Capítulo e Verso | Comentário Adventista > 1 Reis |
1Rs.1:1 | 1. Sendo o rei Davi já velho. A narrativa com que começa este livro dos Reis pertence basicamente ao final de 2 Samuel, sendo uma continuação do relato sobre Davi. No entanto, ela forma uma introdução adequada para o reinado de Salomão, pois fornece o cenário para a narrativa da rebelião de Adonias. A razão pela qual Salomão ascendeu ao trono antes da morte de Davi deve-se á tentativa de Adonias em usurpar o reino. Davi estava velho e débil, aparentemente próximo do fim de sua vida e impossibilitado de tomar atitude firme numa situação de crise. Portanto, o escritor começa com uma descrição da condição de Davi.Davi tinha setenta anos (2Sm 5:4). Isso o torna o rei que viveu mais do que qualquer outro rei hebreu do qual se tenham preservado registros. Sua vida loi dilícil e probante. Penalidades, sofrimentos, riscos e pesares tinham desgastado o rei. Ele fora robusto, mas então se encontrava sem força e debilitado. Pode ser que alguma enfermidade também o esgotasse. Além de suas aflições físicas, havia a rebelião por parte de um dos filhos.Ao descrever os incidentes da narrativa, o autor mostra que está adequadamente informado. Ele revela detalhes vividos conhecidos apenas por alguém familiarizado com a vida íntima da corte. O que ele escreve não é para glória ou benefício do rei, mas para a posteridade. Não há necessidade de ressaltar lições morais — cada detalhe daque não matará a seu servo à espada.narração fala por si mesmo. As dificuldades da vida são registradas na forma exata como aconteceram, num mundo em que monarcas orgulhosos e vitoriosos e mesmo homens piedosos de Deus não estão livres de colher o que plantaram. |
1Rs.1:2 | 2. Seus servos. Estes eram servos reais, auxiliares do rei que cuidavam de suas necessidades pessoais e eram responsáveis pelo bem-estar do monarca perante a nação. Josefo os chama de “médicos" (Antiguidades, vii.14.3). O “remédio” proposto de se encontrar urna donzela para transmitir calor e vigor a um corpo debilitado era empregado antigamente quando o conhecimento médico se mostrava limitado. Prescrições - semelhantes são citadas na Europa medieval e no Oriente moderno. |
1Rs.1:3 | 3. Sunamita. Suném, chamada atualmente de Solem, ficava no território de Issacar (js 19:17, 18), numa altura da planície de Esdraelom, 10,4 km a sudoeste de labor. A sunamita era do mesmo lugar da sulamita de Cântico dos Cânticos (Ct 6:13), mas não há evidência clara de que fossem a mesma pessoa. |
1Rs.1:4 | 4. E o servia. A donzela escolhida não só devia contribuir para dar vitalidade ao monarca enfermo, mas também servir-lhe como enfermeira c atendente, estando em sua presença para dar comodidade ao rei c cuidar de sua saúde. |
1Rs.1:5 | 5. Adonias. O quarto filho de Davi (2Sm 3:4; lCr 3:2). Os filhos mais velhos, Amnon e Absalão tinham morrido, e presume-seque Quileabe também, pois nada mais foi dito sobre ele. Assim, Adonias parecia ser o potencial sucessor no trono.Eu reinarei. Sem dúvida, Adonias ale- gou que sua reivindicação ao trono era justa. Abusando de sua condição de irmão mais velho e cheio de orgulho, ele determinou fazer tudo o que fosse necessário para assegurar-lhe o reino. Embora talvez soubesse dos planos de seu pai, ele estava disposto a assumir o trono pela força, contra o que obviamente era o plano divino (iCr 22:5-9). Salomão, seu irmão mais novo, era mais qualificado do que Adonias para servir como rei de Israel (PP, 749). O mais velho, porém, estava determinado a se tornar rei, independentemente das consequências para a nação ou para os que arriscassem a sorte com ele. Os resultados são sempre trágicos quando a razão e a prudência são postas de lado em serviço do eu.ó. Jamais seu pai o contrariou. Adonias era uma criança mimada por um pai indulgente. Quando criança, permitia-se a esse aspirante ao trono fazer a própria vontade e, quando adulto, tornou-se impossível reprimi-lo. O excesso de afeto paternal pode arruinar vidas.De aparência mui formosa. Adonias era formoso e cativante e, portanto, popular entre o povo. No entanto, a beleza não está entre as qualificações essenciais para uma posição de liderança. Os dotes naturais de Adonias o tinham tornado vaidoso, néscio, convencido e de ambição egoísta. As paixões juvenis eram mais fortes que seus princípios e seus impulsos superavam as convicções. Ele era “formoso’' apenas exteriormente. A beleza interior, porém, é mais importante.Hagite o tivera depois de Absalão (ARG). Do verbo heb. yaledah, “ela o deu à luz”. O nome “Hagite" (ARC), ou “sua mãe" (KJV), foi acrescentado na tradução. íVlaaca era a mãe de Absalão (2Sm 3:3), enquanto Hagite era, de Adonias (2Sm 3:4).LJma tradução mais adequada seria que ele “nascera depois de Absalão” (ARA). |
1Rs.1:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.1:7 | 7. Entendia-se ele com Joabe. Com o apoio do comandante-chefe, Joabe, Adonias esperava ganhar o favor do exército, e, por meio do sacerdote Abiatar, assegurar também o apoio do templo. Tanto Joabe quanto Abiatar tinham estado próximos a Davi e realizado um serviço nobre para o rei em tempos difíceis. Joabe era um homem duro, ousado, inescrupuloso às vezes, arrogante e até desobediente às ordens do rei. Abiatar era filho de Aimeleque, que morrera defendendo a causa de Davi. Abiatar fora um dos melhores amigos de Davi; estivera com ele quando era fugitivo de Saul (lSm 22:20-23). Como sacerdote, prestara-lhe serviços quando Davi reinava em Hebrom (2Sm 15:35) e, com ele, fugira quando Absalão se rebelou (2Sm 15:24, 29, 35, 36; 17:15; 19:11). A razão para o abandono da causa de Davi não está clara, mas pode ser que ele não tenha visto a conduta de Adonias como uma rebelião. A indicação de Salomão para o trono por parte de Davi pode ter sido considerada como resultante de um carinho excessivo por Bate-Seba. Por sua vez, a ascensão ao trono pelo filho mais velho parecia correta e justificável. Da parte de Joabe, ele pode ter apoiado Adonias por causa de seu ressentimento contra o rei por tê-lo rebaixado de cargo (2Sm 19:13). |
1Rs.1:8 | 8. Zadoque. Este fora sumo sacerdote com Aimeleque (ver com. de 2Sm 8:17) e, após sua morte, com Abiatar (2Sm 20:25). Quando Absalão se rebelou, tanto Zadoque quanto Abiatar permaneceram fieis a Davi, que, enquanto lugia, os enviou de volta com a arca a Jerusalém (2Sm 15:24-29, 35). A relação existente entre os dois sacerdotes não está clara, mas pode ser que uma vez que Zadoque servia no tabernáculo do testemunho, em Gibeão (iCr 16:39), Abiatar provavelmente servisse no santuário contendo a arca, em Sião (ver ICr 16:1; cf, 2Cr 5:2).Benaia. O chefe dos queretitas e peleti- tas (2Sm 8:18; 20:23; lCr 18:17, NTLH), a guarda pessoal de Davi (2Sm 23:20-23) que o acompanharam por ocasião da revolta de Absalão (2Sm 15:18). Seus nomes indicam que talvez tenham sido recrutados dos cre- tenses e filisteus. Essas tropas não estavam sob o comando de Joabe, e este sem dúvida considerava Benaia como um rival.Natã. Era profeta nos dias de Davi e muito próximo deste. Natã foi considerado por Salomão um de seus principais apoiado- res. Quando o príncipe era ainda menino, foi Natã quem lhe deu o nome de Jedidias, ‘por amor do Senhor" (2Sm 12:25). |
1Rs.1:9 | 9. Imolou Adonias ovelhas. Quando Saul foi feito rei em Gilgal, o povo trouxe "ofertas pacíficas” (ISm 11:15). Quando chamado para ungir Davi como rei, Samuel foi instruído pelo Senhor a oferecer um sacrifício, ao qual foram chamados Jessé e seus filhos (ISm 16:1-5). Da mesma forma, quando se apoderou do trono, Absalão também ofereceu sacrifícios (2Sm 15:12). O sacrifício de Adonias foi uma oferta pacífica como as que se ofereciam em ocasiões de alegria ou gratidão, às quais muitos podiam ser convidados.Rogei. Uma fonte profunda perto cie Jerusalém, pouco mais além de onde se unem os vales de Cedrom e Hinom. Segundo Josefo, ficava no jardim do rei (Antiguidades, vii. 14.4), fora da cidade. E conhecida hoje como Btr 'Ayyüb, "a Fonte de Jó”. |
1Rs.1:10 | 10. Não convidou. O fato de Salomão não ter sido convidado para o sacrifício prova que Adonias estava ciente do desejo do pai de que o reino fosse dado a Salomão e que Adonias estava determinado a impedir que ele se cumprisse. Ao não convidar Salomão, Adonias revelou seus próprios planos e propósitos e deu oportunidade para que os leais a Davi tentassem frustrar seus esforços. |
1Rs.1:11 | 11. Disse Natã. O procedimento de Natã estava em harmonia com suas responsabilidades como profeta de Deus e fielservo do estado. Ele compreendeu que o complô ia de encontro à consumação dos propósitos divinos. Com sua característica resolução e rapidez, tomou a dianteira em colocar em marcha medidas destinadas a frustrar a conspiração. Bate-Seba sabia que a usurpação do trono por Adonias resultaria na morte de seu filho e na sua também. Ninguém mais que ela poderia levar o rei a dar os passos indispensáveis para enfrentar a crise. Com sabedoria e prudência, Natã propôs um plano para desbaratar a conspiração e impedir que o desastre ocasionado por Absalão se repetisse. |
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1Rs.1:15 | 15. Apresentou-se, pois, Bate-Seba ao rei. A mãe de Salomão tinha livre acesso ao palácio e rapidamente foi à presença do rei. Quando se inclinou com a humildade de um suplicante, Davi reconheceu de imediato que algo sério estava acontecendo e pediu explicações. O fato de o rei não saber nada do que acontecia, de não ter sido consultado por Adonias com respeito a seus planos, e de Natã saber deles somente no momento da execução mostra que o assunto foi conduzido de forma secreta. A intriga revelou que Adonias não tinha a consciência limpa. Bate-Seba começou relembrando o marido da promessa que fez a ela de que seu filho Salomão herdaria o trono e, em seguida, informou-lhe de que, a despeito dessa promessa, Adonias já era rei. Adonias atreveu-se a tomar o reino enquanto o próprio Davi ainda estava no trono. Nessa situação os olhos de todo o Israel estavam sobre Davi para ver o que ele faria. Bate-Seba o relembrou de sua responsabilidade para com a nação nesse momento de crise e de que, se não agisse, carregaria a culpa do que viesse a acontecer a ela e a Salomão. |
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1Rs.1:22 | 22. Entra o profeta Natã. Nesse momento, Natã entrou e interrompeu a rainha com seu informe urgente. Bate-Seba se retirou (ver v. 28), dando a Natã a oportunidade de dar a mesma notícia surpreendente:\Jonias reinava. Certamente isso não podia acontecer sem a ordem do rei. Porém, como Davi podia ter ordenado isso? Por que fez isso sem falar com seu conselheiro e amigo? Cada pergunta era uma reprovação implícita, um ataque ao rei por supostamente participar de algo tão injusto, uma afronta direta a Salomão, Benaia e Zadoque. Como Davi pôde ter dado as costas a esses homens tão próximos a ele? As perguntas serviam apenas, evidentemente, para provocar no rei uma veemente reação. A negativa devia necessariamente implicar uma reprovação real a todo o complô, pois não era possível conceber que isso tivesse acontecido sem o consentimento do rei, a menos que fosse um complô contra o trono. Demonstrando uma suposta injúria, Nata estava apenas assegurando o êxito de sua missão, pois havia chegado o momento em que o rei se sentiria ultrajado e tomaria as medidas necessárias para frustrar o complô dos conspiradores. |
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1Rs.1:28 | 28. Chamai-me a Bate-Seba. A rainha estava em prontidão, esperando o seguinte episódio da trama que se desenrolava rapidamente. Ela se aproximou do rei com confiança, pois ele lhe havia dado sua palavra, e ela sabia que seria cumprida. Davi a tranquilizou, renovou seu voto e prometeu que ele se cumpriría naquele mesmo dia. |
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1Rs.1:32 | 32. Chamai-me Zadoque. Zadoque, Natã e Benaia, ignorados por Adonias, foram então convocados pelo rei. Eles não eram úteis a Adonias em sua conspiração, mas seriam as hguras-chave para defender o trono. Davi, embora “velho e entrado em dias” (v. 1) foi tomado novamente pela energia característica de sua juventude. Pensou com clareza e agiu com rapidez. Ordens precisas foram dadas com relação ao que cada um deveria fazer. Essa súbita energia e decisão para agir contrasta notavelmente com a timidez e abatimento com que Davi, quando bem mais jovem, recebeu a notícia da rebelião de Absalão (2Sm 15:14). Naquela época,Davi sabia que estava em erro e que recebia um castigo de Deus. Porém, tudo isso era passado e ele sabia que Deus estava do seu lado. |
1Rs.1:33 | 33. Na minha mula. A mula era um animal bem conhecido do povo como reservado para uso exclusivo do rei. Para os israelitas, ela simbolizava as prerrogativas e os privilégios da realeza. Se Salomão fosse visto montado nessa mula, o povo saber ia que ele era o rei.Giom. O lugar escolhido para a cerimônia foi Giom, a famosa fonte da antiga Jerusalém, ao sudeste de Ofel. Localizava-se ao leste da Cidade de Davi e é conhecida hoje pelo nome de Am Sitti Maryam, “Fonte de Nossa Senhora Maria”. Era essa a fonte para a qual os jebusitas construíram um túnel a fim de conseguir água sem precisar arriscar sair da cidade. Ezequias construiu, mais tarde, um túnel desde Giom para levar água até o lado ocidental da cidade de Davi (2Cr 32:30), ao tanque de Siloé, e, ao redor desse último, construiu um muro de modo que se pudesse conseguir água caso a cidade fosse sitiada (2Cr 33:14). Esse lugar onde Salomão seria ungido ficava a cerca de um quilômetro vale acima da fonte de Rogei, onde ocorriam as festividades da coroação de Adonias. |
1Rs.1:34 | 34. Alí o ungirão. A cerimônia de unção seria realizada por Zadoque como sacerdote e Natã como profeta — ambos estavam autorizados a realizar o rito devido às suas prerrogativas oficiais. Samuel, que ungiu Davi (ISm 16:13), era profeta e sacerdote. Jeú foi ungido por um dos filhos dos profetas enviado por Eliseu (2Rs 9:1-3). |
1Rs.1:35 | 35. Ordenei seja ele. Davi evidentemente tinha o direito de indicar seu sucessor. Isso estava em harmonia com o costume oriental. Aliates [rei da Lídia no 6o século a.C.J nomeou Croesus, Ciro apontou Cambises e Dario nomeou Xerxes. Heródoto declarou que era lei dos persas que um reisempre nomeasse um sucessor antes de partir para uma expedição. O direito de nomear um sucessor foi exercido de forma ainda mais absoluta por alguns imperadores de Roma e ocasionalmente pelos ealifas (ver com. de IRs 1:39 e de 2:24).Sobre Israel e sobre Judá. Observa-se aqui uma distinção entre Israel e Judá. Existem evidências de distinção já na época em que a terra foi dividida entre as tribos (Js 11:21; 18:5). Davi reinou primeiro sobre Judá, em Hebrom (2Sm 2:4), e depois os anciãos de Israel lhe pediram que fosse rei sobre eles (2Sm 5:1-3). Na época da rebelião de Absalão, a divisão entre Israel e Judá tinha se tornado bem mais evidente (2Sm 15:10, 13; 18:6, 7; 19:41-43; 20:1, 2). |
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1Rs.1:39 | 39. Viva o rei Salomão! Os planos de Davi foram prontamente colocados em prática. O novo rei foi ungido com o azeite sagrado do Labernáculo, indicando que havia sido apontado pelo Senhor e tinha Sua bênção. Depois do soar da trombeta, o brado “Viva o rei Salomão!" anunciou que o filho de Bate-Seba era rei e que tinha sido aceito pelo povo. A proclamação oficial foi feita primeiramente por um arauto, de acordo com a ordem de Davi (v. 34), e, depois, pelo povo (v, 40). |
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1Rs.1:41 | 41. Também Joabe ouviu. Com Salomão estava um grupo de pessoas que aclamaram a coroação do novo rei com irrestrita alegria e com brados de aclamação. Com Adonias, estava um grupo de conspiradores que, antes de finalizar suas festividades, devem ter sido tomados de ansiedade e apreensão. O som da trombeta que para um grupo foi uma nota de triunfo, para outro foi um sinal de condenação. O ouvido alerta de Joabe, guerreiro veterano, logo percebeu o significado do que acontecia. |
1Rs.1:42 | 42. Jônatas. Como filho de um dos conspiradores, Jônatas sem dúvida ficou fora das festividades para espiar o que acontecia em Jerusalém e no palácio. Já havia antesarriscado a vida para levar informações confidenciais (2Sm 15:27, 36; 17:17-21), mas então a serviço de Davi.Boas-novas. As novas não eram nada boas para os conspiradores, e dificilmente Adonias poderia imaginar de que se tratava. Ele falou assim para tranquilizar a si mesmo e a seus cúmplices. |
1Rs.1:43 | 43. Nosso senhor, o rei Davi. Enquanto Davi estivesse vivo ou até que um sucessor fosse oficialmente apontado, a palavra dele era lei. A menos que Adonias estivesse pronto a levar adiante sua rebelião pela força das armas, ele e seus cúmplices podiam apenas reconhecer que a vontade do velho rei ainda era a vontade do estado e que seus decretos seriam cumpridos. |
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1Rs.1:46 | 46. Salomão já está assentado no trono. Por piores que pudessem parecer aos conspiradores, as boas-novas eram fatos. Salomão, e não Adonias, estava assentado no trono. Ele já havia sido escolhido formalmente por Davi como seu sucessor; montou a mula até o lugar de sua coroação; foi ungido com azeite sagrado; a guarda real estava com ele; Zadoque, Natã e Benaia estavam ao seu lado; o coração do povo estava com ele; tudo foi feito da forma apropriada, de acordo com a vontade de Davi e com a evidente aprovação de Deus; deu-se a máxima publicidade a todo esse processo; e a única coisa que os rebeldes poderíam fazer era reconhecer Salomão como rei (ver com. do v. 35). |
1Rs.1:47 | 47. O rei se inclinou. Nenhum monarca terreno vive para sempre. O fato de Davi saber que seu fim tinha chegado e que o cetro real devia ir para as mãos de outro não era isento de tristeza. Davi, porém, aceitou o destino e se inclinou em seu leito, reconhecendo com humildade que seu sucessor se assentara no trono. Ele não se inclinou para o novo rei, mas para Deus, em gratidão a todas as bênçãos e cuidado vigilante. |
1Rs.1:48 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.1:49 | 49. Estremeceram. O relato de Jônatas produziu terror e consternação em Adonias eseus convidados. Sem cerimônia, os que estavam com Adonias se levantaram e fugiram. Esse fato indica que reconheceram não haver a menor esperança para a causa que abraçaram.pelo qual poderia legitimamente buscar refúgio no santuário. |
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1Rs.1:53 | 53. Vai para tua casa. A rebelião de Adonias felizmente terminou sem derramamento de sangue. Davi demonstrou sabedoria ao lidar com a questão entronizando Salomão como rei e permitindo que os eventos tomassem seu curso natural em vez de enviar tropas para deter o usurpador. Salomão foi sábio e misericordioso ao perdoar, embora, ao mesmo tempo, deixasse claro que a clemência dependia de bom comportamento. Se Adonias se demonstrasse digno e vivesse como cidadão comum e se submetesse ao novo regime, não seria incomodado. Do contrário, sua vida estaria em perigo. Adonias se prostrou diante do rei e se submeteu ao seu destino inglório.Capítulo 2tempo de paz, vingou o sangue derramado em guerra, manchando com ele o cinto que trazia nos lombos e as sandálias nos pés.encontrar-se com ela e se inclinou diante dela; então, se assentou no seu trono e mandou pôr uma cadeira para sua mãe, e ela se assentou à sua mão direita.que serás morto; o teu sangue cairá, então, sobre a tua cabeça. |
1Rs.2:1 | 1. Aproximando-se os dias da mortede Davi. Este capítulo dá continuidade à narrativa do anterior, com os mesmos vividos detalhes. O relato de Crônicas omite a rebelião de Adonias e, no seu lugar, descreve uma grande assembléia de ‘'todos os príncipes de Israel, como também os sacerdotes e os levitas”, "os capitães cios turnos que serviam o rei” e os chefes de todo o reino (ICr 23:1, 2; 28-29), para fazerem rei a Salomão“pela segunda vez” (ICr 29:22). Tanto Saul (lSm 11:14, 15) quanto Davi (2Sm 5:1-3) tinham sido proclamados reis por duas vezes e assim foi também com Salomão. Sua primeira unção foi feita rapidamente numa ocasião não premeditada, devido à pressão das circunstâncias, num momento em que apenas algumas pessoas puderam estar presentes. Assim sendo, era apropriado que houvesse uma segunda coroação, coma devida solenidade e importância, diante dos representantes de toda a nação. |
1Rs.2:2 | 2. Pelo caminho de todo os mortais. Esta expressão retoma as palavras de Josué ([s 23:14) ao se aproximar da morte. A morte não é parcial. Os grandes heróis da história vão para o mesmo lugar que o mais humilde dos homens: a sepultura. As distinções mundanas são transitórias, e a glória dos reis desaparece quando impera a morte.Coragem. Davi não pensou em si mesmo, mas em seu filho; não pensou no passado, mas no futuro. Ele falou como um pai amoroso, como um soldado e patriota e, acima de tudo, corno alguém que foi verdadeiramente rei em todos os aspectos. Exorta Salomão a ser forte ao assumir as responsabilidades de um líder, assim como Moisés e o próprio Deus exortaram Josué (Dt 31:7; J.S 1:7).Sê homem. A despeito de ser jovem, Salomão era rei, e como tal devia demonstrar sua dignidade. Devia ser um homem com total controle de si mesmo e de seu povo; devia ser corajoso, acima de qualquer suborno ou corrupção. Não devia colocar em primeiro lugar seus interesses, mas os do povo a quem devia servir e os de Deus de quem era representante. |
1Rs.2:3 | 3. Guarda os preceitos. A exortação de Davi a Salomão foi, sobretudo, de natureza religiosa. Em primeiro lugar, Salomão devia ser fiel a Deus. Os israelitas eram o povo de Deus, e Salomão devia governá-los como servo de Deus. As últimas palavras de Davi a Salomão não foram as de um pai para um filho, mas as de um chefe de Israel, um estado teocrático, a seu sucessor divinamente apontado para o trono. E a partir desse ponto de vista que todo o discurso deve ser considerado. Como rei de Israel, Salomão devia “se assentar no trono do reino do Senhor” (lCr 28:5). Quando assumiu o reino, “assentou-se no trono do Senhor” (lCr 29:23). Israel era uma nação cujo rei era Yahvveh e da qual ogovernante humano era apenas um servo e representante do Rei celestial.Para andares nos Seus caminhos. O rei devia conhecer os caminhos de Deus e andar neles, não só para seu bem, mas como um exemplo para o povo. Os caminhos de Deus são de justiça e paz e produzem bênçãos e prosperidade.Para guardares os Seus estatutos. Os estatutos são as estipulações da lei. Deus deu Seus mandamentos ao povo e depois acrescentou outros regulamentos para deixar claro que tipo de obediência estava envolvida em cada caso. E na lei de Moisés que se encontram tais estatutos, juízos e testemunhos. Nele há ordenanças cerimoniais, estatutos civis, leis de saúde bem como exigências morais.Para que prosperes. Todas as leis de Deus foram dadas em benefício do ser humano. Deus deu leis a Seus filhos porque deseja vê-los felizes e prósperos. Suas ordens e prescrições não foram dadas para mostrar Sua autoridade suprema, mas para assegurar o bem-estar e felicidade dos seres humanos. Se andar em harmonia com as leis do Céu, o ser humano encontrará alegria, paz, contentamento, saúde e plenitude de vida. Desobedecer a essas leis traz dificuldades, pesar, enfermidades, dor e morte. Desde o começo até o fim da história de Israel, isso foi apresentado claramente pelos profetas. "Se quiserdes e Me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Mas, se recusardes e lordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse” (Is 1:19, 20; cf. Jr 7:5-7). Quando Israel finalmente pereceu, ficou claro que a razão disso Ioi a recusa em guardar os mandamentos do Senhor (2 Rs 17:7-20). |
1Rs.2:4 | 4. Para que o Senhor confirme a palavra. A promessa original de Deus foi feita a Davi por meio de Natã, o profeta (2Sm 7:11-17) e, mais tarde, talvez diretamente, ao próprio Davi (SI 89:3, 4).A promessa era de que a casa de Davi e seu reino seriam estabelecidos para sempre. O cumprimento dessa promessa aos filhos de Davi dependia de que continuassem a obedecer aos mandamentos de Deus (SI 132:12). Davi relembrou Salomão essas condições a fim de encorajá-lo a ser fiel e a obedecer aos mandamentos do Senhor. |
1Rs.2:5 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:6 | 6. Faze, pois. Joabe tinha matado Abner (2Sm 3:27-30). Davi, naquela ocasião, deixou claro que não tinha tido parte no crime e declarou: "retribua o Senhor ao que fez mal segundo a sua maldade” (2Sm 3:39). Joabe também tinha assassinado Anrtasa, a quem Davi tinha então recentemente apontado para assumir o lugar de Joabe (2Sm 19:13; 20:8-10). A morte desses dois homens deveria ser vingada. Na época em que esses crimes foram cometidos, Davi mio podia punir joabe, pois ele sabia do envolvimento de Davi na morte de Urias, o heteu (2Sm 11:14-25). Não obstante, a justiça demandava que crimes como os de |oabe não ficassem impunes. Portanto, falando não como alguém que tinha recebido muitos anos de serviço fiel e árduo do homem que agora condenava, mas como rei teocrátieo, Davi deu instruções para que os crimes de Joabe fossem punidos por um homem livre de culpa e que nada devesse ao comandante. Além disso, devia-se recordar que Joabe também era culpado de atos que Davi não menciona claramente nesta passagem, como a morte de Absalão contra a ordem do rei (2Sm 18:14, 15) e sua recente traição ao apoiar Adonias (lRs 1:7), o que sem dúvida já tinha encolerizado Salomão contra ele. |
1Rs.2:7 | 7. Usarás de benevolência. A lembrança de Davi da hospitalidade de Barzilai quando fugia de Absalão é um agradável contraste (2Sm 19:31-39). Comer à mesa do rei significava receber apoio financeiro do tesouro real (2Sm 9:7; lRs 18:19; Ne 5:17). Barzilai tinha um filho chamado Oirimã (2Sm 19:37), e alguns imaginam que a referênciade jeremias à "Gerute-Ouímã” (Jr 41:17), como sendo próximo a Belém, indica que Davi tinha dado ao filho de Barzilai uma herança de sua propriedade. |
1Rs.2:8 | 8. Simei. Este homem, que tinha agido de forma tão desleal para com Davi, podería significar um perigo à vida de Salomão naqueles tempos turbulentos (ver v. 36-46). |
1Rs.2:9 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:10 | 10. Davi descansou. O relato da morte de Davi é breve. O registro de Crônicas acrescenta que "morreu em ditosa velhice, cheio de dias, riquezas e glórias” (ICr 29:28).Sepultado. Evidentemente no monte Sião, em solo real, próximo ao palácio de Davi (2Sm 5:9). Os "sepulcros de Davi”, as tumbas de seus sucessores, são mencionados por Neemias (Ne 3:16), e é provável que estivessem localizados ao sul do templo (Ez 43:7-9). Sem dúvida, foram escavados na rocha que fica subjacente a Jerusalém. Josefo relata que os tesouros da tumba foram saqueados por Hircano e, mais tarde, por Herodes (Antiguidades, vii.15.3; xvi.7.1). Ela ainda existia na época do NT (At 2:29), mas sua localização exata é desconhecida. A famosa Tumba dos Reis, que uma vez se creu ser o mausoléu dos reis de Judá, na verdade data do Io século d.C. |
1Rs.2:11 | 11. Sete anos. Mais exatamente, "sete anos e seis meses” (2Sm 5:5; ICr 3:4). |
1Rs.2:12 | 12. Seu reino se fortificou sobremaneira. O v. 46, após mencionar as mortes de Adonias, joabe e Simei, e a humilhação de Abiatar, declara que "assim se firmou o reino sob o domínio de Salomão”. Está claro que durante a primeira fase do reinado de Salomão havia descontentamento da parte de alguns que ameaçavam a estabilidade do trono do jovem rei. Salomão procedeu de forma rápida e firme contra essas forças de instabilidade e revolta, e, como resultado, o reino foi firmemente estabelecido sob seu controle. |
1Rs.2:13 | 13. É de paz a tua vinda? A presença de Adonias suscitou uma pergunta comrespeito a suas intenções. Havia ele se conformado com seu destino e estava preparado para apoiar Salomão, ou ainda esperava conseguir o trono de alguma forma? |
1Rs.2:14 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:15 | 15. O reino era meu. A referência de Adonias à sua tentativa frustrada de conseguir o trono da evidência de que a questão ainda estava viva em seu coração. Os temores de Bate-Seba eram bem fundados.Do Senhor. Uma aparente aceitação piedosa da vontade divina, mas na verdade um propósito dissimulado que pretendia alcançar pela astúcia o reino que não pôde conseguir pela torça. |
1Rs.2:16 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:17 | 17. One me dê por mulher a Abisague. Talvez, ele pudesse também ter pedido o reino. É provável que seu real propósito não fosse movido por amor à bela Abisague, mas pelo reino que esperava obter ao tomar posse dela. No antigo Oriente, as esposas de um rei se tornavam esposas de seu sucessor. Por isso Davi, quando sucedeu Saul, tomou para si suas esposas (2Sm 12:8). Absalão, seguindo o conselho de Aitofel, coabitou com as concubinas de seu pai á vista de Lodo o Israel, anunciando publicamente que assumia os direitos do trono de seu pai (2Sm 16:20-22). Abisague sem dúvida foi considerada a última esposa, ou ao menos a última concubina, de Davi. O pedido de Adonias para que Abisague tosse sua esposa podería ser entendido corno um pedido do próprio trono. Contudo, diante de Bate-Seba ele fe/ o papel de um jovem devoto e arrependido, conformado com seu destino, que queria apenas a bela jovem para consolar seu coração. |
1Rs.2:18 | 18. Eu falarei por ti. Por que Bate- Seba se dispôs a falar por Adonias diante do rei? Ela pensou que ele estivesse sendo sincero ou percebeu seus ardis, mas mesmo assim consentiu ao seu pedido na esperança de que seu coração pudesse ficar em paz e, assim, o reino de Salomão estaria seguro? |
1Rs.2:19 | 19. E se inclinou diante dela. A forma como Salomão honrou sua mãe foi umexemplo para as pessoas de sua época c mesmo para os dias de hoje. Antigamente, a rainha mãe era frequentemente honrada. |
1Rs.2:20 | Sem comentário para este versículo |
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1Rs.2:22 | 22. Pede também para ele o reino. Talvez Bate-Seba não tenha visto perigo no pedido de Adonias, mas Salomão de pronto percebeu o intento dele. Conceder o pedido de Adonias significaria encorajar suas pretensões. Aqueles que simpatizavam com ele teriam tido uma base sólida onde apoiar as reivindicações do irmão mais velho.Para Abiatar. As palavras não estão claras, mas o sentido sim. Salomão demonstrou seu desgosto pela falta de perspicácia de sua mãe, o que a levou a ser influenciada. As coisas já estavam ruins sem que ela colaborasse com os esforços de Adonias para apoderar- se cio trono. Afinal, Adonias era o irmão mais velho, e muitos podiam pensar que era legítima sua pretensão ao trono. A seu lado estavam dois dos homens mais influentes da nação, Abiatar, o sumo sacerdote, e Joabe, o comandante, que o ajudavam e o apoiavam de toda forma possível. E, então, a mãe do rei tinha permitido que a comprometessem ao ponto de pedir nada menos que o reino para o filho mais velho. Salomão reagiu: "Por que pedes Abisague, a sunamita, para Adonias? Pede também para ele o reino (porque é meu irmão maior), para ele, digo, e também para Abiatar, o sacerdote, e para Joabe, filho de Zeruia.” E evidente que Bate-Seba entendeu a reprovação. |
1Rs.2:23 | 23. Contra a sua vida. O pedido de Adonias equivalia a uma traição e como tal era punível com a morte. O jovem era perigoso, c não se podia permitir que suas maquinações colocassem em perigo a segurança da nação. Esse foi o raciocínio de Salomão.uma dinastia, unindo-se a Abisague. Isso não devia ser permitido. A conspiração anterior tinha sido perdoada, mas essa nova tentativa de rebelião contra Deus não podia ficar impune. Salomão era rei por escolha divina, assentava-se sobre o trono de Davi, que devia ser estabelecido para sempre. Salomão tinha consciência de que agia de acordo com a vontade de Deus, por isso, com um solene juramento, condenou Adonias à morte. |
1Rs.2:24 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:25 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:26 | 26. E a Abiatar. Salomão provavelmente supôs que, nessa nova tentativa de ocupar o trono, Adonias tinha cúmplices, incluindo Abiatar.Para Anatote. Abiatar íoi tratado com misericórdia devido à sua longa amizade com Davi quando este enfrentou problemas. Em vez de ser executado, seria deposto de seu cargo e enviado para casa. Anatote era uma cidade de sacerdotes no território de Benjamim (Js 21:17-19; lCr 6:60), e ficava cerca de cinco quilômetros ao nordeste de Jerusalém. E conhecida como a cidade natal de jeremias (Jr 1:1; 32:7). |
1Rs.2:27 | 27. Cumprindo, assim. A profecia cumpridafoi a de 1 Samuel 2:30 a 35; 3:11 a 14. Abiatar era descendente da casa de Eli e era o único sobrevivente da matança dos filhos de Aimeleque por Doegue (ISm 22:9-23; 23:6). Ao depor Abiatar, o sumo sacerdócio passava da casa de Itamar para a casa de Eleazar, o filho mais velho cie Arão, à qual pertencia Zadoque (Nm 25:11-13; lCr 24:1-6). Até então, tanto Abiatar como Zadoque tinham exercido a função de sacerdotes, sendo ciue o tabernáculo em Oidcjo esfa\a sob t j\s| |
1Rs.2:28 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:29 | 29. Arremete contra ele. Após saber da morte de Adonias, Joabe fugiu para o santuário. Se ele não tivesse nada a ver com essa conspiração, dificilmente teria temido por sua vida. A sentença de Salomão sobre ele faz referência apenas aos antigos crimes mencionados por Davi no seu leito de morte. Sem dúvida, uma das razões foi que se negava asilo no santuário era casos de assassinato deliberado (Ex 21:14). As leis contra o derramamento de sangue eram tão rígidas que é duvidoso que, de acordo com a lei, se pudesse perdoar um assassino (Nm 35:16-34; Dt 19:11-13). Se a sentença contra o assassinato deliberado não fosse executada, a terra levaria a culpa cie sangue (Nm 35:33). O altar dava asilo apenas para os que tinham matado sem intenção, mas esse não era o caso de Joabe. Como conhecia bem a lei, ele sabia o que o esperava. Corno um soldado rude e violento, até mesmo para o guerreiro Davi, o velho capitão encarou sua sorte sem uma palavra de protesto e sem um ato de resistência. Ele era culpado de crimes pelos quais sabia que não podia se defender. |
1Rs.2:30 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:31 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:32 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:33 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:34 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:35 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:36 | 36. E daí não saias. A situação do reino era tal que Salomão creu ser necessário manter vigilância sobre todos os suspeitos. O inquieto Simei estava entre as pessoas de quem se podia esperar que se levantassem contra o rei assim que surgisse oportunidade. Sabia-se que ele era um adepto da casa de Saul e inimigo da casa de Davi. Restringir Simei por confinamento em Jerusalém era uma precaução razoável contra a traição. |
1Rs.2:37 | 37. Cedroni. O vale que corre de norte a sul, nem pioximo do muro oriental de lerusaiom. aíem dele esla o que, mais tarde, naiü es.nbec idu como o monte das Oliveiras. -UL.aiínenm nao riu nbeiio nesse vaie, a não sei ¦• |
1Rs.2:38 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:39 | 39. Gate. Cidade que antes pertencia aos filisteus, mas que foi tomada por Davi (lCr 18:1). Nesta passagem diz que ela tinha um rei, mas este provavelmente estivesse sob controle da monarquia hebreia. |
1Rs.2:40 | 40. Simei se dispôs. A narrativa não diz se a viagem de Simei a Gate, para trazer de volta seus servos, tinha sido feita de boa fé ou não. O fato é que ele tinha desobedecido à ordem do rei e quebrado seu voto solene. E isso que deve ser ressaltado. Se tivesse desejado se manter fiel a seu voto, ele deveria ter informado ao rei acerca das circunstâncias, ter pedido permissão para ir e trazer de volta seus servos e aguardar a ordem do rei. Ao agir por conta própria e aventurar-se em um país estrangeiro que com frequência tinha estado em guerra contra o pai de Salomão, Simei se colocou em situação suspeita. |
1Rs.2:41 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:42 | 42. Chamar a Simei. Salomão não deu a sentença contra Simei sem antes considerar o caso e sem apresentar claramente todos os feitos diante do acusado. Com perguntas esquadrinhadoras, Salomão mostrou que Simei não tinha desculpas. Simei havia jurado solenemente que respeitaria o decreto do rei. Por que quebrou esse voto solene? O silêncio se tornou sua sentença de morte. |
1Rs.2:43 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:44 | 44. Toda a maldade que o teu coração reconhece. Ninguém conhece tão bem a maldade escondida no coração quanto o próprio transgressor. Com sua vida em risco, Simei sabia que seu coração era a maior testemunha contra si mesmo.O Senhor te fez recair sobre a cabeça. Deus não executa de forma arbitrária a sentença contra a transgressão. No julgamento, os pecadores colhem o que eles próprios plantaram. Foi a iniquidade de Simei, não apenas o julgamento de um rei terreno, que o condenou à morte. |
1Rs.2:45 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.2:46 | 46. Assim se firmou o reino. Ver com. do v. 12.Capítulo 3tinha edificado casa ao nome do Senhor. |
1Rs.3:1 | 1. Aparentou-se com Faraó. Este versículo está estreitamente ligado ao anterior. O primeiro objetivo de Salomão após assumir o trono era restabelecer a segurança interna. "Fendo alcançado isso, ele podia dar atenção a assuntos externos. O primeiro ato mencionado é o casamento com a filha do faraó. No caso do reinado de Davi sobre Judá, também se menciona em primeiro lugar medidas para assegurar a segurança interna (2Sm 2:1-32; 3:1), seguido da menção das esposas e dos filhos de Davi (2Sm 3:2-5); e depois de ter sido ungido rei de Israel (2Sm 5:1-3), o primeiro ato relatado é o estabelecimento de seu poder sobre Israel (2Sm 5:6-12), seguido de mais uma menção de suas esposas e concubinas (2Sm 5:13-16).Acredita-se que o faraó com quem Salomão se aparentou seja um dos reis da 21a dinastia, cuja capital era em Tânis, no baixo Egito. Deve ter sido um predeces- sor de Sisaque (Sheshonk), fundador da 22a dinastia, que invadiu Judá no quinto ano de Roboão (lRs 14:25). Muitas autoridades no assunto creem que o faraó com quem Salomão aparentou-se era Psusennes.A época em que Salomão fez aliança com o Egito foi um período em que esse país era pobre e dividido. Também era um período de fraqueza para Assíria e Babilônia, e já não existiam como nação os heteus que haviam sido poderosos. Esse período de debilidade generalizada no antigo Oriente Próximo ofereceu uma oportunidade única para que Davi e Salomão estabelecessem urna nação forte para o povo de Deus na terra em que O Senhor separou para eles.Tomou por mulher a filha de Faraó. Alianças políticas eram com frequência seladas por casamentos entre as famílias reais. O escritor inspirado não reprova Salomão por ter se casado com a princesa idólatra. Ele simplesmente registra o fato. Contudo, essa ausência de censura não o aprova. O casamento violava o mandamento de Deus.Embora a filha do faraó tenha renunciado a religião de seu país e ido viver entre os hebreus (PR, 53), esse resultado positivo não justificou o casamento com uma estrangeira. O faraó tomou a cidade de Gezer dos cana- neus e a presenteou a sua filha, como um dote, e à nação de Israel (lRs 9:16).Cidade de Davi. Faz-se uma distinção entre a cidade de Davi e Jerusalém. A antiga cidadela de Sião, fortaleza dos jebu- seus (2Sm 5:7-9), situava-se no extremo sul do monte oriental, a oeste do manancial de Giom, no vale de Cedrom, e ao sul da área onde depois se construiu o templo.A sua casa. A residência da filha do faraó na cidade de Davi era apenas temporária, até que Salomão tivesse construído seu próprio palácio. Esse palácio seria ao norte da cidade de Davi, na área do templo. Mais tarde, seria construída uma casa separada para sua esposa egípcia (lRs 7:8). |
1Rs.3:2 | 2. Oferecia sacrifícios sobre os altos. Segundo a lei de Moisés, os sacrifícios deviam ser levados ao tabernáculo e não oferecidos em campo aberto (Lv 17:3-5). O Senhor tinha prometido designar um lugar especial para onde os sacrifícios deviam ser levados (Dt 12:10, 11). Contudo, antes da escolha desse lugar, ofereciam-se sacrifícios em vários lugares do país (Jz 6:25, 26; 13:16; ISm 7:10; 13:9; 14:35; fCr 21:26), e os adoradores, aparentemente, não tinham consciência de seu erro. Há duas razões principais para a proibição de sacrificar nos altos: (1) manter os israelitas longe dos lugares onde o culto idólatra era realizado; (2) evitar que surgissem santuários não autorizados pelo Senhor, onde falsos cultos pudessem ser realizados. |
1Rs.3:3 | 3. Sacrificava ainda nos altos. Não se deve considerar isto como evidência de culto idólatra nesse período da vida de Salomão. O registro declara que ele “amava ao Senhor” e estava “andando nos preceitos de Davi”. Contudo, ele não observou asordens mosaicas que proibiam os sacrifícios, com exceção dos realizados num santuário. Embora essa ordem tenha sido ignorada durante o período dos juizes e mesmo na época de Samuel e Davi (v. 2), Israel estava então num novo momento de sua experiência religiosa. Começava a reconhecer-se que Deus não mais toleraria uma situação que antes havia "passado por alto” (At 17:30). |
1Rs.3:4 | 4. Foi o rei a Gibeão. Giheão estava a aproximadamente 9,5 km a noroeste de Jerusalém. Depois do hom êxito das medidas tomadas para estabelecer o reino, Salomão celebrou uma grande festa em Gibeão para toda a nação (2Cr 1:1-3), em gratidão ao Senhor pelas bênçãos derramadas. O taber- náculo que havia sido construído no deserto fora montado ali (2Cr 1:3). Recorda-se que, muito antes, os gibeonitas tinham enganado Josué, e, portanto, tinham sido sentenciados a serem “rachadores de lenha e tiradores de água para a casa do meu Deus” (Js 9:23). |
1Rs.3:5 | 5. Em sonhos. Nos dias de Davi, pai de Salomão, o Senhor revelava Sua vontade por meio dos profetas Natã e Gade (2Sm 7:2-17; 12:1-14; 24:11-14), e por meio de serviços especiais prestados pelos sacerdotes (ISm 23:9-12; 30:7, 8). Além disso, o próprio Davi com frequência talou sob inspiração, como, por exemplo, quando escreveu os salmos (ver 2Sm 23:2). Deus se comunicou com Salomão por meio de um sonho. Deus muitas vezes escolheu sonhos como um método de Se revelar a Seus servos, por exemplo, a Abraão (Gn 15:12), jacó (Gn 28:12-16), José (Gn 37:5-10) e Daniel (Dn 2:19; 7:1). Ele também falou por sonhos a quem não era de Israel, como a Abimeleque (Gn 20:3-7), Labão (Gn 31:24), o faraó e seus servos (Gn 40:5; 41:1-8), o rnidianita (Jz 7:13) e Nabucodonosor (Dn 2:1; 4:10-18).Pede-Me. Deus sabia do que Salomão precisava, mas Ele o fez pedir. Isso era uma prova para o jovem rei. Seu pedido revelaria a natureza de seu coração. |
1Rs.3:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.3:7 | 7. Uma criança. Salomão não quis dizer que tinha a idade de uma criança, mas que se considerava assim, em experiência. Suas palavras revelam humildade. Tendo sobre si as pesadas responsabilidades da nação, sentiu que a tarefa era demasiado grande para ele e que precisava de ajuda divina. Ouando subiu ao trono já era casado e, provavelmente, pai. Deduz-se isso porque tinha um filho de 41 anos (2Cr 12:13) por ocasião de sua morte, após um reinado de 40 anos (lRs 11:42). |
1Rs.3:8 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.3:9 | 9. Coração compreensivo. A maior necessidade do ser humano é de um coração compreensivo que possa entender seus próprios problemas e carências, bem como a vontade de Deus. Quanto maiores as responsabilidades, um coração compreensivo é ainda mais necessário. Alguém que é colocado numa posição de autoridade precisa entender os problemas de outros e como solucioná-los. Na administração da justiça e na condução dos assuntos do estado, é preciso ter sabedoria prática, discernimento e claridade de juízo. Uma das principais funções de Salomão seria ouvir casos difíceis que seriam apresentados a ele pelos juizes de primeira instância do país. Como cabeça do povo de Deus, sentiu a grande necessidade da sabedoria divina. Em nenhuma parte há uma compreensão melhor da natureza básica da sabedoria do que nas palavras escritas por ele: "O temor do Sun mor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10). "O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento" (Pv 4:7). |
1Rs.3:10 | 10. Agradaram ao Senhor. Deus Se agrada quando o ser humano Lhe pede o que é sábio e bom, e quando enfoca sabiamenle os problemas da vida, |
1Rs.3:11 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.3:12 | 12. Coração sábio e inteligente. A sabedoria de Salomão parece ter sido tanto moral como intelectual. Era uma sabedoria prática, com respeito a todos os aspectos davida, das coisas e do coração humano, das obras e da vontade do Criador. |
1Rs.3:13 | 13.0 que Me não pediste. Deus confirma sabedoria ao pedido de Salomão. Lie humildemente pediu sabedoria, o que traria em seu rastro todas as outras bênçãos da vida. “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento” (Pv 3:13). "Os seus caminhos são caminhos deliciosos, e todas as suas veredas, paz. E árvore da vida para os que a alcançam, e felizes são todos os que a retêm" (Pv 3:17, 18). "Porque o que me acha, acha a vida e alcança lavor do Senhor. Mas o que peca contra mim violenta a própria alma" (Pv 8:35, 36). Essa é a grande lei básica do governo divino, sobre a qual Jesus disse: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6:33). |
1Rs.3:14 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.3:15 | 15. Era sonho. Não um sonho qualquer, mas um sonho de Deus. Salomão teve plena certeza de que o sonho loi uma revelação divina e que estivera em contato com Deus. Ele estava tão certo disso, que imediatamente após seu regresso à capital, pôs-se perante a arca e ofereceu sacrifícios a Deus. Os resultados mostram que ele estava certo e que tinha recebido uma mensagem diretamente do Senhor.Perante a arca. Salomão iniciou seu reinado com uma cerimônia religiosa solene em cada um dos dois lugares santos que havia no país. Um era em Gibeão, onde estava o tabernáculo da congregação, e o outro, em lerusalém diante da arca, que alguns anosantes havia sido levada à cidade de Davi(2Sm 6:12, 16).Ofertas pacíficas. Além da cerimônia religiosa do sacrifício de um holocausto oferecido ao Senhor como aroma agradável (Lv 1:9, 13, 17) para indicar um ato de consagração a Deus, houve um grande sacrilício de ofertas pacíficas. Foi um banquete de companheirismo mútuo ao qual se convidou o povo para que participasse com alegre louvor e agradecimento pelas bênçãos recebidas (ver Lv 7:12, 13, 15; 2Sm 6:18, 19; iCr 16:2, 3). |
1Rs.3:16 | 16. Duas prostitutas. O caso era muito difícil, do contrário não teria sido apresentado ao rei. Foi uma prova de logo para a sabedoria de Salomão. Ambas as mulheres tinham caráter questionável. Não se podia confiar na palavra de nenhuma delas. Seus testemunhos eram equilibrados, sendo a resoluta afirmação de uma contestada pela contundente negação da outra. Parecia impossível chegar a uma decisão correta e justa. I oda a corte estava em suspense. O rei teria que admitir que o caso era difícil demais para se julgar? A inferência, o cálculo, a dedução, a hipótese não retardariam a justiça num caso como esse? Salomão, porém, deu um veredito rápido e certeiro, cuja justiça era inquestionável. A criança foi devolvida à sua mãe, a justiça foi feita e a fama da sabedoria e do reto juízo cie Salomão ficou assegurada por todo o porvir.Uma pintura no mural de Pompeia, atualmente no Museu Nacional de Nápolis, apresenta o que se pensa ser a cena do julgamento de Salomão entre as duas prostitutas.Capítulo 4Í2 Baaná, filho de Ailude, tinha a laanaque, e a Mcgido, e a toda a Bete-Seã, que está junto a Zarctã, abaixo de jezreel, desde Bete-Seã até Abel-i\ leolá, até além de Jocmeão.terra de Scom, rei dos amorreus, e de Ogue, rei de Basã; e havia só um intendente nesta terra.Calcol c Darcla, filhos de Maol; e correu a sua fama por todas as nações em redor.brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes. |
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1Rs.4:1 | 1. Reinou sobre todo o Israel. A ênfase na palavra “todo'’ sugere que o escritor compilou o material após a divisão do reino. |
1Rs.4:2 | 2. Homens principais. A lista é do gabinete real e inclui os principais conselheiros e oficiais do estado. Eles não eram “principais” no sentido de serem membros da família real, mas eram oficiais do primeiro escalão, que dependiam da escolha de Salomão para seus cargos e para continuarem neles.Azarias. E significativo que, enquanto na lista dos oficiais de Davi, está em primeiro lugar o capitão do exército (2Sm 8:16- 18; 20:23-26), esse oficial na lista de Salomão é precedido pelos que têm os cargos de sacerdote, secretário e cronista. O título “sacerdote” çARC) parece que correspondia a Azarias, não a Zadoque. As vezes, pensa-se que o termo “sacerdote", em heb. kohen, refere-se a um oficial civil. Em 2 Samuel 8:18, esse título é dado aos filhos de Davi (traduzido como “ministros”), enquanto a passagem paralela em 1 Crônicas 18:17 explica que esses filhos eram "os primeiros ao lado do rei . Em 1 Crônicas 6:8 a 13, são listados três Azarias, na seguinte sequência genealógica: Aitube, Zadoque, Ai mais, Azarias, Joana, Azarias, Amarias, Aitube, Zadoque, Salum, llilquias, Azarias. O primeiro Zadoque, filho de Aitube, foi sumo sacerdote nos dias de Davi (2Sm 8:17). De acordo com o relato de Crônicas, Azarias era neto e não filho de Zadoque. Azarias, listado em primeiro lugar entre os “principais”, pode ter sido um dos conselheiros particulares de Salomão e, mais tarde, sumo sacerdote (ver com. de iCr 6:8-13). |
1Rs.4:3 | 3. Filhos de Sisa, eram secretários.O cronista. Josafá tinha exercido essa função no reinado de Davi (lCr 18:15). O cronista era um oficial cujo dever era registrar os eventos do modo como aconteciam e cujo trabalho formava parte dos arquivos reais. Ele era um oficial importante do estado (ver 2Rs 18:18, 37; 2Cr 34:8). |
1Rs.4:4 | 4. Zadoque e Abiatar. Ver com. de 2Sm 8:17. |
1Rs.4:5 | 5. Amigo do rei, Este parece ter sido um cargo reconhecido no tempo de Salomão (ver 2Sm 15:37; 16:16; lCr 27:33). No Egito, ser o “amigo’' ou “confidente'’ do rei colocava um homem na posição invejável de conselheiro real. |
1Rs.4:6 | 6. Mordomo. “Diretor da casa”. No tempo de Ezequias esse cargo parece ter sido de grande importância, mais do que o de secretário, pois quando Sebna Ioi rebaixado, ficou implícito que ele foi destituído de sua posição de administrador da casa para a de escrivão/secretário (Is 22:15-25; 2Rs 18:18).Superintendente dos que trabalhavam forçados. Trata-se do grupo de trabalhadores forçados empregados por Salomão para seus grandes projetos de construção(ver lRs 5:13, 14). Na lista de oficiais de Davi na primeira parte de seu reinado, não se encontra esse cargo (2Sm 8:16-18); mas ele aparece na lista da última parte de seu reino (2Sm 20:24). Aquele que desempenhou essa função foi apedrejado até a morte na rebelião contra Roboão (IRs 12:18). Escavações em Eziom-Geber dão evidências do emprego de trabalho forçado. |
1Rs.4:7 | 7. Forneciam mantimento ao rei. Isto implicava a cobrança de impostos, fosse em dinheiro ou em alimento, para a manutenção da corte e da casa real. Esse ofício deve ter sido importante, pois em dois casos (v. 11, 15) os que o ocuparam se uniram por casamento à casa real. Os distritos sobre os quais os oficiais tinham jurisdição não correspondiam às 12 tribos. Sem dúvida, isso se devia em parte ao fato de que, nesse tempo, já era obsoleta a primeira divisão das tribos no país. Seu número, 12, não tem relação com as 12 tribos, mas com os 12 meses do ano, nos quais cada um deles tinha a responsabilidade de cobrar os tributos reais. |
1Rs.4:8 | 8. Montanhas de Efraim. Era a parte mais alta do território de Efraim, uma das mais férteis da Palestina, ao redor da cidade de Siquém. |
1Rs.4:9 | 9. Macaz. As cidades mencionadas neste versículo colocam o território do filho de Dequer a noroeste de Judá, no território original mente atribuído a Dã (Js 19:40-43), mas na história antiga de ísrael, essa região esteve em poder dos filisteus. |
1Rs.4:10 | 10. Socó. Um lugar que estava 16,3 km a noroeste de Samaria, conhecido como esh- Shmveikeh. Não é a mesma culade perto da qual Davi lutou contra Cio . - ¦ i >m 17:1, 2), nem a que ficava a sudo. ,»¦ |
1Rs.4:11 | 11. Cordilheira de Dor. Este distrito estava ao longo da costa, dominado pelo monte Carmelo, no território atribuído a Manassés. O rei de Dor foi aliado de fabim(Js 11:2), na confederação do norte, e posteriormente foi vencido (Js 12:23). Sua terra foi dada a Manassés (Js 17:11). Abinadabe, cujo filho estava a cargo dessa região, pode ter sido o irmão mais velho de Davi (ISm 16:8; 17:13). |
1Rs.4:12 | 12. Tinha a Taanaque. Esta era uma divisão importante, incluindo a maior parte da planície de Esdraelom. Era uma das regiões mais férteis da Palestina. Devido à sua localização, entrecruzada por rotas vitais de norte a sul e leste a oeste, era protegida por fortificações. Taanaque, Megido e Bete-Seã estavam entre as mais importantes fortalezas de toda a Palestina e foram atribuídas a Manassés. Elas não foram conquistadas, mas pagavam tributo quando Israel exercia poder (Js 17:11-13; Jz 1:27, 28). Embora tivessem sido atribuídas a Manassés, as cidades estavam dentro do território de Issacar (js 17:11). Megido é o lugar onde morreu Acazias (2Rs 9:27) e Josias (2Rs 23:29). Rete-Seã é a fortaleza que dominava o acesso oriental ao vale e onde os filisteus exibiram em triunfo o corpo de Saul (ISm 31:8-10). |
1Rs.4:13 | 13. As aldeias de Jair. Esta era uma grande parte da Transjordânia e incluía boa parcela do território de Manassés e Gade. Ramote-Gileade estava no território de Gade e era uma das cidades de refúgio (Dt 4:43; Js 20:8; 21:38).Região de Argobe. Território que já tinha pertencido ao reino de Ogue, mas que fora tomado por Jair (Dt 3:4, 13, 14).Grandes cidades com muros. Esta descrição é similar à de Deuteronômio 3:4 e 5. |
1Rs.4:14 | 14. Maanaim. Esta divisão também era parte da Transjordânia, no território de Gade (js 13:26; 21:38). boi o lugar onde jacó se encontrou com os anjos ao retornar para Canaã (Gn 32:2). Mais tarde, tornou-se um importante centro, pois foi a sede do governo de Isbosete (2Sm 2:8, 12, 29) e o lugar onde Davi se estabeleceu ao fugir de Absalão (2Sm 17:24, 27). |
1Rs.4:15 | 15. Naftali. Este era um distrito do norte da Ga li leia, ao sul do monte Hermom, e incluía a costa noroeste do mar da Galileia (Is 19:32-39). Nele estava Ouedes, uma das cidades de refúgio (Js 19:37; 20:7; Jz 4:6). |
1Rs.4:16 | 16. Em Aser e Bealote. Esta divisão era no norte, ao longo da costa mediterrânea (js 19:24-31). Os aseritas não puderam expulsar os cananeus de seu território e se estabeleceram entre eles (jz 1:31, 32). |
1Rs.4:17 | 17. Issacar. O território de lssacar estava ao sul de Naftali e ao norte de Manassés; incluía a parte norte da planície de Esdrae- lom (js 19:17-23). Esse distrito parece ter estado ao norte do distrito mencionado em I Reis 4:12. |
1Rs.4:18 | 18. Benjamim. O território de Benjamim era pequeno, porém importante. Incluía Jerico, Gibeá, Gibeão, Ramá e, originalmente, a própria Jerusalém (js 18:11-28). |
1Rs.4:19 | 19. Gileade. Um distrito a leste do Jordão que incluía partes do território de Rúben, Manassés e Gade (ver com. dos v. 13 e 14).Só um intendente. O significado destas palavras não está claro, uma vez que cada distrito tinha apenas um oficial. A LXX diz: “um oficial na terra de Judá.” Esse pode ser o sentido, pois se notará que, com exceção desta passagem, o território de Judá é omitido da lista de distritos que pagavam tributos à corte. Como um faxor especial para Judá, pode ler existido um oficial sobre esse distrito que supervisionava os outros doze, Uma vez que Judá era província central, não estava sob nenhum outro governo além da administração dos funcionários reais em Jerusalém; mas é pouco provável que, para os propósitos dos impostos, judá leria sido excluída do sistema geral. |
1Rs.4:20 | 20. Eram [...] muitos. A descrição da condição do povo, nesta passagem e no v. 25, como numeroso e vivendo em prosperidade e paz tem o objetivo de ressaltar que os israelitas tinham alcançado uma condição de poder e segurança, pois não estavam mais à mercêde vizinhos perturbadores e podiam desfrutar a terra dada a eles. |
1Rs.4:21 | 21. Sobre todos os reinos. O império de Salomão consistia em parte de um grupo de pequenos estados vassalos serni- independentes que eram governados por seus próprios reis, mas que reconheciam a soberania do rei hebreu e pagavam a ele um tributo anual. O falo de que os vizinhos de Israel tinham então sido destruídos ou reduzidos à servidão é mais enfatizado em 1 Reis 9:20 e 21.O Eufrates. Ver Gn 15:18; Js 1:4. O escritor chama atenção para o fato de o reino de Salomão ter atingido a extensão prometida a Abraão, Moisés e Josué (ver mapa na p. 843).Todos os dias. O império durou somente enquanto Salomão viveu. Estados como os que Salomão administrou, compostos em parte por reinos cie pouca união, com frequência se erguiam rapidamente, mas do mesmo modo se desintegravam. |
1Rs.4:22 | 22. O provimento diário de Salomão. Não se sabe a quantidade exata. Estima-se que o coro [heb. kor] equivalia a 220 litros. A corte de Salomão devia ter de 10 a 15 mil pessoas. |
1Rs.4:23 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.4:24 | 24. Tifsa. Em geral, é considerado como um lugar no Eufrates chamado Tapsaco pelos gregos.Gaza. No extremo sul da planície da Filístia.E tinha paz. Pelo menos até então. Tudo parecia estar sob controle, tranquilo internamente e livre de ataques exteriores. No entanto, a paz duradoura devia se fundamentar numa base mais sólida do que a do governo de Salomão, como logo demonstrariam outros acontecimentos. |
1Rs.4:25 | 25. Debaixo da sua videira. Esta frase era comum entre os hebreus (Mq 4:4; Ze 3:10) e era empregada também pelos assírios (2Rs 18:31). Ela descreve um período ideal de paz e prosperidade.Desde Dã até Berseba. Esta Irase começou a ser usada no período dos juizese foi empregada até os dias de Samuel, Saul, Davi e Salomão (ver jz 20:1; ISm 3:20; 2Sm 3:10; 17:11; 24:2, 15; lCr 21:2) para indicar uma nação unida que se estendia desde |
1Rs.4:26 | 26. Quarenta mil cavalos. Em |
1Rs.4:27 | 27. Os intendentes. Os oficiais mencionados nos v. 7-19. Algumas traduções gregas colocam este versículo após o 19. |
1Rs.4:28 | 28. Cevada. A cevada era e ainda é o alimento comum dos cavalos no Oriente. As vezes, era usada para fazer bolos e pães (jz 7:13; Jo 6:9). O trigo era o cereal para o consumo humano.Os cavalos. Provavelmente, melhor traduzido por “cavalos velozes”, pois é citado o serviço real de mensageiros (ver com. de Et 8:10). |
1Rs.4:29 | 29. Sabedoria. No seu sentido mais pleno, principalmente conforme usada em Provérbios e Eclesiastes, sabedoria é um atributo divino e é dada por Deus (Tg 1:5). Tal sabedoria tem a ver com o caráter bem como com o intelecto. A palavra é usada num sentido mais específico nos v. 30 e 31. |
1Rs.4:30 | 30. Todos os do Oriente. O povo tribal que vivia entre a Palestina e a Mesopotâmia (ver Gn 29:1; jz 6:3, 33; 7:12; 8:10). Diz-se que moravam em tendas (Jr 49:28, 29). Jó era um deles (Jó 1:3).A sabedoria dos egípcios. A sabedoria do Egito era famosa por todo o Oriente. Incluía áreas como astronomia, medicina, arquitetura, matemática, música, pintura, embalsamento e filosofia mística. Boa parte da literatura de sabedoria do Egito foi preservada. |
1Rs.4:31 | 31. Mais sábio do que todos os homens. Apenas esta passagem menciona alguns dos concorrentes de Salomão em sabedoria. Alguns creem que Hemã e Etã eram os músicos do tabernáculo apontados por Davi (lCr 6:33, 44), que podem também ser os ezraítas nos títulos dos Salmos 88 e 89. Um “Hemã” é designado como “o vidente do rei e cujo poder Deus exaltou” (lCr 25:5). Contudo, a identidade desses nomes não está definitivamente estabelecida. |
1Rs.4:32 | 32. Compôs três mil provérbios. São as palavras de sabedoria moral e prática, contendo conselhos, observações sagazes, exortações à virtude, princípios de piedade e preceitos úteis que conduzem à bondade, felicidade e prosperidade. Apenas alguns desses provérbios foram preservados.Seus cânticos. Sabe-se que Salomão foi compositor de cânticos, pois alguns deles foram preservados, incluindo o Cântico dos cânticos e, possivelmente, os Salmos 72 e 127. |
1Rs.4:33 | 33. Discorreu sobre todas as plantas. Os escritos de Salomão revelam que ele teve profundo interesse pelas belezas da natureza. Era atento observador e, sem dúvida, teve o hábito de registrar muitas de suas observações para o benefício de seus contemporâneos. Não foi preservado nenhum desses tratados de Salomão dedicados unicamente a assuntos seculares no campo da história natural. |
1Rs.4:34 | 34. De todos os povos vinha gente. E natural que a reputação de Salomão fosse divulgada e que muitos viessem de nações distantes para ouvir de sua sabedoria.Todos os reis. Não todos os reis em pessoa, pois muitos enviavam seus mensageiros, embora alguns governantes, como a rainha de Sabá, tenham preferido ir pessoalmente.Capítulo 5até ao mar, e eu as tarei conduzir em jangadas pelo mar até ao lugar que me designares e ali as desamarrarei; e tu as receberás. Tu também larás a minha vontade, dando provisões á minha casa. |
1Rs.5:1 | 1. Hirão, rei de Tiro. Hirão enviou trabalhadores e materiais a Davi para a construção de sua casa (2Sm 5:11; lCr 14:1). Josefo cita Menander, de Efeso, que escreveu, em grego, a história de Tiro, cerca de 300 a.C., dizendo que Hirão era filho de Abibaal e que reinou por 34 anos, tendo morrido com 53, e toi sucedido por seu filho Baleazar (Contra Apion, 1.18). Segundo Josefo, o templo foi construído no 11° (Antiguidades, viii.3,1) ou 12° (Contra Apion, 1.18) ano de Hirão. Uma vez que a construção do templo começou no quarto ano de Salomão (IRs 6:1), o reinado de Hirão deve ter sido paralelo com o de Davi durante sete ou oito anos. |
1Rs.5:2 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.5:3 | 3. Unia casa. Depois de descrever o governo de Salomão, o relato passa para o grande feito de seu reinado: a construção do templo. Relato paralelo acerca desse importante empreendimento encontra-se em 2 Crônicas 2 a 4.Por causa das guerras. A razão pela qual Davi não construiu o templo não foi porque estava ocupado com as guerras, ao ponto de não ter tempo ou oportunidade para tanto, mas, por ter derramado muito sangue, o Senhor não lhe permitiu que o fizesse (ICr 22:8). |
1Rs.5:4 | 4. Descanso. Não era propósito de Deus que Israel estivesse em guerra constante contra os vizinhos. Durante o reinado de Davi, a guerra foi necessária para o estabeleci mento do trono. Deus, no entanto, tinha prometido a Davi um filho que seria “homem sereno”, e que haveria paz e tranquilidade em Israel nos seus dias (1 Cr 22:9). O nome Salomão significa "pacífico”. Salomão reconheceu que a tranquilidade que desfrutou era uma bênção de Deus. |
1Rs.5:5 | 5. Intento edificar. Davi tinha proposto construir uma casa para Deus. Contudo, uma vez que Deus não lhe permitiu levar a cabo seu nobre propósito, ele confiou essa responsabilidade a seu filho (JCr 22:6-16). Salomão assumiu o dever não como umencargo de seu pai, mas como uma sagrada tarefa diante de Deus. O propósito de Davi se tornou seu objetivo, e a vontade de Deus, a sua. Seu primeiro grande empreendimento foi o de construir o templo do Senhor.Como falou o Senhor. Quando Davi pela primeira vez se propôs a construir uma casa para o Senhor, uma mensagem foi enviada por Deus pelo profeta Nata, tornando claro a Davi que essa tarefa não deveria ser realizada por ele, mas por seu filho (2Sm 7:2-17; lCr 17:1-15). Deus fala com os seres humanos de várias formas, mas, com frequência, escolhe um profeta como o canal de comunicação.Cedros. O famoso cedro do Líbano era muito apreciado na Antiguidade. Os tírios o usavam para fazer os mastros de seus barcos (Ez 27:5). Reis da Assíria e de Babilônia usaram cedro em seus templos e palácios. No Egito, o cedro do Líbano era usado em grande escala. As florestas do Líbano eram proverbiais por sua beleza e fragrância (SI 92:12; Ct 4:11; 5:15; Is 35:2: Ez 31:3-9; Os 14:6, 7), regadas por riachos perenes de águas provenientes dos picos nevados das montanhas (Ct 4:15; Jr 18:14; Ez 31:4, 5, 7), enquanto o restante da Palestina podia estar árido. O cedro do Líbano mede em geral de 15 a 25 m de altura e tem forma de cúpula. As tolhas são produzidas em tufos, e os galhos são longos e contorcidos.Os famosos cedros têm desaparecido das montanhas do Líbano, mas a árvore ainda cresce nos montes Tauro.Não há quem saiba. Os fenícios em geral e os sidônios em particular são mencionados com frequência na literatura antiga por suas habilidades mecânicas e artísticas. Eram hábeis no trabalho de cortar troncos e transportar madeira. |
1Rs.5:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.5:7 | 7. Muito se alegrou. Parece ter havido uma genuína amizade entre Hirão e Salomão, que, sem dúvida, se remontava à sincera amizade entre Hirão e Davi. A resposta de Hirão ao pedido de Salomão é dada de forma mais completa em 2 Crônicas 2:11 a 16.Bendito seja, hoje, o Senhor. Esta é uma resposta incomum de um rei de Tiro. Por meio de seus contatos com Davi e Salomão, Hirão tinha ouvido do Deus dos hebreus. O nome de Yahvveh, nessa época, era honrado por muitos dos vizinhos de Israel, e os princípios da lei e do governo divinos foram melhor compreendidos. Barreiras foram quebradas e conversões aconteceram. No entanto, não há evidência de que Hirão tenha se tornado um adorador de Yahvveh ou que essa resposta tenha dado evidência de mudança em suas crenças. Em vez disso, as palavras parecem ser de respeito ao Deus de Israel, a quem Hirão reconhecia como Aquele que "fez os céus e a terra” (2Cr 2:12). |
1Rs.5:8 | 8. Toda a tua vontade. Não se poderia esperar resposta mais gentil. Hirão se envolveu por completo com os planos de Salomão e concordo ti em fazer tudo o que ele pediu, e com espírito voluntário e coração alegre. As tarefas deste mundo seriam muito mais leves se o mesmo espírito fosse encontrado com mais frequência no coração dos que têm oportunidades de reagirem a favores pedidos. |
1Rs.5:9 | 9. Desde o Líbano. E provável que os troncos fossem transportados flutuando água abaixo pelos rios ou que deslizassem encosta abaixo. Então, eram transportados para o mar e amontoados em jangadas para seguiraté jope (2Cr 2:16), a 54,5 km de Jerusalém. Na construção do segundo templo, seguiu-se o mesmo curso (Ed 3:7). |
1Rs.5:10 | 10. Deu Hirão a Salomão. Parece ter havido um acordo escrito, formal entre Salomão c Hirão (2Gr 2:11). Salomão escreveu os termos do contrato, que foram aceitos prontamente por Hirão. Ele concordou em entregar a madeira que Salomão desejava em harmonia com as estipulações propostas. Joseío declara que ainda existiam cópias das cartas entre Hirão e Salomão nos dias de Menander (e. 300 a.C.) e que podiam ser vistas nos arquivos de Tiro (Antiguidades, viii.5.3). |
1Rs.5:11 | 11. Salomão deu a Hirão. O acordo feito entre Salomão e Hirão era vantajoso para ambos. (3 rei hebreu tinha pouca madeira e Hirão, bastante. Hirão precisava dc alimentos que eram escassos na Fenícia, ao passo que Israel devia tê-los em abundância. Ambos deram do que tinham e receberam o que precisavam, portanto, ambos foram beneficiados. Os reis ficaram satisfeitos com esse acordo que promoveu prosperidade e paz.De ano em ano. As atividades de construção continuaram por anos, e foram feitos acordos segundo os quais uma quantidade específica de trigo e azeite era entregue a Hirão de ano em ano em troca dos materiais que ele enviava continuamente e dos serviços dos hábeis trabalhadores tidos. |
1Rs.5:12 | 12. Sabedoria. A sabedoria é necessária em todas as áreas da vida, seja na religião ou nos negócios, no governo bem como na agricultura, no lar e na escola. Ela promove contentamento e prosperidade, felicidade e piedade. A verdadeira sabedoria vem de Deus e conduz a Ele. |
1Rs.5:13 | 13. Formou o rei Salomão uma leva. Esta parece ter sido a primeira vez que os israelitas foram chamados para desempenhai' trabalho pesado. Samuel tinha predito que, com a chegada da monarquia, isso aconteceria (ISm 8:16). Davi havia imposto trabalho forçado aos "estrangeiros que estavam naterra de Israel" (iCr 22:2), enquanto que os israelitas tinham até então escapado desse serviço. Com relação à construção do templo, 30 mil trabalhadores foram recrutados. Ao se supor uma população de 1,3 milhão de israelitas fisicamente capazes (2Sm 24:9), isso equivale a um em cada 43. |
1Rs.5:14 | 14. Um mês. O arranjo de apenas um mês de serviço em três deve ter tornado o sistema de trabalho forçado bem menos sofrível. Esse tipo de trabalho não era considerado de servos, do tipo que se demandava dos estrangeiros, pois "dos filhos de Israel não fez Salomão escravo algum" (IRs 9:22). Porém, era detestável e foi uma das principais causas de descontentamento no final do reinado de Salomão (IRs 12:4).Adonirão. Um dos principais funcionários do estado (ver com. de 1 Rs 4:6). |
1Rs.5:15 | 15. Levavam as cargas. Os trabalhadores não eram israelitas, mas estrangeiros (2Cr 2:17, 18). Eles foram apontados por Davi para que “preparassem pedras" (iCr 22:2); eram verdadeiros servos ou escravos que prestavam serviços contínuos em trabalhos pesados, como levar cargas ou lavrar pedras. |
1Rs.5:16 | 16. Os chefes-oficiais de Salomão. O número que se dá aqui é de 3,3 mil, mas uma passagem paralela cita 3,6 mil (2Cr 2:18). Em 1 Reis 9:23, fala-se do número dos "principais oficiais que estavam sobre a obra de Salomão" como 550, ao passo que,em 2 Crônicas 8:10, se fala do número dos "principais oficiais que tinha o rei Salomão" como 250. Deve-se notar que o número total de oficiais de todas as categorias em cada caso é de 3.850. Parece que os escritores de Reis e Crônicas classificaram os oficiais de modo diferente. E possível também ter havido alguma reorganização em que uns foram promovidos, e que um escritor dê a classificação como era antes, e o outro como era depois da reorganização. |
1Rs.5:17 | 17. Pedras grandes. Estas pedras eram grandes e lavradas cuidadosamente. Muito trabalho foi empregado para prepará-las e transportá-las desde a pedreira até o local do templo em Jerusalém. Elas devem ter sido usadas não tanto para a fundação do edif ício, mas para a subestrutura da área do templo, que formava um quadrado no topo irregular do monte Moriá. Nessa subestrutura grandes pedras ainda podem ser vistas, que se pensavam datar dos dias de Salomão, mas que depois se soube não serem de além dos dias de Herodes. Algumas dessas pedras têm cerca de 10 m de largura e 2,2 m de altura. |
1Rs.5:18 | 18. Giblitas. Habitantes de Gebal, ou Biblos (ver Ez 27:9), uma cidade costeira da Fenícia. Parece que eles eram habilidosos artesãos em pedra e foram empregados por Salomão da mesma forma que outros especialistas para a realização de tarefas que demandavam habilidades especiais.Capítulo 6I No ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, Salomão, no ano quarto do seu reinado sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), começou a edifieara Casa do Senhor.ó O andar de baixo tinha cinco côvados de largura, o do meio, seis, e o terceiro, sete; porque, pela parte de fora da casa em redor, fizera reentrâncias para que as vigas não fossem introduzidas nas paredes.de palmeiras e de Hores abertas; a estas, como as palmeiras e os querubins, cobriu de ouro. |
1Rs.6:1 | 1. No ano quatrocentos e oitenta. Este versículo sincroniza o 480° ano a partir do êxodo com o quarto ano do reinado de Salomão. Essa informação é de suma importância, pois com ela é possível computar a cronologia hebraica desde Salomão a Moisés, e ainda antes. Da exatidão da data a.C. atribuída ao quarto ano de Salomão depende a exatidão de todas as outras datas baseadas nela. Não há evidência para supor que 480 seja um nú mero redondo ou que indique 12 gerações, nem para fazer com que esse período inclua o tempo dos juizes ao somar todos os anos dos juizes e omitir os anos de opressão estrangeira (ver p. 113). Este comentário considera esse número como o do 480° a.ío (p. 114) e conta o ano do êxodo como o primeiro (assim como Moisés contou os 40 anos de peregrinação; ver vol. 1, p. 166).A que corresponde esse 480° ano, sincronizado com o quarto ano de Salomão? Segundo o método cronológico, esboçado nas p. 126 a 128, e os sincronismos assírios (p. 143), o 40° e último ano do reinado de Salomão (1 Rs 11:42) pode ser datado em 931/930 a.C. Esse seria um ano civil judaico, de outono a outono, começando com o sétimo mês (ver p. 100). Então o quarto ano de Salomão seria 967/966, no qual o segundo mês, zive (mais tarde chamado de Iyyar) cai na primavera de 966 a.C.Se esse segundo mês do 480° ano foi em 966 a.C., o segundo mês do primeiro ano dos 480 foi 479 anos antes de 966, ou seja, 1445 a.C. Esse foi o mês depois doêxodo (ver vol. 1, p. 166; para o computo de 1445, ver vol. 1, p. 170, 172; vol. 2, p. 118, 119). As datas do Antigo Testamento adotadas neste Comentário são baseadas no sin- cronismo do mês de zive do quarto ano de Salomão (no ano 480°, começando com o ano do êxodo) com o ano 966 a.C.Deve-se observar que esse dado cronológico “no ano quatrocentos e oitenta” é informado de maneira formal e categórica, sem hesitação ou reserva, e com precisão incomum. Informa-se não apenas o ano de Salomão e a era do êxodo, mas também o mês. E evidente que se desejou estabelecer um sincronismo exato, como o que é leito entre 2 Reis 18:9 e 10; Jeremias 25:1; etc.Na LXX, o número informado é 440 em vez de 480; e Josefo fala de 592 ou 612 (.Antiguidades, viii.3.1; xx.10.1). Tanto a LXX quanto Josefo têm várias discrepâncias com as cifras hebraicas dos livros dos Reis. No entanto, um estudo atento dos números cie Josefo demonstra que são tardios e errôneos, ao passo que os números do texto hebraico são mais antigos e mais confiáveis. Josefo é notório por suas cifras conflitantes e errôneas, e não se deve confiar nelas para se estabelecer uma cronologia sólida.No mês de zive. Este é o nome hebraico antigo do segundo mês. Depois do exílio foi chamado comumente de iyyar. Os nomes raros e arcaicos dos meses hebraicos, neste e no v. 38, são evidência de uma data antiga para o livro.Começou a edíficar. A decisão de Salomão de construir o templo não foi um ato solitário ou arbitrário nem foi motivado apenas pela vontade de seu pai Davi. A razão que moveu Salomão não foi ambição pessoal, nem amor à glória, mas a realização de um propósito divino. O tempo de se construir uma casa para o Senhor tinha claramente chegado e Salomão se entregou por completo á execução dessa tarefa. O momento era de tranquilidade e paz tanto para Israel quanto para as nações vizinhas. Também era uma época de prosperidade, o que tornava possível para Salomão assegurar os materiais necessários. O povo podia ajudara construir e estava disposto a isso.O relato da construção do templo de Salomão ocorre também em 2 Crônicas 3 e 4, mas o registro em Reis é o mais antigo e completo. O relato paralelo em 2 Crônicas concorda com o de Reis em todos os detalhes essenciais. Embora esse relato seja bem mais resumido do que o de Reis, ele contém a 1 g u n s d e t a I h e s a d i c i o n ais.Além dos relatos bíblicos, há a descrição de Josefo do templo de Salomão (Antiguidades, viii.3.1-9). Contudo, esse registro, embora detalhado, não é totalmente fidedigno. A literatura cristã não acrescenta nada de significativo em relação aos detalhes do templo, tampouco as pesquisas arqueológicas tem dado quaisquer contribuições notáveis, tendo em vista as repetidas destruições de Jerusalém desde a época de Salomão. |
1Rs.6:2 | 2. Comprimento. Ao se compararem as especificações, observa-se que as dimensões do templo eram proporcionais às do taber- náculo, mas cada uma delas era em dobro. Assim, o comprimento do templo era de 60 côvados, o dobro do comprimento do taber- náculo (Ex 26:16, 18). Se o côvado mede 44,45 cm, a construção teria 26,7 m de comprimento, 9 m de largura e 13 m de altura.O tabernáculo no deserto foi feito estritamente de acordo com o modelo mostradoa Moisés "no monte" (Êx 25:9, 40). O templo, ao ser construído segundo a estrutura antiga, teria a forma do padrão original. Além disso, Davi transmitiu a Salomão instruções minuciosas para a construção do templo conforme reveladas a ele mediante inspiração divina (PP, 751). |
1Rs.6:3 | 3. O pórtico. A frente do templo havia um pórtico de nove metros de largura, a mesma do edifício, e 4,5 rn de fundo. A altura não é dada em Reis, mas 2 Crônicas 3:4 relata que é de 120 côvados, ou 53,4 metros. Essa altura não coincide com nada mais conhecido na arquitetura antiga e daria à construção proporções muito incomuns e uma aparência estranha. Em vários manuscritos da LXX e da siríaca, lê-se "20 côvados”. O hebraico em geral repete a palavra para "côvados” após a dimensão. Observa-se que em 2 Crônicas 3:4 a palavra é omitida. Há uma semelhança no hebraico entre a palavra para "côvado", animcih, e a palavra para "cem”, meah, c é possível que tenha havido troca de uma por outra. |
1Rs.6:4 | 4. Janelas de fasquias fixas superpostas. Eruditos hebreus não têm certeza do significado exato desta passagem. Muitos acreditam falar de janelas com treliças fixas. Outros creem que significa janelas amplas internamente e estreitas externamente. Janelas desse tipo pareceríam meras fendas na parede, mas seriam amplas por dentro, como as janelas dos castelos antigos. As janelas foram colocadas no alto e acima das câmaras descritas nos v. 5-8. |
1Rs.6:5 | 5. Fez câmaras. Fora do templo, ao norte, oeste e sul foi construída uma série de câmaras. Podia-se entrar nelas a partir do lado de fora do templo; elas estavam dispostas de tal maneira que não eram consideradas uma parte básica de sua estrutura. Na descrição dessas "câmaras laterais ao redor’, o autor parece ter um cuidado meticuloso para indicar que esses aposentos não faziam parte do edifício principal, mas eramexternos a ele. Algumas dessas câmaras serviam sem dúvida para acomodar os sacerdotes e outros servidores do templo.Ao redor. As câmaras laterais estavam por toda a extensão do edifício, sendo adjacentes tanto ao "santuárioo lugar santo, na parte dianteira do edifício, quanto ao lugar santíssimo, na parte posterior do mesmo. |
1Rs.6:6 | 6. O do meio. A altura de cinco côva- dos, havia um recuo de um côvado na parede externa do templo. Em cima desse recuo estavam as vigas para o piso do segundo andar. O resultado era que as câmaras do segundo andar tinham um côvado a mais de largura do que as do primeiro andar.O terceiro. No teto do segundo andar havia outro recuo de um côvado na parede do templo, fazendo com que os aposentos do terceiro e último andar tivessem sete côva- dos ou três metros de largura.Reentrâncias. As câmaras ficavam em três andares. A fim de preservar a santidade do templo e. ao mesmo tempo, permitir a união das câmaras externas, o exterior da parede principal do templo formava uma série de reentrâncias onde ficavam as vigas que formavam o teto das câmaras e os pisos dos andares superiores. Havia três dessas reentrâncias, cada uma com um côvado de profundidade. Na sua base, o muro do templo era três côvados mais espesso que sua parte mais alta. A parede externa das câmaras era perpendicular, sem reentrâncias. Essa disposição fazia com que as câmaras inferiores fossem as mais estreitas - cinco côvados (cerca de dois metros). Essa também era sua altura (v. 10).Não fossem introduzidas. Como as paredes tinham essas reentrâncias, não era necessário que as vigas que sustentavam os andares das câmaras exteriores atravessassem as paredes do templo, mas simplesmente se apoiassem sobre as reentrâncias providas pelo andar inferior da construção. Assim, não haver ia uma união básica dessas câmaras externas com o templo sagrado. |
1Rs.6:7 | 7. Pedras já preparadas. A fim de que o trabalho da construção fosse realizado com o mínimo de barulho possível, todas as pedras foram cortadas na pedreira; depois, eram apenas colocadas em suas posições no templo. Esse arranjo que envolvia muito trabalho e cuidado, além de habilidade, foi feito, sem dúvida, levando em conta a reverência. Assim, já na construção do templo se deu a devida consideração ao santo propósito a que este se destinava. |
1Rs.6:8 | 8. Câmara do meio. Ou, “piso intermediário" (BJ). Alguns entendem que se trata da câmara do meio do andar térreo. Na LXX e nos Targuns, lê-se "câmara inferior”. Isso parece indicar que todo o primeiro andar tinha apenas uma porta, que ficava no lado sul do templo. Não está claro se estava no aposento do meio ou no dianteiro próximo ao pórtico, mas este último era o mais provável. Não havia acesso ao templo diretamente a partir das câmaras exteriores.Caracóis. Este é o tipo mais inco- mum de escada, mas a pesquisa arqueológica tem revelado vários exemplos dela no antigo Oriente Próximo. Parece que a escada ficava na estrutura lateral, ocupando talvez o espaço que, de outra forma, teria correspondido ao de um dos aposentos. |
1Rs.6:9 | 9. E a rematou. Esta expressão se repete no v. 14 e uma declaração similar é feita no v. 38. Sem dúvida, o v. 9 se refere à parte principal da estrutura, o templo em si, com exceção do aposento externo; e o término de que se fala é da armação e do teto. Os ornamentos internos foram acrescentados posteriormente (v. 15-22).Cobrindo-a. isto é, colocou seu teto. Tábuas de cedro foram colocadas sobre as vigas de cedro. Não se sabe se o telhado era plano ou com inclinações. A maioria dos comentaristas afirma que só podería ter sido plano, como é comum no antigo Oriente Próximo, mas alguns defendem que deve ter tido inclinações. |
1Rs.6:10 | 10. Os andares que edificou. A principal estrutura do templo parece ter sido completada em primeiro lugar, seguida das câmaras construídas ao redor do edifício.Cinco côvados. Uma vez que havia três andares, cada um de cinco côvados de altura, a altura total da estrutura exterior das câmaras era de 15 côvados. Visto que o templo tinha uma altura de 20 côvados, havia um espaço de cinco côvados acima das câmaras para as janelas (v. 4). Essas janelas proviam luz e ventilação para o templo. |
1Rs.6:11 | 11. A palavra do Senhor. Em meio à descrição da arquitetura, uma breve nota é inserida sobre a promessa do Senhor com relação ao templo. Essa mensagem evidentemente veio a Salomão enquanto a construção estava em progresso, mas não se sabe como. Em Gibeão, o Senhor aparecera a ele num sonho (lRs 3:5). Depois de concluída a construção do templo, o Senhor novamente apareceu ao rei da mesma forma, com uma mensagem de advertência e de bênção (9:2-9). E provável que essa mensagem também tenha chegado a Salomão num sonho, mas não se descarta que um profeta possa ter sido usado.Uma das razões por que o Senhor enviou Sua palavra nesse tempo foi que Salomão precisava se recordar constantemente de suas solenes responsabilidades para com o Céu. Mesmo quando alguém está envolvido no trabalho de Deus e atua conforme Suas ordens no cumprimento de Seu desígnio, é possível esquecer a necessidade de contínua dedicação de propósito. Sempre existe o perigo de se proceder de maneira a perder a bênção divina. Vez após vez o Senhor envia mensagens a Seu povo destinadas a relembrá-lo da importância vital de se apegar a princípios básicos que garantam prosperidade, paz e bênção contínuas. |
1Rs.6:12 | 12. Se andares. As promessas ou advertências divinas a respeito do que Ele fará a Seus filhos são condicionais (Jr 18:7-10; 26:13).Dificilmente podería ser de outra forma, visto que às leis básicas de causa e efeito estão em constante funcionamento em conexão com tudo o que o ser humano faz, seja bom ou não. E vantajoso obedecer as leis de Deus, visto que essas leis são estabelecidas para o benefício do ser humano e para o mundo no qual ele vive. Os mandamentos de Deus não são arbitrários. Eles sempre apontam um caminho de retidão e bênção. A desobediência aos mesmos traz, inevitavelmente, dores e pesar.A justiça é a base da paz, do bem-estar e da prosperidade (Pv 11:5, 19; 12:28; is 32:17, 18). E um fato simples, mas inexorável, que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23) e que o “pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1:15). É por isso que os profetas vez após vez apresentaram o princípio de que a obediência aos mandamentos do Senhor traz vida e bênçãos e que a desobediência traz frustração e morte (Ex 15:26; Lv 26:2-33; Dt 28:1-68; Is 1:19, 20; jr 7:3-7; Dn 9:10-14). Cada geração e toda nação precisam compreender o fato de que para desfrutar paz e bênção é necessário cumprir as leis fundamentais da retidão e da justiça. As leis de Deus são as leis da vida. |
1Rs.6:13 | 13. Habitarei no meio. Repetidas vezes, Deus indicou que deseja estar próximo de Seu povo (Êx 29:45; Lv 26:12; Is 41:10, 13). Nessa comunhão, o povo de Deus encontra paz e alegria sublimes (Is 12:3-6; Sf 3:14, 15; Zc 2:10). O ser humano é essencialmente espiritual, criado de tal forma que necessita e almeja a presença de Deus (SI 42:1, 2, 5; 63:1, 8). A humanidade foi criada para estar em comunhão com Deus e, somente mediante essa comunhão, terá pleno desenvolvimento e descobrirá a alegria absoluta. Nada mais pode satisfazer os anseios mais íntimos do coração e a sede da alma. |
1Rs.6:14 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:15 | 15. Tábuas de cedro. Cedro e cipreste são mencionados com bastante frequência nos registros das nações do antigo OrientePróximo, como fragrantes e duráveis, empregados na construção de templos e palácios. |
1Rs.6:16 | 16. O Santo dos Santos. Isto é, o santíssimo, o compartimento mais interior do templo. É provável que a uma distância de 20 côvados da parede posterior, Salomão tenha construído uma divisória de madeira de cedro desde o chão até o teto. |
1Rs.6:17 | 17. O Santo Lugar. O compartimento do templo onde os sacerdotes ministravam diariamente. Pinha 40 côvados de comprimento. |
1Rs.6:18 | 18. Colocíntidas. E provável que os adornos arquitetônicos fossem feitos em forma de abóbadas lavradas na madeira. Outra forma da mesma palavra é traduzida como “cabaças" (2Rs 4:39, KJV). |
1Rs.6:19 | 19. A arca. O móvel mais importante do templo era a arca que continha as tábuas da lei (Êx 34:1, 4, 10, 27, 28). Segundo as instruções de Moisés, ela deveria ficar “para dentro do véu", no lugar santíssimo do tabernáculo (Ex 26:33). Foi colocada no lugar correspondente no templo de Salomão. |
1Rs.6:20 | 20. Vinte côvados. O lugar santíssimo era um cubo perfeito, de 20 côvados de comprimento, altura e largura, e seu interior era todo coberto de ouro puro.Cobriu também de ouro o altar. Na LXX, na última frase deste versículo, lê-se: “e ele fez um altar diante do oráculo, e o cobriu com ouro". Essa tradução indica que o altar de incenso estava no lugar santo, diante do véu que o separava do lugar santíssimo (Êx 30:6; 40:26). |
1Rs.6:21 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:22 | 22. Cobriu. Ele revestiu não apenas o interior dos lugares santo e o santíssimo de ouro, mas também o interior do pórtico diante da casa (2Cr 3:4). Não se incluíram as câmaras laterais, visto que não formavam parte da “casa”, ou do templo. |
1Rs.6:23 | 23. Dois querubins. Com respeito aos querubins, seguiu-se também o padrão do tabernáculo (Ex 37:6-9), mas com algumas modificações. Os querubins originais eramde ouro puro. Os do templo de Salomão, porém, eram muito maiores, e, portanto, foram feitos de madeira e cobertos de ouro. Suas asas estavam estendidas, de modo que as quatro asas, cada uma com cinco côvados de comprimento (v. 24), alcançavam toda a largura do compartimento (v. 27). |
1Rs.6:24 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:25 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:26 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:27 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:28 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:29 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:30 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:31 | 31. Entrada. As portas davam acesso do lugar santo ao santíssimo.Uma porta pentagonal. O significado parece ser que a verga da porta tinha um quinto da largura da parede, e que a altura de cada batente era de um quinto da altura da parede. Isso faria com que a abertura fosse um quadrado de quatro côvados, ou 1,8 m aproximadamente. Portanto, cada porta teria em torno de 1,8 por 0,9 metro. |
1Rs.6:32 | 32. Cobriu de ouro. Anos depois, Ezequias “arrancou das portas do templo do Senhor e das ombreiras o ouro” e o deu a Senaqueribe, o rei da Assíria, que tinha invadido a terra (2Rs 18:16). Desde os primeiros até os últimos dias da história da Assíria, os registros falam de portões e portas de cedro cobertas principalmente de bronze, mas também de prata e ouro, que foram colocados nos templos e palácios. Os famosos portões de bronze de Balawat, da época de Salmaneser 111, estão entre os tesouros mais seletos do Museu Britânico. |
1Rs.6:33 | 33. Entrada do Santo Lugar. Esta é a porta externa que levava do pórtico até o lugar santo.Entrada quadrilateral. Estas portas tinham cinco côvados de altura ou cerca de dois metros. |
1Rs.6:34 | 34. Eram dobradiças. Cada porta parece ter sido feita em duas partes, que dobravam uma sobre a outra. |
1Rs.6:35 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:36 | 36. O átrio interior. E provável que este fosse o “átrio superior”, de jeremias 36:10. O átrio do antigo tabernáculo tinha 50 por 100 côvados (Êx 27:9-13, 18). Dado que todas as dimensões eram em dobro, é provável que o átrio do templo cie Salomãotivesse 100 por 200 côvados ou 44,5 por 89 metros. Não há nenhuma informação de um átrio exterior, mas a menção de um átrio interior pressupõe um exterior. Em 2 Reis 21:5 e 23:12, faz-se menção de “dois átrios”. Esses dois átrios são descritos como “pátio dos sacerdotes” e “pátio grande” (2Cr 4:9).De três ordens. Alguns imaginam que isso signifique que o piso do átrio era feito de três tipos de pedra, cobertas com placas de cedro, o que teria formado uma plataforma alta. Outros creem que a referência seja a uma parede que rodeava o átrio, feita de três ordens de pedra e uma cumeeira de cedro. Esse último é o mais provável, visto que umpavimento de madeira para o piso de um átrio em uso constante não seria apropriado. |
1Rs.6:37 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.6:38 | 38. No mês de bul. Este era o nome antigo em hebraico para o oitavo mês, que começava em meados de outubro. Bul significa “chuva”, e, portanto, é provável que fosse o mês das chuvas. Depois do exílio, foi chamado de marquesvã, mais tarde abreviado para heshvan. Esses detalhes como o mês e o ano do reinado de Salomão quando o trabalho do templo começou e quando foi concluído e o uso de palavras arcaicas como os nomes antigos de meses hebraicos constituem uma evidência vital da autenticidade deste documento.Capítulo 7fundamento ate às beiras do teto, e por tora até ao átrio maior..16 Também fez dois capitéis de fundição de bronze [rara pôr sobre o alto das colunas; de cinco côvados era a altura cie cada um deles. |
1Rs.7:1 | 1. Edificou Salomão os seus palácios. Esta seção dá uma breve descrição das atividades de construção de Salomão relacionadas com seu próprio palácio. A palavra "palácios”, sem dúvida, não significa uma única estrutura, mas um complexo de edifícios ligados ao palácio real. Eram vários, e sua natureza exata ou propósito não se conhece com certeza. Sem dúvida, incluíam a maioria dos edifícios ligados ao palácio real, como o do governo civil, o tribunal, a residência real, a residência da rainha, a sala de armas, etc. Esses devem ter constituído um grande grupo de edifícios incluídos dentro de um grande pátio.Todas as estruturas da época de Salomão foram construídas nas duas colinas entre os vales de Cedrom e Tiropeão - os montes Moriá e Sião. De fato, não houve edifícios a oeste do vale Tiropeão até o período dos últimos reis.Treze anos. Os 13 anos devem ser contados a partir do final dos sete anos quando o templo foi concluído, no 11° ano do reinado de Salomão (1 Rs 6:38). lodo o período de construção durou, portanto, 20 anos (1 Rs 9:10; 2Cr 8:1), desde o quarto ano de seu reinado até o 24°. A construção do templo durou apenas sete anos, pois era uma só estrutura e um longo período de preparação tinha precedido sua edificação (lCr 22:2-4).No entanto, o complexo do palácio consistia de vários edifícios para os quais nenhum preparativo havia sido feito. |
1Rs.7:2 | 2. A Casa do Bosque do Líbano. Visto que há pouca informação disponível, muito do que se diz a respeito desta casa e das outras mencionadas neste capítulo é, em grande parte, conjectura. Alguns supõem que a casa de Salomão (v. 1), a do bosque do Líbano (v. 2) e a da filha do faraó (v. 8) eram três edificações diferentes e separadas. Outros, porém, as consideram como partes de uma só estrutura. Não se sabe sequer a localização exata. Parece mais razoável concluir que havia três construções separadas, próximas uma das outras, ligadas entre si, e juntas constituíam o que é chamado de “a casa do rei” (lRs 9:10).Alguns acreditam que “a Casa do Bosque do Líbano” ficava nas montanhas do Líbano. Contudo, o nome dado a essa estrutura parece indicar sua natureza em vez de sua localização. Construída com quatro fileiras de colunas de cedro, teria a aparência de uma floresta de cedro e, talvez, daí se tenha tirado seu nome. Devido à declaração de 1 Reis 10:16 e 17, alguns concluem que o edifício servia principal mente, senão todo, como uma sala de armas, pois Salomão colocou ali “duzentos paveses de ouro batido”, cada um feito de 600 siclos de ouro, juntamente com "trezentos escudos de ouro batido”, de três arráteis de ouro para cada um. E muito improvável, no entanto, que esses “paveses” e “escudos” fossem feitos para a guerra. Seria incomum ter soldados na batalha com escudos de ouro. Além disso, armas geral- mente não são armazenadas em lugares assim. A construção parece ter sido um grande recinto destinado a festas, comuns nos palácios da Mesopotâmia. O edifício era grande, 44,5 por 22,3 m, contudo, não tão grande quanto alguns dos grandes palácios assírios descobertos em escavações modernas. Porém, partes da casa podem ter sido usadas paraarmazenar armas, pois Isaías 22:8 fala das "armas da Casa do Bosque”.Das quatro fileiras de colunas de cedro, a primeira e a quarta estavam provavelmente colocadas contra as paredes, formando assim três grandes corredores ao longo do edifício. |
1Rs.7:3 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:4 | 4. Janelas em três ordens. Isso podia ser no final de cada um dos três corredores (ver v. 3). Se elas estavam colocadas ao alto da parede, próximas ao teto, é possível que houvesse um belo efeito dos raios de luz ao incidirem sobre as colunas, como a luz do sol num bosque de cedros. |
1Rs.7:5 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:6 | 6. Pórtico de colunas. Este sem dúvida formava um vestíbulo de entrada ao recinto principal de cerimônias. Tinha a largura de 50 côvados, exatamente a largura do recinto principal, com 30 côvados de profundidade. Não se informa a altura, mas é provável que fosse a mesma da estrutura principal, 30 côvados. |
1Rs.7:7 | 7. Sala do Julgamento. Não está claro se esta era uma construção separada, ou se era uma câmara dentro da casa do bosque do Líbano. No último caso, ela deveria estar no extremo oposto do pórtico dianteiro. Os que buscavam a justiça real passavam pela imponente entrada e o grande recinto até a câmara de cedro, onde se encontrava o trono do juiz real. |
1Rs.7:8 | 8. A sua casa. O palácio de Salomão é mencionado brevemente. Devia estar na parte posterior da sala do julgamento, dentro de seu próprio átrio. Não se dão detalhes, exceto que era semelhante às estruturas já descritas. |
1Rs.7:9 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:10 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:11 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:12 | 12. Do grande átrio. Todo o complexo do palácio parece ter estado incluído dentro de um grande átrio, que, provavelmente, tinha átrios menores para os diferentes edifícios públicos ou particulares. As paredes tinham três fileiras de pedra, com uma cumeeira de cedro, similares às paredes do átrio do templo (lRs 6:36). |
1Rs.7:13 | 13. Hirão. Em 2 Crônicas 2:7 a 14 é dito que Salomão pediu ao rei Hirão que lheenviasse um artífice habilidoso no trabalho com metais. Em resposta ao seu pedido, Hirão enviou um especialista que também se chamava Hirão. |
1Rs.7:14 | 14. Naftali. Em 2 Crônicas 2:13 e 14, lê-se que Hirão era filho de uma danita. Isso está correto, pois, por parte de mãe, ele era descendente de Aoliabe, da tribo cie Dã, a quem, centenas de anos antes. Deus tinha dado sabedoria especial (PR, 63). Não há necessariamente uma discrepância, pois a mulher pode ter se casado antes com alguém da tribo de Naftali. |
1Rs.7:15 | 15. Duas colunas. Em vários lugares encontram-se especificações com respeito a diversas partes cias colunas, mas não com detalhes suficientes para esclarecer toda a descrição. Parece que a coluna principal tinha 18 côvados (IRs 7:15; 2Rs 25:17; Jr 52:21), com capitéis de vários tamanhos, alguns de três (2Rs 25:17), quatro (IRs 7:19) e cinco côvados (1 Rs 7:16; 2Cr 3:15; jr 52:22). Em 2 Crônicas 3:15, a altura é dada como 35 côvados, que alguns consideram ser a altura total, que incluía as diversas partes cios capitéis e talvez também a base. Outros a consideram como a extensão das duas colunas. Essa opinião se apoia no fato de que, em 2 Crônicas 3:15, a palav ra heb. 'orek, “extensão", é usada, ao passo que neste caso usa-se qomah, "altura". A circunferência dessas colunas era de 12 côvados, o que implica um diâmetro de 1,7 metro. Em jeremias 52:21, informa-se que eram ocas e que sua espessura era de "quatro dedos''.Não está claro se as colunas eram basicamente para ornamento. Alguns creem que serviam como suporte do teto do pórtico do templo. Outros imaginam que não apoiavam nada, que estavam sob ou em frente ao pórtico. Não parece que seu propósito fosse o de suster o teto, pois colunas de bronze não são empregadas em construções de pedra, e as medidas não se ajustam às do pórtico do templo. Em moedas fenícias, os templos sãoem geral retratados com uma coluna alta e independente de cada lado. Vários modelos de argila de templos escavados na Síria exibem essas características, como um templo descoberto em Tell Tainat, no norte da Síria, fudo indica que as colunas de Salomão eram obras de arte, e não apoio do teto.Os nomes Jaquim, "ele estabelecerá", e Boaz, que provavelmente significa “nela está a força" (v. 21), sem dúvida, tinham o propósito de testemunhar de que a torça de Israel e de todas as suas instituições vinha de Deus (SI 28:7, 8; 46:1, 2; 62:7, 8; 140:7; Is 45:24; 49:5; jr 16:19), e de que Ele é quem estabelece o reino e Seu povo em justiça e misericórdia (Dt 28:9; 29:13; 2Sm 7:12, 18; 1 Rs 9:5; SI 89:4; 90:17; Pv 16:5, 12; 54:14). De fato, quando Israel se separou de Deus e de Sua justiça, a nação se destruiu (Os 13:9; 14:1). Quando Nabucodonosor tomou Jerusalém, as famosas colunas de Salomão foram levadas para Babilônia (2Rs 25:13; Jr 52:17). |
1Rs.7:16 | Sem comentário para este versículo |
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1Rs.7:22 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:23 | 23. Mar de fundição. Era um lavatório gigantesco para que os sacerdotes se lavassem, em correspondência com a bacia de bronze no tabernáculo (Êx 30:18-2!; 38:8). Unha 4,4 m de diâmetro e 2,2 m de altura e comportava dois mil batos (v. 26), ou 44 mil litros (ver vol. 1, p. 1.44, 145). Pode ser que isso se refira â quantidade normal que ela podia conter. Em 2 Crônicas 4:5, declara-se que a capacidade de três mil batos ou 66 mil litros pode se referir à capacidade máxima que ela podia conter. Não têm tido êxito as tentativas de determinar o volume de um "bato”, tomando como base as medidas do "mar de fundição".Os chamados “mares” eram objetos comuns em templos antigos, e, âs vezes, continham água corrente. No caso do templo de Salomão, é provável que a água fosse obtida de cisternas subterrâneas. O propósito do mar era “para que os sacerdotes se lavassem nele" (2Cr 4:6). Bacias de tamanho considerável são representadas em pinturas assírias, masnenhuma se compara ao “mar ' de Salomão. As maiores bacias conhecidas da Antiguidade são muito inferiores a esse grande lavatório de bronze do templo de Salomão. Era sem dúvida uma obra-prima única. |
1Rs.7:24 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:25 | 25. Doze bois. E provável que os bois estivessem representados apenas em parte, com suas "partes posteriores’’ suprimidas debaixo da curva da bacia e só eram visíveis suas partes dianteiras. Fontes com representações artísticas de animais são bastante comuns no Oriente.O mar estava colocado no lado sudeste do templo (v. 39), próximo ao altar. Era próximo a essa posição que as águas brotavam na representação que Ezequiel faz do templo (Ez 47:1). Quando Nabucodonosor sitiou e dominou Jerusalém, o mar de bronze foi quebrado em pedaços e levado para Babilônia (2Rs 25:13; Jr 52:17). |
1Rs.7:26 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:27 | 27. Dez suportes. Eram portáteis, tendo cada um quatro rodas de bronze. Sobre eles foram colocadas bacias de bronze cie quatro côvados cie largura. Dá-se uma descrição detalhada de seus ornamentos e encaixes. Em Chipre e em outros lugares foram encontrados suportes similares a esses, com rodas. |
1Rs.7:28 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:29 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:30 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:31 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:32 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:33 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:34 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:35 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:36 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:37 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:38 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:39 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:40 | 40. Caldeirões. Em alguns manuscritos hebraicos, na LXXe na Vuigata, lê-se “potes”. Caldeirões eram as vasilhas usadas para cozer as ofertas pacíficas (ISm 2:13, 14). Cada um podia conter 40 batos, que, de acordo com as estimativas, era 879 litros. Estimativas mais antigas indicavam 1,4 mil litros, que pesariam cerca de 6,6 mil quilos. E difícil imaginar como transportes antigos podiam transportar tal carga. Cinco estavam à direita do templo e cinco à esquerda, talvez próximo ao altar, pois serviam “para lavarem nelas o que pertencia ao holocausto” (2Cr 4:6).Pás. As "pás" e “bacias" eram usadas nos serviços do altar (Ex 27:3). Nesta passagem não há menção ao altar de bronze, embora no relato de Crônicas ele seja contado entre os outros utensílios feitos por Hirão (2Cr 4:1). |
1Rs.7:41 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:42 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:43 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:44 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:45 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.7:46 | 46. Sucote. Este lugar era ao leste do Jordão, no território de Gade (Cn 33:17; Js 13:27; Jz 8:5). |
1Rs.7:47 | 47. Deixou Salomão de pesar. A quantidade do bronze usado na fabricação dos utensílios era tão grande que não loi pesado. Esse bronze tinha sido tomado por Davi das cidades de Tibate e Cum, cidades de Hadadezer, rei de Zoba, na Síria (ICr 18:5-8). Grandes quantidades de bronze foram encontradas no antigo Oriente Próximo.Bronze. Ou, “cobre”. O latão é leito da combinação cie zinco com cobre em proporções variadas. O uso abundante dessa liga data de tempos relativamente recentes. O “latão” dos tempos bíblicos podia ser tanto cobre puro ou uma liga de cobre e zinco quanto “bronze". |
1Rs.7:48 | 48. Altar de ouro. Este era o altar de incenso, que foi colocado diante do véu (IRs 6:20, 22; Êx 30:1-10).Mesa de ouro. A mesa dos pães da proposição (ver Êx 25:23-28; 37:10-15). Quando Davi entregou a Salomão os materiais cjue tinha reunido para o templo, deu a ele ouro para "as mesas da proposição" (1 Cr 28:16). De acordo com 2 Crônicas 4:8 e 19, havia dez mesas, cinco do lado norte e cinco do lado sul do compartimento. E evidente que, às vezes, as dez mesas eram mencionadas como uma só; pois o relato de Crônicas fala da mesa dos pães da proposição não apenas no plural, mas também no singular (2Cr 13:1 1; 29:18). |
1Rs.7:49 | 49. Os castiçais. Estes dez castiçais, cinco do lado norte e cinco do lado sul do lugar santo, eram provavelmente um acréscimo ao castiçal de sete braços leito para o tabernáculo (Êx 25:31-40; 37:17-24). |
1Rs.7:50 | 50. As bacias. Muitos dos artigos aqui mencionados estão também enumerados entre os utensílios preparados para o santuário (Ex 25:29, 38). Quando Jerusalém foi tomada por Nabucodonosor, eles foram levados para Babilônia (2Rs 25:14, 15). |
1Rs.7:51 | 51. Havia dedicado. Davi tinha acumulado grande quantidade de prata e ouro para o templo e sua mobília (lCr 22:3-5, 14-16; 28:14-18; 29:2-5). Muitos despojos tomados nas guerras foram dedicados ao Senhore ao tesouro do templo (1 Cr 18:7-11). Esse tesouro, para o qual Samuel, Saul, Abner, Joabe e, principalmente, Davi tinham contribuído parece ter existido por algum tempo (lCr 26:26-28).Capítulo 8qual disseste: O Meu nome estará ali; para ouvires a oração que o Teu servo fizer neste lugar.muito pequeno para nele caberem os holocaus- tos, as ofertas de manjares e a gordura dos sacrifícios pacíficos.nosso Deus; por sete dias além dos primeiros sete, a saber, catorze dias. |
1Rs.8:1 | 1. Congregou Salomão. O relato dos ritos relacionado à dedicação do templo constitui um dos capítulos mais marcantes da Bíblia. A narrativa é bela e tem um profundo significado espiritual. Nele, líderes da igreja têm encontrado ao longo dos séculos palavras de inspiração e encorajamento para a consagração de casas de adoração. Este capítulo contrasta com o anterior de forma clara. No cap. 7, encontram-se os detalhes formais e técnicos relacionados aos objetos cio templo. já no cap. 8 está o significado mais profundo desses objetos em relação à casa de Deus, onde entramos em contato com o próprio Deus. Ambos os capítulos se complementam ao darem uma descrição completa c \ crdadeira do templo e de seu significado.Salomão é o personagem que lidera as diferentes atividades de consagração do templo. Sua majestade real se destaca, mas ele parece ser mais do que simplesmente um rei envolvido apenas nos assuntos seculares do país. Ele está envolvido em cerimônias religiosas para o culto a Deus. lal serviço de nenhuma forma diminui sua dignidade real, e sim a ressalta. Ele desempenha as funções que, como rei, se esperaria dele, mas ele faz mais. Ele reúne os líderes da nação e os instrui sobre o que será realizado. Porém, tendo feito isso, seria de se esperar que os sacerdotes assumissem as funções especificamente religiosas e as presidissem. Contudo, não é isso o que acontece. É o rei quem consagra o santuário, quem faz a oração de dedicação, quem adverte o povo a ser fiel a Deus e quem pronuncia a bênção divina sobre a congregação.Salomão é um exemplo do tipo de liderança que Deus espera dos que são apontados para líderes em Sua obra. Jnfelizmente, essa liderança continuou apenas por um curto período. Aquele sobre quem se concentrou tanta dignidade temporal c espiritual logo cedeu à tentação da idolatria própria. Em pouco tempo, a humildade, devoção c obediência deram lugar ao orgulho, à ambição e à indulgência; propósitos egoístas e ambição mundana perverteram os dons que outrora foram empregados para a glória de Deus. Como resultado, o rei que lora honrado com sinais de favor divino se degenerou, convertendo-se num tirano, cujo reino se dividiu com sua morte. Israel, seguindo seu exemplo, perdeu o caminho da paz e de outras riquezas, e o reino teocrátieo, uma vez florescente, tornou-se numa ruína corrupta e desolada.Os cabeças das tribos. Todos os líderes de Israel deviam participar no transporte da arca ao monte Moriá. Deve ter havido um grande ajuntamento: anciãos, chefes das tribos e os principais do povo, pois na época em que Davi levara a arca de Deus "que se assenta acima dos querubins”, da casa de Abinadabe para a Cidade de Davi, os ‘‘escolhidos de Israel” foram 30 mil (2Sm 6:1-5).A arca. A mais marcante das cerimônias de consagração foi o transporte da arca desde a Cidade de Davi à sua nova casa no lugar santíssimo do templo. O transporte da arca por Davi da casa de Obede-Edom para o tabernáculü que tinha feito para ela em sua cidade foi uma ocasião de grande alegria bemcomo dc solenidade (2Sm 6:12-19). A arca continha as duas tábuas da lei e era o objeto mais importante do santuário. |
1Rs.8:2 | 2. No mês de etanim. Informa-se o mês, porém não o ano. Muitos creem que foi o ano após a conclusão do templo. Visto que o templo foi concluído no mês de bul, o oitavo mês (1Rs 6:38), e uma vez que a dedicação se deu em etanim, o sétimo mês, ela teria ocorrido 11 meses depois da conclusão do templo. Outros afirmam que a consagração ocorreu após alguns anos, talvez num ano de jubileu, ou no 24° ano do reinado de Salomão, 13 anos após a conclusão do templo (1 Rs 7:1).Depois do exílio, o sétimo mês foi chamado de tisri, do aeadiano ou babilônico antigo tüshritu, "começo”. O nome implica um calendário que começa com esse mês. O ano civil da monarquia unida e do reino de Judá começava com tisri. O primeiro dia desse mês era de santa convocação (Nm 29:1), o começo do novo ano. O décimo dia desse mês era o solene Dia da Expiação quando se realizava a purificação do santuário (Nm 29:7; Lv 16:29. 30; 23:27), e no 15° dia começava a Festa dos Tabernáculos (Nm 29:12; Lv 23:34; Dt 16:13; Ne 8:14-18; Ez 45:25). O início desse mês correspondia aproximadamente à lua nova de setembro ou outubro. |
1Rs.8:3 | 3. Os sacerdotes. Em 2 Crônicas 5:4, lê-se que "os levitas tomaram a arca". Iodos os sacerdotes eram levitas (Js 3:3), mas nem todos os descendentes de Lcvi eram sacerdotes. O transporte da arca era responsabilidade dos levitas da família de Coate (Nm 3:31; 4:15; ICr 15:2-15). No entanto, os coa- titas podiam transportar a arca somente depois de ela ter sido preparada por Arão e seus filhos (Nm 4:5, 15). Quando cruzaram o Jordão e rodearam Jerico, foram os sacerdotes que levaram a arca (Js 3:6-17; 6:6). Quando a arca foi transferida para sua casa permanente, no lugar santíssimo do templode Salomão, é provável que essa importante responsabilidade tenha sido desempenhada por alguns líderes dentre os sacerdotes (ver ICr 15:11, 12). |
1Rs.8:4 | 4. Tenda da congregação. Nessa época, o tabernáculo estava cm Gibeão (ICr 16:39, 40; 2Cr 1:3), mas a arca estava em Jerusalém, numa tenda que Davi tinha levantado para ela na “cidade de Davi” (2Sm 6:2, 16, 17; ICr 15:1; 2Cr 1:4). Desse momento em diante, haveria apenas um lugar de adoração. Portanto, os utensílios sagrados do tabernáculo em Gibeão e da tenda da Cidade de Davi deviam ser levados ao templo no monte Moriá, para serem usados ou guardados era seus recintos (ver PR, 38). E provável que os sacerdotes e levitas tenham levado em solene procissão os objetos sagrados que tinham sido confiados a eles. Segundo a lei de Moisés, os coatitas eram responsáveis pela arca, pela mesa dos pães da proposição, pelo candelabro, pelos altares e utensílios do santuário; os gerso- nitas cuidavam do tabernáculo e suas cortinas; e os meraritas, das tábuas, das colunas do tabernáculo e de seu pátio (Nm 3:25-37). |
1Rs.8:5 | 5. Sacrificando ovelhas. Este sacrifício inaugural correspondeu em grande medida ao cerimonial na ocasião da transferência da arca por Davi da casa de Obede-Edom para a Cidade de Davi (2Sm 6:13; 3Cr 15:26). |
1Rs.8:6 | 6. No Santo dos Santos. A arca foi colocada no lugar santíssimo, onde, entre os querubins, se manifestaria a presença de Deus. Isso mostrava a santidade da lei de Deus que revela Seu caráter. Assim como Ele é santo, Seus mandamentos também são santos, justos e puros. |
1Rs.8:7 | 7. Cobriam a arca. Este ato representava a reverência com que a hoste celestial considera a lei de Deus. |
1Rs.8:8 | 8. Os varais sobressaíam. De acordo com Êxodo 25:15, os varais não deviam ser retirados das argolas da arca. Mas esta passagem dá a entender que estavam dispostosde forma tal que suas extremidades podiam ser vistas do lugar santo. A arca parece ter sido colocada no templo transversalmente, isto é, norte e sul, no lugar santíssimo. Não só a arca, como também seus varais eram cobertos pelas asas dos querubins. No tabernáculo, um véu separava o lugar santo do santíssimo (Ex 26:31-33) e impedia que a arca fosse vista desde o lugar santo. No templo, parece que além do véu havia uma parede que fazia essa separação (ver com. de 1 Rs 6:16; 2Cr 3:14). Sabe-se que o templo de Herodes tinha um véu que, com a morte de Jesus na cruz, se rasgou em duas partes (Mt 27:51; Mc 15:38; Lc 23:45). Pode ser que os varais tenham sido colocados de tal forma que eram parcialmente visíveis além do véu, por meio da porta aberta, desde o lugar santo (ver com. de iRs 6:31).Até ao dia de hoje. Esta expressão sugere que estas palavras foram escritas antes da destruição do templo por Nabucodonosor. Quando finalmente se concluiu a compilação dos livros dos Reis, o templo tinha sido destruído c seus objetos levados para Babilônia (2Rs 14:13, 14; 25:9, 13-17). E evidente que boa parte do conteúdo dos livros dos Reis foi escrita antes do exílio e permaneceu em sua forma original quando se completou a compilação. |
1Rs.8:9 | 9. Nada havia na arca. Esta declaração, repetida em 2 Crônicas 5:10, parece indicar claramente que não havia nada na arca exceto as duas tábuas de pedra. Os objetos citados em Hebreus 9:4, a urna com maná e o bordão dc \r,to oe\ em ter sido colocado^ "diante cio lesHmiunm renhem ‘ o>-deno|. Moisés tL\ 16 ->5. 34; Nm f • ' id' Ooum entendem qin rens nahiv < -m .<¦ aem . uma posição dcmu e i au a. ,\o í ní eme. < * e podem sigmtie,ii di mu d.r tlhí u-of ,e-> munho dcutro da ai ca (ver i'L ! V- razão para conflito entre essas decIaiacues, pois esses ob|etos podem ter sido retirados durante a tumultuosa história de Israel e não ter estado na arca nesse tempo.Há algo de impressionante nessa santificação especial das duas tábuas da lei. Como foram colocadas dentro da arca, no lugar acima do qual Deus Se manifestava a Seu povo (Ex 25:22), a lei está ligada ao próprio Deus de forma inseparável. O lugar mais sagrado do templo era o Santo dos Santos, e seu móvel mais sagrado era a arca que continha a lei de Deus. Visto que Deus por Sua própria natureza é santo e eterno, assim também é Sua lei. Tudo o que podia ser feito para impressionar Seus filhos com a eterna santidade da lei foi feito por Deus por meio dos móveis do santo templo. Na antiga aliança, a lei foi escrita nas duas tábuas de pedra; na nova aliança está escrita no coração dos justos (Jr 31:31-33). |
1Rs.8:10 | 10. Uma nuvem encheu a Casa. Esta nuvem de glória era a manifestação da presença divina, assim como a nuvem que apareceu sobre o Sinai (Ex 24:15-18) e depois na consagração do tabernáculo (Ex 40:34-38). Em visão, Ezequiel contemplou glória semelhante sobre a casa de Deus (Ez 10:4). Sua glória apareceu na forma de uma nuvem quando, num hino de louvor a Deus, se levantaram as vozes dos sacerdotes congregados (2Cr 5:13). |
1Rs.8:11 | 11. Não puderam permanecer ali.A glória da presença de Deus foi tão intensa que os sacerdotes oficiantes foram impelidos a se retirar temporariamente. Assim também quando se erigiu o tabernáculo, Moisés não pôde entrar por causa da glória de Deus que cnnieu a lenda sagrada (h\ 40-35). Quando s '.íris -c\e sua \ isào de Deus, a gloria divina micheu o templo c o proteta se sentiu des- lalecido por ler chegado Uo perto da pre- ‘-e-nc.i ôn Senhor (Is 6:1-5). (discípulos de v i isjo lemeiam ouai uo a nuvem da glória dt [/,-o ohn1 ítu iii:sut outnmsfigu-laeuo d i o '-4 . í3n qui o-, seies humanos lèm tais reações quando estão na presença de Deusr E por causa da própria natureza do Ser supremo, Sua grandeza e santidade.Sua magnificência e poder. Mesmo na presença das grandes forças da natureza, o ser humano com frequência é tomado pelo temor. Porém, o Deus do Céu é tão infinitamente santo que o ser humano pecador não pode se chegar à Sua presença e continuar vivo. Deus é como um togo consumidor, do qual os ímpios não podem se aproximar sem serem destruídos.A nuvem no templo não era Deus, mas um meio pelo qual o Senhor velou Sua presença a fim de que a congregação não fosse consumida. A glória divina se manifestou de forma tão grandiosa na ocasião da consagração do templo que, apesar da nuvem envolvente, os sacerdotes que ministravam foram obrigados a se retirar com santo temor. Talvez uma consciência similar da presença divina tenha leito com que Davi pronu nciasse palavras de admiração e louvor quando a arca foi levada à tenda do Senhor (lCr 16:25, 27, 34). |
1Rs.8:12 | 12. Então, disse Salomão. O rei ficou profundamente impressionado com as manifestações da proximidade e da grandeza de Deus. Suas palavras foram entrecortadas e espontâneas, típicas de alguém comovido. Sua fala expressou uma combinação de assombro e alegria. Não foram palavras preparadas com cuidado de antemão, mas palavras de admiração e louvor que brotaram espontaneamente como resultado do espetáculo que presenciava.Trevas espessas. Ao testemunhar a escuridão combinada com a glória diante de si, a mistura de sombra e luz, Salomão teve certeza de que o Senhor estava ali (Ez 48:35). Recordou ocasiões prévias nas quais houve fenômenos semelhantes: a presença do Senhor manifestada no Sinai numa nuvem escura (Ex 19:9) e a nuvem de glória que enchera o tabernáculo no deserto (Ex 40:34, 35). Como resultado, ele pôde reconhecer na nuvem o sinal da presença divina no templo que havia construído. Por isso, suas primeiras palavras foram uma explicação do fenômeno que testemunhava.Isso é uma prova da presença de Deus; Ele está conosco; não temos nada a temer, mas sim a agradecer, nessas ocasiões gloriosas.O. Uma casa para Tua morada. O templo foi construído como a casa de Deus. Quando o tabernáculo foi erigido no deserto, Deus disse: “E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles ’ (Ex 25:8). Esse santuário foi construído, e o Senhor manifestava Sua presença nele e se comunicava com Seu povo.Lugar para a Tua eterna habitação. Israel tinha o santuário, mas este não tinha um lugar definido. O tabernáculo era transportado de um lugar a outro no deserto. Mesmo na terra prometida ele não tinha um lugar estabelecido. Por 300 anos tinha estado em Silo, até que o pecado fez com que fosse transportado outra vez, primeiramente a Nobe (ISm 21:1-6; PP, 656) e depois a Gibeão (lCr 16:39, 40; 2Cr 1:3). Final- mente, o templo tinha sido construído e a arca de Deus teria um local para repousar para sempre. Esse era o propósito de Deus: estar sempre com o Seu povo. Se Israel tivesse permanecido fiel, essa construção gloriosa teria subsistido para sempre (PR, 46). Quão grande deve ter sido a alegria de Salomão ao olhar para trás, para os anos de preparação e construção que tinham demandado tanta ansiedade e preocupação, e perceber que sua tarefa tinha sido cumprida e que a casa onde Deus faria morada com Seu povo tinha sido completada. |
1Rs.8:13 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:14 | 14. Voltou, então, o rei o rosto. De acordo com o relato de Crônicas, Salomão fez uma tribuna de bronze de três côvados de altura, que ficava no meio do pátio, diante do altar (2Cr 6:12, 13), e foi dali que falou ao povo. Até aquele momento, Salomão tinha estado a olhar solenemente para o templo cheio da glória do Senhor. Seus pensamentos estavam concentrados em Deus, e suas palavras foram dirigidas a Ele. Em seguida, dirigiu-se à vasta multidão diante de si.Toda em pé. O povo estava em pé, atento e reverente, e sem dúvida compartilhava a felicidade e a solenidade da ocasião, ansioso para receber as bênçãos do rei. |
1Rs.8:15 | 15. Bendito seja o Senhor. Salomão abençoou o povo, mas seus primeiros pensamentos outra vez são dirigidos a Deus, fonte de toda bênção. Com o coração repleto de alegria e gratidão e com profunda emoção, ele mencionou o que Deus fez por seu pai Davi, ao lhe confiar Seu propósito acerca do templo. Foi por meio do profeta Natã que Deus revelou a Davi que não seria ele, mas seu filho Salomão quem construiria a casa do Senhor (2Sm 7:4-13). |
1Rs.8:16 | 16. Escolhí a Davi. A escolha de Deus não é motivada por preferência cega ou preconceito, mas por sabedoria e amor. Assim como Ele escolheu Israel dentre as nações, assim como escolheu Jerusalém dentre tantas cidades de Israel, também escolheu Davi com o propósito de abençoar e salvar todo o povo. Quando Deus escolheu Davi não olhou para a aparência exterior, e sim para o coração (ISm 16:7). |
1Rs.8:17 | 17. Davi, meu pai, propusera em seu coração. O desejo e o propósito de Davi eram de honrar e glorificar a Deus. Por isso, construir uma casa para o Senhor era um anseio de seu coração. O mundo seria diferente se as pessoas se preocupassem em construir casas para o Senhor em vez de para si mesmas, em acumular tesouros para o reino de Deus, em vez de para este mundo. Davi desejava que houvesse uma casa para Deus e, como resultado, o templo foi construído. Há majestosos templos que tiveram humildes começos no coração de alguns. |
1Rs.8:18 | 18. Bem fizeste. O propósito de Davi era bom, embora não estivesse em total harmonia com a vontade divina. Era da vontade de Deus que um templo fosse construído, mas visto que Davi tinha sido um homem de guerra, não era desejo do Senhor que fosse ele o construtor (lCr 22:7, 8; 28:3). |
1Rs.8:19 | 19. Tu não edificarás. Deus expressou aprovação para com o propósito de Davi, contudo, informou que a obra que desejava realizar devia ser feita por outro. Com frequência há ocasiões em que os seres humanos têm em seu coração um propósito digno de realizar algo para Deus. No entanto, devido a razões nem sempre compreendidas, talvez devido a falta de experiência, capacidade ou preparo, o Senhor, em Sua sabedoria, instrui que a obra seja realizada por outros. A submissão de Davi à vontade divina demonstra sua sabedoria e uma profunda experiência religiosa. |
1Rs.8:20 | 20. Cumpriu o Senhor a Sua palavra. Era da vontade de Deus que Salomão, não Davi, construísse a casa do Senhor, e este propósito se cumpriu. O ser humano pode tornar infeliz o seu próprio destino, e o de outros, quando se opõe à vontade divina. A cooperação com Deus, porém, proporciona o progresso na obra divina e na vida. Ao construir o templo em harmonia com a vontade divina, Salomão se colocou em posição de receber as bênçãos celestiais. Foi então que o Senhor cumpriu Sua palavra. Salomão foi o instrumento, mas o poder realizador era de Deus. |
1Rs.8:21 | 21. Da aliança. Nesta passagem, os dez mandamentos são chamados de "aliança" porque formavam a base do pacto entre Deus e Seu povo. A aliança era o plano pelo qual os sagrados princípios revelados na lei seriam reproduzidos no ser humano. Por isso, a lei é chamada de aliança. Sempre foi desejo de Deus escrever Sua santa lei no coração de seu povo. |
1Rs.8:22 | 22. Pôs-se Salomão diante do altar. A narrativa em Crônicas é mais completa. E verdade que, durante o discurso de consagração, o rei Salomão ficou em pé (2Cr 6:12), mas ao finalizá-lo, ele “ajoelhou-se" (2Cr 6:13) para a oração. |
1Rs.8:23 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:24 | 24. Que cumpriste. Ao iniciar a oração, Salomão agradeceu e louvou a Deus por tercumprido a promessa leita a Davi sobre um sucessor para o trono e pela construção do templo; além disso, implorou a permanência no cumprimento da promessa de uma sucessão ininterrupta. |
1Rs.8:25 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:26 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:27 | 27. Mas, de fato, habitaria Deus? O santuário foi construído para ser o lugar de habitação de Deus. Davi, ao fazer a mudança da arca, reconheceu o fato de que Deus tinha escolhido Sião e que Ele “preferiu-a por Sua morada’ , prometendo que ali seria "para sempre” Seu lugar de repouso e que ali habitaria (SI 132:13, 14). No entanto, quando Salomão contemplou a grandeza e a magnificência de Deus, Aquele que habita a eternidade, que “na concha de Sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos” e que “recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão” (Is 40:12), parecia incompreensível que esse Deus estabelecesse Sua morada na terra, numa casa como a que ele havia feito. O pensamento expresso ilustra um paradoxo que permeia toda a Bíblia. Por um lado, está o conceito profundo e invariável da infini- tude de Deus: o eterno, invisível, o Senhor altíssimo e santo, o grande “Reis dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19:16). Por outro lado, há outro conceito igualmente vivido: que o infinito Yahvveh é um Deus próximo, amigo do ser humano e companheiro de todas as horas; que anda e conversa com Seus filhos e habita em santuários terrenos feitos para Sua santa morada. Nunca deixará de ser um motivo de assombro que alguém tão poderoso e grandioso seja condescendente a ponto de tomar conhecimento do homem mortal e habitar em santuários de madeira e pedra, e no coração humano. |
1Rs.8:28 | 28. Atenta, pois. As palavras fluem de um coração profundamente comovido com sentimentos alternados de assombro e humildade. O ser humano não é digno de ter como companheiro o Criador de todo o universo.Um templo na terra não merece a presença do Santo e Sublime, que "estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar” (Is 40:22). Embora a humanidade seja indigna, embora o templo seja indigno, Salomão ora para que Deus se lembre desse edifício na terra, noite e dia, e que do Céu, Sua verdadeira morada, ouça as orações de Seus filhos. |
1Rs.8:29 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:30 | 30. Perdoa. Salomão reconhece que toda pessoa que ora a Deus precisa de perdão. Esse sentimento de culpa e da necessidade do perdão divino está em toda a fervorosa oração de Salomão em favor de si mesmo e do povo (v. 34, 36, 39, 50). Salomão sabia que o perdão dos pecados era o sincero desejo dos que oravam. Também sabia que a esperança de receber uma resposta às petições estava na graça de Deus, capaz de perdoar pecados. |
1Rs.8:31 | 31. Pecar contra o seu próximo. Esta é a primeira de uma série de orações para casos em particular, sete ao todo, em que Salomão invoca a misericórdia divina. Este primeiro caso envolve transgressões pessoais de um homem contra seu próximo. |
1Rs.8:32 | 32. Condenando o perverso. Salomão pede a Deus que os atos de iniquidade e o caminho da retidão manifestem seus justos resultados em cada caso. Muitos percebem que tanto o bem quanto o ma! dão frutos segundo sua espécie. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (GI 6:7). “A justiça guarda ao que anda em integridade, mas a malícia subverte ao pecador” (Pv 13:6; ver também Pv 14 34, ll 5, PP Quando Israel ram. deíe se ónse com msíic.r " \ tua ruína, * Pracl, \cm de ls , pouinr, pcies teus pecado-' estas > moo iOs i 3.9, 14.1! |
1Rs.8:33 | 33. Ouaiuio o Teu povo Israel [...] for ferido. Antes do estabelecimento da nação de Israel, o Senhor predisse exatamente qual seria o resultado da transgressão. O povo seria ferido diante de seus inimigos (Lv 26:14, 17; Dl: 28:15, 25). A graça protetoracios Céus seria retirada deles e os inimigos os humilhariam.E se converter a Ti. A punição com frequência provoca o arrependimento, pois quando os juízos de Deus “reinam na terra” é que “os moradores do mundo aprendem justiça” (Is 26:9). Salomão não ora pela misericórdia perdoadora de Deus sobre aqueles que persistem na rebelião e no pecado, mas somente para aqueles que reconhecem suas transgressões e se voltam para Ele. A todos esses, o perdão é certo (Ijo 1:9). |
1Rs.8:34 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:35 | 35. Quando os céus se cerrarem. Quando Deus retira Sua mão protetora, as torças da natureza com frequência se tornam agentes de juízo. Salomão acreditava que o castigo da seca a que se referiu Moisés (Lv 26:19; Dt 28:23, 24) se tornaria realidade. |
1Rs.8:36 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:37 | 37. Fome. As calamidades aparecem como clara ameaça no código mosaico (Lv 26:16, 20, 25; Dt 28:22, 35, 38, 42). Quando o ser humano abandona os caminhos da justiça, os juízos são multiplicados e, ao serem testemunhados em toda a terra, o mundo deve saber que a mão protetora de Deus loi retirada. |
1Rs.8:38 | 38. Chaga. Conhecer “a chaga do seu coração" é reconhecer a pecaminosidade e aparte que ela tem em provocar os males que assolam a terra. A praga na terra tem sua origem na chaga do coração. A verdadeira praga é a do pecado, a causa de todas as outras. A menos que se reconheçam os males do pecado e a menos que o pecado seja extirpado, não há esperança de se remediar tantos outros males que assolam o mundo e ameaçam reduzi-lo à ruína. |
1Rs.8:39 | 39. Só Tu, és conhecedor. Só Deus conhece o coração. Muitos seres humanos têm pouco ou nenhum conhecimento dos males do próprio coração e do mal que trazem sobre si mesmos e sobre o mundo a seu redor, como resultado do pecado que acariciam. Deus conhece o coração e sabe como transformá-lo, como dar ao ser humano um“coração puro” e renovar “um espírito inabalável” (SI 51:10). |
1Rs.8:40 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:41 | 41. Também ao estrangeiro. Esta parte é um desvio surpreendente e feliz na série de referências a Israel. Homens de países distantes e estranhos viríam honrar e adorar o Senhor. |
1Rs.8:42 | 42. Porque ouvirão do Teu grande nome. Yahweh era o Deus não apenas de Israel, mas do mundo todo. Era Seu. plano que Israel tornasse conhecido Seu nome cm todo o mundo, a fim de que todos pudessem ouvir de Sua bondade e graça e unir-se a Israel era adoração. |
1Rs.8:43 | 43. Faze tudo o que o estrangeiro Te pedir. Quão diferente era o espírito de Salomão nessa ocasião comparado ao espírito como lidou com o povo hebreu nos anos seguintes! A aliança de Deus incluía não somente a nação, mas todos. Sua graça não era apenas para os hebreus, mas para todos que estivessem dispostos a conhecê-Lo. Quando o templo foi estabelecido, Salomão se lembrou dos estrangeiros. Eles também deviam ouvir da aliança e da graça de Deus e ir ao templo para adorá-Lo. Israel devia ser uma luz a iluminar o mundo. Se tivesse sido fiel à missão dada por Deus, a nação não teria perecido, mas continuaria a crescer até abarcar todas as nações da Terra. Jerusalém teria se tornado na metrópole do mundo, e seu templo seria a fonte de um rio de vida que traria saúde e cura a todos os povos (Zc 14:8). |
1Rs.8:44 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:45 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:46 | 46. Quando pecarem contra 11. Esta é a petição final de Salomão. Com perspicácia quase profética, seus pensamentos se projetam ao futuro quando, por causa do pecado, Israel seria abandonado pelo Senhor e cairía nas mãos dos inimigos, para ser levado a uma terra estranha. Moisés havia predito essa possibilidade (Dt 28:45, 49-52, 63, 64).Não há homem que não peque. Salomão conhecia a fraqueza da carne e sabia que não há ser humano nem nação que não peque. Assim, ergueu-se diante dele Qa perspectiva de que os israelitas cometessem um pecado tão grave contra o Senhor que Sua presença se retiraria deles permitindo que caíssem nas mãos de seus inimigos, Ele orou fervorosamente para que Deus Se lembrasse deles num momento tão trágico. Quão curto é o intervalo entre a glória e o túmulo! O templo concluído, o templo destruído! Um dia de glória, um dia de ruína! Ao erguer Salomão sua voz em fervorosa petição para que Deus fizesse daquela casa Sua morada para sempre, mesmo naquela ocasião de consagração, entendeu bem os trágicos resultados que o pecado poderia acarretar. Da mesma forma, em sua oração encontramos essa estranha mistura de alegria e pesar, de glória e de cinzas, de honra e vergonha. Poucas vezes foi oferecida uma oração por um povo com esperanças tão elevadas, com espírito tão humilde, como nesse momento de consagração do templo de Deus. Foi uma oração de promessas e de profecias, de visões da glória divina e da fraqueza do coração pecaminoso. |
1Rs.8:47 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:48 | 48. Voltados para a sua terra. Quando Daniel orou em Babilônia, ajoelhou-se diante de sua janela aberta em direção a Jerusalém (Dn 6:10). |
1Rs.8:49 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:50 | 50. Perdoa o Teu povo. Esta oração de Salomão, oferecida três séculos e meio antes do exílio, c muito similar à oração de Daniel na época em que o cativeiro em Babilônia se aproximava de seu fim (Dn 9:2-19). Na consagração do templo, parecia haver pouca necessidade de urna oração como esta, No entanto, movido pela inspiração, Salomão visualizou um tempo quando aquele esplêndido templo estaria em ruínas, quandoa terra da promessa seria terra de amargura e angústia, e os filhos de Israel seriam exilados numa terra estranha. Há um sentimento comovente no fato de que, na hora da maior glória de Israel, Salomão tenha feito o mesmo tipo de oração que Daniel ofereceu na hora da maior vergonha de sua nação. Ambas as orações eram necessárias e foram ouvidas. A primeira não foi apenas uma oração, mas uma mensagem de advertência que poderia ajudar a evitar a condenação resultante do pecado. A outra foi elevada a um Deus no Céu que esperava apenas o genuíno arrependimento da parte de Seu povo antes de permitir seu retorno do cativeiro. |
1Rs.8:51 | 51. E o Teu povo. A razão para a existência de Israel como um povo separado era que o Senhor o havia escolhido dentre as nações e o estabelecido na terra prometida (Êx 19:4-6; Dt 9:29; 2Sm 7:28; SI 135:4). Uma vez que os israelitas pertencessem a Deus, teriam a certeza de que Ele os amaria e os ajudaria, que Sua destra os sustentaria c que não deveríam temer momentos de angústia (Dt 33:26, 27; Is 41:8-14; 43:1-6). Visto que a felicidade e o bem-estar de Seus filhos eram a maior preocupação de Deus, eles imaginavam que, ao insistirem cm suas petições, tinham o direito de rogar que não os abandonasse. Porém, isso não garantiría que seriam atendidos. As promessas de Deus são condicionais, e os que esperam as bênçãos devem satisfazer as condições.Que tiraste da terra do Egito. A libertação do Egito era parte da história. O fato de Deus haver tirado Israel da fornalha de ferro do Egito não poderia jamais ser mudado. Salomão encontrou nisso um poderoso argumento para uma nova libertação de Israel, caso se encontrasse outra vez em semelhante situação. Quando, mais tarde., jeremias comparou a libertação do cativeiro babilônico com a do Egito, declarou que, tendo em vista a mais grandiosa restauração por vir, Israel já não diria: “Tão certo como vive o Sf.nhor,tòcfiawque fez subir os filhos de Israel do Egito’’; mas: “Tão certo como vive o Senhor, que tez subir os filhos de Israel da terra do Norte” (Jr 16:J4, 15; 23:7, 8). |
1Rs.8:52 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:53 | 53. Para Tua herança. Esta é a razão final e mais poderosa apresentada por Salomão para declarar por que Deus se lembraria de Israel. Eles eram a herança do Senhor, de acordo com as declarações do próprio Senhor e de Suas repetidas promessas. Por meio de Moisés, Deus revelou que faria de Israel Seu povo peculiar, escolhido dentre todos os povos da Terra (Ex 19:5, 6; Dt 14:2). Eles seriam conhecidos como “povo de herança” (Dt 4:20; cf. 9:26, 29). Portanto, se o Senhor os rejeitasse, colocaria em risco a honra de Seu sagrado nome (Ex 32:12, 13; Nm 14:13, 14). Orações fervorosas foram feitas a Deus em momentos de grande perigo pedindo que o Senhor libertasse Israel pela honra de Seu nome (SI 79:9, 10) e por amor da cidade e do povo chamados pelo Seu nome (Dn 9:19). Nos dias de Ezequiel, o Senhor declarou que foi por amor de Seu nome, “para que não fosse profanado diante das nações" (Ez 20:9, 14; cf. 20:22), que Ele operou maravilhas ao libertar Israel do Egito. |
1Rs.8:54 | 54. Tendo Salomão acabado. A oração de Salomão foi profunda e comovente. Ele incluiu não apenas Israel, mas também os estrangeiros; não apenas o indivíduo, mas também a nação; gerações vindouras, bem como todos os que se encontravam nos átrios do templo; o fiel à causa do Senhor, bem como aquele cujo pé se desviasse. De fato, a característica mais notável de toda a oração é sua preocupação profunda e genuína pelos que necessitam da graça divina, que pecaram contra o Sen hore necessitam de perdão. Uma oração como essa só poderia vir de um coração cheio de compaixão e amor, envolto pela piedade e misericórdia divinas. Não havia nas palavras de Salomão esforços para buscar efeitos retóricos, nenhuma ostentação ou desejo de dizeraquilo que seria aprovado pelos homens, mas que não alcançasse os ouvidos de Deus. Essa oração foi genuína; veio dos lábios de um homem de Deus. Terminada a oração, o Senhor manifestou Sua aprovação mediante uma segunda e incomum exibição de poder e esplendor: fogo desceu do céu c consumiu o sacrifício e encheu o templo de glória (2Cr 7:1-3). |
1Rs.8:55 | 55. Abençoou a toda a congregação. O pronunciamento desta bênção formal era um ato nitidamente religioso. Esse era um dever especial e um privilégio atribuído a Arão e a seus filhos (Nm 6:23-26). O fato de Salomão ter pronunciado a bênção final demonstra a grande importância que atribuía às coisas espirituais. Como rei, não só se interessava pelos assuntos comuns do estado, mas pela vida espiritual de seus súditos. |
1Rs.8:56 | 56. Nem uma só palavra falhou. Josué proferiu palavras semelhantes (js 21:45; 23:14). Deus nunca falha. Ele fez muitas promessas para Seu povo, e Ele é fiel em cumpri-las (Hb 10:23). Se os seres humanos não recebem as bênçãos que o Senhor lhes prometeu dar, é devido à falha por parte deles. O Senhor prometeu dar a Abraão e a sua descendência a terra da Palestina como herança eterna (Gn 12:7; 13:15; 17:8), mas os descendentes de Abraão segundo a carne perderam essa herança devido às suas transgressões contra o Senhor (2Rs 17:7-23; jr 7:3- 15; Jr 25:4-9). |
1Rs.8:57 | 57. O Senhor, nosso Deus, seja conosco. Como um Deus de amor, o Senhor deseja estar com Seu povo. O templo foi construído para que Ele habitasse no meio deles (Êx 25:8; IRs 6:12, 13). Jesus veio ao mundo como Emanuel: “Deus conosco” (Mt 1:23), e, quando partiu, prometeu estar com Seu povo “todos os dias, até à consumação do século” (Mt 28:20). No coração de cada verdadeiro filho de Deus não há desejo maior, anseio mais profundo, do que perceber a presença de Deus (SI 42:1, 2; Ap 22:20, 21). |
1Rs.8:58 | 58. Incline o nosso coração. O desejo de seguir os caminhos do Senhor e guardar Seus mandamentos é um impulso divinamente implantado. O santo Espírito de Deus trabalha constantemente, guiando os seres humanos nas veredas da verdade e da obediência. Quanto mais uma pessoa se aproxima do Senhor, mais plenamente abandona tudo o que é pecaminoso e mais disposta está para fazer o que Deus pede. O Espírito de Deus conduz o ser humano à obediência e o dispõe a guardar os mandamentos da lei, mas não faz isso contra sua vontade. Quem está disposto a obedecer, fica habituado à obediência. Quanto mais a pessoa se aproxima do Senhor, mais seus pensamentos se tornam os pensamentos de Deus e os caminhos de Deus, os seus caminhos. Quando o ser humano vai ao Senhor com humildade de espírito e boa disposição de coração, desejoso de aprender Seus caminhos e de andar neles (SI 119:26, 27, 30, 32-36), começa a perceber que obedecer a Deus é uma alegria e não um dever, e a lei passa a ser de liberdade (SI 119:45, 47, 97; Tg 1:25; 2:12), em vez de um jugo. |
1Rs.8:59 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:60 | 60. Todos os povos. Este é o grande propósito de Deus e deve ser também o propósito supremo do coração de todo filho do Reino: que todos os povos da Terra conheçam o Senhor e desfrutem comunhão e serviço. |
1Rs.8:61 | 61. Seja perfeito. As Escrituras deixam claro que um caráter cristão é pré- requisito para se entrar no reino dos céus. O padrão de perfeição é encontrado nos princípios de justiça e amor dos mandamentos de Deus (Mt 19:16-21; Lc 10:25-28; Dt 5:2-22, 29-33; 6:3-5), O evangelho revelado em tipos no AT e com toda clareza no NT mostra como podemos obter a perfeição da qual falou Salomão. |
1Rs.8:62 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.8:63 | 63. Ofereceu Salomão. Ao oferecer sacrifícios, Salomão não estava realizando as funções de um sacerdote. Ele apresentou sua oferta do mesmo modo que qualquer pessoapodia trazer seus sacrifícios diante do Senhor (Lv 2:1; 3:7, 12). Os sacrifícios mencionados neste versículo são identificados como ofertas pacíficas. No caso dessas ofertas, apenas uma porção do sacrifício era queimada sobre o altar como "aroma agradável ao Senhor" (Lv 3:3-5, 14-17). O que restava era comido pelo ofertante e sua família ou amigos (Lv 7:15-21). Essa oferta não era um sacrifício expiatório, mas cie gratidão a Deus em reconhecimento pelas bênçãos recebidas. Era uma ocasião feliz e festiva da qual várias pessoas podiam participar (2Sm 6:18, 19; lCr 16:2, 3). Foram muitos os animais sacrificados na consagração do templo, mas deve-se recordar que grande multidão estava presente, "todo o Israel [...], uma grande congregação, desde a entrada de Hamate até ao rio do Egito”, e que esteve ali por um período de 14 dias (IRs 8:65). |
1Rs.8:64 | 64. O altar de bronze. No relato de Reis, não há menção da construção deste altar, mas ele é citado em 2 Crônicas 4:1. O altar era grande, tinha por volta de dez metros de comprimento, dez de largura e cinco de altura. Porém, devido à grande quantidade de ofertas, ele não foi suficiente para a ocasião. Para solucionar isso, os sacerdotes consagraram todo o "meio do átrio” para servir como um grande altar, em que se pudessem oferecer sacrifícios de vários tipos (ver 2Cr 7:7). |
1Rs.8:65 | 65. A Festa dos Tabernáculos. A festa foi celebrada por 14 dias, e, no 23° dia do sétimo mês, o rei despediu o povo (2Cr 7:10). Portanto, ela começou no décimo dia do sétimo mês, que era o solene Dia da Expiação (Lv 16:29, 30; 23:27; Nm 29:7). Nesse mês, a Festa dos Tabernáculos era celebrada por sete dias, tendo início no primeiro dia do mês (Lv 23:34, 39). Durante esse tempo, o povo habitava em tendas feitas de galhos de árvores (Lv 23:34, 40-42).Desde a entrada de Hamate. Hamate marca o extremo norte cia terra santa(ver Nm 13:21; 34:8; Js 13:5; Jz 3:3; 2Rs 14:25; lCr 13:5; Am 6:14). Quanto à identificação da “entrada de Hamate”, ver com. de Números 34:8 e Josué 13:5. O grande vale entre os montes Líbano e Antilíbano, conhecido pelos gregos como Celessíria, marca a principal entrada da Palestina ao norte. Por esse vale entravam os exércitos inimigos que invadiam a Palestina pelo norte.Rio do Egito. O termo usado nesta passagem para "rio” não é a palavra heb. comum nahar, e sim nachal. Isto é, uma corrente de água ou torrente, que pode secar-se na estação da estiagem, como em Jó 6:15, em que a palavra é traduzida como “ribeiro”. E provável que esse ribeiro fosse o Wadi el-Arish, no limite extremo ao sul da Palestina (Nm 34:5; Js 15:4, 47; 2Rs 24:7; Is 27:12), 80 km a sudoeste de Gaza (ver mapa, p. 843). |
1Rs.8:66 | 66. Tendas. Uma expressão hebraica que passou a ser usada para se referir a “casa” (Js 22:4, 6-8; Jz 7:8; 20:8; lSm 4:10; 13:2; 2Sm 18:17; 20:1; IRs 12:16).Alegres. A verdadeira religião proporciona alegria. Só a pessoa que está em paz com Deus pode ter o espírito de verdadeira felicidade e satisfação. Os serviços de consagração do templo foram uma fonte de inspiração c alegria aos participantes. Ao se congregarem, cantar louvores a Deus e recordar Suas bênçãos, rendendo honra e glória devidas a Seu santo nome, encontraram plenitude de paz e alegria que nenhum prazer do mundo pode dar. Quando se entrega a Deus o que Lhe pertence, as atividades cotidianas são realizadas com paz e. alegria de coração. Os adoradores estavam felizes, não somente devido à bondade que Deus demonstrou para com eles, mas também por Sua bondade para com Davi e Salomão (2Cr 7:10). Bem-aventurado o país cujo povo e governantes desejam bênçãos mútuas e se regozijam com a prosperidade e a alegria comum. Feliz a nação em que o povo e sua liderança intercedem diante de Deus mutuamente e trabalham pelo bem-estar e a paz comuns (ver SI 85:9-12).Capítulo 9 |
1Rs.9:1 | 1. Tendo acabado Salomão. A construção do templo começou no quarto ano de Salomão (lRs 6:1) e terminou sete anos depois, no 11° ano (6:38). A construção do palácio levou outros 13 anos (7:1). Sendo assim, a construção do templo e do palácio levou 20 anos (lRs 9:10; 2Cr 8:1), tendo sido completada no 24° ano de seu reinado. Surge uma pergunta quanto ao significado exato das palavras ‘'tendo acabado Salomão '. Isso significa que somente depois do período de 20 anos de construção loi que o Senhor apareceu a Salomão com a mensagem de que a oração oferecida na consagração do templo tinha sido ouvida? Se loi assim, então, quando o templo foi consagrado: logo após seu término ou depois de 13 anos, quando se completou todo o programa de construção? Se o templo foi consagrado pouco depois de seu término, 1 )eus esperaria 13 anos para dizer a Salomão que sua oração tinha sido atendida? Ou teria a consagração acontecido apenas 13 anos depois do término da construção do templo? Devido à brevidade da narrativa, não é possível responder a essas perguntas com segurança. Contudo, parece que a resposta à oração de Salomão veio logo após o término da construção do templo (ver PR, 45). |
1Rs.9:2 | 2. Tornou a aparecer-lhe. Deus tinha aparecido a Salomão pela primeira vez num sonho, em Gibeão, no início de seu reinado (1 Rs 3:4-15). Ele recebeu outra vez uma visão durante a noite (PR, 45), mas essa mensagem apresenta um contraste com a mensagem da visão anterior. Na primeira, houve promessa e encorajamento (1 Rs 3:12-14; 6:12, 13); nesta houve promessa e encorajamento, mas também solenes advertências dos negativos resultados da eventual transgressão. |
1Rs.9:3 | 3. Ouvi. Deus assegurou a Salomão que tinha ouvido suas palavras de fervente súplica. O rei tinha feito tudo que estava ao seu alcance para motivar o povo a ser fiel ao Senhor e a Seus mandamentos. Deus recompensou seu espírito e propósito e lhe deunova garantia de Seu favor. Diversas vezes o Senhor dá a Seus filhos renovadas expressões de confiança, novos vislumbres de bênçãos, elogios pelos serviços realizados e promessas de bênçãos futuras.Santífiqiiei. Só Deus santifica. Sua presença torna tudo santo. O templo era santo porque Deus estava ali. O pátio exterior tinha a mesma aparência de uma estrutura de madeira e pedra construídas por mãos humanas, um lugar de esplendor e beleza, mas então tudo foi santificado, tornando-se uma casa adornada com a presença invisível do Deus santo. O sagrado é perceptível apenas espiritualmente. Pessoas de coração duro podem não perceber a diferença entre o sagrado e o profano. O santo sábado, a Palavra de Deus e a casa de adoração podem não lhes parecer diferentes das coisas terrenas comuns. O Céu pode estar bem próximo, mas não o podem perceber. A ênfase colocada sobre "este templo que você construiu” (NVI; "esta casa”, KJV) sugere que a visão foi dada nos recintos sagrados do templo, assim como o lugar da primeira visão foi o “alto maior”, em Gibeão, onde Salomão fora sacrificar (1 Rs 3:4).Para sempre. Não era propósito de Deus que o templo em Jerusalém fosse destruído. Se o templo tivesse permanecido santo, teria subsistido para sempre. Se Israel tivesse continuado fiel ao Senhor, Seu nome e Sua presença teriam permanecido ali para sempre, como um testemunho a todo o mundo de que Israel era o escolhido do Senhor, Sua “propriedade peculiar”, “dentre todos os povos” (Ex 19:5; ver PR, 46; sobre o significado de “para sempre”, ver com. de Ex 12:14). |
1Rs.9:4 | 4. Se andares. Todas as bênçãos prometidas por Deus dependem de obediência. Não podería ser diferente. As leis da natureza, bem como as que governam a conduta, são leis de Deus, e quem viola essas leis peca contra si mesmo. Todas as leis de Deus são para o benefício do ser humano e do mundoem que vive. Quando essas leis são violadas, o resultado inevitável é frustração, enfermidade, dor, desgraça e morte. Isso ocorre com o indivíduo, bem como com a nação, a comunidade e o mundo. O caminho da obediência é o único caminho da paz, prosperidade, saúde e vida. O bem-estar da sociedade, a paz da nação, a esperança do mundo: tudo isso requer que o ser humano aprenda a sabedoria e o valor prático da obediência a cada ordem divina. Quando Israel ainda era próspero e Salomão era jovem, Deus desejou tornar claro que a transgressão não traria alegria, e sim tristeza, não traria bênção, mas tragédia e morte. |
1Rs.9:5 | 5. Israel para sempre. Deus não escolheu os filhos de Israel com o propósito de mais tarde os abandonar, nem escolheu Davi com o intuito de rejeitar no futuro sua casa. Toda escolha divina é sábia, e, por trás dela, há razões que provam que é boa. Era Seu plano que o trono de Davi e a nação de Israel fossem estabelecidos para sempre. A despeito do erro dos descendentes de Davi e de Israel segundo a carne, o propósito de Deus ainda será cumprido por meio do Israel espiritual (Rm 2:28, 29; 4:16; G1 3:29) e de Jesus, o Filho de Davi (Mq 5:2; At 2:34-36; Rm 1:3). |
1Rs.9:6 | 6. Não guardardes. Aquele que não guarda os mandamentos vira as costas para Deus. "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (Jo 14:15). “Este é o amor de Deus: que guardem os Seus mandamentos” (IJo 5:3). Os verdadeiros filhos de Deus guardam os Seus mandamentos, não porque são forçados a isso, mas porque o desejam; não por temor, mas por amor a Deus. |
1Rs.9:7 | 7. Eliminarei Israel. Deus é santo, e o pecado não pode subsistir em Sua presença. Quando o ser humano peca, separa-se de Deus, das bênçãos e da vida. Por meio de Seus profetas, o Senhor vez após vez advertiu Israel das trágicas consequências da transgressão. Nos últimos dias da história de Israel e Judá, Suas advertências solenesparecem ter se multiplicado, quando a transgressão resultou na condenação do povo (Is 1:19-24, 28; Jr 7:9-15; Ez 20:7-24; Dn 9:9-17; Os 4:1-9; Am 2:4-6; 4:1-12; Mq 1:3-5; Sf 3:1-8).Provérbio. Ver Dt 28:37. A desgraça e o vitupério que caíram sobre Israel durante - séculos são um trágico cumprimento desta advertência. |
1Rs.9:8 | 8. Exaltada. Do heb. ‘elyon, "altíssimo”, “o mais alto”, provavelmente no sentido de ser um exemplo de notabilidade. Em siríaco e em árabe, se diz le ‘iyin, “ruínas". |
1Rs.9:9 | 9. Que tirou. A forma bondosa como Deus libertou Israel da terra do Egito devia ser o motivo mais forte para Israel se manter fiel. E quase inconcebível como um povo pudesse ser tão ingrato a um Deus que tinha feito tanto por ele. A ingratidão de Israel e sua insensatez ao abandonar a Deus e adorar ídolos deviam ser reconhecidas pelo mundo como motivos justos para que os juízos de Deus caíssem sobre aquele povo. |
1Rs.9:10 | 10. Vinte anos. Estes 20 anos se iniciaram no quarto ano de Salomão (IRs 6:1), quando ele começou a construir o templo. Incluem os sete anos empregados na obra do templo (6:38) e os 13 anos durante os quais seu palácio foi construído (7:1). |
1Rs.9:11 | 11. Ouro. O ouro que EI irão deu a Salomão pode não ter sido fornecido na época em que o templo foi construído, mas, provavelmente, os 120 talentos mencionados no v. 14 o foram. Após 20 anos de construção, o tesouro de Salomão sem dúvida estava esgotado, e, como resultado, ele recorreu a Flirão, que deve ter concordado em fornecer o ouro em troca de algumas cidades de Salomão.Este lhe deu. Essas cidades não são mencionadas no acordo feito entre Salomão e Hirão, segundo o qual Hirão devia fornecer madeira e mão de obra para atividades relacionadas com a construção do templo, e recebería em troca algumas provisõesde alimento (1 Rs 5:5-11). Também nada se diz no acordo original sobre Hirão fornecer ouro a Salomão. Segundo o código mosaico, Salomão não tinha direito de dar essas cidades (Lv 25:23). São assim, porém, as necessidades criadas pela política secular: não raro as disposições da lei são postas de lado.Galileia. O nome “Galileia” significa "círculo” e se refere ao distrito mencionado por duas vezes, no livro de Josué, onde ficava a cidade de Quedes (Js 20:7; 21:32). A região ficava a noroeste do mar da Galileia. A parte ocidental desse território ficava próximo às fronteiras de Tiro, ajustando-se bem ao propósito de Hirão e Salomão. Parece que, na época em que o acordo foi feito, essas cidades eram habitadas por nativos e não pelos israelitas, pois só 20 anos depois da devolução delas a Salomão é que os israelitas foram morar ali (2Cr 8:2). |
1Rs.9:12 | 12. Não lhe agradaram. Talvez Hirão estivesse interessado na baía de Aco, ou em alguma terra fértil, e tenha ficado desapontado quando recebeu cidades inferiores terra adentro. E provável que Hirão tenha recusado o presente de Salomão e nunca tomado posse das cidades. |
1Rs.9:13 | 13. Terra de Cabul. Uma cidade chamada Cabul, cerca de 14 km ao sudeste de Acre, é mencionada no território de Aser (Js 19:27). Porém, o território de Cabul ficava na Galileia, no território de Naftali. Hi rão, com um jogo de palavras, demonstrou seu descontentamento com o presente de Salomão. Não se sabe o significado exato da palavra “Cabul”. josefo diz que a interpretação da palavra segundo a língua fenícia é “o que não agrada” (Antiguidades, viii.5.3). A palavra pode derivar da raiz aramaica kbl, “ser árido”. Uma tradição rabínica pretende explicar o nome como proveniente de uma raiz cujo significado é "preso” ou “acorrentado”. |
1Rs.9:14 | 14. Cento e vinte talentos de ouro. A renda anual de Salomão era de 666 talentos de ouro (lRs 10:14). Portanto, a somarecebida de Hirão seria cerca de um sexto disso. E impossível fixar o valor monetário exato do talento. Uma estimativa (vol. 1, p. 145) poderia ser de 34,2 kg. |
1Rs.9:15 | 15. Trabalho forçado. O restante deste capítulo consiste de breves notas históricas e explicativas, mas contém algumas informações de grande valor. O trabalho forçado (lRs 5:13, 14) foi empregado na construção do templo e, depois, na do palácio e em outros projetos.Milo. I magina-se que esta era urna cidadela ou fortaleza em Jerusalém. Visto que Davi morou no "forte” ou “castelo” da <; antiga cidade jebusita, conhecida, posteriormente, como "Cidade de Davi” (2Sm 5:7, 9, lCr 11:5, 7), talvez Milo fosse uma fortaleza da cidade quando Davi a tomou. E provável que estivesse situada no limite norte da cidade. Davi (2Sm 5:9; lCr 11:8) e Salomão (lRs 9:24; 11:27) ampliaram a fortificação e, séculos depois, Ezequias também fez acréscimos a ela (2Cr 32:5). Outros explicam que Milo era o aterro ao longo da ladeira ocidental ao sul de Moriá.O muro de Jerusalém. Davi fortaleceu e estendeu os muros da antiga cidade jebusita, construindo “desde Milo e para dentro” (2Sm 5:9). Salomão realizou mais reparos e acréscimos a fim de fortalecer pontos frágeis da Cidade de Davi (1 Rs 11:27).Reis posteriores continuaram a realizar reparos e acréscimos até que, finalmente, os muros se aproximaram do vale de Hinom, no sul (jr 19:2), incluindo dois muros a sudeste, próximo ao jardim do rei (2Rs 25:4) e um muro fora da Cidade de Davi ao leste, “ao ocidente de Giom, no vale”, “abrangendo Ofel”, que foi erguido "mui alto” (2Cr 33:14). Aporta ao noroeste era importante e se chamava “Porta da Esquina” (Jr 31:38). Uma parte desse muro ao norte, “desde a Porta de Efraim até à Porta da Esquina, quatrocentos côvados” (2Rs 14:13), foi rompida por jeoás, de Israel, durante o reinado de Amazias.LVias consertou e fortaleceu o muro, construindo torres "à Porta da Esquina, à Porta do Vale e à Porta do Angulo e as fortificou” (2Cr 26:9).Hazor. Esta era uma cidade importante no norte, nas terras altas, próxima às águas de Merom. Foi a cidade de Jabim, chefe da confederação do norte (Js 11:1). Após a grande vitória de Josué sobre essa confederação, ele queimou a cidade (Js 11:13) e a deu a Naítali (Js 19:36). Tendo em vista sua importância e o fato de controlar uma rota vital de invasão pelo norte, Salomão a fortificou. Nos dias de Peca, foi tomada por Tiglate-Pileser 111 (2Rs 15:29).Megido. Esta era uma fortaleza importante no sul da planície de Esdraeiom, que dominava uma passagem entre elas e a planície de Sarom. A cidade foi concedida a Manassés, mas seus habitantes não foram expulsos na época da divisão da terra (Js 17:11-13). E mencionada no relato da batalha entre os reis de Canaã e Débora e Baraque (jz 5:19). Foi para Megido que Acazias fugiu qua ndo ferido por [eu, e a lí morreu (2Rs 9:27). Também foi em Megido que morreu Josias, ao tentar deter as forças de Neco, do Egito, que iam rumo ao norte para o Eufrates (2Rs 23:29). Megido foi completamente desenterrada. Entre as ruínas estão estábulos de pedra com piso de cimento, para cerca de 500 cavalos. Em princípio foram atribuídos à época de Salomão, mas, depois, acreditou-se que eram de Acabe.Gezer. Esta foi uma cidade cananeia importante, num bastião que se estendia dentro da planície marítima, 10 km a oeste de Aijalom, nos limites de Efraim (Js 16:3). A cidade foi concedida aos levitas (Js 21:21), mas não foi tomada por ocasião da conquista (Jz F.29), embora tenha sido tributária por um tempo (Js 16:10). Ocupava uma posição estratégica na planície de Aijalom, urna passagem importante, usada com frequência pelos filisteus quando seguiam paraas planícies centrais. É mencionada várias vezes em conexão com as batalhas de Davi (2Sm 5:25; iCr 14:16; 20:4). |
1Rs.9:16 | 16. Dotara a sua filha. Gezer fora tomada pelo faraó e dada como dote quando sua filha se casou com Salomão. Há vários registros de doações de direitos territoriais importantes como dotes por ocasião de casamentos reais no antigo Oriente Próximo. |
1Rs.9:17 | 17. Gezer. Esta cidade foi escavada com cuidado, e se confirmou o registro bíblico de sua destruição e reconstrução por volta do ano 1000 a.C. Uma descoberta interessante foi um túnel cavado na rocha, que descia até uma fonte numa caverna 28,7 m abaixo da superfície da rocha e 36,6 m abaixo do nível do terreno atual. Também são notáveis as fortificações da cidade, incluindo torres, que foram acrescidas aos muros antigos, possivelmente por Salomão.Bete-Horom, a baixa. Havia duas cidades com o nome de Bete-Horom, ambas localizadas numa passagem montanhosa entre o vale de Aijalom e Gibeão, na região central. A cidade baixa está a cerca de 19 km ao noroeste de Jerusalém. A cidade alta está a cerca de três quilômetros a leste, numa elevação de 225 m acima da cidade baixa. Ambas as cidades foram fortificadas por Salomão (2Cr 8:5). Depois de ferir os amorreus em Gibeão, Josué os perseguiu até essa passagem (Js 10:10, 11). Os filisteus subiram por ela para guerrear contra Saul (ISm 13:18), e também por aí subiu o general Allenby para combater os turcos na Primeira Guerra Mundial. |
1Rs.9:18 | 18. Baalate. Esta cidade, não identificada com segurança, está junto com as cidades de Aijalom e Ecrom no limite da planície marítima, no território origi nal mente concedido a Dã (js 19:42-44). Josefo a coloca próximo a Gezer (Antiguidades, viii.6.1).Tadmor. Do heb. Tamor, mas numa passagem paralela Tadmor (2Cr 8:4). Não se tem certeza quanto a que cidade se refere.Alguns a identificam com Tamar, uma cidade mencionada por Ezequiel, no limite sul da nova terra de Israel (Ez 47:19; 48:28). Sua localização exata é desconhecida, mas imagina-se ter sido ao sul do Mar Morto. Por outro lado, há uma cidade com o nome de Tadmor cerca de 210 km a nordeste de Damasco e cerca de 180 km a oeste do Euf rates, num oásis no deserto da Síria. Essa cidade é mencionada várias vezes nas inscrições de Tiglate-Pileser I como se estivesse localizada na terra de Amurru (Síria). Muitos anos depois, os romanos assumiram o controle de Tadmor e a chamavam pelo seu nome grego “Palmira”, e é essa cidade que josefo considera como a “Tadmor no deserto’’, construída por Salomão (Antiguidades, viii.6,11). A palavra heb. tamar significa “palmeira”, preservado no nome grego Palmira.Em geral, os eruditos não creem que foi possível ao reino de Salomão ter tido fronteiras tão amplas. Entretanto, em conexão com a construção de "Tadmor no deserto”, o livro de Crônicas registra que Salomão foi a "Hamate-Zoba e a tomou” (2Cr 8:3, 4), Imagina-se que esse lugar seja urna área que está 100 km a norte de Damasco e 160 km a oeste de Tadmor-Palmira, e sua menção indicaria uma campanha militar na qual os israelitas dominaram toda essa área ao norte. Em 1 Reis 4:24, o limite norte do reino de Salomão é dado como Tifsa, uma cidade cuja localização se crê tenha sido no Eufrates, cerca de 160 km ao norte de Tadmor. Tudo isso parece indicar que o reino de Salomão era bem maior do que se supõe e que a “Tadmor no deserto” (1 Rs 9:18) pode ter sido a famosa Tadmor-Palmira, no deserto da Síria.Daquela terra. Esta frase talvez tenha sido acrescentada para indicar, com orgulho, que essa cidade fronteiriça estava dentro dos limites do extenso domínio de Salomão. |
1Rs.9:19 | 19. Desejou enfim edificar. No orgulho de sua ambição e prosperidade, Salomãose envolveu em vários projetos de construção. Uma descrição de alguns de seus ambiciosos planos está em Eclesiastes 2:4 a 10, que incluíam casas, vinhas, jardins, açudes: “tudo quanto desejaram os meus olhos”. Ansioso para superar as realizações gloriosas de todas as nações que o rodeavam, o ambicioso Salomão ocupou-se em projetos contrários aos propósitos divinos c aos interesses cio estado. Os pesados fardos postos sobre o povo logo se tornaram intoleráveis e causaram descontentamento, amargura e, final mente, revolta. |
1Rs.9:20 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.9:21 | 21. Trabalhadores forçados. Esta demanda deveu-se aos inúmeros projetos de construção de Salomão. Pouco tempo depois da conquista, exigiu-se de alguns habitantes da terra o pagamento de impostos. Contudo, essa exigência continuou somente enquanto Israel era forte (Jz 1:28). Davi colocou muitos dos nativos sob trabalho forçado (iCr 22:2). |
1Rs.9:22 | 22. Escravo algum. Esta exceção não liberou os israelitas de certos tipos de trabalhos extenuantes. Salomão tinha uma leva de 30 mil homens “dentre todo o Israel" (iRs 5:13, 14) em suas obras. Foram feitos muitos esforços para que esse tipo de trabalho se tornasse o mais aceitável possível. Mesmo assim, houve forte ressentimento, de modo que essa foi uma das principais acusações contra o trono na época da morte de Salomão (12:4), as quais resultaram no ape- drejamento de Adorão, responsável pela leva de trabalhadores (12:18).Homens de guerra. Em geral, porém, fizeram-se esforços para tratar os filhos de Israel como classe superior e dominante. Eles foram escolhidos como guerreiros e cortesãos do rei, encarregados dos diversos projetos e comandantes de seus carros e cavaleiros. Contudo, à medida que o poder absoluto do rei crescia, ele se convertia cada vez mais num déspota opressor e insensível; seus favoritos se tornaram arrogantes e convencidos, e a condição dos menos favorecidoscertamente diferia da servidão mais no nome do que na prática. Como resultado, a insatisfação cresceu e se difundiu. |
1Rs.9:23 | 23. Os principais oficiais. Visto que Salomão tivesse 3,3 mil oficiais (ver com. de IRs 5:16), os 550 oficiais mencionados nesta passagem devem ter sido de um nível superior. Em 2 Crônicas 8:10, o número dos "principais oficiais que tinha o rei Salomão” é de 250, ao passo que o total de dirigentes é de 3,6 mil (2Cr 2:18). Reis e Crônicas estão de acordo quanto ao total de oficiais, mas diferem quanto ao numero de cada uma das classes. |
1Rs.9:24 | 24. A sua casa. Em 2 Crônicas 8:11, dá-se a razão dessa mudança: "porque santos são os lugares nos quais entrou a arca do Senhor”. Visto que a arca tinha sido levada para a Cidade de Davi (2Sm 6:12), Salomão considerou toda a área como sagrada e inadequada para ser a casa de sua esposa estrangeira. Sugere-se que essa nova residência real ficasse talvez na colina a oeste do templo, separados pelo vale Tiropeâo. |
1Rs.9:25 | 25. Oferecia Salomão. Alguns acreditam que este versículo evidencia que Salomão oficiava como sacerdote três vezes ao ano quando oferecia sacrifícios e queimava incenso. Todavia não há nada na Bíblia que justifique esse ponto de vista. Quem trazia sacrifício era chamado de ofertante (Lv 2:1; 3:1, 3, 7, 9, 14). Com relação aos sacrifícios após a consagração do templo, é dito que "os sacerdotes estavam nos seus devidos lugares" (2Cr 7:5, 6). Nessas cerimônias, é provável que Salomão não fizesse nada além do que o povo comum fazia ao oferecer incenso ou sacrifício, permitindo aos sacerdotes realizarem suas funções exclusivas (Lv 1:7, 8, 11; 2:2, 9, 16; 3:11, 16; 10:1, 2; Nm 16:1-7, 17-40; etc.).Três vezes por ano. Estas eram a Festa dos Pães Asmos, a Festa das Semanas e a Festa dos Tabernáculos (2Cr 8:13), as três festas anuais importantes em Jerusalém aque todos os homens hebreus deviam comparecer (Êx 23:14-17; Dt 16:16). |
1Rs.9:26 | 26. Eziom-Geber. Este lugar, situado no extremo norte do golfo de Áqaba, era um porto marítimo de Edom num dos braços do golfo árabe. Os israelitas acamparam próximo dali nas jornadas pelo deserto (Nm 33:35; Dt 2:8). O local, hoje a 450 m do mar, era Eziom-Geber ou um subúrbio e centro comercial ligado a ele. Ali se escavou uma construção primeiramente identificada como local de fundição, mas, depois, como armazém fortificado. Nesse sítio também foram encontrados vários artefatos de cobre (ver com. de Dt 8:9). Ao que tudo indica, Salomão controlava a rota do comércio terrestre da Palestina à Arábia e a rota marítima até Ofir. A ambição pelo controle dessas rotas foi provavelmente uma das principais causas de contendas entre Israel e Edom. Saul lutou contra Edom (lSm 14:47), e Davi colocou guarnições nessa área (2Sm 8:14; lCr 18:13). "Fez Josafá navios de Társis, para irem a Ofir em busca de ouro; porém não foram, porque os navios se quebraram em Eziom-Geber” (IRs 22:49). Nos dias de Jeorão, Edom se rebelou contra Judá e teve seu próprio rei (2Rs 8:20). Amazias prevaleceu contra Edom (2Rs 14:7), e seu filho Azarias “edificou a Elate, e a restituiu a Judá” (2 Rs 14:22).Elate. Um lugar no golfo de Áqaba próximo a Eziom-Geber. O nome sobrevive em Eilat, a cidade moderna próxima a esse local. |
1Rs.9:27 | 27. Mandou Hirão. Os hebreus não eram navegantes, portanto Salomão empregou marinheiros fenícios, assim como os egípcios empregaram marinheiros de Biblos em seus empreendimentos comerciais na zona cio Mar Vermelho. |
1Rs.9:28 | 28. Ofir. A identificação de Ofir com Punt é relativamente segura. E provável que Punt estivesse localizada onde hoje é a Somália, na costa nordeste da África. Além do ouro, os produtos obtidos dali eram madeirade sândalo e pedras preciosas (IRs 10:11), e talvez também prata, marfim, bugios e pavões (10:22). Há um registro da rainha egípcia Hatshepsut enviando uma expedição a Puntpara buscar árvores de mirra para seu templo. Os navios da rainha egípcia também levaram ébano, marfim, ouro, canela, peles de panteras, macacos e babuínos.Capítulo 10I A rainha de Sabá admira a sabedoria de Salomão. 14 O ouro de Salomão. 16 Seus escudos de ouro. 18 O trono de marfim. 21 As taças. 25 Seus presentes. |
1Rs.10:1 | 1. A rainha de Sabá, Há divergências quanto a que país essa rainha governava. Tanto a Arábia como a Etiópia reivindicam esse nome e a rainha. A expressão “rainha do Sul", aplicada à rainha de Sabá em Mateus 12:42, pode se referir a ambos os países. Pesquisas arqueológicas no sul da Arábia tendem a identificar a rainha com esse território e sua capital com Marib, no Iêmen. A Sabá árabe era um país rico em especiarias, e muitos são inclinados a crer que esse Foi o país de Sabá cuja rainha visitou Salomão (ver vol. 1, p. 110, 111, 266, 267). |
1Rs.10:2 | 2. Especiarias. As especiarias da Arábia foram famosas por muito tempo. Em Ezequiel 27:22, Sabá é mencionada comercializando especiarias, pedras preciosas e ouro com Tiro. |
1Rs.10:3 | 3. Todas as perguntas. Sem dúvida, perguntas relacionadas a diversas áreas doconhecimento. Salomão respondeu com inteligência, o que direcionou a rainha à verdadeira fonte de sua sabedoria e prosperidade. |
1Rs.10:4 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.10:5 | 5. Holocausto. Do heb. blah, em geral, traduzido como “oferta queimada”. A rainha deve ter testemunhado um desses sacrifícios nos quais inúmeros animais eram mortos. |
1Rs.10:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.10:7 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.10:8 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.10:9 | 9. Bendito seja o Senhor. Depois de a rainha de Sabá ter testemunhado a sabedoria e as obras de Salomão, ela manifestou não mera apreciação formal da hospitalidade com que havia sido recebida, mas uma profunda impressão. Em seu pronunciamento, ela se referiu apenas de modo superficial à magnificência externa e à evidência de prosperidade secular, e colocou a maior ênfase em exaltar o Deus de Salomão, que lhe deu sabedoria e prosperidade e fama que havia se espalhado portodo o mundo. Em vez de exaltar o agente humano, ela deu glória a Deus. Sua visita pode tê-la levado à conversão. Há motivos para se crer que a rainha estará entre os salvos no reino de Deus (Mt 12:42). O propósito divino era que muitas conversões semelhantes resultassem do proceder de Israel diante dos povos da Terra. De todas as nações, pessoas deveriam ir a Israel a fim de conhecer o Deus verdadeiro. Dessa forma, a luz brilharia entre as nações. |
1Rs.10:10 | 10. Deu ela. O que a rainha de Sabá deu a Salomão em termos de bens materiais foi pouco se comparado ao que recebeu em termos espirituais. Ela deu ouro, pedras preciosas e especiarias aromáticas, mas recebeu em troca tesouros celestiais que sobrepujam |
1Rs.10:11 | 11. De Ofir transportavam ouro. Em |
1Rs.10:12 | 12. Madeira de almugue (ACF). Chamada de “madeira de algumins”, emBalaústres. Do heb. tnisad, literalmente, "suportes’’. A passagem paralela de 2 Crônicas 9:11 diz mesilloth, palavra traduzida como “estradas” algumas vezes (Jz 20:31; ISm 6:12; ís 40:3). Esse significado éinadequado aqui, e é provável que a palavra deva ser núsad, como em Reis. |
1Rs.10:13 | 13. Tudo quanto ela desejou. No Oriente é costume pedir presentes. As Cartas de Amarna contêm muitas informações com respeito à troca de presentes entre uma casa real e outra, e há muitos pedidos de presentes como marfim, ébano, carros, cavalos e ouro. Salomão não só recebeu, mas também deu. A rainha de Sabá voltou com mais do que havia dado, pois além dos presentes materiais, recebeu algo de valor inestimável: o conhecimento do Deus verdadeiro. |
1Rs.10:14 | 14. Peso do ouro. A soma declarada como renda anual de Salomão, 666 talentos de ouro, é uma quantia imensa, cerca de 23 mil quilos. Isso era mais do que a renda da Pérsia com suas 20 províncias, que somavam 14,5 mil talentos (quase 500 mil kg) de prata por ano. Porém, deve-se recordar que essas cifras representam apenas o valor dos pesos antigos e não o poder aquisitivo real dessa renda na Antiguidade. |
1Rs.10:15 | 15. Vendedores. A renda de Salomão consistia não apenas dos impostos procedentes dos estados tributários e dos impostos pagos por seus súditos, mas também de ganhos de suas muitas atividades comerciais e de impostos sobre o comércio internacional. |
1Rs.10:16 | 16. Paveses. Escudos grandes que cobriam todo o corpo. Os que o rei Salomão mandou fazer podem ter servido apenas para exibição ou para uso de sua guarda pessoal. No Oriente, o ouro era usado em profusão, como se pode concluir dos carros e caixões de ouro no Egito. |
1Rs.10:17 | 17. Escudos de ouro batido. Estes eram menores que os “paveses” do v. 16, e é provável que fossem redondos. Visto que havia 200 paveses e 300 escudos, seriam 500 ao todo. A guarda pessoal de Davi consistia de 600 homens (2Sm 15:18). Pode ser que a de Salomão tivesse 500 homens, e que os escudos de ouro fossem usados em algumascerimônias e, em outras ocasiões, para enfeitar as paredes da imponente “casa do bosque do Líbano". Certamente era um espetáculo ver as tropas equipadas com esses escudos de ouro reluzente marchando diante do rei. |
1Rs.10:18 | 18. Trono de marfim. E provável que o trono em si fosse de madeira, e o marfim, cortado em lâminas finas e esculpido com formas de desenhos decorativos com incrustações de ouro, fosse aplicado como uma placa externa. Exemplares notáveis desse tipo de trabalho foram encontrados na Palestina, tanto em Samaria como em Megido. E provável que os “palácios de marfim", de Salmos 45:8, e as “casas de marfim", de Amós 3:15, empregassem os mesmos efei-¦ tos decorativos. |
1Rs.10:19 | 19. Seis degraus. Sem dúvida, o trono em si estava numa plataforma elevada, à qual se subia por seis degraus, evidentemente para fazê-lo ressaltar em uma posição de comando.Redondo. Do heb. 'agol, que poderia ser soletrado como egel, fazendo com que a frase fosse fida como: “a cabeça de um bezerro na parte de trás". A tradução na LXX deixa evidente que os tradutores confundiram os termos, vertendo: “e bezerros em alto relevo atrás do trono". |
1Rs.10:20 | 20. Doze leões. Em geral, as entradas dos palácios assírios eram decoradas com grandes touros alados, um de cada lado. Em outros países, empregavam-se leões para esse fim. No trono de Salomão havia um leão de cada lado dos seis degraus, o que dava um aspecto imponente. E provável que os 12 leões simbolizassem as 12 tribos.Nunca se fizera obra semelhante. A elevação imponente indicada pelos seis degraus, a fileira dupla de leões, e o uso de marfim e ouro em abundância deve ter produzido um trono de grandeza inigualável. |
1Rs.10:21 | 21. As taças. Taças, tigelas e pratos de ouro eram comuns nas cortes do Oriente.Prata. Segundo o v. 27, “fez o rei que,em Jerusalém, houvesse prata como pedras”. A prata era tão abundante que para uma corte tão magnificente como a de Salomão, ela não era usada nem para os utensílios comuns. |
1Rs.10:22 | 22. Társis. Ver o com. de Gênesis 10:4 quanto a esse nome listado entre os descendentes de Javã e aplicado a Tartessos, na Espanlra. Tartessos provavelmente foi o lugar para onde jonas pretendeu viajar desde jope (Jn 1:3). Porém, Társis, que significa “local de fundição", talvez fosse o nome de vários lugares, como em Sardenha ou Tunísia, que forneciam metais para os navios tírios (Is 23:1, 6, 14; Ez 27:12, 25).A “frota de Társis", que antes se imaginava fossem navios grandes o suficiente para navegar até a Espanha, é interpretada como uma “frota de refinaria" A frota de Salomão não podia navegar desde Eziom-Geber até o Mediterrâneo, mas provavelmente até Otír (ver com. de 1 Rs 9:26-28).De três em três anos. Essa “frota de Társis", que operava com a ajuda de II irão, de Tiro, parece ter tido sua base em Eziom- Geber (JRs 9:26). Podia ter navegado de lá a portos distantes da África, índia e possivelmente até da China. Desse modo, seria razoável uma viagem de três anos com frequentes paradas em diversos portos. Contudo, se declara que os navios de Salomão iam para Társis (2Cr 9:21); Josafá e Acazias fizeram navios em Eziom-Geber “que fossem a Társis" (2Cr 20:36).Visto que uma frota navegando de Eziom- Geber, no golfo de Aqaba, poderia dificilmente ter ido à Espanha, e uma vez que a carga incluía “bugios e pavões", alguns afirmam que essa Társis era na África, provavelmente em Ofir ou Punt, na Somália. |
1Rs.10:23 | 23. Excedeu a todos os reis. Isto estava em harmonia com a promessa de Deus a Salomão (IRs 3:13) e a Israel, caso fossem fiéis a Ele (Dt 28:1, 13). Na época de Salomão, impérios como Assíria, Babilônia e Egito estavam em decadência, e, portanto, é certo queo reino de Salomão ocupou o primeiro lugar em sabedoria, riqueza e esplendor. |
1Rs.10:24 | 24. Todo o mundo procurava. Era propósito de Deus que Israel fosse exaltado “sobre todas as nações da terra” e que fosse posto “por cabeça, e não por cauda” (Dt 28:1, 13). O filho de Deus, porém, deve buscar primeiramente o reino dos céus (Mt 6:33; Lc 12:31). A mais elevada sabedoria do mundo é a de Deus, que é o fundamento de toda sabedoria; é o segredo para encontrar as maiores bênçãos e os maiores tesouros da Terra. O propósito de Deus estava sendo cumprido na exaltação de Israel. As nações que fossem até Salomão ouviriam sobre seu Deus e receberíam o convite para aceitar a religião de Yahvveh. Pouco a pouco, por meio desses contatos e esforços missionários, o mundo seria evangelizado.Que Deus lhe pusera. A sabedoria de Salomão, que Lodo o mundo buscava ouvir, vinha de Deus e conduzia a Ele. Nessa elevada sabedoria está o segredo da força e da glória do reino de Israel. |
1Rs.10:25 | 25. Seu presente. Este versículo ind ica claramente a natureza do extenso reino de Salomão. Consistia num grupo de estados tributários, unidos, mas sem coesão, que rendiam vassalagem ao reino dominante de Israel e lhe pagavam tributo. Assim era a natureza de muitos impérios orientais antigos. Muitos dos estados que pagavam tributo a Israel tinham, sem duvida, pagado tributo a outras nações vizinhas. |
1Rs.10:26 | 26. Carros e cavaleiros. Ver com. de lRs 4:26. A reunião de carros e cavaleiros é sinal de conquista militar e extensão do império pela força. O acúmulo de cavalos era contrário ao propósito divino, que instruiu que o futuro rei de Israel “não multiplicará para si cavalos” (Dt 17:16). Ganhos obtidos por esses meios provariam ser grandes perdas. Salomão não percebeu isso e logo chegou a um ponto delicado do caminho. Diante dele estava a opção da obediência, que levaria à paz e glóriapermanentes; e a da desobediência, que resultaria em dificuldades, opressão e vergonha.Cidades para os carros. É provável que estas cidades fossem postos militares que mantinham os povos em sujeição. Estábulos em Megido, mais provavelmente de Acabe, foram descobertos (ver com. de lRs 9:15). |
1Rs.10:27 | 27. Como pedras. Prata e cedro eram comuns, mas a piedade era rara. Quem multiplica ouro, multiplica pesar e problemas. Ouem multiplica amor verdadeiro tem riqueza de paz e contentamento que ouro algum pode comprar (Pv 16:8, 16). |
1Rs.10:28 | 28. Fio de linho (ACF). Do heb. rniqweh, palavra traduzida de diversas maneiras: “ajuntamento” (Gn 1:10), “reservatórios” (Ex 7:19), “em que se recolhem” (Lv 11:36), “esperança” (Ed 10:2; Jr 14:8, 17:13). Porém, nesse caso, sabe-se que é um nome próprio e deve, portanto, ser trans- literado em vez de traduzido. A LXX, por exemplo, traduz rniqweh como "de íhekoue\ A RSV coloca como “Kue”, que foi identificado como o nome antigo para Cilícia. Além disso, sugeriu-se que a palavra heb. rnits- raim, " Egito”, deveria ser lida como mutsrim, “Musri”, região conhecida mais tarde como Capadócia, próxima à Cilícia, na Anatólia (Ásia Menor). Kue e Musri aparecem juntas na famosa inscrição do monólito de Salmaneser III e separadamente em outros documentos assírios. Nas Cartas de Amarna e em vários textos assírios, Musri é mencionada como famosa pela criação de cavalos. Os heteus até divulgaram um texto sobre esse tema. O conhecimento da forma de se criar cavalos se propagou desde a Anatólia à Síria, onde um tratado ugarítico de veterinária do 14° século trata do assunto.Portanto, o v. 28 pode ser traduzido como: "Os cavalos de Salomão vinham de Musri [Capadócia] e de Kue [Silícia]; e comerciantes do rei os recebiam de Kue por certo preço.” Os egípcios, como indicam informações mais recentes, não criavam cavalos para exportação.Contudo, parece haver um consenso geral de que mit-sraim, "Egito’, seja o que realmente se diz no v. 29 (ver com. de Gn 10:6). O Egito toi um exportador importante de carros, mas não de cavalos. Como um de seus empreendimentos comerciais, Salomão parecia tirar bom proveito com seu negócio de cavalos da Silícia e carros do Egito.(9 comércio é uma ocupação honrosa e traz muitos ganhos justos e que valem a pena. No entanto, também oterece muitas tentações e, com frequência, se torna um caminho rápido para a ruína. A medida que o povo de Israel se tornava mais interessado em lucros mundanos, mais se afastava de Deus. A ambição ocupou o lugar da misericórdia, e os interesses egoístas eram satisfeitos em vez de os interesses comuns. A nação não subsisti riadessa forma, (3 povo seguiu o rei por um caminho de egoísmo e insensatez e, apesar das advertências dos profetas, persistiu numa conduta que conduziría à ruína. |
1Rs.10:29 | 29. Heteus. Na época de Salomão, o império hetcu, que uma vez fora grandioso, se dissolveu e restavam apenas fragmentos: alguns pequenos estados heteus no norte da Síria. Tanto os heteus quanto os egípcios empregavam em grande medida cavalos e carros, resultando num intercâmbio ativo de carros feitos no Egito e cavalos da Anatólia. Salomão se encontrava em posição vantajosa para servir como intermediário nesse comércio internacional. Existem registros de tributos pagos pelos egípcios, em cavalos, a Sargão e Assurbanípal. Quanto ao interesse da Anatólia em criar e treinar cavalos, ver o com. do v. 28. |
1Rs.11:1 | 1. Muitas mulheres estrangeiras. Diversos indícios de fraqueza moral ficaram evidentes até esse ponto do registro da riqueza e da glória de Salomão. O acúmulo excessivo de prata e ouro e a multiplicação de cavalos eram violações das advertências dadas por Moisés (Dt 17:16, 17). Essas faltas de Salomão não foram mencionadas de forma específica. Os fatos são simplesmente colocados como tais, a fi m de que o leitor os interprete como evidências de sucesso e glória ou como advertências de dificuldades à vista. Porém, a respeito das muitas mulheres, os excessos de Salomão foram tão notáveis que chama-se atenção de forma específica. A advertência contra o grande número de mulheres é mencionada por Moisés no mesmo contexto da multiplicação de cavalos e de prata e ouro (Dt 17:16, 17). Embora a idolatria de Salomão seja atribuída às "mulheres estrangeiras’’, o papel desempenhado por outros fatores em provocar sua ruína não deve ser minimizado. |
1Rs.11:2 | 2. De que havia o Senhor dito. O Senhor tinha dado instruções explícitas para que não se estabelecessem vínculosmatrimoniais com os habitantes daquelas terras (Êx 134:11-16; Dt 7:1-4). Salomão, que deveria ter dado exemplo de obediência a essa ordem e feito com que fosse cumprida, tornou-se seu maior infrator. O homem que tinha sido o mais sábio, transformou-se no mais tolo. Não é sábio ir contra uma ordem explícita do Senhor. |
1Rs.11:3 | 3. E suas mulheres lhe perverteramo coração. Foi exatamente quanto a esse resultado que o Senhor advertiu sobre o casamento com estrangeiros (Ex 34:16; Dt 7:4). Salomão sabia dessa instrução, e não havia desculpas para a violação da ordem explícita. |
1Rs.11:4 | 4. Não era de todo fiel. Lamentavelmente Salomão começou muito bem na juventude, mas deu um espetáculo triste em seus últimos anos. Ele foi mestre de homens, mas se tornou escravo de suas próprias paixões. Sem dúvida, Salomão manteve as formalidades de sua religião, mas seu coração estava longe de ser perfeito aos olhos de Deus. |
1Rs.11:5 | 5. Astarote. A deusa do amor e da fertilidade, cujo culto se caracterizava por atos licenciosos e impuros.Milcom. O principal deus dos amonitas.Abominação. A adoração a esses deuses nativos envolvia ritos demasiado horríveis para serem mencionados. Os crimes cometidos a serviço desses ídolos eram tão monstruosos que o Senhor ordenou que os povos nativos de Canaã envolvidos nesses cultos fossem destruídos por completo (Dt 7:2-5). |
1Rs.11:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:7 | 7. Um santuário. Salomão não só permitiu que seu coração fosse desviado a seguir esses deuses pagãos, como também foi tão longe a ponto de edificar centros de adoração aos mesmos. Cegado pela beleza de suas esposas pagãs, uniu-se a elas nos cultos idólatras.Sobre o monte. O Monte das Oliveiras, onde muitas construções belas foram erigidas como santuários idólatras (ver PR, 57).Moloque. E provável que neste versículo devesse ser "Milcom”, que aparece nos v. 5 e 33 como “abominação dos amonitas”. No hebraico, eliminando-se o m final seria possível mudar de Milcom para Moloque. São palavras quase idênticas (mlkm e mlk) na escrita hebraica sem vogais, pois os pontos que indicam as vogais foram acrescentados depois dos tempos bíblicos. Neste versículo, há outra razão para relacionar o lugar alto de Milcom com o de Quemos, sobre o monte "fronteiro” a (leste cie) Jerusalém. Esse é o lugar exato onde Milcom estava, ao passo que o lugar de sacrifício humano de Moloque estava no vale de Hinom (2Rs 23:10, 13). |
1Rs.11:8 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:9 | 9. O Senhor Se indignou, O jovem que iniciou a vida de forma tão promissora, a quem o Senhor havia favorecido e honrado com manifestações de Sua presença, na velhice se desviou para tão longe do caminho correto que o Senhor Se indignou e retirou dele Sua bênção. |
1Rs.11:10 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:11 | 11. Tirarei de ti este reino. Salomão tinha cometido pecados graves, mas Deus falou com ele. A mensagem foi diferente da que lhe foi dada nos dias de sua juventude e pureza. Naquele tempo, o Senhor Semanifestou com uma promessa de bênção, desta vez foi com uma severa advertência dos males que a desobediência pode provocar. Ele perderia o reino dado a seu pai. |
1Rs.11:12 | 12. Por amor de Davi. O Senhor Se lembra dos Seus, e por amor a eles estende misericórdia a alguns por cuja conduta não merecem. Deus é "misericordioso e compassivo, longânimo e assaz benigno” (SI 103:8). Na ira, Ele Se lembra da misericórdia. Por amor a Davi, o castigo foi. adiado. |
1Rs.11:13 | 13. Uma tribo. Se não fosse por Davi, todo o reino seria tirado do fi lho de Salomão. Apenas uma tribo, Judá (lRs 12:20), foi reservada para a casa de Davi. Benjamim e Levi (2Cr 11:12, 13) ficaram com Judá e juntas formaram uma nação. |
1Rs.11:14 | 14. Um adversário. O escritor de Reis apresenta os vários problemas do reinado de Salomão. Não se deve pensar que esses aconteceram apenas nos últimos dias de sua vida, pois, à medida que Salomão se afundava mais e mais no pecado, os problemas aumentavam. A contínua presença de Deus não pode estar para sempre com os que desprezam Sua graça. A rejeição obstinada da misericórdia e do amor divinos faz com que Deus afinal retire Sua graça e Seu braço protetor. O resultado é que o maligno intervém para desviar e destruir. Aflições e calamidades provêm de Satanás. Salomão teve oportunidade de ver a verdadeira natureza daquele a quem decidiu obedecer.Hadade. Um nome semita comum. Ele aparece na lista dos reis edomitas (Gn 36:31-39) e também como uma designação dos reis siros, "Ben-Hadade” (lRs 15:18; Jr 49:27) e “Hadadezer” (2Sm 8:3-6). |
1Rs.11:15 | 15. Em Edom. Há nesta passagem uma nota de valor histórico. Davi tinha conquistado Edom (2Sm 8:14; lCr 18:12, 13), mas pouco se sabe a respeito da campanha militar, que deve ter incluído muitos detalhes. Esse relato das adversidades de Salomão traz à tona uma história que de outra formapodería não ter sido preservada. É evidente que Davi tentou destruir esse grupo opositor do sul (1Rs 11:15, 16), e, como resultado, alguns servos fugiram com o jovem rei Hadade para o Egito. Não se sabe quem foi o rei egípcio que deu asilo a Hadade, pois esse era um período de grande incerteza e intranquilidade no Egito. No entanto, receber o exilado real era costume no Oriente, bem como uma política excelente, como no caso de Jeroboão (IRs 11:40). Depois d a morte de Davi, Hadade voltou a Edom e foi um espinho na carne de Salomão. Relatos como esses são informações valiosas a respeito da política internacional dessa época. |
1Rs.11:16 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:17 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:18 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:19 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:20 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:21 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:22 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:23 | 23. Rezom. Davi fez guerra contra os reis síros e prevaleceu (2Sm 8:3-13; 10:6-19). A derrota cie Hadadezer, rei de Zobá, deixou o país em confusão, e, como resultado, o líder de uma das bandas armadas, Rezom, se estabeleceu em Damasco como rei e foi adversário de Salomão. Este é o primeiro rei de Damasco cujo nome se conhece. |
1Rs.11:24 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:25 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:26 | 26. Jeroboão. É a primeira menção do homem que se tornaria famoso por sua impiedade. Os reis ímpios de Israel são comparados a Jeroboão e seu "pecado com que seu pai fizera pecar a Israel” (lRs 15:26; cf. lRs 16:2, 19, 26; 21:22; 22:52, 53; 2Rs 3:3; 10:29, 31; 13:2, 6, 11; 14:24; 15:9, 18, 24, 28; 17:21, 22). Ele era da tribo de Efraim, que desde havia muito sentia ciúmes de Judá, pois o Senhor "rejeitou a tenda de José e não elegeu a tribo de Efraim: escolheu, antes, a tribo de Judá'' (Si 78:67, 68).Levantou a mão. A frase significa rebelião (2Sm 20:21). |
1Rs.11:27 | 27. Edíficando a Mílo. Ao que tudo indica, esta obra de Salomão foi realizada depois de sua obra no templo e no palácio (ver lRs 9:15, 24). Antes, Davi tinha feito bastante para fortalecer esta área na antiga cidade jebu- sita conquistada por ele (2Sm 5:9; iCr 11:8). |
1Rs.11:28 | 28. Homem valente. Jeroboão era um homem inteligente e capaz, hábil e corajosona tomada de decisões e na execução delas. A escolha de Jeroboão para um posto de confiança e responsabilidade envolvia muitos interesses. Sem dúvida, Salomão atentou para as características exteriores cio jovem, sem ser capaz de julgar o que estava no coração. Os talentos naturais de jeroboão para a liderança, se dedicados a Deus, o capacitariam a fazer muito na causa da justiça; do contrário, ele faria muito na causa do mal.Ele o pôs sobre. Salomão fez de jeroboão superintendente de todos os que realizavam trabalho forçado da tribo cie Efraim para a construção de Milo e fortificação da Cidade de Davi. |
1Rs.11:29 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:30 | 30. Capa nova. A roupa era usada pelo profeta (ver v. 29). Ele não "tomou" (KJV) a capa de Jeroboão, mas simplesmente, como ind ica o original hebraico, "pegou'’ em sua própria veste. A capa nova representava o novo reino recém-estabelecido, mas que estava prestes a se desfazer em pedaços. Atos simbólicos eram frequentes em profecias (]r 13:1- 11; 19:1; 27:2; Ez 4:1-14, 9; 12:3-7; 24:3-12, 15-24) e foram um meio eficaz para se transmitir de forma clara as mensagens do Senhor. |
1Rs.11:31 | 31. Eis que rasgarei. A monarquia unificada seria fragmentada, e dez de suas tribos ciariam sua lealdade a um novo senhor que não era cia casa de Davi. A lição ensinada foi que "o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer” (Dn 4:17). |
1Rs.11:32 | 32. Uma tribo. Enquanto dez tribos deviam ficar com jeroboão (v. 31), apenas duas ficariam com a casa de Davi, pois a tribo de Judá incluía Benjamim (2Cr 11:12, 13). O reino de Judá também se tornou um abrigo para os levitas, que se recusaram a seguir a religião apóstata de Jeroboão. |
1Rs.11:33 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:34 | 34. Por amor de Davi, Meu servo. Esta frase, bastante repetida, evidencia a grande misericórdia de Deus para com Seus filhos.Guardou os Meus mandamentos. Deus concedeu grandes favores a Davi porque ele foi obediente ao Senhor, guardandoSeus mandamentos e estatutos. Este elogio a Davi é notável tendo em vista seus graves erros, como no caso de Urias, o heteu (2Sm 11), e quando realizou o censo de Israel (2Sm 24). Davi se arrependeu sinceramente desses erros e, pela graça, foi aceito como se não tivesse cometido nenhuma dessas falhas. O caráter não é determinado por atos ou erros ocasionais, mas pela tendência habitual. |
1Rs.11:35 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:36 | 36. Uma lâmpada. O propósito de Deus é que o caminho do justo seja como a “luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4:18). Assim devia ter sido com a luz de Davi. Nunca devia ter se apagado, mas sim adquirido brilho crescente ao longo de sua posteridade (1 Rs 15:4; 2Rs 8:19; cf, 2Sm 14:7). No entanto, aconteceu o contrário. Com Roboão, o brilho da luz diminuiu bastante. Continuou fraco ao longo dos séculos até que finalmente se apagou quando o remanescente de judá foi levado cativo para Babilônia (2Rs 25). |
1Rs.11:37 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.11:38 | 38. Se ouvires. Jeroboão era um jovem promissor. Tinha habilidades notáveis que o teriam tornado um rei poderoso e uma forte influência para o bem, se andasse nos caminhos do Senhor. Deus não é parcial; Ele abençoa os fiéis.Uma casa estável. A promessa era condicional e, se a condição não fosse satisfeita, não seria cumprida. A desobediência é como um fundamento de areia, e nenhuma casa construída sobre ela pode subsistir (Mt 7:24- 27). A dinastia de Jeroboão teve seu fim com seu filho Nadabe (IRs 15:25, 28). |
1Rs.11:39 | 39. Não para sempre. As aflições do Senhor são temporais, não eternas. Sua misericórdia dura para sempre (SI 103:8, 9, 17). Por causa dos erros dos descendentes de Davi, as promessas feitas a ele só seriam plenamente cumpridas na casa espiritual da igreja, do NT, e em Cristo, o Filho de Davi, a Cabeça da igreja. |
1Rs.11:40 | 40. Matar a Jeroboão. Houve razão para Salomão ter ido contra seu servo, poisJeroboão “levantou a mão” contra ele (v. 26). Os atos públicos de Jeroboão que desagradaram ao rei não são relatados, mas sem dúvida Jeroboão era ambicioso e tomou medidas para assegurar a coroa para si, Ele pertencia a uma das principais tribos, que, na repartição da terra, tinha ficado com a melhor região, o centro da Palestina. Os efraimitas eram orgulhosos de sua suposta superioridade e sentiam que deviam ser consultados quando decisões importantes fossem tomadas (Jz 8:1; 12:1). Sem dúvida, foram a ambição e o orgulho de Jeroboão que desagradaram ao rei.Sisaque, rei do Egito. Este é o primeiro rei do Egito mencionado pelo nome na Bíblia. Ele foi o primeiro rei de uma nova dinastia. Sisaque foi identificado com o poderoso e hábil Sheshonk I, fundador da 12a dinastia. Ele era líbio e tinha sido comandante de tropas mercenárias antes de se apoderar do trono. Sua capital ficava em Bubastis, no Delta. Era costume de nações antigas não comprometidas por obrigações de tratados dar asilo a refugiados políticos. |
1Rs.11:41 | 41. No Livro da História. Os hebreus mantinham registros oficiais do estado. Davi tinha um escriba e um cronista (2Sm 8:16, 17; 20:24, 25), e os registros de seu reino foram preservados “na história do rei Davi” (lCr 27:24). Os relatos dos governantes posteriores de Israel foram mantidos num volume conhecido como “Livro da História dos Reis de Israel” (IRs 14:19; 15:31; 22:39; 2Rs 10:34), e os de Judá, no “Livro da História dos Reis de Judá” (IRs 14:29; 15:7, 23; 2Rs 8:23). Outros registros do reinado de Salomão foram o “Livro da História de Natã, o profeta”, “Profecia de Aías, o silonita” e “Visões de Ido, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate” (2Cr 9:29). Também do profeta Ido havia outro volume, intitulado “registro de genealogias" (2Cr 12:15). Os profetas aparecem aqui como cronistas. A narrativa de Reis é evidentemente uma compilação baseada em várias fontes. Pode-se depositarplena confiança na exatidão histórica do material de Reis, visto que dependem de fontes completas, originais e oficiais e recebeu sua forma final sob inspiração divina. |
1Rs.11:42 | 42. Quarenta anos. A partir de Davi, o AT preserva a duração dos reinados dos vários reis de Israel e judá. Josefo diz que o reino de Salomão durou 80 anos (.Antiguidades, viii.7.8). Isso demonstra que as cifras de Josefo com frequência diferem das bíblicas e nem sempre são fidedignas. |
1Rs.11:43 | 43. Descansou com seus pais. Os v. 41 a 43 apresentam unia fórmula oficial que será usada daqui para frente ao se fazer o relato de Reis. Essa fórmula inclui uma declaração quanto ao registro oficial do qualse tirou o relato, afirma que o rei dormiu com seus pais, diz o lugar do sepultamento e dá o nome do sucessor (ver iRs 14:29, 31; 15:7, 8, 23, 24; 2Rs 8:23, 24; 12:19, 21; etc.).Cidade de Davi. Este se tornou o lugar de sepultamento dos reis de Judá. Em alguns casos, o enterro era feito num sepulcro particular (ver 2Rs 21:18, 26; 23:30). Em circunstâncias especiais, o enterro era na Cidade de Davi, mas não no sepulcro real (ver 2Cr 21:20; 24:25, 26; 26:23; 28:27). Em sinal de respeito, o sacerdote Jeoiada foi. enterrado nas tumbas reais (2Cr 24:16). Diz-se de Ezequias que “o sepultaram na subida para os sepulcros dos filhos de Davi” (2Cr 32:33).Capítulo 12colhido a seu bel-prazer, subiu ele ao altar que de Israel; subiu para queimar incenso. |
1Rs.12:1 | 1. Roboão. A narração do reinado de Salomão é relativamente detalhada, e esse mesmo estilo continua nos cap. 12, 13 e 14. O relato de Crônicas omite a idolatria de Salomão e os atos de seus adversários e, então, apresenta a primeira parte sobre Roboão quase com as mesmas palavras que o de Reis (2Cr 10:1-19; 11:1-4 cf. lRs 12:1-24).Siquém. E provável que o motivo da escolha de Siquém como o local para a coroação tenha sido garantir a lealdade de Efraim e das tribos do norte. Siquém estava no centro do país, entre o monte Gerizim e o monte Ebal, no lugar onde Josué tinha conclamado uma assembléia geral do povo (Js 8:30-35). Foi perto dali que José foi sepultado (Js 24:32). Nas proximidades ficava o poço de Jacó (Gn 33:19; 37:12; Jo 4:5, 6; cf. Js 24:32). |
1Rs.12:2 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:3 | 3. E donde o mandaram chamar. O relato de 2 Crônicas 10:2 e 3 parece indicar que Jeroboão foi chamado, não do Egito, mas de Efraim, pois sem dúvida já havia retornado de lá. Jeroboão era um líder nato. Havia motivos justos para queixar-se contra o reinado. Era natural que se apresentasse o problema nessa ocasião e que Jeroboão participasse disso. |
1Rs.12:4 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:5 | 5. Após três dias. Ou seja, até o terceiro dia (v. 12). |
1Rs.12:6 | 6. Os homens idosos. Os conselheiros de Salomão conheciam o temperamento do povo e podiam dar bons conselhos a respeito de que direção seguir. Estes homens não eram necessariamente velhos em idade, mas pessoas de muita experiência. |
1Rs.12:7 | 7. Servo. O primeiro dever de um rei para com seu povo é o de servir e não o de governar. Se o povo sabe que seus interesses são a prioridade do governante, certamente se unirá a ele e lhe obedecerá. Quando Se encarnou, Cristo “não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20:28). |
1Rs.12:8 | 8. Desprezou o conselho. A maturidade traz experiência, e a sabedoria aumenta com a idade. Quando os jovens, tanto em idade quanto em experiência, abandonam o conselho dos mais velhos, prevalece o conselho dos néscios.Jovens. Não há problema em tomar conselho com os jovens, bem como com os mais velhos, mas é preciso considerar que os jovens não têm o mesmo discernimento que os experientes e maduros. |
1Rs.12:9 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:10 | 10. Assim falarás. (3 conselho dado a Roboão por seus jovens amigos não foi sábio, mas precipitado e cheio de arrogância. Não demonstrava preocupação pelo bem-estar do povo, ao qual o rei devia servir, mas determinava governá-lo sem considerar sua expressa vontade. O conselho dado foi expresso numa linguagem ofensiva, de tal modo que agravou o problema em vez de atenuá-lo. Os jovens confundiram obstinação com energia e presunção com sabedoria. Não souberam discernir a gravidade da situação, e seu conselho fez com que a rebelião se tornasse inevitável. |
1Rs.12:11 | 11. Escorpiões. Imagina-se que seja uma figura de linguagem que representa chicotes com pontas afiadas extrema mente dolorosos. |
1Rs.12:12 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:13 | 13. Dura resposta. E evidente que o propósito era fazer uma demonstração de força, mas, na realidade, acabou sendo uma demonstração de fraqueza e tolice. Palavras gentis vêm de pessoas gentis e de bom coração e conduzem à submissão, obediência, felicidade e paz. Palavras ásperas vêm de pessoas pequenas e provocam amargura, comoção e revolta. |
1Rs.12:14 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:15 | 15. Do Senhor. Não se deve pensar que o conselho dado pelos jovens viera de Deus, ou que a resposta do rei foi ditada pelo Senhor. O Senhor é um Deus de bondade e sabedoria, mas as palavras do rei foram de alguém tolo e de coração duro. Deus inclina o ânimo dos seres humanos à simpatia e à caridade, não ao ressentimento ou à maldade. O Senhor, porém, traz o juízo sobre os maus, permitindo-lhes que colham do fruto de sua própria perversidade. Nem os pecados de Salomão, nem a imprudência de Roboão provinham do Senhor. Ambos estavam errados, e seus atos procediam de uma fonte alheia a Deus. Contudo, em Sua sabedoria, o Senhor permitiu acontecimentos que punissem o pecado com pecado e a estupidez com estupidez. Como regra, o Senhor não realiza um milagre para contrapor os resultados das paixões humanas, do ódio, orgulho, perversidade e arrogância. Sem interferir no livro-arbítrio humano, no que tange à salvação pessoal, e sem influenciar os maus feitos dos ímpios, Deus guia com sabedoria o destino dos seres humanos e das nações e cumpre Sua vontade. Dessa forma, faz com que a ira do homem O louve. |
1Rs.12:16 | 16. Com Davi. As palavras refletem o espírito de ciúmes e a inimizade entre as tribos. Efraim estava pronto para guerrear contra Judá; o povo do norte estava determinado a se independer do sul. Seba usou palavrassimilares na rebelião contra Davi (2Sm 20:1).Às vossas tendas. Este não foi necessariamente um grito de guerra, mas um convite para que todos voltassem à sua tribo e sua casa sem reconhecer Roboão.Cuida, agora, da tua casa. Esta é uma expressão da insatisfação profundamente arraigada contra a casa real de Davi. Os israelitas queriam que a casa de Davi cuidasse de seus próprios interesses e de sua própria tribo e deixasse o restante de Israel em paz. Eles queriam tomar conta de si mesmos independentemente de Judá e, dali em diante, não tolerariam nenhuma interferência. |
1Rs.12:17 | 17. Filhos de Israel. Esta frase parece de duplo significado. Primeiro, indica que no território cie Judá havia pessoas que não pertenciam a essa tribo. Além de Benjamim, que tinha sua parte com Judá, muitos sacerdotes e levitas e pessoas “de todas as tribos de Israel” mais tarde abandonaram o norte e se uniram a Judá e Jerusalém (2Cr 11:12-17). Em segundo lugar, embora Israel dali em diante significasse pri ncipal mente o reino do norte em contraposição a Judá, a frase “filhos de Israel” talvez tivesse o propósito de relembrar ao leitor que em Judá também havia verdadeiros filhos de Israel e que o reino do norte não era o dono exclusivo desse honroso título. |
1Rs.12:18 | 18. Adorão. De acordo com 1 Reis 4:6 e 5:14, Adorão (outro nome para Aclonirão) era o encarregado dos trabalhadores (orçados. Como Adorão conhecia bem as penalidades desse tipo de trabalho, talvez Roboão pensasse que ele fosse a pessoa indicada para negociar quanto ao assunto. No entanto, a presença de Adorão, o capataz do povo oprimido, despertou um novo estalido de fúria, resultando na morte do negociador.Apedrejou. Na Antiguidade, essa era uma forma comum de se matar em casos de vingança por parte da multidão. No Egito, Moisés expressou o temor de que os egípcios se levantassem com ira para apedrejar os filhos de Israel (Ex 8:26). Mais tarde, osisraelitas quase apedrejaram Moisés (Ex 17:4). Davi também enfrentou o mesmo perigo (ISm 30:6).O seu carro. O carro era o meio mais rápido de locomoção. As estradas melhoradas permitiam o uso de carros em muitas partes da Palestina. |
1Rs.12:19 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:20 | 20. Jeroboão tinha voltado. Estas palavras parecem indicar que jeroboão apareceu somente depois da revolta das dez tribos. Contudo, segundo o v, 3, ele já havia encabeçado a delegação do povo perante Roboão. Alguns seguem um dos manuscritos da LXX que omite o nome de jeroboão nos v. 3 e 12 e faz com que sua primeira aparição nesse contexto seja no v. 20. Porém, é melhor seguir o hebraico e entender '‘todo o Israel” (v. 1) como os representantes das diferentes tribos e ‘‘todo o Israel” (v. 20) como a nação, que tinha ouvido de seus representantes, no retorno às suas casas (v. 16), sobre a presença de Jeroboão no país.A notícia da rebelião logo se espalhou por todo o reino. Depois de colocá-la em marcha, Jeroboão provavelmente, de forma astuta, não tomou outras medidas, mas esperou que o povo o chamasse. Uma grande assembléia foi convocada, e Jeroboão foi feito rei.Sobre todo o Israel. Esta frase parece indicar uma reivindicação da parte das dez tribos do norte de que apenas elas constituíam o verdadeiro Israel. |
1Rs.12:21 | 21. Benjamim. Antes, a tribo de Benjamim era mais ligada a Efraim do que a judá. A longa contenda entre Davi e o ben- jamita Saul ¦ ISm 9:1), as guerras de Joabe e Abner e dos servos de Davi e de Benjamim (2Sm 2:2, 12-31; 3:1-27), o clamor do benja- mita Seba para lutar contra Davi (2Sm 20:1), tudo indica a antipatia de Benjamim contra Judá. No entanto, o estabelecimento da capital em Jerusalém, na fronteira entre as duas tribos (Js 15:8; 18:16), ajudou a mudar isso, e, dali em diante, o destino de Benjamim ficou ligado ao de judá.Cento e oitenta mil escolhidos. Na época do censo de Davi, havia 500 mil homens em Judá (2Sm 24:9). Algum tempo depois, Abias reuniu um exército de 400 mil (2Cr 13:3). |
1Rs.12:22 | 22. Homem de Deus. Este termo foi usado para se referir a Moisés (Dt 33:1; Js 14:6) e é usado raras vezes na Bíblia. Semaías foi o principal profeta de judá durante o reinado de Roboão (2Cr 12:5-8, 15). |
1Rs.12:23 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:24 | 24. Não subireis. Em geral, a guerra civil é o tipo de conflito que faz mais vítimas, e suas feridas são as mais difíceis de curar. Deus não havia levado os israelitas a Canaã para que se destruíssem mutuamente, nem para que se dividissem em dois reinos hostis. O Senhor não podia abençoar as dez tribos separatistas, tampouco podia apoiar a dura política governamental que Roboão tinha anunciado. A perda das dez tribos foi um castigo para Roboão. Portanto, o Senhor não poderia abençoar uma campanha que buscava recuperar as dez tribos pela força das armas. Em vez disso, Deus decretou que o tempo relevasse a história dos dois reinos, para que a condenação de um e o castigo de outro fossem tidos como justos. Com frequência, pessoas fervorosas se apressam para resolver um assunto difícil no qual há injustiça de ambas as partes. Tais pessoas deviam refletir sobre a lição contida neste versículo. |
1Rs.12:25 | 25. Siquém. Esta cidade é mencionada na história patriarcal desde a época em que Abraão entrou pela primeira vez na terra prometida (Gn 12:6; 33:18; 35:4; 37:12, 13). No tempo da conquista de Canaã, ela se tornou uma cidade de refúgio (Js 20:7; 21:21) e foi lá que Josué reuniu todas as tribos para uma renovação da aliança, pouco antes de sua morte (Js 24:1-25). Quando Abimeleque se fez rei de Israel, sua capital foi Siquém (Jz 9:1-20), e, quando a cidade se rebelou contra ele, foi destruída e a semearam “de sal” (Jz 9:22-45). Então, a cidade foi reconstruída como a capital de jeroboão.Penuel. Um lugar ao leste do Jordão nomeado por Jacó após ter visto Deus face a face ("Peniel”, Gn 32:30, 31). Gideão des- truíu uma torre al.i (Jz 8:8, 9, 17). Jeroboão reconstruiu a cidade como uma base militar. Tidul ed-dabab é um possível sítio, no rio Jaboque, 6,5 km a leste de Sucote. |
1Rs.12:26 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.12:27 | 27. Tornarão a ele. Jeroboão compreendia bem o forte apelo da adoração ao Senhor no templo em Jerusalém. Se Israel permanecesse fiel a Deus e se continuasse a ir a Jerusalém para adorar com seus irmãos de Juclá, o povo se reconciliaria e o reino voltaria a se unir. Esse resultado certamente teria sido para o bem de todos, mas isso não era o mais importante para Jeroboão. |
1Rs.12:28 | 28. Bezerros de ouro. Isto foi uma renovação do culto pelo qual Israel tinha merecido o juízo de Deus no deserto (Ex 32:1-35). Ao rejeitar o Senhor desta forma, Israel estava tomando uma direção que só podería acabar em ruína. A tragédia é inevitável quando o ser humano abandona o Criador dos céus e da terra para adorar ídolos de qualquer natureza. |
1Rs.12:29 | 29. Betei. Cidade fronteiriça ao sul do reino. Betei significa "casa de Deus”, e foi assim chamada por Jacó em memória ao sonho no qual Deus lhe apareceu quando fugia de Esaú (Gn 28:11-22) e outra vez aop retornar (Gn 35:8-15). Pensou-se que seria um bom lugar para um santuário rival.Dã. Cidade fronteiriça do norte que já tinha sido local de um santuário durante muito tempo no período dos juizes (jz 18:30, 31). |
1Rs.12:30 | 30. E isso se tornou em pecado. Isto é, tornou-se uma cilada para o povo. lendo em vista os amplos efeitos do pecado, uma terrível responsabilidade estava sobre Jeroboão.Até Dã. Alguns dos manuscritos mais recentes da LXX acrescentam após Dã: "e ao outro até Betei”. Contudo, talvez seja melhor considerar as palavras tais comoestão, indicando que, em princípio, o povo ia quase exclusivamente ao santuário em Dã. |
1Rs.12:31 | 31. Dentre o povo. Os levilas recusaram servir como sacerdotes nesses santuários idólatras e, como foram retirados de seu sagrado ofício, mudaram-se para juclá e Jerusalém (2Cr 11:13-16; PR, 101). Apenas pessoas de padrões morais baixos consentiríam em servir como "sacerdotes para os altos, para os sátiros e para os bezerros que fizera” (2Cr 11:15). O resultado disso foi que os padrões morais do povo se rebaixaram cada vez mais. |
1Rs.12:32 | 32. Oitavo mês. Estabeleceu-se uma festividade que rivalizava com a Festa dos Tabernáculos, em Jerusalém, no sétimo mês. EIavia semelhança com algumas formas da religião antiga, mas em muitos aspectos a nova religião era o oposto do culto a Aahweh. Surge a pergunta: por que a festa em Israel era um mês depois da de Judár Pode ter sido por que o rompimento entre Israel e Juclá tenha acontecido nessa época, e esse festival tenha sido instituído imediatamente para celebrar o estabelecimento de um novo regime. |
1Rs.12:33 | 33. Subiu para queimar incenso. Jeroboão parece ter assumido tanto as funções de sacerdote como de rei. Ao desprezar o sacerdócio levítico e consagrar novos sacerdotes de sua própria escolha, o novo rei pode ter coroado os procedimentos, assumindo o papel de chefe supremo do sacerdócio irregular que criara. Betei é chamado "santuário do rei” e "templo do reino" (Am 7:10, 13). Isso pode indicar que o "santuário” de Betei era o templo particular de Jeroboão, onde o rei presidia os assuntos religiosos e que também tinha uma corte onde tratava dos assuntos do estado. Siquém era a capital e o lugar onde o rei julgava, mas quando oficiava como sacerdote em Betei, talvez julgasse no seu palácio ali.Capítulo 13 |
1Rs.13:1 | 1. Jeroboão estava junto ao altar. A ocasião era importante. Jeroboão estava oficiando como sacerdote na consagração do novo altar de BeteJ e se esforçava para conferir-lhe santidade que merecesse o respeito do povo. Deus não podia permitir que o ousado desafio do rei não fosse reprovado. |
1Rs.13:2 | 2. Cujo nome será Josias. Nem sempre o Senhor prediz o futuro com detalhes tão definidos como indicar aspessoas específicas. Um exemplo paralelo se encontra na referência a Ciro, o rei persa, mencionado pelo nome muitos anos antes de seu nascimento (Is 44:28; 45:1). Esta profecia sobre Josias foi cumprida literalmente (2Rs 23:15, 16).uma profecia notável que se cumpriría de imediato. |
1Rs.13:3 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:4 | 4. Estendeu. É perigoso para qualquer pessoa levantar a mão contra alguém enviado por Deus com uma mensagem solene. O braço estendido secou-se imediatamente para aterrorizar tanto o rei quanto o povo e para que todos compreendessem que tinham diante de si um verdadeiro profeta de Deus. |
1Rs.13:5 | 5. O altar se fendeu. Esta manifestação da presença e do poder do Senhor era algo que não se podia contradizer. Em vez de ser convencido da solenidade do altar e da santidade do rei e sacerdote, o povo percebeu que Jeroboão estava desafiando os Céus diretamente e trazendo sobre si a reprovação divina. |
1Rs.13:6 | 6. Ora por mim. O rei foi humilhado. Além disso, tinha sido convencido de que estava lidando com um homem de Deus, que, sob tais circunstâncias, era o único que podia livrá-lo. A restauração do braço mediante a submissão do rei e a oração do profeta tinha como propósito dar a Jeroboão outra oportunidade de arrependimento. Ele ainda não tinha ido longe demais, de modo que o Senhor não o pudesse perdoar. Se o rei estivesse disposto a se converter de seu mau caminho e tivesse pedido pela restauração de seu coração, bem como de sua mão, o caminho leria sido aberto para que a nação se voltasse para Deus, e teria acontecido uma poderosa reforma por toda a terra de Israel. |
1Rs.13:7 | 7. E eu te recompensarei. A oferta do rei não foi movida por gratidão, mas por interesse próprio. Aos olhos do povo, se o profeta aceitasse a hospitalidade e a recompensa, significaria que ele aprovava a conduta do rei e serviría para destruir a impressão solene que fora causada. Além disso, criaria uma impressão desfavorável com respeito a seu caráter e sua missão. |
1Rs.13:8 | 8. Não iria. A recusa resoluta à oferta do rei colocou o profeta numa posição vantajosae causou profunda impressão tanto ao rei quanto ao povo. |
1Rs.13:9 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:10 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:11 | 11. Um profeta velho. Um profeta, porém falso. Um homem que foi um instrumento de Satanás, não de Deus. Ao falhar em atingir seu objetivo de uma maneira, Satanás procedeu de outra, determinado a frustrar os propósitos do Senhor desprestigiando Seu mensageiro. |
1Rs.13:12 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:13 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:14 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:15 | 15. Vem comigo a casa. Este foi exatamente o convite feito pelo rei e que o profeta tinha recusado por ser contra a vontade expressa de Deus (v. 9). (3 inimigo é persistente e volta vez após vez com suas tentações, modificando-as de uma forma ou de outra, determinado a provocar a ruína do ser humano. |
1Rs.13:16 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:17 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:18 | 18. Também eu sou profeta. Ele era, mas não um profeta de Deus. (3 Senhor nunca envia mensagens contraditórias por meio de Seus profetas.Um anjo me falou. Talvez tenha sido verdade, porém se isso aconteceu foi pela boca de um anjo mau. Quando Deus proibiu que o ser humano comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob pena de morte, a serpente surgiu com uma mensagem contraditória: "E certo que não morrereis" (Gn 3:4). As palavras do falso profeta identificavam sua fonte. O verdadeiro profeta devia saber que, se ele próprio tinha de fato sido enviado pelo Senhor, então o anjo que falou por meio do profeta de Betei era um mensageiro de Satanás.Mentiu-lhe. Satanás é mentiroso e enganador, e os filhos de Deus devem estar aptos a reconhecê-lo em seus ardis enganosos. |
1Rs.13:19 | 19. Voltou ele. Um mensageiro de Deus não pode voltar do caminho que Deus lhe indicou; deve continuar fiel a Ele. O profeta tinha recebido instruções de Deus e, por duas vezes, as apresentou como razões para recusar dar ouvidos a um convite contrário (v. 8, 9, 16, 17). Ao ir contra as instruções divinas diretas, colocou-se no terrenodo inimigo, onde o Senhor não podia estar com ele. |
1Rs.13:20 | 20. A palavra do Senhor. Nessa ocasião, Deus falou por meio do falso profeta ao profeta verdadeiro. O homem de Deus percebeu seu erro com as palavras transmitidas por um emissário de Satanás. Depois de o homem de Deus ter desobedecido à ordem expressa do Senhor, Deus permitiu que seu erro fosse declarado por um homem que tinha consentido ser usado como um mensageiro do mal (ver PR, 106). |
1Rs.13:21 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:22 | 22. Teu cadáver. Para os hebreus era importante ser sepultado no sepulcro da família. Esse privilégio foi negado ao profeta desobediente. A árvore do mal produziu uma colheita precoce e segura. Devido á desobediência, o profeta de Deus se colocou no terreno do inimigo, onde não tinha a presença nem a proteção divina. |
1Rs.13:23 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:24 | 24. Um leão o encontrou. Profetas com frequência encontram leões, mas enquanto estiverem ocupados no serviço de Deus não têm razão para temer. Ninguém tem mais razões para ser ousado ou corajoso do que um mensageiro que é obediente às ordens do Senhor. Para ele são as promessas: "Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século" (Mt 28:20); "Não temas, pois, porque sou contigo” (Js 43:5). Daniel foi lançado na cova dos leões, mas eles não tiveram poder sobre o servo de Deus, pois o Senhor estava com ele. A explicação para isso foi sua inocência (Dn 6:22). O profeta desse relato não pôde dar o mesmo testemunho de si. |
1Rs.13:25 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:26 | 26. Foi rebelde. Em um momento, o homem de Deus cumpria uma missão, no outro, seu cadáver jazia à beira do caminho. A desobediência a Deus foi a causa de sua morte repentina e sem glória. O rápido castigo foi mais um testemunho ao rei e ao povo de Israel de que a obediência às ordens do Senhor é o único caminho seguro. Na destruição do altar, no braço seco do rei e na morte repentina do profeta que tinha idocontra as ordens do Senhor, a nação pôde comprovar o desagrado divino e Seu propósito de deixar claro a Israel que o caminho da desobediência leva a dor e morte. |
1Rs.13:27 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:28 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:29 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.13:30 | 30. No seu próprio sepulcro. Talvez como sinal de remorso e compaixão pessoal pela vítima de seu engano. Na Palestina, com frequência o sepultamento era feito em túmulos na rocha, onde os familiares podiam ser enterrados juntos.Irmão meu! O verdadeiro profeta foi identificado com o falso, como a religião verdadeira de Yahweh foi identificada com a nova religião idólatra de Jeroboão. Provavelmente essa tenha sido apenas mais uma tentativa de confundir a mente do povo para que não percebesse a seriedade do assunto em questão. A desobediência do profeta fomentou a impiedade. |
1Rs.13:31 | 31. Junto aos ossos dele. Isto é, "coloquem meu corpo ao lado do dele. Fomos irmãos em vida, seremos irmãos na morte". Os ossos de ambos os profetas foram encontrados pelo rei Josias quando profanou o altar em Betei, queimando nele ossos humanos dos sepulcros, mas os ossos dos dois profetas não foram tocados (2Rs 23:17, 18). |
1Rs.13:32 | 32. Certamente se cumprirá. A profecia não era condicional. A mensagem de advertência foi dada por amor e misericórdia, para salvar o reino de Israel da condenação que seu mau proceder inevitavelmente traria. |
1Rs.13:33 | 33. Não deixou. Uma advertência foi dada, porém rejeitada. O rei persistiu no mau caminho a despeito da profecia de condenação. Dali em diante, não podería culpar a ninguém a não ser a si mesmo pelos resultados de suas escolhas. |
1Rs.13:34 | 34. Destruí-la. A casa de Jeroboão, que devia ser segura, logo perecería. Quando jeroboão rejeitou a advertência divina e persistiu em sua má conduta, sentenciou sua própria casa à ruína. O pecado não perdurará para sempre (ver Is 1:28; ver também SI 34:16; 37:9).Capítulo 14~ Vai e diz.e a Jeroboão: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Porquanto te levantei do meio do povo, e te (iz príncipe sobre o Meu povo de Israel,Mim de todo o seu coração, para fazer somente o que parecia reto aos Meus olhos;arrancará a Israel desta boa terra que dera a seus pais e o espalhará para além do Eufrates, porquanto íez os seus postes-ídolos, provocando o Senhor á ira. |
1Rs.14:1 | 1. Abias. Este fato é mencionado para mostrar a persistência de Jeroboão em sua má conduta e os juízos que cairiam sobre ele e sua casa como resultado disso. O nome de seu íilho, Abias, significa “Yahweh é meu pai’’, e talvez seja um indício de que, quando a criança nasceu, Jeroboão não tinha o objetivo de abandonar o culto a Yahweh. É interessante o fato de o nome do filho de Roboão também ser Abias (v. 31; 2Cr 12:16). 'Talvez seja mais do que coincidência, pois o nascimento dos dois aconteceu aproximadamente ao mesmo tempo, quando Jeroboão tinha o favor de Salomão. |
1Rs.14:2 | 2. Siló. Esta cidade foi o lugar de adoração por 300 anos, desde a época em que a arca foi colocada ali após a conquista (Js 18:1) até que os filisteus a levaram (lSm 4:4, 11). Acredita-se que nessa época Siló também fora destruída (ver Jr 7:12; PR, 415, 416). Contudo, a cidade era o lar do velho profeta Aías, cego, que disse a Jeroboão que ele seria rei (lRs 11:29-31). Siló estava no território de Israel, a uns 16 km ao sul de Siquém. Sendo assim, é evidente que a despeito da nova idolatria em Betei e Dã, Deus ainda considerava Israel como Seu povo escolhido, a quem Seus profetas deviam ministrar e para o qualesse ministério era de crucial importância. Oiiando Jeroboão quis uma mensagem de Deus, sabia que podia obtê-la do profeta Aías. Disfarçada como uma mulher do povo, a esposa de jeroboão foi enviada para falar com o profeta. |
1Rs.14:3 | 3. Leva contigo. Este era o costume da época (ISm 9:7, 8). Toda pessoa que ia ao encontro de um profeta deveria levar-lhe um presente, ainda que insignificante. Era um sinal de apreço e respeito.Bolos. Provavelmente de um tipo perecível. |
1Rs.14:4 | 4. Tinham escurecido. Do heb. qamu. A mesma palavra é traduzida como “os seus olhos tinham cegado" (em ISm 4:15). Mesmo profetas de Deus estão sujeitos às a li i ç õe s h u m a nas. |
1Rs.14:5 | 5. O Senhor disse. A esposa de Jeroboão quis enganar o profeta, mas Deus iluminou a mente dele. O conhecimento do profeta acerca das circunstâncias da visita foi uma evidência clara a Jeroboão de que a mensagem vinha direto do Senhor. |
1Rs.14:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.14:7 | 7. Dize a jeroboão. Antes, Aías tinha sido enviado a Jeroboão com a alegre mensagem de que ele seria rei e de que, se fosse liei, o Senhor estaria com ele e lhe daria uma casa estável (lRs 11:38). No entanto, Jeroboão não obedeceu aos mandamentos do Senhor; ele pecou gravemente a conduziu Israel ao pecado. Num momento em que o rei buscava de Deus uma palavra de esperança, mereceu apenas uma mensagem de reprovação. |
1Rs.14:8 | 8. Da casa de Davi. jeroboão tinha diante de si o exemplo da vida inconstante de Salomão. De fato, tinha recebido o reino porque ele tinha sido tirado do filho de Salomão, Roboão. Portanto, Jeroboão não tinha desculpas perante Deus e todo Israel. |
1Rs.14:9 | 9. Pior do que todos. A linguagem é forte, mas não em excesso. Houve pecadores dentre os líderes de Israel antes dos dias de Jeroboão, mas nenhum como Jeroboão comsuas flagrantes iniquidades. Jeroboão repudiou o Deus que lhe dera o reino e serviu a outros deuses. Menosprezou as advertências que havia recebido. A herança de Deus foi colocada em suas mãos como um depósito sagrado, mas ele não foi fiel. O povo de Israel foi conduzido ao pecado de forma deliberada, encorajado a dar as costas ao Senhor, que o libertou do Egito e lhe deu a terra prometida. |
1Rs.14:10 | 10. Eliminarei. Todos os homens da família de jeroboão deviam ser mortos, para que sua casa perecesse. Isso foi feito por Baasa (lRs 15:28, 29). A frase usada para indicar os do sexo masculino era urna expressão comum da época, do tempo de Davi (ISm 25:22, 34), Baasa (lRs 16:11) e Acabe (IRs 21:21; 2Rs 9:8), e é um termo depreciativo aplicado a homens destinados à destruição completa.Tanto o escravo como o livre. O significado desta frase não é claro, mas é usada em relação ao termo depreciativo aplicado aos do sexo masculino a ser eliminados (lRs 21:21; 2Rs 9:8), em tempos de calamidade ou adversidade (Dt 32:36; 2Rs 14:26). A expressão parece ser idiomática e muitos significados foram atribuídos a ela: (1) casado e solteiro, (2) escravo e livre, (3) precioso e vil, e (4) jovens e de idade. |
1Rs.14:11 | 11. Os cães o comerão. (3 mesmo juízo terrível foi pronunciado sobre outros que pecaram de forma deliberada (lRs 16:4; 21:24). No antigo Oriente, era comum que os cães se alimentassem de carniça e, com frequência, devoravam os corpos insepultos dos mortos. |
1Rs.14:12 | 12.0 menino morrerá. Não era urna mensagem de consolo para o coração entristecido de uma mãe ou para um pai ansioso pela cura de seu filho. A morte do menino devia ser para jeroboão um símbolo da condenação de sua casa, que, caso continuasse a andar nos maus caminhos, seria destruída por completo. Talvez a morte desse filhotocasse fundo no coração do rei para trazê- lo de volta à razão e a Deus. |
1Rs.14:13 | 13. Coisa boa. Em vista dos juízos iminentes, permitir a morte desse filho era um ato de misericórdia divina. Deus viu o que havia de bom nesse jovem e agiu com ele de acordo com essa bondade. Há algo especialmente tocante nesse anúncio da morte como a única recompensa possível, tendo em vista os j uízos vindouros. Há casos em que mesmo a morte é uma bênção para o justo. |
1Rs.14:14 | 14. Uni rei. Este rei era Baasa, que matou Nadabe, o filho de Jeroboão, e eliminou todos os da casa de Jeroboão (lRs 15:28, 29).Há de ser já. O juízo não tardaria. O dia da retribuição já havia chegado, e todos os que discerniam os sinais dos tempos deviam saber que o pior viria. O pensamento é semelhante ao que declarou Jesus: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder” (Lc 12:49). |
1Rs.14:15 | 15. Além do Eufrates. Aqui é predito o cativeiro. No entanto, o pronunciamento do juízo era condicional e seria cumprido somente se a nação não se arrependesse (Jr 18:7, 8).Postes-ídolos. Do heb. 'asherim. Ver com. de Êx 34:13; Dt 7:5; Jz 6:25. As religiões nativas da Palestina exaltavam a fertilidade. Esse culto consistia na adoração de divindades femininas e masculinas e envolvia as mais vulgares imoralidades. Postes-ídolos, lugares altos ou colunas eram símbolos da divindade feminina, conhecida como Aserá, e com frequência eram encontrados junto aos baalins, que eram deuses masculinos. Gideão derrubou o altar de Baal e cortou o poste-ídolo que estava junto dele (Jz 6:25-30). O povo de Deus estava expressamente proibido de plantar qualquer árvore a Aserá junto ao altar do Senhor (Dt 16:21). Os israelitas foram levados cativos porque “fizeram um poste-ídolo” e "serviram a Baal” (2Rs 17:16). Manassés desagradou ao Senhor porque “tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai,havia destruído, e levantou altares a Baal, e fez um poste-ídolo como o que fizera Acabe, rei de Israel” (2Rs 21:3). Josias derrubou “o altar que estava em Betei”, que Jeroboão tinha feito, e "queimou o poste-ídolo” (2Rs 23:15). |
1Rs.14:16 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.14:17 | 17. Tirza, jeroboão deve ter mudado a capital de Siquém para Tirza, que continuou como a capital de Israel até que Onri fundou Samaria (lRs 16:23, 24). |
1Rs.14:18 | 18. Sepultaram-no. A menção da morte e do sepultamento do filho de jeroboão, Abias, encerra o relato detalhado do reinado de Jeroboão. Houve muitos outros acontecimentos, como a guerra entre Jeroboão e Abias, de Judá (2Cr 13:2-20), mas o narrador de Reis não comenta nada a esse respeito. De todo o material disponível, ele selecionou uma informação: a doença e a morte de Abias, a fim de destacar a lição do juízo sobre a casa de Jeroboão, que conduziu Israel ao pecado. |
1Rs.14:19 | 19. Quanto aos mais atos. Esta é uma fórmula regular para encerrar os relatos dos reinados dos monarcas. Sempre havia outros assuntos concernentes aos reis além dos selecionados, no caso de Jeroboão “como guerreou e corno reinou”. Essas informações podem ser encontradas nos registros oficiais: “no Livro da História dos Reis de Israel”'. |
1Rs.14:20 | 20. Vinte e dois anos. Este número representa os anos oficiais de reinado. A duração real foi de 21 anos. No método de cálculo usado pelos reis de Israel nessa época, o restante do ano-calendário durante o qual um rei subia ao trono era definido como o primeiro ano desse rei, ao passo que a parte anterior desse ano já tinha sido atribuída ao rei precedente como o seu último ano (ver com. de lRs 15:28).Em seu lugar. A referência ao sucessor é o último assunto na fórmula regular usada a partir daqui para encerrar o relato de cada rei (ver com. de lRs 11:43). |
1Rs.14:21 | 21. Reinou em Judá. Esta declaração ilustra como o reinado dos monarcas éintroduzido na fórmula oficial. Já se apresentou o relato da visita de Roboão a Siquém para sua coroação e de sua rápida retirada para Jerusalém devido à rebelião das tribos do norte (1 Rs 12:1-24). Em seguida está o relato do reinado de Jeroboão (12:25-14:20) e, então, vem o registro do reinado de Roboão após a introdução oficial. Os relatos dos reis tanto de Judá quanto de Israel por um período até o surgimento de Elias (17:1) são breves. No entanto, em 2 Crônicas 11:1—16:14 há mais informações.Quarenta e um anos de idade. Portanto, ele deve ter nascido antes de seu pai Salomão ter subido ao trono, visto que Salomão reinou por 40 anos (iRs 11:42).Dezessete anos. Estes foram anos oficiais, mas nesse caso também eram reais. O sistema de cálculo em Judá era diferente do de Israel (ver com. do v. 20). Em Judá, o restante do ano durante o qual um rei subia ao trono não era tido como seu primeiro ano. O primeiro ano oficial de seu reinado era contado do início do ano-calendário seguinte.Naamá era o nome de sua mãe, amo- nita. E curioso que a sucessão do trono tenha passado para o filho de uma esposa anterior á que era, provavelmente, a principal rainha de Salomão, a filha do faraó. A referência à rainha mãe é comum nos registros reais. |
1Rs.14:22 | 22. Fez Judá o que era mau. O principal tema dos relatos em Reis parece ser tornar manifesto o papel que cada indivíduo desempenhou na história religiosa do reino. No caso de alguns reis, a informação é de que foi o governante quem procedeu mal (2Rs 17:2; 21:2, 20; 23:32, 37; 24:9, 19), mas, no caso de Roboão, o registro declara que “fez judá o que era mau’’. A apostasia em Judá era evidentemente a colheita da semente ruim semeada pelo mau exemplo de Salomão, sob cuja idolatria cresceram os jovens da nação. Roboão era fraco e vacilante e não tomou iniciativa em repreender o povo quando este fez o que era mal. |
1Rs.14:23 | 23. Estátuas. Do heb. matseboth, literalmente “colunas”. Havia repetidas ordens para destruir as colunas erigidas pelos cananitas, bem como para cortar e queimar seus pos- tes-ídolos (Êx 23:24; 34:13; Dt 7:5; 12:3; ver com. de Dt 16:22). As colunas erigidas por Jacó (Gn 28:18; 31:13; 35:14) não eram objetos de culto (ver com. de Gn 28:18). |
1Rs.14:24 | 24. Prostitutos-cultuais. Do heb. qadesh, prostitutos do templo, os “sodomi- tas” (AA). Realizavam seu abominável ofício com sanção religiosa. Devido à prática de tais abominações os antigos habitantes da terra foram expulsos e, então, o povo de judá estava fazendo o mesmo (ver 1 Rs 15:12; 2Rs 23:7). |
1Rs.14:25 | 25. Sisaque. Conhecido na história egípcia como Sheshonk I, ele foi o fundador da 22a dinastia. Fez sua famosa incursão contra Judá no quinto ano de Roboão. Esse registro é confirmado de forma notável pela famosa inscrição de Karnak, que enumera as conquistas de Sheshonk e lista as cidades conquistadas em sua campanha. Dos lugares que podem ser identificados, muitos estão dentro das fronteiras de Israel, principalmente na planície de Esdraelom, como Taanaque, Megido, Bete-Seã, Suném e outros. Socó e Arade são as únicas cidades mais conhecidas de Judá cujos nomes puderam ser identificados. Alguns creem que na época desse ataque, as cidades acima citadas de Israel tinham sido capturadas e eram governadas por Roboão, e, por isso, jeroboão pediu a seu antigo protetor que as resgatasse. E mais provável que Sisaque estivesse ressentido com Jeroboão, que pode não ter cumprido promessas feitas antes de se tornar rei de Israel. O fragmento de uma esteia encontrada na escavação de Megido indica que Sisaque considerou essa cidade como conquistada e não como livrada. |
1Rs.14:26 | 26. Os tesouros. E um fato triste o saque dos tesouros do templo, que Davi e Salomão reuniram com esforço e que eram a glória de todo o Israel. Essa tristeexperiência, no entanto, foi somente um vislumbre de dias piores então por vir. |
1Rs.14:27 | 27. Escudos de bronze. O fato de os escudos de bronze terem sido entregues nas mãos dos capitães da guarda indica que os escudos de ouro eram usados apenas em ocasiões especiais. |
1Rs.14:28 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.14:29 | 29. Livro da História. A referência a esta fonte original dos reis de Judá constitui outro item da fórmula oficial que encerra o relato de cada rei. Este volume é citado constantemente desse ponto em diante na história de judá (ver 1 Rs 15:7, 23; 22:45, 46; 2Rs 8:23; 12:19; 14:18; 15:6, 36; 16:19; etc.). |
1Rs.14:30 | 30. Houve guerra. Não se preservou nenhum relato específico dessa guerra. Referências a detalhes como esses, não mencionados em outra parte em relação ao registro em Reis, com frequência aparecem na última frase sobre determinado rei.O nome de sua mãe. No v. 21 está uma referência à rainha mãe. O lugar comum para essa menção é na frase que introduz o relato do reinado do monarca. Este é o único exemplo em que tal informação aparece como parte da conclusão de um registro real.Capítulo 15ordenara, em todos os dias da sua vida, senão no caso de Urias, o heteu.Baasa a edificara; com elas ecíificou o rei Asa a Geba de Benjamim e a Mispa. |
1Rs.14:31 | "31. Roboão descansou. Ver com. de 1 Rs 11:43.
O nome de sua mãe. No v. 21 está uma referência à rainha mãe. O lugar comum para essa menção é na frase que introduz o relato do reinado do monarca. Este é o único exemplo em que tal informação aparece como parte da conclusão de um registro real." |
1Rs.15:1 | 1. No décimo oitavo ano. Na Antiguidade quase todas as nações tinham seu próprio calendário e registravam as datas relativas às nações estrangeiras com base em seus próprios métodos de computo. Hoje, expressamos todas as datas antigas, original mente registradas em diferentes calendários, com base no calendário moderno e na escala de anos a.C. No período das monarquias hebraicas os anos não eram enumerados numa série contínua (como o ano 2012 representa o 2012° ano da era cristã). Eles eram enumerados pelos reinados de cada monarca. Sendo assim, em |udá, o ano em que Abias começou a reinar foi chamado de 18° ano de Jeroboão, rei de Israel. Essa é a primeira de muitas declarações cronológicas que mostram a relação entre os reinados das duas monarquias hebraicas. A partir dessa relação, parece evidente que os livros dos Reis registram as datas referentes à ascensão de um rei de Judá de acordo com o sistema de computo usado em Judá, e aquelas referentes a um rei de Israel segundo o sistema israelita. Visto que a declaração neste versículo é um registro a respeito do reinado de um monarca de judá, a menção do 18° ano de Jeroboão nesse caso significaria o 18° ano de seu reinado conforme o computo de Judá, e não necessariamente o 18° ano tal como o próprio Jeroboão o computava (ver p. 129). |
1Rs.15:2 | 2. Filha. Talvez a neta, pois de acordo com 2 Crônicas 13:2, a mãe de Abias, chamada ali de Micaía, era filha de “Uriel de Gibeá". E bem provável que o “Absalão” desta passagem e de 2 Crônicas 11:20, seja o filho rebelde de Davi, cuja mãe também se chamava Maaca (2Sm 3:3). Absalão teve apenas uma filha, Tamar (2Sm 14:27), que provavelmente se casou com Uriel. Das “dezoito esposas e sessenta concubinas” de Roboão, Maaca era a favorita, e de todos os 28 filhos que ele teve, Abias foi o escolhido para o reino (2Cr 11:21, 22). |
1Rs.15:3 | 3. Todos os pecados que seu pai havia cometido. Apesar de ter seguido as práticas idólatras de seu pai, Abias foi defensor do templo de Jerusalém e do culto a Yahvveh, reprovando os israelitas por sua adoração aos bezerros de ouro (2Cr 13:4-12). |
1Rs.15:4 | 4. Uma lâmpada. Isto é, sua descendência. “Por amor a Davi” refere-se à promessa do Senhor a Davi, em 2 Samuel 7:12 a 16. |
1Rs.15:5 | 5. No caso de Urías. Esta é a única passagem em que se encontra essa exceção no louvor a Davi. Em muitos dos manuscritos da LXX não existe referência a Urias. |
1Rs.15:6 | 6. Houve. Este versículo, que repete a declaração de 1 Reis 14:30, não é encontrado em vários dos manuscritos da LXX. |
1Rs.15:7 | 7. Entre Abias e Jeroboão. Em 2 Crônicas 13:3 a 20, há um relato da guerra. O autor de Reis toca de forma superficial nos assuntos militares, omitindo por completo várias informações descritas em detalhes nos livros das Crônicas. |
1Rs.15:8 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.15:9 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.15:10 | 10. Era o nome de sua mãe Maaca. Os judeus, segundo um costume oriental, chamam de pai qualquer ancestral masculino, ainda que distante, e de mãe qualquer ancestral feminino (ver Gn 3:20; 10:21; 17:4; 36:43; etc.). Maaca era mãe de Abias (lRs 15:2) e, portanto, a avó de Asa. Ela é chamada de “rainha” (lRs 15:13), indicando que ocupava a posição honrada de rainha-mãe da corte, e que ainda lhe tratavam com respeito. |
1Rs.15:11 | 11. O que era reto. O reinado de Asa foi um ponto decisivo na história de fudá. Os profetas Azarias e Hanani (2Cr 15:1, 2; 16:7) instruíam o rei em seus esforços de seguir o caminho do Senhor. O relato de Reis dá apenas algumas informações desse reinado interessante, descrito com detalhes em Crônicas (2Cr 14:1-16:14). |
1Rs.15:12 | 12. Tirou. E evidente que ele não teve êxito completo em sua tentativa de eliminar os sodomitas da terra, pois seu filho Josafá concluiu essa tarefa (lRs 22:46). |
1Rs.15:13 | 13. Imagem. Do heb. mifletseth. Esta palavra aparece apenas aqui e na passagem paralela em 2 Crônicas 15:16. Ela indica algo horrível e espantoso. Talvez represente uma imagem obscena particularmente monstruosa. O ato cie Maaca de fazer um ídolo desses foi considerado tão ofensivo que foi retirada de sua elevada posição na velhice, sendo o ídolo queimado publicamente. |
1Rs.15:14 | 14. Os altos. Asa fez um esforço sincero de remover "os altares dos deuses estranhos e o culto nos altos” e de eliminar da terra os lugares de corrupção religiosa (2Cr 14:3-5), mas não teve êxito completo nessa tentativa. |
1Rs.15:15 | 15. Trouxe. Tanto Abias quanto Asa se esforçaram para restituir os tesouros do templo levados por Sisaque durante o reinado de Roboão (1 Rs 14:26). |
1Rs.15:16 | 16. Entre Asa e Baasa. Durante os primeiros dez anos do reinado de Asa, a terra teve paz (2Cr 14:1, 6). No seu 15° ano, ele obteve grande vitória sobre os exércitos invasores de Zerá, o etíope (2Cr 14:9-15; cf. 2Cr 15:10). E provável que tenha sido depois disso que começaram as hostilidades contra Baasa, de Israel. |
1Rs.15:17 | 17. Edíficou a Ramá. Após a grande vitória de Asa sobre Zerá, muitos estrangeiros aderiram a ele: “os de Efraim e Manassés e Simeão que moravam no seu meio, porque muitos de Israel desertaram para ele, vendo que o Senhor, seu Deus, era com ele” (2Cr 15:9). Para impedir que seus súditos se fossem com Asa, Baasa fortificou Ramá, uma cidade em Benjamim cerca de 9,5 km ao norte de Jerusalém, próxima à fronteira entre Israel e Judá, numa tentativa de controlar a fronteira. |
1Rs.15:18 | 18. Ben-Hadade. Este era Ben-EIadade 1. Houve um Ben-Hadade II, que foi. contemporâneo de Acabe (TRs 20:1, 34), e um Ben- Hadade III, filho de Hazael, contemporâneo de joás (2Rs 13:24, 25).Heziom. Talvez o mesmo que, ou o pai de, Rezom, inimigo de Salomão (IRs 11:23).No curto período de Salomão até Asa, a Síria deve ter se tornado um magnífico poder militar. Com os tesouros do templo, Asa buscou comprar a ajuda de Ben-Hadade contra Baasa. Foi encontrado um interessante monumento de pedra de um rei chamado Ben-Hadade, identificado por alguns como sendo esse rei, com seu retrato e uma inscrição em aramaico. |
1Rs.15:19 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.15:20 | 20. Cidades de Israel. As cidades atacadas estavam no norte, perto das fronteiras da Síria. Ijom estava provavelmente no vale entre o Líbano e o Antilíbano, a oeste do monte Hermom. Dã ficava 38 km ao norte do mar da Galileia. Abel-Bete-iVIaaca ficava a 38 km de Dã, e Quinerete ficava às margens do mar de Quinerete (Galileia). A terra de Naftali, a área onde estava situada a maior parte das cidades mencionadas, ficava ao norte do mar da Galileia. Parece que a Síria dominou essas cidades pelo menos até a época de Acabe, conforme 1 Reis 20:34 (ver mapa p. 911). |
1Rs.15:21 | 21. Deixou de edificar a Ramá. O proceder de Asa, embora tenha tido êxito imediato em seu propósito de se livrar da ameaça de Baasa, não foi sábio nem correto. Asa devia ter confiado mais uma vez no Senhor como tinha feito quando Zerá, o etíope, invadiu a terra (2Cr 14:9-15). Apesar das dificuldades em que se encontrava, Asa não tinha o direito de usar os tesouros do templo do Senhor para conseguir ajuda de um rei pagão. O profeta Hanani o repreendeu por isso, mas Asa se irois e o colocou na prisão (2Cr 16:7- 10). Isaías, mais tarde, repreendeu Israel por depender do Egito e não de Deus (Is 30:1-17). |
1Rs.15:22 | 22. Com elas edíficou. Asa havia fomentado uma vigorosa política militar, construindo postos fortificados onde podiam ser necessários e fazendo "muros, torres, portas e ferrolhos” (2Cr 14:6, 7). Depois de Baasa ter renunciado a seus esforços em Ramá, a atual er-Râm, em Benjamim, Asa escolheu um lugar mais forte 2,8 km ao leste,Geba, atual Jebá, que ficava no topo de uma No tempo de sua velhice. De acordo colina, dominando o vale ao norte, e outro com 2 Crônicas 16:12, isso foi no 39° anolugar, Mispa, identificado por alguns com o de seu reinado.leü en-Natsheh, 5,6 km ao noroeste de Geba. Os materiais reunidos por Baasa para fortificar Ramá foram usados por Asa para fortificar Mispa e Geba. Mispa deve ter sido um lugar forte e importante, pois foi escolhida por Gedalias, governador de judá apontado por Nabucodonosor, como a sede de onde governava a Estrada Real desde Siquém e Samaria até Jerusalém (Jr 41:1-5). |
1Rs.15:23 | 23. Aos mais atos de Asa. Alguns deles estão registrados em Crônicas. Os mais importantes são a guerra contra Zerá, o etíope, sua comemoração cio grande festival em Jerusalém no seu 15° ano, a prisão de Hanani, o profeta, a forma como oprimiu alguns do povo, e como recorreu a médicos e não ao Senhor por ocasião de sua doença final. |
1Rs.15:24 | 24. Josafá. Segundo o sistema cronológico adotado por este Comentário, Josafá reinou com Asa por um período antes da morte de seu pai. Por certo, a saúde debilitada de Asa fez com que compartilhasse o trono com o filho para que este o ajudasse nas responsabilidades do estado. |
1Rs.15:25 | 25. No ano segundo. De acordo com o computo israelita; mas o primeiro, de acordo com o cálculo do próprio Asa (ver com. do v. 1). As informações cronológicas dos reis que introduzem os relatos de seus reinados estão, em geral, dispostas de acordo com a sequência de suas ascensões ao trono. E por isso que o reinado de Nadabe é apresentado depois do reinado de Asa, e não o de Josafá, o sucessor de Asa. Estas são as sucessões:Abias, em Judá I Reis 1 5:1, 2Asa. em JudáNiadabe, cm IsraelOs demais reinos registrados em 1 Reis ocorrem na seguinte ordemBaasa, em Israel 1 Reis 15:28, 33Elá, em Israel 1 Reis 16:8Zinri. em Israel 1 Reis 16:10Onri, em Israel i Reis 16:23Acabe, em Israel Reis 16:29Josafá, em judá 1 Reis 22:41,42Aea/ias, em Israel 1 Reis 22:51Deve-se notar que todos esses reinados estão dispostos em perfeita ordem de sucessão cronológica. Assim, o reinado de josafá não é apresentado até que o reino de Acabe tenha sido dado, uma vez que foi no 4° ano de Acabe que josafá começou a governar; e Acazias não é apresentado antes de Josafá, visto que foi no 17° ano de josafá que Acazias começou a reinar. Isso mostra como os livros dos Reis estão dispostos em torno de uma estrutura de dados cronológicos. |
1Rs.15:26 | 26. Fez o que era mau. Este é o único registro com respeito ao reinado de Naclabe. |
1Rs.15:27 | 27. Da casa de Issacar. Baasa provinha de uma tribo obscura, que não teve projeção em nenhum momento da história hebraica.Gibetom. Cidade levítica do território que em princípio foi atribuída a Dâ (Js 19:44; 21:23). Estava na região de Sefelá (ver com. de Js 19:44). Muitas cidades dessa área fronteiriça ora eram possessões dos hebreus, ora dos filisteus. A cidade estava então nas mãos dos filisteus, e 24 anos depois ainda era deles (1 Rs 16:15). |
1Rs.15:28 | 28. No ano terceiro de Asa. Nadabe começou a reinar no segundo ano de Asa(v. 25) e foi morto por Baasa no terceiro ano de Asa, após ura reinado de dois anos (v. 25). Isso foi possível porque o reinado de Nadabe foi computado segundo um sistema no qual o último ano de Jeroboão também foi computado como o primeiro ano de Nadabe, e todo o ano seguinte no qual reinou Nadabe foi considerado seu segundo ano. Posto que tenha reinado durante partes dos dois anos, se diz que ele reinou dois anos (ver p. 120, 121; também PR, 109). |
1Rs.15:29 | 29. Matou toda a descendência. Ver com. de IRs 16:12. Baasa fez isso para sua própria segurança, cumprindo assim a profecia de Aías (IRs 14:7-11). |
1Rs.15:30 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.15:31 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.15:32 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.15:33 | 33. Tirza. Esta cidade, que tinha sido a capital de Jeroboão (IRs 14:17), continuou a ser a capital de Israel sob o governo da casa de Baasa, até o reinado de Onri (16:23). Havia sido uma cidade real cana- neia (js 12:24) e era famosa por sua beleza, assim como Jerusalém (Ct 6:4).Vinte e quatro anos. Isto é, 24 anos segundo o computo inclusivo (ver com. do v. 28), pois ele começou seu reinado no terceiro ano de Asa e reinou até o 26° ano deste rei (1 Rs 16:8).Capítulo 16de Hananí, contra Baasa, dizendo: príncipe sobre o Meu povo de Israel, e tens andadono caminho de Jeroboão e tens leito pecar a Meu povo de Israel, irritando-Me com os seus pecados,I 2 Assim, exterminou Zinri todos os descendentes de Baasa, segundo a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Jeú, contra Baasa,estava acampado contra Gibetom, que era dos filisteus.rei de Juclá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel, em Samaria, vinte e dois anos. |
1Rs.15:34 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:1 | 1. Filho de HananL Hanani profetizava para Asa, no reino de Judá (2Cr 16:7- 10). Seu filho, Jeú, é enviado pelo Senhor com uma mensagem para Baasa, de Israel. Nessa época, ele devia ser jovem, pois aparece reprovando Josafá depois da morte de Acabe (2Cr 19:2) e escreve as crônicas do reinado de josafá (2Cr 20:34). |
1Rs.16:2 | 2. Tens feito pecar a Meu povo. Esta mensagem de reprovação para Baasa é semelhante à mensagem de Aías para Jeroboão (1Rs 14:7-11). Aqui a expressão “do pó”, que não ocorre em 14:7, parece indicar que Baasa não tinha nenhum dos antecedentes de nobreza ou riqueza, que de certo modo adequaram Jeroboão para seu elevado posto. Baasa, porém, foi tirado da classe mais humilde do povo. |
1Rs.16:3 | 3. Farei à tua casa. Baasa foi o instrumento para eliminar a casa de Jeroboão. Portanto, certamente compreendeu bem a terrível sorte que estava reservada para ele se seguisse os passos desse rei. O arrependimento podia ter evitado até certo ponto a terrível condenação. As mensagens divinas de juízo são, com frequência, advertências do destino irrevogável do transgressor, se persistir no seu mau caminho. Deus deseja salvar e não destruir. |
1Rs.16:4 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:5 | 5. Quanto aos mais atos. Baasa governou por 24 anos e sem dúvida havia muitas informações importantes nos registros oficiais que poderíam ter sido selecionadas paraapresentar um relato abrangente de seu reinado. Porém, o autor de Reis não relatou nada disso, mas afirmou que tudo está escrito no “Livro da História dos Reis de Israel”. O que mais lhe preocupa é a postura adotada pelos reis com respeito a Yahweh e Seu propósito para Israel, e a influência que isso teria sobre a história do povo escolhido de Deus. A nação prosperaria ou declinaria? Ela permanecería para sempre ou seria arruinada? As respostas a essas perguntas dependiam da atitude do rei e do povo para com Deus. |
1Rs.16:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:7 | 7. Do profeta. A primeira vista, este versículo pode parecer fora de lugar. O registro oficial do reinado de Baasa foi concluído pela declaração no versículo anterior acerca de sua morte e seu sepultamento e da ascensão de seu filho. No entanto, o relato remonta novamente ao reinado de Baasa e se refere mais uma vez à mensagem de Jeú contra Baasa e sua descendência. Essa declaração adicional talvez tenha sido feita com o propósito de ressaltar a perversidade dos pecados de Baasa.Como a casa de Jeroboão. Baasa tinha exterminado a casa de Jeroboão, mas ele próprio não era melhor do que Jeroboão. Ele trilhou os mesmos caminhos maus que resultaram no castigo contra a casa que ele destruira. |
1Rs.16:8 | 8. Dois anos. Dois anos segundo o computo inclusivo. Elá começou a reinar no 26° ano de Asa e terminou seu reinado no 27° ano de Asa (v. 10; ver com. de LRs 15:28). |
1Rs.16:9 | 9. Conspirou. Isto mostra o baixo nível moral a que chegou Israel. Zinrí tinha uma posição de confiança no exército de Elá, mas provou ser infiel e se voltou contra o rei, cujo trono devia proteger. Prevaleceu o interesse próprio, e, como consequência, outro assassinato de um rei surgiu no registro. Não pode haver paz, nem segurança, nem tranquilidade quando o povo e seu rei pisam a lei de Deus e se recusam a moldar a vida segundo a imagem divina.Bebendo e embriagando-se. A embriaguez é um mal que leva as nações à ruína. Quando se dão ao vinho, os governantes negligenciam os assuntos do estado e a nação sofre. “Não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos" (Pv 31:4, 5). |
1Rs.16:10 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:11 | 11. Seus amigos. Estas palavras indicam medidas severas incomuns. Não só foram todos os membros da família real eliminados, como também todos os amigos, incluindo, provavelmente, os conselheiros e oficiais do estado. Não é de se surpreender que a nação não fosse bondosa com um rei desses, principalmente com Onri, que, como oficial do exército a serviço do rei teria razão para temer por sua própria segurança. Os que colocam outros em perigo, colocam a si mesmos. |
1Rs.16:12 | 12. Segundo a palavra do Senhor. Com frequência, as previsões dos profetas não têm o caráter de decretos divinos; Deus não decreta todos os acontecimentos que prediz. Em outras ocasiões, as palavras dos profetas são pronunciamentos de juízo. Era prerrogativa de Deus declarar a punição a ser dada a um governante ímpio. O castigo era a morte quando a gravidade do pecado o requeria. Ao efetuar o castigo, os executores do decreto divino atuavam como agentes do Céu (ver 2Rs 9:7). Contudo, muitas vezes, eles perseguiam fins egoístas, motivados pordesejo de vingança. Quando isso acontecia, estavam pecando. Sendo assim, os assírios, que executaram o juízo divino, foram, mais tarde, punidos pelas razões egoístas e cruéis que os motivaram (Is 10:5-13). E provável que Zinri tenha ido além do propósito original do juízo proclamado contra a “casa de Baasa” e matado muitos que não mereciam. |
1Rs.16:13 | 13. Os pecados. Isto é, a adoração de ídolos (ver Dt 32:16, 21; ISm 12:10, 21; Jr 8:19). Poucas coisas são tão tolas como fazer ídolos com as próprias mãos e então curvar-se diante deles para adorar. A Palavra de Deus ressalta várias vezes a tolice desse ato (SI 115:4-8; Is 41:21-29; 44:9-20; Jr 10:3-8). |
1Rs.16:14 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:15 | 15. Sete dias. Reinados de menos de um ano de duração em geral são apresentados em termos de dias ou meses (2Rs 15:8, 13; 23:31; 24:8; 2Cr 36:2, 9).Contra Gibetom. Vinte e quatro anos antes, Baasa tinha matado Nadabe enquanto lutava contra Gibetom (lRs 15:27). |
1Rs.16:16 | 16. Onri. Enquanto Elá se embriagava na casa de seu mordomo, em Tirza, foi morto por Zinri (v. 9), e tão logo a notícia chegou ao exército em Gibetom, proclamaram Onri como rei. Esse acontecimento relembra a prática favorita dos exércitos romanos, que, quando recebiam a notícia do assassinato de um imperador em Roma, investiam seu próprio comandante com a púrpura. |
1Rs.16:17 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:18 | 18. A cidade era tomada. O cerco de Tirza deve ter durado pouco, pois todo o reinado de Zinri foi de apenas sete dias (v. 15). Sem dúvida, Onri recebeu ajuda cie dentro da cidade, visto que a tomou quase que imediatamente.Ao castelo. Provavelmente no ponto mais fortificado do castelo, a cidadela. Essa atitude de incendiar o castelo e morrer nas chamas tem vários paralelos na história oriental. |
1Rs.16:19 | 19. Por causa dos pecados. Zinri reinou sobre Israel por apenas sete dias, contudo, recebeu a mesma condenação de reiscom reinados mais longos. Sua morte ilustra a lição que o escritor de Reis tira de toda a história dos monarcas israelitas, de que uma maldição estava sobre eles e a nação por sua persistência no pecado de Jeroboão, que, hnalmente, levou cada casa real a um fim sangrento e vergonhoso. |
1Rs.16:20 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:21 | 21. Dividiu. A morte de Zinri deixou Israel com dois reis, cada um reinando sobre a metade do reino. Como Zinri começou seu curto reinado de sete dias no 27° ano de Asa (v. 10, 15), e Tibni e Onri começaram seus reinados nessa época, ambos começaram a reinar no 27° ano de Asa. |
1Rs.16:22 | 22. Tibni morreu. Não se diz como Tibni governou ou como ele morreu, mas há um significado negativo na breve declaração de que ele morreu e Onri reinou. E evidente que havia uma luta constante entre os dois, que não acabou até Onri ter eliminado seu rival. |
1Rs.16:23 | 23. No trigésimo primeiro ano. Isso evidentemente indica o tempo em que Onri começou a reinar sozinho. Foi constituído rei no 27° ano de Asa (v. 15, 16). Começou seu reinado cinco anos depois, no computo inclusivo (o 31° ano de Asa).Doze anos. Este período criou dificuldade para os cronologistas bíblicos; contudo, é relativamente simples. Os 12 anos compreendem todo o reinado de Onri, não apenas o período quando não tinha rivais, mas também o período quando Tibni governou sobre uma parte do reino. Assim, os anos de Onri começaram no 27° ano de Asa, quando o povo o proclamou rei (v. 15, 16) e terminaram no 38° ano de Asa, quando Onri foi sucedido por seu filho Acabe (v. 29), um período de 12 anos, segundo o computo inclusivo (ver p. 119, 120).Seis anos. Desde o período quando ele começou seu reinado até pouco depois da morte de Tibni. Por um ano, após a morte de seu rival, Tirza continuou a ser a capital de Onri. |
1Rs.16:24 | 24. O monte de Samaría. A ascensão de Onri marcou um novo período de governo estável e de prosperidade para o reino do norte. Enquanto a capital estava em Tirza, a nação passou por um longo período de dis- sensão e intranquilidade. Possivelmente persistiam as sementes de descontentamento em Tirza, o que fez com que Onri decidisse por uma nova capital. O monte de Samaria, 11,6 km a noroeste de Siquém, foi o lugar escolhido. Não podería haver lugar mais perfeito para a capital da nação. Era um lugar de grande beleza, com vistas para o mar e para boa parte do país. Ficava no coração da terra. O monte, com suas ladeiras escarpadas, adaptava-se muito bem para a defesa militar, como demonstrado nos longos cercos enfrentados (IRs 20:1; 2Rs 6:24; 17:5; 18:9, 10). As adjacências eram bem produtivas. No monte havia abundantes fontes de água. Sua história confirmou a sabedoria de seu fundador, pois Samaria continuou sendo a capital de Israel até o fim da história da nação. Escavações no antigo sítio de Samaria datam os níveis mais inferiores da cidade aos dias de Onri. |
1Rs.16:25 | 25. Fez pior. Do ponto de vista humano, Onri foi um bom governante. Ele se esforçou para levar paz e prosperidade a seu país em dificuldades. Seu nome aparece na famosa Pedra Moabita, que registra a ocupação de Moabe por Onri (ver Nota Adicional a 2 Reis 3). Israel se tornou conhecido pelos assírios como “a terra de Onri”, e o próprio Jeú, que eliminou a casa de Onri, é chamado de “filho de Onri”. Contudo, do ponto de vista divino, Onri foi pior que todos os reis ímpios anteriores. Além de ter aceitado a antiga idolatria, ele provavelmente tenha ido mais longe, introduzindo e encorajando o culto ao Baal sidô- nio. Miqueias menciona os “estatutos de Onri” (Mq 6:16), com relação às “obras da casa de Acabe”, como símbolo cie apostasia insensível e sem esperança. |
1Rs.16:26 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:27 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:28 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:29 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:30 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.16:31 | 31. Jezabel. O nome de jezabel se tornaria sinônimo de impiedade. Etbaal, seu pai, era sumo sacerdote de Baal (PR, 114). josefo o chama de sacerdote de Astarte, que matou Feles, rei de 'Firo, fundou urna nova dinastia e reinou sobre Firo por 32 anos (Contra Apion, 1.18). A origem sacerdotal de Jezabel podería explicar a fanática devoção da rainha por difundir a falsa religião em Israel.Rei dos sidônios. Tiro era nessa época a principal cidade da Fenícia (ver com. de Gn 10:15), mas a reputação histórica de Sidom tez com que os reis de Tiro adotassem o título de "rei dos sidônios". Um recipiente de consagração encontrado na ilha de Chipre contém essa inscrição.Baal. Literalmente, "senhor". O nome se refere ao deus da tempestade e aos muitos deuses locais da fertilidade adorados como o princípio produtor da natureza. Acabe passou a promover essa religião corrupta. |
1Rs.16:32 | 32. Na casa de Baal. Não se encontraram vestígios desse templo, mas pode tersido parte do esplêndido palácio de Acabe que foi escavado. |
1Rs.16:33 | 33. Um poste-ídolo. Ver com. de. Jz 3:7; IRs 14:15. Baal era, com frequência, associado à deusa Aserá (jz 2:13), e, nas proximidades de seu altar, geral mente havia um poste-ídolo (ver Jz 6:25, 30). |
1Rs.16:34 | 34. Edificou a jerico. Ver com. de Js 6:26. Jerico foi. reconstruída e se tornou novamente um lugar de considerável importância. Ela tinha grandes vantagens naturais, tinha água em abundância e dominava a Estrada Real desde o vale do jorclão ao planalto de Betei. Desta vez, foi reconstruída por um betelita, provavelmente, patrocinado por Acabe.Abirão. Alguns entendem que esse texto se refere, a sacrifícios humanos que eram parte, da religião corrupta dessa época. Sendo assim, o primogênito teria sido oferecido como um sacrifício ao se lançar os fundamentos da cidade, e o mais jovem na sua inauguração (ver PR, 230).Capítulo 17I Elias, depois de profetizar contra Acabe, é enviado a Querite, onde os contos o alimentam. 8 Ele é enviado à viúva de Sarepta.guerreiro de Deus. Dá testemunho dEle por palavra e exemplo, vive recluso, ergue-se ousadamente no monte Carmelo e ordena que desça fogo dos céus. Além disso, ele maneja a espada da vingança no extermínio dos profetas de Baal. A medida que o emocionante relato manifesta a coragem, fé, surpreendente fidelidade, o terno afeto e fervente zelo do profeta no serviço de Deus, é impossível não ver nele um tipo do grande Elias que viria (Mt 17:10-12). O nome Elias, “Yahweh é meu Deus”, combinava bem com sua missão.Elias de Tisbe vai (I) a Samaria a fim de avisar Acabe da seca; então, retira-se para a torrente de Querite (2), onde é alimentado até que o ribeiro seca. Em seguida, é enviado a Sarepta (3) onde multiplica o óleo e a farinha da viúva. No terceiro ano, ele retorna a Samaria (4), encontra Acabe, convoca Israel ao monte Carmelo (5) para decidir entre Yahvveh e Baal. Na disputa com os sacerdotes de Baal, Yahvveh é vindicado pelo fogo que consome o altar e o sacrifício. Ouando a chuva cai, Elias corre à frente do carro de Acabe (6) para Jezreel. Ameaçado por Jezabel, ele foge em direção ao sul através de Bcrseba; no deserto, sob um zimbro, é visitado por um anjo (8); depois, vai ao monte Horebe (9). Voltando (10) para Gileade, ele unge Eliseu de Abel-Meolá como profeta. Mais tarde, ele repreende Acabe em Jezreel (I I) pelo assassinato de Nabote e, possivelmente, retorna para Gileade (12) até a morte de Acabe. Viajando para Samaria (13), ele encontra os mensageiros de Acazias; depois, encontra o próprio rei e prediz a morte do mesmo. Finalmentc, ele vai com Eliseu para Gilgal (14), através de Betei e jerico, e atravessa o Jordão rumo ao local de sua ascensão.Por conveniência, este mapa apresenta todos os incidentes como se eles representassem viagens contínuas; mas, na verdade, os eventos de n° 10 em diante podem ter sido desconectados e separados por consideráveis intervalos ou por várias outras viagens não mencionadas na Bíblia. <1812De Gileade. O lar de Elias estava em Gileade, a leste do Jordão. A localização exata de sua cidade de origem é desconhecida.Disse a Acabe. A história de Elias começa de forma dramática e súbita. Não há introdução, nada referente ao chamado do profeta, nem às suas experiências anteriores. Seu nome é mencionado como um dos habitantes de Gileade, e, em seguida, ele está perante o rei transmitindo a solene mensagem de juízo vindouro. Na solidão das montanhas de Gileade, Elias ficou profundamente comovido ao pensar na crescente apostasia que inundava o país. Aflito e indignado, orou com fervor para que algo acontecesse que detivesse a maré do mal - que, se necessário, os juízos viessem para fazer com que o povo se despertasse e visse a tolice de se crer em Baal. Sua oração foi ouvida, e o próprio Elias, enviado ao rei com a surpreendente mensagem de juízo (ver PR, 119, 120).Nem orvalho nem chuva. Baal era cultuado como a fonte de vida e de bênção, como o grande deus da tempestade, que dava o orvalho à terra e a fazia produzir. Agora, Israel aprendería que Baal não era o doador dessas bênçãos. |
1Rs.17:1 | "1. Elias. Aqui começa uma nova seção do livro, diferente da anterior. Em vez de fatos relativos aos reinados de monarcas ímpios, encontramos uma relação de algumas das grandes ações de um dos profetas mais notáveis. Os relatos são detalhados, cheios de beleza espiritual e instrução moral. Elias surge na cena como um homem que tem uma missão urgente dada por Deus. O tempo é de crise. O pecado invadira a terra e, se não fosse contido, em pouco tempo tudo levaria à ruína. Elias enfrenta o inimigo como um valente
guerreiro de Deus. Dá testemunho dEle por palavra e exemplo, vive recluso, ergue-se ousadamente no monte Carmelo e ordena que desça fogo dos céus. Além disso, ele maneja a espada da vingança no extermínio dos profetas de Baal. A medida que o emocionante relato manifesta a coragem, fé, surpreendente fidelidade, o terno afeto e fervente zelo do profeta no serviço de Deus, é impossível não ver nele um tipo do grande Elias que viria (Mt 17:10-12). O nome Elias, “Yahweh é meu Deus”, combinava bem com sua missão.
De Gileade. O lar de Elias estava em Gileade, a leste do Jordão. A localização exata de sua cidade de origem é desconhecida.
Disse a Acabe. A história de Elias começa de forma dramática e súbita. Não há introdução, nada referente ao chamado do profeta, nem às suas experiências anteriores. Seu nome é mencionado como um dos habitantes de Gileade, e, em seguida, ele está perante o rei transmitindo a solene mensagem de juízo vindouro. Na solidão das montanhas de Gileade, Elias ficou profundamente comovido ao pensar na crescente apostasia que inundava o país. Aflito e indignado, orou com fervor para que algo acontecesse que detivesse a maré do mal - que, se necessário, os juízos viessem para fazer com que o povo se despertasse e visse a tolice de se crer em Baal. Sua oração foi ouvida, e o próprio Elias, enviado ao rei com a surpreendente mensagem de juízo (ver PR, 119, 120).
Nem orvalho nem chuva. Baal era cultuado como a fonte de vida e de bênção, como o grande deus da tempestade, que dava o orvalho à terra e a fazia produzir. Agora, Israel aprendería que Baal não era o doador dessas bênçãos." |
1Rs.17:2 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.17:3 | 3. Retira-te daqui. Não havia tempo a perder. Antes que o rei pudesse voltar a si e apanhar o profeta para matá-lo, ele partiu. O Senhor o instruiu a ir ao vale do Jordão, junto à torrente de Ouerite. Não se sabe a localização exata, mas foi, provavelmente, em algum despenhadeiro tranquilo, bem distante das agitações mundanas. |
1Rs.17:4 | 4. Aos corvos. Os tempos eram estranhos, e o coração dos seres humanos estava endurecido. Para que algo bom acontecesse, o próprio Deus devia se manifestar de forma incomum. Qualquer que tosse o recurso, não importa quanto tempo durasse, Deus deixaria claro perante a nação o fato de. que Ele é Deus e que é capaz de cuidar de Seus fiéis. |
1Rs.17:5 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.17:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.17:7 | 7. Secou. As palavras de Elias ao rei se cumpriram quase que imediatamente.Desde o momento em que as palavras foram pronunciadas não houve chuva e todo o país foi se tornando árido e esgotado. Tanto o rei quanto o povo se recusaram a crer que a seca era um juízo da parte de Deus. Eles insistiam que Baal e Astarote ainda lhe ciariam a chuva vivificante. Então, a própria torrente de Ouerite secou. |
1Rs.17:8 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.17:9 | 9. Sarepta. Uma cidade costeira na Fenícia, 14 km ao sul de Sidom, e 21,6 km ao norte de Tiro. A essa cidade, no centro do país governado pelos reis de Baal, Elias foi enviado para ser sustentado por uma viúva que não era israelita. Com certeza, Acabe jamais procuraria por ele afi. Sarepta é uma pequena vila conhecida hoje como Tsarafand. |
1Rs.17:10 | 10. Apanhando lenha. Esta é uma das cenas mais comuns no Oriente, onde o combustível é escasso. Mulheres e crianças procuram por todos os lugares gravetos ou pasto seco para acender fogo. |
1Rs.17:11 | 11. Um bocado de pão. O Senhor motivou o profeta a pedir pão. Ele conhecia exatamente a situação: a extrema pobreza da viúva e a necessidade do profeta. Se ela mesma estava era necessidade, negaria ela o pão a seu próprio filho para dá-lo a um estranho de outro país? |
1Rs.17:12 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.17:13 | 13. Faze dele para mim. O pedido era uma prova de fé. A viúva acabara de explicar sua situação difícil. Sua escassa provisão estava quase no fim, o que restava dava apenas para uma refeição minguada; e então, havería a fome. |
1Rs.17:14 | 14. Assim diz o Senhor. O pedido foi acompanhado de uma promessa. (3 profeta lhe contou das bênçãos que sua doação traria. Deus deixou claro para ela que, se atendesse ao pedido, Ele lhe devolvería muito mais do que havia dado. Ela creu e foi rica- m ente r e c o m p e n s a d a. |
1Rs.17:15 | 15. Muitos dias. Ela pôde comer porque creu na promessa de Deus. iVlilhares ao redor dela, aqueles que acreditavam em Baal, estavam famintos. Quando lhe foipedido alimento, ela tinha apenas o suficiente para uma última refeição. Ao doar, porém, a mulher teve para si e para sua casa e também para o profeta por muitos dias. Ela encontrou vida e bênção por causa de sua fé. "A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais” (Pv 11:24). |
1Rs.17:16 | 16. Não se acabou. A despensa de Deus nunca fica vazia. O Senhor é fonte de todas as bênçãos. Aqueles que aprendem a confiar nEle encontrarão, mesmo nesta vida, plenitude de alegria e bênção que os que desprezam Sua graça jamais conhecerão (ver Alt 6:25, 33). |
1Rs.17:17 | 17. Adoeceu. A viúva teve várias evidências da presença de Deus e de Suas bênçãos, porém, seu filho adoeceu. A tristeza e a morte sobrevêm aos justos, assim como aos ímpios. Não importa quão diligente e devoto alguém seja no serviço do Senhor, o sofrimento e a aflição, a tristeza e o luto, batem à porta. |
1Rs.17:18 | 18. Homem de Deus. /As palavras indicam que a mulher cria em Deus e em Elias como Seu profeta. Esta é uma notável expressão de fé da boca de uma mulher fení- cia. Alesmo antes da chegada de Elias ela era “uma crente no verdadeiro Deus, e tinha andado em toda a luz que brilhava em seu camin ho” (PR, 129). N um momento em que Israel estava se desviando de Deus para adorar a Baal, uma mulher do país de Baal demonstrava sua fé no Deus de Israel. Sementes lançadas nos lugares mais improváveis podem brotar e produzir sua colheita de graça.A memória. As palavras expressam a irracionalidade do coração dolorido. A visita de Elias trouxe vida à viúva, não morte; alegria, não tristeza. Na sua aflição, ela associou seu problema com o profeta e com Deus, e sentiu que estava sendo castigada por causa de algum pecado. A presença do profeta havia despertado nela uma compreensão mais nítida do pecado, e ela considerou seu pesar como punição divina. |
1Rs.17:19 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.17:20 | 20. Clamou ao Senhor. Um exemplo de que os filhos de Deus podem clamar a Ele em face da morte. "Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:16). |
1Rs.17:21 | 21. Estendendo-se. Isto não significa que o profeta estava recorrendo a algum meio natural para ressuscitar os mortos. Apenas Deus, o doador da vida, pode restaurar a vida. Elias orou a Deus com fervor para que Ele trouxesse a criança de volta à vicia.Alma. Do heb. nefesh. Esta palavra aparece mais de 700 vezes no AT e é traduzida de diferentes formas, como “seres viven- tes” (Gn 1:21; 2:19), “vida” (Gn 9:4; 12:12; Êx 4:19; Js 2:14), “pessoas” (Gn 12:5, 14:21,), “pessoa” (Js 20:9), “alma vivente” (Lv 11:46), “todos” (jr 43:6), “mortos” (Lv 19:28) e “cadáver” (Nm 9:6, 7). De todas essas traduções, “vida” seria provavelmente a mais adequada no texto em questão. A tradução “alma” é equivocada e transmite a ideia de uma entidade imortal, capaz de existência consciente separada cio corpo. Essa ideia não reside na palavra nefesh. De todas as mais de 700 ocorrências da palavra, nenhuma expressa essa noção, nem mesmo a pressupõe. Nenhuma vez nefesh é tida como algo que é imortal. A tradução de nefesh como "vida” está em harmonia com o que os tradutores da Bíblia fizeram em outros 119 casos. Um exemplo notável está em 1 Reis 19:4, em que Elias declara: “O Senhor; toma agora a minha vida” [heb. nefesh] (ARC). Nesse caso, os tradutores empregaram a palavra “vida” de forma correta. Para mais detalhes sobre essa questão, ver com. de Gn 35:18. |
1Rs.17:22 | 22. E reviveu. Por meio da oração feita com fé, “mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos” (Hb 11:35). Este milagre foi realizado num momento de crise na história de Israel e cio mundo. A fé em Deus estava em baixa. Os seres humanos viam nas forças da natureza a fonte da vida e da cura. Precisavam ter sua atenção voltada para Deus e aprender que é Ele quem dá a vida, eque estava em Suas mãos não apenas curar o enfermo, mas ressuscitar os mortos. Tal milagre não podia ser mantido em silêncio. Eis algo que Baal jamais poderia fazer. Quando souberam que o filho da viúva havia sido ressuscitado pelo poder de Deus, a popularidade de Baal foi abalada. |
1Rs.17:23 | 23. Teu filho vive. Quantas mães que- brantadas anelaram ouvir palavras como estas! Num futuro próximo, estas mesmas palavras felizes serão ouvidas por muitas mães, se forem fiéis, ouvirão num. futuro próximo. Que bênçãos e favores inesperados a viúva de Sarepta recebeu como resultado de sua fé e hospitalidade! Ela compartilhou sua última refeição com o profeta e lhe hospedou em sua humilde casa. Como recompensa, a vida de seu filho foi restaurada.“Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta” (Ml 10:41; ver também Is 58:10, 11). |
1Rs.17:24 | 24. Nisto conheço. A viúva tivera uma confirmação bastante incomum da confiabilidade da palavra do Senhor. Deus prometeu e cumpriu. As promessas do Senhor são sempre certas. Todo filho de Deus deve guardar firme a profissão de sua fé sem vacilar, “pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10:23). Muito embora o Senhor possa não realizar milagres como o que realizou no caso da viúva fení- cia, há milhares de maneiras pelas quais cada filho dEle pode concluir que Sua Palavra é fidedigna. Deus é tão bom, tão poderoso e está tão próximo de Seus filhos hoje como esteve da viúva de Sarepta, e interessado em satisfazer cada necessidade (ver Mt 6:25-34).Capítulo 18 |
1Rs.18:1 | 1. No terceiro ano, A seca durou três anos, mas o intervalo desde a chuva anterior acrescentou seis meses (Lc 4:25; Tg 5:17). Quanto à estação seca normal (maio-outu- bro), ver p. 94.Apresenta-te. O rei estava procurando por Elias em todos os lugares. Então, Deus ordena que o profeta se apresente perante ele. O castigo do Senhor tinha caído sobre o país tal como Elias havia anunciado a Acabe. Portanto, era apropriado que fosse removido da mesma forma. Nem o rei nem o povo teriam desculpa para atribuir o fim da seca ao poder de seus deuses ou profetas. |
1Rs.18:2 | 2. Partiu, pois, Elias. O profeta sabia que sua vida estaria em perigo; mas, quando recebeu a ordem do Senhor para seapresentar a Acabe, obedeceu de imediato e confiou que Deus o protegeria. |
1Rs.18:3 | 3. Obadias. O nome significa “servo de Yahweh”. O caráter deste homem estava em harmonia com seu nome. E interessante que o rei mantivesse em cargo tão importante um homem a quem reconhecia como servo do Senhor. No entanto. Acabe sabia que este homem que era fiel a Deus também o seria em administrar os assuntos da casa real. |
1Rs.18:4 | 4. jezabel exterminava. Antes não havia sido descrita a severidade da perseguição contra o povo de Deus, e quem era a pessoa que a fomentava. A rainha Jezabel, enfurecida porque a mensagem de Elias havia fechado o céu para que não chovesse, determinou que o profeta e todos os que o acompanhavam no serviço a Yahwehfossem mortos. Certamente, mesmo que não houvesse a seca, a devoção de Jezabel a Baal a teria tornado hostil aos profetas de Deus.Cem profetas. E evidente que esses profetas eram membros das escolas dos profetas. Eram um grupo de profetas eruditos e pregadores original mente preparados por outros profetas e dedicavam sua vida para proclamar a mensagem de justiça e santidade. O fato de que 100 deles foram escondidos por Obadias mostra que deviam ser bastante numerosos, mesmo em Israel, que por um período tão longo tinha se oposto à vontade do Senhor.Numa cova. Na Palestina, covas eram comuns. Só na região do monte Carmelo havia mais de duas mil. Elas eram tanto naturais como feitas pelo homem, e serviam como casas, túmulos, depósitos, cisternas ou estábulos. Em tempos de guerra e opressão eram excelentes locais de refúgio (js 10:16-27; Jz 6:2; íSm 13:6; 22:1; 24:3- 10; 2Sm 23:13). |
1Rs.18:5 | 5. Fontes de água. A Palestina é famosa por seus mananciais e suas fontes de água, que emanam de debaixo de uma rocha ou declive, ou do solo. Eles são fontes permanentes de muitos riachos e rios. Evidentemente, muito depois que os rios tinham se secado, alguns riachos alimentados por mananciais de água proveniente da neve dos montes do Líbano continuaram a fluir na estação quente e seca, quando não houve chuva. |
1Rs.18:6 | 6. Repartiram entre si a terra. Esta inspeção pessoal do país pelo rei e um de seus principais oficiais mostra a difícil situação em que se encontrava Israel devido à seca. |
1Rs.18:7 | 7. És tu meu senhor Elias? Talvez fosse melhor traduzir: “És tu, em pessoa, meu senhor Elias?" ou “Estás aqui, meu senhor Elias?" E notável a humildade de Obadias na presença do profeta. Ela nasce da reverência para com Deus. Obadias era um dos principais oficiais do reino, mas se reconhece como um servo ou escravo (ver v. 9, 12) diante domensageiro do Senhor. Ele fez essa pergunta não para obter informação, mas porque estava surpreso. “Estás aqui, enquanto o rei tem te procurado por todos esses anos em todo o país?” |
1Rs.18:8 | 8. Dize a teu senhor. O Senhor ordenou a Elias que se apresentasse a Acabe. Ele encontrou Obadias, mas não o acompanhou até o rei. Pelo contrário, Obadias devia anunciar a Acabe sobre a presença do profeta, e o rei, se assim o desejasse, deveria ir até o profeta. A verdadeira relação entre as pessoas nem sempre é indicada por seus títulos ou posições oficiais. Com frequência, ao que diz respeito à real grandeza ou superioridade, o servo ou o escravo está num plano muito superior que seu rei ou senhor. |
1Rs.18:9 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:10 | 10. Não houve nação nem reino. Havia muitos reinos pequenos não muito longe de Israel. Seria natural para alguns que eram perseguidos exilar-se em algum reino vizinho. Acabe não só procurou por Elias em seu próprio país, como também em todas as terras vizinhas. |
1Rs.18:11 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:12 | 12. O Espírito do Senhor te leve. Obadias confiava que Deus protegeria seu servo Elias. Ele temia que o "Espírito do Senhor” arrebatasse Elias para protegê-lo em algum esconderijo antes que Acabe pudesse ir ao seu encontro. |
1Rs.18:13 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:14 | 14. E, agora, tu dizes. Obadias não queria provocar a morte de Elias e estava certo de que isso aconteceria se levasse o profeta ao rei. Se não entregasse Elias a Acabe, tinha certeza de que morrería. Elias desejava provocar a morte de um homem que salvara a vida de 100 profetas? |
1Rs.18:15 | 15. Hoje, me apresentarei a ele. Elias tinha recebido a missão de Deus, e, ainda que isso parecesse inconcebível a Obadias, ele estava preparado para se encontrar com Acabe naquele mesmo dia. |
1Rs.18:16 | 16. Foi Acabe. O rei foi até o profeta, e não o contrário. Acabe compreendeu que Elias em primeiro lugar era leal e serviaÀquele que é maior que um rei terreno, e assim foi forçado a ir ao encontro do homem cuja vida procurava. Ele sabia que o profeta não tinha concordado com esse estranho encontro para se entregar. Em vez de o profeta, foi o rei quem encarou esse encontro com temor, muito embora estivesse acompanhado de uma guarda militar, e o profeta tivesse apenas a defesa de Deus. |
1Rs.18:17 | 17. Perturbador de Israel. Era grande o sofrimento de Israel, e, em seu íntimo, Acabe entendia o porquê dessa situação. No entanto, o culpado sempre tenta se esquivar da responsabilidade pelo mal que provoca. Acabe procurou colocar a culpa em Elias pela maldição que sobreviera ao país. Um dos maiores males do pecado é que ele sempre tenta confundir as coisas. Recusa-se a levar a culpa pelos problemas que acarreta e tenta até fazer com que pareça que o justo, e não o iníquo, é responsável pela desgraça do ser humano. |
1Rs.18:18 | 18. Mas tu. O rei encontrou seu senhor. A humilde capa do profeta tem mais autoridade que o manto real. E Elias que ocupa o assento do juiz, enquanto o rei é o culpado diante do tribunal. Enquanto Elias intrepidamente diz que o rei é o perturbador de Israel, o monarca se acovarda diante das palavras de merecida reprovação.Deixaste os mandamentos. O rei e todos do reino precisavam saber que a desobediência aos mandamentos de Deus produzira os terríveis juízos sobre eles mesmos e sua terra. Servindo a Baal, des seguiram uma trilha de felicidade aparente. Buscando a vida, encontraram a morte; querendo a alegria, encontraram dor e desgraça; ansiando paz e prosperidade, tiveram problemas e ruína. |
1Rs.18:19 | 19. Ajimtar a mim, E o profeta, não o rei, que ordena. Acabe reconheceu a origem divina da ordem e a obedeceu imediatamente.Monte Carmelo. Uma cadeia de montanhas de cerca de nove quilômetros de extensão. Seu promontório noroestepenetra o Mediterrâneo. As montanhas têm cerca de 170 m de altura no promontório e cerca de 520 m de altura ao sudeste. A altura proporciona um belo panorama do Mediterrâneo, das planícies de Esdraelom e Sarom e grande parte de Samaria.Profetas de Baal. Estes eram os sacerdotes e mestres de Baal, e os profetas dos postes-ídolos eram os encarregados dos cultos a Astarote. O número dá a ideia de como esses cultos degradantes tinham se difundido entre o povo de Israel.Comem da mesa de Jezabel. isto é, eram sustentados pela rainha, jezabel os subsidiava. |
1Rs.18:20 | 20. Enviou Acabe. Em harmonia com as instruções de Elias, Acabe conclamou todo o Israel para se reunir no Carmelo, junto com os profetas de Baal e Astarote. O povo tinha maus pressentimentos. O monte Carmelo, outrora um lugar de beleza, com templos de ídolos e bosques florescentes, era então um lugar desolado. As árvores estavam sem folhagem, as fontes de água estavam secas e não havia mais flores. Os deuses da fertilidade não tinham atendido a seus adoradores. Seus santuários eram lugares de aflição e desonra. Ali, no lugar consagrado a santuários pagãos, outrora tão belo, e agora tão árido e abandonado, Elias propôs demonstrar a completa tolice de se adorar a Baal. |
1Rs.18:21 | 21. Até quando coxeareis? (3 povo de Israel estava numa encruzilhada. Rejeitariam eles para sempre o Deus que os tinha estabelecido como um povo separado e aceitariam Baal como seu mestre e senhor? Se Yahweh era Deus, era Ele quem devia ser adorado. Se Baal fosse Deus, eles deviam segui-lo. Apresentou-se o desafio e foi dada a oportunidade para que o povo se expressasse. |
1Rs.18:22 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:23 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:24 | 24. Responder por fogo. A prova proposta por Elias era muito justa. (3 ponto em questão era: quem era Deus, Yahweh ou Baal? Se Baal fosse quem os sacerdotes pagãos diziam que era, então que eledemonstrasse seu poder fazendo descer fogo do céu. Se ele tivesse, de fato, o poder da chuva e da tempestade, que enviasse seus raios. Mesmo os sacerdotes de Baal não podiam negar que a oferta era justa, embora talvez tenham temido pelos resultados. |
1Rs.18:25 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:26 | 26. Não havia uma voz. Como podia haver1? Baal não passava de um produto da imaginação humana e não podia responder uma oração.E [...] se movimentavam. O significado é: "saltavam”. Era um ritual de dança, no qual se movimentavam até o ponto de frenesi. É dito que essas exibições algumas vezes eram acompanhadas de manifestações de poder demoníaco; e, sem dúvida, esperava-se que dessa forma houvesse fogo. O Senhor, porém, interveio. Ele deteve Satanás e seus anjos, e não houve fogo algum. |
1Rs.18:27 | 27. Elias zombava deles. Esses sacerdotes de Baal precisavam saber que o deus deles não podia responder às suas orações. As palavras de Elias para eles foram expressões de completo desprezo. Os espectadores, que deviam decidir entre Yahweh e Baal, não ficaram isentos de ridicularização. |
1Rs.18:28 | 28. E se retalhavam. Empregava-se a automutilação, comum nos estados de frenesi orienta], com a crença de que os deuses se deleitam no derramamento de sangue. Esses rituais sangrentos não eram raros nos tempos do AT quando se buscava o favor dos deuses pagãos (Jr 16:6, 7), mas eram proibidos ao povo de Deus (Lv 19:28; Dt 14:1). |
1Rs.18:29 | 29. Profetizaram eles. Os agentes de Baal eram chamados de profetas (v. 19). O cumprimento de seu serviço como um todo pode ter sido considerado um ato de profetizar. Ou talvez, num sentido mais restrito, profetizavam como fez Saul, que ‘‘profetizava no meio da casa” quando um espírito mau se apoderou dele (lSm 18:10, ARC). A experiência de Saul deve ter sido como a de adoradores de demônios de certas culturas na atualidade, que se agitam num alto graude frenesi religioso e emitem sons e grunhidos incompreensíveis. Satanás e seus anjos estavam presentes no Carmelo e teriam feito qualquer coisa a seu alcance para que descesse fogo do céu, se Deus tivesse permitido. O Senhor, porém, embora tenha permitido que os demônios exibissem alguns dos aspectos mais repugnantes de sua presença diante do ser humano, não permitiu que Satanás fizesse descer logo do céu em nome de Baal. |
1Rs.18:30 | 30. Restaurou o altar. Outrora se havia adorado o Deus do Céu nesse altar, mas fazia tempo que não era usado. Com reverência, Elias reuniu as pedras espalhadas. Há muitos lugares em que o altar de Deus fora derribado.E hora de se realizar uma obra semelhante à realizada no Carmelo. A tardinha, os filhos de Deus devem com reverência se reunir no : altar da família para una período de devoção tranquila. Pela manhã, as famílias devem novamente se reunir para a oração. O altar da devoção deve ser mantido sempre. |
1Rs.18:31 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:32 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:33 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:34 | 34. De água. Um manancial permanente, que jamais deixou de fluir, mesmo nas piores secas. E dito que permanece nas proximidades, tradicionalmente, atribuídas ao local do sacrifício. Ao indicar que a água foi derramada sobre o holocausto e sobre a lenha, Elias eliminava toda a suspeita de fraude. |
1Rs.18:35 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.18:36 | 36. Sacrifício da tarde (NTLH). Por um longo tempo de muito alvoroço, os profetas de Baal tinham saltado, gritado, proferido orações tumultuosas e balbuciado incoerentemente, mas sem resultado. Completamente cansados e exaustos, por fim se retiraram em desespero. A multidão também estava cansada da cena de horror e agitação e estava receptiva à ministração do profeta de Deus.De Abraão. Elias se dirigiu a Deus, o Pai de todos. Ele falou com calma e reverência, em notável contraste com a agitação frenética dos profetas de Baal.Fique, hoje, sabido. A oração loi muito simples, sincera, sem nenhuma perturbação, direta ao ponto e provinda do coração. |
1Rs.18:37 | 37. Retroceder o coração deles. O grande anelo de Elias era a conversão de Israel: que o coração do povo, voltado para Baal, retrocedesse a Deus. |
1Rs.18:38 | 38. Então, caiu fogo. Subitamente, como um clarão de relâmpago, fogo desceu dos céus e consumiu o sacrifício e até as pedras do altar. A multidão jamais havia visto tal manifestação. Foi visível a todos, até para a multidão reunida ao pé do monte. O povo reconheceu isso como o fogo consumidor de Deus. |
1Rs.18:39 | 39. O Senhor é Deus! O coração que havia pouco seguia a Baal estava então voltado para o Senhor como o grande Deus cio céu e da terra. Unânime, a multidão elevou um clamor e reconheceu Yahweh como o Senhor. |
1Rs.18:40 | 40. Lançai mão dos profetas de Baal. El ias não iria permitir que o zelo do povo se demonstrasse apenas por palavras. Ele mandou que eles demonstrassem a conversão com atos que poderíam trazer sobre si mesmos a ira da rainha ímpia, mas que, uma vez realizados, significaria um rompimento com a causa de Baal. Como resultado da maravilhosa manifestação daquele dia, a multidão reconheceu o fato de que Yahweh é Deus - todos, menos os sacerdotes de Baal, que se recusaram a se arrepender. A execução sumária desses sacerdotes por Elias foi um juízo terrível, porém, necessário. Mostrava a indignação de Deus contra os que persistiam na rebelião e que estavam dispostos a corromper e desmoralizar toda a nação por seus interesses egoístas. A sentença contra eles serviu como exemplo e advertência. Com Deus não se brinca, e uma terrível retribuição aguarda todos os que desejam vender a alma em troca da corrupção mundana. |
1Rs.18:41 | 41. Disse Elias. Elias tinha o controle total da situação. Foi ele quem deu ordens ao povo e quem instruiu o rei.Já se ouve ruído. O som não estava nos ouvidos do profeta, mas no seu coração.Pela fé, ele sabia que a chuva estava prestes a cair. O arrependimento do povo tinha eliminado a causa para o juízo, e Elias percebeu que a chuva tão esperada estava para cair. Ele tinha uma vida de fé e de oração. Quando Deus o enviou para anunciar a seca, Elias sabia que isso se cumpriría de acordo com a palavra do Senhor. O mesmo Espírito que colocou em seus lábios a primeira previsão, então lhe dava esta. |
1Rs.18:42 | 42. Elias, porém, subiu. Enquanto Acabe foi a um banquete, Elias foi orar. Sua oração foi de intercessão em favor do Israel penitente. Ele sabia que a chuva vi ria, mas se preocupava que as condições para o recebimento da bênção celestial fossem totalmente satisfeitas e que os resultados da reforma fossem permanentes.Deus prometeu a Seu povo que derramará, com abundância, bênçãos celestiais pelo envio do Espírito Santo no tempo da chuva serôdia. Estão hoje os santos orando como fez Elias, ou estão festejando como fez Acabe? Somente quando o povo de Deus estiver imbuído de intenso fervor e disposto a orar como Elias, e quando sua principal preocupação for a satisfação das condições necessárias, então a chuva serôdia cairá. |
1Rs.18:43 | 43. Volta. A chuva não caiu de imediato, mas a fé de Elias não vacilou. Ele continuou a orar com mais fervor do que antes. O servo foi enviado vez após vez, e os céus ainda estavam como bronze e a terra poeirenta. Contudo, Elias não parou de interceder. Essa oração fervorosa do profeta se tornou notória pela intensidade e perseverança (Tg 5:18). |
1Rs.18:44 | 44. Uma nuvem pequena. Para Elias, esta nuvem era um sinal do favor divino. Ele parou de orar, pois havia trabalho a fazer. Deu instruções a seu servo para que as transmitisse a Acabe. O rei devia pôr-se a caminho rapidamente. Elias não esperou que os céus se escurecessem; ele agiu no primeiro indício de que sua oração tinha sido atendida.O mundo precisa de pessoas com a fé de Elias. A obra de Deus será completada por pessoas que trabalhem no espírito e poder desse profeta. Para elas, o céu estará bem próximo ao irem com fé à batalha contra as hostes do mal. Multidões deixarão o culto aos deuses deste mundo e se converterão ao Senhor que fez os céus e a terra. O Espírito de Deus será derramado sobre homens e mulheres em todos os lugares (Jl 2:28, 29), capacitando-os a fazer em sua esfera o que Elias fez na dele.A mão de Deus não está fechada para que não possa salvar. Deus é poderoso e está disposto a conceder vitórias hoje, como nos dias de Elias. Quando o povo de Deus tiver o mesmo espírito que teve Elias, quando for tão sincero, corajoso, ativo e disposto a perse- verar em oração, intrépido em face do perigo e ansioso para responder aos chamados do Senhor, então a obra de Deus será completada rapidamente e Jesus retornará. |
1Rs.18:45 | 45. Jezreel. Esta é a primeira vez que Jezreel é mencionada como cidade real.Acabe tinha um palácio nela, embora Samaria continuasse sendo a capital (lRs 21:1). Era ao palácio em Jezreel que Acabe desejava acrescentar a vinha de ‘'Nabote, o jezreelita”. Para obtê-la para si, Jezabel mandou matar Nabote (21:1-16). Também foi ali que os cães comeram o corpo de Jezabel (1 Rs 21:19, 23; 2Rs 9:10, 33-37) e que Jorão foi morto por Jeii (2Rs 9:15-26). Jezreel estava no território de Issacar (Js 19:17, 18), numa localização pitoresca que dominava a planície de Esdraelom. Ficava a, provavelmente, 45 km do monte Carmelo. |
1Rs.18:46 | 46. Correu adiante de Acabe. O retorno de Acabe a Jezreel foi à noite, sob uma tempestade que cegava as vistas, por estradas montanhosas. Devido à dificuldade de ver o caminho, o profeta correu adiante do rei, guiando a carruagem real em segurança aos portões de Jezreel. Com esse ato de bondade, Elias mostrou que não tinha nenhum rancor para com o rei e que estava disposto a realizar qualquer serviço, humilde ou inconveniente, para o benefício de seu senhor.Capítulo 19deIsraeldeixarama lua ala, derribaram. osleus aluires e mataram osTeusprofetas à espa-da; e euíiquei só,e procuram tirar-me a vidai.LI Disse-lheDeus:Saie põe-te nestemonte perante oSenhop:. Eis que passav;a oSeNiion; e um grande e 1ortevento fendiaosmontese clespcdaça\a as penhas diantedoSi, porém oSlmiornãoestava no vento;depois do vento, um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; |
1Rs.19:1 | 1. Fez saber a Jezabel. Era um relato maravilhoso do que Elias tinha leito pelo poder de Deus, contudo não comoveu o coração de Jezabel, nem a induziu a corrigir seu mau proceder. Ouvir a verdade, quando não salva, apenas endurece o coração. |
1Rs.19:2 | 2. Tua vida. O homem de Deus tinha servido ao Senhor com coragem; então, ele foi ameaçado de morte por seus nobres atos. A recompensa dos justos pelo serviço realizado em nome do Senhor não está neste mundo. Uma das trágicas evidências da vida é que os que iazem mais na causa da justiça são também os que mais sofrem. Nem sempre é possível compreender a razão disso. No entanto, consola saber que Jesus, que não pecou, sofreu mais que qualquer ser humano jamais sofrerá. O servo não é maior que o senhor. |
1Rs.19:3 | 3. Para salvar sua vida. Após uma vitória completa sobre os profetas de Baal, e uma demonstração de grande coragem, poderia parecer que o profeta de Deus estivesse pronto para encarar qualquer prova de fé. Pocle-se supor que Elias, que teve uma evidência tão marcante da presença e bênção divinas, jamais permitiría que sua fé vacilasse. Contudo, ele estava sofrendo a reação que com tanta frequência acompanha um êxito notável. Ele esperava que a vitória gloriosa no Carmelo quebrantasse a influência que Jezabel exercia sobre o rei. Quando o profeta soube da obstinada resistência da rainha ao novo apelo para reforma, isso foi mais do que podia suportar. Ele não estava preparado para o ódio frio, calculado, determinado da rainha ímpia. Ele só conseguiu pensar em como escaparia das garras de inimiga tão perversa e implacável. Sem pensar nas consequências, fugiu para salvar a vida.Elias não fez bem em abandonar seu posto. Ele ainda não tinha terminado sua obra. A batalha estava só começando. Se tivesse resistido valentemente e respondido com uma mensagem para a rainharelembrando-a de que Deus, que tinha lhe dado a vitória sobre os profetas de Baal, não o abandonaria naquele momento, ele teria encontrado anjos prontos para proteger sua vida. Os juízos de Deus teriam caído sobre Jezabel, e isso teria produzido tremenda impressão e uma poderosa reforma se difundiría por todo o país (ver PR, 160). Ao fugir para salvar avida, Elias se colocou nas mãos do inimigo. A fuga para Berseba teve muita influência em anular a vitória no Carmelo.Berseba. A cidade estava na fronteira sul de Judá, cerca de 150 km de Jezreel. Pertencia ao reino de Judá, que, nessa época, estava unido a Israel. Elias não estaria seguro afi. |
1Rs.19:4 | 4. Caminho de um dia. Elias não parou em Judá. Seu temor o fez prosseguir. Ele não parou até ter passado um dia de jornada pela desolada região sul do país. Parece que até esse ponto continuou de dia e de noite, tirando forças do medo que o havia absorvido tão completamente. Quando se assentou debaixo de um zimbro estava exausto.Pediu para si a morte. A depressão do profeta tinha atingido grau máximo. Na vitória no monte Carmelo, ele foi exaltado ao Céu. Então, ao relembrar a experiência de apenas alguns dias atrás, sua alma chegou à mais profunda depressão a ponto de desejar a própria morte. Seu sofrimento foi resultado de grande tensão; é o tipo de sentimento que, às vezes, sobrevem depois que a mente é exaltada até às alturas da glória e da vitória; o que acontece depois de um grande reavivamento religioso, quando se abre caminho para o desencorajamento c a depressão resultantes das provas do dia a dia. E importante lembrar que ninguém neste nrundo pode se manter para sempre no topo. As vezes, o caminho da vida descende a um vale, onde o sofrimento e a desilusão são inevitáveis. E fácil ser feliz e ter coragem quando uma pessoa está no topo, mas não é fácil quando seus sentimentos estão quebrantados e o mundo todo parece querervê-lo no chão. É então que o ser humano mais necessita se apegar a Deus, para não ceder à dúvida e ao desespero. Quando se está embaixo, deve-se olhar para cima e escalar a montanha novamente. |
1Rs.19:5 | 5. Um anjo o tocou. Quando Elias dormiu, uma mão lhe tocou e uma voz agradável o saudou. Era um anjo enviado por Deus com uma mensagem de vida e de esperança. Em primeiro lugar, havia alimento para suprir as necessidades de seu corpo e ajudar a restaurar a coragem. E maravilhoso o que o alimento pode lazer para reanimar o espírito e devolver força e coragem. Nota-se a sabedoria divina na forma simples como Deus tratou o profeta cansado e exausto. |
1Rs.19:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.19:7 | 7. Segunda vez. No momento, Elias necessitava de comida e descanso, e Deus outra vez lhe proporcionou isso. Um anjo de Deus preparou sua refeição.Sobremodo longo. O caminho de volta teria sido mais curto do que o que estava á frente. No entanto, Deus não se opôs ao profeta, nem lhe ordenou que voltasse pelo mesmo caminho. Essa jornada era de Elias, não do Senhor. Porém, os anjos de Deus não o abandonaram, mas o auxiliaram no seu caminho. O alimento serviu para lhe dar coragem e força para os dias difíceis à frente. Embora Elias tivesse cometido um erro, o Senhor não o rejeitou, mas buscou restaurar a confiança de que ele seria novamente capaz de cumprir sua valorosa obra para Deus. |
1Rs.19:8 | 8. Até Horebe. Em sua viagem, Elias atravessou o deserto onde Israel tinha permanecido por 40 anos. A travessia pelos áridos ermos não era longa, contudo era difícil.Tinha que percorrer cerca de 330 km, mas não precisava se apressar. Ele estava salvo da perseguição e podia tomar tempo para refletir ao caminhar sem pressa até o monte de Deus. Nas mesmas montanhas acidentadas onde Moisés tinha estado em comunhão com o Senhor, Elias estaria em comunhão especial com Deus. |
1Rs.19:9 | 9. Numa caverna. Foi de uma “fenda da penha", no Sinai, que foi dada a Moisés uma visão de Deus (Ex 33:22), e pode ter sido na mesma caverna que Elias se recolheu solitário.Que fazes aqui? A pergunta deve ter impressionado Elias, mas essa era a pergunta que ele precisava considerar. Afinal, por que ele estava a 1 ir Quem o havia chamado? Era esse seu dever? O que precisava ser leito? Por que não estava em Israel, instruindo e encorajando aqueles que tinham recentemente dado as costas a Baal? Havia grande necessidade de seu ministério em sua pátria, mas Elias se encontrava sozinho numa terra estranha. No entanto, não era hora para remorso, mas para esquadrinhar o coração. Apenas depois de ter recobrado seu domínio próprio, aprendido a confiar em Deus e a cumprir a missão à maneira divina, estaria pronto para voltar à pátria e realizar a tarefa da qual tinha fugido. Ele tinha muito a aprender. A caverna seria sua sala de aula, e o Senhor, o seu professor (ver PR, 168). |
1Rs.19:10 | 10. Zeloso. Elias não podia se esquecer de que havia sido fervoroso na obra do Senhor, e ainda assim o povo queria tirar sua vida. Este mundo é a terra do inimigo, e muitos estão a serviço dele. Os filhos de Deus devem entender que, no grande conflito, a ação de Satanás não deve ser de todo detida, do contrário a batalha seria injusta e Satanás podería dizer que não teve uma oportunidade legítima. Irritar-se e sentir-se mal porque as coisas não saíram como gostaria não é atitude sábia para um filho de Deus ou a atitude adequada para um profeta. |
1Rs.19:11 | 11. Eis que passava o Senhor. O que Elias mais precisava era uma nova visão da força de Deus e de sua própria fraqueza. Eoi no Sinai que o Senhor passou por diante de Moisés e Se revelou como “Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” (Ex 34:6).Ali Elias também recebeu nova compreensão de Deus.Um grande e forte vento. Ao Elias sair da caverna, um forte vento varreu a montanha e um terremoto sacucliu a terra. Tudo parecia estar em comoção, com os céus em chamas e a terra agitada por forças que pareciam prestes a destruí-la. Tudo isso combinava com o espírito agitado do profeta. O que ele precisava aprender era que, por mais poderosas e imponentes que fossem aquelas forças, não retratavam por si mesmas um quadro verdadeiro do Espírito de Deus. O que cria as grandes comoções nem sempre é o que realiza o máximo para Deus. |
1Rs.19:12 | 12. Um cicio tranquilo e suave. Depois do vento, do terremoto e do fogo, veio o silêncio e ouviu-se a voz tranquila e suave de Deus. Final mente, ali estava o Senhor da forma como escolhera Se revelar ao Seu servo. |
1Rs.19:13 | 13. Envolveu o rosto. Elias, por impulso, cobriu o rosto diante da presença de Deus. Seu espírito agitado se acalmou e a impaciência foi subjugada. O profeta agressivo e impetuoso se tornou manso e submisso, pronto a ouvir a voz do Senhor. “Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força" (is 30:15). Não seria fazendo fogo descer do céu ou matando os profetas de Baal, que Elias veria seus maiores resultados no serviço a Deus, mas por meio de uma obra silenciosa e tranquila na qual o Espírito de Deus suavizaria e subjugaria o coração endurecido dos pecadores. |
1Rs.19:14 | 14. Em extremo zeloso. O profeta responde com as mesmas palavras de antes, mas com um espírito diferente. Calmo e submisso, ele declara os fatos, mas não tem a mesma atitude para com eles. Pessoas podem querer tirar-lhe a vida, mas desta vez está disposto a prosseguir na obra de Deus. Um novo Elias ia adiante, não como fogo ou tempestade para produzir grande comoção a ser testemunhada por multidões, mas de uma formamais calma, falando a indivíduos aqui e ali para produzir resultados duradouros no coração e na vida das pessoas. |
1Rs.19:15 | 15. Vai, volta. Estas palavras ensinam que Elias errou ao abandonar a obra, que a missão não estava cumprida e que Deus ainda tinha um trabalho para ele.Unge. Ver com. do v. 16.Hazael. Ver com. de lRs 8:7, 8. |
1Rs.19:16 | 16. Filho de Nínsi. Jeú era o neto de Ninsi, sendo filho de Josafá, que era filho de Ninsi (2Rs 9:2, 14). Ele, porém, é conhecido como filho de Ninsi (2Rs 9:20; 2Cr 22:7). A palavra hebraica para "filho” pode ser usada para designar netos ou até descendentes mais distantes.Eliseu, filho de Safate. Não há registros de que profetas tenham sido ungidos no sentido literal do termo, embora esse pareça ter sido o caso nesta passagem. Alguns sacerdotes (Êx 40:15; Nm 3:3) e reis (iSm 9:16; 10:1; 16:3, 13; 2Rs 9:3, 6; SI 89:20) foram ungidos quando separados para missões específicas. Em alguns casos, objetos inanimados também foram ungidos, como os objetos associados ao santuário (Ex 29:36; 30:26; 40:9; Lv 8:10, 11; Nm 7:1), e até pedras (Gn 28:18). Alguns sugerem que a palavra "ungirás” deve ser entendida num sentido mais amplo, significando simplesmente separar alguém ou algo para a realização de algum serviço para Deus sem que isso envolva uma unção manifesta, verdadeira e formal (ver Jz 9:8). Os três, Hazael, jeú e Eliseu, cumpririam a vontade e o propósito de Deus, cada um de uma forma diferente. Por meio de Hazael, rei da Síria, Israel foi continuamente oprimido (2Rs 8:12, 29; 10:32; 13:3, 7). O Senhor usou esse rei pagão como instrumento para a execução de seu juízo (PR, 254, 255; cf. Is 10:5). Por meio de Jeú, o reino de Israel foi sacudido internamente. Ele foi um instrumento nas mãos do Senhor para pôr um fim à casa de Acabe e ao culto a Baal . (2Rs 9:24, 33; 10:1-28). |
1Rs.19:17 | 17. A espada de HazaeL Um juízo devia cair sobre Israel, e Hazael e Jeú foram os instrumentos escolhidos para realizar essa obra.Elíseu o matará. A obra de Eliseu sem dúvida não era da mesma categoria que a de Hazael e jeú. Não há menção de que Eliseu tenha alguma vez usado a espada para matar alguém. Talvez esse trabalho devia ser realizado num sentido figurado: “Por isso, os abati por meio dos profetas; pela palavra da Minha boca, os matei” (Os 6:5); ou no sentido em que a obra de Jeremias foi descrita: “Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares” (Jr 1:10). E com a Palavra de Deus, que é "viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hb 4:12), que os profetas cumprem sua obra de ferir e matar. A missão de Eliseu não foi uma guerra física, mas espiritual (2Co 10:3-6); o pecado era o inimigo e a impiedade é que devia ser eliminada do país, não as pessoas. |
1Rs.19:18 | 18. Sete mil. Não vale a pena, nem para um profeta de Deus, esforçar-se para contar os fiéis em Israel. Elias tinha dito por duas vezes que ele era o único fiel que restava em Israel (v. 10, 14).Que o não beijou. Com frequência os idólatras beijavam a mão da imagem de escultura como parte de seu culto (jó 31:26, 27), ou o objeto em si (Os 13:2). Ainda se beijam ídolos nos templos pagãos. |
1Rs.19:19 | 19. Lavrando. Eliseu pertencia a uma família que tinha recursos, como indicam as 12 juntas de bois. Não se deve supor que as 12 juntas de bois estivessem unidas a um arado. Eliseu tinha servos com ele no campo,cada um com seu arado, e é provável que os bois estivessem distribuídos em pares para cada arado (ver PR, 218). Eliseu foi chamado do arado para o ministério profético.Manto. O manto, feito de pelos de camelo, era o traje característico dos profetas (ver Mc 1:6; DTN, 102). Ao lançar seu manto sobre Eliseu, Elias o chamava para o ministério. |
1Rs.19:20 | 20. Deixou este os bois. A resposta de Eliseu foi imediata. Embora estivesse seguindo os bois e lavrando a terra, Deus viu nele qualificações que o tornariam um poderoso pregador na causa da justiça.Beijar a meu pai. Eliseu, reconhecendo a importância desse chamado, pediu apenas para que, antes de sua partida, pudesse dar um beijo de despedida em seus familiares.Vai e volta. Eliseu estava sendo testado, não rejeitado. Iria com Elias ou escolhería permanecer em sua casar Ele tomaria a maior decisão de sua vida. |
1Rs.19:21 | 21. Junta de bois, Eliseu tomou o par de bois com que estava lavrando, matou-os e cozeu a carne com fogo ascendido com o arado e o jugo. Dessa forma, demonstrava que jamais os usaria. Ele estava deixando para trás o passado e entrando para o serviço de Deus.E o servia. O velho profeta necessitava de um jovem que o acompanhasse e o ajudasse. Os dois seriam dali em diante um só no serviço a Deus. Isso relembra a relação entre Moisés e Josué, entre Paulo e Silas. Os dois tinham personalidades diferentes, e o mais jovem e mais tranquilo seria de grande ajuda ao seu companheiro mais velho e impetuoso.Capítulo 20I Ben-Hadade, descontente com a homenagem de Acabe, cerca Samaria. 13 Os siros são mortos pela instrução de um profeta. 22 Assim como adverte o projeta, os siros se reúnem na planície para lutar contra Acabe, em Afeca. 28 Pela palavra do profeta, e como juízo de Deus, os siros são derrotados outra vez. 31 Os siros se submetem, e Acabe despede Ben-Hadade com uma aliança. 35 O profeta, com a parábola de um prisioneiro, faz com que Acabe sentencie a si mesmo ao anunciar o juízo de Deus.I 5 Então, contou os moços cios chefes das prov íncias, e eram duzentos e trinta e dois; depois, contou todo o povo, todos os filhos de Israel, sete mil.derrota (4) próximo a Jezreel, mas o deixa ir e é repreendido pelo profeta. Josafá alia-se a Acabe (5) em uma tentativa de recuperar Ramote-Gileade (6). Apesar das advertências de Micaías, Acabe ataca; c derrotado por Ben-Madade e lica fatalmente ferido. K2s |
1Rs.20:1 | 1. Ben-Hadade. O conteúdo e o espírito deste capítulo é bem diferente da maior parte do material de Reis. Ele descreve um quadro i nteressante e valioso da vida política da época. Ben-Hadade tinha se tornado um rei poderoso e ocupava posição dominante entre os governantes da Asia ocidental, como se observa nos registros assírios que o mencionam em primeiro lugar entre os aliados ocidentais que lutaram contra Salmaneser 111, em Qarqar (ver com. do v. 34).Trinta e dois reis. Estes eram os líderes de pequenas cidades-estados sírias que reconheciam a suserania de Damasco.Cavalos, e carros. Não se menciona o número, mas afirma-se que na batalha de Qarqar, Ben-Hadade tinha 1,2 mil carros, 1,2 mil cavaleiros e 20 mil soldados, comparados com os 2 mil carros e 10 mil soldados de Acabe. |
1Rs.20:2 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.20:3 | 3. A tua prata e o teu ouro são meus. Com frequência, os dados históricos registrados na Bíblia são apresentados brevemente. Portanto, não se sabe o que levou Ben-Hadade a fazer esta demanda. Poderia ser a consequência de alguma vantagem militar obtida pelo rei siro sobre Acabe, ou, o que é mais provável, pode simplesmente ter sido uma demanda da parte de Ben-Hadade para que Acabe o reconhecesse como seu senhor. Caso isso acontecesse, Israel seria dali em diante um estado vassalo da Síria. |
1Rs.20:4 | 4. Eu sou teu. Acabe respondeu em termos conciliatórios e humildes. Ele estavacom medo. Talvez tenha sido derrotado por Ben-Hadade em algum teste de força, ou não tenha tido a coragem de correr o risco de uma guerra. |
1Rs.20:5 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.20:6 | 6. Esquadrinharão a tua casa. Tal demanda apenas acrescentava insulto a uma ofensa. Acabe já tinha sido humilhado ao reconhecer que seu ouro e sua prata, e até sua família, eram propriedade do rei siro. No entanto, esse novo pedido demandava uma busca imediata no palácio e nos lares de Samaria, para que fosse entregue qualquer coisa agradável aos olhos dos saqueadores. Isso significava rendição incondicional e desprezível. |
1Rs.20:7 | 7. Procura o mal. Parece evidente que Ben-Hadade buscava um pretexto para saquear a cidade. |
1Rs.20:8 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.20:9 | 9. Dizei ao rei, meu senhor. A negativa de Acabe foi expressa da forma mais gentil possível. Ele continuou reconhecendo a suserania e estava disposto a reconhecer a si mesmo como “servo” ou escravo do rei siro. Ele declarou estar disposto a cumprir com as demandas já aceitas, mas com as últimas ele não poderia consentir. Com essa resposta conciliatória, Acabe esperava que Ben-Hadade adotasse atitude mais razoável. |
1Rs.20:10 | 10. O pó de Samaria. As palavras de Ben-Hadade envolvem uma ameaça de destruição completa, além de se gabar de grande poder. A expressão parece indicar que são tão numerosos os seguidores do rei siro, que o pó de Samaria não é suficiente para encher as mãos dos soldados. |
1Rs.20:11 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.20:12 | 12. Quando bebiam. Ben-Hadade recebeu a mensagem enquanto estava bebendo num banquete. Ele deu ordens a seus subordinados com apenas uma palavra, símu, que significa "ponde-vos de prontidão” ou “tomai posições”. Talvez o rei siro estivesse demasiado indignado ou surpreso para dizer mais do que isso. Estava agindo motivado por seu desprezo para com o insignificante rei hebreu e, sob a influência da bebida, tinha se tornado néscio e temerário. |
1Rs.20:13 | 13. Um profeta. É provável que a situação em Israel tenha mudado bastante desde a manifestação divina no Carmelo. Pode ser que aos profetas fosse permitido outra vez percorrer o país.Entregarei. Sem as instruções do profeta, Acabe possivelmente não teria tido coragem para atacar. Seria muito importante para Acabe, os anciãos e a nação que a vergonhosa humilhação se convertesse em vitória gloriosa. |
1Rs.20:14 | 14. Quem começará1? Acabe deve ter confiado em Deus e em Seus profetas para fazer estas perguntas. O destino da nação estava em jogo, e um profeta que era porta- voz de Deus foi aceito pelo rei como o comandante chefe. |
1Rs.20:15 | 15. Os moços. O rei obedeceu às instruções do profeta. “Moços” talvez seja usado como um termo técnico militar. Eles devem ter sido um corpo seleto de tropas de choque, bem treinado e armado, sob o comando de oficiais das províncias.Sete mil. E provável que este fosse o exército permanente de Israel. E dito que, em Qarqar, Acabe tinha 10 mil soldados. |
1Rs.20:16 | 16. Ao meio-dia. O ataque foi feito ao meio-dia, quando, no calor do dia, os soldados talvez estivessem descansando desarmados, sem esperar ser atacados.Bebendo e embriagando-se. Nessa hora, é provável que Ben-Hadade estivessesob influência da bebida, incapaz de avaliar a situação ou de tomar decisões sábias. |
1Rs.20:17 | 17. Uns homens. Visto que o ataque foi feito ao meio-dia, a abordagem foi vista e não houve surpresa. Mandaram informar ao rei que um grupo de hebreus estava se aproximando. |
1Rs.20:18 | 18. Tomai-os vivos. Movido por sua altivez, Ben-Hadade ordenou que todos os hebreus fossem capturados, quer tivessem vindo para negociar a paz, render-se, lutar ou qualquer outro propósito. |
1Rs.20:19 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.20:20 | 20. Eles feriram. Eles lutaram corpo a corpo. Um pelotão de arqueiros ou lancei- ros teria sido capaz de dominá-los, mas os siros não acordaram para a situação até ser tarde demais. O pânico tomou conta deles e fugiram. |
1Rs.20:21 | 21. Destroçou os cavalos. Acabe estava bem equipado com carros. Atacou os cavalos e carros siros, que talvez não estivessem preparados para o ataque hebreu. O resultado foi uma completa derrota do exército siro. |
1Rs.20:22 | 22. Daqui a um ano subirá. Parece que o ano dos reinados de Israel começava na primavera, no mês de nisã (ver p. 121). Essa era a estação quando as campanhas militares eram postas em marcha na Mesopotâmia e na Palestina, e é chamada “tempo em que os reis costumam sair para a guerra” (2Sm 11:1). Acabe foi advertido pelo Senhor a esperar outro ataque da Síria no ano seguinte, após a estação das chuvas de inverno ter acabado. |
1Rs.20:23 | 23. Dos montes. Até os siros atribuíram a vitória dos hebreus ao auxílio divino. Eles, porém, não tinham uma compreensão verdadeira da onipotência de Yahweh. O pofite- ísmo antigo estava baseado na ideia do poder local e na influência dos deuses. Por exemplo, havia um Baal de Hermorn, um Baal do Líbano, um Baal do cume de Zafom, e um Baal-shamin, que era o deus dos céus, dos cumes dos montes e dos raios e trovões.Esses baalins são mencionados com frequência em textos de religiões antigas como deuses da guerra, das montanhas, das nuvens e do trovão, Pode ser que os siros estivessem pensando principalmente em Baal, conhecido em Israel desde os dias de Jezabel, como o deus que dera a vitória a Acabe. Sarna ria ficava na região montanhosa de Efraim. Criam que para vencer, os israelitas deviam ser induzidos a abandonar os montes e desse modo dar aos siros vantagem estratégica e religiosa. |
1Rs.20:24 | 24. Tira os reis. O conselho para tirar os reis foi dado, talvez, devido ao lato de que, como vassalos, esses reis acompanhavam o rei siro somente à força, e, portanto, não eram dignos de confiança na batalha como os líderes apontados pelo próprio Ben-Hadade. |
1Rs.20:25 | 25. Ao que perdeste. As perdas sírias devem ter sido bastante severas, demandando a substituição de praticamente todo o exército. A guerra desvaloriza a vida humana. |
1Rs.20:26 | 26. Decorrido um ano. Isto é, no início do ano seguinte na primavera, a época habitual para campanhas militares na Palestina (ver com. do v. 22).Passou revista aos siros. Inspecionou os siros para a batalha.Afeca. Muitos locais bíblicos tinham este nome (ver com. de ISm 4:1). A cidade aqui mencionada era provavelmente a que ficava seis quilômetros ao leste do mar da Galileia, na estrada entre Bete-Seã e Damasco. Não importa de que cidade se trata, é provável que fosse a Afeca onde Jeoás, de Israel, mais tarde, segundo a profecia de Eliseu, feriria os siros até que fossem consumidos (2 Rs 13:14-19). |
1Rs.20:27 | 27. Foram providos de víveres. Israel tinha sido provido com todo o necessário para a guerra. Houve tempo e oportunidade para isso, uma vez que a batalha foi predita (v. 22).Rebanhos. Do heb. chaslj. Esta palavra aparece apenas nesta passagem nas Escrituras. Parece indicar algo separado,como dois pequenos rebanhos de cabras separados de seu rebanho principal. |
1Rs.20:28 | 28. Sabereis. Deus queria que tanto Acabe quanto os siros atribuíssem a vitória v indoura à Sua intervenção em favor de Israel. Por meio disso, os pagãos deviam saber que o Senhor é Deus (ver 2Rs 19:16-34). O plano de Deus era que a majestade de Seu nome fosse vindicada perante todos os povos da lerra (ver SI 67:2; 102:15; 138:4; Ez 20:9). Ao dar a vitória a Israel sobre o grande exército siro, Yahvveh mostraria às nações vizinhas que Ele é Deus não apenas dos montes, mas também dos vales e de toda a Terra. |
1Rs.20:29 | 29. Cem mil homens de pé. As baixas do exército siro desta vez parecem ter sido principalmente dentre a infantaria, ao passo que na batalha anterior menciona-se que as perdas foram em sua maior parte de cavalos e carros (v. 21). |
1Rs.20:30 | 30. Caiu o muro. E provável que a cidade fosse pequena, e um grande número de siros se apertavam dentro dos muros. A confusão geral que se originou podia facilmente ter resultado na morte de muitos.De câmara em câmara. Literal mente, numa "câmara dentro de uma câmara". O refúgio de Ben-Hadade foi talvez dentro da cidadela da cidade, um local particularmente forte, comum nas cidades muradas orientais e que podia ser usado como local de refúgio. |
1Rs.20:31 | 31. Reis clementes. Este foi um bom relatório que se difundiu em meio às nações vizinhas: que os reis de Israel eram clementes. Se todos os reis governassem com misericórdia e compaixão, se a bondade tomasse o lugar da crueldade, e a justiça e o amor fraterno, o lugar da opressão e do erro, o mundo seria diferente. |
1Rs.20:32 | 32. Teu servo Ben-Hadade. Bem pouco tempo antes, Acabe era o servo e Ben-Hadade o senhor (v. 4, 20). O arrogante Ben-Hadade não mais se jactava e tinha boas razões para considerar a mensagem® Quedei ®R,bb eChunijZedadeMt/Amana: «Cades-Bameia'«Punom-'©Im ,r/iím u:«!oReino de israelReino de judá Reino de Amom Reino de Aram (Síria)Territórios da Filístia e da Ferrfcia CidadesFronteiras indefinida;'Crer o"de Acabe da estação anterior: “Não se gabe quem se einge como aquele que vitorioso se descinge" (v. 11). |
1Rs.20:33 | 33. Por presságio. Qual seria a resposta de Acabe? Significaria vida ou morte? Os homens estavam procurando por um sinal que pudesse indicar a reação de Acabe. Tiveram a resposta quando Acabe se referiu a Ben-Hadade como “irmão". O suspense e o perigo tinham acabado, pois o vencedor tinha se expressado. Haver ia clemência e amizade em vez de extermínio e morte. A extraordinária cortesia de Acabe foi demonstrada ao receber Ben-Hadade em seu próprio carro. |
1Rs.20:34 | 34. Eu tas restituirei. Isto se refere às cidades que "Ben-Hadade, filho deTabrimom, filho de Hez/iom”, tomou de Baasa na provocação de Asa (IRs 15:18-22). O fato de esse Ben-Hadade se referir ao rei que tomou essas cidades como seu pai prova que o rei e esse Ben-Hadade não podiam ser a mesma pessoa, como alguns defendem. O contemporâneo de Baasa foi Ben-Hadade I, e Ben-Hadade II foi contemporâneo de Acabe.Bazares. Imagina-se que fossem bazares de comércio, cujos donos tinham privilégios extraterritoriais. E interessante notar que a Síria tinha tais privilégios em Samaria. |
1Rs.20:35 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.20:36 | 36. Um leão te matará. A ordem para esmurrar tinha vindo do Senhor (v. 35). O companheiro, que talvez fosse um profeta também, deveria ter obedecido de imediato, não levando em conta se a tarefa era desagradável e repulsiva. Seu rápido castigo serviu para ensinar que deve ser dada obediência inquestionável às ordens do Senhor. |
1Rs.20:37 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.20:38 | 38. Venda. As palavras hebraicas para “cinzas” e “vencia” provêm da mesma raiz, tendo de diferente apenas as indicações de sons vocálicos. A palavra para "cinzas” é efer, e para “venda", afer. E provável que a venda tivesse um propósito duplo: cobrir a ferida e ser um disfarce para que o profeta não fosse reconhecido por Acabe. |
1Rs.20:39 | 39. Gritou. O significado da parábola está claro. O profeta disfarçado representava Acabe, e o homem que lhe fora confiado, Ben-Hadade. |
1Rs.20:40 | 40. Ocupado. Não com o seu dever, mas prestando atenção a tudo, menos ao que era de suprema importância.Tua sentença. O rei dá o veredito, sem perceber que a sentença é contra si mesmo. O julgamento é como o cie Davi contra si mesmo na parábola da ovelha (2Sm 12:5-7) ou na história dos dois irmãos (2Sm 14:10, 1.1). |
1Rs.20:41 | 41. Tirou a venda. Ver com. do v. 38. |
1Rs.20:42 | 42. A tua vida. Deus tinha entregado Ben-Hadade nas mãos de Acabe para que fosse destruído. .Acabe falhou em não assumir essa responsabilidade ou em não aproveitar a oportunidade. Com as exigências duras que Ben-Hadade lhe fizera apenas um ano antes (v. 3-6), Acabe devia ter percebido o caráter do homem com o qual estava lidando e devia ter agido em conformidade com isso. Ben-Hadade não era confiável. Estava apenas ganhando tempo. Poucos anos depois, Acabe pagou por sua mansidão com a própria vida (IRs 22:31-36). |
1Rs.20:43 | 43. Desgostoso e indignado. Acabe recusou-se a reconhecer a justiça de sua sentença. Irado e triste, não demonstrou sinal de arrependimento e pesar genuínos que vêm de Deus. Tinha, porém, pronunciado essa sentença contra si mesmo, sem chance de apelação. Acabe, com toda sua ira, sem dúvida teria preferido capturar o proleta por sua franca reprovação, mas não podia fazer isso, visto que ele próprio tinha proferido a sentença. Ele voltou para casa triste, desgostoso com o profeta em vez de consigo mesmo, apontando falhas nos caminhos de Deus em vez de nos seus próprios. O coração humano degenerado parece querer justificar os erros; em geral, o caminho do ser humano é certo aos seus próprios olhos.Capítulo 21lhes ordenara, segundo estava escrito nas cartas que lhes havia mandado. |
1Rs.21:1 | 1. Uma vinha. A cidade de jezreel estava na planície de Esdraelom, ao norte do monte Gilboa. Ficava na parte superior de uma encosta íngreme, que descendia para o norte e leste. Visto que as vinhas antigas parecem ter estado no leste da cidade, é provável que o palácio de Acabe estivesse do mesmo lado (ver com. de IRs 18:45), com uma vista esplêndida de todo o Jordão. |
1Rs.21:2 | 2. Disse Acabe a Nabote. Este relato revela o temperamento ambicioso, insolente e egoísta do rei, e a crueldade fria e calculista da rainha. |
1Rs.21:3 | 3. Guarda-me o Senhor. Para Nabote era errado vender sua vinha. O código levítico declarava que “a herança dos filhos de Israel” não deveria “passar de tribo em tribo”, mas cada um devia se firmar "à herança da tribo de seus pais" (Nm 36:7-9). Caso, por alguma razão, a propriedade fosse vendida, promulgavam-se leis específicas para que ela retornasse a seus donos originais (Lv 25:13-28). Nabote cria que transferir sua herança ao rei era contrário ao propósito espiritual da lei ievítica. |
1Rs.21:4 | 4. Desgostoso e indignado. Acabe já tinha voltado antes para casa “desgostoso e indignado” depois de saber que a maneira como tratara Ben-liadade não estava deacordo com o propósito divino (IRs 20:43). Entristeceu-se por não ter sido capaz de tomar posse da vinha que seu coração desejava. Sua atitude foi como a de uma criança mimada e egoísta, preocupada apenas consigo mesma. Como não pôde fazer o que desejava, ficou triste e enraivecido, recusou-se a comer e foi se deitar. Todo o seu reino parecia não significar nada para ele, enquanto não possuísse a vinha de Nabote. |
1Rs.21:5 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.21:6 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.21:7 | 7. Governas tu, com efeito, sobre Israel? As palavras de Jezabel eram cheias de amargura e sarcasmo. Um. homem que é o governante do reino deve aceitar que não pode conseguir uma pequena porção de terra? Acabe, o rei, deve permitir que algum súdito insignificante contrarie sua vontade? O problema podia ser facilmente resolvido. Ela mesma tomaria conta disso e mostraria a Acabe como lidar com esses assuntos. |
1Rs.21:8 | 8. Cartas. E evidente que para Acabe não importava como jezabel obteria a vinha, contanto que ela fosse dele. Ele não a impediu de escrever cartas em seu nome e as selar com seu sinete. Dessa forma se tornou cúmplice de Jezabel nesse ato covarde. |
1Rs.21:9 | 9. Um jejum. Ela deve ter ordenado isso na tentativa de encobrir o revoltante crime com um manto de santidade religiosa.Fez com que parecesse que algum pecado secreto tinha sido cometido e, caso não fosse expiado, atrairía a vingança divina a toda a cidade. Assim, o caminho estaria preparado para a falsa acusação e para a morte da vítima.Trazei Nabote. Não para ser honrado, mas para ser julgado. |
1Rs.21:10 | 10. Dois homens. Em harmonia com as demandas judiciais (Nm 35:30; Dt 17:6).Malignos. Filhos da iniquidade, ou "(¦ilhós de Belial” (ARC), indignos e ímpios, de quem se podia esperar tudo de ruim (ver !/ 19:22; 20:13; lSm 1:16; 2:12; 10:27; 25:17, 25; 30:22; 2Sm 16:7; 20:1; etc.). É triste saber que em Israel, o povo de Deus, existiam pessoas assim. |
1Rs.21:11 | 11. Segundo estava escrito. O pronto consentimento dos líderes da cidade em levar a cabo esse complô desprezível é característico do que se pode encontrar de pior no despotismo oriental. /V palavra do rei era lei. Até mesmo um vil assassinato podería ocorrer com aparência de justiça. Essa pronta submissão dos anciãos e dos nobres indica a profunda degradação moral entre o povo. |
1Rs.21:12 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.21:13 | 13. E o apedrejaram. Com base em 2 Reis 9:26, parece que não só Nabote, mas também seus filhos foram apedrejados. Quando Acã foi condenado à morte, seus filhos e suas filhas foram apedrejados com ele (Js 7:24, 25). Com os filhos de Nabote fora do caminho não havería herdeiros para reivindicar a vinha. Portanto, o crime tornou-se muitas vezes mais cruel. |
1Rs.21:14 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.21:15 | 15. Toma posse. Nabote e seus filhos estavam mortos, e toda sua propriedade passou a pertencer ao domínio real. Sem importar-se com as consequências, Acabe tomou posse da propriedade. |
1Rs.21:16 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.21:17 | 17. Veio a palavra do Senhor a Elias. Jezabel pensou que tivesse planejado tudo com perfeição, mas ela não contava com Deus. O Senhor viu tudo. O terrível crime de Acabe não podia ficar impune, e Deus enviou Elias para transmitir uma mensagem. Quando oSenhor tem uma obra a fazer, Ele encontra os que estão dispostos a ir em Seu lugar. |
1Rs.21:18 | 18. Samaría. Não a cidade, mas o distrito de Samaria, como em 1 Reis 13:32. |
1Rs.21:19 | 19. Mataste [...]? No encontro de Elias com Acabe não devia haver saudações corteses. O profeta foi direto ao ponto e chamou a atenção para o ato cruel cometido pelo rei de Israel. A Acabe não foi dada a chance de se desculpar ou buscar subterfúgios. O crime hediondo foi imediatamente desmascarado, e o rei se apresentou tal como era: um infame saqueador e assassino, que matava sem piedade e se apoderava dos bens de sua vítima.Lamberam o sangue. A sentença era completa mente justa. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará’’ (GI 6:7). |
1Rs.21:20 | 20. Já me achaste? Foi a consciência culpada que fez com que os lábios de Acabe proferissem estas palavras. O homem que menos desejava ver tinha ido ao seu encontro e o surpreendido no local do crime. Elias não era inimigo de Acabe, e sim seu amigo. O pior inimigo de Acabe era ele mesmo, e Elias estava tentando salvá-lo de si próprio. A mensagem de Deus, embora condenató- ria, ainda estava mesclada com misericórdia. Acabe pôde ver o terrível fruto da semente que estava semeando, mas a oportunidade de arrependimento não foi tirada. |
1Rs.21:21 | 21. Trarei o mal. Ver com. de 1 Rs 16:12. |
1Rs.21:22 | 22. Como a casa. Na destruição da casa de jeroboão, Acabe não podia negar que havia uma lição clara. Esta casa tinha sido eliminada por causa da impiedade. Acabe* estava seguindo o mesmo caminho e sofreria o mesmo destino. |
1Rs.21:23 | 23. Os cães. Os cães no antigo Oriente se alimentavam de carniça e comiam vísceras de qualquer animal. Se o corpo de jezabel fosse estendido ao ar livre, logo seria consumido dessa forma. |
1Rs.21:24 | 24. Quem morrer de Acabe. O destino predito para jezabel também foi predito para seus filhos.¦S-iS |
1Rs.21:25 | 25. Ninguém houve, pois, eomo Acabe. Os v. 25 e 26 abrem um parêntese e dão a razão para o terrível destino que sobreveio à casa de Acabe.Jezabel [...] o instigava. O pecado era um iogo que ardia no coração de Acabe, mas Jezabel la/ia com que essa chama estivesse acesa continuamente para que queimasse com a máxima intensidade. Jezabel influenciou Acabe para que adotasse o culto a Baal (IRs 16:31), permitisse a morte cios profetas de Deus (18:4), tolerasse que Elias fosse banido (19:2) e, fi nalmente, matasse Nabote e tomasse posse de sua propriedade (21:7, 15). |
1Rs.21:26 | 26. Segundo tudo o que fizeram os amorreus. Apenas atualmente, por meio dos resultados de pesquisas arqueológicas, é que se compreendem quão abomináveis eram as práticas relacionadas à antiga idolatria. Havia vício e imoralidade nas formas mais vis, crueldade e derramamento de sangue e cultos a demônios com ritos repugnantes e degradantes. Por tudo isso, os amorreus e outros povos de Canaã deviam ser eliminados da face da Terra. Contudo, Acabe tinha se entregado às mesmas práticas. |
1Rs.21:27 | 27. Tendo Acabe ouvido. Elias pronunciou uma terrível acusação com respeito às atitudes do rei, e as palavras foram para Acabe como um punhal penetrando o mais íntimo do seu coração. Esse coração não erade todo mau. Ele podia ser comovido. Acabe viu a si mesmo como realmente era e tremeu de medo ao pensar na condenação.Rasgou as suas vestes. Sob a severa censura de Elias, Acabe se humilhou até o pó e se vestiu de pano de saco. Era uma atitude estranha para o rei orgulhoso e tirano colocar as vestes de enfutado e agir como suplicante. |
1Rs.21:28 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.21:29 | 29. Acabe se humilha. Acabe não se vestiu de pano de saco apenas para ser visto pelos homens, mas por Deus. isso teria uma grande influência para o povo se tão somente o rei tivesse se voltado para o Senhor mais cedo em seu reinado. Poderia ter havido um grande reavivamento em todo o país. O arrependimento aconteceu tarde demais, e pode ter sido em grande parte motivado pelo temor. Porém, não importa qual tenha sido sua intenção, Deus viu a aflição da consciência, por mais fraca que tenha sido, e não fez ouvidos surdos ao remorso e pesar do rei. Deus observou as vestes e o jejum de Acabe, como o fez, mais tarde, no caso do rei e do povo de Nínive (Jn 3:5-10).Nos seus dias. Ouando o Céu pronuncia um juízo, ele é, na maioria das vezes, condicional. Se há arrependimento sincero, Deus perdoa, e o juízo pode ser evitado (Jr 18:7, 8; Jn 3:4, 5, 10). Acabe teve a satisfação de saber que o destino predito seria adiado, ao menos temporariamente.Capítulo 22também nos caminhos de sua mãe e nos caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel. |
1Rs.22:1 | 1. Três anos. Este capítulo dá continuidade à narrativa militar iniciada no eap. 21. Esses foram anos tumultuosos na história da Asia ocidental. A Assíria estava cada vez mais poderosa e se tornava uma ameaça real aos países da Palestina e da Síria. Afirma-se que essa foi a época em que, sob o impulso da ameaça assíria, Israel e a Síria temporariamente esqueceram suas diferenças e se uniram contra a Assíria. E provável que tenha sido devido a essa aliança que Israel e Síria tiveram um período de três anos de paz. Sabe-se que Acabe e Ben- Hadade foram amigos, ao menos por um tempo, pois lutaram juntos contra Salmaneser III, na batalha de Qarqar (ver p. 42). |
1Rs.22:2 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:3 | 3. Ramote-Gileade é nossa. E evidente que Ben-Iladade não devolveu a Acabe todas as cidades que tomou de Israel, de acordo com a promessa que fizera (lRs 20:34), e Acabe concluiu que deviam ser tomadas pela força. |
1Rs.22:4 | 4. Serei como tu és. Josafá já era afiado de Acabe. Essa aliança foi formada pelo casamento da filha de Acabe, Atalia, com o filho e herdeiro de josafá, Jeorão (2Rs 8:18, 27). Visto que Acazias, o filho dessa união, tinha 22 anos quando subiu ao trono (2Rs 8:26), a aliança deve ter perdurado por algum tempo. O fato de os reis que sucederam Josafá, em judá, terem sido Jeorão e Acazias (2Rs 8:16, 25) e de o nome dos dois filhos de Acabe que o sucederam no trono ter sido Acazias e Jorão (]Rs 22:40; 2Rs 1:17; 3:1) é mais um indício da amizade que existia entre as duas casas reais nesse tempo.Os meus cavalos. Parece que tanto Judá quanto Israel tinham um exército equipado com cavalaria e carros. Josafá era um líder militar forte, temido e respeitado pelas nações ao redor (2Cr 17:10-19). |
1Rs.22:5 | 5. Consulta, josafá, com sua piedade característica (lRs 22:43; cf. 2Cr 17:3-9; 19:3-11; 20:5-32), sugeriu a Acabe que consultasse ao Senhor antes de realizar a expedição e que isso fosse feito naquele mesmo dia. |
1Rs.22:6 | 6. Os profetas. E provável que estes não fossem profetas de Baal, visto que seria pouco provável que Acabe insultasse Josafá, que tinha claramente pedido para se consultar um profeta de Yahweh, convocando os supostos profetas de um deus pagão. Eles afirmavam falar em nome de Yahvveh, mas eram falsos profetas.O Senhor a entregará. A palavra hebraica usada nesta passagem para Senhor é adhonai, não Yahweh, e pode ser aplicada a qualquer deus que seja considerado senhor ou mestre, bem como ao verdadeiro Senhor, Yahweh. Se fossem profetas de Baal, eles teciam usado o termo "Baal” em vez de "Senhor ’. Porém, mais tarde, esses mesmos profetas usaram o termo Yahweh para o deus deles, como pode ser visto na tradução "Senhor” (v. 11, 12), que aparece em letras maiusculas (ver vol. 1, p. 11, 12). |
1Rs.22:7 | 7. Do Senhor. O termo usado nesta passagem por Josafá é Yahweh. Fica evidente que o rei de Judá estava descontente com os profetas de Israel, indicando que eles deviam ser colocados numa categoria totalmente diferente dos profetas do verdadeiro Deus e Cínico "Senhor”, Yahweh. Contudo, daqui em diante a palavra Yahweh é usada tanto pelo verdadeiro profeta de Yahweh como pelos profetas falsos (v. 8, 11, 12, 14-17, 19, 21, 24). |
1Rs.22:8 | 8. Eu o aborreço. E comum o mal odiar o bem. Acabe odiava Micaías porque suas palavras não estavam em conformidade com seus desejos e caprichos.O rei preferia andar em seu próprio caminho e queria profetas que profetizassem de acordo com seus anelos.Micaías. Este era o homem, segundo Acabe, por meio de quem seria possível consultar Yahvveh, mas Acabe não gostava dele. Micaías era um verdadeiro profeta de Yahvveh. Josefo afirma que foi Micaías (Antiguidades, viii.14.5) quem profetizou o mal acerca de Acabe por não ter agido com Ben-Hadade segundo a vontade divina (IRs 20:35-43). |
1Rs.22:9 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:10 | 10. À entrada da porta. Após um rico banquete no qual Josafá e seu séquito foram entretidos (2Cr 18:2), os dois reis foram a uma praça pública nos portões da cidade. Esses portões eram lugares muito importantes. Com frequência, os anciãos e juizes se assentavam ali para julgar (2Sm 15:2; 19:8; cf. Rt 4:1; 81 127:5). |
1Rs.22:11 | 11. Chifres de ferro. Provavelmente um para Israel e outro para Judá, simbolizando os poderes pelos quais a Síria seria derrotada. Em geral, chifres são usados nas Escrituras para representar torça (Dt 33:17; lSm 2:1) ou nações e poderes (Dn 7:7, 8, 24; 8:2-10; Zc 1:18, 19). Era comum que os profetas usassem atos simbólicos como métodos eficazes para ilustrar suas mensagens (Jr 13:1-11; 19:1; 27:2; Ez 4:1-4, 9, 12:3-7; 24:3-12, 15-24),Assim diz o Senhor. E interessante notar que Zedequias desta vez pretendia falar em nome de Yahweh. Isso não indica que fosse um verdadeiro profeta de Yahweh, mas que talvez estivesse apenas dissimulando para satisfazer o ped ido de Josafá (v. 5). |
1Rs.22:12 | 12. Todos os profetas. Os profetas de Israel estavam dizendo o que o rei cie Israel queria ouvir. Eles não sabiam, mas tal atitude acarretaria a morte do rei. Eles o estavam encorajando a ir avante nessa missão tola e desastrosa.O Senhor. Do heb. Yahweh. Os profetas, nesse momento, usaram o nome deYahvveh, um título que em princípio evitaram (ver com. do v. 6). Eles eram falsos profetas e não falavam em nome de Yahvveh, embora ousassem empregar esse nome em suas declarações enganosas. |
1Rs.22:13 | 13. Predizem. Os profetas recebem suas mensagens de Deus, não de seres humanos. Ê o Senhor quem os instrui e lhes fala o que dizer, quer esteja de acordo com o que outras pessoas dizem ou não. O mensageiro enviado para buscar Micaías tinha um baixo conceito dos profetas em geral, pois imaginava que um conselho poderia influenciar na mensagem a ser dada.Coisas boas. O bom nem sempre é o que parece ser, ou aquilo que os seres humanos desejam ouvir. Encorajar Acabe a ir adiante nessa missão desastrosa que lhe traria a morte não era bom para o rei. Melhor é a verdade amarga do que a mentira doce. |
1Rs.22:14 | 14. O que o Senhor me disser. Verdadeiros profetas não podem ser subornados ou forçados a profetizar coisas boas. “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1:21). |
1Rs.22:15 | 15. Sobe e triunfarás. Micaías surgiu e, com ironia, zombou da declaração dos falsos profetas. “Sobe e triunfarás” - é isso que os profetas estão te dizendo - e “o Senhor a entregará nas mãos do rei.” Experimente e veja o que vai acontecer. Pode-se ouvir o desprezo e o escárnio na voz de Micaías ao dar outra vez a mensagem que o rei tinha ouvido de “todos os profetas”, a mensagem que ele queria ouvir. |
1Rs.22:16 | 16. Senão a verdade. Acabe parece ter percebido logo que o profeta estava sendo irônico. O rei estava bem habituado com as mensagens divinas e com os que falsamente pretendiam lalar em nome de Deus, para saber que não era objetivo de Micaías que suas palavras fossem consideradas verdadeiras. |
1Rs.22:17 | 17. Israel disperso. Micaías mudou o tom de vo7. e assumiu uma postura bastante séria. Ele transmitiu a mensagem dada por Deus. Israel seria disperso pelos montes e retornaria à sua easa sem seu rei. |
1Rs.22:18 | 18. Não te disse eu? Sim, ele disse (v. 8) e outra vez a mensagem de Micaías falava do mal que cai ri a sobre o rei e o povo. Quando um procedimento é mau, um verdadeiro profeta o descreve como tal. A solução não estava na mudança da mensagem por parte do profeta, mas na mudança de conduta por parte do rei. |
1Rs.22:19 | 19. Ví o Senhor. Esta foi uma visão real. O profeta pôde ver o que acontecia por trás das questões humanas. Isso faz recordar a c e n a v ív i d a d e J ó 1:6-12. |
1Rs.22:20 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:21 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:22 | 22. Espírito mentiroso. Na Bíblia, às vezes, Deus é apresentado fazendo o que Ele não impede. O relato é uma parábola. Acabe escolheu ser guiado por falsos profetas, e Deus simplesmente permitiu que fosse guiado por eles para sua ruína. |
1Rs.22:23 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:24 | 24. Bofetada em Micaías. O espírito do mal sempre se revela como é. Ele não é gentil, mas duro, cruel e sem misericórdia. O povo de Deus é advertido: "não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus” (ljo 4:1). ‘'Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:20). Em Gálatas 5:19- 23, encontra-se uma lista das obras da carne e dos frutos do Espírito, e, por esses, a natureza dos espíritos deve ser testada. Ao esbofetear .Micaías na face, Zedequias deu provas de que o espírito que nele habitava era mau. |
1Rs.22:25 | 25. Eis que o verás. Micaías não se preocupou em responder à pergunta de Zedequias, mas sim com a principal questão em pauta, isto é, qual deles era um profeta verdadeiro. Zedequias logo saberia. O próprio Zedequias iria sofrer como resultado dos reveses que sobreviríam da derrota de Acabe. |
1Rs.22:26 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:27 | 27. Na casa do cárcere. Com o ato de violência para com Micaías, Acabe revelou o homem ímpio que era. Ele colocou na prisãoo profeta cujo conselho, se acatado, teria salvado sua vida.Em paz. Acabe queria que Israel pensasse que ele não acreditava no profeta e que tinha certeza de que voltaria em segurança. Porém, sua conduta subsequente (v. 30) mostrou que talvez tivesse sérias dúvidas do resultado daquilo com que estava se comprometendo. |
1Rs.22:28 | 28. Ouvi isto, vós, todos os povos! Micaías aceitou a afronta do rei e queria que todo o povo tomasse conhecimento disso. Se Acabe voltasse em paz, então ele admitiría que o Senhor não falara por seu intermédio e que era um falso profeta. Contudo, se o rei não voltasse em paz, então toda a nação saberia que os 400 profetas que com ousadia profetizaram em alta voz em nome do Senhor não passavam de enganadores e que o Senhor não estava com eles. Foi uma prova justa (Dt 18:22). |
1Rs.22:29 | 29. Subiram. Seria de se esperar que Josafá, que havia pedido para que se consultasse um profeta do Senhor (v, 5), escutasse a mensagem do profeta e se recusasse a participar da expedição, a qual .Micaías revelou que seria um desastre. E verdade que ele tinha se comprometido, por meio de uma promessa solene, (v. 4), em tomar parte na guerra e estava ligado a Acabe por uma aliança militar. Contudo, podería ter esclarecido Acabe cie que não podia ir contra a vontade do Senhor. De fato, ao fazer isso, poderia ter convencido Acabe a desistir da guerra. Por estar disposto a acompanhar Acabe, Josafá o encorajou a buscar o desastre. Por isso, Josafá recebeu uma reprovação severa do Senhor por ter participado dessa expedição (2Cr 19:2). |
1Rs.22:30 | 30. Eu me disfarçarei. A precaução de Acabe é característica de seu temperamento de meio crente e meio incrédulo. Na verdade ele sabia que Micaías era um verdadeiro profeta e temia que sua profecia se cumprisse. No entanto, ele faria todo o possível para evitar seu cumprimento. |
1Rs.22:31 | 31. Não pelejareis. Esta ordem viera do homem cuja vida Acabe tinha poupado, e, em resultado disso, tinha recebido a reprovação do profeta (lRs 20:42). |
1Rs.22:32 | 32. Josafá gritou. Em 2 Crônicas 18:31, as seguintes palavras são acrescentadas a esse relato: “E o Senhor o socorreu; Deus os desviou dele.” E provável que tenha sido um grito espontâneo de socorro dirigido a Deus por ajuda, e para que seus soldados o socorressem de imediato. Os siros reconheceram que o grito não provinha do rei de Israel. |
1Rs.22:33 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:34 | 34. Ao acaso. Às vezes, as maiores vitórias e derrotas da vida dependem de causas que parecem pequenas. O arqueiro siro, ao disparar seu arco ao acaso, matou um rei e ganhou a batalha. E improvável que esse arqueiro soubesse do resultado de sua ação. Disparos ao acaso são, às vezes, disparos do destino. Porém, conforta saber que nenhuma flecha do destino pode ser lançada sem o conhecimento d Aquele que a tudo governa.Vira. O cocheiro poderia virar o carro, mas não poderia fazer nada com respeito ao relógio do destino. A última hora de Acabe tinha chegado, e ele soube que a profecia de Micaías era verdadeira. |
1Rs.22:35 | 35. De pé. Acabe fez uma corajosa tentativa de continuar, ficando em pé no seu carro até o fim. |
1Rs.22:36 | 36. Cada um para a sua cidade.A morte do rei, à tarde, significou a morte das esperanças de vitória para Israel. Acabe, por sua teimosia, não só acarretou para si um túmulo inglório; mas trouxe a tragédia e a derrota a uma nação inteira. |
1Rs.22:37 | 37. A Samaria. Da época de Onri em diante, Samaria se tornou o local comum de sepultamento dos reis de Israel (1 Rs 16:28; 2 Rs 10:35; 13:9; 14:16). |
1Rs.22:38 | 38. Ao açude de Samaria. Escavações arqueológicas encontraram o que se acredita ser esse açude. Estava num átrio na ala norte do palácio de Acabe e media 10 x 5 metros, com a profundidade de 4,5 metros. O açude eraentalhado na rocha e recoberto com uma grossa camada de argamassa.As prostitutas banharam-se. A LXXacrescenta "no sangue”. O significado é obscuro. Pode ser que isso seja referência a alguma prática ainda desconhecida. Josefo parafraseia esta passagem: “depois disso, as prostitutas continuaram a se banhar naquele açude” (Antiguidades, viii. 15.6). A tradução da KJV (“lavaram sua armadura”) reflete a siríaca a e Vulgata. |
1Rs.22:39 | 39. À casa de marfim. Isto pode se comparar com os “palácios de marfim” (SI 45:8) e com as "casas de marfim” (Am 3:15). O palácio de Acabe era chamado assim por causa da rica ornamentação com marfim. Esta descrição foi plenamente comprovada pela escavação arqueológica do palácio de Acabe, onde foram encontrados móveis decorados com marfim. Muitas esculturas de marfim foram encontradas na Palestina e na Síria (ver p. 66).As cidades. Não se encontrou nenhum outro registro destas cidades. Durante o reinado de Acabe havia grande prosperidade. |
1Rs.22:40 | 40. Acazias. E verdade que Acazias reinou imediatamente depois da morte de Acabe, mas os detalhes sobre seu reino só são dados a partir do v. 52. |
1Rs.22:41 | 41. Josafá. Após o relato relativamente longo do reinado de Acabe (1 Rs 1.6:29— 22:41), a narrativa trata então de um rei de Judá (verp. 128-129). |
1Rs.22:42 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:43 | 43. Os caminhos de Asa. Em Reis, há poucos detalhes específicos com relação ao reinado de Josafá, sendo que todo o relato sobre ele está entre os v. 41 a 51. Em Crônicas, o relato é bem mais completo (2Cr 17:1—21:1). O que mais se enfatiza é o fato de ter sido um bom rei, que andou nos caminhos de seu pai, Asa (sobre a piedade de Asa, ver lRs 15:11-15; 2Cr 14:2-5; 15:8- 18). No entanto, josafá parece ter sido um rei melhor do que seu pai, pois não se diz que ele se desviou de Deus na velhice, como no caso de Asa (2Cr 16:2-12). |
1Rs.22:44 | 44. Não se tiraram. Isto está de acordo com 2 Crônicas 20:33. Porém, em 2 Crônicas 17:6, afirma-se que "tirou os altos e os postes- ídolos de juclá 7 Isso provavelmente significa que Josafá tenha retirado os locais de adoração mais vis como aqueles que continham “postes-ídolos”, mas permitiu que permanecessem alguns santuários não autorizados. Ou pode ser que os tenha retirado e, mais tarde, alguns tenham sido recolocados. |
1Rs.22:45 | 45. Viveu em paz. De acordo com 2 Crônicas 18:1, Josafá "aparentou-se com Acabe”. Isto é, tez uma al iança formal com ele. A aliança foi selada com o casamento de Atai ia, filha de Acabe, com jeorão, falho de Josafá (2Rs 8:18, 26; 2Cr 21:6). Acazias, filho dessa união, recebeu esse nome à semelhança do filho e herdeiro de Acabe, e parece que ao outro filho de Acabe foi dado um nome similar ao do cunhado de Acabe, jeorão, herdeiro do trono de Judá (ver com. do v, 4). Devido a essa aliança, que evidentemente foi continuada pelos herdeiros de josafá e Acabe, os membros das casas reais visitavam um ao outro (lRs 22:2; 2Rs 8:29; 2Cr 18:1, 2), uniam suas forças para a batalha (lRs 22:4; 2Cr 18:3; 22:5, 6) c empreendiam juntos negócios no exterior (2Cr 20:35, 36).’ |
1Rs.22:46 | 46. Como guerreou. Ver as guerras de Josafá em 2 Reis 3:9 a 27; 2 Crônicas 20:1 a 27; e suas façanhas em 2 Crônicas 17:12 a 19; 18:1; 20:29 e 30.Livro da História. Ver 1 Rs 14:29; 15:7, 23; 2Rs 8:23; etc. Além disso, Jeú, filho de Hanani, escreveu uma biografia de Josafá (2Cr 20:34). |
1Rs.22:47 | 47. Prostitutos-cultuais. Ver com. de lRs 14:24 e 15:12. |
1Rs.22:48 | 48. Não havia rei em Edom. Não houve nenhuma referência sobre a condição de Edom desde a época de Salomão, quando Hadade, após retornar do Egito foi "um adversário" de Salomão (LRs 11:14). Porém, parece que Edom tinha nova mente sido reduzida à dependência, talvez por Asa ou Josafá, e era governada por um delegado ou vice-rei, que, não possuía título real (ver 2Rs 3:9, 12, 26). |
1Rs.22:49 | 49. Em Eziom-Geber. Eziom-Geber era o porto marítimo de Salomão (1Rs 9:26; 2Cr 8:17), no território edomita, governado então por um vice-rei. Um relato mais completo, em 2 Crônicas 20:35 a 37, deixa claro que Acazias, de Israel, uniu-se em princípio a Josafá nesse empreendimento. Essa aliança, porém, foi condenada pelo profeta Eliézer, c o Senhor destruiu os navios em Eziom-Geber, onde foram construídos. Não foram. Depois do juízo divino sobre sua frota, Josafá se recusou a renovar a aliança anterior com Acazias. |
1Rs.22:50 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:51 | 51. Jeorão, seu filho. Jeorão começou a reinar com seu pai como corregente antes da morte de Josafá, como se percebe ao comparar as declarações de 2 Reis 1:17 e 3:1. |
1Rs.22:52 | 52. Dois anos. Dois anos, no computo inclusivo. Na verdade, um ano. |
1Rs.22:53 | Sem comentário para este versículo |
1Rs.22:54 | 54. Serviu a Baal. Nesse curto reinado, a influência da mãe de Acazias, Jezabel, manifestou-se outra vez. Aqui termina o primeiro livro de Reis. Outras informações sobre o reinado de Acazias estão registradas no primeiro capítulo de 2 Reis. |