Capítulo e Verso | Comentário Adventista > 2 Reis |
2Rs.1:1 | 1. Revoltou-se Moabe. O segundo livro dos Reis continua a narrativa do reinado de Acazias de Israel, iniciada em 1 Reis 22:51. A divisão entre 1 e 2 Reis neste ponto é puramente arbitrária.Davi havia reduzido Moabe à servidão (2Sm 8:2). Após esse evento, as Escrituras silenciam por algum tempo quanto à sorte de Moabe. Provavelmente, o país havia recuperado a independência durante os distúrbios que se seguiram à morte de Salomão. De acordo com a Pedra IVloabita (ver Nota Adicional a 2 Reis 3), Onri e Acabe oprimiram Moabe. No entanto, a morte de Acabe e a doença de Acazias deram a Moabe a oportunidade de se revoltar. No antigo Oriente, era comum territórios tributários se revoltarem por ocasião da morte de um rei. (Para a continuação da narrativa acerca de Aloabe, ver 2Rs 3:4-27). |
2Rs.1:2 | 2. Caiu Acazias. Provavelmente o rei estava olhando para fora por uma janela em um dos andares superiores de seu palácio (ver 2Rs 9:30). Até boje, no Oriente, as janelas normalmente são fechadas por tre- liças de madeira que se abrem para fora e,consequentemente, se não estiverem bem lixadas, aquele que se inclina contra elas pode cair facilmente.Baal-Zebube. Literalmente, “senhor das moscas”. No antigo Oriente, deuses-moscas eram adorados. No NT, Belzebu é o príncipe dos demônios (Mt 10:25; 12:24; Mc 3:22; Lc 11:15, 18, 19). A maioria dos manuscritos do NT grego tem a forma Beelzeboul, que significa “Zebul, o senhor”. Nos textos de fías Shamrah (ver v. 1, p. 108), é encontrada uma forma semelhante à do grego, ou seja, Zbl b’l ars. A menção a essa divindade em textos antigos, como os de Ras Shamrah, mostra sua notável antiguidade.Ecrom. A mais setentrional das cinco principais cidades dos filisteus. Supunha-se que o deus de Ecrom dava informações sobre eventos futuros e, portanto, era amplamente consultado. |
2Rs.1:3 | 3. O Anjo. Esta não foi a primeira aparição de um anjo a Elias. Na ocasião em que o profeta fugiu de jezabel, o anjo do Senhor apareceu para confortar e fortalecer o desanimado fugitivo (IRs 19:5, 7). Desta vez, o anjo lhe ordenou que fosse ao encontro dosmensageiros do rei enfermo que, em seu extremo sofrimento, buscava deuses dos pagãos. Pouco tempo depois, o anjo apareceu novamente a Elias, instruindo-o a atender ao pedido de Acazias (2Rs 1:15).Para irdes consultar. Durante o reinado de seu pai, Acabe, o então jovem Acazias havia testemunhado muitas das maravilhosas obras de Deus. Ele conhecia a capacidade de Deus em ajudar e também sabia que terríveis juízos são lançados contra os transgressores. Para ele, voltar-se agora a um deus de Ecrom significava negar ao Senhor e atrair juízos sobre si mesmo. |
2Rs.1:4 | 4. Sem falta, morrerás. Os que se desviam do verdadeiro Deus para os deuses pagãos não acham vida, mas a morte. Unicamente Deus é o autor da vida e está em Seu poder curar e restaurar. No âmbito das falsas religiões, quando Satanás promete curar, é só para atrair as pessoas para sob;> o controle de sua vontade cruel, e, então, governá-las com poder aparentemente impossível de quebrar. |
2Rs.1:5 | 5. Voltaram. Quando os mensageiros voltaram tão rapidamente de sua missão, Acazias sabia que eles não poderíam ter completado a jornada a Ecrom e quis saber o motivo. |
2Rs.1:6 | 6. Um homem. Os mensageiros não reconheceram Elias ou acharam melhor não contar ao rei quem mandara o aviso.Que vos mandou. O fato de Acazias enviar uma delegação a fim de consultar o deus de Ecrom constituía desprezo público e aberto para com o Senhor. Isso era um insulto à Majestade do Céu, que não podia ser admitido sem repreensão. Israel devia aprender que os deuses dos filisteus eram impotentes para salvar na hora extrema e que o Senhor está assentado em Seu trono eterno. |
2Rs.1:7 | 7. Qual era a aparência [...]? Assim que a mensagem foi transmitida, Acazias suspeitou que somente podería ter vindo da parte de Elias, pois quem mais falariacom tanta certeza e coragemr1 O rei era bem familiarizado com a aparência do profeta, por isso, pediu uma descrição para confirmar a identificação. |
2Rs.1:8 | 8. Homem vestido de pelos. As palavras indicam, provavelmente, um homem de cabelos compridos, barba abundante e profusão de pelos, ou podem se referir à roupa de pelos de Elias.Um cinto de couro. Este era um rude manto de pele. Os judeus geralmente usavam roupas de lã ou linho, macias e confortáveis. Essas, porém, não seriam adequadas a Elias, nas difíceis circunstâncias em que era forçado a viver. João Batista usava uma veste de pelos de camelo e um cinto de couro (Mt 3:4), a exemplo de seu antecessor. |
2Rs.1:9 | 9. Capitão de cinquenta. Acazias odiava, mas temia o profeta. A mensagem de condenação não levou o rei ao arrependimento. Ele sabia estar à beira da morte, mas estava cheio de amargura e ira e. determinado a mandar buscar o profeta para evitar, se possível, o juízo anunciado. Um pelotão de 50 homens armados foi enviado para intimidar Elias. |
2Rs.1:10 | 10. Fogo do céu. A atitude de Acazias de recorrer à ameaça, tentando convencer Elias a retirar o pronunciamento de condenação, foi tolice. Isso mostrou que o rei alimentava o mesmo espírito de seu pai. Acabe havia considerado Elias responsável, pela terrível seca em Israel (lRs 18:17). Acazias, pelo mesmo raciocínio perverso, considerava Elias responsável pelas consequências que certamente seguiríam a palavra do profeta. Essa tentativa arrogante de dar ordens ao profeta e, assim, reverter os planos de Deus não podia ficar sem repreensão. A ira de Deus desceu sobre o pelotão de soldados. A majestade e supremacia de Deus se revelaram contra a presunção e a rebeldia de Acazias. O NT taz alusão a esse incidente (ver Lc 9:52-55). |
2Rs.1:11 | 11. Outro capitão. Ao enviar um segundo pelotão de 50, Acazias persistiuem sua perversidade e teimosia. Ele havia recebido provas contundentes do desagrado divino sobre seu comportamento, mas estava determinado a prosseguir em seus fins obstinadamente mal dirigidos. |
2Rs.1:12 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.1:13 | 13. Pôs-se de joelhos. O comandante do terceiro destacamento de 50 se humilhou diante de Deus. Ele se aproximou de Elias de joelhos, não como um adorador, mas como um suplicante. Ele sabia que, se manifestasse o mesmo espírito dos dois primeiros capitães, teria o mesmo destino. |
2Rs.1:14 | 14. Seja preciosa. Em vez de ordenar a Elias que fosse ao rei, o capitão pediu misericórdia, que sua vida fosse poupada. Não houve desprezo nem ousadia em relação ao profeta, como evidentemente aconteceu nas duas primeiras ocasiões, mas respeito e temor que foram aceitos por Deus. |
2Rs.1:15 | 15. Desce. Deus não permitiria que Seu servo fosse coagido por um rei ímpio. Acazias recebera a evidência de uma maravilhosa exposição do poder divino, mas recusara se humilhar diante do Altíssimo. Ele merecia uma mensagem de repreensão severa, e Elias loi designado a ir com os soldados para dar a mensagem. O profeta foi recomendado a não temer. Depois de fazer cair fogo do céu, no Carmelo, o profeta se permitiu sucumbir aos temores diante da ira de Jezabel. Desta vez, porém, ele foi particularmente aconselhado a não recear, apesar das três manifestações de ira de Acazias. |
2Rs.1:16 | 16. Sem falta, morrerás. O monarca moribundo estava face a face com o profeta a quem havia ameaçado. No entanto, não eraElias, mas Acazias, que deveria encontrar seu destino. O rei havia abandonado o Deus de Israel em favor do ídolo desprezível de uma cidade dos filisteus. Em vez de testemunhar o poder do Senhor e dar glória ao Seu santo nome, ele havia trazido afronta sobre o nome do Senhor diante de inimigos pagãos do povo de Deus. Sem temor, Elias deixou claro ao rei o terrível preço que devia pagar por sua apostasia. |
2Rs.1:17 | 17. Morreu. Impenitente até o fim, odiando a Deus e totalmente impotente diante do profeta, Acazias desfaleceu. Como rei de Israel, num momento em que Deus estava pronto a Se manifestar de forma espetacular, Acazias tivera diante de si oportunidade incomum de conduzir o povo para longe dos caminhos do mal, para as sen- das da justiça e da paz. Ele, porém, falhou. Permaneceu até a morte com a mensagem da repreensão divina soando aos ouvidos. Esse é o fim dos que resistem ao Espírito de Deus e O desafiam.Jorão. Ou, jeorão (ver nota p. 63). Outro filho de Acabe, que aparentemente recebeu o mesmo nome de Jeorão, de judá, filho de Josafá.No ano segundo. Em 2 Reis 3:1 é dito que ele chegou ao trono no 18° ano de Josafá. Esta datação da ascensão de Jorão, em Israel, é digna de nota, pois indica que Jeorão reinou, em Judá, antes da morte de seu pai, o 18° ano de Josafá é o segundo ano do reinado conjunto de Jorão. Assim, evidentemente, Jorão começou a reinar em conjunto com seu pai no 17° ano de Josafá.Capítulo 2i Despedindo-se de Eliseu, Elias abre o Jordão co m sen manto, 9 atende ao pedido de Eliseu e é levado para o Céu num redemoinho. 12 Eliseu divide o Jordão com o manto de Elias e é reconhecido como seu sucessor. 16 Os jovens profetas saem à procura de Elias, mas não o encontram. 19 Eliseu restaura com sal as águas insalubres. 23 Ursos matam meninos que zombavam de Eliseu.assim se te fará; porém, se não mc vires, não se fará. |
2Rs.1:18 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.2:1 | 1. Tomar Elias, O Senhor tinha ciado a Elias a revelação cie que ele seria levado para o Céu, mas ele não sabia que isso também havia sido revelado a Eliseu e aos filhos dos profetas (ver PR, 225, 226). A ascensão de Elias ocorreu depois que Jorão começou a reinar em judá (2Cr 21:5, 12).Elias [...] em companhia de Eliseu, Literalmente, "Elias e Eliseu foram’. Eliseu é que estava acompanhando Elias. A partir dc seu chamado, Eliseu estava constantemente na presença de Elias, pois ele "seguiu a Elias, e o servia" (1 Rs 19:21). O jovem pro- leta estava acostumado a realizar serviços diários para seu mestre, como despejar água em suas mãos (2Rs 3:11) e cumprir tarefas de serviço pessoal como um filho faria ao pai idoso.Gilgal. Provavelmente não seja a Gilgal do vale tio Jordão, próxima a Jerico, onde Israel acampou depois de cruzar o Jordão e onde Josué erigiu as 12 pedras (Js 4:19, 20). Os comentaristas apontam duas dificuldades para essa identificação: (1) a ordem em que são mencionados os centros dessas três escolas: Gilgal, Betei, Jerico (2Rs 2:1-4; cf PR, 225); e (2) a expressão "desceram", utilizada para descrever a viagem cie Gilgal a Betei (2Rs 2:2). A palavra heb. yamd, da qual é traduzida a expressão, significa descer e não é a palavra usada normalmente para descrever uma viagem de Gilgal, no vale do Jordão, cerca de 215 m abaixo do nível do mar, para Betei, cerca de 915 rn acima do nível do mar.Havia uma Gilgal perto dos carvalhos de Moré, perto cie Siquém (ver com. de Gn 12:6; Dt 11:30). Identificada como Jiljiiia, no sul de Samaria, 11,8 km ao noroeste de Betei, essa aldeia tem sido sugerida como a antiga Gilgal. Na verdade, Jiljiiia está pratica mente no mesmo nível de Betei, na mesma cordilheira central da Palestina. Contudo, visto que está em uma colina alta, e Betei não, qualquer pessoa provavelmente podería falar em "descer”, quando seguia para Betei. |
2Rs.2:2 | 2. Fica-te aqui. Elias sabia que havia chegado ao fim da carreira terrena. Para Eliseu, cada convite para ficar e permitir que seu mestre tosse sozinho era uma prova de seu propósito e de sua fidelidade. Será que, então, ele deixaria o trabalho para o qual lora chamado como sucessor de Elias e retornaria para o arado, ou seria fiel como profeta e continuaria a obra de reforma tão nobre e efetivamente iniciada por Elias?O Senhor me enviou. Antes de sua ascensão, mais uma vez, Elias foi visitar as escolas dos profetas a fim de alertar e fortalecer os que exerciam responsabilidades na causa do Senhor. Não se sabe se era nessa Gilgal ao norte ou na outra, próxima a Jerico, que estava o centro da falsa adoração denunciada por dois profetas (Os 4:15; 9:15; 12:11; Am 4:4; 5:5). Se for o primeiro caso, então, dois desses importantes centros de formação espiritual estavam cm lugares onde foram ou estavam sendo estabelecidos santuários [tara a falsa adoração que se tornou tão fortemente arraigada.Essas duas escolas estavam em Gilgal e Betei (ver com. do v. 1), e uma terceira escola estava em Jericó. Os jovens formados nessas escolas deveríam cumprir em cada parte da terra a tarefa de instruir o povo nos caminhos de Deus e combater a inf luência da idolatria, que tinha recebido tão forte apoio da parte de Acabe e Jezabel. Como resultado desses esforços sérios e unidos, poderosas influências para o bem foram postas em ação, e a causa da idolatria sofreu decidido retrocesso. O reino do norte, por causa da idolatria, parecia diante da destruição. Entretanto, por algum tempo, foi salvo dos perigos que ameaçavam a nação.Vive o Senhor. Por três vezes, estas palavras foram pronunciadas com seriedade: em Gilgal, Betei (v. 4) e Jericó (v. 6). Elas revelam o firme propósito de Eliseu de não abandonar a fé, mas, juntamente com seu mestre Elias, continuar até o fim a obra para que lora chamado. O jovem fora chamado por Deus para seguir o idoso profeta e dele receber formação que o preparasse para as pesadas responsabilidades que logo teria que levar sozinho. Enquanto havia oportunidade para o serviço, Eliseu se recusou a abandonar o mestre. |
2Rs.2:3 | 3. Discípulos dos profetas. Apenas alguns anos antes, Elias acreditava que era o único remanescente em Israel que permanecia fiel a Deus, mas foi-lhe dada a garantia divina de que o Senhor tinha pelo menos 7 mil em Israel que não se haviam curvado a Baal (lRs 19:18). Muitos desses fiéis filhos de Deus se uniram às escolas dos profetas a fim de se preparar para uma função no mesmo serviço de reforma a que Elias e Eliseu tinham sido chamados. Essas escolas estiveram em decadência durante a apostasia de Israel, mas foram restabelecidas por Elias (PR, 224). Por toda a nação, Elias via evidências de fé e coragem no Senhor, e seu coração se confortava no forte trabalho em progresso nas escolas.Sabes [...]? O fato de Elias ser trasladado naquele dia havia sido revelado não só ao próprio Eliseu, mas também aos filhos dos profetas (ver com. do v. 1). Uma mesma revelação feita por Deus a uma pessoa pode também ser dada a outra pessoa.Sobre a tua cabeça. Era fato geralmente reconhecido que Elias ocupava posição de liderança no trabalho de reforma promovido pelo Senhor e que estava em andamento em Israel. Os discípulos nas escolas dos profetas reconheciam isso, bem como Eliseu. Deus cumpre Seu trabalho na Terra por meio de líderes escolhidos por Ele. O verdadeiro povo de Deus reconhece esses líderes como homens divinamente apontados e segue sua liderança sem inveja ou crítica.Calai-vos. Do heb. hecheshu, esta palavra imita o som e, portanto, surpreendentemente, transmite o significado, como a onomatopéia em português: “Shhhh!" |
2Rs.2:4 | 4. A Jericó. Se essa Gilgal estava no sul de Samaria (ver com. do v. 1), Elias e Eliseu viajaram para leste e sul, a Betei, e então continuaram a viagem para o sudeste de fericó, que estava 20 km além de Betei. |
2Rs.2:5 | 5. Discípulos dos profetas. Os centros da obra do Senhor estavam situados em locais estratégicos. A criação de uma escola de profetas em Jericó não foi aleatória, jericó tinha uma localização importante, pela qual muitos viajantes se deslocavam das regiões além do Jordão. No oásis de Jericó, eles poderíam parar a fim de descansar e se restaurar. A li, podiam entrar em contato com os discípulos na escola dos profetas e receber deles mensagens de esperança e confiança que o Senhor Deus desejava fossem levadas a todos e em todos os lugares. |
2Rs.2:6 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.2:7 | 7. Cinquenta homens. Isto indica o tamanho de uma escola de profetas. A linguagem empregada sugere que não foram todos, mas apenas uma parte dos participantes da escola de Jericó.Pararam a certa distância. Os filhos dos profetas sabiam que Elias seria levado deles para o Céu, e que esse seria o último contato com o amado líder. Então, colocara m-se em um ponto favorável, provavelmente nas colinas abruptas atrás da cidade, de onde viam todo o curso do rio e da outra margem por quilômetros.Junto ao Jordão. Sendo observados pelos “cinquenta homens” que tomaram posição no lugar escolhido, Elias e Eliseu chegaram ao Jordão. Eram cerca de oito quilômetros da curva do rio até Jerico. |
2Rs.2:8 | 8. Tomou o seu manto. O manto de Elias havia se tornado o emblema de seu ofício profético. Enrolando o manto, ele feriu as águas do Jordão, como Moisés havia ferido o rio Nilo com a vara (Ex 7:20). O resultado foi uma divisão miraculosa do Jordão, abrindo um caminho pelo qual os servos de Deus passaram em terra seca. Essa é uma comparação óbvia com a divisão das águas do Mar Vermelho por ocasião do êxodo (Ex 14:21) e a ruptura do Jordão no tempo de Josué (Js 3:13-17). O mesmo Deus que poderosa mente tirara Israel do Egito e o conduzira à terra prometida, estava com Seu povo, pronto a revelar Sua pessoa, Seu poder e cuidado amorável pelo povo escolhido na hora da necessidade. |
2Rs.2:9 | 9. Pede-me. Quando Elias estava prestes a se retirar de seu liei servo e discípulo, ele deu a Eliseu o privilégio de pedir o que estava em seu coração. Eliseu poderia pedir favores temporais ou materiais, como riqueza, fama, sabedoria, honra e glória do mundo, um lugar entre os grandes líderes da terra, ou uma vida de conforto e prazer em contraste com a vida de Elias, que fora de dificuldades e privações. Ele, porém, não pediu nada disso. O que ele mais queria era continuar a mesma obra que Elias tinha exercido, no mesmo espírito e poder. Para isso, ele precisaria da mesma graça e da ajuda do mesmo Espírito de Deus.Porção dobrada. O pedido de Eliseu lembra a petição de Salomão. Ele não pediu vantagem mundana, posição nem ganho, mas o poder espiritual necessário para desempenhar corretamente as solenes tarefas que havia sido chamado a executar. Ao falar de uma 'porção dobrada” do espírito de Elias, Eliseu não estava pedindo o dobro do poder de Elias. Ele não estava pedindo mais do que havia sido dado ao idoso profeta, nem uma posição mais elevada ou mais habilidade. A expressão hebraica utilizada é a mesma de Deuteronômio 21:17, que denota a porção da propriedade de um pai que devia ser dada ao filho mais velho. Assim, o pedido de Eliseu era apenas que ele fosse tratado como o filho mais velho do profeta que partia e que recebesse uma “porção dobrada” do Espírito, em comparação com a que seria dada a qualquer outro dos filhos dos profetas. O que ele estava pedindo era o reconhecimento de um direito espiritual, a fim de ser considerado filho espiritual, primogênito do idoso profeta, e que, assim, fosse habilitado a continuar o trabalho iniciado por Elias. |
2Rs.2:10 | 10. Dura coisa. Não era difícil para o Senhor, mas para Elias. Não cabia ao profeta nomear seu sucessor. Só Deus pode escolher quem vai realizar a função profética. Elias bem sabia que não estava dentro de sua capacidade designar quem deveria continuar a obra a que ele mesmo tinha sido chamado pelo Senhor. Por essa razão, era impossível para ele, à parte da inspiração divina, dizer se o pedido seria concedido ou não.Quando for tomado. As pal avras “quando eu for” não estão no hebraico c seria melhor que fossem omitidas. O significado é: “Se você me vir sendo tomado.” Se Eliseu fosse testemunha da trasladação de Elias, ele saberia que o Senhor achara por bem conceder seu pedido. |
2Rs.2:11 | 11. Indo eles andando. Literalmente, “eles estavam andando em uma caminhada”. Ou seja, eles estavam andandoe conversando. Para oncle, não é dito; talvez em direção a alguma montanha na vizinhança cie oncle Moisés fora ressuscitado e levado para o Céu (ver com. do v. 6).Carro de fogo. Possivelmente, os “carros de Deus” eram os anjos (ci. SI 68:17). Os anjos são os mensageiros de Deus “enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação” (11b 1:14). Na visão humana e profética, os mensageiros celestiais e agentes divinos são representados de diferentes formas. Zacarias viu cavalos de várias cores (Zc 1:8), declarados mensageiros ‘que o Senhor tem enviado para percorrerem a terra” (Zc 1:10). Ele viu cavalos e carros (Zc 6:1-3), interpretados como “ventos do Céu, que saem donde estavam perante o Senhor de toda a terra” (Zc 6:5). Ezequiel viu “seres viventes”, descritos como tendo a aparência de “carvão em brasa” tendo os movimentos comparados aos relâmpagos (Ez 1:13, 14).Cavalos e carros são usados frequentemente na Bíblia como símbolos de poder, glória e majestade, e com os quais o Senhor aniquila os oponentes e protege e conserva Seu povo. Elabacuque representa assim o poder de Deus: “Andas montado nos Teus cavalos, nos Teus carros de vitória” (Hc 3:8). Isaias fala da vinda do Senhor com "Seus carros, como um torvelinho” (Is 66:15). Quando o servo de Eliseu ficou aterrorizado por causa do grande exército dos siros com seus cavalos e carros (2Rs 6:14, 15), Eliseu orou para que seus olhos fossem abertos, então o jovem “viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2Rs 6:17).Eólias foi um tipo dos santos que vivem nos últimos dias, que serão trasladados sem ver a morte. Na transfiguração, quando Pedro, Tiago e João tiveram uma antevisão da segunda vinda de Cristo com poder e glória (Lc 9:28-32; ver DTN, 421, 422), Elias apareceu como representante dos santos que serão trasladados quando Jesus vier,e Moisés, como representante dos justos que morrem e serão ressuscitados dos túmulos para acompanhar seu Salvador até o Céu.Num redemoinho. O terrível poder da tempestade é uma representação à mente humana da majestade e do poder de Deus. “O Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a jó” (Jó 38:1), dando-lhe uma imagem da insondável sabedoria e do poder de Deus (ver também Is 66:15; Na 1:3). Elias havia realizado uma grande obra e recebido recompensa gloriosa. Em solidão e desalento, em dor e aflição, no deserto ou no alto da montanha, em sua difícil tarefa, ele dera testemunho de Deus no momento em que o rei e o povo se haviam afastado do Senhor. Deus não permitiu que Seu servo morresse nas mãos de quem o perseguia, nem lhe permitiu terminar sua obra em desânimo ou reprovação. Como Elias havia honrado a Deus, assim o Senhor então o honrou, não lhe permitindo ir para a sepultura, mas levando-o diretamente para a glória e paz do Céu. |
2Rs.2:12 | 12. Vendo Eliseu. Assim se cumpriu o sinal dado por Elias (v. 10). Eliseu então sabia que teria a porção dobrada do espírito de Elias e que havia um importante trabalho pela frente.Meu pai, Eliseu considerava o idoso profeta como um pai espiritual. Como filho e herdeiro, o jovem profeta deveria assumir as responsabilidades do ancião. O trabalho que Elias tinha começado tão nobremente, então, deveria passar a ser efetuado por Eliseu.Carros de Israel. Estas palavras foram inspiradas pela forma impressionante com que Elias foi levado ao Céu, mas expressam a percepção, por parte do profeta, de que a verdadeira defesa de Israel não vinha do poder terreno, nem de exércitos, cavaleiros e carros, mas da força e do poder de Deus. Um anjo enviado por Deus para guardar Seus filhos é poderoso para enfrentar os mais fortes exércitos do mundo.Nunca mais. Eliseu viu seu mestre ser levado para o Céu, e, uma vez que ele se foi, Eliseu não o veria nunca mais. Pelo menos, até a ressurreição, quando todos os justos mortos serão ressuscitados, então Eliseu verá Elias novamente. Assim acontecerá com os discípulos que viram Jesus ascender aos céus, quando ‘'uma nuvem O encobriu dos seus olhos" (At 1:9). Na segunda vinda, eles mais uma vez poderão vê-Lo (At 1:11). Mesmo que sejamos separados dos entes queridos por algum tempo e, nesta vida, não mais os vejamos, vem a hora em que os veremos novamente, quando nunca mais haverá separação.Rasgou-as. O rasgar das roupas geralmente era sinal de tristeza e desânimo (Nm 14:6; 2Sm 13:19; 2Cr 34:27; Ed 9:3; jó 1:20; 2:12). Neste caso, Eliseu rasgou as roupas não para indicar sofrimento, mas, provavelmente, para mostrar que, doravante, não mais precisaria de seu velho manto, pois vestiría o de Elias (2Rs 2:13). |
2Rs.2:13 | 13. Manto que Elias. O manto era a insígnia da função profética de Elias. Quando Elias designou Eliseu como seu sucessor, lançou seu manto sobre ele (ERs 19:19). O manto foi deixado a Eliseu como um legado do profeta mais idoso e como indicação de que ele devia assumir as responsabilidades de liderança que até então tinham sido exercidas por Elias. Voltando ao povo com esse distintivo de autoridade, ele seria reconhecido como sucessor de Elias.Borda do Jordão. () Jordão era uma barreira para uma pessoa comum, mas, para um servo de Deus, revelou-se uma oportunidade para provar o poder de Deus. Eliseu se postou diante do Jordão, mas não hesitou por muito tempo. |
2Rs.2:14 | 14. Onde está o Senhor, Deus de Elias? A pergunta não parece ter sido feita por dúvida ou falta de fé. Ferindo as águas com o manto de Elias, Eliseu se mostrou um homem de fé e ação. Assim como o poderde Deus havia repousado sobre seu antecessor, Eliseu acreditava que haveria de repousar sobre ele. O que Deus havia feito por Elias, Eliseu esperava que fizesse por ele. Provavelmente, a pergunta teve a natureza de uma oração e um pedido para que Deus Se revelasse, e não de uma consulta sobre o que Deus faria ou não.Eliseu passou. Cheio de fé, Eliseu havia clamado a Deus, e o Senhor honrou sua fé. Deus tem operado muitos milagres de graça a Seus servos que avançam pela fé e respondem ao chamado divino. As dificuldades não são obstáculos, mas oportunidades para homens de fé e coragem. |
2Rs.2:15 | 15. Vendo-o. Eliseu estava sendo observado. Os olhos dos filhos dos profetas que estavam em Jerico se haviam fixado nele. Se ele falhasse, eles teriam presenciado isso. Tendo, porém, sido bem-sucedido, eles seriam testemunhas de seu sucesso. A fé demonstrada por Eliseu inspirou fé em outros, e sua vitória levou a muitas outras vitórias por toda a terra.O espírito de Elias. O milagre de Elias se havia repetido em Eliseu e fora aceito como prova de que aquilo que Deus fizera por intermédio do idoso profeta, Ele faria por seu sucessor. Quando um líder que exerce pesadas responsabilidades espirituais deve descansar de seus labores, Deus escolhe e fortalece outro como sucessor. A obra de Deus é maior do que qualquer homem. Ela não cessa quando uma pessoa termina seu trabalho, mas vai de vitória em vitória, quando sucessivas mãos assumem as tarefas de seus antecessores. O mesmo Espírito que havia guiado e fortalecido Elias deveria dar sabedoria e força a seu sucessor. Muitos atos poderosos seriam operados pelo jovem que tivera a fé e a coragem para seguir os passos de seu mestre. |
2Rs.2:16 | 16. Deixa-os ír. Os filhos dos profetas tinham visto Elias saindo com Eliseu e testemunharam o retorno de Eliseu sozinho,Samaria (5). b consultado por reis cm campanha contra Moabe atra\es ele bdom W>i, multiplica oleo para a viúva do proleta. possivelmente na escola dos protelas (7). b recebido em Suném (S) por um casal sem Hlhos, aos ejetais nasce um bebê. No Carmclo (9) é chamado para ressuscitar uma ciiança. bm uma das escolas (10), ele tianslorma sopa envenenada em alimento saudável, bm Samaria ( I I ) e procurado por Naumã, que lhe pede cura para sua lepra. Ao visitar uma escola (12), faz um machado flutuar na água. bm Dotà ( 13) é procurado por siros e os leva (14) a Samaria. Ali ele prediz o lirn do cerco. Vai a Damasco (lã) e prctli/ que I la/ael ser.i rei I n\ia um jovem da escola cios protelas ( 16) para ungir o rei Jeú; retorna a Samaria i 14) c é \ isitado pelo rei cm scu leito de morte. KS4vestido com o manto de Elias. Antes disso, eles tinham tido uma revelação do Senhor de que Elias seria tirado deles. Provavelmente, Deus não lhes revelara a maneira exata de Elias ser tomado, e talvez não foram autorizados a testemunhar os detalhes da ascensão; pelo menos, tão claramente como Eliseu. Provavelmente, Eliseu lhes tenha contado o que havia ocorrido e isso deveria ter sido suficiente. Eles não entenderam tudo e pensaram que o corpo de Elias podería ter sido depositado no alto de alguma montanha ou em algum vale solitário nas regiões além do Jordão. |
2Rs.2:17 | 17. Eles apertaram com ele. Os filhos dos profetas insistiram em sua ideia. Levaram a insistência a tal extremo que Eliseu finalmente se cansou de recusar suas petições. Há momentos em que a persistência é uma virtude, mas também há momentos em que é fraqueza e loucura. Nunca é sábio nem correto persistir no erro. Quando Eliseu revelou os fatos, os jovens deveríam ter aceitado e ficado satisfeitos.Ele [...] lhes disse: Enviai. Quando a pessoa insiste em seguir o próprio juízo, há momentos em que mesmo um profeta do Senhor, ou o próprio Deus, não diz “não”. Não por vontade própria, mas com relutância e contra seu melhor entendimento, Eliseu finalmente deu o consentimento. Por sua investigação, que Eliseu sabia ser inútil, os filhos dos profetas tiveram a oportunidade de aprender por si mesmos os fatos em questão. Teria sido muito melhor aceitar os fatos como Eliseu lhes havia revelado.Não o acharam. Eles buscaram três dias, só para descobrir que estavam errados e quão certa era a palavra de Eliseu. Há maneiras fáceis de obter conhecimento e sabedoria, e existem maneiras difíceis. Muitas vezes, jovens só aprendem as lições da maneira mais difícil. A disposição de recusar o testemunho dos fatos ou de ircontra o conselho de um profeta de Deus não mostra sabedoria nem prudência. |
2Rs.2:18 | 18. Não vos disse? Deve ter sido um grupo envergonhado de jovens que voltou para Eliseu com a notícia do fracasso da missão. Até onde está registrado, Eliseu não os censurou, mas apenas lembrou-lhes de seu conselho ignorado. |
2Rs.2:19 | 19. Da cidade. Ou seja, de Jericó. Depois da ascensão de Elias, Eliseu peregrinou durante um período em Jericó, onde, em um oásis fértil e agradável, tinham sido estabelecidas as escolas dos profetas.Bem situada. Em comparação com a desolada região circundante, a situação de Jericó era realmente “agradável” (BJ). Próximo estava o deserto de Judá, um lugar seco e estéril, onde o sol batia sobre a terra descoberta. Por ocasião da entrada em Canaã, no entanto, fontes vivificantes tinham preservado um lugar verde em uma parte do vale desolado. Havia bosques de palmeiras e figueiras, arbustos aromáticos e campos de cereais. Jericó era um excelente lugar de moradia.As águas são más. As águas de Jericó, outrora saudáveis e refrescantes, haviam se tornado poluídas e impuras; e, como resultado, o vale, que no passado fora agradável, estava se tornando infrutífero. Parecia que a maldição sobre aquele que reconstruísse Jericó (Js 6:26; IRs 16:34) havia também arruinado a terra. |
2Rs.2:20 | 20. Ponde nele sal. Eliseu pediu um prato novo, que nunca tivesse sido usado, e sal, por meio do qual a água deveria se tornar pura e saudável. O sal foi pedido, talvez porque era comumente usado como meio de preservação, para evitar podridão e deterioração. Não havia nenhum poder no sal, em si, corno meio para restaurar a fonte impura; era apenas um símbolo do poder purificador e restaurador que procede de Deus, que havería de restaurar as águas ao seu antigo poder vivificante. |
2Rs.2:21 | 21. Nele. Agindo em nome do Senhor, Eliseu lançou o sal no manancial. Com esse ato simbólico, o profeta representou perante o povo a obra que o Senhor devia fazer na purificação do manancial. O sal, para ser eficaz, deve ser misturado e intimamente unido àquilo que deve preservar. Assim, o sal foi lançado no manancial a fim de penetrar e infundir cada parte que estava contaminada. Isso mostra que o crente, que é semelhante ao sal (Mt 5:13), deve entrar em contato pessoal com aqueles que deseja alcançar com o evangelho.Tornei saudáveis. Nenhuma dúvida deveria permanecer na mente das pessoas a respeito de como as águas haviam sido restauradas. Não havia mágica humana, mas o poder miraculoso de Deus. |
2Rs.2:22 | 22. Até ao dia de hoje. A restauração efetuada foi permanente. Uma fonte chamada Ain es-Sultsan, também conhecida como Fonte de Eliseu, ainda fornece água abundante para a região. Ao longo de todos os anos, desde o milagre de Eliseu, o manancial de Jerico continua a fluir, derramando sua corrente de cura e manutenção da vida e tornando parte do vale um oásis de prazer e beleza. Assim como o Senhor, em Sua misericórdia, Se dispôs a curar o manancial de Jerico, Ele também está disposto a curar o coração e a vida de todos os males espirituais. Assim como o manancial, Israel poderia ter sido restaurado, se a nação tivesse aceitado a mensagem do servo escolhido de Deus. Como as águas de Jerico continuam a fluir, provendo vida e bênção às regiões vizinhas, assim, a partir de Israel deveria ter jorrado um fluxo de vida e cura espiritual, levando paz e bênçãos do Céu a todos os povos da Terra.O veneno do pecado ainda está atuando no coração humano. Fontes de ódio e amargura estão fluindo ao mundo, quando deveria haver amor e alegria. Os poderes restauradores do evangelho de Cristo são necessáriosem todos os lugares, a fim de infundir nova vida e poder ao coração humano. Ao coração humano deve vir a vida do Céu, a fim de que a corrupção seja desarraigada. Cristo veio ao mundo para adoçar a vida das pessoas e envia uma corrente vivificante de pureza, graça e poder espiritual. O coração transformado pelo amor de Deus se torna uma corrente de vida, alegria, paz e beleza para o mundo. Onde quer que corra essa torrente, o mundo se torna melhor e um lugar mais feliz para se viver, um oásis de alegria em meio a um deserto de desespero e aflição. Hoje, Cristo é a luz e a vida dos homens, e Suas bênçãos fluem para todos os povos da Terra a partir do coração daqueles que, por sua vez, foram transformados pelo toque de Seu amor e graça. A igreja de Deus deve ser para o mundo uma fonte purificadora, revitalizando os corações e restaurando esperança, justiça e alegria nas culturas que perderam o contato com o Céu. |
2Rs.2:23 | 23. A Betei. Eliseu voltava pelo caminho que percorrera com Elias, pouco tempo antes. O idoso profeta se fora, mas o trabalho que ele tinha iniciado ainda estava em andamento. As escolas dos profetas, fundadas por Samuel e restabelecidas por Elias, depois de ter caído em decadência, continuavam a atuar na formação de jovens para a obra do Senhor. Tanto Elias quanto Eliseu viam a importância dessas escolas para um forte movimento no avanço da obra de Deus. Sem que jovens fossem devidamente treinados, a obra de reforma seria constantemente prejudicada e pouco progresso se podia esperar. Eliseu tomou como seu primeiro trabalho fortalecer e incentivar as escolas, para que fossem eficazes na grande obra de estabelecer o reino da justiça de Deus no coração das pessoas.Zombavam dele. Eliseu era um profeta de paz com uma mensagem de paz. Seu trabalho era levar vida e alegria ao povo de Israel. Enquanto ainda estava entrandonessa importante missão, um número de jovens saiu da cidade de Betei para escarnecer dele e ridicularizar seu trabalho como mensageiro de Deus.Sobe, calvo! A ascensão de Elias foi um evento dos mais solenes. Deus tomou Seu servo fiel para Si próprio, sem lhe permitir provar a morte. Os jovens de Betei haviam ouvido falar da trasladação de Elias e fizeram desse evento sagrado um motivo de insulto e zombaria. Elias se fora, e então atacavam Eliseu, desafiando-o a também ascender e sair de seu meio. Os jovens foram inspirados por Satanás, que tentava destruir os efeitos do evento solene que deixara profunda impressão sobre o povo. A medida que Eliseu entrava em sua obra, Satanás procurava derrotar os planos e propósitos de Deus. Se fosse permitido que o ridículo desses jovens passasse despercebido, a obra que Deus pretendia fazer por meio de Eliseu teria sido retardada, e uma vitória teria sido conquistada para a causa do mal. A ocasião requeria ação rápida e decidida. |
2Rs.2:24 | 24. Amaldiçoou. Por natureza, Eliseu era um homem bondoso. No entanto, há limites até mesmo para a bondade na obra do Senhor. A honra do nome de Deus deve ser preservada, e Seus atos solenes não devem ser objeto de zombaria e escárnio. O profeta de Deus deve ser respeitado e sua autoridade, preservada. Firmeza, decisão e ação resoluta são marcas da liderança em todos aos quais Deus chama para cumprir responsabilidades para Ele. No caso de Eliseu, não era hora de fraqueza ou indecisão. Voltando-se para a multidão de jovens, rudes e dissolutos, sob a inspiração do Céu, ele pronunciou a maldição de Deus.Despedaçaram quarenta e dois. O julgamento que se seguiu veio de Deus. A severidade da punição estava de acordo com a gravidade das questões em jogo. Um sinal exemplar era extremamentenecessário para conter o crescimento da írreligião e mostrar às pessoas que terrível coisa é zombar das obras de Deus ou desprezar Seus ministros nomeados. Os homens santos de Deus devem ser tratados com reverência e respeito, pois foram chamados a trabalhar e falar em nome do Senhor. Eles são representantes de Deus, e, ao mostrar desonra a eles, as pessoas mostram desonra a Deus. O Senhor considera as pessoas responsáveis pelo tratamento que conferem a Seus ministros. O terrível juízo que se abateu sobre a juventude zombeteira de Betei mostra quão terrível é desprezar a santidade ou demonstrar desrespeito por um mensageiro de Deus. |
2Rs.2:25 | 25. Monte Carmelo. No início de seu trabalho, Eliseu parece ter feito primeiramente um levantamento geral da situação, procurando aqueles locais estratégicos em que Elias tinha trabalhado e onde o trabalho ainda podia ser feito. O monte Carmelo trazia lembranças sagradas. Fora lá que a admirável vitória tinha sido obtida na carreira profética de Elias. Frequentemente, sua voz tinha se levantado em destemida reprovação, condenando a maldade do rei e do povo e convidando-os a deixar o mal e andar nos caminhos do Senhor. Esse trabalho não ficou sem efeito. Sem dúvida, Eliseu pensou nesses dias agitados ao visitar o local de sua vitória anterior e foi inspirado a colocar de novo o coração e o espírito no ministério de reconciliação designado a ele. Mais tarde, em sua obra, Eliseu parece ter estabelecido a sua residência no monte Carmelo (2Rs 4:23-25).Para Samaria. Samaria era a capital do reino do norte, e Eliseu se dirigiu a esse importante centro. Mais tarde, ele iria testemunhar pelo Céu diante dos líderes da terra. A luz que lhe fora dada era para o rei, bem como para o povo, e ele assumiu corajosamente suas responsabilidades nos centros mais importantes da nação.Capítulo 3 |
2Rs.3:1 | 1. No décimo oitavo ano. Ver com. de 2Rs 1:17. Visto que Acazias sucedeu seu pai, Acabe, no 17° ano de Josafá (lRs 22:52), a morte de Acabe, eleve ter ocorrido nesse ano. Acabe perdeu a vida na batalha contra os siros (IRs 22:34-37), batalha de que josafá participou, e sua própria vida foi ameaçada (1 Rs 22:29-33). |
2Rs.3:2 | 2. Não como seu pai. Acabe, pai de Jorão, foi um dos reis mais perversos de Israel. Ele praticou diversos males em Israel (ver IRs 16:30-33). Acazias, irmão de jorão, também tez mal, e o Senhor permitiu que morresse por causa de sua devoção ao culto de Baal (2Rs 1:16, 17). No tempo de Jorão, porém, o trabalho de reforma levado a cabo por Elias e Elisen teve um efeito marcante., de modo que, quando é dada a avaliação de seu reinado, embora distante de ser justo, é declarado que não foi "como seu pai”.Aderiu. Acabe havia fundado um templo para o culto de Baal na cidade de Samaria e erguera nele um altar a Baal (IRs 16:32). Provavelmente, ele também tenha colocado ali uma imagem, ou coluna sagrada, a Baal, que foi então removida por Jorão. |
2Rs.3:3 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.3:4 | 4. Criador de gado. Nessa ocasião, Moabe estava situado a leste do Jordão e ao sul do Mar Morto. A região era fértil e bem regada, e, essencialmente, era um país de muito pasto. Ainda hoje é conhecido por seus rebanhos e pastagens. O rei cie Moabe, desses tempos antigos, pode ser comparado a um moderno sheik (xeque ou xeique) árabe, cujo patrimônio é avaliado pelo tamanho de seus rebanhos e pelo número de seu gado.Pagava o seu tributo ao rei de Israel. Este registro do AT de servidão de Moabe a Israel, nos dias de Mesha (ou Mesa), é confirmado pela Pedra Moabita (ver vol. I, p. 100-102). O relato narra a opressão dosmoabitas por muitos anos sob Onri e Acabe e a revolta bem-sucedida de Mesha (ver a tradução da inscrição da Pedra Moabita, na Nota Adicional a 2 Reis 3).No Oriente, naquele tempo, era costume o pagamento de tributo em espécie. Os assírios muitas vezes recebiam tributo em bovinos, equinos, ovinos e outras mercadorias. Josalá recebeu dos árabes, como tributo, "sete mil e setecentos carneiros e sete mil e setecentos bodes" (2Cr 17:11). |
2Rs.3:5 | 5. Revoltou-se o rei de Moabe. A morte de Acabe e a doença de Acazias foram uma oportunidade para Moabe se revoltar. O sucesso da revolta pode ser avaliado pelo registro da Pedra Moabita. Não só Moabe recuperou a soberania, como tomou diversas cidades israelitas, e muitos israelitas foram mortos. Assim Mesha descreve a tomada de Nebo, da nação de Israel: ele “tomou e feriu todos eles, 7 mil homens, meninos (r), mulheres, meninas (r), e servas, porque os havia dedicado a Ashtar-Quemos” (ver p. 953). |
2Rs.3:6 | 6. Ao mesmo tempo. Isso deve ter sido no início do reinado de Jorão, logo após a revolta dos moabitas.Fez revista. Ou, "reuniu as tropas”, jorão estava determinado a pôr Moabe novamente em sujeição. |
2Rs.3:7 | 7. Mandou dizer a Josafá. A estreita aliança entre os dois reinos ainda existia. .Apenas um ano, aproximadamente, havia se passado desde que Josafá acompanhara Acabe no ataque a Ramote-Gileade. Jorão, aparentemente, esperava a mesma ajuda na guerra contra Moabe que seu pai recebera contra a Síria.Subirei. Ouando Josafá consentiu em ir com Acabe contra os siros, ele foi repreendido pelo profeta jeú, por dar ajuda ao "perverso” e “amar aqueles que aborrecem o Senhor” (2Cr 19:2). E então, novamente, ele atendeu a um pedido semelhante, desta vez para ir com Jorão contra os moabitas. O motivo para a disposição de Josafá de acompanhar Jorãonão é dado, mas talvez ele tenha sido convencido pelo fato de jorão ter se mostrado menos inclinado a seguir os maus caminhos de seu pai Acabe; ele tinha retirado a imagem de Baal. Provavelmente, as duas nações ainda estavam vinculadas aos termos da aliança anterior, pois, mesmo após a morte de Acabe, josafá entrou com Acazias em um empreendimento envolvendo a construção de navios, em Eziom-Geber, para atuar no comércio exterior (2Cr 20:35-37). Mais tarde, jorão teve o apoio do neto de Josafá, Acazias, em outra guerra contra a Síria (2Cr 22:5). |
2Rs.3:8 | 8. Por que caminho [...]? Jorão deve ter perguntado. RI avia dois caminhos pelos quais os reis podiam atacar Moabe. Um deles era atravessar o Jordão e atacar pelo norte. Essa seria a abordagem mais direta. As defesas mais fortes de Moabe, porém, estavam na fronteira norte, que era a mais vulnerável aos ataques inimigos. Além disso, se o ataque fosse pelo norte, os aliados se exporiam ao ataque da Síria pela retaguarda. Outra abordagem seria a partir do sul, contornando a estremidade sul do Mar Morto, pela terra de Edom. Esse caminho seria mais longo e difícil, mas eles atacariam Moabe no ponto mais vulnerável, e eles teriam Edom, que era então aliado de Judá (v. 9), como aliado, e não como possível inimigo.Pelo caminho do deserto. Aparentemente, foi josafá que deu a resposta à pergunta de jorão. O caminho sugerido descia pela Judeia até a extremidade sul do Mar Morto, onde passaria por regiões secas, o deserto de Edom. |
2Rs.3:9 | 9. E o rei de Edom. Pouco tempo antes disso, "não havia rei em Edom” (iRs 22:47), e Josafá teve acesso através do país de Edom a Eziom-Geber, no Golfo de Aqaba (lRs 22:48), que era então seu porto marítimo, como tinha sido de Salomão (lRs 9:26). Portanto, naquele tempo, o rei de Edom provavelmente era vassalo de Judá, nomeado por josafá.Andaram rodeando [ARC]. Isto é, fizeram uma marcha tortuosa. Evidentemente, as condições eram de tal ordem na região selvagem e desolada por onde passavam que não puderam tomar um caminho direto até o destino, mas tiveram que ir por um caminho indireto, procurando a passagem mais favorável no momento.Sete dias de marcha. Nenhuma informação é dada quanto ao local em que essa viagem de sete dias começou. Indo de Jerusalém a Hebrom, ao sul, a rota com melhor provisão de água seria de pelo menos 160 km até as fronteiras de Moabe. No entanto, as dificuldades da viagem eram grandes, as condições meteorológicas, provavelmente, estavam contra eles, e o avanço, evidentemente, era lento. Nesse empreendimento, até os melhores planos podem falhar. Por causa do terreno que deviam atravessar, os números eram contrários a eles, e o próprio tamanho do exército agravava o sofrimento e aumentava as agruras.Não havia água. Mesmo sob as melhores condições, nessas regiões desérticas do sul, a água era escassa. Sem dúvida, eles haviam escolhido uma rota que prometia a melhor fonte de água. No entanto, mesmo os córregos que normal mente se esperava que estivessem correndo ficaram sem água.O gado. Eles tinham bovinos tanto para alimentação como para animais de carga (v. 17). Um exército que se dirigia a uma região em que se podia esperar haver gado em abundância, como era o caso de Moabe, provavelmente não se sobrecarregaria levando um grande número de animais para fins de alimentação. No entanto, animais de carga eram necessários. |
2Rs.3:10 | 10. O Senhor chamou. Quando os exércitos se encontravam em dificuldade, Jorão estava pronto para lançar a culpa sobre o Senhor. O empreendimento era um de seus próprios planos, com os quais o Senhor tinha pouco a ver. Mas, tendo partido para acampanha e encontrando-se no maior aperto, Jorão procurou responsabilizar o Senhor, em vez de a si mesmo e seus associados.Para os entregar. Depois de uma marcha sob o calor, tentando atravessar o deserto, os exércitos chegaram a um local de acampamento onde esperavam encontrar água, mas descobriram que o suprimento não existia. Os guerreiros estavam sedentos e exaustos com a marcha. Sem água, não poderíam continuar, nem os animais de carga. Eram um grupo desanimado, desconsolado. À frente, estavam os exércitos de Moabe, a essa altura, prevenidos, alerta e descansados, prontos para o ataque. Para Jorão, a situação parecia sem esperança, e ele estava pronto a acusar o Senhor por ter reunido os exércitos das três nações para entregá-los nas mãos dos moabitas. A verdadeira fé em Deus nunca se rende ao desespero, mas Jorão não tinha aprendido as lições ou o significado da fé e não estava familiarizado com Deus. A incredulidade não tem recursos para essas horas de dificuldades, nem conforto para os tristes, nem forças para os desencorajados. |
2Rs.3:11 | 11. Perguntou, porém, Josafá. Jorão olhou para baixo, mas Josafá ergueu os olhos. O rei de Israel olhou para si mesmo e sua fraqueza, mas o rei de Judá olhou para o Senhor e para a força que sabia estar disponível. Jorão via a falta em Deus e O acusou pelo que pensava ser um desastre irremediável. Josafá olhou para além das dificuldades do momento e encontrou conforto e esperança no Senhor.Algum profeta, josafá reconheceu que ali estava uma situação para a qual os recursos humanos eram insuficientes. Para tal tempo de perigo extremo, a voz de um profeta era necessária. Apenas uma mensagem divina poderia fornecer conselho e orientação que apontariam o caminho de saída desse vale da morte.Para que consultemos. A cada homem é dado o privilégio da oração e de inquirirpessoalmente o Senhor, mas Deus escolhe a maneira pela qual será dada a resposta divina. Em Sua sabedoria e providência, Deus escolheu falar a Seu povo por intermédio de Seus mensageiros, os profetas, a fim de transmitir mensagens de luz, vida e esperança. A quem vai ouvir essas mensagens, abre-se um caminho de luz e de alegria. Para aquele que se recusa a ouvir, só existem trevas, derrota e desespero.Um dos servos do rei de Israel. Se a posição social desse servo era elevada ou humilde, não se sabe. No entanto, sabe-se que ele informou onde seria encontrado o homem tão necessário nessa hora crítica. A posição social pouco importava num momento como esse. Era preciso encontrar um profeta, e ele era um funcionário que sabia onde. Quantas vezes, na causa do Senhor, um indivíduo humilde tem a oportunidade de fazer a sugestão que acaba por conduzir à maior das vitórias. Deus trabalha por meio de qualquer pessoa que se dedique a cumprir as ordens divinas, não importando quão humilde seja o status terreno da pessoa.Aqui está Eliseu. O profeta devia estar em algum lugar nas imediações. Jorão, evidentemente, não sabia disso. No entanto, tanto como Deus, o servo sabia. Nunca há uma crise para o Senhor. Deus previu essa situação, e Seu servo estava disponível de modo que a luz necessária fosse dada no momento em que era tão necessária.Deitava água. Este detalhe interessante revela um cios serviços que Eliseu estava acostumado a prestar quando atendia ao idoso profeta. Eliseu tinha cumprido bem as tarefas humildes atribuídas a ele, e então, o Senhor pôs sobre ele responsabilidades maiores.O costume de “deitar água sobre as mãos’’ de alguém como sinal de serviço ainda é predominante no Oriente Médio. A água é escassa na maioria das terras bíblicas e não pode ser desperdiçada. Antes que sejaservida uma refeição, em uma tenda beduína ou nas aldeias em que não existe sistema de distribuição de água, um funcionário apresenta uma bacia diante de seu patrão e dos convidados. Eles pegam um pouco de sabão e mantêm as mãos sobre a bacia. Em seguida, um fio de água é despejado sobre as mãos a partir de uma jarra ou vasilha de metal que se assemelha a uma xícara. Dessa forma, as mãos são lavadas antes das refeições, que são tomadas sem o uso de colheres e garfos. Quem derrama a água é sempre o servo e não o homem de honra. |
2Rs.3:12 | 12. A palavra do Senhor. A obra profética de Eliseu parece ter estado mais ligada ao reino do norte de Israel do que a judá, mas o rei de Judá sabia que Eliseu era um profeta de Deus e que falava em nome do Senhor. Na obra de Deus, barreiras nacionais têm pouca importância. A palavra do Senhor estava com Eliseu, em benefício do povo de Israel, Judá, Edom e de quantos estivessem dispostos a dar ouvidos.Desceram a ter com ele. Os três reis saíram ao encontro de Eliseu, em vez de chamar o profeta a eles. Um profeta, nessa ocasião, era de muito maior valor que três reis. Eles foram a ele em busca do conselho que sabiam que só um verdadeiro profeta podería dar.Vai aos profetas. Isto é, os profetas de Baal e de Asera. Na época de Elias, estavam em ação 450 profetas de Baal e 400 profetas do “poste-ídolo", o último grupo erasustentado pela rainha Jezabel (lRs 18:19). Quando Acabe começou a guerra contra os siros, para a recuperação de Ramote-Gileade, ele consultou seus 400 profetas da corte, um grupo de homens que falavam em nome do ''Senhor” (lRs 22:6, 11), mas que ainda estavam em uma categoria muito diferente dos verdadeiros profetas de Deus, reconhecidos pelo rei de Judá (1 Rs 22:7, 8). E verdade que jorão empreendera uma reforma religiosa ao remover a ‘'imagem”, ou coluna, de Baal, que seu pai fizera (2Rs 3:2), mas ainda estava longe de aceitar a plena adoração de Yahvveh ou de compreender a verdadeira natureza e o propósito de Deus. Por conseguinte, Eliseu repreendeu publicamente o rei de Israel pela falta de confiança no Deus verdadeiro e por acusar falsamente o Senhor (v. 10). |
2Rs.3:13 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.3:14 | 14. Senhor dos Exércitos. Um termo aplicado a Yahvveh desde o tempo de Samuel (ISm 1:3, 11; 4:4; etc; 15:2; ver vol. 1, p. 150, 151). Tal como Elias, Eliseu se designava como servo ou embaixador do Senhor, estando em Sua presença e falando em Seu nome (1 Rs 17:1; 18:15).A presença de Josafá. O rei de judá era um servo de Deus e "fez o que era reto perante o Senhor” (1 Reis 22:43). Foi porque Josafá servia ao Senhor que este o levou em conta, e esse fato foi reconhecido publicamente por Eliseu, o profeta do Senhor.Não te daria atenção. Esta foi uma censura forte, mas oportuna e necessária. A honra de Deus estava em jogo. Um ímpio rei de Israel lançava sobre o Senhor a culpa por um desastre devido diretamente à sua própria loucura. Se josafá não estivesse participando desse empreendimento, Eliseu se recusaria a interceder em nome do rei de Israel. Os ímpios desfrutam muitas bênçãos por causa da presença dos justos servos do Senhor entre eles, mas raramente esse fato é reconhecido por eles. |
2Rs.3:15 | 15. Um tangedor. Ao longo dos tempos e em todas as partes do mundo, o poderda música tem sido valorizado por seus efeitos para acalmar o espírito e elevar a mente. Poucos meios existem mais eficazes para a elevação da mente acima das coisas terrenas e à atmosfera do Céu do que a musica apropriada. Ela tem o poder de avivar o pensamento, banir a melancolia, promover coragem, subjugar espíritos perturbados e criar uma atmosfera de paz, alegria e esperança.Veio o poder de Deus. O povo de Deus não percebe como deveria o valor da música para ajudar a aliviar o cansaço, afastar a influência dos anjos maus ou erguer a alma acima da ansiedade, dúvida, raiva, amargura e do medo. Maior quantidade de cânticos sagrados no lar, no escritório e na escola os atrairia para mais perto uns dos outros e de Deus.No entanto, seria um equívoco concluir que os profetas costumavam recorrer à música como prelúdio de suas profecias. O fato de um grupo de profetas, nos dias de Saul, ter consigo vários instrumentos musicais (ISm 10:5) não indica nada mais do que o fato de a música ser valorizada nos dias dos profetas e empregada por eles, como deve ser por todos os filhos de Deus, para inspirar e elevar a alma e volver os pensamentos a coisas mais elevadas e nobres. Jesus reconheceu o valor da música (DTN, 73). |
2Rs.3:16 | 16. Fazei, neste vale. Muitas vezes, Deus escolhe trabalhar por meio de agentes humanos, permitindo que as pessoas façam certas coisas por si mesmas. A ordem para cavar as valas foi uma prova de fé e obediência e demonstrava submissão à vontade divina.O poder de Deus é capaz de produzir torrentes no deserto e fazer no ermo florescer uma rosa. Da mesma forma, quando se permite que o Espírito de Deus entre no coração, vidas estéreis se tornam frutíferas com as obras de amor. A pessoa, porém, tem seu papel a desempenhar na preparação do caminho para a recepção do Espírito. |
2Rs.3:17 | 17. Não sentíreis vento. A razão pela qual Deus dispõe os eventos de maneira distinta nem sempre é evidente. Deus podería facilmente ter provocado um vendaval e queda de chuva e, assim, fornecer a água necessária. No entanto, ele optou por não trazer a água dessa forma. Se tivesse sido assim, os moabitas poderíam ter concluído que as lagoas estavam cheias de água e não de sangue, e a vitória sobre Moabe não teria sido obtida. |
2Rs.3:18 | 18. Ainda pouco. Coisas impossíveis ao ser humano são como nada para o Senhor. O fornecimento de água seria considerado por Israel como um milagre suficientemente grande por si só. No entanto, Deus iria ainda mais longe e faria com que a água tivesse uma dupla finalidade, salvar vidas e proporcionar meios para a derrota do inimigo.Nas vossas mãos. Para jorão, parecia que Deus entregaria Israel nas mãos de Moabe, e ele se manifestou vigorosamente nesse sentido (ver v. 10). Agora, se veria que o inverso era verdade; Deus daria Moabe nas mãos de Israel. |
2Rs.3:19 | 19. Todas as cidades fortificadas. As cidades fortificadas de Moabe não seriam defesa contra as hostes de Israel, mas cairíam diante delas.Cortareis. As vezes, pensa-se que, agindo desta forma, Israel iria contra as instruções dadas em Deuteronômio 20:19 e 20. Moisés, porém, estava lidando com o cerco das cidades na época da conquista, e a razão dada para não cortar as árvores é que Israel podería comer de seus frutos. A disposição era prudente em espírito em vez de misericordiosa, pois os israelitas deveriam ocupar a terra, e, se derrubassem as árvores frutíferas, estariam trazendo apenas prejuízo para si mesmos.Tapareis todas as fontes de água. A inutilização dos poços era uma prática comum nas guerras do antigo Oriente. Na época de Isaque, os lilisteus taparam os poços que Abraão havia cavado (Gn 26:15-18).Com pedras. Eles deveriam atirar pedras sobre a terra a ponto de torná-las impróprias para o cultivo. |
2Rs.3:20 | 20. Ao apresentar-se a oferta de manjares. Isto provavelmente se refere apenas à hora do dia, quando a oferta diária era oferecida. Em 1 Reis 18:29 e 36, a hora é marcada por uma referência semelhante ao serviço do templo. O sacrifício da manhã era provavelmente oferecido ao nascer do sol, na aurora do dia (ver vol. 1, p. 753, 754).Caminho de Edom. Como a água saíra de Edom, o registro não revela, mas deixa claro que ela não brotava do chão. |
2Rs.3:21 | 21. Os moabitas. Aqui, o escritor volta no tempo, contando como os moabitas se tinham reunido para a batalha, assim que a mensagem sobre a vinda dos reis chegou a eles.Todos os que cingiam cintos. Ou seja, toda a população do sexo masculino capaz de lutar, do mais jovem ao mais velho. Foi urna convocação geral de todos os capazes de levar espada. |
2Rs.3:22 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.3:23 | 23. Certamente, os reis se destruíram. As amizades entre os povos da Palestina não eram fortes, e as alianças não resistiam por muito tempo. Assim, os confederados de diferentes nações podiam guerrear entre si e se voltar uns contra os outros. Tendo em conta os ciúmes mútuos que havia entre Judá, Israel e Edom, parecia provável a Moabe que os três reis que saíram para o ataque tivessem se voltado uns contra os outros.À presa, ó Moabe. Acreditando que os inimigos tinham conseguido se destruir mutuamente, os moabitas avançaram ansiosos para a pilhagem. Provavelmente, eles não eram mais um exército disciplinado, mas uma multidão selvagem, desordenada, com um só pensamento em mente, o saque dos mortos. |
2Rs.3:24 | 24. Feriram aos moabitas. Despreparados para a batalha, os moabitas caíram como presa fácil diante dos inimigos.Com pouca ou nenhuma resistência, as forças aliadas avançaram, com toda a terra de Moabe aberta diante delas. |
2Rs.3:25 | 25. Arrasaram as cidades. O registro descreve uma ampla e humilhante derrota para Moabe. Nem mesmo as cidades muradas se puderam levantar contra os invasores vitoriosos.Cada um lançou a sua pedra. Na preparação da terra para o cultivo, era preciso primeiro remover as pedras. As pedras removidas foram então lançadas pelos invasores de volta aos campos, deixando a cada proprietário individual das terras a difícil tarefa de limpá-las.Quir-Haresete. Acredita-se que seja a mesma Quir-Heres (Is 16:11; Jr 48:31, 36), e, provavelmente, também a Quir de Moabe (Is 15:1). Seu nome moderno é el-Kerak. Esta cidade era a fortaleza destacada de Moabe, situada em uma posição estratégica no altiplano imediatamente a leste da parte sul do Mar Morto, e controlava a rota comercial para o Mar Vermelho. Era construída no topo de uma colina, cercada por todos os lados por um vale profundo e estreito, que, por sua vez, era completamente cercado por um anel de montanhas que se erguiam acima da cidade. A lortaleza era considerada praticamente inexpugnável. Na época das cruzadas, foi um lugar de grande importância, e os cruzados fizeram esforços heroicos para sua captura. Essa fortaleza é a maior estrutura antiga do gênero em existência e ainda está em uso.Os que atiravam com fundas. Evidentemente, os atiradores encontraram posições nas colinas que cercam a cidade, de onde pudessem atirar pedras sobre ela. |
2Rs.3:26 | 26. Prevalecia. Mesmo nessa grande fortaleza, Mesha viu que a batalha era contra ele.Para romperem. Foi feita uma tentativa de sair da cidade por meio de uma tropaatravés do local em que o rei de Edorn estava postado, mas sem sucesso.Sobre o muro. Provavelmente, à vista dos sitiantes, na esperança de infundir terror aos mesmos. Evidentemente, os moabitas esperavam, por esse sacrifício, ao qual pensavam que Gamos não resistia, despertar o temor supersticioso dos invasores.Ira. A LXX diz metamelos, “pesar". Do heb. qetsef. Geralmente, embora nem sempre, era uma palavra usada para um ato de Deus (cf. Nm 1:53; 18:5; Js 9:20; iCr 27:24; 2Cr 19:10; 24:18, etc), mas dificilmente deve ser entendida assim aqui, pois não há menção específica de qualquer culpa por parte de Israel. No entanto, qetsef e seu verbo relacionado qatsaf também são empregados para a ira humana (Gn 40:2; Èx 16:20; 1 Sm 29:4; 2Rs 5:11; Et 1:12, 18). A natureza exata dessa indignação contra Israel não é descrita, e os detalhes da forma em que operou não são revelados. Se o cerco foi levantado por causa do aumento da resistência por parte dos defensores, inspirado pelo sacrifício extremo por parte de seu rei, ou se a grande indignação se fez sentir de alguma outra forma, não se pode saber com certeza.Por isso, se retiraram. Os invasores abandonaram seus esforços de tomar a cidade, deixando-a para o rei e seus defensores, enquanto voltavam para suas terras sem ter atingido completamente o objetivo, mas com a recompensa de uma vitória considerável.Um dos documentos mais importantes relacionados com a história de Israel é a inscrição do Rei. Mesha, a famosa Pedra Moabita, que data do 9o século a.C. Para ter uma imagem e um breve relato sobre a pedra, ver vol. 1, p. 100-102, As divisões em parágrafo na tradução a seguir não estão na inscrição original, mas foram adicionadas por conveniência. As palavras entre parênteses foram inseridas para esclarecer o significado da inscrição. As reticências indicam quebra na inscrição, em que o contexto não fornece nenhuma pista quanto ao que pode ter sido escrito; palavras seguidas por pontos de interrogação entre parênteses são fornecidas para preencher pausas no texto, sugeridas pelo contexto.A Pedra Moabita“Eu sou Mesha, filho de Quemos, ... rei de Moabe, o dibonita. Meu pai reinou sobre Moabe por 30 anos, e eu reinei depois de meu pai. Fiz este lugar alto para Quemos, em Qorchah ..., pois ele me salvou de todos os reis e rne fez triunfar sobre todos os meus inimigos. Onri, rei de Israel, tinha oprimido Moabe por muitos dias, pois Quemos estava zangado com sua terra. E seu filho também o sucedeu, e ele disse: 'Vou oprimir Moabe.’ Em meus dias, ele falou assim (?), mas triunfei sobre ele e. sobre sua casa, e Israel desapareceu para sempre. E Onri havia ocupado a terra de Medeba, e [Israel] habitou nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho, 40 anos, mas Quemos morava lá no meu tempo.“Construí Baal-Meom, e fiz nela um reservatório, e construí Qiryathan [Kiiyathaim]. Ora, os homens de Gade tinham habitado lá por muito tempo na terra de Atarote, e o rei de Israel havia construído Atarote para eles, mas eu lutei contra a cidade, tomei-a e feri todo o povo da cidade como um êxtase para Quemos e para Moabe. Trouxe de lá Orei, seu comandante, arrastando-o diante de Quemos em Queriote, e lá estabelecí os homens de Sarom e os homens de Maarate.“E Quemos me disse: ‘Vai, toma Nebo de Israel’ Fui de noite e lutei contra ela desde o amanhecer até o meio-dia, e tomei-a e feri todos eles, 7 mil homens, meninos (?), mulheres, meninas (?) e servas, porque os havia dedicado a Ashtar-Quemos. Tirei de lá os navios (?) de YHWH [Yahxveh] e os arrastei diante de Quemos. O rei de Israel havia construído Yahas e habitado nela enquanto lutava contra mim. No entanto, Quemos o expulsou de diante de mim, e (?) tirei de Moabe 200 homens, todos chefes e os coloquei contra Yahas, e o levei para anexá-lo a Dibom.“Construí Qorchah, o muro das florestas e o muro da cidadela. Também construí suas portas e construí suas torres, e construí o palácio, e fiz os dois reservatórios de água dentro da cidade. Não havia cisterna no interior da cidade de Qorchah. Eu disse a todo o povo: ‘Fazei para vós, cada um uma cisterna em sua casa.’ E cortei madeira para Qorchah com os prisioneiros de Israel.“Construí Aroer e fiz a estrada no Arnom. Construí Bete-Bamote, pois tinha sido destruída. Construí Beser, pois estava em ruínas, com (?) 50 homens de Dibom, pois todos de Dibom eram obedientes. Reinei sobre (?) 100 cidades que eu tinha adicionado à terra. Construí Medeba e Bete-diblathem, e Bete-Baal-Meom, e coloquei lá os redis (?) para (?) ovelhas (?) da terra. Quanto a Hauronem, era habitada. ... No entanto, Quemos me disse: ‘Desça, lute contra Hauronem.’ Fui até lá e (?) tomei (?) a (?) e Quemos habitou (?) nela em meus dias...”COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 1-3-PR, 212 11-Ed 59, PR, 222Capítulo 4I Eliseu multiplica o azeite da viúva. 8 Um filho nasce à sunamita. 18 Ele ressuscita o filho que havia morrido. 38 Em Gilgal, tira a “morte” da panela.uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali.ambos e orou ao Senhor. |
2Rs.3:27 | "27. E o ofereceu. O herdeiro presumido foi oferecido como sacrifício pagão, sem dúvida, numa tentativa de apaziguar o deus nacional, Gamos (Quemos; ver com. do v. 5). Por esse sacrifício, esperava-se obter o favor de Gamos e sua ajuda contra os agressores. O sacrifício humano era uma das abominações das religiões palestinas. Sobre o muro. Provavelmente, à vista dos sitiantes, na esperança de infundir terror aos mesmos. Evidentemente, os moabitas esperavam, por esse sacrifício, ao qual pensavam que Gamos não resistia, despertar o temor supersticioso dos invasores. Ira. A LXX diz metamelos, “pesar"". Do heb. qetsef. Geralmente, embora nem sempre, era uma palavra usada para um ato de Deus (cf. Nm 1:53; 18:5; Js 9:20; iCr 27:24; 2Cr 19:10; 24:18, etc), mas dificilmente deve ser entendida assim aqui, pois não há menção específica de qualquer culpa por parte de Israel. No entanto, qetsef e seu verbo relacionado qatsaf também são empregados para a ira humana (Gn 40:2; Èx 16:20; 1 Sm 29:4; 2Rs 5:11; Et 1:12, 18). A natureza exata dessa indignação contra Israel não é descrita, e os detalhes da forma em que operou não são revelados. Se o cerco foi levantado por causa do aumento da resistência por parte dos defensores, inspirado pelo sacrifício extremo por parte de seu rei, ou se a grande indignação se fez sentir de alguma outra forma, não se pode saber com certeza. Por isso, se retiraram. Os invasores abandonaram seus esforços de tomar a cidade, deixando-a para o rei e seus defensores, enquanto voltavam para suas terras sem ter atingido completamente o objetivo, mas com a recompensa de uma vitória considerável.
NOTA ADICIONAL A II REIS 3
Um dos documentos mais importantes relacionados com a história de Israel é a inscrição do Rei. Mesha, a famosa Pedra Moabita, que data do 9o século a.C. Para ter uma imagem e um breve relato sobre a pedra, ver vol. 1, p. 100-102, As divisões em parágrafo na tradução a seguir não estão na inscrição original, mas foram adicionadas por conveniência. As palavras entre parênteses foram inseridas para esclarecer o significado da inscrição. As reticências indicam quebra na inscrição, em que o contexto não fornece nenhuma pista quanto ao que pode ter sido escrito; palavras seguidas por pontos de interrogação entre parênteses são fornecidas para preencher pausas no texto, sugeridas pelo contexto.
A Pedra Moabita
“Eu sou Mesha, filho de Quemos, ... rei de Moabe, o dibonita. Meu pai reinou sobre Moabe por 30 anos, e eu reinei depois de meu pai. Fiz este lugar alto para Quemos, em Qorchah ..., pois ele me salvou de todos os reis e rne fez triunfar sobre todos os meus inimigos. Onri, rei de Israel, tinha oprimido Moabe por muitos dias, pois Quemos estava zangado com sua terra. E seu filho também o sucedeu, e ele disse: 'Vou oprimir Moabe.’ Em meus dias, ele falou assim (?), mas triunfei sobre ele e. sobre sua casa, e Israel desapareceu para sempre. E Onri havia ocupado a terra de Medeba, e [Israel] habitou nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho, 40 anos, mas Quemos morava lá no meu tempo.
“Construí Baal-Meom, e fiz nela um reservatório, e construí Qiryathan [Kiiyathaim]. Ora, os homens de Gade tinham habitado lá por muito tempo na terra de Atarote, e o rei de Israel havia construído Atarote para eles, mas eu lutei contra a cidade, tomei-a e feri todo o povo da cidade como um êxtase para Quemos e para Moabe. Trouxe de lá Orei, seu comandante, arrastando-o diante de Quemos em Queriote, e lá estabelecí os homens de Sarom e os homens de Maarate.
“E Quemos me disse: ‘Vai, toma Nebo de Israel’ Fui de noite e lutei contra ela desde o amanhecer até o meio-dia, e tomei-a e feri todos eles, 7 mil homens, meninos (?), mulheres, meninas (?) e servas, porque os havia dedicado a Ashtar-Quemos. Tirei de lá os navios (?) de YHWH [Yahxveh] e os arrastei diante de Quemos. O rei de Israel havia construído Yahas e habitado nela enquanto lutava contra mim. No entanto, Quemos o expulsou de diante de mim, e (?) tirei de Moabe 200 homens, todos chefes e os coloquei contra Yahas, e o levei para anexá-lo a Dibom.
“Construí Qorchah, o muro das florestas e o muro da cidadela. Também construí suas portas e construí suas torres, e construí o palácio, e fiz os dois reservatórios de água dentro da cidade. Não havia cisterna no interior da cidade de Qorchah. Eu disse a todo o povo: ‘Fazei para vós, cada um uma cisterna em sua casa.’ E cortei madeira para Qorchah com os prisioneiros de Israel.
“Construí Aroer e fiz a estrada no Arnom. Construí Bete-Bamote, pois tinha sido destruída. Construí Beser, pois estava em ruínas, com (?) 50 homens de Dibom, pois todos de Dibom eram obedientes. Reinei sobre (?) 100 cidades que eu tinha adicionado à terra. Construí Medeba e Bete-diblathem, e Bete-Baal-Meom, e coloquei lá os redis (?) para (?) ovelhas (?) da terra. Quanto a Hauronem, era habitada. ... No entanto, Quemos me disse: ‘Desça, lute contra Hauronem.’ Fui até lá e (?) tomei (?) a (?) e Quemos habitou (?) nela em meus dias...”" |
2Rs.4:1 | 1. Das mulheres. Esta é uma importante revelação a respeito da natureza dos "filhos dos profetas". Não eram rapazes solteiros, vivendo reclusos em estabelecimentos monásticos. Eram homens do povo e viviam e trabalhavam para o povo. Em vez de estar interessados apenas em si mesmos, vivendo juntos em comunidades ascéticas e procurando alcançar a santidade, eles viviam para o bem da nação, buscando não o próprio ganho material, mas o bem comum de todos ao redor.Temia ao Senhor. Este homem era um fiel adorador de Yahvveh. A influência de Elias e Eliseu promovera a adoração ao verdadeiro Deus em todo o reino de Israel.É chegado o credor. A lei de Moisés reconhecia a servidão por dívida, não como um “escravo", mas “como jornaleiro e peregrino", e exigia, portanto, cjue o indivíduo vendido servisse apenas até o ano do jubileu (Lv 25:39-42). No caso em questão, parece que o credor não tinha aplicado seu direito sobre os filhos durante a vida do devedor, mas, por ocasião de sua morte, ele requereu o serviços deles para que a obrigação do pai fosse cumprida. |
2Rs.4:2 | 2. Que te hei de fazer? A pergunta revela o espírito bondoso do profeta. Eliseu era um homem interessado nas pessoas, sempre amigável, simpático e pronto a ajudar. Ao ser chamado pelo rei, ele estava pronto a suprir as necessidades de todo o exército; quando chamado por uma viúva pobre e sem amigos, ele não a despedia de mãos vazias.O que tens. Deus usa o que temos. Seus recursos e poderes são ilimitados, e Ele podería facilmente ter atendido à necessidade da mulher sem a botija de azeite. No entanto, Ele tomou o que ela possuía e pôs Sua bênção sobre isso. E assim que Deus age com Seus servos. Eles podem não ter grande habilidade natural ou recursos materiais; mas, se dedicarem a Deus e a Seu serviço aquilo que têm, pedindo Sua bênção, o pouco quetêm é mLiltiplicado. Em nossos esforços para socorrer os pobres, faríamos bem em levá-los a ajudarem a si mesmos. Os pobres devem ser ensinados a utilizar os recursos que possuem. Se isso não for feito, a caridade pode empobrecer e fazer mais mal do que bem.Senão uma botija de azeite. Uma botija de azeite não era muito, mas, nas mãos de Deus, e com Sua bênção, era suficiente para suprir todas as necessidades da família. Os talentos podem não ser muitos e as posses, pequenas, mas Deus pode usar e aumentar o que Lhe é dedicado. A botija de azeite era o sinal da extrema pobreza da viúva, mas também era o meio empregado pelo Senhor para suprir todas as suas necessidades. |
2Rs.4:3 | 3. Vasilhas vazias, não poucas. A resposta da viúva seria a medida de sua fé, e também a medida do que ela estava para receber do Senhor. Com pouca fé, ela teria recebido pouco; com muita fé, ela recebería mais. |
2Rs.4:4 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.4:5 | 5. Ela as enchia. A viúva não tropeçou por motivo de incredulidade. Ela respondeu imediatamente às instruções do profeta e pediu também a cooperação dos filhos. Se os filhos deveríam ser salvos da servidão, eles também tinham algo a fazer por si mesmos. A fé da mãe gerou fé e obediência nos filhos. A fé dá lugar à fé, e a obediência por parte de um leva à obediência por parte de outros. |
2Rs.4:6 | 6. O azeite parou. Deus não pode dar mais quando o ser humano não está preparado para receber. Só quando o último vasilhame foi preenchido, a oferta miraculosa de azeite deixou de fluir. |
2Rs.4:7 | 7. Paga a tua dívida. A viúva recebeu do Senhor mais do que pedira. Seu pedido era apenas que seus filhos fossem libertos da servidão. Contudo, na sua pobreza, ela ainda tinha muitas necessidades. Deus as supriu. Ele dá a Seus filhos bênçãos muito maiores do que eles pedem para si próprios. |
2Rs.4:8 | 8. Suném. Uma cidade no vale de Jezreel, cerca de oito quilômetros a norte-noroestecio monte Gilboa, e talvez a 25 quilômetros ou mais do Garmelo, onde Eliseu, naquele tempo, parece ter feito sua casa (v. 25). Em suas viagens para lá e para cá, por todo o reino, Eliseu frequentemente passava por essa aldeia, hoje conhecida como Solem.Uma mulher rica. Ou, uma mulher de alta posição (ver iSm 25:2; 2Sm 19:32).A qual o constrangeu. A Eliseu foi estendida a hospitalidade dessa casa confortável. Homens de Deus têm as mesmas necessidades de alimento e abrigo que os outros e apreciam as bênçãos da comunhão e amizade cristãs. Muitas vezes, a vida de um fiel servo de Deus é tornada feliz e agradável mediante a gentil cortesia estendida a ele por aqueles a quem deve servir. |
2Rs.4:9 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.4:10 | 10. Um pequeno quarto. Muitas vezes, as riquezas tornam o possuidor egoísta e esquecido das necessidades dos outros. Evidentemente, esse não foi o caso dessa nobre mulher, de Suném. Ela era uma grande mulher, mas não perdia a naturalidade. Não vivia unicamente para si, mas se esforçava para tornar os outros felizes, lendo suas próprias necessidades atendidas dessa maneira, ela compartilhava com os outros suas posses. Tinha seus próprios cuidados e responsabilidades domésticas, mas não permitia que os cuidados de casa a fizessem se esquecer das necessidades de um profeta e talvez de muitas outras pessoas. Em suas viagens, muitas vezes, Eliseu antecipava as horas agradáveis de descanso e relaxamento que teria quando chegasse à aldeia de Suném. A amável hospitalidade ajuda a trazer aos filhos da terra um pouco da paz e amizade do Céu. |
2Rs.4:11 | 11. Chama esta sunamita. A suna- mita havia sido bondosa para Eliseu, e ele retribuiría a atitude. No entanto, que poderia ele fazer para agradecer os favores que ela lhe prestava? Ela não precisava de coisas materiais. Eliseu, porém, queria lhe dar algum símbolo de sua apreciação.Um coração nobre não gosta de receber favor e não dar retorno. |
2Rs.4:12 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.4:13 | 13. Que se há de fazer por ti? A pergunta era uma questão de prova, pois revelaria exatamente o que estava no coração da mulher. Ela havia recebido o profeta como tal, ou tinha o desejo secreto de alguma recompensa?Que se fale a teu favor ao rei [...]?Eliseu reconhecia o fato de que tinha alguma influência na corte e com as autoridades do país. Haver ia algum assunto em que Eliseu intercedesse pela mulher de Suném diante do rei?No meio do meu povo. A resposta dá a ideia de que ela estava perfeitamente satisfeita. Vivia em paz com seu povo e não tinha desavenças com os vizinhos, nem questões que não pudessem ser resolvidas com seus amigos. Era uma comunidade pacífica e feliz. Nem o rei ou seus servos poderíam fazer algo para tornar mais feliz a vida ali. |
2Rs.4:14 | 14. Que se há de fazer por ela? Fazer algo por uma pessoa que já estava perfeitamente feliz e que tinha todos os bens deste mundo de que precisava não era fácil, mas Eliseu persistiu em seus esforços para descobrir algo em que pudesse colocar-se a serviço dela.Ela não tem filho. Isto era considerado por toda mulher hebreia um mal evidente e uma censura (ver Gn 30:23; Dt 7:13, 14; ISm 1:6, 7, 11; SI 128:3, 4; Lc 1:25, NTLH).Seu marido é velho. Por mais que desejasse um filho, ela cria que não havia mais esperança, pois seu marido era idoso. |
2Rs.4:15 | 15. A porta. Talvez por modéstia e boa fama, pois não teria sido adequado para ela entrar na câmara de Eliseu. |
2Rs.4:16 | 16. Abraçarás um filho. O que é impossível aos homens não o é a Deus. Se ela desejava um filho, Deus poderia tornar isso uma realidade. A promessa de Eliseu de que ela teria um filho dentro de um ano foi muito além de suas mais caras esperanças.Não mintas. Em outras palavras: “Não mt* enganes, trazendo diante de mim uma esperança que não pode ser cumprida.” Também mostraram semelhante incredulidade Abraão (Gn 17:17), Sara (Gn 18:12) e Zacarias (Lc 1:20), quando lhes foi prometido um filho. |
2Rs.4:17 | 17. No tempo determinado. Um verdadeiro profeta não faz falsas previsões em nome do Senhor. Conforme Eliseu havia prometido, assim aconteceu. |
2Rs.4:18 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.4:19 | 19. Minha cabeça. Provavelmente, um caso de insolação. A colheita era tarefa árdua, levada a cabo na estação mais quente do ano. |
2Rs.4:20 | 20. E morreu. Alegria e tristeza, riso e lágrimas, vida e morte não estão distantes na jornada do ser humano mortal neste mundo de pecado. O filho da sunamita levara alegria ao lar, mas também foi o meio de levar angústia. Ele tinha sido dado à sunamita pelo Senhor, mas a morte o requeria como sua propriedade. |
2Rs.4:21 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.4:22 | 22. Manda-me. Era a atarefada época da colheita, e todos os homens e animais desse estabelecimento de grande porte estavam no campo. No entanto, ela pediu a utilização imediata de um dos animais e seu condutor.Ao homem de Deus. Como uma esposa digna, a mulher informou ao marido sobre a viagem que se propunha fazer e o fato de que planejava retornar em breve, mas não explicou o motivo. Talvez, se tivesse informado sua intenção de chamar o profeta para erguer seu filho, que já estava morto, ele poderia ter considerado a jornada inútil e poderia ter feito um esforço para dissuadi- la de seu propósito. O assunto se referia à fé, e ela parecia mantê-la rigorosamente entre ela e Deus. |
2Rs.4:23 | 23. Não é dia de Festa da Lua Nova nem sábado. Estes dois dias eram sagrados, ocasiões para ofertas e assembléias solenes (2Cr 2:4; Is 1:13; Os 2:11; Am 8:5).Evidentemente, nestes dias, era habitual que as pessoas se reunissem para adoração, instrução ou edificação. Se fosse lua nova ou sábado, a jornada da mulher em busca do profeta não teria sido considerada estranha, mas, naquela ocasião, o marido não conseguia entender seu propósito.Não faz mal. Literalmente, “paz”. A resposta foi uma demonstração de fé e esperança. A criança estava morta, mas ela não deu lugar à tristeza ou ao desespero. Se, a princípio, o profeta foi capaz de interceder junto a Deus para lhe dar a criança, ele também poderia ter o poder do Senhor para restaurá-la. Embora essa fosse uma questão difícil, quando entregamos algo nas mãos de Deus, podemos ter certeza de que tudo ficará bem. Nem sempre a resposta será exatamente a que desejamos, mas podemos ter paz e curvar-nos humildemente em submissão à Sua vontade. |
2Rs.4:24 | 24. Não te detenhas. Ela insistiu com o servo para que seguisse a toda velocidade possível, qualquer que fosse o inconveniente para ela. A viagem era de cerca de 25 km, e não seria fácil, mas ela só tinha um pensamento: encontrar Eliseu o mais cedo possível. |
2Rs.4:25 | 25. Vendo-a. Provavelmente, a casa do profeta estava em um lugar alto, de onde podia ter uma vista de grande parte do vale abaixo. Eliseu viu a mulher à distância e a reconheceu. |
2Rs.4:26 | 26. Corre. O profeta soube imediatamente que algo estava errado e, sem esperar que ela se aproximasse, mandou o servo ao seu encontro, a fim de verificar, se possível, o motivo.Tudo bem. Novamente, a resposta foi, literalmente: "Paz.” O fardo de seu coração seria revelado apenas ao profeta, e não ao servo. |
2Rs.4:27 | 27. Os pés. A Bíblia registra numerosos exemplos de conduta similar por ocasião de pedidos importunos (Alt 18:29; Mc 7:25; Lc 8:41; jo 11:32, etc.)Arrancá-la. O servo insensível não conseguiu entender a situação e se esforçou para retirá-la dali.Sua alma está em amargura. Eliseu viu logo que alguma tristeza incontrolável havia tomado conta da mulher, e seu coração se moveu por ela em terna simpatia. O verdadeiro filho de Deus, cujo coração está cheio de amor e simpatia, será movido de compaixão para com todos os cansados e oprimidos e, como seu Mestre, se esforçará por lhes dar descanso. O verdadeiro amor é terno e amável e responde ao apelo daqueles que se encontram em necessidade.O Senhor mo encobriu. As vezes, o Senhor acha por bem revelar aos Seus servos as circunstâncias de uma pessoa em particular, mas nem sempre. Nenhum pro- leta possui todo o conhecimento. As revelações são feitas apenas de acordo com a vontade de Deus. O lato de um profeta não conhecer todas as questões relacionadas a uni assunto particular não significa que não seja verdadeiro. Os profetas também são seres humanos, e seu conhecimento e julgamento, como o de outros seres humanos, são limitados. Só quando Deus lhes dá revelações especiais e sabedoria é que suas palavras possuem uma autoridade divina. A ideia de que, em casos como esse, o profeta deve estar de posse de todos os fatos não se justifica. |
2Rs.4:28 | 28. Pedí eu a meu senhor algum filho? A mulher não estava tanto criticando o profeta como derramando a amarga tristeza de seu íntimo. Ela não havia pedido esse filho; em primeiro lugar, ele era resultado da promessa do profeta. No entanto, esse filho, dado assim, fora tirado dela. Ela não disse isso em tantas palavras, e não precisava, pois Eliseu compreendia plenamente o significado de seu sofrimento. Suas palavras revelam sua amargura e tristeza. Ela apenas sabia que o filho, que não havia pedido, já se fora, e que sua dor erainfinitamente maior do que se nunca tivesse o amor daquela criança. |
2Rs.4:29 | 29. Cínge os lombos. Eliseu sabia que a mulher estava exausta com a viagem apressada e que o caminho de volta seria ainda mais difícil e penoso. Ele mesmo não evitaria a viagem, mas, visto que sabia que a criança estava morta, enviou o servo com instruções sobre como agir.Toma o meu bordão. (3 bordão era o emblema da missão profética de Eliseu e, como o bordão de Moisés (Ex 4:17; 17:5, 9; Nm 20:8, 9), era símbolo do poder divino pelo qual haveria de operar milagres em nome do Senhor.Não o saúdes. Não que o servo devesse ser rude ou indelicado, mas ele não deveria perder tempo pelo caminho. No Oriente, as saudações são longas e cerimoniosas e a polidez toma tempo. |
2Rs.4:30 | 30. Não te deixarei. A mulher tinha mais fé em Eliseu que em seu servo. Ela conhecia o poder da oração e do ministério de Eliseu e depositava nele toda confiança. O Senhor poderia ter restaurado a criança com apenas uma palavra pronunciada por Eliseu. Ele poderia ter valorizado o bordão pessoal do profeta, bem como o servo, e assim, trazer a criança de volta à vida. No entanto, a mulher aflita considerava Eliseu como o mensageiro por meio do qual o Senhor mostraria Seu poder, e o Senhor achou por bem honrar sua fé e lidar com ela de acordo com seu desejo. |
2Rs.4:31 | 31. Não houve nele voz nem sinal de vida. Estas palavras sugerem que Geazi esperava que Deus o honrasse ao colocar o bordão de Eliseu sobre o moço. Por que a vida não foi restaurada, não é dito. Talvez se a mulher cresse que o Senhor lhe respondería por meio do bordão de Eliseu e de seu servo Geazi, a resposta teria vindo dessa forma. Ou, houvesse alguma fraqueza na vida de Geazi, que impedia que o Senhor o usasse como canal da operação de Seumaravilhoso poder. Não é dado a conhecer as razões por que o Senhor opta ou não por agir de determinadas maneiras.Não despertou. Isto não significa que a criança estivesse apenas adormecida, porque o rapaz havia morrido à tarde no colo de sua mãe (v. 20) e, no v. 32, ele fora declarado morto. Na Bíblia, a morte é encarada como um sono (Dt 31:16; IRs 2:10; Dn 12:2; Jo II41-14; At 13:36). |
2Rs.4:32 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.4:33 | 33. Orou. Foi pela oração fervorosa da fé que "mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos" (Hb 11:35). |
2Rs.4:34 | 34. Deitou-se sobre o menino. Não é informada a razão para o uso desse meio por parte de Eliseu a fim de trazer a criança de volta à vicia. Ele pode ter sido instruído divinamente pelo Senhor a fazer assim ou pode ter imitado o ato de Elias (IRs 17:21). A oração não exclui a utilização de outros meios. O corpo do profeta pode realmente ter comunicado calor ao corpo da criança morta, mas não foi isso que devolveu à criança a vicia. Foi por meio de Cristo, que primeiro deu a vida, que o menino foi trazido de volta dos mortos. Esse foi um milagre, um ato que só poderia ser realizado por Deus. Assim como o Senhor restaurou a vida do garoto morto, na segunda vinda, Ele ressuscitará todos os Seus filhos fiéis, que dormem em suas tumbas (Is 2649; jo 5:28, 29; ICo 15:52, ITs 4:16; Ap 1:18). |
2Rs.4:35 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.4:36 | 36. Toma o teu filho. Quando a criança foi trazida de volta à vida, a mãe foi chamada e lhe foi dito que assumisse o filho. Quando Elias ressuscitou o filho da viuva, Ele o deu à sua mãe (IRs 17:23), e também Jesus, quando ressuscitou o filho da viúva de Naim, o entregou outra vez à mãe (Lc 7:15). O coração de Jesus se estende a cada mãe que chora a perda de um filho e, no dia da feliz ressurreição, os filhos que agora dormem na sepultura serão mais uma vez trazidos de volta à vida, para serem levados pelos anjos e colocados nos braços das mães (GC, 645). |
2Rs.4:37 | 37. Prostrou-se. Não são dadas as palavras da mãe. Sua gratidão era grande demais para se expressar. Ela se lançou aos pés do profeta, derramando, sem dúvida, em lágrimas de alegria, a gratidão do coração de mãe ao ter o filho de volta à vida. A fé em Deus e em Seu profeta não foi em vão. |
2Rs.4:38 | 38. Para Gilgal. Ver com. de 2Rs 2:1. Elias tinha feito muito para edificar a obra do Senhor pelo interesse que demonstrou nesses importantes centros de formação em que os jovens poderíam receber preparo para um ministério aos seus semelhantes. Eliseu manteve seu interesse nessas escolas. Frequentemente, ele as visitava para prestar incentivos e conselhos.Havia fome. A fome era comum na antiga Palestina e trazia sofrimento e, muitas vezes, a morte (ver com. de Gn 12:10).Assentados diante dele. Provavelmente, a ocasião era de instrução espiritual. Assim como Maria se assentava aos pés de Jesus, esses jovens se assentavam diante de Eliseu e aprendiam acerca de Deus. Essas horas eram consideradas preciosas e o Espírito Santo estava presente, trazendo à mente dos jovens lições de fé e confiança em Deus. Eles aprendiam a apreciar as coisas do Espírito mais do que a alimentação diária.Põe a panela grande. O al imento espiritual é importante, mas o corpo também precisa ser nutrido. Provavelmente, Eliseu era tocado quando via nas formas magras dos alunos os efeitos da fome que assolava a terra. Interessado em seu bem-estar espiritual, ele também percebia as necessidades temporais. Foi dada a ordem para que a panela grande fosse usada, a fim de que todos fossem alimentados. |
2Rs.4:39 | 39. Ao campo. As escolas dos profetas deviam estar situadas em comunidades rurais, em que os alunos tivessem a oportunidade de cultivar o próprio alimento e receber formação nas atividades agrícolas (ver PP, 593; PR, 230). Devido à escassez dealimentos, os alunos dessas escolas foram, evidentemente, forçados a sair aos campos em busca de víveres.Trepadeira silvestre, O tipo exato de planta aqui mencionada não foi identificado positivamente. Alguns a têm usado para se referir a um tipo de pepino selvagem, ou cabaça, com a forma de um ovo e que tinha sabor amargo. Quando ingerido, provoca dor e violenta diarréia. Os jovens podem ter tomado esses pepinos silvestres como se tossem os comuns, que eram muito apreciados como alimento (Nm 11:5). Na Palestina, também é encontrada uma trepadeira conhecida como colocíntida, com pequenas folhas de cor verde-claro e frutos semelhantes a melões, cujos efeitos podem ser fatais. A LXX, a Vulgata e a Almeida chamam o que foi tirado da planta de “colocíntida’'.Não as conheciam. O fato de ser profeta não dá todo o conhecimento nem desobriga de exercer cuidado e precaução. O jovem, sem saber a natureza das ervas à sua frente, colheu veneno e pôs em risco a vida de todos os que comeram do fruto de seu trabalho. |
2Rs.4:40 | 40. Morte na panela. Provavelmente, o sabor amargo revelou imediatamente o fato de que o alimento era venenoso. Ele pode ter sido misturado na panela a outras ervas per- leitamente saudáveis, mas as cabaças espalharam seu veneno por todo o recipiente. O pecado é o veneno da morte. Sua influência se espalha. Em milhares de formas diferentes, é colocado diariamente diante de nós para trazer sofrimento e desgraça. O único caminho seguro é eliminar o pecado e o erro de qualquer espécie, seja onde for encontrado. Caso contrário, o resultado será inevitavelmente a morte. |
2Rs.4:41 | 41. Trazei farinha. Se esta farinha era um antídoto natural para as plantas venenosas, não é revelado. Isso pode ter o mesmo significado que teve o sal jogado nas águas contaminadas de Jerico (2Rs 2:20-22).Tirada do trigo triturado, a farinha é energética e salutar. Na mão do profeta, tornou-se uma fonte de vicia, contrariando os efeitos maléficos das sementes da morte. O evangelho de Cristo é o pão da vida para os que estão sob a condenação da morte. Não importa por quanto tempo ou em que quantidade o pecador comeu do fruto mau da morte, no evangelho há poder para curar e restaurar. Todo o mal que o pecado efetuou, o Espírito Santo tem poder para desfazer. Deus tem o antídoto para toda forma de mal. Cristo é a fonte da vida eterna para cada pessoa que tenha vontade de viver (Jo 6:27, 33, 35). |
2Rs.4:42 | 42. Baal-Saíisa. Não existem informações suficientes para localizar precisamente essa cidade. Pode ser o mesmo que o distrito de Salisa (ver com. de ISm 9:14).Das primícias. De acordo com a lei de Moisés, todas as primícias da colheita deviam ser oferecidas a Deus e eram ciadas aos sacerdotes (Nm 18:12, 13; Dt 18:4). Nesse exemplo, um fiel adorador de Yahweh trouxe suas primícias a Eliseu, "o homem de Deus”. Muito antes disso, os sacerdotes leví- ticos já tinham sido retirados cio reino do norte (2Cr 11:13, 14), e alguns dos piedosos em Israel, provavelmente, reconheciam nos profetas os representantes do Senhor, a quem poderiam levar as ofertas que a lei requeria fossem dadas aos sacerdotes.De cevada. Na Palestina, a cevada era normalmente usada como alimento para os animais, mas, às vezes, dela se faziam bolos e pães (Jz 7:13; Jo 6:9) para alimento, embora fosse considerada inferior ao trigo.Espigas verdes. Do heb. karmel, “fruto”. Grãos ou, provavelmente, qualquer outro produto semelhante do pomar. A palavra hebraica traduzida como “alforje” ou “palha” (ARC) não ocorre em outros lugares das Escrituras. Seu significado é incerto, e alguns sugerem tratar-se de "saco”.Dá ao povo. Era um momento de necessidade, mesmo para o profeta e os que seachavam com ele. As pessoas estavam com fome e precisavam de alimento. Eliseu podería ter pensado em si mesmo e em seus próprios interesses, mas se preocupou com o povo. Da mesma forma, Jesus, quando estava com Seus discípulos em um lugar deserto, viu "uma grande multidão, compadeceu-Se dela” (Mt 14:14). Ao anoitecer, os discípulos quiseram despedir as pessoas, a fim de que procurassem alimento para si mesmas, mas as palavras de Jesus foram: "Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer” (Mt 14:16). Deus ainda faia a Seus filhos hoje quando se compadecem das multidões cansadas e necessitadas da terra: "Dá ao povo para que coma.” |
2Rs.4:43 | 43. Servo. Do heb. meshareth, um servo, mas, geralmente, de uma ordem superior do que é representado por ebed, a palavra comum para "servo”. Assim, Josué é chamado de meshareth de Moisés (Ex 24:13), e os anjos são chamados mesharethim, "ministros” (SI 104:4).O servo olhou com olhos humanos para as primícias, mas Eliseu enxergou a mesma oferta de alimentos com os olhos da fé. Para o servo do profeta, a ordem parecia quase tola e impossível de ser cumprida. O que fariam 20 bolos de cevada e um pouco de cereal para satisfazer a fome de 100 pessoas? De espírito semelhante foi a pergunta de André, irmão de Simão Pedro, quando Jesus estava prestes a alimentar a multidão com os cinco pães de cevada e dois pequenos peixes: "mas isto que é para tanta gente?” (Jo 6:9). Multidões ainda têm fome hoje por causa da falta de fé por parte dos que se consideram f ilhos de Deus. |
2Rs.4:44 | 44. Conforme. Eliseu falou por inspiração. Um profeta falando em nome do Senhor sempre profere as palavras de Deus. Há poder infinito em Deus. Seus recursos podem suprir as necessidades de todos. O toque de Sua mão pode multiplicar a ofertamais escassa. Foi o poder de Deus que fez os poucos pães aumentarem até que todos os presentes tivessem o suficiente para satisfazer suas necessidades. O agricultor desconhecido trouxe sua oferta de primícias a Eliseu como oferta a Deus. O Senhor aceitou essa oferta e colocou Sua bênção sobre ela.Da mesma forma, o Senhor abençoa e aceita hoje nossas ofertas. Sempre que haja um trabalho a fazer, os filhos de Deus não devem olhar para si mesmos e para as próprias insuficiências, mas para Deus e Seu suprimento ilimitado. O que eles têm nas mãos pode parecer completamente inadequado para satisfazer as necessidades dos carentes, mas, com a bênção de Deus, pode se revelar mais que suficiente.O Céu está mais perto da Terra do que podemos ver. Deus está sempre interessado em Seus filhos carentes na Terra e pronto a suprir suas necessidades. Não há lugar ou pessoas na Terra fora do alcance do poder de Deu s em constante operaçao para suprir as necessidades. Cada pomar e campo em produção dá testemunho do poder miraculoso de Deus e de Seu amor infinito. Deus está sempre operando, cuidando dos interesses das pessoas frágeis. As manifestações de Seu amor e poder podem não ser vistas hoje de maneira tão acentuada como eram nos dias de Eliseu, mas, se nossos olhos tão somente fossem abertos, reconheceriamos muito mais claramente e com muito mais frequência que Deus está presente e usa de amor e misericórdia para com Seus filhos carentes. Os fiéis de Deus ainda podem levar sua ofertas ao Senhor, e, com Seu poder e bênção, escassos suprimentos podem ser multiplicados amplamente para suprir as necessidades materiais e espirituais das multidões. O que o mundo necessita hoje é da fé e da visão espiritual, da coragem e compaixão, da força e do espírito divino manifestados no proleta Eliseu.Capítulo 5tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá quehá profeta em Israel.L Naamã. A Síria esteve muitas vezes em guerra contra Israel, mas, evidentemente, esse era um tempo cie paz. Pouco antes, Acabe tinha sido morto em batalha contra Ben-Hadade (IRs 22:34-37). O nome do rei de Israel não é dado, mas acredita-se que os acontecimentos sejam do reinado de Jorão, filho de Acabe. A narrativa revela a mudança da sorte das nações e dá uma visão interessante das relações internacionais e dos costumes da época.De muito conceito. Naamã era uma pessoa importante na Síria. Ele havia obtido honra e fama nas vitórias que ajudara a Síria a alcançar, mas tinha a infelicidade de ser leproso. No entanto, ele mantinha sua posição de comandante dos exércitos, apesar deter sido gravemente prejudicado pela terrível doença que sofria. |
2Rs.5:1 | "1. Naamã. A Síria esteve muitas vezes em guerra contra Israel, mas, evidentemente, esse era um tempo cie paz. Pouco antes, Acabe tinha sido morto em batalha contra Ben-Hadade (IRs 22:34-37). O nome do rei de Israel não é dado, mas acredita-se que os acontecimentos sejam do reinado de Jorão, filho de Acabe. A narrativa revela a mudança da sorte das nações e dá uma visão interessante das relações internacionais e dos costumes da época.
De muito conceito. Naamã era uma pessoa importante na Síria. Ele havia obtido honra e fama nas vitórias que ajudara a Síria a alcançar, mas tinha a infelicidade de ser leproso. No entanto, ele mantinha sua posição de comandante dos exércitos, apesar de ter sido gravemente prejudicado pela terrível doença que sofria." |
2Rs.5:2 | 2. Tropas. Havia frequentes in\a- sões de fronteiras conduzidas por bandos de saqueadores, geralmente realizadas por pilhagem.Levaram cativa. A guerra é cruel. A menina raptada, então, estava em terreno inimigo, aparentemente abandonada por Deus e sem conforto nem esperança. Para ela, a vida parecia ter pouco de bom, e ela podería ter se tornado amargurada e melancólica, caso permitisse que sua infelicidade fosse o centro de seus pensamentos sobre si mesma e sobre sua situação infeliz. Contudo, mesmo em uma terra estranha, Deus tinha uma tarefa para ela cumprir.Ao serviço da mulher de Naamã. A serva em cativeiro vivia como escrava, forçada a servir na casa do comandante dos exércitos responsáveis pela queda de Israel. No entanto, ela deve ter sido fiel em seu serviço, pois, caso contrário, não teria sido empregada na casa de um oficial importante. |
2Rs.5:3 | 3. Diante do profeta. Apesar de cativa, a menina não esqueceu sua terra natal nem seu Deus. Não alimentava maus pensamentos por quem a levara em cativeiro e forçara a servidão involuntária. Cheia de amor para com Deus, ela manifestou solidariedade ao seu senhor enfermo e à esposa. Em vez de desejar que Naamã ficasse doente pelas desgraças que lhe tinham sido causadas, ela lhe desejou o bem e a recuperação da terrível doença. Lembrando-se das maravilhosas obras de Eliseu em sua terra natal, ela acreditava que o profeta podería curar Naamã. O que Deus havia feito por meio de Seu servo em Israel, acreditava que Ele também poderia executar em relação aos estrangeiros.Ele o restauraria. A lepra era considerada uma doença incurável. No entanto, a serva hebreia aprendera de seus pais que não há nada impossível para Deus. Os pais tinham cumprido sua responsabilidade, e o resultado foi esse maravilhoso testemunho pelo nome do Deus de Israel, numa terra que não O conhecia. Naamã ficou sabendo de um poder sobre-humano, porque um pai e uma mãe fiéis em Israel haviam levado os filhos a amar o Senhor e nEle confiar.Foi Naamã. Isto é, ele foi à presença de seu senhor, o rei da Síria, e lhe relatou as palavras da menina cativa. A pequena menina mal podia compreender o alcance de suas palavras de fé em Deus. Naamã creu porque a menina acreditava e levou seu testemunho perante o rei da Síria. Assim, Ben-I laclade chegou a saber que o Deus de Israel era um Deus de poder e amor. Ele havia derrotado na batalha os exércitos de Israel e poderia ter sido levado a acreditarque os deuses da Síria eram mais fortes que o Senhor. Ele ficou sabendo, porém, que o Deus de Israel poderia fazer o que estava além do poder humano e para além dos deuses da Síria. O maior testemunho que pode ser dado em nome do Deus do Céu são as palavras de uma pessoa cuja vida reflita total confiança nEle. |
2Rs.5:4 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.5:5 | 5. E enviarei. O testemunho da jovem não só havia criado confiança no comandante dos exércitos da Síria, mas também despertou fé no coração do rei da Síria. Fé produz fé, e amor, amor. A fé é um círculo cada vez maior que sai de coração a coração e de lugar a lugar, até que engloba o mundo. Só a eternidade pode medir os resultados do testemunho de confiança no Deus de Israel, dado pela serva cativa diante de sua senhora em uma terra estranha. Reis tratavam com reis e, ao oferecer seus serviços a Naamã, Ben-Hadade tencionava fazer contato com o rei de Israel, em vez de lidar diretamente com Eliseu. A troca de cartas era um procedimento comum naqueles dias, e muitas cópias delas têm resistido até o presente.Dez talentos de prata. Naamã não estava pedindo cura sem se dispor a pagar. Não estando familiarizado com o profeta e com o Deus de Israel, ele levou consigo tesouros suficientes para possibilitar ao profeta uma bela recompensa. Mal sabia ele que o Senhor estaria disposto a curá-lo e, em troca, não desejava ouro nem prata. Não sabia ele que Eliseu servia a Deus e a seus semelhantes não pelo espírito de ganho mundano, mas pelo bem que fosse capaz de fazer. Naquele tempo, o dinheiro não existia, e barras e anéis de ouro e prata eram medidos por peso. Um talento de prata era equivalente a cerca de 50 kg. Não havia 6 mil peças individuais cie ouro, mas ouro ao peso correspondente a 6 mil sidos, ou dois talentos de ouro. Naamã, portanto, levou consigo uma fortuna. Deve-se considerar, no entanto, que o poder de compra desses metais nos temposantigos era bem diferente de hoje. O fato de Naamâ levar uma quantia tão grande de tesouros era um indicativo da seriedade da situação em que se encontrava e da intensidade de seu desejo de ser curado. |
2Rs.5:6 | 6. Para que o cures. Evidentemente, o rei da Síria pensava que um profeta que tinha fama de operar esses milagres era membro de uma ordem religiosa sob o controle do Estado e sob o comando do rei. |
2Rs.5:7 | 7. Acaso, sou Deus [...]? A lepra era considerada morte em vida. O rei de Israel percebia que essa era uma doença que só Deus poderia curar, e estava além de sua fé em Deus acreditar que algum ser humano pudesse ser usado como instrumento nas mãos do Senhor para restaurar um doente com essa doença.Procura um pretexto. Em lugar de ver no pedido de Ben-Hadade uma oportunidade para a revelação do maravilhoso poder de Deus, o rei de Israel considerou apenas o lado mais sombrio. Certamente, suspeitou ele, a carta do rei da Síria não poderia ter sido escrita de boa fé, mas era apenas como um pretexto para procurar queixa contra Israel. Provavelmente, ele imaginava que Ben-Hadade tinha enviado deliberada- mente um pedido impossível de se atender a fim de usá-lo como ocasião para guerra. Em vez de pensar no Senhor, ou em Seu profeta Eliseu, Jorão só pensava em si próprio e em sua total incapacidade para lidar com a situação (ver com. do v. 1). |
2Rs.5:8 | 8. Homem de Deus. Não se sabe como a notícia da chegada da corte cte Naamã a Jorão chegou a Eliseu. No entanto, Deus estava dirigindo os eventos a fim de recompensar a fé do capitão siro.Por quê [...]? O que Jorão encarou como catástrofe, Eliseu considerou como oportunidade. O que o rei de Israel não poderia lazer, o profeta estaria feliz em cumprir com a ajuda do Senhor. Enquanto o rei estava cheio de desespero, o profeta olhava para cimacom esperança. Nas horas de dificuldade e perplexidade, vale a pena lembrar que existe um Deus no Céu que olha com amor e misericórdia para os frágeis filhos da Terra.Deixa-o vir a mím. jorão temeu, mas Eliseu saudou a visita do comandante dos exércitos da Síria. O rei não tinha para Naamã nenhuma mensagem de alegria e esperança. No entanto, Eliseu pediu que o visitante fosse a ele a fim de encontrar a cura do corpo e a restauração da alma. O profeta desejava que Naamã se familiarizasse com o amor e o poder do Deus de Israel e que levasse a seu próprio povo uma mensagem de consolo concernente à esperança que todos devem ter. O lar de cada filho de Deus deve ser um paraíso de descanso a todos os que estão em necessidade. |
2Rs.5:9 | 9. Com os seus cavalos. Os servos de Naamã montavam cavalos, mas o próprio Naamã viajava numa carruagem.Casa de Eliseu. Sem dúvida, uma morada humilde. Esse não era o palácio de um rei, mas, nessa casa, Naamã havia de encontrar algo que o palácio real não podia oferecer. A humilde porta da cabana era para Naamã uma porta para a esperança e a vida. |
2Rs.5:10 | 10. Lava-te no Jordão. Esta orientação a Naamã traz à mente a ordem de Jesus ao cego: “Vai, lava-te no tanque de Siloé” (Jo 9:7). Em ambos os casos, foi dada uma ordem que testava a fé do beneficiário. A cura só pode ser encontrada na obediência incondicional. As águas do Jordão eram para a Naamã as águas de cura e vida. Há sabedoria na obediência às orientações do Senhor. |
2Rs.5:11 | 11. Pensava eu. Naamã tinha seus próprios pensamentos, mas esses não eram os de Deus. Ele ouvira falar cte um homem que poderia curá-lo da lepra e imediatamente chegou a suas próprias conclusões a respeito de como isso devia ser cumprido. Ele fez seu próprio plano e esperava que Deus operasse de acordo com ele. No entanto,o preconceito do homem quanto a qual deve ser o modo de ação do Senhor muitas vezes está errado. Quando mapeamos de antemão o caminho da Providência, podemos esperar frustrações. Deus escolheu conduzir Israel para fora do Egito por meio de uma passagem através do Mar Vermelho, mas esse não era o pensamento do ser humano. Deus enviou Seu Filho para nascer num estábulo e deitado numa manjedoura, mas isso não estava de acordo com as idéias dos grandes e poderosos da Terra. Deus enviou Seu Filho para viver entre os homens como servo daqueles que precisam, mas isso não estava de acordo com os pensamentos dos judeus a respeito do Messias que deveria vir. Quem deseja ser salvo e andar nas veredas do Senhor deve saber que os caminhos de Deus são infinitamente superiores e melhores do que os dos homens (Is 55:8, 9). |
2Rs.5:12 | 12. Abana e Farfar. Na visão humana, sem dúvida, esses rios eram melhores do que todas as águas de Israel. Os rios de Damasco eram agradáveis e faziam a terra vicejar como uma rosa. Para Naamã, comparado a esses rios vivificantes de seu próprio país, o Jordão era um riacho pequeno e decepcionante. No entanto, se ele quisesse ser curado da lepra, era no Jordão, e não no Abana, que deveria se banhar. Supõe-se que Abana seja idêntico a Amana, de Cantares 4:8, o regato que recebia o nome da montanha na qual ficava sua fonte. Era o rio importante de Damasco. Farfar deve ter sido um regato ao sul de Damasco, que tinha origem nos altos do monte Hermom. |
2Rs.5:13 | 13. Seus oficiais. Quantas vezes os funcionários provam ser mais sábios do que seus patrões, e os súditos, do que os reis. Ao dar ouvidos às palavras de seus servos, Naamã encontraria o caminho da vida e da restauração.Alguma coisa difícil. Naamã era um grande homem e se esperava que fizesse grandes coisas. Ele era arrogante e orgulhoso,e lavar-se nas águas do Jordão seria uma experiência humilhante. No entanto, ele estava sendo provado por Deus para seu próprio bem. Só mediante completa obediência às instruções do Senhor poderia ele esperar encontrar graça diante de Deus. Seu coração orgulhoso devia ceder, e ele devia obter a vitória sobre sua vontade teimosa e egoísta. Ele devia reconhecer o Deus de Israel como mais poderoso que os ídolos dos bosques da Síria, e as instruções de Eliseu, como superiores a seus próprios pensamentos e desejos. |
2Rs.5:14 | 14. A palavra do homem de Deus. Naamã teve que se sujeitar ao ponto em que reconheceu que Eliseu era um homem de Deus e porta-voz do Céu, antes de esperar obter a bênção que estava buscando. Não teria havido cura se ele não tivesse visto luz nas palavras do profeta. Mas, quando ele agiu de acordo com as instruções do profeta, sua lepra foi lavada. Quando Deus fala por meio de um profeta, sempre vale a pena colocar de lado a própria opinião e aceitar a mensagem do Senhor. Só assim se pode andar nos caminhos de Deus e participar de Suas bênçãos. |
2Rs.5:15 | 15. Voltou. Naamã mostrou gratidão ao retornar a Eliseu para lhe oferecer recompensa. Assim fazendo, ele provavelmente se desviou de seu caminho, mas aquela viagem não fora em vão. Em todo o seu comportamento, Naamã se mostrou mais de acordo com o verdadeiro espírito de um filho de Deus do que os que afirmavam ser Seu povo. Quando o Salvador esteve na Terra, tempos depois, Ele Se referiu ao fato de que havia muitos leprosos na terra de Israel no tempo de Eliseu, mas “nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lc 4:27). Israel não apreciava a presença e as bênçãos cie Deus. O comandante dos exércitos de uma nação pagã mostrou fé e gratidão que eram desconhecidos ao professo povo de Deus. O Senhor está perto e é bondoso com os que apreciam Suas bênçãos.Agora, reconheço. Naamã tinha ouvido talar de Deus pelo testemunho da serva hebreia, mas, então, se familiarizou com Ele por sua própria experiência pessoal. A té se tornou conhecimento. Há uma certeza em seu depoimento que nunca teria acontecido caso ele não tivesse recebido essa bênção de Deus. Sabia então que, além de Israel, não havia deuses. Os deuses cultuados na Síria e nas nações vizinhas eram apenas ídolos feitos pelas mãos do homem. No entanto, o Deus de Israel era o criador dos céus e da Terra, o Senhor da vida e da esperança. Se todo filho de Deus fosse fiel no testemunho a respeito de Deus como a serva hebreia no cativeiro, todos os povos da 'ferra conheceríam o maravilhoso amor e cuidado do Criador, e muitos seriam levados a Lhe prestar louvor e gratidão. |
2Rs.5:16 | 16. Não o aceitarei. Um profeta do Senhor não serve a fins de ganho ou recom- pensa. Na nova vida que havia chegado a Naamã e na fé que surgira dentro de seu coração, Eliseu tinha sua recompensa. Um obreiro é digno de seu salário, e os que recebem as bênçãos de Deus podem dar oferendas de gratidão a Ele. Mas, sob aquelas circunstâncias, era melhor que Eliseu recusasse o presente oferecido. Naamã não devia ser deixado com a impressão de que os profetas do verdadeiro Deus agiam por motivos de interesse próprio, ou de que a bênção de Deus poderia ser comprada por dinheiro. |
2Rs.5:17 | 17. Uma carga cie terra de dois mulos. Naamã pensava no Deus de Israel corno uma divindade que devia ser adorada na terra de Israel. Naqueles dias, cada nação tinha sua própria divindade principal, e muitas cidades tinham seus próprios deuses locais. Embora Naamã tivesse reconhecido o fato de que, a não ser o de Israel não há outro Deus, ele não tinha entendido inteiramente o conceito de que o Deus de Israel não estava ligado à terra de Israel, de uma forma especial. Assim, em seu própriopaís, ele queria adorar aquele Deus, mas em solo israelita. Por isso, levou um pouco de terra de Israel.A outros deuses. Quando Naamã passou a conhecer a Deus, ele Lhe deu seu coração e decidiu abandonar o culto aos deuses da Síria que conhecia desde a juventude. Em cada país existem os que são honestos e sinceros como Naamã e que estão esperando apenas o testemunho fiel e a vida santa do povo de Deus para Lhe entregar o coração. |
2Rs.5:18 | 18. Perdoe o Senhor. Embora Naamã tivesse o propósito de servir a Deus, ele sabia que, em seu país, dedicado à adoração de ídolos, isso não seria fácil. O rei da Síria ainda adorava o deus Rimom e, nesse propósito, Naamã seria um atendente do rei. Naamã não havia pensado em abandonar o serviço de seu rei terreno, embora tivesse decidido definitivamente, daquele momento em diante, adorar somente ao Senhor. No entanto, quando o rei se curvava em adoração a Rimom, ele se inclinava sobre o braço de Naamã (ver 2Rs 7:2, 17). Naamã não queria que se entendesse que também se curvava em adoração ao deus pagão. Após ter dado o coração ao Senhor, ele não tinha a intenção de comprometer sua fé adorando também a Rimom, nem queria que chegasse a Eliseu a notícia de que ele agia assim. Ele era um homem de consciência sensível e, antes da partida de Israel, quis deixar claros os seus propósitos. |
2Rs.5:19 | 19. Vai em paz. Estas palavras não devem ser consideradas como uma aprovação ou desaprovação ao pedido de despedida de Naamã. Ele devia partir em paz, não inquieto pela dúvida ou incerteza. Deus tinha sido bondoso com ele, e ele devia encontrar felicidade e paz no conhecimento e na adoração a Deus. Naamã era um novo converso, homem com princípios de consciência, que crescería em força e sabedoria, apegando-se à sua nova fé. Deus conduzos novos conversos, passo a passo, e sabe o momento adequado para uma reforma em determinado assunto. Esse princípio deve sempre ser levado em conta pelos que trabalham para a salvação de outros. Eliseu sabia que esse não era o momento adequado para insistir em uma mudança drástica a respeito de seu comportamento. Ele era um homem de visão espiritual aguçada e, em seu trato com Naamã, queria ser diplomático e prudente. Então, ele o despediu, não com uma palavra de repreensão, mas com uma mensagem de paz semelhante à contida na despedida de Jesus aos discípulos (Jo 14:27). |
2Rs.5:20 | 20. Geazi. O escritor bíblico acaba de dar o belo quadro de um importante oficial siro deixando Israel como um novo converso ao Senhor, com alegria e paz no coração, curado no corpo e no espírito. Contudo, a cena muda abruptamente com as palavras: "Então Geazi...” (ARC). Quando Deus dá felicidade e paz ao ser humano, Satanás tenta criar problemas. Em cada sinfonia, ele tenta introduzir uma nota dissonante. Aqui, o servo do profeta se permite ser instrumento nas mãos do inimigo, para danificar a imagem tão bem construída.Impediu a este siro Naamã. Estas palavras revelam os pensamentos e o espírito de Geazi. Ele considerava Naamã não como um novo converso a Deus, mas como soldado de uma terra inimiga. Os siros tinham espoliado Israel, por que um israelita haveria de poupar um deles? Geazi provavelmente achava que seu senhor Eliseu era ingênuo e simplista, por se recusar a tirar de Naamã o presente que este estava tão disposto a dar.Tão certo como vive o Senhor. Estas ç palavras são aqui um juramento profano, proferidas por um homem que tentava convencer a si mesmo de que estava fazendo algo a serviço de Deus, quando sabia muito bem que estava agindo errado. Cego pela cobiça, Geazi foi em busca de pagamentopor serviços que não havia prestado, de um homem de quem Eliseu acreditava que não deveria aceitar nada. |
2Rs.5:21 | 21. Saltou do carro. Este era um sinal oriental de respeito. Geazi era apenas servo de Eliseu, e Naamã não tinha obrigação de lhe mostrar essa cortesia não solicitada. No entanto, isso indica o forte sentimento de gratidão que brotava de seu peito. Naamã havia vencido seu orgulho natural e sua animosidade; e, então, o comandante dos exércitos da Síria, que tinha sido vitorioso sobre Israel, descia do carro a fim de tratar em pé de igualdade com o servo de um profeta hebreu.Vai tudo bem? Naamã ficou surpreso quando viu Geazi correndo e deve ter pensado que havia acontecido algum mal ao profeta, ou que havia ocorrido alguma calamidade. |
2Rs.5:22 | 22. Meu senhor me mandou dizer. Geazi então procurou disfarçar sua cobiça com uma mentira. Eliseu deveria ser feito responsável pela ganância do servo. O bom nome do profeta altruísta seria difamado pela cobiça de seu servo indigno. Um pecado raramente acontece sozinho, pois o mal leva sempre a mais mal.Dois jovens. Geazi não queria ser reconhecido por demonstrar sua ganância. Ao contrário, ele queria desempenhar o papel de um amigo preocupado com dois jovens carentes. Será que Naamã não se interessaria por eles a ponto de ajudá-los com um dos seus dez talentos de prata e duas de suas dez mudas de roupa?De Efraim. Havia pelo menos duas escolas dos profetas nas montanhas de Efraim: Betei e Gilgal (ver com. de 2Es 2:1). |
2Rs.5:23 | 23. Sê servido. O significado é: "por favor”, ou “permita gentilmente’', ter não um, mas dois talentos. O agradecido Naamã deu o dobro do que Geazi pediu e ainda enviou dois servos para levar a carga à casa do profeta. |
2Rs.5:24 | 24. Ao outeiro. Do heb. ofel, um "monte” ou "colina”. Era, muitas vezes, a estrutura sobre a colina, fosse uma torre devigia, casa, fortaleza ou um ponto de observação. Em Samaria, a casa de Eliseu provavelmente estava sobre um alto de onde se podia ver pessoas se aproximando ao longe (ver 2Rs 6:30-32). Mas, nessa ocasião, Geazi, que voltava com os dois talentos de prata, não queria ser visto por seu senhor. Então, o morro aqui mencionado parece ter sido algum ponto alto que se situava entre a casa de Eliseu e o local em que Geazi alcançou Naarnã, o qual impedia a visão. Naquele lugar, os servos de Naarnã foram despedidos, e Geazi recebeu o tesouro e o colocou em um esconderijo. |
2Rs.5:25 | 25. A parte alguma. Para se proteger da censura de seu senhor, Geazi recorreu a outra mentira. Mais uma vez, um pecado leva a outro, e uma mentira, a outra. A trilha do mal não tem fim. Ouem embarca em um curso de engano, inevitavelmente, vai se encontrar envolvido em manobras para encobrir a fraude. |
2Rs.5:26 | 26. Não fui contigo em espírito [...]? O Senhor tinha revelado a Eliseu exatamente o que havia ocorrido, como Geazi tinha alcançado Naarnã, como havia mentido para conquistar o presente, e como isso foi ocultado. O homem pode mentir aos colegas humanos, mas não pode enganar a Deus. As más ações podem ser escondidas dos olhos mortais, mas os olhos do Senhor veem tudo (ver Hb 4:13).Era isto ocasião para tomares prata [...]? Que terrível repreensão as palavras de Eliseu levaram ao coração de seu servo! Um milagre notável fora operado. O comandante dos exércitos da Síria tinha sido levado a crer em Deus e a se alegrar em sua nova fé. Deus tinha sido bondoso com Seus servos, e o Céu havia chegado muito perto da Terra. O coração de Geazi deveria se ter erguido em louvor e gratidão a Deus pelas maravilhosas bênçãos recebidas. Ele deveria ter pensado em como o coração de Naarnã poderia ser bem impressionado e em como o comandantesiro poderia sentir que a fé dos israelitas era a única religião verdadeira no mundo, que tornava as pessoas altruístas, honestas e bondosas. Em vez disso, ele só pensou em si mesmo e em seus próprios interesses.As palavras de repreensão de Eliseu não foram dirigidas apenas a seu servo Geazi, mas a todos na igreja de Deus que hoje manifestam o mesmo espírito. Em nossos dias, novamente, Deus tem estado muito perto, e os milagres da graça têm sido operados em muitos países. Pecadores de todos os lugares estão sendo restaurados, e canções de louvor e vitória são erguidas a Deus. Mas, uma vez mais, no coração de alguns, o espírito de avareza e ganância tem prevalecido. Estão a serviço de si mesmos. Ouro e prata que deveriam ser empregados para a salvação das pessoas estão sendo acumulados e escondidos. Mais uma vez, Deus está olhando do Céu à Terra, e a pergunta feita é: “Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes [...]?”Olivais. Geazi estava pensando no que iria fazer de sua riqueza, e o profeta aqui provavelmente menciona as aquisições que seu servo imaginava fazer. |
2Rs.5:27 | 27. A lepra de Naarnã se pegará a ti. O dia que trouxe tão grande bênção para o siro Naarnã trouxe terrível maldição para o servo hebreu do profeta de Deus. Naarnã seguiu em paz seu caminho, com alegria no coração por uma nova esperança em Deus. Geazi carregou consigo o resultado de seu pecado até o túmulo. Ele ficou leproso até o dia de sua morte, amaldiçoado por Deus, desprezado por seus semelhantes, uma lição para todos os tempos sobre a loucura da cobiça e do vazio de uma vida que busca primeiro os tesouros deste mundo, em lugar dos tesouros do reino de Deus. Durante seus anos de comunhão com Eliseu, Geazi teve oportunidade de aprender lições de alegria e satisfação, de uma vida de devoção, altruísmo e amor. No entanto, ele não conseguiuaprender a lição. Os dons do Céu foram rejeitados, enquanto ele estendia a mão para um tesouro terreno, que, como o câncer, corrói o íntimo do ser humano. Em vez de desenvolver espírito de abnegação, enquanto participava do serviço de Deus, ele acariciou o egoísmo e a ganância. Seu interesse estava nas moedas de prata em vez de na salvação das pessoas, em roupas de linho em lugar das vestes de justiça.Para sempre. Não se deve pensar que, por causa do pecado de Geazi, Deus tenha pronunciado uma maldição sobre sua posteridade, que durasse para sempre. O Senhor é bondoso e misericordioso e nunca leva sofrimento injusto ou desnecessário a ninguém. Por causa de sua ganância, Geazi atraiu uma sentença terrível para si. Por causa dessa doença, seus filhos seriam forçados a sofrer. Muitas vezes, a doença e seus efeitos sâo passados para a posteridade de um inocente. No entanto, dizer que pelo fato de Geazi ter pecado, seus descendentes, para sempre, também seriam leprosos não é coerente com a natureza divina.A expressão heb. aqui utilizada, Ieolam, não significa necessariamente “sem cessar”, ou “para toda a eternidade”. A palavra 'olcitn,quando aplicada a Deus, significa sem lim. Quando se aplica à vida do homem, ela se estende apenas até o fim da existência humana. Em Exodo 21:6, o servo deveria servir seu senhor “para sempre”. Dos estrangeiros que peregrinavam na sua terra, foi ordenado aos israelitas: "perpetuamente os fareis servir” (Lv 25:46). Pouco antes da morte de Davi, Bate-Seba se inclinou diante cio rei com as palavras: “Viva o rei Davi, meu senhor, para sempre!" (lRs 1:31). Assim também, Neemias disse ao rei Artaxerxes: “Viva o rei para sempre” (Ne 2:3). A fumaça da Terra no dia da vingança cio Senhor é declarada como algo que “subirá para sempre” (Is 34:10). Quando Jonas descreveu sua descida para o ventre da baleia, ele disse que os terrolhos da Terra estavam sobre ele “para sempre” (Jn 2:6). A expressão Ieolam significa simplesmente “tempo duradouro”, e a duração do tempo envolvido deve ser deduzida a partir do objeto particular com que a expressão está associada (ver com. de Êx 12:14; 21:6).Branco como a neve. Esta expressão é usada em outros lugares em relação com os repentinos ataques da lepra (ver Ex 4:6; Nm 12:10).Capítulo 6i Eli seu permite que os jovens profetas ampliem a moradia deles e faz um machado flutuar. 8 Ele revela o conselho do rei da Síria. 13 Soldados enviados a Dotã para prender Eliseu são feridos de cegueira. 19 Conduzidos a Samaria, são despedidos em paz. 24 Ã fome em Samaria obriga uma miáher a comer o próprio filho. 30 O rei manda prender Eliseu.] Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós.Samaria. |
2Rs.6:1 | 1. Discípulos dos profetas. Eram estudantes de uma das escolas dos profetas, possivelmente em jerico, porque foram ao Jordão conseguir vigas (v. 2).Em que habitamos. Literal mente, “o local onde nos assentamos diante de ti”. Devia ser o lugar onde eles se reuniam sob a responsabilidade do profeta para ouvir seu ensino. Eliseu não residia ali, mas visitava o local durante suas andanças pelas várias escolas. O salão onde os estudantes se reuniam para estar aos pés do professor parece ser o local referido aqui.É estreito demais. Os estudantes dessa escola se tornaram tão numerosos que não havia acomodação disponível. Era um indicai i\ o do interesse na boa formação promovida por Elias e Eliseu. |
2Rs.6:2 | 2. Vamos. A sugestão não veio de Eliseu, mas dos estudantes. Esses jovens não temiam o trabalho. Um dos objetivos das escolas dos profetas era oferecer treinamentopara que o comamos, ela o escondeu.prático para a vida. Os jovens eram treinados para o trabalho como os demais, porque não lhes era permitido ficar alheios para com os que tinham, a responsabilidade de servir, O trabalho manual estava em perfeita harmonia com o desenvolvimento da mente e das afeições.Ide. O fato de se pedir permissão a Eliseu e de ele dar ordens para prosseguir com o projeto mostra que o profeta era um homem de autoridade, tendo sob seu encargo a direção de várias escolas. |
2Rs.6:3 | 3. Serve-te. Ou seja, “esteja satisfeito” ou “consinta bondosamente'’ a ir conosco. Primeiro eles pediram permissão para ir e realizar o trabalho. Em seguida, o convite foi estendido para que Eliseu os acompanhasse.Eu irei. Eliseu era um homem do povo. Ele se sentia à vontade com reis, generais e com. trabalhadores em sua labuta diária. Nunca se afastou. Onde houvesse oportunidade para servir, onde sua presença fosseaceita, alí ele desejaria estar. Quanto maior o líder, mais desejo de servir. |
2Rs.6:4 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.6:5 | 5. O machado. Os judeus utilizavam o ferro para as cabeças de machado desde muito cedo. Uma cabeça de machado naqueles dias não era mais segura do que boje, pois a legislação de Moisés lidava com o caso em que uma cabeça de machado se soltasse da madeira enquanto um homem cortava uma árvore (Dt 19:5).Era emprestado. Foi o clamor espontâneo de um rapaz que cortava a madeira. E possível que não houvesse intenção de apelar ao profeta por auxíl io divino para recuperar o machado. Foi apenas o protesto de um rapaz responsável que teve o infortúnio de perder algo que tomara emprestado. Com certeza era muito pobre para compensar a perda. |
2Rs.6:6 | 6. Onde caiu? Eliseu foi um profeta que, pelo poder de Deus, ressuscitou um morto e podia ler o que estava no coração de alguém. No entanto, quando a cabeça do machado caiu na água ele não sabia onde tinha caído. A não ser que seja dada uma mensagem divina, os profetas adquirem o conhecimento como qualquer pessoa. E Deus quem determina a necessidade e a ocasião apropriada para um esclarecimento complementar. Deus não realizou um milagre para informar Eliseu onde havia caído a ferramenta. Não havia necessidade de um milagre e então ele não foi realizado.Um pau. Não é revelado o significado do procedimento. Deus nem sempre diz por que ou como certas coisas são feitas e não é preciso entender sempre os caminhos do Senhor.Fez flutuar. Ou seja, “boiar”. Estava no fundo, fora do alcance. No entanto, por intervenção divina, o objeto subiu à superfície.Há quem pense que um milagre desse tipo é trivial e que não havia necessidade de realizá-lo. Pessoas com visão estreita são suscetíveis a raciocinar que a intervenção divina deveria prestar atenção somente a grandes coisas.No entanto, não há uma tristeza ou mágoa por parte de qualquer filho que fique aquém da grande compaixão do Pai, na hora da necessidade. O coração do Pai responde aos filhos dos homens e o Céu age em seu favor. Nem um dia passou sem que o Senhor inter- viesse nos interesses daqueles que clamaram a Ele, suplicando em suas necessidades. O dia de milagres ainda não acabou. Pode não haver a presença de um Eliseu, mas Deus trabalha a Seu próprio modo em favor de Seus filhos, os que têm fé nEle. |
2Rs.6:7 | 7. Levanta-o. O jovem desejava recuperar o machado e também tinha uma parte a desempenhar. Deus poderia ter feito com que o machado voltasse ao cabo, em vez de flutuar. O Senhor, porém, não realiza milagres em situações nas quais as pessoas podem agir por si mesmas. O jovem podia estender a mão para a água e recolher o machado que flutuava e assim foi orientado a fazer. Quando Deus nos pede para fazer algo, Seus dons são nossos quando estendermos as mãos para recebê-los. Desobediência e descrença retêm muitas das grandiosas bênçãos de Deus. |
2Rs.6:8 | 8. O rei da Síria fez guerra. Israel e a Síria viviam em estado de guerra. Se não havia conflito aberto, ocorriam ataques nas fronteiras. Na época da morte de Acabe, os exércitos de Israel foram contra a Síria para retomar Ramote-Gileade, além do Jordão (lRs 22:3, 4). Após a morte de Acabe, era a Síria que prevalecia sobre Israel e seus exércitos estavam uma vez mais em solo israelita. Ben-Hadade II ainda reinava na Síria (2Rs 6:24).Em tal e tal lugar. O lugar em particular não é importante. Uma vez seria num lugar e depois em outro.Estará o meu acampamento. Entende- se que é mais que um acampamento aberto permanente, porque todo o campo logo sabería onde estaria localizado e informaria ao rei, sem a necessidade de o profeta fazer isso.Esta obscura palavra hebraica possivelmente esteja se referindo a uma emboscada posicionada para um ataque súbito em que estaria envolvido o elemento da surpresa ou do segredo. |
2Rs.6:9 | 9. O homem de Deus mandou. O con- selho que o rei da Síria tomou em segredo com seus oficiais foi revelado a Eliseu, que passou a informação ao rei de Israel.Estão descendo. Ou, "estão planejando descer”. Elias revelou informação a respeito dos planos táticos que os siros tinham em mente. De modo que, sabendo-os de antemão, o rei de Israel conseguiu enviar tropas suficientes aos locais envolvidos em confronto com os siros quando eles ali chegassem. |
2Rs.6:10 | 10. E, assim, se salvou. Ou seja, salvou a situação para ele mesmo e para a nação. Conhecendo os planos do inimigo, estava a salvo de cair na armadilha dele. |
2Rs.6:11 | 11. Tendo -se turbado. Mesmo que um plano fosse estabelecido em segredo absoluto, o inimigo conhecería os detalhes. Se isso houvesse ocorrido apenas uma ou duas vezes, não teria provocado alarme, mas quando se tornou corriqueiro, o rei da Síria se turbou e estava determinado a descobrir o motivo.Quem dos nossos [...]? Tanto quanto dizia respeito a Ben-Hadade, parecia haver apenas urna causa: um traidor no campo. Ele estava certo de que a informação estava vazando por meio de alguém que simpatizava com Israel e não com a Síria; ou que foi comprado para servir ao inimigo em vez de servir sua própria nação. Alguém dentre eles não revelaria o traidor? |
2Rs.6:12 | 12. Na tua câmara de dormir. O local mais bem guardado e inacessível num palácio oriental. As palavras ditas ali realmente seriam secretas, fora do alcance dos ouvidos mesmo dos amigos mais chegados do rei. |
2Rs.6:13 | 13. Dotã. Uma cidade na rota comum das caravanas entre Gileade e o Egito, próxima da planície de Esdraelom e da passagemque leva às montanhas de Samaria. Estava 22,6 km ao norte, pelo leste de Siquém e 16 km ao norte pelo leste de Samaria. Foi ali que um grupo de ismaelitas vindos de Gileade, a caminho do Egito, comprou José (Gn 37:17-28). Esse local é conhecido como Tell Dôtha. |
2Rs.6:14 | 14. Enviou para lá cavalos. Estando na rota comum das caravanas, Dotã podería ser abordada com facilidade por uma grande companhia de soldados equipados com cavalos e carruagens. |
2Rs.6:15 | 15. Moço. Do heb. meshareth (ver com. de 2Rs 4:43). Este servo não era Geazi, que estava sob terrível maldição devido a seu pecado (2Rs 5:27). Talvez tosse um dos discípulos dos profetas que acompanharam Eliseu até Dotã. Ao estar assim associados ao profeta em seus labores, esses jovens recebiam experiência valorosa.Ai! Meu senhor! O jovem não tinha a fé de seu mestre nem a força ou a coragem que resultaram da experiência. |
2Rs.6:16 | 16. Não temas. Quantas vezes o Senhor fala essas tranquilizadoras palavras a Seus filhos! Na jornada da vida, o povo de Deus com frequência se vê em situações de medo e incerteza, mas Deus faz Sua presença reconhecida e traz palavras de encorajamento e esperança (ver Gn 15:1; 46:3; Êx 14:13; Nm 14:9; Dt 1:21; Is 43:1; Lc 12:32). Uma vez que os filhos de Deus estão na Terra, dificuldades se levantarão e riscos serão enfrentados. Satanás fará tudo para levar os justos a darem lugar à dúvida e ao temor. Mas, em meio à dúvida e incerteza, a voz de Deus ainda surge clara e encorajadora: "Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27).Mais são. Quando um homem de Deus é cercado pelos inimigos, ele sempre pode estar seguro de que a força a seu lado é infinitamente maior do que a do inimigo. Quando os exércitos de Senaqueribe cercaram a cidade de Jerusalém e exigiramrendição, Ezequias deu a seu povo uma mensagem de encorajamento similar (2Cr 32:7, 8). O mais fraco filho de Deus, aparentemente sozinho e abandonado, nunca precisa temer o poder que o inimigo enviar contra ele. Com Deus a seu lado, ele será maior que as mais fortes hostes do mal. |
2Rs.6:17 | 17. Que lhe abras os olhos. As grandes realidades não podem ser vistas com os olhos físicos. Sem a visão espiritual, Deus e Seus anjos são invisíveis aos seres humanos. Com os olhos do corpo se podem ver apenas as coisas terrenas. As coisas espirituais são discernidas espiritualmente. A maior necessidade do ser humano é que seus olhos sejam abertos para que veja a vital importância do reino de Deus. Se Deus não abrir nossos olhos, podemos passar pela vida como cegos, sem entender as coisas do Senhor, nunca percebendo a importância da integridade nem apreciando a santidade. Quando oramos a Deus, nossos olhos são abertos e passamos a ver a importância das coisas vitais.O monte estava cheio. Os anjos cie Deus são companhia constante dos justos. Enfileirados ao redor do justo estão os guardiões celestes, sendo impossível aos anjos maus se aproximarem a menos que os santos, por escolha própria, recusem a proteção celestial. Uma pessoa com o auxílio do Senhor é mais forte que as poderosas forças do mundo (ver Sí 3:6; 27:1, 3; 34:7). ()s cavalos e as carruagens ao redor de Eliseu eram miríades de poderosos anjos enviados por Deus para vigiar Seus servos. |
2Rs.6:18 | 18. Cegueira. Do heb. sanwerim, esta palavra ocorre somente duas vezes, aqui e em Gênesis 19:11. A derivação da palavra é incerta. Alguns creem não ser exata- menle uma cegueira física, mas somente um estado de ilusão em que as pessoas não conseguiríam ver as coisas como de costume (ver com. de Gn 19:11). Apresentam-se dois problemas: (1) Como Eliseu guiaria esse grupo de homens por 17 km clc áreamontanhosa até Samaria se o grupo tivesse ficado cego? (2) Por que os homens persistiram em prender Eliseu, mesmo percebendo que era inútil? Se a cegueira fosse total, a explicação repousaria no fato de que esses homens foram feridos com “dupla cegueira'’ (ver PP, 159). A cegueira da alma os levaria a persistir no mal caminho a despeito do golpe divino. O milagre pode ter se estendido além da aflição de cegueira física para possibilitar que Eliseu os guiasse a Samaria bem como os conservasse com o propósito de levá-los sob custódia. |
2Rs.6:19 | 19. Não é este o caminho. Casos similares em que os inimigos de Deus foram levados a tirar conclusões erradas que os levaram à derrota foram, por exemplo: (1) os 300 de Gideão se fizeram parecer ao exército midia- nita como uma força esmagadora (Jz 7:19-21); (2) a aparência de sangue das águas na batalha com os moabitas (2Rs 3:22-23); e (3) o barulho que os siros interpretaram como sendo o ruído da aproximação dos exércitos dos heteus e dos egípcios (2Rs 7:6; ver também Js 8:15). |
2Rs.6:20 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.6:21 | 21. A Eliseu. O rei procurou o profeta para orientações, e não o contrário. O rei usava a coroa, mas o profeta falava em nome do Senhor. Jorão comandava as hostes de Israel, mas as legiões de anjos foram colocadas sob o comando de Eliseu.Feri-los-ei? A repetição das palavras indica a impaciência de Jorão para matar os siros a quem o profeta tinha colocado a seu alcance. No entanto, o fato de que ele não os matou imediatamente indica que tinha dúvidas a respeito da retidão de tal procedimento.Meu pai. A utilização desta expressão não indica qualquer relacionamento filial, mas o respeito que o rei tinha por Eliseu. |
2Rs.6:22 | 22. Não os ferirás, jorão foi proibido de matar os cativos, uma vez que o objetivo do milagre não era matar os siros, mas abrir seus olhos para a realidade de que era totalmente inútil tentar qualquer coisa contra umprofeta de Deus. Por meio da criada hebreia, a serviço de Naamã, os siros tiveram oportunidade de se familiarizar com a misericórdia e o poder do Senhor. Era vontade de Deus dar-lhes novas lições a respeito de Seu amor e irresistível poder. Se os siros cativos não retornassem para casa e contassem aos compatriotas o que ocorrera, o objetivo do Senhor com esse milagre não seria compreendido.Fere aqueles. Teria sido um crime indesculpável para o rei de Israel matar a sangue frio prisioneiros feitos cativos em guerra. Eliseu deixou claro a Jorão que esses homens eram prisioneiros de guerra e tinham todo o direito de ser tratados como tais. Mesmo sob circunstâncias normais, teria sido crime para o rei matar prisioneiros tomados com suas próprias mãos. Nessas circunstâncias, o crime teria sido o mais repreensível de todos e teria colocado Israel e seu Deus numa luz completamente errada diante do povo síro.Por-lhes diante pão e água. Ou seja, trate-os não como prisioneiros, mas como convidados. Aos siros deveria ser dada urna lição objetiva do poder da religião israelita em tornar as pessoas misericordiosas e bondosas (ver Pv 25:21, 22; Mt 5:44). |
2Rs.6:23 | 23. Grande banquete. Do heb. kerah, uma “festa'". Aos siros não foi dado alimento comum, mas o que era preparado para ocasiões especiais. De acordo com a lei oral do deserto, uma pessoa que aceita alimento numa barraca se torna um amigo e deve ser protegido.E foram para seu senhor. Quando retornaram a seu país, os siros eram um grupo bem diferente dos que haviam invadido Israel. Foram transformados de inimigos em amigos. A refeição que fizeram alimentou o corpo e a alma. Aprenderam uma lição que não esqueceríam tão cedo.Não houve mais investidas. Este foi o efeito natural do cortês tratamento de Jorão aos cativos. Por um tempo, cessaram os ataques dos siros a Israel, jorão conseguiucom essa festa o que não conseguira pela força das armas. A bondade se demonstrou arma mais poderosa que a espada. Quando as pessoas fazem o bem a seus inimigos, fazem o bem a si mesmas. Deus é bondoso não somente para com os justos, mas também para com os ímpios, fazendo “nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos" (Mt 5:45). As pessoas devem amar aos inimigos e tratar com bondade aqueles que lhes fazem mal. Somente com esse espírito, a amargura e as contendas podem ser extirpadas. |
2Rs.6:24 | 24. Depois disto. Não há indicação de quanto tempo se passou desde que Jorão preparou a festa para os invasores siros até o tempo em que Ben-Hadade sitiou Samaria. Devem ter se passado anos, porque o antigo espírito de inimizade surgiu novamente entre as duas nações. O motivo dessa nova guerra entre Israel e Síria não é revelado.Ben-Hadade. Ou seja, Ben-Hadade II. O primeiro Ben-Hadade foi contemporâneo de Asa (1 Rs 15:18-20). Ben-Hadade 11 é o mesmo rei a quem Acabe derrotou por duas vezes e a quem demonstrou indulgência fora de ocasião, recebendo uma reprovação profética (IRs 20:1-42). Foi em batalha com esse mesmo rei, três anos mais tarde, que Acabe perdeu sua viela (IRs 22:1-37). Ben-Hadade é mencionado várias vezes nos registros de Salmaneser III, da Síria, num texto cunei- íorme, e pode ser interpretado como Addn-idri ou Bir-idri. Os assiriologistas preferem a última forma. Na inscrição aramaica de Flamate, ele é chamado Bar-hadad. Os assírios podem ter achado que Bar representasse o deus babílô- nico Bir, e interpretaram Bladad por lladar, uma vez que d e r facilmente podem ser confundidas na escrita aramaica. Qualquer que seja a explicação para a origem da diferença entre os dois nomes, não há duvidas de que o Ben-Hadade da Bíblia, o Bar-hadad da inscrição aramaica e o Bir- idri dos textos assírios se referem à mesma pessoa.No hebraico, Ben-Hadad significa “filho de Hadade”, sendo que Hadade é o nome do conhecido deus da tempestade. Bir- idri aparece nas inscrições assírias como rei da Síria até o 14° ano de Salmaneser, quando o rei assírio afirma ter tido uma grande vitória sobre ele e seus aliados.Sitiou a Samaria. Esta não foi uma pequena invasão de fronteira, mas uma guerra de grandes proporções. Ben-Hadade ganhou vantagem enquanto Salmaneser não estava engajado em ativas campanhas na área mediterrânea. |
2Rs.6:25 | 25. Grande fome. A fome não era inco- mum em Israel. Na época de Elias houve uma seca que durou três anos e meio (lRs 17:1— 18:1; Lc 4:25; Tg 5:17), e nos dias de Eliseu houve fome por sete anos (2Rs 8:1). A fome em questão foi devida ao cerco.Oitenta siclos de prata. Ou seja, 80 siclos (912 g) de prata por uma cabeça de jumento. O jumento era imundo para os hebreus e não seria comido exceto como último recurso. Sua cabeça seria a pior parte e a mais barata. Plutarco registra que, no tempo de tome durante o reinado de Artaxerxes Mnemon, a cabeça de um jumento era vendida por 60 dracmas, embora normal mente o animal inteiro fosse comprado pela metade do valor. Plínio relata que, durante o cerco de Casalinum, um rato foi vendido por 200 denários.E um pouco de esterco de pombas. Um “cabo’ (ABC) equivalia a cerca de 1,2 litro. Cinco peças de prata são cinco siclos, ou 57 gramas. E difícil de acreditar que seres humanos se alimentariam de coisas tão horríveis, mas Josefo menciona que durante o cerco de Jerusalém, por Tito, “algumas pessoas foram levadas a mexer nos esgotos e monturos de gado para comer o esterco que encontraram lá” (Guerras, v. 13.7). Uma interpretação mais recente tenta encontrar na expressão “esterco de pomba” uma referência a algum tipo de produção vegetal indesejávele barata, o pior tipo de vegetal que poder ia ser utilizado para consumo humano. Essa identificação não foi comprovada. |
2Rs.6:26 | 26. Pelo muro. Os muros das antigas cidades fortificadas eram dotados de amplo espaço no topo e eram protegidos por parapeitos nas extremidades, onde se posicionavam os guardas e de onde arremessavam pedras ou flechas aos inimigos. Parece que o rei foi fazer a ronda junto aos guardas, encorajando as tropas e informando-se acerca do cerco. Uma mulher que estava embaixo, na rua, ou no eirado, viu o rei e pediu ajuda. |
2Rs.6:27 | 27. Donde te acudirei eu? A situação estava fora do alcance do rei. Jorão admitiu que não podia fazer nada para aliviar a aflição da mulher. Se o Senhor não a ajudasse nessa situação de angústia extrema, o que ele poderia fazer?Da eira ou do iagar? jorão, na ironia do desespero, chama a atenção da mulher para um lato que já sabia muito bem: todo o alimento e os recursos já haviam se esgotado. |
2Rs.6:28 | 28. Oue tens? Primeiro o rei supôs que ela lhe pedia comida. Então, ele percebeu que ela tinha outro pedido. Talvez ele tenha reconhecido que foi muito duro com ela diante do povo e dos guardas da cidade. Afinal, ele ainda era o rei e qualquer cidadão tinha o direito de ir a ele como um recurso final. Ele, enfim, concordou em ouvir o pedido dela. |
2Rs.6:29 | 29. Cozemos, pois, o meu filho. Os israelitas tinham sido alertados por Moisés de que, caso se afastassem de Deus, soí retiam aflições extremas e de que pais cometiam a carne dos filhos e filhas (Lv 26:29; Dt 28:53). Essa profecia encontrara seu terrível cumprimento. Deus previu exatamente os resultados da transgressão e fez tudo o que a paciência e o amor divino poderiam fazer para prevenir que a situação chegasse a esse ponto. A profecia de Moisés teve outro cumprimento quando Jerusalém foi sitiada por Nabucodonosor (Lm 4:10) e, novamente,no cerco fina] cia cidade, por Tito (Josefo, Guerras, vi.3.4).Ela o escondeu. Dificilmente pode se imaginar uma queixa mais impressionante e, ao mesmo tempo, terrível. Sem recursos, as duas mães fizeram um pacto chocante. O filho de uma delas foi comido, mas a segunda não teve coragem de ir adiante com sua parte na barganha. Para salvar o filho, ela o escondeu. Então, a primeira mulher tentava forçá-la a entregá-lo por meio de um apelo ao rei. O que o rei poderia fazer? |
2Rs.6:30 | 30. Rasgou as suas vestes. Diante das circunstâncias, esta pareceu a única resposta possível ao rei. Ele não poderia ordenar à mulher que apresentasse o filho para ser comido e não tinha condições de acabar com essa terrível calamidade. Suas roupas foram rasgadas, não em tristeza e arrependimento como seu pai (lRs 21:27), mas em horror e consternação.Pano de saco por dentro. Ao invés de usar o pano de saco externamente, parece que Jorão colocou essa vestimenta asceta por baixo da roupa e não ahertamente. Com esse artifício, é possível que esperasse apaziguar a ira de Yahvveh. O povo viu no pano de saco uma expressão da simpatia do rei por eles em meio âs angústias que enfrentavam. |
2Rs.6:31 | 31. A cabeça de Eliseu. Eliseu tinha chamado o povo ao arrependimento e deixou claro que se não abandonasse seus pecados e se voltasse para Deus cie todo o coração, poderia esperar problemas e angústia. O rei estava contrariado com o profeta e procurava colocar a culpa nele por causa da fome e do cerco que continuavam a afligi-los. Agindo assim, seguia os passos de seu irmão Acazias e de seu pai Acabe (ver com. de 2Rs 1:10). Um homem verdadeiramente arrependido usaria pano de saco abertamente e não em segredo e não se voltaria contra o profeta de Deus. A decapitação não era um modo comum de punição entre os judeus, mas era comum na Assíria e nas nações vizinhas.Com o coração cheio de ira e rancor, Jorão ameaçava a Eliseu com uma terrível pena de morte. |
2Rs.6:32 | 32. Sentado [...] com os anciãos. Estão incluídos aqui não somente os líderes da cidade, mas também os nobres e che- g fes de toda a região. Eles eram os cidadãos mais respeitados e importantes da localidade. Nessa hora emergencial, eles foram à casa de Eliseu, com certeza em busca de conselho e assistência. O perigo iminente fez com que eles reconhecessem o poder de Yahvveh e buscassem o auxílio de Seu profeta, Mais tarde, quando os habitantes de Jerusalém se encontraram numa crise semelhante, Jeremias foi consultado para direção e informação a respeito da vontade do Senhor (Jr 21:1, 2; 38:14).Antes que o mensageiro chegasse. Jorão tentou tirar a vida de Eliseu e enviou um homem com ordens para decapitar o profeta. Mas, antes que ele chegasse, o Senhor avisou Eliseu das intenções do rei, para que a questão fosse claramente clelinida diante dos líderes do povo.Filho do homicida. Acabe, o pai de Jorão, foi culpado não somente do sangue de Nabote, mas também dos profetas mortos por Jezabel, com seu pleno consentimento. Até seu fiel servo Obadias temia ser morto por Acabe quando lhe falasse sobre a mensagem de Elias (lRs 18:9). Jorão, o filho de um homicida, possuía os mesmos maus traços do pai.Mandou. O executor já estava a caminho, mas Eliseu não mostrou preocupação. Ele era um profeta do Senhor e sabia que sua vida estava nas mãos de Deus e não à mercê de homens perversos.E empurrai-o com ela. Literalmente, “pressione-o para trás da [ou na] porta”. Ou seja, feche a porta e prenda-a contra ele para que não entre. O profeta não havia feito nada digno de morte e não foi condenado por nenhum crime. Como mensageirodo Céu, ele tinha todo o direito a dar as instruções que deu, mesmo que contrariassem as ordens do rei, E responsabilidade dos governantes proteger e não perseguir os cidadãos justos e cumpridores de seus deveres. Assassinato é tão moralmente condenável para um rei quanto para qualquer cidadão comum do reino.Vem após ele. O rei seguiu de perto os passos do carrasco para ver se suas ordens seriam cumpridas ou não. |
2Rs.6:33 | 33. Disse. Há a questão: foram essas palavras ditas pelo mensageiro ou pelo reir Tivesse o rei chegado ou não, é certo que essas palavras saíram do rei. O mensageiro não tinha o direito de falar assim em seu próprio nome. Se ele falou tais palavras, então foi enviado a dizê-las em nome do rei. O rei talvez tivesse chegado e fazia o discurso. E verdade, as Escrituras não anunciam o momento da chegada nem aqui nem nos versos seguintes, mas, visto que Eliseu disse que o rei seguia o mensageiro de perto, sua chegada não deve ter demorado.As palavras ditas refletem a intenção do rei. Ele estava furioso com o profeta e com o Deus que ele representava. Ele declarou que o problema pelo qual o país passava vinha de Deus, que devia carregar a culpa. Não sendo possível desafogar sua ira em Deus, Jorão a lançou sobre o profeta.Que mais, pois, esperaria [...]? Jorão questionou por que ele deveria temporizar com Deus. Ele acreditava que o Senhor arbitrariamente levara o mal sobre Samaria e que, portanto, Ele era responsável por todos os horrores que ocorriam ali. Essa atitude repentina contra o profeta foi uma reação do rei à mulher que havia apelado a ele (ver 2Rs 6:26). Testado à vista dos soldados e do povo, em seu dilema, o rei se viu forçado a tomar uma atitude. Sua decisão foi se voltar contra Deus e contra Eliseu. Já que Deus provocara o cerco, Ele não faria nada para terminá-lo. Então, o único caminho para Jorão (como tentava se convencer) era se voltar contra Deus e tomar a situação em suas próprias mãos. Então, ele deu sequência ordenando a morte do profeta.Capítulo 7I Eliseu profetiza abundância em Samaria. 3 Quatro leprosos se aventuram no arraial dos siros e levam notícias à cidade. 12 O rei, confirmando que as notícias eram verdadeiras, despoja as barracas dos siros. 17 O oficial que não creu na profecia de abundância, sendo o encarregado do portão, é pisoteado e morre.por um siclo, à porta de Samaria.isso? Disse o profeta: Eis que tu o verás com os teus olhos, porém disso não comerás. |
2Rs.7:1 | 1. A palavra do Senhor. O rei de Israel expressou sua opinião e, então, Eliseurevelaria a vontade do Senhor. Deve-se notar que a divisão entre os cap. 6 e 7 é aleatória.Uma divisão adequada deveria ocorrer em 2 Reis 6:24, onde começa a narrativa atual. Eliseu então estava assumindo o desafio do rei e relacionando-o com o que o Senhor estava prestes a fazer. A vasta do povo, jorão culpou a Deus pela crise e se voltou contra o Senhor. Ele pretendia tomar as coisas em suas próprias mãos, na esperança de encontrar algum tipo de alívio. Eliseu revelou que Deus, e não o rei, é quem proveria o alívio.Alqueire. Do heb. se ah, "medida” (ABC). Seis cabos eram iguais a um se ah. e três seahs eram iguais a um efa. O se ah era aproximadamente 6,4 litros (ver voi. 1, p. 145). Em um dia, “a quarta parte de um cabo de esterco de pomba” (ABC) era vendida por “cinco siclos de prata” (2Rs 6:25). No entanto, no dia seguinte, 24 vezes essa quantidade de trigo seria vendida por um quinto do preço. Em outras palavras, a quantia de dinheiro que, durante a fome, comprava um pouco do produto mais barato e mais simples, apenas para manter a vida, no dia seguinte compraria 120 vezes mais da melhor farinha.À porta de Samaria. Nas cidades orientais, o acesso era feito através das portas nos muros da cidade, e o portão se transformava num mercado próspero e movimentado. Quando o alimento foi disponibilizado, uma das portas de Samaria se tornou o centro de distribuição. |
2Rs.7:2 | 2. O capitão. Do heb. hashalish, que literalmente significa “o terceiro [homem]”. Originalmente, a palavra possivelmente denotava o terceiro homem numa carruagem, como entre os heteus. Os assírios colocavam apenas dois homens em cada carruagem. Mais tarde, esse se tornou o título de um funcionário importante nas cortes orientais. Quando Jeú matou Jorão, a seu shalish, chamado Bidcar, foi ordenado que cuidasse do corpo do rei caído (2Rs 9:24, 25). O fato de esse oficial ser descrito como aquele “em cuja mão o rei se encostava” indica que eledeveria ser uma pessoa importante, possivelmente um oficial que assistia pessoalmente ao rei, e a quem, algumas vezes, eram confiadas grandes responsabilidades. Este oficial esteve encarregado da porta de Samaria, onde a alimentação seria vendida (2Rs 7:16-18). O fato de o oficial estar presente na casa de Eliseu sugere que o rei também estava (ver com. de 2Rs 6:33).Respondeu. O oficial procurou mostrar quão tola e impossível era a profecia de Eliseu. Assim, ele tentou defender o rei na posição que ele havia tomado quanto a não confiar em Yahweh.Não comerás. O escarnececlor seria testemunha pessoal do cumprimento da profecia, mas, por causa da incredulidade, não lhe seria permitido participar das bênçãos que viriam. |
2Rs.7:3 | 3. A entrada. Sendo leprosos, normalmente não era permitido a esses homens entrar na cidade. A lei cie Moisés exigia que os leprosos morassem "fora do arraial” (Lv 13:46; Nm 5:2, 3). Eles estavam fora dos muros da cidade, mas próximos à porta.Para que estaremos nós aqui f...]7 Em tempos de abastança, o povo da cidade fornecia alimentação aos leprosos. No entanto, nessa situação, devido à fome, ninguém lhes trazia alimento e eles também sofriam. |
2Rs.7:4 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.7:5 | 5. Ao anoitecer. Eles esperaram até ao anoitecer, quando poderíam se dirigir ao acampamento inimigo na escuridão sem serem notados pelos compatriotas sobre os muros, que talvez considerassem o plano deles como um ato de deserção.À entrada. Ou seja, a fronteira do acampamento siro mais próxima da cidade, não a parte mais distante. |
2Rs.7:6 | 6. Ruído de carros e de cavalos. Para exemplos similares, ver com. de 2Rs 6:19.Alugou. A utilização de tropas mercenárias era comum na Antiguidade. Os filhos de Amom alugaram os siros para resistir a Davi (2Sm 10:6; lCr 19:6, 7). Nas mudanças derelacionamento político do antigo Oriente, a força de qualquer grupo nacional poderia, vez por outra, se ver disposta contra quase qualquer outro povo.Reis dos heteus. Ver p. 13. Existiam apenas remanescentes do outrora poderoso reino heteu. No entanto, os poucos povos heteus ao norte da Síria mantiveram muitas de suas características bélicas e suas torças constituiríam séria ameaça aos exércitos da Síria.Reis dos egípcios. Era a época da 22a dinastia do Egito (ver com. de IRs 14:25) quando a capital estava em Bubastis, a leste do Delta. O Egito era governado pela dinastia dos reis líbios. Os “reis dos egípcios" é uma referência a régulos subsidiários e não ao próprio faraó. |
2Rs.7:7 | 7. Pelo que se levantaram, e fugiram (ARC). O quadro é de fuga precipitada. Crendo que estavam cercados por inimigos de todos os lados, os siros correram do acampamento, cada um pensando somente em sua segurança. Tudo foi deixado para trás. |
2Rs.7:8 | 8. Comeram. Os leprosos pensaram primeiramente em saciar a fome. Depois reagiram ao impulso natural de ajuda mútua quanto ao tesouro que aguardava para ser transportado. |
2Rs.7:9 | 9. Não fazemos bem. Eles não estavam agindo bem, mas demoraram a perceber isso. Dentro da cidade, homens, mulheres e crianças estavam famintos, mas durante todo esse tempo os leprosos estavam interessados somente em si mesmos. Ao permitir que os conterrâneos morressem, tendo ao alcance toda essa abundância, os leprosos trariam sobre suas mãos o sangue dos moribu ndos. Os leprosos final mente perceberam que a boa sorte lhes dera responsabilidade e oportunidade.Algum mal (ARC). Uma consciência culpada reconhece o fato de que o autor do mal tem um preço a pagar. Ninguém pode pecar e permanecer impune. A impiedade sempre se volta para o culpado. |
2Rs.7:10 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.7:11 | 11. Os porteiros. Os guardas da porta. |
2Rs.7:12 | 12. Agora, eu vos direi, jorão não acreditava que tinha acontecido o que o profeta de Deus predissera. Em sua descrença, ele apenas podia pensar mal na hora do livramento e da bênção. Os siros se foram, mas ele não acreditava. O alimento estava à disposição, mas ele não queria acreditar. Deus foi bondoso e manteve Sua palavra, mas o rei se recusava a reconhecer. Sua natureza má e desconfiada o impedia de perceber que os horrores do cerco terminaram e que bênçãos nunca sonhadas foram dadas a todos os que creram. |
2Rs.7:13 | 13. Um dos seus servos. O servo mostrou mais sabedoria que o rei. Sua reação foi a de alguém que possuía fé e bom senso. Havia a possibilidade da informação dos leprosos ser verdadeira. Por que não fazer um esforço para descobrir, especialmente quando o esforço poderia ser realizado com baixo custo? Uns poucos cavalos ainda foram deixados na cidade. Por que não utilizá-los numa aventura como essa? |
2Rs.7:14 | 14. Dois carros com cavalos. Literalmente, “dois cavalos com carros". De acordo com a LXX, os homens foram no dorso dos cavalos. |
2Rs.7:15 | 15. Até ao Jordão. Todas as evidências demonstravam que os siros tinham ido embora. Tanto quanto possível, eles seguiram a estrada que os levaria ao Jordão e a Damasco. A menor distância até o Jordão era de 32 km, uni longo percurso considerando as circunstâncias, mas os mensagei- ros hebreus estavam determinados a verificar os fatos. Tudo indicava que os siros tinham fugido em grande horror, descartando tudo o que pudesse embaraçar a fuga. |
2Rs.7:16 | 16. Segundo a palavra do Senhor, No entanto, não de acordo com as idéias do rei. Sob qualquer circunstância, vale a pena conhecer a palavra de Deus. Essa palavra é sempre verdadeira. O que Deus diz certamente acontecerá. Quem confia emDeus pode andar por caminho completamente seguro. A descrença é constantemente repreendida pela profecia cumprida. Se tivesse se voltado para o Senhor, Jorão poderia ter dado uma mensagem de esperança ao povo. Se tivesse aceitado as palavras de Eliseu, poderia ter descansado em paz e sido um exemplo de coragem e confiança para seus súditos. As pessoas sempre perdem quando recusam acreditar na palavra do Senhor. Fé em Deus é o caminho da sabedoria e da vida. Traz alegria e paz aos seres humanos e aponta a direção para uma eternidade de paz no mundo por vir. |
2Rs.7:17 | 17. Guarda da porta. Naquela hora, esta era uma responsabilidade importante. As notícias da fuga dos siros traziam apenas um pensamento a todos: sair pela porta da cidade e encontrar comida. A situação não era fácil de controlar. Nessa hora essencial, com certeza o rei também escolheu ficar à porta da cidade, talvez no muro, de onde teria uma boa visão tanto da cidade quanto do acampamento siro. |
2Rs.7:18 | 18. Assim se cumpriu. Neste verso e nos seguintes, o escritor repete o que já tinha dito. Satisfeito, ele reafirma as predições de Eliseu e a dúvida do oficial e mostra novamente como as predições do profeta se cumpriram completamente.Por meio de experiências como essa o Senhor lentamente atraía os filhos de Israel de volta à fé, à obediência e à religião de seus pais. Por muitos anos o povo adorou ídolos. Os sacerdotes e governantes eram maus. Os reis assumiram papel de l iderança na apostasia e iniquidade. Injustiça, imoralidade, intemperança e crueldade eram vistas em toda a parte. Os templos de adoração se tornaram em pontos de iniquidade. Os escolhidos cie Deus se desviaram da justiça e dos caminhos de santidade e paz. Precisavam aprender sobre Deus de outro modo, que Ele é amável e bom, que ama Seus filhos e deseja que andem nos caminhos da misericórdia, justiça e verdade. Nas circunstâncias em que Israel vivia, essas lições eram extremamente difíceis de aprender. Medidas comuns não foram suficientes. Por isso, homens como Elias e Eliseu foram enviados, proclamando mensagens cie reprovação e apelo, operando milagres extraordinários. Como resultado, muitos foram levados de volta à razão, justiça, fé e à obediência a Deus. Homens santos de Deus viviam a vida e o amor de Deus diante de seus companheiros e, como consequência, um novo espírito e uma nova esperança voltaram aos seres humanos. Uma vez mais a paz e a justiça cio Céu passaram a ser vistas entre as pessoas na Terra. A obra de Eliseu não foi em vão.Capítulo 8I A sunamita deixa sen país por sete anos para evitar a fome prevista. O milagre de Eliseu a beneficia, e sua terra é restaurada pelo rei. 7 Hazael, enviado com um presente de Ben-Hadade a Eliseu em Damasco, depois de ter ouvido a profecia, mata seu mestre e o sucede. 16 O ímpio reinado dejeorão emjudá. 20 A revolta de Edom e Lihna. 23 Acazias sucede a Jeorão. 25 O ímpio reinado de Acazias. 28 Ele visita o ferido Jeorão em Jezreel.: 4 Ora, o rei falava a Geazi, moço do homemde Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito.disse: Teu filho Ben-Hadade, rei da Síria, me enviou a perguntar-te: Sararei eu desta doença? |
2Rs.7:19 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.7:20 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.8:1 | 1. E (ARC). Do heb. we, unia simples conjunção, frequentemente também traduzida como "então” (KJV). Deveria ser entendida como ref erência ao tempo se os eventos relatados seguissem cronologicamente os do capítulo anterior. A frase de abertura do capítulo pode ser traduzida corretamente como “e falou Eliseu” (ARC). Os eventos relatados nas Escrituras não ocorrem, necessariamente, em exata harmonia com a sequência em que são registrados.O incidente aqui relatado ocorreu algum tempo depois do que foi registrado em 2 Reis 4:8 a 37. Quando o filho foi restaurado, o esposo ainda vivia. No entanto, o relato indica implicitamente que ela estava viúva. Pelo menos, o esposo não é mencionado e as instruções dadas para deixar seu próspero lar parecem ser dirigidas a alguém que não tinha o auxílio de um esposo.Peregrinar (ARC). Eliseu se interessava pelo povo a quem fora chamado a servir. Ele tentou ser amigo de todos. Sempre quepodia fazer algo para aliviar ou melhorar o destino de alguém, ele estava pronto a ajudar. Sobreviríam tempos difíceis, e a mulher foi aconselhada a sair por um período, peregrinando em algum lugar onde a situação fosse melhor do que em seu lar em Suném.Fome [...] por sete anos. A fome ocorreu durante o reinado de jorão, mas não se sabe exatamente quando. |
2Rs.8:2 | 2. Fez segundo a palavra. A mulher de Suném aprendeu que há bênçãos no caminho da obediência. As instruções foram dadas sob a orientação de Deus e, apesar de dificuldades e privações ainda estarem então por vir, os resultados seriam bem piores se ela não as seguisse.Terra dos filisteus. Os filisteus se estabeleceram sobre a fértil planície entre o mar e as montanhas da região central da Palestina. Era uma terra de fartura quando comparada às encostas rochosas da cordilheira central. Quando houve fome em Canaã, 1 saque peregrinou na terra dos filisteus (Gn 26:f).Abraão, sob as mesmas condições, desceu ao Egito e peregrinou lá (Gn 12:10). Noemi peregrinou em Moabe por "quase dez anos” (Rt 1:4). E então, durante o período de sete anos de fome, a mulher de Suném também peregrinou na terra dos filisteus. |
2Rs.8:3 | 3. Pela sua casa. A mulher sunamita tinha sido abastada, por um período. Em seu lar tora construído um quarto para Elíseu (2Rs 4:8-11) e, em sua terra, o filho adoeceu no período da colheita (2Rs 4:18, 19). Enquanto ela esteve fora, na Filístia, sua casa e suas terras foram tomadas por alguém. A propriedade pode ter sido considerada pelas autoridades locais como tendo sido abandonada, ou alguém da vizinhança tinha tomado sua casa. Quem havia tomado a propriedade se recusava a devolvê-la. Ela apelou diretamente ao rei. Os apelos ao rei, vindos de cidadãos em particular, eram comuns no Antigo Oriente e são repetidamente mencionados nos registros bíblicos (2Sm 14:4; IRs 3:16; 2Rs 6:26). |
2Rs.8:4 | 4. Falava a Geazi. O mais correto seria: o rei “estava falando” com Geazi. A menção a Geazi indica que o incidente ocorreu enquanto Geazi. ainda era servo de Eliseu, antes de ser destituído por causa do engano por ocasião da visita de Naarnã.Todas as grandes obras. As histórias do ministério de Elias e Eliseu estavam repletas de incidentes interessantes e tinham um apelo tocante e dramático. O rei e o povo se interessavam em ouvir os relatos dos feitos notáveis desses profetas de Deus. Sem dúvida, as histórias eram contadas e recon- tadas no palácio c nas cabanas, na terra de Israel e nos países vizinhos. Elas foram escritas no registro sagrado para encorajamento e iluminação nos tempos atuais. O que Deus le/ no passado, pode fazer hoje. As narrativas que interessavam às pessoas da Antiguidade são as que interessam e inspiram as pessoas hoje. O Deus de Eliseu está realizando milagres da graça por meio de Seus servosescolhidos, em todos os lugares do planeta. Não há histórias que soem aos ouvidos mortais com mais interesse e comovente poder do que as que contam como Deus faz maravilhas por Seus agentes humanos. |
2Rs.8:5 | 5. Contava ele. No momento em que Geazi contava ao rei como foi ressuscitado o filho da sunamita, a mesma mulher entrou. Incidentes como esse não acontecem por acaso. Deus toma parte ativa nas ações diárias de Seus filhos. Anjos da guarda trabalham sempre para proteger e orientar no caminho da bênção e do sucesso aqueles que estão sob seu encargo. O mesmo Senhor que falou por intermédio de Eliseu também trabalhou por meio de Seus mensageiros angélicos para levar a mulher de Suném ao palácio do rei nesse exato momento, quando seu pleito seria mais efetivo. |
2Rs.8:6 | 6. Um oficial. Do heb. saris, literalmente, "eu mico”. Eram esses homens que geral mente cuidavam das mulheres dos reis orientais (Et 2:3, 14, 15; 4:5 [traduzido como "camareiro", na AC.FJ; 2Rs 9:32). Era o dever desse oficial acompanhar a mulher e verificar se os interesses dela seriam devidamente atendidos.Todas as rendas. Não somente a propriedade seria restaurada à mulher, mas ela também seria recompensada por toda a produção da terra durante os anos de ausência, que legitimamente era dela e da qual não recebera rendimento. |
2Rs.8:7 | 7. Veio Elíseu a Damasco. Esta era a capital do rei que não muito tempo antes tinha procurado matá-lo (2Rs 6:8-15). Não se sabe se ele foi tratado amigavelmente em Damasco ou se o rei da Síria o perseguiu novamente. Eliseu possuía alguns créditos com Ben-Haclacle, pois curara a lepra de Naarnã e fora responsável pelo livramento do exército siro que caiu nas mãos de Jorão (2Rs 6:22). Por outro lado, Eliseu fora responsável por frustrar os planos de Ben-Haclacle contra Jorão (2Rs 6:9-12) e predissera a inglóriapartida do exército sito no cerco de Samaria (2Rs 7:1-7). Mas, independentemente da atitude do rei, Eliseu foi à capital da Síria. Os interesses da obra do Senhor sempre vêm antes da própria conveniência ou segurança.O homem de Deus. Sem dúvida, toda a Síria sabia que Eliseu havia curado a lepra de Naamã. Ouando Ben-Hadade adoeceu, Eliseu estava na cidade. Seria natural que a notícia de sua presença fosse levada ao rei, que também podería ter convidado o homem de Deus. |
2Rs.8:8 | 8. Hazael. Era um importante funcionário na corte síria. A alta consideração que o rei tinha por ele é indicada pelo fato de Ben- Hadade confiar-lhe a importante tarefa de fazer contato com Eliseu a respeito de sua recuperação.Toma presentes. Era costume naqueles dias levar presentes ao se consultar um profeta (Nm 22:7; ISm 9:7; lRs 14:2, 3; 2Rs 5:5).Pergunta ao Senhor. Esta é uma interessante ordem vinda do rei da Síria e um extraordinário testemunho do sucesso da missão de Eliseu. O profeta teve o privilégio de ver o rei de uma nação que os hebreus consideravam pagã reconhecendo-o como o homem de Deus e pedindo que ele consultasse a Yahvveh em seu favor. Ao enviar Hazael, o rei da Síria testemunhou diante de seu povo de seu interesse no Deus dos hebreus. Ele também permitiu que seu país soubesse que ele deixara de considerar os deuses da Síria como os únicos em supremacia.Tivessem os filhos de Israel sido fiéis à sua missão, e esse tipo de testemunho podería vir de governantes de várias nações da Terra. Era propósito original de Deus que Israel fosse como uma luz sobre uma montanha e que resplandecesse até aos confins do mundo, dissipando as trevas e a ignorância do coração das pessoas. Se houvesse mais pessoas como Eliseu, haveria mais reis como Ben-Hadade, testificando da grandeza deDeus. Se houvesse mais fé e obediência em Israel, haveria mais fé e esperança no mundo. O fracasso de Israel envolvia o fracasso e a ruína das nações vizinhas, assim como a salvação de Israel podería implicar a salvação de muitos no mundo.Sararei eu [...]? Somente Deus podería responder à pergunta de Ben-Hadade. O rei sabia que se perguntasse aos sacerdotes e profetas da Síria não recebería resposta confiável. O comportamento do rei da Síria em dirigir a pergunta ao Deus de Israel contrasta com o comportamento de Acazias, que apenas alguns anos antes perguntara a “Baal- Zebube, deus de Ecrom”, se sararia (2Rs 1:2). O vergonhoso ato do rei de Israel foi reprovado pelo profeta Elias, sendo-lhe dito que morrería (2Rs 1:4). Acazias foi contemporâneo de Ben-Hadade, e pode ser que as notícias de Israel tivessem chegado aos ouvidos do rei siro. A indagação de Ben-Hadade a Eliseu foi mais que uma consulta; era um pedido para que o profeta de Israel fizesse pelo rei o mesmo que fizera por Naamã. |
2Rs.8:9 | 9. Foi, pois, Hazael. Esta foi uma ação característica de respeito e mostra o apreço que Eliseu conquistou naquela época numa terra inimiga. O profeta estava em algum lugar de Damasco ou nas proximidades e foi a esse local que Hazael foi enviado.De tudo que era bom de Damasco. Naqueles dias, Damasco era um importante centro comercial e possuía alguns dos maiores tesouros do Oriente. Entre seus produtos podem ser listados lindos vasos de bronze, prata e ouro; ricas vestes de seda e cetim; alimentos raros e deliciosos; ricas e belas joias e artigos de mobiliário aromáticos e caras madeiras.Quarenta camelos carregados. O Oriente era dado à ostentação e exibição, e o rei fez o possível para mostrar o magnífico presente oferecido ao profeta. Quarenta camelos carregados com preciosos produtos desfilando vagarosamente pelas ruas produziríagrande impressão sobre o povo ao mesmo tempo em que revelaria aos cidadãos a generosidade e riqueza de seu rei, bem como o apreço pelo profeta.Teu filho Ben-Hadade. Este era um termo de respeito, semelhante à expressão “pai” utilizada por discípulos quando se dirigiam aos mestres (2Rs 2:12) e por servos, a seus senhores (2Rs 5:13). Jorão usou este termo em relação a Eliseu (2Rs 6:21) quando sentia grande respeito pelo profeta. Foi. assim que jeoás se dirigiu a Eliseu na época da doença final do profeta (2Rs 13:14). Ben- Hadade não tinha dúvidas quando instruiu Hazael a empregar o termo ao dirigir-se ao profeta a fim de revelar a Eliseu seu grande respeito por ele. |
2Rs.8:10 | 10. Certamente, sararás. O texto hebraico contém uma negativa. Portanto, a passagem pode ser traduzida assim: 'Tu, definitivamente, não te recuperarás”, embora a construção hebraica ofereça algumas dificuldades. A sentença corrigida na margem da Bíblia hebraica diz: “Tu certamente te recuperarás.” A alteração foi feita com a mudança da negativa hebraica lo’ para lo, “a ele”. Jodas as versões antigas e vários manuscritos hebraicos concordam com a interpretação marginal. Assim, parece necessário explicar de alguma forma a contradição entre essa afirmação e a seguinte: “certamente morrerá" .ARCA Muitas explicações têm sido apresentadas. Esta parece a mais razoável: Eliseu estava assegurando ao rei que sua enfermidade não era mortal. A doença em si não era fatal, e ele certamente viveria. Essa é a mensagem que Hazael foi orientado a transmitir a Ben-Hadade. A pergunta que o rei fizera era a respeito de sua doença, e sobre esse ponto a resposta foi clara: sua doença não o mataria; ele poderia viver. |
2Rs.8:11 | 11. Ficou embaraçado. Eliseu parece ter fixado os olhos em Hazael e os manteve assim. Não se sabe se Hazael já acalentava ambições secretas para se assentar no tronode seu mestre. Em caso afirmativo, ele pode ter suspeitado que o profeta estava lendo seus pensamentos. |
2Rs.8:12 | 12. Sei o mal. O Senhor sabia melhor que Hazael o que ele faria no futuro. Raramente uma pessoa planeja de antemão todos os atos maus e repulsivos pelos quais se tornará culpada. Um pensamento mau leva a outro e uma ação ímpia leva a outra mais ímpia ainda até que a pessoa que consente em andar no caminho do mal se vê naufragando nas profundezas da iniquidade que ela nunca planejaria por si mesma nem pensaria que fosse possível.Esmagarás os seus pequeninos. O então futuro rei da Síria, em amargura e ódio que crescería dentro da alma, se engajaria nos mais vis crimes contra o povo de Israel. Pessoas pacíficas não compreendem as crueldades e horrores dos quais podem se tornar capazes quando recorrem à guerra. Os males enumerados por Eliseu não eram estranhos às nações orientais, quando essas se entregavam às paixões da batalha (ver 2Rs 15:16; Os 10:14; 13:16; Am 1:3, 13). |
2Rs.8:13 | 13. Este cão [...]? Significando alguém que é baixo ou desprezível (ver iSm 17:43; 24:14; 2Sm 3:8; 9:8; 16:9). Hazael expressou extrema humildade ou assumiu um tom de inocência ofendida. Ele parecia surpreso e chocado. Talvez já tivesse traçado seu mau caminho futuro, mas naquele momento ele não tinha planejado todo o mal pelo qual se tornaria culpado. Quando alguém embarca num caminho de perversidade ficaria chocado se lhe fosse revelado o resultado final dessa escolha. |
2Rs.8:14 | 14. Certamente sararás. Hazael repetiu a mensagem como foi recomendada. Ele, porém, não acrescentou que o Senhor revelou que Ben-Hadade certamente morrería. |
2Rs.8:15 | 15. Tomou um cobertor. Possivelmente o cobertor que estava na cabeceira da cama. Ele o estendeu no rosto de Ben-Hadade, sufocando-o. Sem dúvida, foi feito de modoque parecesse acidental ou como se o rei tivesse morrido naturalmente. |
2Rs.8:16 | 16. Quinto ano [...] de Jorão. Para a cronologia do reinado de Jorão de Israel, ver p. 62, 65, 66, 128, 129, 131-134.Jeorão. Para o reinado conjunto de jeorão, de judá, e seu pai Josafá, ver com. de 2 Reis 1:17; 3:1. A história do reino de Judá, interrompida em 1 Reis 22:50, é retomada aqui, onde se menciona a morte de Josafá. |
2Rs.8:17 | 17. Oito anos. Para este período e também para o método de se calcular, ver p. 131-134. |
2Rs.8:18 | 18. Dos reis de Israel. Há muitas indicações cie que Judá estava nessa época intimamente ligado à nação de Israel e que andava nos caminhos de seu vizinho ao norte. Uma indicação é a adoção do método de cálculo cronológico de Israel (ver com. de 2Rs 9:29).A filha deste. Esta era Atalia (2Rs 8:26). O casamento de Atalia, filha de Acabe e Jezabel, com Jeorão, filho de josafá, serviu para selar uma aliança entre as duas nações (2Cr 18:1). Os casamentos entre as casas reinantes das nações que entravam em aliança mútua eram comuns no antigo Oriente. Judá enfrentou problemas com o casamento e a aliança. Atalia tinha os traços característicos de seus pais e traria muitos problemas a judá. Na aliança entre as duas nações, Josafá uniu forças com Acabe na guerra contra a Síria (1 Rs 22:4, 29); ele se uniu ao filho de Acabe, Acazias, na fabricação de navios em Eziom- Geber (2Cr 20:35, 36) e se uniu a Jorão na guerra contra Moabe (2Rs 3:7).Fez o que era mau. Este é o registro que até aqui vinha sendo dado aos reis de Israel. Judá também passou a andar nos maus caminhos de seu vizinho. Quando Jeorão subiu ao trono, matou todos os seus irmãos, a quem seu pai havia concedido grandes tesouros em ouro e prata, bem como cidades fortificadas (2Cr 21:3, 4), e introduziu formas vulgares de idolatria (2Cr 21:11). |
2Rs.8:19 | 19. Por amor de Davi. Ver com. de 1 Rs 11:36. A luz que Deus dera a Davi continuou a brilhar por muito tempo na posteridade dele. No entanto, seus descendentes ímpios, como Jeorão, quase extinguiram essa luz. |
2Rs.8:20 | 20. Nos dias de Jeorão, se revoltaram os edomitas. Nesta época, o Senhor não permitiu que a nação de Judá perecesse nem que a dinastia de Davi terminasse, ainda que devido a sua apostasia tosse permitido que judá passasse por tribulações. Os edomitas, que se sujeitaram a Judá por um século e meio, se esforçaram para garantir sua independência durante o reinado de Jeorão. Quando estabeleceu Israel na Palestina, Deus planejou que Jerusalém se tornaria a capital de toda a Terra; seria uma nação e um povo, uma irmandade unida, feliz e pacífica, em adoração ao Deus do Céu (ver PJ, 290; DTN, 577). Mas, em vez de deixar a luz da verdade brilhar para os outros, eles absorveram as trevas das nações que os cercavam.Constituíram o seu próprio rei. Fica claro que eles derrubaram o governo do rei anterior, que judá havia empossado, e escolheram um novo e independente soberano que acabou com o pagamento do tributo a judá. Davi tornou Edom tributário a si (2Sm 8:14). No tempo de Salomão, Edom deve ter continuado em estado de \asseia gem porque Salomão tinha navios em Eziom- Geber, na fronteira sul de Edom (]Rs 9:26), e essa situação perdurou durante o reinado cie josafá (1 Rs 22:47, 48). |
2Rs.8:21 | 21. Zair. Este nome ocorre apenas aqui. A localização exata não é conhecida.E todos os carros. Seria difícil entrar no território edomita com um grande número de carros. Jeorão prosseguiu para o sul até a fronteira edomita, onde as forças inimigas cie Edom se reuniram.Feriu os edomitas. Este verso apresenta dificu ldades na tradução do hebraico. O significado parece ser que o rei, com seu carros,leriu os edomitas, que o tinham cercado. Na calada da noite, os edomitas avançaram contra as torças de Judá e final mente as cercaram. Descobertos, os judeus lutaram contra o inimigo até chegar a um local seguro.Fugiu para as suas tendas. Ou seja, eles fugiram para casa. (Para o sentido da expressão “às suas tendas” ou “para suas tendas”, ver com. de 2Sm 20:1; lRs 8:66.) Foi uma derrota para os hebreus que fugiram e foram forçados a retornar sem alcançar o objetivo de reprimir a revolta. Com isso, Edom prosseguiu em obter sua independência. |
2Rs.8:22 | 22. Até ao dia de hoje. Até a época da escrita desta frase, judá não tinha conseguido controlar Edom novamente. Edom parece ter continuado como um estado independente até o tempo de João Hircano (134- 104 a.C.), que uma vez mais subjugou essa nação.Libna, Uma cidade 15 km ao norte de Laquis (Js 10:29-31) e identificada possivelmente com Tell ets Tsâfi, 37 km a oeste pelo sul de Jerusalém. E possível que os habitantes de Libna tenham sido auxiliados, em sua revolta, pelos ataques dos filis- teus contra Judá nessa época (2Cr 21:16, 17). |
2Rs.8:23 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.8:24 | 24. Descansou Jeorão. Sobre as circunstâncias de sua morte, ver 2Cr 21:12-19.Na cidade de Davi. Em 2 Crônicas 21:20, afirma-se que foi enterrado na cidade de Davi, mas não nas sepulturas dos reis. Jem sido sugerido que as sepulturas reais estavam sob controle de um grupo de sacerdotes fiéis que impediram o enterro de Jeorão lá por causa de sua má conduta.Acazias. O nome significa “Yahweh tomou” ou “possessão de Yahweh”. Com um rearranjo dos termos, o nome se torna “Jeoacaz”, aplicado algumas vezes a Acazias (2Cr 21:17). Em 2 Crônicas 22:6, o nome é dado como Azarias (KJV, Reina Valera; as versões brasileiras grafam “Acazias”), apesar de vários manuscritos hebreus manterem Acazias neste verso. |
2Rs.8:25 | 25. Décimo segundo ano de Jorão. Outras passagens dizem que a ascensão de Acazias ocorreu no 11° ano de |orão. As duas afirmações estão corretas. Sobre a aparente discrepância, ver com. de 2R$ 9:29.Filho de Jeorão. De acordo com 2 Crônicas 21:17 a 22:1, Acazias era o filho mais novo de jeorão; todos os irmãos mais velhos foram mortos num ataque inimigo ao acampamento do rei. Ele tinha o mesmo nome de seu tio Acazias, filho de Acabe, coroado príncipe da nação de Israel. Sua mãe era Atalia, filha de Acabe e jezabel (2Rs 8:18, 27). E possível que Jeorão ti\esse outras esposas além de Atalia, que foram as mães dos filhos mais velhos. |
2Rs.8:26 | 26. Filha de Onri. Atalia é chamada filha de Acabe (2Rs 8:18). Acabe era filho de Onri (lRs 16:28). Assim, Atalia realmente era neta de Onri. Os termos "filho” e “filha’ eram utilizados pelos hebreus para todos os descendentes. Cristo era “filho de Davi” e Davi era “filho de Abraão” (Mt 1:1). Atalia foi chamada filha de Onri devido à importante posição de Onri na história israelita. Ele foi o fundador da dinastia mais importante desse reino. Por mais ímpios que tenham sido esses reis, foram governantes enérgicos que fizeram muito para que Israel se tornasse uma importante nação no Oriente. Os assírios denominavam a Israel como “terra de Onri”; e mesmo feri, que destruiu a dinastia de Onri, foi denominado como “filho de Onri”. |
2Rs.8:27 | 27. No caminho. A mãe, Atalia, era "quem o aconselhava a proceder iniqua- mente” (2Cr 22:3). O rei estava sob total controle dessa mãe obstinada. |
2Rs.8:28 | 28. Foi com Jorão. A aliança entre Israel e Judá ainda estava em vigor nessa época, e Acazias deveria acompanhar seu tio na campanha. Josafá se uniu a Acabe contra a Síria (1 Rs 22:29) e com Jorão contra Moabe (2Rs 3:7, 9), em consideração à aliança entre os reinos.Contra Hazael. As guerras entre Israel e Síria, tão frequentes durante o reinado de Ben-Hadade, continuaram durante o reinado de Hazael. Nessa época, foi Israel quem atacou a Síria. Israel sofreu muito nas mãos de Ben-Hadade e buscava uma oportunidade de revanche. Uma mudança de dirigente nos países do antigo Oriente frequentemente era indício para uma série de guerras. Os inimigos procuravam atacar antes que o novo rei tivesse tempo para consolidar sua posição. Hazael é mencionado numa inscrição aramaica de Hamate da mesma forma como é escrito na Bíblia; seu nome também está em placas de marfim que serviam de decoração para a cama do rei. Essas placas foram encontradas durante a escavação num sítio, ao norte da Síria, conhecido como Arslan Tash. Nos documentos assírios, o nome aparece na forma Hazailu.Hazael se envolveu em guerra com SaJmaneser I I I, da Assíria. De acordo com os registros assírios, Hazael foi derrotado nessa batalha e perdeu 16 mil homens, 1.131 carros, 470 cavaleiros e seus cavalos, bem como seu acampamento. Salmaneser relata como Hazael fugiu a fim de salvar a vida, e foi confinado em sua cidade real, Damasco. Fora dacapital, a região foi devastada desde o sul até Haurã, nas fronteiras ao norte de Gileade, de onde o rei assírio partiu rumo ao litoral e recebeu tributo de Tiro e Sidom. Salmaneser fez esse ataque no 18° ano de seu reinado, em 841 a.C. Foi o ano em que Acazias governou em Judá e o ano em que jorão, de Israel, atacou Ramote-Gileade (ver p. 66). Depois do revés que Hazael experimentou nas mãos de Salmaneser, o momento seria oportuno para que Jorão trouxesse Ramote-Gileade de volta ao controle israelita. Acabe perdera a vida alguns anos antes na tentativa de reaver essa fortaleza (IRs 22:3-37).Feriram Jorão. Apesar dos feri mentos, o cerco foi bem-sucedido porque Ramote- Gileade caiu nas mãos israelitas (2Rs 9:1, 4, 14, 15). |
2Rs.8:29 | 29. Para Jezreel. Um dos palácios de Acabe estava em jezreel (IRs 18:45; 21:1), e, aparentemente, Jorão o manteve como um retiro rural.Para ver a Jorão. Acazias permaneceu em Ramote-Gileade por um tempo depois que Jorão foi ferido. Mais tarde, possivelmente após a tomada da cidade, ele foi a Jezreel para visitar o tio ferido. Essa visita ocasionou sua morte (2Rs 9:27).Capítulo 9discípulos dos profetas e lhe disse: Ginge os a Ramote-Gileade;Eliseu vai de uma escola de profetas ou de Samaria (1) para Damasco e diz a Hazael que ele governará a Síria e afligirá Israel. Depois que Hazael se torna rei, Acazias, de Judá, sai de Jerusalém (2) e se une a Jorão, de Israel, para lutar contra Hazael (3), em Ramote-Gileade (H, S). Ferido, Jorão é visitado por Acazias (4). Eliseu envia um profeta (5) paia ungir jeú em Ramote-Gileade. jeú mata os dois reis e toma posse do trono de Israel (6-10). voocercado a Ramote-Gileade, ele e todo o Israel, por causa de Hazael, rei da Síria.furiosamente.indo eu e tu, juntos, montados, após Acabe, seu pai, o Senhor pronunciou contra ele esta sentença:L O profeta Eliseu. As narrativas a respeito de Eliseu foram interrompidas em 2 Reis 8:16, com os relatos dos reinados de Jeorão, em Judá, e seu filho Acazias. Agora o registro se volta uma vez mais para Eliseu. Pode-se fazer uma pergunta: Depois de longa narrativa da obra do profeta (2Rs 2:12-8:1 5), por que a narrativa não continua até o fim cia carreira de Eliseu? A resposta é que o livro de Reis é essencialmente um registro dos reis de Israel e Judá, arranjado em ordem cronológica. Os incidentes com Elias e Eliseu, apesar de importantes, estão inseridos dentro de um registro dos reis. O incidente em questão, com relação a Eliseu, se encaixa nos últimos dias de vida de Acazias e jorão, e é no relato dos reinados desses reis que este incidente está entrelaçado.Um dos discípulos. Eliseu havia associado a si vários discípulos dos profetas que constantemente o auxiliavam na realização de suas muitas responsabilidades.A identidade deste homem não é conhecida. Rashi, um erudito judeu do IIo século, diz que era Jonas, mencionado em 2 Reis 14:25 como exercendo seu of ício profético durante o reinado de jeroboão II. No entanto, isso é pouco provável, porque jeroboão começou a reinar cerca de 50 anos mais tarde. Não há fundamento para a suposição rabínica de que Jonas fosse o mensageiro envolvido aqui.Vaso. Ou, “frasco’’ (NVI; ver lSm 10:1). Naqueles dias, óleos e unguentos eram carregados em jarras feitas de barro, pedra ou vidro. Muitas foram encontradas no Egito e na Mesopotâmia.Ramote-Gileade. O rei de Israel foi ferido no cerco de Ramote-Gileade e retornou a Jezreel. Até aqui a narrativa não menciona se o cerco foi bem-sucedido, mas a sequência dos fatos indica que sim. |
2Rs.9:1 | "1. O profeta Eliseu. As narrativas a respeito de Eliseu foram interrompidas em 2 Reis 8:16, com os relatos dos reinados de Jeorão, em Judá, e seu filho Acazias. Agora o registro se volta uma vez mais para Eliseu. Pode-se fazer uma pergunta: Depois de longa narrativa da obra do profeta (2Rs 2:12-8:1 5), por que a narrativa não continua até o fim cia carreira de Eliseu? A resposta é que o livro de Reis é essencialmente um registro dos reis de Israel e Judá, arranjado em ordem cronológica. Os incidentes com Elias e Eliseu, apesar de importantes, estão inseridos dentro de um registro dos reis. O incidente em questão, com relação a Eliseu, se encaixa nos últimos dias de vida de Acazias e jorão, e é no relato dos reinados desses reis que este incidente está entrelaçado.
Um dos discípulos. Eliseu havia associado a si vários discípulos dos profetas que constantemente o auxiliavam na realização de suas muitas responsabilidades.
A identidade deste homem não é conhecida. Rashi, um erudito judeu do IIo século, diz que era Jonas, mencionado em 2 Reis 14:25 como exercendo seu of ício profético durante o reinado de jeroboão II. No entanto, isso é pouco provável, porque jeroboão começou a reinar cerca de 50 anos mais tarde. Não há fundamento para a suposição rabínica de que Jonas fosse o mensageiro envolvido aqui.
Vaso. Ou, “frasco’’ (NVI; ver lSm 10:1). Naqueles dias, óleos e unguentos eram carregados em jarras feitas de barro, pedra ou vidro. Muitas foram encontradas no Egito e na Mesopotâmia.
Ramote-Gileade. O rei de Israel foi ferido no cerco de Ramote-Gileade e retornou a Jezreel. Até aqui a narrativa não menciona se o cerco foi bem-sucedido, mas a sequência dos fatos indica que sim." |
2Rs.9:2 | 2. Jeú. O registro escriturístico não apresenta detalhes quanto aos ancestrais de Jeú ou à cidade de sua origem; afirma que ele erafilho de Josafá. Jeú é citado várias vezes nos registros assírios. Salmaneser III, num fragmento dos anais do 18° ano de seu reinado (geralmente aceito como 841 a.C.) - a mesma inscrição em que ele menciona a derrota de Hazael - também menciona o recebimento de tributo de íaua m.âr Huinri, ou “Jeú, filho de Onri”. Essa inscrição, tomada junto com a inscrição do sexto ano de Salmaneser (ver p. 65, 66, 143, 144), quando o rei assírio lutou contra Acabe, na batalha cie Qarqar, sincroniza com a história assíria não somente o último ano do reinado de .Acabe, mas também o ano da morte de Jorão, em Israel, e da ascensão de Jeú.Seus irmãos. Ou seja, seus companheiros ou acompanhantes, os oficiais associados a ele (ver 2Rs 9:5).Leva-o. Literalmente, “faça com que ele entre”. O mensageiro deveria conduzir Jeú a outra sala, onde poderia conversar com ele em segredo.A câmara interior. Literalmente, “uma câmara dentro de uma câmara” (ver IRs 20:30; 22:25). Não necessariamente uma câmara secreta, mas uma câmara privada, onde o mensageiro pudesse conversar com Jeú a sós. |
2Rs.9:3 | 3. Derrama-lho sobre a cabeça. A incumbência para ungir Jeú como rei foi dada originalmente a Elias na mesma época em que foi comissionado a ungir Eliseu como seu sucessor (ver com. de IRs 19:16).Foge. O negócio deveria ser realizado secreta e rapidamente. Com a missão cumprida, o jovem profeta partiu imediatamente, não esperando por perguntas ou recompensa. |
2Rs.9:4 | 4. O jovem profeta. A LXX e a siríaea apresentam esta expressão apenas uma vez. |
2Rs.9:5 | 5. Estavam assentados. Provavelmente no pátio, porque de acordo com o verso seguinte, Jeú, ao ser informado de que a mensagem era para ele, "entrou na casa” (v. 6).Ele disse. E evidente que Jeú era o encarregado do agrupamento e o comandantedo exército cie Israel. Na época da saída do rei de Ramote-Gileade, a cidade ainda não tinha caído, porque a luta ainda estava em curso. O rei pode ter usado seus ferimentos como um pretexto para escapar do exército e evitar os rigores e perigos da batalha. Jeú continuou a pressionar o cerco e finalmente conseguiu capturar a cidade. Ele seria considerado um herói nacional. |
2Rs.9:6 | 6. Deus de Israel. Deus ainda reconhecia a nação de Israel e, como Seu governante legítimo, escolheu o novo rei.Ungí-te rei. Esta foi uma comissão definida por Deus. Chegou o tempo de um novo rei, que poria fim aos males da dinastia de Onri. Era uma ocasião de oportunidade e de responsabilidade para o homem que ficaria com a coroa em Israel. |
2Rs.9:7 | 7. A casa de Acabe. Jorão era filho de Acabe, bem como Acazias, que precedeu a Jorão no trono. A casa de Acabe foi, então, exterminada por causa de sua iniquidade.Vingue [...] o sangue. Ninguém derrama sangue inocente e fica impune. O Senhor zela pelos Seus eleitos e os vinga à Sua maneira e no tempo em que julgar adequado. As pessoas, com visão estreita, nem sempre entendem por que o dia da retribuição se atrasa. Impacientes, elas podem pensar que o Senhor Se esqueceu e que, aos que praticam o mal, será permitido continuar impunemente em seus caminhos ímpios.Da mão de Jezabel. A rainha Ioi a principal instigadora das perseguições em Israel, mas não agiu sozinha. Se Jezabel era culpada diante de Deus, aqueles que trabalharam com ela, movidos pelo mesmo espírito, também o eram.Todos os servos. Isto demonstra que, na perseguição geral conduzida pela casa de Acabe contra os adoradores do Deus verdadeiro, estavam envolvidos mais que os profetas escolhidos de Deus. |
2Rs.9:8 | 8. Toda a casa. O julgamento sobre a casa de Acabe, em que toda a famíliafoi exterminada, pode parecer severo só quando se ignoram certos fatos com relação aos procedimentos de Deus para com Israel Quando organizou o estado teocrático de Israel, no Sinai, Deus instituiu severas penalidades civis. Forte disciplina foi necessária para eletuar um razoável grau de retidão moral. Com a instituição da monarquia, um novo problema se apresentou. Uma vez que o poder do rei era absoluto, não havia autoridade terrena capaz de levar à justiça os crimes do monarca. Em casos como esse, em geral Deus Se tornava o executor de penalidades civis. Era mais perigoso ignorar o delito do rei do que permitir as más ações de um dos súditos. Devido à alta posição do rei, a influência de seu mau exemplo era igualmente grande. Por isso, a penalidade infligida frequentemente era severa, como no caso de Acabe e de sua casa, ou no caso de Davi, quando 70 mil homens morreram depois de seu pecado em fazer o censo em Israel (2Sm 24). No entanto, a severidade do julgamento era ditada pelas medidas necessárias para restringir a iniquidade desenfreada.Exterminarei. Esta expressão denota integraiidade de inclusão. As palavras parecem ter estado em uso entre os hebreus desde o tempo de Davi (iSm 25:22). Quando Jeroboão andou nos maus caminhos, esta foi a expressão utilizada com respeito à sua posteridade, que seria exterminada (IRs 14:10). Quando a casa de Baasa pereceu, novamente esta foi a expressão usada (IRs 16:11). E quando Nabote foi morto em sua própria vinha, Elias empregou esta expressão contra os descendentes de Acabe, que foram condenados à destruição total (IRs 21:21). O profeta empregou as mesmas palavras para indicar que a casa de Acabe teria um destino miserável. |
2Rs.9:9 | 9. Como à casa de Jeroboão. As duas casas foram completamente extintas. Quando Baasa feriu a casa do primeiro rei de Israel, “não lhe deixou ninguém com vida”(1 Rs 15:29); e, quando Zinri dizimou a casa de Baasa, ele não deixou ninguém, “nem dos parentes, nem dos seus amigos” (IRs 16:11). |
2Rs.9:10 | 10. Os cães devorarão Jezabel. Elias predisse a terrível fatalidade que ocorrería com a ímpia rainha de Israel (IRs 21:23; 2Rs 9:36, 37). O nome da esposa de Acabe se tornou sinônimo de iniquidade. Foi ela quem levou o povo de Deus às mais vergonhosas formas de idolatria e impiedade. Sobre ela incidia terrível culpa, e ela recebería horrível punição. A punição dispensada a Jezabel nunca seria esquecida e traria à mente do executor do juízo uma vivida percepção de que o destino do transgressor é trágico. No antigo Oriente, havia muitos cães famintos, rapinantes do campo, que devoravam carne de cadáveres deixados ao ar livre.No campo de Jezreel. Era apropriado que Jezabel sofresse ali, no cenário de suas ações perversas, onde ela ameaçou a Elias com a destruição (1 Rs 19:2) e onde derramou o sangue inocente de Nabote por causa de sua vinha (21:7-15). |
2Rs.9:11 | 11. Vai tudo bem1? Literalmente, “Está em paz?” A mesma pergunta ocorre em 2 Reis 9:17, 18, 19 e 22. A repentina aparição do mensageiro, sua conversa com Jeú à parte e a partida apressada levantaram suspeitas a respeito do propósito da visita. Iodos sabiam que o mensageiro profético não tinha vindo com incumbência comum. Ele teria trazido uma mensagem boa ou má? Haveria crise repentina que exigisse os serviços do exército?Louco. Literalmente, “louco”, do verbo “enlouquecer”. Este termo foi usado des- denhosamente, como em Jeremias 29:26 (NTLH; cf. Os 9:7).Bem conheceis esse homem. Estas palavras sugerem que Jeú suspeitava que os oficiais tivessem um plano em conjunto para torná-lo rei. |
2Rs.9:12 | 12. E mentira. Não, eles não imaginavam o propósito do profeta, mas estavam ansiosos por saber. Por que tentar manter segredo?Jeú bem poderia lhes revelar o assunto. O registro bíblico retrata vividamente a curiosidade dos oficiais em relação à importante mensagem que fora dada ao comandante geral dos exércitos de Israel. |
2Rs.9:13 | 13. E, [...] os puseram debaixo dele. A revelação da mensagem profética produziu mudança imediata no relacionamento dos homens reunidos no quartel general de jeú. Antes de ter acesso ao conteúdo da mensagem, todos eram companheiros de armas a serviço do rei. De repente, um deles se separou do restante: ele seria rei e os demais, seus súditos. Um recebería as homenagens e os outros prestariam respeito ao rei. Imediatamente os oficiais tomaram as vestimentas externas e as lançaram ao chão como um tapete para que Jeú passasse; uma homenagem própria ao homem a quem o Senhor separara como rei.Sobre os degraus. A palavra heb. gerem, literal mente, significa ‘'osso” ou “força”. O sentido exato da frase que foi traduzida aqui como "no mais alto degrau” (ARC) não é claro, mas pode se referir a um elemento arquitetônico, possivelmente um patamar ou plataforma no topo dos degraus. Do pátio onde os oficiais estavam reunidos poderia haver uma escada que levasse para um patamar ou plataforma que improvisaria urna sala do trono onde o rei tomaria posição diante de seus súditos. E possível que os oficiais tenham formado um tapete com as vestes exteriores pela escadaria e na plataforma, para que o rei recebesse os aplausos de seus súditos.Tocaram a trombeta. Esta era uma atitude própria de uma cerimônia de coroação (ver 2Sm 15:10; lRs 1:39; 2Rs 11:14).Jeú é rei! Parece ter havido aceitação e regozijo imediatos do general como rei. E evidente que Jeú era tido em alta consideração entre seus companheiros oficiais. Ao mesmo tempo deveria haver insatisfação geral com Jorão e a casa de Onri. |
2Rs.9:14 | 14. Conspirou contra Jorão. O rei anterior ainda vivia e supostamente ainda dominava o trono. Sendo assim, as ações de Jeú eram, na verdade, urna conspiração contra Jorão e a casa de Onri e Acabe.Tinha, porém, Jorão cercado a Ramote-Gileade. Esta é uma importante afirmação porque mostra que o cerco foi bem-sucedido e que a cidade estava nas mãos dos israelitas. "Jorão” deve ser visto aqui não tanto uma referência ao homem quanto à nação que ele governava. Se Jorão saísse durante o cerco, Jeú, provavelmente, teria tomado a cidade em nome do rei e montaria guarda com o exército de Israel para evitar que os siros a reconquistassem.Por causa de Hazael. Este rei certamente faria de tudo para retomar a cidade na primeira oportunidade. Israel teria, portanto, que manter a guarda contra Hazael se quisesse manter Ramote-Gileade sob seu controle. |
2Rs.9:15 | 15. Para se curar. Tendo mencionado que Jorão estava de posse de Ramote- Gileade, o escritor, para evitar equívocos, repetiu o que já havia afirmado (2Rs 8:29) sobre o retorno de Jorão a Jezreel para se curar das feridas recebidas no cerco.Se é da vossa vontade. Jeú estava dando as primeiras ordens como rei. Em vez de ser duro e arbitrário, ele quis que seus homens soubessem que a vontade deles seria considerada. Se achassem por bem e se o apoiassem no empreendimento atual, então muitos deles executariam sua proposta.Ninguém saia. Se a notícia do ocorrido chegasse a Jorão, em Jezreel, a situação ficaria difícil para os conspiradores. Novamente, a ordem deixa claro que Ramote-Gileade estava nas mãos dos israelitas, porque, se a cidade ainda estivesse sob cerco, essas orientações seriam inúteis. |
2Rs.9:16 | 16. Subiu a um carro. Não havia tempo a perder, jeú fez todos os estorços para chegar a jezreel antes que alguém pudesse dizer ao rei o que havia ocorrido emRamote-Gileade. Ele subiu a um carro acompanhado de pequeno grupo de homens, e o exército foi deixado em guarda em Gileade, preparado contra qualquer ataque surpresa por parte dos siros.Jorão estava de cama. jorão ainda não havia se recuperado dos ferimentos e estava confinado à sua cama, em Jezreel. No entanto, a sequência dos fatos mostra que a doença não era grave, pois ele pôde entrar no seu carro e ir ao encontro de Jeú (2Rs 9:21).Para ver a Jorão. Os reis de Israel e de Judá estavam presentes no cerco de Ramote-Gileade (2Rs 8:28). Quando Jorão foi ferido, partiu para sua residência campes- tre em Jezreel, sendo, em seguida, acompanhado por Acazias. Se os dois reis saíssem antes que o cerco terminasse, isso teria um efeito desencorajador para o exército e seria interpretado como indiferença ou covardia. Se, enquanto Jeú e o exército estivessem enfrentando as dificuldades da batalha, os reis estivessem desfrutando o palácio de verão, isso explicaria o livre e imediato entusiasmo com que Jeú foi aclamado rei. |
2Rs.9:17 | 17. Torre de Jezreel. Jezreel era a principal cidade do vale de Jezreel e dava acesso ao Jordão. Ela ficava numa planície, mas situava-se no topo de uma descida íngreme de 30 m, com uma vista da região e de todo o per- curso até o Jordão. Para o oeste, havia a vista sobre o vale de Esdraelom até o Carmelo. O local estava numa admirável localização estratégica para um forte. Nos muros das cidades orientais geralmente havia altos portões ou torres de onde se podia avistar a região em todas as direções. Na torre de Jezreel havia uma sentinela para velar contra qualquer perigo que a ameaçasse. Quando Jeú e seus companheiros se aproximaram, esse homem estava em seu posto cu mprindo fielmente a tarefa.Viu a tropa. A aproximação de um grupo de cavaleiros poderia ser vista ao longe.A distância não se podia dizer se eram amigos ou inimigos, israelitas ou siros. O vigia não esperou até que tivesse todos os detalhes. Poderia ser muito tarde. Tão logo viu a aproximação da comitiva, ele enviou notícias ao rei, para que a cidade estivesse em prontidão para uma eventualidade. Deve-se notar que Jeú não viajou sozinho; tinha uma comitiva consigo.Há paz? Ver com. de 2Rs 9:11. Era tempo de guerra. Ramote-Gileade fora tomada dos siros, e podia se esperar que Hazael tentasse reavê-la. Além disso, os exércitos da Assíria não estavam longe. Tudo poderia acontecer. Por isso, a pergunta “Há pazr” tinha um significado lógico e era mais que um cumprimento formal. |
2Rs.9:18 | 18. Passa para trás de mim. O mensageiro percebeu que a missão de Jeú não era de paz, mas não teve oportunidade de retornar e transmitir a mensagem ao rei. Pelo contrário, foi-lhe ordenado ir para trás do grupo enquanto os homens avançavam na jornada.Porém não volta. O vigia manteve os olhos no grupo que se aproximava, tentando descobrir se as intenções eram amigáveis ou não. O mensageiro enviado por Jorão deveria voltar com esse relatório. Como isso não ocorreu, a atitude pode ter sido considerada como indicativa de que o grupo que se aproximava não vinha em missão amistosa. Era dever do vigia relatar o que via e não emitir ordens, e ele imediatamente contou ao rei que o mensageiro não voltava. |
2Rs.9:19 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.9:20 | 20. O atalaia deu aviso. O que quer que tenha sido dito pelo rei, o vigia reagiu com energia e prontidão. Ele manteve os olhos abertos para qualquer sinal que demonstrasse as intenções do grupo que se aproximava. O não retorno do segundo mensageiro era um presságio de más notícias.O andar de Jeú (ARC). As pessoas são conhecidas por suas ações. As características que distinguiam jeú sugerem que, em geral, ele era um homem de andarenérgico, um homem que pensava e agia com rapidez. A atitude dele foi de pressa, presteza e vigor. Quando dirigia, o fazia de modo impetuoso. Como guerreiro, provável mente era corajoso, vigoroso e determinado. Pode ser que esse ímpeto o levara ao posto de comando dos exércitos de Israel. Seu peculiar modo impetuoso de andar então o identificou antes que sua fisionomia fosse distinguida. |
2Rs.9:21 | 21. Aparelha o carro, jorão estava fazendo os preparativos para sua morte. Uma pessoa sábia poderia ler com mais correção o sentido dos sinais tão claramente dados e então preparado a cidade, ao invés de ordenar o preparo de um carro para se encontrar com o inimigo que se aproximava. E evidente que jorão não estava tão doente quanto sua rápida partida pareceu indicar, do contrário ele não estaria em condições de sair para se encontrar com Jeú, E muito provável que ele não suspeitou mal. Estava ansioso e preocupado, mas poderia ser com relação aos negócios em Gileade.Saiu. Dois reis saíram para encontrar outro rei; dois saíram para a morte e o outro para o trono. Os dois reis saíram confiantes e desarmados. Na cidade eles teriam pontos a seu favor. Estariam protegidos pelos muros e teriam tropas em número suficiente para cuidar cia crise. Depois de uma longa e agitada jornada desde Ramote-Gileade, os cavalos de |eú e da comitiva estavam exaustos e dificilmente seriam páreo para a cavalaria de Jezreel.Contra Jeú (KJV). De preferência, “ao encontro de Jeú” (ARA). A palavra “contra" é da raiz “chamar”, “encontrar”, e deveria ser traduzida como "contra”’ somente quando o contexto o exigir. Os reis não suspeitaram de nada e estavam indo amigavelmente, esperando encontrar um amigo.Nabote, o jezreelita. A essa altura jeú já havia chegado à cidade e ao palácio. Jorão só conseguiu chegar até o campo que Acabehavia tomado de Nabote. A escritura da propriedade assinada com sangue. Primeiro, a assinatura com o sangue de Nabote para a casa de Acabe e agora era o sangue da casa de. Acabe que se aporia nessa assinatura (ver com. de Ex 20:5). Esse julgamento sobre Jorão estava de acordo com as rigorosas exigências da justiça. O que seria mais apropriado do que a casa de Acabe pagar o preço pela morte de Nabote no campo de sangue? |
2Rs.9:22 | 22. Há paz, Jeú? A pergunta de Jorão pode ser entendida como se referindo à situação em Gileade. Estaria tudo bem na base de guerra?Que paz [...]? A aflita pergunta de Jorão deparou com a áspera resposta de Jeú. O futuro rei de Israel não era um diplomata, mas um guerreiro. Suas palavras eram bruscas e diretas. A simples menção de paz por parte de Jorão despertou em Jeú uma agitação tempestuosa e precipitou sobre a cabeça do infeliz rei uma torrente de denúncias, mais severas do que as que viriam da boca de um profeta.Prostituições de tua mãe. Eram prostituições tanto no sentido espiritual de idolatria e de infidelidade a Deus (ICr 5:25; Jr 3:3, 8; Ez 16:15-43; 23:27-30; Os 2:2-10) quanto em sentido literal, urna vez que os cultos idólatras das religiões palestinas eram rituais de fertilidade. Os ritos sagrados envolviam as mais flagrantes formas de indecência e imoralidade (ver Nm 25:1, 2; lCo 10:7, 8).Suas muitas feitiçarias. Feitiçarias, consultas a espíritos maus, utilização de magias e encantos, previsão de sorte e adivinhações de vários tipos eram comuns nas religiões do antigo Oriente (ver iSm 28:3, |
2Rs.9:23 | 23. Há traição, Acazias! A frase hebraica é curta, consistindo apenas de duas palavras: "traição, Acazias”. Não havia tempopara explicação longa. Jorão gritou a mensagem de advertência a seu sobrinho enquanto chicoteava os cavalos para retornar em fuga e salvar a vida. |
2Rs.9:24 | 24. Entesou o seu arco. Jeú era um soldado treinado e geralmente utilizava o arco em combate pessoal. A intenção dele era não errar o alvo nem falhar em cumprir seu propósito.Entre as espáduas. Ou seja, entre os ombros. Jorão estava fugindo e deu as costas a Jeií. Ele foi atingido nas costas com tanta força que a flecha atravessou o corpo e saiu no coração.Ele caiu. Jorão podería ter morrido em batalha, de modo honrado e glorioso, lutando contra o inimigo de seu país. No entanto, ele morreu atingido pela flecha de alguém que tinha sido seu companheiro e oficial de confiança. Anos antes, disse Elias: “Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará” (IHs 19:17). Nenhuma pessoa sobre a qual seja decretado um julgamento divino pode esperar escapar da. espada da justiça (ver Dt 32:43; Hm 12:19). Os ímpios dos tempos antigos e dos tempos atuais não criam e não creem que o Senhor faz o que diz; mas, a justiça exige que a iniquidade receba seu justo merecimento, e assim, por todo o tempo, os decretos do Senhor serão executados (ver com. de 2Rs 9:8). |
2Rs.9:25 | 25. Seu capitão. Ver com. de 2Rs 7:2.Toma-o, lança-o. Jeu estava tomandosobre si a responsabilidade de vingar o sangue inocente de Nabote. Ele conhecia a perversidade de Acabe e os crimes de Jezahel e sabia que esses crimes dever iam ser vingados com sangue. Ordenou que o cadáver do rei fosse atirado no campo onde Nabote trabalhou e onde seu sangue foi derramado.juntos, montados, após Acabe. Jeú e B ide ar eram veteranos. Estavam juntos no exército de Acabe e testemunharam suas façanhas em guerra e suas ações em tempo de paz. Os dois foram testemunhas dasamargas denúncias de Elias ao rei, quando o profeta pronunciou a sentença de condenação do Senhor sobre ele após a morte de Nabote (lRs 21:19-24). Pelo menos eles tinham conhecimento do assunto. O pronunciamento causou impressão indelével sobre Jeú, porque ele sabia que a sentença divina era justa. Agora, os dois homens estavam juntos novamente quando a sentença do Senhor foi executada por meio da morte de Jorão.Pronunciou contra ele esta sentença. Ou seja, pronunciou seu oráculo ou infortúnio contra ele (ver o uso da palavra “sentença”, em Is 13:1; 15:1; 17:1; 1.9:1; 21:1; 22:1; 23:1; 30:6; Na 1:1; Hc 1:1; Zc 9:1; 12:1). |
2Rs.9:26 | 26. Tão certo como ví ontem. Esta é. a fórmula usada numa afirmação enfática ou num juramento. Tão certo como o Senhor viu o sangue cie Nabote, Ele veria que esse sangue seria vingado.De seus filhos. Esta é a primeira menção da morte dos filhos de Nabote com o pai. Mas, a fim de que Acabe tivesse direito à vinha, era necessário tirar os filhos do caminho. Se lhes fosse permitido viver, o rei nunca ter ia possuído a vinha sem que. houvesse contestação. Por isso, pode-se entender como, matando Nabote, Jezahel destruiría a família com ele. A morte de pai e filhos inocentes tornaram esse o mais ultrajante de todos os crimes de Acabe e Jezahel.Campo. O mesmo que “pedaço de terra”. |
2Rs.9:27 | 27. Fugiu. Dificilmente Acazias ficaria de braços cruzados enquanto Jorão era ferido e seu corpo sendo jogado na vinha de Nabote. Ele parece ter tido mais oportunidade de fugir dos perseguidores do que Jorão, já que ele não foi ferido imediatamente.A subida de Gur. Numa subida ou montanha, próxima a lhleão. O nome, Gur, ocorre somente aqui e o local exato é desconhecido, lhleão está 13 km ao sul, pelo oeste de Jezreel, na estrada que vai de Samaria a Jerusalém. Quando perseguido, o primeiro objetivo de Acazias podería ser chegar a Jerusalém,e ele seguiu por esse caminho, A estrada de Jezreel envolve a planície de Esdraelom, mas depois de um tempo passa pelas montanhas de Samaria. Foi quando o carro de Acazias subia por uma dessas encostas que os perseguidores o alcançaram e feriram, Ibleão é conhecida agora como iell Bel ‘ameh.Fugiu para Megido. Os detalhes da narrativa não são claros porque, de acordo com o registro em Crônicas, Acazias foi preso em Samaria, levado diante de jeú e então executado (2Cr 22:9). Os dois relatos podem ser conciliados quando se considera o de Reis como uni perfil geral e o de Crônicas como uma ampliação com detalhes adicionais. A sequência dos eventos pode ser entendida como segue: Acazias, depois de ser ferido próximo a Ibleão, mudou o rumo de sua fuga escolhendo o terreno piano para Megido em vez, do terreno montanhoso ao sul. Quando em Megido, ele tentou fugir para o sul, mas foi preso em Samaria e levado a Megido por ordem de Jeú, que já estava lá. Acazias foi morto por execução, um detalhe omitido no breve registro de Reis. |
2Rs.9:28 | 28. A Jerusalém. Jeú permitiu que o corpo do rei de Judá fosse levado de volta à capital para ser enterrado. Não era propósito de Deus que a nação de Judá se associasse com a nação vizinha, do norte, em aliança íntima, Josafá foi repreendido pelo profeta por ter dado assistência a Acabe contra Ben- Hadade (2Cr 19:2). A conduta de Acazias em auxiliar Jorão na guerra contra Hazael também foi repreensível aos olhos de Deus (2Cr 22:4, 5). Acazias pagou com a vida por esse auxílio.Junto a seus pais. Em circunstâncias normais o ímpio rei Acazias não teria sido enterrado nas sepulturas dos reis na cidade de Davi. Esta honra lhe foi concedida a despeito de sua ligação com a casa de Acabe, por ser descendente do bom rei josafá: "porque diziam: E filho de Josafá, que buscou ao Senhor de todo o coração” (2Cr 22:9). |
2Rs.9:29 | 29. No ano undécimo de Jorão. Este verso é um pós-escrito ao registro do rei nado de Acazias, o item final cio que foi registrado no verso anterior. Ao apresentar o registro de um rei, o primeiro detalhe é o ano em que ele subiu ao trono, era termos do ano de reinado do monarca na nação vizinha, e isso ocorre em 2 Reis 8:25. Nesse texto, no entanto, o início do reinado de Acazias é apresentado como o 12° ano do reinado de Jorão, em Israel, e, no presente verso, é o IIo ano. A diferença nos dois números é explicada na suposição de que, nesse período, em sua política de cooperação com o reino do norte, Judá adotou o sistema de cálculo cronológico de Israel, que diferia do cálculo feito em Judá em um ano. O registro de 2 Reis 8:25 é feito de acordo com o novo sistema, no qual o ano em que o rei subia ao trono era chamado de primeiro ano. O 12" ano de Jorão seria o 11° ano cie acordo com o sistema utilizado anteriormente, em que o "primeiro ano” de um rei era seu primeiro ano civil completo, que se seguia ao ano em que ele subiu ao trono (ver p. 121-123; cf. p. 131, 132). |
2Rs.9:30 | 30. Jezabel o soube. O tempo de condenação de Jezabel havia chegado e ela sabia disso. lendo ouvido da morte dos dois reis, de seu filho e do neto, ela sabia que seria a próxima. Ela deveria se preparar para seus últimos instantes de vida.Então, se pintou em volta dos olhos. Literalmente, "ela colocou |tratouj os olhos com antimônio”. Nos primórdios do Oriente, as mulheres utilizavam cosméticos para pintar as sobrancelhas e os eílios (ver Jr 4:30; Ez 23:40).Enfeitou a cabeça. Ela adornou a cabeça com um “arco" turbante (ver Is 3:18), literalmente, ela “embelezou sua cabeça”. Ela foi desafiadora e impenitente até o último momento. Usou todos os seus adornos e vestiu o traje mais imponente. No entanto, o adorno exterior não foi de proveito algum diante de Jeú nem diante do julgamento de Deus.Perante aquele tribunal todos serão revelados como realmente são. Pó e pintura não cobrem a corrupção do coração e as sedas e cetins não escondem as leias manchas que o pecado faz na alma. Jezabel era corrupta interiormente, apesar de todos os seus esforços de embelezamento externo. Deus vê o coração e convida a um adornamento interno e não externo (IPe 3:3, 4). Em vista de seu negro registro de pecado, jezabel podería ter colocado um pano de saco e sentado em cinzas. No entanto, seu espírito orgulhoso recusava ser humilhado e seu coração de pedra não se moveu.Olhou. A janela possivelmente estaria num dos quartos internos, com vista para o pátio. A atitude dela parece ter sido altiva e imperiosa, como se posicionando na janela para olhar desafiadoramente ao rebelde que entrava pelos portões do palácio. |
2Rs.9:31 | 31. Teve paz Zinri, que matou a seu senhor? Literal mente, "Há paz, Zinri, assassino de seu senhor?’’ Zinri foi o exterminador da casa de Baasa (IRs 16:8-13), mas ele reinou apenas sete dias. No final desse período ele pereceu em batalha com seu sucessor. Para ele não houve paz. O texto, tal como está, faz Jezabel se referir à malfadada tentativa de Zinri, como se fosse um alerta a Jeú. A tradução literal, no entanto, transmite um pensamento dilerente. baz com que jezabel trate a Jeú como Zinri, como se dissesse sarcasticamente: “Paz a você, Zinri, assassino de seu senhor?: prezível mulher.Eunucos. Jezabel parece ter sido o tipo de mulher odiada até pelos mais próximos a ela.Os eunucos até aquele momento foram acostumados a se curvar com temor servil diante dela, prontos a realizar todos os seus caprichos. No entanto, é evidente que não a respeitavam nem a amavam. Eles provavelmente a desprezavam e eram leais a ela somente quando os interessava. Quando surgiu a oportunidade, eles estavam prontos a se voltar contra a tirana. Possivelmente eles acolheram a mudança de administração. Pelo menos esperavam, dessa forma, assegurar o favor do novo senhor. |
2Rs.9:32 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.9:33 | 33. Lançai-a daí abaixo. A mulher orgulhosa, tirana e dominadora morrería por seus crimes. Essa era a exigência da justiça e o decreto de Deus. Foi um fim adequado à sua insolência e arrogância. Tronos que repousam sobre a violência e a corrupção não perduram.E Jeú a atropelou. Para mostrar total desprezo enquanto ela estava em agonia. O corpo adornado e pintado foi jogado pela janela de modo aviltante e teve sua última faísca de vida esmagada pelos cavalos e pelas rodas do carro do furioso vingador. O sangue real, mas contaminado, salpicou o muro do palácio e manchou as patas dos cavalos. Jezabel não morreu como uma rainha, mas como a criatura vil que demonstrou ser. Ela odiara a retidão e a nação a odiava. Ela desprezou a Deus, e hoje o mundo relembra jezabel com horror e desprezo.A prévia condenação de jezabel não deve levar à aprovação, mesmo que silenciosa, da conduta selvagem de Jeú ao lidar com ela. O único atenuante para seu método de executar julgamento sobre ela é que ele vivia numa época violenta. Violência gera violência. |
2Rs.9:34 | 34. Havendo comido e bebido. O palácio que uma vez fora de Acabe não pertencia mais à descendência dele porque, a partir dali, o rei era Jeú. Deixando o corpo desfigurado da rainha no pátio externo, jeú entrou no salão de festas.Aquela maldita. Jeú relembrou que essa mulher tinha sido amaldiçoada por Deus ( 1Rs 21:23).E filha de rei. Guerreiro endurecido como era, Jeú sentia no coração um pingo de simpatia e respeito pelo posto da realeza. Ela era filha de um rei, Etbaal, sacerdote e rei de Sidom ( 1Rs 16:31), mas teve a morte de uma pessoa condenável. Jeú então estava disposto a conceder-lhc pelo menos um enterro decente como conviría a uma princesa. |
2Rs.9:35 | 35. Senão a caveira. Os cachorros de jezreel f izeram um túmulo vivo para jezabcl. O corpo da rainha se tornou alimento para os famintos cachorros da cidade. A profecia de Elias foi cumprida (1 Rs 21:23), a justiça foi satisfeita e Nabote foi vingado pelo crime que jezabel cometeu contra ele. |
2Rs.9:36 | 36. A palavra do Senhor. Esta parece ser a profecia plena da qual 1 Reis é uma abreviação. |
2Rs.9:37 | 37. Já não dirão. Isto pode significar que a identidade de seus restos mortais seriaeliminada por meio da mutilação cio corpo ou que Jezahel seria deixada para trás sem sepultura. Se esse for o significado, os restos mortais dela desapareceríam completamente da face da terra, e o povo das futuras gerações não conseguiría distinguir o local de seu túmulo e dizer onde foi enterrada a rainha orgulhosa. Quando ela morreu, ficou apenas a lembrança de sua perversidade.O terrível fim de Jezabel deveria ensinar a transitoriedade e insignificância do poder e glória humanos. Todas essas coisas são pó e ao pó voltarão. A condenação de jezabel exorta a todos os que praticam a iniquidade a ouvirem a mensagem de Deus: “Ai daquele que editica sua casa com injustiça'’ (Jr 22:13),jezabel se tornou um símbolo da iniquidade que o professo povo de Deus permitiría entrar em suas fileiras para rebaixar e contaminar, e solenes advertências foram dadas a respeito dos julgamentos que adviríam (Ap 2:20-23).Capítulo 10I jeú, com suas cartas, leva os setenta filhos de Acabe a serem decapitados. 8 Ele se desculpa com a profecia de Elias. 12 Na casa de tosquia ele mata quarenta e dois irmãos de Acazias, 15 Ele toma a Jonadabe em sua companhia. 18 Por meio de dolo, ele destrói todos os adoradores de Baal. 29 Jeú segue os pecadosde Jerohoãío. 32 Hazael oprimeIsrael. 34 jeoacaz sucede a jeú.a cidade fortalecida e as armas), |
2Rs.10:1 | 1. Setenta filhos. Pode parecer muito, mas não seria impossível num país onde a poligamia era praticada. No entanto, a palavra “filhos” é empregada aqui no sentido hebraico: ''descendentes”. Acabe havia morrido havia 12 anos e deixara uma posteridade abundante.Jeú escreveu cartas. Jeú era corajoso e astuto. Na situação em que se encontrava, ele utilizaria não somente a força, mas também a fraude. No momento ele tinha consigo, em Jezreel, apenas um pequeno exército, sendo que a maior parte do exército fora deixada guardando Ramote-Gileade. Seria impossível prever o resultado se Jeú descesse a Samaria, a capital, onde vivia a maior parte dos descendentes de Acabe. Esses homens com seus partidários poderíam ter sido suficientes para esmagar o novo rei com a pequena guarda. Então, primeiramente, Jeú sondou as inclinações dos principais homens da capital por meio de cartas escritas antes de uma visita pessoal. Por “Jezreel”, a LXX interpreta “Samaria”. O sentido da passagem parece requerer essa interpretação. Jeú já estava em Jezreel e parece não haver sentido em enviarcartas aos governantes daquela cidade. Havia a possibilidade de que os príncipes de jezreel estivessem em Samaria em alguma missão e, assim, foram incluídos nas cartas, já que Jezreel também era uma cidade real, seus príncipes seriam contados entre os chamados a estabelecer o novo reinado.Para um comentário sobre os problemas éticos envolvidos em muitos dos atos combativos dos que foram chamados por Deus pata acabar com a apostasia, ver p. 190.E aos tutores dos filhos. Do heb., haomenim, “pais de criação”. A palavra ocorre em Números 11:12 e Isaías 49:23, onde é traduzida como “ama”. Eles faziam parte dos nobres de Israel que agiam como guardiões sobre os membros da família real e lhes providenciavam educação adequada. Eles eram responsáveis pelo comportamento de seus alunos. |
2Rs.10:2 | 2. Os carros, os cavalos. Jeú desafiou os que estavam em Samaria, que poderíam arriscar a sorte com os filhos de Jorão e a casa de Acabe. Uma vez que estavam bem equipados com armas e protegidos por grandes fortificações, esperava-se quelutassem para manter a casa de Acabe e que eles então assumissem o desafio. Eles bem conheciam Jeú como um dos generais mais capazes e valentes e sabiam que ele tinha a seu comando os melhores homens da nação. Se quisessem lutar com ele, deve- riam fazer isso. |
2Rs.10:3 | 3. Escolhei o melhor. Era exatamente o que se esperava que esses homens fizessem. Desde que Jorão fora morto, os nobres que guardavam os príncipes deveríam selecionar um sucessor para o trono. Jeú dá a impressão de que isso era exatamente o que ele esperava que fizessem, e que ele estava preparado para tal situação. |
2Rs.10:4 | 4. Temeram muitíssimo. Este era o resultado que Jeú buscava e foi por isso que escreveu as cartas. Ele não desejava guerrear nem estava instando-os a apresentar resistência. Pelo contrário, ele planejava infundir terror e trazê-los para seu lado sem demonstração de força.Como, pois, poderemos nós fazê-lo?Era uma boa pergunta. Se dois reis, de Israel e de Judá, caíram diante do poder de Jeú, como os nobres poderíam resistir? Jeú, conhecendo o temperamento desses homens, concluiu que eles não teriam coragem para lutar. Talvez a luxúria e avareza (ver Is 28:1-7; Os 7:1-6; Am 6:4-6; Mq 2:2; 7:2-6) os tenha debilitado para a luta. O soldado ousado fazia uso da inteligência e da espada. |
2Rs.10:5 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.10:6 | 6. Se estiverdes do meu lado. Se esses homens estivessem com jeú, seria pedido que demonstrassem não somente com palavras, mas com ações.Amanhã, a estas horas. Jeú era um homem que agia rápido. Eles tiveram 24 horas para cumprir suas ordens. Jezreel estava a 34 km de Samaría. Portanto, houve tempo suficiente para levar e trazer as mensagens, matar os jovens e transportar as cabeças deles para jezreel.Os filhos do rei. Os descendentes da casa real. Alguns eram filhos de Jorão, outroseram sobrinhos; qualquer um que pudesse reivindicar o trono. |
2Rs.10:7 | 7. Puseram as suas cabeças. A decapitação era comum no antigo Oriente. As cabeças dos príncipes facilmente seriam reconhecidas e transportadas. Assim apresentaram prova positiva a jeú de que as ordens foram executadas e não havia tentativa de traição. |
2Rs.10:8 | 8. Entrada da porta. Mesmo hoje, é frequente que a cabeça de pessoas executadas seja exposta em local público em países orientais. E comum ver montes de cabeças nas portas das cidades nas esculturas assírias. O objetivo de tal prática era incutir terror a quem quer que pensasse em resistir. |
2Rs.10:9 | 9. Vós estais sem culpa. Jeú pronunciou publicamente que os homens de Jezreel eram inocentes quanto ao assassinato da descendência de Acabe. Ele confessou que conspirou contra seu senhor, o rei, e o matou. No entanto, também queria deixar claro que ele não estava sozinho no que fazia: tudo o que fez foi iniciar algo em que muitos estavam participando. Enquanto jeú estava em Jezreel os principais homens de Samaría mataram toda a descendência real; a partir de então, eles se tornaram participantes com ele do movimento para livrar a terra de toda a família de Acabe. |
2Rs.10:10 | 10. Palavra do Senhor. Por meio do profeta Elias, o Senhor predisse a completa ruína de Acabe e sua casa (lRs 21:19, 21, 29). Jeú se anunciava como o executor dos decretos divinos. De fato, ele foi. No entanto, o registro revela que ele também foi egoísta, impetuoso, insensível e cruel. O fato de Jeú cumprir o decreto do Céu não aplica sanção sobre todos os atos de sua vida. Pela atitude de executar o julgamento sobre a casa de Acabe ele recebeu aval divino (2Rs 10:30). |
2Rs.10:11 | 11. Feriu também todos os restantes. Refere-se a uma nova campanha de matança, não a uma campanha passada. Sentindo-se seguro em sua posição, jeú, então, prosseguiudestruindo a todos que tivessem tido qualquer ligação com a casa de Acabe, direta ou indiretamente.Seus grandes, Todos os altos funcionários da corte e os mais influentes e poderosos guerreiros da coroa por toda a nação.Seus amigos (NVI). Em vez disso, seus " c o n h e c i d os" (ARA). |
2Rs.10:12 | 12. A casa de tosquia (KJV). Do heb. Beth-eqed haroim, "casa em que os pastores atam". Beth-eqed possivelmente seja um nome próprio, "Bete-Equede", e a última palavra traduzida, "dos Pastores" (ARA). O locai seria identificado com a Beth-akad, de Eusébio e Jerônimo, e com o moderno Bell Oad, aproximadamente cinco quilômetros a leste, pelo norte de en-Gannim (Jenín), Era, possivelmente, um local de reunião comum aos pastores da vizinhança. |
2Rs.10:13 | 13. Parentes de Acazias. Não os irmãos do rei, porque foram assassinados pelos árabes antes que Acazias subisse ao trono (2Cr 21:17; 22:1), mas os filhos de seus irmãos, como é clarificado em 2 Crônicas 22:8.Voltamos de saudar. A resposta franca desses homens indica que desconheciam os eventos ocorridos em Jezreel e Samaria. Isso mostra a rapidez com que Jeú agiu em suas medidas contra o trono. Parece ter havido um relacionamento íntimo entre as famílias reais deJudá e Israel nesse período porque tais \ iagens eram feitas de um lado para o outro. E possível que tenham ouvido que |orão se recuperara dos ferimentos e essa seria uma visita amigável de seus parentes da lamília real de Judá. |
2Rs.10:14 | 14. Apanhai-os vivos. Não está claro o mot ivo da ordem cie tomá-los vivos e matá-los depois. Pode ser que, quando souberam da revolução e da matança que Jeú ocasionara á família real, eles tentaram resistir e foram mortos. Por meio de Atalia, mãe de Acazias e I ilha de Acabe e Jezabel, esses príncipes de Judá estavam relacionados com a casa real de Israel, sendo assim incluídos naposteridade de Acabe que Elias profetizou que pereceria (lRs 21:21). |
2Rs.10:15 | 15. Jonadabe. Ao partir de Bete- Equede, ele se encontrou com Jonadabe que, ao que parece, vinha ao seu encontro. Jonadabe é o filho de Recabe mencionado em Jeremias 35:6 a 10, que ordenou a seus descendentes se absterem do vinho, construírem casas e plantarem vinhas ou campos. Recabe pertencia à tribo dos que- neus (iCr 2:55), um dos antigos povos da Palestina (Gn 15:19). O sogro de Moisés, em Midiã, era queneu (Jz 1:16), assim como Héber, nos tempos dos juizes, e vivia na G a filei a (Jz 4:11, 17). Quando Israel entrou na Palestina, os queneus habitavam o deserto de Judá (Jz 1:16). No tempo de Saul havia queneus habitando entre os amalequitas, mas eles foram poupados por Saul por causa da bondade demonstrada por eles para com Israel no período do êxodo (iSm 15:6). Os recabitas permaneceram nômades, tendo hábitos parecidos com os dos árabes. O líder deles, Jonadabe, parece ter simpatizado com Jeú e desejava expressar sua aprovação ao novo regime.Tens tu sincero o coração [...J? O que Jeú queria dizer era: “O seu coração é sincero comigo, como o meu é para contigor” E evidente que Jeú estava aberto a Jonadabe e desejava sua amizade e apoio. Esse líder austero tinha se indignado com os ímpios caminhos da corte israelita e de boa vontade apoiou o novo regime.Dá-me a mão. Para o significado de dar a mão como um ato de fidelidade, ver Ezequiel 17:18. Era 1 Crônicas 29:24, a frase hebraica que pode ser literalmente traduzida como "eles deram as mãos" é apresentada como "sujeitaram-se".Ao carro. Isto era um sinal de favor particular e apreço. Jeú estaria feliz em ter o apoio desse asceta influente que deve ter sido um homem de importância no reino, naquela época. |
2Rs.10:16 | 16. Verás o meu zelo. Uma pessoa cujo coração realmente é devotado ao Senhor não precisa fazer muito para demonstrar isso. O zelo manifestado por Jeú parece ter sido tingido com o desejo de promover seus interesses pessoais. |
2Rs.10:17 | 17. Segundo a palavra, jeú fez o que o Senhor predisse (IRs 21:21, 22). No entanto, ele evidentemente prosseguiu além do que Deus requereu dele em seu esforço para erradicar toda a oposição possível. Mais tarde, o Senhor declarou que planejava castigar 'pelo sangue de jezreel, a casa de Jeú" (Os 1:4). |
2Rs.10:18 | 18. Todo o povo. Esta é uma indicação de que, a despeito das reformas de Elias e Eliseu, a adoração a Baal ainda tinha forte influência sobre a nação, porque o povo se juntou, interessado em algum grande festival em honra a Baal. |
2Rs.10:19 | 19. Todos os profetas de Baal. Nova mente se apresenta evidência de que a adoração a Baal estava longe de ser exterminada da terra de Israel. O culto de Baal ainda possuía devotos seguidores, profetas e sacerdotes, bem como adoradores dentre o povo.Tenho grande sacrifício. Se o engano e a fraude pudessem alcançar o objetivo, Jeú empregaria tais dispositivos sem escrúpulos. Sua antipatia a Baal pode não ter surgido da devoção a Deus. Os devotos das falsas religiões geralmente possuem disposição amarga uns com os outros. Durante a vida de Acabe e Jezabel e durante o período em que jeú serviu a Jorão não há registro de profundas convicções de Jeú acerca da religião, seja a favor de Yahvveh ou contra Baal. Só depois que a casa de Acabe f oi esmagada e não havia mais perigo de um desafio dos profetas de Baal foi que Jeú assumiu posição contra a religião de Jezabel.Com astúcia. Este foi u m artifício ardiloso para atingir seu fim. Por meio dessa artimanha habilmente planejada de antemão, Jeú imaginou que por um ato dramático e ousado acabaria com a religião de Baal em Israel.infelizmente, ela estava mais enraizada do que ele pensava. |
2Rs.10:20 | 20. Consagrai uma assembléia solene. Literal mente, "santifica! uma assembléia solene" (ver a expressão “promulgai um santo jejum", em J1 1:14). Jeú usou linguagem semelhante à utilizada para convocar os mais solenes festivais a Yahvveh (ver Lv 23:36; Nm 29:35; Dt 16:8). |
2Rs.10:21 | 21. De uma extremidade à outra. Isto incluiría não somente o próprio edifício mas o pátio ao redor. Os vastos pátios dos antigos templos orientais podiam abrigar grande multidão. |
2Rs.10:22 | 22. Vestimentas. Eram túnicas e capas de linho branco. E possível que houvesse diferentes tipos de vestimentas para as várias classes de adoradores. A colocação dessas vestes sagradas distingu iria essas pessoas como adeptos de Baal. |
2Rs.10:23 | 23. Jonadabe. Ver com. de 2Rs 10:15. jonadabe poderia ser conhecido por sua aversão a Baal e por seu zelo em favor da simples e pura adoração a Yahvveh.Servos do Senhor. Esta frase não despertaria suspeitas com relação às intenções de Jeú porque as pessoas pertencentes a outras religiões seriam consideradas pelos adoradores de Baal como uma profanação aos ritos deles. |
2Rs.10:24 | 24. Sacrifícios. Todos os preparativos foram feitos para realizar os ritos sagrados de Baal dc modo suntuoso.Pela vida dele. A vida humana era sem valor para um homem como Jeú. Ele desejava que suas ordens fossem obedecidas. Se houvesse qualquer descuido ao realizá-las, seus soldados perderíam a vida. |
2Rs.10:25 | 25. Oferecimento do holocausto. Não está claro se Jeú ofereceu os sacrifícios pessoalmente ou se algum sacerdote os ofereceu por ele. A Bíblia fala com frequência de pessoas oferecendo seus sacrifícios no sentido de que forneciam as vítimas oferecidas em seu favor (Lv 3:7, 12; IRs 8:63). E possívelque os sacrifícios fossem oferecidos pelos sacerdotes de Baal.Da sua guarda. A guarda pessoal cio rei. Até esse momento, estavam posicionados fora, à porta. Sua presença não criaria suspeitas já que esses soldados sempre acompanhavam o rei.Cidade da casa de Baal (ARC). O sentido exato desta expressão não é claro. Uma das versões gregas interpreta como “santuário interior'' para a “cidade". O verso seguinte indica que os soldados entraram no santuário interior da casa de Baal. Ao entrarem no pátio mataram primeiro os adoradores que estavam próximos a eles; depois disso, entraram no edifício e, finalmente, no santuário central, completando ali sua obra sanguinária. |
2Rs.10:26 | 26. Estátuas (ARC). Do heb. rnatse- both, “colunas" (ARA). As colunas sagradas eram comuns na Palestina daqueles dias. Acredita-se que eram símbolos masculinos da fertilidade. Os hebreus foram ordenados a destruir essas colunas (Ex 23:24; 34:13) e proibidos de erigir qualquer “poste-ídolo” (símbolo da deusa Ascrá) ou de colocar qualquer coluna próxima ao altar do Senhor (ver com. de Dt 16:21, 22). |
2Rs.10:27 | 27. Quebraram. A coluna central, de Baal, devia ser de pedra porque foi quebrada, e as outras colunas deveríam ser de madeira, pois foram queimadas (2Rs 10:26).Latrinas. Uma “latrina" ou “monturo" (ver Ed 6:11; Dn 2:5; 3:29). Isso foi feito a fim de demonstrar profundo desprezo pelo local utilizado como santuário sagrado. |
2Rs.10:28 | 28. Exterminou de Israel a Baal. Embora Jeú tenha destruído as manifestações da adoração a Baal da nação de Israel, com certeza não destruiu o espírito da falsa religião. Ele apenas tocou a superfície da vicia religiosa do povo. |
2Rs.10:29 | 29. Não se apartou Jeú. O novo rei combateu o mal, mas para isso empregou o próprio mal. O pecado nunca pode servencido pelo pecado. A maldade, sob uma forma, nunca erradicará a maldade sob outras formas. A adoração a Baal precisava ser eliminada de Israel. No entanto, pouco bem permanente seria alcançado se Baal não fosse substituído pela adoração a Deus. Jeú falhou ao não fazer nada para transformar o coração do povo. De um homem que não se apartou dos pecados de Jeroboão e que trouxe o mal sobre Israel dificilmente seria de se esperar que libertasse a nação dos deploráveis efeitos dessa iniquidade.Dos bezerros de ouro. Estes eram os altares religiosos mais importantes da nação e estavam entre suas principais fontes de maldade. Sem dúvida, por essa época, Betei e Dã eram consideradas como santuários nacionais e recebiam o mesmo respeito que o povo de Israel mantivera pelo templo de Jerusalém, em fudá. Se o principal objetivo de Jeú fosse a justiça e um retorno a Yahvveh, ele teria direcionado seu zelo contra os bezerros de Dã e Betei, bem como á casa de Baal. |
2Rs.10:30 | 30. Porquanto bem executaste. A adoração a Baal era uma maldição para a terra de Israel, e a casa de Acabe foi culpada de promover esse sistema de falsa religião. Já era tempo de se fazer algo para por um fim às más influências da casa de Acabe. Também era tempo de o sistema de adoração idólatra a Baal ser erradicado da terra. Jeú se esforçou para restringir a influência do mal e exterminar as fontes de corrupção. Nesse sentido, ele realizou uma grande obra à nação e à causa da justiça, e isso foi reconhecido pelo Senhor.Até à quarta geração. A obra de jeú foi um misto de bem e mal. De certa forma, ele fez a obra do Senhor, mas também houve muita perversidade em seus métodos, os quais não foram aprovados pelo Céu. Seus descendentes, que governaram sobre o trono de Israel, foram Jeoacaz, ]eoás, jeroboão II e Zacarias. Salum pôs fim à dinastia de Jeú com o assassinato de Zacarias (2Rs 15:10, 12).A casa de Jeíí governou Israel por um século, mais do que qualquer outra dinastia. A casa de Jeroboâo governou 22 anos e a de Onri 44 anos (respectivamente, 24 e 48 inclusivos; ver p. 128, 129; ver também p. 119, 120). |
2Rs.10:31 | 31. Não teve cuidado. Jeú era a lei para si mesmo. Ele tinha pouca consideração para com os estatutos de justiça estabelecidos por Deus. |
2Rs.10:32 | 32. Diminuir os limites de Israel. O sentido é que o Senhor começou a cortar ou retirar partes do território de Israel. Foi permitido aos inimigos que hostilizassem as fronteiras, um prenuncio das desgraças que sobreviríam a toda a nação se eles não se voltassem à justiça e a Deus.Foi ferido por Hazael. Em cumprimento à profecia de Eliseii (2Rs 8:12).Salmaneser II1 alega ter recebido tributo de Jeú em seu 18° ano. Evidentemente, esse foi o ano em que Jeú subiu ao trono (ver com. de 2Rs 9:2). Visto que Salmaneser e jeú eram inimigos da Síria, é possível que Jeú tenha pensado em fazer paz com ele tão logo se tornasse rei de Israel, enviando-lhe um presente. Após a partida de Salmaneser para sua terra, era de se esperar que Hazael derramasse sua ira sobre jeú. Os reis da Assíria parecem não ter retornado ao litoral mediterrâneo até cerca de 805 a.C., com Adad-Nirari 111. Assim a Síria teve livre acesso contra Israel. |
2Rs.10:33 | 33. Gileade e Basã. Eram regiões do lado oriental do Jordão, ao sul da Síria e de fácil acesso a esses combativos inimigos de Israel.Capítulo 11/ Joás é salvo por sua tia Jeoseha do massacre de Átalia à descendência real e escondido por seis anos na casa de Deus. 4 No sétimo ano, Joiada ordena aos capitães que o unjam como rei. 13 Atalia é assassinada.da terra se alegrava, e se tocavam trombetas. Então, Atalia rasgou os seus vestidos e clamou: Traição! Traição!I. Atalia, A morte de Acazias nas mãos de Jeú ocorreu pouco tempo depois da morte de Jorão. em Israel (2Rs 9:24, 27). No entanto, o rei nado de Jeú começou pouco antes do reinado de Atalia, possivelmente poucos dias ou semanas. Não é possível dar um significado específico ao fato de o registro da ascensão de Jeú ao trono (2Rs 9:12, 13) preceder o de Atalia (2Rs 11:1-3; ver p. 128, 129). Em vista de Jeú ser apresentado como tomando a iniciativa nos eventos que levaram à sua própria ascensão (2Rs 9:1-11), seria natural esperar que o escritor de 2 Reis preservasse a continuidade da narrativa registrando primeiroa proclamação de Jeú como rei (ver com. de Gn 25:19; 27:1; 35:29; Êx 16:33, 35; 18:25). Falar de Atalia interrompería a continuidade do registro.Toda a descendência real. Atalia parece ter herdado o espírito tempestuoso e sanguinário de sua mãe Jezabel. Como esposa de Jeorão e mãe de Acazias, ela deve ter alimentado a ideia de dominar a política de Judá durante esses dois reinados. A .influência de Israel deixou forte impressão em Judá durante esse período (2Rs 8:18, 27). Por isso Atalia passou a agir a seu próprio modo. O assassinato de todos os seus parentes emX (hIsrael foi um golpe severo. Antes que qualquer plano fosse formulado contra ela, em Judá, ela atacou primeiro. Atalia pensava ter exterminado toda a posteridade de Davi. |
2Rs.10:34 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.10:35 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.10:36 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.11:1 | "1. Atalia, A morte de Acazias nas mãos de Jeú ocorreu pouco tempo depois da morte de Jorão. em Israel (2Rs 9:24, 27). No entanto, o rei nado de Jeú começou pouco antes do reinado de Atalia, possivelmente poucos dias ou semanas. Não é possível dar um significado específico ao fato de o registro da ascensão de Jeú ao trono (2Rs 9:12, 13) preceder o de Atalia (2Rs 11:1-3; ver p. 128, 129). Em vista de Jeú ser apresentado como tomando a iniciativa nos eventos que levaram à sua própria ascensão (2Rs 9:1-11), seria natural esperar que o escritor de 2 Reis preservasse a continuidade da narrativa registrando primeiro
a proclamação de Jeú como rei (ver com. de Gn 25:19; 27:1; 35:29; Êx 16:33, 35; 18:25). Falar de Atalia interrompería a continuidade do registro.
Toda a descendência real. Atalia parece ter herdado o espírito tempestuoso e sanguinário de sua mãe Jezabel. Como esposa de Jeorão e mãe de Acazias, ela deve ter alimentado a ideia de dominar a política de Judá durante esses dois reinados. A .influência de Israel deixou forte impressão em Judá durante esse período (2Rs 8:18, 27). Por isso Atalia passou a agir a seu próprio modo. O assassinato de todos os seus parentes em Israel foi um golpe severo. Antes que qualquer plano fosse formulado contra ela, em Judá, ela atacou primeiro. Atalia pensava ter exterminado toda a posteridade de Davi." |
2Rs.11:2 | 2. Jeoseba. Possivelmente uma meia- írmã de .Acazias, filha de jeorão com outra esposa, não Atalia. Ela era esposa de Joiada, o sumo sacerdote (2Cr 22:11, NTLH).Aos quais matavam, joás foi tomado não dentre os corpos dos já assassinados, mas dentre os príncipes condenados à morte.Numa câmara interior. Não no palácio, mas nos quartos dos sacerdotes. Jeoseba dificilmente conseguiría esconder a criança no palácio onde tudo estava sob o vigilante olhar da rainha. Mas, nos quartos do templo, ela podería ter cuidado suficiente para proteger a criança. |
2Rs.11:3 | 3. Atalia reinava. O registro do reinado de Atalia é breve. Ela foi de tal modo desprezada que os registros hebraicos não detalham a natureza de seu reinado. No entanto, comparando 2 Reis 12:5 a 1.4; 11:18 e 2 Crônicas 24:7, é claro que Atalia se esforçou para pôr um fim à adoração de Yahweh e estabelecer o exclusivo culto a Baal. Os serviços do templo podem ter sido interrompidos e o próprio templo, deixado às ruínas. Os vasos sagrados do templo, antes utilizados na adoração a Yahweh foram entregues aos sacerdotes de Baal. |
2Rs.11:4 | 4. No sétimo ano. Evidentemente, do reinado de Atalia. Isso fica claro com a menção da revolução que finalizou o seu governo ocorrida no “sétimo ano” e com a afirmação de que seu sucessor, Joás, começou a reinar no sétimo ano de jeú (2Rs 12:1).Joiada. O sumo sacerdote, nessa época, deveria ser um respeitável idoso de cerca de 100 anos. Quando morreu, estava com 130 anos. Ele morreu antes do final do reinado de Joás (2Cr 24:15, 17), que governou 40 anos (2Rs 12:1). Em vista da duração do reinado dos reis anteriores, Joiada não deve ter nascido depois da primeira parte do reinado deReoboão, mas, possivelmente, durante o reinado de Salomão. Ele viveu muitos anos da conturbada história de seu país.Os centuriões (ARC). A interpretação literal da passagem é “capitão dos eários e da guarda'’ (ARA). Cinco desses homens são mencionados nominalmente (2Cr 23:1). Possivelmente, os eários eram tropas mercenárias estrangeiras empregadas na guarda real, tal como os queretitas (ver ISm 30:14; 2Sm 8:18; 15:18; 20:7, 23; lRs 1:38, 44; lCr 18:17). Era comum a utilização de mercenários estrangeiros no antigo Oriente. Os centuriões convidados por Joiada para uma conferência secreta parecem ter sido os comandantes da guarda real. Para esse empreendimento ousado, Joiada estava assegurando o sucesso de sua missão, porque teria a seu lado os comandantes responsáveis por proteger o rei.O filho do rei. Os capitães da guarda foram apresentados ao filho de Acazias, o menino que era o legítimo rei de Judá e a quem esses capitães tinham o dever de guardar. |
2Rs.11:5 | 5. Então, lhes deu ordem, joiada deu ordens aos guardas do palácio, na qualidade de guardião do rei.No sábado. Tem sido sugerido que o sábado foi escolhido para a inauguração do novo regime. Por outro lado, a referência ao sábado pode significar apenas que o sistema de divisão do trabalho no sábado formou um modelo conveniente para a nova distribuição de tarefas.Casa do rei. Uma companhia montava guarda no palácio. |
2Rs.11:6 | 6. Ao portão Sur. Também chamado “Portado Fundamento” (2Cr 23:5). Esse portão não foi identificado. Pode ter sido o portão do palácio que levava ao templo.Ao portão detrás da guarda. Este também não foi identificado. Pode ter sido um portão na parte posterior do palácio. O objetivo era controlar todo o palácio.O programa de ação parece ter sido que aos homens, naturalmente em serviço, foi ordenado que se mantivessem em suas posições. A presença deles não levantaria suspeitas.Afastando a todos (ARC). No heb., mmsach. Essa palavra ocorre apenas aqui e seu sentido é obscuro. A LXX e a ARA não a traduzem, e a KJV diz: "para que não seja dividida". Muitos comentaristas judeus a vertem como “sem distração da mente". |
2Rs.11:7 | 7. Que saem. Os homens que, em geral, não trabalhavam no sábado.Junto ao rei. Os guardas que não estavam de serviço no sábado deveriarn estar no templo para vigiar o jovem rei. |
2Rs.11:8 | 8. Seja morto. Quem tentasse se aproximar das fileiras de guardas até o rei deveria ser morto imediatamente. O fator mais importante era salvaguardar a vida do jovem rei, porque certamente os guerreiros de Atai ia empregariam todos os esforços para matá-lo. |
2Rs.11:9 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.11:10 | 10. Lanças e escudos que haviam sido do rei Davi. Os antigos escudos e as lanças que foram de Davi eram considerados como relíquias sagradas e não eram utilizados pela guarda. Isso indica que os membros da guarda, que foram ao templo naquele dia para vigiar o novo rei, estavam desarmados, para não levantar suspeitas. Como a revolução fora planejada para o sábado (ver com. de 2Rs 11:5), pode ser que esses homens disseram a seus oficiais que iriam ao templo com um propósito especial de adoração. Como eram observadores do sábado, isso não levantaria suspeitas. Se, no entanto, eles tivessem sido ordenados a ir ao templo armados no dia de folga, o segredo seria descoberto imedia- tamente e o plano, frustrado. |
2Rs.11:11 | 11. De armas na mão. Esses homens estavam prontos para ação imediata. Aquelas antigas armas de Davi tinham sido usadas em serviço corajoso, mas raramente tiveram responsabilidade igual à daquele dia. Salvaguardar a vida do jovem rei tomouproporções dramáticas à luz das promessas de Deus a Davi (ver IRs 2:4; 8:25). joás foi o único que restou dos herdeiros ao trono.Lado direito. Voltado para o leste. O lado direito do templo estava ao sul e o esquerdo, ao norte.Até ao altar. O altar de holocausto ficava em frente ao átrio do templo. O rei ficaria posicionado no átrio do templo, à vista de todos os adoradores no pátio. Os soldados estavam organizados em várias fileiras em toda a frente do templo para impedir que alguém entrasse. Foram dadas ordens expressamente: ninguém "entre na Casa do Senhor, senão os sacerdotes e os (evitas que ministram" (2Cr 23:6). |
2Rs.11:12 | 12. O filho do rei. O jovem príncipe foi escondido no templo e, depois que os guardas se posicionaram, ele foi levado á cerimônia de coroação para ocupar seu lugar junto à coluna (2Cr 23:13) do pátio do templo. Essa não era uma ocasião comum, e todos os preparativos foram feitos de acordo com a importância da ocasião. Os levitas foram reunidos de todas as cidades de Judá, bem como “os chefes dos pais de Israel" (2Cr 23:2, ARCF).Livro do Testemunho. Do heb. lideduth, o termo é usado normal mente para se referir aos dez mandamentos. O “testemunho” podería ser o livro da lei. Em caso afirmativo, a utilização desta lei na cerimônia de coroação denotaria a devoção do rei à lei do Senhor, de acordo com a qual ele regularia sua vida e governaria o povo. Esta passagem das Escrituras é a base do costume de se colocar uma cópia da Bíblia nas mãos de monarcas britânicos durante o serviço de coroação.Viva o rei! Estas foram as palavras empregadas na coroação de Saul (iSm 10:24), de Absalão (2Sm 16:16), Adornas (IRs 1:25) e Salomão (IRs 1:39). Na ocasião, as palavras eram mais que uma frase superficial. Assegurar a vida dessa criança era designificado especial para a dinastia de Davi. O jovem rei teria muitos inimigos. Se fosse morto, seria o fim da linhagem direta da casa de Davi. O clamor “Viva o rei!” subiu ao Céu com orações aflitas e sinceras, bem como com grande alegria. Era pensamento comum que Atai ia tinha conseguido destruir toda a descendência real (2Rs 11:1). Quando se descobriu que um dos príncipes foi poupado e agora era rei, um grito de triunfo deve ter soado por toda a cidade. |
2Rs.11:13 | 13. Da guarda. A nação tinha seu legítimo rei e a guarda, seu verdadeiro senhor. Após anos de anarquia por um herdeiro da casa de Acabe, a guarda deve ter aceitado seu novo rei e as novas responsabilidades com gritos de alegria. Esses gritos, misturados ao júbilo do povo, chegaram aos ouvidos da odiada rainha e a alarmaram.Veio para onde este se achava. O centro da gritaria e das festividades era obviamente no templo, e a rainha se encaminhou para lá. A indicação é que ela estava sozinha. Se ela convocou sua guarda pessoal posicionada ao redor do palácio, a ordem não foi obedecida. Os soldados permaneceram onde estavam, obedientes às ordens de joiada (2Rs 11:5, 6). |
2Rs.11:14 | 14. Junto à coluna. No pátio do templo, em uma de suas grandes colunas de bronze (ver 1 Rs 7:15, 21).Os príncipes (ACF) Ou seja, os “capitães” (ARA). Eles eram os comandantes da guarda real e se posicionaram junto ao rei.Todo o povo. Uma grande multidão lotou o pátio do templo. Estavam presentes representantes de todas as regiões (2Cr 23:2). Se era sábado, multidões viriam de Jerusalém e arredores. E possível que joiada tenha anunciado preparativos para algum tipo de festival, o que atraiu uma multidão excepcional ao templo.Rasgou os seus vestidos. Atalia estava sozinha, abandonada por todos. Um olhar de relance revelou-lhe que tudo estava perdidopara ela. Seus próprios guardas estavam protegendo o novo rei e participando nas festividades jubilosas. Ela não deveria esperar nada mais. Sua situação foi bem diferente do cenário em que Paulo foi prisioneiro em Roma, quando, esquecido pelos homens, ainda tinha a segurança de que o Senhor estava com ele e o fortalecia (2Tm 4:17). |
2Rs.11:15 | 15. Entre as fileiras. Ou, “sob escolta armada”. A rainha foi conduzida, possivelmente, para fora dos arredores do templo para morrer, com uma fileira de soldados de ambos os lados. |
2Rs.11:16 | 16. Pelo caminho. Que triste fim para a outrora orgulhosa e arrogante filha de jezabel! No entanto, essa era a morte que lhe convinha. Ela morreu como sua mãe: abandonada, desprezada e odiada por todos, jezabel foi pisoteada por cavalos no pátio de seu palácio, sua filha deu seus últimos passos no caminho da entrada dos cavalos, que levava ao palácio, e lá foi assassinada. |
2Rs.11:17 | 17. Aliança. Entre o Senhor, de um lado, e o rei e o povo, do outro. Era uma renovação da antiga aliança, por meio da qual o povo aceitou a Yahweh como seu Senhor e prometeu obedecer às Suas leis. já não se daria reconhecimento a Baal, a quem Atalia procurara colocar como senhor da terra em lugar de Yahweh.Entre o rei. Essa aliança era indispensável. Infelizmente, nos três reinados anteriores os direitos do povo tinham sido violados. Os governantes não tinham escrúpulos e faziam o que queriam, independentemente dos direitos do povo. Quando, então, um novo rei começava a reinar, foi feito um pacto solene em que o monarca deveria governar segundo as leis de justiça do Senhor e andar nos Seus caminhos, e o povo daria sua fidelidade à casa de Davi e a Yahweh, seu verdadeiro Rei. |
2Rs.11:18 | 18. Na casa de Baal. A tal ponto chegou a filha de Jezabel que, sob seu domínio, foi estabelecido um templo para Baal emJerusalém ou nas proximidades. Obviamente o propósito era o de tomar o lugar do templo de Deus. Esse templo pagão foi completamente destruído.Imagens. Do heb. tsalmhn. Não é a mesma palavra traduzida como "imagens” em 2 Heis 10:26. As tsalmhn eram imagens feitas à semelhança dos próprios deuses.Pôs guardas, lnfelizmente, a casa de Deus foi negligenciada e até violada durante o reinado de Atai ia e talvez até no de seu antecessor. Alguns sugerem que Atai ia pode ter estabelecido a casa de Baal dentro dos recintos da casa de Deus, possivelmente no pátio exterior. Certas partes do templo e dos edifícios que os acompanhavam podem ter sido demolidos para fornecer materiais para a edificação do templo de Baal. 1lavia "brechas” que precisavam de grandes reparos (2Rs 12:5-12). Um edifício bem construído como o templo não se depreciaria com rapidez em resultado do processo natural de deterioração. Em 2 Crônicas 24:7 relata-se que a "perversaAtalia e seus filhos arruinaram a Casa de Deus; e usaram todas as coisas sagradas da Casa do Senhor no serviço dos baa- lins”. Depois da destruição da casa de Baal, foram nomeados of iciais cuja responsabilidade era supervisionar o restabelecimento dos serviços ao Senhor no templo e garantir que não houvesse profanação futura nos arredores do templo por simpatizantes do antigo regime (ver 2Cr 23:19). |
2Rs.11:19 | 19. Porta dos da guarda. Possivelmente esta seria a principal porta do palácio. A localização exata é desconhecida. |
2Rs.11:20 | 20. Mataram Atalia. A morte de Atalia já tinha sido mencionada (2Rs 11:16). No entanto, esta é a conclusão do relato de seu reinado, e, assim, a menção de sua morte está na sequência. O relato do reinado de Atalia não inicia nem termina com a fórmula usual. |
2Rs.11:21 | 21. Sete anos. Uma vez que esta informação faz parte do registro do reinado de joás, seria apropriado que fizesse parte do primeiro verso do cap. 12.Capítulo 12I Joás reina todos os dias de joiada. 4 Ele ordena a reparação do templo. 17 Hazael é afastado de Jerusalém com um presente feito com os tesouros consagrados.nem espevitadeiras, nem bacias, nem trombe- tas, nem vaso algum de ouro ou de prata para a Casa cio Senhor. |
2Rs.12:1 | 1. Sétimo ano de Jeú. O registro do reinado de joás começa novamente com a formula usual. |
2Rs.12:2 | 2. Joiada o dirigia. Ver 2Cr 24:2. |
2Rs.12:3 | 3. Não se tiraram. Esta situação continuou durante os reinados de Asa (lRs 15:14), josafá (lRs 22:43) e de seus sucessores Jeorão, Acazias e Atalia. O mesmo ocorria durante os reinados de Amazias (2Rs 14:4), Azarias (2Rs 15:4), Jotão (2Rs 15:35) eAcaz (2Rs 16:4). Não foi senão no tempo de Ezequias que os altos finalmente foram abolidos (2Rs 18:4). Mas, após sua morte, eles foram novamente restaurados por Manassés (2Rs 21:3). Assim, apesar dos reinados de muitos reis em judá, a adoração nos altos parece ter continuado praticamente por toda a história do reino do sul. Os altos não eram necessariamente santuários idólatras. Antes da construção do templo de Salomão eracostume do povo sacrificar nos altos (2Rs 3:2). Quando Josias destruiu esses altos, não loi permitido aos sacerdotes, que a princípio ministravam ali, se aproximarem do ‘altar do Senhor, em Jerusalém; porém comiam pães asmos no meio de seus irmãos" (2Rs 23:9). No tempo de iVianassés, "o povo ainda sacrif icava nos altos, mas somente ao Senhor, seu Deus" (2Cr 33:17). No entanto, muitos desses altos elevem ter sido centros de adoração idólatra e corrupta (ver Lv 26:30; Nm 33:52; lRs 13:33; 2Rs 17:29; 2Cr 14:3; 34:3, 4). |
2Rs.12:4 | 4. Disse Joás. A medida para restaurar o templo parece ter sido posta em vigor pelo rei, não pelo sacerdote joiada. (,) sacerdote estava muito idoso nessa época (ver com. cie 2Rs 11:4). E evidente que o idoso Joiada não tinha mais disposição para se envolver nas questões importantes e, assim, foi entregue ao rei a oportunidade de tomar iniciativas para a restauração do templo.Todo o dinheiro. Aqui são mencionados três tipos de oferta: (1) As "coisas santas", isto é, dinheiro de pessoas que faziam voto ao Senhor ou que Lhe dedicavam animais ou objetos (ver Lv 27:2-28). (2) O dinheiro de “todo aquele que passar ao arrolamento", ou seja, o dinheiro em que cada um era avaliado; isso era a metade de um siclo tanto para o rico quanto o pobre (Lx 30:13-1 5). E (3) "o dinheiro que cada um trouxer voluntariamente", o que se refere às o 1:ertas vo 1 untárias. |
2Rs.12:5 | 5. Os sacerdotes. Cada sacerdote deveria receber o dinheiro daqueles com quem estava familiarizado. Isso era feito não somente em Jerusalém, mas em todo o país.E eles reparem. Ou seja, os sacerdotes supervisionariam o trabalho. |
2Rs.12:6 | 6. Não tinham reparado. Possivelmente, alguns esforços quanto à reparação foram feitos antes que Joás completasse 23 anos no trono, mas a obra tinha sido feita sem entusiasmo e com pouco resultado. |
2Rs.12:7 | 7. Por que não reparais [...]? Uma censura aos sacerdotes por abandonarem o dever e não concluírem os reparos no templo.Não recebais mais dinheiro. O que evidentemente ocorreu foi que os sacerdotes receberam o dinheiro e o utilizaram em benefício próprio. O rei ordenou então que isso parasse, e que o dinheiro fosse entregue para o propósito para o qual fora planejado: reparar o templo. |
2Rs.12:8 | 8. Consentiram os sacerdotes. O caso foi retirado das mãos dos sacerdotes infiéis. Eles consentiram em não recolher fundos adicionais para esse propósito e permitiram que a obra cie reparos lasse dirigida por outros. |
2Rs.12:9 | 9. Tomou uma caixa. Esta era a orientação do rei (2Cr 24:8).Ao pé do altar. O altar de sacrifício, no pátio. Ela foi posta “do lado de fora, à porta da casa do Senhor” (2Cr 24:8). São duas descrições do mesmo local, ou a arca era removida ao longo das coletas. |
2Rs.12:10 | 10. O escrivão do rei. Era um importante oficial do palácio, que não somente cuidava das correspondências do rei, mas, possivelmente, também gerenciava o dinheiro real. As esculturas assírias retratam escribas registrando a pilhagem tomada por ocasião da conquista de estrangeiros. Uma vez que o escriba respondia diretamente ao rei, Joás estava seguro de que as ofertas para a restauração do templo seriam usadas de acordo com suas orientações.Sumo sacerdote. Esta é a primeira vez que o título é usado desde o tempo do êxodo e da conquista de Canaã (Lv 21:10; Nm 35:25; Js 20:6). A colaboração do sumo sacerdote e do escriba do rei à supervisão desses fundos permitiu o controle contra qualquer abuso.Contavam. Do heb. nianah, Literalmente, "contar”, “numerar” ou “ordenar”. |
2Rs.12:11 | 11. Depois de pesado. Do heb. takcm, “estimar”, "medir”. Neste verso, o sentidopode ser de "certificar”. Nessa época, o sistema monetário ainda não tinha sido introduzido e os metais preciosos eram pesados. |
2Rs.12:12 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.12:13 | 13. Nem vaso algum. Durante a obra de reparação do edifício do templo, nenhum dinheiro foi desviado para qualquer outro propósito, nem mesmo para a substituição dos vasos para os serviços do templo. Quando a obra foi concluída, o excedente foi levado d iante do rei e do sumo sacerdote, que orientaram que fosse utilizado para os vasos e para a casa do Senhor (2Cr 24:14). A necessidade de abastecer com novas vasilhas, entre outras coisas, surgiu porque Atalia havia tomado os artigos da casa de Deus para os baalins (2Cr 24:7). |
2Rs.12:14 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.12:15 | 15. Com fidelidade. Este é um magnífico testemunho do caráter dos escolhidos para essa importante responsabilidade. O mesmo elogio é dado aos que, no tempo de josias, realizaram semelhante obra de renovação (2Rs 22:7). E um triste comentário sobre o caráter dos sacerdotes que, por sua infidelidade, tornaram necessária essa medida (ver 2Rs 12:4-8). |
2Rs.12:16 | 16. O dinheiro de oferta pela culpa. Ver Lv 5:15-18; Nm 5:6-8. De acordo com a lei de Moisés esses fundos, por direito, pertenciam aos sacerdotes e foram dados a eles. Quando havia fundos especiais para os reparos do templo, os sacerdotes não eram privados das ofertas regulares. Mas, quando fundos eram apresentados para outros propósitos, era totalmente ilegal que os sacerdotes aplicassem mal esses recursos, para seus objetivos egoístas, impedindo assim a realização de projetos vitais. A obra que se maneja com mais integridade é a que mais prospera, possibilitando a confiança e a liberalidade. Tal procedimento fornece meios suficientes para realizar as tarefas necessárias. |
2Rs.12:17 | 17. Então, subiu Hazael. Os eventos mencionados aqui ocorreram não muito tempo depois da restauração do templo, que começou no 23° ano do reinado de joás(2Rs 12:6), o mesmo ano em que Joacaz subiu ao trono em Israel (2Rs 13:1). Após a morte de Joiada, Joás caiu em idolatria e trouxe sobre si os ataques de Hazael (2Cr 24:15-25).Gate. Hazael chegou a esta cidade filis- teia possivelmente via Bete-Seã, o vale de Jezreel e a planície litorânea; portanto, ele deve ter dominado o reino do norte: Israel (ver 2Rs 13:3). Gate, longe da Síria, logo deve ter voltado ao controle filisteu. Mais tarde, Azarias, de Judá, quebraria o muro de Gate (2Cr 26:6). A localização da cidade é incerta. Muitos eruditos favoreceram a Amq el-Menshiyeh, na moderna Kiryat Gat, 10 km a oeste de Beitjibrin (Eleuterópolis, nos tempos do NT). No entanto, Beit jibrln e Tell ets-Tsâfi (normalmente identificadas com Libna) também têm sido sugeridas. Um local ao norte de Kiryat Gat, apoiado por muitos eruditos israelenses, é Tell Sheikh el-‘Areini, 10 km a oeste de Beit Jibrln e 32 km a noroeste de Elebrom.Contra Jerusalém. Quando tomou Gate, Hazael estava a sudoeste de Jerusalém, e a cidade estava na estrada de retorno a Damasco. Há possibilidade de que nessa ocasião as tropas da Síria tenham ido "a judá e a Jerusalém, [e] destruíram, dentre o povo, a todos os seus príncipes” (2Cr 24:23). Após a morte de Joiada, o rei de Judá e seus príncipes ''deixaram a casa do Senhor, Deus de seus pais, e serviram aos postes ídolos e aos ídolos” (2Cr 24:18). Quando Zacarias, filho de joiada, protestou contra essa perversidade, eles “o apedrejaram por mandado do rei, no pátio da Casa do Senhor” (2Cr 24:21). Por esse tempo Hazael veio contra Jerusalém, onde foi recebido por “um exército mui numeroso”, mas ele o venceu “com poucos homens”, porque o povo tinha deixado o Senhor (2Cr 24:24). |
2Rs.12:18 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.12:19 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.12:20 | 20. E feriram Joás. Quando os siros se retiraram, deixaram Joás "gravemente enfermo” (2Cr 24:25). Enquanto Joás estava confinado à cama, os conspiradoreso feriram, A conspiração estava ligada à apostasia do rei e ao assassinato de Zacarias, filho de Joiada. Joás devia sua vida e seu trono ao fiel sumo sacerdote. Foi um ato de ingratidão assassinar o filho de seu benfeitor. O sentimento contra Joás era tão forte que, quando morreu, o enterraram “não nos sepulcros dos reis" (2Cr 24:26).Milo. Possivelmente uma área fortificada na parte norte da antiga cidade jebu- sita conquistada por Davi. Davi trabalhou duro para fortalecer esse focal (2Sm 5:9; fCr 11:8), e a fortificação principal foi concluída por Salomão (1Rs 11:27). Joás ficou confinado na casa de Milo, principalmente, por questão de segurança.Sila. Este local não é identificado. |
2Rs.12:21 | 21. Jozacar, Chamado Zabade, o filho de uma amonita (2Cr 24:26). Jozacar quer dizer “Yahweh lembrou”.Jozabade. Chamado de “filho de Sinrite, a moabita” (2Cr 24:26). Jozabade quer dizer “Yahweh retribuiu’’. Há uma coincidência interessante entre os nomes desses dois conspiradores e as últimas palavras que o filho de Joiada, Zacarias, proferiu quando foi apedrejado por ordem de Joás: “O Senhor o verá e o retribuirá” (2Cr 24:22), ou seja, “Que o Senhor veja e vingue’’. O rei Joás falhou em recordar a bondade do sacerdote Joiada para com ele, mas o Senhor Se lembrou e o vingou.Capítulo 13 |
2Rs.13:1 | 1. Jeoacaz. O registro da morte de Jeú e da ascensão de jeoacaz é encontrado em 2 Reis 10:35, Mas o registro do reinado de Jeoacaz só aparece aqui porque os reinados são organizados nos livros dos Reis de acordo com a ordem de ascensão dos governantes.Apenas poucos dias depois de Jeú começar a reinar em Israel, Atalia tomou o trono em Judá. No sétimo ano de Jeú, o menino Joás começou seu longo governo de 40 anos em Judá. Fica assim evidente porque os três reis aparecem nessa ordem: Jeú, Atalia, Joás. Então Jeoacaz, de Israel, e seu sucessor Jeoás (ambos subiram ao trono enquanto Joás vivia) são os seguintes a aparecer noregistro. Depois disso, a narrativa volta a Judá para registrar o reinado de Amazias, que sucedeu a Joás (cap. 14). |
2Rs.13:2 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.13:3 | 3. A ira do Senhor. A ira humana é irrazoável, cruel e vingativa. A ira de Deus é um sentimento diferente. Ao descrever Seu caráter aos seres humanos, Deus usa a linguagem humana e permite que os escritores bíblicos utilizem expressões que se aproximem do pensamento divino, mesmo que elas o transmitam de forma imperfeita. "Ira” é utilizada aqui para descrever a reação de Deus ao pecado. Incluir todos os elementos da resposta humana à provocação para compreender a palavra “ira”, quando aplicada a Deus, é violar a linguagem bíblica.Não se encontra a Deus por meio de argui- ção (Jó 11:7). Em parte, devido à inadequação da linguagem humana, no momento oportuno, Deus tornou Seu pensamento audível e visível por meio da vida de Jesus (G1 4:4). O ser humano tem uma concepção obscurecida de Deus. Em Cristo, Deus demonstrou Seu caráter ao mundo. Jesus declarou: "Quem Me vê a Mim vê o Pai” (Jo 14:9). Para compreender de forma mais plena a natureza da “ira” de Deus é necessário estudar as reações de Jesus a situações que suscitaram Suas emoções. O comportamento dEle na purificação do templo (Jo 2:13-17) é uma demonstração de indignação, autoridade e poder. \ tepreensão aos fariseus (Mt 23) foi dada com lágrimas em Sua voz (DTN, 353). Há o choro angustiado sobre os judeus obstinados (Lc 19:41; DTN, 575, 587). Foi Ele quem dirigiu o destino de Israel nos dias de Jeoaeaz. As aflições com a Síria foram permitidas por amor e na esperança de que a disciplina divina restauraria os instáveis israelitas à razão e a Deus.Nas mãos de Hazaeh A protetora mão do Senhor foi retirada de Israel, e a HazaeS foi permitido ser bem-sucedido nas guerras contra jeoaeaz. Essa situação perdurou durante os dias de Hazael e de seu filho Ben- íladade Ui. |
2Rs.13:4 | 4. Ouviu. O Senhor é Deus de misericórdia e bondade. Ele sempre está disposto a perdoar quando os pecadores se arrependem e se voltam a Ele. Quando Jeoaeaz se voltou para Deus, o Senhor, em sua bondade, dirigiu os eventos e livrou Israel. |
2Rs.13:5 | 5. Uni salvador. É possível que a referência seja a Adad-Nirari UI, que, de acordo com o Canon Epônimo assírio ou lista litmnu (ver p. 38, 139), governou a Assíria de 810 a 782 a.C. No quinto ano de seu reinado, Adad-Nirari 111 escreveu sobre uma grande campanha no Mediterrâneo, durante a qual o rei da Síria se tornou seu vassalo efoi. forçado a pagar pesado tributo. Essa submissão da Síria à Assíria teria posto um fim às invasões da Síria contra Israel.Suas tendas (ARC). As casas ou lares deles (ver 1 Rs 8:66). |
2Rs.13:6 | 6. Poste-ídolo. Do heb. 'asherah. Jeú permitiu a permanência desses símbolos pagãos em Samaria. O asherah era uma árvore sagrada, símbolo do princípio produtivo na natureza, uma característica de destaque nos cultos de fertilidade orientais (ver com. de Ex 34:13). |
2Rs.13:7 | 7. Cinquenta cavaleiros. De acordo com o registro assírio, Acabe tinha 2 mil carros e uma infantaria de 10 mil na época da batalha de Qarqar. Em resultado dos desastrosos combates com a Síria, Israel perdeu praticamente todos os seus carros e a cavalaria. isso equivalia praticamente a um desarmamento completo, que deixou Israel quase totalmente sem defesa.Como o pó. Unia iigura de linguagem que denota a extrema crueldade da Síria. Por causa da crueldade em trilhar "Giieade com trilhos de ferro” (Am 1:3), o profeta A mós pronunciou o julgamento do Senhor contra Damasco pouco tempo depois (Am 1:4, 5). |
2Rs.13:8 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.13:9 | 9. Jeoás. O fato de ter nascido durante o reinado de joás, de Judá, sugere que Jeoás pode ter recebido esse nome depois daquele governante, e assim, isso indicaria um período de estreita amizade entre as duas nações. |
2Rs.13:10 | 10. Trigésimo sétimo ano. Para o cálculo do reinado de Jeoás, ver p. 131, 132.Joás [...] jeoás. Essa distinção na grafia deve ser notada com cuidado a fim de não confundir os dois reis, de Judá e Israel, respectivamente. |
2Rs.13:11 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.13:12 | 12. Quanto aos mais atos de jeoás. A fórmula usual para finalizar o registro do reinado de um rei ocorre nos v. 12 e 13. Um registro formal de jeoás, de Israel, é encontrado nos v. 10 a 13. jeoás é mencionado novamente no v. 25, mas em uma seção que trata principalmente das opressões da Síriadurante seu reinado e o de jeoacaz (v. 22-25) e ainda em 2 Reis 14:8 a 14 quando se fala do reinado de Amazias, de Judá. No entanto, essa última seção é seguida por outra fórmula final oficia] do reinado do próprio Jeoás (2Rs 14:15, 16) com praticamente as mesmas palavras (2Rs 13:12, 13). |
2Rs.13:13 | 13. E no seu trono se assentou. Esta afirmação difere da fórmula fixa “Jeroboão, seu filho, reinou em seu lugar” (2Rs 14:16). O Talmude (Seder O lam) e o erudito judeu Ivimchi sugerem que jeoás associou a si, no trono, seu filho Jeroboão. |
2Rs.13:14 | 14. Chorou. Indica que Eliseu morreu enquanto jeoás, de Israel, ainda vivia. Jeoás reconhecia no idoso profeta um valioso conselheiro e auxiiiaclor e percebeu que a morte do homem de Deus era uma trágica perda a Israel.Meu pai! Um título de respeito. O idoso profeta era um tipo de pai sábio e compreensivo. Sempre que o rei se via em dificuldades, ia ao profeta em busca de orientação e apoio, jeoás estava longe de ser justo, mas foi atraído a Eliseu e reconhecia nele um verdadeiro servo de Deus.Carros de Israel. Esta afirmação sugere que jeoás, por causa de seus reveses. foi levado a reconhecer que o profeta e seu Deus significavam mais para Israel do que qualquer quantidade de cavalos e carros. Nessa época, Israel foi privado da maioria de seus cavalos e carros (v. 7). Para Israel, a presença de Eliseu simbolizava a presença do Senhor. Por meio de seu ministério, o profeta se esforçara em conduzir o rei e o povo à percepção de que somente em Yahweh a nação encontraria sua verdadeira força e proteção. |
2Rs.13:15 | 15. Toma um arco e flechas. Atos simbólicos gravam mais vividamente a verdade do que afirmações abstratas. Há muito se reconhece o valor dos recursos visuais. Esses dispositivos foram empregados por Deus desde os tempos antigos. A ação neste verso carregava um elemento adicional de valorinstrutivo. O próprio rei participou, e isso imprimiu a profecia em sua mente e levou ao seu coração a lição de que o sucesso futuro dependería do modo como ele trabalharia com as orientações divinas. |
2Rs.13:16 | 16. Sobre as mãos do rei. Para impressionar o rei; se ele fizesse conforme a orientação do Senhor, Deus o guiaria, fortalecería e lhe daria sucesso. |
2Rs.13:17 | 17. Oriente. A leste estava Gileade, sob o domínio da Síria. O rei deveria dirigir seus esforços para o leste, para libertar as cidades além do Jordão que eram controladas pela Síria.Vitória do Senhor! Eliseu, inspirado por Deus, predisse a vitória de Israel sobre Damasco enquanto o rei atirava sua flecha para o leste, seguindo a ordem do profeta.Afeca. Várias cidades distantes receberam esse nome (ver com. de ISm 4:1). A cidade em questão podería estar seis quilômetros ao leste do mar da GaliJeia, na estrada que liga o vale do Jordão a Damasco. Também poderia ser a Afeca onde os siros foram derrotados por Acabe (IRs 20:26-34) e onde Acabe foi exeessivamente misericordioso com eles. Atualmente o sítio é chamado de i iij. |
2Rs.13:18 | 18. Atira contra a terra. Este foi outro ato simbólico para indicar que a v itória sobre a Síria não seria fácil. A libertação completa não vi ria senão como resultado de esforço longo e constante. (9 rei estava sendo testado.Cessou. Jeoás parou cedo demais. Foi- lhe dito que atirasse no chão, mas ele decidiría quantas vezes atiraria. Isso determinaria o resultado final. Se ele fosse agressivo e determinado, perseverando até alcançar o objetivo, obteria completa vitória sobre seu inimigo e a Síria nunca mais seria uma ameaça a Israel. |
2Rs.13:19 | 19. Cinco ou seis vezes. A vitória completa exigiría mais esforço do que a recuperação de uma região do outro lado do Jordão. Isso significaria um ataque à própria Síria,até que a nação fosse consumida e não pudesse mais se levantar como uma ameaça a Israel e a seus vizinhos. A lição de jeoás é para todas as pessoas. Os resultados na obra do Senhor estão em direta proporção ao esforço empreendido. O Senhor pede esforço contínuo, perseverante e cuidadoso. A obra se atrasa porque os trabalhadores na vinha do Senhor se cansam cedo. Se todo obreiro colocasse tudo o que tem na tarefa de salvar pessoas, os resultados seriam até dez vezes maiores. Deus obtém vitórias da graça por meio de Seus servos apenas quando eles se doam em completa consagração e trabalham com incansável vigor e zelo. |
2Rs.13:20 | 20. Morreu Eliseu. O profeta não teve o privilégio de entrar na carruagem de fogo. Seu destino foi sofrer de uma doença por muito tempo e morrer. Muitos devotados filhos de Deus têm sido chamados a passar por longas horas de enfermidade e sofrimento. Nem sempre o motivo é simples, mas, nesses momentos difíceis, o conforto pocle ser encontrado na compreensão de que Deus pode usar todas as coisas para o bem, mesmo as aflições do inimigo (Rm 8:28). Satanás deve ter permissão de tentar a fim de não alegar falta de justa oportunidade com toda alma. Esse princípio está claramente ilustrado na experiência de Jó (Jó 1, 2). Além disso, ele é comprovado na vida de pessoas boas que, a despeito disso, sofrem dor e angústia. O sofredor faz bem em meditar sobre as experiências dos servos de Deus. O profeta Eliseu, que foi um instrumento na cura de outras pessoas, até mesmo ressuscitando mortos, definhou de uma doença mortal. João Batista foi preso e brutalmente decapitado por causa da imprudência de um rei dissoluto. Paulo orava pela remoção do “espinho na carne, mensageiro de Satanás”, mas a resposta era negativa (2Co 12:7-10). Todos os discípulos morreram violentamente, com exceção de João, que foi torturado e exilado. Por fim, Jesusé o exemplo supremo que, apesar de ser o Filho de Deus, sofreu como nenhum outro descendente da humanidade seria chamado a sofrer. Ele mesmo declarou: "Não é o servo maior do que seu senhor” (Jo 15:20).Nos momentos finais da doença, Eliseu não se lamentou nem perdeu a fé em Deus. Ele sabia da presença constante do Senhor e de que os anjos estavam a seu lado. Assim como viveu, ele morreu: confiante, esperançoso e fiel, até o fim.Moabitas. Moabe estava a leste do curso inferior do Jordão e do Mar Morto (ver com. de 2Rs 3:4). Jorão e Josafá obtiveram certa vitória sobre os moabitas (2Rs 3:24), mas os inimigos se recuperaram e saquearam os territórios de Israel.À entrada do ano. O ano começava na primavera (ver p. 103), com o mês de nisã, aproximadamente o mês de abril. Esta era a estação das campanhas militares, porque a estação chuvosa cessara e as colheitas na Palestina estavam amadurecendo. Assim, os exércitos invasores ficavam fora de sua terra e, ao voltar, levavam consigo os novos estoques de grãos. |
2Rs.13:21 | 21. Reviveu. Este milagre teve um efeito profundo sobre os que o testemunharam e sobre os que se relacionariam com ele mais tarde. Era tempo de sofrimento e angústia. Os moabitas faziam expedições na terra e roubavam as novas colheitas. Era uma época em que as pessoas poderíam perguntar: Onde está o Deus de Eliseu? Onde estão os milagres do passado? A ressurreição do corpo evidenciou que o Deus de Israel não estava morto. Ele estava disposto a operar milagres. Se as pessoas dessem atenção às mensagens do profeta, Deus mais uma vez concedería vitória sobre o intruso e restauraria a segurança à região. |
2Rs.13:22 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.13:23 | 23. Teve misericórdia. Deus guarda um acurado registro de todas as nações, para ver se cumprirão o destino divino marcado para elas. A todos os reinos éconcedido um período de provação, ao final do qual, se falharem em viver à altura dos privilégios concedidos a eles, são removidos. Israel ainda não tinha chegado ao fim de sua provação. Ainda não era tarde demais para reparar as falhas do passado e cumprir os propósitos originais que Deus tinha em mente quando chamou Abraão, lsaque e Jacó.As pessoas, também, são provadas para ver se cumprirão o propósito divino. Para cada ser humano Deus assinalou um lugar específico em Seu plano. O ser humano é verdadeiramente bem-sucedido somente quando cumpre fielmente esse propósito apontado pelo Céu. Muitos foram para longe do modelo divino e, como o antigo Israel, foram dirigidos para o desastre. A misericórdia de Deus foi prorrogada, mas os dias são cruciais. Um dia, muito em breve, o fogo provará a obra do ser humanopara ver de que tipo é (iCo 3:13). Então, cada um será recompensado de acordo com sua obra (2Co 5:10; Ap 22:12).Ainda. Israel, até então, resistira a todos os esforços do Senhor para levá-lo ao arrependimento. No entanto, Deus continuou a ser misericordioso e lhe concedeu oportunidades para deixar a iniquidade a fim de que a nação não perecesse. |
2Rs.13:24 | 24. Ben-Hadade. Este era o Ben- Hadade III. O primeiro rei com este nome foi contemporâneo de Asa (1 Rs 15:18) e o segundo, de Acabe e Josafá (IRs 20:1, 34). Nas inscrições do rei assírio Adad-Nirari III, Ben-Hadade aparece com o nome Mari’, um título aramaico que significa "meu senhor’’. |
2Rs.13:25 | 25. Retomou. Eliseu predisse a vitória de Joás (v. 17). Se o rei de Israel tivesse confiado em Deus e ampliado suas vitórias, teria infligido um golpe esmagador e talvez mortal à Síria (v. 19).Capítulo 14] No segundo ano de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, começou a reinar Amazias, filho de Joás, rei de Judá.ainda sacrificava e queimava incenso nos altos. |
2Rs.14:1 | 1. No segundo ano de Jeoás. A história de Judá é resumida aqui, porque Amazias, de Judá, reinou depois que jeoás, de Israel,subiu ao trono (ver com. de 2Rs 13:10; sobre o método de cálculo do reinado cie Amazias, verp. 129, 130). |
2Rs.14:2 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.14:3 | 3. Não como Davi. “Não, porém, com inteireza de coração" (2Cr 25:2). O pecado notável de Amazias foi adorar os deuses de Edom depois de ter derrotado os edomi- tas e ameaçar a vida do profeta que reprovou sua deserção dos caminhos de Deus (2Cr 25:14-16). |
2Rs.14:4 | 4. Não se tiraram. Judá continuou a adorar nos lugares altos até que esses santuários foram removidos por Ezequias (2 Rs 18:4). |
2Rs.14:5 | 5. Uma vez confirmado. Houve, com certeza, um período de inquietação e confusão após o assassinato de Joás, de Judá (2Rs 12:20, 21), durante o qual o novo rei teve dificuldades em confirmar e manter seus direitos. Quando as dificuldades passaram e a autoridade do rei se estabeleceu em toda a nação, ele estava em condições de tomar medidas efetivas contra os assassinos de seu pai. |
2Rs.14:6 | 6. Filhos dos assassinos. A menção desse fato denota que era comum naqueles tempos matar pais e filhos por causa desse tipo de delito.Lei de Moisés. Ver Dt 24:16. |
2Rs.14:7 | 7. Ele feriu dez mil edomítas. Esta é uma breve alusão à guerra de Amazias com Edom (ver detalhes em 2Cr 25:5-13). De acordo com aquele registro, Amazias não somente feriu 10 mil como também tomou cativos outros 10 mil, que foram atirados do alto de uma rocha.Vale do Sal. A localização deste vale é incerta. Dois locais foram sugeridos: (1) uma área no extremo sul do Mar Morto; e (2) o Wadi el-MÜh (sai) a leste de Berseba.Sela. Literalmente, “rocha". Esta seria a famosa região de Petra, 82 km ao sul do Mar Morto. “Petra" é o nome grego para “rocha". Naquela época, a capital de Edom pode ter sido nessa área. |
2Rs.14:8 | 8. Enviou mensageiros. O registro em Crônicas oferece um relato mais completo dos motivos da guerra iminente. Além deseu grande exército, Amazias contratou “de Israel a soldo cem mil homens valentes por cem talentos de prata” (2Ci: 25:6). Uma vez que foi alertado por um profeta de que o Senhor não estaria com ele se essas forças de Israel o acompanhassem, o rei despediu os homens. Revoltados com o tratamento, os soldados que retornaram atacaram e saquearam várias cidades de judá (2Cr 25:7-10, 13). Amazias, estimulado pelo sucesso contra Edom e furioso com a devastação das cidades de judá pelos israelitas despedidos, decidiu guerrear contra Israel.Vem, meçamos armas. Um desafio para guerrear. A linguagem sugere um convite ao combate pessoal. |
2Rs.14:9 | 9. Cardo. O rei de Israel respondeu enviando uma mensagem que expressava seu desdém pelo rei de Judá. Amazias fora bem-sucedido contra Edom? jeoás também fora bem-sucedido contra os mais fortes reis da Síria. Sua resposta foi a de um nobre cavalheiro que considera insulto ser desafiado por um inimigo tão indigno. O cedro era a mais majestosa, forte e alta árvore da Palestina. O cardo era um arbusto inferior, inútil e desprezível, que se pisoteava.Dá tua filha. Josafá fez aliança com Acabe. O acordo foi selado com o casamento da filha de Acabe, Ataíia, com o filho de Josafá, jeorão (2Rs 8:18, 26; 2Cr 18:1). As famílias reais mostravam amizade mútua ao dar os mesmos nomes aos filhos: Jeorão e Acazías em Judá, e Acazias e Jeorão em Israel. O rei de Israel, a quem Amazias declarava guerra, levava o mesmo nome que o pai de Amazias, jeoás, sugerindo um contínuo período de amizade entre os dois reinos. E possível que Amazias tenha feito propostas a jeoás sobre uma afiança formal a ser selada pelo casamento da filha de Jeoás com o filho de Amazias. Se Ioi assim, Jeoás estava agora provocando a Amazias a respeito da proposta. |
2Rs.14:10 | 10. Teu coração se ensoberbeceu. Jeoás estava chamando a atenção para os reais latos em questão. A vitória cie Amazias sobre Edom “subiu à sua cabeça”. Sendo bem-sucedido nessa guerra contra Edom sem o auxílio das torças de Israel, Amazias sentia que poderia facilmente humilhar a Jeoás.Por que provocarias [—]r Os problemas muitas vezes são criados pelos próprios seres humanos. Não havia motivo para )udá se engajar em guerra contra Israel. Jeoás fez bem em não aceitar o desafio e em alertar Amazias de que ele estava atraindo problemas para si mesmo e para sua nação. |
2Rs.14:11 | 11. Não quis atendê-lo. Os sentimentos de á\mazias loram aguçados e, como resultado, a razão ficou em segundo plano. Ele estava agindo como uma criança mimada e se recusava a ouvir o conselho oferecido pelo homem com quem ele queria entrar em batalha.Bete-Semes. Uma cidade 24 km a oeste de Jerusalém. Jeoás não esperou pelo ataque, mas enviou seus exércitos do sul, pretendendo se aproximar de Jerusalém pela antiga estrada que passava através do vale de Soreque. Essa é a rota seguida pela ferrovia de jafa a Jerusalém, atualmente. O sítio arqueológico de Bete-Semes, hoje Jell er- Rumeileh, foi escavado de 1928 a 1933. |
2Rs.14:12 | 12. Foi derrotado. Os resultados vieram como preditos por Jeoás. Amazias se intrometeu para seu próprio mal, e Judá pagou o preço pela insensatez de seu rei. |
2Rs.14:13 | 13. Prendeu Amazias. Nos tempos antigos, as guerras eram travadas com grande vigor e os reis e comandantes iam para 1 rente de batalha com suas tropas. Acabe, de Israel, e Josias, de judá, perderam a vida em batalha (1 Rs 22:34-37; 2Rs 23:29) e a de Josafá foi seriamente ameaçada (lRs 22:32, 33).Porta de Efraim. Esta era uma grande seção que ia do muro norte ao extremo oeste ou do muro ocidental ao extremo norte. O objetivo dessa destruição era evidentementedeixar a capital de Judá à mercê de Israel. A perda dessa porção do muro era uma grande humilhação para o povo de Judá.Quatrocentos côvados. Cerca de 180 metros. |
2Rs.14:14 | 14. O ouro, e a prata. Esse incidente ocorreu somente alguns anos depois que Jeoás enviou os tesouros do templo a 1 lazael para assegurar a saída do rei da Síria de Jerusalém (2Rs 12:18). Os tesouros acumulados desde aquela época caíram em mãos inimigas.Reféns. Fazer reféns era uma prática comum nos tempos antigos. Estes prisioneiros foram selecionados dentre os proeminentes cidadãos do país. Dessa lorma, os vencedores esperavam manter o bom comportamento dos derrotados. Não somente o orgulhoso Amazias foi humilhado, mas toda a nação de judá teve que sofrer severamente por causa do imprudente desafio do rei a jeoás. |
2Rs.14:15 | 15. Os mais atos. Os v. 15 e 16 interrompem o registro do reinado de Amazias, que continua no v. 17. Eles contêm a fórmula de encerramento do rei nado de jeoás que já havia sido apresentada (2Rs 13:12, 13). A repetição desta fórmula é considerada por alguns como uma indicação de uma corrcgência de Jeroboão II com seu pai Jeoás (ver p. 66, 67). |
2Rs.14:16 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.14:17 | 17. Quinze anos. Este é o único lugar nos registros dos reis em que aparece um detalhe dessa natureza. |
2Rs.14:18 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.14:19 | 19. Conspiraram. Amazias estava longe de ser popular em judá. ü imprudente desafio a Jeoás, a derrota desastrosa, a humilhação ligada à destruição de grande parte do muro de Jerusalém, a apreensão dc reféns e a perda dos tesouros do templo e do palácio Foram fatos que contribuíram para despertar o ódio do povo contra o governante.Laquis. Uma cidade .identificada com Tell ed-Duweir, 43 km a sudoeste de Jerusalém. |
2Rs.14:20 | 20. Sobre cavalos. Laquis estava ligada a Jerusalém por uma rodovia que levava, aleste, para o planalto central e, ao norte, para a capital. Miqueias menciona carros em Laquis na alusão profética à cidade (Mq 1:13). |
2Rs.14:21 | 21. Todo o povo. Esta afirmação sugere um movimento popular em que toda a nação estava envolvida. Quando um rei morre e seu filho sobe ao trono, não há necessidade de mencionar o fato em que todas as pessoas estavam envolvidas. Sobre uma possível corregência de Azarias com seu pai, desde o tempo da captura de Amazias (v. 13), ver com. de 2 Crônicas 25:27 e de 26:1. |
2Rs.14:22 | 22. Elate. Uma cidade no golfo de Aqaba, próxima a Eziom-Geber (Dt 2:8), na terra de Edom (IRs 9:26). E possível que tenha caído nas mãos de Israel quando Davi conquistou Eclom (2Sm 8:14). Salomão utilizou essas instalações portuárias (IRs 9:26; 2Cr 8:17, 18). A cidade foi perdida para Judá quando Edom se revoltou contra Jeorão (2Rs 8:20-22). |
2Rs.14:23 | 23. Jeroboão. O mesmo nome do primeiro rei de Israel (IRs 12:20). Algumas vezes ele é chamado de Jeroboão II pelos eruditos, para distingui-lo do primeiro. Jeroboão 11 pode ter recebido o nome em homenagem ao fundador do reino de Israel; e, ao dar esse nome ao filho, o pai podería esperar que seu sucessor fosse um segundo fundador e que conduzisse a nação a uma nova era de força e prosperidade. |
2Rs.14:24 | 24. Mau. Esta é a condenação habitual dos governantes do reino do norte. Na longa linhagem dos reis de Israel, não há nenhum de quem pudesse ser dito que ele fez o que era reto aos olhos do Senhor. Jeroboão era da dinastia de jeú, mas seguiu nos maus caminhos da dinastia de Onri e Acabe, que Jeú destruiu. |
2Rs.14:25 | 25. Limites, jeroboão I I restaurou a nação a seus limites originais.A entrada de Hamate. Esta expressão é utilizada para designar a extremidade norte da nação (ver com. de Nm 34:8; ver tambémJs 13:5; Jz 3:3; 1Rs 8:65; e Am 6:14). Ezequiel também coloca Hamate como o limite norte do estado (Ez 47:16; 48:1). No reinado de Salomão, a nação alcançou essa região como sua fronteira (2Cr 8:3, 4).Mar da Planície. O Mar Morto, ou Mar Salgado (ver Nm 34:12; Dt 3:17; 4:49; Js 3:16, ARA). O território a leste do Jordão foi perdido durante os reinados de Jeú (2Rs 10:32, 33) e Jeoacaz (2Rs 13:3, 25) e parcialmente reconquistado por jeoás (2 Rs 13:25).Jonas. Este foi o profeta enviado a Nínive (Jn 1:1, 2). Teve um ministério mais longo do que é apresentado no livro que leva seu nome. A observação de que o ministério de Jonas ocorreu durante o reinado de jeroboão II permite fixar a data aproximada dos incidentes registrados no livro de Jonas.De acordo com a tentativa de cronologia empregada neste Comentário, os reis que governaram a Assíria durante o reinado de Jeroboão II são Adacl-Nirari III, 810-782; Salmanesser IV, 782-772; Assur-Dan III, 772- 754; e Assur-Nirari V, 754-746 (ver p. 62).Gate-Hefer. Um lugar nas fronteiras de Zebulom (Js 19:13), 4,4 km ao norte, pelo leste de Nazaré. Um suposto túmulo de fonas ainda pode ser visto ali. O local se chama Khirbet ez-Zurra, no árabe moderno. |
2Rs.14:26 | 26. Viu o Senhor que a aflição. Deus não permite que o fogo da ai lição queime mais do que o necessário para consumir as impurezas. Se o pecador reage a castigos leves, os julgamentos severos se tornam desnecessários. Por outro lado, recusar persistentemente o arrependimento em provas mais fáceis exige que as aflições venham com mais intensidade. Esse foi o caso de Israel. As calamidades menores não foram suficientes para realizar reformas duradouras, e a nação, por causa da rebelião contínua, se aproximava rapidamente da condenação final e da completa destruição. Parece que o temporário alívio com jeroboãofoi designado a dar urna demonstração do que Deus esperava fazer pela nação rebelde, mesmo nessa última hora. Ainda não era tarde demais, mas a paciência divina já estava quase no limite. O fim estava chegando em ritmo acelerado.Esse foi um período de intensa atividade profética. Em tempos de crise e necessidade, Deus provê direção divina especial. Além dos pronunciamentos proféticos de jonas, as profecias de Oseias e Amós também são desse período. As mensagens desses profetas lançam luz adicional às condições da época.Nem escravo, nem livre. O significado exato desta frase não é claro. Parece denotar que a calamidade viria sobre todos (ver Dt 32:36; lRs 14:10; 2Rs 9:8). As duas idéias parecem ser contrárias, significando, ‘'aquele que está preso e aquele que está solto". |
2Rs.14:27 | 27. Não falara. Deus ainda não havia decretado a destruição de Israel. Pelo contrário, Ele designou uma prosperidade temporária para estimular Israel a se voltar para o Céu. As fronteiras restauradas deveríam ser um antegozo das bênçãos futuras na condição de obediência. O escritor parecia ter em mente Deuteronômio 32:36 a 43. Ainda não havia chegado o tempo para o Senhor apagar o nome ‘'de Israel de debaixo do céu’' (Dt 29:20).Porém os livrou. Essa prosperidade veio a despeito da impiedade de Jeroboão (ver v. 24). O ímpio nunca sabe até que ponto deve as bênçãos às prósperas mãos divinas. As vitórias não eram indicação de que Deus aprovava o rumo do rei e do povo. Em vez disso, essas vitórias eram novos convites divinos para que o povo retornasse ao propósito original de seu chamado. |
2Rs.14:28 | 28. Tudo quanto fez. Jeroboão fez muito para fortalecer a nação, mas o registro de seu reinado é breve. O sucesso nacional foi seguido de orgulho nacional, condenado fortemente pelos profetas daquele tempo (Os 5:5; 7:10; Am 6:13).Reconquistou Damasco e Hamate.Esta afirmação aponta ao extremo norte do reino de Judá nessa época. Damasco foi colocada sob o controle de Israel por Davi (2Sm 8:6) e continuou a ser parte do império de Salomão (lRs 11:23, 24). O reino de Salomão também incluía Hamate (2Cr 8:4). Não está claro se a referência é à cidade ou ao distrito de Hamate (ver com. do v. 25). A cidade de Hamate está cerca de 200 km ao norte de Damasco (ver "Império de Davi e Salomão”, p. 843). Tiglate-Pileser 111, da Assíria (745-727 a.C.), afirmou ter anexado "19 distritos de Hamate, junto com as cidades de seus arredores [...] que subiram para Azriau”. E possível que esse Azriau fosse Azarias, ou Uzias, de juclá, apesar de haver controvérsias entre os eruditos quanto a esta identificação (ver com. de 2Rs 16:5).Se essa afirmação se refere a Azarias de Judá, ele atribui a Judá o controle do território de Hamate na época da campanha de Tiglate-Pileser. Parece que Israel e judá estavam competindo pelo controle dessa área ao norte, com Jeroboão, de um lado, conseguindo arrancar o controle de sua rival ao sul. Mais tarde, Judá deve ter retomado o controle porque a campanha de Tiglate- Pileser contra esse território ocorreu em 743 a.C. Isso foi 10 anos depois da morte de Jeroboão, de acordo com a cronologia empregada neste Comentário. Sugere-se que o interesse de Judá nessas áreas ao norte poderia estar associado às atividades assírias desenvolvidas ali. Pode ser que Azarias, de Judá, tenha desempenhado um papel de liderança na coalizão ocidental contra a agressão assíria e que os menores estados do norte da Síria o reconhecessem como soberano ou pelo menos que Azarias reivindicasse essa posição social em troca do auxílio para se opor ao agressor assírio. Israel se ressentiu com esse interesse de judá nos estados ao norte de sua fronteira e, em determinado momento, conseguiu controlar o território.Capítulo 15poderosos e ricos, cinquenta sidos de prata por cabeça; assim, voltou o rei cia Assíria e não se demorou a li na terra. |
2Rs.14:29 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:1 | 1. Azarias. Também chamado de U/.ias (v. 13, 30, 32, 34). A forma mais curta é utilizada em Crônicas (exceto na genealogia de Davi, iCr 3:12) e em Isaías, Oseias, Amós e Zacarias. Este é um de muitos exemplos de formas variantes cie nomes. |
2Rs.15:2 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:3 | 3. O que era reto. Somente durante parte de seu reinado (ver com. do v. 5). "Nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar" (2Cr 26:5). |
2Rs.15:4 | 4. Não se tiraram. Nem todos os lugares altos eram santuários idólatras.Abel-Bete-Maaca, a janoa, a Quedes, a Hazor, a Gileade e à Galileia, a toda a terra de Nafta li, e levou os seus habitantes para a Assíria.Eram locais não autorizados para a adoração, onde o povo oferecia sacrifícios e deixava de ir ao templo cm Jerusalém (ver com. de 2Rs 12:3). |
2Rs.15:5 | 5. Feriu ao rei. Para o registro completo deste incidente, ver 2 Crônicas 26:16 a 21. Azarias se orgulhava de seus sucessos em batalha. Enquanto oferecia incenso no templo, foi acometido de lepra.Casa separada. A lei hebraica exigia que os leprosos habitassem sozinhos, “lora do arraial" (Lv 13:46).Cargo da casa. Jotão se tornou regente, governando a nação a partir do momento em que seu pai ficou leproso.Governava o povo. O rei era o juiz supremo da nação. Jotão assumiu todas as responsabilidades da realeza, apesar de seu pai Azarias ainda ser considerado rei. |
2Rs.15:6 | 6. Os mais atos. Entre eles estão os sucessos de Azarias na guerra contra os filis- teus, árabes e meunitas; a extensão de seu poder sobre Amom; o fortalecimento das fortificações de Jerusalém; seu interesse na pecuária e agricultura; a construção de torres protetoras em áreas desertas; a reorganização e o reequipamento de seu exército; a construção de mecanismos para disparar as armas; e a tentativa de oferecer incenso no templo, resultando em lepra; bem corno os detalhes de seu enterro (2Cr 26:1-23). |
2Rs.15:7 | 7. Descansou Azarias. Isaías recebeu a visão divina no ano da morte de Azarias (ver com. do v. 1; cf. Is 6:1, 8).I lá algumas décadas, uma placa de pedra bem esculpida foi encontrada em Jerusalém, com a inscrição: "Os ossos de Uzías [Azarias], rei de Judá, foram trazidos para cá. Não abra!" Uma vez que a inscrição foi escrita em letras quadradas características do aramaico do tempo de Cristo, a placa deve ter sido preparada nesse tempo. Indicava, provavelmente, o local de onde os ossos de Uzias foram tomados após a sepultura original ter sido saqueada e se deteriorado por alguma outra razão. |
2Rs.15:8 | 8. Seis meses. Israel estava entrando no último período negro de sua história. Rei após rei seguia em rápida sucessão e os assassinatos eram a prática comum da época. |
2Rs.15:9 | 9. O que era mau. Isto é tudo o que sc registra do último rei da casa de Jeú. A iniquidade tinha se banalizado e logo arruinaria a nação. |
2Rs.15:10 | 10. Salum. Nada se sabe sobre os ancestrais de Salum. O nome dos pais não oferece indicação.Diante do povo. Do heb. Qabal-'am, esta frase não é traduzida em alguns cios manuscritos gregos, que adicionam o nome Keblaam depois de Jabes. Uma versão posterior interpreta como en leblaam, "em Ibleão" (ver 2Rs 9:27). O hebraico sugere que o assassinato foi realizado em público. Esse procedimento é uma indicação da terrível corrupção e da decadência prevalecen- tes. Ávida humana era tida em pouca conta e o sangue corria livremente. Na morte do rei Zacarias se cumpriu a preclição de que o Senhor castigaria, “pelo sangue de Jezreel, a casa de Jeú’’ (Os 1:4); e também a profecia: “levantar-Me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão” (Am 7:9). |
2Rs.15:11 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:12 | 12. A palavra que o Senhor falou. Ver 2Rs 10:30. Os descendentes de jeú que governaram sobre Israel foram Jeoacaz, Jeoás, jeroboão e Zacarias. |
2Rs.15:13 | 13. Um mês. Literalmente, “um mês de dias’’. Salum era um assassino e por outro assassino seu sangue foi derramado após apenas um mês de reinado. Quando as pessoas abandonam a lei do Senhor, a vida não é segura e leliz, nem para o rei nem para seu povo. As pessoas percebiam os problemas da época, mas tentavam corrigir o mal com o mal. Como resultado, a situação foi. de mal a pior até que toda a nação foi tragada pela ruína. |
2Rs.15:14 | 14. Tirza. A primeira capital desde Jeroboão até Onri (IRs 14:17; 16:8, 9, 15, 17, 23). A localização exata não é conhecida, mas o local pode ser identificado com Tell el-Fârah, um grande monte 11 km a noroeste de Siquém, onde a França realizou escavações a partir de 1946.Feriu all a Salum. josefo afirma que Mcnaém foi o general do exército (Antiguidades, íx.lJ.l). Os homens dessa época ansiavam por poder e nada temiam ao buscar seus objetivos. Foi uma época em que os juízos de Deus se multiplicavam pela terra. Os mandamentos do Senhorforam rejeitados e a lei dos homens era de pouco valor (ver GC, 584). |
2Rs.15:15 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:16 | 16. Tifsa. Esta não é a cidade mencionada por Salomão em 1 Reis 4:24, porque aquela, conhecida como Tapsaco, estava à beira do rio Eufrales. Nessa época, Menaém não conseguiría abrir caminho em terras tão distantes. A menção da cidade em ligação com Tirza sugere que as duas cidades eram próximas. Alguns identificam Tiísa com Khirbet Tafsa, uma aldeia 11 km a sudoeste de Siquém. Outros seguem a versão de Luciano, que interpreta lafoe e a identifica com ’lapua (BJ), hoje Sheikh Abu Zarad, 12 km a sudoeste de Siquém.Não lha abriram. Como recusou abrir- lhe suas portas, Menaém fez dessa cidade um exemplo para as demais, destruindo-a severa mente.Fez rasgar. Tal crueldade selvagem era típica dos costumes bárbaros da época (ver 2Rs 8:12; Os 13:16; Am 1:13). |
2Rs.15:17 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:18 | 18. Não se apartou. A mudança de uma dinastia para outra não melhorou a situação. A nação não precisava mudar os reis. mas o coração. |
2Rs.15:19 | 19. Pul. Ao comparar documentos babi- lônicos e assírios, vários eruditos modernos concluem que “PuT era simplesmente outro nome de Tiglate-Pileser 111 (ver p. 44, 140- 144; ver também em iCr 5:26).Mil talentos. Esta quantidade corresponde a 34 mil quilos de prata. As inscrições assírias ialam da derrota de “Menihimme de Samerina", ou "Menaém de Samaria", nas mãos de Tiglate PiJcser, que lhe impôs tributo em ouro, prata e vestes de linho (ver p. 68, 69, 143). Décadas antes, Adad-Nirari 111 linha obtido 2,3 mil talentos de prata e 20 talentos de ouro do rei de Damasco. |
2Rs.15:20 | 20. Para cada homem (ARC). Um talento de prata equivalia a 3 mil sidos. Essa taxa especial sobre os homens ricos ainda envolvería 60 mil pessoas. A ganância pelo ganho, acrescida à vida luxuosa e à opressãoao pobre, era um dos grandes males da época constantemente denunciados pelos profetas (ver Am 2:6; 3:15; 5:11, 12; 6:4; 8:6). |
2Rs.15:21 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:22 | 22. Pecaías. Dos últimos cinco reis de Israel, Pecaías foi o único que herdou o trono de seu pai. Todos os outros obtiveram a realeza assassinando os antecessores. |
2Rs.15:23 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:24 | 24. O que era mau. Esta breve afirmação constitui todo o relato do reinado desse monarca de Israel. Nesse tempo, as pessoas se entregaram completamente à iniquidade. O chamado do Senhor ao arrependimento caiu em ouvidos surdos. Apesar de o Senhor ter sido paciente, com Israel, o julgamento divino estava prestes a cair sobre a nação. |
2Rs.15:25 | 25. Capitão. Do heb. shalish, literal- mente, “terceiro". Talvez um oficial importante (ver com. de Ex 14:7). No caso de Jorão, o shalish era o assessor do rei, mencionado como o “capitão em cujo braço o rei se apoiava'' (ver com. de 2Rs 7:2). Quando Jeú matou a Jorão, B.idear, seu shalish, foi ordenado a se desfazer do corpo do rei (2Rs 9:24, 25).Argobe e com Arié. O significado destas palavras não é claro. Podem ser nomes de pessoas ou lugares.Cinquenta homens. Possivelmente membros da guarda real que conspiraram com Peca contra a vida de Pecaías. |
2Rs.15:26 | 26. Quanto aos mais atos. EeJizmente, o registro da vida desses reis ímpios é breve. Suas obras foram más e havería pouca edificação em transmitir à posteridade o registro de suas iniquidades. |
2Rs.15:27 | 27. Peca. Para o sincronismo da ascensão de Peca e o período coberto por esse reinado, ver p. 69. 70, 133, 134. |
2Rs.15:28 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:29 | 29. Veio Tiglate-Pileser. Isto ocorreu possivelmente rnaís ao final do reinado de Peca, porque Tiglate-Pileser declarou que o povo de Israel “derrubou seu rei Peca" e colocou Oseias, filho de Elá, como rei.A Ijon, a AbeJ-Bete-Maaca. Cidades próximas à fronteira de Nahali, no extremo norte. Elas estavam entre aquelascompletamente destruídas por Ben-Hadade durante o reinado de Baasa (ERs 15:20). A primeira cidade pode ter sido Tell ed- Dibbin, e a segunda, Tell Abil (ver com. de 1 Rs 15:20).janoa. Ao norte de I srael, não identificada.Quedes. Uma cidade 6,5 km a noroeste do antigo lago Hulé, tomada por Josué (Js 12:22) e atribuída à tribo de Naftali (js 19:37). É chamada de Quedes de Naftali (ver Jz 4:6) para distingui-la das outras cidades com mesmo nome. Quedes é conhecida como íell Ocides.Hazor. Tell Waqqâs, 6,1 km a sudoeste do antigo lago Hulé.Terra de Naftali. A aflição (Js 9:1) que o Senhor fez cair sobre Zebulom e Naftali foi esta incursão de 1'igIate-Pileser mencionada aqui.E levou os seus habitantes. Era costume dos assírios transportar cativos dos territórios conquistados, na tentativa de desencorajar rebeliões. O cativeiro mencionado neste verso foi o primeiro de uma série, que terminou com a completa destruição de Israel e judá. Os juízos cumpriram a predi- ção de Moisés (Dt 28:37, 64, 65). Os “rube- nitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés” foram levados por Tiglate-Pileser (lCr 5:26). |
2Rs.15:30 | 30. Conspirou. Tiglate-Pileser III afirmou que colocou Oseias no trono de Israel (ver com. do v. 29). E possível que Oseias tenha sido forçado a reconhecer a suserania do rei assírio antes que lhe fosse permitido ter acesso ao trono.Vigésimo ano de Jotão. Ver com. do v. 33. |
2Rs.15:31 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.15:32 | 32. No segundo ano. Depois de registrar Azarias, de Judá, o relato bíblico seguecom o reinado de cinco reis de Israel que subiram ao trono durante o reinado de Azarias. O último deles, Peca, começou a reinar no 52° ano de Azarias (v. 27), que foi o ano de sua morte (v. 2). A partir deste versículo, o registro volta a judá e ao reinado de Jotão, que sucedeu a seu pai Azarias.A reinar. Jotão começou a administrar quando Uzias foi acometido de lepra e forçado a morar em uma casa separada (v. 5). |
2Rs.15:33 | 33. Dezesseis anos. Para comparar esta afirmação com o registro da ascensão de Oseias no 20° ano de Jotão (v. 30), ver p. 133, 134. |
2Rs.15:34 | 34. O que era reto. Durante os anos em que Israel foi governado por reis que subiram ao trono por meio de assassínio e que propagaram a maldade em seu reinado, judá foi abençoado grandemente pelos descendentes da linhagem de Davi que temiam a Deus e eram fiéis a Ele. |
2Rs.15:35 | 35. Porta de Cima. E possível que corresponda à “porta superior de Benjamim’' (Jr 20:2). No livro de Ezequiel, os seis homens com suas armas “esmagadoras'’ vinham a caminho da “porta superior, que olha para o norte" (Ez 9:2). |
2Rs.15:36 | 36. Quanto aos mais atos. Ver 2Cr 27:3-6. |
2Rs.15:37 | 37. Rezim, rei da Síria. A aliança entre Rezim e Peca começou no reinado de Jotão e culminou com o de Acaz (2Rs 16:7-9; Is 7:1). Sabe-se que os eventos ocorridos em Judá, Israel e nas nações vizinhas estavam intimamente relacionados às atividades assírias no território mediterrâneo. Tiglate-Pileser foi agressivo e decidiu colocar todos os territórios ocidentais sob jugo assírio. Rezim é mencionado nas inscrições de Tiglate- Pileser como Rahiami de Damasco.Capítulo 16I O ímpio reinado de Acaz. 5 Acaz, atacado por Rezim e Peca, chama Tiglate-Pileser para. ajudá-lo. 10 Acaz envia o modelo de um altar de Damasco ao sacerdote Urias e se apropria, do altar de bronze. 17 Ele despoja o templo. |
2Rs.15:38 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.16:1 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.16:2 | 2. Não fez o que era reto. Vários dos reis de Judá foram relativamente justos; mas? a partir daqui, muitos foram maus. O reinado de Acaz marcou o início do declínio final da nação. Ezequias e Josias se esforçaram para deter a maré de iniquidade, mas os efeitos foram passageiros. Uma nação não pode resistir por muito tempo sem justiça e boa liderança. As pessoas más trazem sobre si, automaticamente, a ruína. |
2Rs.16:3 | 3. Dos reis de Israel. Acaz “fez [...] imagens fundidas a baalins" (2Cr 28:2), imitando as práticas de Acabe e jezabel era Israel.Queimou. "Queimou a seus próprios filhos” (2Cr 28:3). Esta abominaçâo era comum entre as nações da Palestina (Dt 12:31; 2Rs 3:27). Manassés foi culpado da mesma ofensa (2Rs 21:6). A prática ainda existia nos dias de jeremias (Jr 7:31). Estes rituais horríveis foram proibidos aos israelitas sob pena de morte (Lv 18:21; 20:2). |
2Rs.16:4 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.16:5 | 5. Subiu. Ver 2Rs 15:37; ls 7:1. O objetivo desta ousada invasão era instalar uma nova dinastia em Jerusalém e acabar com. a dinastia de Davi (ls 7:6). Fontes assírias indicam que Azarias tomou firme posição contra a Assíria (ver com. de 2Rs 14:28), caso “Azariau de lauda" seja identificado com Azarias de Judá. Essa política de resistência continuou com Jotão. No tempo de Acaz, no entanto, parece ter sido adotada uma política pró Assíria. Israel e Síria podem ter atacado Acaz por causa das tendências dele a favor dos assírios. Por meio do profeta Isaías, o Senhor enviou mensagens de encorajamento a Acaz, informando-o que Israel e Síria não teriam sucesso ao atacar o reino de Judá (ls 7:4-7; 8:4).Não puderam prevalecer. Israel e Síria conseguiram fazer muitos cativos (2Cr 28:5-8). Além desse problema que vinha do norte, os edomitas do sul e os fílisteus do oeste perseguiram Judá (2Cr 28:17, 18). Alguns sugerem que osestados do litoral mediterrâneo entraram em confederação contra a Assíria e estavam tomando medidas conjuntas contra Acaz por causa de sua recusa em ajudá-los a resistir às invasões do crescente poder assírio. |
2Rs.16:6 | 6. Restituiu Elate. Ver com. de 2Rs 14:22.Judeus. Do heb. yehudim, de Yehiidah (judá), um dos 12 filhos de Jacó. Esta é a primeira ocorrência da palavra nas Escrituras. O termo é aplicado, primeiramente, só aos cidadãos do reino cio sul, de Judá. Após o cativeiro, é utilizado para designar todos os que retornaram para a Palestina, independentemente das origens tribais (Ed 4:12; Ne 1:2). Na era cristã, o nome abrangia todos os descendentes de Jacó (Mt 2:2). |
2Rs.16:7 | 7. Enviou mensageiros. Acaz tomou esta decisão contra o conselho do profeta Isaías, que o encorajou a confiar em Deus e não em seres humanos (Is 7:7-13; 8:13).Livra-me. Um clamor assim só podería ser dirigido ao Deus do Céu. O pedido a Tiglate-Píleser era um lamentável resultado da falta de fé de Acaz em Deus. Repetidas vezes, em tempo de aflição, o Senhor prometeu libertar Seu povo. Isaías insistiu com o rei para que confiasse em Deus e não em seres humanos, mas Acaz recusou ouvir o conselho do profeta. |
2Rs.16:8 | 8. Prata e ouro. Acaz despojou o templo de seus tesouros e entregou essas riquezas consagradas a um rei pagão. Ele desejava se unir em aliança a um governante pagão e se desligar cio governo do Céu. |
2Rs.16:9 | 9. O rei da Assíria lhe deu ouvidos. Talvez o primeiro benefício que resultou dessa aliança tenha sido um ataque assírio à Filístia que, de acordo com o Canon Epônimo assírio ou lista Urmnu (ver p. 38, 39, 139), ocorreu em 734 a.C.Contra Damasco. De acordo com o Canon Epônimo assírio, a campanha levou dois anos, 733 e 732. Segundo fontes assírias, a cidade de Damasco foi tomada em 732 a.C.Quir. A exata localização deste lugar não é conhecida. De acordo com Isaías 22:6, é possível que estivesse próximo ao território de Elão, uma região a leste de Babilônia, na fronteira norte com a Assíria. Os assírios frequentemente transportavam os cativos em toda a extensão do seu império. Amós predisse que os siros iriam cativos a Quir (Am 1:5). |
2Rs.16:10 | 10. A Damasco. E possível que, nesta ocasião, eles celebrariam o triunfo de Tiglate-Pileser em Damasco, após a captura da cidade. Talvez todos os reis tributários da Asia ocidental tenham sido convocados para afi prestar homenagem e pagar tributo ao governante assírio.Um altar. O autor não revela se era um altar siro ou assírio, mas em vista das então recentes vitórias de Tiglate-Pileser, possivelmente seria assírio (ver com. do v. 12). O altar, dedicado à adoração de deuses pagãos, chamou a atenção do rei de judá. Muitos eruditos concordam que Tiglate-Pileser exigiu que Acaz solicitasse um altar assírio e nele oferecesse sacrifícios como símbolo de submissão aos deuses da Assíria. Esta era uma exigência comum, feita aos reis vassalos.Urías. Pode ser o Urias que assinou no “grande volume” de Isaías (Is 8:1, 2, ARC). |
2Rs.16:11 | 11. Edificou um altar. Este foi um ato chocante para um sacerdote israelita. O sacerdócio foi dedicado ao serviço de Deus, não ao serviço dos ídolos, e esse sacerdote do Senhor edificou um altar pagão que tomaria o lugar do altar sagrado de Deus no templo. |
2Rs.16:12 | 12. Nele sacrificou. Uma descarada afronta ao Deus do Céu. Acaz já tinha oferecido “sacrifícios aos deuses de Damasco, que o feriram, e disse: Visto que os deuses dos reis da Síria os ajudam, eu lhes oferecerei sacrifícios para que me ajudem a mim" (2Cr 28:23). Quando os deuses siros talharam em livrar a Síria das mãos de Tiglate-Pileser, Acaz recorreu aos deuses assírios como mais poderosos, e estava disposto a lhes prestar homenagem.Esse julgamento distorcido, vindo da parte do rei cie Judá, ilustra a extensão da negligência para com o plano original cjue Deus tinha para Israel. Era propósito de Deus, por meio da nação de Israel, demonstrar a absoluta superioridade do Deus de Israel que, eventualmente, levaria todas as nações a buscar ao Deus dos hebreus. O oposto foi resultado da deserção dos reis de Israel. As nações vizinhas foram levadas a considerar com desdém o Deus que, cie acordo com a interpretação deles, várias vezes Se demonstrara inferior aos deuses daqueles que conquistaram Israel (ver Êx 32:12; Nm 14:13; Dt 9:28; SI 79:10). |
2Rs.16:13 | 13. Queimou. O próprio Acaz oficiou como sacerdote. Pouco tempo antes, os sacerdotes resistiram a Azarias quando ele procurou queimar incenso no templo, e o rei foi ferido com lepra por causa dessa tentativa de assumir prerrogativa sacerdotal (2Cr 26:16-19). Neste momento, o sacerdote fez um altar pagão em resposta à ordem do rei e permitiu que o rei oficiasse como sacerdote, como era costume nas terras pagãs. A nação declinava com rapidez. |
2Rs.16:14 | 14. O altar de bronze. A princípio o altar de bronze ocupava a honrada posição em frente ao átrio do templo. Aparentemente, o novo altar foi colocado entre o altar de bronze e o portão oriental. Dessa forma, o altar de bronze obstruiría a visão do templo. E possível que tenha sido removido de sua antiga posição e colocado ao norte do novo altar, entre ele e o muro norte do pátio do templo. |
2Rs.16:15 | 15. Grande altar. O novo altar tomou o lugar do altar de bronze de Salomão. E chamado “grande” não por causa do tamanho, porque pode ser que fosse bem menor que o altar de Salomão, que tinha vastas dimensões (2Cr 4:1), mas do ponto de vista de sua função. O novo altar substítuiria o antigo em muitas das principais ofertas prescritas pelo código mosaico (ver Ex 29:38-42; Nm 28:3-31; 29:2-39).Altar de bronze. A designação “bronze” pode implicar que o novo altar era cie material diferente, provavelmente pedra.Inquirir (ARC). Do heb. baqar, “inquirir”, “buscar”, “procurar”. A passagem pode ser entendida de duas formas. Pode significar que Acaz analisaria como utilizar o altar de bronze ou pode se aplicar especificamente à utilização do altar para adivinhação. Alguns sugerem que Acaz adotou o costume babilônico de adivinhação por meio de sacrifícios em que a vontade dos deuses era verificada mediante o exame das entranhas dos animais sacrificados (ver Ez 21:21-23). |
2Rs.16:16 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.16:17 | 17. Cortou. Acaz provavelmente precisasse do bronze como um presente para o rei da Assíria (v. 18). Obviamente foi forçado a conseguir o máximo possível desse metal.Cintas das bases (ARC). Estas “bases” eram os suportes para as dez pias construídas por Salomão (IRs 7:27-39). As cintas provavelmente eram painéis ornamentais. As bases não foram destruídas, porque quando Jerusalém foi tomada por Nabucodonosor, elas estavam entre os itens levados para Babilônia (2Rs 25:13, 16; Jr 52:17, 20).O mar. Ver IRs 7:23-26. O grande mar de bronze não foi destruído, mas removido de cima dos bois de bronze sobre os quais repousava. Quando Jerusalém caiu, estemar foi cortado em pedaços e levado para a Babilônia (jr 52:17) como parte da pilhagem. |
2Rs.16:18 | 18. Coberto para uso no sábado. O sentido desta expressão não é claro. E possivelmente algum salão coberto ou arquibancada utilizada aos sábados para homenagear os convidados (talvez o rei e membros da corte). E o único caso em que esta estrutura é mencionada na Bíblia.Entrada real. O sentido desta expressão não é claro. Alguns entendem que seria uma referência à rampa pela qual o rei subia até a casa do Senhor (IRs 10:5). O verso todo é obscuro mesmo no hebraico. A LXX assim o apresenta: “E ele fez uma base para o trono na casa do Senhor e voltou pela entrada do rei sem entrar na casa do Senhor por causa do rei dos assírios.” Alguns creem que Acaz antecipou a visita a Jerusalém para Tiglate- Pileser e fazia os preparativos para recebê-lo. |
2Rs.16:19 | 19. Quanto aos mais atos de Acaz. Dentre os outros atos de Acaz estavam a construção de altares no terraço do palácio (2Rs 23:12), aparentemente designados para a adoração das hostes celestes; cortar em pedaços os vasos sagrados do templo; fechar as portas do templo e pôr fim aos serviços prestados ali (2Cr 28:24; 29:3, 7). |
2Rs.16:20 | 20. Foi sepultado. De acordo com o registro paralelo, ele não foi colocado na sepultura dos reis (2Cr 28:27).Capítulo 17Nebate, jeroboão aparlou a Israel de seguir o Senhor e o lez cometer grande pecado. |
2Rs.17:1 | 1. Começou a reinar Oseias. Para a cronologia do reinado de Oseias, ver p. 134. Tiglate-Pileser III afirmou ter colocado a Oseias no trono depois que Peca fora depostopelo povo de Israel e de ter recebido dele 10 talentos de ouro e mil talentos de prata como tributo. Isso significa que Oseias, depois de ter deposto Peca, fez paz com o rei assírio ereconheceu sun autoridade. Tiglate-Pileser se engajou em uma série de guerras no oeste, em 734 a.C. contra a Filístia e em 733 e 732 contra Damasco. Acaz, de Judá, tinha enviado uma delegação a Tiglate-Pileser para conseguir auxílio contra Peca e Rezim (2Rs 16:7-9). Oseias também foi forçado a reconhecer a soberania da Assíria antes de assumir o trono em Israel. Sua revolta contra Peca pode ler sido com a conivência e apoio do rei assírio. |
2Rs.17:2 | 2. Não como os reis. Oseias não foi diferente dos reis anteriores a ele no que se refere à impiedade. Se ele tivesse se engajado em vigorosas medidas de reforma, a nação podería ter sido salva no último momento. Deus é misericordioso e longânimo. Mas, quando a iniquidade chega ao limite e. as advertências divinas são rejeitadas repetidas vezes, os julgamentos sobrevêm. Oseias não fez nada para deter o juízo. |
2Rs.17:3 | 3. Salmaneser. SalmaneserV começou a reinar em 727 a.C. Pouco se sabe do seu reinado porque os registros foram danificados.Ficou sendo servo dele. Oseias reconhecei! Tiglate-Pileser como suserano e lhe pagou tributo. Ele continuou como vassalo quando Salmaneser subiu ao trono. |
2Rs.17:4 | 4. Achou Oseias em conspiração. O contemporâneo profeta Oseias ridicularizou a instabilidade de Israel na política externa e a dependência da Assíria naquele momento, e depois em relação ao Egito (Os 5:13; 7:8, II, 16; 8:9; 11:5; 12:1; 14:3).Sô, rei do Egito, isso ocorreu durante a 23a dinastia do Egito, um período em que a nação estava traça e quando vários monarcas governavam simultaneamente em diferentes partes da terra. O governante egípcio “Sô" podería ser Sibu, mencionado por Sargão como “o lartã do Egito’’. Um objeto egípcio (iishebti), no museu de Berlim, contém um emblema real com o nome slTu, revelando que houve uni rei com esse nome no Egito, com reinado passageiro (ver p. 35, 36).Não pagava tributo. Oseias parece ter interpretado mal a tendência da política internacional. Nessa época, a Assíria era o grande poder mundial e estava destinada a se tornar ainda mais forte. O Egito era pouco mais que um nome, e estava na fase final de seu declínio. Ao parar de pagar o tributo à Assíria, Oseias provocou o severo castigo que veio em seguida. |
2Rs.17:5 | 5. E a sitiou. Salmaneser iniciou um cerco de três anos (ver com. de 2Rs 18:9, 10), |
2Rs.17:6 | 6. Tomou a Samaria. A Bíblia menciona Salmaneser como o iniciador do cerco, mas não relata o nome do rei que tomou a cidade. As Crônicas Babilônícas afirmam que a cidade Shamarain (possivelmente Samaria) caiu durante o reinado de Salmaneser, mas seu sucessor, Sargão II, reivindicou, em documentos do final de seu reinado, que ele próprio capturou a cidade de Samaria no início de seu governo. Se a reivindicação é verdadeira, então ele capturou a cidade na qualidade de comandante geral da Assíria e não como rei. Os historiadores discordam, mas parece haver evidência razoável para a queda dessa cidade na última parte do reinado de Salmaneser (ver p. 45,69, 70, 144, 145).Habor. A região do rio jabur, o grande afluente do Eufrates cerca de 210 km a oeste de Nínive. Habor c Haia foram localidades onde Tiglate-Pileser colocou os cativos (ver ICr 5:26). Gozã é identificada com Guzanu, local ao norte do ]abur. Esse local, chamado Tell Halaf, foi escavado pelos alemães e forneceu objetos de grande importância. O sítio de Haia é desconhecido.Medos. A Media ficava a nordeste da Assíria. Algum tempo antes a Assíria teve conflitos com os medos e, no ano 737 a.C., fez uma campanha contra eles. |
2Rs.17:7 | 7. Tal sucedeu porque. Literalmente, "e foi por causa”. O escritor prossegue estabelecendo as várias razões por que Deus permitiu que Israel tosse ferido pelos inimigos e levado cativo.Os filhos de Israel pecaram. Esta íoi a razão primária para a queda de Israel. O pecado foi o responsável pela expulsão dos primeiros pais do Éden e é a razão de toda a aflição que sobrevêm à raça humana desde então. O maior inimigo do ser humano é o pecado. Ele destrói tudo o que toca, seja um ser humano, uma nação ou o mundo.Que os fizera subir. O bom senso exigia que os israelitas mostrassem respeito por Deus, que usou de bondade para com eles. Israel não poderia mostrar mais ingratidão do que esquecer a bondade e a misericórdia de Deus. A idolatria envolvia mais culpa entre os hebreus do que entre outros povos, porque os pagãos tinham um grau limitado de esclarecimento e não tinham experimentado as maravilhosas bênçãos que Deus outorgara a Seu povo. Os israelitas sabiam, por experiência própria, que Deus é bondoso e beneficente e, mesmo assim, eles se afastaram d Ele para adorar falsos deuses. |
2Rs.17:8 | 8. O Senhor lançara de diante. Os povos nativos de Canaã foram lançados fora da presença dos israelitas por causa de seus costumes abomináveis e de práticas imorais. Os israelitas não poderiam mostrar maior estupidez do que seguir as mesmas práticas. Os antigos habitantes da Palestina foram condenados por causa de seus maus caminhos, e da mesma forma, os israelitas.Pelos reis de Israel. Os governantes de Israel foram responsáveis por levar o povo ao pecado. Eles introduziram e encorajaram a adoração de falsos deuses como Baal e afastaram o povo da adoração a Yahvveh, levando-os para as formas corruptas de adoração. No entanto, o povo não estava sem culpa. As pessoas são responsáveis, individualmente, por seus atos. A transgressão do líder não desculpa seus seguidores de adotar o mesmo rumo pecaminoso.Os israelitas dependiam da instrução oral. As cópias da lei eram raras e poucos tinham o privilégio de ter em seu lar asSagradas Escrituras. As pessoas recebiam instrução sobre a vontade de Deus por meio dos sacerdotes e de outros líderes religiosos. Se os principais instrutores ensinassem e praticassem o pecado, o resultado natural era que os seguidores trilhassem o mesmo caminho. A maioria dos israelitas perdeu a experiência religiosa pessoal. A religião das massas consistia em seguir um sistema de adoração imposto por uma autoridade superior.A situação é total mente diferente hoje. Cópias da Bíblia estão disponíveis por todo o mundo. As pessoas não são mais dependentes, como no passado, da instrução de outras pessoas para descobrir a vontade de Deus. Elas são exortadas a conhecer a verdade por si mesmas e aconselhadas a não aceitar um ensino sem fazer pesquisa pessoal e encontrar apoio nas Escrituras. Apesar da nova situação, muitos ainda determinam sua conduta pelas crenças e práticas daqueles que consideram como seus líderes religiosos. Isso é um grande perigo. Os que seguem o critério humano, o fazem por sua própria conta e risco. Caso se percam, estarão sem desculpas.Por outro lado, os responsáveis por desviá- los também foram culpados diante de Deus. Em vista da tendência das pessoas a imitá-los, os líderes são responsáveis por tornar sua vida um exemplo em todos os sentidos, ao mesmo tempo em que estimulam a todos para buscar uma experiência pessoal e a seguir o único modelo perfeito: Jesus Cristo. |
2Rs.17:9 | 9. Fizeram secretameete (ARC). Os israelitas foram desleais e enganadores no exercício de sua iniquidade. Exteriormente mostravam religiosidade e decoro que cobriam suas práticas imorais com um manto de dissimulação. Pretendendo servir a Yahvveh, eles engajaram em práticas diretamente contrárias aos princípios do reino de Deus.Altos. Nestes centros era comum que formas vulgares de imoralidade acompanhassem a adoração idólatra (ver Dt 12:2, 3;Judá. Edom e os filisteus recuperam o território de Judá. A pedido de Acaz, Tigiate-Pileser III, da Assíria, conquista a Síria, mata Rezim c toma Nafta li de Israel, mas impõe tributo somente a Judá. Oseias mata a Peca e se submete a Tigiate-Pileser (11. Mais tarde, ele busca aliança com o Egito contra a Assíria. Depois de um longo cerco, a Assíria destrói Suma? ia leva os remanescentes de Israel, deporta muitos do povo e leva para alí colonos de outras partes do império assírio. . 040ls 57:5-7; Jr 2:20; 3:2). Os cultos nativos de fertilidade envolviam os adoradores em práticas desonrosas.Desde as atalaias. A expressão significa a extensão de um extremo ao outro do país (ver 2Rs 18:8). Havia torres para os vigias nas partes mais remotas, nos campos, para fins de proteção; e havia grandes cidades muradas. O sentido é que os lugares altos foram estabelecidos em todas as regiões, tanto nas remotas áreas rurais como nos grandes centros populacionais. |
2Rs.17:10 | 10. Colunas. Do heb. matseboth (ver com. de Dt 16:22).Postes-ídolos. Do heb. asherim (ver com. de Jz 3:7; Êx 34:13; 2Rs 21:3). “Estátuas'’ (ARC) não é uma tradução adequada porque a palavra se refere a postes, símbolos cúlticos da deusa Aserá, postos “debaixo de todas as árvores verdes” (1 Rs 14:23). |
2Rs.17:11 | 11. Para provocarem o Senhor. Deus não é provocado do mesmo modo que o ser humano (ver com. de 2Rs 13:3). Ele odeia o pecado, mas ama o pecador (CC, 54). Os terríveis julgamentos tinham um sábio e misericordioso propósito (PR, 292). |
2Rs.17:12 | 12. ídolos. Do heb. gilluli m, “troncos”, “blocos”, “coisas amorfas”. Há 12 palavras hebraicas traduzidas como “ídolos” no AT. Cada uma delas considera o falso deus sob um aspecto diferente: como uma coisa vã ou nada, como a origem do tremor ou sofrimento, etc. A palavra gillulim descreve os ídolos com relação a sua forma (ver Dt 29:17; 1 Rs 15:12; 21:26; 2Rs 23:24; Ez 6:9; 16:36). |
2Rs.17:13 | 13. Advertiu. Do heb. ‘ud. Esta palavra também pode ser traduzida como “exortar solenemente”, “reiterar”, “advertir”. Com frequência os avisos eram severos, com o intuito de ajudar o povo a compreender o perigo dos maus caminhos e a se afastar da iniquidade. Caso não se afastassem, não poderiam culpar a Deus por seu destino. Nenhum dos cativos poderia dizer: “Se eu soubesse que este seria o resultado de meu comportamentopecaminoso, teria feito uma reforma.’’ Dessa maneira, a justiça de Deus seria completamente vindicada, e isso é uma parte importante no relacionamento de Deus com o ser humano. As advertências celestiais realizam uma função similar boje em dia. Nunca dantes Deus instruiu e alertou tão solenemente o Seu povo (ver Ap 3:14-22). Os que fracassarem não terão desculpas.Voltai-vos. Esta era uma atitude que Deus não poderia tomar pelo povo. Deus convida, pleiteia, incentiva e insiste, mas nunca coage. Se os seres humanos não entregarem sua própria vontade, não há nada que Deus possa fazer pela salvação deles. Deus fez tudo que podia por Israel. “Que mais se podia fazer à minha vinha, que Eu não lhe tenha feitor” (Is 5:4). O passo seguinte deveria ser dado pelo povo. |
2Rs.17:14 | 14. Não deram ouvidos. Esta é uma afirmação interessante em meio a uma discussão que parece enfatizar a conduta. .Muitos alegam que a fé não é esperada na religião do AT. E verdade que a graça estava quase totalmente ausente na experiência da maioria deles, mas isso não aconteceu porque Deus planejou assim. A fé foi essencial para a experiência religiosa no período pré- cristão e é essencial hoje. Muitos não compreendem a verdadeira relação entre fé e obras. E impossível divorciá-las.O objetivo do plano de Deus é restaurar completamente o caráter dos seres humanos à perfeição original de Adão no Éden. Isso só pode ser realizado por meio da fé que produz obras. Qualquer religião que enfatize a fé e exclua as obras, nega o propósito da primeira e promove uma experiência falsificada. As obras não podem salvar, mas a pessoa salva realiza boas obras.Leva tempo para que uma fé madura se concretize. Se Israel quisesse, Deus teria conduzido a nação à estatura da fé encontrada no NT. O povo falhou porque “não creu”. “Mas a palavra que ouviram nãolhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram” (Hb 4:2).De dura cervíz. Esta era uma expressão hebraica comum para denotar vontade própria obstinada (Dt 10:16; 2Cr 30:8; 36:13; Ne 9:16, 17, 29; Pv 29:1; Jr 7:26; 17:23; 19:15). Os israelitas foram chamados muitas vezes de "povo de dura cerviz” (Ex 32:9; 33:3, 5; 34:9; Dt 9:6, 13). Essa perversidade e a obstinação os levaram à ruína. |
2Rs.17:15 | 15. E se tornaram vãos. Quando uma pessoa rejeita a lei e a admoestação do Senhor, não se mostra sábia, mas tola, porque troca os grandes tesouros do Céu por vaidade e trivialidade. Os israelitas não perceberam a profundidade de sua insensatez em rejeitar a Deus e Seus estatutos para andar no mau caminho. Eles se afastaram de Seu reino e de todas as perspectivas de felicidade e paz, trocando-os por sopro de vento. Buscando coisas inúteis, eles "andaram após a vaidade” (ARC). |
2Rs.17:16 | 16. Todos os mandamentos. O pecado cresce como uma doença. Quando a pessoa começa a desobedecer a um dos mandamentos do Senhor, logo se arriscará a ir mais longe no caminho da desobediência. Quando se afastaram de Deus e começaram a servir aos ídolos, os israelitas logo se viram quebrando todos os mandamentos do Senhor. O contemporâneo profeta Oseias condenou a deserção deles: "Não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios” (Os 4:1, 2).Imagens de fundição. Este verso enumera os vários tipos de idolatria dos quais Israel se tornou presa. Havia poucos deuses adorados na Palestina que não tinham adoradores entre o povo de Israel (sobre os bezerros de ouro de Jeroboão em Dã e Betei, ver IRs 12:28-30; e sobre o “poste-ídolo”, do heb. asherah, feito por Acabe, ver IRs 16:33). |
2Rs.17:17 | 17. Queimaram. Nesses sacrifícios os filhos eram queimados (ver com. de Dt 18:10; 32:17; 2Rs 16:3). A acusação contra judá era semelhante a esta (Jr 19:5).Deram-se. Aqueles que se engajaram nessas práticas iníquas se tornaram servos dos poderes demoníacos por trás dos ritos misteriosos. Em vez de serem servos de Deus, foram escravos de Satanás. Descobriram que o maligno era tudo, menos um mestre bondoso (ver IRs 21:20).Adivinhações. Isto se refere a vários métodos pelos quais as pessoas tentavam conhecer a vontade dos deuses ou obter informações secretas deles.Criam em agouros. Os agouros consistiam em vários tipos de feitiços e necromancia. |
2Rs.17:18 | 18. Muito se indignou. Ver com. de 2 Rs 13:3. |
2Rs.17:19 | 19. Também Judá. A fatalidade que ocorreu a Israel deveria ter servido de advertência a Judá. Apesar de restringida nesse tempo, a transgressão nacional do reino do sul, por fim, resultaria na mesma ruína sobrevinda a Israel.Andaram nos costumes. Os costumes que os israelitas introduziram e que foram seguidos por judá (ver 2Rs 16:3). |
2Rs.17:20 | 20. Toda a descendência. Esta afirmação incluía judá e Israel.E os entregou. Esta era uma sentença nacional e não deve ser confundida com a sentença que selava o destino individual daqueles que compunham a nação de Israel no tempo da ida ao cativeiro. O relacionamento de cada cidadão com Deus permanecia como tinha sido antes da visita do juízo. O Senhor trata com as pessoas e com as nações em duas esferas de relacionamento, uma completamente independente da outra. O juízo sobre Israel era a perda de sua posição como nação. É verdade que muitos sofreram por causa da catástrofe nacional, mas a piedade muitas vezes prospera em condições de adversidade, para que, no final,a calamidade realmente tenha trabalhado para o bem do indivíduo (a respeito do controle de Deus sobre o destino das nações, ver Ed, 173-179; Is 10:5-12; Hc 1:6-11). |
2Rs.17:21 | 21. Rasgou a Israel. Os monarcas exercem forte influência sobre os súditos. Os pecados de Israel começaram com os pecados do seu primeiro rei ímpio, Jeroboão. Uma aberta perseguição religiosa está implícita em 2 Crônicas 11:13 a 16. |
2Rs.17:22 | 22. Pecados que Jeroboão tinha cometido, jeroboão abriu as comportas da iniquidade. A inundação finalmente envolveu a nação em completa ruína. Se o povo tivesse uma forte experiência pessoal, podería ter resistido à perniciosa influência deste rei (ver com. do v. 8). |
2Rs.17:23 | 23. Afastou a Israel. O Senhor usou a Assíria como ferramenta para o cumprimento de Seu propósito (ver Is 10:5-12).Pelo ministério de todos os Seus servos. Ver Is 28:1-4; Os 1:6; 9:16; Am 3:11, 12; 5:27.Transportado. Restou um pequeno remanescente (ver 2Cr 34:9). Nesses casamentos com os pagãos, eles adotaram os caminhos deles e até esqueceram os costumes de seus pais, de modo que o povo de judá se recusava a considerá-los como irmãos. Depois de alguns anos, eles estabeleceram seu próprio templo no monte Gerizim, onde adoravam e realizavam os rituais como um templo rival ao de Jerusalém. O povo que foi transportado nunca mais voltou. Alguns de seus descendentes se juntaram ao remanescente de Judá que retornou por ocasião do decreto de Ciro (Ed 1:1-4). Outros se casaram com os povos onde viviam, aceitaram a religião deles e perderam a identidade. Uns poucos, sem dúvida, permaneceram fiéis às suas convicções religiosas, e sua luz brilhou nas terras para onde foram transportados, influenciando outros a aceitarem a adoração ao único Deus verdadeiro. |
2Rs.17:24 | 24. Babilônia. A política assíria de deportação se aplicava não somente a Israel, mas a todos os povos sujeitados. Nessa época, Babilônia permanecia sob o domínio assírio, mas a nação estava em estado de agitação. Para prevenir revoltas, muitos babilônios foram transferidos para a nação de Israel. Sargão registra a supressão de uma revolta em Babilônia no início de seu reinado e o transporte de várias pessoas para a terra de Hati (Síria e Palestina). O “rei da Assíria", mencionado aqui, possivelmente era Sargão, que subiu ao trono da Assíria em 722 a.C.Cuta. Esta cidade tem sido identificada com Tell Ihrakhn, ao nordeste de Babilônia.Ava. Tem sido identificada com o nome de Tell Kafr ‘Aya, no rio Orontes, a sudoeste de Homs. Outros lugares, porém, também •: foram sugeridos e a localização é incerta.Hamate. Uma cidade edificada às margens do rio Orontes, 189 km ao norte de Damasco e 45 km ao norte da moderna cidade de Homs. Sargão registra essa conquista (ver 2Rs 18:34; 19:13). A cidade de Hamate é conhecida hoje como Hama.Sefarvaím. Antes foi identificada com Sipar, às margens do Eufrates, mas alguns acreditam que seja a cidade sira de Sibraim, “entre o limite de Damasco e o de Hamate” (Ez 47:16). No entanto, o local não pode ser identificado com segurança. |
2Rs.17:25 | 25. Leões. Estes animais eram comuns na Palestina, nos tempos antigos (Jz 14:5; lSm 17:34; 2Sm 23:20; Pv 22:13; 26:13). No período dos reinos, eles se tornaram raros, embora fossem mencionados às vezes (lRs 13:24; 20:36). Durante os tumultuados tempos após a queda de Samaria, eles cresceram em quantidade e ficaram mais ousados. Havia leões na Palestina e na Síria, na Idade Média. |
2Rs.17:26 | 26. A maneira de servir o deus da terra. Em sua maioria, os deuses orientais eram deuses locais, com peculiaridades próprias (ver lRs 20:23). Os povos transportadospara Israel pensavam ter ofendido os deuses locais de alguma forma, e que, por isso, os leões foram enviados sobre eles como um flagelo. |
2Rs.17:27 | 27. Um dos sacerdotes. O sacerdote apresentado era, possivelmente, de um dos santuários de Dã ou Betei. |
2Rs.17:28 | 28. Habitou em Betei. Este era o local onde um dos santuários nacionais estava localizado, e o sacerdote já deveria ter oficiado ali e fora levado de volta. Ele ensinou ao povo a respeito de Yahvveh, no entanto, a idolatria continuou. |
2Rs.17:29 | 29. Os samaritanos. Esta é a única passagem no AT em que este povo é chamado assim. |
2Rs.17:30 | 30. Sucote-Benote. Alguns creem que esta pode ter sido Tsarpanitu, a consorte do deus babilônico Marduque. Mas é possível que fosse algum título do próprio Marduque.Nergal. O famoso deus babilônico da guerra e protetor de Cuta.Asima. Uma deusa da Síria, bem conhecida na mitologia sira. Asim parece ter sido um dos deuses adorados pelos judeus de Elefantina, durante o 5o século a.C. |
2Rs.17:31 | 31. Nibaz. Este é, possivelmente, um ídolo adorado pelos aveus, mas sua identidade não é claramente conhecida. Alguns o identificam com a divindade elamita Ibna- tiaza, outros, com Nebaz Mandeo, o senhor das trevas.Tartaque. Um deus siro.Queimavam seus filhos. Idêntico ao local de adoração a Moloque.Adrameleque. Um deus adorado no noroeste da Mesopotâmia com o nome de Adad-mÜki, "Hadade é rei ', uma forma do deus siro Hadade.Anameleque. Possivelmente, ‘Anu é rei ”. Anu era o famoso deus do céu da antiga Mesopotâmia. |
2Rs.17:32 | 32. Temiam também ao Senhor. A princípio (v. 25), "não temeram o Senhor”. A influência do sacerdote de Betei não fezdesses povos verdadeiros adoradores do Deus do Céu. A idéia é que o povo, junto com a adoração a outros deuses, também deu certo reconhecimento ao Deus nacional de Israel.Dos mais humildes (ARC). Eles tomaram sacerdotes para si de todas as classes de pessoas, dando pouca atenção às qualificações que caracterizariam os homens devotados ao ofício da religião. |
2Rs.17:33 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.17:34 | 34. Não temem o Senhor. Esta afirmação não contradiz o v. 33. Esse verso relata que a adoração a Yahweh foi integrada à adoração de muitos outros deuses. Esta passagem enfatiza que isso não era, de forma alguma, um verdadeiro reconhecimento do Senhor. Se tivesse sido, havería uma investigação de Suas leis e empenho por se conformar a elas. Ninguém pode servir a Deus e aos ídolos (cf. Mt 6:24). Elá somente um Deus verdadeiro e aqueles que de alguma forma reconhecem outras divindades não temem ao Senhor, a despeito da sua pretensão de assim fazer.Segundo os Seus estatutos. A nova adoração mista de Samaria não reconheceu os estatutos dados pelo Senhor a Seu povo. A lei do Senhor e as ordenanças da lei mosaica foram ignoradas. Os israelitas deixados na terra se amalgamaram com os novos colonos e se uniram com eles na adoração (ver 2Rs 23:19; 2Cr 34:3-7, 33; Jo 4:22). |
2Rs.17:35 | 35. Aliança. Ver Êx 19:5, 6.Não temereis outros deuses. Os dez mandamentos de Deus eram a base da aliança feita com Seu povo (Ex 20:1-17; 34:27, 28). Os primeiros dois mandamentos proibiam o reconhecimento de outros deuses e a adoração de ídolos (Ex 20:3-5). |
2Rs.17:36 | 36. Que vos fez subir. Ver a introdução aos dez mandamentos dados no Sinai (Êx 20:2). |
2Rs.17:37 | 37. Ele vos escreveu. Foi escrito para que não houvesse má compreensão das exigências divinas (ver Ex 24:3, 4). |
2Rs.17:38 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.17:39 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.17:40 | 40. Segundo o seu antigo costume. Quase que imediatamente após Deus ter leito aliança com os israelitas e estes terem prometido obediência (Ex 24:3, 7), eles mostraram sua tendência à teimosia por meio da adoração do bezerro de ouro (Êx 32:8). |
2Rs.17:41 | 41. Até ao dia de hoje. E evidente nestas palavras que o escritor não era um contemporâneo dos eventos que descreve, mas que viveu depois dessa época, talvez depois da destruição do reino de judá (ver p. 768). O papiro elefantino (ver vol. 1, p. 88) testemunha que, nos dias de Esdras e Neemias, “os judeus”, como os escritores desses papiros os definem, tinham uma religião em que adoravam várias divindades pagas além de Yahvveh. Esses judeus se estabeleceram no Egito, mas mantiveram contato com o sumo sacerdote em Jerusalém e com os filhos de Samba late, governador de Samaria.Assim termina a história de Israel: um povo que deveria ter sido um '‘tesouro peculiar" (KJV) do Senhor “dentre todos ospovos” (Êx 19:5). Nunca um povo começou com uma promessa tão ampla e nunca uma nação experimentou tão grande ignomínia e reprovação. Israel descobriu por meio de dolorosa experiência que “a justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos” (Pv 14:34).Pouco se sabe das tribos do norte depois de levadas para o cativeiro. Muitos provavelmente se fundiram com os povos entre os quais viviam e perderam sua identidade. Outros continuaram a adoração a Yahweh e se uniram aos judeus do cativeiro babilô- nico (ver Jr 50:4, 20, 33). Alguns retornaram com os exilados de judá sob a liderança de Zorobabel e Esdras (Ed 8:35; iCr 9:3). Nos tempos do NT, os judeus e seus prosélitos eram encontrados na Média, Pártia, Elão, Capadócia, Frigia, Egito, Líbia, Cirene, Creta, Arábia e em todo o leste (At 2:9- 11). Não se sabem quantos desses eram descendentes dos israelitas levados cativos para Assíria.Capítulo 18I O bom reinado de Ezequias. 4 Ele destrói a idolatria e prospera. 9 Samaria é levada cativa por cansa de seus pecados. 13 Senaqueribe invade Judá e é pacificado por meio de tributo. 17 Rabsaqué, enviado por Senaqueribe, amaldiçoa a Ezequias e provoca o povo a se revoltar, usando meios blasfemos de persuasão.segundo tudo o que fizera Davi, seu pai.entre todos os reis de judá, nem entre os que foram antes dele..11 O rei da Assíria transportou a Israel para a Assíria e o fez habitar em Haia, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos;do açude superior, junto ao caminho tio campo do Lavandeiro. |
2Rs.18:1 | 1. Ezequias. A partir deste ponto, os registros são apenas dos reis de Judá, Quando Ezequias subiu ao trono, possivelmente como corregente com seu pai Acaz (ver p. 70-71, 133, 134, 144, 145), Israel estava quase no final de sua trágica história, judá continuou por quase um século e meio a mais que Israel. Andando nos caminhos das nações vizinhas, o povo caiu presa dessas nações. Acaz, o pre- clecessor de Ezequias, foi longe em levar Judá ao mesmo nível decadente de Israel. A adoração às divindades pagãs foi encorajada, o templo do Senhor foi dedicado à adoração de ídolos e Judá pagou tributo à Assíria. Ezequias tez rápida e acentuada inversão nas políticas públicas e religiosas de seu pai. O templo foi purificado, a adoração de falsos deuses, erradicada. Ele abandonou a submissão à Assíria depois de um período e a nação foi levada para mais perto de Deus e da integridade. |
2Rs.18:2 | 2. Vinte e cinco anos. Sobre a cronologia de Ezequias, verp. 70, 71, 133, 134, 144, 145. |
2Rs.18:3 | 3. O que era reto. Três dos últimos capítulos do livro dos Reis são dedicados ao reinado de Ezequias, que teve coragempara fazer o que era reto aos olhos de Deus. Ele contrariou a tendência de sua época e enfrentou oposição dentro e fora de seu país. Mas, encorajado pelo profeta Isaías, permaneceu firme nos princípios e introduziu uma reforma religiosa que foi fundamental para que o povo de Judá voltasse aos caminhos de seus pais e tivesse estabilidade e força entre as nações. |
2Rs.18:4 | 4. Removeu os altos. Desde que Judá se tornou unia nação até a época do rei Ezequias, os altos não haviam sido totalmente removidos. Ezequias viu o que a desobediência trouxera a Israel e decidiu que sua nação não teria destino semelhante. Ele amava a Deus e decidiu fazer tudo que pudesse para purificar o povo de todo tipo de idolatria. Os altos, embora proibidos pela lei, foram utilizados por muitas pessoas do povo como centros favoritos de adoração (1 Rs 3:2; 14:23; 22:43, 44; 2Rs 12:3; 14:4; 15:4, 35). Até a época de Ezequias, eles foram tolerados pelos reis de Judá e aceitos como uma parte oficial da religião nacional.Quebrou as colunas. Essas medidas ocorreram depois da purificação do temploe da realização da Páscoa no primeiro ano do reinado de Ezequias (2Cr 29:3, 17; 30:1, 15; 31:1).Serpente de bronze. Ver Nm 21:6-9. Esta é a primeira referência a esta serpente depois do tempo de Moisés. Alguns acreditam que ela ficou guardada no tabernáculo e loi transferida para o templo de Salomão, mas nào há pro\as. Por esse tempo, no entanto, era considerada uma relíquia sagrada e se pensava que possuísse qualidades especiais. Ao queimar incenso diante dela, o povo dava a esta serpente de bronze a veneração que deveria prestar somente a Deus.E lhe chamavam. Uma das edições da LXX e também a versão siríaca e os Targuns interpretam "eles chamavam”.Neustã. Possivelmente "deus de bronze”, da mesma raiz da palavra heb. nechoslieth, "bronze”. Outros derivam Neustã denachas, "serpente”. |
2Rs.18:5 | 5. Confiou no Senhor. Não na força militar como as nações ao redor.Não houve seu semelhante. E possível que esta afirmação tenha sido feita depois de encerrada a história de judá. Ela não contradiz o que é dito de josias (2Rs 23:25), cuja fidelidade à lei de Moisés foi elogiada. A característica marcante de Ezequias foi sua confiança em Deus. |
2Rs.18:6 | 6. Não deixou de seguí-Lo. Muitos reis que começaram bem se afastaram de Deus no percurso de seu reinado. Por exemplo, Salomão (lRs 11:1-11), Joás (2Cr 24:17-25) e Amazias (2Cr 25:14-16). Ezequias também errou (2Rs 20:12-19), mas ele nunca abandonou ao Senhor e fez o que estava ao seu alcance quanto às modificações na adoração. |
2Rs.18:7 | 7. Lograva bom êxito. Esta prosperidade material é referida em 2 Crônicas 32:23 e 27 a 30.Rebelou-se. Acaz aceitou a suserania da Assíria e lhe pagou tributo. Ezequias se recusou a fazer isso. |
2Rs.18:8 | 8. Feriu ele os filisteus. Isto representou uma revolta contra a Assíria, porque Sargão tinha ferido a Eílístia até as fronteiras do Egito e capturado Hanunu, rei de Gaza. Portanto, a região estava sob o controle assírio. Sargão afirmou que depôs Azuru, de Asdode, no seu 11° ano e falou do recebimento de tributo da Filístia, de judá, Edom e Moabe. |
2Rs.18:9 | 9. Salmaneser. O quinto rei assírio com este nome. Reinou de 727 a 722 a.C.Contra Samaria. Os v. 9 a 12 repetem o registro da queda de Samaria, registrada em 2 Reis 17:5-23. A queda de Samaria está datada nos anos de Ezequias e Oseias. A história é repetida para ligá-la a Ezequias. |
2Rs.18:10 | 10. Três anos. Esta é uma boa demonstração do antigo hábito de contar de modo inclusivo. Do quarto ao sexto ano de Ezequias se conta, hoje, um intervalo de dois anos, mas os antigos contavam como quarto, quinto e sexto ano: três anos (ver p. 119).Tomaram (ARC). O plural "eles" deve ser notado. Pode se referir aos assírios em geral, mas é pouco provável, porque o verso anterior fala de Salmaneser indo contra Samaria e a sitiando. Tem-se sugerido que “eles”, neste verso, indique Salmaneser e alguns associados dele. Poderíam ser o general de Salmaneser e seu sucessor ao trono, Sargão (ver com. de 2Rs 17:6). |
2Rs.18:11 | 11. Em Haia. Esta afirmação também é uma repetição tirada de 2 Reis 17:6, no relato anterior sobre a queda de Samaria. |
2Rs.18:12 | 12. Não obedeceram. Um breve resumo do extenso registro da desobediência de Israel descrito em 2 Reis 17:7-23. |
2Rs.18:13 | 13. No ano décimo quarto. Esta é a primeira das famosas campanhas de Senaqueribe contra Ezequias. A narrativa se estende de 2 Reis 18:13 a 19:37. O mesmo relato, em linguagem idêntica, é encontrado em Isaías 36 e 37. Isso sugere que. Isaías seria o autor desta porção de 2 Reis. Uma história abreviada em 2 Crônicas 32:1-22 detalha os preparativos da batalha de Ezequias.o desafia. Senaqueribe envia uma nova mensagem ameaçadora a Ezequias, que solicita o auxílio divino. Como predito por 1 saias, o exército assírio enviado contra Jerusalém é misteriosamente destruído por meio de intervenção divina, Senaqueribe volta para casa (4) e, mais tarde, é assassinado por seus próprios filhos. os4Eruditos discordam quanto ao fato de a narrativa descrever uma ou duas campanhas. A maioria dos comentaristas modernos sustenta que o relato descreve urna campanha e que todos os eventos ocorreram no 14° ano de Ezequias, 701 a.C. Outros sustentam que o relato combina os registros de duas campanhas assírias, sendo que a primeira ocorreu no 14° ano do reinado de Ezequias, quando grande parte do exército assírio foi destruída (2Rs 19:35). A favor do primeiro ponto de vista está o fato de que não parece haver pausa na narrativa bíblica. Além disso, fontes assírias descrevem uma campanha de Senaqueribe, geralmente datada em 701 a.C., mas não fazem menção a uma campanha posterior contra Judá. Deve se levar em conta que os registros eram incompletos e que tal- \e/ Senaqueribe tenha propositadamente omitido o registro de sua derrota em seus documentos. A respeito da campanha de 701 a.C., Senaqueribe afirma ter prendido “Ezequias como um pássaro engaiolado”, urna descrição que se ajusta a uma campanha que assolou as cidades muradas de Judá e que se constituiu numa ameaça a Jerusalém.O longo preparo de Ezequias para se defender (ver 2Cr 32:2-6) sugere um intervalo considerável entre as duas campanhas. Além disso, a narrativa bíblica parece indicar que a morte de Senaqueribe ocorreu pouco depois de ele retornar de uma tentativa mal- sucedida contra Jerusalém. Se houve apenas uma campanha, em 701 a.C., seu assassinato ocorrer ia 20 anos depois cie retornar à Assíria. Além disso, há inscrições em que Tira ca (2Rs 19:9) dizia ter 20 anos quando se tornou cor regente com seu irmão em 690 a.C., o que indica que ele nasceu por volta de 709 a.C. Isso torna impossível a participação dele nos eventos descritos que teriam ocorrido em 701 a.C. Houve quem defendesse que ele não se tornou rei do Egito antes de 690 a.C. e que poderia ter sido o general do exército. Se a afirmação deTiraca com relação à sua idade for correta, o único modo de sincronizar a afirmação cie 2 Reis 19:9 com esse contexto é admitir uma segunda campanha quase no final do reinado de Ezequias (ver PR, 339). Fica evidente que as cidades fortificadas foram tomadas e o tributo foi pago na primeira campanha, e que Jerusalém foi salva por intervenção divina na segunda campanha.A divergência de opiniões sobre o momento em que ocorre a divisão na narrativa é irrelevante, pois foi escrita para mostrar o soberano cuidado de Deus por aqueles que O buscam, e não para apresentar uma descrição cronológica.As cidades fortificadas. Senaqueribe alegou ter conquistado 46 cidades muradas em Judá. |
2Rs.18:14 | 14. Laquis. No registro de sua terceira campanha "contra a terra dos heteus”, Senaqueribe menciona que primeiro subiu contra Sidom e depois contra as cidades da Filístia. Então se voltou para o interior, para Laquis, que está 30 km a sudeste de Asquelom e 43 km a sudoeste de Jerusalém. Esse cerco de Laquis é retratado em um relevo assírio (ver ilustração da p. 49).Errei. Nessa etapa, Ezequias aterrorizado capitulou, mas não entregou Jerusalém. Ele tentou comprar a cooperação de Senaqueribe, pagando um elevado resgate.'Trezentos talentos. Senaqueribe requereu o recebimento de "trezentos talentos de prata e trinta talentos de ouro", além de grande tesouro em pedras preciosas, marfim, madeiras nobres e "todo tipo de tesouros valiosos". |
2Rs.18:15 | 15. Na Casa do Senhor. Por causa da capitulação de Ezequias a Senaqueribe, o templo infelizmente teve que sofrer. |
2Rs.18:16 | 16. Arrancou [...] o ouro. Pouco tempo antes Acaz roubara os tesouros do templo quando comprou a proteção de Tiglate-Pileser (2Rs 16:8). Ezequias foi obrigado a recorrer a medidas extremas a fim deconseguir o valor exigido por Senaqueribe. |
2Rs.18:17 | 17. Tartã. Este é o título do comandante geral dos exércitos assírios. Sargão enviou seu tartã com os exércitos assírios para lutar contra Asdode (ver Is 20:1). Em assírio, a palavra "tartã” é turtânu ou tartânu.Rabe-Saris. Este era o título de um alto oficial da corte assíria, possivelmente o ‘'chefe dos eunucos”. O rabe-saris de Nabueodonosor esteve presente em Jerusalém quando a cidade foi destruída pelos babilônios (Jr 39:3, 13). O título foi encontrado em inscrições aramaícas antigas.Rabsaqué. Este era outro oficial assírio importante, o chefe dos copeiros. Neste caso, ele foi o porta-voz dos embaixadores assírios (ver v. 19, 26-28). E o único que voltou a Senaqueribe (2Rs 19:8). Nos textos assírios este oficial aparece como rab-shâqú.Açude superior. Não é certa a localização deste açude. Alguns acreditam que ele estava ao sul da cidade, próximo ao vale do Cedrom, e outros pensam que estivesse ao norte. Alguns anos antes, Isaias e seu filho, cujo nome significava Um-Resto-Volverá se encontraram neste açude com Acaz (Is 7:3). Aparentemente o açude existia antes dos dias de Ezequias e do aqueduto que ele construiu (ver p. 71, 72). |
2Rs.18:18 | 18. Eliaquim. Eliaquim recebeu essa importante posição depois do rebaixamento de Scbna, em cumprimento da predição de Isaías ( Is 22:15-24). Alguns acreditam que o Sebna de Isaías 22 não seja a pessoa citada aqui.Sebna. Ver !s 22:15-19.Joá. Não há outro registro deste homem. O escríba, ou "historiador”, era um dos altos oficiais do reino, que emitia os editos do rei, cuidava da correspondência e possivelmente estava encarregado do dinheiro real (ver 2Rs 12:10). |
2Rs.18:19 | 19. Rabsaqué lhes disse. Não é revelado o motivo da fala de Rabsaqué. Talvez ele fosse o representante pessoal do rei. Como chefe dos copeiros, ele podería ser um tipode mestre de cerimônias da corte da Assíria, alguém que falasse fluentemente em outros idiomas além do assírio.O sumo rei. Este é o título favorito dos reis assírios. Senaqueribe se autodenominava: “Senaqueribe, o grande rei, o poderoso rei, rei do universo, rei da Assíria.'’Que confiança [...]? Ezequias havia posto sua confiança em Deus (2Cr 32:7, 8), e os embaixadores assírios se referiam a essa confiança no Senhor (2Cr 32:10, 11). |
2Rs.18:20 | 20. Poder para guerra. Ezequias se preparou para o ataque assírio: criou um exército, fortaleceu os muros de Jerusalém, preparou armas de defesa e ataque e tez tudo que pôde para estar apto a defender seu povo (2Cr 32:2-6). |
2Rs.18:21 | 21. Cana esmagada. Uma apropriada descrição do Egito. O junco que cresce junto ao Nilo bem simbolizava a terra na qual ele cresce. Aparentemente, forte e seguro, mas indigno de confiança. Se uma pessoa tentasse se apoiar nele, ele cedería, ferindo a mão. Oseias, último rei de Israel, voltara-se para o Egito em busca de auxílio e, como resultado, perdera seu reino (2Rs 17:4-6). A crise em Judá ocorreu durante a 25a dinastia no Egito, quando a terra do Nilo estava dilacerada por dissensões internas e prestes a cair presa da Assíria. No entanto, numa linhagem de reis etíopes, o Egito ainda se esforçava por se manter 1 rente ao poder assírio. |
2Rs.18:22 | 22. No Senhor. Ver 2Cr 32:11.Removeu. Senaqueribe sabia das reformas de Ezequias: a remoção dos altos e a destruição dos santuários locais (2Rs 18:4). Muitos do povo sacrificavam a Yahweh nesses lugares de adoração não autorizados e é possível que estivessem ressentidos com a interferência de Ezequias nessas práticas. Rabsaqué procurou apelar ao povo contra o rei e pode ter pensado que Ezequias estivesse desrespeitando a Deus ao destruir os santuários locais. |
2Rs.18:23 | 23. Dois mil cavalos, O mensageiro assírio tentou ridicularizar a limitada força militar de Judá. Os assírios subiram com um grande exército de cavalaria, e por isso 2 mil cavalos não significavam nada para eles. Disseram que os dariam se Judá tivesse cavaleiros treinados para utilizá-los. |
2Rs.18:24 | 24. Um só capitão. Novamente o assírio depreciou a fraqueza militar de Judá. Zombou do povo por não ser forte o suficiente para repelir um único capitão do exército assírio, responsável por um dos mais fracos batalhões dentre os muitos que os assírios tinham em campo.No Egito. Rabsaqué zombou da fraqueza de judá e da tolice em confiar num poder tão fraco como o Egito. |
2Rs.18:25 | 25. O Senhor mesmo me disse. Esta é uma afirmação notável vinda de um assírio. Teria ele ouvido as mensagens de Isaías quando este profetizou que o Senhor usaria a Assíria para trazer juízo sobre Israel e judá (ver ís 7:17-24; 10:5-12)? De qualquer forma, ele queria dizer que tentar resistir à Assíria seria inútil, porque uma comissão divina tinha sido dada a ele para destruir Judá e, por isso, a condenação do reino do sul era inevitável. |
2Rs.18:26 | 26. Aramaico. Esta afirmação mostra que a linguagem siríaca ou aramaica ainda estava em uso, entre assírios e hebreus. Materiais contemporâneos mostram que o aramaico passava a ser a linguagem da diplomacia e do comércio por toda a Asia Ocidental. Entre os hebreus não era comum porque o povo não a compreendia. Após o exílio babilônico, o aramaico, aos poucos, tomou o lugar do hebraico entre os judeus.Em judaico. Além de nesta narrativa e em seus paralelos (2Cr 32 e Is 36), a expressão ocorre somente em Neemias 13:24. A palavra ''judeu’' aparece primeiro em 2 Reis 16:6, mas, nos textos bíblicos posteriores, o nome se torna comum. De acordo com o costume assírio contemporâneo, o povo doreino do sul já era conhecido como Yehudim ou judeus, e a linguagem deles, como judaica.Sobre as muralhas. A negociação foi realizada na frente dos soldados e de outros que estavam sobre a muralha, e as palavras do mensageiro assírio chegariam a toda a cidade. |
2Rs.18:27 | 27. Aos homens que estão sentados. As palavras foram destinadas ao povo de Jerusalém, não somente ao rei. Rabsaqué tentou aterrorizar as pessoas e pressionar o sentimento popular contra Ezequias para forçá-lo a desistir de sua política de resistência.Para que comam. Com estas palavras, Rabsaqué ameaçou os judeus com as terríveis consequências de uma tentativa de resistência. Se o cerco continuasse, o povo seria obrigado a satisfazer a fome e a sede com elementos vis e nada naturais (ver 2Rs 6:26-29; cf. 2Cr 32:11). |
2Rs.18:28 | 28. Judaico. Ao pedir que Rabsaqué não falasse na língua que o povo pudesse entender os mensageiros judeus revelaram suas fraquezas e o assírio aproveitou a oportunidade. As palavras então foram dirigidas ao povo, não mais ao rei. |
2Rs.18:29 | 29. Não vos engane. Rabsaqué estava se colocando como amigo do povo de Judá, dando a impressão de que Ezequias tinha interesses pessoais que não eram os mesmos do povo e que, por meio de sua política de engano, o rei traria terrível ruína sobre eles.Sua mão. Vários manuscritos hebreus e muitas versões interpretam “rainha mão”. A passagem correspondente em Isaías 36:14 omite esta frase. |
2Rs.18:30 | 30. Nem tampouco vos faça Ezequias. Os assírios deviam estar familiarizados com a firme confiança de Ezequias no Senhor e com seus esforços para fazer o povo confiar em Deus. Desde o início, Ezequias encorajou o povo a ser forte (ver 2Cr 32:7, 8). |
2Rs.18:31 | 31. Não deis ouvidos. Este era um apelo para o povo de judá rejeitar seu rei e tomar a questão nas próprias mãos.Fazei as pazes. O apelo era para que o povo de Judá fizesse as pazes com Senaqueribe e o aceitasse como rei e amigo.Sua própria vide. A expressão transmite a ideia de paz e prosperidade, como o povo desfrutava no tempo de Salomão (lRs 4:24, 25) e que poderia acontecer novamente se aceitasse as condições da aliança (ver Mq 4:3, 4; Zc 3:10). |
2Rs.18:32 | 32. Como a vossa. A cruel política de deportação da Assíria estava sendo colocada diante do povo de Judá sob um ponto de vista favorável. Eles seriam levados para uma terra onde estariam tão felizes e prósperos como em sua terra natal. Até certo ponto esta afirmação era verdadeira porque muitos dos exilados em terras estrangeiras se adaptaram tanto ao novo ambiente que não quiseram retornar quando tiveram oportunidade. |
2Rs.18:33 | 33. Acaso, os deuses das nações. Os assírios tinham bons motivos para se vangloriar. Eles foram bem-sucedidos em todos os lugares por onde passaram. Nenhum deus pareceu capaz, de libertar suas terras do poder assírio. Assur parecia ser o deus mais poderoso. Nem mesmo o Deus dos hebreus parecia estar à altura de Assur, porque Samaria fora destruída e Judá estava sob o domínio assírio por anos. Mal sabiam os assírios que foi a desobediência a Yahweh que enfraqueceu a Israel e que o sucesso assírio foi permitido pelo próprio Deus contra quem eles se vangloriavam. |
2Rs.18:34 | 34. De Hamate. Todas as cidades aqui listadas haviam caído diante do poder assírio havia pouco tempo. Hamate estava no Orontes, 190 km ao norte de Damasco. Sargâo menciona que a cidade foi subjugada por ele e tala da deportação de seu povo. Colonos de Hamate foram colocados em Samaria (2Rs 17:24), e os exilados hebreus devem ter sido Íc\ados para Hamate (Is 11:11).Arpade. Uma importante cidade ao norte da Síria e noroeste de Alepo. Nos anosSefarvaim. Sargão colocou os habitantes desta cidade em Samaria (ver com. de 2 Rs 17:24).Hena. A localização desta cidade não é conhecida. Alguns a identificam com Anah, nas proximidades do Eufrates, e outros creem que se situa ao norte da Síria como as demais cidades mencionadas nesta passagem.Iva. E possível que seja a cidade de Ava, da qual foram levados colonos para Samaria (ver com. de 2Rs 17:24).Livraram eles a Samaria [,..]? Este parece ter sido o principal argumento, porque o povo de Samaria também era hebreu e afirmava, de certo modo, adorar o mesmo Deus. |
2Rs.18:35 | 35. Dentre todos os deuses. Os locais mencionados anteriormente estavam entre os vizinhos ao norte de Judá. As conquistas assírias se estendiam pelos países da Ásia Ocidental. Senaqueribe afirmava que seu próprio poder e o poder de seu deus eram maiores que o poder de todos os deuses do mundo, incluindo o Deus de Judá. |
2Rs.18:36 | 36. Calou-se, porém, o povo. Há momentos em que o silêncio é ouro. Nada que fosse dito por qualquer um de Judá impressionaria os mensageiros assírios. (3 próprio Deus proveria a resposta necessária.Havia ordenado o rei. Rabsaqué esperava palavras de sedição e a revolta popular, mas o povo de Judá obedeceu a seu rei. |
2Rs.18:37 | 37. Com suas vestes rasgadas. Os hebreus rasgavam as vestes em momentos de aflição (jó 1:20), surpresa e angústia (Gn 37:29; lSm 4:12; 2Sm 13:19; 15:32; 2Cr 34:27; Ed 9:3; Jr 36:24).Capítulo 19.1.6 Inclina, 6 Senhor, o ouvido e ouve; abre, Senhor, os olhos e vê; ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar o Deus vivo. |
2Rs.19:1 | 1. Rasgou as suas vestes. Exéquias expressou sua angustia diante da perspectiva de um terrível cerco a Jerusalém. A cidade esperava um ataque assírio com torça totala qualquer momento. As palavras dos mensageiros de Senaqueribe não eram ameaças vazias. Relevos dos palácios de Nínive e de Khorsabad revelam as crueldades dos assírioso%nas localidades tomadas por meio do cerco. Horrores indescritíveis ocorreriam se o cerco a Jerusalém fosse feito. Em profunda angustia o rei se vestiu com pano de saco e se dirigiu ao templo a Lm de colocar a questão diante do Senhor. |
2Rs.19:2 | 2. Dos sacerdotes. Ezequias enviou emissários a Isaias, vestidos em pano de saco, para que o profeta também se unisse a eles em fervorosa intercessão diante de Deus. O rei e o profeta oraram fervorosamente diante de Deus (2Cr 32:20). Essa é a primeira referência no livro dos Reis ao profeta Isaias, que teve uma visão de Deus no ano em que o rei Uzias morreu (Is 6:1). Esta visão o encorajou para as tarefas que viríam. A obra desse poderoso profeta foi desempenhada nos reinados de Uzias, Jotão, Ac az, e Ezequias (Is 1:1). 1 saias teve um longo ministério antes de ser mencionado no livro dos Reis. Os relatos históricos preservados nesse livro geralmente são breves e muitos itens são omitidos. Os livros de 1 saias, Jeremias e Ezequiel revelam muitos detalhes importantes não encontrados no livro dos Reis. |
2Rs.19:3 | 3. Día de angústia. Por muitos anos, Isaías predisse que este tempo chegaria. Esta foi uma das maiores crises que Judá enfrentou e, sem a intervenção divina, a situação conduziría a nação à ruína final.Força para dá-los à luz. Uma impressionante ilustração destacou a terrível crise. Muitos de Judá já haviam caído diante do poder assírio c, por fim, os invasores ameaçavam a capital. |
2Rs.19:4 | 4. Deus, terá ouvido. Os mensageiros assírios difamaram e ridicularizaram o grandioso Deus do Céu, colocando-O em pé de igualdade com os deuses das nações ao redor. A honra de Deus estava em jogo e, por causa do amor a Seu próprio nome, era de se esperar que Ele interviesse em favor de Judá.O Deus vivo. Para outros exemplos deste título, ver Dt 5:26; Js 3:10; lSm 17:26; SIPelos que ainda subsistem. Israel se foi e muitos de Judá se foram. O último remanescente em Jerusalém estava em perigo de ser exterminado. |
2Rs.19:5 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.19:6 | 6. Não temas. Pouco tempo antes, Ezequias admoestara o povo com estas palavras (2Cr 32:7), Desta vez, foi dada a ele a mesma admoestação da parte de Deus. A tendência humana é temer diante da crise, mas o Senhor, em Sua misericórdia, envia mensagens de encorajamento (ver Nm 14:9; Js 1:6, 7, 9, 18; Is 43:1, 5; Lc 12:32). |
2Rs.19:7 | 7. Meterei nele um espirito. O significado desta passagem não é claro. Talvez o sentido seja que Deus despertaria um sentimento de ansiedade e medo em Senaqueribe, um impulso que transformaria seus pensamentos de conquista e o enviaria de volta para casa sob absoluto terror e medo. Talvez a profecia tenha sido vaga porque, naquele momento, o Senhor não quis revelar detalhes.Cair morto à espada. Ver com. do v, 37. |
2Rs.19:8 | 8. Libna. Identificada com 7ell ets-Tsâji. Sobre a localização, ver com. de 2Rs 8:22. |
2Rs.19:9 | 9. Tiraca, rei da Etiópia. Tiraca, grafado algumas vezes como Tirhakah, se tornou rei do Egito por volta de 690 a.C. Ele era um etíope (núbio) que ocupou o trono com seu irmão Shabataka. Eles governaram o Egito por volta cie 700 a 684 a.C. Após a morte de Shabataka, Tiraca reinou sozinho até 664. Ele pertenceu à 25a dinastia, quando o Egito 1 oi governado por uma linhagem de reis etíopes (sobre o sincronismo de Tiraca c a campanha contra Jerusalém, ver com. de 2Rs 18:13).Enviar mensageiros. Senaqueribe esperava provocar a capitulação de Ezequias antes que os egípcios atacassem. |
2Rs.19:10 | 10. Não te engane. A mensagem anterior foi direcionada ao povo a fim de quenão se permitisse ser enganado por Ezequias (2Rs 18:29). Porém, o povo não respondeu. Nesta ocasião, a mensagem era para o rei, pois Senaqueribe queria minar sua confiança em Deus. |
2Rs.19:11 | 11. A todas as terras. A Assíria estava no auge de sua carreira militar. Tiglate- Pileser conquistara Babilônia e se auto- proclamara rei daquela terra; Salmaneser destruira a nação de Israel; Sargão devastara países em todas as direções e Senaqueribe seguia os passos de Sargão.Como as destruíram totalmente. Senaqueribe se esforçou por aterrorizar o coração de Ezequias ao lhe apresentar a terrível punição dada aos que ousaram resistir aos exércitos assírios. Por meio de rendição, ele poder ia pelo menos esperar alguma medida de clemência por parte de Senaqueribe. |
2Rs.19:12 | 12. Meus país. Por um longo período, os antepassados de Senaqueribe foram bem- sucedidos na guerra, e os deuses das nações foram impotentes para lhe resistir. Os lugares mencionados neste verso eram todos da vizinhança cia antiga cidade de Ha rã, o lar de Abraão no norte da Mesopotâmia, que, havia tempo, caíra no domínio assírio.Gozã. Esta era uma cidade no norte de Kabur, 144 km a leste de Harã. Os exilados de Samaria foram colocados em Gozã (2Rs 17:6). Em 808 a.C., a campanha anual fora contra esta cidade (Gtizana). A cidade de Gozã é hoje conhecida como Tell Halaf.Harã. O antigo lar de Abraão depois de deixar Ur (ver com. de Gn 11:31). E mencionada como estando sob domínio assírio já no reinado de Adad-Nirari 1, 1305- 1273 a.C.Rezefe. Em assírio, Ratsappa. Possivelmente a moderna Rutsâfe, no nordeste de PaImira. E mencionada nas inscrições de Adad-Nirari III, 810-782 a.C.Éden. Esta área c mencionada com Harã (Ez 27:23) e a ‘‘casa de Eden” é relericla em A mós 1:5 (KJV). Alguns identificam Édencom a terra dos dois lados do 1 ulrales, a sudoeste de Harã e a sudeste de Carquemis. Com frequência é mencionada nas inscrições assírias com o nome de Bit-Admi.Telassar. Possivelmente Til-ashurri ou “montanha de Assur’, no norte da Síria, na curva do bufrates, homenageada com o nome do deus assírio. |
2Rs.19:13 | 13. Hamate. Sobre os locais referidos neste verso, ver com. de 2Rs 18:34. Nessa referência é enfatizado o desamparo dos deuses destas cidades. Na abordagem a Ezequias, a ênfase está sobre o fato de que os reis destas cidades não existiam mais. |
2Rs.19:14 | 14. Recebido a carta. Os mensageiros assírios possivelmente apresentaram sua mensagem oralmente e por escrito: oralmente aos mensageiros de Ezequias, já que o próprio Ezequias não saiu para vê-los, e por escrito para que a carta fosse entregue ao rei.Estendeu-a. Como se a mensagem fosse endereçada tanto ao Deus de Israel como ao rei. |
2Rs.19:15 | 15. Acima dos querubins. A referência é ao santo shekinah, a glória miraculosa que simbolizava a presença pessoal de Deus e que aparecia acima do propicíatório entre os dois querubins (ver Êx 25:22; 29:43; Lv 16:2; ISm 4:4).Tu somente. Em sua oração, Ezequias reconhecia a Deus como o único, o Senhor dos céus e da terra, a quem Senaqueribe desafiara ousadamente. Esse foi um protesto contra a carta de Senaqueribe, em que ele tratou a Yahweb como um entre vários deuses insignificantes da Asia Ocidental, que se mostraram impotentes diante dos assírios. |
2Rs.19:16 | 16. Ouve [...] e vê. Ezequias tinha zelo pela dignidade de seu Deus e sentia que o Senhor, em justiça a Si mesmo, não podia deixar de Se vingar desse arrogante rei pagão. |
2Rs.19:17 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.19:18 | 18. Deuses não eram. O fato cie nações e seus deuses serem destruídos pelo poder assírio não era novo, porque esses não eram deuses, apenas imagens feitas por mãos humanas.O contraste entre Yahweh e os falsos deuses constitui parte importante da segunda metade do livro de lsaías (ver Is 41:24; 44:8-10). |
2Rs.19:19 | 19. Tu és o Senhor Deus. Literalmente, "Só tu, Yahweh, és Deus”. A emergência em que Judá estava, de fato, era oportunidade extraordinária para Deus manifestar Sua presença e poder diante das nações da Terra. A fama do poder assírio era conhecida por toda a Terra. Quando Deus salvasse Jerusalém de Senaqueribe, a Assíria seria humilhada e as nações saberíam que Yahweh é supremo. |
2Rs.19:20 | 20. Eu te ouvi. Ezequias não loi deixado em dúvida quanto à resposta à sua oração. O profeta lsaías imediatamente lhe transmitiu a mensagem de que Deus ouvira seu pedido e de que o juízo seria enviado sobre os assírios. |
2Rs.19:21 | 21. A virgem. Jerusalém resistiu a todos os esforços dos assírios contra ela e não permitiu se contaminar. Esta personificação de Jerusalém com uma mulher é uma ilustração comum (ver Is 23:12; 52:2; Lm 2:13; Mq 4:10).Meneia a cabeça. Um gesto de desprezo entre os hebreus (ver SI 22:7; 109:25; Mt 27:39). |
2Rs.19:22 | 22. O Santo de Israel. Esta é a frase favorita de lsaías. Ele a utiliza 27 vezes em seu livro. Aparece apenas cinco vezes no restante da Bíblia (SI 71:22; 78:41; 89:18; Jr 50:29; 51:5). |
2Rs.19:23 | 23. Disseste, lsaías expressa aqui os pensamentos de Senaqueribe. O rei assírio estava extremamente confiante de que, com seus vários carros, conseguiría conquistar qualquer região que escolhesse e que seus exércitos pisoteariam toda oposição e superariam qualquer obstáculo no caminho.Altos cedros. Esta frase pode ser aplicada de lorma figurada e literal. Os assírios planejavam cortar os lindos cedros doLíbano para seu próprio uso. De modo figurado, a frase significa a completa devastação de todo o país, inclusive a ruína dos majestosos palácios da nação e seus orgulhosos habitantes (ver Is 2:12-17; 10:33, 34). |
2Rs.19:24 | 24. Cavei, e bebi. O sentido parece ser que Senaqueribe se sentia capaz de enfrentar qualquer dificuldade. As montanhas não o interrompiam, ele saltava sobre elas. Os desertos não o paravam, ele os atravessava, cavando suas próprias fontes de água. Os rios não o impediam, ele os secava debaixo de seus pés.Rios do Egito. A terra do Nilo estava do outro lado do deserto e era cortada por vários canais. Senaqueribe estava se gabando de que isso não seria obstáculo, pois eles desapareciam diante dele. |
2Rs.19:25 | 25. Dispus Eu estas coisas. O Senhor responde ao rei assírio. Depois de toda a vangloria de Senaqueribe quanto a seus feitos, o Senhor lhe pergunta se ele não ouviu que Yahweh tem o destino das nações sob Seu controle e que cada nação ocupa seu lugar somente quando Ele o permite (ver PR, 535, 536). Naquela ocasião os assírios foram a ferramenta para cumprir Seus propósitos (ver Is 10:5-15). |
2Rs.19:26 | 26. Debilitados. Deus permitiu o sucesso dos exércitos assírios. A Assíria poderia ter se tornado uma poderosa influência para o bem no mundo se tivesse seguido a reforma que resultara da pregação de Jonas (Jn 3:5-10). Quando os ninivi- tas trocaram o arrependimento temporário por sua antiga idolatria e desejaram conquistar o mundo, eles destruíram a Assíria como nação. |
2Rs.19:27 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.19:28 | 28. Anzol no teu nariz. As esculturas mesopotâmicas revelam que os assírios, às vezes, utilizavam de extrema barbárie no trato com os prisioneiros. Um relevo de Esar-Hadom retrata Taharka (Tiraca), do Egito, e Baalu, de Tiro, com argolas no nariz e presos por cordas às mãos do conquistador.Manassés pode ter sido levado para a Assíria desta maneira (ver 2Cr 33:11). |
2Rs.19:29 | 29. Por sinal. O Senhor deu vários sinais por meio do profeta Isaías (2Rs 20:9- 11; Is 7:11, 14; 8:18; 20:2, 3). Durante o restante do ano corrente, o povo conseguiría encontrar alimento suficiente no campo. No ano seguinte (possivelmente sabático), eles também conseguiríam alimento originado do que cresceria novamente no campo. E, no terceiro ano, eles retomariam a semea- dura e a colheita. As atividades agrícolas corriqueiras foram interrompidas pela presença dos exércitos assírios na terra. |
2Rs.19:30 | 30. Ficou de resto. Esta expressão indica a extensão da devastação causada como resultado da invasão assíria em judá. |
2Rs.19:31 | 31. Sairá. Grandes áreas de judá foram completamente devastadas pelos exércitos assírios. E possível que muitos tenham se reunido em Jerusalém para escapar do ataque violento de Senaqueribe. Agora, desta cidade sairia um remanescente para repovoar e restaurar a terra. Isaías, Miqueias e Jeremias frequentemente utilizaram o termo "remanescente” (ver Is 10:20; 11:11; 14:22; 46:3; Jr 23:3; 31:7; 40:11, 15; 42:2; 43:5; 44:14; \i(| 2:12; 4:7; 5:7, 8). |
2Rs.19:32 | 32. Com escudo. Os escudos assírios eram notáveis nas esculturas antigas. Os soldados envolvidos no cerco eram protegidos por enormes escudos para se aproximarem dos muros da cidade (ver p. 49).Levantar tranqueiras. As representações destas rampas são mostradas em relevos assírios. Eram colocadas junto aos muros para que os aríetes chegassem às partes superiores e mais fracas das defesas. |
2Rs.19:33 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.19:34 | 34. Defenderei esta cidade. Ver Is 31:5; 37:35; 38:6.Por amor de Mim. A honra cie Deus estava em jogo, já que Senaqueribe abertamente O desafiara. |
2Rs.19:35 | 35. Naquela mesma noite. Isto é, a noite seguinte ao dia em que foi dada a profecia a Isaías.Feriu. "Todos os homens valentes, os chefes e os príncipes no arraial do rei da Assíria" (2Cr 32:21). A maior parte do exército enviado a Jerusalém estava morta.Quando se levantaram. A aparente incongruência da última parte deste verso desaparece quando se observa que o sujeito da frase é indefinido e geral, como se a frase fosse: "quando o povo se levantou”. Ou seja, quando os que faziam parte do exército se levantaram na manhã seguinte viram os seus companheiros mortos (os 185 mil que o anjo feriu). |
2Rs.19:36 | 36. Retirou-se. Senaqueribe estava com o exército aguardando a aproximação do Egito quando o juízo ocorreu (ver PR, 361). Rapidamente ele se retirou e retornou para a Assíria sob terror e vergonha, deixando Ezequias em paz para restaurar sua terra. |
2Rs.19:37 | 37. Seus filhos, o feriram. Registros assírios e babilônicos confirmam o assassinato de Senaqueribe por seus filhos.Terra de Ararate. Textos assírios apoiam a informação de que os assassinos de Senaqueribe e uma grande facção rebelde fugiram para o "Ararate”, na região da Armênia, para o norte.Reinou em seu lugar. De acordo com registros assírios, Esar-Hadom subiu ao trono em 681 e reinou até 669 a.C.Foi durante o reinado de Esar-Hadom que a Assíria atingiu seu poder e aumentou sua extensão territorial. Depois de urna campanha malsucedida, ele conquistou o Egito. Nenhum outro ser humano era poderoso como ele, mas sinais de perigo iminente o perturbavam. Procurando dividir seus inimigos em potencial, ele firmou contrato com os citas contra os cimérios; morreu, porém, enquanto seguia para suprimir uma revolta no Egito.Capítulo 20X l /equias disse a Isaías: Qual será o sinal de que o Si-niior rne curará e de que, ao terceiro dia, subirei à Casa do Senhor? |
2Rs.20:1 | 1. Naqueles dias, No tempo da primeira invasão de Senaqueribe, no 14° ano de Ezequias. Além da promessa de curar Ezequias, o Senhor disse que livraria | er lis além das mãos do rei da Assíria e acrescentaria 15 anos ao reinado do monarca (v. 6). Isso se encaixa com os detalhes da primeira campanha de Senaqueribe contra Judá, no 14° ano de Ezequias (ver com. de 2Rs 18:13), e com o fato de que Ezequias reinou 29 anos (2Rs 18:2; sobre a doença e a recuperação de Ezequias, ver ls 38; 39; 2Cr 32:24-31).Põe em ordem a tua casa. Esta prescrição revela a razão porque a mensagem foi dada a Ezequias. Algumas coisas deveríam ser colocadas em ordem para a entrega do governo, e preparativos espirituais também deveríam ser leitos.Porque morrerás. A doença era fatal. A profecia previa os resultados que seguiríam as circunstâncias do momento. Com uma alteração nas circunstâncias, a predi- cão mudaria (ver v. 5). Algumas predições proféticas não são necessariamente absolutas; podem ser condicionais, como no caso da mensagem de Jonas a Nínive (Jn 3:4-10). |
2Rs.20:2 | 2. Orou. Ezequias não achou que fosse inútil orar, como se a mensagem profética tivesse tornado a morte inevitável. Quando a pessoa ora, Deus pode fazer o que Ele não podería se ela não orasse. Pedidos por cura, no entanto, devem ser feitos emespírito de submissão. Somente Deus sabe se a resposta a um pedido contribuirá para o bem da pessoa interessada e se redundará em Sua glória. Ao orar por um doente alguns cometem o erro de quase exigir que a vida do sofredor seja restaurada. Em muitos casos, a vicia dos que foram poupados não traz glória a Deus. Seria melhor ter descansado enquanto tinham a esperança da salvação (ver T2, 1.48, 149). A extensão da vida de Ezequias o levou a um grande erro (v. 12-19). Se tivesse acrescentado à sua oração: "Todavia, não seja como eu quero, e sim como Tu queres" (Mt 26:39), ele poderia ter morrido com o registro de sua vida imaculado. |
2Rs.20:3 | 3. Com inteireza de coração. A afirmação de Ezequias deve sei: julgada à luz do contexto. Em nossa época de esclarecimento espiritual não é adequado apresentar a bondade própria como base do favor de Deus. Lamentavelmente, os esforços humanos estão tão longe de alcançar a norma divina que, como último recurso, o suplicante é estimulado a pôr sua confiança nos méritos de Cristo. No entanto, é bom apresentar as promessas de Deus como base de nossa confiança, depois de ter tudo em nosso poder para cumprir as condições. |
2Rs.20:4 | 4. Antes que Isaías tivesse saído. A resposta a Ezequias foi dada rapidamente. Deus ordenou a Isaías que voltasse antes de deixar os arredores do palácio. Deus sempre ouve a pessoa que derrama sua alma emoração sincera. A resposta pode não ser adesejada, ou tão imediata e direta como no caso de Ezequias, mas o Senhor ouve e (az todas as coisas para o bem daqueles que O amam (Rm 8:28). |
2Rs.20:5 | 5. Chefe (ARC). Literalmente, '‘líder”, "príncipe” (ARA), uma designação de honra para alguém separado para governar sobre o povo de Deus (ver iSm 9:16; 10:1; 13:14; 2Sm 5:2; lRs 1:35).Eu te curarei. Deus podería curar Ezequias imediata mente, mas Ele escolheu não agir assim.Ao terceiro dia. Ou seja, um dia depois do dia seguinte, Ezequias já se sentiría bem para ir ao templo louvar a Deus. Está implícito que o primeiro ato de Ezequias ao se recuperar foi agradecer a Deus no templo. |
2Rs.20:6 | 6. Quinze anos. Ver com. do v. 1. |
2Rs.20:7 | 7. Tomai uma pasta de figos. O rei podería ter protestado contra orientação tão simples. Ele estava sofrendo de uma doença fatal. Possivelmente a infecção de sua “úlcera" tinha se espalhado e ameaçava tirai- sua vida em pouco tempo. No caso de Ezequias, a doença havia chegado a tal ponto que medicamentos simples não tinham utilidade. O rei talvez sentisse que o Senhor faria algo extraordinário para salvar sua vida. Quando as orientações foram dadas no sentido de empregar um remédio simples, elas foram seguidas, e o rei, curado. As pessoas podem não compreender os motivos para os caminhos do Senhor, mas é sempre sábio ouvir os Seus mandamentos.Há uma luz adicional aqui. A apresentação do caso para cura divina não exclui o uso de remédios naturais. O emprego desses meios não rexela (alta de lé. E dever tio ser humano, depois que o pedido por cura for apresentado, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para trazer alívio do sofrimento e parar o desenvolvimento da doença por meio de métodos naturais (ver CS, 381, 382). |
2Rs.20:8 | 8. O sinal. Ver com. de 2Rs 19:29. Ezequias desejava um sinal imediato de que o Senhor faria o que prometera (ver com. de Js 7:14; Jz 6:36). |
2Rs.20:9 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.20:10 | 10. Retroceda. No curso normal dos acontecimentos, a sombra do relógio do sol gradualmente avançaria com o movimento do sol. Para ele retroceder, porém, seria uma ocorrência notável. Por esta razão, Ezequias escolheu este sinal. |
2Rs.20:11 | 11. Retroceder dez graus. Não há benefício em especular como Deus executa os milagres. O sinal veio como interferência direta de Deus.O relógio de sol de Acaz (ARC). Relógios de sol de vários tipos foram empregados na antiga Babilônia, Assíria, Egito e Roma. Acaz conseguiu um da Assíria por meio de seus contatos com Tiglale-Pileser.O relato paralelo de Isaías segue com a oração de Ezequias e a canção cie gratidão por sua recuperação (ver Is 38:9-20). |
2Rs.20:12 | 12. Merodaque-Baladã. Ver Is 39:1. Este rei tem sido identificado com o belicoso Mardtik-apal-iddina, que foi rei em Babilônia de 721 a 709 a.C., de acordo com o Canon de Ptolomeu. Ele governou Babilônia novamente por um curto período em 703. Foi um doloroso espinho na carne dos assírios, sendo um desafio constante para a tomada de Babilônia. Na época da campanha de Senaqueribe, no 14° ano de Ezequias, e da doença deste rei, Merodaque-Baladã era, segundo a cronologia dos reis empregada por este Comentário, um rei exilado buscando aliados que também se opusessem à Assíria e cjue pudessem ser úteis a ele no combate a esta nação. Apesar de deposto, ele poderia ser chamado de "rei de Babilônia” por aqueles que ainda o consideravam como o go\ernante legítimo, mesmo que desapossado. Ezequias também o considerava desta forma.Filho de Balada. I nscrições assírias o chamam de filho de Yakin, um rei do 9o século. Iodos os seus descendentesse referem a ele como “filho de Yakin”. Filho quer dizer descendente, como nas inscrições assírias em que Jeú é chamado de "filho de Onri”. Na descendência de Merodaque- Baladã houve um Balada e um Yakin.Enviou cartas. Astrônomos babilôni- cos notaram que havia ocorrido um milagre no relógio de sol (ver 2Cr 32:31). Quando Merodaque-Baladã ouviu o que havia ocorrido, enviou mensageiros para felicitar a Ezequias e aprender mais sobre o Deus que podia operar esse tipo de milagre (ver PR, 344). Esses embaixadores também podem ter aproveitado a ocasião para parabenizar a Ezequias pela corajosa resistência à Assíria. Merodaque-Baladã também poderia estar buscando uma aliança formal com Ezequias contra um inimigo em comum. |
2Rs.20:13 | 13. Toda a casa. Ezequias se sentiu lisonjeado com essa atenção por parte do "rei de Babilônia’ . Ao mostrar seus tesouros aos embaixadores e revelar seus recursos, ele estava oferecendo uma isca aos gananciosos caldeus, que voltariam para tomar esses tesouros e levá-los para a Babilônia menos de um século depois dessa visita. |
2Rs.20:14 | 14. Então, Isaías, o profeta, velo, Ezequias cometera um grave erro que punha em perigo a segurança de sua nação, e o profeta foi enviado para repreendê-lo.De uma terra longínqua. Se Ezequias fez. um acordo formal com Merodaque- Baladã, ele estaria, com esta afirmação, tentando diminuir os eleitos do acordo. Josué achou apropriado fazer acordo com os gibeonitas, considerando que eram de “uma terra mui distante’’ (js 9:9-15). Ezequias também pode ter percebido que a distância entre Babilônia e judá desculparia o estabelecimento de relações amigáreis com Merodaque-Baladã. Por meio de Isaías, o Senhor instou com Seu povo para não se associar com poderes estrangeiros, mas a confiar em Deus (ls 8:9-13; 30:1-7; 31:1-5).Babilônia. Ou seja, o país de Babilônia. A Bíblia utiliza o mesmo termo para designar o país e sua capital. Merodaque-Baladã, um caldeu do sul de Babilônia, não dominava a cidade de Babilônia nessa época, porque os assírios colocaram ali outro rei vassalo. Ele estava exilado, possivelmente em Elão, embora tivesse ainda muitos adeptos em Babilônia. Nessa época. Babilônia, sujeita à Assíria, era considerada uma nação fraca, insignificante e tão distante que nunca seria uma ameaça. No entanto, já se tornava objeto de atenção profética (Is 13; 14:1-23; 43:14; 46:1, 2; 47:1- 15; Mq 4:10). Em breve Babilônia, e não a Assíria, seria o grande inimigo e o poder que promovería a queda de Judá. |
2Rs.20:15 | 15. Que viram [...]? Eles viram o que Ezequias lhes mostrou. Era uma grande oportunidade de testemunhar para o Senhor. Deus o curara de uma doença mortal. O impressionante milagre da sombra do relógio do sol despertou interesse generalizado. Ezequias deveria ter testemunhado da maravilhosa misericórdia e do poder de Deus e deveria ter enviado os mensageiros de Merodaque-Baladã de volta bem instruídos a respeito do que Deus pode lazer e faz por Seus filhos em toda a 4erra. Porém, ele falhou. A pergunta a Ezequias é feita ás pessoas do século 21. O Senhor pergunta: o que as pessoas veem em nosso lar e em nossa vida?Nos meus tesouros. Ezequias estava muito preocupado com seus tesouros terrenos. Teria sido melhor se ele tivesse valorizado o tesouro celestial e dado um vislumbre da Pérola de grande preço aos mensageiros babilônios. |
2Rs.20:16 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.20:17 | 17. Levado para a Babilônia, Esta pre- díção foi cumprida quase um século depois. Os exércitos de Nabucodonosor levaram os tesouros de Judá para Babilônia (2Rs 24; 25). |
2Rs.20:18 | 18. Teus próprios filhos, “Filhos”, em hebraico, geral mente representa a posteridade. Manassés, filho de Ezequias, foi levadopelos assírios (2Cr 33:11). Muitas pessoas da família real foram levadas para o cativeiro hahifônico no tempo de Nabucodonosor (2Rs 24:12; 25:6, 7). Isso se cumpriu no caso de Daniel e de seus três amigos (ver Dn 1:3-7). |
2Rs.20:19 | 19. Boa é a palavra. Exéquias reconheceu que as palavras de Isaias eram as palavras do Senhor e que eram hoas. Ele sabia que merecia a reprovação.Paz e segurança. A palavra hebraica traduzida como ''segurança” (‘‘verdade”, ARC) vem da raiz amem (adotada para o português como ‘‘amém"), que significa "confirmar”, "apoiar”. Ezequias estava satisfeito com o lato de que o juízo não ocorrería em seus dias e que haver ia paz e prosperidade em seu reinado. Esta foi uma reação natural, mas egoísta. Ele deveria se preocupar com os problemas que seu ato imprudente acarretaria sobre sua posteridade. |
2Rs.20:20 | 20. A piscina (ARC). Acredita-se que a piscina seria o tanque interno de Siloé,ou o açude (Jo 9:7), ao sul da cidade de Davi, e que o aqueduto seria o famoso túnel de Siloé, com 533 m de comprimento. A água foi levada de Giom, no vale do Cedrom. Siloé significa "enviar” ou “conduzir".Em 1880 foi descoberta uma inscrição em hebraico nos muros desse túnel que se acredita pertencer à época de Ezequias. Ela explica como os trabalhadores começaram nas duas extremidades e foram escavando em direção à extremidade oposta, encontrando-se no centro. Essa obra dos engenheiros de Ezequias foi um dispositivo surpreendente em tempo de cerco, para suprir os moradores da cidade com água. Túneis semelhantes foram encontrados em Gezer e Megido (para a tradução da inscrição de Siloé, ver p. 71, 72). |
2Rs.20:21 | 21. Descansou Ezequias. O funeral de Ezequias for marcado por homenagens incomuns e seu enterro foi “no mais alto dos sepulcros dos filhos de Davi; e todo o Judá e os habitantes de Jerusalém” lhe deram honra (2Cr 32:33, ARC).Capítulo 21 |
2Rs.21:1 | 1. Manassés. Sobre a ascensão e o reinado de Manassés, ver p. 72, 73.Hefzibá. Litera l mente, “meu deleite está nela”. De acordo com a tradição judaica, Hefzibá foi filha do profeta 1 saias. Não énecessário associar peso a essa tradição. Mais tarde o nome seria aplicado à restauração de Sião (Is 62:4, ARC). |
2Rs.21:2 | 2. O que era mau. Manassés teve um bom pai, mas não seguiu os passos dele.As más sementes plantadas por Acaz produziram fruto de iniquidade em muitos dos habitantes da terra; e, após a morte de Ezequias, o mal dominou mais uma vez. |
2Rs.21:3 | 3. Tornou a edificar. Manassés contribuiu grandemente para contrariar o bem feito por seu pai. Os ritos idólatras, licencio- sos, cruéis e supersticiosos praticados pelas nações vizinhas, proibidos por Ezequias, foram retomados. O paganismo reviveu, os ídolos foram adorados e Judá foi tão longe, a ponto de encher a medida de iniquidade da nação.Altares a Baal. A adoração a Baal, que floresceu com Atalia (2Rs 11:18) e Acaz (2Cr 28:1, 2) e que era tão comum em Israel, então estava de volta a judá.Exército dos céus. O Sol, a Lua e as estrelas. A adoração ao Sol era representada pelos carros e cavalos colocados à entrada do templo (2Rs 23:11). |
2Rs.21:4 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.21:5 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.21:6 | 6. Queimou. O terrível rito do sacrifício humano parece ter exercido fascinação peculiar para pessoas ímpias. Acaz queimou a seu filho (2Rs 16:3; 2Cr 28:3) e, nos cfias finais de Judá, essa abominação cruel foi mencionada como uma das ofensas de destaque (Jr 7:31, 32; 19:2-6; 32:35; Ez 16:20; 20:26; 23:37).Médiuns. Esta prática era proibida aos hebreus sob pena de morte (Lv 20:27). |
2Rs.21:7 | 7. Na casa. Manassés foi ainda mais longe em suas abominações do que qualquer um dos anteriores reis de Judá. A abominação que Manassés colocou no templo foi tirada e queimada por josias no ribeiro de Cedrom (2Rs 23:6). |
2Rs.21:8 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.21:9 | 9. Fizeram pior do que as nações.Os ímpios moradores da Palestina foram destruídos por causa de práticas aviltantes, e, então, o professo povo de Deus se degradou tanto que os ultrapassou em corrupção e adoração abominável. Imoralidade, crueldade e opressão eram associadas à religião degradada. O pecado dos moradoresde Judá residia no fato de que eles abandonaram a pura forma de religião e o único Deus verdadeiro e os trocaram por uma forma corrupta de adoração e os tipos mais vis de idolatria. |
2Rs.21:10 | 10. Dos profetas. Não se conhece nenhum dos profetas contemporâneos de Manassés. Isaías foi o primeiro a sofrer a perseguição religiosa (ver PR, 382). |
2Rs.21:11 | 11. Os amorreus. Eles aparecem aqui como representantes das antigas nações cananeias (ver Gn 15:16; 1 Rs 21:26; Ez 16:3; Am 2:9, 10). |
2Rs.21:12 | 12. Tinirão ambos os ouvidos. Ver amesma frase em ISm 3:11; Jr 19:3. |
2Rs.21:13 | 13. O cordel de Samaria. Deus mediría Jerusalém pelo mesmo padrão que utilizou com Samaria (ver Am 7:7-9; Lm 2:8). Não havería parcialidade. A nação de judá tinha o exemplo de sua irmã Israel e não se beneficiou com isso. Então seria considerada ainda mais responsável.Como quem elimina a sujeira de um prato. Jerusalém seria como um prato na mão do Senhor que seria cuidadosamente limpo. |
2Rs.21:14 | 14. De seus inimigos. Ver Dt 28:36, 37; Is 42:22, 24; Jr 30:15, 16. |
2Rs.21:15 | 15. Desde o dia. O Senhor teve muita paciência com Seu povo. Ele o tratou melhor do que merecia, livrou-o vez após vez quando merecia a destruição por causa de seus pecados. |
2Rs.21:16 | 16. Derramou muitíssimo sangue inocente. Manassés não estava satisfeito em encorajar o mau e se esforçou para desencorajar o bem. Havia muitos que procuravam permanecer fiéis a Deus e que então se tornaram alvo de seu ódio. Os justos foram perseguidos por toda a terra. Isaías, que foi uma valente testemunha em prol da verdade e da justiça, sofreu o martírio nas mãos dos que estavam determinados a se opor à religião e a reformas políticas pelas quais ele trabalhava (ver PR, 382). |
2Rs.21:17 | 17. Quanto aos mais atos. Alguns detalhes importantes a respeito de Manassés foram omitidos pelo escritor do livro dos Reis: a sua captura pelos capitães do rei da Assíria, a remoção para Babilônia e seu arrependimento ali, a restauração de seu reinado e as reformas religiosas após seu retorno (2Cr 33:11-19). Esar-Hadom incluiu Manassés na lista de 22 reis da Ásia Ocidental aos quais ele exigiu madeira para ser enviada a Nínive. Assurbanípal, que sucedeu a Esar-Hadom, incluiu Manassés numa lista de 22 reis que lhe pagavam tributo.Seu pecado. O relato de Manassés, em Reis, apresenta poucos detalhes sobre as ini- quidades de seu reinado. Ele não somente ofereceu seu próprio filho como sacrifício humano, mas encorajou tais abominações no vale de Hinom (2Cr 33:6; cf. 2Rs 23:10). Ele permitiu o estabelecimento de casas para os sodomitas nas proximidades do templo (2Rs 23:7) e removeu a arca da aliança do templo (2Cr 35:3). |
2Rs.21:18 | 18. Da sua própria casa. De Acaz em diante, com exceção de Ezequias (2Cr 32:33, ARC) e, provavelmente, de Josias, nenhum rei de Judá foi enterrado nas sepulturas dos reis.Jardim de Uzá. Manassés e seu filho Amom (v. 26) foram enterrados ali. Não há informação adicional disponível a respeito deste local. Era um jardim vizinho aos jardins do palácio. Pertencia a um homem chamado Uzá e loi comprado para ser utilizado como sepultura. |
2Rs.21:19 | 19. Amom. Este nome é idêntico ao nome do deus-so! egípcio Amom. Manassés podeter escolhido o nome para seu filho a fim de demonstrar sua relação com essa divindade egípcia. |
2Rs.21:20 | 20. O que era mau. A apostasia cie Manassés imprimiu o mal sobre Amom e moldou sua vida de modo irremediável. Durante a última parte do reinado de Manassés, as festividades idólatras foram controladas (2Cr 33:16), mas, então, a idolatria recuperou o controle, e toda a terra foi arrastada numa maré de iniquidade. Como de costume, a licenciosidade moral e religiosa estavam associadas. O profeta Sofonias, que viveu durante a época de Josias, descreveu essa triste situação (ver Sf 1:8, 9; 3:1-4). |
2Rs.21:21 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.21:22 | 22. Abandonou ele o Senhor. Amom parece ter abandonado qualquer intenção de ser um adorador de Yahvveh. Ele recusou se humilhar diante do Senhor como fez seu pai e ‘‘se tornou mais e mais culpável” (2Cr 33:23). |
2Rs.21:23 | 23. Conspiraram contra ele. Não é apresentado o motivo para a conspiração. Pode ter sido algum rancor pessoal por parte dos oficiais do palácio ou uma reação à extrema idolatria do rei. De qualquer modo, a conspiração testifica da insatisfação com a política real. |
2Rs.21:24 | 24. Todos os que conspiraram.O assassinato foi considerado um crime, e os conspiradores foram punidos pelo povo. Não foram reveladas as intenções dos conspiradores. Alguns conjecturam que o propósito era banir a casa de Davi e iniciar uma nova dinastia. Se fosse essa a intenção, dificilmente Josias estaria vivo, pois teria caído nas mãos dos conspiradores.Capítulo 22I O bom reinado de Josias. 3 Ele faz os reparos do templo. 8 Hilquias encontra o livro da lei, e Josias o envia a Hulda para que consulte ao Senhor. 15 Hulda profetiza a destruição de Jerusalém, mas não na época de Josias.I í lendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes. |
2Rs.21:25 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.21:26 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.22:1 | 1. Oito anos de idade. Uma vez que Amom tinha 24 anos quando morreu e Josias, oito, Amom deve ter se casado cedo, aos 15 anos, e seu primeiro filho nasceu quando ele tinha 16 anos. Dessa forma, é improvável que ele tivesse algum filho mais velho que Josias.Trinta e um anos. Ver p. 62. |
2Rs.22:2 | 2. O que era reto. O jovem rei era de natureza profundamente religiosa e, a despeito da apostasia reinante, resistiu a cada tentação para que andasse nos passos de seu pai. No oitavo ano do seu reinado começou a buscar ao Senhor (2Cr 34:3).Nem para a direita nem para a esquerda. Uma frase comum nos tempos de Moisés e Josué (Dt 5:32; 17:11, 20; 28:14; Js 1:7; 23:6), raramente utilizada nas Escrituras. |
2Rs.22:3 | 3. No décimo oitavo ano. Josias começou sua obra de reforma no 12° ano de seu reinado, purificando a Judá dos postes-ídolos e das imagens (2Cr 34:3). Jeremias começou seu ministério profético no 13° ano de josias (jr 1:2). Cinco anos depois, Josias começou a obra de reparo no templo.Safã. Frequentemente mencionado no livro de jeremias. Seu filho Aicão era um amigo influente de Jeremias (Jr 26:24). Outro filho, Elasa, foi enviado por Zedequias como mensageiro a Nabucodonosor (Jr 29:3). Ainda outro filho, Gemarias, é mencionado como um dos príncipes que tentaram influenciar Jeoaquim a não queimar o rolo de Jeremias (Jr 36:12, 25). Jazanias, outro filho, é mencionado entre os ‘setenta homens dos anciãos da casa de Israel’’ (Ez 8:11). Gedalias era neto de Safã e foi feito governador da Judeia, por Nabucodonosor, depois da destruição de Jerusalém (2Rs 25:22; Jr 39:14; 40:5). Mi ca ias, outro neto, ouviu Baruque ler o rolo de Jeremias e relatou o conteúdo aos príncipes (jr 36:10-13). |
2Rs.22:4 | 4. Hilquias, o sumo sacerdote. Hilquias foi filho de Salum (lCr 6:13) ou Mesulão (lCr 9:11), e seu “filho” ou neto (ver Ne 11:11; lCr 6:13, 14; vercom.de IRs 19:16;lCr 2:7) foi Seraías, sumo sacerdote quando Jerusalém caiu (lCr 6:14, 15; 2Rs 25:18, 21; jr 52:24, 27). Seraías, pai de Jeozadaque, foi levado cativo (lCr 6:14, 15). Josué (ou jesua), o sumo sacerdote quando os judeus voltaram do cativeiro na época de Ciro, era filho de Jeozadaque ou Jozadaque (Ed 3:2, 8; 5:2; 10:18; Ne 12:26). Esdras também foi descendente de Hilquias (Ed 7:1).Ajuntaram. Durante algum tempo houve um processo de coleta para reparar o templo. Uma coleta parecida ocorreu no tempo de Joás (2Rs 12:9, 10). O dinheiro foi arrecadado dentre as tribos de Efraim, Manassés, Judá e Benjamim (2Cr 34:9). |
2Rs.22:5 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.22:6 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.22:7 | 7. Com fidelidade. Ver 2Rs 12:15. O nome de vários desses supervisores é apresentado em 2 Crônicas 34:12. |
2Rs.22:8 | 8. Livro da Lei. Ver com. de 2Cr 34:14. |
2Rs.22:9 | 9. Contaram. Literalmente, “derramaram”. Ou seja, do cofre que continha o dinheiro (ver 2Rs 12:9-11). |
2Rs.22:10 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.22:11 | 11. Rasgou as suas vestes. Josias foi profundamente tocado quando Safã leu as mensagens do Senhor contidas no volume sagrado. Ele compreendeu claramente que o caminho da desobediência traria terrível calamidade sobre a nação e a obediência traria bênção, vida e prosperidade. |
2Rs.22:12 | 12. Aicão. Este foi o amigo e protetor de Jeremias (Jr 26:24), pai de Gedalias, governador da Judeia, depois que Nabucodonosor dominou Jerusalém (2Rs 25:22). |
2Rs.22:13 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.22:14 | 14. A profetísa Hulda. Vários profetas atuaram durante o reinado de josias. jeremias já estava engajado nessa importante obra (Jr 1:2). Habacuque e Sofoniastambém profetizaram durante o reinado de Josias (Sf 1:1; PR, 384, 385, 389). Não é dada nenhuma razão por que Hulda foi escolhida para essa entrevista. Entre as pro- letisas mencionadas na Bíblia, estão Miriã (Êx 15:20), Débora (Jz 4:4), Noadia (Ne 6:14), Ana (Lc 2:36) e as quatro filhas de Filipe (At 21:8, 9).O guarda-roupa. Salum, o esposo de Hulda, era encarregado das vestimentas do rei ou dos sacerdotes no templo. Qualquer uma das funções o tornava um personagem importante.Cidade baixa, Do heb. mishneh. Literalmente, "segundo'’, ou seja, "segunda parte” ou "segundo trimestre". Refere-se, possivelmente, a uma cidade nova ou externa: a expansão de Jerusalém ao norte, que foi anexada ao muro de Manasses (ver Sf 1:10; 2Cr 33:14, onde mishneh é traduzida como “fora”). De acordo com Neemias 3:9 e 12, havia duas “meia" partes de Jerusalém. A tradução "segunda parte” (ARC) provém dos Targuns, que tomam mishneh com o sentido da posterior Mishmth, “instrução”, que vem da ideia de "repetir", “ensinar” e “aprender”. |
2Rs.22:15 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.22:16 | 16. Eis que trarei males. A nação foi condenada por causa da iniquidade. O povo seguiu o caminho da iniquidade por tanto tempo que se tornou endurecido no pecado. Os sentidos deles estavam tão amortecidos que o errado parecia certo e eles preferiam o mal ao bem. Sob essas condições, a ruína da nação não podería ser evitada mediante uma reforma temporária.Todas as palavras. Ou seja, a condenação predita em Levítico 26:16 a 39 e Deuteronômio 28:15 a 68. |
2Rs.22:17 | 17. O Meu furor se acendeu. Ver Dt 29:25-28. A ira de Deus caiu sobre o povo escolhido e resultou na destruição da nação. O juízo cairá com a mesma força sobre um mundo impenitente (Ap 14:18, 19; 15:7, 8; 16:1-21; PR, 389).Não se apagará. A ira de Deus foi acesa como um logo que não se apagaria. Uma \ e/ aceso, esse fogo queimaria até que a nação fosse consumida (ver 2Rs 23:26, 27; Jr 4:4; 15:1-9; Ez 15:2-8). O juízo pronunciado sobre Manassés (2Rs 21:12-15) foi repetido a Josias e, aparentemente, nenhum esforço de reforma livraria a nação culpada. Essa foi a triste verdade revelada por Hulda e que logo seria a principal mensagem de Jeremias. A sentença de condenação fora dada. |
2Rs.22:18 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.22:19 | 19. Enterneceu. Humildade e compaixão estão entre as excelentes graças cristãs. O sensível coração de Josias o levou a responder às influências do Espírito Santo de Deus e a se comover com os pecados do povo que estavam trazendo tantas desgraças e aflições. |
2Rs.22:20 | 20. Em paz. Há momentos quando a morte é uma bênção. Por misericórdia, Deus permitir ia que josias fosse enterrado antes da destruição de Juclá. O próprio Josias foi morto em batalha (2Rs 23:29), mas sua morte o poupou de testemunhar a terrível calamidade que ocorreria poucos anos mais tarde.Capítulo 23I Josias ordena a leitura do livro em assembléia solene. 3 Ele renova a aliança com o Senhor. 4 Destrói a idolatria. 15 Queima os ossos de pessoas mortas sobre o altar de Betei, como profetizado. 21 Celebra a mais solene Páscoa já relatada na Bíblia.í Então, deu ordem o rei, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele.o seu coração, e de toda a sua alma, e cie todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual.em Jerusalém. Sua mae se chamava Zebida e era 37 Fez ele o que era mau perante o Senhor,filha de Pedaías, dc Ruma. segundo tudo quanto fizeram seus pais. |
2Rs.23:1 | 1. Todos os anciãos. Líderes sábios consultam outros líderes. Josias reuniu todos os líderes da nação para ver se algo podería ser feito para impedir a calamidade anunciada, ou fazer com que o juízo vindouro tosse temperado com misericórdia. Ao anunciar a destruição, Deus não impede o arrependimento e a reforma. Não haveria nada a perder ao colocar diante do povo o terrível destino que o ameaçava caso persistisse na iniquidade. Era necessária conversão a Deus e à justiça, e Josias estava decidido a fazer tudo para trazer um reaviva mento nacional. |
2Rs.23:2 | 2. Todos os homens de Judá. Os homens da nação foram chamados a Jerusalém para ouvir a mensagem de Deus.\ solene reunião incluía pessoas de todas as classes e ocupações, principalmente os sacerdotes e profetas. Esses líderes religiosos do povo deveríam ser os mais influentes em ajudar a executar a desejada reforma. |
2Rs.23:3 | 3. Junto à coluna. Possivelmente uma das grandes colunas cie bronze (ver IRs 7:15, 21). De acordo com o ritual de Ezequiel para a adoração real no reino restaurado, o príncipe deveria permanecer “junto ã ombreira da porta” (Ez 46:2).Fez aliança. Esta era uma renovação da aliança que o Senhor fizera com Israel no Sinai, por meio da qual o povo concordou em obedecer ao Senhor e andar nos Seus caminhos (Êx 19:5-8; 24:3-8). A nação quebrou a aliança e perdeu o direito às promessas feitas pelo Senhor. A renovação da bênção viria somente de uma renovação da aliança. Foi por isso que Josias fez esse acordo solene diante de Deus, para guardar Seus mandamentos e permanecer fiel à aliança feita entre Deus e Seu povo no Sinai.Anuiu a esta aliança. O povo se colocou ao lado de Deus, o que significava que aceitava os termos da aliança e prometia lealdade. |
2Rs.23:4 | 4. Segunda ordem. Aqui são mencionadas três ordens distintas da organização sacerdotal e levítica (ver 2Rs 25:18).Tirassem do templo. Parece que a purificação no 12o ano do reinado de Josias (2Cr 34:3) foi uma obra parcial. A presença dos utensílios feitos para o serviço a Baal, a Aserá e às hostes celestes, no templo sagrado, indica como a idolatria se apoderara do povo de Judá. Os judeus se alienaram quase que completamente de Deus e se entregavam aos costumes dos pagãos que seus antepassados haviam desapos- sado. josias estava determinado a exterminar o último vestígio de idolatria da terra.Todos os utensílios. Isto incluir ia não somente os vasos, no sentido exato do termo, mas todos os aparatos de adoração, incluindo os utensílios, imagens, altares, etc.E os queimou. Isto estava de acordo com Deuteronômio 7:25; e 12:3 (ver lCr 14:11, 12).Cedrom. Este era um vale que corria de norte a sul pelo laclo leste de Jerusalém, entre a cidade e o monte das Oliveiras. Os campos do Cedrom estavam possivelmente na parte norte do vale, que era ampla (ver Jr 31:40). Asa queimou o ídolo de iVlaaca no vale de Cedrom (IRs 15:13).Para Betei. Para um lugar considerado como amaldiçoado e impuro, a fim de que o solo de Judá não fosse contaminado. |
2Rs.23:5 | 5. Estabeleceram. Jeroboão “constituiu sacerdotes dos mais baixos do povo, que não eram dos filhos de Levi” (IRs 12:31, ARC). As práticas de Manassés e Amom foram as mesmas de Jeroboão.Ao redor de Jerusalém. Ver v. 13.A BaaL A enumeração desses vários deuses indica até que ponto o povo de judá abandonou ao Senhor. E possível que os deuses estejam listados em termos do grau de veneração tributada a eles. Baal era o grande deus da tempestade (ver com. de iPvs 16:31). |
2Rs.23:6 | 6. O poste-ídolo. Esta era a imagem de escultura de Aserá, feita por Manassés (2Rs 21:3, 7).No qual o queimou. A imagem de Aserá era possivelmente feita de madeira recoberta com metal e podia ser queimada com facilidade (ver Dt 7:25).E o reduziu a pó. Isto é similar ao tratamento dado ao bezerro de ouro no deserto (Êx 32:20).Do povo. Ou seja, o povo comum. A mesma expressão ocorre em Jeremias 26:23. O povo não era enterrado em sepulturas escavadas nas rochas, mas em covas comuns. Como os túmulos eram considerados impuros, o cemitério de Cedrom era considerado um local apropriado para lançar o pó dos ídolos destruídos. |
2Rs.23:7 | 7. Prostitutos cultuais (ARC). O relato de que homens e mulheres depravados, devotados à prostituição religiosa, estavam alojados em uma casa ao lado do templo é um lamentável comentário do colapso moral que havia entre o professo povo de Deus. As práticas perversas e imorais desenvolvidas afi eram parte da cerimônia idólatra da época. Em seus dias, Ezequie! denunciou as "terríveis abonai nações” realizadas na área do templo (Ez 8:5-17). As piores infâmias da adoração cananeia haviam se introduzido no santo templo de Deus. Dificilmente judá podería, sozinho, ter afundado tão profundamente no pecado. |
2Rs.23:8 | 8. Geba até Berseba. Ou seja, das extremidades norte e sul de judá (ver 1 Rs 15:22; Zc 14:10). |
2Rs.23:9 | 9. Não sacrificavam. Os sacerdotes que serviam nos santuários idólatras e que foram chamados para Jerusalém não tiverampermissão de oficiar nos serviços sagrados do templo. Na descrição que Ezequiel fez da restauração dos sacerdotes levíticos que se desviaram, percebe-se que não lhes foi permitido participar nos santos serviços do templo, apesar de poderem realizar alguns dos serviços mais humildes (Ez 44:10-14).Pães asmos, Apesar de não lhes ser permitido participar nos serviços sagrados do templo, não lhes foi retirado todo o apoio. Eles recebiam o mesmo tratamento que os sacerdotes que apresentavam algum tipo de imperfeição física (ver Lv 21:17-23). |
2Rs.23:10 | 10. Profanou a Tofete. Este era o local no vale de Hinom onde se praticava o culto bárbaro de oferecer seres humanos como sacrifício a Moloque (ver Is 30:33; Jr 7:31; 19:6; 32:35), inclusive os filhos de Acaz e Manassés (2Rs 16:3; 21:6; 2Cr 28:3; 33:6).Hinom. Um vale a oeste e sul de Jerusalém. A parte sul foi considerada como um local de destruição e abominação por causa dos horrores dos sacrifícios humanos e da poluição por parte de Josias. Mais tarde se tornou o lixão da cidade.No NT, o vale de Hinom, do heb. Ge Hinnom, foi utilizado como símbolo do local de destruição dos ímpios. Em referências posteriores, a palavra “inferno” é uma tradução do grego geenna, uma transliteração do heb. Ge Hinnom (Mt 5:22, 29, 30; 10:28; 18:8, 9; 23:15, 33; Mc 9:43-48; Lc 12:5; Tg 3:6).Moloque. Sobre os sacrifícios a Moloque, ver com. de Lv 18:21; Jr 7:31. |
2Rs.23:11 | 11. Os cavalos. Nos tempos antigos, o Sol era frequentemente retratado corno um cocheiro que diariamente dirigia seus cavalos através do céu.Carros do sol. Os carros do Sol eram conhecidos na antiga Pérsia, sendo familiares também aos gregos e romanos. É interessante essa antiga evidência de tal costume entre os hebreus. Manassés e Amom fizeram grandes esforços para adotar as formas de adoração pagãs dos países vizinhos. |
2Rs.23:12 | 12. Sala de Ac az. Isto possivelmente se refere a um terraço do eenáculo, construído por Acaz sobre alguma estrutura no pátio do templo, já que o escritor está lidando com a profanação do templo. Os altares podem ter sido postos para a adoração das estrelas, que deveria ser realizada nos telhados (ver jr 19:13; 32:29; Sf 1:5). |
2Rs.23:13 | 13.0 rei profanou. O registro não diz que o rei destruiu os altos, mas que os profanou. Alguns deles eram feitos de grandes pedras nativas ou superfícies de pedra plana com orifícios para receber as libações, etc. Esses lugares eram bem conhecidos na Palestina. E pouco provável que construções erigidas por Salomão para a adoração de Astarote, Quemos e Milcom tivessem permanecido durante os movimentos reforma- tórios de Asa, josafá e Ezequias. Ezequias “removeu os altos” destruindo todos eles (2Rs 18:4; 2Cr 31:1). Assim o fez Josias (PR, 405).Defronte de Jerusalém. Ou seja, para o oriente da cidade. Os pontos cardeais eram determinados a partir do leste. A mão esquerda apontava para o norte, a mão direita para o sul e as costas, ao oeste. Bons reis como Asa, josafá e Ezequias não permitiram a adoração de deuses estrangeiros nesses altos, somente a adoração a Yahweh deveria ser realizada ali. Salomão construiu altos para os deuses estrangeiros (ver IRs 11:5-8).Monte da Destruição. Possivelmente a encosta sul do monte, das Oliveiras, assim chamada com desprezo, para mostrar repulsa à abominável adoração idólatra realizada no leste do santo templo. |
2Rs.23:14 | 14. Ossos humanos. Os hebreus consideravam os cadáveres e ossos humanos como impuros e havia regulamentos relacionados a seu manuseio (Nm 19:11, 16). Colocar ossos de pessoas mortas nos altos era considerado uma profanação eterna e os tornaria impróprios como locais de adoração. |
2Rs.23:15 | 15. Derribou. O alto de Betei era um tipo de construção no estilo de tabernáculoou templo, porque foi derribado e queimado. Já havia algum tempo que o reino de Israel fora destruído, mas a adoração ainda era realizada no santuário que Jeroboão construíra em Betei. |
2Rs.23:16 | 16. E os queimou. Queimar ossos humanos em um altar era ofensivo, josias recorreu a isso para demonstrar desprezo pelo terrível modo de adoração que jeroboão instituira no lugar da adoração a Yahweh e assegurar que esse santuário nunca mais seria utilizado com fins religiosos. Os ossos queimados eram dos sacerdotes que oficiaram nesses altares (ver 2,Cr 34:5).O homem de Deus. Ver IRs 13:1, 2. |
2Rs.23:17 | 17. Monumento. Do heb. tsiyyun, “poste indicador”, "monumento”. Josias viu uma pedra memorial sobre uma sepultura e quis saber quem fora enterrado ali. Era um antigo costume hebreu: erigir marcadores de pedra nas sepulturas (Gn 35:20).Do homem de Deus. Ver i Rs 13:23-30. |
2Rs.23:18 | 18. Viera de Samaría. Esta frase identifica o velho profeta que enganou o profeta da Judeia. |
2Rs.23:19 | 19. Cidades de Samaría. josias foi até Naftali (2Cr 34:6). Nessa época Samaría estava sob o controle da Assíria, que era fraca e não interferiu nas incursões de josias em seus territórios (ver p. 50-52). |
2Rs.23:20 | 20. Matou todos os sacerdotes. Em cumprimento à profecia de 1 Reis 13:2, josias estava fazendo o possível para acabar com a idolatria. Ele tomou como exemplos os que eram líderes do povo na apostasia. |
2Rs.23:21 | 21. Celebrai a Páscoa. Um retorno à observância dos antigos ritos mosaicos.Neste Livro da Aliança. O livro da lei mosaica que Hilquias encontrou no templo (2Rs 22:8; cf. Êx 12:3-20; Lv 23:5; Nm 9:2, 3; Dt 16:2-6). |
2Rs.23:22 | 22. Tal Páscoa. Os detalhes da celebração desta Páscoa são apresentados em 2 Crônicas 35:1-18. |
2Rs.23:23 | 23. Ano décimo oitavo. A restauração do templo também começou nesteano (2Rs 22:3-6). Já que a Páscoa era realizada no 14° dia de nisã, o primeiro mês do ano religioso (Êx 12:2, 6, 18; 2Cr 35:1), é óbvio que Josias começou seu ano de reinado em tisri e não em nisã, o que deu cerca de cinco meses para os reparos do templo serem feitos antes da celebração da Páscoa no mesmo ano. |
2Rs.23:24 | 24. Médiuns. A demonologia se apoderou dos israelitas. O povo estava servindo ao senhor das trevas e não ao Senhor do Céu. Os demônios eram sua companhia diária, não os anjos. Eles ouviam aos espíritos do mal e não ao Espírito Santo. Josias procurou purificar a terra de tudo o que se relacionasse com demonismo e das abominações que a adoração aos demônios trazia consigo.Os ídolos do lar. Do heb. lerafim. Ver com. de Gn 31:19. O culto a estes deuses exercia atrativo especial sobre os hebreus, que se apegaram a eles com tenacidade. Raquel roubou os terafim de seu pai Labão (Gn 31:19). O efraimita Mica tinha terafim em sua casa (jz 17:5; 18:14-20). Mical, a esposa de Davi, possuía uma dessas imagens (ISm 19:13).Da lei. Era propósito de josias colocar a lei em pleno funcionamento em cada fase da vida da nação. Desta forma, Josias esperava pelo menos mitigar a ruína que ameaçava judá. |
2Rs.23:25 | 25. Que lhe fosse semelhante. Palavras semelhantes foram empregadas com respeito a Ezequias, pouco tempo antes (ver com. de 2Rs 18:5). Isso significa que nenhum outro rei na história de Judá se dedicou tão vigorosamente à aplicação da lei mosaica.De todo o seu coração. Um eco de Deuteronômio 6:5. josias não estava interessado numa observância formal das ordenanças da lei de Moisés, mas na obediência ao espírito e à intenção da lei de Moisés: justiça, misericórdia e integridade (ver Jr 22:15, 16). |
2Rs.23:26 | 26. Não desistiu. A iniquidade estava tão descarada que, permitir que ela passasse sem punição, não seria bom para ofuturo cio povo. Mesmo que aquela geração estivesse aparentemente arrependida e buscasse reformas drásticas, as futuras gerações, sabendo que a extrema iniquidade e idolatria da geração anterior fora permitida impunemente, seriam encorajadas na iniquidade. íníelizmente, as reformas que o bom rei josias iniciou afetaram a maioria do povo apenas superficialmente. Um cuidadoso estudo das profecias de Jeremias revela que a condição religiosa do povo estava longe do ideal (ver Jr 2:12, 13; 3:6-11; etc.).Manassés O tinha irritado. Ver 2Rs 21:1-9. |
2Rs.23:27 | 27. Também a Judá removerei. Esta também foi a advertência de Jeremias (Jr 4:5-20; 6:1-4; 7:12-16, 20, 32-34; 11:17, 22, 23; 16:9-13). Sofonias também anunciou a iminente destruição da nação (Si 1:2-18; 3:1-8). Os chamados para a reforma e as promessas de perdão e aceitação pessoal ainda eram feitos com base no arrependimento verdadeiro (Jr 7:3-7; Sf 2:1-3). No entanto, desta vez se tornou claro que não havia perspectiva de arrependimento genuíno e que a ruína da nação era inevitável (Jr 7:8-34).Rejeitarei esta cidade. Não foi fácil para o Senhor rejeitar Jerusalém. Esta cidade foi escolhida por Ele como Sua própria cidade. Deveria ser a capital não somente de Judá, mas do mundo. O Senhor pretendia que saíssem de Jerusalém correntes de luz e salvação para envolver o mundo. Os israelitas não alcançaram a realização do projeto original. Agora, o propósito de Deus será realizado na criação da nova terra. A nova Jerusalém será a capital e as multidões de remidos constituirão a nova nação. |
2Rs.23:28 | 28. Quanto aos mais atos. A reforma de Josias ocorreu no 18° ano, e ele reinou por 31 anos. Nada é registrado sobre esses últimos 13 anos de reinado. |
2Rs.23:29 | 29. Subiu Faraó-Neco. O conhecido Neco II, da 26a dinastia do Egito, que reinou de 610 a 595 a.C. Nessa época, aAssíria e o Egito estavam em aliança contra Babilônia. Sob o comando de Nabopolassar (626-605 a.C.), Babilônia tomou o lugar da Assíria como o grande poder militar do Oriente Próximo. Nínive caiu em 612, e um pequeno remanescente dos assírios permaneceu em Harã por muitos anos. Eles tiveram o auxílio do Egito contra o poder emergente de Babilônia, que rapidamente dominava a região.Contra o rei da Assíria. Na verdade, Neco marchou para o norte para ajudar os assírios contra Babilônia (ver 2Cr 35:20). Há duas soluções: (1) a palavra heb. 'al, “contra ”, deve ser interpretada como 'el, "em direção a” ou “por causa de", como ocorre frequentemente nos Manuscritos do Mar Morto; ou o termo “Assíria" é utilizado para designar Babilônia como o poder que dominava a maior parte do território que antigamente pertencia ao império assírio. Os escritores clássicos geralmente utilizam “Assíria" nesse sentido (ver Heródoto, i. 178).Eufrates. A caminho da Mesopotâmia para ajudar os assírios a atacar Harã, Neco subiu contra Carquemis (2Cr 35:20). Essa cidade se transformou numa fortaleza egípcia por vários anos, até que Nabucodonosor derrotou Neco ali, em 605 a.C., de acordo com as Crônicas Babilônicas.Tendo saído contra ele o rei Josias. Nessa época, Neco não queria contender com Josias (2Cr 35:21), mas desejava atravessar o Eufrates para lutar com os exércitos de Babilônia.Megido. Uma importante fortaleza na parte sul da planície de Esdraelom, na rota das caravanas que saem do Egito em direção ao norte da Síria. Josias se posicionou num ponto onde a estrada emergia sobre a planície, a fim de atacar os egípcios que saíam do desfiladeiro. |
2Rs.23:30 | 30. Num carro. Josias foi morto. Ele foi à batalha disfarçado (2Cr 35:22), como fez Acabe quando lutou contra os siros e perdeua vida (lRs 22:30). Quando ferido por uma flecha, Josias percebeu a gravidade do ferimento e foi tirado da batalha em outro carro e levado para Jerusalém, morrendo ali ou no caminho (ver com. de 2Cr 35:24).Onde o sepultaram. O autor de Crônicas acrescenta: “Todo o Judá e Jerusalém prantearam Josias. Jeremias compôs uma lamentação sobre josias’” (2Cr 35:24, 25). Em contraste com o grande lamento pela morte de Josias está o fato de que seus ímpios filhos não seriam pranteados (Jr 22:10, 18).Joacaz. Ele também era chamado de Saluin (lCr 3:15; jr 22:11). Jeoaquim era o filho mais velho cie josias e era quem deveria se tornar rei (v. 31; cf. v. 36). Mas, por alguma razão, o povo interveio e fez rei a Jeoacaz. Alguns cogitaram haver dois partidos na terra: um a favor e outro contra o Egito. E bem provável que Jeoaquim pertencesse ao primeiro e Jeoacaz ao último. O partido contra o Egito prevaleceu e colocou a jeoacaz no trono. Durante esse período, Neco estava no norte, no Eufrates, em campanha contra os babilônios. |
2Rs.23:31 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.23:32 | 32. Fez ele o que era mau. Foi preservado apenas um breve registro do reinado de Jeoacaz, Nem mesmo os filhos de josias se apegaram às reformas que ele havia instituído. A nação estava mais uma vez caminhando para a destruição. |
2Rs.23:33 | 33. Ribla. Um local às margens do rio Orontes, 16 km ao sul de Quedes e 320 km ao norte de Judá. Mais tarde, Nabucodonosor fez de Ribla seu quartel general durante as campanhas na Palestina (2Rs 25:6, 21; jr 39:5-7; 52:9-11, 27). Ao retornar de Carquemis, Neco exigiu que Jeoacaz o encontrasse em Ribla e, averiguando o modo como se tornou rei, o prendeu. Hoje, Ribla é Ribleh.Impôs à terra a pena. Nessa época, Neco planejava tornar Judá um vassalo do Egito e, por esta razão, depôs Jeoacaz. |
2Rs.23:34 | 34. Eliaquim. Possivelmente um membro da facção a favor do Egito, por isso Neco o escolheu (ver com. do v. 30).Mudou o nome. O novo nome queria dizer que ele era uma nova pessoa, e que dependia do Egito. Nabucodonosor seguiu prática semelhante quando fez rei a Matanias em lugar de seu sobrinho e o chamou de Zedequias (2Rs 24:17).AH morreu. Isto estava em harmonia com a profecia feita por jeremias pouco tempo depois do início do exílio (Jr 22:10-12). |
2Rs.23:35 | 35. Deu aquela prata. Ver v, 33.De cada um. O dinheiro exigido pelo faraó vinha do povo, não do rei. Quando a Assíria exigiu mil talentos de prata de Menaém, o valor foi garantido por meio de arrecadação com todos os homens ricos (2Rs 15:19, 20). Neste caso, parece ter sido um imposto geral sobre todos, pobres e ricos. |
2Rs.23:36 | 36. Vinte e cinco anos. já que Jeoacaz tinha somente 23 anos nessa época (v. 31), jeoaquim era o mais velho, josías tinha oito anos quando subiu ao trono e reinou 31 anos f2Rs 22:1). Assim, ele tinha 39 anos quando morreu e jeoaquim, 25 anos. josias tinha apenas 14 ou 15 anos de idade quando jeoaquim nasceu. Os reis hebreus casavam cedo, seguindo o costume do antigo Oriente, que ainda prevalece hoje. |
2Rs.23:37 | 37. Fez ele o que era mau. Os maus atos do reinado de Jeoaquim não são especificamente enumerados. Segundo Jeremias, ele era extravagante, ambicioso, opressor, injusto, ímpio e sanguinário (Jr 22:13-17; 26:20-23; 36:23).Capítulo 24i jeoaquim, é submisso a Nabucodonosor e depois se rebela, para sua própria ruína. 5 Joaquim o su cede. 7 O faraó é vencido pelo rei de Babilônia. 8 O perverso reinado de Joaquim. 10 Jerusalém é tomada e levada cativa para Babilônia. 17 Zedequias é feito rei e governa de modo ímpio até a completa destruição de Judá.]() Naquele tempo, subiram os servos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém, e a cidade foi cercada.I l Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio à cidade, quando os seus servos a sitiavam.e ferreiros, ao todo dez mil; ninguém ficou, senão o povo pobre da terra. |
2Rs.24:1 | 1. Nabucodonosor. De acordo com Daniel 1:1, Nabucodonosor foi contra Jerusalém no terceiro ano de Jeoaquim, que era o ano da ascensão de Nabucodonosor, ou 605 a.C. Nesse caso, o quarto ano de Jeoaquim é igualado ao primeiro ano de Nabucodonosor (Jr 25:1; ver p. 145 e nota 10). Segundo o registro das Crônicas Babilônicas, Nabucodonosor, o príncipe herdeiro de Babilônia, derrotou os egípcios nas batalhas de Carquemis e nas proximidades de Hamate, na primavera ou início do verão de 605 a.C., colocando toda a Síria e Palestina sob jugo babilônico. Evidentemente, isso ocorreu quando Jeoaquim, de judá, se tornou vassalo de Babilônia e entregou reféns a Nabucodonosor, entre eles, Daniel. Três anos depois, ele parece ter se ligado ao Egito novamente. A intenção dele de renovar as torças parecia bem-sucedida, uma vez queos egípcios infligiram pesadas perdas ao exército de Nabucodonosor em 60i a.C. No entanto, a rebelião de Joaquim exibia falta de visão política, pois os babilônios rapidamente se recuperaram do contratempo e retornaram para punir os vassalos desleais. |
2Rs.24:2 | 2. Segundo a palavra. Ver Jr 4:20-29; 5:15-17; Hb 1:6-10. |
2Rs.24:3 | 3. Mandado. Deus usou as nações para punir judá (ver PR, 385).Pecados cometidos por Manassés. Repetidamente os pecados de Manassés são notados como a causa primária para a queda de Judá (ver 2Rs 21:11, 12; 23:26; Jr 15:4). |
2Rs.24:4 | 4. Sangue inocente. Inclusive o de lsaías (PR, 382). Isaías não olhou para as abominaçÕes de Manassés em silêncio e complacência, mas ergueu a voz em severa repreensão aos delitos do rei.O império neobabilônicu se expande apos a queda de i\mive (.612 a.C.). Nabopolassar e Neco lutam, e Neeo coloca a Joaquim no trono de |udá. Antes de sua ascensão em 605 a.C., Nabucodonosor dcnola o Estilo. na Sma e imade a Palestina. Apressa-se em retornar para casa pelo deserto quando seu pai morre; ele deixa o exército para levar os cativos (inclusive Danieli pelo caminho mais longo \'a c ampanha seguinte dt Xubucodonusor na Palestina, a maior, ele leva a Joaquim (597 a.C.) e muitos cativos (inclusive Ezequiel) para Babilônia e deixa /.edequias no trono. IoIe retorna cm mSS pata sitiai leiusalem \ cidade é destruída no seu 19" ano de reinado (por volta de agosto de 586) e é deportada grande parte do povo de |udá. 084cie acordo com o qual ele começou a reinar no outono de 598 a.C. Mas, segundo o cálculo babilônico, ainda era o sétimo ano (ver nota, p. 145). |
2Rs.24:5 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:6 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:7 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:8 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:9 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:10 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:11 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:12 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.24:13 | 13. Todos os tesouros. Alguns dos utensílios do templo já tinham sido levados para Babilônia em 605 a.C., no primeiro ataque de Nabucodonosor a Jerusalém (Dn 1:2; 2Cr 36:7). Os utensílios mais valiosos que restaram do saque inicial então foram levados embora. Alguns utensílios permaneceram no templo (2Rs 25:13-16; Jr 27:18-20; sobre a quantidade de utensílios levados para Babilônia, ver Ed 1:7-11).Segundo tinha dito o Senhor. 1 saias havia predito isso quando os embaixadores babilônios visitaram Ezequias (2Rs 20:17; Is 39:6). |
2Rs.24:14 | 14. Toda a Jerusalém. Isto é, as classes mais elevadas. Com os “figos bons” (Jr 24:1-7), Jeremias simbolizou os que foram levados naquela ocasião. O profeta Ezequie! estava entre os levados para Babilônia. Os anos desse livro foram contados a partir do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1-3), 597 a.C. Levar de Jerusalém os seus trabalhadores qualificados privaria a cidade conquistada desse tipo de cidadão que seria útil na guerra, e fornecería valiosos auxiliares para amplos empreendimentos de construção dos conquistadores. |
2Rs.24:15 | 15. Transferiu. Fim cumprimento às profecias de Isaías (2Rs 20:18; Is 39:7) e jeremias (Jr 22:24-30).A mãe do rei. A menção da mãe logo depois do rei e antes das esposas dele é um indicativo da importância dela.As mulheres deste. Evidência de que o rei tinha mais que “oito” anos de idade (ver com do v. 8).Os homens principais. O chefe civil e os funcionários eclesiásticos: o príncipe, os eunucos, nobres, cortesãos, anciãos, sacerdotes, profetas e levitas (ver Jr 29:1, 2). |
2Rs.24:16 | 16. Homens valentes. Os “homens valorosos"' (v. 14, ARC), os líderes da aristocraciada região treinados para a guerra e que, como os cavaleiros da Europa medieval, lideravam o povo na batalha.Até mil. Os artífices e ferreiros, juntamente com os 7 mil “homens valentes”, somavam 8 mil, subtraindo-se os 2 mil que pertenciam à classe dos civis c dos funcionários eclesiásticos. |
2Rs.24:17 | 17. Matanias. Irmão ou tio de Joaquim e filho cie josias. Ele foi o terceiro filho de Josias a governar sobre o trono de Judá (ver lCr 3:15).Zedequias. Literalmente, “justiça de Lahweh" ou “Lahvveh é justiça". Talvez os hebreus tivessem algo a dizer sobre os nomes que lhes foram ciados por seus suseranos, porque Nabucodonosor dificilmente teria escolhido este nome. |
2Rs.24:18 | 18. Onze anos. De 597 a 586 a.C.Hamutal. Zedequias era irmão de sangue de Jeocaz (2Rs 23:31) e meio-irmão de jeoaquim (2Rs 23:36). |
2Rs.24:19 | 19. O que era mau. Zedequias tinha moral fraca (ver 2Cr 36:12-16; Jr 37:1, 2; 38:5; 52:2; Ez 17:13-19; 21:25). Há indicações de que, às vezes, ele se esforçava para fazer o que era certo, mas faltava coragem para manter suas convicções (Jr 34:8-16; 37:2-21; 38:4-28). |
2Rs.24:20 | 20. Zedequias rebelou-se. Esta frase introduz os eventos do cap. 25 e deveria iniciá-lo. O cap. 24 termina com a palavra “presença”. A rebelião de Zedequias contra Babilônia causou a investida de Nabucodonosor contra Judá e arruinou a nação. No início do reinado de Zedequias, houve uma expectativa geral, fomentada pelos falsos profetas, de que havería um rápido regresso dos exilados de Babilônia com o fim do cativeiro (Jr 27:16; 28:1-4, 10, 11). Por causa dessa expectativa, Zedequias enviou embaixadores a Babilônia (Jr 29:3) e depois ele mesmo foi até lá, no quarto ano de seu reinado (Jr 51:59). Constantemente Jeremias tentava corrigir essa impressão e aconselhava que fossem submissos e que não se revoltassem (jr 27:5-22; 28:5-17; 29:1-32). Zedequias, no entanto, continuou suas atividades para acabar com o jugo babi- lônico e buscou auxílio do Egito (Ez 17:15; cf. Jr 37:5; 44:30). Os povos vizinhos (Eclom, Moabe, Amom, Tiro e Siclorn) também que riam acabar com o jugo babilônico e envia ram embaixadores a Judá a fim de propor uma revolta gera! (Jr 27:3-11). |
2Rs.25:1 | "1. No nono ano. Ver Jr 39:1; 52:4. O nono ano de Zedequ ias, pelo cálculo judeu de outono a outono, foi 589/588 a.C. O décimo mês do ano judaico corresponde a janeiro. Deus reve lou a Ezequiel, em Babilônia, o dia em que o cerco de Jerusalém começou (Ez 24:1-14). O décimo dia do décimo mês, em 588 a.C., pode ser datado com razoável precisão em 15 de janeiro pelo calendário babilônico, embora o computo judeu desse mês seja dife rente (ver p. 81, 82; também p. 103, 104 e a nota 10 na p. 103).
Contra Jerusalém. O cerco não foi somente contra Jerusalém. Destacamentos do exército foram enviados “contra todas as cidades que restavam de Judá” (Jr 34:7). Tranqueiras. Foram empregados todos os recursos comuns para o sítio a uma cidade, inclusive uma plataforma elevada de onde os aríetes podiam atacar as partes superiores dos muros e torres móveis que colocavam os invasores no mesmo nível dos defensores que estavam nos muros da cidade. " |
2Rs.25:2 | 2. Sitiada. Para detalhes do terrível cerco, ver lerem ias 37 a 39. |
2Rs.25:3 | 3. Quarto mês. O número do quarto mês não aparece no hebraico, neste verso, mas ocorre em Jeremias 52:6. O quarto mês se refere a julho. No 11° ano de Zedequias, o nono dia do quarto mês foi 19 de julho de 586 a.C. (ver com. do v. 1). Apertada da fome. Por esse tempo a fome tinha se tornado tão severa que já não era possível se defender. As mães comiam seus próprios filhos e a pele das pessoas se tornara negra e ressecada (Lm 2:11, 12, 19, 20; 4:3-10; 5:10). O Senhor havia advertido Seu povo de que isso seria o resultado da transgressão (Lv 26:29; Dt 28:53-57; Jr 14:12- 16; 15:2; 27:8, 13; Ez 4:16, 17; 5:10, 12). |
2Rs.25:4 | "4. Arrombada. Os aríetes abriram uma brecha no muro da cidade. Os homens de guerra fugiram. O verbo ''fugir'' não aparece nesta passagem no hebraico, mas é encontrado nas passagens paralelas de Jeremias 39:4 e 52:7. Entre os dois muros. A fuga foi feita pelo vale de Tiropeon, adiante do tanque de Siloé, que estava no jardim do rei (Ne 3:15), próximo à junção dos vales de Hinom e Ceclrom. Um segundo muro foi edificado a sul e sudeste do antigo muro para proteger o tanque de Siloé (ver 2Cr 32:4, 5; is 22:9-11). Foi possivelmente entre esse muro e o antigo, de Sião, que a fuga ocorreu. Ele levaria até ao vale de Cedrom e dali, para a Arábia e o
Jordão (ver mapa “Jerusalém nos Tempos do Israelitas"", na p. 679). " |
2Rs.25:5 | 5. E o alcançou. A captura do rei Zedequias pelos babilônios fora predita (Jr 38:23; Ez 12:13). |
2Rs.25:6 | 6. A Ribla. Nessa época, Nabucodonosor se preparava para o cerco de Tiro, que durou 13 anos. Ribla, aproximadamente 16 km ao sul de Quedes na campina de Coele-Síria, proporcionou a sede de onde essas duas ope rações foram conduzidas. Neco também fez de Ribla a sua sede para a campanha desde a Síria até Carquemis (2Rs 23:33). Sentença. O próprio rei Nabucodonosor agiu como juiz e “lhe pronunciou a sentença” (Jr 52:9; ver também 39:5). A acusação nesse caso era de rebelião, a quebra de um voto solene feito por Zedequias (2Rs 24:20). Nabucodonosor tinha se familiarizado com o Deus dos hebreus e exigira que Zedequias confirmasse sua fidelidade por meio de um juramento em nome do Senhor (2Cr 36:13). |
2Rs.25:7 | 7. Aos filhos de Zedequias mataram. No esforço de Jeremias para que Zedequias não se rebelasse, o profeta advertiu ao rei que se ele não mantivesse a paz com os babilô nios, suas esposas e filhos cairíam nas mãos do inimigo (Jr 38:23). Vazaram os olhos. Isto se assemelha ao castigo que os filisteus deram a Sansão, que ficou cego e foi acorrentado com duas cadeias de bronze (jz 16:21). Jeremias cons tantemente alertava a Zedequias de que ele seria levado para Babilônia caso persis tisse na rebelião (Jr 32:4, 5; 34:3; 38:23). Ezequiel predisse que ele seria levado para essa terra, mas não a veria (Ez 12:13). |
2Rs.25:8 | "8. Ano décimo nono. Este sincro- nismo fixa a data para o final da história de Judá, já que os anos de Nabucodonosor foram estabelecidos astronomicamente (ver p. 135, 136). O sincronismo do 1 Io e último ano de Zedequias (v. 2) com o 19° ano de Nabucodonosor está em harmonia com jeremias 32:1, em que o décimo ano de
Zedequias está sincronizado com o 18° ano d e N a b u c o d o n o s o r. " |
2Rs.25:9 | 9. Queimou a Casa. Esta ação acabou com o templo de Salomão. Além do tem plo, o palácio e outras estruturas importantes em Jerusalém foram queimadas. A cidade foi deixada em ruína e desolação: uma demons tração impressionante da destruição produ zida pelo pecado. A conflagração não ocorreu sem advertência (Jr 21:10; 32:29; 34:2; 37:8, 10; 38:18, 23). |
2Rs.25:10 | 10. Derribou. Os muros permanece ram em ruínas até que foram reparados por Esdras (Ed 1:1-4; 7:6-9; 9:9) e Neemias (Ne 3; 6:15), muito tempo depois de Ciro ter con cedido a repatriação no seu primeiro ano (2Cr 36:22, 23; Ed 1:1-11). |
2Rs.25:11 | 11. Os desertores. Estas foram as pes soas que aderiram aos babilônios durante o cerco. Jeremias constantemente insistiu a favor da submissão (Jr 27:12; 38:2-4, 17-23) e foi acusado injustamente de ter passado para o lado dos babilônios (Jr 37:13, 14). E o mais da multidão. Três classes de pessoas são destacadas nestes versos: (I) os que foram deixados em Jerusalém; (2) os que desertaram para os babilônios; e (3) a "multidão” que ficou fora de Jerusalém. De acordo com o verso seguinte, nem todas as pessoas da última classe foram levadas para Babilônia. |
2Rs.25:12 | 12. Dos mais pobres. Ver 2Rs 24:14; Jr 39:10; 40:7; 52:16. Pessoas pobres foram deixadas e lhes foram dadas terras para cul tivar. Esperava-se que fossem um núcleo de judeus leais a Babilônia. |
2Rs.25:13 | 13. As colunas de bronze. Os tesou ros mais valiosos do templo já tinham sido levados para Babilônia (2Rs 24:13; 2Cr 36:7, 10; Jr 28:3; Dn 1:2). No entanto, ainda havia algumas grandes obras de bronze, feitas por El irão para o templo de Salomão, como as duas colunas colocadas na entrada do tem plo (IRs 7:15-21), o mar de bronze (1 Rs 7:23- 26) e os suportes de bronze (IRs 7:27, 28). |
2Rs.25:14 | 14. As panelas. Ver 1 Rs 7:45. |
2Rs.25:15 | 15. De ouro. Os ataques de Nabucodo- nosor a Jerusalém nos reinados de Jeoaquim e Joaquim deixaram vários itens valiosos no templo e no palácio (Jr 27:18-22), e então eles foram levados embora por Nebuzaradã. |
2Rs.25:16 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.25:17 | 17. A altura. Ver relato detalhado des sas colunas em IRs 7:15-21; 2Cr 3:15-17; Jr 52:21-23. |
2Rs.25:18 | 18. O chefe da guarda. Nebuzaradã (v. 8, 11, 20). Ele parece ter sido uma pessoa de caráter e bom senso (Jr 40:2-5). O capi tão selecionava várias pessoas para lhes dar castigo que servisse de exemplo. Seraías. O pai cie Jeozadaque que fora levado para o cativeiro (iCr 6:14, 15) e era antepassado de Esdras (Ed 7:1). Sofonias. Um sacerdote do alto escalão, possivelmente o substituto do sumo sacer dote (ver Jr 21:1; 29:25, 29; 37:3). |
2Rs.25:19 | 19. Um oficial. Possivelmente o oficial real que comandava a guarnição. No almanaque da corte babilônica, cie 570 a.C., que lista o nome dos principais oficiais do reino, Nebuzaradã aparece como Nabu- zêri-iddinam. Seu título arcaico, “padeiro- chefe” equivale ao termo hebraico “principal carniceiro” e o designa como '‘chanceler”. Cinco homens. Eles eram conselhei ros reais e responsáveis por grande parte da política que levou a nação à difícil condição em que se encontrava. Escrivão-mor. Um importante oficial do estado. Sessenta homens. Possivelmente homens que se destacaram como líderes da rebelião. |
2Rs.25:20 | Sem comentário para este versículo |
2Rs.25:21 | "21. Levado cativo. A deportação de cati vos para Babilônia não ocorreu num único ano. Já em 605 a.C., no terceiro ano de Jeoaquim, vários hebreus foram levados cativos (Dn 1:1-7). Outras deportações ocorreram: em 598, no sétimo ano de Nabucodonosor (Jr 52:28); em 597, no oitavo ano desse rei (2Rs 24:12-16); em 587, no seu 18° ano (Jr 52:29); em 586, no 19° ano, o grande cativeiro (2Rs 25:8-11;
Jr 52:12, 15); e, por fim, em 582, no 23° ano desse mesmo rei (jr 52:30). " |
2Rs.25:22 | 22. Ao povo. Ver relato detalhado em Jr 40—44. Como sábio administrador, Nabucodonosor deu atenção ao povo que licou e providenciou o que eles necessitavam. Gedalias. Nabucodonosor diplomatica mente apontou um judeu para ser o gover nador da terra na administração babilônica. Gedalias vinha de uma família nobre. Seu pai, Aicão, fora um oficial de confiança de Josias (2Rs 22:12) e influenciara Jeoaquim a poupar Jeremias da morte (Jr 26:24). Gedalias apoiou a mesma política de mode ração de Jeremias (ver Jr 40:9). Em Laquis foi descoberto um selo com a inscrição: "Pertence a Gedaliau, que governa a casa.” |
2Rs.25:23 | "23. Gs capitães. Muitos destes homens fugiram com o rei e se dispersaram pela terra (2Rs 25: 4, 5). Então, eles saíram de seus esconderijos e foram se encontrar com Gedalias (Jr 40:7, 8). Mispa. Uma cidade de Benjamim, pró xima a Rama (Js 18:25, 26; IRs 15:22). O local exato é desconhecido. Alguns a situam oito quilômetros a noroeste de Jerusalém (como no mapa da Palestina no período dos juizes) e outros 12 quilômetros ao norte. Este comentário c seus mapas empregam a iden tificação mais recente, em íell en-Natsbeh. Esse local é atribuído a Atarote no mapa da Palestina nos tempos bíblicos. As tribos foram convocadas para congressos ali na última parte do período dos ju izes (js 20:1-3; 21:1, 5, 8). Neste local, Samuel reuniu estri bos e julgou Israel (iSrn 7:5-17). Ali, Saul foi escolhido como rei (ISrn 10:17-25). Asa forti ficou íVlispa como meio de defesa contra as tribos do norte (IRs 15:22; 2Cr 16:6). Esse histórico e a proximidade de Jerusalém tor nariam Mispa a sede da nova administração. Ismael. (9 neto de Elisama (v. 25), secretá rio real (Jr 36:12, 20) e membro da família real (2Rs 25:25; Jr 36:12; Jr 41:1). Sua origem real ex plica a atitude em relação a Gedalias.
joanã. Ver jr 40:8. joanã alertou Gedalias que Ismael pretendia traí-lo e se ofereceu para matar Ismael, mas Gedalias não per mitiu (jr 40:13-16). Mais tarde Joanã se vol tou contra Ismael e se tornou líder de um grupo de judeus que fugiram para o Egito, forçando jeremias a acompanhá-lo (jr 41:14, 15; 42:1, 2; 43:2-7). O netofatita. Netofa, no sudeste de Belém, é hoje Kliirbet Bedd Falüh (Ed 2:21- 23; Ne 7:26’, 27). Jazanias. Em Tell en-Natsbeh foi encon trado um selo de Jazanias com a inscrição: ""Pertence a Jaza mau, servo do rei.” " |
2Rs.25:24 | 24. Servi ao rei. Os fugitivos foram para as regiões vizinhas: Moabe, Atnom e Eclom (ver jr 40:11), e ainda resistiam desa fiadoramente a Babilônia. Gedalias prometeu imunidade a eles caso aceitassem o senho rio dos caldeus. Ele os convidou a voltar, se estabelecer e participar dos frutos da terra (Jr 40:9-12). |
2Rs.25:25 | 25. No sétimo mês. Talvez dois meses após a destruição de Jerusalém (v. 8-12), pos sivelmente um ano depois (cf. PR, 459, 460). Feriram Gedalias. Ismael foi contra tado por Baalis, rei de Amom, para assassinar Gedalias (Jr 40:14). O assassinato poderia ter sido evitado se Gedalias tivesse dado atenção ao aviso de joanã (Jr 40:13-16). Gedalias foi assassinado traiçoeiramente depois de aco lher Ismael e seus homens com uma refei ção amigável (Jr 41:1-3). |
2Rs.25:26 | 26. Foram para o Egito. Para mais detalhes, ver Jeremias 41 a 43. Jeremias aconselhou veementemente contra a luga para o Egito, mas não adiantou, joanã se voltou contra Ismael e o forçou a fugir para Amom (Jr 41:15). Junto com Jazanias, assu miu a liderança de um grupo de judeus que fugiram para o Egito e compeliu Jeremias a acompanhá-los. |
2Rs.25:27 | 27. Trigésimo sétimo ano. Ver p. 145. Duodécimo mês. O final do ano babi- lônico, na primavera, antes das festividadesdo ano novo, seria uma época propícia para a libertação cie prisioneiros políticos. Evil-Merodaque. Ele é chamado de Amel-Marduque na história secular. Foi filho e sucessor de Nabucodonosor, subiu ao trono no início de outubro de 562 a.C. e reinou até agosto de 560 a.C. No ano em que começou a reinar. Literal mente, “no ano em que ele foi [ou se tornou] rei”. Sobre a interpretação desta frase, ver p. 145, 146. Libertou do cárcere. Isto é, Evil- Merodaque tirou Joaquim da prisão (ver o caso de José, em Gn 40:13, 20). |
2Rs.25:28 | 28. Lugar de mais honra. Evil- Merodaque deu primazia a Joaquim den tre os outros reis cativos que estavam em Babilônia. |
2Rs.25:29 | 29. Passou a comer pão. Ele foi sus tentado pelo dinheiro real, como no caso dos 450 profetas de Baal e dos 400 profetasdos altos que comiam "da mesa de Jezabel” (IRs 18:19). |
2Rs.25:30 | 30. Subsistência vitalícia. Vários tabletes cuneiformes de 592 a.C. listam pagamentos de provisões de óleo, cevada, etc., a cativos e trabalhadores que mora vam em Babilônia e nos arredores, inclu sive Ycnilún (Joaquim), rei de Judá, e cinco de seus filhos. Isso demonstra que ele já estava livre em 592 a.C. Por alguma razão desconhecida ele foi aprisionado mais tarde e liberto por Evil-Merodaque. Daquele tempo até a sua morte, Joaquim mais uma vez foi sustentado pelo rei, vivendo em paz e conforto na terra de seu cativeiro. (9 escri tor de Reis termina seu livro com a ima gem de um antigo rei de Judá, depois de um cativeiro longo e tedioso, terminando a vida em relativo conforto e honra. Na aflição extrema, a semente de Davi não foi total mente destruída. |