e pelo perigo em que se encontrava, mas não por um desejo sincero de pôr fim à guerra com a casa de Davi. Sua proposta conciliatória foi ditada por uma mudança de circunstâncias, em vez de uma mudança de coração.
2Sm.2:27 27. Se não tivesses falado. O significado exato destas palavras de joabe não está claro. Várias interpretações têm sido sugeridas: (1) Joabe se referiu aos eventos daquela manhã, colocando a culpa pela luta em Abner e insistindo que as pessoas em ambos os lados estavam prontas naquela manhã a ir para casa sem luta se Abner não tivesse lançado o desafio para guerrearem. (2) Joabe estava se esforçando para deixar claro para Abner que, se ele não tivesse pedido paz, o povo teria continuado a luta até pela manhã, com tudo o que isso implicava no sentido de resultados ainda mais desastrosos para Abner. (3) Mesmo que Abner não tivesse dito nada, Joabe pretendia continuar a luta somente até pela manhã, mas em vista do pedido de Abner, estava disposto a suspender a batalha naquele ponto. Em geral,parece que joabe estava tentando colocar a culpa em Abner, cujo desafio imprudente em Gibeão havia causado naquele dia a luta entre irmãos. Uma guerra entre irmãos era lamentável, e Joabe procurou se eximir de qualquer responsabilidade pelo que ocorrera.
2Sm.2:28 28. Mais. Do heb. 'od, literalmente, "ainda”, "novamente”. A palavra expressa continuação, mas não necessariamente duração interminável. Aqui a duração é limitada, pois “durou muito tempo a guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi” (2Sm 3:1). As palavras "já não pelejaram” simplesmente marcam o término desta batalha em particular.
2Sm.2:29 29. Marcharam toda aquela noite. Abner não pretendia correr o risco de continuar a luta na manhã seguinte e fez uma retirada imediata.Pela planície. Literalmente, "por Arabá”. Arabá é um termo aplicado à depressão do Jordão, desde o Mar da Galileia até o Mar Morto; também se refere à depressão que se estende do sul do Mar Morto ao golfo de Áqaba.Toda a manhã. A ACF e a ARC trazem "por todo o Ritrom”. A palavra vem da raiz bathar, “cortar em dois”. Portanto, seria provavelmente um desfiladeiro, no sentido de ser uma região dividida entre as montanhas e o vale. De maneira geral, se entende que seja um vale ou uma região desconhecida que levava a Maanaim. Alguns aplicam a idéia de "cortar em dois” a um dia e entendem que Abner e seus homens continuaram sua retirada, que durara a noite inteira, caminhando além disso "toda a manhã”, isto é, metade do dia seguinte (ver ARA).
2Sm.2:30 30. Dezenove dos homens. Estes, provavelmente, além dos 12 homens que morreram naquela manhã em Gibeão (v. 15, 16).
2Sm.2:31 31. Trezentos e sessenta. Esta grande disparidade entre as baixas no lado de Judá e de Israel pode ter sido porque, além da bênção do Senhor, os homens de Davi eram veteranos experientes, que estiveram com ele durante seu longo período de fuga de Saul(ver ISm 23:13; 27:2; 30:9), enquanto que os homens c!e Abner eram, provavelmente, remanescentes do exército derrotado de Saul.
2Sm.2:32 32. Levaram Asael. Os outros soldados mortos provavelmente foram enterrados onde caíram, mas, por causa da relação de Asael com Davi e Joabe, seu corpo foi levado a Belém, onde lhe foi dado um sepultamento no túmulo da família.Amanheceu-lhes o día. Hebrom estava 22 km a sudoeste de Belém e a 36 de Gibeão. Teria sido uma façanha notável para os homens de Davi, após a longa perseguição às forças de Abner, terem deixado o campo de batalha após o cair da noite (v. 24),recolhido o corpo de Asael, sepultado-o no túmulo da família e, depois, continuado sua marcha, chegando a Hebrom ao romper do dia. Contudo, a narrativa não deixa claro se a marcha durante a noite foi a partir do campo de batalha ou a partir de Belém. Talvez tenha sido a partir desta última, uma vez que o sepultamento de Asael deve ter tomado algum tempo.Ás vezes é difícil entender os motivos que levam uma pessoa a seguir certa conduta que, numa análise posterior, parece ter sido equivocada. O que se pode fazer nesse caso é apenas desejar que o bom senso tivesse prevalecido.Capítulo 3que caem diante cios filhos da maldade! E todo o povo chorou muito mais por ele.
2Sm.3:1 1. Durou muito tempo a guerra. Não havia guerra aberta, mas um estado de hostilidade entre as casas de Saul e de Davi. Essa situação deve ter continuado por cerca de cinco anos, pois Isbosete reinou dois anos em Maanaim antes de a guerra começar (2Sm 2:10) e Davi reinou sete anos e seis meses em Hebrom antes de se tornar rei “sobre Israel” (2Sm 5:5). Durante esse tempo Davi se contentou, em grande parte, em permitir que as coisas seguissem seu próprio curso. Em vez de tomar a ofensiva contra Israel, Davi aguardou o resultado dos acontecimentos, confiante no breve cumprimento das promessas que Deus lhe fizera com respeito ao reino.Davi se ía fortalecendo. O tempo favoreceu Davi. Isbosete era fraco, e alguns anos de reinado incompetente, seguidos por mais alguns anos sem rei, fizeram com que Israel ansiasse pelo tipo de liderança agressiva que Davi exercia em favor de judá. Davi possuía integridade e bravura, e sua ousadia e coragem conquistaram o coração do povo. A medida que os anos passavam, tornou-se cada vez mais evidente que ele era o homem que o Senhor escolhera para o reino. Mesmo por ocasião da última batalha de Saul já tinha havido uma significativa deserção da tribo de Manassés para o lado de Davi, e os homens continuavam a passar para o seu lado “dia após dia” (1 Cr 12:19-22).
2Sm.3:2 2. Nasceram filhos. Embora tenha tolerado a poligamia por algum tempo (ver com. de Dt 14:26), Deus não impediu os resultados dessa prática. Luta, contenda, desarmonia, ciúmes e amargura sobrevieram à casa de Davi e exerceram seus maus efeitos sobre toda a nação. Três dos filhos que nasceram a Davi em Hebrom provocaram desgosto e dor a ele próprio, à sua família e à nação.Amnom. Literalmente, ‘'fiel”. Foi infeliz a experiência de Davi com este filho (2 Sm 13).
2Sm.3:3 3. Ouileabe. Também chamado de “Daniel” (lCr 3:1). Não se sabe nada mais dele. E possível que tenha morrido em tenra idade.Absalão. A triste história deste filho e de sua rebelião e morte são registradas nos cap. 13 a 18.Gesiir. E uma área ao sul do monte Hermom, a leste e norte do mar da Galíleia (Dt 3:14; Js 12:5; 13:11; lC-r 2:23). Contudo, os gesuritas são mencionados como moradores de uma região do Neguebe, ao sul de Judá, invadida por Davi durante sua residência em Ziclague (ISm 27:8). A região de Gesur, de onde veio Maaca, pode ser que pertencia à Síria (ver 2Sm 15:8).
2Sm.3:4 4. Adornas. Literalmente, “Yahweh é meu Senhor”. Este é o filho que, quando Davi. estava velho, aspirou à coroa (1Rs 1:5) e, mais tarde, foi morto por Salomão (lRs 2:24, 25). Após a morte de seus três irmãos maisvelhos, e presumindo-se que Quileabe já tinha morrido, Adonias se considerou o legítimo herdeiro do trono.Sefatias. Literalmente, "Yahweh julgou'’. Nada se sabe sobre este filho.
2Sm.3:5 5. Itreão, de Eglá. Nada se sabe sobre este filho ou sobre sua mãe.Mulher de Davi. Segundo a interpretação judaica, considera-se que este título signifique que Eglá ocupava o primeiro lugar entre as esposas de Davi. Outros veem na expressão uma descrição que se aplica a todas as mulheres anteríormente mencionadas.
2Sm.3:6 6. Abner se fez poderoso. Abner continuou a assumir um papel cada vez mais importante nos negócios da casa de Saul. Ele era o principal esteio da vacilante dinastia de Saul e sabia bem de sua própria importância. Se não fosse pela força de Abner, Isbosete nunca teria sido capaz de se manter no trono de Israel.
2Sm.3:7 7. Rispa. Ver 2Sm 21:8-11.Por que coabítaste [...]? No antigo Oriente Próximo, o harém de um rei era considerado como propriedade de seu sucessor, e o tomar uma mulher que pertencera ao rei anterior era, portanto, considerado como uma afirmação de pretensão ao trono (ver 2Sm 12:8; 16:21; lRs 2:22). Não há nada no relato que indique que Abner, caso tenha sido culpado do ato de que foi acusado, tivesse qualquer pretensão ao trono de Isbosete, mas o rei preferiu considerar a suposta conduta como um ato de traição, e foi isso que despertou a ira de Abner. As palavras de reprovação de Isbosete são compreensíveis, pois o suposto ato de Abner violava os direitos do rei.
2Sm.3:8 8. Então, se irou muito. Abner ficou irado porque aquele que devia o trono unicamente ao seu apoio agora ousava repreendê-lo e reprová-lo.Cabeça de cão. A primeira parte da resposta de Abner diz, literalmente: ‘'Sou eu uma cabeça de cão que pertença a Judá?”A LXX omite a expressão “que pertença a Judá”. As palavras de Abner não foram urna tentativa de se justificar, mas uma expressão de seu ressentimento pela censura de Isbosete. O rei provavelmente tenha usado alguma palavra de reprovação contra Abner, e este respondeu perguntando se, afinal de contas, ele era uma criatura tão vil e desprezível, sendo que havia tomado posição tão forte contra Judá e continuava a mostrar tão grande bondade â casa de Saul.
2Sm.3:9 9. Faça Deus segundo lhe parecer a Abner. Estas palavras estão na forma de um solene juramento (ver Rt 1:17; ISm 3:17; 25:22; 2Sm 19:13; lRs 19:2; 2Rs 6:31). Abner jurou que iria transferir o reino para Davi e invoca a ira de Deus sobre si mesmo se não cumprisse sua palavra.Como jurou o Senhor. Esta declaração mostra como era de conhecimento geral o fato de que o Senhor havia escolhido Davi para suceder Saul. Não há registro de que Deus haja feito um juramento de que entregaria o reino a Davi, mas Abner evidentemente compreendeu a promessa como sendo um solene juramento. Talvez haja aqui uma alusão às palavras “não mente, nem se arrepende ”, incluídas na promessa que Deus fez por meio de Samuel, de que rasgaria o reino de Saul e o daria a Davi (ISm 15:28, 29).
2Sm.3:10 10. Transferindo o reino. A resolução de Abner de transferir o reino de Saul para Davi provavelmente não foi resultado de uma decisão impensada. Talvez o comandante viesse ponderando por muito tempo que o mais sensato era desistir da tentativa de conservar a vacilante casa de Saul. Parece que a repreensão de Isbosete proporcionou a oportunidade para ele executar uma decisão já tomada antes.Desde Dã até Berseba. Esta expressão indica todo o território de Israel, de norte a sul. A frase foi usada desde o período dos juizes até o tempo de Salomão (jz 20:1;iSm 3:20; 2Sm 17:11; 24:2, 15; lRs 4:25; lCr 21:2), mas foi empregada apenas uma vez após a divisão da monarquia, quando Ezequias enviou um convite a todo o Israel, “desde Berseba até Dã” (2Cr 30:5), para que se unisse na celebração da Páscoa.
2Sm.3:11 11. Porque o temia. Este verso salienta claramente a verdadeira natureza do governo de Isbosete. O fraco rei teve medo de dar uma resposta ao homem que ele sabia ser o verdadeiro poder por trás do trono.
2Sm.3:12 12. De sua parte. Literal mente, “onde ele estava”. A edição da LX.X feita por Luciano de Samosata diz “para Hebrom”.De quem é a terra? Abner reconheceu que estava em posição de negociar com Davi. Ele realizaria a transferência da terra sob uma condição: a de que Davi fizesse uma aliança com ele, dando-lhe a segurança definitiva de que o trataria com a devida consideração. Nessa proposta foi claramente revelado o espírito estreito, altivo e egoísta de Abner. Ele lançaria a sorte com Davi, mas apenas mediante um preço, e ele queria primeiro se certificar de que o preço seria pago.
2Sm.3:13 13. Se primeiro me não trouxeres a Mícal. Ela fora dada a Davi por Saul (ISm 18:20, 21, 27) e era sua por direito. No entanto, além da questão de ser justa a exigência de Davi, estava a consideração política do eleito que teria sobre os partidários de Saul o fato de uma filha dele ser rainha de Judá. Isso mostraria que Davi não guardava rancor contra a casa de Saul, e o direito de Davi ao reino seria reforçado pelo fato de ele ser genro do rei anterior.
2Sm.3:14 14. A Isbosete. Os mensageiros foram enviados a Isbosete e não a Abner, provavelmente porque as negociações entre Abner e Davi ainda eram secretas nesse tempo. Por outro lado, era isbosete que, como rei, teria de dar a ordem para o regresso de Mical. Sem o apoio de Abner, Isbosete não estaria em posição de resistir à exigência de Davi. Ao ceder à exigência, Isbosete revelaria suaprópria fraqueza, reconhecería o mal cometido contra Davi e a justiça da exigência feita por ele. O fato de Isbosete ceder publicamente a essa exigência tornaria evidente a todos, tanto em Judá quanto em Israel, que seus dias como rei estavam contados e que Davi logo assumiría todo o reino.Cem prepúcios. Saul exigira 100 prepúcios, mas lhe foram entregues 200 (ISm 18:25, 27).
2Sm.3:15 15. Paltiel. Ou, “Palti”, que morava em Galim (ISm 25:44), cidade esta que parece não ter sido longe de Gibeá e Anatote (ver Is 10:29, 30). Porém, ele provavelmente havia mudado sua residência para o outro lado do Jordão, na região de Maanaim, junto com os adeptos de Saul.
2Sm.3:16 16. Chorando após ela. A frase pode ser traduzida também como: “Seu marido a acompanhou, chorando enquanto caminhava atrás dela.” Embora essa comovente história possa evocar simpatia, deve-se ter em mente que Paltiel errou ao tomar para si a esposa de outro homem.Baurim. Pensa-se que esta seja Rãs ets- Tsmim, a leste do monte Scopus, a nordeste de Jerusalém.Disse Abner. Estas palavras indicam que as negociações para o retorno de Mical estavam nas mãos de Abner. Sendo que este era um assunto de vital importância, Abner evidentemente o tomou em suas mãos.
2Sm.3:17 17. Procuráveis que Davi. Estas palavras sugerem que talvez tenha havido um movimento popular, após a morte de Saul, em Gilboa, para estabelecer Davi como rei sobre todo o Israel. Na ocasião, Abner se opôs a tal demanda. Mas então, com sua mudança política, ele prudentemente lembrou os anciãos que o que ele estava recomendando era na verdade sugestão deles. Era essencial que Abner conseguisse o consentimento e a cooperação desses oficiais importantes para as medidas que logo seriam tomadas.
2Sm.3:18 18. O Senhor falou. Sem dúvida, esta declaração é verdadeira, mas não há, no meio do relato bíblico, palavras exatas que descrevam isso. O pronunciamento, provavelmente, toi feito por intermédio de um dos profetas - Samuel, Gade ou Natã - mas só pequena parte das palavras dos profetas foi preservada.
2Sm.3:19 19. De Benjamim. Saul era da tribo de Benjamim. Seria necessário um cuidado especial nas negociações com os membros desta tribo. Eles se achavam ligados a Saul por laços de sangue e desfrutaram grandes vantagens devido à sua relação com ele. Abner foi pessoalmente realizar as negociações com Benjamim, como também o fez com relação a Davi em Hebrom.
2Sm.3:20 Sem comentário para este versículo
2Sm.3:21 21. Ele se foi em paz. Depois de se chegar a um consenso sobre os termos do acordo e de a afiança ter sido solenemente ratificada, Abner voltou pronto a executar sua parte no pacto.
2Sm.3:22 22. De uma investida. Do heb. gedud, que geralmente significa “um grupo que ataca e saqueia ', “uma tropa", mas aqui parece ser usado no sentido de "uma investida", ou “um ataque de surpresa". A investida deve ter sido contra os amalequitas, os filisteus ou algum outro inimigo de Judá. E possível que a expedição tenha sido planejada por Davi para que Joabe não estivesse presente durante a visita de Abner. Joabe estava voltando feliz com a vitória e o grande despojo.Não estava com Davi. A introdução desta informação, imediatamente após a menção do regresso de Joabe, sugere que a partida de Abner antes da volta de joabe foi mais do que mera coincidência. O encontro dos dois generais rivais face a face, naquela altura dos acontecimentos, poderia ter arruinado todas as perspectivas de paz.
2Sm.3:23 Sem comentário para este versículo
2Sm.3:24 24. Que fizeste? joabe protestou amargamente contra o fato de Davi ter negociado secretamente com Abner. Talvez Joabe tivesse suspeita sincera sobre a integridadede Abner. Mas, além disso, existia um sentimento de inimizade pessoal, em parte devido ao fato de Joabe ter um rival formidável no famoso e veterano guerreiro e, em parte, devido ao conflito entre as duas famílias resultante da morte de Asael (2Sm 2:22, 23).
2Sm.3:25 Sem comentário para este versículo
2Sm.3:26 26. Enviou mensageiros. Sem o conhecimento de Davi., mas provavelmente em seu nome.Poço de Sírá. Ou, “reservatório de Sirá”. A localização deste poço não é bem conhecida. Alguns o têm identificado com 'Âin Sarah, que fica 2,5 km ao norte de Hebrom. O sítio parece um pouco improvável, pois, nesse caso, Abner teria acabado de sair de Hebrom quando joabe chegou. Outros o têm identificado com Tstret el-Bellà, o topo de uma montanha que fica quatro quilômetros ao norte de Hebrom, onde podem ser vistas as ruínas de uma torre.
2Sm.3:27 27. No interior da porta. A porta das cidades era um lugar comum de encontro. Para executar seu propósito, era necessário que Joabe se encontrasse com Abner antes que este chegasse até Davi.Em vingança do sangue de seu irmão Asael. joabe matou Abner para vingar a morte de seu irmão. Talvez tenha justificado sua retaliação com base em Números 35:26 e 27. O interessante é que Hebrom era uma cidade de refúgio (Js 20:7) e, talvez em vista desse fato, Joabe executou seu ato na porta da cidade. A morte de Asael, contudo, ocorreu em batalha, e como um ato relutante de defesa própria por parte de Abner. Talvez Joabe não soubesse desses detalhes, mas devia ter estudado o efeito de longo alcance de seu ato, que acabou retardando por algum tempo a formação de um reino unido. A confiança de Abner em Davi era tão grande que nenhuma suspeita pareceu ter-lhe passado pela mente.
2Sm.3:28 28. Inocentes. Davi tinha a reputação de ser um homem de palavra, mas o assassinato de Abner colocou seu bom nome emO Ó id:o4risco. Eie fez todo o possível para se eximir de qualquer culpa no assunto.
2Sm.3:29 29. Caia. Literalmente, “rodopie [ou rodopie em torno de]”. Davi aqui invoca uma maldição sobre Joabe por seu ato mesquinho de buscar vingança pessoal. A impre- cação revela o ardente senso de justiça de Davi e sua profunda indignação contra um indivíduo culpado de um ato tão covarde. Evidentemente, Davi já havia dado sua palavra de que Abner ficaria incólume. O ato de Joabe trouxe suspeita sobre a integridade de Davi. O rei desejava que todos soubessem que ele não tivera parte alguma nesse ato pérfido e que aborrecia cie toda a sua alma essa violação de honra.A casa de seu pai. Abisai, o irmão de Joabe, também tinha tido parte na trama para assassinar Abner (v. 30); portanto, também foi incluído na maldição. A imprecação foi além desses dois homens e incluiu a posteridade deles. Parece cjue as antigas penalidades civis, muitas vezes, envolviam mais pessoas do que apenas as que estavam diretamente ligadas ao crime. A penalidade do pecado de Acã caiu sobre toda a sua família (Js 7:22-26). Da mesma forma, no juízo sobre Cora, Datã e Abirão, não somente eles pereceram, mas também a esposa de cada um e os filhos de Datã e Abirão (Nm 16:27-33; ver também 2Rs 5:27). Por vezes, os filhos podem ter se envolvido no crime dos pais (ver com. de Js 7:15). Outras vezes, crianças inocentes sofreram por causa da obstinação dos mais velhos (ver com. de Nm 16:27). Nesse caso, particularmente, não há como saber se a maldição rogada por Davi foi pronunciada sob inspiração e, portanto, se teve alguma validade e algum propósito além de expressar o profundo desagrado de Davi para com o ato.Fluxo. Ver Lv 15:2.Quem se apoie em muleta. Alguns traduzem isto como “que segure a roca”, o que indica um homem efeminado que consegueapenas fazer o trabalho de uma mulher (cf. a tradução da NTLH).A espada. Literalmente, "por uma espada”.
2Sm.3:30 30. Joabe, pois, e seu irmão Abísaí. Embora nada seja dito sobre a parte de Abisai na trama, esta declaração implica que ele foi um cúmplice voluntário de seu irmão joabe no assassinato de Abner e, assim, também devia partilhar da responsabilidade pelo crime cometido. Toda a ação foi obviamente premeditada.
2Sm.3:31 31. Cingi-vos de panos de saco. Foi exigido de Joabe que condenasse publicamente seu próprio ato, participando da lamentação pública. O próprio Davi seguiu o féretro como o principal enlutado e, evidentemente, trajado com as vestes reais, pois é aqui especificamente chamado de “rei Davi".
2Sm.3:32 32. Em Hebrom. Piste foi outro sinal de honra e respeito, uma vez que Hebrom era a capital cie Judá. O lar de Abner em Benjamim teria sido o lugar natural do sepultamento, mas ser enterrado na cidade real de Hebrom seria mais honroso. Ao ordenar o sepultamento de Abner em sua capital, Davi ajudaria a convencer a nação de que não abrigava maus sentimentos contra o general morto e de que escolheu honrar sua memória.
2Sm.3:33 33. E o rei, pranteando. Numa elegia breve, mas eloquente e tocante, Davi expressou sua dor e rendeu um digno tributo a um inimigo que tombara.
2Sm.3:34 34. Diante dos filhos da maldade. A elegia que Davi compôs para Abner era uma cortante censura aos assassinos do general do exército de Israel. Ele expressou publicamente seu desprezo e desdém pelos homens que cometeram o ato vil. Seu magnânimo reconhecimento dos méritos de alguém que tão pouco tempo antes fora um hostil inimigo conquistou o coração de todo o Israel (ver PP, 700). As pessoas souberam que, com um homem como Davi no trono, o reino estaria nas mãos de alguém que tinha não sócoragem como consciência, que tinha não só uma espada, mas também um coração.
2Sm.3:35 35. Antes do sol posto, jejuar até a noite era um sinal de profundo sofrimento (2Sm 1:12). Antes de o dia terminar, o povo insistiu com Davi para que quebrasse seu jejum e comesse, mas ele se recusou decididamente a fazê-lo. Sua recusa causou profunda e favorável impressão no povo.
2Sm.3:36 Sem comentário para este versículo
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2Sm.3:38 38. Um príncipe. Em alguns aspectos, Abner era um homem de destacada habilidade e seria considerado um grande homem em Israel. Contudo, embora fosse sincero em seu pacto com Davi, fora movido por motivos egoístas. Ao passar para o lado de Davi, pensou em abandonar uma causa que estava condenada e assim ganhar nova honrae glória para si mesmo. Ele teria desejado a mais elevada posição no serviço de Davi, mas sua ambição, egoísmo e falta de consagração a Deus não teriam servido aos melhores interesses do reino de Davi ou da causa do Senhor. A morte de Abner foi, para o reino de Judá, urna bênção disfarçada (ver PP, 700).
2Sm.3:39 39. No presente, sou fraco. A força e influência de Joabe eram a fraqueza de Davi. Se pudesse tê-lo feito, Davi teria punido Joabe imediatamente. Mas, naquele momento, isso não era possível. Ele não ousava tentar fazer justiça, a fim de que não houvesse uma insurreição geral devido ao grande poder e popularidade de Joabe junto ao exército. Davi tinha as mãos atadas e confessou sua fraqueza aos amigos mais íntimos.Capítulo 4I Estando os israelitas -perturbados com a morte de Abner, 2 Baaná e Recabe matam Isbosete e trazem sua cabeça a Hebrom. 9 Davi. ordena que sejam mortos e que a cabeça de isbosete seja enterrada.sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu e ficou manco. Seu nome era Mefibosete.lsbosete, lilho de Saul, teu inimigo, que procurava tirar-te a vida; assim, o Senhor vingou, hoje, ao rei, meu senhor, de Saul e da sua descendência.quem trazia boas-novas, e como recompensa o matei em Ziclague,
2Sm.4:1 1. As mãos se lhe afrouxaram. Quando Abner morreu, a força de lsbosete se foi, e o rei soube que sua causa estava condenada. Os israelitas ficaram perturbados, porque Abner tinha sido a mão forte do reino. Eles sabiam que provavelmente era só uma questão de tempo antes que lsbosete fosse eliminado e Davi assumisse o reino.
2Sm.4:2 2. Tropas. Do heb. gedudim, “grupos que atacam e saqueiam” (ver com. de 2Sm 3:22).O beerotita. Beerote era uma cidade gibeonita (Js 9:17) dada à tribo de Benjamim (Js 18:25). A opinião geral é que estivesse localizada nas vizinhanças de el-Bireh, cerca de 15 km ao norte de Jerusalém.
2Sm.4:3 3. Gitaim. Literalmente, “duas Gates”, ou “duas prensas de vinho”. Não se sabe o local exato de Gitaim. A cidade foi habitada por benjamitas após o retorno do exílio babi- lônico (Ne 11:33). O momento em que os beerotitas fugiram talvez tenha sido a ocasião em que Saul fez seu cruel ataque aos gibeo- nitas (2Sm 21:1, 2). Se esse for o caso, então Gitaim provavelmente ficava em alguma região fora do domínio de Saul.
2Sm.4:4 4. Um filho aleijado dos pés. Aqui parece haver uma quebra na narrativa. A razão para a introdução desse incidente que envolveu o filho de Jônatas é mostrar que a linhagem de Saul, nesse tempo, foi praticamente extinta com a morte delsbosete. O filho de jônatas seria o único candidato ao trono.
2Sm.4:5 5. Áo meio-dia. Ele estava descansando em sua sesta do meio-dia. Esse era um costume em muitas regiões do antigo Oriente.
2Sm.4:6 6. Como que vindo buscar trigo. Esta parte da narrativa é traduzida de diversas formas. A LXX traz: “A mulher que guardava a porta e estava peneirando trigo havia sentido sono e dormido”. A Vulgata também coloca a culpa na mulher que guardava a porta (cf. a tradução da NTLH). A versão síríaca não diz nada sobre trigo.
2Sm.4:7 7. E a levaram. O propósito deles era levar a cabeça a Davi como evidência de que lsbosete realmente havia morrido. Uma vez que era meio-dia quando lsbosete foi morto (v. 5), os assassinos devem ter levado a cabeça em plena luz do dia. Talvez ela tenha sido colocada em um dos sacos de trigo que provavelmente estavam carregando (ver v. 6).Pelo caminho da planície. Isto é, ao longo do Arabá, ou seja, do vale do Jordão.
2Sm.4:8 8. Que procurava tirar-te a vida. Esses capitães provavelmente desempenharam parte ativa no exército de Saul, o qual procurara tirar a vida de Davi, e talvez achassem que ele nutria no coração um espírito de inimizade e ódio contra Saul e sua casa, semelhante ao que Saul nutrira para com ele. Geralmente ódio gera ódio,e o rancor de um encontra rancor por parte do outro.O Senhor vingou. A honra de Deus e a vindieação da causa divina não eram os motivos que impeliam esses assassinos. Mataram Isbosete porque buscavam seus próprios interesses, não o bem de Davi. Usaram palavras ensaiadas, cujo objetivo era despertar nele um espírito de gratidão para com eles, levando-o a dar-lhes generosa recompensa. Esses homens, porém, eram culpados de um crime que merecia punição, não recompensa.
2Sm.4:9 9. Que remiu a minha alma. Davi conhecia bem a Deus e Seus caminhos de justiça e retidão. Repetidamente o Senhor havia Se interposto para poupar-lhe a vicia e para levar aflição a seus inimigos. Davi estava disposto a deixar a vingança com o Senhor (Dt 32:35; cf. Rm 12:19; Hb 10:30). Para sair de suas dificuldades, ele não precisava da ajuda de crimes cometidos por outros.
2Sm.4:10 10. Como recompensa o matei. A ACF diz: "E o matei em Ziclague, cuidando ele que eu por isso [pela notícia] lhe desse recompensa.” No entanto, a frase também pode ser traduzida por: “e como recompensa o matei em Ziclague” (ARA; ver 2Sm 1:2-16).
2Sm.4:11 11. Um homem justo. O objetivo desta declaração não era dar uma avaliação completa do caráter moral de Isbosete, mas simplesmente fazer um pronunciamento que eximisse o caráter do rei de crimes dignos de morte.Não requerería eu o seu sangue [...]? Davi dirigiu uma pergunta aos assassinos. Ele colocou diante deles os fatos tais como eram, e eles próprios deviam julgar se a decisão que ele tomara estava certa ou não. Só podia haver uma resposta, mesmo por parte dos condenados - eles eram culpados e mereciam morrer. A justiça exigia que a pena de morte fosse executada, e os acusados não tinham nada a dizer em defesa própria.Muitos, se colocados na posição de Davi, não teriam um pensamento tão claro ou umjulgamento tão sábio. Talvez tivessem considerado esses assassinos como verdadeiros patriotas, cidadãos dignos e pessoas amigas. O que na verdade era um assassinato, talvez tivessem interpretado como um ato justo e necessário, realizado em prol dos melhores interesses da nação. Os próprios assassinos certamente esperavam que seu ato fosse interpretado dessa forma, mas Davi conseguiu ver o que estava por trás da falsa imagem que apresentavam e discerniu corretamente seus motivos egoístas e maus. Não hesitariam em assassinar alguém, se isso servisse a seus interesses pessoais. Fingiam ser amigos de Davi; mas, ao se tornarem traidores do homem a quem serviam, demonstraram ser cidadãos indignos da nação de Israel. Caso alguma reviravolta nos acontecimentos colocasse Davi em situação desfavorável, não hesitariam em matá-lo, exatamente como fizeram com Isbosete. Não se podia confiar nesses homens. Não eram dignos de continuar vivendo e, por seu silêncio, proclamaram à nação que consideravam justa sua sentença.Não vos exterminaria da terrar Literalmente, “consumiría” ou “destruiría”. A palavra heb. bdar, na forma aqui empregada, é usada para expressar o extermínio do mal ou da culpa do mal (Dt 19:13, 19; etc.). A culpa dos assassinos poluía a terra e somente podia ser expiada pelo sangue dos culpados de derramar sangue inocente (Nm 35:33).
2Sm.4:12 12. Junto ao açude. Um lugar público, onde os corpos seriam vistos por todos. A mutilação dos corpos acrescentava ainda mais vergonha aos criminosos, e o ato de pendurar os cadáveres no tanque público dava a máxima divulgação ao evento. Tal tratamento serviria como uma terrível advertência a todos de que não havería tolerância para com tais crimes.A cabeça de Isbosete. Como pessoa, Isbosete não se mostrara culpado de nenhum ato desonroso, e não havia razão por que não lhe dar um sepultamento digno.Capítulo 5
2Sm.5:1 1. Todas as tribos. Os cap. 5 a 10 tratam cio estabelecimento do reino e da parte inicial do reinado de Davi sobre toda a nação. O livro de Crônicas acrescenta certos detalhes interessantes sobre como as várias tribos de ambos os lados do Jordão foram a blebrom para entronizar Davi rei sobre elas, bem como sobre as alegres festividades que houve nessa ocasião. Não só os anciãos partiram como representantes do povo (2Sm 5:3), mas também participaram numerosos grupos de homens armados (lCr 12:23-38) e 4.600 levitas, sendo joiada o chefe da casa de Arão e Zadoque, um " jovem, homem valente” (lCr 12:26-28).Os eventos no livro de Samuel não estão dispostos em estrita ordem cronológica. O escritor deste livro descreve primeiro o crescimento interno cio reino, e depois a expansão externa do território.Do mesmo povo. Talvez mais do que qualquer outro povo da Terra, os hebreus estavam unidos por laços de parentesco. Todos eles eram filhos de Abraão, ou seja, da mesma carne e do mesmo sangue que Davi (ver Gn 29:14;Jz 9:2; 2Sm 19:12). O mesmo laço ainda une os judeus de todas as terras.
2Sm.5:2 2. Eras tu que fazias entradas. VerlSm 18:16. O povo não estava escolhendo seu novo líder cegamente. Mesmo enquanto Saul ainda era rei, a admirável capacidade de Davi como líder já se manifestava. O povo tinha confiança em sua aptidão e sagacidade.O Senhor te disse. A principal razão pela qual Davi devia ser rei era que oSenhor o havia escolhido para essa função. Não se sabe por que os anciãos mencionaram este ponto por último. Havendo tal confiança geral no valente e virtuoso filho de Jessé, havendo praticamente chegado ao fim a casa de Saul e tendo a vontade divina se manifestado tão claramente em favor de Davi, é óbvio que a união de todos sob sua liderança correspondia aos interesses de todo o povo.Apascentarás. Do heb. rciah, "apascentar”, “pastorear”. O particípio deste verbo é traduzido como “pastor”, no AT (ver Nm 27:17; SI 23:1; etc.). Davi devia ser um pastor sobre Israel, uma figura significativa para alguém que, por experiência própria, estava familiarizado com os múltiplos e abrangentes deveres dessa vocação.Chefe. Literalmente, “governante”, "príncipe”.
2Sm.5:3 3. Todos os anciãos. Os anciãos agiram como representantes e porta-vozes do povo. Com eles estavam muitos dos homens de guerra e dos sacerdotes para demonstrar sua lealdade ao filho de Jessé (1 Cr 12:23-28). Milhares de pessoas foram a Hebrom para as cerimônias de coroação.Fez com eles aliança. Não são dados os detalhes do acordo, mas evidentemente dizia respeito às prerrogativas do rei e aos direitos dos súditos. Talvez tenha havido referência a assuntos como liderança na guerra, isenção de parcialidade em relação às tribos, asilo político para os remanescentes da casa de Saul, o tamanho do exército nacional, o tipo de recrutamento, etc.Sobre Israel. Davi já havia anteriormente sido ungido rei sobre Judá (2Sm 2:4).
2Sm.5:4 4. Da idade de trinta anos. Com respeito à relação entre as idades de Davi e Saul, ver p. 115-116. Uma vez que reinou 40 anos, Davi estava com 70 por ocasião de sua morte, idade descrita como “ditosa velhice” (iCr 29:28), provavelmente do ponto de vista de alguém que tivera uma vida muito agitada.
2Sm.5:5 Sem comentário para este versículo
2Sm.5:6 6. Partiu o rei [...] para Jerusalém. Logo que Davi foi ungido rei sobre todo o Israel, viu a necessidade de um lugar melhor do que Hebrom para ser sua capital. Hebrom estava no extremo sul do território ocupado pelos hebreus. Ele evidentemente preferia conservar a capital em Judá, e Jerusalém oferecia a localização ideal (ver com. de js 15:63; jz 1:21). Josué havia matado e derrotado o rei de Jerusalém (js 10:23-26; 12:10); e, mais tarde, a cidade tinha sido tomada e destruída por Judá (ver com. de jz 1:7). Contudo, os jebuseus, que ocupavam Jerusalém, não foram completamente vencidos. Eles continuaram de posse de pelo menos parte da cidade, ou a retomaram depois de terem sido expulsos (js 15:63; jz 1:21; 19:11, 12). O desaloja mento dos jebuseus desta importante fortaleza foi uma grande vitória para Davi no princípio de seu reinado sobre todo o Israel.Não entrarás aqui. A ARC diz: "Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos.” Esta declaração tem deixado os comentaristas perplexos, e têm sido dadas muitas interpretações para a passagem. A que talvez ofereça a explicação mais razoável é a que interpreta que os jebuseus estariam dizendo: "Não entrarás aqui, porque os cegos e os coxos te repelirão” (ARA). Isto é, os habitantes de Jebus tinham confiança na força de sua cidade e zombavam de Davi com respeito à sua incapacidade para tomar a fortaleza deles, dizendo-lhe que bastariam os cegos e os coxos para defender a cidade contra as forças de Israel.A fortaleza dos jebuseus ficava sobre o monte Sião, ao sul do monte Moriá, onde mais tarde o templo foi construído. O monte Sião era flanqueado, de ambos os lados, por profundos vales e proporcionava admiráveis condições de defesa (ver o mapa "Jerusalém nos Tempos dos Israelitas”, p. 679).
2Sm.5:7 7. Tomou a fortaleza. Para seus defensores, Jebus parecia inexpugnável. Ela havia resistido aos ataques dos israelitas por muitos anos. Localizada a menos de seis quilômetros da capital de Saul, Gibeá, a cidade ainda mantinha sua independência no final do reinado de Saul. Apesar disso, a capital dos jebuseus não pôde resistir à valentia de Davi e a seu hábil comandante.
2Sm.5:8 8. Canal subterrâneo. A palavra traduzida desta forma só ocorre mais uma vez, no Salmo 42:7, em que é traduzida como "catadupas”, ou "cachoeiras” (NTLH, NVI). Pensa-se hoje que o termo se aplica ao canal de água da antiga cidade. A fim de levar para dentro da cidade a água proveniente da fonte de Giom, que ficava fora dos portões, os jebuseus fizeram urna passagem de cerca de 15 m escavada na rocha, até um reservatório, onde a água era armazenada. Este, por sua vez, era ligado, por um canal vertical de 12 m, à base de uma escada ou rampa que conduzia ao interior da cidade. As mulheres iam até a parte superior do canal, desciam seus baldes até o reservatório e, assim, obtinham água sem precisar sair da cidade. Seguindo pela passagem de água e depois subindo pelo canal, era possível entrar na capital dos jebuseus.O verso apresenta algumas dificuldades de tradução. A partir de uma comparação com 1 Crônicas 11:6, parece que Davi fez uma proposta a seus homens de que quem realizasse a proeza de entrar na cidade seria "chefe e comandante”. Segundo 1 Crônicas 11:6, "Joabe, filho de Zeruia, subiu primeiro e foi feito chefe”. Assim, parece que Joabe conseguiu sua posição como comandantedo exército de Davi por meio de sua captura bem-sucedida da fortaleza dos jebu- seus (ver PP, 703).Os cegos e os coxos. Depois de se conseguir entrada na cidade, provavelmente seria tareia comparativamente fácil abrir os portões para o grupo principal das forças de Davi, uma vez que, dos portões para dentro, talvez houvesse só urna pequena tropa de defesa. Os jebuseus zombaram de Davi, afirmando que os coxos e os cegos seriam suficientes para defender a cidade contra ele (ver com. cio v. 6); portanto, Davi parece usar este termo para se referir à tropa de defesa.A quem a alma de Davi aborrece. Esta tradução segue uma anotação marginal do texto hebraico. O texto em si diz: “Eles odeiam a alma dc Davi.”Nem cego nem coxo. Não está claro o significado da expressão proverbial que começa com estas palavras. A LXX acrescenta “do Senhor" à palavra “casa” (ver a tradução da NTLEl).
2Sm.5:9 9. Mílo. Provavelmente algum tipo de fortaleza ou forte na cidade dos jebuseus, que já existia quando Davi tomou Jerusalém, à qual diversos acréscimos foram feitos por reis posteriores (ver lCr 11:8; lRs 9:15, 24; 11:27; 2Rs 12:20; 2Cr 32:5).Para dentro. Talvez Milo ficasse no limite da Cidade de Davi, a nordeste. Para o leste, o escarpado desfiladeiro do Cedrom proporcionava uma forte defesa natural. Todos os edifícios de Davi estariam, então, ao sul cie Milo, protegidos por ela, que ficava ao norte. A obra de fortalecer ainda mais as defesas da cidade foi confiada a Joabe (lCr 11:8).
2Sm.5:10 10. Com ele. Ver lCr 11:9. O sucesso de Davi foi devido não só a seu próprio esforço e habilidade, mas à presença e à bênção de Deus. O sucesso final na vida não vem da sabedoria ou do poder humanos, mas do Espírito do Senhor (ver Zc 4:6).
2Sm.5:11 11. Hirão. Há certa dúvida quanto a se este Hirão é ou não o mesmo que auxiliou Salomão na construção do templo (1 Rs 5:1; 2Cr 2:3). O considerar os dois como sendo a mesma pessoa parece atribuir a um rei um reinado demasiadamente longo, embora não impossível. Os eventos deste ocorreram no início do reinado de Davi, enquanto que o Hirão associado a Salomão ainda estava vivo no 24° ano do reinado deste (lRs 9:10-14; cf. 6:1, 38; 7:1). Isso daria um total de mais de 50 anos cie reinado, caso as duas referências sejam ao mesmo indivíduo. Contra o ponto de vista de que os dois reis são idênticos, há a declaração de Josefo de que o Hirão que auxiliou Salomão reinou 34 anos (Contra Apion, 1.18). Contudo, não se pode confiar na exatidão das declarações cronológicas de josefo.Enviou mensageiros. Foi Hirão que procurou a aliança, em reconhecimento ao poder cie Davi.Edificaram uma casa a Davi. Os fení- cios (verp. 51-54), nessa época, tinham muito mais experiência e habilidade em construção do que os hebreus, pois tanto Davi quanto Salomão dependeram muito deles para a edificação de seus palácios e do templo. Os arqueólogos confirmam que a arte da alvenaria entre os hebreus, no início de seu período na Palestina, era interior à dos povos cana- neus, que os precederam e dos quais os fení- cios faziam parte.
2Sm.5:12 12. Por amor do Seu povo. O Senhor abençoou Davi por causa de Sua própria fidelidade. Também o abençoou por causa de Seu propósito de tornar o povo hebreus um reino espiritual sobre a Terra. Ao assumir decididamente a liderança do povo escolhido, Davi agiu em harmonia com os propósitos do Céu. Essa atitude sempre traz sucesso e bênção.
2Sm.5:13 13. Mais concubinas e mulheres. Com a crescente força e prosperidade, vieram a tentação e o perigo de Israel seguir cada vez mais nos caminhos das nações aoredor. Era costume dos monarcas orientais ter um grande harém, e Dava seguiu esse costume. Nisso, ele errou, pois o Senhor tinha ordenado: “Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie” (Dt 17:17). O exemplo estabelecido por Davi foi seguido por seus sucessores, para prejuízo deles.Filhos e filhas. O número total de filhos que nasceram a Davi em Hebrom e em Jerusalém foi de 19 (ver lCr 3:1-9). O nome das filhas não é dado, exceto o de Tamar (lCr 3:9).
2Sm.5:14 14. Os nomes. Os filhos aqui mencionados nasceram em Jerusalém (v. 14-16; sobre os que nasceram em Hebrom, ver 2Sm 3:2-5). A mesma lista, com algumas variações, se encontra em 1 Crônicas 3:5-8 e 14:4-7. Os primeiros quatro nascidos em Jerusalém foram os filhos de Bate-Seba (lCr 3:5). Consequentemente, nasceram num período posterior do reinado de Davi. I odas as listas colocam Salomão por último entre os quatro filhos de Bate-Seba, mas há sugestões de que ele seria o mais velho dos filhos sobreviventes (ver 2Sm 12:14, 24). As variações nessas listas não significam necessariamente erros de escribas. Dois nomes não mencionados nesta passagem se encontram na lista de Crônicas, e Quileabe (2Sm 3:3) é chamado de Daniel. O primeiro caso se deve ao lato de a lista estar incompleta; o segundo talvez indique, meramente, que um dos filhos tinha mais de um nome.
2Sm.5:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.5:16 Sem comentário para este versículo
2Sm.5:17 17. Ouvindo, pois, os filisteus. Durante os anos iniciais de seu reinado, Davi não teve nenhuma dificuldade com relação aos filisteus. Na época em que ele estava fugindo de Saul, os filisteus tornaram-se seus aliados, e quando Davi se tornou rei de judá, eles esperavam amizade de sua parte, ao contrário do que receberam da parte da casa de Saul. Eles tinham certeza de que podiam conservar seu poder sobre a nação hebreia enquanto ela estivesse dividida.Contudo, quando Davi se tornou rei sobre todo o Israel, conseguiu tomar Jebus e fez aliança com El irão de Tiro, os filisteus, temendo a crescente força de Davi, decidiram fazer guerra contra Israel e restringir o poder de seu novo rei.Fortaleza. Do heb. metsudah. A mesma palavra é usada no v. 7, e evidentemente a referência é à mesma fortificação (ver PP, 703, 704).
2Sm.5:18 18. Vale dos Refains. A frase ocorre também em Josué 15:8 e é traduzida por “Vale dos Gigantes” (NTLH). Era um vale frutífero que se estendia para o sudoeste de Jerusalém e proporcionava espaço para um amplo acampamento.
2Sm.5:19 19. Consultou ao Senhor. Ver com. de 2Sm 2:1.Subirei [...]? Isto é, ir à batalha, não “subir” literalmente, pois os filisteus estavam num vale (Jz 1:1; 12:3; ISm 7:7).Certamente, entregarei. O advérbio “certamente'' não está no hebraico, mas a construção requer uma tradução enfática do verbo.
2Sm.5:20 20. Baal-Perazim, Literalmente, “senhor dos rompimentos” ou “possuidor das aberturas”. Ao fazer um ataque repentino sobre os filisteus, Davi abriu caminho através de suas fileiras e foi varrendo tudo o que encontrava pela frente. Com a ajuda do Senhor, as forças de Israel derrubaram a resistência inimiga como águas que rompem uma comporta. Foi provavelmente após esta vitória que se deu ao local o nome de Baal-Perazim.
2Sm.5:21 21. ídolos. Do heb. ‘citsab, que, em todas as outras ocorrências, é traduzido como "ídolo”. A referência paralela (lCr 14:12) traz 'elohim, "deuses”. Quando os filisteus se aventuraram a sair em batalha, levaram as imagens de seus deuses consigo, esperando assim conseguir a vitória. A pressa na retirada é indicada pelo fato de que, na fuga, deixaram seus deuses para trás.Os seus homens os levaram. Literalmente, “os removeram”. A KjV traz “os queimaram’'. O fato de que a frase deve ser entendida da forma como a KJV a traduz fica evidente em 1 Crônicas 14:12.
2Sm.5:22 22. Tornaram a subir. A derrota só incitou os filisteus a redobrarem seus esforços. Reunindo um exército ainda maior, partiram novamente contra Davi, determinados a obter a vitória.
2Sm.5:23 23. Consultou ao Senhor. Ver v. 19. A vitória anterior de Davi não o tornou confiante em si próprio nem vaidoso. Pedir a orientação de Deus se tornou o seu costume.Não subirás. Ver v. 19, em que Davi foi instruído pelo Senhor a ir. O inimigo voltara ao mesmo campo de batalha e evidentemente esperava que Davi empregasse o mesmo método de ataque. Desta vez, sem dúvida, eles se prepararam para um ataque direto do mesmo tipo, mas o Senhor instruiu Davi a não fazer um ataque frontal.Rodeia por detrás deles. Isto é, “Dá a volta pela sua retaguarda” (Bj). Rodeando o inimigo e atacando-o a partir de um lugar inesperado, Davi obteve a vitória. Deus opera de várias maneiras para dar a vitória a Seu povo. As vezes, os que solicitam a ajuda divina são instruídos simplesmente a aquietar-se e ver a salvação do Senhor (ver Ex 14:13, 14; 2Rs 19:7, 32, 35). Outras vezes, o livramento vem pelo fato de Deus dirigir e abençoar o esforço humano. Não há manifestação de falta de fé em alguém que, após apresentar uma petição a Deus, faz tudo o que está ao seu alcance para que ela seja cumprida.Amoreiras, A identificação botânica é incerta. Algumas versões trazem “árvores de. bálsamo” (ver RSV).
2Sm.5:24 24. Marcha. Do heb. tséadah. O som devia ser um sinal divino de que Deus estaria com ele e de que os exércitos do Céu marchariam adiante. A forma masculina tsead é empregada para a marcha dos exércitos de Deus (ver Jz 5:4; SI 68:7, NVÍ, NTL14).Então, te apressarás. Na obra do Senhor, é preciso fazer nossa parte. A menos que o Senhor dê a ordem para que nada seja feito, os que ficam sentados indolentemente, esperando que o Senhor aja enquanto não fazem nada, só podem esperar a derrota. Deus deu a orientação para que Davi e seu povo agissem, e prometeu que então iria adiante deles para derrotar as hostes dos filisteus. As promessas de Deus, tanto naquele tempo como hoje, são condicionais. Quando fazemos nossa parte, Deus faz a Sua.
2Sm.5:25 25. Fez Davi. O segredo do sucesso de Davi era simples; ele fazia precisamente conforme Deus lhe instruía. Quando o homem coloca sua vontade acima da vontade de Deus, atrai a derrota. Nem sempre se podem compreender as razões para as ordens que Deus dá, e nem sempre é necessário que sejam compreendidas. Tudo o que se espera é que confiemos e obedeçamos. Davi obedeceu implicitamente às instruções divinas, e como resultado se seguiu outra grande vitória.Desde Geba. A LXX traz “Gibeão”. Este é o termo também usado em 1 Crônicas 14:16. Geba, a moderna jehd, fica quase dez quilômetros a nordeste de Jerusalém, e Gibeão, ej-Jib, fica a mesma distância a noroeste. Evidentemente, a referência é a Gibeão, pois ela ficava diretamente no caminho de volta do vale dos Refains para Gezer.Gezer. Uma fortaleza de onde se avista, abaixo, o vale de Aijalom, e que fica 24 km a oeste de Gibeão. O sítio, hoje chamado de Tell Jezer, foi objeto de escavações e revelou preciosas evidências arqueológicas. Quando os reis de Jerusalém, Hebrom, Jarmute, Laquis e Eglom atacaram Gibeão, Josué os perseguiu pelo caminho que sobe a Bete- Horom e obteve uma notável vitória sobre eles no vale de Aijalom, onde o sol se deteve (Js 10:1-14). Esta foi, sem dúvida, a mesma rota feita então por Davi em sua perseguiçãoaos filisteus, pois a estrada de Gibeão a Gezer passava pelo vale de Aijalom. A fuga nessa direção a noroeste de Jerusalém foi determinada pelo fato de que Davi rodeou por detrás dos filisteus, atacando-os pelo sul e, assim, impelindo-os para o norte, em direção a Gibeão e, dali, para Gezer. No relato paralelo (iCr 14:8-17), essas batalhas são colocadas entre as duas tentativas de Davi para levar a arca a Jerusalém: a infrutífera (1 Cr 13:5-14) e a bem-sucedida (iCr 15). Todavia, Crônicas também registra, entre os dois esforços deDavi para transportar a arca, o auxílio que Hirão lhe prestou na construção de sua casa e o registro dos filhos que lhe nasceram em Jerusalém (lCr 14:1-7). Assim, pode-se notar que a sequência dos eventos, conforme o registro de 2 Samuel e o de 1 Crônicas, nem sempre é a mesma. As vezes, é impossível determinar os detalhes exatos da cronologia envolvida. Evidentemente, a ordem dos eventos é menos importante do que os fatos em si e do que as lições espirituais a serem extraídas deles (ver PP, 703, 704, que segue a ordem de 2Sm).Capítulo 6de pau de faia, com harpas, com saltérios, com tamboris, com pandeiros e com címbalos.
2Sm.6:1 1. Tornou Davi a ajuntar. Ver a mesma narrativa, com uma introdução mais longa, em 1 Crônicas 13:1-14. Era propósito de Davi que Jerusalém fosse não só a capital civil, mas também centro religioso da nação. Por muitos anos a arca esteve em Ouiriate- Jearim, onde foi recebida por devolução dos filisteus após a morte de Eli 1 1 Sm 7:1). Davi desejava colocar a arca num relicário nacional em (eriisalém. Antes de levar a efeito esse propósito, reuniu os líderes da nação (ICr 13:1-4) para discutir seu plano.Todos os escolhidos. A transferência da arca devia ser motivo de ura espetáculo majestoso e de regozijo nacional. Davi solicitou que trinta mil dos principais homens do reino se reunissem em Jerusalém para participar das festividades solenes.
2Sm.6:2 2. Baalá de Judá. Outro nome para Quiriate-Jearim (Js 15:9; ICr 13:6), localizada 14 km a noroeste de Jerusalém.O nome do Senhor. A arca era símbolo da presença de Deus e, assim, era chamada pelo Seu santo nome. O povo de Deus (Dt 28:10) e Seu templo (IRs 8:43) também eram chamados por Seu nome, ou, literalmente, sobre eles se invocava o nome de Yahvveh, evidentemente no sentido de posse.Acima dos querubins, A ARC traz: "que Se assenta entre os querubins". A palavra "entre” não está no hebraico, e a relação entre a palavra "habita” e os querubins é questão de interpretação. A palavra traduzida como “habita" em algumas versões também é frequentemente traduzida com o verbo “assentar-se” (Gn 18:1; 19:1; 21:16; etc.).
2Sm.6:3 3. Num carro novo. A lei de Moisés estipulava que a arca devia ser transportada pelos filhos de Coate (Nm 4:4-15; 7:9). Davi devia ter atentado para essa instrução, mas provavelmente raciocinou que o transporte da arca num carro novo puxado por bois seria um sinal de respeito especial. Sem dúvida, ele se lembrou de que, quando devolveram a arca a Israel, os filisteus a levaram num carro novo (lSm 6:7-14). Contudo, essa foi uma situação inteiramente diferente, pois eles agiram segundo o melhor que sabiam. Quando a arca chegou a Israel, foi tirada do carro por levitas (lSm 6:15), em harmonia com as instruções divinas dadas a Moisés.No outeiro. Ou, “da casa de Abinadabe, que está em Geba” (ARC), ou ainda ‘'Gibeá” (ACF). A arca estava em Quiriate-Jearim, não em Gibeá. Talvez a palavra Gibeá devesse aqui ser traduzida (como na ARA e outras versões), em vez de ser considerada um nome próprio. Gibah significa ‘'monte”, “outeiro”, e é 65 vezes traduzida desta forma (Gn 49:26; Êx 17:9; Nm 23:9; etc.). Nesse caso, a casa de Abinadabe ficava num monte, em Quiriate-Jearim.Filhos de Abinadabe. A arca fora colocada na casa de Abinadabe pelo menos duas ou três gerações antes, após a morte de Eli (ISm 4:15-18; 6:1; 7:1). O fato de Uzá e Aiô serem chamados “filhos de Abinadabe'’ significa apenas que eles eram seus descendentes, em harmonia com o uso hebraico desta expressão (ver com. de lSm 14:50; ver também vol. 1, p. 159, 165). Uma vez que Uzá e Aiô haviam estado encarregados do cuidado da arca enquanto ela esteve em sua casa, a responsabilidade de transferi-la para Jerusalém foi então colocada sobre eles. Isso, contudo, estava definitivamente em desacordo com as explícitas orientações do Senhor de que a arca devia ser levada sobre os ombros dos levitas coatitas (Nm 4:15; 7:9). Não havia uma desculpa válida para se desconsiderar as instruções divinas nesse assunto.Guiavam o carro novo. Embora estivessem guiando o carro, não iam em cima dele. Aiô ia adiante do carro (v. 4) e Uzá provavelmente ia ao lado da arca ou atrás dela, de onde pocfia vigiá-la (ver v. 6).
2Sm.6:4 Sem comentário para este versículo
2Sm.6:5 5. Alegravam-se perante o Senhor. A mudança da arca para Jerusalém devia ser uma ocasião alegre e impressionante. Havia música instrumental e cânticos entre a multidão que a acompanhava. A arca representava a presença de Deus para os israelitas, e eles se regozijavam em Sua presença (ver ICr 13:8).Com harpas. A menção cie vários tipos de instrumentos musicais é uma indicação de que havia grande habilidade musical no tempo de Davi. Há evidências provenientes tanto do Egito quanto da Mesopotâmia de que a música já estava num elevado estágio de desenvolvimento pelo menos mil anos antes clessa época.
2Sm.6:6 6. Eira de Nacom. Ou, “eira de Quidom” (ICr 13:9), um exemplo de variantes de grafia, ou de mais de um nome para um homem ou um local. Não há pistas quanto à localização. Talvez os bois, quando chegaram à eira, viraram para o lado a fim de apanhar um pouco dos grãos espalhados pelo local, causando assim o problema.Estendeu. Uzá a mão. A arca era santa. Ninguém, exceto os sacerdotes, descendentes de Arão, deviam tocá-la (Nm 4:15; PP, 705). Deus é estrito em Suas exigências. E verdade que os filisteus haviam tocado a arca sem receber nenhum dano, mas eles não podiam ser responsabilizados por aquilo que não sabiam. Os israelitas, porém, conheciam as instruções que o Senhor dera, mas as desobedeceram.
2Sm.6:7 7. A ira do Senhor se acendeu. O homem vê somente a aparência exterior, mas Deus olha para o coração. Para os que acompanhavam Uzá, pode ter parecido que as intenções dele eram perfeitamente honrosas — que estava apenas tentando ajudarquando estendeu a mão para aparar a arca. No entanto, seu coração não estava num relacionamento correto com Deus. Ao tocar a arca, cometeu um ato de presunção. Um ser pecaminoso não devia ter ousado tocar naquilo que simbolizava a presença de Deus. O Senhor não podia permitir que passasse despercebido este Ilagrante. desrespeito à Sua ordem expressa. Se os pecados de Uzá ficassem sem punição, sua culpa poderia ter envolvido muitos outros. Os que conheciam as faltas de Uzá teriam se tornado grande- mente ousados em pecar se lhes tivesse sido permitido concluir que faltas como as dele podiam ficar sem correção e que o ofensor seria aceito por Deus mesmo assim. A morte de Uzá serviu como advertência para muitos do fato de que o Senhor é um Deus justo, que requer de todos estrita obediência.Deus o ferie. Alguns têm considerado a morte de Uzá como um juízo de severidade desproporcional. O incidente ocorreu, contudo, num regime teocrático, quando as penalidades civis abrangiam infrações religiosas e a pena de morte era infligida por delitos aos quais hoje não mais é aplicada (Êx 22:20; Lv 20:2, 9, 27; Nm 15:32-36; cf. At 5:1-11). Muitas vezes, são necessárias penalidades severas para restringir o mal. No mundo atual, o abrandamento das leis de restrição ao crime é seguido de aumento de criminalidade.Uzá estivera tanto tempo na presença da arca que a familiaridade havia criado nele um espírito de irreverência. Ele se tornara culpado de uma presunção imprudente e irresponsável, e o Senhor lidou com isso da maneira adequada. A punição inesperada tez com que as multidões de Israel ali reunidas compreendessem quão importantes são as ordens expressas de Deus e quão terrível é o pecado da irreverência.
2Sm.6:8 8. Desgostou-se Davi. O desagrado de Davi ante a morte de Uzá se deveu, em grande parte, ao fato de que seu própriocoração não estava completamente íntegro. Se ele estivesse em perfeita paz com Deus, não teria nenhuma razão para temer e teria aceitado a vontade divina. Tudo o que Deus faz é perfeito; e, quando uma pessoa se desgosta com as obras de Deus, isso é um indicativo de que há algo errado com sua própria experiência. Davi teria feito bem em se humilhar e em examinar seu coração para descobrir os males que poderiam estar ocultos ali, em vez de procurar faltas em Deus.
2Sm.6:9 9. Temeu. Davi temeu que algum pecado em sua própria vida pudesse trazer sobre ele
2Sm.6:10 10. Obede-Edom. O nome aparece emGeteu. Dificilmente seria um geteu da Filístia; é mais provável que fosse alguém que outrora habitara na cidade levítiea de Gate-Rimom, que ficava em Dã ou Manassés, e que foi designada para os coa- titas (js 21:24-26). Assim, talvez Obede- Edom fizesse parte da família que fora especialmente designada para levar a arca (Nm 4:15; 7:9).
2Sm.6:11 11. E o Senhor, o abençoou. A presença da arca no lar de Obede-Edom produziu bênção, não maldição. Ele sabia quão terrivelmente fora punida a irreverência quando a arca foi desonrada. Provavelmente tinha visto Davi e os milhares de Israel tremerem de medo, receosos da presença da arca de Deus. Porém, apesar de tudo isso, ele acolheu com satisfação a arca em sua casa.E a toda a sua casa. A bênção concedida a Obede-Edom não foi somente para ele, mas para toda a sua casa. Por meio do fiel Abraão, todas as famílias da Terra seriam abençoadas (Gn 12:2, 3). Felicidade, prosperidade e paz vêm sobre muitos quando uma pessoa desfruta a presença de Deus. Aquele que recebe uma bênção se torna uma bênção.CfDR0/v1
2Sm.6:12 12. Avisaram a Davi. A experiência cie Obede-Edom demonstrou que, embora Deus seja santo, não precisa causar medo em alguém que é humilde e obediente. A nação ficou atenta para ver o que aconteceria com o geteu e sua família (PP, 706). A bênção divina baniu o abatimento e os maus presságios que a morte de Uzá causara.
2Sm.6:13 13. Quando os que levavam a arca. Davi aprendera uma lição de obediência total aos requisitos de Deus. A arca, então, não foi levada num carro mas, em harmonia com a ordem de Davi (iCr 15:2) e com a palavra de Deus (Nm 4:5, 6, 15; 7:9; ICr 15:15), foi carregada por levitas. O relato do retorno da arca em Crônicas é bem mais detalhado e explí- ciLo do que em 2 Samuel (ver ICr 15:1-29).Seis passos. A morte de Uzá, na tentativa anterior de transportar a arca, havia feito com que Davi procedesse com extrema cautela. Primeiramente, a arca foi carregada apenas seis passos e, como não houve nenhuma evidência do desagrado de Deus, foram oferecidos sacrifícios como açcães de graças do povo a Deus pelo fato de Sua presença estar com eles e de Sua bondade lhes ler sido estendida.Bois e carneiros cevados. (3 hebraico aqui está no singular: "um boi e um carneiro cevado". O v. 13 não se encontra na LXX. Em seu lugar, essa versão traz: “E havia com ele, carregando a arca, sete grupos de instrumentistas [ou corais de vozes], e como sacrifício um bezerro e cordeiros”.
2Sm.6:14 14. Dançava [...] diante do Senhor. A dança de Davi era um ato de solene e santa alegria. Para um oriental daquela época, tal atividade era um modo de expressão natural, por mais estranho que isso possa parecer hoje. Por meio disso, Davi expressou seu grato louvor, e assim honrou e glorif icou o santo nome de Deus. Não havia nada na dança de Davi que seja comparável à dança moderna, ou que a justifique. A dança popular não leva ninguém para mais perto deDeus, nem inspira alguém a ter pensamentos mais puros ou a ter um viver mais santo. Ela degrada e corrompe. Desqualifica a pessoa para a oração ou o estudo da Palavra de Deus e a desvia da justiça, conduzindo-a a diversões profanas. A moral é corrompida, o tempo é mais do que desperdiçado, e muitas vezes a saúde é sacrificada (ver PP, 707).Uma estola sacerdotal de linho. Ver ICr 15:27. Davi deixou de lado seu manto real, para essa ocasião, e usou uma simples estola de linho do tipo geralmente usado pelos sacerdotes (ver com. de iSm 2:18; cf. iSm 22:18; 2Cr 5:12). Ao fazer isso, não assumiu prerrogativas sacerdotais; estava simplesmente mostrando ao povo que se dispunha a se humilhar e a se tornar um com eles no serviço de Deus.
2Sm.6:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.6:16 16. Mícal [...] o desprezou. Ela não conseguia apreciar ou entender o fervor que levava Davi a associar-se com o povo para expressar de maneira tão vivida sua alegria no Senhor. Quando Davi cantava e dançava diante de Deus, seu ato de adoração foi honrado pelo Céu, mas foi desprezado por sua esposa. Mical, cujo pai esteve em êxtase profético em mais de uma ocasião (ISm 10:10; 19:22-24), não tinha o direito de reclamar da exuberância de Davi. Contudo, pode ser que essa ocasião lhe tenha proporcionado uma desculpa para extravasar seus reprimidos sentimentos. Ela se apaixonara por Davi quando ele era um jovem herói, mas seu casamento com ele logo terminou quando ele iugiu de Saul. Vinte anos haviam se passado, durante os quais ela estivera casada com outro homem, de quem fora tirada à força e entregue ao ex- marido corno um prêmio político após uma longa guerra contra a casa de seu pai. A orgulhosa filha de Saul estava cheia de ressentimento e pronta a achar falhas em Davi, até mesmo no zelo dele em honrar ao Senhor por uma forma de louvor aceitável naquela época.
2Sm.6:17 17. Na tenda. Não o antigo taberná- culo, que nessa época estava cm Gibeão(ICr 16:39), mas uma nova tenda que Davi preparou especialmente para a arca (2Cr 1:3, 4).Holocaustos. O altar usual de ofertas queimadas estava naquele tempo com o tabernáculo mosaico em Gibeão (1Cr 21:29). Entretanto, deve ter sido erigido outro altar em Jerusalém. Os holocaustos expressavam a dedicação a Deus, enquanto as ofertas pacíficas eram para ocasiões de alegria e regozijo, sendo que a maior parte delas era consumida pelo povo numa refeição festiva.
2Sm.6:18 18. Abençoou o povo. Davi era tanto um líder secular quanto espiritual para seu povo. Era total mente apropriado que o rei de Israel, que foi escolhido por Deus para essa função, pronunciasse sobre o povo a bênção divina (ver a bênção de Salomão, na dedicação do templo, em lRs 8:14, 55).
2Sm.6:19 19. Repartiu a todo o povo. Davi tinha uma natureza generosa. Quando o povo estava para ir embora, foi dado a cada pessoa um presente proporcionado pela casa real. Isso faria com que regressassem para casa com uma disposição mental feliz e os ajudaria a esquecer de seus problemas individuais, a cantar louvores ao seu Deus e a honrar o rei.Um bom pedaço de carne. Do heb. eshpar. A palavra ocorre apenas aqui e na passagem paralela de 1 Crônicas 16:3. Seu significado é incerto. Esta tradução reflete a interpretação ciada à palavra pelos judeus. A Vulgata traz: "um pedaço de carne bovina para assar". Alguns eruditos modernos atribuem a esh/par os seguintes significados: "comida para o viajante", “provisões que consistem de tâmaras e cereais cozidos ou crus" e "bolo de passas".Passas. Do heb. 'ashishah. Ou, “um frasco de vinho” (ACF, ARC). Esta palavratem sido definida literalmente corno "um bolo”, como o que era preparado com passas prensadas ou compactadas num certo formato. A expressão "de vinho” foi acrescentada por tradutores, mas pode estar implícita no termo ashishah (ver Os 3:1, KJV; PP, 708).Então, se retirou todo o povo. Em 1 Crônicas 16:4-42, há muitos detalhes adicionais quanto às festividades e aos arranjos para as cerimônias de dedicação.
2Sm.6:20 20. A encontrar-se com ele. Enquanto acompanhava a arca no trajeto percorrido até a nova tenda, Davi passou por sua casa e foi observado por Mical (v. 16). Após o término das diversas cerimônias de dedicação, ele voltou para casa e foi recebido por Mical, que nesse meio tempo ficou ainda mais irritada e ressentida, ao ponto de mal poder esperar para repreender o marido pelo entusiasmo exibido nas cerimônias ligadas ao transporte da arca. Mical estava completamente fora de harmonia com o espírito daquela ocasião festiva.Há muitos cristãos que fazem uma profissão de religião, porém nutrem um espírito amargo, quando poderíam estar felizes. Quando deviam estar se regozijando no Senhor, estão com raiva de seus irmãos. Em vez de terem os olhos fixos nas coisas de Deus, passam o tempo condenando os que estão felizes no Senhor. Salientar isso não implica que a excitação e o emociona- lismo conduzem necessariamente à espiritualidade. Uma exibição pública de emoção nem sempre é a medida da consagração de uma pessoa; um temperamento mais reservado pode expressar devoção mais profunda a Deus pela elevação íntima da alma ou por atos de amor. No entanto, se a manifestação exterior está ausente devido à apatia ou à indiferença, então a compostura é sinônimo de formalismo.Que bela figura [...]! Em vez de saudar o marido com uma palavra de alegres boas-vindas, Mical repreendeu Davi comesta cortante ironia, acusando-o de agir mais como um palhaço do que como um rei.Descobrindo-se, Isto é, removendo seu traje real e aparecendo em público na simples estol a de linho usada pelos sacerdotes e por outros (ver com. do v. 14).
2Sm.6:21 21. Perante o Senhor. Mical precisava entender a verdadeira razão para a conduta de Davi. Precisava também aceitar que seu orgulho e egoísmo estavam por trás de sua própria amargura de espírito. Davi sentiu que M ical havia desprezado não o rei, mas o Senhor e Seu serviço.Antes do que a teu pai. Davi lembrou a Mical o lato de o pai dela ter sido rejeitado pelo Senhor, e que ele foi escolhido. Deus considerou a conduta de Davi agradável a Seus olhos. Mical, porém, estava tomando a mesma atitude arrogante que levou à rejeição de seu pai como rei. As palavras de Davi não foram agradáveis, mas eram just.il içadas.Perante o Senhor me tenho alegrado. Davi fez Mical saber que ela nãotinha uma razão justa para suas palavras cortantes de reprovação e que sua acusação não diminuiría seu ardor nem mudaria seu procedimento. Ele continuaria a se regozijar e a se alegrar diante cio Senhor, expressando sua gratidão por tudo o que Deus fizera por ele.
2Sm.6:22 22. Desprezível. Do heb. qalal, "ser insignificante’', ‘‘ser trivial ”, e na forma aqui usada, “ser menosprezado".Aos meus olhos. A LXX aqui traz “aos teus olhos". Se esta é a forma correta, o significado é semelhante ao que foi dito acima - os atos de Davi dali em diante seriam tais que fariam com que ele fosse ainda mais menosprezado aos olhos de Mical. Por outro lado, se for aceita a forma do hebraico, então o significado seria que Davi. estava pronto a seguir qualquer procedimento que fosse para a honra e glória de Deus, por mais humilde que parecesse, até para ele próprio.Quanto às servas. Davi estava certo de que o povo comum entendería seu zelo religioso. Não deu importância à opinião de Mical, nem esperava que o povo fizesse isso.Capítulo 7I Natã aprova o desejo de Davi de edificar uma casa para Deus, 4 mas, depois, pela palavra de Deus, o proíbe de fazê-lo. 12 Ele promete a Davi benef ícios e bênçãos para sua posteridade. 18 Oração e ação de graças de Davi.em casa de cedros, e a arca de Deus se acha numa tenda.I 1 desde o dia em que mandei houvesse juizes sobre o Meu povo de Israel. Dar-te-ei, porém, descanso de todos os teus inimigos; também o Senhor te faz saber que ele, o Senhor, te fará casa,do Teu servo, a fim de permanecer para sempre e, com a Tua bênção, será, para sempre, benditadiante de Ti, pois Tu, ó Senhor Deus, o disseste; a casa do Teu servo.
2Sm.6:23 Sem comentário para este versículo
2Sm.7:1 1. Em sua própria casa. Davi começou a pensar na inconsistência de ter uma bela casa própria, mas não um lugar que poderia ser chamado de a casa de Deus (ver o relato paralelo destes eventos, em lCr 17).Descanso de todos os seus inimigos em redor. O período de paz permitiu que Davi dedicasse tempo e energia a outras coisas. Sob essas circunstâncias, ele começou a pensar na construção de um templo para a adoração a Deus.
2Sm.7:2 2. Ao profeta Natã. Esta é a primeira menção ao profeta Nata, mas evidentemente ele já era um conselheiro confidencial do rei, consultado em assuntos importantes nos quais Davi desejava a orientação específica de Deus. Natã se tornou urna figura importante no reinado de Davi e também no de Salomão (ver 2Sm 12; lRs 1:10-12, 34, 38).Numa tenda. Ou, “dentro de cortinas'’ (ARC, ACF). A palavra traduzida como “cortinas” é a mesma usada em Êxodo 26 e 36 para a cobertura do tabernáculo. A tenda em que a arca estava abrigada era uma estrutura temporária provavelmente semelhante ao tabernáculo mosaico. O tabernáculo original e o altar de ofertas queimadas estavam em Gibeão (lCr 21:29; 2Cr 1:3-6). Sendo que a arca estava numa tenda em Jerusalém, havia, então, dois santuários nacionais. Era propósito do Senhor, contudo, que houvesse apenas um lugar centrai de adoração (Dt 12:13, 14), e era plano de Davi estabelecer um grande santuáRu nacional em Jerusalém.
2Sm.7:3 3. Disse Natã. Ele era um profeta, mas no momento estava evidentemente expressando sua opinião pessoal. Um profeta pode dar aos homens urna mensagem inspirada somente se Deus lhe comunicou essamensagem. É privilégio do profeta, quando confrontado com uma questão difícil, orar por uma resposta inspirada, mas a decisão de dar a resposta pertence a Deus. Há ocasiões em que o Senhor acha melhor que os homens decidam por si próprios, e assim desenvolvam a faculdade de fazer avaliações sábias. Em outras ocasiões, Ele Se apraz em enviar uma mensagem especial. As comunicações divinas são frequentemente qualificadas pela declaração distintiva: “Assim diz o Senhor” (ver v. 5).Vai, faze tudo. O propósito expresso por Davi pareceu bom, e Natã naturalmente achou que era correto o rei colocá-lo em execução. O profeta, contudo, não havia recebido nenhuma mensagem con- lirmatória. Falou de acordo com seu próprio julgamento e não em resposta a uma revelação divina.
2Sm.7:4 4. Veio a palavra do Senhor. A comunicação foi distintamente assinalada como algo provindo de Deus (ver com. do v. 3) e estava em oposição direta à opinião expressada antes pelo profeta. Não há evidências, porém, de qualquer espírito de rebelião por parte de Natã quando lhe foi solicitado que voltasse ao rei e reconhecesse seu erro anterior. E necessária a graça divina para alguém admitir que cometera um erro e amavelmente se dispor a corrigi-lo.
2Sm.7:5 5. Meu servo Davi. O próprio Davi era um servo de Deus e tinha pronunciado mensagens sob a inspiração di\ ina. conto na composição de seus salmos. A ek íatm-cm foi aplicado o título de “profeta" ( Vl 2:30). Nessa ocasião, o Senhor escolheu não falar a ele diretamente, mas por meio de outro profeta. Deus atua por meio de diferentes indivíduos, e a luz divina é concedida por diversos canais. Hoje, da mesma forma, Deus atuapor intermédio da organização de Sua igreja e requer mútuo amor e confiança entre os irmãos, advertindo contra o perigo da independência. Se Davi fosse orgulhoso com relação a suas próprias opiniões, talvez tivesse ficado grandemente irado ao ter suas idéias contrariadas. Em vez disso, aceitou a repreensão divina, embora tosse contrária tanto ao seu propósito quanto à opinião do profeta.Assim díz o Senhor. Quando chegam mensagens que trazem este rótulo, as pessoas devem dar ouvidos. Se há suspeitas quanto à genuinidade da mensagem (ver IJo 4:1), foram especificados testes na Palavra de Deus pelos quais pode ser testada a validade das reivindicações (Nm 12:6; Dt 13:1-3; 18:22; Mt 7:15-20; jo 4:1-3). A responsabilidade é nossa de descobrir a fonte da comunicação e, se ela for de Deus, segui-la.Edificar-Me-ás tu casa [...]? A pergunta subentende uma resposta negativa. A passagem paralela diz: “Tu não edifica- rás casa para Minha habitação” (iCr 17:4).
2Sm.7:6 6. Porque. Aqui é dada a razão pela qual Davi não devia edificar uma casa para Deus.Desde o dia. Passaram-se cerca de 450 anos desde o Exodo (ver com. de IRs 6:1). Durante esse tempo, o tabernáculo fora o local da habitação terrena de Deus. Ele tinha sido mudado muitas vezes de um lugar para outro, mas ainda não fora definido um local permanente de adoração para os filhos de Israel. Sendo que esses arranjos provisórios duraram tanto tempo, uma tenda seria suficiente para o pequeno período adicional que restava, até que pudessem ser feitos arranjos para a construção do templo.
2Sm.7:7 7. Tribos. A passagem paralela traz “juizes” (lCr 17:6). A diferença é de apenas uma letra no hebraico. A LXX traz “tribos” em ambas as referências.
2Sm.7:8 8. Malhada. Literalmente, “uma habitação”, aqui evidentemente de ovelhas.
2Sm.7:9 9. Fiz grande o teu nome. Isto pode ser traduzido como no futuro: “farei grande”,embora os eruditos judeus que introduziram a pontuação vocál iea no texto hebraico entre o 6o e o 9o séculos d.C. tenham inserido aqui um sinal que, caso seja válido, requer que o verbo seja traduzido no passado.
2Sm.7:10 10. Não mais seja perturbado. Durante todo o período dos juizes, os israelitas foram afligidos por seus inimigos, isso não estava em harmonia com os propósitos de Deus, e o Senhor, então, lhes prometeu um período livre de opressão. A promessa, contudo, era condicional. Um destino glorioso os aguardava somente sob a condição de que estivessem em harmonia com os planos e objetivos do Céu. Entretanto, por causa da persistente recusa em aceitar seu elevado privilégio, foi repetidamente permitido que o professo povo de Deus caísse nas mãos de seus inimigos, até que foi destruído como nação e rejeitado como povo eleito.
2Sm.7:11 11. Dar-te-ei, porém, descanso. Ou,“te dei descanso” (ARC, ACE). Com uma mudança na pontuação do hebraico (ver com. do v. 9), a frase pode ser traduzida com o verbo no futuro. Se os eventos do capítulo 8 vêm cronologicamente em seguida, Davi ainda enfrentaria guerras. Contudo, é possível interpretar as palavras como se se referissem à cessação temporária da guerra (v. 1). Nesse caso, a tradução da ACE e da ARC se justificaria.Casa. Deus estabelecerá a família de Davi, assegurando à sua posteridade a sucessão ao trono.
2Sm.7:12 12. O teu descendente. A referência primária é a Salomão, o sucessor de Davi e construtor do templo. Contudo, também foi mostrado a Davi que o Messias viria de sua linhagem (ver At 2:30).
2Sm.7:13 13. Para sempre. Se Israel tivesse sido leal a Deus, a nação teria continuado para sempre, e o glorioso templo nunca teria 7 sido destruído (ver PR, 46, 564). Aquilo que Deus pretendia fazer pelo mundo por meio da nação hebraica, pretende realizaragora por intermédio de Sua igreja (PR, 713, 714). A despeito do fracasso humano,
2Sm.7:14 14. Eu lhe serei por pai. Ver lCr 22:9, 10; 28:6. Nesta promessa, Deus estava Se identificando com Davi e sua descendência. Os que sucedessem Davi no trono de Israel deviam reinar em nome do Senhor, como filhos de Deus e representantes do Céu. Quando a descendência literal fracassou, as promessas foram cumpridas em Cristo (ver Hb 1:5).Castigá-lo-ei. Os castigos de Deus são atos de amor. Seus juízos são enviados para fazer com que os homens caiam novamente em si e voltem à justiça. Um sábio e amoroso pai castiga os filhos que ama (Pv 3:12; Hb 12:5-10). A frase é omitida emCom varas de homens. Deus frequentemente emprega pessoas para castigar pessoas. Seus juízos sobre as nações muitas vezes são enviados por meio de outras nações (ver Is 10:5, 6; Jr 51:20). Assíria e Babilônia, entre outras nações, foram enviadas para castigar Israel e Judá.
2Sm.7:15 15. Minha misericórdia se não apartará. Uma promessa condicional que não pôde ser cumprida devido à falha humana. Esses privilégios hoje pertencem ao Israel espiritual.De Saui. A Saul também o reino havia sido prometido "para sempre” (ver ISm 13:13).De diante de ti. Literalmente, "da tua face”, isto é, da tua presença. Essas promessas se aplicavam condicionalmente a Davi.
2Sm.7:16 16. Será estabelecido. Devido ao fracasso dos descendentes de Davi, essas importantes promessas serão finalmente cumpridas somente em Cristo e em Sua igreja (ver Is 9:6, 7; Jr 23:5, 6; 33:14-21).
2Sm.7:17 17. Assim falou Natã. Até este ponto o relato fala da comissão que Natã recebeu do Senhor para transmitir a Davi (v. 5-16). Este verso declara que ele a cumpriu.
2Sm.7:18 18. Ficou perante Ele. Provavelmente no tabernáculo em que repousava a arca. Davi ficou estupefato ante a revelação que lhe fora dada. Não lhe seria permitido construir o templo, mas as promessas feitas compensaram inteiramente o desapontamento inicial.Quem sou eu, Senhor Deus [...]?Enquanto Davi estava sentado, meditando, provavelmente recapitulou os anos passados, pensando em si mesmo primeiramente como um humilde pastor de ovelhas que, ao vagar pelas colinas, foi-se familiarizando com os caminhos de Deus; depois, como fora escolhido para o reino, mas havia fugido para as colinas de Judá, sem saber, num dia, que novas provações e perigos traria o dia seguinte. Então, finalmente, ele desfrutava paz, e com ela veio a promessa de Deus quanto ao futuro de seu reino. Davi ficou maravilhado com esse pensamento. Com profunda humildade e completa abnegação, clamou: "Quem sou eu, Senhor Deus Pelos padrões humanos Davi seria considerado um homem de realizações extraordinárias, um líder incomum, um homem de profunda piedade e grande coragem, um homem de honra e sucesso, um dos maiores poetas do mundo e um dos mais destacados reis da história. No entanto, Davi sentia profunda humildade diante de seu Criador e se considerava alguém totalmente indigno da elevada honra que Deus conferira a ele e a sua casa.
2Sm.7:19 19. Instrução para todos os homens.Literalmente, “a lei do homem”, isto é, a lei humana. O significado desta frase é obscuro. A passagem paralela diz: “E me trataste como se eu fosse homem ilustre, ó Senhor Deus.”
2Sm.7:20 20. Que mais ainda Te poderá dizer Davi? O rei estava maravilhado ante a honraa ele conferida e lhe faltavam palavras para expressar a gratidão.Conheces bem a Teu servo. Davi sabia que o Senhor estava familiarizado com ele e que podia ler os pensamentos de louvor e ações de graças que lhe enchiam o coração.
2Sm.7:21 21. Por causa da Tua palavra. “Por amor de teu servo” (lCr 17:19). Com respeito à última expressão, ver Si 132:10; cf. 2Cr 6:42.
2Sm.7:22 22. Grandíssimo és. Ver SI 86:8-10; 71:19; 89:6-8.
2Sm.7:23 23. Quem há como o Teu povo [...]?Davi considerava o mais alto privilégio o ser contado entre o povo de Deus. Que nação pocfia ser maior ou mais altamente honrada do que a que fora escolhida pelo Senhor como Sua (ver Dt 4:7, 32-34)?Para ser Teu povo [...]r A referência é ao êxodo. Deus manifestou Seu grande interesse por Israel, redimindo-o de sua condição de raça de escravos no Egito.Para fazer a Ti mesmo um nome. O êxodo tornou grande o nome de Deus entre as nações da Terra, pois mostrou que Seu incomparável poder estava acima da força das maiores nações terrenas.Grandes e tremendas coisas. Ver Dt 10:21. As idéias que passavam pela mente de Davi enquanto pensava na maravilhosa forma com que o Senhor tratara Israel por ot a.siâo do êxodo eram semelhantes às idéias de Moisés (ver Dt 4:7, 32-34),Seus deuses. Os deuses do Egito eram numerosos, famosos e supostamente poderosos. O êxodo foi reconhecido como um triunfo não só sobre a terra do Egito, mas sobre seus deuses. Quando Israel saiu triun- fanteimente do Egito, já não restava nenhuma dúvida na mente de qualquer dos egípcios quanto a quem era o verdadeiro Deus. Os deuses egípcios em si não tinham poder algum, mas Satanás manifestava seu poder em favor deles, portanto o êxodo foi outra vitória de Deus sobre Satanás no grande conflito.
2Sm.7:24 24. Ó Senhor, Te fizeste o seu Deus.Deus havia prometido estabelecer a posteridade de Abraão na terra de Canaã e ser o seu Deus (Gn 17:7, 8). Por meio de Moisés, prometeu redimir a descendência de Abraão do cativeiro egípcio e ser o seu Deus (Êx 6:7, 8). Essas promessas foram cumpridas.
2Sm.7:25 Sem comentário para este versículo
2Sm.7:26 26. Seja para sempre engrandecido o Teu nome. A nota tônica da oração de Davi era que o nome de Deus fosse glorificado. Os que buscam grandeza própria refletem a atitude de Lúcifer, que desejou exaltar seu trono “acima das estrelas de Deus" e almejou ser “semelhante ao Altíssimo” (is 14:13, 14). Em contraste, o cântico dos anjos não caídos é: '‘Glória a Deus nas maiores alturas” (Lc 2:14) e: “Àquele que está sentado no trono (...) seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio” (Ap 5:13). O segredo da grandeza de Davi era sua humildade. Aquele que está disposto a se humilhar como uma criança é “o maior no reino dos Céus” (Mt 18:4).
2Sm.7:27 Sem comentário para este versículo
2Sm.7:28 28. As Tuas palavras são verdade. Davi tinha a certeza de que o Senhor cumprida Suas promessas. 'Tinha fé que sua oração seria atendida. Na verdade, ela expressava a aceitação das maravilhosas e graciosas promessas de Deus.
2Sm.7:29 29. Será, para sempre, bendita. A passagem paralela diz: “Tu, ó Senhor, a abençoaste, e abençoada será para sempre” (lCr 17:27). Quando Deus promete a alguém uma bênção, não há poder na Terra forte o suficiente para revertê-la, exceto a perversa vontade humana que se recuse a cumprir as condições (ver Nm 23:20). Os seres humanos desonram a Deus quando duvidam de Suas promessas ou deixam de reivindicar Suas bênçãos. A vida cristã seria muito mais leliz, e a esperança mais brilhante, se todos tivessem mais confiança na segura promessa de Deus. A vida de Davi foi feliz e frutífera quando ele alegremente se resignou à vontade de Deus. Era sua esperança e seu propósito construir o templo, mas lhe foi dito quenão era para ele essa tareia. Humildemente ele se submeteu à vontade divina, aceitando as tareias que Deus tinha para ele, e não se permitiu bicar ressentido e mal-humorado por ter sido impedido de executar seus propósitos. Muitos se consideram menosprezados e rejeitados quando não lhes é permitido realizar todos os seus desejos. Outros estãodecididos a levar avante tareias para as quais não são talhados e o Senhor não os chamou, esforçando-se em vão para realizar uma obra para a qual são insuficientes, enquanto negligenciam lazer as coisas que estão dentro de sua capacidade e para as quais o Senhor os chamou. Este é um exemplo notável de resignação à vontade de Deus.Capítulo 8õ Vieram os siros de Damasco a socorrer Hadadezer, rei de Zobá; porém Davi matou dos siros vinte e dois mil homens.servos de Davi; e o Senhor dava vitórias a Davi, por onde quer que ia.
2Sm.8:1 1. Feriu Davi os fílisteus. Depois de Davi ter sido estabelecido no trono, desfrutou um período de paz que permitiu a organização e o fortalecimento de seu reino. Percebendo a força de Israel, as nações vizinhas se abstiveram de atacá-lo, e Davi se ocupou dos assuntos internos do reino. Depois de algum tempo, no entanto, decidiu reduzir seus inimigos à submissão, para que não estivessem em posição de atacar quando se apresentasse uma oportunidade. Os filis- teus foram derrotados e sujeitos a tributos, e parte de seu território foi anexada a Israel.As rédeas da metrópole. “Metegue- Amá” (ACF, ARC e NVI). O significado destas palavras é obscuro. Algumas versões as interpretam como “as rédeas da metrópole”, sendo a palavra “rédeas” usada no sentido de controle. No relato paralelo, Davi tomou “a Gate e suas aldeias das mãos dos filisteus” (iCr 18:1), Assim, a referência provavelmente seja a Gate, a cidade-mãe, a metrópole dos filisteus. Esse importante local foi, então, anexado a Israel. O fato de Davi invadi-la mostra a completa subserviência dos filisteus a Israel,
2Sm.8:2 2. Derrotou os moabitas. Davi tivera uma relação amistosa com Moabe, já que os moabitas haviam dado asilo a seu pai e sua mãe enquanto ele era fugitivo de Saul (ISm 22:3, 4). Não se sabe ao certo a causa da mudança de atitude de Davi em relação a Moabe. Há uma tradição judaica que diz que os moabitas traíram a confiança neles depositada e mataram os pais de Davi, mas não há como averiguar a veracidade disso. Também pode ser que, na guerra de Davicontra os filisteus, Moabe tenha sido culpado de algum tipo de traição e, assim, se convertido no alvo do ataque seguinte do rei.Não há por que presumir, como alguns o fazem, que Moabe seja mencionado aqui equivocadamente em lugar de Amom. A rebelião de Moabe sob a liderança de Mesa (2Rs 1:1; 3:4-27) prova que o país estava sob o domínio de Israel. Fora esse registro, não há nenhum outro relato que mostre a sub- jugação de Moabe. O argumento do silêncio, contudo, não é, em si mesmo, evidência suficiente da servidão contínua de Moabe desde o tempo de Davi até a morte de Acabe. Pode ter havido outras rebeliões e sujeições nesse ínterim.Fê-los deitar em terra. Pode ser que Davi tenha forçado os moabitas a se deitarem no chão e depois os mediu com uma corda, dividindo-os em três partes, duas das quais foram mortas e a terceira, poupada. No entanto, a passagem paralela (iCr 18:2) não menciona nada a respeito disso, nem é dada razão para tratamento tão drástico. Talvez alguma informação sobre as causas da guerra ajudasse a explicar as medidas tomadas.
2Sm.8:3 3. Hadadezer. Às vezes, soletrado como “Hadar-Ezer” (lCr 18:3, 5, 7, 10; etc., ACF). “Hadadezer” é, evidentemente, a grafia mais correta, pois Hadade era o nome de um importante deus siro. O título desse deus ocorre também no nome Ben-Hadade (lRs 20:1, 2; 2Rs 8:7).Zobá. Um pequeno reino arameu a oeste do Eufrates e a nordeste de Damasco, cerca de 80 km ao sul de Hamate. Este reino floresceu nos dias de Saul, Davi e Salomão (verISm 14:47; lCr 18:3; 2Cr8:3). No período do domínio assírio, esta região se tornou uma província com o nome de Tsubutu.Sobre o rio Eufrates. Este verso dá uma icleía da vasta extensão do domínio de Davi. A fronteira de Israel propriamente dita não ia até o Eufrates, mas os povos dessa região foram levadas a reconhecer Davi como seu senhor.
2Sm.8:4 4. Mil e setecentos cavaleiros. A ACF traz "mil carros e setecentos cavaleiros" e a NVI, “mil dos seus carros de guerra, sete mil cavaleiros”. A palavra “carros” não está no hebraico, que diz “mil e setecentos cavaleiros” (como na ARA). O texto paralelo (lCr 18:4), contudo, traz “mil carros”, o que sugere que, no relato de Samuel, a palavra “carros” deva ser acrescentada (como ocorre na ACF e na NVI). A LXX traz “sete mil cavaleiros” (como a NVI), que é o número dado em 1 Crônicas 18:4.jarretou. O procedimento consistia em cortar os tendões das patas traseiras dos cavalos e, assim, inutilizá-los para a guerra (ver Js 11:6-9).Menos para cem deles. Não se diz que Davi cometeu ou não um erro ao fazer isso. Ele provavelmente achou necessária a utilização de alguns cavalos como um meio rápido de comunicação. Contudo, a introdução desses cavalos pode ter sido a porta de entrada para a multiplicação desses animais nos dias de Salomão (IRs 4:26; 10:26, 28, 29), numa violação direta a Deuteronômio 17:16.
2Sm.8:5 5. Os siros de Damasco. Havia muitos grupos de siros e arameus, mas os de Damasco eram os mais famosos e poderosos (ver IRs 20; 2Rs 16:5-12; etc.)
2Sm.8:6 6. Dava vitórias a Davi. Ver o v. 14; 2Sm 7:9. As versões ACF e a ARC dizem: “guardou Davi”. O rei tinha uma vida perigosa e estava em frequente conflito com seus inimigos. O Senhor, porém, lhe dava a vitória e o preservava. O cuidado protetor deDeus se tornou o assunto de muitos salmos de Davi (ver SI 18; 34; e outros).
2Sm.8:7 7. Escudos de ouro. Provavelmente escudos revestidos de ouro. Talvez esses escudos fossem usados principalmente para propósitos de exibição e não para proteção em combates reais. Salomão também fez escudos de ouro que ficavam em exibição em sua famosa “Casa do Bosque do Líbano” (IRs 10:17). Em lugar de “escudos”, a LXX traz “braceletes”.
2Sm.8:8 8. Bronze. Na Bíblia, “bronze” geralmente se refere ao cobre, ou a uma liga de cobre e estanho. Esses metais eram comu- mente usados no antigo Oriente. Têm sido encontrados muitos objetos feitos desses materiais na Mesopotâmia, Egito e Síria. Davi armazenou esse bronze e outros metais para o futuro templo (v. 11). Salomão usou o bronze tirado dos siros para "o mar de bronze, as colunas e os utensílios de bronze” do templo (lCr 18:8).De Betá e de Berotai. Betá, em A rã Zobá, é um local desconhecido. Berotai pode ser Bereitan, que fica 13 km ao sul de Baalbeque.
2Sm.8:9 9. Hamate. Um reino sobre o rio Orontes. Este reino pagava tributos a Salomão (IRs 4:24; 2Cr 8:3, 4), reconquistou sua independência e foi novamente colocado sob sujeição a Israel por Jeroboão 11 (2Rs 14:28); por fim, foi conquistado pela Assíria (2Rs 19:13; Is 37:13).
2Sm.8:10 10. Jorão. O fato de Toí colocar seu filho como encarregado da delegação indicava a alta consideração que ele tinha por Davi.Trouxe consigo objetos. A atitude de levar presentes dessa forma geralmente era considerada, no antigo Oriente, equivalente ao pagamento de tributos. O reino de Davi aumentou grandemente a influência de Israel sobre vastas áreas da Ásia ocidental.
2Sm.8:11 11. Consagrou, Em vez de usar esses presentes para si mesmo, Davi os dedicou ao Senhor. Davi tinha um grande desejo dever o templo construído e, embora não lhe tosse permitido realizar essa tarefa, fez todas as provisões possíveis para sua edificação.
2Sm.8:12 12. Da Síria. A LXX, a versão siríaca e vários manuscritos do hebraico trazem “Edom”. A lista dessas nações em 1 Crônicas 18:11, idêntica a esta, traz "Edom em vez de “Síria”. Ambas as nações foram, na verdade, conquistadas por Davi. Os dois nomes, Síria (aram) e Eclom (edom), diterem apenas em uma letra no hebraico consonantal. Onde a palavra para Síria tem um r, a palavra para Edom tem um d. As duas letras se parecem tanto que são frequentemente confundidas. Por exemplo, Hadaclezer (2Sm 8:10) é escrito, em alguns manuscritos, como Hadarezer (2Sm 10:16, 19). Quanto ao formato das letras d e r no hebraico, ver p. xxi.De Amom. O capítulo 10 fala cie problemas com Amom após uma amizade aparentemente contínua com Israel desde os primeiros tempos de Davi. Por isso, alguns comentaristas concluem que este verso alista todas as nações cujos despojos Davi dedicou ao longo de todo o seu reinado, incluindo as nações atacadas nas guerras do cap. 10.Amaleque. Esta é a única referência a uma guerra com Amaleque depois de Davi ter se tornado rei. Saul obteve uma grande vitória sobre os amalequitas (ISm 15), e depois Davi, enquanto era fugitivo, feriu alguns bandos deles (ISm 30).
2Sm.8:13 13. Os siros. A LXX, a versão siríaca e vários manuscritos hebraicos trazem “edomitas”. O texto paralelo de 1 Crônicas 18:12 também traz “edomitas” (ver com. de 2Sm 8:12, sobre possível confusão dos dois nomes). O fato de a referência ser aos edomitas fica claro porque a luta ocorreu no “vale do Sal”, que ficava em Edom (2Rs 14:7; SI 60, subtítulo; ver também o com. de 2Sm 8:14, em que os fatos narrados evidentemente são uma consequência do que ocorreu neste versículo).Dezoito mil homens. Abisai, o irmão de Joabe, é mencionado como o general de Davi que matou esses 18 mil homens (lCr 18:12). O próprio joabe matou 12 mil edomitas na mesma localidade (SI 60, subtítulo). Há registro também de uma campanha de Joabe em que ele feriu “todos os varões em Eclom’' (IRs 11:15, 16).
2Sm.8:14 14. Pôs guarnições em Edom. A grande vitória obtida pelas forças de Davi sobre os edomitas no vale do Sal (2Sm 8:13; lCr 18:12) foi seguida pela colocação de guarnições ali, da mesma forma que Davi havia, anteriormente, colocado guarnições na Síria (2Sm 8:6).
2Sm.8:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.8:16 16. Comandante do exército. Sobre como Joabe foi elevado a este posto, ver 1 Crônicas 11:6. Depois de dar uma lista das vitórias de Davi sobre seus inimigos, o escritor de Samuel dá um breve resumo dos principais funcionários do reino (v. 16-18), e o mesmo faz o autor de Crônicas (lCr 18:15-17). /V mesma lista de funcionários é novamente dada em 2 Samuel 20:23-26.Cronista. Aparentemente um funcionário importante, um tipo de chanceler. Ele não apenas mantinha o registro dos negócios de estado, particularmente para a informação do rei, mas também era o conselheiro real. Josafá, que era o cronista de Davi, continuou a ocupar o mesmo cargo na parte inicial do reinado de Salomão (IRs 4:3).
2Sm.8:17 17. Zadoque. Zadoque e Aimeleque são mencionados como sacerdotes, evidentemente sumos sacerdotes, uma vez que a lista abrange os mais altos funcionários do reino. Zadoque já havia participado da história do reinado de Davi, pois foi mencionado junto com Abiatar na ocasião em que a arca foi levada para Jerusalém (lCr 15:11). Durante o reinado de Davi, os dois são repetidamente apresentados como colegas, aparentemente iguais.Três razões têm sido sugeridas quanto ao motivo por que Davi seguiu o procedimentoaparentemente estranho de ter dois sumos sacerdotes: (1) Os dois representavam as duas linhagens de descendentes dos filhos de Arão, Eleazare Itamar, respectivamente (ver lCr 24:1-6, onde são mencionados Zadoque e o filho de Abiatar, Aimeleque). (2) Ao unir novamente Judá e Israel depois de uma longa guerra, Davi talvez esperasse cimentar a unidade do sentimento religioso nacional, dividindo o sumo sacerdócio entre as duas casas. A linhagem sacerdotal de Abiatar havia sido quase exterminada por Saul (iSm 22:9-20), por ter prestado ajuda a Davi, mas o ramo representado por Zadoque permaneceu fiel a Saul, pelo menos até Davi se tornar rei sobre todo o Israel (lCr 12:23-28). (3) A adoração nacional a Yahweh ainda não estava centralizada, pois a arca estava em Jerusalém e o tabernáculo, em Gibeão, para onde fora levado após o massacre em Nobe; portanto, havia necessidade de dois sacerdotes de posição elevada, e há menção específica à ministração de Zadoque em Gibeão (lCr 16:39, 40).Aimeleque. Nome do filho de Abiatar (mencionado aqui e na passagem paralela de lCr 18:16, em que é escrito “Abimeleque”; e e n lCr 24:6, que se refere a ocasião posterior). Contudo, os sacerdotes associados que atuavam no tempo de Davi (ver com. sobre Zadoque, v. 17) são repetidamente mencionados, durante toda a vida dele, e mesmo no início do reinado de Salomão, como “Zadoque e Abiatar”. Portanto, a menção de Zadoque e Aimeleque, neste versículo e em Crônicas, tem suscitado especulações sobre erros de transcrição por parte de escribas e sobre confusão de nomes, especialmente em vista do fato de que Aimeleque é chamado filho de Abiatar, e Abiatar é chamado filho de Aimeleque.Entretanto, não há necessidade de supor que houve erros. Os críticos nem sempre levam em consideração que a suposta dificuldade pode surgir não só por um erro daparte do antigo autor ou de seus copistas, mas também pela falta de informações completas. Referências esparsas a várias gerações de uma família sacerdotal não constituem uma narrativa completa. Por exemplo, imaginemos que um estrangeiro, não familiarizado com a história americana, leia um livro sobre política americana. Talvez lhe seja difícil entender referências a Cleveland como o presidente que veio depois de Benjamim Harrison e, ao mesmo tempo, encontrar declarações de que Cleveland veio antes de Harrison. Se ele ler toda a história desse período, verificará que ambas as declarações estão corretas, pois Cleveland teve dois mandatos, separados pelo mandato de Harrison.As declarações sobre Aimeleque, Abiatar e Aimeleque permitem a seguinte reconstrução dos eventos: o Aimeleque que deu o pão da proposição a Davi, em Nobe, era o filho de Aitube (ISm 22:9-12) e era descendente de Eli, pois seu filho Abiatar cumpriu a profecia referente à casa de Eli (iRs 2:27). Segundo a genealogia de 1 Samuel 14:3, Aimeleque já devia ser idoso quando ajudou Davi. Talvez seu filho Abiatar também fosse sumo sacerdote ao mesmo tempo (ver com. de Mc 2:26), caso tenha ocupado o cargo junto com o pai. Ou talvez ele fosse o sumo sacerdote em exercício, enquanto o pai era o "sumo sacerdote emérito”, como evidentemente ocorria na relação entre Eli e seus filhos, e entre Anás e Caifás, no tempo de Cristo (ver com. de Lc 3:2). Quando Saul mandou matar os sacerdotes da família de Aimeleque, Abi atar escapou com a estol a sacerdotal , o símbolo de seu ofício (ver com. de Ex. 28:6- 30), e se tornou conselheiro e sacerdote do proscrito Davi (ISm 22:20; 23:6, 9; 30:7). Abiatar e Zadoque foram novamente mencionados como sumos sacerdotes associados em conexão com a cerimônia festiva do transporte da arca de Deus para Jerusalém (lCr 15:11, 12). Daí em diante Zadoque e Abiatar foram repetidamente mencionadosjuntos como "os sacerdotes" na parte posterior da vida de Davi (2Sm 15:29, 35, 36; 17:15; 19:11; 20:25), e mesmo na parte inicial do reinado de Salomão (lRs 4:4).Depois das vitórias dos exércitos de Davi sobre vários inimigos estrangeiros, da consolidação do reino e do seguro estabelecimento da justiça interna, descritos no cap. 8 (v. 1-15), há uma lista dos mais altos funcionários de Davi. Aqui, porém, são incluídos os nomes de Zadoque e Aimeleque, “os sacerdotes”, como na passagem paralela (1 Cr 18:16). Abiatar foi aparentemente substituído durante um tempo por seu filho. Não há nada que indique por quanto tempo Aimeleque ocupou o cargo, ou por que não permaneceu nele. Talvez tenha sido feito sacerdote temporariamente, durante uma ocasião em que a saúde do pai estava comprometida. Talvez o pai tenha sido trazido de volta da pretendida aposentadoria, devido a acontecimentos inesperados — possivelmente a rebelião de Absalão. Embora a Bíblia não informe sobre esses assuntos, pode ter havido mudanças no sacerdócio por várias razões. Não houve necessariamente erro por parte dos escribas.Novamente, anos mais tarde, Aimeleque participa de uma cerimônia pública. Isso ocorreu antes da coroação de Salomão, quando o idoso Davi determinou os deveres dos levitas no futuro serviço do tão aguardado templo. Foram lançadas sortes diante de Davi e diante "do sacerdote Zadoque, [e] de Aimeleque, filho de Abiatar” (ICr 24:1-3; cf. v. 6, 31), como representantes dos dois ramos da família de Arão. Não é de forma alguma surpreendente que nessa ocasião Abiatar não estivesse presente, pois pouco tempo antes fora atuante na tentativade Adonias para tomar o trono (1 Rs 1:5, 7, 19). Em sua ausência, era natural que o filho Aimeleque atuasse como o cabeça da casa de Itamar, ao lado de Zadoque, da casa de Eleazar. Assim, a ligação de seu nome com Zadoque aqui não requer outra mudança no cargo sumo sacerdotal. Aimeleque não é chamado sacerdote, embora seja mencionado três vezes (ICr 24:3, 6, 31). Somente Zadoque é ungido como sumo sacerdote, na coroação de Salomão (ICr 29:22).Abiatar ainda é mencionado, porém, no princípio do reinado de Salomão, na primeira lista de altos oficiais (lRs 4:4; cf. v. 1, que implica que essa lista se refere ao princípio do reinado), isto é, antes da morte de Davi. Salomão provavelmente o conservou no cargo, devido à consideração que Davi tinha por ele como um velho amigo e conselheiro. Pelo menos ele só depôs Abiatar do sacerdócio depois da morte de Davi, e, mesmo assim, somente depois que Adonias fez o que Salomão considerou outra manobra ameaçadora (lRs 2:22, 26, 27). Daí em diante, Zadoque passou a ser o único sumo sacerdote (lRs 2:35).Assim, fica evidente que os vários relatos são complementares, não contraditórios, e que, portanto, não necessitam de revisão.Escrivão. Evidentemente um alto cargo, comparável ao de Secretário de Estado (ver 2Rs 12:10; 18:37; 19:2).
2Sm.8:18 18. Benaia. Na coroação de Salomão, Benaia, ex-capitão dos queretitas e peleti- tas (2Sm 8:18, NVI), substituiu Joabe como comandante do exército (lRs 4:4).Ministros. Do beb. kohen, literalmente, "sacerdote” (cf. NTLH, NVI). A referência aqui é provavelmente a algum cargo secular. A LXX diz “príncipes da corte”'.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 15-Ed, 152; PP, 719Capítulo 9
2Sm.9:1 1. Da casa de Saul. O reino de Davi enfim estava seguro, e havia pouco perigo de que qualquer dos descendentes de Saul tentasse obter o trono. A natureza generosa do rei então se manifestou em seu desejo de mostrar consideração à memória de Jônatas.Por amor de Jônatas. O príncipe morreu com seu pai Saul na batalha ocorrida no monte Gilboa (2Sm 1:4, 17). Seu filho Mefibosete estava então com apenas cinco anos de idade (2Sm 4:4). Uma vez que Mefibosete tinha um filho pequeno,Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa.a experiência aqui relatada deve ter ocorrido vários anos após Davi ter subido ao trono. Davi, contudo, não se esqueceu de sua grande amizade com jônatas e estava então desejoso de mostrar bondade à casa do falecido inimigo, por amor a seu amigo.
2Sm.9:2 Sem comentário para este versículo
2Sm.9:3 3. Da bondade de Deus. Isto é, da bondade motivada por Deus, da bondade que Deus constantemente manifesta para com os filhos dos homens.Ainda há um filho. Parece que Mefibosete, com medo de perder a vida, havia se escondido tão bem, que seuparadeiro era conhecido apenas por alguns dos amigos mais íntimos da casa de Saui.
2Sm.9:4 4. Lo-Debar. Localidade a leste do Jordão, perto de iMaanaim (2Sm 17:27-29). Maquir era evidentemente um homem rico e influente. Até esse tempo ele fora, sem dúvida, secretamente fiel à casa de Saul, dando refúgio ao filho de jônatas e sua família. Mais tarde, Davi colhería os frutos da bondade demonstrada à casa de Saul, pois, quando fugia de Absalão, Maquir, filho de Amiel, reagiu com liberalidade ao fornecer as provisões necessárias a ele e a seu exército (2 Sm 17:27-29).
2Sm.9:5 Sem comentário para este versículo
2Sm.9:6 6. Mefibosete. Também chamado “Meribe-Baai” (ICr 8:34; 9:40). Parece que os hebreus substituíam o título pagão Baal, nos nomes próprios, pela palavra bosheth, que significa “vergonha”. Compare com Isbosete e Esbaal (ver com. de 2Sm 2:8), jerubaal e Jerubesete (jz 6:32; 2Sm 11:21).Prostrando-se com o rosto em terra. Mefibosete percebeu que sua vida estava à mercê do rei. Se desejasse, Davi podería dar ordens para sua execução, a fim de que a descendência de Saul fosse completamente varrida da existência e não houvesse nenhuma possibilidade de se levantar dali um rival que pudesse reivindicar o trono.Eis aqui teu servo! Mefibosete era neto de Saul, e suas recordações de infância §v diziam respeito à luta entre seu tio Isbosete e Davi. Estava agora diante do rei, prometendo ser leal à casa cie Davi. Daí em diante seria um servo do rei e cumpriría fielmente suas ordens.
2Sm.9:7 7. Não temas. Qualquer um que estivesse na posição de Mefibosete teria tido razão para temer. A vida desse descendente de Saul dependia da atitude do rei. Frequentemente essas situações resultavam no extermínio de todos os rivais. Davi sabia que, enquanto qualquer descendente de Saul estivesse vivo, seu próprio trono podería estar em risco. No entanto, sua naturezagenerosa, juntamente com a promessa que fizera a Jônatas, o motivaram a ter uma atitude de bondade e misericórdia.Usarei de bondade para contigo. Até então, a vida não tinha tido muita bondade para com Mefibosete. Até onde podia se lembrar, tinha sofrido devido a suas deficiências; além disso, era um fugitivo. Sua vida estivera em perigo. Entretanto, seus problemas iriam terminar.Todas as terras de Saul. Essas terras, sem dúvida, foram confiscadas por Davi e, então, lhe pertenciam, mas ele as devolvería, fazendo um sacrifício pessoal para que Mefibosete possuísse tudo o que outrora havia pertencido a Saul. Foi um presente magnânimo, motivado por um notável espírito de generosidade para com alguém que não esperava.Comerás pão sempre à minha mesa.A expressão não precisa ser tomada literalmente. O sentido básico é que aquele a quem fosse mostrado tal favor devia, daí por diante, ser sustentado pela generosidade do rei - em outras palavras, devia receber uma pensão vitalícia. Nesse sentido é que os 400 profetas do poste-ídolo comiam “da mesa de jezabel” (IRs 18:19). Isso simplesmente significa que esses profetas, que provavelmente estavam espalhados por todo o reino, recebiam sustento da rainha. Da mesma forma Joaquim, após ser liberto da prisão, ‘‘passou a comer pão” na presença do rei “todos os dias da sua vida” (2Pvs 25:29, 30). isto é, foi-lhe fornecida uma mesada diária enquanto ele viveu. No caso de Mefibosete, contudo, estava envolvida uma honra especial, uma vez que ele foi colocado no mesmo nível que os próprios filhos de Davi (2Sm 9:11). Ele devia ser tratado como um dos filhos do rei. Esse tratamento ainda serviría para fazer com que Mefibosete se apegasse a Davi e para assegurar boa vontade de ambas as partes.
2Sm.9:8 8. Um cão morto tal como eu. Ver ISm 24:14; 17:43. Os cães selvagens doanligo Oriente se alimentavam das carniças da comunidade, c eram olhados com repugnância. Um cão morto era a coisa mais desprezível que se podia imaginar. Com essas palavras, Mefibosete se mostrou verdadeiramente humilde e sinceramente grato. Na cultura oriental, essa expressão não constituía um exagero.
2Sm.9:9 9. Ziba. E ste deve ter sido um homem influente e responsável. Gozava da confiança de Davi, e não havia sido infiel à posteridade de Saul. Contudo, talvez não estivesse imune à busca de seus próprios interesses (ver 2Sm 16:1-4; 19:24-30).
2Sm.9:10 10. Teus filhos, e teus servos. Uma vez que havia 15 filhos e 20 servos para trabalhar na propriedade de Saul que foi entregue a Mefibosete, ela deve ter sido de tamanho considerável. De um miserável fugitivo, Mefibosete se tornou um homem rico e de posição.
2Sm.9:11 11. Assim o fará. O servo de Saul declarou-se servo de Davi. Ziba prometeu obedecer a todas as ordens do rei. Foi-lhe dada oportunidade de demonstrar sua lealdade durante a rebelião de Absalão (2Sm 16:1-4).A mesa de Davi. Esta é a terceira vez que o fato é mencionado (ver v. 7, 10). A repetição mostra sua importância e a grandeza da honra conferida a Mefibosete.
2Sm.9:12 12. Tinha [...] um filho pequeno. Esta declaração indica que Mefibosete já era crescido e que vários anos haviam se passado desde a morte de seu pai e da ascensão de Davi ao trono. Mefibosete tinha apenas cinco anos de idade quando Jônatas morreu(2Sm 4:4). Tanto quanto se sabe, Mefibosete teve apenas um filho, Mica, mas a posteridade de Mica foi numerosa (iCr 8:35-40; 9:40-44).
2Sm.9:13 13. Morava [...] em Jerusalém. Pode ter havido um duplo propósito na conservação de Mefibosete em Jerusalém. Seria tanto um assunto de segurança quanto de honra especial. O fato de residir no palácio junto com os outros filhos de Davi e estar constantemente associado com eles serviría para fazer com que Mefibosete ficasse cada vez mais apegado a Davi e, assim, asseguraria um relacionamento pacífico e feliz entre as casas de Davi e de Saul. Se Mefibosete tivesse más intenções e se recusasse a responder com lealdade ao tratamento que lhe fora estendido, estaria sob constante vigilância no palácio e longe da influência dos inimigos de Davi, que poderíam desejar fomentar uma revolta. O fato de a possibilidade de revolta não estar descartada fica evidente pela declaração de Ziba quando Davi fugia de Absalão. Este servo de Mefibosete apresentou a Davi a acusação de que seu senhor estava esperando que, devido às condições instáveis, o reino fosse restaurado à casa de Saul (ver 2 Sm 16:1-4; 19:24-30).Ele era coxo. Devido a esta deficiência, Mefibosete foi impedido de sair de Jerusalém quando da insurreição de Absalão. Foi o fato de Mefibosete permanecer em Jerusalém que deu plausibilidade à acusação de que ele era desleal (2Sm 16:3; 19:25-27).Capítulo 10L O rei. Em 1 Crônicas 19:1, ele é chamado de Naás. Cerca de 50 anos antes disso, um governante amonita de nome Naás travou batalha contra Saul pela posse de Jabes- Gileade (lSm 11:1-11). É possível que o Naás dos dias de Saul seja o mesmo do tempo de Davi. Um reinado de 50 anos seria incomum, mas possível. Os incidentes aqui registrados dificilmente poderíam ter ocorrido depois da metade do reinado de Davi, uma vez que Salomão, que provavelmente nasceu dentro de mais ou menos dois anos após o adultério de Davi e a guerra contra os amonitas (2Sm 12:24), tinha um filho de um ano quando subiu ao trono (1 Rs 11:42; 14:21).
2Sm.10:1 1. O rei. Em 1 Crônicas 19:1, ele é chamado de Naás. Cerca de 50 anos antes disso, um governante amonita de nome Naás travou batalha contra Saul pela posse de Jabes- Gileade (lSm 11:1-11). É possível que o Naás dos dias de Saul seja o mesmo do tempo de Davi. Um reinado de 50 anos seria incomum, mas possível. Os incidentes aqui registrados dificilmente poderíam ter ocorrido depois da metade do reinado de Davi, uma vez que Salomão, que provavelmente nasceu dentro de mais ou menos dois anos após o adultério de Davi e a guerra contra os amonitas (2Sm 12:24), tinha um filho de um ano quando subiu ao trono (1 Rs 11:42; 14:21).
2Sm.10:2 2. Usou de bondade. Se o Naás que foi bondoso com Davi era o mesmo derrotado por Saul (ISm 11:1-11), como parece provável (2Sm 10:1, 2), a amizade de Naás com Davi, enquanto este fugia de Saul, pode ser facilmente entendida (ver PP, 714).
2Sm.10:3 3. Consoladores. Davi enviou seus representantes a Amom com intenções amistosas, mas seus motivos foram mal interpretados. Naás nunca foi verdadeiramente amigo de Davi. Deve ter mostrado bondade para com ele simplesmente porque ele também era inimigo de Saul. Os amonitas odiavam os hebreus e desprezavam a adoração ao verdadeiro Deus. Por isso, não conseguiram entender o verdadeiro espírito de bondade que levou Davi a enviar seus emissários. As melhores intenções foram mal entendidas e os motivos foram desfigurados. As palavras dos príncipes amonitas eram falsas e tinham o objetivo de criar problemas.
2Sm.10:4 4. Rapou. Tal insulto não podia ser considerado por Israel como algo trivial. E um princípio universal entre as nações que a pessoa de um embaixador é um ser inviolável. Ao submeter a semelhantes opróbrios os enviados de Davi, os amonitas estavam abertamente declarando guerra. Por algum tempo ficaram alarmados ante a crescente lorça de Davi, mas provavelmente àquelaaltura decidiram ter chegado o dia do enfrentá-lo. Porém, em vez de iniciarem, eles próprios, as hostilidades, talvez tentaram, com esse incidente, fazer parecer que eles foram primeiramente atacados e provocados, para que pudessem conseguir o apoio dos vizinhos.Cortou metade das vestes. Como era apropriado, os enviados de Davi usavam mantos longos. O ato de cortar a metade inferior desses mantos exteriores, o que sujeitava a pessoa que os vestia à vergonha e ao ridículo, foi um insulto tão grande quanto o corte da barba. O ultraje aos embaixadores foi um insulto à nação que des representavam.
2Sm.10:5 5. Deixai-vos estar em Jerico. A barba era considerada necessária à dignidade; do contrário, o barbear o rosto todo teria resolvido o problema. Vindo do leste, os homens chegariam a jerico logo após cruzarem o Jordão. Embora Jerico tivesse sido destruída por Josué, é provável que uma pequena colônia houvesse novamente surgido ali junto à sua famosa fonte (ver com. de Js 6:26). Cerca de um século mais tarde, durante o reinado de Acabe, Jerico foi reconstruída por Hiel, o betelita (lRs 16:34).
2Sm.10:6 6. Tomar a soldo. Hanuni pagou mil talentos de prata para alugar cavaleiros e carros (lCr 19:6). O gasto de uma quantia monetária tão grande para conseguir tropas que auxiliassem Amom indica a gravidade da crise. Amom queria guerra total contra Israel, numa tentativa de esmagar as tropas de Davi e remover, de uma vez por todas, a ameaça da dominação israelita.Bete-Reobe. Literalmente, “casa da rua”; chamada “Reobe”, no v. 8. A passagem paralela diz “Mesopotâmia” (lCr 19:6). Sua localização exata é desconhecida.Zobá. Ver com. de 2Sm 8:3.Rei de Maaca. Ver lCr 19:7. Para a localização deste reino, ver Dt 3:14; Js 12:5. Deve ter sido uma das menores nações da Síria, pois forneceu apenas mil homens.Doze mil. Esses 12 mil homens contratados de Tobe, mais os 20 mil de Bete- Reobe e Zobá, formaram um total de 32 mil soldados. Em Crônicas, esse é numero total de carros, talvez se referindo aos cavaleiros (ICr 19:7). Além desses, Crônicas menciona a "gente” de Maaca, mas não dá seu número. Evidentemente os 32 mil soldados contratados estavam divididos entre condutores de carros, cavalaria e infantaria.De Tobe. Literalmente, “homem [ou homens] de Tobe” (cf. ARC, ACF e NVi). Esta localidade não é mencionada no registro paralelo de Crônicas. Jelté fugiu para Tobe quando forçado a sair de Gileade (Jz 11:3). Sua localização é incerta; fica possivelmente a nordeste de Ramote-Gileade.
2Sm.10:7 7. O que ouvindo Davi. Na determinação de esmagar Davi, os amonitas reuniram um exército formidável. Do leste e do norte vieram notícias das imensas forças que se aproximavam das fronteiras israelitas, ameaçando pôr fim ao reino de Israel. Davi não esperou seu país ser invadido, mas enviou Joabe para enfrentar as hostes a caminho.
2Sm.10:8 8. Da porta. Não é dado o nome da cidade onde esta batalha foi travada. Provavelmente foi Rabá (ou Rabá-Amom), a capital amonita (ver com. de 2Sm 12:26-29). Rabá ficava perto da nascente do Jaboque, cerca de 37 km a leste do Jordão. O local, hoje chamado Ammân (Amã), é a capital do reino da Jordânia. Os exércitos contratados marcharam até Medeba (ICr 19:7), que fica 28 km a sudoeste de Rabá e 36 a sudeste de Jerico. Os amonitas se acamparam bem em frente à cidade, enquanto seus aliados, divididos em exércitos separados, tomaram posição a certa distância da cidade, onde o solo era mais favorável para manobras militares com carros de guerra e com a cavalaria.
2Sm.10:9 9. A batalha. Quando Joabe avaliou a situação, viu-se entre os amonitas, dispostos em 1 rente à sua capital, e seus aliados, asudoeste. Qualquer dos dois exércitos que ele decidisse atacar, ficaria com o outro exército na sua retaguarda. Tanto havia vantagens quanto perigos nesta disposição das forças inimigas, e o olho aguçado do experiente Joabe analisou toda a situação. Ele iniciou a batalha com as forças do inimigo já divididas. Para evitar ser atacado pela retaguarda, dividiu suas próprias forças em duas, sendo que uma devia atacar os amonitas, e a outra, os aliados destes.Dentre todos o que havia de melhor. Os melhores soldados das forças israelitas foram escolhidos para o ataque contra os siros, que, com seus carros e com a cavalaria, constituíam a parte mais forte do exército inimigo. O próprio joabe encabeçou essa tropa.
2Sm.10:10 Sem comentário para este versículo
2Sm.10:11 11. Tu me virás em socorro. Lutando próximas uma à outra, as tropas de Joabe e de Abi sai estavam em posição conveniente para se ajudarem mutuamente, o que não ocorria com o inimigo. Os dois irmãos sabiam que um podia contar com o outro, e se a situação ficasse muito difícil, cada um deles sabia que teria ajuda imediata.
2Sm.10:12 12. Sê forte. A situação exigia coragem. A existência do reino de Israel estavaem jogo. Um inimigo determinado e poderoso estava arregimentado contra eles. Foi necessária grande ousadia para que Joabe conduzisse seus homens por entre os dois exércitos inimigos, onde poderia ser facilmente cercado, e então, simultaneamente, fizesse dois ataques.De nosso Deus. Esta era a causa do Senhor, Israel era o povo do Senhor, e a Palestina era a terra do Senhor. Aquela era a terra que Deus tinha prometido dar a eles. Israel travaria a batalha do Senhor.
2Sm.10:13 Sem comentário para este versículo
2Sm.10:14 14. Também eles fugiram. A coragem de Amom não era maior que a força de seus aliados. Se os siros fossem vitoriosos, então os amonitas teriam avançado contra Abisai. Entretanto, quando os siros fugiram,a coragem dos amonitas também se foi e, com ela, suas esperanças de vitória.Na cidade. A razão para se acamparem em frente à porta da cidade loi, provavelmente, que pudessem ter esse lugar à disposição para uma retirada em caso de revés. Nessas condições e com esse espírito, não podiam esperar fazer o seu melhor.Voltou Joabe. Não foi possível Joabe concluir a vitória. Os siros, com seus cavaleiros e carros, podiam escapar prontamente, enquanto que os amonitas podiam encontrar relógio dentro dos muros da cidade. Só um longo e custoso cerco poderia lazer com que se rendessem. Parece que Davi não tinha se preparado para isso.
2Sm.10:15 15. Tornaram a refazer-se. A vitória de Joabe não pôs fim ao conflito. A retirada das forças de Israel para Jerusalém deu oportunidade ao inimigo de recomeçar a guerra.
2Sm.10:16 16. Hadadezer, Rei de Zobá (2Sm 8:3).Do rio. (3 Eufrates. O rei siro ficou insatisfeito com a derrota que suas tropas sofreram, e então se engajou na luta por conta própria. Anteriormente, os siros entraram no conflito apenas como auxiliares contratados, mas num segundo momento estavam determinados a lutar para restaurar o prestígio perdido. A influência de Hadadezer se estendia até além do Eufrates, a um território que mais tarde pertencería distintamente à Assíria, e dessa região ele conseguiu reforços.Helã. Uma cidade que ficava a leste cio Jordão (v. 17), mas a localização exata é desconhecida. E possível identificá-la com Alema (1 Macabeus 5:26, BJ), hoje Alma, na região de Hauran, a leste da Galileia, ou com Elamun, junto ao Jaboque.
2Sm.10:17 17. Ajuntou a todo o Israel. Esta foi a crise mais séria do reinado de Davi. Israel estava ameaçado de destruição. Satanás queria levar as nações a atacar Israel a fim de destruí-lo. Para enfrentar a situação, Davi assumiu pessoalmente ocomando de suas tropas e reuniu toda a força da nação.
2Sm.10:18 18. Quarenta mil homens de cavalo.“Quarenta mil homens de pé" (lCr 19:18). Em essência, não há uma contradição, porque tanto homens da cavalaria quanto da infantaria estão incluídos entre os mortos. (3 autor de Samuel coloca ênlase sobre a cavalaria, mas Crônicas coloca ênlase sobre a infantaria. Ambas estavam presentes e eram essenciais. Foi uma derrota esmagadora, da qual os inimigos de Davi não conseguiram se recuperar durante todo o resto de seu reinado, nem clurante o reinado de Salomão.Feriu a Sobaque. Naquele tempo, os comandantes lutavam junto com seus homens, expondo-se aos mesmos perigos, e frequentemente partilhando da mesma sorte. Assim, Acabe foi morto em batalha contra os siros (IRs 22:34-37) e Josias foi morto em Megido, por Neco, do Egito (2Rs 23:29).
2Sm.10:19 19. Servos de Hadadezer. Através desta declaração pode-se ter uma ideia do grande poder de Hadadezer. Os reis vassalos, que pagavam impostos a Hadadezer, passaram a ser leais a Davi e a pagar tributos a ele. Deus havia predito, por meio de Abraão (Gn 15:18) e de Moisés (Dt 11:24), que o domínio de Israel se estendería até o Eufrates, e essas profecias foram então cumpridas. Israel se tornara uma grande potência, reconhecida como tal pelas nações ao redor. Os países que se arregimentaram contra Israel foram humilhados, e os esforços para esmagar Davi serviram apenas para aumentar seu poder e prestígio. Nenhuma arma dirigida contra Deus ou contra o Seu povo pode prosperar. Pode haver períodos cie provação e dificuldade, mas a causa de Deus emergirá vitoriosa de todas as provações.Temeram os siros. Davi foi bem-sucedido porque confiou num poder mais que humano. Amom buscou a ajuda da Síria,mas Davi buscou a ajuda de Deus. Os membros do povo de Deus podem pensar, às vezes, que precisam confiar no poder e na influência mundanas para realizar suas tarefas com êxito. Contudo, muitas vezes prejudicam seus próprios objetivos, por meio de alianças profanas. Quando Israel enfrentou pela primeira vez a grande coalizão depotências arregimentadas contra si, muitos corações se encheram cie temor, mas quando o conflito terminou, foram os inimigos de Israel que tiveram razão para temer. Os siros descobriram que, ao se esforçarem para ajudar Amom contra Israel, entraram numa batalha perdida, pois estavam lutando contra Deus.Capítulo 11I Enquanto joabe sitia Rabá, Davi comete adultério com Bate-Seba. 6 Urias, a quem Davi manda buscar para encobrir o adultério, não vai para casa, nem sóbrio, nem embriagado. 14 Urias leva a joabe a carta que ordena sua própria morte. 18 Joabe envia a notícia da morte a Davi.como passava joabe, como se achava o povo e como ia a guerra.muro, um pedaço de mó correclora, de que morreu em Tebes? Por que vos chegastes ao muro? Então, dirás: Também morreu teu servo Urias, o heteu.L Decorrido um ano. Literalmente, “no retomo do ano” (ver lRs 20:22, 26). Entre os hebreus, o ano civil começava com o mês de tisri, no outono, embora o ano religioso começasse com nisã, na primavera. Uma vez que o outono era a “saída’’ do ano, a primavera seria o “retorno” (ver p. 93). A referência neste verso é à primavera, como é demonstrado pela frase seguinte.No tempo em que os reis costumam sair. Os governantes da Àsia ocidental geral- mente iniciavam suas campanhas militares na primavera. O inverno era inadequado para a guerra por causa do frio e da chuva; além disso, nessa época do ano as estradas ficavam praticamente intransitáveis e não havia muitos suprimentos de comida à disposição. Os registros históricos assírios mostram quequase invariavelmente a primavera era escolhida pelos exércitos para realizar suas campanhas. No caso dos assírios, as expedições eram anuais.Enviou Davi a Joabe. O comandante passara o inverno, ou a estação das chuvas, em Jerusalém. Logo que findou o inverno, Davi reiniciou a guerra. Durante a estação anterior os assírios sofreram uma derrota esmagadora, mas os amonitas ainda conservavam seu poder. Quando atacados pelas forças de Joabe, simplesmente haviam batido em retirada para dentro dos muros da cidade, e nesse ponto joabe retornara a Jerusalém (2Sm 10:14). Os amonitas eram os principais responsáveis pelo conflito e contrataram os siros para ajudá-los (2Sm 10:6). Portanto, era necessário que Davi os enfrentasse e assimeliminasse a ameaça que os amonitas representavam para a segurança de Israel.Os amonitas sozinhos, sem a ajuda dos aliados siros, não eram páreo para as forças de Israel. Uma vez que os siros já tinham sido subjugados, era só uma questão de tempo para que os amonitas também fossem reduzidos à submissão. Davi, portanto, não considerou essencial que ele pessoalmente saísse à guerra contra Amom, mas confiou a direção da batalha a Joabe.Sitiaram Rabá. Os amonitas caíram presa fácil das forças de Israel. O país como um todo foi rapidamente subjugado, com exceção de Rabá, a capital amonita (2Sm 12:26). Quando os homens de joabe estavam devastando a região rural de Amom, muitos dentre o povo buscaram refugio atrás dos muros da capital. Somente ura longo cerco poderia levá-la à rendição. Rodeando a cidade, Joabe começou as manobras para sitiá-la. O destino final da cidade era certo, pois não havia esperança de socorro vindo de fora.Davi ficou. Enquanto joabe conduzia o cerco a Rabá, Davi permaneceu em Jerusalém. Ele estava, então, no auge de seu poder. Seus inimigos, por todos os lados, estavam reduzidos à submissão. Só restava um remanescente dos amonitas, e em pouco tempo estes também seriam completamente subjugados. Cercado pelos frutos da vitória, recebendo honras e aclamações de seu próprio povo e das nações ao redor, com os cofres transbordantes dos tributos pagos pelos inimigos derrotados, Davi estava levando uma vida tranquila e cômoda. A grandeza de seu sucesso o expôs a seu maior perigo. Satanás escolheu este momento para trazer sobre o rei de Israel uma tentação que devia causar-lhe profunda humilhação e desgraça. Davi tragicamente se esqueceu de que havia um inimigo maior que os seres humanos. Sentindo-se forte e seguro contra seus inimigos terrenos,inebriado com sua prosperidade e. seu sucesso e sendo objeto de aplausos humanos, o honrado herói e modelo de virtude de Israel foi inteiramente apanhado de surpresa. As defesas de sua alma se haviam enfraquecido imperceptivelmente, até que ele cedeu a uma tentação que o transformou num despudorado pecador.
2Sm.11:1 "1. Decorrido um ano. Literalmente, “no retomo do ano” (ver lRs 20:22, 26). Entre os hebreus, o ano civil começava com o mês de tisri, no outono, embora o ano religioso começasse com nisã, na primavera. Uma vez que o outono era a “saída’’ do ano, a primavera seria o “retorno” (ver p. 93). A referência neste verso é à primavera, como é demonstrado pela frase seguinte. No tempo em que os reis costumam sair. Os governantes da Àsia ocidental geral- mente iniciavam suas campanhas militares na primavera. O inverno era inadequado para a guerra por causa do frio e da chuva; além disso, nessa época do ano as estradas ficavam praticamente intransitáveis e não havia muitos suprimentos de comida à disposição. Os registros históricos assírios mostram que quase invariavelmente a primavera era escolhida pelos exércitos para realizar suas campanhas. No caso dos assírios, as expedições eram anuais. Enviou Davi a Joabe. O comandante passara o inverno, ou a estação das chuvas, em Jerusalém. Logo que findou o inverno, Davi reiniciou a guerra. Durante a estação anterior os assírios sofreram uma derrota esmagadora, mas os amonitas ainda conservavam seu poder. Quando atacados pelas forças de Joabe, simplesmente haviam batido em retirada para dentro dos muros da cidade, e nesse ponto joabe retornara a Jerusalém (2Sm 10:14). Os amonitas eram os principais responsáveis pelo conflito e contrataram os siros para ajudá-los (2Sm 10:6). Portanto, era necessário que Davi os enfrentasse e assim eliminasse a ameaça que os amonitas representavam para a segurança de Israel. Os amonitas sozinhos, sem a ajuda dos aliados siros, não eram páreo para as forças de Israel. Uma vez que os siros já tinham sido subjugados, era só uma questão de tempo para que os amonitas também fossem reduzidos à submissão. Davi, portanto, não considerou essencial que ele pessoalmente saísse à guerra contra Amom, mas confiou a direção da batalha a Joabe. Sitiaram Rabá. Os amonitas caíram presa fácil das forças de Israel. O país como um todo foi rapidamente subjugado, com exceção de Rabá, a capital amonita (2Sm 12:26). Quando os homens de joabe estavam devastando a região rural de Amom, muitos dentre o povo buscaram refugio atrás dos muros da capital. Somente ura longo cerco poderia levá-la à rendição. Rodeando a cidade, Joabe começou as manobras para sitiá-la. O destino final da cidade era certo, pois não havia esperança de socorro vindo de fora. Davi ficou. Enquanto joabe conduzia o cerco a Rabá, Davi permaneceu em Jerusalém. Ele estava, então, no auge de seu poder. Seus inimigos, por todos os lados, estavam reduzidos à submissão. Só restava um remanescente dos amonitas, e em pouco tempo estes também seriam completamente subjugados. Cercado pelos frutos da vitória, recebendo honras e aclamações de seu próprio povo e das nações ao redor, com os cofres transbordantes dos tributos pagos pelos inimigos derrotados, Davi estava levando uma vida tranquila e cômoda. A grandeza de seu sucesso o expôs a seu maior perigo. Satanás escolheu este momento para trazer sobre o rei de Israel uma tentação que devia causar-lhe profunda humilhação e desgraça. Davi tragicamente se esqueceu de que havia um inimigo maior que os seres humanos. Sentindo-se forte e seguro contra seus inimigos terrenos, inebriado com sua prosperidade e. seu sucesso e sendo objeto de aplausos humanos, o honrado herói e modelo de virtude de Israel foi inteiramente apanhado de surpresa. As defesas de sua alma se haviam enfraquecido imperceptivelmente, até que ele cedeu a uma tentação que o transformou num despudorado pecador."
2Sm.11:2 2. Uma tarde. A palavra se refere ao período que começa a partir da metade da tarde. Davi provavelmente estava se levantando de sua sesta. Uma vez que o eirado do palácio era presumivelmente mais alto que
2Sm.11:3 3. Mandou perguntar quem era. Quando surgiu a tentação, Davi não resistiu e desceu do eirado com a determinação de colocar em prática os maus pensamentos de seu coração. O tentador sugeriu o pecado, e Davi devia tê-lo repelido com um “Arreda, Satanás!” (Mc 8:33). Ao contrário, deu ouvidos ao tentador, e obedeceu à voz de Satanás em vez de obedecer à de Deus. Se Davi tivesse parado por um momento, se tivesse elevado os pensamentos ao Céu em oração, se tivesse permitido que sua mente se ocupasse com as responsabilidades de seu ofício real ou se tivesse se dedicado aos assuntos do reino, o encantamento do inimigo teria sido quebrado. A conduta de Davi neste caso é uma triste ilustração do que uma pessoa piedosa pode se tornar quando abandona a Deus, mesmo que seja por um momento. A experiência é registrada como uma lição para quem venha a ser tentado. Não é plano de Deus encobrir ou desculpar o pecado, mesmo que este seja cometido pelos mais elevados heróis ou modelos de virtude. O pecado de Davi foi seguido por profundo arrependimento e pelo perdão divino. Contudo, os maus resultados toldaram o resto de sua vida.Eliã. Mencionado como Amiel, emo mesmo nome com suas duas partes transpostas, como frequentemente ocorre nas Escrituras. Compare com Hananias (lCr 3:19) e Joanã (Lc 3:27), Jeoacaz e Acazias (2Cr 21:17; cf. 2Cr 22:1). Se este Eliã é o mesmo mencionado em 2 Samuel 23:34, então o pai de Bate-Seba era um dos “valentes” guerreiros de Davi, e Bate-Seba era neta de Aitofel, o famoso conselheiro de Davi e de Absalão (2Sm 15:12, 31).Urias, o heteu. O nome de Urias, como o de Eliã, aparece na lista dos grandes heróis de Davi (2Sm 23:39). Tudo indica que era um bravo soldado de caráter íntegro. Os heteus eram um povo guerreiro e corajoso. O pecado de Davi foi especialmente grave porque Bate-Seba era uma mulher casada e seu marido, um dos oficiais mais nobres e confiáveis de Davi. Urias era um estrangeiro que entrara em contato com a religião do Deus verdadeiro.
2Sm.11:4 4. Que a trouxessem. Não há indicação de que os mensageiros de Davi trouxeram Bate-Seba à força. Ela era uma mulher bonita e não estava imune à tentação. Deve ter se sentido lisonjeada pelas propostas feitas a ela pelo rei e se entregado a Davi sem resistência.Tendo-se ela purificado. Ver Lv 15:19, 28.
2Sm.11:5 5. Mandou dizer a Davi. A informação era necessária, tendo em vista não só sua própria segurança, como a segurança e honra do rei. Ambas as partes, no caso de adultério, deviam ser punidas com a morte (Lv 20:10); portanto, para escapar da penalidade, os culpados naturalmente buscariam esconder o pecado. Bate-Seba se voltou para Davi em busca de ajuda. Se Urias descobrisse que sua esposa estava grávida de Davi, poderia se vingar, tirando a vida tanto de Davi quanto de Bate-Seba, ou então incitando a nação à revolta por causa de um ato tão vergonhoso cometido pelo rei.
2Sm.11:6 6. Manda-me Urias. O pecado de Davi o colocou em graves dificuldades.A ocultação por meio de uma mentira parecia oferecer uma esperança de escape. Em vez de confessar humildemente seu pecado e confiar na misericórdia e na direção divinas, Davi tomou o assunto em suas próprias mãos e descobriu com isso que acrescentava um pecado a outro e se colocava em dificuldades cada vez maiores.
2Sm.11:7 7. Como passava Joabe. Sendo um oficial importante e de confiança, Urias estaria bem informado sobre o andamento da guerra. Davi, então, manda buscá-lo com o suposto objetivo de indagar sobre detalhes a respeito do cerco, e particularmente sobre a conduta de Joabe, como se estivesse desejoso de obter um relatório confidencial sobre o comandante do exército. A degradante falsidade e dissimulação às quais Davi recorreu na esperança de ocultar seu pecado revelam os resultados decorrentes de um mau procedimento.
2Sm.11:8 8. Desce a tua casa. Ou, seja: “Vá agora para tua casa, descanse após a viagem, relaxe e fique à vontade” (ver Gn 18:4; 19:2). Enviando Urias para a esposa, Davi evidentemente planejava enganá-lo, fazendo-o crer que a criança gerada através do adultério era dele.Um presente. Do heb. masetli, literalmente, “uma porção”, aqui provavelmente de comida. O mesmo termo é empregado para as "porções” que José colocou diante de seus irmãos (Gn 43:34). O presente enviado por Davi devia obvíamente provocar em Urias um sentimento de felicidade e contentamento, e assim contribuir para a realização cio propósito do rei.
2Sm.11:9 9. Urias se deitou à porta. Provavelmente no aposento da guarda, à entrada do palácio, com os soldados que trabalhavam ali (ver lRs 14:27, 28). Não há evidências de que Urias suspeitasse do erro cometido pela esposa e por Davi. Ele declarou que seu procedimento era o de um soldado leal, íntegro e consciencioso que desejava fazer tudoI 1: í I C OM E N T Á R IO B ÍB L IC O ADVENT1 STA
2Sm.11:10 Sem comentário para este versículo
2Sm.11:11 11. A arca. Alguns comentaristas creem que esta declaração indica que a arca, nesse momento, estava com o exército em seu cerco a Rabá. Com toda a probabilidade, porém, Urias estava simplesmente se referindo ao lato de que a arca estava numa tenda (2Sm 7:2, 6), não em local permanente.Israel e Judá. Estas duas divisões da nação já eram, em certa medida, reconhecidas e eram hostis uma à outra durante o primeiro período do reinado de Davi.E hei de eu [...]? Urias havia acabado de chegar da frente de batalha, onde as condições eram muito diferentes das que reinavam ali. Diante de Babá, os homens de Israel estavam acampados a céu aberto, sofrendo as privações da guerra, levando uma vida rigorosa e subsistindo com rações militares. Tendo acabado de deixar os amigos forçados a viver sob essas condições severas, Urias evidentemente não desejava participar das comodidades e prazeres da vida enquanto seus companheiros estavam sofrendo e morrendo.Como tu vives. Urias fez um juramento de que não iria para casa. Parece estranho que ele fizesse questão desse ponto e para isso fosse contra as ordens do rei. Isso decorria de lealdade e patriotismo muito fortes, ou por suspeita da verdade.
2Sm.11:12 12. Demora-te aqui. Davi achou que se lhe fosse dado um pouco mais de tempo, os escrúpulos de Urias se afrouxariam e ele estaria disposto a voltar ao conforto do lar.
2Sm.11:13 13. E o embebedou. Davi estava numa situação crítica quando recorreu a este meio para induzir Urias a ir para casa. A decisão de Urias, porém, era tão firme que, mesmo embriagado, não quis ir, mas dormiu com os soldados.
2Sm.11:14 14. Escreveu ema carta. Todos os esforços de Davi para ocultar seu pecado foram inúteis. Finalmente, em seu desespero, ele decidiu recorrer ao assassinato paraque a boca de Urias fosse calada e ele próprio não fosse exposto. Assim, Davi se colocou nas mãos de Satanás, que estava determinado a levar o novo rei de Israel à ruína e à destruição completas, como fizera com Saul. Aparentemente, o único desejo de Davi era evitar a vergonha diante da nação. Não hesitou nem mesmo em recorrer ao homicídio para esconder sua culpa. Com Urias morto, Bate-Seba poderia ser trazida ao palácio como outra das esposas de Davi, e o adultério do rei não seria conhecido.Por mão de Urias. Davi caiu tão fundo que fez de seu oficial de confiança o portador de seu próprio decreto de morte. A bravura de Urias devia pagar o preço pela transgressão do rei.
2Sm.11:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.11:16 Sem comentário para este versículo
2Sm.11:17 17. {Morreu. Urias se aproximou de um dos portões (v. 23), de onde os defensores da cidade fizeram uma saída repentina, matando não só Urias, mas vários dos homens que estavam com ele.
2Sm.11:18 18. Então, Joabe enviou. O principal objetivo era, é claro, informar Davi de que suas ordens tinham sido executadas e de que Urias estava morto.
2Sm.11:19 Sem comentário para este versículo
2Sm.11:20 20. Que ele se encolerize. Joabe conhecia bem a Davi e sabia que o rei ficaria descontente quando recebesse a notícia de algum revés. Davi, como sábio comandante, exigia prudência de seus subalternos no desempenho de suas responsabilidades, e os considerava responsáveis por quaisquer equívocos ou erros de decisão. Somente assim é que ele poderia continuar a desempenhar com êxito suas responsabilidades como rei e obter a maior eficiência possível de seus homens.
2Sm.11:21 21. Quem feriu a Abimeleque [...]? Abimeleque fora tolo o suficiente para chegar tão perto de uma torre a ponto e ser atingido por uma pedra superior de moinho atirada por uma mulher (Jz 9:53). joabe previu que ele também seria acusado de tolice por permitir que seus homens se aproximassem tanto do muro, que ficassem ao alcance dos defensores.Jerubesete. Jerubaal, ou Gideão (Jz 6:32; ver com. de 2Sm 2:8; 9:6).Urias, o heteu. joabe sabia que esta era a notícia que Davi estava ansioso para ouvir, e que ela aplacaria sua possível ira, desculpando qualquer equívoco que joabe tivesse cometido.
2Sm.11:22 Sem comentário para este versículo
2Sm.11:23 23. Aqueles homens foram mais poderosos. Não havia desculpa para esse revés. Ele constituía um assassinato, puro e simples, cuja responsabilidade cabia primei' ramente ao rei e, em seguida, a Joabe, que executou suas ordens. A obediência implícita às ordens dos superiores não é uma virtude quando leva à desobediência das leis de Deus. Se joabe fosse verdadeira mente íntegro, disposto a dizer uma palavra de sincero protesto quando lhe foi ordenado cometer crime tão vil, Urias e seus homens não precisariam ter sido enviados para a morte prematura. Davi, porém, tinha como comandante um homem com aparentemente poucos escrúpulos, disposto a se tornar cúmplice num pérfido assassinato para agradar seu rei.Até à entrada da porta. Este detalhe lança alguma luz sobre a natureza do incidente que ocasionou a morte de Urias. O portão da cidade, sendo um ponto especialmente importante e vulnerável, era o que contava com a defesa mais forte. Quando Urias e seus homens se aproximaram do portão, os amonitas fizeram sair uma tropa contra eles.
2Sm.11:24 24. Do alto do muro, atiraram. Urias e seus homens provavelmente se aproximaram tanto do muro que se tornaram alvo, não apenas das flechas dos arqueiros, mas de qualquer tipo de objeto que pudesse ser atirado contra eles (ver v. 21). Ao escolherem essa estratégia, os israelitas, é claro, sabiam exatamente o que os esperava, e ao se exporem assim ao perigo podiam com justiça ser acusados de displicência.
2Sm.11:25 25. Não pareça isto mal. Em circunstâncias normais, a perda de um homem tãovalente e importante como Urias teria sido profundamente sentida, tanto por joabe como por Davi. Ao provocar a morte de Urias, Joabe havia apenas executado as ordens de Davi e sabia que teria a aprovação do rei. Davi, então, o fez saber que estava satisfeito com sua ação e lhe estava transmitindo seus agradecimentos.Intensifica. Davi fez parecer que temia que joabe f icasse desanimado pela perda de Urias e que, em vez de levar avante o cerco com força e coragem, pudesse ficar cauteloso demais e, assim, fazer com que a guerra se prolongasse. O mensageiro, ao voltar, devia encorajar joabe, fazendo-o saber que Davi aprovava os riscos que ele estava assumindo. Tudo não passou de uma encenação para encobrir a culpa de Davi na morte de Urias.
2Sm.11:26 26. Ela o pranteou. Estas palavras se referem ao luto formal de costume observado nas terras orientais. O período normal era de sete dias (Gn 50:10; ISm 31:13).
2Sm.11:27 27. Mandou buscá-la. Logo que o período de luto terminou, Davi mandou buscar Bate-Seba, para que ela se tornasse sua esposa. Não há nenhuma evidência de qualquer relutância da parte dela em se unir ao harém do rei.Foi mau. aos olhos do Senhor. Uma grande mudança havia ocorrido em Davi. Ele não era mais o mesmo que, como fugitivo de Saul, recusou-se a levantar a mão contra o “ungido do Senhor” (ISm 24:6, 10). O pecado foi cauterizando sua consciência à medida que ele passava do adultério para a mentira e então para o assassinato. Parece que ele até esperava conseguir colher a recompensa de suas iniquidades sem a repreensão divina, mas Deus estava vendo tudo.Satanás se esforça para ocultar dos homens os terríveis resultados da transgressão, fazendo-os crer que o pecado trará mais felicidade e recompensas. Foi assim que ele enganou Eva e é assim que tem seduzido os seres humanos em todas as épocas.Porém, o Senhor, em Sua bondade, permite que as pessoas vejam que os resultados do pecado não são aumento de prosperidade e de felicidade, mas miséria, dor e morte. Sua mão protetora seria retirada de Davi e seria permitido ao rei colher os amargos frutos dopecado. Ele aprenderia que o caminho para a verdadeira felicidade não se encontrava na desobediência. Os que buscam seu próprio prazer, seguindo um caminho que desagrada a Deus, podem ter a certeza de que, por fim, colherão desapontamento, amargura e dor.Capítulo 12
2Sm.12:1 1. Enviou Natã. Com o passar do tempo o pecado de Davi veio à tona. Tornou-se conhecido o fato oi que «> pio.a u> Da' > emSUlgilaiVi mIISJ N 1,as UC qm. ms m q ¦ ipro\OC,UJ d ,,HJ| IV a' L uO " 1 .\npO\ o, IlUlS Ut.niKdd o Ul miuw UV 'CilltUl , oL dlK V;d li d iC' I I i ilu a • j n ‘ 1 U 'de Deus e aquue que o ou e ¦cumprir a lei do Senhor. Da\ i, por sc o jH „ .mu. trouxera descrédito e desonra ao nome de Yahvveh. Deus, portanto, enviou Natã a Davi para lhe dara mensagem de repreensão,na tentativa de fazer com que o rei errante i ui apreendesse d magnitude de seu crime e sc auepuKkssc.ífíicmm íiüdtia cidade dois homens, v [V.Eivuí.i ioi s idlainicnte planejada pum ev spei iar a ;nuigiiaçao ut Da\ i e, assnn, id/es voih m:c p;< ‘iHinciavi u .suUchlu sonre' ' i III. i 'S, i í , i i i 11 n i i.. i ld Oi i í U , lul l lUld' -II \ M H I IV S , , \ I, |)1v‘.l,'lil!) ,IE,!ll.clSMclo repreensor.
2Sm.12:2 Sem comentário para este versículo
2Sm.12:3 3. Uma cordeirinha. Os detalhes são habilmente apresentados de maneira a criarsimpatia pelo dono da cordeirinha e indignação para com o indivíduo desalmado que descera ao ponto de abusar de seu próximo. Para que pudesse ser eficaz, a narrativa foi contada cie maneira bem realista. Ainda há na Síria lares onde os cordeiros são tratados com tal afeição.
2Sm.12:4 Sem comentário para este versículo
2Sm.12:5 5. O furor de Davi. Apesar de seu pecado, Davi conservava um senso inato de justiça, e deu seu veredito sem demora. Com um solene juramento, pronunciou a sentença condenatória sobre o homem. O que, na verdade, havia feito, foi condenar-se à morte.
2Sm.12:6 6. Quatro vezes. Isto estava de acordo com a lei de Moisés (Êx 22:1; cf. Lc 19:8). Alguns manuscritos da LXX trazem aqui “sete vezes'', de acordo com Provérbios 6:31.
2Sm.12:7 7. Tu és o homem. Davi, o juiz, havia declarado que Davi, o transgressor, era digno de morte. Ele não podia ir contra seu próprio julgamento, porque ele mesmo pronunciara a sentença. Seria inútil alegar que os fatos apresentados não estavam de acordo com o crime cometido. Na verdade, o ato do qual Davi era culpado era muito pior do que o ato que ele declarara ser digno de morte.Davi não tinha desculpa. Ele sabia que estava no erro e que a sentença pronunciada era justa. Apesar da magnitude de seu crime, sua consciência ainda não estava morta. Durante certo tempo, ele conseguiu esconder o fato dos olhos humanos, mas não de Deus. Por meio de uma cadeia de circunstâncias, o Senhor permitiu que ele tivesse um vislumbre da natureza terrível do crime que praticara e que pronunciasse uma sentença justa contra si mesmo. A resoluta aplicação da parábola ao rei retrata a santa ousadia e fidelidade do profeta de Deus. Essa franca repreensão poderia ter custado a vida de Natã, mas ele não vacilou no cumprimento do dever.A maneira ousada e repentina em que as palavras de Natã foram pronunciadas causou em Davi um choque que o fez despertardo encantamento maligno em que fora mantido por seus crimes. Davi era basicamente um bom homem, que se esforçava para obedecer ao Senhor. Entretanto, cedeu à tentação e, na tentativa de esconder sua culpa, ficou cada vez mais emaranhado na teia do mal. Por certo tempo, seu raciocínio ficou entorpecido por um delírio de poder, prosperidade e perfídia. Repentinamente, porém, caiu em si.
2Sm.12:8 8. As mulheres de teu senhor. Natã aqui se refere ao costume oriental que dava a um novo rei o harém de seu predecessor. A Bíblia menciona apenas uma esposa de Saul (ISm 14:50) e uma concubina (2Sm 3:7) que foi tomada por Abner. O registro não declara que Davi tenha de fato tomado para si qualquer mulher que tenha pertencido a Saul, mas pelo menos o costume lhe permitia fazer isso, e Deus por um tempo não interferiu nisso (ver Mt 19:4-9; ver com. de Dt 14:26).
2Sm.12:9 9. Desprezaste a palavra. Sobre Davi, como o governante de Israel divinamente apontado, repousava a responsabilidade de exaltar a lei de Deus e de ensinar a nação a obedecer a seus preceitos. Por seu exemplo, Davi mostrou desprezo pela lei de Deus e encorajou seu povo a desconsiderar os preceitos dessa lei. O rei, que devia ter sido um terror para os praticantes da iniquidade, estimulou-os a persistir na má conduta. Davi se demonstrou infiel às solenes responsabilidades que Deus lhe confiara.A Urias, o heteu, feriste. Ao ordenar a morte de Urias pela mão dos amonitas, Davi era tão culpado do sangue de seu oficial de confiança como se o tivesse matado com sua própria espada. O próprio Deus acusou Davi de assassinato, e não havia como escapar a essa acusação.A sua mulher tomaste. Davi não tinha direito sobre Bate-Seba. Ela era a esposa legítima de Urias. Ao matar Urias e depois tomar sua esposa, Davi cometeu um crime que, ao longo dos séculos, tem dado aos inimigos doSenhor a oportunidade de blasfemar e vitu- perar Seu santo nome.
2Sm.12:10 10. Não se apartará. O tratamento que Davi dispensou a outros, ele próprio recebería em troca. As comportas do ma! que ele abriu fariam com que sua posteridade fosse engolfada pela miséria e pela dor.Porquanto Me desprezaste. O crime de Davi consistiu não só no mal que ele fez a Urias, mas também na falta que cometera contra Deus. O Senhor o colocara no trono e havia prometido que o reino seria dado a ele e à sua descendência para sempre, mas apesar de tudo isso Davi desprezou Aquele que lhe mostrara tanta bondade.
2Sm.12:11 11. Suscitarei o mal. Não se deve interpretar estas palavras como significando que Deus seria o instigador e o ori- ginador do mal aqui predito (ver PP, 728, 739). No crime de Amnom contra sua irmã Tamar (2Sm 13) e na rebelião de Absalão (2Sm 15-19), o rei iria provar um pouco das amargas consequências de seu pecado e dos resultados de sua incapacidade de controlar ou inspirar seus filhos.Darei a teu próximo. Ver 2Sm 16:22. Esta foi outra predição sobre os resultados do pecado cie Davi. Deus, como frequentemente acontece, é aqui apresentado como se fizesse aquilo que não impede que ocorra.
2Sm.12:12 12. Perante todo o Israel. Ver 2Sm 16:22. A punição devia ser tão aberta quanto o pecado fora secreto.
2Sm.12:13 13. Pequei. O contexto mostra que estas palavras foram ditas de maneira sincera. A repreensão de Natã havia atingido direto o seu coração, e Davi humildemente confessou ser um pecador. No Salmo 51, escrito nessa época, Davi não só reconheceu seu pecado e pediu perdão, mas orou para que Deus criasse nele um “coração puro” e renovasse dentro dele um “espírito inabalável” (SI 51:2, 3, 10). O Salmo 32, semelhantemente, pode ter-se originado durante essa crise (ver PP, 724).O Senhor te perdoou. Estas palavras podem trazer encorajamento para todo pecador, pois mostram que o Senhor está disposto a perdoar, não importa quão grande seja o pecado. Poucos têm sido culpados de um pecado mais vil, uma ingratidão maior ou uni egoísmo mais intenso ou brutal do que o demonstrado por Davi no assassinato de Urias. Contudo, quando ele reconheceu sinceramente seu pecado, o Senhor prontamente lhe concedeu perdão e o restaurou ao favor divino. Apesar disso, uma conduta como a que Davi seguiu é extremamente perigosa. O arrependimento envolve uma mudança na atitude básica do pecador em relação ao seu pecado. Os seres humanos geralmente pecam porque gostam. Isso torna difícil que se entristeçam por um pecado que deliberadamente planejaram e executaram. Só conseguirão encontrar o arrependimento quando estiverem dispostos a fazer uma mudança completa em suas atitudes e em sua conduta e, pela ajuda de Deus, a desarraigar de sua natureza o mal que causou a transgressão. Qualquer pessoa que esteja interessada apenas em receber perdão pelas transgressões passadas, ao passo que planeja repetir seu pecado, é insincera e busca o perdão inutilmente.
2Sm.12:14 14. A que blasfemassem. Embora o Senhor tenha perdoado Davi por seu pecado, isso não pôs fim às influências para o mal que esse pecado exerceria. Muitos céticos, apontando para esta experiência, têm blasfemado o nome de Deus e lançado infâmia sobre a igreja.Morrerá. Davi pronunciou a sentença de que “o homem que fez isso deve ser morto”' (v. 5). Por sua própria sentença Davi era quem devia morrer. Em vez disso, Deus decretou que a criança que era fruto do pecado morrer ia (ver PP, 722). Para Davi, a morte da criança seria uma punição muito maior que sua própria morte. Como resultado da amarga experiência pela qual passaria,Davi seria levado a experimentar em plena medida o arrependimento e a conversão.
2Sm.12:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.12:16 16. Buscou Davi a Deus. Mesmo após pronunciar um juízo, Deus às vezes acha por bem remover a penalidade em resposta ao sincero arrependimento e às petições feitas (Êx 32:9-14; cf. Jn 3:4-10). Davi sabia que Deus é "compassivo, clemente e longâ- nimo e grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34:6). Portanto, suplicou fervorosa mente pelo perdão e pela vida da criança. Contudo, isso não implica que tenha recusado submeter-se à vontade divina. Ele simplesmente esperava que a misericórdia de Deus poupasse a criança.
2Sm.12:17 Sem comentário para este versículo
2Sm.12:18 Sem comentário para este versículo
2Sm.12:19 Sem comentário para este versículo
2Sm.12:20 20. Então, Davi se levantou. A morte da criança foi a solene resposta de Deus à fervorosa súplica do pai. Deus não deu uma resposta favorável às petições de Davi, mas o rei foi humildemente submisso à vontade divina. Quando a resposta do Céu é contrária ao nosso pedido, precisamos nos lembrar de que Deus sabe o que é melhor, e de que, por alguma razão muitas vezes desconhecida, Ele vê que o melhor não é prolongar a vida daquele que está doente.
2Sm.12:21 21. Que é isto [...]? A conduta de Davi foi estranha aos olhos de seus servos. Eles esperavam ver a mais profunda expressão de dor da parte dele por ocasião da morte da criança, mas ele suspendeu o jejum e pediu pão.
2Sm.12:22 Sem comentário para este versículo
2Sm.12:23 23. Por que jejuaria eu? Estas palavras retratam a resignação de Davi à vontade de Deus e sua compreensa * uo estudo dos mortos. Depois de a criaiiç, tei moi rido, não havia mais nada que eie pnucw fazer sobre o assunto, então acenou huinti- demente o inevitável.Eu irei a ela. Os hebrerr miavam iigu rativamente dos mortos como se estivessem dormindo juntos num reino chamado sheol. Esta palavra é traduzida como "sepultura” e "inferno”. A tradução "inferno” é imprópria, pois sheol não tem nada a ver com torturanem com estado consciente. A pessoa que morria era, às vezes, representada como tendo ido dormir com seus pais (2Sm 7:12; IRs .1:21; 2:10, ARC e ACF) ou como sendo reunida a seus pais (2Rs 22:20). Davi queria dizer que se reuniria com seu lilbo na morte, mas que seu filho não voltaria à terra dos vivos.
2Sm.12:24 24. Salomão. O nome provável mente significa “pacífico”. Salomão ascendería ao trono; assim, seria um dos progenitores do Messias. Davi teve uma vida de guerra; Salomão teria uma vida cie paz.
2Sm.12:25 25. Jedidias. Literalmente, “amado de Yahxveli’. Davi pecara, mas seu pecado foi perdoado. Deus ainda o amava, bem como a criança que nascera de Bate-Seba.
2Sm.12:26 26. Contra Rabá. O relato do cerco de Rabápor Joabe (2Sm 1.1:1) foi interrompido pelo relato da experiência de Davi com Bate- Seba. Neste versículo, a narrativa do cerco da capital de Amom é retomada. A narrativa do adultério de Davi com Bate-Seba e do assassinato de Urias (2Sm 11:2—12:25) não se encontra em Crônicas.
2Sm.12:27 27. A cidade das águas. Rabá estava situada no estreito vale que fica na parte superior do rio Jaboque. A cidadela ficava num penhasco e evidentemente era murada, separada da cidade mais baixa. A cidade mais baixa era chamada “a cidade das águas”, provavelmente por causa da fonte que dali fluía para o no. Quando essa cidade mais baixa ít.i iornada por joJre, a perda do suprimento cie agua lornou nnpossnei que os defenso- ies continuassem icteuuo a cidade superior puf mu Io iciepo.V. e pow i*o % j, i -ms i H.< Je era cha- 11 nua i n.k" .i ia, in i' em nau de\e ser con- i undicia com . e ieíade eia \sia Menor que tinha o mesmo nome e é mencionada em Apocalipse 1:11. O nome moderno é 'Ammãin (Amã), a capital da Transjordânia após a Primeira Guerra Mundial, e mais tarde a capital do novo reino da Jordânia.
2Sm.12:28 28. Cerca a cidade. O cerco de Rabá praticamente terminara. A parte mais importante da cidade já tinha caído, e era evidente que o resto da cidade logo estaria nas mãos dos israelitas. Joabe graciosamente estendeu a Davi o convite para que trouxesse o resto das forças de Israel, para que o rei pudesse tomar a cidade pessoalmente e ter a glória de sua conquista.Para não suceder que [...] se aclame. Quando Davi tomou Jerusalém, foi dado a ela o nome de "cidade de Davi” (2Sm 5:7, 9). Parece que Joabe planejava que Rabá, após sua conquista, recebesse, não seu nome, mas o de Davi.
2Sm.12:29 29. A todo o povo. Joabe propôs uma convocação geral de todo o povo para a conquista de Rabá (v. 28). Davi pôs isso em prática e se envolveu pessoalmente na tomada final da cidade. Uma vez que a queda da cidade era certa, uma convocação completa das forças nacionais parece ter sido motivada por escolha e não por necessidade.
2Sm.12:30 30. Tirou a coroa da cabeça do seu rei. As mesmas consoantes hebraicas que aqui formam as palavras "seu rei", também formam o nome Milcom (ou “Malcâ”, ARC), o deus nacional dos amonitas (Sf 1:5). Assim, alguns acreditam que a coroa tomada porDavi pertencia ao ídolo e não ao rei, já que parece muito pesada para ser usada por um homem. Um talento equivale a 34 kg.Pedras preciosas. Literalmente, "urna pedra de preciosidade”.Foi posta na cabeça de Davi. A gramática desta passagem permite concluir que foi colocada na cabeça de Davi ou a coroa, ou a pedra preciosa. Uma coroa desse peso não poderia ter sido usada durante muito tempo, nem seria usada em ocasiões comuns. A coroa pode ter sido colocada por um momento na cabeça de Davi como sinal de triunfo, ou então a pedra pode ter sido tirada dessa coroa e colocada na coroa de Davi. Em qualquer dos dois casos, o ato significava a soberania de Davi. sobre os amonitas.
2Sm.12:31 31. Fê-lo passar a serras. Isto é, as pessoas foram designadas para trabalhar com serras e outros implementos. Pela mudança de urna letra no verbo, a passagem paralela diz, no original: ‘'os serrou com a serra” (lCr 20:3), mas talvez a intenção fosse usar o mesmo verbo que em Samuel, e isso tenha sido erro de algum copista. Alguns acham que Davi torturou os prisioneiros amonitas (ver com. de lCr 20:3). lassas crueldades estariam de acordo com os costumes da época, mas não com o caráter de Davi.Capítulo 13I Amnom se enamora de Tamar; por conselho de Jonadabe finge-se de doente e a estupra. 15 Sente aversão por ela e vergonhosamente a manda embora. 19 Absalão a recebe em casa e oculta seu propósito. 23 Durante uma tosquia de ovelhas, entre todos os filhos do rei, ele mata Amnom. 30 Davi chora com a notícia e é consolado por Jonadabe. 37 Absalão foge para Talmai, em Gesur.
2Sm.13:1 1. Tinha Absalão. O capítulo começa com a.s seguintes palavras, que são omitidas na ARA: “E aconteceu, depois disso, que" (ARC, ACF). A série de narrativas que vem a seguir (oap. 13-21) é um relato de infortúnios que sobrevieram a Davi depois de seu pecado. Crônicas não faz menção dessas calamidades e também não menciona o pecado de Davi. Depois do adultério com Bate-Seba e do assassinato de Urias, Davi passou a ser um homem diferente. Havia perdido muito de sua antiga confiança em sí mesmo, e já não era mais senhor absolutode seu reino. Seus súditos não mais tinham implícita confiança nele e, assim, eram tardios para ouvir suas admoestações concernentes às recompensas da justiça e aos males da transgressão. Quando via outros fazerem as coisas para as quais ele havia dado o exemplo, era-lhe difícil reprová-los. Seus próprios filhos se recusavam a obedecer-lhe e não mais respeitavam seus conselhos. Embora no passado tivesse sido forte e corajoso, Davi se tornara fraco e hesitante. Um senso de vergonha pesava constantemente sobre ele. Os capítulos seguintes retratam umasucessão cie latos que, pelo menos em parte, ocorreram como consequência da transgressão do rei.Uma formosa irmã. Absalão e sua irmã Tamar eram os filhos cie Maaca, que era filha do rei de Gesur; e o nascimento de Absalão ocorreu enquanto Davi reinava em Hebrom (2Sm 3:3). Amnom era o primogênito de Davi, o filho de “Ainoã, a jezreelita” (2Sm 3:2). Lima vez que parece que esses filhos estavam no início da juventude, os eventos aqui relatados devem ter ocorrido mais ou menos na metade do reinado de 40 anos de Davi.
2Sm.13:2 2. A ponto de adoecer. Esta narrativa está incluída nas Escrituras Sagradas com o propósito de demonstrar as consequências trágicas que podem sobrevir ao lar de um homem de Deus que se desvia do caminho reto e cede ao tentador. Os defeitos dos filhos de Davi eram em parte atribuíveis às próprias falhas do pai.Parecia-lhe impossível. Ele achava difícil, naquelas circunstâncias, realizar seus desejos com relação a ela. Por estar acostumado à gratif icação própria e à satisfação de todos os seus caprichos, Amnom na verdade ficou doente pelo fato de não poder concretizar sua vontade em relação a Tamar.
2Sm.13:3 3. Um amigo. Esta amizade era nociva e levou à ruína de Amnom. Se Amnom tivesse escolhido suas companhias de maneira mais sábia, poderia, nesse momento crucial, ter tido a ajuda de um verdadeiro amigo e recebido dele um conselho sensato que o teria salvado.Mui sagaz. Jonatlabe era um homem astuto que conseguia seus propósitos, fosse por meios lícitos ou ilícitos.
2Sm.13:4 Sem comentário para este versículo
2Sm.13:5 5. Finge-te doente. Em certo sentido, Amnom já havia ficado doente (v. 2). Sua doença era resultado de uma paixão desgovernada e insatisfeita. Nesse caso, ele fingiría uma doença de caráter diferente, que apelaria às simpatias do rei.De sua mão. Davi era um pai sábio e perspicaz, que devia ter algum conhecimento da natureza do filho. Porém, nada no relato sugere que ele tenha discernido plenamente as intenções de Amnom, do contrário não teria consentido com seu pedido. No entanto, Davi deveria ter estado suficientemente alerta e ter sido suficientemente corajoso para não permitir que Tamar deixasse sua residência e fosse à casa de Amnom, onde poderíam ocorrer consequências tão sérias.
2Sm.13:6 Sem comentário para este versículo
2Sm.13:7 7. Vai. Foi uma ordem aparentemente inocente. Mas, ao dar essa ordem, Davi estava enviando a filha para a vergonha e o filho para a morte.
2Sm.13:8 8. Foi Tamar. Ela foi induzida a deixar a segurança de seu próprio domicílio para ir aos aposentos de Amnom, onde ele a teria à sua mercê.
2Sm.13:9 Sem comentário para este versículo
2Sm.13:10 10. A câmara. Ouando Amnom se recusou a comer, a própria Tamar foi levar alimento ao seu quarto.
2Sm.13:11 Sem comentário para este versículo
2Sm.13:12 12. Não se faz assim. Ver G.n 34:7. Não havendo qualquer outra pessoa na casa, Tamar não tinha ninguém para ajudá-la em suas tentativas de resistir ao propósito maligno e determinado cio irmão. Ela primeiramente tentou arrazoar com ele, falando sobre a pecaminosidade e a loucura de tal ato.
2Sm.13:13 13. Aonde iria eu [...]? Tamar tentou fazer com que Amnom recuperasse a razão, ao salientar que, cometendo tal ato, ele traria vergonha perpétua a ela, que era a filha do rei e sua irmã. Se ele tivesse qualquer consideração por Tamar, certamente não desejaria causar tal humilhação a ela e à casa do rei.E tu serias. Tamar pensou nas consequências, não só para si mesma, mas também para Amnom. Ao concretizar esse ato, ele se transformaria num motivo de ridículo, expondo-se à vergonha e ao desprezo cie toda a nação. Tamar pensava de maneira clara e arrazoava de forma lógica.Fales ao rei. Vendo que não conseguia nenhum progresso ao arrazoar com seuobstinado irmão, Tamar começou a contemporizar. O que era necessário agora era escapar de suas garras, e evidentemente este foi seu último recurso.
2Sm.13:14 14. Não quis dar ouvidos. Amnom era completamente egoísta, concupiscente e determinado a lazer a própria vontade a despeito das consequências. Não era possível arrazoar com ele. Os requisitos de Deus, a virtude da irmã e a honra do próprio nome significavam nada para ele. Era parcialmente de Davi a culpa por essas características. Ele evitava repreender os filhos quando agiam mal e permitia que fizessem o que queriam. Portanto, era impossível argumentar com eles e restringi-los.
2Sm.13:15 15. Amnom sentiu por ela grande aversão. O resultado loi típico. Amnom era movido, não pelo amor, mas pela paixão. Então, quando suas concupiscências animais foram gratificadas, não teve nenhuma consideração para com a irmã, de quem abusara de maneira tão cruel.
2Sm.13:16 16. Não, meu irmão. Não havia razão para Amnom exigir a partida da irmã. Depois de abusar dela, o mínimo que ele podia fazer era protegê-la e confortá-la. Ao lançá-la fora, aumentou ainda mais um grave delito.Não a quis ouvir. Ver v. 14. A criação de Amnom não o ensinara a dar ouvidos à voz da razão, da consciência ou de Deus. Os protestos de Tamar não significavam nada para ele.
2Sm.13:17 Sem comentário para este versículo
2Sm.13:18 18. Uma túnica talar de mangas compridas. Ela usava uma túnica longa com mangas compridas, como era o costume das virgens da casa real. O detalhe é mencionado para mostrar que Tamar de\ U -mr reconhecida como uma virgem perfeu.-enfe à realeza.
2Sm.13:19 19. Rasgou a túnica, ê im,\a\d que isto tenha sido feito imediatamente. Tamar não fez nenhuma tentativa de encobrir a vergonha que lhe havia sobrevindo. Ela era uma jovem virtuosa cuja conduta era irrepreensível. Ao deixar a casa de Amnom, deu veemente evidência da profunda dor que ali experimentara(ver Et 4:1; 2Rs 5:8). Dessa forma, impediu que Amnom inventasse a história de que ela tivera uma conduta desonrosa para com ele e, por esta razão, fora expulsa de sua presença. E evidente que Tamar foi total mente sincera e que seus atos assinalaram sua profunda dor e indignação. Se ela tivesse ficado quieta, poderia ter sido considerada cúmplice no crime.
2Sm.13:20 20. Esteve Amnom [.,.] contigo?Os membros da casa real deviam estar familiarizados com as falhas de Amnom, e aparentemente Absalão compreendeu de imediato o que havia ocorrido.Cala-te. Este conselho está de acordo com o espírito profundamente vingativo de Absalão. O abuso que havia sido feito a Tamar exigia imediata punição. A vergonha que ela tinha sofrido era de conhecimento geral, pois seu comportamento ao deixar a casa de Amnom impediría qualquer tentativa de ocultação. Não havia nada a ganhar com o adiamento aconselhado por ele. Se o próprio Absalão fosse o homem que devia ser, teria tomado o assunto imediatamente em suas mãos e não teria descansado enquanto não fosse corrigido o mal feito a sua irmã. Contudo, em vez de buscar reparação por meios legais, ele planejou uma vingança.Desolada. Tamar fora envergonhada e, em seguida, abandonada. Depois, continuou a morar na casa do irmão, solteira e infeliz com a lembrança de seu infortúnio.
2Sm.13:21 21. Muito se lhe acendeu a ira. Davi ficou verdadeiramente irado quando soube desse ato vergonhoso por parte do filho; mas, aparentemente por causa da lembrança de sua própria conduta errada, não tomou as medidas necessárias para que a justiça fosse feita. Ele achava que suas mãos estavam atadas por seu pecado, e consequentemente manifestava em relação aos filhos uma per- missividade que encorajava maus atos como esse. Alguns anos antes, quando estava consciente de sua integridade e desembaraçadodas redes em que caiu mais tarde, ele provavelmente teria feito justiça de imediato. Entretanto, tudo o que fez foi protagonizar uma cena de ira e permitir que o transgressor ficasse sem punição.
2Sm.13:22 22. Nem mal nem bem. Exteriormente, Absalão não revelava nenhum sinal de seus sentimentos íntimos. Embora estivesse ardendo de ódio e do desejo de vingança, conseguia manter uma calma exterior enquanto, o tempo todo, estava planejando a morte do irmão. Teria sido muito melhor para todos os envolvidos se ele tivesse ido imediatamente buscar justiça por meio dos recursos legais.
2Sm.13:23 23. Absalão tosquiava. A tosquia era uma ocasião de festejos e regozijo (ver ISm 25:2, 8).Baal-Hazor. Este lugar tem sido identificado com Jebel el-Atsúr, que fica a 22 km de Jerusalém e sete a nordeste de Betei.Todos os filhos do rei. Este convite, é claro, incluía Amnom, pois o verdadeiro propósito de Absalão ao dar a festa era conseguir a oportunidade para apanhá-lo.
2Sm.13:24 24. Foi ter Absalão com o rei. A profunda astúcia de Absalão é revelada neste convite feito a Davi. Ele não esperava que o pai fosse, mas, ao insistir para que o fizesse, esperava reduzir as suspeitas e, assim, encorajar a presença de Amnom.
2Sm.13:25 25. Para não te sermos pesados. Davi declinou do convite, alegando que a presença de tantas pessoas poderia ser pesada para Absalão.Instou com ele. Continuando a insistir na presença do pai, Absalão disfarçou eficientemente seu verdadeiro propósito e conseguiu a bênção de Davi sobre as festividades. Tudo parecia acima de qualquer suspeita.
2Sm.13:26 26. Deixa ir conosco. Os filhos de Davi agora estavam crescidos, mas evidentemente o pai ainda continuava a exercer certo controle sobre suas atividades. Amnom foiparticular mente convidado porque era o filho mais velho e o herdeiro do trono, que podia representar o pai na festa.Para que iria ele [...]? A pergtinta sugere que Davi pode ter tido algum receio.
2Sm.13:27 27. Insistindo Absalão com ele. Pela insistência contínua, Absalão finalmente quebrou a resistência do pai e obteve seu consentimento para que não só Amnom, mas todos os príncipes (v. 29) pudessem estar presentes à festa.
2Sm.13:28 28. Feri a Amnom. Nessa época o segundo filho de Davi, Quileabe (2Sm 3:3), possivelmente já havia morrido, pois não se diz nada sobre ele no relato. Nesse caso, a morte de Amnom tornaria Absalão o próximo na linha de sucessão ao trono (ver 2Sm 3:2, 3). Talvez os servos de Absalão pensassem que suas ordens para que Amnom fosse morto tivessem o objetivo de garantir que ele subiria ao trono.
2Sm.13:29 29. Seu mulo. Davi aparentemente viajava numa mula (lRs 1:33, 38), e o mesmo se dava com Absalão (2Sm 18:9). Assim, a mula parece ter sido o animal que, nessa época, era usado por pessoas de elevada distinção.Fugiram. Quando Amnom foi morto, os outros filhos de Davi, sem dúvida, temeram que este fosse só o começo de um massacre geral em que eles também seriam vítimas.
2Sm.13:30 30. Chegou a notícia a Davi. A notícia que chegou a Davi era falsa. Assuntos como esse são deturpados ao passarem de uma pessoa para outra.
2Sm.13:31 31. Rasgou as suas vestes. Embora o comunicado fosse exagerado, Davi o recebeu como verdadeiro. Sua própria hesitação em concordar que os filhos fossem à festa sugere que ele tinha suspeitas. Na verdade, ele consentiu apenas após muita insistência (ver v. 26, 27) e, mesmo assim, provavelmente con- i tra seu bom senso. O rei acreditou que seus piores temores haviam se tornado realidade,e que tinha ocorrido um massacre geral de todos os príncipes do reino.
2Sm.13:32 32. Jonadabe. Este era o "homem mui sagaz” que deu o mau conselho que resultou na sedução de Tamar (v. 3-5). Como amigo de Amnom, ele estava ciente do perigo a que seu companheiro estava exposto. Sabia que iria chegar o dia em que o irmão de Tamar buscaria vingança. Jonadabe deu a Davi sua própria opinião do que havia ocorrido, de que só Amnom tinha sido morto.
2Sm.13:33 33. Na cabeça. A morte de Amnom foi um golpe severo para Davi, mas não tão grande em comparação com a suposta morte de todos os filhos. O rei havia falhado ao não punir Amnom por seu crime contra a irmã. Por causa dessa negligência do dever, o Senhor permitiu que as circunstâncias tomassem seu próprio rumo. Foram removidas as restrições das forças do mal, e seguiu-se uma cadeia de eventos que puniu Amnom por seu crime (ver PP, 728).
2Sm.13:34 34. Absalão fugiu. Sem dúvida, Absalão fugiu imediatamente após a morte de Amnom, mas o autor só menciona o fato a este ponto da narrativa. Vários acontecimentos ocorreram simultaneamente, mas o autor só podia relatá-los um de cada vez. A fuga dos príncipes provavelmente ocorreu ao mesmo tempo que a de Absalão, sendo que os príncipes voltaram ao palácio e Absalão fugiu em outra direção. Na LXX se encontra o seguinte acréscimo ao verso: “descendo o monte, na estrada de Horonaim. Ele foi até o lugar onde o rei estava e disse: Alguns homens estão descendo o monte, na estrada de Eloronaim” (NTLH).
2Sm.13:35 35. Segundo a palavra de teu servo. Quando Jonadabe disse anteriormente a Davique só Amnom havia morrido (v. 32), evidentemente estava falando, não por conhecimento dos fatos, mas por uma suposição perspicaz. Ao ver os príncipes se aproximarem, ele soube que estava certo e não hesitou em mencionar isso a Davi.
2Sm.13:36 Sem comentário para este versículo
2Sm.13:37 37. Talmaí. O pai de Maaca, mãe de Absalão (2Sm 3:3). Absalão sabia que seu avô lhe daria asilo, ao passo que sua vida não estaria segura se ele permanecesse em Israel.Pranteava a seu filho. Há dúvida quanto a isto se referir a Amnom ou a Absalão. E provável que fosse a Amnom. Davi tinha um coração terno e sofreu profundamente com a morte do filho.
2Sm.13:38 38. Assim, Absalão fugiu. Esta é a terceira vez que o fato é mencionado, mas cada repetição tem o propósito de introduzir algum detalhe novo. No v. 34, é declarado o simples fato de que Absalão havia fugido. No v. 37 é dado o destino da fuga (ver mapa “A Fuga de Absalão e a Usurpação do Reino”, p. 723), e aqui é dada sua duração.
2Sm.13:39 39. O rei Davi. A KJV diz “a alma do rei Davi”. A palavra “alma” não está no hebraico e foi introduzida porque o verbo está no feminino e não seria adequado que Davi fosse o sujeito. A LXX traz "o espírito de”. Se Davi estava sofrendo por Absalão, ansiando constantemente por seu retorno, por que não o trouxe de volta? Embora Davi amasse o filho, obviamente achou necessário, como lição tanto para Absalão quanto para o povo, que pelo menos fosse mostrado desagrado para com o ato cometido pelo filho (cf. PP, 729).Capítulo 14que o coração do rei começava a inclinar-se para Absalão,e uma filha, cujo nome era Tamar; esta era mulher formosa à vista.
2Sm.14:1 1. Para Absalão. A preposição hebraica aqui traduzida como ''para’’ também pode significar ''contra". Alguns acham que o intento da passagem é a tradução "contra", o que denotaria que .Davi sentia hostilidade para com o filho por causa do assassinato de Atrinom (ver, porém, o com. de 2Sm 13:39). A atitude tomada por Davi deu margem para que Absalão se alienasse do pai (ver PP, 728). Ansioso para voltar e amargurado pelo fato de que havia estado por tanto tempo afastado dos negócios do reino que ele esperava herdar após a morte do pai, Absalão recorreu a maquinações traiçoeiras. Era uma situação negativa, e joabe procurou corrigi-la.
2Sm.14:2 2. Tecoa. Uma aldeia cerca de oito quilômetros ao sul de Belém, mais conhecida como o lar do profeta A mós (Am E l). Uma vez que ficava próxima a Belém, a cidadenatal de Joabe, talvez ele conhecesse pessoalmente essa mulher que planejou usar para executar seu propósito. Tecoa é identificada com a atual TeqiT.Finge. Foi Joabe quem inventou a parábola e quem ditou à mulher as palavras que ela devia dizer, mas era necessária grande habilidade para encenar o drama diante do rei.
2Sm.14:3 3. Apresenta-te ao rei. O rei era o supremo juiz da nação c estava à disposição de todos os seus súditos. Esperava-se que ele os ajudasse em suas dificuldades.
2Sm.14:4 Sem comentário para este versículo
2Sm.14:5 5. Mulher viúva. O caso era diferente o bastante do de Davi para que a história não despertasse suspeitas. I lavía certas características básicas na narrativa que deviam resolver a questão na mente de Davi, e era nessas características que a ênfase seria colocada.
2Sm.14:6 6. Dois filhos. Que correspondiam a Amnom e Absalão.
2Sm.14:7 7. Contra a tua serva. A parábola aqui difere propositalmente dos latos reais para não criar suspeita. No caso cie Davi, era ele que estava alienado de Absalão e que se recusava a conceder-lhe permissão para voltar. Davi acreditava que, devido à culpa de Absalão por ter derramado o sangue do irmão, não podia permitir que ele retornasse. Na parábola era a família, não a mãe, que estava insistindo que o assassino respondesse por sua culpa.Também o herdeiro. Há provavelmente aqui uma alusão velada a Absalão como herdeiro ao trono de Davi.
2Sm.14:8 8. Darei ordens. A mulher ganhou sua causa, e Davi fez a promessa de que seu filho seria protegido.
2Sm.14:9 9. A culpa [...] caia sobre mim. Tecnicamente, o assassino era culpado. Mas, por causa das circunstâncias, Davi estava concedendo a ele uma suspensão da pena. A mulher alcançou seu intento, mas desejou prolongar o diálogo para fazer com que Davi se comprometesse ainda mais. Para conseguir isso, ela pediu que, se houvesse alguma culpa cie sangue, esta caísse sohre ela e não sobre Davi e seu trono. Dessa forma, ela habilmente colocou Davi numa posição em que ele próprio tcria de assumir a responsabilidade. Até esse momento ele apenas a havia despachado com uma promessa, sem se envolver especificamente.
2Sm.14:10 10. Quem falar contra ti. As astuciosas palavras da mulher arrancaram de Davi a promessa de que ele assumiria o papel de seu protetor. Ele estava inadvertidamente se deixando levar a uma posição da qual seria difícil recuar.
2Sm.14:11 11. Lembra-te, ó rei. Até este ponto a mulher tinha tido êxito completo, mas ela desejava levar o assunto ainda mais adiante. A mais alta consideração de Davi era Deus, e ela não pararia até que ele tivesse leito um compromisso na presença de Deus.Tão certo como vive o Senhor. Davi jurou solenemente que a vida do filho da mulher seria protegida. Então ele sc comprometeu de tal forma que não lhe era mais possível voltar atrás.
2Sm.14:12 12. Disse a mulher. Até aqui ela estivera tratando de um caso hipotético que parecia dizer respeito a ela e ao filho. Depois de astutamente levar Davi a dar um vere- dito nesse caso, passou a aplicar o assunto a Absalão. Suas primeiras palavras foram cautelosas e ainda um pouco obscuras, mas ela estava começando a deixar claro para Davi o assunto do tratamento que ele estava dispensando a Absalão.
2Sm.14:13 13. Por que [...]'? Uma vez que Davi havia seguido essa conduta no caso apresentado pela mulher, que razão tinha ele para não segui-la em outro caso? Se ele tinha agido certo concedendo o perdão para o filho dela, que era digno de morte, o que o impedia de perdoar Absalão, que era culpado de assassinato?Contra o povo. Contra Absalão e todo o Israel. Absalão era o herdeiro do trono. Portanto, ele pertencia ao povo, e o povo, a ele. Um crime contra ele era um crime contra todo o Israel. Ao recusar permissão ao herdeiro do trono para que voltasse a seu país, Davi estava privando o povo de seu direito de ter consigo seu futuro rei. O mal cometido contra Absalão era um mal cometido contra a nação que ele iria governar. A mulher ainda estava apenas dando pistas do que desejava dizer, mas suas palavras foram suficientemente claras para que Davi não mais pudesse deixar de entender seu significado.Condena-se a si mesmo. A mulher, então, foi diretamente ao ponto. Davi tinha acabado de provar que estava em falta em seu trato com Absalão pelo veredito que dera no caso do filho da mulher. Ele concordara que não era certo que ela fosse privada de seu herdeiro, mas ele estava privando Israeldo herdeiro deles. Ao se pronunciar favoravelmente em relação ao filho dela, ele se condenou na conduta que seguira em relação a Absalão.Não quer fazer voltar, Estas palavras mostram claramente que Davi era responsável pela persistência do exílio de Absalão. Tudo o que era necessário para trazê-lo de volta era que Davi lhe fizesse o convite. O povo o desejava, Absalão estava ansioso para retornar, e até a casa real o receberia de volta. Davi, porém, estava impedindo que isso acontecesse. Isso foi interpretado como uma injustiça, não só para com Absalão, mas para com a nação em geral.Desterrado. Do heb. nadah, “impelir', “empurrar ”. A raiz desse verbo é usada na descrição do fato de o povo de Deus ser levado à força para uma terra pagã (Dt 30:3-5; Jr 40:12; Mq 4:6; Sf 3:19).
2Sm.14:14 14. Temos de morrer. A morte é o destino comum de todos. O duro tratamento conferido a Absalão não poderia trazer Amnom de volta dentre os mortos. Seu sangue fora derramado no solo e não podia ser recolhido novamente. Então, por que não esquecer o passado e restituir a Absalão seu país, sua família e seus direitos ao trono?Pois Deus não tira a vida. Deus é bom, amoroso e perdoador. Quando alguém peca e depois se arrepende verdadeiramente, o Senhor se dispõe a perdoar o pecado e restaurar a pessoa novamente ao favor divino. Estas palavras constituem uma descrição apropriada do amor de Deus para com o pecador e mostram que o povo de Israel estava razoavelmente familiarizado com o plano cia salvação. O próprio Davi havia pecado gravemente e necessitava de misericórdia. Era apenas por causa da grande misericórdia do Céu que ele ainda continuava vivo e conservava seu trono. As palavras da sábia mulher de Tecoa tocaram profundamente o coração de Davi e o induziram a agir com misericórdia.
2Sm.14:15 15. O povo me atemorizou. Há uma ambiguidade intrigante e interessante nestas palavras. A mulher estava falando de si mesma e de seus temores pelo que seus concidadãos poderíam lhe fazer? Ou disse isso com respeito ao que falou sobre Absalão e sobre a atitude da nação como um todo? Ela ainda, de certa forma, tentou fazer parecer que sua história era real, mas também falou diretamente ao coração do rei no que diz respeito a seu trato com Absalão. A ambiguidade parece ter sido intencional, e foi isso que deu às palavras dela um apelo surpreendente e tocante. Ali, diante do rei, ela se encontrava como uma representante do povo. Sua voz era a voz da nação. Compreendendo o sentimento de Israel como um todo, ela sentiu uma pressão à qual não pôde resistir, e foi isso que lhe deu tal ousadia diante do rei. Certamente Davi não mostraria maior consideração à petição dela como uma mulher humilde, do que lhe mostraria como porta-voz dos desejos de todo o povo.
2Sm.14:16 16. O rei atenderá. O rei já tinha ouvido e atendido a petição da mulher com respeito ao filho, mas também atendería ao pedido com respeito ao caso pelo qual ela intercedeu especificamente. Nesse ponto, ela falou indiretamente em favor de Absalão e solicitou a Davi que permitisse seu retorno. Na verdade, ela disse a Davi que esse apelo já fora ouvido e a petição, atendida. O rei a ouviría — ela estava absolutamente certa disso. Quem poderia resistir a tal apelo?
2Sm.14:17 17. Para a minha tranquilidade. Literalmente, “para descanso”, isto é, a palavra do rei traria paz às partes que estavam em desavença.Um anjo de Deus. Ou, “mensageiro de Deus”. A palavra hebraica aqui traduzida “anjo”, mal‘ak, ocorre 198 vezes no AT. Na ARA é traduzida como “anjo” 105 vezes (ver v. 20; 2Sm 19:27; lSm 29:9) e como “mensageiro” 93 vezes (ver 2Rs 10:8; Pr 13:17).Será contigo. As palavras finais do apelo dela são quase uma bênção. Ao fazer o que era certo, Davi contaria com a presença e a bênção de Deus. Ela falou como se o fizesse em nome de Deus, e assegurou ao rei que, ao responder a este chamado ao direito e à razão, ele teria Deus consigo.
2Sm.14:18 Sem comentário para este versículo
2Sm.14:19 19. A mão de Joabe. Davi não teve dificuldade para discernir o disfarce da mulher nem para perceber quem era o autor do estratagema. Joabe estava intíma- mente associado a Davi e provavelmente já tinha expressado suas convicções antes, mas, até aquele momento, sem resultados. Conhecendo sua persistência e astúcia, Davi imediatamente compreendeu que Joabe devia ter sido o responsável pela visita da mulher.
2Sm.14:20 Sem comentário para este versículo
2Sm.14:21 21. Traze o jovem. Joabe conseguiu seu propósito, e o rei sabiamente o comissionou a levar a notícia a Absalão e trazê-lo de volta para casa.
2Sm.14:22 22. Abençoou o rei. Ou, ‘'agradeceu ao rei" (ARC). Joabe tinha boas razões para agradecer ao rei. Se a decisão de Davi tivesse sido desfavorável, Joabe teria sido considerado responsável pela situação.
2Sm.14:23 Sem comentário para este versículo
2Sm.14:24 24. Não veja a minha face. O assassinato de Amnom por Absalão ainda não fora esquecido, e por amor à nação e ao próprio Absalão, Davi achou necessário mostrar seu repúdio ao crime cometido.Não viu a face do rei. Estar em casa, mas não ter permissão para ver a face do pai ou para comparecer à corte junto com os irmãos foi algo que começou a incomodar Absalão. Ele se sentia injustiçado, e as pessoas iam até ele para demonstrar simpatia. Aos olhos da nação, ele era um herói que devia ser elogiado por um ato de retidão e justiça, e não um criminoso que devia ser evitado por causa de seu mau ato.
2Sm.14:25 25. Sua beleza. Absalão era um homem cuja aparência atraía a atenção. Seu porte pessoal ganhou a admiração do povo, e otratamento que Davi lhe conferiu despertou simpatia em seu favor.
2Sm.14:26 26. Duzentos siclos. Segundo o peso do siclo comum, isto seria 2,3 kg. Esse peso de cabelo parece ser excessivo. Talvez o peso de um siclo real fosse diferente do siclo comum.
2Sm.14:27 27. Três filhos. Que provavelmente morreram cedo (ver 2Sm 18:18).Tamar. Ela recebeu o nome da irmã de Absalão e era bonita como aquela (2Sm 13:1). Foi provavelmente ela que se casou com Uriel de Gibeá e teve uma filha chamada Maaca (ou Micaía). A esposa de Roboão e mãe de Abias era chamada tanto como Maaca, a “filha” de Absalão (evidentemente neta; ver com. de iSm 14:50), como Micaía, filha de Uriel (ver 2Cr 13:2; 11:20-22; lRs 15:2).
2Sm.14:28 28. Sem ver a face do rei. Jsso natural- mente deixou Absalão amargurado e melancólico, fazendo com que pensasse estar sendo tratado injustamente. Aos seus próprios olhos, ele provavelmente achava que não tinha agido mal ao matar Amnom, uma vez que só tinha feito justiça. Absalão era egoísta, inescrupuloso, ambicioso e impulsivo. Era admirado pelo povo e foi gradual- mente conquistando sua simpatia. Não era sábio Davi deixar essa situação continuar.
2Sm.14:29 29. Não quis vir. Uma vez que Joabe tivera êxito em seus esforços anteriores, Absalão achou que ele novamente poderia ser útil. Contudo Joabe, sem dúvida, achava que já tinha feito tudo o que era prudente fazer, e que incorrería no desagrado do rei se continuasse interferindo no assunto.
2Sm.14:30 30. Metei-lhe fogo. Esta estratégia certamente levaria Joabe a fazer alguma coisa, mas apenas uma pessoa inescrupulosa e irresponsável recorrería a isso.
2Sm.14:31 Sem comentário para este versículo
2Sm.14:32 32. Para que te envie. Absalão tratava Joabe como seu servo, dando-lhe ordens e esperando que fossem cumpridas. Sua conduta revela quão longe ele já tinha ido em seu curso de rebelião e como estava determinadoa conseguir a reparação pelos supostos agravos que sofrerá e a restauração aos privilégios que cria serem seus por direito. Ele não fez nenhuma tentativa para explicar o incêndio premeditado. Agiu como se estivesse plenamente dentro de seus direitos ao tomar as medidas que tomou para levar Joabe até si, e procedeu como se Joabe tivesse a obrigação de cumprir sua vontade.Quero ver a face do rei. Havia sido permitido que Absaíão voltasse para casa, mas o rei ainda se recusava a vê-lo. Esse tratamento era, para Absalão, mais irritante que seu exílio. Na opinião popular, Davi foi indevidamente severo ao tratar o filho, e o povo gradualmente foi atraído para Absalão.Se há em mím alguma culpa. Absalão sabia que Davi não estava em posição deexecutar justiça. O próprio rei era culpado de assassinato na morte de Urias, e, se tentasse aplicar a justiça a Absalão, apenas implicaria a si mesmo. O povo provavelmente não teria apoiado Davi nesse procedimento. O coração deles estava com Absalão, e Davi sabia disso.
2Sm.14:33 33. Beijou a Absalão. Ele foi não apenas admitido à presença do rei, mas recebeu um tratamento que indicava pelo menos uma reconciliação exterior. Isso pode ser comparado com o ato de Esart beijar Jacó, e de José beijar seus irmãos (Gn 33:4; 45:15). A recordação que Davi tinha de sua própria culpa o tornava apático e vacilante. Aparentemente ele não sabia que direção seguir. Reconhecia seu dever, mas a lembrança de sua própria transgressão o impedia de fazer o que devia ser feito.Capítulo 151Com palavras agradáveis e atos de cortesia, Absalão atrai o coração do povo. 7 Fingindo ter feito u m voto, obtém permissão para ir a Hebrom. 10 Nessa c idade, ele arma uma grande conspiração. 13 Davi, ao receber a notícia, foge de Jerusalém.é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do rei.Pelo que disse Davi: O Senhor, peço-te que transtornes em loucura o conselho de Aitofel.teu servo, dissipar-me-ás, então, o conselho de Aitofel.
2Sm.15:1 1. Um carro e cavalos. Absalão estava secretamente planejando tomar o trono. A fim de impressionar as pessoas, assumia uma atitude que ele pensava ser condizente com a posição de herdeiro do reino. Adonias seguiu mesmo procedimento quando “se exaltou” com o propósito de tomar o trono (1 Rs 1:5; ver também lSm 8:11).Cinquenta homens que corressem adiante dele. Uma guarda pessoal para o príncipe. Com estas medidas, Absalão parecia estar reivindicando a sucessão. Isso era equivalente a fazer um pronunciamento geral de que ele se considerava aquele que seria o rei seguinte.
2Sm.15:2 2. Da porta. /A porta da cidade era o lugar onde eram concretizados os negócios públicos e onde os juizes se colocavam para ministrar justiça (ver com. de Gn 19:1).Para vir ao rei. Era costume que as pessoas fossem ao rei para que ele julgasse sua causa, mas a justiça era lenta. A preocupação de Davi com seus problemas e sua hesitação em tomar posição firme na repreensão ao erro evidentemente se manifestavam em sua administração dos negócios públicos. Absalão, porém, procurava a simpatia das pessoas, pondo-se no caminho delas e colocando à disposição delas seu tempo e seus serviços.De que cidade [...]? O príncipe era um hábil político. Ao fazer perguntas, ele indicava que tinha verdadeiro interesse nopovo e deixava a impressão de que era um amigo pessoal.De tal tribo. O original diz “de uma das tribos” (ARC). Mas, em cada caso, a pessoa, é claro, mencionava qual era a tribo.
2Sm.15:3 3. Boa e reta. Todo mundo ficava lison- jeado com um veredito favorável e, assim, se sentia influenciado a tecer elogios a Absalão por todo o país.Da parte do rei. Esta era uma insinuação de que o rei era descuidado e indiferente com respeito à administração da justiça. O propósito era, evidentemente, suscitar no povo um sentimento de insatisfação e descontentamento, ao censurar o rei pela negligência em suas responsabilidades públicas e ao sugerir que a solução para esse estado de insatisfação seria ter /Absalão como rei.
2Sm.15:4 4. Ser juiz. Absalão assumiu um ar de benignidade e de justa indignação pelo triste estado de coisas. Se tão somente ele fosse juiz, o povo não seria privado de seus direitos, pois ele cuidaria para que a situação fosse rapidamente sanada. Todo motivo de insatisfação era usado por Absalão em seu favor e contra o rei. Em toda oportunidade ele expressava suas simpatias para com a pessoa e seu pesar pela ineficiência da administração, bem como seu ardente desejo de endireitar as coisas.
2Sm.15:5 5. E o beijava. Absalão empregava todas as artimanhas que podia a fim de ganhar ocoração do povo para si. Por sua afabilidade e extrema cortesia e por um ar de suposta afeição, ele fazia com que o povo pensasse que estava genuinamente interessado em seu bem-estar e que, se chegasse a ser rei, sua administração seria de molde a assegurar a cada pessoa o pleno gozo de todos os seus direitos.
2Sm.15:6 6. Desta maneira. Absalão teve êxito em criar um descontentamento geral com a maneira como Davi governava. O volúvel populacho não percebeu seu plano.Furtava o coração. Os meios empregados eram desonestos e injustos. Absalão enganou propositalmente o povo, criando suspeita, desafeto e animosidade contra o rei. Por toda parte as pessoas elogiavam Absalão c criticavam o rei. O desejo deles era que Davi abdicasse para que Absalão pudesse assumir o trono.
2Sm.15:7 7. Quatro anos. Embora as versões ARC e ACF falem de “quarenta anos’', a edição da LXX feita por Luciano de Antioquia e a versão siríaca trazem aqui “quatro anos”. Esse é também o número dado por Josefo (.Antiguidades, vii.9.1). Não está claro a partir de que ponto esses quatro anos devem ser contados, mas provavelmente seja a partir do retorno de Absalão a Jerusalém. Se assim for, foram gastos dois anos nessa conspiração para obter o trono, preparando o caminho por meio de lisonjas (ver 2Sm 14:28).Deixa-me ir [...] cumprir o voto. Um pedido deste tipo seria particularmente agradável a Davi. Contudo, era um disfarce de devoção religiosa para ocultar os propósitos traidores de Absalão.Hebrom. O voto foi feito, não em Hebrom, mas em Gesur (v. 8), porém devia ser pago em Hebrom. Esse local foi bem escolhido como o ponto de partida da rebelião de Absalão. Era sua cidade natal (2Sm 3:2, 3) e a primeira capital de Davi. Muitos dos habitantes provavelmente estavam descontentes com a transferência da capital paraJerusalém. O fato de Absalão ter nascido ali proporcionava um pretexto plausível para que ele realizasse na cidade a grande festa sacrifical em cumprimento de seu suposto voto.
2Sm.15:8 8. Se o Senhor, Absalão fingiu que seu retorno a Jerusalém era uma providência de Deus concedida como resposta a um solene voto feito enquanto ele ainda estava exilado em Gesur.
2Sm.15:9 9. Vaí-te em paz. Davi ainda não havia percebido a trama de Absalão, e lhe deu apoio e a bênção. Enquanto isso, as artimanhas enganosas de Absalão progrediam. Ele conseguiu fazer o povo pensar que era amigo e benfeitor, e fez Davi acreditar que era um filho leal. Somente não conseguiu prever seu próprio fracasso e sua morte.
2Sm.15:10 10. Enviou Absalão emissários secretos. Agentes secretos foram enviados para lugares estratégicos em todo o país a fim de comunicar a notícia da conspiração para os que fossem favoráveis à mesma. Não são dados detalhes sobre o elaborado preparo para a rebelião, mas evidentemente o plano fora cuidadosamente traçado. Mediante u m determinado sinal, os emissários espalhados por todo o país deviam proclamar a notícia de que a coroação de Absalão era um fato consumado.
2Sm.15:11 11. íam na sua simplicidade. Os duzentos homens que acompanhavam inocentemente a Absalão eram provavelmente pessoas que detinham posições de influência. Ao chegar a Hebrom, Absalão esperava ganhá- los para o seu lado, e assim eles poderíam exercer poderosa influência em seu favor. No caso de se recusarem a apoiá-lo, ele podería evitar que se empenhassem em esforços contra ele.
2Sm.15:12 12. Aitofel. Era um desafeto de Davi, devido a um ressentimento pessoal pela conduta errônea do rei em relação a Bate-Seba, sua neta (ver PP, 735). Seu filho Eliã (2Sm 23:34) em o pai de Bate-Seba (2Sm 11:3). Aitofel, sem dúvida, era cúmplice na conspiração.Bem pode ser que tenha desempenhado uma parte importante em fomentar a insatisfação nas redondezas de Hebrom e em certificar- se de que tudo ali estava pronto para a coroação de Ah salão.Gilo. Uma cidade cerca de dez quilômetros a noroeste de Hebrom (Js 15:51), hoje chamada Khirbet Jâla.Tornou-se poderosa. Quando chegou o tempo da festa, já tinha sido feito o preparo necessário para o golpe de Estado. A ligação de Aitofel com a conspiração atrairia o apoio de muitos homens influentes e faria parecer seguro o sucesso da causa de Absalão. Alguns creem que as palavras do Salmo 41:9 sejam uma alusão a Aitofel.
2Sm.15:13 Sem comentário para este versículo
2Sm.15:14 14. Fujamos. A decisão foi sábia, pois Davi, no momento, estava totalmente despreparado para a crise. Em seu grande perigo, Davi sacudiu de si a letargia e a indecisão e pareceu recuperar um pouco de sua antiga coragem e rapidez de ação. A sequência dos acontecimentos demonstrou que esse foi o procedimento correto. Tanto Aitofel (2Sm 17:1, 2) quanto Husai (2Sm 17:7-13) reconheceram que a demora seria fatal e que a maior esperança de sucesso de Absalão estaria em tomar medidas imediatas contra Davi. Ao fugir, Davi ganhou tempo para preparar uma defesa, e as pessoas ganharam tempo para ponderar sobre o que fariam. Assim foram evitados os horrores de uma longa guerra civil.Fira a cidade. Davi temia que no momento não podería manter uma posição de resistência em Jerusalém. A insatisfação dentro da cidade, ou talvez mesmo dentro de sua própria casa, poderia virar a corrente dos fatos contra ele. Não haveria o espírito de unidade que poderia ser esperado se Jerusalém tivesse sido atacada por um inimigo de fora. Era, porém, o próprio filho que faria o ataque, e ele, sem dúvida, tinha muitos partidários dentro da cidade.
2Sm.15:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.15:16 16. Cuidarem da casa. O que indicava que Davi tinha esperanças de voltar.
2Sm.15:17 17. Na última casa. “Num lugar distante'’ (ARC). Literalmente, o hebraico diz "casa da distância”, talvez uma das últimas casas antes de se atravessar o vale de Cedrom. Alguns acham que a referência é a um nome próprio e traduzem a frase como "Bete-Meraque” (como é o caso da TB). O local, sem dúvida, era suficientemente distante para assegurar ao rei certa segurança, para proporcionar descanso e revistar as tropas disponíveis.
2Sm.15:18 18. Toda a guarda real. “Todos os que- reteus e todos os peleteus’ (ARC). Ambos os grupos compunham a divisão de maior confiança do exército de Davi e constituíam sua guarda pessoal (2Sm 8:18; 20:7, 23; iRs 1:38, 44; lCr 18:17). Os quereteus eram provavelmente mercenários cretenses e filis- teus (ver p. 17; o com. de JSm 30:14; cf. Ez 25:16; Sf 2:5). Com base em um tablete de Ras Shamra, alguns consideram que os quereteus eram cananeus. Esses que estavam com Davi adotaram a religião de Israel e eram seus homens mais leais.Geteus. Estes 600 homens eram nativos da cidade filisteia de Cate que se haviam unido a Davi e aceitado a religião hebraica. Evidentemente eram comandados por Itai (v. 19).
2Sm.15:19 19. Por que irias [...]? Davi tinha um verdadeiro interesse por esses filisteus; também estava testando a lealdade deles. Era essencial que tivesse consigo apenas aqueles em quem podia confiar total mente. Até então, aqueles homens se demonstraram leais. Porém, ao estar envolvido numa guerra civil, Davi talvez não tivesse tanta certeza de que continuariam sendo fiéis.
2Sm.15:20 20. Volta. A preocupação de Davi para com esses estrangeiros foi bem recompensada. Ao tratar esses homens com bondade, ele verificou que estavam prontos a lançar sua sorte com ele.
2Sm.15:21 21. Seja para morte seja para vida. Itai, que era um recém-chegado, prometeufidelidade absoluta. Davi não podia pedir nada mais. Ele sabia que esses homens estavam prontos, se necessário, a morrer com ele. A fidelidade de Itai foi como a cie Rute(Rt 1:16, 17).
2Sm.15:22 Sem comentário para este versículo
2Sm.15:23 Sem comentário para este versículo
2Sm.15:24 24. Abiatar. Este é o sacerdote que mais tarde, quando Davi estava velho, lançou sua sorte com Adonías, ajudando-o em seus esforços para assumir o trono (1 Rs 1:7).Também Zadoque. Zadoque e Abiatar eram os sumos sacerdotes. Quando Davi fugiu, os sacerdotes planejaram fugir com ele, levando a arca de Deus. As pessoas ficaram felizes com a presença da arca, pois achavam que o fato de esse símbolo sagrado acompanhá-los asseguraria a presença e a bênção de Deus e, assim, seria uma garantia da vitória final. Foram inspirados com fé e coragem, já os seguidores de Absalão, ao perceberem que o símbolo sagrado não estava com eles, seriam tomados de medo e terror.
2Sm.15:25 25. Torna a levar a arca. Davi compreendeu que a posse da arca, por si só, não garantiría a vitória. Nos dias de Eli a arca foi levada para a batalha contra os filisteus, mas acabou sendo tomada, e os israelitas, derrotados (ISm 4:3-11). Davi sabia que, a menos que ele e as pessoas que o acompanhavam tivessem o coração reto, a arca não traria vitória, mas desastre. O lugar da arca era em Jerusalém, e não com ele em sua fuga.Se eu achar graça. O segredo do sucesso e da vitória não era a presença da arca, mas a obediência a Deus e o Seu favor.
2Sm.15:26 26. Faça de mim. Davi reconhecia que havia cometido uma grave ofensa contra Deus e que os problemas em andamento eram, em parte, consequência de seu pecado. Ele estava disposto a aceitar qualquer que fosse a disciplina que o Senhor lhe enviasse, pois era perfeita mente submisso à vontade de Deus.
2Sm.15:27 27. Ó vidente. Um vidente era nomeado por Deus para instruir as pessoas (ver com. de Gn 20:7; cf. ISm 9:9).Voltai. Como amigo de Davi, Zadoque lhe poderia ser mais útil ali.Aímaás, Os dois filhos dos sacerdotes podiam ser de inestimável utilidade para Davi ao lhe comunicarem informações referentes ao que ocorria na cidade (ver v. 35, 36).
2Sm.15:28 28. Vaus. "Campinas” é a variante marginal da Bíblia hebraica e também é a opção adotada pelas versões antigas. Existiam vaus do Jordão a sudeste de Jerico. Davi esperaria pronto para atravessar o rio. Ele tinha recebido apenas um breve relatório da conspiração, e para fazer os planos posteriores precisava aguardar mais informações.
2Sm.15:29 Sem comentário para este versículo
2Sm.15:30 30. A cabeça coberta. Um sinal de profundo pesar (ver 2Sm 19:4; Et 6:12; jr 14:3, 4).Subiu chorando. Este foi um momento escuro para Davi e os que estavam com ele. Deixaram suas casas e fugiram para salvar a vida. Ninguém podia prever o futuro. Só podiam ver sombras mais profundas e tristezas maiores à frente.
2Sm.15:31 31. Em loucura. Aitofel era um conselheiro capaz e astuto, mas o Senhor é mais poderoso que os homens e pode reduzir a nada o conselho dos sábios.
2Sm.15:32 32. Husai, o arquita. O surgimento de Husai pareceu ser a resposta imediata à oração de Davi.
2Sm.15:33 Sem comentário para este versículo
2Sm.15:34 34. Se voltares. Husai fora para acompanhar Davi, não se importando com o que acontecesse, mas poderia ser mais útil se voltasse para Jerusalém e oferecesse seus serviços a Absalão, fazendo o que pudesse para anular os astuciosos conselhos de Aitofel.
2Sm.15:35 35. Da casa do rei. Estando Husai, o amigo de Davi, a serviço de Absalão como conselheiro, seria possível transmitir a Davi informações secretas da maior importância.Capítulo 16Absalão; eis-te, agora, na tua desgraça, porque és homem de sangue.que não toste com o teu amigo?]8 Respondeu Husai a Absalão: Não, mas àquele a quem o Senhor elegeu, e todo este povo, e todos os homens de Israel, a ele pertencerei e com ele ficarei.concubinas de teu pai, que deixou para cuidar da casa; e, em ouvindo todo o Israel que te fizeste odioso para com teu pai, animar-se-ão todos os que estão contigo.
2Sm.15:36 Sem comentário para este versículo
2Sm.15:37 Sem comentário para este versículo
2Sm.16:1 1. Ziba. Ver 2Sm 9. Quando Davi iniciou sua fuga, Ziba saiu ao seu encontro com um presente muito bem-vindo. Ziba sabia que essa era uma ocasião em que podia cair nas boas graças de Davi sem que isso lhe custasse muito.
2Sm.16:2 Sem comentário para este versículo
2Sm.16:3 3. O reino de meu pai. A história contada por Ziba é possível, mas tão improvável que é difícil ver como Davi pôde dar crédito a ela. Mefibosete era um deficiente e tinha pouco a ganhar com a revolta de Absalão. Mesmo que essa revolta tivesse êxito, não teria devolvido o trono à descendência de Saul, pois Absalão desejava o trono para si. Ziba provavelmente inventou a história para conseguir que Davi lhe fizesse certas concessões.
2Sm.16:4 4. Tudo que pertence. A história de Ziba aparentemente foi uma vil calúnia contra seu senhor, mas Davi acreditou nela e deu a Ziba a recompensa que ele buscava. Foi totalmente injusto da parte do rei dar a propriedade de Mefibosete sem ouvir sua versão dos fatos. Mas, na tensão e preocupação da fuga, Davi pensou apenas na ajuda que Ziba estava oferecendo.
2Sm.16:5 5. Baurim. Uma aldeia na estrada de Jerusalém para o Jordão (ver com. de 2Sm 3:16), hoje Rãs ets-Tsmim, diretamente a leste do monte Scopus.Simei. Era um benjamita. Muitos membros dessa tribo, embora mantidos sobcontrole quando o poder de Davi era forte, sempre estiveram prontos a se voltar contra ele quando surgia uma oportunidade. Simei não dera anteriormente nenhuma indicação de que fosse desleal a Davi. Contudo, assim que sobreveio a adversidade, mostrou suas verdadeiras cores. Embora antes honrasse a Davi, naquele momento o insultava e maldizia. Essa atitude foi inspirada por Satanás, que se deleita em trazer miséria sobre quem já está passando por infortúnios.
2Sm.16:6 6. Atirava pedras. Talvez a estrada acompanhasse um estreito desfiladeiro, estando Simei de um lado, e Davi e seus homens, do outro (verv. 9, onde Abisai solicita permissão para “passar”). Dessa forma, Simei foi caminhando paralelamente aos fugitivos, perto o suficiente para incomodá- los com pedras, mas fora de seu alcance.
2Sm.16:7 7. Fora daqui. Literal mente, “Sai!” (ARC). Simei estava se deleitando com a miséria de Davi e, em seu ódio, amaldiçoava o rei e lhe dizia que saísse do país.Homem de sangue. Quando Davi desejou construir o templo, o Senhor lhe disse que não lhe seria permitido fazê-lo porque “derramaste sangue em abundância e fizeste grandes guerras” (lCr 22:8). E verdade que Davi tinha se empenhado em guerras, mas eram guerras contra os inimigos do povo de Deus e tinham o objetivo de estabelecer Israel como uma nação forte no antigo Oriente.As guerras de Davi de maneira alguma provavam que ele fosse pessoalmente cruel ou um “homem de sangue”. Estas palavras iradas, da maneira usada por Simei, eram uma calúnia (PP, 736).Homem de Belial. Belial significa “inutilidade” ou “malignidade”; um homem de Belial era um canalha desprezível (ver com. de Jz 19:22). Uma mulher ímpia também é chamada em hebraico uma filha de Belial (ISm 1:16). A palavra é personificada em 2 Coríntios 6:15. Simei era um homem de mau temperamento e, nesses insultos a Davi, estava simplesmente revelando seus próprios traços malignos.
2Sm.16:8 8. Usurpaste. Esta palavra explica a verdadeira razão para o ódio e a agressividade de Simei. Ele estava ressentido porque a coroa de Israel fora tirada da casa de Saul e dada à casa de Davi. Porém, foi o Senhor, não Davi, quem rejeitou Saul. Dessa forma, as acusações de Simei foram, na verdade, lançadas contra Deus.Já o entregou. É verdade que o Senhor permitiu que ocorresse a cadeia de eventos por meio da qual o reino de Davi aparentemente caía nas mãos de Absalão, mas a razão era muito diferente da apresentada por Simei. A própria consciência de Davi lhe dizia exatamente o que havia causado a súbita mudança de circunstâncias. O Senhor advertira o rei de que, por causa de seu pecado com Bate-Seba e contra Urias, lhe sobreviríam juízos (2Sm 12:10-12). Davi sabia que merecia essa punição e ficou admirado porque, devido à bondade e à misericórdia de Deus, ela fora adiada por tanto tempo. No entanto, sendo conhecedor não só da justiça de Deus, mas também de Sua misericórdia e bondade, Davi não se desesperou, mas ficou aguardando o tempo em que Deus nova mente interviria e lhe devolvería o reino.
2Sm.16:9 9. Este cão morto. Ver 2Sm 9:8; 2Jo 24:14. Para Abisai, o homem que amaldiçoava Davi era uma criatura desprezível. Estavatirando cruel vantagem do infortúnio do rei e não lhe devia ser permitido viver. Davi ainda era rei e não precisava tolerar esses insultos.
2Sm.16:10 10. Ora, deixai-o amaldiçoar. Davi acreditava que todos os seus sofrimentos vinham da mão de Deus, e que mesmo os insultos lançados por Simei eram permitidos pelo Senhor. Ele não fez nenhuma tentativa para se defender da acusação de Simei, mas se preocupou apenas com o fato de ter cometido faltas. Uma vez que aquela experiência lhe havia sobrevindo, segundo ele cria, por autorização de Deus, achava que se tentasse interferir nas maldições de Simei estaria se opondo à vontade do Senhor.Quem diría? Se Simei estava amaldiçoando a Davi porque o Senhor lhe havia dito que o fizesse, então quem podería censurá- lo e lhe perguntar a razão de seu procedimento? Era assim que Davi pensava.
2Sm.16:11 11. Procura tirar-me a vida. Davi acusou Absalão abertamente de buscar não apenas o trono, mas também a vida do rei. O lato de que Absalão, que era sua própria carne e sangue, se voltasse assim contra o pai e procurasse tirar-lhe a vida, era um assunto de fato difícil de se entender; mas o mesmo não se aplicava à conduta de Simei. Ele era da família de Saul e era de se esperar que abrigasse ressentimentos contra o homem que havia tirado a coroa da casa de Saul.Quanto mais ainda. Poucos homens teriam tido a generosidade de demonstrar uma atitude como a que Davi exibiu nessa hora probante. feria sido muito mais fácil dizer a Simei que já havia ido longe demais e lhe ordenar que parasse com aquilo. Entretanto, no que diz respeito a Davi, ele estava disposto a aceitar o que cria que Deus tinha decretado. Ele pecara gravemente e, por seu pecado, dera a muitos a oportunidade de se escusar das próprias faltas. Contudo, após seu arrependimento e profunda contrição, não fez nenhum esforço para se desculpar ou para justificar seu procedimento.Quando repreendido pelo Senhor, aceitou humildemente a censura. Quando vieram juízos sobre ele, não lez nenhum esforço para evitá-los. Mostrou-se humilde, generoso para com outros e submisso à vontade de Deus. A disposição para aceitar plenamente essa prova revelou sua retidão de caráter e sua nobreza de alma.
2Sm.16:12 Sem comentário para este versículo
2Sm.16:13 13. Ao lado dele. Enquanto Davi e seus homens seguiam pela estrada, Símei seguia paralelamente. Isso sugere que Simei estava numa das encostas de um desfiladeiro, e Davi, na outra.
2Sm.16:14 14. Alí descansaram. Esta frase parece exigir a menção de algum lugar onde Davi e seu grupo teriam feito uma parada. Alguns dos manuscritos da edição da LXX, feita por Luciano de Antioquia, acrescentam “ao lado do Jordão”, josefo concorda com essa variante do texto (Antiguidades, vii.9.4). Esse era provavelmente o lugar previamente combinado com Husai, onde Davi esperaria até receber notícias dele (2Sm 15:28).
2Sm.16:15 15. Vieram a Jerusalém. O fato de Davi ter fugido de Jerusalém deu a AbsaJão livre acesso à cidade. As coisas pareciam prosseguir melhor do que ele esperava. Seu primeiro plano provavelmente fosse o cie estabelecer seu quartel-general em Hebrom até que a situação se aclarasse. No entanto, quando Davi lugiu de Jerusalém, não houve nada que impedisse a ocupação imediata da cidade.Aítofel. Ver com. de 2Sm 15:31; 16:22.
2Sm.16:16 16. Amigo de Davi. Husai era sabidamente um grande amigo de Davi, e seuaparecimento na corte de Absalão foi totalmente inesperado. Parecia estranho que ele também tivesse abandonado o amigo e senhor. Absalão imaginava que Davi conservaria a influência sobre muitos do povo, e certamente sobre um seguidor tão ardoroso como Husai. O fato de Husai abandonar a Davi parecia bom demais para ser verdade. Absalão ficou ao mesmo tempo surpreso e lisonjeado e, sem dúvida, se sentiu mais seguro do que nunca do sucesso de sua causa.
2Sm.16:17 Sem comentário para este versículo
2Sm.16:18 18. A ele pertencerei. As palavras de Husai implicam que ele era leal a algo mais elevado do que a um simples indivíduo; sua lealdade era, em primeiro lugar, a Deus, e em segundo lugar, ao povo de Israel. Se Deus tinha escolhido Absalão para ser rei, então ele desejava estar a seu serviço. Absalão, que estava tão seguro de ser o escolhido, não notou o duplo significado das palavras de Husai nem o “se” implícito na declaração: “a quem o Senhor elegeu, e todo este povo”.
2Sm.16:19 19. Diante de teu pai. Husai não desejava ser considerado volúvel ou desleal. Ele tinha sido um amigo íntimo de Davi, mas agora fez parecer que, ao servir a Absalão, o filho de Davi, ainda estava prestando serviços à casa de Davi. Novamente as palavras agradaram Absalão, e ele aceitou Husai aparentemente sem mais questionamentos ou suspeitas.
2Sm.16:20 Sem comentário para este versículo
2Sm.16:21 21. Com as concubinas de teu pai. Ver com. cie lRs 2:17. Aítofel estava ciente do fato de que o sucesso da rebelião de Absalão não estava de maneira alguma assegurado. Ele sabia que depois da primeira onda de entusiasmo viria uma reação. A situação de Davi estava longe de ser irremediável. Ele tinha consigo generais capazes e um exército experiente. Muitos do povo ainda não o haviam esquecido. Se a situação se voltasse contra Absalão e Davi conseguisse retomar seu reino, o rei talvez estivesse disposto a perdoar o filho, mas não haveria/ 3 despírito conciliatório para com os principais partidários de Absalão. Nesse caso, Aitofel seria considerado o mais culpado e, assim, o merecedor da punição mais severa. E o astuto conselheiro estava determinado a evitar tal situação a todo custo. Sua primeira preocupação, portanto, era colocar Absalão numa posição que tornasse o absoluto e irre- conciliável rompimento entre ele e seu pai. O conselho de Aitofel foi dado com astúcia satânica.Animar-se-ão. Aitofel argu mentou que, se Absalão tomasse as concubinas de Davi, assim provaria ao povo que ele não retrocedería em sua rebelião e os homens que estavam com ele se entregariam completamente à sua causa.
2Sm.16:22 22. No eirado. A tenda foi armada no telhado do palácio onde Davi cometera seu pecado secreto com Bate-Seba. Natã predissera a natureza pública da punição que viria pelo crime secreto de Davi (2Sm 12:11, 12), e o cumprimento estava de acordo com suas palavras. O fato de um profeta de Deus fazer a predição não implica que Deus foi o responsável por esse terrível crime.As predições de Deus não são necessariamente Seus decretos. Por causa do pecado de Davi, Deus não exerceu Seu poder para evitaras más consequências. Na linguagem figurada da Bíblia, contudo, Deus é muitas vezes descrito como o autor daquilo que Ele não impede que ocorra (ver 2 Sm 12:11, 12; PP, 739). Assim como Davi maculara a esposa de outro, seu leito foi maculado. Aquilo que ele fez a outro foi permitido que outro lhe fizesse. Pode ser que Aitofel, como avô de Bate-Seba, tivesse em mente um desejo de forçar o rei banido a beber da mesma taça amarga que ele fizera outros beberem.
2Sm.16:23 23. Tanto para Davi. Aitofel havia sido o conselheiro de Davi antes de tornar- se conselheiro de Absalão (2Sm 15:12). Havia desfrutado de alta estima por sua sabedoria. Entretanto, ao deixar de lado a consciência, começou a recorrer a qualquer recurso para alcançar seus fins. Como conselheiro de Absalão, ele se mostrou astuto e sagaz, interessado apenas nos resultados a serem alcançados e disposto a empregar qualquer medida que achasse necessária.Capítulo 17povo que está com ele; então, matarei apenas o rei.Absalão e aos anciãos de Israel; porém assim e assim aconselhei eu.COiMENTARIO BÍBLICO ADVENTISTAbarro, trigo, cevada, farinha, grãos torrados, lavas e lentilhas;
2Sm.17:1 1. Doze mil homens. Depois de certificar que a conspiração seria levada avante até o fim, Aitofel insistiu na necessidade de serem tomadas medidas imediatas contra Davi. Para esse fim, aconselhou a escolha de 12 mil homens seletos para fazer um ata- que-surpresa. O tamanho da tropa sugerida não era grande, mas ele estava seguro de que Davi, nessa ocasião, não estaria em condições de resistir a uma investida repentina.Esta noite. Aparentemente, a noite do dia em que Absalão chegou a Jerusalém.
2Sm.17:2 2. Enquanto está cansado. A essa altura Davi mal tinha tido tempo de chegar ao Jordão, e, uma vez que seus seguidores ainda não estavam completamente organizados, ele teria sido presa fácil para as forças de Absalão. Se a proposta de Aitofel tivesse sido seguida, os homens que estavam com Davi teriam sido, sem dúvida, completamente derrotados, e Davi teria sido morto. Assim, Absalão teria se garantido no trono.Espantá-lo-ei. O argumento de Aitofel era que, ao fazer um ataque imediato, o exército cai ria sobre Davi enquanto ele estava cansado, desorganizado e desalentado, e o resultado seria que seus homens seriam dominados pelo pânico, e a guerra acabaria logo depois de começar.Fugirá. Aitofel estava correto em sua estimativa da situação. Um ataque repentino à noite os deixaria em confusão e os espalharia em todas as direções. Dessa forma, poderíam ser evitadas as baixas de uma batalha em que as tropas estivessem organizadas, e Davi poder ia ser capturado e morto sempraticamente nenhuma perda de homens em qualquer dos dois lados.
2Sm.17:3 3. Todo o povo. Aitofel desejava evitar uma prolongada guerra civil. Um conflito assim só podería ser travado com grande perda para a nação. De acordo com sua sugestão, ele simplesmente sairia, assustaria e rapidamente subjugaria as pessoas que seguiram Davi, e então as traria todas de volta para Absalão. Dessa torma, a terra poderia ficar em paz e Absalão logo estaria saboreando os frutos de sua rebelião.A quem procuras. A frase toda é obscura. Ela diz, literalmente: “como a volta do todo, o homem a quem estás buscando" (ver ACF). A LXX traz: "como uma noiva volta para o seu marido: só buscas a vida de um único homem" (ver NTLH).
2Sm.17:4 4. Agradou a Absalão. A proposta de Aitofel agradou a todos por sua lógica.
2Sm.17:5 5. Chauiaí, agora, a Husai. Este não havia sido chamado para o conselho, mas Absalão achou que seria bom ter sua opinião antes de tomar uma decisão final. Husai reconheceu imediatamente que, se o plano de Aitofel fosse executado, a causa de Davi estaria perdida.
2Sm.17:6 Sem comentário para este versículo
2Sm.17:7 7. Desta vez. Do heb. bepàam hazzo’th, literalmente, “esta única vez". Esta não é uma frase temporal, como se Husai estivesse dizendo que o conselho não era bom nesse momento, mas poderia ser bom em outra ocasião. O que ele quis dizer foi: “Neste caso específico, o conselho de Aitofel não é bom." Husai não queria deixar transparecer que estava em desacordo com Aitofel e queestava apenas fazendo uma proposta contrária. Ele reconhecia o fato de que Aitofel era um sábio conselheiro cujas sugestões geral- mente eram do mais alto valor. Nesse caso, porém, aventurou-se ele a sugerir que o conselho de Aitofel não foi sábio.
2Sm.17:8 8. Bem conheces teu pai. Husai não se achava numa posição fácil. Precisava se esforçar para fazer com que um plano sábio parecesse imprudente. Assim, era necessário desviar a atenção dos fatos e fazer com que a situação parecesse totalmente diferente do que era. Porém, a nova situação tinha cie parecer plausível. Portanto, ele chamou a atenção para Davi como o famoso guerreiro do passado, o tipo de homem que Israel amava e que outras nações temiam. Absalâo conhecia muito bem a reputação que Davi tinha por suas proezas e sua coragem. O quadro que Husai pintou diante de Absalâo criou na mente dele a imagem de um inimigo formidável: astuto e alerta, ousado e desafiador, sempre preparado para qualquer eventualidade.Homem de guerra. O argumento era que Davi não se deixaria apanhar numa armadilha. Pressupõe-se que um guerreiro sempre esteja alerta, pronto a encarar o inimigo e que consiga prever o passo seguinte deste para poder enfrentá-lo. Qualquer esperança de pegar Davi despreparado devia ser abandonada. Na realidade, porém, ele estava totalmente despreparado para a situação em que se encontrava, e tanto Husai quanto Aitofel sabiam disso, mas Husai estava se esforçando valentemente para encobrir esse fato.
2Sm.17:9 9. Nalguma cova. Gomo frequentemente foi o caso quando Davi estava fugindo de Saul.Em qualquer outro lugar. Uma frase propositalmente vaga, para sugerir que havia muitos esconderijos disponíveis e que Davi conhecia bem todos esses lugares, ao contrário de seus perseguidores.Caindo. Na guerra sempre há a possibilidade de ataques repentinos e investidas inesperadas, bem como de grandes ou pequenos reveses. No ataque a Davi, alguns dos homens de Absalâo certamente seriam mortos. Numa corporação de tropas recém- recrutadas, o perigo de pânico em tais circunstâncias seria muito maior do que entre os soldados veteranos de Davi. A queda de apenas alguns homens podería facilmente se transformar na notícia de uma grande derrota, com todo o terror e o desastre resultantes disso.
2Sm.17:10 10. Desmaiará. Se circulasse pelas fileiras do exército a notícia de uma grande catástrofe, até o coração dos mais valentes seria dominado pelo medo. Podería facilmente produzir-se um pânico repentino que lançaria a causa de Absalâo numa rápida e completa ruína. Husai estava apelando ao sentimento de medo e cautela de Absalâo.Herói. Husai fazia todo o possível para criar em Absalâo um senso de respeito e medo pela habilidade militar de Davi. Davi de fato tinha consigo guerreiros muito corajosos e valentes, e .Absalâo sabia que seu pai era um comandante corajoso e hábil em situações difíceis. Em condições normais, o quadro que Husai pi ntava seria real mente verdadeiro, mas essas não eram condições normais. Husai estava tentando ganhar tempo para dar a Davi a oportunidade de se organizar com seus homens, a f.im de estar pronto para o ataque de Absalâo. E provável que Husai soubesse que Absalâo não era um homem corajoso, e em vista disso magnili- cou habilmente o significado da capacidade militar de Davi e dos homens poderosos que estavam com ele. Seu discurso foi astuciosa- rnente adaptado para engendrar medo no jac- tanciosQ, mas fraco filho de Davi.
2Sm.17:11 11. Eu, porém, aconselho. Até este ponto Husai se esforçara para relutar o conselho de Aitofel. Então, ele apresentou sua própria contraproposta. A sugestão era queeles tirassem o tempo necessário para reunir todo o Israel num grande e invencível exército e que Absalão assumisse seu comando pessoalmente. Esse era o tipo de argumento que agradava Absalão. Orgulhoso e vaidoso, o novo rei ficaria feliz em sair para a guerra à I rente de suas tropas, marchando em pomposa majestade, sendo visto e admirado por todos e recebendo os aplausos de toda a nação. Nenhuma outra proposta conseguiria mexer tanto com a imaginação do novo rei. Além disso, talvez Husai tenha procurado criar uma brecha entre Absalão e Aitofel ao sugerir que Aitofel buscava os próprios interesses e glória particular ao desejar comandar as tropas (v. 1). Quão mais apropriado e eficiente seria que o próprio Absalão liderasse o exército vencedor!
2Sm.17:12 12. Em qualquer lugar. Naquele momento, eles não sabiam o paradeiro exato de Davi, mas, se tivessem tempo, descobriríam seu esconderijo e fariam o ataque. A certeza tomaria o lugar da incerteza, e o sucesso estaria assegurado.Como o orvalho cai. O argumento era que, se o plano proposto por Husai fosse seguido, não havería possibilidade de fracasso. Davi seria esmagado puramente pelo peso dos números. As forças de Absalão seriam tão numerosas que cairiam sobre os homens de Davi e os varreríam da terra. No plano de Husai, não havia absolutamente nenhum risco. Uma vez que a nação estava devotada a Absalão e apenas alguns homens ainda eram leais a Davi, seria só uma questão de tempo até que fosse atingida a vitória completa. Como as inumeráveis gotas de orvalho, o vasto número dos homens de Absalão desceria com irresistível poder sobre os inimigos.
2Sm.17:13 13. Para alguma cidade. Podería ser levantada contra a proposta de Husai a objeção de que, se tivesse tempo suficiente, Davi chegaria até alguma cidade fortificada, de onde poderia destemidamente desafiar osexércitos de Absalão que a cercassem. Husai apelou habilmente à vaidade e imaginação de Absalão, ao sugerir que, em tal caso, Davi enfrentaria o poder de todo o Israel unido e, assim, não haveria esperança para ele. Com tal número de homens, Absalão poderia até arrancar a cidade de seus fundamentos, sem deixar no lugar uma única pedra. A linguagem exagerada de Husai tinha o objetivo de captar a imaginação do vaidoso príncipe. Ele ficou grandemente lisonjeado com a sugestão de que todo o Israel estaria do seu lado e continuaria com ele, e ficou fascinado com a proposta de revelar diante da nação seu poder invencível.
2Sm.17:14 14. Melhor é. A proposta de Husai foi cuidadosamente calculada para cativar o príncipe, e este não demorou a expressar sua completa aprovação à mesma. A adesão de seus partidários, é claro, veio logo a seguir. Um conselheiro estava sendo colocado contra o outro. Naquelas circunstâncias, foi bom que Husai tivesse sido chamado para falar por último; assim, ele pôde fazer parecer que Aitofel era apressado e impulsivo, e até egoísta e indigno de confiança, e que não tinha consideração para com os direitos do novo rei de Israel.Ordenara o Senhor. Em sua conspiração contra Davi, Absalão deixou de levar em conta a Deus. Ele tinha conselheiros capazes e pessoas poderosas que o apoiavam, e o coração de muitos do povo estava com ele. No entanto, a nação de Israel, afinal dc contas, pertencia ao Senhor, e Davi era quem havia sido divinamente nomeado como o rei. Se ele devesse ser deposto, Deus teria de ser levado em conta. Por mais sábio que o conselho de Aitofel fosse do ponto de vista humano, o Senhor ordenou que ele fosse anulado.Para que o mal sobreviesse contra Absalão. Não tendo a Deus do seu lado, Absalão marchava direto para a ruína. Nenhum ser humano pode ser bem-sucedido enquanto os poderes do Céu estãoarregimentados contra ele. Uma sabedoria mais alta que a dos seres humanos dirigia os destinos de Israel.
2Sm.17:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.17:16 16. Passa, sem demora, ao outro lado. Absalâo era um homem instável, e não havia nenhuma certeza de que não fosse mudar de ideia e decidir, afinal, seguir o conselho de Aitofel. Nesse caso, Davi seria aniquilado se passasse aquela noite nas planícies do deserto. Husai, portanto, enviou rapidamente uma advertência a Davi, avisando-o do perigo e insistindo para que cruzasse imediatamente o Jordão e escapasse para o outro lado.
2Sm.17:17 17. En-Rogel. Este era um poço fora de Jerusalém, no ponto em que se uniam os vales de Cedrom e de Hinom, e que atualmente é chamado Poço de Jó. En-Rogel era um bom ponto de contato, pois as mulheres constantemente iam ali tirar água, e, assim, as informações podiam ser transmitidas para os filhos dos sacerdotes sem atrair a atenção.Uma criada. Do heb. shifchah, "criada” ou "serva”.
2Sm.17:18 18. Baurim. O local a nordeste da cidade, onde Simei havia amaldiçoado a Davi (ver com. de 2Sm 16:5).Um poço. Talvez uma cisterna, evidentemente seca.
2Sm.17:19 19. Grãos pilados de cereais. Do heb. rifo th, uma palavra que ocorre apenas aqui e em Provérbios 27:22, em que é traduzida como "cevada". O significado exato é mcerto.
2Sm.17:20 20. Vau. No heb. mil-u/l, uma naia\ ra que ocorre apenas neste \ersiculo. O significado é incerto. \ 1 A\ dm ' Pmsocn um pouco adi.snm tia agua \ m* mor pao negou que os d<. stisemn ui m*- U/c- ::sso podería tei -.k -noitauo susrei* o í u simplesmente indoou mi- ríc^ . *n-\v.>u<- ram em seu caminho.
2Sm.17:21 Sem comentário para este versículo
2Sm.17:22 22. Quando amanheceu. Davi e seus homens estavam cansados da fuga repentina c tinham tido pouca oportunidade de repouso. Naquela mesma noite estavamnovamente a caminho, atravessando o Jordão e colocando uma barreira de água entre si e o exército de Absalão (ver "A Fuga de Ahsalão e a Usurpação do Reino”, p. 723). Quando as circunstâncias pareciam mais sombrias, Davi colocou sua confiança em Deus, sabendo que o Senhor, que até então o havia sustentado não o abandonaria. O Salmo 3 descreve suas reações ante essa penosa situação.
2Sm.17:23 23. Foi para casa. Aitofel foi suficientemente esperto para ver o resultado da estratégia que Absalão estava seguindo. Convencido de que esse plano estava fadado ao fracasso, deixou a corte e partiu para sua cidade natal, Gilo (2Sm 15:12), que ficava perto de Hebrom. Ele considerou a rejeição de seu conselho como uma afronta pessoal, pois pediu para comandar as tropas que perseguiríam Davi (v. 1), enquanto que Husai aconselhou que as tropas fossem comandadas pessoalmente por Absalão (v. 11). Com o orgulho profundamente ferido, Aitofel abandonou a causa que havia apoiado.E se enforcou. Aitofel estava certo de que sua ruína era só uma questão de tempo. Quando Davi recuperasse seu trono, Aitofel certamente seria considerado responsável pela incitação da revolta e teria morte, igno- miniosa. Entretanto, foi mais do que o medo de rápida represália que fez com que Aitofel tirasse a própria vida. Ele não suportou ver seu conselho ignorado e consequentemente escolheu a saída dos covardes. Esse foi o fim de um homem sábio segundo o mundo, mas não nas coisas de Deus.Do seu paí. O suicídio de Aitofel não impediu que fosse sepultado no túmulo da família.
2Sm.17:24 24. ;Vlncíiaim. Esta cioade havia sido ; ( .eu mi-vener i> de l-nosetc s2Sm 2'8). oOí.m-as' -m num sino ameia não identificado, a leste do jordàu, provavelmente não muito longe das principais áreas de Israel. As mesmas razões que a tornaram adequada para ser a capital de isbosete, tornaram-naum lugar favorável para Davi em seu exílio, A cidade era muito bem fortificada e a população da região adjacente era amigável a Davi. A região tinha abundantes suprimentos de comida e podia abrigar bem a Davi e seus homens.Passado o Jordão. Logo que Absaláo reuniu as forças de Israel, cruzou o Jordão com um grande exército em perseguição a Davi. O conselho de Husai, contudo, havia conseguido seu objetivo, pois deu tempo para Davi escapar e se estabelecer nesse novo quartel-general. Nessas regiões desér- ticas e acidentadas da Transjordânia, o tamanho do exército de Absalão era mais um problema do que uma ajuda, pois os soldados eram indisciplinados e mal treinados. Em sua pressa e inexperiência, contudo, Absalão continuou avançando, ansioso para travar com Davi a batalha que, segundo ele esperava, lhe daria o reino.
2Sm.17:25 25. Constituiu a Amasa [...] sobre o exército, joabe apoiou Absalão e fora o responsável por sua volta do exílio e por sua restauração ao favor de Davi. Entretanto, quando Absalão se revoltou, joabe permaneceu leal, acompanhando Davi em sua fuga e conservando sua posição como comandante do exército. Amasa, primo de joabe, foi colocado no comando do exército de Absalão.Itra, o ismaelita. Ou, “itra, o israelita” (ARC). Chamado também “Jéter, o ismaelita” (1 Cr 2:17). “Jéter” é simplesmente outra forma de “Itra”, e “israelita” é provavelmente um erro de grafia, sendo que o correto seria “ismaelita”.Abigail, filha de Naás. Abigail era irmã de Zeruia, e ambas eram irmãs de Davi (lCr 2:16), o que sugere a conclusão de que Abigail era filha de Jessé. Contudo, este verso declara que ela era “filha de Naás”. Duas explicações são possíveis: (1) Naás era a esposa de jessé (embora se deva admitir que “Naás” é geralmente um nome masculino; (2) ou o termo “irmãs” em 1 Crônicas 2:16significa meias-irmãs; nesse caso, Abigail e Zeruia seriam irmãs de Davi só por parte de mãe, e Naás seria o marido da mãe de Abigail quando esta última nasceu.
2Sm.17:26 26. Gileade. Uma região bela e próspera a leste do Jordão e que se estendia de Moabe, ao sul, até Basã, ao norte. Maanaim ficava em algum lugar dentro de suas fronteiras, mas não se sabe sua localização exata.
2Sm.17:27 27. Sobi, filho de Naás. Há uma possibilidade de que “Naás, de Rabá”, fosse o rei de Amom derrotado por Saul, em jabes- Gileade (ISm 11:1-11; 12:12), que deu apoio a Davi durante seu exílio (2Sm 10:2). Contudo, este Naás também pode ter sido filho daquele outro. Se a referência é a um rei de Amom, Sobi pode ter sido deixado como governador sobre o país depois de Davi ter derrotado os amonitas por seu insulto contra os embaixadores israelitas (2Sm 10:1-5; 12:29-31). Por outro lado, talvez Sobi fosse apenas o filho de algum israelita chamado Náas que morava na cidade amonita de Rabá, ou o filho de um amonita qualquer que tivesse esse nome.Maquir, filho de Amiel. Este era o homem que tinha sido o guardião de Mefibosete, o filho coxo de jônatas (ver com. de 2Sm 9:4). Como Maquir havia outrora mostrado bondade para com a casa de Saul, estava fazendo o mesmo em relação a Davi. Davi colheu a recompensa por sua bondade para com um descendente da casa de Saul.Barziíai. Ver 2Sm 19:31-40. Ele foi o ancestral, por meio de uma filha, de uma família de sacerdotes chamados filhos de Barziíai (Ed 2:61-63).
2Sm.17:28 28. Camas, bacias. Foram trazidos a Davi presentes que tornariam a vida confortável para ele e para seus homens no exílio. Esta é uma evidência da amabili- dade natural dos israelitas que viviam do outro lado do Jordão. Eles trataram amigavelmente a Saul e sua casa, e fizeram o mesmo por Davi.Trigo, cevada. Esta lista de alimentos dá um quadro interessante do regime alimentar de uso comum dos hebreus naquela época.Lentilhas. Logo a seguir, o original hebraico traz novamente a palavra vertida pouco antes no verso como “grãos torrados”. A ARC a traduz, neste caso, como “também torradas (referindo-se às lentilhas). Esta palavra não consta na LXX nem na versãosiríaca e é omitida na ARA e em outras versões.
2Sm.17:29 29. Mel, coalhada. A região de Gileade era famosa por seu gado e seus rebanhos (Nm 32:1; lCr 5:9).Queijos de gado. Do heb. shefoth baqar. Baqar significa gado bovino, mas shefoth ocorre somente aqui, e seu significado é incerto. Pensa-se que indique algum produto derivado do gado, como nata, queijo ou carne.Capítulo 18derrubando-o por terra? E forçoso me seria dar-te dez moedas de prata e um cinto.
2Sm.18:1 1. Contou Davi o povo. Isto é, Davi convocou o povo, organizando suas forças para o ataque iminente. Constantemente uniam-se homens a ele, e estes precisavam ser incorporados a destacamentos já existentes ou organizados em novas unidades.
2Sm.18:2 2. Um terço. O exército foi organizado em três grandes divisões. Não é revelado o tamanho de cada uma dessas divisões. Alguns acham que havia ura total de apenas 3 mil homens, com mil homens em cada divisão, mas não há evidências disso. A divisão dos exércitos em três partes parece ter sido comum entre os hebreus (ver Jz 7:16; 9:43; 1 Sm 11:11).Sob o comando de Joabe. Ele era o comandante do exército no governo de Davi. Seu nome sempre é mencionado em primeiro lugar entre os três comandantes (ver v. 5, 12), e ele é claramente reconhecido como o que estava no comando supremo (v. 10, 16, 20, 21, 29). Joabe foi feito comandante do exército quando Davi tomou Jerusalém (ICr 11:6) e, no final do reinado de Davi, ainda detinha o comando supremo (2Sm 24:2; ICr 27:34).Itai, o geteu. Jtaí era da cidade filis- tcia de Cate e fazia pouco tempo que havia chegado a Israel e se unido às forças de Davi (2Sm 15:19-21). Ele aceitou a religião hebraica e se demonstrou leal tanto a Davi quanto ao Deus de Israel (ver PP, 732).Sairei. Davi. enfrentava a maior crise de sua carreira, mas não lhe faltava coragem. Estava disposto a correr os mesmos riscos que pedia de seu grupo, e ainda mais.
2Sm.18:3 3. Não sairás. Os soldados viram que naquele caso a presença de Davi com eles seria mais um perigo que uma ajuda. Se o exército adversário soubesse que Davi estava com seus homens, seriam envidados todos os esforços contra sua pessoa. Se ele pudesse ser morto, Absalão teria atingido seu objetivo. Portanto, Davi foi instado a não comparecer à batalha.Pois tu vales. Na maioria dos manuscritos hebraicos, a frase iniciada por essas palavras diz, literalmente: “Pois como nós, [há] dez mil” (cf. ARC). A tradução do verso conforme a ARA é obtida da LXN, da siríaca, da Vulgata e de dois manuscritos hebraicos. A diferença entre as duas variantes consiste em apenas uma letra no hebraico.Da cidade. Ficando na cidade com as forças de reserva, Davi estaria em posição de se beneficiar com qualquer resultado da batalha. Se a situação estivesse contra seus homens, ele poderia mandar reforços. Qualquer que fosse o rumo que a batalha tomasse, o exército sabería que seu comandante estava a salvo. Sua presença dentro dos muros da fortaleza lhes seria uma fonte de força e inspiração enquanto lutavam e os estimularia ao esforço e à coragem.
2Sm.18:4 4. O que vos agradar. Neste caso, o conselho do exército foi melhor que a vontade do rei, que reconheceu isso. Em vez de insistir imprudentemente em se unir a seus homens no conflito, curvou-se ao desejo deles e expressou sua disposição para agir conforme o plano proposto. Na verdade, é possível que Davi tenha ficado feliz em permanecer na cidade, porque não lhe teria sido fácil dirigir pessoalmente esta batalha contra o filho.
2Sm.18:5 5. Deu ordem o rei a Joabe. Como o chefe do exército, Joabe ia à frente de seus homens. Quando ele passou, Davi lhe deu as últimas instruções. Esta era urna batalha contra seu próprio lilho, que precisava ser derrotado, caso contrário Davi perdería tanto o trono quanto a vida. Contudo, quando a batalha começou, o terno coração de Davi se dilatou de amor e piedade pelo filho. Suas últimas palavras a Joabe foram para que tratasse com brandura a Absalão — o líder dos rebeldes. No momento, Davi sentiu que preteria perder a própria vida e o reino a ver a ruína sobrevirá seu ímpio filho. A preocupação paternal de Davi para com o homem quehavia trazido tanto sofrimento e dor à nação apenas intensificou a hostilidade de joabe e seus homens contra Absalão (ver PP, 743).
2Sm.18:6 6. Bosque de Efraim. Não há nenhuma outra referência na Bíblia a esse bosque. A localização era em Gileade, a leste do Jordão, embora o território de Efraim, propriamente dito, ficasse a oeste. Numa área de floresta, o enorme exército de Absalão se encontraria em desvantagem. Seria impossível manter sob controle seu grande número de homens indisciplinados. Lutando em diferentes partes do bosque, separados uns dos outros, sem saber o que se passava em outros lugares, os homens ficariam confusos.
2Sm.18:7 Sem comentário para este versículo
2Sm.18:8 8. Por toda aquela região. Estas palavras dão um retrato vivido da natureza Unida da batalha. Ela se estendeu por uma vasta área, com homens que corriam em todas as direções, se perdiam no bosque, se separavam uns dos outros, ficavam emaranhados no confronto.Consumiu mais gente. Os matagais pedregosos e a vegetação densa da área virgem, os intrincados setores de plantas espinhosas se alternando com pântanos e trechos de cascalho e areia formavam um campo de batalha que evidentemente era mais mortal para as tropas de Absalão do que para os experimentados veteranos de Davi.
2Sm.18:9 Sem comentário para este versículo
2Sm.18:10 Sem comentário para este versículo
2Sm.18:11 11. Por que logo não o feriste [...J? joabe percebeu que se o líder da conspiração pudesse ser tirado do caminho, a vitória estaria ganha e a rebelião, terminada, joabe fizera muito por Absalão, auxiliando-o e conseguindo seu retorno a Jerusalém (2Sm 14:1- 24). No entanto, a maneira vergonhosa com que Absalão traiu a confiança nele depositada fez com que Joabe se voltasse amargamente contra ele. Joabe estava determinado a tirá-lo do caminho, apesar das ordens de Davi em contrário.
2Sm.18:12 12.0 rei te deu ordem a ti. O soldado era um homem de princípios e queria obedecer â ordem do rei, por mais irrazoável queparecesse. Lembrou a Joabe as recomendações que este recebera, bem como o exército, e que acreditava devessem ser cumpridas.
2Sm.18:13 13. Contra a vida dele. Isto é o que literalmente diz o hebraico. A ARC diz: “com risco da minha vida”. A variante adotada por esta última versão se encontra na margem da Bíblia hebraica e em vários manuscritos. Se o soldado tivesse tirado a vida de Absalão, imediatamente seriam feitas averiguações, e quando se descobrisse quem havia desrespeitado a ordem do rei, o transgressor seria morto. O próprio Joabe provavelmente tomaria posição contra ele e emitiría a ordem para sua execução, joabe era um comandante valente, mas era obstinado e inescrupuloso. Embora ficasse feliz com a morte de Absalão, é possível que fingisse estar grandemente indignado com a flagrante desobediência à ordem do rei e condenasse o culpado à morte.
2Sm.18:14 14. Não devo perder tempo. Os tar- guns e um dos manuscritos da LXX dizem: “portanto, eu [o] traspassarei na tua presença". joabe sentiu o peso do argumento do homem, mas estava determinado a ver Absalão morto.
2Sm.18:15 15. Dez jovens. Esses homens compunham a guarda pessoal de Joabe.
2Sm.18:16 16. Tocou joabe a trombeta. O toque da trombeta era o sinal de que a guerra tinha terminado (ver 2Sm 2:28; 20:22). A morte de Absalão pôs fim à luta. Uma vez que o líder da revolta estava fora do caminho, não havia necessidade de mais derramamento de sangue; portanto, Joabe imediata mente deu o sinal para o término da batalha.
2Sm.18:17 17. E o lançaram [...] numa grande cova. Para negar-lhe a honra de ser sepultado no túmulo da família. Como no caso de uma lera morta, seu corpo foi atirado numa cova na floresta onde ele foi morto. Esse foi o fim do orgulhoso e belo príncipe que colocou seus próprios interesses acima dos interesses de seu povo, de seu pai e de Deus.Montão de pedras. Um memorial duradouro de sua ignominiosa desgraça.Todo o Israel. Nesta narrativa a expressão se retere aos seguidores de Absalão (ver v. 16).Para a sua casa. Literalmente, “para a sua tenda”. Ver Dt 36:7; Js 22:4-8; lSm 13:2; 2 Sm 19:8.
2Sm.18:18 18. Uma coluna. Absalão havia erigido em honra a si próprio um monumento belo e custoso. Contudo, em vez de ser enterrado no túmulo dos reis, seu corpo toi atirado numa cova na floresta. O local da coluna de Absalão não toi identificado. Alguns acham que ela ficava em Jerusalém, e outros, em Hebrom.O chamado “Túmulo de Absalão", uma elaborada estrutura quadrada com colunas cavadas na rocha em relevo parcial, e que fica na parte superior do vale de Cedrom, na verdade data do período helenístico e não tem nada a ver com Absalão, exceto no nome.A palavra hebraica traduzida como “monumento” literal mente significa “mão”, e talvez se refira a uma esteia. Nas escavações de Laquis foi encontrado um altar com a figura de uma mão direita, com a palma para o lado de fora e os dedos estendidos, gravada em baixo relevo em um de seus lados. Também havia mãos esculpidas nas esteias de Cartago. Portanto, é possível que Absalão tenha mandado erigir uma esteia com a figura de uma mão esculpida.Filho nenhum. E presumível que seus três filhos (2Sm 14:27) tenham morrido na infância.
2Sm.18:19 19. Aimaás, filho de Zadoque. FoiAimaás, junta mente com Jônatas, que levou a mensagem de Husai a Davi (2Sm 17:17- 21; ch 2Sm 15:27). Ele parece ter sido um famoso corredor (2Sm 18:27). Nessa guerra, Aimaás serviu como mensageiro e, assim, estava pronto para levar a notícia a Davi logo que soou a trombeta anunciando que a batalha havia terminado.
2Sm.18:20 20. E morto o filho do rei. Joabe reconheceu que a notícia que devia ser levada aDavi não seria considerada por ele como boa. O rei estaria preocupado apenas com uma coisa: a sorte de Absalão. Nessas circunstâncias, nada mais importava: nem a derrota, nem a vitória, contanto que Absalão estivesse a salvo.
2Sm.18:21 21. Ao etíope. Literalmente, “ao cuxita”.
2Sm.18:22 22. Correr após o etíope. A vitória sobre as forças de Absalão era uma notícia da maior importância, e Aimaás desejava intensamente levar essa mensagem a Davi.Para que correrias [...] não terás recompensa das novas? A palavra hebraica para “novas” tanto pode ser traduzida como "notícia” quanto como “recompensa por boa notícia” (ver 2Sm 4:10). Na LXX, a frase é traduzida como “não tens mensagem conveniente”. Era de se esperar que Aimaás fosse portador de boas notícias (v. 27), mas Joabe sabia bem que Davi recebería a mensagem da morte de Absalão como uma notícia extremamente dolorosa e trágica. Aimaás não recebería agradecimentos do rei por levar mensagem tão triste.
2Sm.18:23 23. Pelo caminho da planície. Provavelmente pelo caminho do vale do Jordão, e não pelo caminho das colinas, que era mais curto, porém mais difícil. As duas estradas provavelmente se encontravam a certa distância de Maanaim. Aimaás saiu mais tarde, mas, por ser um corredor veloz e ter escolhido o caminho mais rápido, chegou antes do etíope.
2Sm.18:24 24. Terraço da porta sobre o muro. Com frequência havia urna torre sobre a porta das cidades orientais. No terraço da mesma, ficou um vigia, aguardando ansiosamente a chegada de algum mensageiro com notícias da batalha.
2Sm.18:25 25. Se vem só. Davi imediatamente entendeu o significado do fato de um homem vir correndo só: ele seria um mensageiro com notícias da batalha. Se fosse um fugitivo da batalha, provavelmente não estaria sozinho, mas outros estariam correndo com ele.
2Sm.18:26 Sem comentário para este versículo
2Sm.18:27 27. Este homem é de bem. Davi julgou a natureza da mensagem pela natureza do corredor. Um homem como Aimaás seria portador de boas novas.
2Sm.18:28 28. Paz! Em sua pressa, Aimaás anunciou ao rei que tudo estava bem: a batalha estava terminada, e o Senhor havia entregado os inimigos de Davi em suas mãos. Esta notícia de lato era boa, mas não era a que o rei estava mais interessado em ouvir.
2Sm.18:29 29. Vi um grande alvoroço. Aimaás habilmente evitou a pergunta de Davi. Ele sabia muito bem que Absalão estava morto, pois toi sua morte que pôs fim à batalha. Porém, deixou que o etíope desse a informação quanto ao que havia ocorrido exatamente.
2Sm.18:30 Sem comentário para este versículo
2Sm.18:31 31. O Senhor te vingou. A mensagem do etíope foi dada nos mesmos termos gerais que a de Aimaás, mas deixavaclaramente implícito que Absalão estava morto. Por deferência para com o rei, contudo, esse detalhe não foi especificamente mencionado.
2Sm.18:32 Sem comentário para este versículo
2Sm.18:33 33. Absalão, meu filho [...]! Há poucos lugares na Bíblia que retratam uma dor mais profunda. A tristeza de Davi não era meramente a de um pai por seu filho que se fora, embora tal tristeza, para o terno rei, já tivesse sido suficientemente grande. O que tornava a situação mais difícil para Davi era o fato de ele próprio ser o responsável pela cadeia de eventos que culminou nessa terrível tragédia. Absalão matara Amnom depois de este ter violado a irmã, Tamar, e, por sua vez, foi morto em batalha contra o próprio pai. Tudo isso ocorreu como consequência natural do hediondo pecado de Davi.Capítulo 19I Joabe faz o rei parar com seu lamento, 9 Os israelitas ficam ansiosos para trazer o rei de volta. 11 Davi envia os sacerdotes para levar os habitantes de Judá a agir, 18 Simei é perdoado. 24 Mefibosete é desculpado. 32 Barzilai se despede, e Quiniã, provavelmente seu filho, ó acolhido na família real. 41 As tribos de Israel discutem com os judeus por eles conduzirem o rei de volta sem a participação de todos.alta voz: Meu filho Absalão, Absalão, meu filho, meu filho!servos; porque entendo, agora, que, se Absalão vivesse e todos nós, hoje, fôssemos mortos, então, estarias contente.I 5 Então, o rei voltou e chegou ao Jordão; Judá foi a Gilgal, para encontrar-se com o rei, a 1 im dc fazê-lo passar o Jordão.meu senhor; contudo, puseste teu servo entre os que comem à tua mesa; que direito, pois, tenho eu de clamar ao rei?e de minha mãe; mas eis aí o teu servo Quimã; passe ele com o rei, meu senhor, e faze-lhe o que bem te parecer.
2Sm.19:1 1. Disseram a Joabe. A notícia do grande sofrimento de Davi pela perda de Absalâo foi levada rapidamente a todos os seus homens. Joabe era o responsável pela morte cie Absalão, e o sofrimento de Davi por seu filho poderia facilmente transformar-se em ira para com o comandante desobediente.
2Sm.19:2 2. Em loto. Deus concedeu a vitória às forças de Davi, e eles tinham verdadeiro motivo para se regozijar. A rebelião chegou ao fim, Davi foi restaurado ao trono e a nação, poupada dos horrores de uma longa e penosa guerra civil. Contudo, o povo verificou quea cidade estava cheia de tristeza, em vez de alegria, por causa do sofrimento de Davi pela morte do filho.
2Sm.19:3 3. As furtadelas. A medida que as tropas vitoriosas se aproximavam cia cidade, o rei, que devia ter estado pronto para saudá- las, não se encontrava lá. Em vez de oferecer palavras de agradecimento e aprovação às tropas que naquele dia haviam arriscado a vicia por ele, Davi ficou sentado acima do portão, lamentando-se em voz alta pela perda do filho. Em vez de entrarem marchando orgulhosamente em triunfo, os homenssaíram de suas fileiras e entraram na cidade às furtadelas, abatidos e envergonhados. Parecia que todos os seus esforços tinham sido em vão, e que o que eles haviam considerado como uma gloriosa vitória fora apenas um erro e, aos olhos do rei, uma triste derrota. Entraram na cidade com a aparência de homens derrotados na batalha, considerando seus propósitos frustrados e suas espera nças, de s tr u íd a s.
2Sm.19:4 4. Meu filho Absalão! Davi tinha o coração destroçado por incontrolável dor. Não conseguia pensar em nada mais além do fato de que Absalão estava morto. A volta de suas tropas em triunfo, a restauração de seu trono, o fim da guerra civil, não pareciam ter significado nenhum, uma vez que Absalão havia morrido.
2Sm.19:5 5. Envergonhaste. O velho e ríspido comandante do exército repreendeu severamente o rei por sua conduta diante dos soldados que retornaram. Aqueles homens lutaram bem e com valentia. Arriscaram tudo pelo rei e pelos membros da família deste, mas ele não lhes dirigira nenhuma palavra de agradecimento. Só conseguia pensar em sua perda pessoal. O fato de que outros também estavam tristes naquele dia e choravam a perda de irmãos, maridos e pais que deram a vida para que Davi pudesse conservar o trono não significava nada para o rei. Foi uma repreensão cortante e cruel feita pelo velho general, mas ele estava simplesmente dizendo a dura verdade.
2Sm.19:6 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:7 7. Levanta-te, agora. O momento exigia ação, e joabe, de maneira direta e destemida, disse a Davi exatamente o que ele devia fazer.Juro pelo Senhor. Ao pronunciar esse solene juramento, Joabe não estava fazendo uma ameaça de que chefiaria uma revolta do povo contra Davi; estava apenas chamando a atenção para urna verdade desagradável. A situação estava repleta de perigo. Uma grande parte da nação já tinha abandonadoa Davi e apoiado Absalão em seus esforços para tirar a vida do rei e seu trono. E Davi estava a ponto de se alienar daqueles que continuaram leais a ele e de transformá-los também em inimigos.Que tem vindo sobre ti. joabe predisse que Davi, por sua conduta antinatural, estava acarretando sobre si mesmo a maior crise de sua vida. Ele usou palavras fortes, mas elas eram necessárias para fazer o rei perceber como estava sendo egoísta e quão insensato era seu sofrimento.
2Sm.19:8 8. Então, o rei [...] se assentou à porta. Davi reconheceu que era justa a repreensão de joabe e que era sábio seu conselho. Por isso, reagiu rapidamente, assumindo sua posição à porta da cidade, onde podia pronunciar palavras de agradecimento e encorajamento ao povo.Israel havia fugido. Depois da morte de Absalão, seus partidários fugiram, cada um para sua casa.
2Sm.19:9 9. Andava altercando. A morte de Absalão deixara o país num estado de desorganização. Havia provavelmente muitos grupos, todos em desavença uns com os outros. Alguns dos adeptos mais ardorosos de Absalão obviamente estavam hesitantes em dar as boas-vindas a Davi de volta a seu trono. Outros talvez fossem inteiramente indiferentes à dinastia de Davi e estavam até mesmo dispostos a ter qualquer outra pessoa como rei, exceto Davi. Ele, é claro, ainda tinha muitos partidários. Nessas circunstâncias, porém, não tinha grande desejo de voltar para Jerusalém a fim de reassumir o trono.O rei nos tirou das mãos. Foram recordados os bons atos de Davi. Ele salvara seu povo das mãos dos inimigos, mesmo assim foi expulso do país e estava vivendo no exílio. Eles insistiam que Davi devia ser trazido de volta. Evidentemente, muitos do povo estavam irritados com a lentidão e a indecisão dos líderes.
2Sm.19:10 10. Por que vos calais [...]? Por causa da hesitação e demora, o povo estava começando a criticar os líderes e a insistir para que tomassem medidas com o objetivo de colocar Davi nova mente no trono.
2Sm.19:11 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:12 12. Seríeis os últimos [...]? Estas palavras indicam que deve ter sido mani- lestaclo em Israel considerável interesse pelo retorno de Davi. Entretanto, o rei estava irritado com Judá, cujos habitantes eram da mesma carne e do mesmo sangue que ele, por serem tão vagarosos em tomar medidas para o seu retorno.
2Sm.19:13 13. Dizei a Amasa. Davi era hábil em lidar com pessoas que ocupavam cargos públicos. Amasa era o comandante do exército de Absalão, e então, era o líder que, mais do que qualquer outro, podia manter vivo o espírito de rebelião. Como Joabe, Amasa era sobrinho de Davi (lCr 2:13-17), e Davi, com a manobra espetacular de colocá-lo como comandante do exército, procurou ganhar sua lealdade. Esperava-se que ele, por sua vez, trouxesse para o lado de Davi o que restava da organização militar de Absalão. E presumível que Davi estivesse cansado da influência ditatorial de joabe e desejasse livrar-se dele. boi por meio da influência de Joabe que Absalão tinha voltado do exílio para Jerusalém, e foi Joabe que matou Absalão, em violação direta à ordem de Davi. Sua recente repreensão cortante (v. 5-7) ainda ecoava nos ouvidos de Davi. O rei evidentemente achava que chegara a hora de substituir joabe, e seria uma inteligente medida política colocar Amasa em seu lugar.
2Sm.19:14 14. Volta. Este foi um convite formal dos líderes de judá, pedindo a Davi que voltasse para tomar sua coroa. Ele estava disposto a ser rei somente mediante o consentimento das tribos. No princípio, não buscara o reino para si, e desejava que todos entendessem que não iria reassumir sua posição a menos que a nação assim o solicitasse.
2Sm.19:15 15. judá foi a Gilgal. Davi desceu de Maanaim para a margem oriental do Jordão, em frente ao vau de jerico. Os representantes de Judá foram a Gilgal, na margem oriental, para estarem presentes quando Davi cruzasse o Jordão e entrasse em Judá, que era o território dele.
2Sm.19:16 16. Simei. Este era um oportunista. Pouco tempo antes, havia amaldiçoado o rei quando este fugia de Jerusalém. Porém, quando Davi retornava, Simei não perdeu tempo para tentar fazer as pazes.
2Sm.19:17 17. Mil homens. Os benjamitas urgentemente procuraram enfatizar para Davi que não guardavam nenhum rancor dele e que lhe davam as boas-vindas como rei. Afinal, a causa em favor da casa de Saul estava extinta, e não havia esperança de que qualquer descendente dele recebesse algum dia a coroa de Israel.Ziba. Ver 2Sm 9:2, 9, 10. Era conveniente para Ziba que cie também estivesse presente quando Davi retornasse, pois recebera de Davi, aparentemente por meio de fraude, tudo o que pertencia a Mefibosete (2Sm 16:1-4) e sabia que chegaria o tempo da prestação de contas (ver 2Sm 19:24-29).A vista do rei. Simei e Ziba não estavam lá porque estivessem felizes com a volta de Davi. Na verdade, eles a temiam, e sem dúvida teriam preferido que ele permanecesse longe. No entanto, sabiam que precisavam tentar fazer as pazes com Davi, do contrário, pagariam caro. Esforçaram-se para conseguir uma reconciliação, não com sinceridade, mas por necessidade.
2Sm.19:18 18. E o atravessaram. (9 hebraico diz, literalmente, “o vau passou”, mas obviamente o sentido é: “eles passaram o vau”. O significado é simplesmente que eles cruzaram o vau para trazer a família do rei e para estar a seu serviço, fazendo o que podiam para facilitar sua travessia, bem como a de seus auxiliares e a de suas coisas.
2Sm.19:19 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:20 20. Pequei. Simei não ofereceu desculpas, pois sabia que seriam inúteis. Ele eraculpado, e confessou isso franca mente, lançando-se sobre a misericórdia de Davi.
2Sm.19:21 21. Não morrería [...]? De acordo com os costumes da época, o ato cruel de Simei ao amaldiçoar Davi por ocasião da fuga deste, normalmente mereceria a morte, mas Simei lançou-se sobre a misericórdia de Davi e lhe pediu perdão. Davi estava disposto a ser clemente, enquanto Abisai só pensava na justiça severa.
2Sm.19:22 22. Que tenho eu convoseo [...]? Aquele era um momento para misericórdia, não para a justiça dura e fria. A ocasião pedia uma reconciliação, não uma imposição de castigo a todos os que anteriormente voltaram as costas a Davi. A grandeza e a magnanimidade do rei foram demonstradas nessa ocasião. O rei tentava ganhar a nação nova mente pela bondade e pela misericórdia. Indicou que seriam perdoados todos os que desejassem se reconciliar com ele. Um homem inferior a Davi teria derramado muito sangue de pessoas culpadas e, em resultado, ainda haveria muita inimizade. Ao advogar uma política de retaliação, os filhos de Zeruia estavam agindo como adversários da causa de Davi, não como amigos dela.Hoje, novamente sou rei [...]? Pelo fato de ser rei, Davi podia se dar ao luxo de ser misericordioso. Se sua causa ainda não estivesse ganha, tcriam sido necessárias medidas mais severas para assegurar o extermínio da oposição.
2Sm.19:23 23. Não morrerás. Com sua característica generosidade, Davi assegurou a Simei que sua vida seria poupada. Simei era culpado de grave crime e devia ter sofrido a punição, mas executá-lo não estaria em harmonia com o espírito da ocasião. Davi escolheu aceitar como verdadeiro o professo arrependimento de Simei. Contudo, a insinceridade dele deve ter-se tornado evidente com o passar do tempo, pois Davi posteriormente deu a Salomão instruções com respeito a ele: "Bem saberás o que lhe hás defazer para que as suas câs desçam à sepultura com sangue” (lRs 2:8, 9; cf. lRs 2:44).
2Sm.19:24 24. Filho de Saul. Isto é, neto de Saul. Mefibosete também achou sábio ir a Davi o mais cedo possível para lhe declarar lealdade. Após a fuga de Davi, Mefibosete manifestou sinais do mais profundo pesar por ele, como é evidenciado por sua negligência para com sua própria pessoa, e provou assim sua lealdade à causa de Davi.
2Sm.19:25 25. Tendo ele chegado a Jerusalém. A narrativa do encontro no jordão é interrompida para continuar a explicação sobre os atos de Mefibosete.
2Sm.19:26 26. Meu servo me enganou. Mefibosete afirmou que, para propósitos de ganho pessoal, Ziba contou a Davi uma vil mentira, fazendo, assim, com que Davi considerasse ingrato e desleal seu servo até então fiel (2Sm 16:1-4). Segundo a nova versão do incidente, os dois jumentos trazidos a Davi por Ziba foram preparados por ordem de Mefibosete, para que ele pudesse fugir junto com Davi. Em vez disso, eles foram roubados por Ziba, que deixou Mefibosete em casa, Impotente para agir, devido a sua deficiência.
2Sm.19:27 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:28 28. Homens dignos de morte diante do rei. Segundo o curso normal dos eventos, um rei teria matado todos os descendentes reais remanescentes de uma dinastia destronada, para não haver possibilidade de uma tentativa de recuperar o trono por parte de qualquer deles. Porém, Davi havia mostrado bondade para com Mefibosete, não só ao permitir que ele vivesse, mas ao prover-lhe uma porção dos suprimentos reais. Embora Mefibosete tivesse sido prejudicado por Ziba, não quis reclamar, porque Davi anteriormente fora bom para com ele.
2Sm.19:29 29. Que repartas com Ziba as terras. Davi fizera uma injustiça a Mef ibosete, ao aceitar a história de Ziba sem verificação e ao conceder a este as posses de seusenhor antes de ouvir a outra versão dos fatos (2Sm 16:4). Então, compreendeu seu erro e tentou desfazê-lo. devolvendo a Mefibosete metade de sua propriedade. Isso não parece suficiente, porém, para satisfazer a justiça. Se Ziba disse a verdade, devia ter ficado com tudo; se não, devia ter sido privado de todos os seus ganhos c ainda ter sido punido. A decisão conciliatória de Davi foi tanto fraca quanto injusta.
2Sm.19:30 30. Fique ele [...] com tudo. Mefi- bosete procurou deixar claro para Davi que seu propósito ao vir a ele não foi conseguir uma reparação, mas demonstrar sua lealdade; que ele estava disposto a deixar Ziba ficar com tudo, por mais injusto que isso fosse. O importante era que Davi voltara em paz, e Mefibosete expressou sua gratidão por isso.
2Sm.19:31 31. Barzilai, o gileadita. Ver 2Sm 17:27. A narrativa aqui volta ao momento cm que Davi cruzava o Jordão. Após o encontro com Mefibosete. é apresentado o relato da despedida entre Davi e seu anfitrião, Barzilai.Com o rei. Era uma questão de cortesia acompanhar um convidado até certo trecho de sua viagem. Barzilai se demonstrou um homem bondoso e um anfitrião cortês. Além disso, provou sua lealdade a Davi.
2Sm.19:32 32. Mui velho. Com 80 anos, Barzilai era considerado muito velho. A média de vida tinha caído muito desde os dias dos primeiros patriarcas. Durante a época das monarquias divididas, a maior idade alcançada por um rei de Judá não passou dos 68 anos (ver 2Rs 15:1, 2). Manassés morreu aos 67 anos após seu reinado de 55 anos, segundo a contagem inclusiva (2Rs 21:1).
2Sm.19:33 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:34 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:35 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:36 36. Por que há de me retribuir o rei [...]? Barzilai não buscou nada para si. Deus tinha sido bom para com ele, e não havia nada mais a procurar nos prazeres deste mundo. A vida para Davi durante seu exílio além do Jordão foi mais feliz por causa da bondade de Barzilai.
2Sm.19:37 37. Quimã. Não há evidências positivas sobre a identidade de Quimã, mas a partir da instrução de Davi a Salomão para que ele usasse de benevolência para com “os filhos de Barzilai, o gileadita’' (iRs 2:7), pode indicar que ele fosse filho de Barzilai. Jeremias 41:17 faz menção do “refugio de Camaã [QuimãJ, perto de Belém” (BJ), a partir do que se pode supor que Quimã aceitou a oferta de Davi e recebeu um lugar para morar, próximo a Belém.
2Sm.19:38 Sem comentário para este versículo
2Sm.19:39 39. Todo o povo. O termo "povo” é empregado nesta narrativa para os seguidores de Davi (ver 2Sm 15:17, 23, 24, 30; 16:14; 17:2, 3, 16, 22; 18:1-4, 6, 16; 19:2, 3, 8, 9), Para os seguidores de Absalão foi usado o termo ‘Israel” (ver 2Sm 16:15; 17:15; 18:16, 17).Passado. Barzilai parece ter cruzado o rio com Davi antes de voltar para sua casa.
2Sm.19:40 40. Todo o povo de judá. Judá finalmente parece ter tomado a parte mais ativa na restauração de Davi ao trono. As palavras cie Davi aos anciãos de Judá (v. 11. .12) evidentemente produziram efeito, e houve um ajuntamento gera! do povo para recebê-lo de volta do exílio a lim de reassumir a coroa, o trono e o reino.Metade do povo de Israel. No v. 11 é dito que “todo o Israel” estava interessado no retorno de Davi, mas agora apenas "metade do povo” veio saudá-lo. Era de se esperar que poucas pessoas estivessem presentes, pois Israel, diferentemente de Judá, ficava mais distante e, assim, não teria sido viável que tantos viessem dar as boas-vindas a Davi. Além disso, a notícia referente à volta de Davi parece não ter sido tão divulgada no norte como em Judá (ver v, 41).
2Sm.19:41 41. Todos os homens de Israel. Muito antes da ruptura, no tempo de Roboão (fRs 12), já existia um grau de divisão entre o povo de Israel, no norte, e o de judá, no sul (ver iSm 11:8; 17:52; 18:16; 2Sm 2:4, 8-10; 3:10, 12, 21; 5:5). Havia frequentes manifestações de ciúmes entre astribos, mesmo no período mais remoto (jz 8:1; 12:1). Quando Davi se tornou rei, não reinou a princípio sobre a nação toda, mas apenas sobre "a casa de Juclá” (2Sm 2:4). Mais tarde íoi leito um esforço para estabelecer seu trono "sobre Israel e sobre Judá” (2Sm 3:10). Só depois de Davi ter reinado sete anos em Hebrom é que “as tribos de Israel” vieram a ele para reconhecê-lo como parte do mesmo povo e para torná-lo seu rei (2Sm 5:1-5). Agora Davi havia voltado de seu exílio, e os velhos ciúmes novamente se tornaram evidentes.
2Sm.19:42 42. Nosso parente, juclá por direito reivindicava ter uma relação especial com Davi, uma vez que este pertencia a essa tribo (ver v. 12). Porém, desejavam deixar claro que ele não lhes havia mostrado qualquerfavoritismo especial. Tal declaração por parte dos homens de judá foi um notável testemunho da equidade do governo de Davi. Ele se esforçava para tratar a todas as tribos de maneira igual, para não ciar a ninguém a desculpa de que outros estivessem recebendo favores especiais que lhe eram negados.
2Sm.19:43 43. Foi mais dura. Na irada discussão que surgiu entre as tribos, os homens de Judá foram mais veementes que seus vizinhos do norte. A disputa foi resolvida de maneira satisfatória depois de algum tempo, mas sua ocorrência não foi um bom indício para o futuro. As diferenças presentes entre o norte e o sul eram um prenuncio de problemas maiores que viriam. Ciúmes e rivalidades regionais estavam constantemente lançando as sementes de um desastre.Capítulo 20estiveram encerradas até ao dia em que morreram, vivendo como viúvas.povo que estava com Joabe trabalhava no muro para o clembar.
2Sm.20:1 1. Seba. Este benjamita ainda nutria o espírito de inimizade contra a casa de Davi e tirou vantagem da disputa entre os homens de Israel e de Judá (2Sm 19:41-43) para proclamar uma revolta.Para as suas tendas. Com respeito ao uso desta frase, ver ]Rs 12:16; 2Cr 10:16.
2Sm.20:2 2. Todos [...] se separaram de Davi.Pouco tempo antes, os homens de Israel estavam protestando em voz alta que tinham uma ligação maior com Davi do que os homens de Judá (2Sm 19:43). A natureza humana é verdadeiramente instável. O trono de Davi ainda estava longe de estar assegurado, apesar de todas as aclamações de boas-vindas.Os homens de Judá se apegaram.A revolta tle Absalão se originou em Judá, e Judá demorou a se colocar novamente sob o estandarte de Davi (2Sm 19:11), mas desta vez Judá se apegou a ele. Foi bom Davi ter conquistado a afeição de Judá, em vez de recusá-la, pois era a esses homens tão vagarosos em lhe dar as boas-vindas que ele devia seu trono.
2Sm.20:3 3. Vivendo como viúvas. O trágico destino das dez concubinas de Davi obviamente foi resultado do vergonhoso ato praticado por Absalão por sugestão de Aitofel (2Sm 16:21). As mulheres continuariam a ser hospedadas e alimentadas enquanto vivessem, mas para todos os propósitos seu marido estava morto para elas.
2Sm.20:4 4. A Amasa. Davi prometera a Amasa que ele seria o comandante do exército (2Sm 19:13) e cumpriu a promessa. Então, surgiu uma grave crise, e Amasa recebeu ordens para ter o exército pronto dentro de três dias a fim de esmagar a revolta. Nesse momento de divisão e turbulência, essa não era uma tarefa fácil para um homem recém-empossado na função.
2Sm.20:5 5. Demorou-se além do tempo. Não é mencionada a causa da demora de Amasa para reunir o exército. O ardiloso Joabe ainda tinha grande poder sobre o povo, e dificilmente se podia esperar que fizesse muito para apressar a organização de uma força de combate que estaria sob o comando de seu rival e sucessor. Amasa provavelmente fez o melhor que podia, mas talvez tenha sido atrapalhado a cada passo por oficiais e homens ainda leais a Joabe, bem como pelas dificuldades próprias da inquietude geral e da divisão que prevaleciam.
2Sm.20:6 6. Abisai. O irmão de Joabe (2Sm 2:18). Davi mostrara impaciência com ele (2Sm 19:22), mas se dirigiu a ele em vez de a Joabe. Evidentemente Davi estava determinado a passar por alto a Joabe, a despeito da seriedade da crise. Porém, Joabe não seriafacilmente eliminado, como a sequência dos eventos revelaria.Mais mal [...] nos fará. O país ainda estava num estado de insatisfação e agitação, e Davi ainda não tinha recuperado um controle firme da situação. Nesse estado geral de desordem, diversos problemas poderíam ocorrer, e Davi foi perspicaz o suficiente para perceber o extremo perigo da situação. Além disso, a separação estava seguindo a velha linha divisória entre Israel e Judá.Cidades fortificadas. Se fosse dada a Seba a oportunidade de se apoderar de várias cidades fortificadas e de se entrincheirar atrás dos muros de uma delas, a tarefa de sufocar sua rebelião se tornaria extremamente difícil. A maior esperança de Davi era a rapidez de ação, antes que Seba conseguisse consolidar suas forças e estabelecer uma forte posição defensiva.E nos escape. Literalmente, “nos tire o olho”. Várias interpretações têm sido dadas a esta passagem. Na ARA, entendeu-se o significado da frase “nos tire o olho” como sendo “escapar aos olhos”. O texto da LXX pode ser traduzido da seguinte forma: “lance urna sombra sobre nossos olhos”. Contudo, o texto dos targuns diz: “nos cause dano”.
2Sm.20:7 7. Os homens de Joabe. Davi fizera um esforço determinado para tirar Joabe da posição de comando, mas o exército ainda era em grande parte favorável a ele, e os homens ainda lhe devotavam lealdade.A guarda real. No original, “os que- reteus, e os peleteus” (ver ARC). Esses homens formavam a guarda pessoal de Davi (ver com. de 2Sm 15:18). Constituíam uma pequena tropa de homens bem treinados em cuja lealdade se podia confiar plenamente. O fato de terem sido enviados à batalha mostra a extrema gravidade da situação, pois isso deixaria Davi seriamente desprotegido em Jerusalém.Todos os valentes. Este era um grupo especial de heróis, homens que sedistinguiram particularmente durante o tempo em que Davi esteve proscrito, e mais tarde quando já era rei (ver 2Sm 23:8-39).
2Sm.20:8 8. Gibeão. Uma cidade quase dez quilômetros a noroeste de Jerusalém, hoje chamada ej-jíb.Veio perante eles. Parece que Amasa reuniu suas tropas e seguiu Abisai em direção ao norte.Fez cair a espada. Os detalhes não estão inteiramente claros. Joabe estava usando uma capa militar amarrada por um cinto, no qual havia colocado sua adaga. Enquanto ele andava, a adaga caiu. Alguns acham que ele se abaixou e a recolheu com a mão esquerda quando Amasa apareceu. Outros acham que talvez ele tivesse outra arma escondida e derrubou a espada para lazer parecer que estava desarmado.
2Sm.20:9 9. Com a mão direita. O ato de Joabe de tomar o primo pela barba e beijá-lo evidentemente era uma forma comum de saudação entre parentes.lí). Não se Importou. Tudo aconteceu tão rapidamente, e as ações de Joabe pareciam tão inocentes, que Amasa não suspeitou cie traição.No abdômen, joabe o atingiu no abdômen e derramou suas entranhas (ver com. de 2Sm 2:23).Então, Joabe e Abisai. Sendo que Amasa estava morto, não havia dúvidas quanto a quem, agora, era o comandante das forças de Davi, mesmo que não houvesse nenhuma ordem do rei com respeito a isso. Amasa tinha sido colocado no posto (v. 4), e então Abisai foi enviado com as tropas disponíveis (v. 6). Naquele momento, porém, Joabe simplesmente reassumiu sua antiga posição e, sem fazer quaisquer perguntas, continuou a perseguição a Se ba.que estaria em posição de fazer as pazes com Davi. Por enquanto, porém, ainda havia a questão de Amasa, que ficou estendido no chão envolto em seu sangue (v. 12). Joabe colocou um de seus homens de confiança no local, e este ficou proclamando uma frase que dava a entender que o próprio Amasa tinha sido morto por traição à causa de Davi, e que agora era Joabe que liderava a perseguição aos rebeldes a fim de que Davi tivesse o trono assegurado. A lealdade de Joabe a Davi era bem conhecida dos homens empenhados nesse conflito, e eles também se lembravam de Amasa como o homem que estava no comando das torças de Absalão, contra as quais haviam combatido havia pouco. Esses homens tinham pouca confiança em Amasa, e provavelmente ficaram felizes em vê-lo fora do caminho. Joabe, é claro, matou Amasa porque não podia tolerá-lo como rival e porque estava determinado a continuar em seu antigo posto.
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2Sm.20:12 Sem comentário para este versículo
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2Sm.20:14 14. Seba. Literalmente, "e ele”.Até Abel-Bete-Maaca. Literal mente, “até Abel, e Bete-Maaca” (ACF). A referência é provavelmente a Abel-Bete-Maaca, a cidade fortificada no extremo norte de Israel que pertencia à tribo de Naftali (1 Rs 15:20; 2Rs 15:29). C-rê-se que esta seja a moderna 7ell Abil, que fica situada num morro a oeste da cabeceira do Jordão, cerca de 20 km ao norte do lago Llulé, perto de Dã.Beritas. Talvez este seja o nome de uma família ou de um clã que vivia nas vizinhanças de Abel-Bete-Maaca. Nada mais se sabe sobre eles. Alguns creem que a referênciaaqui é aos bicritas, os membros do clã de Seba. Seba era filho de Bicri (v. 1).Os beritas [...] o seguiram. Isto é, seguiram Seba. Evidentemente Seba estava ganhando força nessa região ao norte do país e\ se deixado livre, logo estaria em posição de travar uma luta grave contra as forças de Davi.
2Sm.20:15 15. E o cercaram. Seba tinha tido tempo suficiente para se estabelecer numa cidade fortificada que podia ser tomada apenas mediante um cerco.Levantaram [...] um montão. Ver 2Rs 19:32; ls 37:33. Este era um método comum de montar um cerco no antigo Oriente Próximo. A parte mais vulnerável de um muro era a área próxima ao topo, que podia ser feita apenas de tijolos de barro (ao passo que a base era feita de pedra). Uma rampa de terra era feita junto ao muro, e o maquinário próprio para o cerco, caso fosse empregado, era colocado sobre ela. Dessa forma, podia ser feito um buraco no muro, o que permitia a invasão da cidade.Do muro. Do heb. chel, "uma rampa”. Alguns consideram que chel se refira a uma área fortificada entre um muro externo mais baixo e o muro principal da cidade, ao muro externo em si, ou então à escarpa (parede muito inclinada de um fosso junto ao muro); outros, por metonímia, acreditam que se refira a um losso ou vala. Ao erguerem um montão nessa área, junto ao muro principal, os sitiadores estariam em posição de fazer o ataque final.Trabalhava no muro. Ou, "batia no muro” (ARC). Não se sabe se as forças de Davi possuíam maquinário próprio para o cerco de cidades, como aríetes. O uso destes foi comum, em períodos posteriores, por parle dos exércitos assírio e babilônico, e deu a esses povos grande sucesso.
2Sm.20:16 16. Uma mulher sábia. A mulher pediu para falar com Joabe. Sua cidade estava prestes a ser inundada de sangue por causa deum homem em revolta contra Davi. Ela não achou que isso parecia razoável.
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2Sm.20:19 19. Destruir uma cidade. A guerra de joabe contra Seba tornara-se uma guerra contra Abel, e essa antiga cidade, com seus pacíficos habitantes, corria agora o perigo de ser destruída.
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2Sm.20:22 22. Todo o povo. A mulher se demonstrou realmente sábia. Ela foi até o povo, cujos interesses e existência estavam em risco, e discutiu a questão com ele. Se ela tivesse ido a Seba, indubitavelmente não teria conseguido nada em favor do povo, e teria somente arranjado problemas para si. Se nada tivesse sido feito, os habitantes de Abel teriam pagado o preço pelo egoísmo e ambição de Seba.Tocou este a trombeta. O sinal para o fim das hostilidades (ver 2Sm 2:28; 18:16).Para sua casa. Literalmente, "para sua tenda” (ACF; ver com. de 2Sm 18:17).
2Sm.20:23 23. Joabe era comandante de todo o exército de Israel. Os oficiais de Davi estão alistados nos v. 23 a 26. Há algumas mudanças em comparação com os oficiais alistados anteriormente (2Sm 8:16-18). Joabe conservou sua posição como comandante do exército depois que a rebelião de Seba foi sufocada.Benaia. Este continuou no comando da guarda pessoal de Davi (ver 2Sm 8:18; lCr 18:17). Ele era um dos valentes de Davi e se distinguira por matar "dois heróis de Moabe” (2Sm 23:20).
2Sm.20:24 24. Dos que estavam sujeitos a trabalhos forçados. Literalmente, "sobre o grupo de trabalhadores” (ver IRs 5:14, em que a palavra vertida como "tributos", em 2Sm 20:24 na ARC, é traduzida como "leva”). Esse cargo não é mencionado na lista anterior (de 2Sm 8:16-18; e lCr 18:14- 17) e parece ter sido criado só próximo ao fim do reinado de Davi. O mesmo cargo foi ocupado por "Adonirão, filho de Abda” (1 Rs 4:6) durante o reinado de Salomão, e por“Adorão” na primeira parte do reinado de Roboão (lRs 12:18). E possível que essas diferentes passagens se refiram todas à mesma pessoa. O sistema de trabalhos forçados se transformou num espinho tão grande na carne dos israelitas durante o reinado de Salomão, que Adorão foi morto por apedre- jamento durante as primeiras dificuldades do reinado de Roboão, quando as tribos do norte se revoltaram (lRs 12:18).Josafá. Mencionado na primeira lista dos oficiais de Davi. Ele ainda ocupou o mesmo cargo durante o reinado de Salomão (1 Rs 4:3; sobre seu trabalho, ver com. de 2Sm 8:16).
2Sm.20:25 25. Zadoque e Abiatar. Anteriormente, Zadoque e “Aimeleque, filho de Abiatar" foram mencionados como sacerdotes (2Sm 8:17). A lista corrente, contudo, refere-se a um período posterior do reinado de Davi, e é surpreendente, portanto, ver que o filho parece ter precedido o pai como sacerdote (sobre esse assunto, ver com. de 2Sm 8:17).
2Sm.20:26 26. Também Ira, o jairita. Este oficial não é mencionado em 2 Samuel 8:16- 18, nem em 1 Crônicas 18:14-17. Tem-se conjecturado que “Ira, itrita”, mencionado entre os valentes de Davi (2Sm 23:38), talvez seja o mesmo, mas a Bíblia silencia sobre este ponto.Capítulo 21pessoa alguma em Israel. Disse Davi: Oue é, pois, que quereis que vos faça?Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita;
2Sm.21:1 1. Houve [...] uma fome. Literalmente, “e houve uma fome”.Em dias de Davi. Esta frase é demasiado vaga para justificar a conclusão de que essa fome deve ter ocorrido imediatamente após os eventos do cap. 20. Não há evidências com respeito a quando, exatamente, esta fome ocorreu. Não há razão para se duvidar de que ela tenha constituído um dos problemas que Davi enfrentou próximo ao fim de seu reinado, embora possa ter acontecido em qualquer momento após o ato de bondade de Davi para com Mefibosete, o filho de Jônatas (v. 7). Nem todos os eventos do] 5 De novo, fizeram os filisteus guerra contra Israel. Desceu Davi com os seus homens, e pelejaram contra os filisteus, ficando Davi mui fatigado.reinado de Davi são registrados em estrita sequência cronológica.Consultou ao Senhor. Davi concluiu que devia existir alguma razão para a fome. O Senhor havia dito a Seu povo que, se fossem desobedientes, Ele reteria Suas bênçãos (Dt 28:15, 23, 24), e Davi então, buscou a Deus para saber a razão da fome.Ele matou os gibeonitas. Este é o único registro da ofensa de Saul contra os gibeonitas. Por ocasião da conquista de Canaã, os gibeonitas tinham conseguido, por fraude, fazer uma aliança com Josué. Segundo os termos dessa aliança, devia lhesser permitido viver com Israel em estado de servidão (Js 9:3-27).
2Sm.21:2 2. Dos amorreus. Os habitantes de Gibeão eram heveus (ver Js 9:7; 11:19), povo este que, em muitas enumerações dos habitantes nativos da Palestina, é mencionado separadamente dos amorreus (Gn 10:16, 17; Js 9:1; 11:3; 12:8). Porém, o termo “amorreu" é muitas vezes empregado num sentido mais abrangente, mais ou menos equivalente a “cananeu”, isto é, significando qualquer dos habitantes de Canaã (Gn 15:16; Dt 1:27). As vezes a palavra “amorreus" se refere, mais especilicamente, aos habitantes da parte montanhosa da Palestina, distinguindo-os dos cananeus da planície (Nrn 13:29; Dt 1:7, 20). Dessa forma, os heveus estariam incluídos neste último uso da palavra “amorreus”, que denota os habitantes da parte montanhosa de Canaã.Os filhos de Israel lhes tinham jurado. Ver Js 9:15, 19-21. Josué e os príncipes da congregação fizeram um solene juramento de que os gibeonitas não seriam mortos, mas receberíam permissão para habitar na terra. Os líderes de Israel se consideravam obrigados por esse solene juramento e, portanto, percebiam que sérias consequências inevitavelmente se seguiríam se o violassem.Pelos filhos de Israel. Nesta ofensa Saul não estava sozinho. Como rei de Israel, ele estava agindo com o povo e em favor dele. O povo, sem dúvida, o apoiou em sua campanha para exterminar os gibeonitas, e assim, a culpa recaía não sé) sobre o rei, mas também sobre eles. Isso explicaria por que o Senhor permitiu que a punição pela ofensa de Saul caísse sobre Davi e seu povo. A nação toda estava envolvida na violação do solene juramento feito mais de 400 anos antes por Josué e pelos príncipes da congregação. Sob a capa do zelo nacionalista de Saul, existia um espírito cie egoísmo, orgulho e arrogância que era totalmente estranho à humildade,imparcialidade e ao elevado propósito que Deus exigia de Seus filhos.A ação de Saul fora uma representação errônea da religião de Yahweh. Sua atitude provavelmente refletia a dos israelitas em geral, que, após a morte de Saul, continuaram a mostrar hostilidade para com esses estrangeiros que viviam em seu meio e a quem haviam prometido proteger. Era altamente essencial que a religião de Deus fosse vindicada. Não é revelado precisamente o que Deus teria exigido para alcançar esse fim.Um dos principais objetivos de se confessar as faltas para os que foram prejudicados é anular, tanto quanto possível, a má influência do ato errôneo. Pessoas têm ficado completamente desanimadas e têm perdido a salvação como resultado de erros alheios. E dever daquele que foi pedra de tropeço fazer tudo o que puder para tentar remover a causa de ofensa.Abençoeis a herança. A menos que a ofensa contra os gibeonitas fosse removida, Israel não poderia esperar desfrutar a bênção de Deus. Portanto, se a falta cometida contra os gibeonitas fosse expiada, essas pessoas se tornariam o meio de trazer de volta as bênçãos à nação de Israel.
2Sm.21:3 Sem comentário para este versículo
2Sm.21:4 4. Não é por prata nem ouro. O ataque contra os gibeonitas provavelmente envolveu o confisco de suas propriedades. O correto era que, num sincero esforço para fazer restituição, o que fora tirado deles lhes fosse devolvido. Os gibeonitas insistiram, contudo, no fato de que não estavam preocupados combens materiais e se dispunham a renunciar a restituição que lhes era devida.Matar pessoa alguma em Israel. Israel, como nação, era responsável pela matança dos gibeonitas nas mãos de Saul. Contudo, não seria solicitado que os israelitas, como um todo, pagassem o preço do sangue que tinha sido derramado. Os gibeonitas eram da opinião de que a culpa devia repousar primariamente sobre a casa de Saul e que devia ser feita expiação por meio dela.
2Sm.21:5 5. O homem que nos destruiu. Saul deve ter provocado uma assolaeão geral entre os gibeonitas. Como povo, provavelmente foram quase destruídos, restando apenas um remanescente espalhado pelo país. Uma vez que Saul foi primariamente responsável por esse crime, os gibeonitas, então, pediram que sua casa levasse a culpa.
2Sm.21:6 6. Para que os enforquemos. Talvez os gibeonitas tivessem em mente o incidente registrado em Números 25:4, segundo o qual as cabeças das pessoas culpadas do crime de Baal-Peor deviam ser penduradas diante do Senhor para que Sua ardente ira se desviasse de Israel. Porém, a situação era diferente, pois, em vez de os próprios culpados serem punidos, tomaram-se os filhos em seu lugar.Gibeá. A LXX diz “Gibeão”, o que alguns consideram como sendo o correto (ver a tradução da RSV). Contudo, há boa razão para se conservar o texto conforme o original hebraico. Gibeá foi a cidade onde Saul nasceu 2Jo 10:26; 11:4). Parece adequado que a expiação pelo crime de Saul fosse feita em sua cidade natal. E verdade que nesse tempo havia um santuário nacional em Gibeão, o local onde se encontrava o tabernáculo e onde os israelitas ofereciam sacrifícios (1 Rs 3:4; lCr 16:39, 40; 2Cr 1:3). Contudo, não há razão para se crer que a execução desses descendentes de Saul fosse considerada como um sacrifício humano expiatório e que, portanto, tivesse de ocorrer em Gibeão, como se fosse mais aceitável ali.
2Sm.21:7 7. Por causa do juramento ao Senhor. Ver ISm 18:3; 20:12-17. O solene juramento que Davi fizera a Jônatas exigia que ele isentasse o filho de Jônatas da proposta de vingança dos gibeonitas. O fato de a violação do solene juramento dos líderes de Israel aos gibeonitas (Js 9:15, 19-21) haver trazido essa grande calamidade sobre Israel fez com que Davi fosse especialmente cuidadoso para que não houvesse violação do juramento que ele fizera a Jônatas.
2Sm.21:8 8. Os dois filhos de Rispa. Ela era uma das concubinas de Saul, com quem Abner fora acusado de ter se envolvido (2Sm 3:7).One tivera. Literalmente, “que deu à luz", do verbo heb. yalad. \ dificuldade, natural mente, é que Adriel era o mar ido de Merabe, não de Mical (ISm 18:19). A solução mais simples parece ser aceitar o texto de dois manuscritos hebraicos (um deles das recensões da LXX) e da versão siríaca, que aqui trazem “Merobe” em vez de “Mical”. Merabe era a filha que originalmente devia ser dada a Davi, mas que, em vez disso, foi dada a Adriel, enquanto que Davi recebeu Mical (ISm 18:20-27). A menos que Mical tenha tido filhos de seu casamento com Palti (ISm 25:44), morreu sem filhos (2Sm 6:23).
2Sm.21:9 9. No principio da ceifa da cevada. Isso foi imediatamente após a Páscoa (Lv 23:10, 11, 14), o que seria do meio para o fim de abril.
2Sm.21:10 10. Tomou um pano de saco. O pano de saco foi provavelmente estendido como uma tenda, de maneira a formar um rústico abrigo para Rispa durante sua longa vigília.Até que sobre eles caiu água. Geralmente a estação seca na Palestina se estendia da primavera até o outono. Em condições normais, não havia chuva durante esse período (ver p. 94). Não é dito se nesta ocasião ocorreu uma chuva fora de época, quebrando a seca responsável pelos três anos de fome. A colheita do trigo vinha depois da sega dacevada (Ex 9:31, 32; Rt 1:22; 2:23), e a chuva era rara nessa estação (iSm 12:17, 18; Pv 26:1). O relato desse incidente indica que a devota vigília de Rispa teve longa duração.As aves. O corpo dos homens mortos foi deixado exposto às intempéries. Geralmente as pessoas assim executadas deviam ser enterradas no dia em que fossem enforcadas (Dt 21:22, 23), mas nesse caso os corpos foram aparentemente deixados expostos, t alvez até o momento em que a chuva viesse, dando evidências da restauração da bênção divina. No antigo Oriente, um corpo deixado a céu aberto quase imediatamente se tornaria presa de animais selvagens ou de bandos de abutres (ver ISm 17:44, 46; lRs 14:11; 16:4; 21:23 , 24; Mt 24:28). Durante esse longo e doloroso período, dia e noite, Rispa vigiou devotada mente os corpos cie seus f ilhos.
2Sm.21:11 Sem comentário para este versículo
2Sm.21:12 12. Os ossos de SauJ. Foi a terna devoção de Rispa que fez com que Davi mostrasse este respeito pelos descendentes de Saul (ver v. 13). Demonstrando não haver inimizade contra o antigo rei, Davi trouxe os ossos de Saul e de Jônatas de Jabes-Gileade e lhes deu um sepultamento honroso no antigo túmulo da família.Da praça. Literalmente, ‘o amplo lugar aberto”, "a praça pública”. Os filisteus tenham afixado o corpo de Saul e seus filhos “no muro de Bete-Seã” (ISm 31:10-12), evidentemente na parte do muro que ficava em frente à praça pública. Foi deste lugar que eles foram recolhidos à noite pelos homens de Jabes-Gileade (ISm 31:11-13).
2Sm.21:13 Sem comentário para este versículo
2Sm.21:14 14. Zela. Uma cidade de Benjamim (Js 18:28) que ainda não foi identificada, mas que provavelmente ficava perto de Gibeá, a cidade natal de Saul (ver p, 485).Deus Se tornou favorável. Para expressões semelhantes, ver 2Sm 24:25; Gn 25:21; Is 19:22. Pelo fato de o texto declarar que “Deus Se tornou favorável”, não se deve concluir que Davi seguiu o plano de Deus para expiar a má ação de Saul. Talvez Deus avalieum ato pela sinceridade do coração que o originou, embora condene o ato em si.
2Sm.21:15 15. De novo, fizeram os filisteus guerra. Isto se refere a outra guerra que Davi travou com os filisteus. (9 autor está descrevendo vários episódios isolados cuja relação com outros eventos do reinado de Davi é desconhecida. O incidente ocorreu depois que Davi já governava e, portanto, já tinha idade avançada (v. 17). O relato paralelo (lCr 20:4-8) dessas lutas com os filisteus, exceto a primeira, vem após o relato da destruição de Rabá, de Amom, por Joabe, registrado em 2 Samuel 12:26-31. Os eventos de 2 Samuel que são descritos como tendo ocorrido nesse intervalo (o pecado de Amnom, cap. 13; o retorno de Absalão de Gesur, cap. 14; as revoltas de Absalão, cap. 15-19; e de Seba, cap. 20; e os três anos de fome, cap. 21:1-14) não se encontram em Crônicas.
2Sm.21:16 16. Trezentos siclos. Cerca de 3,5 kg. O peso da ponta da lança de Gol ias era 600 siclos (ISm 17:7).
2Sm.21:17 17. Não apagues a lâmpada. Ver lRs 11:36; 15:4; SI 132:17. Davi frequentemente colocava sua vicia em risco ao se engajar em combate pessoal com seus inimigos. Chegou um momento, porém, em que já não era nem sábio nem necessário que o rei se aventurasse a sair à guerra com seus soldados, como tinha sido seu costume até então.
2Sm.21:18 18. Em Gobe. No texto paralelo é dito que este incidente ocorreu em Gezer (lCr 20:4). A localização de Gobe é desconhecida, mas provavelmente ficasse nas \ izi- nhanças de Gezer, um bastião bem fortificado de onde se avistava a planície filisteia, localizada 11 km a nordeste de Ecrom, perto do vale de Aijalom. E possível que, na época em que o relato cie Crônicas foi escrito, a pequena aldeia de Gobe já tivesse se tornado quase desconhecida e que o escritor tenha dado o contexto geográfico em termos da cidade muito mais conhecida de Gezer, hoje Telljezer.Síbecaí. Este nome também ocorre na lista dos heróis de Davi (lCr 11:29), mas em 2 Samuel 23:27 o nome aparece como “Mebunai”. Ele era o capitão da oitava divisão do exército de Davi (lCr 27:11).Safe. Grafado como “Sipai” em 1 Crônicas 20:4. Também é acrescentada a declaração de que os filisteus foram subjugados.
2Sm.21:19 19. Em Gobe. O nome deste local é omitido em 1 Crônicas 20:5.Jaaré-Oregim. Ou, Jair (lCr 20:5).Golias. Na passagem paralela (lCr 20:5), é dito que Elanã matou o irmão de Golias, cujo nome era Lami.
2Sm.21:20 Sem comentário para este versículo
2Sm.21:21 21. Injuriava. \7er ISm 17:26, 36, 45.Jônatas. Este era sobrinho de Davi (ver lCr 20:7) e irmão de Jonadabe, o “homem mui sagaz”, amigo de Amnom (2Sm 13:3). Simeia, pai de Jônatas, é o mesmo Samá, Filho de Jessé (ISm 16:9).
2Sm.21:22 22. Nasceram dos gigantes. Se a palavra “gigante” for considerada um coletivo que designa um clã, esses quatro não eram necessariamente irmãos, mas simplesmente descendentes dos gigantes em Cate.Seus homens. Doheb. ‘ebed, a palavra usual para "escravo” ou “servo”. ‘Ebed vem da raiz abad, que significa “trabalhar” ou “servir”. Da forma como é usado neste verso, o termo se refere àqueles que serviam a Davi como soldados.Capítulo 22Salmo de ações de graças pelo poderoso livramento de Deus e por Suas múltiplas bênçãos.
2Sm.22:1 1. Deste cântico. Este cântico se encontra com diversas pequenas variantes no Salmo 18. O primeiro verso ocorre como o título do salmo. Alguns outros salmos que tratam de incidentes da vida de Davi trazemtítulos que explicam seu contexto histórico (cf. Êx 15:1; Dt 31:30; Jz 5:1).Todos os seus inimigos. Davi escreveu este salmo após Deus ter-lhe concedido um notável livramento das mãos de seusinimigos. Isso parece ter ocorrido depois da grande vitória sobre os filhos de Amom e seus aliados (ver 2Sm 8, 10). Também parece que o salmo foi composto enquanto I Xivi ainda podia falar diante do povo sobre sua justiça e sobre a pureza de suas mãos l2Sm 22:21), o que deve ter ocorrido antes de seu pecado com Bate-Seba (2Sm 11; cf. PP, 716).Das mãos de Saul. Estas palavras tendem a substanciar o fato de que o salmo não pertence aos últimos tempos do reinado de Davi, muito embora ele apareça aqui próximo ao final do relato de seu reinado. O livramento de Davi das mãos de Saul, incluindo sua vitória sobre o restante da casa deste, havia ocorrido em época suficientemente recente para que Davi o apresentasse como uma das razões para a composição do salmo. Isso parece requerer que o salmo tenha sido escrito um bom tempo antes do final do reinado de Davi.
2Sm.22:2 2. E disse. Estas palavras aparecem como as ultimas do sobrescrito do Salmo 18, no qual, as palavras de abertura são: “Eu Te amo, ó Senhor, força minha.’’ Esta frase não ocorre em 2 Samuel. A expressão do profundo e terno amor de Davi para com Deus forma uma introdução adequada ao salmo como um todo.O Senhor é a minha rocha, Esta expressão é típica de Davi. Enquanto fugia de Saul, Davi muitas vezes havia encontrado refúgio e fortaleza nas rochas das montanhas. Deus era para ele corno a fortaleza das rochas, proporcionando-lhe proteção e livramento de seus inimigos. O estilo do salmo é particularmente característico de Davi: cheio de grandiosidade, força e vigor. Sua personalidade se evidencia no salmo, do começo ao fim. Ele viveu tão perto das montanhas eternas, e as rochas foram seu local de habitação por tanto tempo, que passaram a ser parte de sua vida. Tornou-se algo próprio dele o entretecer essas figurasdo mundo natural nos cânticos que lhe brotavam do coração.
2Sm.22:3 3. Refugio, Literalmente, ''busco refúgio”. Esta é a nota de coragem entoada por Davi nos Salmos 7 e 11. Davi aprendera a colocar sua fé e confiança em Deus. Ele sabia que, apesar de qualquer coisa que as pessoas pudessem fazer, Deus nunca o abandonaria. Deus é tão seguro como as rochas das sólidas montanhas. O ser humano podia colocar total confiança nEle.Meu escudo. Para qualquer pessoa que não um guerreiro, a figura de um escudo teria pouco valor ou significado. Para Davi, o escudo muitas vezes significou sua própria vida. Ele conhecia por meio das mais vividas experiências pessoais a suprema importância desse instrumento em momentos críticos cie sua vida. Assim como seu fiel escudo impediu muitas vezes que ele fosse atingido pelas flechas de inimigos prontos a derrubá-lo, Deus o salvou repetidas vezes. A figura é característica de Davi. Como soldado que era, acostumado à batalha, seus cânticos refletem sua vida guerreira.A força da minha salvação. Literalmente, “o chifre da minha salvação”. Ver Lucas 1:69: “E suscitou-nos um chifre de salvação" (Bj, margem). O chifre era símbolo de força e poder. A figura se refere aos chifres de animais, que servem para ataque e defesa (ver iSm 2:1, 10; SI 75:10; 89:17; 92:10; 112:9). Deus era o chifre da salvação de Davi, no sentido de que Ele lhe proporcionava não só proteção e defesa, mas também ajuda e força na batalha contra os inimigos.Meu baluarte. Uma fortaleza na montanha. No ermo das regiões montanhosas, um lugar assim era elevado, inacessível e seguro contra ataques. De sua elevação, podia-se ter uma vista de toda a área em volta. Permitia a percepção de perigos que se aproximassem e também constituía um ponto vantajoso para se repelir ataques.Meu refúgio. Estas palavras não se encontram em Salmo 18:2. Elas explicam as declarações precedentes sobre Deus, mostrando como Davi O considerava. Em tempo de necessidade, Davi podia fugir para Ele em busca de proteção e contemplá-Lo como Salvador de inimigos visíveis e invisíveis.
2Sm.22:4 4. Digno de ser louvado. A atribuição de louvor Àquele que é digno é uma característica notável em muitos dos salmos.
2Sm.22:5 5. Ondas de morte. "Laços de morte” (SI 18:4). Davi expressa sua angústia por causa dos perigos que o cercavam, que estavam sempre procurando encobri-lo como uma inundação.Torrentes de impiedade. Literalmente, “as inundações de Belial”, ou "as torrentes de Belial” (ARC, BJ); é uma personificação da impiedade destrutiva. As "torrentes da destruição” (NVl) constantemente circundavam Davi, parecendo excluir todos os meios de escape. Ele compreendeu que Satanás estava guerreando tanto contra sua vida como contra sua salvação e que homens ímpios, usados como instrumentos do Maligno, sempre estavam arregimentados contra ele.Impuseram terror. Até os maiores heróis são por vezes acossados pelo medo.
2Sm.22:6 6. Cadeias infernais. Ou, "cordas do inferno” (ARC). A palavra “inferno” vem do heb, sheol, que em sentido figurativo se refere ao reino dos mortos. O termo não tem nada a ver com um lugar de tormento. Davi muitas vezes experimentou a proximidade da morte. Dificuldades, perigo, perseguição e angústia constituíam sua experiência diária, e essas coisas o levavam a estar próximo de Deus.
2Sm.22:7 7. A meu Deus. Constantemente rodeado de perigos, Davi compreendia, como muitos já o fizeram, sua contínua necessidade da mão protetora de Deus. O perigo o levava a orar e a olhar para Deus em busca de ajuda. A vida perigosa que ele levava ajudava a confirmar sua profunda experiênciareligiosa. Suas ansiedades o aproximavam de Deus e lhe davam um conhecimento pessoal da constante orientação e do cuidado do Senhor.Do Seu templo. De Sua habitação celestial, Deus olha para os seres humanos em suas angústias e lhes envia a necessária graça e força. Davi reconhecia o templo celestial como o lugar da habitação de Deus: "O Senhor está no Seu santo templo; nos Céus tem o Senhor Seu trono”' (SI 11:4).
2Sm.22:8 8. A terra se abalou e tremeu. Os v. 8-16 apresentam um quadro de Deus notavelmente belo e impressivo. A sublimidade e a solenidade da passagem são incomparáveis na descrição do poder e da força de Deus. O quadro é o de uma terrível tempestade e de um terremoto, acompanhados por densa fumaça e escuridão, relâmpagos e o ribombar ensurdecedor de trovões, os quais revelam a Davi a presença pessoal de Deus. Sem dúvida, o quadro surgiu como resultado de experiência pessoal, quando Davi, estando em campo aberto, exposto às intempéries, e talvez batalhando contra inimigos para preservar a vida, recebeu a revelação da proximidade de Deus na salvação de Seu povo. A cena lembra os terrores que acompanharam a solene proclamação da lei no Sinai (Êx 19:16-18).Porque Ele Se indignou. Por uma figura de linguagem, o espantoso abalo da Terra e as terríveis comoções do céu são apresentados como resultado da tremenda ira de Deus.
2Sm.22:9 9. Das Suas narinas, subiu fumaça.Em linguagem poética, as espetaculares forças da natureza são retratadas como se procedessem de Deus para realizar a obra de destruição por Ele designada.
2Sm.22:10 10. Baixou Ele os céus. Como numa tempestade as nuvens descem, parecendo repousar sobre árvores e colinas, Deus é retratado como se baixasse os céus em Sua ira.
2Sm.22:11 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:12 12. Por pavilhão pôs, ao redor de Si, trevas. “Das trevas fez um manto em que Se ocultou; escuridade de águas e espessas nuvens dos céus eram o Seu pavilhão" (SI 18:11). O quadro é o de Deus fazendo Sua habitação na ameaçadora escuridão da tempestade. Ele Se assenta ali, invisível, mas próximo, executando vingança contra Seus inimigos (ver Dt 4:11; SI 97:2).
2Sm.22:13 13. Do resplendor. lendo como fundo a escuridão da tempestade, aparece o ofuscante brilho dos relâmpagos.
2Sm.22:14 14. Trovejou o Senhor. Imediatamente após o relâmpago (v, 13), é ouvido o estrondo do trovão que traz os juízos de Deus sobre Seus inimigos. O Salmo 18:13 acrescenta: “granizo e brasas de fogo".
2Sm.22:15 15. Despediu setas. Estes relâmpagos seguidos por trovões também são descritos no Salmo 77:17 e 18. Deus é retratado em linguagem poética como um guerreiro que lança as flechas para a destruição dos inimigos (ver Dt 32:23; ]ó 6:4; SI 7:12, 13; 38:2; Lm 3:12, 13).E os desbaratou. O Senhor derrota completamente Seus inimigos, e Sua guerra contra eles resulta em completa destruição (ver Êx 23:27; Js 10:10; Jz 4:15, 16; ISm 7:10).
2Sm.22:16 16. Eesfolgar de Suas narinas. Ver Exodo 15:8, uma descrição poética do êxodo, em que Moisés retrata o Senhor afastando as águas do Mar Vermelho com o vento produzido pelo assopro de Suas narinas. Como resultado disso, os vagalhões “coalharam-se no coração do mar".
2Sm.22:17 17. Das muitas águas. Deixando sua descrição da ira de Deus manifesta na tempestade, Davi passa a descrever o livramento que Deus operou em seu favor (v. 17-20). Davi fora livrado, por assim dizer, de um mar de problemas.
2Sm.22:18 18. Do forte inimigo. Aqui possivelmente ele se refira aos amonitas e seus poderosos aliados (2Sm 10).
2Sm.22:19 19. Assaltaram-me. Literalmente, “confrontaram-me”.
2Sm.22:20 20. Para um lugar espaçoso. Em contraste com os apertos ocasionados pelos ataques de seus inimigos. Graças à ajuda de Deus, o poder dos adversários foi quebrado e Davi, livrado.Ele Se agradou de mim. Davi dá a : razão pela qual Deus concedeu vitória a ele e não a seus inimigos. Não foi um favoritismo arbitrário; Deus podia atuar maravilhosamente em favor de Seu servo porque Davi estava cooperando com os propósitos do Céu (ver v. 21-28).
2Sm.22:21 21. Segundo a minha justiça. No passado, Deus prometera bênçãos de saúde e prosperidade como recompensa imed iata da obediência (Dt 28:1-14)A pureza das minhas mãos. As mãos são os instrumentos da ação. O Senhor olha tanto para os atos dos homens como para seu coração (SI 15:2-5; 24:4, 5). Na ocasião em que estas palavras foram escritas, Davi podia falar abertamente da pureza de suas mãos, mas isso não foi mais possível após seu pecado com Bate-Seba e contra L rias. o heteu. Talvez haja aqui uma indicação de que este salmo foi escrito após a derrota dos amonitas e de seus aliados (2Sm 10), mas antes do pecado de Davi com Bate-Seba (ver com. de 2Sm 11:1).
2Sm.22:22 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:23 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:24 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:25 25. Segundo. Ver com. do v. 21.
2Sm.22:26 26. Para com o benigno» No verso anterior, Davi apresentou a razão para Deus recompensá-lo. Neste, apresenta um princípio geral, mostrando novamente que o Senhor não lhe mostrara favoritismo especial e que, na verdade, Deus estenderá os mesmos favores e a misericórdia a todos os que se mostrarem misericordiosos e retos. As recompensas de Deus estão condicionadas à atitude do ser humano para com Ele e à conduta deste em relação ao próximo. Contudo, a experiência de Jó ilustra que pode haver aparentes exceções a esse princípio geral. Por causa das implicações do grande conflito entre Cristo e Satanás,às vezes, é permitido que sobrevenham aflições aos justos.
2Sm.22:27 27. Inflexível. Para o perverso, Deus parece ser perverso. Os ímpios acham que Lie é severo e injusto em Seu trato com eles, quando na verdade Lie é justo, pois deixa que colham o que semearam c permite que recebam o mesmo tratamento que deram a outros. Porem, em meio a tudo isso, Deus procura salvá-los (ver Lv 26:23, 24, 40-45).
2Sm.22:28 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:29 29. Tu, Senhor, és a minha lâmpada. "Porque fazes resplandecer a minha lâmpada” (SI 18:28). Este verso introduz outra seção do salmo (2Sm 22:29-46), na qual Davi fala do que o Senhor fez e fará por ele (ver SI 132:17; IRs 11:36; 15:4).
2Sm.22:30 30. Exércitos. Do heb. gecíud. Uma divisão do exército ou um grupo de homens equipados com armas leves, enviados contra um país inimigo com propósitos de pilhagem, como foi o caso dos amalequitas que queimaram Ziclague (lSm 30:8, 15). Com a ajuda do Senhor, Davi conseguiu repetidas vitórias sobre esses bandos hostis. Era preciso ter velocidade, coragem e destreza para vencer essas lorças, e essa capacidade lora dada a Davi por Deus.Salto muralhas. Por causa da ajuda de Deus, nenhuma barreira podia deter Davi em sua perseguição ao inimigo.
2Sm.22:31 31. Perfeito. Do heb. tanihn, "completo”, "íntegro”, "inteiro". A ênfase do hebraico não está, como no português, sobre a ausência de falhas, mas sobre a qualidade de ser completo.Escudo. Deus oferece proteção a todos os que nEle colocam a sua conliança.
2Sm.22:32 32. Pois quem é Deus [...]? Há apenas um Deus, e este é Yahvveh. Sendo assim, os inimigos de Davi podiam contar apenas com suas próprias manobras, enquanto ele tinha todo o poder do Céu à sua disposição.Quem é rochedo [...]? Quem é confiável, firme, inamovível e estável, senão o nosso Deus?
2Sm.22:33 33. Deus é a minha fortaleza. O homem que não se apoia no Senhor não é mais forte que ele próprio, mas o homem que confia em Deus tem consigo a força do Céu.
2Sm.22:34 34. A ligeireza das corças. Entre penhascos ásperos e trilhas difíceis das montanhas, os pés da corça eram ligeiros e seguros. Nos caminhos tortuosos que Davi teve de seguir, Deus fizera com que ele andasse a salvo e com os pés seguros.
2Sm.22:35 35. Ele adestrou as minhas mãos para o combate. Davi era um guerreiro hábil e bem-sucedido e atribuía seu sucesso a Deus. Não se empenhava em guerras egoístas ou cruéis, mas travava as batalhas do Senhor, e assim podia buscar de Deus tanto habilidade quanto proteção e direção.Um arco de bronze. Os guerreiros antigos se orgulhavam de sua força ao estenderem o arco. O Senhor tinha dado a Davi força e habilidade para manejar bem as armas de guerra.
2Sm.22:36 36. O escudo do Teu salvamento. Ver Ef 6:17: “o capacete da salvação”. A melhor proteção que qualquer pessoa pode ter para qualquer dos perigos da vida é o poder salvador de Deus.Clemência. Do heb. ‘anoth, literalmente, “responder”. O significado é obscuro. O Salmo 18:35 traz ‘anawcth, literal mente, “humildade”, que, obviamente, é o significado correto. A bondosa e gentil condescendência de Deus (ver SI 113:6, 7) manifestada aos mansos e humildes da "berra (Is 57:15; 66:2) os capacita a alcançar as maiores honras e elevados triunfos.
2Sm.22:37 37. Alongaste sob meus passos. Ou, parafraseando: “Em lugares apertados e estreitos me deste livre espaço para que eu fosse capaz de avançar sem impedimento.” “Quando andares, não se estreitarão os teus passos; e se correres, não tropeçarás” (Pv 4:12, TB; cf. SI 31:8).Pés. Literalmente, “tornozelos” (ver NVl). Deus deu ao salmista poder para andar emlugares perigosos com passos firmes e tranquilos; seus tornozelos não vacilaram e seus passos não escorregaram.
2Sm.22:38 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:39 39. Sob meus pés. Os artistas da Antiguidade frequentemente retratavam os vencedores em pé sobre seus inimigos, que jaziam mortos sob seus pés ou debaixo das patas de seus cavalos. A figura aqui não é a de vencer e dominar, mas a de derrubar um inimigo e passar por cima dele.
2Sm.22:40 40. Os que se levantaram. Durante a vida de Davi, constante mente surgiram inimigos, mas o Senhor fez com que caíssem diante de seu poder.
2Sm.22:41 41. Puseste em fuga. Literalmente, “deste-me o pescoço” (ARC), ou “deste-me a parte de trás do pescoço”. A expressão significa que os inimigos foram postos em fuga diante dele, voltando-lhe as costas. Deus prometera: “Farei que todos os teus inimigos te voltem as costas [em hebraico, ‘os pesco- çosT (Êx 23:27).
2Sm.22:42 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:43 43. Como o pó. Os inimigos de Davi foram reduzidos a pó, e o poder deles foi transformado em impotência. O Salmo 18:42 diz: "Então, os reduzi a pó ao léu do vento”, reforçando, assim, a idéia de espalhar os adversários como o pó é espalhado ao vento.Como a lama das ruas. Outra expressão que denota a totalidade da vitória. Os inimigos de Davi não só foram reduzidos a pó, mas ficaram sob seus pés (ver Is 10:6; Zc 10:5; Ml 4:3).
2Sm.22:44 44. Das contendas do meu povo. O Salmo 18:43 fala de "contendas do povo”, e o mesmo ocorre na LXXe em 2 Samuel 22:44. Uma vez que Davi está avançando para um clímax de vitória completa sobres seus inimigos estrangeiros (2Sm 22:44-46), alguns pensam que seria pouco provável que neste verso ele est i\ esse se referindo a dificuldades domésticas. As guerras de seu povo, nas quais ele está aqui empenhado, eram guerras que estavam sendo travadas contra outras nações.Cabeça das nações. Em sua vitória sobre os pagãos, Davi havia se tornado senhor desses povos, e eles lhe pagavam tributos. Não era plano de Deus que o mundo continuasse dividido em muitas nações que constantemente se empenhavam em guerra umas contra as outras, mas que todas elas acabassem se unindo como uma só nação, sob a liderança de um único rei, tendo Jerusalém como a capital. Contudo, os israelitas se recusaram a cooperar com o plano de Deus para torná-los líderes e portadores de luz para os gentios. Foram rebeldes e orgulhosos, e, em muitos aspectos, não foram melhores que seus vizinhos pagãos. Finalmente, Deus rejeitou Seu plano para a nação e lhes tirou os privilégios.Contudo, sob a liderança do Messias que \ iria como o descendente de Davi, e por meio cio verdadeiro Israel de Deus — a descendência espiritual de Abraão - esse plano irá se cumprir, mas, em muitos aspectos, de maneira diferente do propósito original (ver Rm 9:6-8; PR, 713, 714).Que não conhecí. Ver is 55:5.
2Sm.22:45 45. Sujeitaram, Literalmente, "encolheram”.
2Sm.22:46 Sem comentário para este versículo
2Sm.22:47 47. Vive o Senhor, Davi aqui chega à seção final do cântico (v. 47-51). Com base nas vitórias que o Senhor lhe deu, ele rende louvores e ações de graças a Deus. O Senhor não Se esqueceu dele nem o abandonou; o Deus vivo (SI 42:2; Is 37:4, 17; Jr 10:10; Os 1:10; Fi m 6:17), o "único que possui imortalidade” (iTm 6:16), sempre esteve presente. Deus era mais do que uma teoria ou abstração para Davi. Ele aprendeu a conhecer a Deus como amigo e salvador pessoal, e então expressou grato louvor pelo maravilhoso livramento c cuidado.A Rocha da minha salvação. Ver SI 89:26. Davi novamente recorda o que Deus significa para ele: é sua rocha e sua salvação, ou seja, é o Deus que é sua força e defesa e que lhe traz salvação.
2Sm.22:48 48. Por mim tomou vingança. Deus vive e Se importa conosco. Não abandonouDavi como uma v ítima indefesa nas mãos de seus inimigos, mas executou justiça em seu favor (ver SI 94:1; Lc 18:7).
2Sm.22:49 49. Que me tirou. Davi se viu repetidas vezes rodeado por seus inimigos e aparentemente indefeso em poder deles. No entanto, Deus lhe concedera livramento, tirando-o vitoriosa mente cie seu meio e eolocando-os em sujeição a ele.Do homem violento. Alguns comentaristas creem que esta frase se aplica especificamente a Saul, mas a aplicação é provavelmente geral. Iodo o conteúdo cio cântico, particularmente a seção final, faz parecer que Davi não está aqui pensando especifica mente em Saul, mas em seus inimigos de maneira geral. Eles eram certamente homens violentos e, se tivessem se apoderado de Davi, teriam-no tratado crue.1- mente. O Senhor havia graciosamente concedido a Davi livramento de tais homens.
2Sm.22:50 50. Celebrar-Te-ei, pois. O “pois” associa as ações de graças de Davi à narração precedente sobre as misericórdias de Deus. O segredo da profunda experiência religiosa de Davi estava no fato de que ele sempre conservava em mente, as misericórdias que recebera de Deus e nunca cessava de agradecê-las ao Senhor.Entre as nações. As assinaladas vitórias dadas a Davi exaltavam o poder do Deus de Israel diante das nações. Paulo citou este verso para ilustrar como o conhecimento de Deus chegaria aos gentios pela pregação do evangelho (Rm 15:9). Deus planejouque Israel fosse Seu evangelho de salvação. O salmista frequentemente falava da glória que viria a Israel se a nação cumprisse seu elevado destino; ansiava pelo momento em que toda a ferra adoraria a Deus e cantaria louvores a Ele (SI 66:4) e em que todos os reis da Terra se prostrariam diante dEle e todas as nações O serviríam (SI 72:11). Portanto, o salmista conclamou Israel a cantar "entre os povos os Seus feitos'' (SI 9:11) e a anunciar "entre as nações a Sua glória" (SI 96:3) e expressou sua própria intenção de render graças a Deus entre os povos e de cantar-Lhe louvores entre as nações (SI 57:9; ver também SI 105:1; Is 12:4).
2Sm.22:51 51. E Ele quem dá grandes vitórias. A ARC e ACF, seguindo o original, trazem: "Ele é a torre das salvações do seu rei” (ver SI 18:50). O significado é claro: o Senhor confere a plenitude de Sua salvação ao rei, concedendo-lhe triunfos sempre maiores sobre seus inimigos.E sua posteridade. Parece haver aqui uma referência à profecia de Natã (2Sm 7:12-16), de que depois da morte de Davi, o Senhor firmaria sua descendência e estabeleceria o trono de seu reino para sempre. Neste verso, Davi agradece a Deus essa grande misericórdia. Todo o salmo é um grande hino de louvor e ações de graças, uma bela e sincera expressão da confiança de Davi em Deus e clc sua grata aceitação da certeza dada pelo Senhor de que Ele daria o reino a Davi e a seus descendentes para sempre.COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WfflTE 36 - Ev, 639; MCH, 53; TM, 104; T3, 477Capítulo 23Palavra de Davi, filho de jessé, palavra do homem que foi exaltado, do ungido do Deus de Jacó, do mavioso salmista de Israel.cansar a mão e :>c,m i .< o" >h'i naqueledia. o St.MtoH eleiuou grancic " i emento: t o povo voltou para onde Eleazar estava somente para tomar os despojos.havia um pedaço de terra cheio de lentilhas; e o povo fugia de diante dos filisteus.!9 L ra ele mais nobre do que os trinta e era • ia ivvk"!o deles; contudo, aos primeiros três não chegouzi íviatou também um egípcio, homem cie grande estatura; o egípcio trazia uma lança, mas Benaia o atacou com um cajado, arrancou-lhe da mão a lança e com ela o matou.
2Sm.23:1 1. As últimas palavras de Davi. Este capítulo consiste cie duas partes distintas. Os v. 1 a 7 são um salmo que constitui o último pronunciamento formal de Davi, e os v. 8 a 39 são uma lista de seus heróis. O cântico não se encontra nos Salmos.Palavra. Ou, "diz” (ARC). Do heb. iicuni, um pronunciamento feito por Deus, diretamente ou por meio de Seus profetas. A palavra não é usada para designar pronunciamentos humanos comuns. Ela ocorre com mais frequência na frase "diz o Senhor”. Os falsos profetas usavam o termo para dar a impressão de que estavam comunicando mensagens divinas (Jr 23:31).Exaltado. Davi era um homem de origem humilde a quem o Senhor escolheu e elevou â exaltada posição de profeta e rei (ver 2Sm 7:8, 9; SI 78:70; 89:27).Mavíoso salmista de Israel. Estas palavras são uma descrição apropriada do homem que escreveu não apenas este cântico, mas também muitos salmos que se tornaram uma inspiração para pessoas de todas as épocas.
2Sm.23:2 2. Espírito do Senhor. A mensagem não era um pronunciamento pessoal de Davi. O fato de que o Espírito Santo falou justifica o uso da palavra neum (ver com. do v. 1).Na minha língua. Ver jr 1:9; cf. 2Pe 1:21.
2Sm.23:3 3. A Rocha de Israel a mim me falou. Esta frase, paralela à anterior, marca o estilo poético deste cântico (ver as frases paralelas do v. 2).Aquele que domina com justiça. Aqui é exaltada a bênção de se ter um governante justo; não se trata de aconselhar um governante a dominar com justiça.No temor de Deus. "As autoridades que existem foram por Ele instituídas”, e aquele que está em posição de autoridade é "ministro de Deus’’ (Rm 13:1-4). Todo aquele que governa deve, portanto, fazê-lo no constante temor de Deus, sempre consciente de que governa por nomeação divina e de que o Céu o considera responsável por toda decisão que toma.
2Sm.23:4 4. Como a luz da manhã. Ver SI 89:36. Aquele que governa para Deus será como o Sol, que traz à Terra luz, calor e bênçãos.A erva. O verdor da terra vem como resultado da ação da luz solar e das chuvas. Assim, a pessoa que governa é capaz de trazer bênçãos, se desempenhar suas responsabilidades de maneira justa e no temor de Deus.
2Sm.23:5 5. Não está assim [...]? Ou, "ainda que a minha casa não seja tal” (ARC), mas algunscomentaristas colocam esta 1 rase na forma de uma pergunta, como na ARA. Pelo fato de Davi se esforçar para governar de maneira justa, sábia e no constante temor de Deus, o Senhor prometeu estabelecer sua dinastia para sempre. A promessa era condicional, e as condições não foram satisfeitas por sua descendência literal. Portanto, somente por meio de Cristo, como o descendente de Davi, é que essas promessas encontram cumprimento.Não me fará Ele prosperar [...]?Alguns sugerem que esta frase, em harmonia com a anterior, deve, semelhantemente, ser interrogativa, como na ARA. A forma afirmativa não faz sentido.
2Sm.23:6 6. Como os espinhos. Em contraste com o estabelecimento do trono de Davi estaria o triste destino dos homens de Belial. Homens ímpios não se deleitariam com os frutos da salvação, mas seriam todos “lançados fora como os espinhos”, postos de lado como algo totalmente inútil, para serem consumidos e desaparecerem.Com as mãos. Os ímpios são como espinhos que ferem as mãos daqueles que procuram tocá-los. Assim, os meios comuns não são suficientes para tirá-los do caminho.
2Sm.23:7 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:8 8. Dos valentes. Este verso introduz a segunda seção do capítulo (v. 8-39), que apresenta uma lista dos heróis de Davi. A mesma lista, com algumas variantes, ocorre em 1 Crônicas 11:11-47. Em Crônicas, alista surge no princípio da narração do reinado de Davi; aqui, ocorre no final, mas evidentemente data do início do reinado (ver com. do v. 24).Josebe-Bassebete. Ele aparece como "jasobeão, hacmonita” (lCr 11:11), que estivera com Davi em Ziclague (1 Cr 12:1, 6).O principal de três. Ver lCr 27:2. Este era capitão da primeira divisão do exército de Davi, que servia durante o primeiro mês do ano. Uma discussão da palavra aqui traduzida como “de três” (ARA) ou “dos capitães” (ARC) pode ser vista no com. de 2 Reis 7:2Brandiu a sua lança. Tradução conforme 1 Crônicas 11:11. A ARC e ACF trazem, em vez desta frase: “era Adi no, o eznita’.Oitocentos. Ou, “trezentos” (lCr 11:11). E impossível dizer qual dos dois números é o correto. Um dos manuscritos da versão siríaca também traz “oitocentos”, em Crônicas.
2Sm.23:9 9. Dodô. Provavelmente o mesmo que Dodai, o comandante da segunda divisão do exército, que servia durante o segundo mês (lCr 27:4).Desafiaram os filisteus. Eleazar “se achou com Davi em Pas-Damim, quando se ajuntaram ali os filisteus” (lCr 11:13). Pas- Damim também aparece como Efes-Damim (lSm 17:1). Foi o lugar onde os filisteus se acamparam quando Golias desafiou os exércitos de Israel e foi morto por Davi.
2Sm.23:10 10. E ficar pegada à espada. Ele havia segurado a espada com tanta força e durante tanto tempo que foi difícil soltá-la depois.
2Sm.23:11 11. Lentilhas. Em 1 Crônicas 11:13 e 14, é dito “cevada”. Talvez existissem as duas plantações no local. O encontro em questão parece ter resultado de uma incursão feita por Sarna em um pedaço de terra que os filisteus provavelmente estavam saqueando.
2Sm.23:12 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:13 13. Três dos trinta. Devia haver vários grupos de três entre os trinta heróis de Davi. Originalmente ele parece ter tido um grupo de exatamente trinta heróis, mas esse número mais tarde aumentou, como se pode ver pelos 37 homens alistados aqui (v. 39). Os três aos quais se faz referência neste verso provavelmente não são os mencionados anteriormente, isto é, Jasobeão, Eleazar e Sarna (v. 8-11).No vale dos Refains. Um vale localizado a sudoeste de Jerusalém (ver com. de 2Sm 5:18).
2Sm.23:14 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:15 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:16 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:17 17. O sangue. Para Davi, a água conseguida com risco da vida desses homens era como o sangue em que residia a vida deles (ver Gn 9:4; Lv 17:10, 11).
2Sm.23:18 18. Cabeça de trinta. Ou, “três” (ARC), conforme a margem da Bíblia hebraica. A palavra para “três”, nos textos dos manuscritos disponíveis, está grafada erroneamente ou está incompleta. Vários manuscritos hebraicos e a versão siríaca trazem “trinta”. Segundo a tradução da ACF e da ARC, Abisai seria o primeiro da segunda tríade (v. 19), e Benaia (v. 20, 22), o segundo, sendo que o terceiro componente não é mencionado. Se Abisai era cabeça cios “trinta", então Benaia vinha depois dos três, mas ele e Abisai não se igualavam aos três.
2Sm.23:19 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:20 20. Benaia. O comandante da guarda pessoal do rei (os quereteus e os peleteus) durante todo o reinado de Davi (2Sm 8:18; 20:23) e o comandante da terceira divisão de Davi (lCr 27:5, 6). Teve uma parte importante no apoio a Salomão quando Adonias procurava tomar o trono e recebeu o posto de comandante do exército de Salomão, no lugar de Joabe (1 Rs 1:8, 26, 32-39; 2:25-35; 4:4). Seu pai, joiacla, é chamado “chefe dos sacerdotes”, em 1 Crônicas 27:5 (ACF).Cabzeel. Uma cidade no extremo sul de Judá, próxima à fronteira edomita (Js 15:21).Heróis. Do heb. ariel. Literalmente, “leão de Deus”. Dois manuscritos da LXX dizem "filhos de Ariel". Alguns acham que Benaia matou dois filhos de um rei moabita chamado Ariel.Matou um leão. O ato de matar um leão era considerado uma grande proeza (ver ISm 17:34-36).
2Sm.23:21 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:22 Sem comentário para este versículo
2Sm.23:23 23. Sobre a sua guarda. A guarda pessoal de Davi (ver com. do v. 20).
2Sm.23:24 24. Asael. Uma vez que Asael. foi morto por Abner enquanto Dava reinava em Hebrom (2Sm 2:23), é evidente que esta lista vem do período inicial do reinado de Davi. Asael comandava a quarta divisão (lCr 27:7).
2Sm.23:25 25. Sama, harodita. Ou, “Samote, harorita" (ICr 11:27), ou ainda, "Samute, oizraíta” (lCr 27:8), o comandante da quinta divisão de Davi.
2Sm.23:26 26. Heles, paltíta. Ou, “Heles, pelo- nita” (lCr 11:27), o comandante da sétima divisão (lCr 27:10).Ira. Comandante da sexta divisão (lCr 27:9). Sua cidade natal era Tecoa, a cidade onde mais tarde nasceu Amós (Am 1:1) e que ficava oito quilômetros ao sul de Belém. Tecoa hoje é chamada Tequ.
2Sm.23:27 27. Abiezer. Natural de Anatote, que posteriormente veio a ser a cidade natal de Jeremias (Jr 1:1) e comandante da nona divisão (lCr 27:12).Mebunai. Ou, “Sibecai” (lCr 11:29 e 27:11), comandante da oitava divisão. Foi ele quem matou o gigante filisteu Safe(2Sm 21:18).
2Sm.23:28 28. Zaímom. Ou, “liai” (lCr 11:29).Maaral. O comandante da décima divisão (lCr 27:13). Netofa fazia parte de um grupo de aldeias que ficava próximo a Belém (lCr 2:54; 9:16; Ne 7:26; 12:28).
2Sm.23:29 29. Helebe. Ou, “Helede" (lCr 11:30), ou ainda “Heldai” (lCr 27:15), comandante da 12a divisão.
2Sm.23:30 30. Benaia. Um efraimita, comandante da 11a divisão (lCr 27:14).Hidai. Ou, “Hurai” (lCr 11:32), Em hebraico o d e o r são tão semelhantes que uma letra pode facilmente ser confundida com a outra (ver com. de 2Sm 8:12).
2Sm.23:31 31. Abi-Albom. Ou, “AbieL (ICr 11:32).
2Sm.23:32 32. Os filhos de Jasém. Ou, “os filhos de íiasém, de Gizom" (ICr 11:34, NVl).Jônatas. Lm 1 Crônicas 11:34, esse nome ocorre corno "jônatas. filho de Sage, hararita”. Um manuscrito cia LXX traz, no texto de Sarnuel: "jônatas, filho de Sama, hararita".
2Sm.23:33 33. Sarar. Ou, “Sacar” (lCr 11:35).
2Sm.23:34 34. Elifelete, filho de Aasbaí. No trecho equivalente em Crônicas: "Llifal, filho de Ur; l íéfer, mequeratita” (1 Cr 1 1:35, 36), alistando assim dois heróis em vez de um.Eliã. Em ] Crônicas 11:36, omite-se Eliã, mas acrescenta-se o nome cie outro indivíduo, “Aías, pelonita”. E interessante saber que entre os heróis de Davi estava o filho de seu famoso conselheiro, Aitofel (ver 2Sm 15:31; 16:23).
2Sm.23:35 35. Hezrai. Ou, “Hezro” (iCr 11:37). A maioria dos heróis de Davi era de sua região natal. Carmelo, a moderna Kermel, era uma cidade que ficava 12 km ao sul, indo pelo leste de Hebrom.Paarai, arbita. Provavelmente o mesmo que “Naarai, filho de Ezbai" (lCr 11:37).
2Sm.23:36 36. Igal, filho cie Natã. Provavelmente o mesmo que “Joel, irmão de Natã” (lCr 11:38).Baní, gadita. Provavelmente o mesmo que “Mibar, filho de Hagri” (lCr 11:38).
2Sm.23:37 37. Zele que, amonita. Davi tinha vários estrangeiros de destaque a seu serviço, entre eles “Igal, filho de Natã de Zobá” (v. 36; cf. 2Sm 8:3, 5, 12); “Itai, o geteu” (2Sm 15:18, 19),da cidade filisteia de Gate; e “Urias, heteu” (2Sm 23:39). Possivelmente, todos eles tenham aceitado a religião hebraica.Naarai. Era provavelmente o chefe dos dez escudeiros de Joabe (2Sm 18:15), ou talvez originalmente o único escudeiro de Joabe.
2Sm.23:38 38. Ira, itrita. Aparentemente o mesmo Ira, que era um dos principais ministros de Davi (2Sm 20:26).Garebe, itrita. Os itritas eram famílias das vizinhanças de Quiriate-Jearim (1 Cr 2:53), urna aldeia 13 km a noroeste de Jerusalém, onde a arca foi colocada depois de ter sido enviada de volta para Bete-Semes pelos filisteus que a tomaram (iSm 7:1, 2).
2Sm.23:39 39. Urias, heteu. Ver 2Sm 11. Depois do nome de Urias, em 1 Crônicas 11:41-47, são alistados 16 heróis cujos nomes não se encontram mencionados em nenhuma outra parte da Bíblia.Capítulo 24Dã ate Berseba, e levanta o censo do povo, para que eu saiba o seu número.I I Ao levantar-se Davi pela manhã, veio a palavra do Senhor ao profeta Gacle, vidente de Davi, dizendo:e, de Da até Berseba, morreram setenta mil homens do povo.o povo.
2Sm.24:1 1. A acender-se. A causa do desagrado não é dada aqui. O contexto sugere que a fonte pode ter sido o crescente orgulho e autoconfiança de Israel, resultantes da reeém-alcançada grandeza nacional. Havia aumentado a ambição por grandeza mundana e o desejo de ser como os povos ao redor, e com isso a nação estava perdendo de vista o solene destino para o qual havia sido chamada.Ele incitou. Isto é, o Senhor o fez. O relato paralelo diz: "Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel” (lCr 21:1). Essas declarações não são necessariamente contraditórias, mas podem simplesmente representar dois aspectos do mesmo incidente. No verso em consideração, há outro exemplo em que se atribui a Deus aquilo que Ele não impede (ver PP, 728, 739). Na verdade, foi Satanás quem instigou o orgulho e a ambição que levaram o rei de Israel a promover medidas para aumentar o tamanho de seu exército com o propósito dc ampliar as fronteiras de Israel através de novas conquistas militares (ver PP, 747).Levanta o censo. Não há nada na narrativa que indique precisamente em que ponto da vida de Davi este incidente ocorreu. O fato de que Joabe esteve empenhado na obra por quase dez meses (v. 8) mostra que deve ter sido numa ocasião em que Israel estava livre da guerra. No relato paralelo (lCr 21), a narrativa é imediatamente seguida pelo relato dos preparativos de Davi para a construção do templo. Tanto em Samuel quanto em Crônicas, esses preparativos estão entre as últimas coisas registradas sobre o reinado de Davi. Tudo isso leva à conclusão de que o censo militar ocorreu próximo ao fim de seu reinado.
2Sm.24:2 2. A Joabe. A tarefa foi designada a joabe porque ele estava no comando do exército, e o censo era para propósitos militares(ver v. 9; PP, 747).De Dã até Berseba. A frase está ao contrário em 1 Crônicas 21:2: "Desde Berseba até Dã” (ver 2Cr 30:5). Nos Livros anteriores, a expressão usada é "desde Dã até Berseba (Jz 20:1; ISm 3:20; 2Sm 3:10; 17:11; 24:2, 15; lRs 4:25). Uma possível explicação para essa reversão é que, no tempo em que Crônicas foi escrito, por volta do 5° século a.C., a parte do reino mais saliente na mente dos hebreus era Judá, pois o reino do norte, Israel, havia sido extinto dois séculos antes. Uma vez que Dã estava no reino do norte, dificilmente teria parecido apropriado mencioná-la antes de Berseba. Assim, o uso desta expressão, "de Dã até Berseba”, é um indicativo da antiguidade dos livros de Samuel.
2Sm.24:3 3. Por que [...]? Joabe era um general endurecido e inescrupuloso, mas até ele viu que fazer um censo assim estava em desarmonia com os princípios fundamentais da monarquia hebraica. Por meio de várias perguntas, ele se esforçou para fazer Davi reconhecer a loucura de seu procedimento.
2Sm.24:4 Sem comentário para este versículo
2Sm.24:5 5. Tendo eles passado o Jordão. Estes detalhes do método usado para fazer o censo são omitidos em Crônicas. Cruzando o Jordão, Joabe e os capitães do exército começaram o trabalho no extremo sul, em Aroer, Esta cidade ficava às margens do rio Arnom (Dt 2:36; Js 13:16), na fronteira sul do território de Israel naTransjordânia. Suas ruínas ainda trazem o nome de Ara ir.No meio do vale. Ou, "no meio do ribeiro” (ARC), mas o significado pode ser “no meio do wadi”, o vale, conforme a ARA (ver Js 13:9).De Gade. Uma das recensões da LXX diz “em direção a Gade” ou “para Gade”.jazer. Cidade que fica na fronteira de Gade (Js 13:24, 25).
2Sm.24:6 6. A Gileade. Gileade ficava a sudeste do mar da Gafileia e incluía Gade e Manassés.Cades, na terra dos heteus. Ou, "À terra de Tatini-Tlodehi” (TB), ou também "à terra baixa de Hodsi”. Nada se sabe sobreesta terra nem sobre seu nome. Uma das recensões da LXX diz: "Cades, na terra dos heteus”, que é a tradução adotada pela ARA e outras versões.Dã-Jaã. Este é o único verso em que o nome “Da” ocorre com o sufixo “Jaã”. Não há dúvidas de que a referência é a “Dã”, já que este nome é mencionado duas vezes (v. 2, 15) e que, neste ponto da descrição, seria apropriada a menção de um local que ficasse no extremo norte, nas vizinhanças de Sidom (ver Js 19:47; Jz 18:27-29).Sidom. Embora Sidom estivesse nomi- naImente dentro da tribo de Aser, parece nunca ter pertencido a essa tribo (Jz 1:31,32).
2Sm.24:7 7. A fortaleza de Tiro. Chegaram a alguma fortaleza na fronteira fcnícia, nas proximidades de Tiro, embora não tenham ido à cidade em si. Tiro, nessa época, era um estado independente cujo governante, Hirão, foi amigo tanto de Davi (2Sm 5:11; fCr 14:1) quanto de Salomão (lRs 5:1).Dos heveus. Parece que os remanescentes desses antigos habitantes da terra (Dt 7:1; Jz 3:5) ainda ocupavam áreas próximas às fronteiras de Israel.A Berseba. Não são dados detalhes dos locais visitados na realização do censo nas principais partes de Israel e de Judá.
2Sm.24:8 8. Nove meses e vinte dias. Este detalhe exato reflete a fidedignidade do registro. O fato de que foi usado um tempo tão longo indica que deve ter sido feito um trabalho cuidadoso.
2Sm.24:9 9. Deu [...] orecenseamento. Os nú meros dados aqui diferem de 1 Crônicas 21:5. Alguns creem que o total atribuído a Israel, em Crônicas, talvez incluísse o exército permanente de 288 mil homens (ICr 27:1 -15). Outros consideram que esse total inclui a estimativa sobre as tribos de Levi e Benjamim, cujo censo não foi realizado (ICr 21:6). Talvez haja uma distinção entre os "homens de guerra'’ mencionados aqui e os homens de "todo o Israel”mencionados em 1 Crônicas 21:5 (ARC, ACF), se for considerado que o primeiro grupo consistiría das tropas elegíveis para o serviço ativo e que o segundo incluiría, além disso, as unidades de reserva. De qualquer forma, os números dados são o b v i a m ente r e d o n d o s.
2Sm.24:10 10. Muito pequei. Enquanto o censo prosseguia, Davi começou a pensar nas implicações do que havia feito e a perceber que estava cometendo um erro. Foi o Espírito de Deus que lhe falou e lhe mostrou a loucura de seu procedimento. Com profunda humildade, confessou seu erro diante de Deus e pediu perdão.
2Sm.24:11 Sem comentário para este versículo
2Sm.24:12 Sem comentário para este versículo
2Sm.24:13 13. Sete anos. A LXX diz “três anos”, bem como a passagem paralela de 1Crônicas 21:12.
2Sm.24:14 14. Nas mãos do Senhor. Parece que Davi não fez aqui uma escolha absoluta quanto a qual exatamente seria seu juízo, mas só que procedería de Deus. Tanto a peste quanto a fome poderíam ser consideradas como procedentes cliretamente do Senhor. Ambos os juízos cai riam não só sobre o rei como sobre a nação. No entanto, uma vez que o povo acariciava os mesmos pecados que motivaram o ato de Davi, o Senhor, através do erro de Davi, puniu os pecados de Israel (ver PP, 748).
2Sm.24:15 15. Até ao tempo que determinou. São especificados três dias (v, 13).
2Sm.24:16 16. Arrependeu-Se o Senhor. Ver com. de Gn 6:6, Ex 32:14.Araúna. Ou, “Ornã" (ICr 21:15).
2Sm.24:17 17. Eu é que pequei. Davi confessou francamcnte seu pecado. Não houve tentativa de lançar a culpa sobre outra pessoa. Ele fora primariamente o responsável pelo ato e reconheceu essa responsabilidade diante de Deus.
2Sm.24:18 18. Levanta ao Senhor um altar. O local onde o anjo se deteve foi sobre o monte Moriá, onde Abraão havia erigido um altar para o oferecimento de [saque e onde Deuslhe havia aparecido (Gn 22:1-14; 2Cr 3:1), e foi ali que Salomão mais tarde erigiu o templo. O local onde a morte havia sido detida por misericórdia era um lugar santo, e foi daí por diante reconhecido como tal pelo povo de Deus (ver PP, 748, 749).
2Sm.24:19 Sem comentário para este versículo
2Sm.24:20 Sem comentário para este versículo
2Sm.24:21 Sem comentário para este versículo
2Sm.24:22 Sem comentário para este versículo
2Sm.24:23 23. O rei. Logo que Araúna soube que Davi desejava a eira para construir um altar, dispôs-se a dá-la a ele, juntamente com os bois e os trilhos. Ele estava disposto a fazer seu próprio sacrifício pessoal a fim de que a praga pudesse ser detida.
2Sm.24:24 24. Eu to comprarei. Era justo que Davi comprasse a eira em vez de aceitá-la como presente. O princípio sobre o qual Davi agiu é o fundamento de todo verdadeiro serviço e sacrifício.Cinquenta siclos de prata. O relato de Crônicas dá o preço como “seiscentos siclos de ouro” (lCr 21:25). Talvez o registro de Samuel se refira ao preço pago apenas por parte da compra. Davi comprou por 50 siclos (570 g) de prata “a eira e os bois” (ARC, ACF,NVI). Em 1 Crônicas 21:25, declara-se que ele comprou “aquele lugar” por 600 siclos (6,84 kg) de ouro. Talvez “aquele lugar” signifique todo o monte Moriá, sobre o qual o templo seria mais tarde construído.
2Sm.24:25 25. Apresentou holocaustos. Os holo- caustos, naquela época, eram oferecidos em Gibeão, onde o tabernáculo mosaico estava localizado (lCr 16:39, 40; 21:29; 2Cr 1:3- 6). Em 1 Crônicas 21:26, declara-se que, quando esses sacrifícios foram oferecidos, o Senhor “lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto”. Davi decidiu que este seria o local para a casa do Senhor (lCr 22:1; 2Cr 3:1).Com este relato do arrependimento de Davi e de sua reconciliação com Deus se encerra o livro de Samuel. A vida de Davi é um constante testemunho da bondade e da misericórdia de Deus, bem como de Sua graça salvadora nas experiências daqueles que fervorosa e humildemente Lhe entregam a vida.